Revista Mais Que Pet - Ed. 1

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férias

boas pra cachorro! O gigante Maine Coon Guia de primeiros socorros Cães e gatos: essa mistura dá certo! Saiba tudo sobre rações Como preparar o pet para a chegada do bebê Divórcio: quem vai ficar com os pets? Curiosidades sobre o universo felino


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Editorial Olá! Esta nova edição da Mais Que Pet está recheada de informações para quem adora os animais de companhia! Nossa matéria de capa traz um verdadeiro guia de férias e mostra como viajar em segurança e como escolher um bom hotel para o pet, se a opção for hospedá-lo. Temos ainda orientações sobre como agir em casos de emergência – até o atendimento veterinário –, dicas para ensinar o cão ou gato a usar o “banheiro” e todo o charme do gigante Maine Coon, o gato que está conquistando os brasileiros. Você vai encontrar todas as informações para escolher uma boa ração, curiosidades sobre o universo felino e orientações para adaptar o pet à chegada de um bebê. Mostramos também o trabalho da Celebridade Vira-Lata, uma empresa social que já promoveu a castração de mais de 6 mil animais, e, uma nova realidade: o destino dos pets nos casos de divórcio. Nossa colunista de comportamento desvenda as causas da agressividade em cães e nosso veterinário fala sobre o importante controle parasitário. Ainda temos: dicas para adquirir a melhor guia e coleira, o fofo Boo, a história de amor entre um leitor e sua gata, sugestões para escolher o nome do pet e muito mais! Boa leitura e até a próxima! Renata Marcondes

P.S. A Mais Que Pet também é sua! Mande sugestões, comentários e críticas para o e-mail contato@maisquepet.com.br

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o que você vai

encontrar

nesta edição

6 Você precisa saber 14 Adestramento 16 Raças 20 Comportamento 24 Colunista de comportamento 27 Pet estrela 28 Curiosidade 30 Casa 32 Tecnologia 34 Produtos e lançamentos 40 Saúde 46 Capa 58 Galeria 68 Colunista veterinário 70 Atualidade 72 Felinos 78 Alimentação 84 Família 88 Proteção animal 94 Dossiê 98 Foi notícia 100 Pet da edição

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Como preparar o pet para a chegada do bebê


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Guia das férias!

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Em caso de separação, quem fica com o pet?


você precisa saber Gatos e banho: isso dá certo? Afinal, os gatos

Células-tronco já são usadas na medicina veterinária! A terapia regenerativa com células-

tronco – aquelas que têm a capacidade de se diferenciar, atuando em diferentes regiões do corpo com necessidade de regeneração – já é realidade também na veterinária e tem sido utilizada com sucesso em casos de insuficiência renal, sequelas de cinomose, doenças hepáticas, entre outras. Assim como acontece com humanos, a nova técnica ainda necessita de estudos, mas os resultados iniciais têm sido surpreendentes. A única contra-indicação são os casos de câncer.

Marcos Santos - USP Imagens

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precisam de banho? De acordo com os veterinários, se eles não têm acesso aos quintais e jardins, como os de apartamento, um banho mensal é suficiente. Se costumam passear, vale a pena apostar em banhos quinzenais e o ideal é que sejam habituados à água desde filhotes. Banhos em pet shops são mais seguros, uma vez que o animal recebe boa secagem do pelo, são utilizados produtos próprios etc. Além disso, nem sempre os donos têm tempo para dar banho nos bichanos. Antes de escolher o pet shop, porém, vale a pena observar alguns detalhes que garantem a segurança e o conforto. É importante que o local tenha uma ala separada, para que os gatos não entrem em contato com cães. Se isso não for possível, verifique se há dias e horários apenas para os banhos dos felinos. O uso do secador merece atenção, uma vez que eles costumam assustar muito os animais. Nesse caso, vale a pena escolher um pet shop que tenha câmara de secagem, um aparelho que permite pouca manipulação e que atua de forma mais silenciosa. O treinamento dos funcionários também é importante: eles devem estar preparados para dar banho em gatos e sempre trabalhar em dupla. Por fim, para evitar estresse, as etapas devem ser organizadas previamente, para que o procedimento dure o menos possível.


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você precisa saber Por dentro dos xampus

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Eles removem a sujeira, o excesso de oleosidade dos pelos e demais resíduos. Mas, você sabe o que existe dentro dos xampus para pets? A fórmula química é desenvolvida para atuar como um desengordurante dos fios, tratando e melhorando o aspecto deles. Para atingir esse objetivo, alguns ingredientes não podem faltar na sua composição, como os tensoativos, que são os agentes responsáveis pela ação de emulsificação e limpeza. Os sobrengordurantes, por sua vez, repõem parte da gordura removida pelos tensoativos, evitando o ressecamento dos fios. Já os espessantes são substâncias que auxiliam na aplicação do produto e os acidificantes adequam o xampu ao pH dos pelos e da pele, mantendo o equilíbrio. As fórmulas ainda contêm corantes, perfumes e os ingredientes ativos, que são as substâncias que mais diferenciam um produto do outro. Esses ativos são os extratos de flores, plantas e raízes que possuem nutrientes essenciais para a ação do produto químico nos fios, tais como vitaminas, proteínas e sais minerais.

Terapias holísticas ajudam os pets a recuperar a saúde e o equilíbrio As terapias holísticas

têm conquistado os proprietários de animais e apresentado bons resultados em algumas situações clínicas. A acupuntura, por exemplo, é eficaz e bastante utilizada para combater problemas ortopédicos, endócrinos, neurológicos, gastrointestinais e cardíacos, além de reduzir dores crônicas. Já os florais de Bach agem no equilíbrio emocional do animal e podem reduzir medo, agressividade, ansiedade de separação etc. Vale lembrar que essas técnicas devem ser sempre utilizadas com o acompanhamento do veterinário.


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você precisa saber Crianças, cães e asma: uma boa notícia Uma pesquisa realizada na Suécia com quase 2 mil crianças a partir de 7 anos concluiu que as que possuíam animais de estimação desde o primeiro ano de vida se tornavam menos sujeitas à asma e à rinite alérgica. Outro estudo similar, feito nos EUA, acompanhou crianças, do nascimento até os 13 anos, e concluiu que aquelas que moravam em lares com um ou mais cães – não apenas vivendo em quintais, mas dentro de casa – desde o início de suas vidas, tiveram menos probabilidade de desenvolver respiração ofegante crônica do que as que não tinham animais. Segundo os pesquisadores, o contato com cães na primeira infância pode prevenir o desenvolvimento dos sintomas de asma em crianças de baixo risco e sem histórico da doença na família.

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Projeto de lei aumenta penas para crimes contra animais O projeto de lei 2833/11, que torna mais severas as penas em casos de maus tratos contra animais, foi aprovado em todas as comissões temáticas da Câmara dos Deputados e está pronto para votação em plenário. As penas previstas no texto original, proposto pelo deputado Roberto Tripoli (PSDB), foram diminuídas por emendas de outros parlamentares, mas a redação final ainda é um avanço em relação à legislação em vigor atualmente. O documento que será votado prevê que crimes que provoquem a morte de animais serão passíveis de pena de três a cinco anos de prisão. Já em crimes culposos, a legislação vigente – com pena de detenção de três meses a um ano – prevalece.


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Cães e gatos sonham? Seu cão ou gato se contorce quando dorme, revira os olhinhos, uiva, rosna, chora, late e mexe as patas como se estivesse correndo? Sim, ele pode estar sonhando! Um grupo de cientistas do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), nos Estados Unidos, estudou o fenômeno em camundongos e chegou à conclusão de que eles sonham com situações vividas durante o dia. E, para os pesquisadores, se os ratinhos sonham, os cães e gatos – que têm cérebros mais complexos – também! “Humanos tendem a sonhar com eventos emocionais importantes acontecidos durante o dia. Já as cobaias pareciam sonhar bastante com comida”, declarou Kenway Louie, um dos autores do trabalho e membro do Departamento de Cérebro e Ciências Cognitivas do MIT. 12 Etiqueta na interação com os cães-guia Os cães-guia são muito especiais e melhoram a qualidade de vida e a segurança dos deficientes visuais. A interação com eles, entretanto, deve seguir algumas regras: por mais tentador que seja, não toque ou brinque com um cão-guia. Ele está trabalhando e precisa manter a concentração. Se um deficiente visual com cão-guia lhe pedir ajuda, aproxime-se pelo lado direito, de forma que o cão fique à esquerda. Se você estiver com seu pet, tente se afastar para, novamente, evitar distrações. Por fim, os cães-guia têm livre acesso a todos os lugares frequentados por seu dono. Esse direito é garantido por lei.

Foto: Vitória Guidugli

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adestramento

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A primeira lição! Saiba como ensinar o filhote a usar o “banheiro” Ensinar o filhote a fazer xixi e cocô no lugar certo é uma das primeiras tarefas dos donos. No caso dos gatos, a caixa de areia é sinônimo de praticidade e, em geral, os filhotinhos são ensinados pela própria mãe a usar o recipiente. Os cães, por outro lado, precisam aprender onde é o “banheiro”.

de serviço, uma vez que a varanda costuma ser um espaço de convívio. Em casas, pode ser um cantinho – coberto – no quintal, onde o pet possa chegar mesmo em dias de chuva. Dica importante: o banheiro do pet deve ficar distante de suas vasilhas de comida e água e de sua caminha.

Escolha o lugar Antes de tudo, escolha o lugar que servirá de banheiro para seu cão. Em apartamentos, muitas pessoas optam pela área

A rotina Com cerca de 45 dias, o cão já pode aprender a fazer xixi e cocô no lugar certo. Portanto, depois de escolhido o espaço, forre-o com jornais,


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Um cachorro adulto faz xixi quatro vezes ao dia, em média, e deve poder fazer sempre que desejar. Reter a urina por muito tempo é prejudicial à saúde.

com tapetes higiênicos ou posicione o sanitário próprio para cães, uma espécie de bandeja que recolhe a urina. O próximo passo é criar a rotina que vai condicionar o pet. Para isso, comece oferecendo a ração em horários pré-determinados. Poucos minutos depois que o animal se alimenta, ele faz cocô. É a hora, então, de levá-lo, no colo, até seu banheiro, esperar que faça suas necessidades e depois agradá-lo bastante com afagos ou petiscos para criar um reforço positivo, afinal o cérebro dos cães funciona por meio de associações. Feito isso, tire o pet e o alimento do local. Se ele não fizer cocô em até 5 minutos, saia com ele do lugar e espere até que ele demonstre que está apertado: ele anda em círculos, em geral para trás, e fareja o chão. Nos outros momentos em que o filhote costuma fazer cocô – ao acordar e antes de descansar – repita o processo. Para condicionar o xixi, o processo é o mesmo. Com uma bexiga pequena, os filhotes fazem xixi várias vezes ao dia, mas dão sinais! Novamente, ele pode “andar para trás”, em uma espécie de dancinha, ou farejar. É o momento de pegá-lo no colo e levá-lo ao banheiro. Observe também o tempo. Se ele está a mais de 90 minutos sem fazer xixi, leve-o de novo. Por fim, lembre-se: para que o cãozinho aprenda a usar o banheiro, é preciso supervisão constante e paciência. Assim como os bebês humanos, ele ainda não tem controle total do sistema excretor.

Nada de brigas Cães gostam de chamar a atenção de seus donos. E se eles levam bronca quando fazem as necessidades em lugar errado, vão considerar que receberam atenção. Resultado: farão novamente. E se a bronca acontecer depois do ocorrido, ele sequer entenderá o motivo! Portanto, quando ele “errar”, ignore. Limpe o local com um produto neutralizador de odores e siga ensinando-o a usar o banheiro.

Outras dicas • Evite acostumar o pet a fazer suas necessidades na rua. Esse hábito acaba tolhendo a liberdade dos donos, que ficam “presos” aos horários de passeio. Também é uma prática que se torna um problema em dias de chuva. Além disso, cães que só fazem suas necessidades na rua costumam segurar o xixi, o que pode causar problemas urinários. • Não prenda o animal no “banheiro”. Ele ficará com medo, associará o local a algo negativo e o evitará. • Esfregar o focinho do filhote na urina não funciona! Esqueça essa prática e opte pelas recompensas positivas de afeto e petiscos. • Não se preocupe em deixar o banheiro “sujo” para que ele reconheça o odor. Com um faro poderoso, o pet saberá que já fez xixi e cocô ali. Além disso, a higiene é essencial para a saúde de toda a família.

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Conheรงa esse gigante felino cheio de charme!

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fotos:Clecienne Rodrigues

Fotos: Clecienne Rodrigues

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maine coon


O Maine Coon está conquistando os brasileiros que adoram gatos! Inteligente, ativo, dócil e sociável, é um ótimo animal de companhia e, de forma geral, se dá bem com outros gatos e até com cães. Conheça melhor esse felino robusto e cheio de charme. Origem A origem do Maine Coon é controversa. Segundo alguns registros, a raça teria surgido há mais de 500 anos na costa nordeste do Canadá. Outros, afirmam que ele é norte-americano. Popularizado no estado americano do Maine, sua procedência envolve mitos: há quem afirme que o Maine Coon é fruto do cruzamento entre guaxinins e gatos domésticos e ainda entre linces e gatos domésticos. Como há muitas incompatibilidades cromossômicas entre espécies diferentes, essas possibilidades não passam de lendas. Outra história, ainda mais improvável, diz que durante a Revolução Francesa, Maria Antonieta, em fuga, levava consigo seis gatos. E o cruzamento dos mesmos originou o Maine Coon. A raça, porém, é possivelmente o resultado do cruzamento de Angorás com gatos vindos de outras regiões até o Canadá ou Estados Unidos. O felino chegou ao Brasil na década de 1990 e as primeiras ninhadas nasceram no Rio Grande do Sul, originárias de pais vindos de um gatil norte-americano. Temperamento e comportamento Divertidos, bem humorados, ativos e dóceis. Não são poucos os adjetivos para esse gato, que pode aprender pequenos comandos, brincar horas seguidas e que, em geral, se dá bem com todos os outros animais da casa, inclusive cachorros. Os Maine Coon vocalizam bastante, ou seja, emitem vários sons, são exímios caçadores e também conhecidos por suas travessuras, o que mostra sua elevada inteligência. Eles são capazes de abrir portas, armários e torneiras, por exemplo, para beber água corrente. Brincar com

água, aliás, é uma das suas atividades preferidas. A interação com a família também é grande! Eles gostam de afagos, de crianças e se apegam muito aos donos. Um gigante! Rústico, atlético e vigoroso, ele está entre os maiores gatos domésticos da atualidade e pode pesar até 13kg, embora, em média, os machos pesem entre 6 e 9kg e as fêmeas entre 5 e 7kg. O Maine Coon não para de crescer até os 4 ou 5 anos, quando atinge a maturidade e chega a alcançar até 1m de comprimento. Cores e pelo Esse felino tem pelagem longa, mas mais curta do que os gatos Persas. Na base do pescoço, os pelos são menores e menos densos. As cores são variadíssimas e chegam a 60 tons catalogados. Saúde Assim como ocorre com outros felinos e também com cães, o Maine Coon tem predisposição para problemas específicos de saúde. 17 A Atrofia Muscular Espinhal é um deles, tem origem genética e causa a morte de neurônios da medula espinhal, que enviam sinais para o tronco e músculos. Os sintomas começam na infância, quando o felino apresenta uma estranha inclinação na maneira de andar, além de dificuldade em saltar. De forma geral, os Maine Coon com Atrofia Muscular Espinhal podem ter uma vida com qualidade e a doença não afeta a longevidade. Outro problema genético que pode acometer esses felinos é a Displasia Coxofemoral, que afeta os quadris. Essa condição leva a uma adaptação imprópria no encaixe femoral do quadril e eventualmente causa osteoartrite. A Cardiomiopatia Hipertrófica também pode atingir os gatos da raça Maine Coon e ocorre quando a câmara esquerda do coração fica mais espessa e o órgão passa a bombear sangue com dificuldade. Embora o problema possa ser diagnosticado através de ultrassom, costuma ser a maior causa


Os Maine Coon vocalizam bastante, ou seja, emitem vários sons, são exímios caçadores e também conhecidos por suas travessuras, o que mostra sua elevada inteligência. de morte súbita nos Maine Coon. Por fim, como todos os felinos, eles são suscetíveis a problemas renais, especialmente Doença dos Rins Policísticos. Em todas essas questões de saúde, o acompanhamento veterinário é essencial. Cuidados Apesar do pelo longo – que é a prova d’água – o Maine Coon é um gato rústico e não necessita de cuidados especiais. Ele tolera bem as baixas temperaturas e é bastante resistente e saudável. Também pode viver muito bem em apartamentos, apesar do tamanho. Para manter o pelo sedoso e desembaraçado, escovação duas vezes por semana são suficientes. A limpeza dos olhos e orelhas, com soro fisiológico, também pode ser semanal. Os demais cuidados 18

incluem vacinação anual, vermifugação, alimentação com ração de boa qualidade – algumas marcas possuem produtos específicos para a raça – e estímulo do consumo de água, para evitar problemas renais. Pesquisar a presença de Cardiomiopatia Hipertrófica, por auscultação e ultrassom, também é aconselhável.

O Maine Coon também é conhecido como Gato do Maine, Gato Americano, Gato Americano de Pelo Longo, Gato Americano da Floresta, Gigante Gentil, Maine Trick Cat, American Snug Head, American Shag, Maine Shag e Coonie.


19 Stewie, o Maine Coon terapeuta Mymains Stewart Gilligan, ou apenas Stewie, foi um Maine Coon muito especial que viveu no estado americano de Nevada. Com incríveis 123cm de comprimento, distância da ponta do nariz até o fim de sua cauda, Stewie recebeu o título de “gato mais longo do mundo” e entrou para o Guinness Book. Sua grande façanha, entretanto, foi ter se tornado um gato terapeuta, alegrando a vida de crianças internadas no Hospital Infantil de St. Jude, na cidade de Reno. Stewie morreu em fevereiro de 2013, com oito anos, em decorrência de um câncer.


comportamento

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Cães & gatos: essa mistura dá certo! Esqueça a crença de que cães e gatos são inimigos naturais. Eles podem conviver no mesmo ambiente e até se tornarem grandes amigos. Aprenda como em 8 dicas!


Quem já tem um cão e deseja adotar um gato, ou vice-versa, pode realizar o sonho! Salvo raras exceções, cães e gatos podem viver em harmonia na mesma casa e quase sempre se tornam grandes companheiros. Vale lembrar, entretanto, que quando eles convivem desde filhotes, a adaptação é natural e não necessita de grandes intervenções humanas. Filhotes têm menos medo, causam menos medo em outro animal e são mais fáceis de controlar. Mas, se um dos dois, ou os dois, são adultos, é preciso fazer uma “apresentação” e ter paciência, afinal, o gato deve superar o medo de um dos seus maiores predadores, e o cão deve aprender a controlar sua natureza de caçador. O ajuste entre os pets, que basicamente envolve o domínio do território, pode demorar dias, semanas e até meses. O resultado, porém, compensa! Confira nossas dicas: 1. A primeira coisa que deve ser verificada é a saúde do novo membro da família. Em geral, as doenças felinas não são transmitidas aos cães, e vice-versa, mas ectoparasitas – como pulgas e carrapatos –, além de verminoses, podem contaminar o outro animal da casa. 2. Antes de promover o encontro, castre os dois animais. A castração reduz a agressividade e também diminui o comportamento territorialista. 3. Quando dois animais vão ser apresentados, o ideal é que isso ocorra em um ambiente neutro. Porém, nesse tipo de adaptação, essa atitude pode não ser simples, uma vez que cães e gatos podem demorar para se acostumar um ao outro. Outra dica importante: o pet mais antigo da família deve ter a “preferência”, uma vez que ele já habitava a casa. Quando estiver sozinho(a) com ele, redobre o afeto e a atenção. 4. Comece deixando o novo pet em um cômodo fechado (com água, comida, ventilação, espaço, brinquedos, cama, caixa de areia).

Permita que o membro mais velho da família cheire a porta e os vãos. Com olfatos poderosos, o cão e o gato saberão que do outro lado há um animal, acredite. 5. Quando ambos mostrarem tranquilidade, ou seja, quando a ansiedade estiver bem reduzida e a porta perder o interesse, permita que eles se vejam. Faça isso colocando o gato em uma caixa de transporte e segurando o cão na guia, para que ele possa ser controlado. No início, mantenha uma boa distância – para não acuar o felino – e distraia o cão com agrados, petiscos e brinquedos para que ele associe o gato a algo positivo. Peça para outra pessoa, nesse mesmo momento, oferecer petiscos ao gato ou distraí-lo com algum objeto. Com o passar dos dias, deixe que o cão se aproxime cada vez mais – sempre na guia – da caixa. Se um dos animais demonstrar agressividade, repreenda com firmeza! Se for o cão, diga “não!” e dê um leve tranquinho na guia. Gatos são mais sensíveis e uma batida bem leve na caixa, também com um “não” ou “ei!”, deve resolver. 21 6. O próximo passo é decisivo! Quando os dois animais se mostrarem confortáveis com a aproximação através da caixa – inclusive cheirando os focinhos sem nenhum sinal de estresse – é hora de soltar o gato. Faça isso em um ambiente não muito grande, como um quarto, e mantenha as janelas e portas bem fechadas. Mantenha o cão na guia, perto de você, e abra a porta da caixa. Permita que o gato saia no seu tempo e que se aproxime quando quiser. Novamente, não tolere agressividade e se o gato tentar um ataque – o que é raro nessa fase – tenha um borrifador com água. No correr dos dias, vá aumentado a guia disponível, de forma que o cão também possa se aproximar do felino e cheirá-lo. E lembre-se: a postura do dono é essencial para o sucesso. Quanto mais serenidade e segurança, melhor o resultado. 7. Quando você observar que eles estão convivendo tranquilamente no quarto, é hora de “passear” pela casa com o cão, ainda na guia.


Também é o momento de seguir com alguns hábitos, como ver TV, e observar como eles reagem quando você está “distraído(a)” ou ocupado(a), embora controlando o cachorro com a guia. 8. Após certificar-se de que eles estão tranquilos, de que não têm mais reações de ataque, é hora de soltar o cão. A supervisão, porém, deve continuar e eles não devem dormir soltos no mesmo lugar e nem ficar sozinhos no mesmo ambiente durante alguns meses.

O ajuste entre os pets, que basicamente envolve o domínio do território, pode demorar dias, semanas 22

e até meses. O resultado, porém, compensa!

Mais dicas

• Antes de adotar um novo animal de companhia, faça uma reflexão. Você terá tempo, disponibilidade e paciência para fazer a adaptação? • Nunca promova o encontro de um cão com um gato sem antes prepará-los. Podem ocorrer brigas, que colocarão o gato em risco de morte e o cão exposto a sérios ferimentos, como cegueira. • Observe, nessa fase, se os pets estão se alimentando normalmente, se estão dormindo e se mantêm os mesmos hábitos e comportamentos. Qualquer alteração, especialmente no apetite, pode indicar estresse. Nesse caso, faça a adaptação de forma ainda mais lenta. • Esteja atento à segurança, especialmente durante a adaptação. As janelas devem ser todas teladas e as portas precisam permanecer fechadas, para evitar fugas. • Gatos não devem comer a ração dos cães e os cães não devem ter acesso ao alimento dos gatos. Por isso, quando já estiverem convivendo soltos no mesmo ambiente, posicione a ração do gato em um lugar alto. Eles adoram os passeios aéreos e o cão não alcançará. • Durante a adaptação, retire do ambiente objetos que possam deixar os ânimos acirrados e gerar competição, como o brinquedo preferido ou o cobertor de estimação. • Mesmo que seja para brincar, não permita que o cão corra atrás do gato. Os felinos reagem muito mal a esse comportamento, fugindo assustados ou revidando com ataque. Repreenda o cão na hora! • Se há mais de um cão na casa, a adaptação deve ser individual e depois repetida com o grupo. Juntos, cães se sentem “em matilha” e podem alterar o comportamento com o felino.


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colunista de comportamento

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Soraia Mergulhão

Cães agressivos Saiba, com nossa especialista em comportamento, o que causa a agressividade em cães e como evitá-la Existem cães naturalmente bravos? Raças “perigosas”? E qual o papel do homem nesse comportamento inadequado? Nesta matéria vou mostrar o que leva um animal a ficar agressivo e de que forma as famílias podem evitar o problema. Raças “agressivas” Algumas raças de cães merecem um pouco mais de respeito e cuidado, como Rotweiller, Dobermann, Fila Brasileiro, Akita e outras. Não, eles não voam

em nosso pescoço de uma hora para outra ou ficam esperando atrás da porta quando a gente chega em casa para nos atacar como em um filme de terror. Mas, sim, são animais que devem ser respeitados e, principalmente, educados desde filhote – a partir do 2º mês de vida – para evitar transtornos. Raças pequenas, como Schnauzer, Basset e Pinscher, também podem ser agressivas por natureza, portanto, também vale a dica de treiná-los e socializá-los desde filhotes.


A intervenção humana Os cães das raças que citei não são “assassinos” como a mídia muitas vezes mostra. Eles podem se transformar em animais perigosos pela intervenção humana. E isso pode ocorrer de algumas formas, como: - quando ficam presos em corrente por longos períodos de tempo; - quando são afastados do convívio com pessoas, outros cães e animais; - quando são treinados propositalmente para ficarem agressivos. Em uma situação comum, sem esses fatores, um Rottweiler só atacaria nas seguintes condições: - proteção do território e/ou da família; - proteção dos filhotes; - proteção da comida; - dor intensa. Observem que estou usando a palavra “proteção”. O cão não quer “encrencas”, ele quer apenas viver a vidinha dele!

Qual é a diferença entre um Labrador e um Rotweiller? O Labrador tem, dentro de suas características de temperamento, uma índole dócil e, o mais importante, uma mordedura leve. Ou seja, não machuca. Já a mordedura do Rottweiler é mais pesada e pode até quebrar um osso. Citei o Labrador apenas como exemplo, já que é uma raça escolhida por muitas famílias. Evitando a agressividade Para evitar a agressividade, ensine a seu cão os comandos básicos de adestramento, como “senta, deita, fica” (há um vasto material na internet sobre o assunto e até vídeos), e aplique esses comandos em várias situações cotidianas, por exemplo: - ao servir a ração: “Max, senta!”; - você está passeando, encontra um conhecido, começa a bater um papo: “Max, senta!”; - ao atender a porta/portão: “Max, senta!”. Ao fazer isso você está mostrando ao cão que 25


ele precisa cumprir certas tarefas, que deve te obedecer e que não é ele quem manda. Existem alguns cães, chamados “alfa”, que são líderes naturais da matilha. Se você é um feliz sorteado em ter um desses em sua casa, é imprescindível que haja uma clara linha divisória entre o que ele quer fazer e o que ele pode fazer. Nesses casos, e em casos de alta agressividade, o melhor é contratar um profissional para ajudá-lo. Outras dicas Jamais acaricie ou conforte o seu cão enquanto ele estiver latindo para algo/alguém ou demonstrando sinais de uma agressividade indesejável. Ao tocar o cão você estará falando para ele: “Isso mesmo, Max, está certíssimo avançar naquela senhora gentil de 80

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anos!”. Carregar o seu cão quando ele estiver sendo agressivo é o mesmo que acariciá-lo, com agravante: sei de muitos casos de pessoas que foram mordidas no rosto ao tentar cumprimentar tutores de Poodles e Pinschers que estavam no colo. Além dessas medidas, mantenha seu peludo bem exercitado. Caminhadas 2 a 3 vezes por semana, com 40 minutos de duração, são muito úteis e ajudam a manter o nível de estresse bem baixo. E sempre tenha em mente que o cão, assim como nós, precisa saber qual é o papel dele no ambiente em que vive. Isso só é possível corrigindo o comportamento de forma sistemática e firme quando ele agir de maneira indesejável. Esse processo pode ser cansativo, mas as famílias que levaram a sério as responsabilidades e a educação do “filho peludo” foram brindadas com um verdadeiro e leal companheiro! Soraia Mergulhão trabalha com animais há mais de 15 anos e é discípula de Daniel S. Mills, Ph.D. em Comportamento Animal pela Lincoln University, no Reino Unido.


pet estrela

O cãozinho Boo, um Lulu da Pomerânia que esbanja fofura em fotos quase diárias, tem milhões de fãs no Facebook e posa para sua dona nas mais variadas situações. Com uma- tosa pouco usual para a raça – Boo passou por uma cirurgia, precisou ser tosado e “adotou” o corte –, ele encanta pelo ar infantil e pelas situações inusitadas, e humanas, em que é fotografado. Sua dona, uma discreta americana que trabalha no Facebook, não gosta de aparecer e pouco se sabe sobre ela. O sucesso de Boo é tão grande que ele virou tema de livro, bicho de pelúcia e já foi contratado para importantes campanhas publicitárias. Ele também visita crianças em hospitais, incentiva campanhas de adoção de animais abandonados, já foi tema de revistas e jornais e sempre é fotografado com celebridades. Vivendo com o amigo Buddy, outro Lulu da

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BOO -

o cão mais fofo do mundo! -

-

Reprodução

Pomerânia, Boo revela suas preferências: adora queijo, frango, flores, grama, terra. Seus brinquedos favoritos são barulhentos e sua cor preferida é rosa. Superfotogênico, Boo tem 7 anos. Impossível não se apaixonar!


curiosidade

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Além do gosto pessoal, algumas questões devem ser observadas ao escolher o nome do cão ou gato.

Como escolher o

nome do pet?


Os animais de companhia interpretam os sons de forma diferente de nós, humanos. Portanto, na hora de escolher o nome do seu melhor amigo, leve em conta essa e outras diferenças, e não só o seu gosto pessoal. O resultado? Ele responderá prontamente ao ser chamado. Veja nossas dicas: • Para que o animal se acostume com seu nome, é importante que toda a família use o mesmo termo, especialmente quando ele é filhote ou quando acabou de chegar na família. Se uma pessoa diz Toy, outra diz Tó e uma terceira diz Toyzinho, ele ficará confuso. Nessa fase, vale até repetir o nome com mais frequência, para que ele associe a palavra a si mesmo. Outras dicas: dirija-se a ele com tom amistoso e recompense sempre que ele obedecer ao chamado do nome. Também use no nome na hora do passeio. • Evite batizar o pet com palavras usadas no cotidiano. Novamente, ele pode ficar confuso e deixar de responder quando for chamado. • Não use o nome do pet ao fazer correções de comportamento. Diga apenas “não!”. • Os cães têm mais facilidade para entender palavras curtas, terminadas em vogais. Portanto, “Lui” é um nome melhor do que “Lindo Floco de Neve”. Seguindo a mesma lógica, ao repreender um cachorro, evite dizer “eu já disse para não fazer xixi no pé do sofá!”. Ele não compreenderá. • Cães tendem a responder mais prontamente ao seu nome do que os gatos. Esse é um comportamento natural, que não deve causar decepção. • Evite batizar o pet com nomes que lembrem o som da palavra “não”, como Fofão, Bolão, Coração, Tião. Esse som deve ser usado apenas para corrigir o comportamento. • Nomes que rimem com os comandos básicos – fica, senta, busca, deita e rola – também devem ser evitados. Uma cachorrinha chamada Lica, por exemplo, pode se confundir com o comando.

• Usar nomes humanos pode não ser uma boa ideia. Um cão é um cão, um gato é um gato. Escolher um nome de pet pode ajudar a evitar a humanização, que é muito prejudicial a todos. • Quem tem mais de um animal de companhia deve evitar nomes parecidos, para que os pets não se atrapalhem. • Tenha bom senso. Não batize o pet com nomes que possam gerar gozação das pessoas ou com termos pejorativos. Como mudar o nome de um cão? A situação é comum: um cão é adotado de uma ONG e os novos donos decidem mudar o nome. Nesse cenário, mesmo que ele seja adulto, basta repetir a palavra com frequência e promover o reforço positivo sempre que ele “responder”, como já contamos. Isso pode ser feito com petiscos, carinho, durante o passeio. Também é importante não pronunciar o nome antigo no início da transição. Para os animais, o nome não tem um “sentido”, não representa uma história na sociedade ou na família. Portanto, não há nenhum problema em mudá-lo. Os nomes preferidos No Brasil, os nomes de pets mais comuns, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal, são Mel, Nina, Billy, Bob, Susi, Princesa e Rex. Nos Estados Unidos, os nomes mais usados são Max, Molly, Buddy, Bella, Jake, Lucy, Bailey, Maggie, Rocky e Daisy.

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casa

Com hábitos simples e boas escolhas, é possível manter a casa sempre limpa e cheirosa

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Casa

com pet Ter um animal de companhia não precisa ser sinônimo de casa desorganizada, cheia de pelos, com móveis arranhados ou odores suspeitos. É possível manter tudo em ordem adotando hábitos simples e escolhendo os revestimentos e materiais certos. O piso Quem tem pet em casa deve optar por

pisos fáceis de limpar e que não retenham pelos. Por isso, os cerâmicos e porcelanatos são os mais indicados, de preferência com pouco distanciamento de rejunte. Os pisos de cimento, que estão na moda, também são uma boa opção, se forem impermeáveis. Já os pisos de madeira e mármore podem manchar, se houver um xixi fora do lugar, e não oferecem estabilidade


aos cães e gatos, pois são muito escorregadios. Os shops. Se o cãozinho usa a área de serviço tacos trazem outro problema: seus espaços são um como banheiro, o ideal é trocar os jornais e tapetes higiênicos duas vezes por dia. Já a caixa convite à proliferação de pulgas. de areia dos gatos deve ser limpa diariamente. Tapetes? Os melhores tapetes, nesse caso, são Aspirador, um grande aliado O aspirador os de material sintético como o nylon, que são mais fáceis de limpar. É importante também que de pó é essencial em uma casa com animais de companhia! Ele é o melhor acessório para sejam antiderrapantes (ou que estejam presos deixar o ambiente sem pelos, que acabam sob os móveis), que sejam sempre aspirados ficando suspensos no ar se a vassoura é (porque juntam pelos) e regularmente lavados usada. Algumas marcas, inclusive, possuem (para que não fiquem com um mau odor). aspiradores específicos para casas com pets. Sofás e Cia Se o pet sobe nos sofás e Organização Que tal fazer uma caixa de poltronas, as capas são a melhor forma de brinquedos para os animais de companhia? conservá-los. Práticas, elas podem ser lavadas Ela pode ser até de papelão, mas será muito na máquina e por isso é sempre bom ter dois útil para não deixar bolinhas e outros itens jogos. As mantas também ajudam a proteger esse tipo de móvel e podem ser feitas, inclusive, espalhados pelo chão. Os outros acessórios, como guias, roupas, ração etc, também podem com o mesmo tecido usado para revestir os ganhar um cantinho próprio, que pode ser uma sofás e poltronas. A escolha do tecido, aliás, é gaveta desocupada, um espaço no ármario ou muito importante para manter esses móveis mesmo uma caixa. sempre com aspecto de novos. As tramas impermeáveis ou fechadas são excelentes Segurança A segurança não pode ser opções e vale a pena investir em vinil, brim, esquecida e significa não ter plantas venenosas couro, sarja e chenile. Já os tecidos delicados, como linho, seda e algodão, correm sérios riscos no jardim, manter medicamentos e produtos de limpeza em lugares fechados e inacessíveis de ficarem danificados. Outra atitude inteligente e colocar telas em todas as janelas da casa – é mandar impermeabilizar o tecido. Por fim, se o pet costuma roer ou arranhar os pezinhos dos inclusive as basculantes – se houver gatos. sofás e poltronas, aposte nos cromados. E, para os gatos, em arranhadores. Limpeza Não é necessário um arsenal de produtos de limpeza para manter a casa cheirosa. O excesso de químicos pode, inclusive, fazer mal aos moradores e aos animais de companhia. Alguns itens naturais, como vinagre, bicarbonato e limão, quando diluídos em água, são excelentes para neutralizar odores e limpar pisos! Para xixi fora do lugar, aplique vinagre puro no local ou produtos que transformam a urina em pó, vendidos em pet

Dicas • A higiene do próprio pet é essencial para uma casa cheirosa. Por isso, se você tem um cão, providencie banhos a cada 15 dias e escove-o diariamente. • Se o gato insiste em roer os pés dos móveis, forre-os com fita adesiva ou papel alumínio e ofereça um arranhador. Em poucos dias ele vai se acostumar com o acessório e desistir dos móveis. Você poderá, então, retirar o “truque”.

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tecnologia

Aplicativos

para quem tem pet

Os aplicativos podem ser muito úteis e divertidos para cuidar bem dos pets e aprender mais sobre eles. Conheça uma seleção que é pura tecnologia! Petphone Disponível apenas para iOS, o Petphone funciona como um arquivo em que é possível guardar todas as informações sobre o animal de companhia, como vacinas, medicações, alergias, peso, altura, raça, foto. Com esses dados, ele monta gráficos muito úteis, que incluem, por exemplo, o controle do peso do animal. 32

Pet First Aid Esse aplicativo, que possui infográficos, vídeos e fotos, ajuda a identificar os principais problemas de saúde e ensina como se comportar em caso de acidente com o seu animal de companhia. Ele também permite controlar a vacinação. Disponível para iOS e Android, versão que conta com um bulário de medicamentos. Vale lembrar que o Pet First Aid apenas orienta e não substitui o veterinário. MapMyDogwalk Passear é essencial para os cães e dá uma forcinha também para melhorar a saúde dos donos. Com o MapMyDogwalk, é possível traçar uma rota de caminhada através do GPS do celular e medir a distância percorrida, a velocidade da caminhada, as calorias perdidas e até as elevações do terreno. Ele também registra as rotas preferidas, permite acompanhar a nutrição do pet e compartilha as informações nas redes sociais. Para Android e iOS.

All Pets Radio Disponível apenas para iOS, o All Pets Radio conecta o usuário a uma rádio que transmite informações variadas sobre os animais. Em inglês. Shake & Bark Para desfrutar do divertido Shake & Bark – que é muito simples, mas adorado nos Estados Unidos – é preciso tirar uma foto do cão, gravar seu latido e digitar seu nome. Então, basta agitar o iPhone para ouvi-lo latir. Somente para iOS. Jogos para os gatos Gatos adoram brincar com os joguinhos dos tablets! Por isso, a Friskies® lançou uma série de brincadeiras para divertir os pets sortudos que têm acesso à tecnologia, com “cores, movimento e jogabilidade pesquisados ​​ e testados para o máximo de diversão felina”. Os jogos podem ser encontrados no site www. gamesforcats.com e também prometem boas risadas para os donos. Dica: aplique uma película protetora na tela do aparelho antes de oferecer a diversão ao gato.


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produtos e lançamentos Produto transforma urina em pó Seca Xixi foi desenvolvido para facilitar a limpeza da urina e de excrementos líquidos dos pets. O produto, quando colocado sobre o xixi, transforma a substância em um gel seco, facilitando a sua remoção e evitando a impregnação no piso. Por fim, Seca Xixi deixa uma leve fragrância de limpeza no ambiente.

Nutrição balanceada Os coelhos são animais dóceis que necessitam de cuidados especiais e de uma dieta saudável quando são criados como pets. Nutrirabbit, da Nutriconpet, é um alimento completo e elaborado especialmente para atender às exigências nutricionais de coelhos de pequeno e grande porte. Rico em vitaminas A e C, complexo B e probióticos, além de cenoura e alfafa – que são fontes de fibras essenciais para o crescimento saudável do pet – o alimento garante o bem-estar, a beleza dos pelos e a saúde dos coelhinhos!

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Casinhas cheias de charme! As divertidas casinhas para cães e gatos Cave, da Guisa Pet, são feitas de polipropileno injetado com tratamento UV, anti-mofo e anti-estático. Elas repelem poeira, não retêm odor e são à prova de mordidas e arranhões. Além disso, são lindas, aconchegantes e muito confortáveis!


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produtos e lançamentos Funny Bird oferece abrigo para os pássaros Nada mais gostoso do que ver os pássaros voando livres e, de vez em quando, visitando nossa casa! A supercharmosa Casinha Funny Bird oferece abrigo para as aves e também pode ser usada como alimentador, atraindo-as para quintais, janelas ou varandas.

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Praticidade nos passeios Os cães adoram e precisam passear. Porém, em algumas situações, – como filhotes ainda não imunizados, animais muito idosos ou com dificuldade de locomoção – o carrinho para cães Globetrotter pode ser muito útil para proporcionar momentos de distração e lazer. O produto é feito com material resistente, ideal para ser usado com cães de até 9kg. Também é equipado com um pequeno teto solar para proteger o pet do sol, frio e da chuva, possui diversos bolsos e um pequeno cesto na parte inferior, que pode ser utilizado para transportar líquidos e objetos. O carrinho Globetrotter é leve, pode ser dobrado e transportado no porta-malas do carro e possui travas de segurança nas rodas

Escova promete reduzir queda de pelos A escova Neopet é recomendada para cães – de pelagem curta e acima dos 40kg – e cavalos, e promete reduzir a queda de pelos em até 90%! Com lâmina de aço inoxidável de 12,7cm, ela retira suavemente os subpelos e os pelos mortos do pet e ainda possui botão ejetor, que facilita a limpeza da lâmina durante a escovação.


Cama criativa utiliza camiseta do dono! A Torafu Architects lançou uma cama cheia de charme para os pets, que, além de fácil montagem, utiliza uma camiseta dos donos! Os dois modelos disponíveis da Wanmock são formados por peças destacáveis que vêm em um kit. É só montar, escolher uma camiseta e pronto! O animal terá um cantinho com o cheiro do dono! Para quem gosta de trabalhos manuais, a Torafu Architects também disponibiliza o molde para impressão e corte da madeira. A Wanmock é feita para cães com peso entre 6 e 8kg e cada kit custa US$ 235,00. Saiba mais aqui: http://store. architecturefordogs.com/products/wanmock-kit

Guia dos hamsters Esse livro é um verdadeiro guia prático para todos aqueles que querem saber mais sobre esses pequenos e cativantes animais, conhecidos por sua sociabilidade, doçura, independência, inteligência e mansidão. No livro “Hamsters”, de Márcio Infante Vieira, é possível conhecer as características desses pequeninos pets, aprender a acompanhar o seu crescimento, saber mais sobre sua alimentação, características, saúde e até como segurá-los! Da Prata Editora.

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Brinquedo inteligente pode oferecer “sorvete” A linha Busy Buddy é composta por brinquedos que liberam petiscos aos poucos para o cão, garantindo a distração e estimulando o raciocínio. A vazão do alimento pode ser ajustada para aumentar ou diminuir a dificuldade e, nos dias de verão, é possível adicionar água à comida dentro do brinquedo e levá-lo ao congelador para criar um «sorvete» que os pets vão adorar!


produtos e lançamentos Projeto SalvaCão lança camisetas O Projeto SalvaCão, que desde março de 2011 já resgatou mais de 50 cães, lançou uma série de camisetas que terão a venda revertida para os cuidados com os animais. Os cães resgatados pelo SalvaCão ficam hospedados, até a adoção, em espaços com área de lazer, têm acompanhamento veterinário, recebem adestramento e trabalho de socialização, se necessário. As supertransadas camisetas, que têm design de Vitor Collos, estão disponíveis em 7 modelos e tamanhos variados na loja virtual do grupo: http://loja.projetosalvacao.org

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Alimentador é pura tecnologia! O Alimentador Eletrônico Eatwell é perfeito para fornecer ração para o pet quando os donos não estão em casa. Com o modelo Plus é possível programar até cinco refeições durante um mesmo dia, uma refeição ao dia durante cinco dias ou qualquer outra combinação. A operação é rápida e fácil! Basta encher os cinco compartimentos com a quantidade ideal de ração e definir o horário de abertura para cada espaço. Pronto! Na hora exata o alimentador fornecerá ração para o pet. O produto funciona por meio de bateria, assegurando que o animal não fique sem alimento caso acabe a energia.

Higiene e graça no habitat dos hamsters! O banheirinho para hamsters Koky Toilet permite que o pequeno pet faça as necessidades em um único lugar, mantendo o habitat mais limpo. A parte superior, em plástico transparente, está equipada com orifícios para circulação de ar no banheirinho e o produto vem com um saco de grãos absorventes, além de uma colher de plástico para a limpeza.


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saúde

Guia de

primeiros socorros

Saiba como agir em situações de emergência até que o pet possa receber atendimento veterinário

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Ninguém está livre de ver seu animalzinho de estimação em uma situação de emergência. Nesses momentos, três coisas são essenciais para salvar a vida do pet: tranquilidade, saber como agir e buscar atendimento veterinário rapidamente. Nesta matéria você encontrará orientações de primeiros socorros para os principais problemas que podem ocorrer com os animais de companhia. Intoxicação e envenenamento Em caso de intoxicação ou envenenamento por produto não abrasivo – como remédios e plantas tóxicas – devese, nas primeiras duas horas, provocar o vômito. Uma forte salmoura, feita com 2 colheres de sopa de sal em 1 copo de água morna, colocada no canto da boca do animal com seringa, ajuda no procedimento. Se o produto for abrasivo, como itens de limpeza, não é recomendável a indução do vômito, e a salmoura deve ser substituída por clara de ovo, que protegerá as mucosas até o atendimento veterinário. Comprimidos de carvão ativado, encontrados em qualquer farmácia, também são bons para ambas as situações. “Eles devem ser diluídos em água na proporção de 1g para cada 5ml de água e oferecidos na seringa. E é muito importante não provocar o vômito se o animal estiver desacordado”, explica a veterinária Camilla P. Camargo.

assustados. A convulsão tem causas variadas que devem ser investigadas rapidamente. Cortes e ferimentos Lave o local com soro fisiológico e comprima com um pano limpo ou gaze para estancar o sangramento. “Procure imediatamente o veterinário, pois cortes devem ser suturados em no máximo 6 horas”, diz Camilla.

Picadas de cobras e insetos Nessas situações, o pet pode apresentar inchaço no local, que fica roxo ou avermelhado, grande desconforto, confusão e até choque. Segundo a veterinária Camilla, os procedimentos de emergência incluem: não permitir que ele se movimente muito, aplicar soro fisiológico e uma bolsa de gelo no local da Convulsões Elas duram segundos, mas picada e providenciar o transporte imediato para são muito assustadoras para os donos! Entre o veterinário. Se for possível, deve-se identificar os sintomas da convulsão estão: movimentos o inseto ou cobra que picou o animal e, se a espasmódicos, travamento da mandíbula e salivação excessiva. O animal em geral cai no chão temperatura corporal começar a cair, ele deve ser aquecido com panos e cobertores. Importante: e também pode fazer xixi e cocô. Nessa situação, apenas afaste qualquer coisa que possa machucá- torniquetes, remédios caseiros ou cortes propositais sobre a lesão são totalmente contraindicados! lo e tente segurar sua cabeça com o pescoço o mais esticado possível, para ajudar a respiração. Não tente abrir a boca do pet. Quando a convulsão Fraturas Geralmente causadas por atropelamentos, as fraturas possuem alguns terminar, evite barulhos e movimentos bruscos, sintomas, tais como inchaço, dor (o animal pode pois é comum eles se mostrarem confusos e

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No primeiro Hospital Público Veterinário do Brasil, que funciona na cidade de São Paulo, os casos mais comuns no atendimento de emergência são de atropelamentos, tumores crônicos e doenças infecciosas. Esses problemas podem ser evitados com responsabilidade, castração e vacinação. ficar muito amuado ou agressivo) e hematoma. Tente localizar o local da fratura e improvise uma tala, com um pedaço de madeira ou outro objeto firme e um pano. Se a fratura for exposta, irrigue o local com soro fisiológico e não cubra. Apenas impeça o animal de se movimentar até receber atendimento.

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Desmaios Assim como as convulsões, os desmaios têm causas variadas. Comece o socorro retirando a coleira e elevando a parte traseira do

animal de forma que sua cabeça fique mais baixa que o corpo, para que aumente a oxigenação no cérebro. Se ele não acordar, massageie seu corpo vigorosamente para estimular a circulação e repita o procedimento de levantar a região traseira do corpo. Não ofereça cheiros fortes, como amoníaco ou vinagre. Se não funcionar, inicie os procedimentos de ressuscitação em parada cardiorrespiratória. Parada cardiorrespiratória Ela pode ser causada por atropelamentos, choques elétricos, quedas, problemas de saúde pré-existentes etc. E exige serenidade dos donos até a chegada do atendimento médico-veterinário. “Ao perceber que o animal não está respirando, deite-o sobre o lado direito do corpo e verifique se há algum objeto obstruindo as vias aéreas superiores. Se houver e estiver próximo à boca, retire-o com uma pinça longa. Se a localização for mais profunda, não tente empurrá-lo e pressione fortemente as costelas para expulsá-lo. Comece, então, a respiração artificial.


Em uma emergência veterinária, não é incomum que até animais dóceis fiquem agressivos em função da dor, medo ou desconforto. Portanto, para prestar os primeiros socorros e ajudar seu pet, improvise uma focinheira com um pano limpo, sempre se certificando de que ela não dificulta a respiração. Feche a boca do animal, eleve a cabeça dele e assopre, encostando a sua boca no focinho, até que o peito do animal se eleve. Em seguida, deite a cabeça do pet e comprima o peito, para que o ar saia. Esse procedimento deve ser repetido de 8 a 10 vezes em 1 minuto. Ao mesmo tempo, providencie a massagem cardíaca posicionando as duas mãos sobre o coração do animal e pressione de maneira firme e rápida como se estivesse bombeando. No caso de gatos ou cães bem pequenos, faça a massagem com as pontas dos dedos. A cada 6 massagens, intercale uma respiração artificial até que o animal acorde”, orienta a veterinária.

Ter em casa uma “farmacinha básica” para seu pet ajuda muito nos primeiros socorros! Confira os produtos que devem ser usados na maioria das situações de emergência: Analgésico de uso veterinário*, antisséptico, líquido, compressas de gaze, comprimidos de carvão ativado, esparadrapo, focinheira, lanterna para observar boca e garganta, luvas descartáveis, pinça longa, pomada antibiótica*, seringa sem agulha para aplicar medicamento líquido, soro fisiológico, tala e atadura, termômetro, tesoura sem ponta • Esses medicamentos devem ser receitados pelo veterinário e usados sob sua orientação

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PEDIGREE® Adotar é tudo de bom completa 5 anos e comemora a adoção de mais de 40 mil cães! Desde novembro de 2008, quando ocorreu a primeira adoção do programa Adotar é tudo de bom, mais de 40 mil cães encontraram uma família por meio do trabalho de 33 ONGs parceiras, em 11 estados brasileiros. Para comemorar esses números, a PEDIGREE® lançou um vídeo com locução da madrinha do programa, Xuxa Meneghel. E a cada visualização, a marca doará uma refeição às ONGs parceiras! Iniciativa global Existem milhões de cães abandonados no Brasil e 70% deles acabam em abrigos, sendo que 90% nunca encontrarão um 44 lar. O programa PEDIGREE® Adotar é tudo de bom tem como objetivo mudar essa realidade por meio da sensibilização, conscientização e mobilização da população para a causa; do apoio aos abrigos que resgatam e promovem a

adoção consciente e da educação da população sobre a guarda responsável. As iniciativas de PEDIGREE® Adotar é tudo de bom, que está em seu quarto ano no Brasil, só têm se multiplicado. Além de renovar seu compromisso de doar até R$ 1 milhão ao iniciar seu quarto ano no Brasil, o programa possui, entre outras atividades, seminários de capacitação de ONGs, o apoio de diversas personalidades e ações importantes para a mobilização da população para a causa. O programa PEDIGREE® Adotar é tudo de bom surgiu nos Estados Unidos como parte da iniciativa global da Mars, Incorporated, empresa detentora da marca PEDIGREE®. Ele também está presente em países como Reino Unido, Nova Zelândia, Austrália e México, ajudando a transformar em realidade a visão da Mars Petcare: tornar o mundo um lugar melhor para os pets.


Se você está lendo a Mais Que Pet em um dispositivo móvel, Veja o vídeo e ajude a PEDIGREE® a alimentar os cães abrigados!

caso você esteja visualizando a Mais que pet no seu computador acesse o link abaixo no youtube http://www.youtube.com/watch?v=MXR5jh-PpnI&feature=youtu.be 45


capa

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férias boas pra cachorro! Neste guia, você encontrará todas as dicas para viajar com seu animal ou hospedá-lo durante as férias

As tão desejadas férias de verão chegaram! Momento de diversão, descanso e, para muitas pessoas, hora também de viajar. Mas, e o animal de companhia nesse cenário? Viaja junto com a família? Fica hospedado em um hotel para pets? Ou com amigos e familiares? Nesta matéria, que é um verdadeiro guia, mostramos todas as opções e damos dicas valiosas. Viajando de carro Ao pegar a estrada, o primeiro cuidado deve ser com a forma como o animal vai viajar dentro do carro. O Código Brasileiro de Trânsito estabelece no artigo 235 que eles não podem ficar soltos dentro do veículo, e o Inciso II do artigo 252 é bastante claro: conduzir animais à esquerda ou entre braços e pernas do motorista é infração média, acarretando quatro pontos no prontuário do condutor, mais pagamento de multa. A situação piora se o animal estiver sendo transportado em partes externas do veículo, como caçambas

de camionetes. Essa ação é considerada infração grave e gera cinco pontos na carteira. Além da lei, animais soltos podem se ferir em caso de freadas ou curvas e ir até os pedais, atrapalhando o motorista. Permitir que eles viagem com a cabecinha na janela (os cães adoram essa prática porque recebem muitos cheiros diferentes através do vento) é um péssimo hábito: pode causar fugas, acidentes e otites. Para viajar de forma segura – e dentro da lei –, a solução são as caixas de transporte, para cães pequenos, médios e gatos, e o cinto de segurança, para animais maiores. As caixas devem ter boa ventilação e serem presas ao cinto de segurança do veículo. Já os cintos próprios para cães, encontrados em pet shops, têm tamanhos e modelos variados – com ou sem colete peitoral, com adaptador de tamanho etc – e também são atados ao cinto de segurança do carro. Outras dicas Evite viajar em horários de muito

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Em viagens longas, pare o carro a cada duas horas, ofereça água e deixe que ele caminhe para fazer xixi e se movimentar. trânsito e sempre observe a temperatura dentro do veículo. Língua de fora e respiração ofegante são sinais de calor. Nesse caso, vidros abertos ou ar-condicionado ligado evitam mal-estar e o risco de desidratação. Lembre-se também de jamais deixar o pet sozinho dentro do carro fechado. Sem ventilação, ele pode morrer rapidamente! Em viagens longas, pare o carro a cada duas horas, ofereça água e deixe que ele caminhe para fazer xixi e se movimentar. Animais que enjoam não devem receber ração antes da viagem e o uso de medicamentos antieméticos pode ser indicado, sempre com supervisão do veterinário. É importante ter cuidado na hora de sair com o pet do carro e sempre prender a guia à coleira antes de abrir a porta. Animais mais ariscos ou medrosos podem se assustar e correr para a estrada. No caso dos gatos, vale servir água dentro do veículo, salvo se eles estiverem acostumados a andar na guia. Vale lembrar, também, que quanto mais acostumado o pet estiver a andar de carro, mais tranquila a viagem. Especialistas em comportamento sugerem que desde filhotes eles saiam com os donos no veículo. Se não é o caso do seu animal, passeie com ele de carro para condicioná-lo alguns dias antes das férias. Estabelecimentos pet friendly Quem vai viajar com o pet e ficar hospedado em hotel, deve certificar-se antes de que ele será aceito. Atualmente, há cada vez mais estabelecimentos pet friendly no Brasil e isso significa muito mais do que permitir a presença dos animais. Esses hotéis oferecem atividades para os cães, espaços próprios para brincadeiras e interação com outros animais e até vasilhas e tapetes higiênicos nos quartos.

Viagem aérea Viagens aéreas precisam de planejamento e antecedência. E envolvem, basicamente, duas questões: a parte prática e burocrática e o preparo do animal. O primeiro passo é consultar a companhia aérea, verificar a disponibilidade de espaço e fazer a reserva. O transporte de animais é pago e é válido pesquisar os antecedentes da empresa. Muitas delas, inclusive brasileiras, já foram negligentes nesse tipo de serviço, o que levou a fugas e até mortes. Esse é momento também de conhecer as regras, que variam de companhia para companhia. De forma geral, animais bem pequenos podem viajar na cabine com os donos, dentro de caixas de transporte. Os demais viajam, também em caixas, no porão, que é pressurizado e climatizado. A caixa, nesse caso, deve ser resistente e de boa qualidade, 49 para evitar danos e fugas, e ter espaço suficiente para o animal ficar em pé e dar uma volta em torno de si mesmo. Por outro lado, caixas muito grandes podem ser perigosas. Em caso de turbulência, o pet pode se machucar ao bater nas laterais. A documentação para a viagem inclui, geralmente, a carteira de vacinação em dia, certificado sanitário e atestado de saúde, mas, como já dissemos, é sempre importante conhecer as regras de cada empresa aérea, que, em geral, estão disponíveis nos sites. Viagens internacionais são mais complexas e exigem pesquisa, pois cada país tem regras próprias para a entrada de animais de companhia. A microchipagem é sempre obrigatória, além de uma série de documentos e atestados. Além disso, em alguns países, como os do Reino Unido, o animal deve permanecer em quarentena. Portanto, não é uma boa opção para as férias. Ao fazer uma viagem


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Viagens aéreas precisam de planejamento e antecedência. E envolvem, basicamente, duas questões: a parte burocrática e o preparo do animal. internacional com o pet, contratar empresas especializadas em organizar a documentação, que é extensa, é sempre uma boa ideia para evitar erros, problemas e imprevistos. Por fim, a partir de 2014, os cães e gatos que forem viajar precisarão de passaporte próprio (veja o box nesta matéria). O preparo do pet Para os animais, uma viagem aérea é sempre estressante. Porém, algumas medidas reduzem o desconforto. O primeiro passo é consultar o veterinário e checar as condições de saúde do animal. Para

os cardíacos, por exemplo, a viagem pode não ser indicada. Depois, vale a pena fazer um bom condicionamento, especialmente em caso de voos longos. A publicitária Alexandra Gonçalves Dias, que adotou o cão Rusty quando morava nos Estados Unidos, conta sua experiência ao prepará-lo para a viagem ao Brasil: “Compramos a caixa de transporte e, durante vários dias, fizemos o condicionamento. No início, ele passava poucas horas dentro da caixa. Fomos aumentando o tempo gradualmente até que, dias depois, Rusty dormiu a noite toda dentro dela, sem nenhum problema.


A capacidade de experimentar emoções positivas, como afeto e recompensa. mostra que os cães têm um nível de sensibilidade comparável ao de uma criança humana

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É importante ter cuidado na hora de sair com o pet do carro e sempre prender a guia à coleira antes de abrir a porta. Animais mais ariscos ou medrosos podem se assustar e correr para a estrada. Dessa forma, ficou mais preparado para um voo de 12 horas”. Colocar um brinquedo ou paninho de estimação dentro da caixa também é uma boa ideia. Já o uso de medicamentos tranquilizantes não é aconselhado, segundo o veterinário Luiz Douglas Rodrigues Júnior. “A sedação precisa ser acompanhada de perto, por isso não indico para animais que estarão sozinhos. Por outro lado, remédios fitoterápicos, que deixam o pet mais tranquilo, podem ser usados. Nesse caso, os donos devem começar o uso alguns dias antes da viagem, sempre com orientação. O mesmo ocorre com os remédios para vômitos: devem ser usados com prescrição do veterinário”, explica. Durante o voo, em geral, as companhias permitem que o animal tenha água à sua disposição, em vasilhas que ficam presas às caixas. Já a alimentação não é indicada, para evitar mal- estar. Cuidadores Muitos donos optam por deixar os pets sob os cuidados de amigos e familiares. Nesse caso, é imprescindível que o animal esteja acostumado à essas pessoas e que goste delas. As questões que envolvem segurança também são importantes: portões e portas ficam sempre fechados? Há outros animais na casa? Se sim, se dão bem com o hóspede? No caso de gato, a casa que vai hospedá-lo tem telas? Manter a rotina também ajuda o pet a ficar longe dos donos. Isso significa não mudar a alimentação, respeitar os horários de passeios etc. Outra opção cada vez mais utilizada é o uso de pet sitters, profissionais que cuidam dos animais de companhia, enquanto a família está fora. A atitude mais importante, nesse caso, é buscar referências do profissional, conhecê-

lo – e permitir que o pet o conheça! – antes da viagem e combinar os passeios e visitas para os cuidados. De forma geral, é aconselhável que o pet sitter visite o animal mais do que uma vez por dia, para trocar a água e dar ração, brincar e passear. No caso daqueles que levam os pets para casa, os cuidados devem ser redobrados. Visite o local e certifique-se de que é limpo e seguro. Procure saber também se os demais animais hospedados têm boa saúde e vacinação em dia. Vale lembrar que esse tipo de hospedagem só é indicado para animais que têm boa interação com outros animais. Caso contrário, eles se sentirão mais seguros em seu próprio ambiente. Hotéis Hotéis especializados em hospedar 53 animais tem sido uma opção cada vez mais utilizada pelos donos. Práticos, seguros e repletos de atividades de lazer, eles garantem que o animal se divirta, enquanto os donos saem de férias. Porém, assim como no caso dos pet sitters, eles devem ser avaliados e, os animais, adaptados antes da ausência dos donos.


Nós conversamos com o zootecnista Renato Zanetti, proprietário do Dog Solution, que deu importantes dicas para escolher um bom hotel. MQP: Quais cuidados devem ser tomados ao escolher um hotel para o cachorro? Renato: Conhecer o local com antecedência e levar o cão para um período de adaptação. Certificar-se de que exista uma exigência de vacinas para todos os cães e conhecer o protocolo de limpeza do local. Saber a qualificação profissional das pessoas que cuidarão do cão e identificar a segurança do local e as barreiras que impedem o animal de acessar a rua. Além disso, observar se as atividades físicas e mentais oferecidas estão de acordo com as necessidades do animal. MQP: Como preparar os animais mais sensíveis e ariscos para uma temporada em um hotel? Renato: Todos os cães que ficarão hospedados 54 devem passar por um período de adaptação. Esse tempo é importante para identificar se o cão está apto para uma temporada longe da família e prepará-lo para esse momento. O cão irá se familiarizar com o local, conhecerá as pessoas que cuidarão da sua alimentação, lazer e saúde, se socializará com outros cães, que também estarão hospedados, bem como conhecerá a rotina de horários e atividades. Como esse período varia de cão para cão, não é possível definir se um ou dois dias são adequados para que ele esteja adaptado. Em um primeiro momento, alguns cães não estarão suficientemente à vontade para expressar

seus comportamentos natos. Além disso, nada garante que naquele único dia acontecerão eventos que possam tirar o cão do seu equilíbrio (barulhos diferentes, chuva, trovoadas ou fogos de artifício). A busca por um hotel de cachorro não pode acontecer na última hora. Criar um relacionamento com as pessoas que cuidarão do animal na ausência dos donos e conhecer a qualidade dos serviços prestados tornarão a viagem mais tranquila e a permanência do seu cão mais segura. A melhor forma de garantir uma hospedagem de qualidade é utilizar o serviço de Day Care (quando os cães chegam pela manhã e vão para casa no final do dia) antes da data da viagem. Dessa forma, o cão entenderá que aquele local é legal, que seu dono sempre aparece para buscá-lo e ele ainda tem tempo para mostrar sinais de que está bem adaptado, como brincar e se alimentar, interagir com outros cães, encontrar um local para repouso, não ficar ansioso esperando o dono, reagir de forma positiva a barulhos diferentes, se adaptar aos horários de alimentação, repouso e atividades. É preciso que sejam criadas associações positivas do cão com o local em que ficará hospedado. Quanto mais longa for essa adaptação, maiores serão as referências positivas que ele terá do lugar. MQP: O que o hotel deve oferecer minimamente para o animal? Renato: Protocolos de segurança, eficaz controle de doenças, rígido sistema de limpeza, rotina de atividades físicas e mentais, cães sociáveis, foco no equilíbrio e bem-estar dos animais, equipe treinada e com experiência comprovada no trato com os cães.

“Todos os cães que ficarão hospedados devem passar por um período de adaptação. Esse tempo é importante para identificar se o cão está apto para uma temporada longe da família e prepará-lo para esse momento”


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Cães e gatos deverão ter passaporte a partir de 2014 A partir do começo de 2014, cães e gatos vão precisar de passaporte para viajar. Criado pelo MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento –, o documento será expedido em português, inglês e espanhol e terá informações como: nome completo e endereço do tutor; nome, espécie, raça, sexo, pelagem e data estimada de nascimento do animal, além de identificação eletrônica por meio de microchip. O passaporte ainda terá dados sobre a vacinação e exame clínico realizado pelo médico veterinário responsável. Já a fotografia, que não será obrigatória, terá 5x7cm. O documento será válido para trânsito no território brasileiro e em todos os países que o reconheçam como documento equivalente ao certificado sanitário de origem. Para solicitar o Passaporte para Trânsito de Cães e Gatos, os donos devem ir até as Unidades do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional localizadas em portos, aeroportos, postos de fronteira e aduanas especiais. O documento será feito e fornecido gratuitamente pelo Ministério da Agricultura. E, para consegui-lo, deve-se apresentar um atestado de saúde, a carteira de vacinação e o animal deve ser microchipado.

A mala do pet • Brinquedos • Caminha • Carteira de vacinação • Guia, coleira e plaquinha de identificação com telefone e DDD • Manta e paninhos de conforto • Medicamentos em uso • Outros documentos (no caso de viagens internacionais) • Petiscos • Produtos de higiene (escova, xampu, condicionador, toalhas, escova, pasta de dentes etc) • Ração • Roupa com cheiro dos donos, caso o pet fique em hotel ou com pet sitter • Saquinhos para recolher o cocô • Tapete higiênico • Telefone de familiares e amigos, caso o pet fique em hotel ou com pet sitter • Telefone do veterinário ou de clínica 24 horas no destino da viagem • Vasilhas de água e comida

Vai viajar com o cão para a praia? Converse antes com o veterinário e proteja o animal contra a dirofilariose, verminose que atinge o coração e é causada por um mosquito que habita o litoral.


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Pela lente galeria

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Mary Shannon Johnstone

do amor


Animais de companhia e lentes das câmeras têm uma relação íntima. Quem nunca fotografou seu pet em poses variadas? Nesta matéria, você vai conhecer o trabalho de três fotógrafas muito especiais. Com enfoques – e em países – diferentes, elas retratam cães e gatos em imagens cheias de emoção, sensibilidade e humor. Inspiradoras, as fotos mostram mais do que beleza. Elas registram para sempre o que nos une aos animais.

carro e um pouco de atenção individual”, diz. As lindas fotos de Mary viraram um livro, com renda revertida para a compra de medicação para os animais. A boa notícia? Até novembro de 2013, dos 66 cães fotografados, 45 foram adotados e ganharam novas famílias! Para conhecer melhor esse emocionante trabalho, acesse o site: www. landfilldogs.com

Conheça o emocionante trabalho de três fotógrafas que retratam cães e gatos

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Mary Shannon Johnstone

Os cães do aterro A americana Mary Shannon Johnstone já foi premiada inúmeras vezes por seus trabalhos fotográficos. A série de imagens que ela faz com cães, entretanto, parece ser sua realização mais importante: Mary retrata animais que, abandonados, serão eutanasiados (prática permitida em alguns estados americanos) se não encontrarem novas famílias. As fotos, que emocionam e fazem refletir, são feitas em um aterro sanitário. O que, a princípio, causa estranheza, tem um motivo: segundo Mary, o aterro será o destino final desses animais, se não houver a adoção. “O aterro sanitário é usado por duas razões. Em primeiro lugar, esse é o lugar onde os cães vão acabar se não encontrarem um lar. Seus corpos serão enterrados no fundo do aterro, junto com o nosso lixo. A segunda razão para a escolha é porque o abrigo animal está sob mesma gestão que o aterro sanitário. Essa estrutura do governo reflete um valor social: gatos e cães desabrigados são apenas resíduos. Essas fotografias oferecerem a última oportunidade para os cães encontrarem novos lares”, conta Mary. Semanalmente – desde 2012 e até o início de 2014, tempo que vai durar o projeto – a fotógrafa busca os cães no abrigo e passa duas horas com eles no aterro. “Eles ganham um passeio de


Mary Shannon Johnstone 60

“O aterro sanitário é usado porque é o lugar onde os cães vão acabar se não encontrarem um lar e porque essa estrutura reflete um valor social: gatos e cães desabrigados são apenas resíduos”


Bom humor e irreverência Sophie Gamand nasceu em um vilarejo perto de Lyon, na França, mas escolheu Nova York como lar. Com um apurado senso de humor, estilo próprio e um grande talento para registar os melhores momentos e poses, ela fotografa pets em sessões individuais e também para livros e revistas. “Acredito que a Fotografia Pet está subrepresentada no mundo da fotografia e, muitas vezes, é considerada como uma forma de arte inferior. Eu me esforço para mostrar ao mundo como ela pode ser uma verdadeira forma de arte em si, enquanto explora a sociedade humana por meio das coisas que fazemos com nossos animais de estimação”, diz Sophie. A fotógrafa também doa seu tempo e habilidade para o Projeto Sato, que resgata animais abandonados em Porto Rico. Para conhecer mais fotos e o trabalho de Sophie, veja o site: www.strikingpaws.com

Sophie Gamand

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62 Sophie Gamand


Debora Mattos

Talento brasileiro! A representante do Brasil nesta matéria esbanja talento! Especializada em pets, Debora Mattos, de Santa Catarina, fotografa cachorros, gatos, passarinhos, cavalos, coelhos, cobras... O importante, para ela, é ter um registro com sentimentos e expressões não só do pet, mas também da relação com o dono. “São quase três horas de trabalho. Meia hora é só para o animal me conhecer e ter afinidade com o equipamento, para que ele não me veja como uma intrusa”, explica Debora, que está fazendo um curso de adestramento para entender melhor seus clientes. Formada em Artes Visuais e com Curso de Fotografia pelo Centro Europeu, Debora sempre

gostou de fotografar. E, com cinco cachorros em casa, ela não teve dúvida de que o caminho seria registrar as travessuras dos pets. “Eu não costumo trabalhar em estúdio. O legal é na casa dos donos ou em um lugar aberto, pois as fotos traduzem o que eles estão sentido. A ideia é fazer algo natural, ou seja, registrar o momento, o sentimento”, completa. Assim como Mary e Sophie, Debora também faz um trabalho solidário em instituições de Joinville. Os animais que estão para adoção são fotografados por ela, para divulgar a causa e conquistar a atenção de novos adotantes. Conheça o trabalho de Debora aqui: www.facebook.com/ DeboraMattosFotografiaPet

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Debora Mattos 64

Confira as dicas de Debora Mattos para tirar lindas fotos do seu melhor amigo: • Antes de começar a fotografar, o ideal é que seu animal conheça o equipamento. Ele tem que se sentir à vontade • Petiscos são sempre bem-vindos para fazer o animal olhar para a câmera • Para ter um bom resultado, o dono deve ficar na mesma linha do olhar do animal, se ajoelhando ou deitando. Isso não é uma regra, mas, às vezes, quando tiramos fotos dos animais de cima pra baixo temos a sensação de que eles estão acuados • A iluminação é imprescindível. Leve seu animalzinho para o jardim e fotografe-o ao ar livre. Apenas tenha cuidado com dias muito quentes. O ideal é sempre procurar uma sombra • Se o dia estiver chuvoso, você pode usar a luz da janela. Abra bem as cortinas e coloque seu animalzinho perto dela. Pode ser em uma cadeira, na cama... Lembre-se de não usar flash


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colunista veterinário Os parasitas intestinais alojam-se no aparelho digestivo e causam danos, muitas vezes graves, à saúde dos animais de companhia. Além disso, podem atingir também as pessoas da família. Com medidas simples, porém, é possível evitá-los. Tipos De forma geral, os parasitas que contaminam os cães e gatos são os áscaris, os ancilóstomos e os cestoides. Os vermes do tipo áscaris atingem cães e gatos e também o homem. Nos pets, apresentam sintomas como barriga proeminente e fezes pastosas e com muco. Quando a contaminação é severa, podem ocorrer pneumonia, anemia e sintomas neurológicos, como agressividade, movimentos circulares e convulsões. Os parasitas do tipo ancilóstomos também atingem cães e gatos e os sintomas incluem perda de sangue, anemia, fezes escuras e 68 líquidas e prostração extrema. Já os vermes do tipo cestoide causam, em cães e gatos, cólicas, diarreia, pelo áspero, mal estar e apetite variável. Contaminação Os parasitas instalam-se nos animais de formas variadas. Ingestão de ovos e larvas presentes no ambiente ou em alimentos crus e mal lavados, penetração de larvas na pele do animal, ingestão de hospedeiros intermediários (como pulgas), picada de mosquito infectado e contaminação através da mãe, durante a gestação e lactação, são as mais comuns.

Luiz Douglas Rodrigues Júnior

ambiental, pois é no ambiente que uma parte do ciclo reprodutivo dos vermes ocorre. Para isso, é importante lavar áreas e quintais diariamente, com desinfetantes ou água sanitária, e retirar as fezes antes da limpeza, para que não se espalhem. Lavar as vasilhas de água e ração todos os dias e recolher as fezes durante o passeio também são medidas necessárias, além de erradicar as pulgas e nunca oferecer carne crua para o animal. Diagnóstico Além dos sintomas clínicos, o diagnóstico de verminose deve ser feito através do exame de fezes, sempre repetido, uma vez que um único laudo pode não apontar o problema. A partir disso, é feito o tratamento, que pode incluir tratar os sintomas em casos mais severos, como os que levam à pneumonia. Vermifugação Vermifugar o pet regularmente previne infestações e evita que as pessoas da família sejam contaminadas. De forma geral, aconselho o uso de vermífugos de largo espectro

Controle A maioria das contaminações parasitárias pode ser evitada com controle

Controle

parasitário


Vermes e protozoários causam danos à saúde, mas podem ser evitados com medidas simples giárdia é um protozoário que coloniza o intestino do animal. Sua transmissão ocorre através da ingestão de cistos presentes em alimentos ou água contaminados e os sintomas incluem fezes moles de odor fétido – que podem conter sangue e muco –, vômitos, apatia, falta de apetite, perda de peso Giardíase e Dirofilariose A dirofilariose e anemia. Para evitá-la, deve-se utilizar vermífugos é causada pela dirofilária, que se aloja no que contemplem o parasita e sempre oferecer coração dos cães, comprometendo a circulação. água filtrada para o pet. Em geral, o tratamento é O problema ocorre quando um mosquito feito com metronidazol, que é o princípio ativo de contaminado, que tem prevalência em áreas litorâneas, pica o animal. Os sintomas, que podem escolha. O controle ambiental, para evitar novas demorar a surgir, incluem tosse, apatia, dificuldade contaminações, é especialmente importante no caso da giardíase, uma vez que o protozoário respiratória e abdome distendido. O tratamento é simples, mas é muito importante prevenir a doença. sobrevive por longos períodos e em condições extremas, além de ser resistente à maioria dos Como ela pode ser assintomática durante anos, desinfetantes comuns. quando descoberta já pode ter comprometido severamente o coração. Cães que vivem no litoral, ou aqueles que acompanham os donos nas férias Luiz Douglas Rodrigues Júnior é especialista em ou finais de semana na praia, devem receber clínica médica terapêutica e cirúrgica de pequevermífugos específicos para a dirofilariose. Já a nos animais. a cada quatro meses. É importante, porém, levar em conta o local onde o pet mora e a prevalência de parasitas na região. Quem mora no litoral, por exemplo, deve ter cuidados específicos.

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atualidade

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Quem vai ficar

com os pets?


Segundo o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, somente entre 2010 e 2011, o número de divórcios no Brasil cresceu 45,6%. Esse cenário – somado ao fato de que os pets se tornaram membros da família nos últimos anos – traz à tona uma situação nova: em caso de separação, quem fica com o(s) animal(is) de companhia?

Projeto de Lei 7.196/10, de autoria do deputado Márcio França (PSB/SP), prevê que o animal seja tutelado por seu legítimo dono ou por quem oferecer melhores condições de cuidar dele – assim como é compreendido atualmente pelos juízes –, e institui de forma oficial a guarda compartilhada, um direito já aplicado às crianças.

O que diz a lei Infelizmente, o Poder Judiciário brasileiro ainda considera os animais de companhia como bens materiais. Isso significa que, aos olhos da lei, eles são equivalentes às casas, automóveis, objetos etc. Portanto, em caso de separação, o futuro dos pets não é visto como o das crianças e depende de um acordo entre os ex-parceiros ou de uma decisão judicial, se não houver entendimento. Nesse caso, de forma geral, os juízes tendem a apontar como tutor a pessoa que já era dona do pet antes do casamento, a que possui o registro do animal (se ele foi comprado), aquela responsável pela adoção, a que consegue comprovar que é a cuidadora – e isso pode ser feito através de registros veterinários, posse do

Guarda compartilhada A guarda compartilhada dos pets – que já é uma realidade para muitos ex-casais antes mesmo da aprovação da lei – tende a ocorrer nos mesmos moldes daquela vivida pelas crianças. Isso significa que o animal de companhia passa dias previamente estipulados com um dos tutores e tem seus cuidados – como visitas ao veterinário – e despesas divididos entre eles. A experiência, entretanto, deve sempre levar em conta o bem-estar dos animais de estimação, o que significa manter as mesmas regras, o mesmo tipo de alimentação etc. Por fim, nossa especialista em comportamento, Soraia Mergulhão, dá uma dica valiosa: “acompanhei separações e posso dizer que

Com o grande número de divórcios, a guarda dos animais de companhia precisa ser discutida e já conta até com um Projeto de Lei RGA (Registro Geral Animal), testemunhas etc – ou a que possui melhores condições de cuidar bem do pet, o que inclui recursos financeiros, disponibilidade de tempo, afinidade, entre outros aspectos. Por fim, embora raros, há até pedidos de pensão alimentícia para os animais de companhia tramitando no sistema judiciário. Formalização A situação dos pets, em caso de separação, deve ganhar o respaldo de uma lei específica. Caso seja aprovado, o

para o pet é melhor ter duas casas do que viver em um clima de brigas. Presenciei uma situação em que o cão passou a exibir um comportamento instável, que despareceu assim que o casal se separou efetivamente e as brigas entre eles cessaram. Os animais são extremamente sensíveis à energia do ambiente e podem apresentar problemas de comportamento que vão desde fazer xixi no lugar errado, roer objetos e, em casos mais graves, até agredir um dos cônjuges”.

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Foto: Vit贸ria Guidugli

felinos

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Universo felino!


Os gatos têm características surpreendentes! Eles são capazes, por exemplo, de “presentear” os donos com um pássaro morto ou de escalar grandes alturas dentro de casa. Conheça melhor a divertida personalidade felina.

vomitar. Sem expulsá-las, os felinos podem sofrer com obstruções no sistema digestivo. Nesse caso o veterinário pode indicar produtos próprios à base de óleo mineral para que os pelos sejam eliminados pelas fezes. Curiosidade: as bolas de pelos regurgitadas chamam-se tricobezoares.

Se comunicam de forma elaborada Os felinos têm um sistema de comunicação muito próprio e complexo e seus miados e ronronados expressam diferentes sentimentos. Segundo os especialistas – que acreditam que eles podem produzir mais de 100 tipos de sons –, os miados curtos são o padrão de vocalização; os altos e longos mostram dor, grande irritação ou medo; os baixos podem significar um pedido (por comida, por exemplo) e os múltiplos são cumprimentos. Já o famoso ronrom indica prazer, convite para aproximação e, em alguns casos, dor e desconforto. Por fim, o silvo é o som típico da agressividade.

São dorminhocos... Gatos dormem de 12 a 16 horas por dia e estão entre os bichos mais dorminhocos do reino animal. Por outro lado, se necessário, despertam com uma velocidade única e ficam imediatamente alertas e vigilantes! A possível causa de tanto sono seria o espírito caçador dos felinos, que os faria poupar energia para os momentos de aventura.

Regurgitam bolas de pelos Regurgitar bolas de pelos faz parte da vida de quase todos os gatos, especialmente os de pelo longo. E isso acontece porque, super higiênicos, eles se lavam constantemente e acabam engolindo os pelos, especialmente nas mudanças de estação, quando trocam a pelagem. Para evitar o problema, as escovações diárias e tosas ajudam bastante. Além disso, é importante verificar se o vômito contém alimentos ou corpos estranhos, ou se o felino apresenta outros sinais de que não está bem.

E caçadores! Mesmo recebendo alimentação suficiente, os gatos não perdem seu instinto de caça. Isso significa que pássaros, baratas, roedores, lagartos e outros pequenos animais do ambiente correm sérios riscos! Significa também que os donos de felinos podem se deparar com uma pomba ou um rato morto na cama. Esse comportamento, que a princípio parece assustador, tem, segundo os pesquisadores, três objetivos: presentear os donos; mostrar, com orgulho, o resultado da caça; e colaborar para a alimentação da “família”. Adoram cantinhos, lugares altos e brincadeiras Gatos adoram cantinhos escuros, como caixas, sacos de papel, frestas, além de lugares quentinhos. Eles também são muito

Dorminhocos, brincalhões, caçadores, independentes, elegantes... Conheça a natureza dos gatos Nesse caso, ele precisa ser levado ao veterinário. Observação importante: embora cada gato tenha características próprias, eles regurgitam, em média, uma bola de pelo por semana. Portanto, vomitar diariamente requer atenção, assim como nunca

hábeis em escalar móveis e dormir em cima de estantes. Esse gosto pelas alturas é outra característica do caçador: proporciona uma visão ampla do ambiente. Outra qualidade aventureira: eles podem passar muito tempo

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Os gatos passam cerca de 30% do tempo em que estão acordados se limpando. E sua língua áspera serve para retirar os pelos mortos. brincando com uma bolinha ou outro objeto que, ao receber uma patada, se movimente como uma “presa”. São ávidos por atenção Apesar da fama de independentes, gatos adoram a companhia de seus donos e sua atenção. Esse é o motivo por trás de outro comportamento comum: o de subir nos livros ou revistas que estamos lendo, deitar sobre o teclado do computador quando estamos trabalhando e dormir sobre nossas barrigas!

Adoram arranhar. E precisam disso! Na ausência de árvores, os gatos arranham os móveis e objetos por vários motivos. Para marcar território – na natureza, o gato que mais alto se “estica” é o líder –, para eliminar a camada de pele gasta das patas, para se alongar, para aparar as unhas e... porque gostam! Para preservar os móveis, a melhor escolha é um arranhador bem atrativo, que deve ser apresentado ao felino quando ele ainda é filhote – quanto mais cedo se acostumar com o acessório, mais preservados os móveis.


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Saiba mais • Enquanto os cães se destacam pelo faro, os gatos possuem um dos sistemas auditivos mais desenvolvidos do reino animal. • Os bigodes dos gatos, chamados vibrissas, estão associados à orientação espacial e ao cálculo de distâncias. • Felinos necessitam de mais proteínas do que os cães. Por esse motivo, e por outros, não devem comer ração canina. • Gatos domésticos e bem cuidados podem viver até 20 anos, embora a média de vida seja de 15 anos. • A gestação de uma gata dura cerca de 60 dias. • Os antigos egípcios foram o primeiro povo a domesticar os gatos, que consideravam sagrados. • Entre o 4º e o 6º mês de vida, os felinos trocam a dentição de leite, com 24 dentes, pela dentição permanente, que tem 30 dentes.

• Os felinos têm três tipos de formato ocular: redondo, epicântico ou amendoado. E enxergam muito bem, mesmo com pouquíssima luz. • Gatos esfregam o rosto em objetos e pessoas para marcar território com o seu cheiro. O odor é expelido por glândulas posicionadas na parte anterior do rosto. • A temperatura normal de um gato varia entre 38ºC e 39ºC. • Algumas figuras históricas que adoravam gatos: Winston Churchill, Abraham Lincoln, Sir Isaac Newton, Mark Twain, Ravel, Chopin, Buddha, Jules Verne, Ernest Hemingway, Liszt, Monet e Renoir. • Os gatos passam cerca de 30% do tempo em que estão acordados se limpando. E sua língua áspera serve para retirar os pelos mortos.

Adoram arranhar. E precisam disso! 76


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Conectividade e interação não faltam na Mais Que Pet

facebook.com/MQPet Na nossa fanpage você encontra pessoas que também amam os animais de estimação, além de muita troca de informação!


alimentação

Guia das rações

Conheça melhor o alimento do seu pet e faça a escolha certa! As rações oferecem todos os nutrientes que os pets precisam e são muito práticas. Porém, elas possuem diferentes ingredientes, formulações 78 específicas para cada idade ou para animais com problemas de saúde, e qualidade variável, que muda de acordo com a composição. Saiba, nessa matéria, como fazer uma boa escolha na hora de alimentar seu melhor amigo. Composição As rações que oferecemos aos nossos pets contêm proteína de origem animal, como farinha de vísceras de frango, carne, ossos ou peixe, e proteínas de origem vegetal, como soja, glúten de milho ou glúten de trigo. Elas também possuem carboidratos, como amidos (de arroz, milho, soja, sorgo), fibras, gorduras vegetais e animais, vitaminas, minerais e aminoácidos. Classificação No Brasil, não existe uma categorização oficial dos tipos de ração, determinada por legislação. As quatro opções existentes são definidas pelo mercado, como explica a médica veterinária Carolina Padovani,

Coordenadora de Performance de Produto da Royal Canin Brasil. “A classificação dos alimentos para gatos e cães em Básico, Standard, Premium e Super Premium é uma classificação mercadológica, ou seja, o mercado se autoclassifica. Entretanto, a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet) recomenda em seu manual que essas segmentações contemplem alguns critérios relacionados ao perfil nutricional, ao aproveitamento dos nutrientes, aos aspectos de segurança e à qualidade no processo produtivo. Um exemplo são os valores de digestibilidade (aproveitamento dos nutrientes pelo organismo do animal) do alimento, que devem ser maior ou igual a 83% para alimentos Super Premium e maior ou igual a 70% para Básicos”. De olho na qualidade De forma geral, as rações do tipo Básico ou Standart são fabricadas com matéria-prima de qualidade inferior, como subprodutos. Já as rações Premium e Super Premium contêm proteínas de grande qualidade nutricional, suplementos, menor teor


de sódio e de corantes. “O conceito de qualidade está alicerçado em dois principais pontos: a formulação e o processo produtivo. Alimentos de maior qualidade têm alegações funcionais, ou seja, não atendem somente às necessidades nutricionais básicas. Como exemplo, temos os ácidos graxos ômegas 3 e 6, que favorecem a beleza da pelagem, e o tripolifosfato de sódio, que auxilia a não formação de tártaro. Também destaco a escolha das matérias-primas. A farinha de vísceras, por exemplo, é muito utilizada pelas empresas fabricantes e é encontrada no mercado em diferentes níveis de qualidade. Outro ponto muito importante está relacionado ao processo produtivo, desde a aquisição de ingredientes e embalagens até a distribuição dos produtos aos clientes. Todas as etapas desse processo irão colaborar com a garantia de um alimento de qualidade” explica Carolina. Aproveitamento nutricional Quanto melhor a ração, melhor o aproveitamento do alimento pelo pet. Isso significa que ele vai “utilizar” todos os nutrientes, assegurando, dessa forma, sua saúde e qualidade de vida. Na prática, uma boa ração garante energia, melhor resposta do sistema imunológico, bom tônus muscular, visão aguçada, dentição saudável, pelos brilhantes, melhor controle do peso, menor volume de fezes e, claro, longevidade. O risco das rações “supersaborosas” A cena é comum: diante de

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Quanto melhor a ração, melhor o aproveitamento do alimento pelo pet. Isso significa que ele vai “utilizar” todos os nutrientes, assegurando, dessa forma, sua saúde e qualidade de vida. uma nova ração, o animal de companhia parece se deliciar! Mas, será que isso é sinal de que ele está corretamente alimentado? “Muitas vezes o proprietário interpreta a preferência como sendo o alimento que o animal ingere com maior voracidade e em maior volume. Porém, é importante termos em mente que ingerir mais alimento não significa gostar mais ou que ele é um produto de melhor qualidade” conta Carolina. Para agradar o paladar dos pets, os fabricantes utilizam aditivos palatabilizantes e gordura, extremamente saborosa para eles. O risco, entretanto, é que esses ingredientes

provoquem um consumo exagerado do alimento, levando à obesidade. “É importante que os proprietários não negligenciem as necessidades dos animais, pois de nada vale oferecer um alimento com odor e sabor superatrativos se esse não for produzido com qualidade e com uma composição cuidadosamente desenvolvida para suprir as demandas e necessidades do animal” completa a veterinária. As rações veterinárias Além dos quatro tipos básicos, existem rações especiais para


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animais com problemas específicos de saúde, 82 como doenças renais; para animais castrados; para os que estão acima do peso; aquelas que devem ser oferecidas para os filhotes, que possuem maior teor de cálcio; e os produtos para pets idosos, com aporte nutricional adequado para essa fase da vida. Quem deve prescrever o uso desse tipo de alimento é o veterinário.

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O pacote de ração deve ser muito bem fechado a cada uso. Além disso, o alimento não pode ficar o dia todo à disposição do animal, pois atrai insetos e pode desenvolver toxinas e fungos.

Alimentos de maior qualidade têm alegações funcionais, ou seja, não atendem somente às necessidades nutricionais básicas

Específicas para raças Alguns fabricantes oferecem rações específicas para determinadas raças de cães e gatos. O diferencial desses produtos é que eles atendem às necessidades peculiares dos pets e ajudam a evitar os problemas de saúde que mais comumente os atingem. Além disso, essas rações possuem, por exemplo, grãos no tamanho exato para cada tipo de dentição e mordida. Quanto e quando? A quantidade de ração que deve ser oferecida ao pet varia de acordo com seu tamanho e atividade física. Naturalmente, animais muito ativos precisam de maior aporte de energia, por exemplo. De forma


geral, o próprio fabricante indica na embalagem a necessidade diária do alimento, que deve ser fracionada em 2 ou 3 porções diárias. Alimentar o animal somente uma vez ao dia eleva o risco de torção gástrica – uma emergência veterinária – especialmente em cães de grande porte. Outro aspecto que deve ser observado pelos donos é se o produto é indicado para o porte do animal. Quando um cão maior se alimenta de ração para raças pequenas, em geral, ele não mastiga bem os grãos, que são pequenos para ele. Por outro lado, um cãozinho pequeno pode ter dificuldade em comer grãos maiores e até quebrar os dentinhos. Por fim, vale lembrar: a ração oferece todos os nutrientes que o pet precisa e não deve ser complementada com alimentos humanos.

Esse hábito aumenta o risco de obesidade, de problemas gastrointestinais, do consumo excessivo de sódio e outros ingredientes que prejudicam a saúde dos animais de companhia. Você sabia? A ração para cães chegou ao Brasil no final da década de 1970. E para começar a mudar o hábito brasileiro de preparar a comida dos animais de companhia, o fabricante orientava os consumidores a amolecer o produto com água morna, antes de oferecer ao cão. Esse era um procedimento de “transição cultural”. Para que as pessoas começassem a se acostumar a não mais cozinhar para os pets, elas ainda precisavam “participar” do preparo do alimento.

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família

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O bebê chegou!

saiba Como preparar o pet Com uma adaptação adequada, a relação de amizade e amor entre o animal e a criança começa muito bem!


Planejamento e antecedência Quando um casal que tem um pet está esperando um bebê, alguns cuidados são necessários para uma boa futura convivência. A primeira coisa a se fazer é definir como será a rotina após o nascimento, o que inclui decidir quem vai passear com o cão, quem vai escovar o gato, levar ao veterinário, alimentar, fazer as compras, cuidar dos banhos etc. Os hábitos Evitar mudanças bruscas na rotina do animal é essencial. Elas causam estresse e desconforto e eventualmente podem levar à agressividade ou à depressão. Portanto, sempre que possível, ele deve ter seus horários, espaços e hábitos mantidos. O que for necessário alterar deve ser feito gradualmente e sem traumas, bem antes do bebê nascer. Assim, ele não

Permita que ele participe Quanto mais o animal participar da gestação, mais fácil irá se adaptar à chegada da criança. Portanto, permita que ele sinta e cheire a barriga, que entre no quartinho do bebê, que fareje seus objetos e roupinhas. Condicionamento Algumas dicas e “truques” são valiosos para preparar o pet. Usar uma boneca alguns meses antes do nascimento é uma delas. Os donos podem carregá-la no colo, deixá-la sobre o sofá e até segurá-la enquanto brincam com o animal. Ela também pode ser colocada no berço e carrinho da criança. Outro treino muito útil é gravar sons de bebês para que o cão se acostume com choros, gritinhos, risadinhas etc. Como os animais aprendem por associação, sempre que ele interagir bem com os “artefatos”, o que significa não demostrar 85 nenhuma animosidade, deve ser recompensado com afagos e petiscos. O cheiro Quando o bebê nascer, é útil que uma roupinha dele seja levada para casa, para que o pet se acostume com o cheiro e inclua a criança na “matilha”. Ao entregar a

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O convívio com um animal de companhia é excelente para as crianças, que desenvolvem melhor inúmeras habilidades emocionais e físicas. Segundo os pesquisadores, quando elas se relacionam com um pet, tornam-se mais equilibradas, seguras, comunicativas e generosas. Também têm mais responsabilidade, preocupação com o meio ambiente e menos ansiedade. Autoestima fortalecida, capacidade para lidar com frustrações, senso de justiça e compreensão do ciclo da vida são outros benefícios. Para a saúde, essa relação de amor e amizade também é importante: ela aumenta o repertório do sistema imunológico e deixa a criança mais resistente.

associará as novidades com a chegada da criança, evitando o ciúmes.

achorro

e Ensinar os comandos

básicos de obediência dá aos donos controle e autoridade sobre o cão. E isso é muito importante para garantir a harmonia e a ordem quando o bebê chegar.

Dic

Se sua família vai aumentar com a chegada de um bebê, a adaptação do animal de companhia a esse novo cenário é importantíssima. Ela evita que o pet se sinta enciumado, que fique ansioso e até que reaja de forma agressiva. Com uma preparação adequada, porém, essa relação de amizade e amor entre o animal e a criança começa bem!


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roupinha, é importante agradá-lo e oferecer um petisco, para que ele associe aquele cheiro à algo positivo e gostoso. Durante as primeiras semanas, esse pequeno truque deve ser mantido, colocando paninhos com o cheiro do bebê embaixo do prato de comida e nos locais onde ele gosta de brincar, relaxar e dormir. A chegada do bebê No momento em que o novo membro da família finalmente chegar, ele deve ser “apresentado” ao pet. Isso significa abaixar-se até a altura dele e, com calma, segurança e palavras doces, encorajá-lo a cheirar e conhecer o bebê. Os carinhos com o animal também devem ser redobrados – por todas as pessoas – para evitar crises de ciúmes. Se ele é dócil e se aproximar do bebê, o contato não deve ser reprimido. Ao contrário, ele deve perceber que sua presença é bemvinda ao lado da criança!

Mais dicas • Crianças menores de 3 anos ainda não têm maturidade para controlar impulsos de agressividade e irritabilidade, especialmente se o animal não “obedecê-la”. Por isso elas devem ser supervisionadas quando estão com o pet. • Ensine às crianças que os animais sentem dor e medo. Por isso, nada de gritar, puxar o rabo ou as orelhas ou de se aproximar do bichinho quando ele estiver comendo. • Mantenha a vacinação, vermifugação e banhos em dia. A área que o animal vive e seu “banheiro” também devem ser diariamente limpos. Os primeiros meses Manter a supervisão é necessário, mas a interação do animal com o bebê deve ser estimulada e isso pode ser feito em vários momentos. Se a mãe vai amamentar, por exemplo, pode chamar o cão ou gato e oferecer um brinquedo ou osso para que ele


fique por perto. Ele se sentirá próximo e incluído pequenas animosidades, como latidos, devem ser repreendidas com segurança pelos donos. na família. Os passeios com o bebê também Um firme “não!” costuma resolver. são uma excelente chance de interação positiva. Mais uma vez ele irá associar algo que adora – passear – à criança. Os pais devem Segundo uma pesquisa realizada pela Escola ficar atentos, entretanto, a partir do 5º ou 6º de Medicina Veterinária da Universidade de Tufts, mês de vida. A criança passa a ficar mais ativa, nos Estados Unidos, ao ler para cães em voz começa a ensaiar os primeiros movimentos de alta, as crianças melhoram a sua capacidade engatinhar e pode, sem querer, machucar o de leitura! Durante o estudo, um dos grupos leu animal. Como ela não é capaz de compreender, para pessoas, enquanto o outro leu para cães. As nessa idade, que não se deve fazer isso, o crianças que leram para os animais apresentaram caminho é um só: ficar sempre por perto. melhor capacidade de comunicação e mais motivação. “Um terço das crianças do segundo Quando o pet reage mal Dificilmente grupo desistiu das leituras no meio do estudo, cães ou gatos dóceis, que foram adaptados, mas nenhum participante que estava lendo para reagem à criança com agressividade. Se os cães abandonou a pesquisa”, diz a veterinária ocorrer, entretanto, eles não devem ter mais Lisa Freeman, uma das autoras da pesquisa. acesso ao bebê e é o momento de buscar A provável explicação para esse resultado é o orientação profissional, pois será necessário fato das crianças se sentirem seguras e livres de um condicionamento mais profundo. Já críticas com os animais.

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Celebridade proteção animal

Vira-Lata! O projeto Celebridade Vira-Lata vai além dos resgates e adoções, como faz a maioria das ONGs de proteção animal. Voltado somente para a educação e controle populacional, ele já promoveu mais de 30 mutirões de castração na cidade de São Paulo e região, beneficiando diretamente cerca de 6 mil animais. As ações culturais e de educação também se destacam e incluem exposições e palestras em empresas e 88 escolas, quando animais abandonados, adoções, castração e conscientização são o tema. Fundado por Luli Sarraf há 5 anos, o Celebridade Vira-Lata difere das ONGs também por outra característica arrojada: é uma empresa social. Ou seja, não aceita doações e é autossustentável. Para manter as ações, um disputado – e lindo – calendário com fotos de animais é desenvolvido anualmente. Confira nossa deliciosa conversa com Luli Sarraf! MQP: Como surgiu o Celebridade Vira-Lata? Luli: Em 1998 perdi meu pai. Tive um colapso emocional, caí em depressão extrema e absolutamente nada, nem medicação, era capaz de me consolar. Minha irmã me fez uma pergunta: “o que, de simples, na vida, te faz feliz? Cultive”. A reação foi me aprofundar no desespero, pois quanto eu mais pensava sobre a resposta, mais tinha a certeza de que seria “nada”. Depois de uma semana pensando sobre isso, a Magnólia, minha cachorra, se aproximou de mim com seu rabo

abanante. Eu sorri para ela. Quando sorri, percebi que eu tinha uma chance! Existia algo simples capaz de me fazer sorrir sinceramente, mesmo na mais profunda dor. Para quem não vive esse elo com animais, é quase impossível entender o que significa, mas gente como nós, os amantes deles, sabe intimamente a força da gratidão, que foi o que me inspirou a vasculhar minhas ideias atrás de um jeito maior de ajudar. Em janeiro de 2002 a ideia foi concebida. Para uma menina de classe média, órfã, cheia de medos, precisei de 7 anos até ter coragem para reunir pessoas – afinal, ninguém nunca faz nada sozinho – e realizar a primeira edição do calendário, que foi lançada dia 4 de outubro de 2009. MQP: Que ações educacionais são desenvolvidas por vocês? Luli: Palestras em escolas, empresas e favelas, exposições em locais de alta circulação, séries educacionais em mídias sociais e, o principal: o próprio calendário, uma mídia funcional que durante todo o ano conversa com o público que circula ao seu redor. MQP: Como são organizados os mutirões de castração? Luli: Em favelas há sempre protetores que atuam educando e muitas vezes levam os animais para serem castrados. Quando posso contar com esses protetores ou agentes sociais de ONGs de outros setores (crianças, por exemplo),


Fotois:Celebridade Vira-Lata

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Luli Sarraf

e: ário, acess d n le a c o r rar Para comp ridadeviralata.com.b b le www.ce Com estrutura de empresa social, o projeto já promoveu mais de 30 mutirões de castração


pergunto sobre um local para sediar um mutirão e o alcance de comunicação. Usualmente, são escolas e igrejas. Então, há um mapeamento da demanda e, se houver 200 animais domiciliados em famílias que entenderam a importância da castração, agendamos o mutirão. Para fazer a inscrição, é necessário estar presente em uma palestra sobre a importância da castração e cuidados pré e pós cirúrgicos. Isso praticamente resolve as intercorrências que podem levar o animal atendido a óbito, pois a principal causa de morte em mutirões de castração é não ter o jejum pré cirúrgico respeitado corretamente. Como as pessoas ficam cerca de uma hora com a gente conversando sobre o tema, sempre levam muito a sério a instrução. Também é importante ressaltarmos que concentramos nossos esforços em municípios que não são atendidos pelas prefeituras, pois nosso recurso é limitado. Caso haja

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verba pública para realizar as castrações, mas não haja know how, nós atuamos como voluntários na organização, palestras e recepção dos animais no dia das cirurgias. MQP: Quantos eventos já ocorreram e quantos animais foram castrados? Luli: Em quatro anos de atuação, se contabilizados os apadrinhamentos, estamos perto de 6 mil animais castrados. Pagos diretamente com a verba do calendário, ultrapassamos a marca de 3,5 mil animais. Os eventos de castração estão em torno de 35. Nós conhecemos todas as famílias beneficiadas, os protetores que os trouxeram e sempre fizemos o acompanhamento da cirurgia. Todos absolutamente bem. Nos orgulhamos de falar em zero absoluto de mortes. MQP: Quais são os maiores mitos relacionados à castração de animais? Luli: Engordar. O animal engorda porque come

“Em quatro anos de atuação, se contabilizados os apadrinhamentos, estamos perto de 6 mil animais castrados.”

A charmosa Gerusa vai dar muita sorte aos seus futuros adotantes!


“Nos orgulhamos de falar em zero absoluto de mortes.” e não se exercita, assim como as pessoas. Ter uma cria antes ou ao menos uma relação sexual. Por fim, acreditar que o cachorro ou gato vai virar “homossexual”. Nada disso é verdadeiro. MQP: Na sua opinião, por que ainda existe tanto preconceito em relação à castração? Luli: Porque, em um país tão religioso como o Brasil, o controle populacional ainda é tabu. Mesmo entre pessoas bem informadas, essa é uma questão culturalmente enraizada na sociedade latino-americana. As religiões ainda pregam o “Crescei-vos e multiplicai-vos”, e as pessoas vivem com tanta intensidade a relação com os animais de estimação que, não por mal, acabam transferindo o problema do controle populacional para eles. MQP: Como são selecionados os animais que se tornam as estrelas do calendário? Luli: Essa é a pior parte! Ao escolher alguns, deixamos muitos pra trás. Para compormos o

casting do calendário, há algumas regras: ser adotado, ser castrado, ser sociável com outros animais, ser sociável com pessoas e o tutor desejar muito participar. Observadas essas condições, tentamos compor um time diversificado para representar ao máximo todas os tipos de vira-latas. A dica quente para participar é que fechamos a seleção em abril, então, esse é o tempo certo de fazer campanha pelo e-mail suacelebridade@ celebridadeviralata.com.br MQP: Quais são as principais medidas necessárias, além da castração, para evitar o abandono de animais? Luli: Educação sobre responsabilidade. Esses anos de trabalho social me mostraram como o brasileiro foge da sua responsabilidade de cidadão. Tendemos a votar e delegar tudo ao governo, tudo mesmo. Mas o assunto “animais domésticos abandonados” é negligenciado pelo

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“Sonho com o trabalho social independente e estruturado. Para todas as áreas, não só pelos animais.” governo! Até 2008, o problema era “resolvido” 92 com as mortes que aconteciam nos Centros de Controle de Zoonoses. Desde então, o número de abandonados tem crescido. Para mim, isso ilustra o quanto a população que “coloca a mão na massa” é efetivamente a minoria. Todos os protetores de animais são recorrentemente assediados para “resolverem o problema”. Isso é equivocado. O importante é todos resolverem juntos e o governo dar as ferramentas para isso. Se todos os assuntos do bem comum funcionassem dessa maneira, o Brasil seria outro. MQP: Por que vocês não aceitam doações em dinheiro ou a participação de voluntários? Luli: Minha visão é ser uma empresa social. O conceito de empresa social, iniciado por Mohamed Yunes, prêmio Nobel de economia, é que ela pode ser autossustentável. Ou seja, é empresa com atividades normais, porém com um objetivo social. Ou, uma entidade de atuação social, com atividade econômica. Penso assim, pois depender de doações para fazer

um trabalho tão importante não faz sentido, é travar o avanço subjetivo da causa que defendo. Doação e voluntariado são maravilhosos, mas é o que sobra. Como vamos transformar a realidade com os recursos que sobram? Para mudar de verdade, é necessário oferecer mais do que a sobra. É necessário oferecer o melhor do tempo, do dinheiro, das ideias e da energia. Sonho com o trabalho social independente e estruturado. Para todas as áreas, não só pelos animais. MQP: Como nossos leitores podem ajudar o Celebridade Vira-Lata? Luli: Comprar o calendário é o mais simples e óbvio, além de indicar para os amigos. Mas um jeito muito bem-vindo é nos convidar para palestrar em sua empresa (o nome da palestra é excelente: Manejo Correto de Animais Domésticos em Situação de Abandono em Área Corporativa), abrir espaço para fazermos nossas exposições e qualquer outra ideia que envolva parceria. Acreditamos muito em ações em conjunto.


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dossiê

Guias e coleiras:

tudo que você precisa saber

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Esses acessórios fazem parte do dia a dia dos pets e garantem passeios seguros. Conheça os modelos que existem no mercado, suas características e indicações.


Antes de escolher a coleira e a guia, é preciso avaliar o tamanho e temperamento do pet. Também é importante optar pelo produto certo se ele estiver aprendendo a passear ou até se for um gato! Coleira tradicional Ela fica em volta do pescoço do animal e deve ser sua companhia constante, desde a infância. Dessa forma, ele se acostuma com esse acessório, que cumpre uma função importantíssima: carregar a plaquinha de identificação com o nome do pet e um telefone de contato. Feita de vários materiais, como couro, nylon e tecido, a coleira precisa ser confortável e não apertar o animal. Para gatos, filhotes e pets muito agitados, as coleiras feitas de material elástico são as mais indicadas. Se eles se prenderem em algum objeto, o acessório estica, evitando enforcamentos. Também é muito importante observar as coleiras dos filhotes. Eles crescem rapidamente e o acessório pode começar a machucar o pescocinho.

Coleira peitoral Muito confortável – por não tracionar o pescoço – as coleiras peitorais são indicadas para cães menores e tranquilos. O uso desse modelo em cachorros grandes e agitados, porém, é um convite para uma brincadeira cansativa: arrastar o dono durante o passeio. Além disso, seus fechos e presilhas costumam ser mais frágeis. Enforcador A coleira tipo enforcador – que pode ser de metal ou nylon – se aperta em torno no pescoço do animal quando ele puxa ou faz um movimento brusco. São indicadas para treinamentos ou para cães muito agitados e dominantes, que puxam durante o passeio. Alguns cuidados, entretanto, são necessários. Ela não deve conter garras, que podem machucar, e precisam deslizar com facilidade, de forma que não continuem enforcando o animal quando ele estiver parado ou caminhando devagar. Headcollar Também conhecida como gentle leader, essa coleira, normalmente feita de

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dicas

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Sempre verifique o estado das coleiras e guias e troque-as periodicamente. Se o cão é grande e agitado e costuma puxar durante o passeio, materiais velhos ou danificados podem se romper. nylon, passa pelo focinho do animal e é eficaz para cães indisciplinados no passeio ou que resistem à liderança dos donos. Ela oferece um grande controle, porém não deve ser usada em cães de focinho curto, como pugs e bulldogs, que podem ter a respiração prejudicada. Assim como os enforcadores, o ideal é que a headcollar seja utilizada apenas no treinamento e substituída assim que o pet aprender a passear de forma tranquila.

As guias As guias são feitas de algodão, couro ou nylon e devem ser confortáveis para os donos, proporcionando uma boa pega. O comprimento deve variar de acordo com o temperamento do animal e o objetivo do passeio. Em treinamentos, por exemplo, são usadas guias de 1,80m. Para quem deseja ter mais controle sobre o animal, porém, as guias mais curtas são ideias e, para cães maiores ou mais fortes, as mais robustas e com costura reforçada são as indicadas. Já as do tipo retrátil são excelentes para animais dóceis, sociáveis e pequenos, pois permitem uma boa exploração do espaço durante o passeio. Há ainda as guias que acoplam duas coleiras e garantem praticidade ao sair com dois cães ao mesmo tempo.


Gatos, coleiras e guias. Isso é possível? Gatos devem usar coleira (elástica) com plaquinha de identificação desde filhotes. E é importante que ela seja pequena e delicada, uma vez que os felinos são muito sensíveis a tudo que possa incomodá-los. O uso de coleiras para passeios, embora relativamente comum em países europeus e nos Estados Unidos, requer cuidados, mas pode ser uma boa saída para quem mora em apartamento e quer levar o pet para passear. Além disso, uma pesquisa realizada pela Ohio State University, nos Estados Unidos, mostrou que três em cada quatro gatos aceitaram usar coleira depois de habituados. Antes de tudo, porém, é preciso acostumá-los desde a infância e ter muita paciência com a personalidade independente deles. As coleiras do tipo peitoral ou colete são as melhores e passeios dentro de casa devem ser os primeiros no treinamento para então, gradualmente, o felino sair à rua. O temperamento dos gatos também deve ser sempre respeitado: alguns se assustam muito com barulhos, pessoas e outros animais. Nesse caso, passear com guia pode não ser a melhor escolha. Outra dúvida frequente é quanto ao uso de sininhos acoplados à coleira. Algumas pessoas gostam de saber onde o gato está, especialmente se a casa ou apartamento é grande. Além disso, outro estudo, também americano, mostrou que os sinos reduzem as mortes de pássaros que vivem na mesma região que o gato. A desvantagem do acessório, porém, é o estresse que o barulho pode causar ao animal. E aos donos.

Focinheira: o que diz a lei Alguns estados e municípios brasileiros – como São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro – têm leis que tornam obrigatório o uso de focinheiras em lugares públicos por raças consideradas perigosas. São elas: Mastim Napolitano, Pit Bull, Rotweiller, American Stafforshire Terrier, além de raças derivadas ou variações de qualquer desses animais.

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foi notícia

Você vê aqui!

Segundo um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Helsinki, na Finlândia, os cachorros têm habilidade de diferenciar rostos de humanos e outros cães que conhecem, das faces que não são familiares. Os cientistas exibiram imagens de rostos de humanos e de outros cachorros já conhecidos, além de outros que nunca haviam visto. O monitoramento do movimento dos olhos dos cães apontou que eles olhavam mais fixamente e profundamente para rostos e olhos familiares do que para os desconhecidos. Além disso, os cachorros olharam para imagens de cachorros por mais tempo do que para imagens de humanos, independentemente da familiaridade dos rostos. Isso reforça um estudo prévio, da mesma equipe, em que foi descoberto 98 que cachorros preferem olhar rostos da mesma espécie do que para os de humanos.

Reprodução | Torgeir Berge

Cães conseguem diferenciar rostos

Amizade entre um cão e raposa inspira campanha contra o uso de peles Uma emocionante amizade entre um cão e uma raposa inspirou a criação de uma campanha contra a exploração de pele animal na Noruega. Segundo o fotógrafo Torgeir Berge, dono do cãozinho Tinni, ele e seu bicho de estimação estavam passeando pela floresta, há alguns anos, quando avistaram a raposa selvagem Sniffer. Curiosamente, os animais tornaram-se amigos e começaram a passar muitas horas juntos. Berge, que registrou em lindas fotos os momentos de amizade e diversão dos mamíferos, resolveu publicar um livro, que será lançado ano que vem, com renda revertida para uma campanha que visa proibir o comércio de pele de raposa na Noruega. “Por que alguns animais devem ser presos em pequenas e claustrofóbicas gaiolas sem liberdade só para que seres humanos tenham um acessório bonito?”, disse o fotógrafo ao Daily Mail.


Primeiros cães foram domesticados na Europa, diz estudo

foi notícia

Você vê aqui!

A origem dos cães de companhia sempre foi uma unanimidade entre os cientistas: eles descendem dos lobos e foram domesticados quando o homem descobriu a agricultura, deixou de ser nômade e passou a viver em aldeias. A novidade vem dos pesquisadores da Universidade de Turku, na Finlândia, que Vista lateral de crânio de lobo da era geológica Pleistoceno. Fóssil de 26 mil afirmam – após estudar as análises genéticas anos, ainda com dentes, foi encontrado em caverna da Bélgica. (Foto: Royal de 18 fósseis pré-históricos e de 148 cães, lobos e Belgian Institute of Natural Sciences/AP) coiotes modernos – que eles foram domesticados na Europa. Antes do estudo, publicado na Science, acreditava-se que os cães descendiam de lobos que viviam no Oriente Médio e no Oeste Asiático. Mas, de acordo com os pesquisadores, a transição entre lobo selvagem e cão domesticado aconteceu na Europa há, no mínimo, 18 mil anos. Para afirmar a descoberta, eles se basearam no fato de que os registros mais antigos de cães no Oriente Médio ou na China não passam de 13 mil anos atrás. Já os encontrados no oeste da Europa e na Sibéria, datam entre 15 e 36 mil anos atrás. Além disso, os pesquisadores compararam o DNA de espécies modernas de cães e lobos com o encontrado nos fósseis antigos, criando uma árvore genealógica das raças espalhadas pelo mundo. Eles descobriram que as sequências genéticas de todas as espécies de cães modernos se assemelhavam à dos fósseis pré-históricos europeus e à dos lobos que vivem atualmente na região. Já os lobos de outras partes do mundo tinham um parentesco muito mais distante dos cães, sugerindo uma origem europeia para o cão de companhia.

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Um novo estudo da Universidade do Japão mostrou que embora os gatos de estimação sejam capazes de reconhecer a voz de seu dono, eles preferem ignorá-la. A pesquisa, publicada na revista Springer in the Animal Cognition, sugere que a razão para a falta de respostas do gato pode remeter à origem de sua domesticação. Análises genéticas recentes revelaram que o ancestral comum do gato doméstico moderno é o Felis silvestris, uma espécie de gato-do-mato que teve seu primeiro contato com os humanos 9 mil anos atrás. Durante o desenvolvimento da agricultura, os gatos aproximaram-se das aldeias e, ao contrário dos cães, que aprenderam a conviver com o homem porque foram incluídos nas famílias e no cotidiano, eles se “autodomesticaram”.

foto: Vitória Guidugli

Gatos preferem ignorar a voz dos donos


pet da edição

Mittens e Henrique:

Sou completamente apaixonado pelos meus bichinhos! Tenho duas gatas e agora uma coelha, a Paçoca. Quero contar melhor a história da Mittens, uma das gatas que adotei. Era dia 25 de maio de 2012. Sábado. Depois de tanto 100 pensar e insistir na ideia de adotar a segunda gata na família, saí de casa e fui até uma feira de adoção que acontecia em alguns finais de semana. Fui para adotar uma gatinha que eu já estava “namorando” há semanas. Chegando lá, fiquei sabendo que ela já tinha sido adotada. Fiquei um pouco decepcionado, quase desisti e quase fui embora. Até que a voluntária que estava lá me disse: “Olha essa aqui. O que você acha?”. Eu, receoso, falei, meio sem vontade: “Bem, deixa eu ver”. Peguei-a no colo e... ela estava ronronando. Em meio a toda aquela situação, em meio a todo aquele estresse de passar vários dias presa em uma gaiola, ela ronronava forte

Fotos: Henrique Martins

um amor à primeira vista!

no meu colo. Bem quietinha, com um olhar que parecia me dizer “Psiu, me leva pra casa, por favor! Serei boazinha!”. Fiquei

apaixonado. Assinei todos os papéis, coloquei-a em uma caixinha que encontrei ali mesmo e fomos para casa. Dei a ela o


nome de Mittens, por causa das suas patinhas brancas. Mittens é aquela gatinha do filme “Bolt, o Supercão”, que nunca me canso de assistir. Ainda na caixinha, ela ronronava e me fazia gracinhas. Com pouco tempo em casa, já estava acostumada com tudo. Só nossa outra gata que demorou um pouquinho mais para aceitá-la entre nós, mas isso durou pouco. Logo as duas já brincavam juntas. Alguns meses se passaram e comecei a notar que alguns nódulos estavam aparecendo na barriguinha da Mittens. Levei-a imediatamente a um veterinário, que me falou que era apenas um problema hormonal, não oferecia riscos e que em breve sumiriam. Voltei para casa um pouco mais tranquilo, mas os nódulos foram ficando cada vez maiores e minha preocupação mais ainda. Resolvi levá-la em outra clínica. A médica não soube explicar exatamente o que havia de errado com ela, mas sugeriu que eu a deixasse para uma cirurgia e disse que essa cirurgia seria exploratória. Com o coração na mão, deixei a Mittens, ainda muito assustada, na clínica. Ela me olhava sem entender nada, como se estivesse dizendo “não me deixe aqui!”. No outro dia, a veterinária me ligou e disse que, logo no início da cirurgia, ela encontrou três filhotinhos já mortos na barriga de Mittens. Disse também que ela precisaria ficar uma semana em observa-

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ção, porque a operação havia sido muito invasiva. E realmente foi. Quando fui visitá-la, me dei conta da dimensão. Fiquei um pouco assustado ao ver aquilo. A barriga dela havia sido aberta praticamente por inteiro e ela ficou sem duas tetinhas. A recuperação foi bem lenta. Durou cerca de dois meses para a cicatrização completa, mas, a todo o tempo, ela se mostrou muito forte e sempre animada, querendo brincar. A única coisa em seu comportamento que foi afetada é que hoje ela foge de toda e

qualquer pessoa estranha, mas, com a família, ela é extremamente carinhosa e apegada. Não sai de perto para nada. Às vezes brincamos dizendo que ela é mais cachorro do que gato! O tempo passou e eu precisei me mudar para São Paulo a trabalho. Mittens ficou com meus pais, mas sempre está presente em minha vida através das fotos e vídeos que a família me manda pelo celular e, mesmo longe, minha paixão por ela nunca acaba. E estou muito feliz em poder compartilhar essa história com vocês!

Henrique Martins – São Paulo / SP


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Conectividade e interação não faltam na Mais Que Pet

twitter.com/MQPet Siga nossas dicas diárias no dinamismo do twitter!


esta edição poupou árvores

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A Mais Que Pet tem um grande compromisso com o meio ambiente e seu formato digital é um exemplo disso. Para produzir uma tonelada de papel, cerca de doze árvores são derrubadas. A fabricação de papel também está entre os processos industriais que mais utilizam água: são necessários 540 litros para produzir apenas um quilo! Em um ano, a Mais Que Pet irá economizar 2.590 litros de água e muitas árvores, colaborando para o fim do desmatamento e do uso indiscriminado da água.

expediente GESTORA DE CONTEÚDO: Renata Marcondes / DIREÇÃO DE ARTE: Ana Paula Guidugli REDAÇÃO: Renata Marcondes / REVISÃO: Talita Facirolli / PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO: Ana Paula Guidugli / COMERCIAL: João Paulo Vani / COLABORADORES DESSA EDIÇÃO: Luiz Douglas Rodrigues Júnior, Soraia Mergulhão JORNALISTA RESPONSÁVEL: João Paulo Vani - MTB 60596-SP A Mais Que Pet não se responsabiliza pelos conceitos emitidos nos artigos assinados, bem como pelas informações ou conteúdo dos anúncios publicados. A reprodução total ou parcial do conteúdo desta obra é expressamente proibida sem prévia autorização. Mais Que Pet é uma publicação bimestral da Editora HN / (17) 3012-6184 / comercial@maisquepet.com.br


veja na próxima edição

Vale a pena ter um plano de saúde para o seu pet? Gatos renais Saiba como ensinar os comandos básicos ao cão O inteligentíssimo Border Collie! Pulgas. O que fazer? Aquarismo: uma paixão E ainda: notícias, novidades, dicas, produtos, lançamentos e muito mais!

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