NOTÍCIAS IBILCE Informativo do Câmpus de São José do Rio Preto Ensino público, gratuito e de qualidade - Ano XVI - 151 - Julho - 2013
Apresentando a extensão universitária Divulgação
Segundo dicionários, extensão é o ato de se estender um corpo, desenvolver ou aumentar. Até aqui, tudo bem, mas e quando misturamos a e x te n s ã o c o m a v i d a universitária, como descrever o que é a extensão universitária? Mesmo ela fazendo parte do dia-a-dia de inúmeras pessoas, mesmo as que não vivem no meio acadêmico, quase ninguém consegue descrevê-la, e muito menos faz ideia dos benefícios que ela pode proporcionar a quem participa dos programas, projetos e cursos. O objetivo principal da extensão universitária é c o m p a r t i l h a r o conhecimento produzido dentro da universidade com a comunidade. Isso é feito
A extensão universitária privilegia a articulação entre a universidade e a comunidade local
aplicando teorias e conhecimentos de pesquisas acadêmicas na realidade local ou regional. Para esclarecer um pouco sobre esse assunto pouco abordado e menos ainda conhecido da
população, acadêmica ou não, o Notícias Ibilce traz uma matéria especial para você, com explicações sobre os principais pontos da extensão universitária. Confira mais nas páginas 4 e 5.
PINGUE-POGUE A vice-diretora do Ibilce fala sobre a importância das atividades de extensão
EXTENSÃO Conheça um pouco mais sobre os diversos grupos de extensão em atuação no Ibilce
PROJETOS Saiba sobre projetos de extensão que visam socializar e compartilhar conhecimento
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2 NOTÍCIAS IBILCE EDITORIAL
CURSOS
Cursos difundem conhecimento acadêmico à comunidade
Olá, ibilceanos Aproveitando que o ano chega a sua metade, o Notícias Ibilce decidiu fazer uma edição especial e diferente sobre extensão. Depois de muito discutir, chegamos à conclusão de que, apesar de docentes, discentes e funcionários tentarem divulgar ao máximo os projetos, grupos e cursos, muitas vezes essas informações não chegam a todos os alunos e à comunidade externa. Por isso, resolvemos apresentar o máximo de informação possível, para que essa parte da formação acadêmica, e pessoal, não seja algo ausente da vida dos ibilceanos. Além de apresentar o que é a extensão universitária e as diferenças entre projeto, grupo e curso de extensão, também fomos atrás de pessoas ligadas diretamente a essa realidade, para que falassem sobre a importância da extensão e como o aluno pode aproveitar melhor essa experiência. Aproveitem a volta às aulas para procurar o projeto, curso ou grupo de seu interesse. Na página 2 você vai encontrar os links e as informações sobre os cursos que estão com inscrições abertas. Uma ótima leitura!
Confira os editais de Cursos de Extensão Universitária com inscrições abertas, acessando o site Divulgação
Curso de Libras está entre os oferecidos pelo Instituto em 2013
Cursos de Extensão têm como objetivo difundir o conhecimento acadêmico à comunidade, potencializando a interação universidade-sociedade. Na Unesp, eles são executados nas modalidades Cursos Temáticos de Curta Duração, Cursos de Difusão de Conhecimento e Cursos de Aperfeiçoamento. Não se qualificam como curso de graduação ou de pós-graduação e são voltados a diferentes públicos. Os Cursos Temáticos são de curta duração e oferecem maior acesso ao conhecimento sobre um determinado assunto, a cargahorária varia de quatro a dezesseis horas-aula. Os de Difusão de
Conhecimento objetivam proporcionar a formação continuada do participante em determinada área, com carga-horária entre dezesseis e 180 horas-aula. Já os Cursos de Aperfeiçoamento visam difundir e atualizar conhecimentos sistematizados e técnicas de trabalho. A carga horária mínima é de 180 horas-aulas, mas pode chegar a 360. Em 2013 já foram oferecidos 23 Cursos de Extensão no Ibilce; desses, dez ainda estão com inscrições abertas. Para ter acesso aos editais, acesse: http://www.ibilce.unesp.br/#!/extens ao/cursos/. Mariana Guirado
UNESP / IBILCE - Câmpus de São José do Rio Preto Rua Cristovão Colombo, 2265 - Jd. Nazareth - CEP 15054-000 - PABX (017) 3221.2200 - FAX 3221.2500
Diretor: prof. Dr. José Roberto Ruggiero / Vice-Diretora: profa. Dra. Maria Tercília Vilela de Azeredo Oliveira Coordenação STAEPE: Seção Técnica de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão Edição: Maria Stella Calças Reportagens e Revisão: Bárbara Marques, Edoardo Lobl, Henrique Pelicano, Letícia Santos, Ligya Aliberti, Mariana Guirado e Moisés Baldissera Jornalista Responsável: Maria Stella Calças - Mtb 60.958/SP Conselho Editorial: Cláudia Maria de Lima - MTb: 22.829 Arte: Felipe Cipolato Tiragem: 1700 exemplares – Distribuição Gratuita –
Comentários, dúvidas ou sugestões, entre em contato pelo e-mail: jornal@ibilce.unesp.br
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PINGUE-PONGUE
Por que participar de um projeto de extensão? Ibilce conta com 64 projetos de extensão universitária, todos coordenados por docentes
A professora do Departamento de Biologia e vice-diretora do Ibilce, Maria Tercília Vilela de Azeredo Oliveira, atua na coordenação do projeto de extensão Unati (Universidade Aberta à Terceira Idade) e fala sobre a importância das atividades de extensão, não só para a instituição, mas também para a comunidade: Qual é a definição de projeto de extensão de a c o r d o c o m a U n e s p ? A Universidade é constituída por um tripé: pesquisa, ensino e extensão. O que for gerado da articulação entre ensino e pesquisa de forma indissociável, de tal maneira que seja transmitido para a sociedade, pode ser considerada uma atividade de extensão. Essas atividades são muito vastas, não são apenas projetos, mas também programas e cursos de extensão. Quantos projetos existem no Ibilce? Atualmente contamos com 64 projetos de extensão, todos coordenados por docentes. Alguns destes projetos estão muito bem consolidados e contam com mais de uma década de existência. Posso citar o exemplo da Unati, que se preocupa com a integração da terceira idade de diversos modos, como a informática e o ensino de línguas; os cursinhos pré-vestibular, que visam o preparo para o ingresso na universidade dos alunos com condições financeiras menos favorecidas; o coral do Ibilce, que comemorou recentemente seus quinze anos e o Peja (Programa Unesp de Educação de Jovens e Adultos). Qual a importância de se participar de um projeto de extensão para a formação do aluno? Tanto para docentes, quanto para alunos, é muito importante a participação em projetos
Arquivo Staepe
Vice-diretora Maria Tercília fala sobre importância da extensão
de extensão, pois neles estabelecemos contato com a comunidade externa. Para os alunos, trata-se de uma oportunidade de explicar o conteúdo visto em sala e trocar experiências com a comunidade não-ibilceana. Posso afirmar que não só os alunos, mas também professores que participam dos projetos g a n h a m m a i s d o q u e d o a m . Em que momento o aluno deve ingressar em um projeto de extensão? No primeiro semestre acredito que seja difícil, principalmente pela nova experiência vivenciada ao se deparar com o ensino superior e a realidade da universidade. Mas após já ter se habituado, o aluno já pode procurar um projeto de interesse e falar com o respectivo coordenador para se vincular. O aluno deve conciliar graduação com atividades extracurriculares. Aconselho uma escolha sensata e que o aluno esteja realmente comprometido a se envolver no projeto. Henrique Pelicano
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Você sabe o que é extensão universitária? Apesar de fazer parte do cotidiano da comunidade interna e externa à universidade, entender o significado desta expressão é um desafio para muitos Divulgação
pela primeira vez em 1931, no Estatuto das Universidades. O artigo 207 da Constituição de 1988 declara que as universidades devem obedecer “ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão”. Sob este princípio, a extensão universitária é um processo interdisciplinar, educativo, cultural, científico e político que promove a interação transformadora entre universidade e os setores sociais nos quais ela atua. Assim sendo, a extensão deve, por meio de sua prática, promover os valores democráticos, a equidade e o desenvolvimento nas esferas humana, ética, econômica, cultural e social. Divulgação
Conhecimentos de todas as áreas, produzidos dentro da universidade, são passados à população
De acordo com o Dicionário on-line Priberam (http://www.priberam.pt/DLPO/), extensão é o “ato de um corpo que se estende” ou “desenvolvimento e aumento”. Esta palavra talvez não causaria tanta polêmica se estivesse sozinha, mas é só a levarmos para o contexto universitário que a confusão começa. A extensão universitária faz parte do cotidiano de muitas pessoas – mesmo que não façam parte da comunidade acadêmica. Apesar disso, poucos (ou ninguém) saberiam dizer seu significado e os benefícios que ela pode trazer para quem participa dela. Deixemos então que seu conceito e efeito se estendam por estas páginas. Maria das Dores Nogueira, em seu livro Políticas de Extensão Universitária Brasileira (Editora UFMG, 2005), afirma que o objetivo da extensão é “implementar o processo de
democratização do conhecimento acadêmico, estabelecer mecanismos de integração entre os saberes acadêmico e popular, de forma que a produção do conhecimento se efetive no confronto com a realidade, com permanente interação entre teoria e prática”. Dessa forma, a extensão seria um meio de compartilhar o conhecimento produzido dentro da universidade com a população local e regional, ao aplicar teorias e conhecimentos de pesquisa na realidade das pessoas. As primeiras experiências com a extensão acadêmica surgiram na Inglaterra - na segunda metade do século XIX - vinculadas à idéia de educação continuada. Os cursos eram destinados não apenas às pessoas de baixa renda, mas a toda a população adulta que não se encontrava na universidade. No Brasil, há indícios da prática da extensão a partir de 1911, mas legalmente ela é registrada
“Fazer parte do projeto é muito divertido. Não existe a pretensão de soar exatamente como o quarteto de Liverpool, porque o foco não é executar as músicas de acordo com os arranjos originais. Isso abre bastante espaço para experimentação e improvisação, o que resulta em releituras nada ortodoxas.” Fernando Poiana Pós-Graduação em Letras “Luigi e os Pirandellos”
Não é a toa que o Plano Nacional de Educação (PNE) destina 10% da creditação
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EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA
Você sabe o que é extensão universitária? Apesar de fazer parte do cotidiano da comunidade interna e externa à universidade, entender o significado desta expressão é um desafio para muitos curricular para as atividades de extensão universitária. Elas são importantes para a formação profissional e democratização do conhecimento, pois a universidade pública tem o objetivo de, além de formar pesquisadores e pensadores, atingir a todos com o conhecimento gerado dentro do câmpus. Divulgação
Os contos serão publicados e distribuídos nas escolas. Além disso, o projeto promoverá palestras sobre o tema. Outro projeto que faz interação com a comunidade é a banda “Luigi e os Pirandellos”, que conta com sete músicos. Dentre os integrantes do grupo estão professores, funcionários e alunos de pós-graduação, sem contar quem trabalha com eles nos bastidores. A banda faz cover de alguns artistas e bandas, em especial dos Beatles, e já fez shows no Teatro Municipal de São José do Rio Preto e no Teatro do Sesi, também de Rio Preto. Divulgação
“Participar do projeto me aproximou do mundo editorial e me ajudou a lidar com crianças, por usar vocabulários simples e a imaginação.” Rogério Alves dos Santos Ciências Biológicas – 2º ano “O Bicho Ensino” O Impacto da Extensão Os projetos de extensão estão presentes em muitas áreas, como Educação, Comunicação, Cultura e Direitos Humanos. O projeto “O Bicho Ensina” coordenado pela professora Eliane Gonçalves de Freitas, do Departamento de Zoologia e Botânica do Ibilce - encontra-se em construção, mas já reúne contos infantis escritos por alunos da graduação, pós-graduação e voluntários. O intuito é ensinar zoologia, principalmente comportamento animal, para crianças ou pessoas interessadas.
"A banda, que começou sem muitas pretensões, foi crescendo, tomando proporções maiores, que culminaram, entre outras coisas, na oficialização do projeto de extensão. Isso faz com que tenhamos certas responsabilidades a mais. Por exemplo, temos ensaios semanais, muitas vezes mais de uma vez na semana. Esses ensaios, muitas vezes, são acompanhados por amigos, pelo pessoal do câmpus e por pessoas da nossa família. É muito legal tocar músicas de que você gosta, com pessoas de quem você gosta." Gabriela Oliveira Pós-Graduação em Estudos Linguísticos “Luigi e os Pirandellos”
PET também é extensão Criado em 1979, o PET (Programa de Educação Tutorial), esteve sob o acompanhamento e a avaliação da Capes durante vinte anos. A partir do ano 2000, o programa passou a ser vinculado a Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC). No nosso câmpus, temos os PET's da Biologia, Matemática e Química. Segundo Bruno Ramires, do segundo ano de Ciências Biológica, o PET-Biologia do Ibilce foi criado em 1994, e nos dias atuais tem como tutora a professora Cláudia Regina Bonini-Domingos. “Sou membro do PET há menos de um ano, mas já está claro pra mim que a participação nesse programa será um fator essencial na minha formação, tanto acadêmica como pessoal, além de me proporcionar conhecimentos específicos que provavelmente eu não teria contato apenas com as disciplinas do meu curso”, afirma. Bruno Caldeira Carlotti de Souza, do terceiro ano de Matemática, faz parte do PET da Matemática coordenado pela professora Maria Gorete Carreira Andrade. Para ele, “as experiências vivenciadas não ajudam somente na formação profissional, mas também a ampliar a desenvoltura social de cada integrante, através da apresentação de minicursos e seminários.” Adilson Chaves, aluno do quarto ano do curso de Química Ambiental, comenta que, com o PET, os estudantes contribuem para a formação da comunidade interna e externa à Universidade. “A vivência no PET é bastante construtiva, pois temos que aprender a trabalhar em equipe, aprender a lidar com o público, nos organizar, ter pró-atividade e companheirismo”, diz. Letícia Santos e Moisés Baldissera
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Grupos de extensão na formação universitária
Ensino, pesquisa e extensão aproximando o saber científico e popular. Divulgação
Atividades de extensão une pessoas de várias formações de forma lúdica e criativa
Ensino, pesquisa e extensão são atividades c o m p l e m e n t a r e s e interdependentes. Funcionam num ciclo, no qual a pesquisa aprimora e produz novos conhecimentos difundidos pelo ensino e pela extensão. Possibilita, assim, o aperfeiçoamento da formação dos universitários por meio da aplicação prática de todo o conhecimento adquirido. A estruturação da Extensão Universitária na Unesp iniciou-se em 2000, com a elaboração da Resolução Unesp 102/00, que estabeleceu seu conceito em conformidade ao definido pelo Fórum Nacional de Pró-Reitores de Extensão. Naquela oportunidade, documentos foram sistematizados com o objetivo de orientar a formulação, operacionalização e acompanhamento das iniciativas de extensão.
Os grupos de extensão desenvolvem atividades inseridas em onze áreas temáticas (Comunicação, Cultura, Direitos Humanos, Educação, Meio Ambiente, Saúde, Tecnologia, Trabalho, Ciências Agrárias e Veterinárias, Espaços Construídos, Política e Economia), integrando o ensino e a pesquisa com as demandas da sociedade, estabelecendo relações entre o saber acadêmico e popular. Os grupos propõem-se a discutir e elaborar possíveis soluções para problemas inerentes à comunidade, em consonância com as orientações do Plano Nacional de Extensão Universitária. Visam a formação de indivíduos multiplicadores, a democratização do conhecimento acadêmico, o desenvolvimento econômico, social e cultural da região. O Ibilce se destaca por
contemplar grupos de extensão em todas as áreas do saber. A multidisciplinariedade e a integração com a sociedade são as principais características dos trabalhos de extensão realizados no câmpus. O Gamat (Grupo de Astronomia e Matemática) visa difundir a astronomia por meio de eventos e materiais confeccionados pelo próprio grupo. Além disso, é polo da Rede Brasileira de Astronomia e também conta com o apoio da Rede de Astronomia Observacional, que tem por objetivo a utilização dos dados obtidos pelos trabalhos do grupo em pesquisas cientificas. O GEDbioética (Grupo de Estudos e Discussões em Bioética), coloca em pauta temas polêmicos, abordando aspectos éticos. Devido à sua interdisciplinaridade, o grupo é aberto a toda comunidade, por necessitar de opiniões e pontos de vista de diferentes áreas de atuação É o primeiro grupo de iniciativa discente da Unesp, atendendo a uma demanda decorrente da falta da disciplina na grade curricular obrigatória, contribuindo assim na formação universitária. O Notícias Ibilce, projeto de extensão responsável pela assessoria em assuntos relacionados com a imprensa é responsável pela promoção da imagem da Universidade frente aos diversos segmentos da sociedade, além de realizar a divulgação dos trabalhos elaborados no câmpus, por meio de diversos instrumentos de comunicação social, promovendo o conhecimento e o reconhecimento da instituição. Edoardo Lobl
NOTÍCIAS IBILCE
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PROJETOS
Projetos de extensão aproximam comunidades interna e externa do Ibilce Divulgação
As atividades do Projeto Universidade no Bosque abordam conteúdos de diversas áreas por meio de jogos, explicações e curiosidades
Além dos grupos e cursos de extensão, o Ibilce conta com o desenvolvimento de projetos de extensão universitária, que, segundo Liliane Cristina Campreguer, supervisora da Seção Técnica Acadêmica do Instituto, “têm como objetivos socializar e compartilhar com a comunidade o conhecimento já sistematizado pelo saber humano e o produzido pela Universidade, bem como contribuir para o seu desenvolvimento.” De acordo com a ProEx (PróReitoria de Extensão), os projetos de extensão são ações processuais e contínuas de caráter educativo, social, cultural, científico ou tecnológico, com objetivo específico e prazo determinado. E, segundo a Resolução Unesp nº11/2012, a extensão universitária “viabiliza a relação transformadora entre a Universidade e a sociedade.”
Para Liliane, a interação entre a universidade e a sociedade por meio destas atividades gera maior visibilidade do trabalho desenvolvido pela Unesp, além de possibilitar aprendizado tanto à comunidade interna quanto externa do câmpus “Essas atividades beneficiam a comunidade externa com a prestação de vários serviços gratuitos e que, por muitas vezes, a população não teria outro meio de receber”, diz. “Os projetos contribuem com a formação dos alunos, ajudando-os a se tornarem capacitados a responder aos questionamentos da sociedade.” Atualmente, o Ibilce possui 66 projetos de extensão ativos relacionados às três grandes áreas (humanas, exatas e biológicas), que contam com a participação de docentes, pesquisadores, discentes (bolsistas ou voluntários) e
servidores técnico-administrativos. Entre os discentes envolvidos, 89 são Bolsistas de Apoio Acadêmico e Extensão II (Baae-II). Os cursinhos pré-vestibular Metamorfose, Vitoriano e VestJr são coordenados, respectivamente, pelos professores Raul Aragão Martins, Solange Lima D'Água e Julio Cesar Torres. Estes projetos têm por objetivo auxiliar os alunos do ensino público a ingressar em faculdades e universidades, além de incentivá-los a terem uma sólida formação dentro de uma carreira profissional. As disciplinas das diversas áreas do conhecimento são ministradas pelos alunos do Instituto que se voluntariam e passam por um processo seletivo que simula uma aula. Para Naiara Cantão, aluna do quarto ano de Química Ambiental, dar aulas no cursinho Vitoriano foi um benefício “Contribuiu bastante para a minha formação, pois adquiri uma melhor desenvoltura para dar aulas e compartilhar o conhecimento de forma geral”, diz. Já o Projeto Universidade no Bosque, coordenado pela professora Eliana Morielle Versute, tem por objetivo realizar um trabalho de Educação Ambiental utilizando os animais e a vegetação presentes no Bosque Municipal de Rio Preto. Os alunos de Ciências Biológicas do câmpus são treinados em reuniões, cursos e palestras para atenderem a crianças e adultos que visitam o Bosque, conscientizando-os sobre questões ambientais e levando à população o conhecimento científico adquirido na Universidade por meio de atividades como jogos, oficinas de reciclagem de lixo e informações sobre a fauna e a flora da região. Bárbara Marques
8 NOTÍCIAS IBILCE EMPREENDEDORISMO
Empreendedorismo universitário e empresas juniores Alunos do Ibilce geram serviços de qualidade a baixo custo e proporcionam crescimento a pequenas empresas Divulgação
Criatividade e planejamento estruturam uma atividade empreendedora
A inserção de alunos do ensino superior na realidade empresarial da França, em 1967, fez surgir o conceito de empresa júnior, que apareceu no Brasil no fim da década de 1980. O que diferencia a empresa júnior de uma empresa sênior, é que a primeira é uma associação civil, sem fins lucrativos, formada e gerida exclusivamente por alunos de graduação. Com a finalidade de proporcionar vivência e desenvolvimento profissional ao aluno, este tipo de empresa contribui para o desenvolvimento do país, por meio da oferta de serviços de qualidade com o custo a b a i x o d o m e r c a d o . Empreendedorismo no Ibilce A Unesp conta com 55 empresas juniores. No Ibilce, atualmente existem quatro, sendo elas: ECCjr, formada por alunos do curso de Ciências da Computação;
Biosfera, composta por alunos da Biologia; Engeali, que conta com alunos da Engenharia de Alimentos; e Math Jr., gerida pelos alunos da Matemática. Fundada em 1993, a ECCJr foi a primeira empresa júnior do Ibilce. Desde então, trabalha com desenvolvimento de softwares para áreas técnicas e administrativas, prestando consultoria em processamento de dados. A Engeali, fundada em 1996, recebe toda infra-estrutura e suporte do Ibilce. “A intenção de uma empresa júnior é devolver à sociedade aquilo que se ganha da faculdade, os conhecimentos”, afirma a estudante Rafaela Bucci, presidente da Engeali. O preço cobrado pelos serviços têm a média de 20% do preço de mercado. “Quando o cliente traz um problema, nós elaboramos uma proposta de serviço. Enviamos para o cliente e, se ele realmente aprovar, nós fazemos um contrato e começamos o
serviço", explica Rafaela. Apesar de não estarem diretamente relacionados à sua área de atuação, a Engeali oferece cursos de idiomas, que atendem à demanda interna do Ibilce. Um exemplo do espírito empreendedor que deve permear este t i p o d e e m p r e s a . Na área de consultoria e projetos, são desenvolvidos novos produtos, tabelas de informação nutricional, além de serem realizadas anál i s e s e s p e c í f i c a s . A Biosfera, fundada no final de 2009, atua na área de consultoria e educação, oferecendo serviços de cunho ecológico e ambiental. Realizam oficinas de reciclagem e verificação de conformidade com os padrões ambientais, entre outros projetos. Atualmente, a empresa realiza o projeto "Trilha do Saber", em Bálsamo, na cachoeira do Miltão. "Fizemos um levantamento florístico, numerando as árvores e identificando as espécies. O dono do empreendimento pretende convidar escolas e trazer turistas para visitarem o local", comenta a presidente da Biosfera, Jéssica Scarin. Criada em 2009, a Math Jr. visa desenvolver o trabalho em grupo e a comunicação pessoal entre os alunos. Oferece serviços que visam a resolução de problemas, redução de gastos e maximização de lucros. Também fornece auxílio acadêmico através de cursos e aulas particulares. As empresas juniores proporcionam aos alunos o desenvolvimento de habilidades empreendedoras e aguçam os conhecimentos adquiridos na universidade. Uma boa noção para que, futuramente, o aluno aposte em seu próprio negócio. Eder Juno