Comunicações Orais
XV Congresso Nacional de Medicina Nuclear
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xv
CONGRESSO NACIONAL MEDICINA NUCLEAR 19 . 20 . 21 novembro 2015
índice Comissão Organizadora e Comissão Científica
4
Mensagem de Boas Vindas do Presidente do Congresso
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Programa 19 de Novembro 20 de Novembro
7 8
Índice de Comunicações livres
10
21 de Novembro Índice de Comunicações livres
14 16
Resumos das Comunicações Livres Comunicações Orais Premium
21
Comunicações Orais
27
Posters
59
Folhas de notas
89
Patrocínios e Apoios
92
Presidente do Congresso João Pedroso de Lima Comissão Organizadora Gracinda Costa (Presidente)
Adelaide Lima Anabela Albuquerque Ana Sofia Semedo Francisco Alves Izilda Ferreira Jorge Isidoro Comissão Científica Lucília Salgado (Presidente)
Antero Abrunhosa Carla Capelo Filomena Botelho Hugo Duarte João Santos Maria Teresa Rézio Paula Lapa Sophia Pintão Teresa Faria Patrocínio Científico Sociedade Portuguesa de Medicina Nuclear
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XV Congresso Nacional de Medicina Nuclear
Mensagem de Boas Vindas
Amigos(as) Nuclearistas: Este ano compete a Coimbra, cidade milenar em que a tradição convive de perto com a inovação, acolher mais um Congresso Nacional de Medicina Nuclear. Tal como, na vida da cidade, o clássico coexiste com o moderno, também nesta Reunião iremos olhar para os mais recentes desenvolvimentos da nossa especialidade sem deixar de revisitar o já considerado como clássico. Os significativos avanços que se vêm verificando nas áreas de intervenção diagnóstica e terapêutica fazem adivinhar um futuro promissor para a medicina nuclear. No entanto, também são exigentes os desafios que nos estão a ser lançados em múltiplos campos, em particular no campo da formação profissional. O Congresso Nacional é um momento de aprendizagem e de valorização científica mas poderá ser também uma oportunidade para reflectir sobre as melhores estratégias a adoptar e os melhores caminhos a trilhar em direcção a um futuro que queremos garantir. Como Presidente do XV Congresso Nacional de Medicina Nuclear agradeço a todos quantos colaboraram activamente na sua preparação e realização. Uma especial palavra de agradecimento para as Comissões Científica e Organizadora que, em tempo de grandes constrangimentos financeiros, tiveram sempre o engenho e arte para encontrar as melhores soluções. A todos os participantes expresso o desejo de que este Congresso seja uma ocasião facilitadora de partilha de saberes e de experiências, em ambiente de agradável convívio. Bem vindos a Coimbra. Muito obrigado pela vossa presença.
João M. Pedroso de Lima Presidente do Congresso
XV Congresso Nacional de Medicina Nuclear
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Programa
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novembro
CURSO PRÉ-CONGRESSO: “Ensaios Clínicos e Investigação Biomédica – Curso de Iniciação” Anfiteatro 2 13h30 Abertura do Secretariado 14h00 “Apresentação do Curso” José António Feio (CHUC. Coimbra) João Pedroso de Lima (CHUC e ICNAS-UC. Coimbra)
14h15 “Estudos Pré-Clínicos” Ana Luísa Vital (CHUC. Coimbra)
14h45 “Ensaios Clínicos: Princípios Básicos” Isabel Gomes (CHUC. Coimbra)
15h30 Café 16h00 “Ensaios Clínicos em Ambiente Hospitalar: Exemplo de um Centro” Isabel Gomes (CHUC. Coimbra)
16h30 “Aspetos Regulamentares em Investigação Clínica” Joana Rosado (Amgen Biofarmacêutica, Lda.)
17h00 “Ensaios Clínicos: A Dimensão Ética” Luis Adriano Oliveira (FCT-UC. Coimbra)
18h00 “Encerramento” XV Congresso Nacional de Medicina Nuclear
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20 8h30
novembro
Abertura do Secretariado
9h00 Auditório Principal Mesa Redonda “PET/CT em Aplicações não Oncológicas” Moderadores: José António Pereira da Silva (CHUC e FMUC. Coimbra) Sara Freitas (CHUC. Coimbra)
Anfiteatro 2 Comunicações Orais “Oncologia/Terapêutica” Moderador: Sophia Pintão (CHLO-HSC. Lisboa)
PET/CT em patologia não oncológica: aplicações atuais e emergentes Frederik A. A. de Jonge (Hospital Lusíadas Lisboa)
Avaliação multissistémica da sarcoidose por PET/CT com FDG-F18 Rodolfo Silva (CHUC e ICNAS-UC. Coimbra)
A utilidade da PET/CT com FDG-F18 nas vasculites sistémicas Tiago Saraiva (CHUC e ICNAS-UC. Coimbra)
Comunicação oral Premium PET pulmonar de ventilação/perfusão experiência inicial em dois voluntários Liliana Violante et al. (IPOPFG. Porto)
11h00 Café Posters Sessão I Moderador: Sofia Carrilho Vaz (IPOLFG. Lisboa)
11h30 Auditório Principal Sessão de Abertura Presidente: João Pedroso de Lima (CHUC e ICNAS-UC. Coimbra)
12h00 Auditório Principal Sessão Plenária Presidente: Lucília Salgado (IPOLFG. Lisboa)
“PET/CT: an important tool in personalized therapy” Paolo Castellucci (University Hospital Policlinico S. Orsola-Malpighi. Bologna-Itália)
13h00 Almoço 8
XV Congresso Nacional de Medicina Nuclear
14h30 Auditório Principal Mesa Redonda “A Cardiologia Nuclear no séc. XXI” Moderadores: Maria João Ferreira (CHUC e FMUC. Coimbra) João Pedroso de Lima (CHUC e ICNAS-UC. Coimbra)
Optimal pharmacologic stress testing for Nuclear Cardiology
Anfiteatro 2 Mesa Redonda “Radioterapia e Medicina Nuclear – Carcinoma do Esófago” Moderadores: Hugo Duarte (IPOPFG. Porto) Maria do Carmo Lopes (IPOCFG. Coimbra)
Hipoxia – conceitos
Manuel Cerqueira (Cleveland Clinic. Cleveland-EUA)
Rogéria Craveiro (IPOPFG. Porto)
Placa vulnerável – detetar o início da doença
Radioterapia
Maria João Ferreira (CHUC e FMUC. Coimbra)
Diana Moreira (IPOPFG. Porto)
Integração com outros métodos de imagem
PET no carcinoma do esófago
Teresa Pinho (CHSJ. Porto)
Pedro Ratão (IPOLFG. Lisboa)
Comunicação oral Premium O impacto do tratamento invasivo de doença arterial coronária na dessincronia mecânica do ventrículo esquerdo Victor Alves et al. (CHSJ. Porto)
16h30 Café Posters Sessão II Moderador: Carlos Gaspar (CHLO-HSC. Lisboa)
17h00 Auditório Principal Mesa Redonda “Pediatria” Moderadores: Alice Carvalho (CHUC-HP. Coimbra) Anabela Albuquerque (CHUC. Coimbra)
Anfiteatro 2 Comunicações Orais “Investigação” Moderador: M. Filomena Botelho (CNC.IBILI, FMUC. Coimbra)
Neoplasias malignas pediátricas: novas técnicas e biomarcadores João Pedro Teixeira (IPOPFG. Porto)
Valor da PET nos tumores ósseos da criança e do adulto jovem. A visão do oncologista José Casanova (CHUC. Coimbra)
Registo de dose - boletim dosimétrico pediátrico Jorge Isidoro (CHUC. Coimbra)
18h00 Anfiteatro 2 Assembleia Geral da SPMN 20h00 Jantar do Congresso Restaurante Loggia - Museu Nacional de Machado de Castro
XV Congresso Nacional de Medicina Nuclear
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20 de Novembro
ÍNDICE DE COMUNICAÇÕES LIVRES:
9h00 Auditório Principal Mesa Redonda “PET/CT em Aplicações não Oncológicas” Comunicação Oral Premium COP.01 PET PULMONAR DE VENTILAÇÃO/ PERFUSÃO – EXPERIÊNCIA INICIAL EM DOIS VOLUNTÁRIOS
p.23
L. Sobral Violante; C. Capelo; J. Teixeira; F. Lopes; I. Sampaio; S. Sequeira; H. Duarte Serviço de Medicina Nuclear do Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil – Porto
9h00 Anfiteatro 2 Comunicações Orais “Oncologia/Terapêutica” CO.01 TERAPÊUTICA COM 90Y-MICROESFERAS – ESTUDO RETROSPECTIVO DE 25 DOENTES
p.29
CO.02 DICLORETO DE RÁDIO-223 EM CANCRO DA PRÓSTATA METASTÁTICO
p.30
CO.03 177Lu-DOTATATE EM TUMORES NEUROENDÓCRINOS: AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE MEDULAR, HEPÁTICA E RENAL NOS PRIMEIROS 12 DOENTES
p.31
CO.04 TRATAMENTO DO HIPERTIROIDISMO POR DOENÇA DE GRAVES COM I131: FATORES PREDITORES DE RESPOSTA À TERAPÊUTICA
p.32
CO.05 LINFOCINTIGRAFIA PARA DETECÇÃO DO GÂNGLIO SENTINELA NO CANCRO DA MAMA RECORRENTE: QUE LUGAR TEM O SPECT-CT?
p.33
CO.06 GÂNGLIOS SENTINELA CONTRALATERAIS NO CANCRO DA MAMA – A NOSSA EXPERIÊNCIA
p.34
L. Sobral Violante (1); N. Costa (2); J. Teixeira (1); A. Fonseca (1); H. Duarte (1) (1) Serviço de Medicina Nuclear e (2) Serviço de Radiologia do Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil Porto J. Correia Castanheira; C. Oliveira; A. Silva; N. Gil; N. Vau; J. Fonseca; J. Rebola; R. Lúcio; D. C. Costa Champalimaud Centre for the Unknown, Fundação Champalimaud
D. Silva (1); R. Silva (2,3); P. Gil (2); G. Costa (2); J. Pedroso de Lima (2,3) (1) Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Coimbra (2) Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra (3) Instituto das Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS). Coimbra
M. Silva (1); L. Cardoso (2); R. Silva (1,2); P. Gil (1); N. Vicente (2); L. Pires (1); J. Rodriguez (1); P. Lapa (1); G. Costa (1); F. Carrilho (2) e J. Pedroso de Lima (1,3) (1) Serviço de Medicina Nuclear e (2) Serviço de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra (3) Instituto das Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS). Coimbra
V. M. Alves; A. Oliveira; A. R. Fernandes; A. S. Pinto; T. Faria; T. Vieira; M. B. Perez; J. G. Pereira Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar de São João
A. R. Fernandes; T. Faria; A. Oliveira; T. Vieira; P. Barata; V. Alves; A. Pinto; M.B. Pérez; J. Pereira Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar de São João
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XV Congresso Nacional de Medicina Nuclear
CO.07 TIROGLOBULINA INDETETÁVEL EM DOENTES COM CARCINOMA DIFERENCIADO DA TIROIDE COM EVIDÊNCIA IMAGIOLÓGICA DE TECIDO TIROIDEU
p.35
CO.08 PAPEL DA CINTIGRAFIA COM SESTAMIBI-Tc99m NA AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE NÓDULOS TIROIDEUS COM CITOLOGIA DE TUMOR FOLICULAR: EXPERIÊNCIA DE UM SERVIÇO
p.36
CO.09 CINTIGRAFIA ÓSSEA NA AVALIAÇÃO DE VIABILIDADE DE RETALHO ÓSSEO APÓS RECONSTRUÇÃO DA MANDÍBULA – QUE IMAGENS E COMO AS INTERPRETAR?
p.37
CO.10 ABORDAGEM TERAGNÓSTICA DOS TUMORES NEUROENDÓCRINOS GASTRO-INTESTINAIS E PANCREÁTICOS (TNE-GEP) – O PAPEL DA MEDICINA NUCLEAR NUMA EQUIPA MULTIDISCIPLINAR
p.38
F. Albán (1); D. Guelho (2); G. Costa (1); A. Albuquerque (1); J. Pedroso de Lima (1,3) (1) Serviço de Medicina Nuclear e (2) Serviço de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. (3) Instituto das Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS). Coimbra.
M. Silva (1); R. Silva (1,2); L. Pires (1); J. Rodriguez (1); P. Lapa (1); G. Costa (1); J. Pedroso de Lima (1,2) (1) Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra (2) Instituto das Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS). Coimbra
F. Norton Brandão (1); S. Vaz (1); M. Vilares (2); S. Esteves (3); T. C. Ferreira (1); R. Sousa (1); I. P. Carvalho (1); P. Ratão (1); A. Daniel (1); J. Rosa Santos (2); L. Salgado (1) (1) Serviço de Medicina Nuclear, (2) Serviço de Cirurgia da Cabeça e Pescoço e (3) Unidade de Investigação Clínica do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil E.P.E.
T. M. Lúcio (1); C. Gaspar (1); C. Cunha (2); R. Roque (2); L. Glória (3); J. Costa (4); J. Strecht (5); H. Oliveira (6); R. Madureira (6); J. A. Teixeira (7); T. Rodrigues (7); A. Catarino (8); M. R. Vieira (9) (1) Serviço de Medicina Nuclear, (2) Serviço de Cirurgia Gera, (3) Serviço de Gastro-Enterologia, (4) Serviço de Endocrinologia, (5) Serviço de Imagiologia, (6) Serviço de Anatomia Patológica e (7) Serviço de Oncologia do Hospital Beatriz Ângelo (8) Serviço de Anatomia Patológica e (9) Serviço de Medicina Molecular do Hospital da Luz
11h00 Posters Sessão I P.01 DIAGNÓSTICO DE COMUNICAÇÃO PERITONEO-PLEURAL POR CINTIGRAFIA PERITONEAL COM 99mTc-MAA NUM DOENTE EM DIÁLISE PERITONEAL CONTÍNUA AMBULATÓRIA – A PROPÓSITO DE UM CASO CLÍNICO
p.61
P.02 RADIOEMBOLIZAÇÃO EM DOENTES COM METASTIZAÇÃO HEPÁTICA MÚLTIPLA – RESULTADOS INICIAIS
p.62
P.03
p.63
F. Abreu; C. Gaspar; S. Pintão Serviço de Medicina Nuclear do Hospital de Santa Cruz - Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental
C. Oliveira (1); L. Rosa (1); R. Parafita (1,2); S. Chaves (1,2); A. Canudo (1,2); A. Silva (1); J. Correia Castanheira (1); D. C. Costa (1) (1) Champalimaud Centre for the Unknown, Fundação Champalimaud (2) Mercurius Health
LINFOCINTIGRAFIA NA DETECÇÃO DE QUILOTÓRAX – A NOSSA ABORDAGEM
A. R. Fernandes (1); T. Faria (1); A. Oliveira (1); T. Vieira (1); A. Pinto (1); R. Boaventura (2); J. Maciel (3); P. Bastos (3); J. Pereira (1) (1) Serviço de Medicina Nuclear, (2) Serviço de Pneumologia e (3) Serviço de Cirurgia Cardiotorácica do Centro Hospitalar de São João
P.04 TRATAMENTO DE PATOLOGIA BENIGNA DA TIRÓIDE - TRÊS ANOS DE EXPERIÊNCIA DE UM NOVO CENTRO (2012-2015)
p.64
V. Sousa (1); T. Lúcio (2), C. Valadas (3) (1) Interna de Medicina Nuclear do Hospital da Luz (2) Directora do serviço de Medicina Nuclear do Hospital Beatriz Ângelo (3) Directora do serviço de Endocrinologia do Hospital Beatriz Ângelo p05) Incidência de Osteoporose na Região Autónoma da Madeira Rafael Macedo; João P. Martins; Carlota Rodrigues; Filipa Drumond Serviço de Medicina Nuclear, SESARAM E.P.E. Madeira, Portugal
XV Congresso Nacional de Medicina Nuclear
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P.06 EFICÁCIA DIAGNÓSTICA DA CINTIGRAFIA ÓSSEA NA AVALIAÇÃO DE METASTIZAÇÃO ÓSSEA: RETRATO DO NOSSO SERVIÇO
p.66
P.07 DETERMINAÇÃO DA TAXA DE FILTAÇÃO GLOMERULAR PELA CLEARENCE PLASMÁTICA DO 51CR-EDTA EM CRIANÇAS: QUAL O NÚMERO DE COLHEITAS SANGUINEAS IDEAL?
p.67
A. Sá Pinto; T. S. Vieira; A.R. Fernandes; V. Alves; T. Faria; A. Oliveira; M.B. Pérez; J. G. Pereira Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar São João, Porto
S. Chaves; V. M. Alves; H. Costa; J.G. Pereira Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar de S. João
14h30 Auditório Principal Mesa Redonda “Cardiologia - A Cardiologia Nuclear no séc. XXI” Comunicação Oral Premium COP.02 O IMPACTO DO TRATAMENTO INVASIVO DE DOENÇA ARTERIAL CORONÁRIA NA DESSINCRONIA MECÂNICA DO VENTRÍCULO ESQUERDO
p.24
V. M. Alves (1); A. Oliveira (1); A. R. Fernandes (1); A. S. Pinto (1); T. Faria (1); T. Vieira (1); M. B. Perez (1); E. Martins (2); J. G. Pereira (1) (1) Serviço de Medicina Nuclear e (2) Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar de São João
16h30 Posters Sessão II P.08 CARCINOMA DIFERENCIADO DA TIROIDEIA: CAPTAÇÃO MAMÁRIA EM DOENTES SUBMETIDAS A TERAPÊUTICA COM IODO-131
p.68
P.09 FALSO-POSITIVO EM CINTIGRAFIA CORPORAL – REFLEXÃO A PROPÓSITO DE UM CASO CLÍNICO
p.69
P.10 SINOVITE VILONODULAR PIGMENTADA: INCIDENTALOMA RARO EM PET/CT COM 18 F-FDG
p.70
P.11 RELAÇÃO ENTRE A INGESTÃO ALIMENTAR E ACTIVIDADE EXTRA-CARDÍACA NA CINTIGRAFIA MIOCÁRDICA DE PERFUSÃO – QUAL A REAL INFLUÊNCIA?
p.71
P.12 ANGIOGRAFIA DE RADIONÚCLIDOS DE EQUILÍBRIO COM CAPTAÇÃO MEDULAR ÓSSEA … E AGORA?
p.72
I. P. Carvalho (1); S. C. Vaz (1); M. Vieira (2); T. C. Ferreira (1); S. Esteves (3); R. Sousa (1); P. Ratão (1); F. N. Brandão (1); A. Daniel (1); V. Leite (2); L. Salgado (1) (1) Serviço de Medicina Nuclear, (2) Serviço de Endocrinologia e (3) Unidade de Investigação Clínica do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil EPE
I. P. Carvalho (1); R. Espirito-Santo (2); T. C. Ferreira (1); P. Ratão (1); R. Sousa (1); S. C. Vaz (1); F. N. Brandão (1); A. Daniel (1); L. Salgado (1) (1) Serviço de Medicina Nuclear Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil EPE (2) Serviço de Endocrinologia do Centro Hospitalar de Lisboa Central EPE – Hospital Curry Cabral
A. Silva; C. Oliveira; J. Correia Castanheira; J. Ruivo; R. Canas-Marques; L. Rosa; N. Gil; S. Livraghi; D. C. Costa Champalimaud Center for the Unknown, Fundação Champalimaud
A. R. Fernandes (1); T. Faria (1); A. Oliveira (1); T. Vieira (1); J. Casalta-Lopes (2,3); V. Alves (1); A. Pinto (1); M.B. Pérez (1); J. Pereira (1) (1) Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar de São João (2) Serviço de Radioterapia do Centro Hospitalar e Universitário e Coimbra (3) Faculdade de Medicina de Coimbra
D. Ferreira (1); M. Cruz (1); V. Jerónimo (2); T. Lúcio (3) (1) Técnica do Serviço de Medicina Nuclear do Hospital Beatriz Ângelo (2) Técnica Coordenador do Serviço de Medicina Nuclear do Hospital Beatriz Ângelo (3) Médica Directora do Serviço de Medicina Nuclear do Hospital Beatriz Ângelo
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XV Congresso Nacional de Medicina Nuclear
P.13
ARTEFACTO DA IMAGEM TEP-TC: RESOLUÇÃO DE UM CASO
Carvalho A.; Catita A.; Rezio M.; Salgado L. Serviço de Medicina Nuclear, Instituto Português de Oncologia de Lisboa
P.14 ACHADO INESPERADO EM RENOGRAMA COM MAG3 – PTOSE RENAL COM BASCULAÇÃO EM POSIÇÃO ORTOSTÁTICA
p.73
p.74
M. Silva (1,2); V. Santos (1,2); A. Canudo (1,2); D. Dantas (1,2); A. Silva (1); C. Oliveira (1); D. Costa (1) (1) Champalimaud Centre for the Unknown, Fundação Champalimaud (2) Mercurius Health
17h00 Anfiteatro 2 Comunicações Orais “Investigação” CO.11 SERÃO POSSÍVEIS CINTIGRAFIAS CARDÍACAS COM HMPAO-Tc-99m? – RESULTADOS PRELIMINARES
p.39
CO.12 A INFLUÊNCIA DA DIETA NA AGRESSIVIDADE DO CANCRO COLORRETAL
p.40
CO.13 PROTOCOLO DE RADIOMARCAÇÃO DE PARA PET DE PERFUSÃO PULMONAR
p.41
M. T. Faria (1); A. Oliveira (1); M. B. Pérez (1); T. Vieira (1); V. Alves (1); R. Rego (2); D. Alves (2); F. Rocha-Gonçalves (3, 4); J. Pereira (1); E. Martins (3, 4) (1) Serviço de Medicina Nuclear e (2) Serviço de Neurologia - Unidade de Neurofisiologia - do Centro Hospitalar de São João (3) Departamento de Medicina, FMUP (4) I3S-Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, Universidade do Porto T. Gonçalves (1); A. Pires (1,2,3); J. Encarnação (1); J. Casalta (1); A. Gonçalves (4,5); A. Abrantes (1,2,4); A. Sarmento-Ribeiro (4,5); R. Carvalho (3); M. Botelho (1,2,4) (1) Unidade de Biofísica, Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (2) CNC.IBILI, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal (3) Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (4) CIMAGO, Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (5) Grupo de Biologia Molecular Aplicada e Hematologia, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra
Ga-MACROAGREGADOS DE ALBUMINA
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C. Capelo; H. Duarte Serviço de Medicina Nuclear - Instituto Português de Oncologia do Porto Dr. Francisco Gentil E.P.E
CO.14 NIS, IODO-131 E COLANGIOCARCINOMA; UMA CURIOSA RELAÇÃO
p.42
CO.15 ESTUDO RETROSPETIVO DO PROCESSO DE SÍNTESE DO RADIOFÁRMACO [68GA-DOTANOC]
p.43
A. F. Brito (1,2); A. M. Abrantes (1,2); A. C. Ribeiro (1); A. I. Fernandes (1,4); R. Teixo (1); A. C. Gonçalves (2,4); A. B. Sarmento-Ribeiro (2,4); J. G. Tralhão (1,5); F. Castro-Sousa (1,5); M. F. Botelho (1,2) (1) Unidade de Biofísica, CIMAGO, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra (2) CNC.IBILI, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra (3) Serviço de Gastrenterologia, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (4) Clínica Universitária de Hematologia e Unidade de Biologia Molecular Aplicada, CIMAGO, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra (5) Serviço de Cirurgia – Cirurgia A, Centro Hospital e Universitário de Coimbra
C. Capelo; B. Ferreira; I. Paula; H. Duarte Serviço de Medicina Nuclear do Instituto Português de Oncologia do Porto Dr. Francisco Gentil E.P.E
XV Congresso Nacional de Medicina Nuclear
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21
novembro
8h30 Abertura do Secretariado Auditório Principal Comunicações Orais
Anfiteatro 2 Comunicações Orais
“PET/CT”
“Miscelânea”
Moderador: Paula Lapa (CHUC. Coimbra)
Moderador: Ana Sofia Semedo (IPOCFG. Coimbra)
10h00 Auditório Principal Sessão Plenária Presidente: Arnaldo Figueiredo (CHUC. Coimbra)
“Imagem molecular no carcinoma da próstata” Nuno Sousa (IPOPFG. Porto) Paula Lapa (CHUC. Coimbra)
11h00 Café Posters Sessão III Moderador: Pedro Quaresma (Cuf Descobertas Hospital. Lisboa)
11h30 Auditório Principal Mesa Redonda “Acesso ao Medicamento – Legislação Atual e Enquadramento Normativo” Moderadores: Pedro Barata Coelho (Infarmed. Lisboa) Lucília Salgado (IPOLFG. Lisboa)
A visão do médico João Oliveira (IPOLFG. Lisboa)
A visão do farmacêutico hospitalar Carla Capelo (IPOPFG. Porto)
Anfiteatro 2 Mesa Redonda “Terapêutica Radiometabólica e Dosimetria” Moderadores: Fernando Godinho (Atomedical. Lisboa) Jorge Gonçalves Pereira (CHSJ. Porto)
Terapêutica com microsferas-Y-90 Ana Rita Figueira (CHSJ. Porto)
Implicações da nova Diretiva (BSS) João Santos (IPOPFG. Porto)
A visão do fabricante/produtor
Perspetiva clínica: prós e contras da abordagem dosimétrica
Antero Abrunhosa (ICNAS-UC. Coimbra)
Gracinda Costa (CHUC. Coimbra)
13h00 Almoço 14
XV Congresso Nacional de Medicina Nuclear
14h30 Auditório Principal Mesa Redonda “Novos Equipamentos: A Medicina Nuclear vai tornar-se móvel?”
Anfiteatro 2 Mesa Redonda “Carcinoma da Tiroide – Novo enquadramento terapêutico de uma patologia bem conhecida”
Moderadores: Guilhermina Cantinho (CHLN-HSM. Lisboa) Maria Teresa Rézio (IPOLFG. Lisboa)
Moderadores: Teresa C. Ferreira (IPOLFG. Lisboa) Francisco Carrilho (CHUC. Coimbra)
Equipamentos médicos pesados – parque instalado em Portugal
Novas orientações da ATA
Sofia Nunes (ACSS. Lisboa)
Enquadramento atual da terapêutica com radioiodo
Plataformas de distribuição e visualização de imagem Frits Smit (Savvy Diagnostics)
Elisabete Rodrigues (CHSJ. Porto)
Rita Sousa (IPOLFG. Lisboa)
Desafios em radioproteção
Novos fármacos, quando a Medicina Nuclear falha
Pedro Almeida (CHLO, GJS e FCUL. Lisboa)
Maria João Bugalho (IPOLFG. Lisboa)
Scintimammography in a dedicated equipment. Why it will change Nuclear Medicine practice
Comunicação Oral Premium Tratamento de doentes com carcinoma diferenciado da tiroideia com 1,1GBq de iodo-131 – reflexão de dois anos de experiência
Rainer Siebert (Savvy Diagnostics. Freiburg - Germany)
Comunicação Oral Premium New bimodal nanoprobes for sentinel lymph node imaging
Inês Carvalho et al. (IPOLFG. Lisboa)
João Correia et al. (C2TN-IST-UL. Lisboa; Vrije Universiteit Brussel. Brussels – Belgium; UZ Brussel. Brussels Belgium)
16h30 Café Posters Sessão IV Moderadores: Francisco Alves (ICNAS-UC. Coimbra) e Olga Calado (ICNAS-UC. Coimbra)
17h00 Auditório Principal Mesa Redonda “Imagem Molecular e Patologia Neurológica”
Anfiteatro 2 Comunicações Orais “Casos Clínicos e Pontos de Interesse Técnico”
Moderadores: Teresa Faria (CHSJ. Porto) Bruno Rodrigues (CHUC. Coimbra)
Moderadores: Gracinda Costa (CHUC. Coimbra) Susana Carmona (HGO. Almada)
Doenças do movimento
Médicos:
João Massano (H. Pedro Hispano. Matosinhos)
Epilepsia Ricardo Rego (CHSJ. Porto)
Imagem molecular em Neurologia Ana Paula Moreira (CHUC e ICNAS-UC. Coimbra)
Imagem multimodal na análise de conexões cerebrais, com aplicação em doenças psiquiátricas e neurológicas como o Alzheimer ou esquizofrenia
Inês Carvalho (IPOLFG. Lisboa) Rui Ferreira (CHUC. Coimbra) Liliana Violante (IPOPFG. Porto)
Técnicos: Sofia Chaves (CHSJ. Porto) Ana Catita (IPOLFG. Lisboa) Izilda Ferreira (CHUC. Coimbra)
Hugo Alexandre Ferreira (FCUL. Lisboa)
18h00 Sessão de Encerramento XV Congresso Nacional de Medicina Nuclear
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21 de Novembro
ÍNDICE DE COMUNICAÇÕES LIVRES:
8h30 Auditório Principal Comunicações Orais “PET/CT” CO.16 18F-FDG PET/TC NO DIAGNÓSTICO E ESTADIAMENTO INICIAL DO CANCRO DO PULMÃO
p.44
CO.17 CONTRIBUTO DA PET-TC FDG-F18 NA AVALIAÇÃO DE DOENTES COM CARCINOMA DO COLO DO ÚTERO E DO OVÁRIO – ANÁLISE RETROSPETIVA
p.45
CO.18 SIGNIFICADO DE LESÕES PULMONARES SUSPEITAS DE MALIGNIDADE EM PET-TC EM DOENTES COM CANCRO ORL – COMO MINIMIZAR OS FALSOS POSITIVOS?
p.46
CO.19 O VALOR PROGNÓSTICO DA PET/CT COM 18F-FDG EM TUMORES NEUROENDÓCRINOS
p.47
C0.20 COMPARAÇÃO DA PET/CT COM DOTA-NOC-GA68 E COM FDG-F18 EM TUMORES NEUROENDÓCRINOS: CORRELAÇÃO ENTRE O MAXIMUM STANDARD UPTAKE VALUE (SUVMAX) E O ÍNDICE DE PROLIFERAÇÃO KI67
p.48
CO.21 O VALOR ADICIONAL DA PET/CT COM DOTANOC-Ga68 EM DOENTES COM SUSPEITA CLÍNICA, ANALÍTICA E/OU RADIOLÓGICA DE TUMORES NEUROENDÓCRINOS
p.49
CO.22 PET/CT COM FDG-F18 NO ESCLARECIMENTO DIAGNÓSTICO EM DOENTES COM SÍNDROME FEBRIL DE ORIGEM INDETERMINADA
p.50
CO.23 IMPACTO DOS ESTUDOS DINÂMICOS (ÍNDICE DE PERFUSÃO) COM FDG E PET/CT COMO PREDITORES DA RESPOSTA TERAPÊUTICA
p.51
Susana Carmona (1); Ana Prata (1); Dolores Canário (2); José Duarte (2); Carla Oliveira (3); Joana Castanheira (3); Durval Costa (3); Jorge Roldão Vieira (2); Ana Isabel Santos (1) (1) Serviço de Medicina Nuclear e (2) Serviço de Pneumologia do Hospital Garcia de Orta (3) Serviço Clínico de Medicina Nuclear, Centro Clínico Champalimaud
R. Sousa; S. Vaz; I. P. Carvalho; P. Ratão; T. C. Ferreira; A. Daniel; L. Salgado Serviço de Medicina Nuclear do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E.
S. C. Vaz; R. Sousa; T. C. Ferreira; I. D. Patrocínio; F. N. Brandão; P. Ratão; A. Daniel; A. Silva; L. Salgado Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil E.P.E Lisboa
L. Sobral Violante (1); R. Silva (2,4); J. Teixeira (1); I. Sampaio (1); A. Santos (3); C. Marques (1); H. Duarte (1) (1) Serviço de Medicina Nuclear e (3) Serviço de Endocrinologia do Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil – Porto (2) Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (4) Instituto das Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS). Coimbra
R. Ferreira (1); R. Silva (1,2); A. Moreira (1,2); P. Lapa (1); G. Costa (1); J. Pedroso de Lima (1,2) (1) Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (2) Instituto das Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS). Coimbra
L. M. P. Pires (1); R. Silva (1,2); A. P. Moreira (1,2); G. Costa (1); J. Pedroso de Lima (1,2) (1) Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra (2) Instituto das Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS). Coimbra
R. Ferreira (1); R. Silva (1,2); P. Lapa (1); G. Costa (1); J. Pedroso de Lima (1,2) (1) Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (2) Instituto das Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS). Coimbra
A. Rodrigues (1,2); F. Alves (3,5); O. Parés (1); R. Parafita (1,2); A. Reis (4); D. Costa (1) (1) Serviço de Medicina Nuclear do “Champalimaud Centre for the Unknown, Fundação Champalimaud” (2) Mercurius Health (3) Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (4) Philips (5) Instituto das Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS). Coimbra
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XV Congresso Nacional de Medicina Nuclear
8h30 Anfiteatro 2 Comunicações Orais “Miscelânia” CO.24 SPECT CEREBRAL COM IOFLUPANO-I123 NO SÍNDROME COMPARAÇÃO ENTRE A ANÁLISE VISUAL E SEMIQUANTITATIVA
PARKINSÓNICO:
p.53
CO.25 SERÁ A DESSINCRONIA MECÂNICA VENTRICULAR ESQUERDA UM MARCADOR DE DISFUNÇÃO SISTÓLICA SUBCLÍNICA EM DOENTES DIABÉTICOS?
p.54
CO.26 CINTIGRAFIA RENAL COM 99mTc-DMSA NA POPULAÇÃO PEDIÁTRICA – UTILIDADE DE ESTUDO DINÂMICO PARA AQUISIÇÃO DA IMAGEM
p.55
CO.27 CORRELAÇÃO ENTRE O NÚMERO DE EPISÓDIOS DE PIELONEFRITE AGUDA E A PRESENÇA E GRAVIDADE DE NEFROPATIA CICATRICIAL, AVALIADA POR CINTIGRAFIA COM DMSA-99mTc
p.56
CO.28 SÍNDROME DA JUNÇÃO PÉLVICO-URETÉRICA: PAPEL DA ECOGRAFIA NA PREVISÃO DO RESULTADO DA CINTIGRAFIA RENAL
p.57
CO.29 VALOR PROGNÓSTICO DA DESSINCRONIA VENTRICULAR ESQUERDA AVALIADA POR SPECT COM 99mTc-TETROFOSMINA EM DOENTES COM ANEURISMA DA AORTA ABDOMINAL (AAA)
p.58
L. M. P. Pires (1); R. Silva (1,2); M. J. Cunha (1); G. Costa (1); J. Pedroso de Lima (1,2) (1) Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra (2) Instituto das Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS). Coimbra
V. M. Alves (1); T. Vieira (1); A. Oliveira (1); A. S. Pinto (1); A. R. Fernandes (1); T. Faria (1); M. B. Perez (1); E. Martins (2); J. G. Pereira (1) (1) Serviço de Medicina Nuclear e (2) Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar de São João
J. G. Santos; M. Filipe; V. de Sousa; S. Chin; P. Santos; J. A. Sequeira; S. Carmona; A. Prata; G. Cardoso; A. I. Santos Serviço de Medicina Nuclear do Hospital Garcia de Orta, E.P.E. - Almada
F. Alban (1); R. Silva (1,2); L. Pires (1); M. Silva (1); A. Albuquerque (1); G. Costa (1); J. Pedroso de Lima (1,2) (1) Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. (2) Instituto das Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS). Coimbra.
M. Silva (1); R. Silva (1,2); L. Pires (1); J. Rodriguez (1); P. Lapa (1); G. Costa (1); J. Pedroso de Lima (1,2) (1) Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra (2) Instituto das Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS). Coimbra
L. Sobral Violante (1); T. S. Vieira (2); A. Sá Pinto (2); A. R. Fernandes (2); V. Oliveira (2); A. Oliveira (2); E. Martins (3); T. Faria (2); M.B. Pérez (2); J. G. Pereira (2) (1) Serviço de Medicina Nuclear do Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil – Porto (2) Serviço de Medicina Nuclear e (3) Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar de São João
11h00 Posters Sessão III P.15
TUMOR DE ORIGEM DESCONHECIDA – A NOSSA EXPERIÊNCIA COM PET E PET-TC
p.75
S. C. Vaz; P. Ratão; R. Sousa; T. C. Ferreira; A. Silva; I. D. Patrocínio; F. N. Brandão; A. Daniel; L. Salgado Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil E.P.E Lisboa
P.16
PET/CT COM PSMA-Ga68. A PROPÓSITO DO 1º EXAME REALIZADO EM PORTUGAL
R. Silva (1, 2), A. Abrunhosa (2), A. Figueiredo (3), A. Xavier (2), A. Cruz (2), D. Barroca (2), M. Castelo Branco (2), J. Pedroso de Lima (1, 2) (1) Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (2) Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (3) Serviço de Urologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
P.17 A PET-TC FDG-F18 NA INVESTIGAÇÃO DE TUMOR DE ORIGEM DESCONHECIDA – A PROPÓSITO DE UM CASO CLÍNICO DE CARCINOMA MEDULAR DA TIRÓIDE R. Sousa; I. P. Carvalho; S. Vaz; P. Ratão; T. C. Ferreira; A. Daniel; L. Salgado Serviço de Medicina Nuclear do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E.
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p.76
p.77
17
P.18
MIMETIZANDO UM CARCINOMA DO PULMÃO - A PROPÓSITO DE UM CASO CLÍNICO
p.78
18 P.19 F-FDG PET/CT: CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL METABÓLICO HEPÁTICO POR DOIS MÉTODOS DISTINTOS DE RECONSTRUÇÃO ITERATIVA
p.79
P.20 INFLUÊNCIA DE HÁBITOS TABÁGICOS NA CAPTAÇÃO DE 18F-COLINA NOS LOBOS PULMONARES NORMAIS
p.80
P.21 A IMPORTÂNCIA DA PET/CT COM 18F-FDG NO ESTADIAMENTO E NA AVALIAÇÃO PRECOCE DA RESPOSTA À TERAPÊUTICA COM IMATINIB EM DOENTES COM GIST
p.81
Sousa Vanessa; Loewenthal Cristina; Vieira M. Rosário Serviço de Medicina Nuclear do Hospital da Luz
I. Rodrigues; A. Martins; J. Pereira; R. Domingos; S. Carmona; P. Almeida; L. Oliveira Joaquim Chaves Saúde – Departamento de Medicina Nuclear, Lisboa
B. Freitas (1,2); A. Canudo (1,2); D. Dantas (1,2); V. Santos (1,2); S. Chaves (1,2); C. Oliveira (1); J. Castanheira (1); D. Costa (1) (1) Champalimaud Centre for the Unknown, Fundação Champalimaud (2) Mercurius Health
S. Teixeira (1,2); A. Canudo (1,2); D. Dantas (1,2); D.Costa (1) (1) Champalimaud Centre for the Unknown, Fundação Champalimaud (2) Mercurius Health
14h30 Auditório Principal Mesa Redonda “Novos Equipamentos: A Medicina Nuclear vai tornar-se móvel?” Comunicação Oral Premium COP.03 NEW BIMODAL NANOPROBES FOR SENTINEL LYMPH NODE IMAGING
João D. G. Correia (1); Maurício Morais (1); Maria P. C. Campello (1); Catarina Xavier (2); Sophie Hernot (2); Tony Lahoutte (2,3); Vicky Caveliers (2,3); Isabel Santos (1) (1) Centro de Ciências e Tecnologias Nucleares, Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa, Estrada Nacional 10 (km 139,7), 2695-066 Bobadela LRS, Portugal (2) In Vivo Cellular and Molecular Imaging Laboratory, Vrije Universiteit Brussel, Brussels, Belgium (3) Nuclear Medicine Department, UZ Brussel, Brussels, Belgium
p.25
14h30 Anfiteatro 2 Mesa Redonda “Carcinoma da Tiroide – Novo enquadramento terapêutico de uma patologia bem conhecida” Comunicação Oral Premium COP.04 TRATAMENTO DE DOENTES COM CARCINOMA DIFERENCIADO DA TIROIDEIA COM 1,1GBq DE IODO-131 – REFLEXÃO DE DOIS ANOS DE EXPERIÊNCIA.
p.26
I. P. Carvalho; R. Sousa; S. C. Vaz; T. C. Ferreira; F. N. Brandão; P. Ratão; A. Daniel; L. Salgado Serviço de Medicina Nuclear do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil EPE
16h30 Posters Sessão IV P.22 DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DA ACTIVIDADE RESIDUAL EM TANQUES DE DECAIMENTO DE ISÓTOPOS RADIOACTIVOS UTILIZANDO UM MODELO MATEMÁTICO COMPARTIMENTAL
p.82
J.A.M. Santos; V.M. Antunes Serviço de Física Médica e Centro de Investigação do Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil, E.P.E.
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P.23 COMPARAÇÃO DE VÁRIOS MÉTODOS DE CÁLCULO DE DOSE PARA RADIOEMBOLIZAÇÃO HEPÁTICA UTILIZANDO MICROESFERAS COM ÍTRIO-90
p.83
P.24 INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA DE ARMAZENAMENTO E IDADE DAS FRAÇÕES APÓS FRACIONAMENTO DE KITS DE HMDP PARA MARCAÇÃO COM 99mTc
p.84
99m P.25 Tc/188Re-ÁCIDO FOSFÓNICO POLIETILENOIMINOMETIL (PEI-MP), COMO POTENCIAIS COMPLEXOS PARA A IMAGIOLOGIA E TERAPIA DE CANCRO DA BEXIGA: UMA AVALIAÇÃO IN VITRO
p.85
99m P.26 Tc/188Re-ÁCIDO FOSFÓNICO POLIETILENOIMINOMETIL (PEI-MP), COMO POTENCIAIS COMPLEXOS PARA A IMAGIOLOGIA E TERAPIA DE CANCRO DA BEXIGA: UMA AVALIAÇÃO IN VIVO
p.86
P.27 EVOLUÇÃO DAS ACTIVIDADES ADMINISTRADAS DE 18F-FDG NUM CENTRO PET EM PORTUGAL E A SUA CORRELAÇÃO COM A ALTERAÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES EUROPEIAS AO LONGO DE UM PERÍODO DE 10 ANOS
p.87
J.A.M. Santos (1); V.M. Antunes (1); L.G. Costa (2) (1) Serviço de Física Médica e Centro de Investigação e (2) Serviço de Medicina Nuclear do Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil, E.P.E.
V. Santos (1,2); A. Canudo (1,2); D. Costa (1); B. Martins (2); A. Paulo (3); L. Gano (3) (1) Champalimaud Centre for the Unknown, Fundação Champalimaud (2) Mercurius Health (3) Centro de Ciências e Tecnologias Nucleares, Instituito Superior Técnico, Universidade de Lisboa
S. Ferreira (1,2,3); A. M. Abrantes (1,4,5); M. Laranjo (1,4,5); J. Casalta-Lopes (1); A. C. Gonçalves (4,6); A. B. Sarmento-Ribeiro (4,6); J. Zeevaart (7); W. Louw (7); C. Pais (2); I. Dormehl (8); M. F. Botelho (1,4,5) (1) Unidade de Biofísica, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal (2) Centro de Biologia Molecular e Ambiental, Escola de Ciências, Universidade do Minho, Braga, Portugal (3) Curso de Medicina Nuclear, Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Instituto Politécnico do Porto, Porto, Portugal (4) Centro de Investigação em Ambiente, Genética e Oncobiologia, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal (5) Instituto De Imagem Biomédica e Ciências da Vida, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal (6) Grupo de Biologia Molecular Aplicada e Hematologia, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal (7) Departamento de Radioquímica, NECSA, Pretoria, África do Sul (8) Departamento de Medicina Interna, Universidade de Pretoria, África do Sul
S. Ferreira (1,2,3); A. M. Abrantes (1,4,5); M. Laranjo (1,4,5); J. Casalta-Lopes (1); A. C. Gonçalves (4,6); A. B. Sarmento-Ribeiro (4,6); J. Zeevaart (7); W. Louw (7); C. Pais (2); I. Dormehl (8); M. F. Botelho (1,4,5) (1) Unidade de Biofísica, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal (2) Centro de Biologia Molecular e Ambiental, Escola de Ciências, Universidade do Minho, Braga, Portugal (3) Curso de Medicina Nuclear, Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Instituto Politécnico do Porto, Porto, Portugal (4) Centro de Investigação em Ambiente, Genética e Oncobiologia, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal (5) Instituto De Imagem Biomédica e Ciências da Vida, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal (6) Grupo de Biologia Molecular Aplicada e Hematologia, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal (7) Departamento de Radioquímica, NECSA, Pretoria, África do Sul (8) Departamento de Medicina Interna, Universidade de Pretoria, África do Sul
V.M. Antunes (1); H. Duarte (2); J.A.M. Santos (1) (1) Serviço de Física Médica e Centro de Investigação e (2) Serviço de Medicina Nuclear do Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil, E.P.E.
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cOMUNICAÇÕES oRAIS premium
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COP.01 PET PULMONAR DE VENTILAÇÃO/ PERFUSÃO – EXPERIÊNCIA INICIAL EM DOIS VOLUNTÁRIOS L. Sobral Violante; C. Capelo; J. Teixeira; F. Lopes; I. Sampaio; S. Sequeira; H. Duarte Serviço de Medicina Nuclear do Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil – Porto
Introdução: A cintigrafia de ventilação/perfusão (V/Q) pulmonar com 99mTc é um método de imagem estabelecido na avaliação funcional pulmonar. A PET/CT de V/Q pulmonar é possível substituindo o 99m Tc por 68Ga na marcação das mesmas moléculas utilizadas na cintigrafia. Devido às características superiores da imagem PET, a acuidade diagnóstica relativamente à cintigrafia poderá ser incrementada. Objectivo: Apresentar a viabilidade da realização de PET/CT com 68Ga em estudos de V/Q pulmonar. Material e métodos: Recrutaram-se 2 voluntários saudáveis para participar neste estudo. Na preparação da suspensão de nanopartículas de carbono marcadas com 68Ga (68Ga-“Galigás”) e de macroagregados de albumina marcados com 68Ga (68Ga-MAA) foi utilizado um gerador de 68Ge/68Ga produzido pela ITG, um sistema de marcação de partículas de carbono (Technegas®) e MAA da GE (Macrotec®). Não foi necessária a aquisição de materiais ou reagentes para utilização específica nesta técnica. Procedemos ao estudo de V/Q pulmonar com aquisição sequencial de imagens por PET/CT respectivamente após a inalação 68Ga-“Galigás” e a administração endovenosa de 68Ga-MAA. Obtiveram-se imagens do tórax num equipamento PET/CT Siemens Biograph 6-slice Hi-Rez. Resultados: Os MAA marcados com 68Ga formaram um composto estável apresentando uma pureza radioquímica de 97%. Num dos voluntários procedeu-se apenas ao estudo de ventilação após a inalação de 68Ga-“Galigás” e no outro, ao estudo de ventilação após a inalação de 68Ga-“Galigás” seguido do estudo de perfusão após a injecção de 96,2 MBq (2,6mCi) de 68Ga-MAA. As imagens PET permitiram avaliar a distribuição dos radiofármacos e as de CT realizar a correlação anatómica. Conclusão: O 68Ga-“Galigás” e o 68Ga-MAA são radiofármacos passíveis de utilizar na imagem funcional pulmonar de V/Q em PET/CT. Esta nova modalidade de estudo da V/Q pulmonar poderá ser integrada facilmente na prática clínica de Serviços de Medicina Nuclear que disponham de um gerador de 68Ge/68Ga e de um aparelho de Technegas®.
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COP.02 O IMPACTO DO TRATAMENTO INVASIVO DE DOENÇA ARTERIAL CORONÁRIA NA DESSINCRONIA MECÂNICA DO VENTRÍCULO ESQUERDO V. M. Alves (1); A. Oliveira (1); A. R. Fernandes (1); A. S. Pinto (1); T. Faria (1); T. Vieira (1); M. B. Perez (1); E. Martins (2); J. G. Pereira (1) (1) Serviço de Medicina Nuclear e (2) Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar de São João
Introdução: A dessincronia mecânica (DM) do ventrículo esquerdo (VE) induzida pelo stress tem sido sugerida como um marcador de stunning miocárdico pós-isquémico e, por conseguinte, de doença arterial coronária (DAC). Objectivo: Avaliar o impacto do tratamento invasivo de DAC na DMVE. Material e métodos: Estudo longitudinal retrospectivo, realizado a partir de uma população de doentes com DAC (conhecida ou suspeita) que realizaram Cintigrafia de perfusão miocárdica com 99mTctetrafosmina sincronizada com o ECG (gated CPM), no nosso Serviço, durante o ano de 2012. Incluíramse aqueles tinham uma 2.ª gated CPM realizada antes ou depois, e que, nesse intervalo, tinham realizado tratamento invasivo de DAC. Excluíram-se os doentes com diferente protocolo de aquisição entre as duas cintigrafias, com má qualidade do gated, com bloqueio de ramo esquerdo ou ritmo de pacemaker, e com síndrome coronário agudo entre os 2 exames cintigráficos. Os parâmetros da perfusão do stress e da função e dessincronia [desvio-padrão (DPF) e largura de banda do histograma de fase (LBHF)] do pós-stress foram comparados entre as 2 cintigrafias. Através de regressão linear univariada e multivariada, exploraram-se factores associados a uma variação dos valores de DMVE entre os 2 momentos. Resultados: Dos 25 doentes incluídos, 16 sofreram intervenção coronária percutânea e 9 cirurgia de bypass coronário (CABG). O intervalo mediano entre as 2 gated CPM foi de 16,3 meses (intervalo interquartil: 9,0-22,2). Entre as duas cintigrafias, verificou-se uma redução estatisticamente significativa de summed stress score, volume telessistólico (VTS), summed motion score (SMS), summed thickening score (STS), DPF e LBHF, bem como um aumento estatisticamente significativo da fracção de ejecção (FEVE). A redução do DPF associou-se a uma redução do STS (p=0,001), do VTD (p=0,001), do VTS (p<0,001) e a um aumento da FEVE (p=0,012), bem como à realização de CABG (p<0,001) e a um maior número de territórios vasculares intervencionados (p=0,001). A variação da LBHF apresentou resultados semelhantes. Na análise multivariada, os únicos preditores de variação da DPF foram a variação do STS (p=0,002) e o tipo de intervenção invasiva (p=0,001); os únicos preditores de variação da LBHF foram a variação do STS (p=0,007) e o número de territórios intervencionados (p=0,027). Conclusão: A redução da dessincronia do VE após intervenção coronária invasiva dependeu da realização de CABG e da extensão de doença coronária tratada, a par de uma melhoria do espessamento.
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COP.03 NEW BIMODAL NANOPROBES FOR SENTINEL LYMPH NODE IMAGING
João D. G. Correia (1); Maurício Morais (1); Maria P. C. Campello (1); Catarina Xavier (2); Sophie Hernot (2); Tony Lahoutte (2,3); Vicky Caveliers (2,3); Isabel Santos (1) (1) Centro de Ciências e Tecnologias Nucleares, Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa, Estrada Nacional 10 (km 139,7), 2695-066 Bobadela LRS, Portugal (2) In Vivo Cellular and Molecular Imaging Laboratory, Vrije Universiteit Brussel, Brussels, Belgium (3) Nuclear Medicine Department, UZ Brussel, Brussels, Belgium
Introduction: The preoperative detection of Sentinel Lymph Node (SLND) requires an intradermal injection of a radiolabeled colloid, whereas its intraoperative localization depends on the acoustic signal coming from the hand-held gamma probe as well as on visual confirmation of the radioactive node stained with a blue dye. Although widely used in the clinical setting, the properties of 99mTc-based colloids and blue dyes are far from ideal, hampering the surgeon’s ability to identify and excise the SLN in a minimal invasive way [1,2]. Objective: The presence of two imaging reporters (radioisotope and fluorophore) in the same probe would enable fast and accurate excision of SLN by radio- or near-infrared (NIR) guided surgery. Thus, herein we report on new fluorescent radiolabeled nanoprobes for preoperative visualization of SLN by SPECT or PET as well as on their use for real-time guidance during surgical excision by NIR optical imaging. Methods: We have prepared bimodal imaging probes containing a radiometal, 99mTc or 68Ga, a NIR fluorophore and mannose units for Mannose Receptor (MR) targeting. The pharmacokinetics and SLN mapping of the probes were evaluated in a Wistar rat model using nuclear and optical imaging. Results: The probes, obtained with high radiochemical yield (> 95%) and specific activity, are stable in vitro. The biodistribution studies have shown that the probes presented an increased accumulation in the popliteal node after subcutaneous injection with minimal spread to other organs. Moreover, they enabled real time optical-guided excision of the SLN. Conclusions: The new bimodal probes exhibit suitable biological properties for pre- and intraoperative mapping and excision of the SLN. Acknowledgements: COST Action TD1004 is acknowledged for a STSM (STSM-TD1004-040213-027456). The authors also wish to thank the IAEA. M. M. thanks the Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) for a PhD fellowship (SFRH/BD/48066/2008). FCT is also acknowledged for funding (EXCL/QEQMED/0233/2012). References 1. Sharma R, Wendt JA, Rasmussen JC, Adams KE, Marshall MV, Sevick-Muraca EM. New horizons for imaging lymphatic function. Lymphatic Continuum Revisited. 2008;1131:13-36. doi:DOI 10.1196/ annals.1413.002. 2. Morais M, Subramanian S, Pandey U, Samuel G, Venkatesh M, Martins M, et al. Mannosylated dextran derivatives labeled with fac-[M(CO)]+ (M = (99m)Tc, Re) for specific targeting of sentinel lymph node. Mol Pharm. 2011;8:609-20. doi:10.1021/mp100425p.
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COP.04 TRATAMENTO DE DOENTES COM CARCINOMA DIFERENCIADO DA TIROIDEIA COM 1,1GBq DE IODO-131 – REFLEXÃO DE DOIS ANOS DE EXPERIÊNCIA I. P. Carvalho; R. Sousa; S. C. Vaz; T. C. Ferreira; F. N. Brandão; P. Ratão; A. Daniel; L. Salgado Serviço de Medicina Nuclear do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil EPE
Introdução: A terapêutica com 1,1GBq de Iodo-131 parece ser uma alternativa eficaz em doentes de baixo risco, diminuindo a exposição a radiação e o tempo de internamento dos doentes. Desde 2012, a nossa instituição realiza terapêuticas com 1,1GBq de Iodo-131 em doentes de (1) baixo risco, se ecografia cervical pós-operatória suspeita e/ou tiroglobulina detectável sob hormona estimulante da tiroide (TSH) suprimida (se variante folicular de carcinoma papilar capsulada ou carcinoma folicular minimamente invasivo, apenas se realiza vigilância) e de (2) risco intermédio, se ecografia negativa e tiroglobulina indetectável sob supressão. Objectivos: Avaliação de dois anos de experiencia no tratamento de doentes com carcinoma diferenciado da tiroideia com 1,1GBq de Iodo-131. Métodos: Foi realizado um estudo de coorte, unicêntrico, com recolha retrospectiva de dados, tendo sido identificados 112 doentes com o diagnóstico de carcinoma diferenciado da tiroideia, que realizaram terapêutica com 1,1GBq de Iodo-131 na nossa instituição, entre Outubro de 2012 e Dezembro de 2014. No seguimento a situação clinica dos doentes foi classificada em <<NED>> (sem evidencia de doença), <<BED>> (evidencia bioquímica), <<SED>> (evidencia estrutural) e <<Indeterminada<>. Foram excluídos 31 doentes sem informação relativa ao seguimento, 4 por antecedentes de outra doença oncológica, 3 por exposição prévia a radiação e 7 por níveis de TSH <30mU/L, na altura da administração da terapêutica. Resultados: Analisaram-se 67 doentes, que realizaram terapêutica em média 5±4 meses apos tiroidectomia total/totalização. Nenhum doente apresentou evidência de metastização em cintigrafia corporal pós-terapêutica. O tempo médio de seguimento foi de 197 meses.
Conclusão: Os nossos resultados mostraram que no tempo de seguimento, embora ainda curto, 88% dos doentes não tiveram evidencia de doença. Um pequeno número necessita de um seguimento mais apertado por apresentarem níveis elevados de tiroglobulina ou resultados não conclusivos em exames imagiológicos.
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cOMUNICAÇÕES oRAIS
Comunicações Orais
CO.01 TERAPÊUTICA COM 90Y-MICROESFERAS – ESTUDO RETROSPECTIVO DE 25 DOENTES
L. Sobral Violante (1); N. Costa (2); J. Teixeira (1); A. Fonseca (1); H. Duarte (1) (1) Serviço de Medicina Nuclear e (2) Serviço de Radiologia do Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil - Porto
Introdução: A radioembolizacão com 90Y-microesferas é uma terapêutica direccionada a pacientes com neoplasias hepáticas irressecáveis, que na última década tem vindo a aplicar-se de forma crescente, apresentando resultados positivos quanto à sua eficácia e segurança. Objectivo: Apresentar os resultados da nossa experiência relativamente à terapêutica com 90Y-microesferas no tratamento de neoplasias hepáticas irressecáveis. Material e métodos: Realizou-se uma análise retrospectiva de 25 doentes consecutivos (18 homens e 7 mulheres; idade média = 59,6±0,34 anos) que realizaram radioembolização com 90Y-microesferas, entre Novembro de 2011 e Maio de 2015. Os doentes apresentavam metástases hepáticas irressecáveis de diferentes neoplasias (n=14) ou patologia tumoral hepática primária (n=11). Dos 25 doentes, 88% (22) tinham sido submetidos a terapêuticas prévias (sistémicas ou locais). Previamente à terapêutica, todos os doentes foram submetidos a angiografia hepática e pesquisa de shunt pulmonar e gastrointestinal através da administração intra-arterial de 99mTc-macroagregados de albumina com aquisição de imagens planares e SPET/CT. A avaliação de resposta à terapêutica, realizada 96±38 dias após administração das 90Y-microesferas, incluiu a realização de TAC avaliado segundo os critérios RECIST modificados e de 18F-FDG PET/CT considerando como resposta uma diminuição de pelo menos de 20% do valor de SUVmax. Resultados: A média do shunt pulmonar foi de 6,35% (mín. 2% máx. 15%) tendo-se realizado 7 terapêuticas unilobares e 18 bilobares com uma actividade administrada média de 1,47 GBq (máx. 2,29 mín. 0,5). Apenas um doente tinha uma carga tumoral >50% ao volume hepático total avaliada por TC abdominal e em 8 (32%) doentes registou-se a ocorrência de efeitos secundários (7 leves e 1 grave). Apresentaram resposta objectiva (completa ou parcial) 24% dos doentes, 40% progrediram e em 16% dos doentes verificou-se estabilidade da doença. Em 20% dos doentes não foi possível efectuar esta avaliação. Até à última data de seguimento o tempo de sobrevida global foi de 14,1±8,7 meses. Conclusão: A radioembolização hepática é uma alternativa na estratégia terapêutica de tumores hepáticos irressecáveis, embora habitualmente não seja utilizada como 1ª linha. É um tratamento seguro em que a adequada selecção de candidatos e o enfoque multidisciplinar aliado à experiência constituem a base para o êxito.
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CO.02 DICLORETO DE RÁDIO-223 EM CANCRO DA PRÓSTATA METASTÁTICO
J. Correia Castanheira; C. Oliveira; A. Silva; N. Gil; N. Vau; J. Fonseca; J. Rebola; R. Lúcio; D. C. Costa Champalimaud Centre for the Unknown, Fundação Champalimaud
Introdução: A grande maioria dos doentes com cancro da próstata resistente à castração metastático (CPRCm) apresenta envolvimento ósseo secundário, uma das principais causas de morte, incapacidade e redução da qualidade de vida. O dicloreto de RÁDIO-223 (RÁDIO-223) é um radiofármaco emissor de partículas α de curto alcance com captação electiva no tecido ósseo metastático, capaz de induzir quebras irreversíveis no ADN das células tumorais, com efeitos tóxicos mínimos nas células normais vizinhas. Objectivo: Revelar a experiência na prática clínica de RÁDIO-223 no tratamento de doentes com CPRCm. Material e métodos: Desde Abril de 2014 foram tratados 10 doentes (idade média = 73 anos; entre 67 e 83) com CPRCm há mais de 5 anos e metastização óssea sintomática para terapêutica com RÁDIO-223. Todos apresentavam doseamentos de PSA e de FA elevados e doença óssea documentada em cintigrafia óssea prévia. A actividade de RÁDIO-223 administrada por doente foi de 50 Bq/kg de peso corporal, sempre na ausência de anemia e com plaquetas>100000/mm3. Imagens da distribuição do RÁDIO-223 foram obtidas em 6 doentes. Resultados: Três doentes realizaram o tratamento completo (6 administrações durante 6 meses a cada 4 semanas) e em 4 doentes este ainda está em curso. Em 3 doentes não foi possível completar o tratamento: 1 deles por diagnóstico de segunda neoplasia primária (hepatocolangiocarcinoma) e 2 por morte (estadio muito avançado da doença). Não se registaram quaisquer efeitos adversos graves decorrentes do tratamento. As imagens adquiridas permitiram a visualização do mapeamento das localizações metastáticas conhecidas, com confirmação do padrão de eliminação do radiofármaco (predominantemente intestinal). Os doentes foram periodicamente submetidos a reavaliação clínica, com melhoria sintomática em todos os que completaram o tratamento e nos 4 doentes cujo tratamento está em curso após a 2ª administração. Conclusões: A terapêutica com RÁDIO-223 em doentes com CPRCm revelou-se útil na redução da dor óssea com repercussão positiva na avaliação subjectiva da qualidade de vida pessoal em 7 dos 10 doentes estudados. Apesar do custo, convém realçar a melhoria sintomática consistente, permitindo desde já ter esperança renovada na melhoria da qualidade de vida destes doentes. Dados sobre impacto desta terapêutica na taxa de sobrevida não foram ainda possíveis de obter devido ao número reduzido de doentes incluídos e ao curto período de seguimento. Na nossa perspectiva, potenciais vantagens da sua aplicação clínica em terapêuticas combinadas, assim como em doentes em fase mais precoce da sua doença metastática óssea merecem investigação ulterior.
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CO.03 177Lu-DOTATATE EM TUMORES NEUROENDÓCRINOS: AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE MEDULAR, HEPÁTICA E RENAL NOS PRIMEIROS 12 DOENTES D. Silva (1); R. Silva (2,3); P. Gil (2); G. Costa (2); J. Pedroso de Lima (2,3) (1) Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Coimbra (2) Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra (3) Instituto das Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS). Coimbra
Introdução: Os Tumores Neuroendócrinos (TNEs) apresentam-se, habitualmente, com uma sintomatologia fruste. Não é infrequente o diagnóstico tardio, encontrando-se muitos doentes num estádio avançado, apesar de beneficiarem de um “enganador” bom-estado-geral. Nesta fase, as opções terapêuticas são limitadas, com resultados clínicos desencorajadores e que condicionam redução da qualidade de vida. Os análogos da somatostatina radiomarcados, como o 177Lu-Dota-Tate, têm vindo a emergir como uma possibilidade terapêutica muito interessante e com efeitos secundários modestos e facilmente controláveis. Com este trabalho, pretendemos fazer a primeira avaliação da toxicidade, a curto/médio prazo, a nível medular, hepático e renal no grupo de doentes com TNEs-multimetastizados tratados com 177 Lu-Dota-Tate no nosso Serviço. Material e métodos: Avaliámos a evolução dos parâmetros analíticos dos 12 primeiros doentes [5 mulheres (41,7%), 7 homens (58,3%); 71,1±8,3 anos] submetidos a 3 ciclos de 177Lu-Dota-Tate: um ciclo com cerca de 200mCi (7400MBq) a cada 3 meses, associado a proteção renal com solução de aminoácidos (2,5L de Aminoplasmal-Hepa®). Todos os doentes apresentavam doença em progressão [5 TNE-pulmonares (41,7%) e 7 TNE-entero-gastro-pancreáticos (58,3%)], apesar de várias linhas terapêuticas prévias (análogos da somatostatina, quimioterapia, inibidores da tirosina-kinase ou da via mTOR e radioterapia externa). Para cada ciclo, foram obtidas 3 colheitas de sangue (hemograma, provas de função hepática e renal): uma antes do tratamento (C01-3), uma por volta da 5ª (4,6±2,3) semana após cada ciclo (C11-3) e outra em torno da 10ª (9,8±5,4) semana (C21-3). Seguidamente, foi efetuada uma análise estatística, utilizando o teste de classificações assinadas por Wilcoxon, para avaliar se o tratamento tinha impacto negativo na função medular, hepática ou renal. Foi considerado como estatisticamente significativo um valor de p<0.05. Resultados: De todos os parâmetros analíticos avaliados, apenas se registou uma variação estatisticamente significativa entre as C01-3 e os controlos C11-3 e C21-3, na contagem dos eritrócitos com p=0,047 (4,2±0,4x109/L em C01-3; 5,5±1,9x109/L em C11-3 e 3,9±0,6x109/L em C21-3) e plaquetas, também com p=0,047 (196,2±91,0x106/L em C01-3; 170,9±48,7x106/L em C11-3 e 186,2±92,2x106/L em C21-3). Verificou-se um aumento da gama-glutamil transferase, com p=0,037 (199,5±179,2U/L em C01-3; 309,2±258,3U/L em C11-3 e 220,8±149,9U/L em C21-3). Conclusão: Estes resultados confirmam a segurança do tratamento, verificando-se toxicidade mínima a nível hepático e medular. Curiosamente, embora o rim seja um órgão particularmente vulnerável devido à retenção do radiofármaco, não houve qualquer rebate significativo no valor da creatinina nos controlos efetuados pós-ciclo. Este aspeto indicia que a proteção renal utilizada no protocolo é eficaz.
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CO.04 TRATAMENTO DO HIPERTIROIDISMO POR DOENÇA DE GRAVES COM I131: FATORES PREDITORES DE RESPOSTA À TERAPÊUTICA M. Silva (1); L. Cardoso (2); R. Silva (1,2); P. Gil (1); N. Vicente (2); L. Pires (1); J. Rodriguez (1); P. Lapa (1); G. Costa (1); F. Carrilho (2) e J. Pedroso de Lima (1,3) (1) Serviço de Medicina Nuclear e (2) Serviço de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra (3) Instituto das Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS). Coimbra
Objetivo: A Doença de Graves (DG) é uma das causas mais comuns de hipertiroidismo. O iodo radioactivo (131I) é uma opção terapêutica segura, cómoda e custo-efetiva. No entanto, vários fatores podem influenciar o seu resultado. A identificação destes fatores pode permitir uma adequada seleção de candidatos e de condições ótimas pré-tratamento. Com este estudo pretendemos identificar possíveis fatores preditivos de resposta terapêutica ao131I. Material e métodos: Foram estudados 143 doentes (116 mulheres, 27 homens; 42.5±15.2 anos) com DG tratados com 131I entre outubro/2002 e abril/2014, com seguimento superior a 12 meses. Todos foram avaliados antes (parâmetros analíticos e ecográficos) e aos 3, 6 e 12 meses (parâmetros analíticos) após-terapêutica com 131I. A terapêutica com anti-tiroideus de síntese (ATS) foi suspensa pelo menos 7 dias antes do tratamento e a atividade terapêutica foi calculada com base na percentagem de captação do 131I às 24horas (24h-RIU) assim como na massa glandular funcionante (MGF). Foram analisados os parâmetros idade, género, tipo de ATS (propiltiouracilo vs metibasol), anticorpo anti-receptor-tirotropina (TRAbs), nódulos>10mm na ecografia, MGF, 24h-RIU, heterogeneidade funcional e atividade administrada. O sucesso terapêutico foi definido como eu/hipotiroidismo aos 12 meses após-terapêutica, sem necessidade de tratamentos adicionais com 131I e ATS. Na tentativa de identificar fatores preditivos de sucesso terapêutico e posteriormente de hipotiroidismo, recorreu-se ao método de regressão logística. Resultados: Obteve-se sucesso terapêutico em 80.4% (115/143). Destes, 43.2, 72.4 e 87.0% encontravamse em hipotiroidismo aos 3, 6 e 12 meses respetivamente. Nos 28 casos de insucesso terapêutico (19.6%) registaram-se valores de TRAbs, MGF e atividade administrada estatisticamente superiores relativamente aos casos de sucesso (48.2U/L vs 20.0U/L; 77.8g vs 48.1g; 517MBq vs. 398MBq,respetivamente), sem diferenças estatisticamente significativas nas restantes variáveis. Realizou-se uma regressão logística com estas variáveis e apenas a MGF permaneceu como estatisticamente significativa. No sub-grupo que respondeu à terapêutica, registou-se uma associação estatisticamente significativa entre as variáveis nódulos>10mm, heterogeneidade funcional e ATS e o desenvolvimento de hipotiroidismo aos 12 meses. Estas variáveis foram introduzidas numa segunda regressão logística, e nesta análise apenas o tipo de ATS permaneceu como estatisticamente significativo, estando o metibasol associado a uma maior probabilidade de hipotiroidismo. Conclusões: Nesta série, a recidiva de hipertiroidismo por DG após terapêutica com 131I foi baixa (19,6%) e encontrou-se associada, de modo estatisticamente significativo, à MGF. Considerando apenas os doentes que responderam à terapêutica, apenas a variável “tipo de ATS” permitiu prever o desenvolvimento de hipotiroidismo aos 12 meses, com o propiltiouracilo a conferir maior resistência ao desenvolvimento do hipotiroidismo.
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CO.05 LINFOCINTIGRAFIA PARA DETECÇÃO DO GÂNGLIO SENTINELA NO CANCRO DA MAMA RECORRENTE: QUE LUGAR TEM O SPECT-CT? V. M. Alves; A. Oliveira; A. R. Fernandes; A. S. Pinto; T. Faria; T. Vieira; M. B. Perez; J. G. Pereira Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar de São João
Introdução: Nos casos de recorrência local de cancro da mama, é possível repetir pesquisa de gânglio sentinela (GS), no entanto, a taxa de detecção do GS varia largamente (53,7-92,5%). O papel do SPECT-CT nesta população de doentes ainda não foi caracterizado. Objectivos: Avaliar a eficácia do SPECT-CT na detecção do gânglio sentinela em doentes com cancro da mama recorrente comparativamente com um Grupo de Controlo. Material e métodos: Foram incluídos retrospectivamente todos os doentes com recorrência local de cancro da mama que realizarem linfocintigrafia para pesquisa de GS com SPECT-CT, no nosso Serviço, entre 2008 e 2015, e que tinham também antecedentes de biópsia de GS prévio e/ou esvaziamento axilar homolateral à recidiva. Adicionalmente, constituiu-se o Grupo de Controlo com uma amostra consecutiva de doentes que realizaram primeira linfocintigrafia para detecção de GS (também com SPECT-CT) e que não tinham antecedentes de cirurgia ou radioterapia mamária ou axilar, ou quimioterapia. Para cada grupo, recolheu-se a informação clínica, tratamentos, resultados de técnicas para detecção de GS e da biópsia do GS, detalhes da cirurgia mamária e do esvaziamento axilar (se realizado) e o resultado anatomopatológico. A taxa de detecção de GS foi comparada entre as diferentes técnicas e entre os 2 grupos. Resultados: O Grupo com recorrência era composto por 27 mulheres, 51,9% com antecedentes de esvaziamento axilar. A biópsia do GS foi bem-sucedida em 67% (18 doentes) dos casos, sendo que, em 5 doentes, a linfocintigrafia foi negativa e não se tentaram outras técnicas de localização. O Grupo de Controlo continha 30 mulheres e apresentou uma taxa de sucesso da biópsia do GS de 100%. Verificandose diferenças significativas nas taxas de sucesso entre os 2 grupos (p=0,001). No Grupo com recorrência a taxa de detecção de GS nas imagens planares da 1 h foi de 52,0%; no Grupo de Controlo foi de 92,3% (p=0,002). A taxa de detecção por SPECT-CT foi, respectivamente, de 55,6% e de 96,7% (p=0,001). No Grupo com recorrência não houve diferenças significativas entre as taxas de detecção do GS por imagens planares da 1 h e por SPECT-CT. Conclusão: À semelhança de alguns estudos publicados, a linfocintigrafia foi significativamente menos eficaz nos doentes com recorrência e antecedentes de biópsia/esvaziamento axilar. No nosso estudo, o SPECT-CT não se revelou uma mais-valia neste grupo de doentes.
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CO.06 GÂNGLIOS SENTINELA CONTRALATERAIS NO CANCRO DA MAMA – A NOSSA EXPERIÊNCIA
A. R. Fernandes; T. Faria; A. Oliveira; T. Vieira; P. Barata; V. Alves; A. Pinto; M.B. Pérez; J. Pereira Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar de São João
Introdução: O papel da linfocintigrafia no cancro da mama está bem estabelecido, permitindo determinar a drenagem linfática da mama afectada e identificar os gânglios sentinela (GS). A drenagem linfática ocorre predominantemente para a axila ipsilateral, embora possa ocorrer para outras localizações, sobretudo em doentes já submetidos a intervenções locais. A detecção de gânglio sentinela axilar contralateral não é comum. Objectivo: O objectivo deste estudo foi rever os casos de linfocintigrafia para detecção de gânglio sentinela e registar padrões incomuns de drenagem. Materiais e métodos: Foram revistos os processos dos doentes submetidos a linfocintigrafia para detecção de gânglio sentinela da mama, realizados no nosso serviço, entre Novembro de 2009 e Agosto de 2014. Foi registado o sexo, idade, mama afectada, localização dos gânglios sentinela, antecedentes cirúrgicos e patológicos dos doentes e resultado das biopsias dos gânglios excisados. Dos 469 doentes revistos, 253 tinham cancro na mama esquerda e 206 na mama direita. Foram excluídos 10 doentes com cancro bilateral. Resultados: Dos 459 doentes incluídos (458 do sexo feminino), 39 (8,5%) apresentaram drenagem para outros locais que não a axila ipsilateral: 27 (5,9%) para gânglios da mamária interna (um dos quais contralateral), 6 (1,3%) para a axila contralateral e 17 (3,7%) para outros locais (incluindo gânglios intramamários, infraclaviculares e supraclaviculares). Em 23 (5,0%), não foi encontrada qualquer drenagem. Dos doentes com drenagem contralateral (axilar ou mamária interna), todos (7) têm antecedentes de cirurgia mamária. 5 também tinham sido submetidos a esvaziamento axilar ipsilateral e 3 também tinham sido submetidos a radioterapia local. Um doente apresentava o gânglio contralateral metastizado. Conclusão: Para além do valor diagnóstico já conhecido (a nossa taxa de detecção foi de 95%), estes resultados demonstram a diversidade dos padrões de drenagem. Confirmam que a captação contralateral é clinicamente significativa e que tem potencial metastático. Também confirmam que a drenagem contralateral está significativamente associada a antecedentes de cirurgia torácica/axilar e radioterapia local. A linfocintigrafia para detecção de gânglio sentinela deve ser mandatória, especialmente em situações de recidiva de cancro da mama quando há antecedentes de cirurgia ou irradiação da axila ipsilateral. Nestes doentes, tem o potencial de alterar o estadiamento, a abordagem terapêutica e o prognóstico.
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CO.07 TIROGLOBULINA INDETETÁVEL EM DOENTES COM CARCINOMA DIFERENCIADO DA TIROIDE COM EVIDÊNCIA IMAGIOLÓGICA DE TECIDO TIROIDEU F. Albán (1); D. Guelho (2); G. Costa (1); A. Albuquerque (1); J. Pedroso de Lima (1,3) (1) Serviço de Medicina Nuclear e (2) Serviço de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. (3) Instituto das Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS). Coimbra.
Objetivo: A presença de níveis de tiroglobulina (Tg) baixos ou indoseáveis na altura da ablação geralmente refletem uma remoção tumoral completa. Porém, numa percentagem dos casos (6.3-16%) podem representar valores falsamente negativos deste marcador. Este trabalho visa determinar a frequência de doentes com carcinoma diferenciado da tiroide (CDT) que apresentam valores indoseáveis de Tg e com anticorpos anti-Tg (Ac-anti-Tg) negativos à data da ablação, apesar da evidência imagiológica de tecido tiroideu na cintigrafia corporal após terapêutica (CCpt) com I131. Material e métodos: Foram revistos os 967 casos de doentes com CDT referenciados para terapêutica ablativa com I131, entre março-2004 e março-2014. A colheita de sangue para doseamento da TSH, Tg e dos Ac-anti-Tg foi efetuada imediatamente antes da administração de I131 nos doentes submetidos a estimulação endógena da TSH (19 casos) e 48 horas após sempre que se usou o protocolo de estimulação exógena (19 casos) com TSH recombinante humana (rhTSH). Selecionaram-se 38 casos com Tg-estimulada indoseável (<0.2ng/mL), Ac-anti-Tg negativos e com evidência de tecido tiroideu residual na CCpt realizada 6-7 dias após a administração de I131. Resultados: Foram encontrados 38 pacientes. 5 (13.2%) com carcinoma folicular e 31 (81.6%) com carcinoma papilar e 2(5.2%) com carcinoma papilar e folicular. Estadiamento TNM: 9 (23.7%)T1b; 8 (21.1%)T2; 20 (52.6%)T3; 1(2.6%) T4b; 4(10.5%) N1a; 2 (5.2%) N0 e 32 (84.3%) Nx. Não foram encontrados pacientes com lesões metastáticas, na cintigrafia corporal após terapêutica. Conclusões: Encontrou-se um pequeno grupo de doentes, aproximadamente 4% de todos os CDT referenciados para terapêutica ablativa, com TG indetectável, apesar de evidencia clara, da presencia de tecido tiroideu residual. Uma segunda fase do estudo, será necessária, para estabelecer o valor preditivo negativo definitivo da tiroglobulina como um marcador de recidiva tumoral.
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CO.08 PAPEL DA CINTIGRAFIA COM SESTAMIBI-Tc99m NA AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE NÓDULOS TIROIDEUS COM CITOLOGIA DE TUMOR FOLICULAR: EXPERIÊNCIA DE UM SERVIÇO M. Silva (1); R. Silva (1,2); L. Pires (1); J. Rodriguez (1); P. Lapa (1); G. Costa (1); J. Pedroso de Lima (1,2) (1) Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra (2) Instituto das Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS). Coimbra
Objetivo: A abordagem terapêutica em nódulos da tiroide com citologia de tumor folicular passa, frequentemente, pela intervenção cirúrgica. O Sestamibi-Tc99m foi utilizado como agente tumoral inespecífico em várias neoplasias malignas, nomeadamente no carcinoma diferenciado da tiroide. Neste trabalho pretendeu-se avaliar o valor da cintigrafia com Sestamibi-Tc99m na diferenciação entre lesões malignas e benignas, num grupo de doentes com citologia de nódulos da tiroide positiva para tumor folicular, referenciados ao nosso Serviço para cintigrafia das paratiroides. Material e métodos: Numa análise retrospetiva foram analisados 254 processos clínicos de doentes que realizaram cintigrafia das paratiroides com Sestamibi-Tc99m, no contexto de elevação da PTH e que, em simultâneo, apresentavam patologia nodular da tiroide. Selecionaram-se os casos que apresentavam nódulos com citologia de tumor folicular, funcionalmente frios após a administração de Tc99m, e em que o diagnóstico histológico tivesse disponível. Os nódulos que captaram Sestamibi-Tc99m foram considerados MIBI-positivos, tendo sido dada a indicação de probabilidade aumentada de malignidade. Resultados: Encontraram-se 8 nódulos em 8 doentes, todos do género feminino, com idades compreendidas entre os 47 e os 73 anos (60.8±9.8 anos). Seis nódulos eram MIBI-positivos, 3 carcinomas (2 papilares e 1 folicular) e 3 lesões benignas (hiperplasia nodular). Os 2 nódulos MIBInegativo, correspondiam a lesões benignas (hiperplasia nodular). Apesar da amostra de doentes ser muito reduzida, obtiveram-se os seguintes valores de sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e valor preditivo negativo, respetivamente: 100,40, 50 e 100%. Conclusão: Os resultados obtidos neste pequeno grupo de doentes apontam para uma menor probabilidade de um tumor folicular MIBI-negativo corresponder a lesão maligna.
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CO.09 CINTIGRAFIA ÓSSEA NA AVALIAÇÃO DE VIABILIDADE DE RETALHO ÓSSEO APÓS RECONSTRUÇÃO DA MANDÍBULA – QUE IMAGENS E COMO AS INTERPRETAR? F. Norton Brandão (1); S. Vaz (1); M. Vilares (2); S. Esteves (3); T. C. Ferreira (1); R. Sousa (1); I. P. Carvalho (1); P. Ratão (1); A. Daniel (1); J. Rosa Santos (2); L. Salgado (1) (1) Serviço de Medicina Nuclear, (2) Serviço de Cirurgia da Cabeça e Pescoço e (3) Unidade de Investigação Clínica do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil E.P.E.
Introdução: A cintigrafia óssea (CO) no estudo de viabilidade de retalho ósseo tem como vantagens ser simples, não invasiva e ter elevada sensibilidade. Além da avaliação clínica, a CO parece ser útil na confirmação da perfusão de retalho (Vaz et al, 2013). Objetivos: Analisar a utilidade da CO na avaliação de viabilidade de retalho mandibular, quais as imagens mais importantes e comparar métodos qualitativos e semi-quantitativos na interpretação, numa maior amostra que em trabalhos prévios. Material e métodos: Estudo retrospetivo de 27 doentes, idade 28-65 anos, submetidos a resseção de tumor mandibular e reconstrução com retalho livre de perónio, realizando CO entre janeiro/2013 e julho/2015. Efetuaram-se 35 exames com imagens de corpo inteiro. A maioria executou estudo vascular, estáticas do crânio e SPECT, e em 11 exames fez-se fusão com tomografia computorizada (TC). As imagens foram avaliadas qualitativamente por dois observadores. Foi também feita avaliação semiquantitativa, com definição de 2 índices pelo recurso a ROIs: índice R/P (retalho de mandíbula/parietal) e índice R/M (retalho mandíbula/região contralateral da mandíbula nativa). Compararam-se os resultados das interpretações com a informação clínica e com o seguimento do doente. Resultados: Os retalhos perfundidos possuíam hiperfixação ou fixação ténue de radiofármaco. Os retalhos não perfundidos apresentaram hipofixação. Identificou-se perfusão do retalho em 29 exames (24 doentes). Em 26 doentes houve concordância entre clínica e CO. Num doente houve discordância, valorizando-se o resultado da CO e evitando remoção do retalho. A interpretação visual permitiu determinar a patência vascular do retalho. As imagens mais importantes foram o pool (útil na avaliação das partes moles) e o SPECT do crânio (sobretudo nas situações de edema exuberante ou captação heterogénea). Devido à reduzida dimensão da amostra, não foi possível estabelecer um valor de cut-off dos índices para determinar a viabilidade do retalho; houve significância estatística no emparelhamento entre os resultados do seguimento e índices R/P ou R/M nas imagens de SPECT (valores-p 0,002 e 0,018). Não se encontraram falsos negativos ou falsos positivos na CO. Conclusão: Em 97% observou-se concordância entre CO e clínica. Num exame, discordante, houve alteração da atitude terapêutica, sugerindo que a CO deve realizar-se quando existe dúvida clínica. A análise qualitativa da CO é suficiente para definir perfusão do retalho. As imagens mais importantes na interpretação do exame foram o pool e o SPECT do crânio. A fusão com imagens de TC facilitou a avaliação. As restantes imagens não acrescentaram informação relevante.
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CO.10 ABORDAGEM TERAGNÓSTICA DOS TUMORES NEUROENDÓCRINOS GASTRO-INTESTINAIS E PANCREÁTICOS (TNE-GEP) – O PAPEL DA MEDICINA NUCLEAR NUMA EQUIPA MULTIDISCIPLINAR T. M. Lúcio (1); C. Gaspar (1); C. Cunha (2); R. Roque (2); L. Glória (3); J. Costa (4); J. Strecht (5); H. Oliveira (6); R. Madureira (6); J. A. Teixeira (7); T. Rodrigues (7); A. Catarino (8); M. R. Vieira (9) (1) Serviço de Medicina Nuclear, (2) Serviço de Cirurgia Gera, (3) Serviço de Gastro-Enterologia, (4) Serviço de Endocrinologia, (5) Serviço de Imagiologia, (6) Serviço de Anatomia Patológica e (7) Serviço de Oncologia do Hospital Beatriz Ângelo (8) Serviço de Anatomia Patológica e (9) Serviço de Medicina Molecular do Hospital da Luz
Introdução: O doente com TNE constitui um desafio diagnóstico e terapêutico que requer a intervenção de múltiplas especialidades médicas, cirúrgicas e de diagnóstico e uma abordagem clínica que é um dos melhores exemplos da medicina personalizada. Objetivo: Este trabalho pretende dar a conhecer o papel da Medicina Nuclear na abordagem multidisciplinar desta patologia no nosso Hospital, em particular no que toca à relação estreita entre diagnóstico e terapêutica, tirando partido das características funcionais destes tumores. Material e métodos: Analisou-se a casuística de doentes com TNE-GEP e, de forma mais aprofundada, aqueles que realizaram procedimentos de Medicina Nuclear. Estes procedimentos são diagnósticos (fundamentalmente cintigrafia e PET de recetores da somatostatina, para avaliação da expressão destes recetores/extensão de doença, decisão terapêutica e avaliação da resposta à terapêutica; PET com 18F-FDG, para avaliação da componente indiferenciada/extensão da doença) e terapêuticos (PRRT com 177Lu-DOTATATE). Resultados: Entre Abril de 2012 e Setembro de 2015 foram diagnosticados 44 doentes com TNE-GEP, 23 Masc. e 21Fem., idades 23-87 anos (méd 61), com tumores gástricos (7), do intestino delgado /periduodenais (10), do pâncreas (11), do apêndice (2), do cólon (5), do reto (3), massas retro-peritoneais (2) e primário desconhecido (4). Destes doentes, 18% tinham Ki <2% (GI), 45% tinham Ki de 3-20% (GII) e 27% tinham Ki >20% (GIII). Metade dos doentes apresentava metastização na altura do diagnóstico. Cinquenta e dois por cento dos doentes realizaram exames diagnósticos de Medicina Nuclear (48% cintigrafia de receptores da somatostatina, 18% PET/CT com 68Ga-DOTANOC, 14% PET/CT com 18F-FDG; realizaram ainda cintigrafias ósseas e com 123I-MIBG). Três doentes realizaram terapêutica com 177-Lu-DOTATATE: 2 com TNE pâncreas (1GI e 1 GII) e 1 com TNE do jejuno (GII), com metastização (hepática e ganglionar nos pancreáticos e também óssea no jejunal). O doente com TNE pâncreas GII, que tinha metastização hepática maciça, apenas realizou 2 ciclos e veio a falecer (apesar de não se ter demonstrado progressão da doença); os restantes completaram 3 (GI pâncreas) e 4 (GII jejuno) ciclos, o primeiro com remissão clínica e cintigráfica completa (por PET 68Ga-DOTANOC) e o segundo com estabilização da doença. Conclusão: A Medicina Nuclear tem uma intervenção diagnóstica e terapêutica importante nos doentes com TNE-GEP; a discussão multidisciplinar caso a caso é determinante no manejo clínico destes doentes.
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CO.11 SERÃO POSSÍVEIS CINTIGRAFIAS CARDÍACAS COM HMPAO-Tc-99m? – RESULTADOS PRELIMINARES M. T. Faria (1); A. Oliveira (1); M. B. Pérez (1); T. Vieira (1); V. Alves (1); R. Rego (2); D. Alves (2); F. Rocha-Gonçalves (3, 4); J. Pereira (1); E. Martins (3, 4) (1) Serviço de Medicina Nuclear e (2) Serviço de Neurologia - Unidade de Neurofisiologia - do Centro Hospitalar de São João (3) Departamento de Medicina, FMUP (4) I3S-Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, Universidade do Porto
Introdução: A biodistribuição do HMPAO-Tc-99m nunca foi usada para estudar o coração, provavelmente por incluir órgãos como os pulmões e o fígado, o que pode interferir com a qualidade da imagem cardíaca. Objectivo: Como parte dum estudo prospectivo com outros propósitos, pretendemos testar se é possível adquirir imagens cardíacas satisfatórias com HMPAO-Tc-99m. Material e métodos: Após Tomografia de perfusão cerebral com 555MBq de HMPAO-Tc-99m, para localização de foco epileptogénico, adquiriram-se SPECT cardíacos a 9 doentes com epilepsia focal refractária (5 mulheres; idade média: 41,8 anos, mín. 27, máx. 56). Seleccionaram-se 9 doentes, submetidos a Cintigrafias de perfusão do miocárdio com tetrafosmina-Tc99m, sem defeitos de perfusão, emparelhados para sexo e idade (idade média: 41,7 anos, mín. 25, máx. 59) – e 9 doentes submetidos a Tomografias cardíacas com Tálio-201 e sem defeitos na parede anterior do ventrículo esquerdo (VE), emparelhados para o sexo (idade média: 58,9 anos, mín. 36, máx. 79). Com regiões de interesse colocadas na parede anterior do VE, no pulmão esquerdo e no fígado, calculouse a razão das contagens médias por pixel coração/pulmão (C/P) e coração/fígado (C/F), para os 3 radiofármacos. 5 especialistas avaliaram as imagens cardíacas com HMPAO-Tc-99m através de um questionário com 6 perguntas. Nas primeiras 4, avaliou-se o grau de individualização do VE, e a interferência das actividades pulmonar, hepática ou intestinal no processamento (escala com 5 níveis de resposta). Nas 2 últimas, avaliou-se a capacidade do software delimitar automaticamente os contornos do VE e a qualidade global da imagem (sim/não). Análise estatística com IBM-SPSS 22 [Mann-Whitney U (nível de significância - 0,05)]. Resultados: Verificaram-se diferenças estatisticamente significativas nas razões C/P e C/F entre HMPAO-Tc-99m e Tetrafosmina-Tc-99m, bem como entre HMPAO-Tc-99m e Tálio-201. O VE foi bem individualizado em 7/9 exames, as captações pulmonar e hepática prejudicaram muito o processamento em apenas 1/9 doentes, e a imagem foi globalmente satisfatória em 6/9 doentes. A aquisição foi gated em 7/9 doentes, com boas curvas volume-tempo do VE. Conclusão: Apesar de razões C/P e C/F significativamente inferiores às de dois radiofármacos cardíacos, bem estabelecidos, a imagem com HMPAO-Tc-99m é satisfatória na maioria dos doentes. A amostra está a ser aumentada e estudamos voluntários, para avaliar a redistribuição e o melhor tempo de aquisição. O real significado das alterações também será estudado. A provar-se que o HMPAO-Tc-99m permite imagens cardíacas satisfatórias, poder-se-iam avaliar 2 órgãos com um só radiofármaco, em doentes em que tal fosse pertinente.
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CO.12 A INFLUÊNCIA DA DIETA NA AGRESSIVIDADE DO CANCRO COLORRETAL
T. Gonçalves (1); A. Pires (1,2,3); J. Encarnação (1); J. Casalta (1); A. Gonçalves (4,5); A. Abrantes (1,2,4); A. Sarmento-Ribeiro (4,5); R. Carvalho (3); M. Botelho (1,2,4) (1) Unidade de Biofísica, Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (2) CNC.IBILI, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal (3) Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (4) CIMAGO, Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (5) Grupo de Biologia Molecular Aplicada e Hematologia, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra
Introdução: O cancro colorretal é um dos cancros mais incidentes e mortais nos países desenvolvidos. A dieta, essencialmente as fibras dietéticas, tornam-se cada vez mais um fator fundamental na prevenção deste tipo de cancro. A fermentação das fibras dietéticas por parte das bactérias do cólon leva à produção de butirato, entre outros. O butirato é a principal fonte de energia das células do cólon saudável e é de extrema importância para a manutenção da sua homeostase. Durante o processo de tumorigénese, as células tumorais sofrem várias alterações metabólicas para poderem suprimir as exigências energéticas inerentes à elevada proliferação, intensificando o metabolismo glicolítico por detrimento do metabolismo oxidativo (efeito Warburg). Alguns estudos sugerem que o butirato poderá ser competitivo com a glicose, e interferir com algumas alterações inerentes ao metabolismo tumoral. Objetivo: Avaliar se o butirato interfere com a agressividade provocada pelo efeito Warburg nas células de cancro colorretal. Métodos: As linhas celulares WiDr e C2BBe1 foram cultivadas em meios com baixo teor glicolítico (5mM). Para a realização dos estudos de captação com 18F-FDG as células foram incubadas com ou sem butirato, durante 1 ou 4 horas. A diferentes tempos, foram recolhidas e centrifugadas amostras de suspensão celular das quais se separou o pellet e o sobrenadante com o objetivo de determinar a percentagem de captação de 18F-FDG. Para avaliar o efeito do butirato na expressão membranar dos GLUT-1, -3, -5, e -12 recorreu-se à técnica de citometria de fluxo. Para avaliar o efeito do butirato na produção de lactato, no acoplamento entre a glicólise e o ciclo de Krebs, no turnover do ciclo de Krebs recorreu-se à técnica de RMN. Resultados: Nas linhas celulares C2BBe1 e WiDr, o butirato promoveu uma diminuição da captação de 18 F-FDG, sendo essa diminuição acompanhada na linha celular WiDr por uma diminuição da expressão membranar do GLUT-3 e do GLUT-12. Com o recurso ao RMN foi possível corroborar a diminuição da glicólise induzida pela presença de butirato com a diminuição na produção de lactato. Nas duas linhas celulares foi possível observar que o butirato interferiu com o metabolismo glicolítico, estimulando o metabolismo oxidativo. Conclusão: Assim, os resultados obtidos sugerem que o butirato (obtido da dieta) pode atenuar e interferir com o efeito Warburg, diminuindo a agressividade do tumor. Este facto verifica-se especialmente com níveis baixos de glicose, condição que melhor mimetiza a situação clínica.
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CO.13 PROTOCOLO DE RADIOMARCAÇÃO DE 68Ga-MACROAGREGADOS DE ALBUMINA PARA PET DE PERFUSÃO PULMONAR C. Capelo; H. Duarte Serviço de Medicina Nuclear - Instituto Português de Oncologia do Porto Dr. Francisco Gentil E.P.E
Introdução: A disponibilidade de um gerador de 68Ge-68Ga e a marcação de uma série de moléculas com 68 Ga, permite realizar uma maior variedade de exames PET (tomografia de emissão de positrões). Um dos exemplos é a radiomarcação de macroagregados de albumina (MAA), kit que existe comercialmente com Cloreto de 68Ga para estudos de perfusão pulmonar realizados em PET Objectivo: Testar 2 protocolos de radiomarcação de MAA com 68Ga, de modo a ter um método de marcação fácil de executar e com elevada Pureza Radioquímica do produto final. Material e métodos: Utilizamos o gerador de Ge-Ga da marca ITG e o kit de MAA foi o Macrotec ® (GE), o tampão usado foi o HEPES (2-[4-(2-hydroxyethyl)piperazin-1-yl]ethanesulfonic acid). Os primeiros passos foram idênticos nos dois métodos de marcação: lavagem dos MAA com NaCl 0.9% para isolar os MAA do componente estanhoso, marcação com cloreto de gálio [68GaCl]-(600 a 1200MBq), aquecimento a 95ºC com agitação. A diferença entre os protocolos testados está no último passo que consiste na centrifugação do produto final com a separação dos MAA marcados com 68Ga [68Ga-MAA] do 68Ga livre. A Pureza Radioquímica foi determinada através do cálculo da radioatividade não filtrável através de filtro de membrana. Resultados: Utilizando o método de marcação com centrifugação final a pureza radioquímica calculada foi de 97%. O método em que não se procede á separação do 68Ga livre, teve uma Pureza radioquímica de cerca de 92%. Conclusões: A Pureza radioquímica do [68Ga-MAA] com centrifugação final é superior, no entanto a diferença não é significativa e a presença de 68Ga livre não vai interferir na avaliação da imagem de perfusão pulmonar. O método em que não se realiza a centrifugação final parece-nos preliminarmente uma boa alternativa sob o ponto de vista da radioprotecção e rapidez de radiomarcação.
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CO.14 NIS, IODO-131 E COLANGIOCARCINOMA; UMA CURIOSA RELAÇÃO
A. F. Brito (1,2); A. M. Abrantes (1,2); A. C. Ribeiro (1); A. I. Fernandes (1,4); R. Teixo (1); A. C. Gonçalves (2,4); A. B. SarmentoRibeiro (2,4); J. G. Tralhão (1,5); F. Castro-Sousa (1,5); M. F. Botelho (1,2) (1) Unidade de Biofísica, CIMAGO, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra (2) CNC.IBILI, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra (3) Serviço de Gastrenterologia, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (4) Clínica Universitária de Hematologia e Unidade de Biologia Molecular Aplicada, CIMAGO, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra (5) Serviço de Cirurgia – Cirurgia A, Centro Hospital e Universitário de Coimbra
Introdução/Objetivo: Estudos recentes evidenciaram uma expressão aumentada da bomba de sódio e iodo (NIS) em colangiocarcinoma (CC), abrindo portas para uma nova abordagem terapêutica para este tipo de tumor. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficácia terapêutica da radioterapia metabólica com 131 I em duas linhas celulares humanas, uma de CC (TFK1) e uma de colangiócitos (H69). Material e métodos: Por imunofluorescência avaliou-se a expressão de NIS nas duas linhas celulares. Ambas as linhas celulares foram irradiadas com 131I de modo a avaliar o efeito na sobrevivência celular através do ensaio clonogénico. Por citometria de fluxo avaliou-se o efeito do 131I nas células TFK1 na viabilidade celular e na expressão de BAX, BCL2 e citocromo C. Resultados/Conclusão: Verificou-se que as duas linhas celulares expressam NIS e que após a irradiação com 131I a expressão membranar de NIS aumenta nas células TFK1 e diminui nas H69. A irradiação com 131 I induziu um decréscimo na sobrevivência celular de uma maneira dependente da dose nas células TFK1, não afetando a sobrevivência celular das células H69. O tratamento com 131I induziu morte celular por apoptose nas células TFK1 através do aumento da razão BAX/BCL2 e da libertação de citocromo c. De acordo com os resultados obtidos a irradiação com 131I apenas induz decréscimo na sobrevivência celular das células TFK1 sendo estes resultados indicativos de uma seletividade desta abordagem terapêutica para as células tumorais.
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CO.15 ESTUDO RETROSPETIVO DO PROCESSO DE SÍNTESE DO RADIOFÁRMACO
[68GA-DOTANOC]
C. Capelo; B. Ferreira; I. Paula; H. Duarte Serviço de Medicina Nuclear do Instituto Português de Oncologia do Porto Dr. Francisco Gentil E.P.E
Introdução: A deteção de tumores neuroendócrinos é muitas vezes difícil, sobretudo quando se utilizam técnicas morfológicas, atendendo às reduzidas dimensões, à grande variabilidade de localização e à frequente multifocalidade destes tumores. A imagem com análogos da somatostatina marcados com emissores de positrões para estudos PET/CT é atualmente o procedimento de Medicina Nuclear de eleição para a deteção de tumores neuroendócrinos. Objetivo: Pretendemos apresentar um estudo retrospetivo relativo ao processo de síntese do radiofármaco[68Ga-DOTANOC] que se realiza no nosso serviço desde 2010. Metodologia: Na síntese de [68Ga-DOTANOC] foram utilizados dois tipos de gerador de Ge/Ga, um de matriz metálica e outro de matriz resinosa, ambos de 1110MBq (30mCi).A radiomarcação foi feita através de módulo de síntese semi-automático, o péptido utilizado [DOTA,1-Na3]-octreotide-(DOTANOC) fornecido e produzido em condições GMP: Todos os restantes solventes adquiridos e intervenientes no processo foram igualmente produzidos em laboratórios com condições GMP. A Pureza Radioquímica foi determinada por cromatografia líquida de alta pressão (HPLC). Os testes de esterilidade realizados foram efetuados no laboratório de microbiologia da instituição. Todos os procedimentos seguiram as Boas Praticas de fabrico de preparações estéreis. Resultados: Desde Junho de 2010 até Julho de 2015 realizaram-se 671 sínteses do radiofármaco [68GaDOTANOC] correspondendo a cerca de 1600 exames. Das sínteses realizadas em 28 ocorreram erros de origem mecânica ou erros humanos que não permitiram obter o produto final, significando uma taxa de insucesso de 5.6% vs. a taxa de sucesso de 94.4%.O tempo de síntese foi de 34 minutos e a média da Pureza radioquímica obtida foi de 98%.Os testes de esterilidade foram feitos por amostragem e o resultado em todos eles foi negativo. Conclusão: O processo de síntese demonstrou ser relativamente fácil e rápido fornecendo a possibilidade de ter disponível um radiofármaco que permite o diagnóstico com técnicas de imagem avançadas como o PET.
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CO.16 18F-FDG PET/TC NO DIAGNÓSTICO E ESTADIAMENTO INICIAL DO CANCRO DO PULMÃO
Susana Carmona (1); Ana Prata (1); Dolores Canário (2); José Duarte (2); Carla Oliveira (3); Joana Castanheira (3); Durval Costa (3); Jorge Roldão Vieira (2); Ana Isabel Santos (1) (1) Serviço de Medicina Nuclear e (2) Serviço de Pneumologia do Hospital Garcia de Orta (3) Serviço Clínico de Medicina Nuclear, Centro Clínico Champalimaud
Introdução: O cancro do pulmão é a primeira causa de morte por doença oncológica nos países ocidentais. O PET/TC com 18F-FDG é um método com utilidade comprovada na avaliação do cancro do pulmão, estando indicado, nas principais guidelines, em quase todos os estadios desta patologia. Objetivo: Comparar o estadiamento inicial de doentes com suspeita de neoplasia do pulmão, obtido através de exames complementares de diagnóstico convencionais vs estadiamento por 18F FDG PET/TC. População e métodos: Foram analisados retrospectivamente 30 processos clínicos (23 doentes do sexo masculino e 7 do sexo feminino com mediana de idade = 64,0 [61;68] anos). Todos apresentavam diagnóstico provável de neoplasia do pulmão e foram submetidos a TC Torácica e TC Cerebral/RM Cerebral, broncofibroscopia e PET/TC antes do início de qualquer terapêutica. Em 10 doentes também foi realizada ecografia abdominal ou cintigrafia óssea. Todos os doentes foram estadiados com base na classificação TNM dos tumores do pulmão. Obteve-se um estadiamento através dos exames complementares de diagnóstico convencionais (estadiamento convencional) e baseado no 18F-FDG PET/TC (estadiamento PET), os quais se compararam. Resultados: Em 3 pacientes (10%) o PET/TC não foi sugestivo da existência de malignidade, confirmandose, no seguimento, a presença de hamartoma (2 doentes) e tumor neuroendócrino (1 doente). Nos 27 pacientes com suspeita de malignidade pelos dois métodos, em 9 (33%) o estadiamento foi igual pelas duas metodologias e em 18 pacientes objectivou-se a existência de disparidade entre as duas abordagens: em 9 pacientes (33%) o estadiamento por PET/TC foi superior ao estadiamento convencional (verificando-se por PET/TC uma maior classificação T num 1 caso, N em 5 casos e M em 7 casos) e em 9 pacientes (33%) o estadiamento convencional foi superior ao estadiamento por PET/TC (observandose uma maior classificação T pelos métodos convencionais em 2 casos, N em 2 casos e M em 8 casos). Em 4 doentes (13%) o 18F-FDG PET/TC levantou a suspeita de coexistência de segunda patologia maligna, desconhecida, confirmada em 2 doentes: 1 tumor folicular da tiroideia e 1 segundo tumor primário pulmonar. Conclusão: Uma percentagem significativa de exames PET/TC evidencia disparidade do estadiamento, comparativamente ao estadiamento convencional, essencialmente e de acordo com a literatura, na avaliação ganglionar loco-regional e de metástases à distância. Igualmente, sendo um exame de corpo inteiro o PET/TC apresenta a mais valia de poder evidenciar uma segunda patologia maligna numa percentagem não descurável de doentes.
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CO.17 CONTRIBUTO DA PET-TC FDG-F18 NA AVALIAÇÃO DE DOENTES COM CARCINOMA DO COLO DO ÚTERO E DO OVÁRIO – ANÁLISE RETROSPETIVA R. Sousa; S. Vaz; I. P. Carvalho; P. Ratão; T. C. Ferreira; A. Daniel; L. Salgado Serviço de Medicina Nuclear do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E.
Introdução: A imagiologia é fundamental na avaliação de doentes com carcinoma do colo uterino e do ovário, sendo classicamente utilizadas a TC e a RM. Mais recentemente, têm sido exploradas as potencialidades da PET-TC FDG-F18 (PET-FDG) neste âmbito. Objetivo: Avaliar o contributo da PET-FDG na avaliação de doentes com carcinoma do colo do útero e do ovário. Material e métodos: Realizou-se um estudo retrospectivo das doentes com carcinoma do colo do útero (grupo A) e do ovário (grupo B) que realizaram PET-FDG na nossa instituição entre janeiro de 2014 e agosto de 2015. Foram incluídas 63 doentes: 34 no grupo A, idade média 55,5 anos; 28 no grupo B, idade média 60,9 anos. O subtipo histológico era, no grupo A, carcinoma pavimento-celular em 25 doentes, adenocarcinoma em 5, carcinoma neuroendócrino em 2, carcinoma de células vítreas em 1 e pouco diferenciado em 1. No grupo B, tratava-se de carcinoma seroso em 22 doentes, tumor borderline em 4, tumor mucinoso em 1 e tumor neuroendócrino em 1. O estadiamento foi feito de acordo com as guidelines da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia de 2009 e 2014 para o cancro do colo do útero e do ovário, respetivamente, e seguiu a seguinte distribuição: grupo A: I – 8 doentes, II -14 doentes, III – 6 doentes, IV – 6 doentes; grupo B: I – 4 doentes; II – 6 doentes; III – 9 doentes; IV – 9 doentes. O seguimento médio foi 6,0 e 6,6 meses para os grupos A e B, respetivamente. Resultados: No grupo A, a PET-FDG foi realizada em 11 doentes para estadiamento inicial e no seguimento de 23. No grupo B, esta foi solicitada sempre durante o seguimento. Nos grupos A e B, respetivamente, a PET-FDG confirmou doença suspeita por outros métodos imagiológicos em 15/34 e 10/28 doentes; confirmou ausência de doença em 1/34 e 1/28 doentes; detetou lesões desconhecidas em 6/34 e 8/28 doentes; excluiu doença suspeita por outros métodos em 8/34 e 6/28 doentes. Registaram-se 2 falsos positivos em ambos os grupos, 2 falsos negativos no grupo A e 1 no grupo B. A PET-FDG conduziu à alteração do estadiamento em 10 e 11 doentes nos grupos A e B, respetivamente. Conclusão: Os resultados sugerem um papel importante da PET-FDG no seguimento de ambas as patologias e ainda no estadiamento inicial do carcinoma do colo uterino, tendo conduzido a uma mudança no estadiamento em 29 - 39% dos casos.
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CO.18 SIGNIFICADO DE LESÕES PULMONARES SUSPEITAS DE MALIGNIDADE EM PET-TC EM DOENTES COM CANCRO ORL – COMO MINIMIZAR OS FALSOS POSITIVOS? S. C. Vaz; R. Sousa; T. C. Ferreira; I. D. Patrocínio; F. N. Brandão; P. Ratão; A. Daniel; A. Silva; L. Salgado Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil E.P.E Lisboa
Introdução: A importância crescente da PET-TC no estadiamento correto de doentes (dts) com neoplasia otorrinolaringológica (ORL) tem sido evidenciada na literatura, detectando 10-30% de metástases à distância. Estes dts têm maior propensão a tumores síncronos, nomeadamente do pulmão. Contudo, também têm maior risco de infeções respiratórias, pelo que as lesões pulmonares hipercaptantes podem constituir falsos positivos em PET. Objetivo: Avaliar o significado de lesões pulmonares com captação de FDG-F18 em dts com cancro ORL. Material e métodos: Estudo retrospetivo e unicêntrico dos 201 dts com cancro ORL que realizaram PETTC entre Jan-Dez 2014. Foram excluídos os dts com: lesões malignas pulmonares conhecidas antes da realização da PET, lesões pulmonares sem metabolismo, captações em PET interpretadas inequivocamente como etiologia benigna (inflamatória/infeciosa), dts sem seguimento ou sem confirmação das alterações pulmonares descritas em PET. Em 67 dts havia captação anómala de radiofármaco a nível pulmonar. Trinta dts cumpriam os critérios de inclusão, sendo 27 do sexo masculino, com idade média de 61 anos (43-75). A localização do tumor primário foi: cavidade oral – 5; parótida – 2; orofaringe – 5; nasofaringe -1; laringe – 10; hipofaringe – 7. O período de seguimento máximo foi de 18 meses. Resultados: A PET-TC identificou 30 lesões pulmonares hipermetabólicas: 22 (73%) foram confirmadas como lesões neoplásicas e 8 (27%) como falsos positivos. Os verdadeiros positivos corresponderam a cancro primário do pulmão em 6 dts e a metástases pulmonares em 16 dts. Todos os falsos positivos corresponderam a patologia inflamatória/infeciosa. Comparando os casos de cancro primário do pulmão (n=6), de metástases pulmonares (n=16) e de patologia inflamatória/infeciosa (n=8), verificou-se que: a) o valor máximo de SUV foi: 13,3 (4,3-25,6) – 7,7 (2,7-15,5) – 4,4 (2,2-6,4); b) o PET foi o primeiro exame a identificar a lesão pulmonar em: 33% – 69% – 100%; c) o aspeto morfológico da lesão pulmonar na TC foi nodular vs não-nodular em: 83 . vs 17% - 87 vs 13% - 37 vs 63%. O tempo médio até confirmação das alterações descritas em PET foi de 1,5 meses. No período do estudo 14 dts faleceram, em média 5 meses após o PET. Conclusão: O PET-TC com FDG-F18 foi útil na identificação de lesões pulmonares malignas nos dts com cancro ORL, tanto metástases, como segundos tumores. Os falsos positivos relacionados com patologia inflamatória/infeciosa foram frequentes. O aspeto morfológico ajuda na interpretação do exame, contudo, não permite um diagnóstico diferencial seguro, sendo por isso fundamental integrar a informação morfo-metabólica com a clínica.
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CO.19 O VALOR PROGNÓSTICO DA PET/CT COM 18F-FDG EM TUMORES NEUROENDÓCRINOS
L. Sobral Violante (1); R. Silva (2,4); J. Teixeira (1); I. Sampaio (1); A. Santos (3); C. Marques (1); H. Duarte (1) (1) Serviço de Medicina Nuclear e (3) Serviço de Endocrinologia do Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil – Porto (2) Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (4) Instituto das Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS). Coimbra
Introdução: A tomografia por emissão de positrões com 68Ga-DOTANOC e 18F-FDG explora diferentes características dos Tumores Neuroendócrinos (TNEs) para diagnóstico, estadiamento e avaliação de resposta à terapêutica. Estes radiofármacos parecem apresentar papéis complementares na avaliação destes tumores e vários estudos conferem um forte valor prognóstico à PET/CT com 18F-FDG. Objectivo: Avaliar o valor prognóstico do Ki-67 e da PET/CT com 68Ga-DOTANOC e 18F-FDG em doentes com TNEs. Material e métodos: Foram revistos, retrospectivamente, os processos de todos os doentes (n=51, 26 homens, 25 mulheres, idade média: 62,3±12,3 anos) com TNEs, confirmados histologicamente, e que realizaram PET/CT com 68Ga-DOTANOC e 18F-FDG (intervalo entre exames: 63±87 dias). Os estudos foram realizados em contexto de estadiamento inicial (39), avaliação de resposta à terapêutica (10) e controlo/seguimento (2). Os TNEs foram classificados de acordo com os critérios da OMS 2010 em G1: 13 doentes, G2: 13 e G3: 19. Consoante o relatório do exame, os estudos PET/CT com 68Ga-DOTANOC e 18F-FDG classificaram-se como positivo ou negativo. Os doentes foram divididos em 2 grupos de acordo com o seguimento clínico e estudos de imagem: Grupo 1= doença em progressão (30); Grupo 2= ausência de progressão (13). Não foi possível classificar 8 doentes devido a informação insuficiente. No Grupo 1 foi registada a data de progressão de doença e no Grupo 2 a data da última consulta. O tempo de seguimento foi de 10,6±11,5 meses. Aplicou-se o teste Kaplan-Meier para avaliar o impacto das variáveis Ki-67 e PET/CT com 68Ga-DOTANOC e 18F-FDG na sobrevida livre de progressão de doença (SLPD). Resultados: A PET/CT com 68Ga-DOTANOC foi positiva em 35 doentes (68,6%): G1= 11 (84,6%), G2= 11 (84,6%) e G3= 8 (42,1%). A PET/CT com 18F-FDG foi positiva em 37 (72,5%) doentes: G1= 6 (46,1%), G2= 10 (76,9%) e G3= 17 (94,4%). Na análise Kaplan-Meier, a PET/CT com 18F-FDG permitiu separar, de modo estatisticamente significativo (log rank <0,05), os doentes com SLPD superior (PET/CT 18F-FDG negativo) dos com SLPD inferior (PET/CT com 18F-FDG positivo). Aplicando as variáveis Ki-67 (G1 vs G2 vs G3; G1+G2 vs G3) e PET/CT com 68Ga-DOTANOC não se registou uma diferença estatisticamente significativa (log rank > 0,05) na SLPD entre grupos. Conclusão: A PET/CT com 18F-FDG apresentou valor prognóstico na avaliação de TNEs, permitindo separar, de modo estatisticamente significativo, os doentes de acordo com a SLPD. As variáveis Ki-67 e PET/CT com 68Ga-DOTANOC não permitiram separar de modo estatisticamente significativo a SLPD entre grupos.
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CO.20 COMPARAÇÃO DA PET/CT COM DOTA-NOC-GA68 E COM FDG-F18 EM TUMORES NEUROENDÓCRINOS: CORRELAÇÃO ENTRE O MAXIMUM STANDARD UPTAKE VALUE (SUVMAX) E O ÍNDICE DE PROLIFERAÇÃO KI67 R. Ferreira (1); R. Silva (1,2); A. Moreira (1,2); P. Lapa (1); G. Costa (1); J. Pedroso de Lima (1,2) (1) Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (2) Instituto das Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS). Coimbra
Introdução: Os tumores neuroendócrinos (TNEs) apresentam um comportamento funcional muito heterogéneo, colocando dificuldades que podem comprometer a acuidade diagnóstica, com consequências em termos de decisão terapêutica e avaliação prognóstica. É consensualmente aceite que a PET/CT com DOTA-NOC-Ga68 é mais útil em tumores com Ki67≤20% e que a PET/CT com FDG-F18 tem maior acuidade quando Ki67>20%. Objectivo: Comparar os SUVmax na PET/CT com DOTA-NOC-Ga68 e com FDG-F18 e correlacioná-los com o índice Ki67 nas lesões primárias e em lesões metastáticas alvo (mais relevantes) em TNEs. Materiais e métodos: Foi efectuada análise retrospectiva dos doentes com TNEs, que realizaram PET/ CT com DOTA-NOC-Ga68 e com FDG-F18, entre Março/2013 e Março/2015. Ambos os estudos foram efectuados num intervalo de 2,3±2,0 meses. Não houve alteração da estratégia terapêutica, nem do estado da doença durante esse período. Foram selecionados 16 doentes [13 do sexo masculino, 3 do sexo feminino; idade média 68,2±12,4 anos (39-92); 11 TNEs gastroenteropancreáticos e 5 TNEs do pulmão]. Em 12 (75%) dos doentes, ambos os exames foram efectuados em contexto de estadiamento, e nos restantes 4 (25%) em contexto de seguimento. A lesão primitiva estava presente em todos os casos de estadiamento e ausente em todos os de seguimento. Foram detectadas metástases em 9 doentes (5 em estadiamento; 4 em seguimento). Foi avaliado o SUVmax em 33 lesões (12 lesões primitivas e 21 lesões metastáticas alvo). As lesões primitivas foram divididas em 2 grupos de acordo com o Ki67: Grupo-1 (Ki67≤20%;n=5) e Grupo-2 (Ki67>20%;n=7). As 21 lesões alvo foram, também divididas em dois grupos, de acordo com o Ki67 do tumor primitivo: Grupo-A (Ki67≤20%;n=9) e Grupo-B (Ki67>20%;n=12). Resultados: A média±DV do SUVmax para o DOTA-NOC-Ga68 e para o FDG-F18 foi, respectivamente, 14,5±10,2 e 4,8±5,5 no Grupo-1, e 4,6±1,6 e 25.0±8.0 no Grupo-2. Quando foi comparado o SUVmax entre os dois grupos, observou-se uma diferença estatisticamente significativa com o DOTA-NOCGa68 (p<0,05) mas não com o FDG-F18 (p=0,17). Em ambos os grupos, não se verificou uma tendência significativa para valores mais elevados de SUVmax para qualquer dos radiofármacos (p=0,23;p=0,13). Para as lesões alvo, foi efectuada uma análise semelhante e observou-se uma diferença estatisticamente significativa no SUVmax do DOTA-NOC-Ga68 entre os grupos A e B (p<0,05), mas não com o FDG-F18 (p=0.06). Conclusão: Os nossos resultados são consistentes com a documentada heterogeneidade funcional dos TNEs, sugerindo não haver uma associação directa entre a expressão dos receptores da somatostatina e o grau de actvidade metabólica destes tumores.
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CO.21 O VALOR ADICIONAL DA PET/CT COM DOTANOC-Ga68 EM DOENTES COM SUSPEITA CLÍNICA, ANALÍTICA E/OU RADIOLÓGICA DE TUMORES NEUROENDÓCRINOS L. M. P. Pires (1); R. Silva (1,2); A. P. Moreira (1,2); G. Costa (1); J. Pedroso de Lima (1,2) (1) Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra (2) Instituto das Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS). Coimbra
Objetivo: Os Tumores Neuroendócrinos (TNE) englobam um grupo raro mas heterogéneo de neoplasias, com um diagnóstico muitas vezes difícil e desafiante. A tomografia por emissão de positrões (PET/ CT) com análogos da somatostatina marcados com Ga68 posiciona-se como o novo gold standard da imagiologia nestes tumores. Contudo, o seu valor na suspeita de doença não está bem estabelecido. Com este trabalho pretendemos avaliar o valor adicional da PET/CT-DotaNoc-Ga68 em doentes com a suspeita clínica, analítica ou radiológica de TNE, ainda sem análise histológica. Material e métodos: Analisámos os 298 exames com PET/CT-DotaNoc-Ga68 realizados entre janeiro de 2012 e Janeiro de 2015. Selecionámos os casos que foram referenciados como suspeitos para TNE (sem estudo histológico) com base na presença de sinais/sintomas clínicos (S), de marcadores tumorais aumentados (MTA), de achados imagiológicos sugestivos (AI), ou de uma combinação de duas condições. Os resultados dos exames PET/CT-DotaNoc-Ga68 foram posteriormente correlacionados com o diagnóstico final, em relação com a presença ou ausência de TNE. Resultados: Incluíram-se cinquenta e dois doentes (25 mulheres; 27 homens; 62.9±16.1 anos) com a suspeita de TNE com base nos AI (12/52; 23.1%), nos S (6/52; 11.5%), nos MTA (2/52; 3.8%) ou na combinação de dois ou mais motivos (32/52; 61.6%). A condição mais comum foi a combinação de MTA com os S (13/52; 25%), seguida dos AI e dos AI associados aos MTA (ambos 12/52; 23.1%). A PET/CT-DotaNoc-Ga68 correspondeu a um resultado verdadeiro-positivo em 12 casos, 37 verdadeirosnegativos, 1 falso-negativo e 2 falsos-positivos (sensibilidade=92.3%, especificidade=94.8%, VPP=85.7%, VPN=97.4%, acuidade diagnóstica=94.2%). A incidência de TNE na população estudada foi de 25% (13/52) e o tumor primário foi corretamente identificado em 12/13 casos. A condição com maior frequência de achados compatíveis com verdadeiros-positivos e estatisticamente significativa (teste do qui-quadrado, p<0.05) foi a associação de MTA com os AI (7/12; 58.3%), seguida dos AI isoladamente (4/12; 33%). Encontrou-se também uma diferença estatisticamente significativa entre os exames PET/CT-DotaNocGa68 positivos e negativos relativamente à Cromogranina-A (teste Mann-Whitney U, p<0.05). Conclusões: A análise dos dados mostrou que a elevada acuidade diagnóstica da PET/CT-DotaNocGa68 (94.2%) se mantém mesmo nos casos suspeitos de TNE. Contudo, o elevado número de casos em que não se confirmou a presença de TNE (75%) aponta para a necessidade de um maior rigor na seleção dos doentes para PET/CT-DotaNoc-Ga68. O grupo de doentes com MTA e AI está associado a uma probabilidade pré-teste de doença superior, próxima dos 60%.
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CO.22 PET/CT COM FDG-F18 NO ESCLARECIMENTO DIAGNÓSTICO EM DOENTES COM SÍNDROME FEBRIL DE ORIGEM INDETERMINADA R. Ferreira (1); R. Silva (1,2); P. Lapa (1); G. Costa (1); J. Pedroso de Lima (1,2) (1) Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (2) Instituto das Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS). Coimbra
Introdução: A síndrome febril de origem indeterminada (SFI) representa um problema diagnóstico importante, sobretudo em doentes idosos, jovens, imunocomprometidos e hospitalizados. As principais causas de SFI incluem infecções, distúrbios inflamatórios e neoplasias, patologias frequentemente associadas a aumento do metabolismo. Neste contexto, a tomografia por emissão de positrões com fluorodexoxiglicose marcada com F18 associada à tomografia computorizada (PET/CT com FDGF18), apresenta-se como técnica de elevada utilidade para o seu esclarecimento etiológico. Tem características técnicas favoráveis, nomeadamente o facto de se tratar de uma modalidade imagiológica híbrida anatomo-funcional de corpo inteiro, com boa resolução espacial. Além disso, apresenta-se como de mais cómoda realização comparativamente com os exames equivalentes de Medicina Nuclear convencional, nomeadamente, com menor duração global de exame. Por tudo isto, a PET/CT com FDG-F18 é, actualmente, apontada como a modalidade de eleição no diagnóstico do SFI. Objectivo: Avaliar a acuidade diagnóstica da PET/CT com FDG- F18 no esclarecimento diagnóstico em doentes com SFI. Material e métodos: Foi efectuada uma análise retrospectiva dos doentes que realizaram PET/CT com FDG- F18 no nosso serviço, em contexto de SFI, entre 08/2005 e 08/2015. Foram identificados 95 doentes nestas condições. Destes, 35 foram excluídos por falta de seguimento apropriado/confirmação diagnóstica. A população estudada incluiu 60 doentes (64,2% do sexo masculino e 35,8% do sexo feminino com idades compreendidas entre os 4 e os 94 (média-59,0±19,6). Para cada doente, a PET/CT com FDG-F18 foi reavaliada e classificada, de acordo com o seguimento ou a confirmação diagnóstica disponíveis (histologia, culturas, outras modalidades de imagem), como verdadeira positiva (VP), falsa positiva (FP), verdadeira negativa (VN) e falsa negativa (FN), tendo sido, posteriormente, calculados os valores de Sensibilidade, Especificidade, Exactidão, Valor Preditivo Positivo (VPP) e Valor Preditivo Negativo (VPN). Resultados: A PET/CT com FDG- F18 foi classificada com VP, VN e FN em 38 (63,3%), 13 (21,7%) e 9 (15%) dentes, respectivamente. Não foram identificados FP. Com base nestes resultados, obtiveramse valores de Sensibilidade de 80,8%, Especificidade de 100%, VPP de 100%, VPN de 59,1% e Acuidade Diagnóstica de 85%. Conclusão: Na nossa experiência, os resultados obtidos, apesar do tamanho limitado da amostra e desta estar muito condicionada pelo meio hospitalar, corroboram a mais-valia da PET/CT com FDG- F18, no esclarecimento diagnóstico em doentes com SFI.
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CO.23 IMPACTO DOS ESTUDOS DINÂMICOS (ÍNDICE DE PERFUSÃO) COM FDG E PET/CT COMO PREDITORES DA RESPOSTA TERAPÊUTICA A. Rodrigues (1,2); F. Alves (3,5); O. Parés (1); R. Parafita (1,2); A. Reis (4); D. Costa (1) (1) Serviço de Medicina Nuclear do “Champalimaud Centre for the Unknown, Fundação Champalimaud” (2) Mercurius Health (3) Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (4) Philips (5) Instituto das Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS). Coimbra
Introdução: PET/CT encontra-se em grande expansão em muitos países, estabelecendo um lugar essencial no diagnóstico, e avaliação pré e pós-terapêutica. O radiofármaco mais utilizado é o 18 F-Fluorodesoxiglicose (FDG), um análogo da glicose. A realização de estudos dinâmicos em PET/CT, ou seja estudos realizados imediatamente após a administração do radiofármaco, é um procedimento pouco realizado mas, pode ser uma mais valia na avaliação da vascularização/perfusão de lesões tumorais, antes da captação específica nas células. Objectivo: O objetivo deste trabalho é demonstrar a importância dos estudos dinâmicos em PET/CT, nomeadamente em doentes onde se prevê a realização de tratamento de Radioterapia, e em que o estudo da perfusão tumoral poderá ser um critério valioso, e determinante para o sucesso do tratamento. Assim, coloca-se a hipótese de que tumores com maior índice de vascularização/perfusão respondem melhor à terapêutica de Radioterapia do que tumores com menor índice. Material e métodos: Para a realização deste estudo, foram recolhidos dados de 19 pacientes entre Outubro de 2013 e Dezembro de 2014. Destes, 10 realizaram outros tratamentos antes do estudo de PET/ CT e, os restantes 9 não tinham realizado qualquer terapêutica prévia. O Índice de Perfusão Tumoral foi calculado por dois métodos: A (áreas dentro das curvas) e B (contagens no pico arterial e no cruzamento das curvas). Os dois métodos foram comparados usando o Método de Comparação de Métodos de Altman&Bland. A resposta ao tratamento foi avaliada clinicamente e através de estudos de PET/CT com FDG após a terapêutica. Resultados: Os dois métodos utilizados para o cálculo do Índice de Perfusão Tumoral apresentam valores com significado muito semelhante, tal como se observa no gráfico.
Para valores de Índice de Perfusão Tumoral mais elevados (>60%), a resposta ao tratamento de Radioterapia é favoravelmente superior, tal como se verifica na tabela abaixo. XV Congresso Nacional de Medicina Nuclear
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Conclusão: O Índice de Perfusão Tumoral pode ter um valor preditivo na resposta à Radioterapia de doentes com carcinoma Coloretal. Não existem diferenças significativas entre os dois métodos de cálculo de Índice de Perfusão testados.
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CO.24 SPECT CEREBRAL COM IOFLUPANO-I123 NO SÍNDROME PARKINSÓNICO: COMPARAÇÃO ENTRE A ANÁLISE VISUAL E SEMIQUANTITATIVA L. M. P. Pires (1); R. Silva (1,2); M. J. Cunha (1); G. Costa (1); J. Pedroso de Lima (1,2) (1) Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra (2) Instituto das Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS). Coimbra
Introdução: A tomografia-cerebral com ioflupano-I123 (SPECT-ioflupano-I123) avalia o compromisso dos transportadores pré-sinápticos da dopamina a nível estriado, auxiliando no diagnóstico diferencial entre síndromes parkinsónicos (SP) e síndromes com clínica similar mas sem défice dopaminérgico (Scs). A análise semiquantificativa (Asq) tem sido proposta como método complementar à análise visual (Av), auxiliando na interpretação dos exames. Objectivo: Comparar a acuidade diagnóstica da Asq com a da Av na interpretação do SPECTioflupano-I123. Material e métodos: Reavaliámos 185 SPECT-ioflupano-I123 (janeiro/2011-junho/2014), de doentes com suspeita clínica de SP (109 mulheres; 76 homens; 68±13 anos). Classificámos os exames com base na Av efetuada por um especialista experiente em neurologia-nuclear, a nível do putâmen e caudado: normal (sem hipocaptação); ligeira (hipocaptação assimétrica em um putâmen); moderada (hipocaptação simétrica em ambos os putâmen); severa (ausência ou hipocaptação severa simétrica em ambos putâmen mais hipocaptação em pelo menos um caudado). Foi também efetuada a Asq, através do cálculo da relação entre as contagens encontradas nas regiões-de-interesse (ROI) desenhadas no putâmen e no caudado com as contagens na ROI de fundo, desenhada no occipital. Com base no diagnóstico clínico final, efectuou-se uma curva ROC, com definição de pontos de corte óptimos para os índices putâmen/occipital e caudado/occipital e calculou-se a sensibilidade (S), especificidade (E), valor preditico-positivo (VPP), valor preditivo-negativo (VPN) e acuidade-diagnóstica (AD) para a Asq e Av. Efectuou-se, ainda, um teste ANOVA unidireccional com correcção de Bonferroni para comparar os índices putâmen/occipital e caudado/occipital entre cada uma das classificações visuais. Resultados: A Av mostrou 86 exames normais e 99 com alterações (ligeiras-32; moderadas-35; severas-32). A Av mostrou uma S=77%, E=97%, VPP=98%, VPN=66% e uma AD=85% no diagnóstico diferencial entre o SP e Scs. A curva ROC definiu pontos de corte ótimos para os índices putâmen/ occipital e caudado/occipital de ≤2.8 e ≤3.2, permitindo separar os doentes com SP dos com Scs, com S=83 e 68%, E=75 e 78%, VPP=83 e 87%, VPN=44 e 87%, e AD=62 e 71% respetivamente. No teste ANOVA unidireccional com correcção de Bonferroni registaram-se diferenças estatisticamente significavas no índice putâmen/occipital em todos as classificações da análise visual, excepto entre os doentes com exames normais e défice ligeira na captação (p=0,052). Conclusão: A Av na interpretação da SPECT-ioflupano-I123 efetuda por especialista experiente tem uma elevada AD no diagnóstico diferencial entre SP e Scs, superior à Asq. Contudo, em casos dúbios, a Asq poderá ser útil, nomeadamente através da utilização do índice putâmen/occipital.
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CO.25 SERÁ A DESSINCRONIA MECÂNICA VENTRICULAR ESQUERDA UM MARCADOR DE DISFUNÇÃO SISTÓLICA SUBCLÍNICA EM DOENTES DIABÉTICOS? V. M. Alves (1); T. Vieira (1); A. Oliveira (1); A. S. Pinto (1); A. R. Fernandes (1); T. Faria (1); M. B. Perez (1); E. Martins (2); J. G. Pereira (1) (1) Serviço de Medicina Nuclear e (2) Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar de São João
Introdução: As complicações macro e microvasculares da Diabetes Mellitus e Hipertensão são altamente prevalentes e resultam num acréscimo do risco cardiovascular global. Por outro lado, foi recentemente detectada uma prevalência aumentada de dessincronia mecânica (DM) do ventrículo esquerdo (VE), medida por ecocardiograma, em doentes com síndrome metabólico, cujo significado é ainda incerto. Objectivo: Avaliar a prevalência de DMVE, bem como factores associados ao seu agravamento, em doentes diabéticos. Materiais e métodos: Estudo transversal retrospectivo com doentes diabéticos que realizaram Cintigrafia de perfusão miocárdica com 99mTc-tetrafosmina sincronizada com o ECG, no nosso Serviço, em 2012, e com análise da hemoglobina glicada A1c (HbA1c) nos 3 meses antes ou depois da cintigrafia. Incluíramse consecutivamente aqueles sem história de insuficiência cardíaca ou de doença arterial coronária, com summed stress score ≤ 1 e com fracção de ejecção VE ≥45%. Foram excluídos doentes com bloqueio de ramo esquerdo ou má qualidade do gated. Registaram-se os factores de risco cardiovascular (FRCV), as lesões de órgãos-alvo, o tipo e a duração da Diabetes Mellitus (DM), a HbA1c e a taxa de filtração glomerular estimada (eTFG), bem como os parâmetros funcionais do ventrículo esquerdo e a DMVE. A partir do estudo de Chen et al (2005), numa população normal, definiram-se os valores de referência para o desvio-padrão (DPF) e para a largura de banda do histograma de fase (LBHF). Considerou-se a existência de DMVE quando o DPF foi >15,42 em homens e >13,0 em mulheres, ou a LBHF foi >41,5 em homens e >32,9 em mulheres. Estudou-se ainda a associação entre DMVE e FRCV, lesão de órgãos-alvo, duração da DM e níveis de HbA1c. Resultados: A prevalência de DMVE ajustada ao sexo foi de 61,6% (80% em mulheres e 36,4% em homens), numa amostra de 26 doentes (58,6% mulheres). Verificou-se uma associação positiva entre os parâmetros de DMVE e o número de órgãos-alvo atingidos (DPF: p=0,024 e LBHF: p=0,027), mesmo após ajuste para o protocolo de aquisição (1 dia/2dias). Não houve diferenças estatisticamente significativas entre DMVE e a duração da DM, os níveis de HbA1c, a presença de doença renal crónica conhecida ou a eTFG. Conclusão: A dessincronia do VE poderá servir como um indicador de disfunção sistólica subclínica em doentes diabéticos, com uma elevada prevalência e associada à presença de lesões de órgão-alvo.
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CO.26 CINTIGRAFIA RENAL COM 99mTc-DMSA NA POPULAÇÃO PEDIÁTRICA – UTILIDADE DE ESTUDO DINÂMICO PARA AQUISIÇÃO DA IMAGEM J. G. Santos; M. Filipe; V. de Sousa; S. Chin; P. Santos; J. A. Sequeira; S. Carmona; A. Prata; G. Cardoso; A. I. Santos Serviço de Medicina Nuclear do Hospital Garcia de Orta, E.P.E. - Almada
Introdução: A cintigrafia renal com 99mTc-DMSA é um método diagnóstico frequentemente utilizado na idade pediátrica, em contexto de pielonefrite. Contudo, apesar da simplicidade na aquisição de imagens estáticas renais (método clássico), a falta de colaboração das crianças condiciona a qualidade das imagens adquiridas, podendo comprometer a fiabilidade dos resultados. A aquisição de imagens por estudo dinâmico, possibilitando posterior correção de movimento e soma, foi descrita como alternativa para ultrapassar esta limitação. O objetivo deste trabalho é avaliar o impacto deste método de aquisição de imagens na qualidade das mesmas. Material e métodos: Foram avaliadas retrospetivamente 25 cintigrafias renais com 99mTc-DMSA efetuadas a crianças, com protocolo de aquisição em estudo dinâmico, de acordo com as recomendações do Comité de Pediatria da EANM. Cada estudo foi processado por dois métodos: soma das imagens dinâmicas adquiridas, sem aplicação de qualquer correção (Método 1); e análise individual de cada frame, com eliminação das de má qualidade e correção do movimento nas restantes, seguida da respetiva soma (Método 2). As imagens finais dos dois métodos foram avaliadas por cinco observadores médicos, de forma independente, quanto à qualidade de imagem e ao número de lesões focais identificadas. Foi também determinada a diferença no cálculo da função renal diferencial entre os dois métodos pelo teste t-pares. Resultados: Foram incluídos exames realizados a 11 crianças do sexo masculino e 14 do sexo feminino, com mediana de idades de 13 meses [10;22,5] meses (mínimo de dois meses e máximo de 76 meses). A atividade administrada de 99mTc-DMSA foi, em média, 0,81 MBq ± 0,16 MBq. O Método 2 implicou a correção de uma mediana de 20 em 72 frames (28%) em projeção posterior (mínimo de sete (10%) e máximo de 48 (67%)). Relativamente à qualidade das imagens, todos os observadores registaram vantagem para o Método 2. Em relação ao número de lesões focais identificadas, três observadores registaram menos lesões com o Método 2, em pelo menos um rim. Nenhum observador identificou mais lesões com o Método 2. Não se verificou diferença estatisticamente significativa no cálculo da função renal diferencial pelos dois métodos (p=0,94). Discussão: Os resultados obtidos demonstram que, em cintigrafias com 99mTc-DMSA na população pediátrica, a aquisição através de estudo dinâmico oferece a possibilidade de obter imagens cintigráficas renais de melhor qualidade, com possível impacto na interpretação das mesmas. São necessários mais estudos para avaliar as diferenças entre as duas técnicas em termos de sensibilidade e especificidade.
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CO.27 CORRELAÇÃO ENTRE O NÚMERO DE EPISÓDIOS DE PIELONEFRITE AGUDA E A PRESENÇA E GRAVIDADE DE NEFROPATIA CICATRICIAL, AVALIADA POR CINTIGRAFIA COM DMSA99mTc F. Alban (1); R. Silva (1,2); L. Pires (1); M. Silva (1); A. Albuquerque (1); G. Costa (1); J. Pedroso de Lima (1,2) (1) Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra. (2) Instituto das Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS). Coimbra.
Objetivo: Avaliar a correlação entre o nº de PNA e o nº e gravidade de cicatrizes renais detectadas por cintigrafia renal com ácido-dimercapto-succínico marcado com Tc99m (CR-DMSA-99mTc). Material e métodos: Revimos os processos clínicos das 950 crianças referenciadas para CR-DMSA99mTc, entre setembro/1995 e julho/2014, para pesquisa de sequelas cicatriciais após episódio de PNA há pelo menos 6 meses. Selecionámos os casos em que foi possível isolar o agente etiológico bacteriano na urocultura e o resultado da ecografia renal estava disponível. Excluíram-se os casos com CR-DMSA99mTc duvidosa ou com alterações claramente relacionadas com outras situações, como quistos renais. Criaram-se 2 grupos de acordo com o nº de episódios de PNA (G1-1; G2->1). Para todos os casos foi calculada a função renal diferencial (FRD). Os CR-DMSA-99mTc foram agrupados de acordo com o nº de cicatrizes (DMSA0-0; DMSA1-1; DMSA2-2 ou 3; DMSA3–múltiplas cicatrizes difusas) e de acordo com a presença ou ausência de compromisso funcional com assimetrias na FRD ≥20%. Resultados: Seleccionaram-se 135 casos [59 M (43.7%) e 76 F (56.3%); idade: 2.8±3.6 (0-18 anos)], 99 do G1 (73.3%) e 36 do G2 (26.7%). Em relação aos resultados da CR-DMSA-99mTc, 77 não mostraram alterações (DMSA0) e 58 mostravam lesões cicatriciais (26-DMSA1; 20-DMSA2; 12-DMSA3). 116 casos (86%) tinham uma assimetria da FRD<20% e em 19 (14%) a assimetria era≥20%. Encontrou-se uma forte correlação estatística entre o nº de PNA e o nº de cicatrizes (p=0.000) e entre o nº de PNA e o compromisso da FRD (p=0.000). Do total dos 99 pacientes do G1, encontramos 27 (27.3%) com alterações na CR-DMSA-99mTc, entre os quais 7 (7%) mostraram perda funcional significativa. Dos 58 pacientes com cicatrizes, apenas 17 (29.3%) apresentaram alterações ecográficas parenquimatosas compatíveis com cicatrizes. As bactérias isoladas, corresponderam maioritariamente a Escherichia-coli (88.9%) e o restante (11.1%) encontrou-se repartido entre 9 bactérias diferentes. Conclusões: Tal como esperado, os nossos resultados apontam para uma relação direta entre o nº de episódios de PNA e o nº e gravidade das lesões cicatriciais. Nas crianças com apenas um episódio de PNA, 27% tem lesões cicatriciais e 7% apresentam compromisso da função. O nosso estudo confirma a baixa sensibilidade da ecografia na detecção de lesões cicatriciais, com uma sensibilidade de 29.3%. Não conseguimos estabelecer uma relação entre os agentes etiológicos bacterianos e os parâmetros cintigráficos analisados, devido à grande preponderância da Escherichia-coli e ao escasso número de uroculturas.
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CO.28 SÍNDROME DA JUNÇÃO PÉLVICO-URETÉRICA: PAPEL DA ECOGRAFIA NA PREVISÃO DO RESULTADO DA CINTIGRAFIA RENAL. M. Silva (1); R. Silva (1,2); L. Pires (1); J. Rodriguez (1); P. Lapa (1); G. Costa (1); J. Pedroso de Lima (1,2) (1) Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. Coimbra (2) Instituto das Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS). Coimbra
Introdução: A abordagem terapêutica em crianças com diagnóstico-pré-natal (DPN) suspeito para síndrome da junção-pélvico-uretérica (JUP) baseia-se essencialmente no grau de hidronefrose avaliado por ecografia e na função renal diferencial (FRD) e padrão de eliminação do radiofármaco na renocintigrafia. Pretendemos identificar prováveis fatores ecográficos preditivos do resultado da renocintigrafia, com o intuito de reduzir o número de estudos cintigráficos. Material e métodos: Foram revistos 107 processos clínicos de crianças com DPN suspeito para síndrome da JUP. Foram excluídas as crianças com hidronefrose bilateral e com patologia no rim contra-lateral (refluxo vesico-ureteral, duplicação calicial, agenesia renal). A população final incluiu 36 crianças (29 meninos e 7 meninas;idade:5.4±5.4 meses). Os resultados da primeira renocintigrafia e da ecografia temporalmente mais próxima (média:2.2±1.8 meses) foram revistos. Todas as renocintigrafias foram realizadas com 99mTc-MAG3 associada, sempre que necessário, à prova diurética. A FRD foi classificada em simétrica (diferença≤10%) ou assimétrica (diferença >10%) e o padrão de drenagem foi classificado em normal/lento e em suspeito de obstrução. Na ecografia avaliou-se o diâmetro pélvico anteroposterior (DPA), as dimensões e a morfologia calicial (normal/dilatados) e a espessura parenquimatosa (normal/ diminuída). Resultados: O padrão de eliminação apresentava-se normal/lento em 31 crianças e não se podia excluir obstrução em 5. A FRD apresentava-se simétrica em 21 e assimétrica em 15. Na ecografia renal, a média do DPA foi 18±9,6mm (8-63mm), 9 crianças apresentavam cálices dilatados e 7 espessura parenquimatosa diminuída. Obteve-se uma diferença estatisticamente significativa na distribução das variáveis DPA e espessura renal entre as crianças com eliminação normal/lenta e com suspeita de obstrução. Não se registou diferença estatisticamente significativa entre a dimensão dos cálices e o padrão de eliminação. Também não se registou qualquer diferença estatisticamente significativa entre as variáveis ecográficas e a FRD. Realizou-se uma regressão logística com as variáveis DPA e espessura renal para tentar prever padrão obstrutivo na renocintigrafia. Nesta análise, apenas o DPA permaneceu como estatisticamente significativo. Através de uma curva ROC definiu-se um cut-off óptimo da variável DPA (21,8mm) para o diagnóstico de padrão obstrutivo, com uma sensibilidade, especifidade, valor preditivo positivo e valor preditivo negativo de 80, 87,1, 50 e 96,4%, respetivamente. Conclusões: Dos vários parâmetros ecográficos estudados, apenas o DPA permitiu prever a presença de obstrução na renocintigrafia, com definição de um cut-off de 21,8mm, com uma sensibilidade e especificidade de 80 e 87,1%, respetivamente. Contudo, e devido ao baixo valor preditivo positivo, recomenda-se a realização de renocintigrafia na presença de alterações na DPA.
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CO.29 VALOR PROGNÓSTICO DA DESSINCRONIA VENTRICULAR ESQUERDA AVALIADA POR SPECT COM 99mTc-TETROFOSMINA EM DOENTES COM ANEURISMA DA AORTA ABDOMINAL (AAA) L. Sobral Violante (1); T. S. Vieira (2); A. Sá Pinto (2); A. R. Fernandes (2); V. Oliveira (2); A. Oliveira (2); E. Martins (3); T. Faria (2); M.B. Pérez (2); J. G. Pereira (2) (1) Serviço de Medicina Nuclear do Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil – Porto (2) Serviço de Medicina Nuclear e (3) Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar de São João
Introdução: O AAA é uma patologia insidiosa que representa uma importante causa de mortalidade, sobretudo em homens acima dos 60 anos. A correcta avaliação do risco de ruptura do aneurisma influencia a mortalidade nestes doentes. Deste modo, a descoberta de factores de prognóstico torna-se fundamental. Objectivo: Estudar o potencial valor prognóstico dos parâmetros de sincronia de contracção do ventrículo esquerdo (VE), avaliados por análise de fase com SPECT de perfusão miocárdica, em doentes com AAA em fase pré-cirúrgica. Material e Métodos: Foram estudados, retrospectivamente, 26 doentes (25 homens e 1 mulher, com idade média de 71,9±8,9 anos) diagnosticados com AAA com indicação cirúrgica, submetidos a avaliação pré-operatória com SPECT de perfusão do miocárdio com 99mTc-Tetrofosmina, em modo gated, após stress (adenosina), entre Janeiro e Dezembro de 2013. Os parâmetros de perfusão e função do VE foram estudados e realizou-se análise de fase para avaliar quantitativamente os parâmetros de sincronia mecânica do VE. O seguimento efectuou-se até Março de 2015, com revisão da avaliação clínica de cada doente. A análise qualitativa e quantitativa dos dados foi correlacionada com o estado clínico (EC) do doente (vivo/não vivo), utilizando o teste de correlação de Spearman. Resultados: Avaliámos 26 doentes com IMC médio de 26,3±2,9 kg/m2 e com diâmetro aneurismático médio de 6,1±1,6 cm (mín. 3,6cm e máx. 10,5cm). Verificou-se que antes da realização da SPECT de perfusão miocárdica, 25 doentes apresentavam pelo menos um factor de risco cardiovascular (Diabetes Mellitus tipo 2, HTA, dislipidemia), 16 tinham antecedentes de patologia cardíaca e 1 doente tinha antecedente de patologia cerebrovascular. O seguimento revelou 6 mortes (23,1%). O diâmetro aneurismático (p=0,701) e os antecedentes de patologia cardíaca (p=0,843) ou cerebrovascular (p=0,995) não se revelaram factores de prognóstico estatisticamente significativos. Foi encontrada uma correlação positiva, estatisticamente significativa, entre a largura de banda do histograma e o risco de mortalidade (p=0,0372) e também, entre a fracção de ejecção do VE e o risco de mortalidade (p=0,00357). Conclusão: A análise da sincronia de contracção da SPECT de perfusão miocárdica em modo gated parece acrescentar valor prognóstico em doentes com AAA. Uma vez confirmados, estes resultados apontam para uma nova utilidade deste exame.
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P.01 DIAGNÓSTICO DE COMUNICAÇÃO PERITONEO-PLEURAL POR CINTIGRAFIA PERITONEAL COM 99mTc-MAA NUM DOENTE EM DIÁLISE PERITONEAL CONTÍNUA AMBULATÓRIA – A PROPÓSITO DE UM CASO CLÍNICO F. Abreu; C. Gaspar; S. Pintão Serviço de Medicina Nuclear do Hospital de Santa Cruz - Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental
Introdução: A Diálise Peritoneal Contínua Ambulatória (DPCA) é uma técnica de substituição da função renal em cujas complicações se inclui o hidrotórax, cujos principais mecanismos de formação incluem um defeito diafragmático primário e/ou drenagem linfática anómala motivada por aumento da pressão intra-abdominal. A cintigrafia peritoneal com 99mTc-MAA pode ajudar a estabelecer o diagnóstico. Objectivo: Descrição clínica de um caso de comunicação peritoneo-pleural em doente em DPCA e contextualização bibliográfica. Material e métodos: Estudo de caso, retrospectivo e descritivo. Caso clínico: Doente do sexo feminino, 64 anos, em DPCA há sensivelmente uma semana, inicia dispneia e dor torácica pleurítica, acompanhada de drenagens incompletas de dializado peritoneal, com consequente aumento do volume abdominal. A radiografia do tórax mostrava derrame pleural direito, confirmado por Tomografia Computorizada. O derrame pleural à direita apresentava uma espessura média de 3cm, sem nodularidades ou captações anómalas da pleura adjacente. Realizou-se cintigrafia com 99mTc- MAA, com a administração de 5mci (185MBq) de 99mTc-MAA na solução de diálise. Foram adquiridas imagens do tronco em decúbito dorsal, em incidências anterior e posterior, 5 horas após administração do radiofármaco. O equipamento usado foi uma gama-câmara (Infinia Hawkeye 4, GE), com colimador de alta resolução e baixa energia, matriz 128x128 e zoom 1.14. Confirmou-se a presença de actividade do radiofármaco no espaço pleural direito, traduzindo a presença de uma comunicação peritoneo-pleural. Após a realização da cintigrafia foi feita drenagem torácica e pleurodese por partículas de talco, que decorreu sem intercorrências, sem recidiva do derrame pleural. Conclusão: A cintigrafia peritoneal com 99mTc-MAA é um método simples, rápido e não invasivo para a identificação da comunicação peritoneo-pleural em doentes em DPCA.
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P.02 RADIOEMBOLIZAÇÃO EM DOENTES COM METASTIZAÇÃO HEPÁTICA MÚLTIPLA – RESULTADOS INICIAIS C. Oliveira (1); L. Rosa (1); R. Parafita (1,2); S. Chaves (1,2); A. Canudo (1,2); A. Silva (1); J. Correia Castanheira (1); D. C. Costa (1) (1) Champalimaud Centre for the Unknown, Fundação Champalimaud (2) Mercurius Health
Introdução: A radioembolização requer articulação entre Radiologia de Intervenção, Física Médica e Medicina Nuclear. O objectivo deste trabalho é discutir os resultados iniciais desta metodologia na nossa instituição, desde Janeiro/2015. Materiais e métodos: Entre Janeiro e Setembro de 2015, 7 doentes (2 mulheres, 5 homens, 56-65 anos) foram submetidos a radioembolização hepática com microesferas de vidro marcadas com 90Y (µ-esferas90 Y). As indicações, estabelecidas em reunão multidisciplinar, foram: - metástases hepáticas de colangiocarcinoma (1), timoma (1), carcinoma do pâncreas (1) e carcinoma colo-rectal (4). Num primeiro tempo realizou-se angiografia com administração intra-arterial de 99mTc-MAA para pesquisa/quantificação de shunt hepato-pulmonar e/ou hepato-gastrintestinal (imagens planares e SPECT). A dose de absorção prescrita para o fígado foi estabelecida consoante a função hepática: 120Gy (6 doentes) e 100Gy (1 doente, SBRT hepática prévia). A actividade a administrar foi calculada com base na dose prescrita, no volume hepático e no valor de shunt, tendo em conta o limite de dose de absorção pulmonar (30Gy). As µ-esferas-90Y foram injectadas durante uma segunda angiografia. A distribuição hepática das radiopartículas foi confirmada com 90Y - PET/CT.
Primeira fase de radioembolização em dois tempos (por SBRT prévia). O mapa de distribuição hepática de 99mTc-MAA e de µ-esferas-90Y (multifocal) foi sobreponível em seis casos. No doente (sétimo) que realizou apenas o primeiro tempo da administração terapêutica não houve sobreposição completa (99mTc-MAA – artéria hepática; µ-esferas-90Y - artéria hepática direita). Não ocorreram efeitos secundários agudos após radioembolização. Um doente (carcinoma do pâncreas) faleceu dois meses após terapêutica. Em dois doentes, houve melhoria da doença avaliada por FDG e PET/CT com resposta completa num e redução de 86% da carga de doença metabólica no outro. Outro doente, teve persistência da doença hepática extensa e ávida para FDG, embora sem progressão por CT. Nos restantes três doentes, a terapêutica foi realizada há menos de um mês, pelo que se aguarda avaliação da resposta. *
Conclusão: A radioembolização hepática com µ-esferas-90Y foi implementada com sucesso e benéfica, para já, em dois dos sete doentes tratados. O mapeamento da distribuição hepática de 99mTc-MAA e µ-esferas-90Y é sobreponível para administrações em territórios intra-arteriais correspondentes.
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P.03 LINFOCINTIGRAFIA NA DETECÇÃO DE QUILOTÓRAX – A NOSSA ABORDAGEM
A. R. Fernandes (1); T. Faria (1); A. Oliveira (1); T. Vieira (1); A. Pinto (1); R. Boaventura (2); J. Maciel (3); P. Bastos (3); J. Pereira (1) (1) Serviço de Medicina Nuclear, (2) Serviço de Pneumologia e (3) Serviço de Cirurgia Cardiotorácica do Centro Hospitalar de São João
Introdução: O quilotórax é uma condição rara que consiste na acumulação, no espaço pleural, de linfa proveniente do ducto torácico ou de um dos seus ramos. O diagnóstico é feito pelo nível de triglicerídeos no líquido pleural (acima de 110 mg/dL). A linfocintigrafia é um exame simples e minimamente invasivo que permite uma informação funcional da anatomia linfática e que contribui para a localização da fuga e determinação do volume da mesma. Tem, também, um papel importante no seguimento destes doentes. Caso clínico: Mulher de 24 anos, com diagnóstico de quilotórax persistente (triglicerídeos no líquido pleural - 2929 mg/dL), à esquerda, com três meses de evolução, sem outros antecedentes patológicos relevantes. A TAC do tórax descrevia uma fina lâmina de líquido pleural com localização basal. Foi requisitada uma linfocintigrafia, realizada após a administração subcutânea de 1,5 mCi de nanocolóides–Tc-99m, no 1º espaço inter-digital de ambos os pés. Foram adquiridas imagens em varrimento do corpo inteiro, 15 minutos e 6 horas após injecção, imagens estáticas do tórax, bem como tomografias computorizadas de emissão (SPECT) e de transmissão (para correcção de atenuação e localização anatómica) do tórax. Resultados: A linfocintigrafia, para além da normal progressão linfática do radiofármaco bilateralmente até aos grupos inguinais e ilíacos externos, mostrou hiperactividade no hemitórax esquerdo – na topografia do derrame -, com maior extensão basal posterior, num aspecto compatível com a informação clínica de quilotórax. A doente foi, posteriormente, submetida a cirurgia torácica, tendo-se detectado fuga de linfa da pleura parietal, acima do plano da aorta descendente, e laqueado os pequenos vasos linfáticos de onde provinha a linfa. Verificou-se bom resultado pós-operatório (ausência de recorrência após a alta). Esta origem da fuga correspondeu à área de maior extensão da hiperactividade na linfocintigrafia. Conclusão: O tratamento do quilotórax pode ser conservador ou cirúrgico, dependendo da etiologia, do grau de infiltração e da clínica. A linfocintigrafia pode orientar para o local da fuga e volume da mesma, sendo uma mais valia para a orientação terapêutica, nomeadamente a programação pré-operatória.
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P.04 TRATAMENTO DE PATOLOGIA BENIGNA DA TIRÓIDE - TRÊS ANOS DE EXPERIÊNCIA DE UM NOVO CENTRO (2012-2015) V. Sousa (1); T. Lúcio (2), C. Valadas (3) (1) Interna de Medicina Nuclear do Hospital da Luz (2) Directora do serviço de Medicina Nuclear do Hospital Beatriz Ângelo (3) Directora do serviço de Endocrinologia do Hospital Beatriz Ângelo
Introdução: A administração de Iodo-131 no tratamento de patologia benigna da glândula tiroideia tem longa data. O sucesso terapêutico depende do volume tiroideu, da compensação do hipertiroidismo, da interrupção dos fármacos anti-tiroideus, da ingestão prévia de iodo e, dos conceitos de dose (Gy) ajustada à patologia tiroideia. O objectivo é garantir que não haja hiperfunção tiroideia. Objectivos: Avaliar os resultados da terapêutica com Iodo-131 na população em estudo. Metodologia: Análise retrospectiva dos dados clínicos e laboratoriais de doentes da consulta de Endocrinologia que realizaram terapêutica com Iodo-131 para tratamento de hipertiroidismo entre Setembro de 2012 e Setembro de 2015. As actividades administradas foram doses fixas [185MBq740MBq], ajustadas à patologia tiroideia e volume glandular/nodular, avaliado por cintigrafia (99mTc) e ecografia. A avaliação clínica/laboratorial realizou-se às 4 semanas, 3 meses, 6 meses e, semestralmente. Considerou-se sucesso terapêutico o estado de não hipertiroidismo, sem recurso a anti-tiroideus. Resultados: De um total de 66 doentes (68 terapêuticas), 11 foram excluídos por seguimento inferior a 3 meses. Os restantes 55 têm seguimento médio de 15meses, idade média 60 anos (32-80), sendo 48/55 (87%) mulheres. Nosologicamente 25/55 (45%) tinham doença de Graves, 18/55 (33%) bócio multinodular (BMN) tóxico e 12/55 (22%) nódulos tóxicos únicos. A actividade média administrada foi 12mCi (5-20) para a d.Graves, 11mCi (10-20) para o BMN tóxico e 12mCi (10-15) para o nódulo tóxico. O estado de não hipertiroidismo foi alcançado num período médio de 3meses (mín1, máx7). A terapêutica foi sempre bem tolerada. O sucesso terapêutico, avaliado aos 12 meses, em 39/55dts, foi de 87% (34/39). Os restantes 5/39 (13%) tinham d.Graves, eram jovens (idade mediana 33) e, apresentavam volumes glandulares (actividade mediana 15mCi) e TRAb elevados (mediana 35.3U/L). Dos dts com sucesso terapêutico, 19/34 (56%) encontram-se em eutiroidismo sem medicação e, 15/34 (44%) em hipotiroidismo, em fase de controlo. Dos 19dts em eutiroidismo sem medicação, 5/19 (26%) correspondiam a d.Graves, 5/19 (26%) a nódulos tóxicos e 9/19 (47%) a BMN tóxico. Dos 15dts em hipotiroidismo 8/15 (53%) correspondiam a d.Graves, 5/15 (33%) a nódulos tóxicos e 2/15 (13%) a BMN tóxico. 2/5dts em hipertiroidismo necessitaram de nova terapêutica com Iodo-131, estando actualmente em hipotiroidismo. Conclusão: Os resultados estão de acordo com as taxas de sucesso terapêutico descritas na literatura. Esta taxa é, como esperado, mais baixa na doença de Graves, podendo estar relacionada com maior alteração do estado imunológico (TRAb alto) e com o volume da glândula tiroideia. A manutenção da vigilância de dts com seguimento ainda curto é essencial na monitorização do sucesso terapêutico global.
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P.05 INCIDÊNCIA DE OSTEOPOROSE NA REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
Rafael Macedo; João P. Martins; Carlota Rodrigues; Filipa Drumond Serviço de Medicina Nuclear, SESARAM E.P.E. Madeira, Portugal
Objectivo: Determinar e subsequentemente reportar qual a incidência de osteoporose (OP) por faixa etária, sexo e raça na população da Região Autónoma da Madeira. Materiais e métodos: Para a avaliação da densidade mineral óssea (DMO) foi utilizado o osteodensitómetro da marca Hologic e modelo Discovery QDR 4500 nas instalações radiológicas da Medicina Nuclear do SESARAM E.P.E. (licença de funcionamento n º908/15). Todos os estudos osteodensitométricos seguiram rigorosamente o mesmo protocolo de acordo com as directrizes da Direcção Geral da Saúde (DGS). Resultados: A avaliação da amostra obtida entre 19 de Setembro de 2014 e 31 de Agosto de 2015 foi realizada de forma separada, analisando os utentes que realizaram o estudo osteodensitométrico pela primeira vez e os que já se encontravam em follow-up individualmente. Neste período, realizaramse 1674 estudos osteodensitométricos em indivíduos de raça caucasiana, dos quais 1186 (70.85%) reportaram estar a realizar o estudo pela primeira vez, 485 (28.97%) afirmaram já ter realizado pelo menos um estudo osteodensitométrico e 3 (0.18%) que alegaram não saber se já tinha realizado este tipo de estudo. De acordo com os dados obtidos pelo estudo realizado na Medicina Nuclear do SESARAM E.P.E., a incidência de OP em utentes que realizaram o estudo osteodensitométrico pela primeira vez foi de 1.96% para o sexo masculino e 18.88% para o sexo feminino, perfazendo um total de 20.84% dos 1186 utentes que realizaram o estudo pela primeira vez. Dos utentes em regime de follow-up, em 121 (24.95%) foi diagnosticada OP, sendo 6 (4.96%) do sexo masculino e 115 (95.04%) do sexo feminino. Desta forma, a incidência global de OP na população estudada é de 22.90%, ou seja, 383 utentes. Conclusões: Visto a incidência de OP dos utentes da R.A.M. ser 55 % superior à prevalência nacional (i.e. 10.2%) e atendendo ao perfil económico e social da população da R.A.M., considera-se muito importante a disponibilidade desta técnica em regime público para avaliação/rastreio da DMO no Serviço Regional de Saúde. Isto porque, a identificação/avaliação/seguimento atempadas da população de risco é instrumental para a melhoria da qualidade de vida dos mesmos, bem como para a diminuição dos enormes custos associados às consequências da não identificação desta população de risco. Observouse ainda que a incidência de OP na população que realizou o exame pela primeira vez é muito próxima daqueles que já estavam referenciados para follow-up (população de risco já identificada).
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P.06 EFICÁCIA DIAGNÓSTICA DA CINTIGRAFIA ÓSSEA NA AVALIAÇÃO DE METASTIZAÇÃO ÓSSEA: RETRATO DO NOSSO SERVIÇO A. Sá Pinto; T. S. Vieira; A.R. Fernandes; V. Alves; T. Faria; A. Oliveira; M.B. Pérez; J. G. Pereira Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar São João, Porto
Introdução: A cintigrafia óssea (CO) é um dos exames mais frequentemente realizados em Medicina Nuclear (MN), maioritariamente na avaliação de metastização óssea (MO). A literatura aponta valores de sensibilidade e de especificidade na detecção de metástases ósseas de 86% e 81%, respectivamente. Objectivo: Avaliar a eficácia diagnóstica da CO na avaliação de MO no nosso Serviço e comparar essa eficácia entre especialistas e internos de especialização em formação. Material e métodos: Foram incluídas CO de 50 doentes consecutivos, que realizaram o exame em Janeiro de 2014, todos com história de patologia oncológica. Para além de imagens de “varrimento” corporal, em 24 doentes efectuaram-se também tomografias computorizadas de emissão de regiões de interesse. Cinco especialistas em MN e três internos de especialização (1º, 2º e 4º anos), sem conhecimento da informação clínica dos doentes, classificaram cada CO como “positiva” ou “negativa” para MO. Para averiguar a existência de MO, procedeu-se à consulta dos processos clínicos (resultados de outros exames complementares de diagnóstico e dados de seguimento clínico). Após esta análise, excluíramse 2 doentes por incapacidade de confirmar existência de MO. Análise estatística realizada com o IBM SPSS 22, tendo sido aplicado o teste de comparação MannWhitney U (p <0,05). Resultados: A sensibilidade de todos os médicos do serviço de MN foi de 100%. A especificidade média foi de 78,96±11,94%, tendo variado entre os 58,54% e os 92,68%. A prevalência foi de 14,6% e os valores médios de exactidão diagnóstica, VPN e VPP foram de 82,03±10,20% (variação de 64,58% a 93,75%), 100% e 48,60±14,41% (variação de 29,17% a 70%), respectivamente. Entre especialistas, os valores médios de exactidão diagnóstica, especificidade e VPP foram de 87,50±6,07%, 85,36±7,11% e 58,33±11,90%, respectivamente. Entre internos, os valores médios de exactidão diagnóstica, especificidade e VPP foram de 72,91±9,55%, 68,29±11,18% e 36,32±9,03%, respectivamente. Apesar de se verificar uma tendência para maior eficácia diagnóstica entre os especialistas (p = 0,071), a diferença entre especialistas e internos não foi estatisticamente significativa. Conclusão: Esta investigação sugere que, no nosso serviço de MN, a CO para avaliação de MO apresenta sensibilidade superior e especificidade média semelhante às descritas na literatura. Apesar da tendência para maior eficácia diagnóstica dos especialistas, não se verificou diferença significativa entre estes e os internos, que poderá explicar-se pelas diferentes fases de formação dos internos.
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P.07 DETERMINAÇÃO DA TAXA DE FILTAÇÃO GLOMERULAR PELA CLEARENCE PLASMÁTICA DO 51 CR-EDTA EM CRIANÇAS: QUAL O NÚMERO DE COLHEITAS SANGUINEAS IDEAL? S. Chaves; V. M. Alves; H. Costa; J.G. Pereira Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar de S. João
Introdução: Uma correcta estimação da Taxa de Filtração Glomerular (TFG) é fundamental na avaliação diagnóstica da função renal. A TFG pode ser determinada pela medição de substâncias endógenas ou exógenas. A literatura descreve que o 51Cr-EDTA tem uma correlação de mais de 97% com a inulina, que é considerada actualmente o gold standard para a estimação da TFG; e é aceite com sendo um método preciso para determinar a função renal. Actualmente existem diferentes métodos descritos na literatura, sendo o método de duas ou mais colheitas sanguíneas recomendado para a determinação TFG com o 51Cr-EDTA. Objectivo: O presente trabalho pretende comparar os valores da TFG, utilizando o 51Cr-EDTA, quando se realiza três colheitas ou duas colheitas ou mesmo só uma colheita sanguínea, em crianças com patologia oncológica sujeitas a terapias nefrotóxicas. Material e métodos: Foram estudados 86 doentes referenciadas ao nosso departamento para a determinação da TFG pelo método do 51Cr-EDTA, durante os últimos três anos. A média de idades é de 5,6 ± 4,7 anos. A actividade administrada de 51Cr-EDTA foi calculada em função do peso. As colheitas sanguíneas foram realizadas às 2, 3 e 4h após a administração do 51Cr-EDTA. A TGF para cada paciente foi calculada de diferentes formas: 1) TFG determinada com três colheitas (TFG-3c); 2) TGF determinada com duas colheitas (estudando qual seria as melhor combinação: TFG-1/2h; TFG1/3h; TFG-2/3h); 3) TFG determinada com uma colheita única – TFG-2h. O método de slope intercept foi aplicado quando se utilizou mais do que uma colheita na determinação da TFG. Todos os valores da TFG obtidos foram corrigidos para a área de superfície corporal seguida de correcção para a primeira exponencial da curva de eliminação pela equação de Brochner-Mortesen. Resultados: Os resultados obtidos foram comparados pelo método estatístico de correlação de Spearman. A correlação obtida entre TFG-3c e a TFG-1/3h corresponde a um ρ=0,962, enquanto que com a TFG-2/3h é de ρ=0,814. Com uma colheita sanguínea única a correlação obtida foi de ρ=0,935. Conclusões: A determinação da TFG com 51Cr-EDTA demonstra uma elevada precisão independentemente do método utilizado.
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P.08 CARCINOMA DIFERENCIADO DA TIROIDEIA: CAPTAÇÃO MAMÁRIA EM DOENTES SUBMETIDAS A TERAPÊUTICA COM IODO-131 I. P. Carvalho (1); S. C. Vaz (1); M. Vieira (2); T. C. Ferreira (1); S. Esteves (3); R. Sousa (1); P. Ratão (1); F. N. Brandão (1); A. Daniel (1); V. Leite (2); L. Salgado (1) (1) Serviço de Medicina Nuclear, (2) Serviço de Endocrinologia e (3) Unidade de Investigação Clínica do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil EPE
Introdução: A captação de iodo pela célula tiroideia, através do transportador sódio-iodo (NIS), é o princípio fundamental da terapêutica com Iodo-131 no carcinoma diferenciado da tiroideia. Este transportador também se expressa na mama, timo, glândulas salivares, sistema gastrointestinal e em alguns tumores malignos. Os factores que determinam a captação fisiológica de Iodo-131 pelas células alveolares das glândulas mamárias não se encontram ainda definidos. Objectivo: Avaliar a relação entre a visualização de captação mamária na cintigrafia corporal, após a primeira terapêutica com Iodo-131, com as seguintes variáveis: idade, tipo histológico do tumor, estádio, história familiar e actividade administrada. Métodos: Foi realizado um estudo sem intervenção, transversal, unicêntrico e com recolha retrospectiva de dados, tendo sido identificadas 1242 mulheres com diagnóstico de carcinoma diferenciado da tiroideia que realizaram primeira terapêutica com Iodo-131, entre Junho de 1998 e Outubro de 2013. Foram excluídas doentes com (1) idade <18 anos ao diagnóstico, (2) sem imagem da cintigrafia corporal disponível no sistema PACS, (3) focos concomitantes de carcinoma pouco diferenciado, (4) metastização pulmonar, (5) antecedentes de exposição a radiação e de cancro prévio ou síncrono ao diagnóstico, (6) antecedentes familiares de cancro, (7) cintigrafias cujo resultado foi inconclusivo e (8) sem dados clínicos suficientes. Resultados: Analisaram-se 387 doentes, das quais 77 (19,9%) apresentaram evidência de captação mamária de Iodo-131 na cintigrafia corporal.
Na análise univariada a única variável associada à captação mamária de Iodo-131 foi a idade, com redução de 2% no odds de captação mamária por cada ano adicional (OR=0.98; IC95%:0.96–0.99; p=0.0399). No modelo multivariado não é possível demonstrar associação da captação mamária com nenhuma das variáveis testadas. Conclusão: Na amostra em estudo, nenhuma das variáveis se assumiu como factor preditivo da captação mamária de Iodo-131. Apenas a idade parece influenciar, e não determinar, a captação mamária deste radionuclídeo. 68
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P.09 FALSO-POSITIVO EM CINTIGRAFIA CORPORAL – REFLEXÃO A PROPÓSITO DE UM CASO CLÍNICO I. P. Carvalho (1); R. Espirito-Santo (2); T. C. Ferreira (1); P. Ratão (1); R. Sousa (1); S. C. Vaz (1); F. N. Brandão (1); A. Daniel (1); L. Salgado (1) (1) Serviço de Medicina Nuclear Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil EPE (2) Serviço de Endocrinologia do Centro Hospitalar de Lisboa Central EPE – Hospital Curry Cabral
Introdução: A cintigrafia corporal, após terapêutica com Iodo-131, é fundamental para o estadiamento de doentes com carcinoma diferenciado da tiroideia. A captação anómala nem sempre é atribuível a doença secundária, podendo relacionar-se com falsos-positivos. A realização de estudo tomográfico (SPECT-TC) complementar para melhor localização e a sua integração nos dados clínicos e analíticos, é mandatória para a redução da incidência de falsos-positivos, ainda que alguns casos se mantenham por esclarecer. Caso clínico: Doente do sexo feminino, 52 anos de idade, submetida a tiroidectomia total por carcinoma papilar da tiroideia, de padrão folicular, com 18mm, no istmo, não capsulado; sem evidência de invasão linfovascular e sem extensão extratiroideia (pT1bNxMx). Foi internada para realizar primeira terapêutica com 1,1GBq de Iodo-131, sob TSH recombinante, em Agosto de 2015. Realizou-se cintigrafia corporal, 24 horas após a terapêutica, numa Câmara Gama Philips® BrightView X a uma velocidade de 16cm/min. A cintigrafia revelou resíduo na região cervical mediana de pequenas dimensões e aumento difuso de captação em projecção torácica direita, com maior expressão em incidência anterior. Para esclarecimento da alteração descrita e atendendo à avaliação analítica com tiroglobulina indoseável (<0,2ng/mL), sob TSH estimulada e com anticorpos anti-tiroglobulina negativos, realizou-se SPECT-TC. As imagens realizadas mostraram aumento de captação no lobo médio, que acompanha a asa inferior da grande cisura direita. Retrospectivamente, foram analisados os antecedentes pessoais da doente, que tinha história de bronquiectasias, por infecção respiratória prévia. Deste modo, esta alteração a nível pulmonar foi interpretada como falso-positivo. Conclusão: Neste caso, a correlação dos dados clínicos e analíticos com alterações em estudo de imagem foram essenciais para aumentar a acuidade diagnóstica e para diagnóstico diferencial com doença secundária.
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P.10 SINOVITE VILONODULAR PIGMENTADA: INCIDENTALOMA RARO EM PET/CT COM 18F-FDG
A. Silva; C. Oliveira; J. Correia Castanheira; J. Ruivo; R. Canas-Marques; L. Rosa; N. Gil; S. Livraghi; D. C. Costa Champalimaud Center for the Unknown, Fundação Champalimaud
Introdução: São raros os casos publicados de incidentalomas de Sinovite Vilonodular Pigmentada (SVNP) em PET/CT com 18F-FDG (PET/CT-FDG), que se manifestam como lesões com elevada captação do radiofármaco. A SVNP é uma entidade clínica incomum, caracterizada por uma proliferação benigna da membrana sinovial de articulações, bolsas sinoviais e bainhas tendinosas. A ressonância magnética (RM) pode ter utilidade diagnóstica, porém apenas o estudo histológico permite o diagnóstico definitivo. Caso clínico: Doente do sexo masculino, 66 anos, com antecedentes de carcinoma do rim direito, submetido a nefrectomia em Fevereiro/2012. No seguimento, realizou CT toraco-abdomino-pélvica, que revelou nódulo paratraqueal direito, com 37x25mm de eixos axiais, de natureza indeterminada (adenopatia vs tecido tiroideu ectópico?). Para esclarecimento diagnóstico, realizou PET/CT-FDG em Julho/2012, obtendo-se imagens de corpo inteiro (60min p.i.) e estudo tardio da região cervical (120min p.i.) em equipamento híbrido PET/CT (actividade: 222MBq). O nódulo paratraqueal direito não apresentou captação valorizável do radiofármaco. Contudo, identificou-se foco único de captação intensa de 18F-FDG na vertente direita do atlas, com SUVmáx=15 nas imagens iniciais e SUVmáx=21 no estudo tardio, em correspondência com lesão osteolítica em CT. Complementarmente, no mesmo dia, realizou cintigrafia da tiroideia com pertecnetato, obtendo-se imagens 30 min p.i. (actividade: 222MBq), em câmara-gama com colimador de orifícios paralelos e colimador pinhole. Para além da captação homogénea de pertecnetato nos lobos tiroideus, identificouse nódulo de captação semelhante à do restante parênquima tiroideu, abaixo do pólo inferior do lobo tiroideu direito - tecido tiroideu ectópico. Na cintigrafia óssea de corpo inteiro com 99mTc-HDP, cujas imagens foram realizadas cerca de 3 horas p.i. (actividade: 684MBq), a lesão do atlas não apresentava captação do radiofármaco e não existiam focos sugestivos de metastização osteoblástica. A RM da coluna cervical evidenciou lesão infiltrativa óssea na massa lateral direita e na vertente direita do arco anterior do atlas com 28mm de maior eixo, que neste contexto foi interpretada como provável lesão secundária osteolítica. Para confirmação diagnóstica, o doente foi submetido a biópsia cirúrgica, cujo resultado histológico revelou SVNP. Quando questionado acerca da sintomatologia, o doente referiu cervicalgia intermitente, que aliviava com anti-inflamatórios não esteróides. Na última observação (follow-up: 3 anos), o doente encontrava-se em remissão completa da doença neoplásica e com estabilidade radiológica da lesão do atlas. Conclusão: Este caso clínico ilustra um incidentaloma raro em PET/CT-FDG: SVNP no atlas que mimetizou uma metástase osteolítica em doente com carcinoma renal. Adicionalmente, a medicina nuclear foi uma mais-valia no esclarecimento etiológico do nódulo paratraqueal direito.
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P.11 RELAÇÃO ENTRE A INGESTÃO ALIMENTAR E ACTIVIDADE EXTRA-CARDÍACA NA CINTIGRAFIA MIOCÁRDICA DE PERFUSÃO – QUAL A REAL INFLUÊNCIA? A. R. Fernandes (1); T. Faria (1); A. Oliveira (1); T. Vieira (1); J. Casalta-Lopes (2,3); V. Alves (1); A. Pinto (1); M.B. Pérez (1); J. Pereira (1) (1) Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar de São João (2) Serviço de Radioterapia do Centro Hospitalar e Universitário e Coimbra (3) Faculdade de Medicina de Coimbra
Introdução: Não existe consenso relativamente à ingestão alimentar prévia à cintigrafia miocárdica de perfusão em stress. Nas guidelines da EANM de 2015 é referido que devem ser evitadas refeições pesadas antes do exame de stress e, em alguns centros, os doentes têm indicação para realizar o exame em jejum. Por outro lado, encontra-se na literatura indicação para a ingestão alimentar entre a injecção do radiofármaco e a aquisição das imagens, com o objectivo de diminuir a actividade extra-cardíaca junto à parede inferior do ventrículo esquerdo. Objectivo: O objectivo deste estudo foi investigar a relação entre a actividade extra-cardíaca e a ingestão alimentar entre a prova de stress e a aquisição das imagens da Cintigrafia Miocárdia de Perfusão com Tetrafosmina – Tc -99m. Material e métodos: O estudo incluiu 268 doentes consecutivos que realizaram cintigrafia miocárdica de perfusão no nosso serviço de 15 de Junho a 3 de Setembro de 2015. Foi aleatorizado igual número de semanas em que era dada uma refeição padronizada com elevado teor de gordura (pão com manteiga e leite ou iogurte) após a realização da prova de esforço e de semanas em que não era dada essa refeição. Não foi dada indicação de jejum para nenhum doente. Foi registado o sexo, idade, se o exame foi repetido e o motivo da repetição. Excluíram-se 3 doentes que repetiram o exame por suspeita de atenuação mamária. Análise estatística realizada com o IBM SPSS 21.0 para Mac. Foi considerado um erro de 0,05 do tipo I. Resultados: Dos 265 doentes (média 65,20 ± 0,984 anos, 162 homens), 147 não ingeriram a refeição e 118 ingeriram. Houve necessidade de repetir a aquisição em 18 doentes – 14 não tinham ingerido e 4 tinham ingerido. Verificou-se que existe diferença estatisticamente significativa entre o número de repetições de aquisição nos dois grupos, sendo mais frequente repetir quando não é dada a refeição. (9,5% com refeição vs 3,4% sem refeição) (p=0,049). Conclusão: Os nossos resultados indicam que existe relação entre a existência de actividade extracardíaca abdominal, com necessidade de repetição da aquisição, nos doentes que não ingeriram a refeição após a prova de esforço, sugerindo que esta refeição é uma mais valia para a qualidade da imagem.
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P.12 ANGIOGRAFIA DE RADIONÚCLIDOS DE EQUILÍBRIO COM CAPTAÇÃO MEDULAR ÓSSEA … E AGORA? D. Ferreira (1); M. Cruz (1); V. Jerónimo (2); T. Lúcio (3) (1) Técnica do Serviço de Medicina Nuclear do Hospital Beatriz Ângelo (2) Técnica Coordenador do Serviço de Medicina Nuclear do Hospital Beatriz Ângelo (3) Médica Directora do Serviço de Medicina Nuclear do Hospital Beatriz Ângelo
Introdução e objectivo: A qualidade da informação fornecida pelos exames de Medicina Nuclear é dependente de vários fatores, entre eles fatores químicos, fisico-químicos e fisiológicos, relacionados com o paciente, com a técnica utilizada para o procedimento, com o radiofármaco e eventuais interações entre eles. No presente caso demonstra-se a alteração à biodistribuição do radiofármaco durante a realização de uma Angiografia de Radionúclidos em Equilíbrio (ARNE) com eritrócitos marcados in vivo/in vitro com tecnécio-99 metastável (99mTc). Descrição do caso: Durante a aquisição das imagens da ARNE do paciente visualizou-se captação medular óssea provavelmente devido à formação de espécies coloidais durante o procedimento. Segundo apurámos bibliograficamente, pela descrição de casos semelhantes, as origens deste tipo de artefacto podem ser diversas e incluir a fisiologia do paciente. Uma semana após a realização desta ARNE o paciente repetiu o exame introduzindo-se algumas alterações ao procedimento para exame e o segundo exame foi obtido com sucesso e sem alterações de biodistribuição – a captação medular óssea evidente no primeiro exame. Ambas as ARNEs foram adquiridas após a administração endovenosa (e.v.) de agente estanhoso (0.020mg/kg) seguida da administração e.v. de 740MBq de 99mTc. Os parâmetros de aquisição utilizados foram: incidência oblíqua anterior esquerda, matriz de 64x64 píxeis, zoom 1.45, 24 frames/ciclo cardíaco num total de 1000 ciclos. Pela análise da bibliografia, consideraram-se causas possíveis para este artefato: a interação entre o agente redutor e a solução de desinfecção cutânea, o tempo decorrido entre a administração de fármacos (agente redutor e 99mTc) e o calibre do acesso endovenoso (e.v.) utilizado na administração do 99mTc (utilizando uma técnica in vivo/in vitro). Conclusão: Decorrente deste caso, no nosso serviço, optimizámos o procedimento a adoptar para a realização da ARNE. As medidas de optimização implementadas foram: alteração do procedimento de desinfecção cutâneo prévio à administração dos fármacos, respeito do intervalo de 30 minutos entre administrações de fármacos (agente redutor e 99mTc) e realização do processo de marcação eritrocitária in vivo/in vitro com 99mTc através de acesso e.v. de calibre 20G ou superior. Desde a implementação destas medidas não voltou a ocorrer nenhum caso com artefacto similar.
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P.13 ARTEFACTO DA IMAGEM TEP-TC: RESOLUÇÃO DE UM CASO
Carvalho A.; Catita A.; Rezio M.; Salgado L. Serviço de Medicina Nuclear, Instituto Português de Oncologia de Lisboa
Introdução: A Tomografia por Emissão de Positrões (TEP) é um método de diagnóstico não invasivo, com alta sensibilidade na caracterização de processos metabólicos. Um dos factores que contribui para a alta sensibilidade do método é a correcção da atenuação realizada com recurso a Tomografia Computorizada (TC). A TEP-TC é um equipamento que alia as imagens metabólicas da TEP às imagens anatómicas da TC, produzindo um terceiro tipo de imagem - imagem de fusão. Por vezes é possível que esta fusão possa apresentar alguns artefactos de imagem. A correcção da atenuação e da radiação dispersa são requisitos importantes para a quantificação das imagens TEP-TC, e a esta correcção estão associados alguns artefactos. Objectivo: Apresentar um caso concreto de uma aquisição TEP-TC onde foi verificado um artefacto de imagem e discutir as possíveis soluções. Material e métodos: Doente do sexo feminino 76 anos de idade, 64Kg, 152cm, com Linfoma Não Hodgkin diagnosticado em 2007. O estudo foi feito para seguimento da doença. Verificaram-se artefactos na imagem reconstruída, que resultaram numa faixa hipocaptante na região média da face e crânio. Apresentam-se as soluções encontradas para resolver a situação e permitir uma correcta análise da imagem para diagnóstico. Salienta-se a importância da actuação do técnico de diagnóstico e terapêutica no pronto reconhecimento destas situações e na sua resolução. Conclusão: Os artefactos verificados em TEP-TC podem acontecer no nosso.
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P.14 ACHADO INESPERADO EM RENOGRAMA COM MAG3 – PTOSE RENAL COM BASCULAÇÃO EM POSIÇÃO ORTOSTÁTICA M. Silva (1,2); V. Santos (1,2); A. Canudo (1,2); D. Dantas (1,2); A. Silva (1); C. Oliveira (1); D. Costa (1) (1) Champalimaud Centre for the Unknown, Fundação Champalimaud (2) Mercurius Health
Introdução: A Ptose renal é uma patologia que se define por um deslocamento inferior do rim afectado em cerca de 5cm (ou dois corpos vertebrais) entre a posição de decúbito e a ortostática. Clinicamente sintomática em 10 a 20% dos casos, manifesta-se com um quadro de cólica renal que alivia em decúbito. Por vezes pode acompanhar-se com rotação excessiva do rim. Caso clinico: Doente de 78 anos, sexo feminino, com antecedentes de carcinoma da mama direita operado há 3 anos. Por surgimento de dor na grelha costal direita realizou cintigrafia óssea em Julho de 2015 para despiste de envolvimento ósseo secundário. A cintigrafia óssea não mostrou imagens sugestivas de metastização óssea do tipo osteoblástico, contudo, observou-se marcada estase piélica à direita, sugerindo-se avaliação da drenagem renal mediante renograma com MAG3, que realizou posteriormente em Setembro/2015. A doente era portadora da ecografia renal de Outubro/2014, que mostrava: rins de dimensões normais, com adequada diferenciação parênquimo-sinusal sem lesões nodulares suspeitas; dilatação marcada do bacinete direito com transição abrupta para o ureter, sem individualização de causa obstrutiva, sugerindo síndrome juncional; rim esquerdo sem uropatia obstrutiva. Após administração intravenosa de 269MBq de 99mTc-MAG3, realizou-se estudo dinâmico durante 30 minutos, com administração de 40mg de furosemida aos 15 minutos do estudo. Posteriormente, adquiriuse uma imagem estática pré-miccional em posição ortostática e outras adicionais pós-miccionais nas posições ortostática e de decúbito dorsal. As imagens do estudo dinâmico evidenciaram fase de fluxo/perfusão renal conservada bilateralmente. Boa concentração do rim esquerdo e atraso do trânsito parenquimatoso do rim direito; estase pielocalicial à esquerda com resposta ao estimulo do diurético (ausência de padrão obstrutivo) e acumulação progressiva do radiofármaco no rim direito, com resposta muito lenta à sobrecarga hídrica, mas sem compromisso obstrutivo. Função renal diferencial no limite da normalidade: 55% rim esquerdo e 45% rim esquerdo. Nas imagens pré e pós-miccional adquiridas em posição ortostática observa-se ptose e basculação do rim direito, com rotação interna do polo superior em cerca de 120º. Na imagem pós-miccional em decúbito dorsal, obtida sequencialmente, verifica-se retorno do rim direito à posição anatómica inicial habitual. Conclusão: O presente caso clinico ilustra um achado inesperado em renograma – uma alteração pouco frequente do posicionamento renal em ostostatismo - que pode justificar a sintomatologia da doente. Mais, demonstra a importância da imagem ortostática. O síndrome de junção pielo-calicial agrava-se em posição ortostática. Aquisição de renogramas em posição semi-sentado é uma opção a ter em conta.
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P.15 TUMOR DE ORIGEM DESCONHECIDA – A NOSSA EXPERIÊNCIA COM PET E PET-TC
S. C. Vaz; P. Ratão; R. Sousa; T. C. Ferreira; A. Silva; I. D. Patrocínio; F. N. Brandão; A. Daniel; L. Salgado Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil E.P.E Lisboa
Introdução: O Tumor de Origem Desconhecida (TOD) tem uma incidência de 10%. A localização do tumor primário tem implicações no tratamento e prognóstico. A PET está incluída na avaliação diagnóstica, identificando o tumor primário em 20-30% dos casos. Objetivo: Comparar a eficácia de 18F-FDG PET e PET-TC na deteção do tumor primário em doentes (dts) com TOD. Material e métodos: Estudo retrospetivo e unicêntrico, avaliando os dts que realizaram PET em 2009 ou PET-TC em 2014. Incluíram-se os dts com metástases confirmadas, mas tumor primário desconhecido e com pelo menos 3 meses de seguimento. O resultado da PET e PET-TC foi comparado com outros exames de imagem e com resultados histológicos. Dos 1516 dts que realizaram PET e dos 1589 dts que fizeram PET-TC, 32 (2%) e 26 (1,6%) eram TOD, respetivamente. Comparando os dts que realizaram PET com os que realizaram PET-TC, verificou-se: idade média de 64 e 66 anos; relação homem/mulher 3:1 e 2:1; e tempo de seguimento médio de 31 meses (3-73) e 7 meses (3-14), respetivamente. Resultados: PET (n=32): O principal motivo do exame foi metástases em gânglios cervicais em 26/32 dts (81%). Considerando todas as modalidades de diagnóstico, o tumor primário foi identificado em 15/32 dts (47%). A PET identificou o tumor primário em 10/32 (31%) e foi o primeiro método em 5/32 (16%). Localização do tumor primário: otorrinolaringológica - 10/15 dts (67%), estômago - 2 dts e os restantes 3 dts foram esófago, tiróide e mama. PET-TC (n=26): As principais razões para PET-TC foram: metástases em gânglios cervicais - 14/26 pts (54%), metástases hepáticas - 4/26 (15%), carcinomatose peritoneal - 3/26 (12%) e outros - 5/26 (19%). O tumor primário foi identificado por qualquer método em 18/26 pts (69%). A PET identificou o cancro primário em 8/26 pts (31%) e foi o primeiro método em 4/26 (15%). Localização do tumor primário: otorrinolaringológica - 8/18 dts (44%), pâncreas - 2 dts e os restantes 8 dts foram olho, tiróide, pulmão, estômago, fígado, peritoneu, ovário e vagina. Conclusão: A PET e PET-TC foram uteis na avaliação de TOD e foram o primeiro método a identificar o tumor primário em cerca de 15%. Nesta análise não encontrámos diferenças significativas entre a PET e PET-CT. Pensamos que tal pode dever-se ao reduzido número de casos e ao fato de em 2009 o grupo de estudo ser mais homogéneo, com 81% dos dts apresentando metástases em gânglios cervicais.
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P.16 PET/CT COM PSMA-Ga68. A PROPÓSITO DO 1º EXAME REALIZADO EM PORTUGAL
R. Silva (1, 2), A. Abrunhosa (2), A. Figueiredo (3), A. Xavier (2), A. Cruz (2), D. Barroca (2), M. Castelo Branco (2), J. Pedroso de Lima (1, 2) (1) Serviço de Medicina Nuclear do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (2) Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (3) Serviço de Urologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
Introdução: Na Europa Ocidental e nos Estados Unidos da América o carcinoma da próstata (CaP) é a neoplasia sólida mais frequente no sexo masculino e a terceira causa de morte oncológica. Após terapêutica primária, a recidiva bioquímica (rBq) é um acontecimento comum, ocorrendo em cerca de 20-30% dos doentes submetidos a prostatectomia radical e em 60% após radioterapia externa (RTe). Nomogramas clínicos apresentam bons resultados na distinção entre recidiva local e à distância, contudo não permitem a identificação dos locais, número ou tipo de lesões. Assim, as terapêuticas dirigidas não se podem basear apenas em nomogramas clínicos, necessitando de métodos que localizem as lesões. Na última década a Tomografia por Emissão de Positrões/Tomografia Computorizada (PET/CT) com Colina marcada com C11 ou F18 (Colina-C11/F18) mostrou ser uma arma diagnóstica superior às técnicas imagiológicas convencionais no restadiamento do CaP em rBq, com um importante impacto na estratégia terapêutica. Contudo, a acuidade diagnóstica da PET/CT com Colina-F18 não é a ideal, particularmente para baixos valores de antigénio específico da próstata (PSA). Recentemente, novos traçadores PET com alta afinidade para o antigénio de membrana específico da próstata (PSMA), uma proteína transmembranar sobre-expressa no CaP, foram propostos. A PET/CT com PSMA marcado com Ga-68 (PSMA-Ga68) tem mostrado bons resultados na deteção de lesões no CaP em rBq, com um elevado contraste alvo/fundo e acuidade diagnóstica superior à PET/CT com Colina-F18. Objectivo: Descrever e integrar os princípios práticos e teóricos do primeiro estudo PET/CT com PSMA Ga68 realizado em Portugal. Material e métodos: Foi realizado estudo PET/CT com PSMA-Ga68 em doente com CaP, submetido a braquiterapia e, posteriormente, a RTe devido a recidiva ganglionar pélvica identificada em PET/CT com Colina F18, mas com PSA em progressão (5,2ng/ml) na última consulta. Foram obtidas imagens PET/CT da região pélvica, imediatamente após a administração endovenosa de 2MBq/kg de PSMA-Ga68, e de corpo inteiro uma hora após a injeção. Resultados: No estudo PET/CT com PSMA-Ga68 identificaram-se duas adenopatias latero-aórticas esquerdas, de eixo curto milimétrico, com captação aumentada do radiofármaco, que levantam a suspeita de metástases ganglionares extra-pélvicas. Conclusão: A PET/CT com PSMA-Ga68 apresenta-se como uma nova modalidade imagiológica, com elevada acuidade diagnóstica no restadiamento de doentes com CaP, mesmo perante baixos valores de PSA. O presente caso clínico pretende descrever o primeiro PET/CT com PSMA-Ga68 realizado em Portugal e exemplificar o seu impacto clínico.
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P.17 A PET-TC FDG-F18 NA INVESTIGAÇÃO DE TUMOR DE ORIGEM DESCONHECIDA – A PROPÓSITO DE UM CASO CLÍNICO DE CARCINOMA MEDULAR DA TIRÓIDE R. Sousa; I. P. Carvalho; S. Vaz; P. Ratão; T. C. Ferreira; A. Daniel; L. Salgado Serviço de Medicina Nuclear do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, E.P.E.
Introdução: A PET-TC FDG-F18 pode ser valiosa na investigação de doentes com tumor de origem desconhecida. Apresenta como vantagens o facto de ser um exame não invasivo, de corpo inteiro, que combina a avaliação metabólica com a morfológica. Assim, pode permitir a deteção do tumor primário e o seu estadiamento numa única avaliação. Caso clínico: Doente do sexo masculino, 49 anos, sem antecedentes pessoais relevantes, antecedentes familiares de patologia oncológica. Referenciado à nossa Instituição na sequência de quadro de tosse, astenia e perda ponderal com cerca de 4 meses de evolução que motivou o pedido dos seguintes exames complementares de diagnóstico: TC torácica, que revelou incontáveis lesões pulmonares em ambos os campos pulmonares, compatíveis com metastização, e adenopatias mediastínicas e hilares bilaterais; TC abdomino-pélvica, que mostrou lesão lítica no ilíaco direito; análises laboratoriais, das quais de destaca CEA 120 ng/mL (<5,0) e PSA total 0,4 ng/mL (<4,0); endoscopia digestiva alta e colonoscopia, que não mostraram alterações. Foi realizada PET-TC FDG-F18 que revelou aumento de captação em nódulo do lobo direito da tiroideia, em múltiplas lesões pulmonares, bilateralmente, em gânglios dos territórios latero-cervical direito, mediastino e hilar pulmonar bilateral e em lesão óssea no ilíaco direito. Realizou biopsia do ilíaco direito noutro hospital, cujo resultado foi compatível com metástase de tumor neuroendócrino do pulmão. Foi efetuada broncofibroscopia com citologia aspirativa de gânglio do grupo 4R, que foi compatível com metástase de carcinoma neuroendócrino, favorecendo a hipótese de carcinoma medular da tiróide. Na revisão de lâminas da biopsia óssea realizada na nossa instituição, foi confirmado o diagnóstico de carcinoma com origem na tiróide, provável carcinoma medular. Por último, foi efetuada ecografia cervical, que revelou múltiplas formações nodulares tiroideias, bilateralmente, a mais volumosa das quais à direita, e adenopatias latero-cervicais homolaterais. O nódulo maior e uma adenopatia foram submetidos a citologia aspirativa ecoguiada, cujo resultado foi carcinoma medular da tiróide com metástase em gânglio cervical. O doente iniciou terapêutica com Sunitinib. Conclusão: Este caso ilustra a importância da PET-TC FDG-F18 na investigação de tumores de origem desconhecida. De facto, este foi o primeiro exame a sugerir a tiróide como local primário de doença, o que se confirmou após investigação dirigida. Assim, foi possível a instituição da terapêutica adequada. Adicionalmente, detetou locais desconhecidos de metastização, permitindo um correto estadiamento e servindo como exame basal para posterior monitorização da resposta à terapêutica.
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P.18 MIMETIZANDO UM CARCINOMA DO PULMÃO - A PROPÓSITO DE UM CASO CLÍNICO
Sousa Vanessa; Loewenthal Cristina; Vieira M. Rosário Serviço de Medicina Nuclear do Hospital da Luz
Introdução: Os tumores miofibroblásticos inflamatórios, também designados pseudo-tumores inflamatórios, são entidades raras, benignas e controversas no que concerne à sua classificação, diagnóstico diferencial e comportamento biológico, podendo apresentar crescimento rápido e invasão loco-regional. Objectivos: Os autores propõem-se apresentar um caso clínico de um tumor miofibroblástico inflamatório pulmonar, entidade rara e pouco estudada com 18F-FDG PET/CT, que clinica e imagiologicamente mimetiza um carcinoma do pulmão. Métodos e metodologia: Foi efectuada uma revisão dos dados clínicos, laboratoriais e imagiológicos do doente apresentado. Resultados: AJMLVW, 43 anos, do sexo masculino, ex-fumador, recorreu à consulta de Pneumologia do nosso hospital, por quadro de desconforto torácico e dispneia com uma semana de evolução. Objectivamente destacava-se, à auscultação pulmonar, murmúrio vesicular (MV) globalmente diminuído nas bases. Não apresentava febre, hipersudorese ou outros sintomas constitucionais. Sem elevação dos parâmetros de inflamação ou infecção. No decurso da investigação realizou Tomografia Computorizada (TC) torácica que relevou quatro lesões pulmonares nodulares sólidas. Para avaliação da expressão metabólica das lesões foi solicitado 18F-FDG PET/CT que identificou quatro nódulos hipermetabólicos (SUVmax entre 5.5 e 15.9), com volumes entre 15 e 55 cc, um à direita (central) e três à esquerda (dois periféricos e um central) e, pneumotórax à esquerda. Posteriormente, foi efectuada biópsia transtorácica (BTT) de uma das lesões pulmonares que demonstrou poder tratar-se de um tumor miofibroblástico inflamatório primitivo do pulmão, dado o perfil imunocitoquímico. Procedeu-se à terapêutica inicial com corticóides, sem resposta. Por persistência do quadro foi programada ressecção das lesões em dois tempos cirúrgicos, via VATS (cirurgia torácica assistida por vídeo). As cirurgias decorreram sem intercorrências e a avaliação anatomo-patológica das peças confirmou o diagnóstico de tumor miofibroblástico inflamatório, ALK negativo. Tem seguimento de cerca de 5 meses, sem evidência de recorrência das lesões ou dos sintomas. Conclusão: Os tumores miofibroblásticos apresentam uma acentuada proliferação miofibroblástica e celular inflamatória crónica que, quando estudados com recurso a 18F-FDG PET/CT, dada a sua elevada taxa metabólica e capacidade de invasão loco-regional, podem mimetizar uma neoplasia maligna.
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P.19 F-FDG PET/CT: CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL METABÓLICO HEPÁTICO POR DOIS MÉTODOS DISTINTOS DE RECONSTRUÇÃO ITERATIVA 18
I. Rodrigues; A. Martins; J. Pereira; R. Domingos; S. Carmona; P. Almeida; L. Oliveira Joaquim Chaves Saúde – Departamento de Medicina Nuclear, Lisboa
Introdução: Diversas variáveis são consideradas na avaliação do SUV em PET/CT, entre elas o radiofármaco usado, fatores biológicos (peso/superfície corporal do paciente, radioactividade injetada, níveis de glicose no sangue, intervalo entre a injeção do radiofármaco e a aquisição de imagens e movimento respiratório), fatores cinéticos (concentração do radiofármaco nos tecidos), estratégias de análise de imagem e parâmetros de aquisição e reconstrução de imagem (matriz, FOV e iterações). Objetivo: Analisar o perfil metabólico normal hepático através da comparação do seu SUVmax em imagens adquiridas em dois tempos diferentes, utilizando dois métodos de reconstrução distintos. Materiais e métodos: Este estudo retrospetivo inclui 28 pacientes [13M/15F; idade média: 61,4 ± 12,9 anos] com valores de glicémia inferiores a 120 mg/mL e sem patologia hepática (excluída por historial clínico, exames imagiológicos e laboratoriais). O procedimento consistiu na administração de 18F-FDG seguido de um período de repouso e hidratação. Foram adquiridos dois estudos PET/CT (Biograph 6 TrueView PET/CT, Siemens): um estudo de corpo inteiro (CI) desde a base do crânio até à raiz da coxa (Δinjeção-aquisição= 94,4 ± 15,9 minutos) e uma imagem abdominal tardia (IAT) (Δinjeção-aquisição= 180,6 ± 24,1 minutos). A CT foi adquirida em protocolo de baixa-dose. O processamento incluiu análise visual dos cortes tomográficos e cálculo do SUVmax hepático no CI e na IAT, obtidos por dois métodos de reconstrução iterativos diferentes: 2D [8 subsets, 4 iterações, matriz 168x168] e 3D [21 subsets, 3 iterações, matriz 336x336]. Para a análise estatística foi usado o teste t-Student para amostra emparelhada. Resultados: Nas imagens iniciais, a média do SUVmax_2D (2,53 ± 0,43) e SUXmax_3D (2,78 ± 0,58) apresentam diferenças estatisticamente significativas (p<0,01). Na IAT, a média do SUVmax_3D (3,01 ± 0,53) é superior à média do SUVmax_2D (2,63 ± 0,48), sendo esta diferença estatisticamente significativa (p<0,001). Comparando a média do SUVmax_2D e SUVmax_3D do fígado nas imagens WB e IAT verifica-se que existe um aumento nas médias do SUVmax de 3,95% no caso do SUVmax_2D e de 8,27% no SUVmax_3D, no entanto a diferença não é estatisticamente significativa (p>0,01). Conclusão: As diferenças nos métodos de reconstrução que ocorrem com os consecutivos updates de hardware e/ou software podem alterar significativamente os valores de SUVmax, nomeadamente no fígado, conforme demonstrado neste trabalho. O perfil metabólico normal do fígado, parece traduzir-se numa discreta elevação (não estatisticamente significativa) do SUVmax ao longo do tempo, facto que é consistente em ambas as reconstruções.
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P.20 INFLUÊNCIA DE HÁBITOS TABÁGICOS NA CAPTAÇÃO DE 18F-COLINA NOS LOBOS PULMONARES NORMAIS B. Freitas (1,2); A. Canudo (1,2); D. Dantas (1,2); V. Santos (1,2); S. Chaves (1,2); C. Oliveira (1); J. Castanheira (1); D. Costa (1) (1) Champalimaud Centre for the Unknown, Fundação Champalimaud (2) Mercurius Health
Introdução: A colina é um precursor da fosfatidilcolina, um fosfolípido necessário para a síntese da membrana celular. Os tumores malignos apresentam um aumento da síntese de membranas celulares, reflectindo indirectamente a proliferação e multiplicação celulares. Tecidos neoplásicos apresentam captação elevada de 18F-Colina em comparação com tecidos saudáveis, o que permite a identificação e localização de lesões neoplásicas. A captação/acumulação de 18F-Colina não é específica de células neoplásicas e pode acontecer em tecidos granulomatosos. É possível que em patologias que provoquem redução da viabilidade fosfolipídica das membranas celulares, a acumulação de 18F-Colina esteja reduzida. Objectivo: Investigar a influência de hábitos tabágicos na captação de 18F-Colina em pulmões normais, i.e. de indivíduos sem doença pulmonar conhecida. Material e métodos: Foram analisados os estudos de PET/CT com 18F-Colina em 25 pacientes consecutivos e referidos para estadiamento e reestadiamento de neoplasia da próstata, sem doença pulmonar conhecida. De acordo com a história clínica individual dos doentes foram divididos em 3 grupos: fumadores (F = 8), não fumadores (nF = 8) e ex-fumadores (exF = 9). VOIs de 28mm de diâmetro foram usadas nas imagens dos estudos de corpo inteiro obtidas aos 15min pi. As VOIs foram desenhadas nos vários lobos do pulmão esquerdo (lobo superior e inferior) e direito (lobo superior, médio e inferior) em três cortes consecutivos e sempre nos planos axial, sagital e coronal. No final, os SUV máximo e médio foram analisados e comparados entre os diferentes grupos. Resultados: Os SUVs dos diferentes lobos dos pulmões, nos três grupos em estudo, não apresentam diferenças significativas entre eles. Contudo, podemos destacar que, os valores de SUV dos lobos inferiores em todos os grupos, apresentam os valores mais elevados de acumulação de 18F-Colina. Apesar de não haver diferenças significativas, o valor de SUVmáximo pulmonar é distinto nos três grupos estudados: os mais baixos dos três foram observados no grupo F (SUVmax 1.36), seguindo-se por ordem crescente, o grupo dos exF (SUVmax 1.92) e os mais elevados no grupo dos nF (SUVmax 2.11).
Discussão/Conclusão: Esta investigação permite estabelecer mapeamento quantitativo de 18F-Colina pulmonar em indivíduos normais, i.e., sem doença pulmonar conhecida. A maior retenção/acumulação de 18F-Colina nos lobos inferiores é justificavelmente fisiológica. A redução da retenção/acumulação de 18F-Colina nos pulmões dos fumadores pode ser devida a redução da viabilidade metabólica (fosfolipídica) das membranas alvéolo-capilares que necessita de investigação futura para esclarecimento mais correto da sua causa.
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P.21 A IMPORTÂNCIA DA PET/CT COM 18F-FDG NO ESTADIAMENTO E NA AVALIAÇÃO PRECOCE DA RESPOSTA À TERAPÊUTICA COM IMATINIB EM DOENTES COM GIST S. Teixeira (1,2); A. Canudo (1,2); D. Dantas (1,2); D.Costa (1) (1) Champalimaud Centre for the Unknown, Fundação Champalimaud (2) Mercurius Health
Introdução: Os tumores do estroma gastrointestinal (GISTs) são a forma mais comum de sarcomas do trato gastrointestinal. Caraterizam-se por mutações ativantes localizadas nos genes KIT e mais raramente no gene PDGFRA, codificando ambos recetores de tirosina-quinase. O gene KIT é o responsável pela expressão da proteína C-kit e as mutações neste gene podem ocorrer nos exões 9, 11, 13 e 17 sendo o exão 11 a região mais mutada. A terapêutica com os inibidores da tirosina quinase, Imatinib, está indicada no caso de tumores metastáticos, em situações neoadjuvante ou adjuvante. O tipo de mutação está implicado como fator prognóstico, verificando-se uma melhor resposta ao Imatinib nos pacientes portadores da mutação no exão 11, observado através da PET/CT com 18F-FDG. Esta técnica é muito sensível na avaliação da resposta à terapêutica com Imatinib, que tem por si um impacto biológico rápido, sendo a única técnica em que pode ser observada uma resposta metabólica tão cedo quanto 24h após início da terapêutica. Este fato é fulcral para identificar pacientes com resistência primária ao Imatinib que não irão portanto beneficiar com esta terapêutica. A sua resposta máxima é obtida entre 6-12 meses após o início do tratamento. Uma vez que os critérios RECIST para avaliar a resposta de doentes com GIST são insensíveis, Choi et al criou critérios de avaliação da resposta às terapêuticas baseadas nas alterações da densidade e do tamanho tumoral. A combinação desses valores na CT pode prever o tempo de progressão da patologia assim como o SUV máximo na PET/CT. Objetivo: Evidenciar a importância da PET/CT com 18F-FDG na avaliação precoce da resposta à terapêutica em doentes com GIST tratados com Imatinib, permitindo direcionar os doentes consoante alvos moleculares específicos. Material e métodos: Revisão e análise de literatura publicadas desde 2000 até 2011, tendo sido analisados 29 artigos, todos eles em inglês. Resultados: A revisão da literatura mostra que a PET/CT é muito sensível na avaliação da resposta precoce à terapêutica, sendo que a melhor resposta ao Imatinib e maior sobrevida livre de doença se verifica nos pacientes portadores da mutação no exão 11. Conclusões: A biologia molecular assume um papel determinante quanto às novas formas de tratamento para a doença metastática em GIST com resultados eficazes, destacando-se claramente a PET/CT que mostra precocemente resposta à terapêutica.
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P.22 DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DA ACTIVIDADE RESIDUAL EM TANQUES DE DECAIMENTO DE ISÓTOPOS RADIOACTIVOS UTILIZANDO UM MODELO MATEMÁTICO COMPARTIMENTAL J.A.M. Santos; V.M. Antunes Serviço de Física Médica e Centro de Investigação do Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil, E.P.E.
Introdução: No momento de descarga de um tanque de decaimento de isótopos radioactivos para o ambiente, é necessário conhecer a concentração de actividade (Bq/kg ou Bq/litro) de forma a serem cumpridos os limites determinados na legislação portuguesa e nas várias recomendações nacionais e internacionais. Este valor de concentração pode ser obtido pela medida da concentração de actividade ou com o recurso a cálculos (“Orientações para a gestão segura de resíduos radioativos para armazenagem à superfície”, COMRSIN, 2015). A medida directa da actividade pressupõe a utilização de equipamentos específicos, normalmente fora das instalações de um Serviço de Medicina Nuclear. Embora seja um método eficaz, é no entanto demorado pois implica a recolha de amostras e, muitas vezes, o transporte destas entre instituições. Para um número de tanques reduzido, este tempo pode ser um factor crítico. Objectivo: Apresenta-se uma metodologia robusta de cálculo da concentração da actividade residual em tanques de decaimento utilizando um modelo compartimental que pode ser facilmente posto em prática utilizando uma folha de cálculo. Métodos: O modelo baseia-se na previsão da dependência temporal da actividade e do volume dentro do tanque. Esta dependência temporal é obtida pela resolução de uma equação diferencial à qual se aplicam as condições fronteira apropriadas e é dependente de vários parâmetros (e.g. volume do tanque, número de doentes, actividades administradas, fracção de fixação média a longo prazo por doente, número e semivida dos isótopos considerados e volume médio diário). Resultados: A evolução da concentração de actividade em função do tempo é obtida quer para a fase de enchimento quer para a fase de decaimento. Este cálculo pode ser aplicado a um número de tanques arbitrário, N (n = 1, 2, …, N) contendo apenas um ou vários isótopos radioactivos. São apresentadas as curvas de concentração de actividade nestas duas fases para várias situações (e.g. tanques com diferentes volumes, diferentes isótopos, etc.) e estudados os valores de vários parâmetros em situações tipo de internamento para terapêutica metabólica com 131-iodo. Vários cenários são simulados, adaptando-os a situações específicas e obtendo-se os parâmetros críticos para o cumprimento dos limites estabelecidos. Conclusões: Esta metodologia revela-se uma ferramenta útil, quer para o desenho e projecto de novos tanques de decaimento, quer para o cumprimento das últimas recomendações da Directiva 2013/59/ Euratom e da COMRSIN (Dec.Lei nº 30/2012 de 2012; Dec.Lei nº 156/2013 de 5 de Novembro) relativamente ao cálculo e registo de actividades libertadas para o ambiente.
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P.23 COMPARAÇÃO DE VÁRIOS MÉTODOS DE CÁLCULO DE DOSE PARA RADIOEMBOLIZAÇÃO HEPÁTICA UTILIZANDO MICROESFERAS COM ÍTRIO-90 J.A.M. Santos (1); V.M. Antunes (1); L.G. Costa (2) (1) Serviço de Física Médica e Centro de Investigação e (2) Serviço de Medicina Nuclear do Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil, E.P.E.
Introdução: De acordo com a Directiva 2013/59/Euratom, para fins radioterapêuticos, especificando claramente que se inclui nesta definição as terapêuticas de Medicina Nuclear, as exposições dos volumes alvo devem ser individualmente planificadas. A sua realização deve ser verificada de forma adequada, tendo em conta que as doses para volumes e tecidos não-alvo (e.g. órgãos de risco) devem ser tão baixas quanto razoavelmente possível e serem conforme a finalidade radioterapêutica da exposição. Estas recomendações colocam a dosimetria na Radioterapia em Medicina Nuclear ao mesmo nível da dosimetria na Radioterapia Externa ou na Braquiterapia. Na terapêutica com microesferas de ítrio-90, são normalmente consideradas três formas de determinação da actividade a administrar, com diferentes graus de efectividade e/ou individualização do cálculo da distribuição de dose: o método empírico, o método da superfície corporal (BSA) e o método da partição. Objectivo: A acuidade do cálculo da distribuição de dose no fígado foi comparado para estes três métodos. Serão considerados exemplos típicos de características morfológicas de doentes para o cálculo das diferenças obtidas. O método da partição foi aplicado utilizando imagens tomográficas SPECT e imagens planares. Métodos: Antes da realização do tratamento, são realizadas imagens com tecnécio-99m MMA, simulando a aplicação posterior das microesferas de ítrio-90, para a quantificação do shunt pulmonar, cálculo da distribuição das microsferas na região extra e intra-hepática e cálculo da distribuição da dose, podendo ser estabelecidos limites nos pulmões e no parênquima normal maximizando a dose no tumor. O cálculo da dose efectivamente depositada pode ser realizado também depois da implantação das microesferas, com base nas imagens obtidas com a radiação de Bremsstrahlung do ítrio-90. Resultados: O cálculo efectuado com estes três métodos, mostra que há diferenças consideráveis entre eles para um mesmo doente (> 20%). O método empírico é o mais rudimentar dos três, havendo apenas um nível de individualização mínimo, enquanto o método da partição, embora seja o mais preciso, está dependente de vários factores críticos. A não localização exacta das microsferas no interior do tumor mostrou ser o maior factor de erro assim como a deposição de doses consideráveis em tecido normal. Conclusões: Mostrou-se a necessidade de novas metodologias de cálculo de dose para esta modalidade terapêutica, utilizando métodos de partição mais elaborados. Nomeadamente, a possibilidade de criação de histogramas dose-volume, à semelhança da Radioterapia Externa, de forma a poder-se estimar o risco-benefício deste tratamento no caso em que parênquima hepático normal é irradiado com doses elevadas.
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P.24 INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA DE ARMAZENAMENTO E IDADE DAS FRAÇÕES APÓS FRACIONAMENTO DE KITS DE HMDP PARA MARCAÇÃO COM 99mTc V. Santos (1,2); A. Canudo (1,2); D. Costa (1); B. Martins (2); A. Paulo (3); L. Gano (3) (1) Champalimaud Centre for the Unknown, Fundação Champalimaud (2) Mercurius Health (3) Centro de Ciências e Tecnologias Nucleares, Instituito Superior Técnico, Universidade de Lisboa
Introdução: Dada a atual conjuntura económica e social, é fulcral rentabilizar os recursos nos serviços de Medicina Nuclear, de modo a reduzir os custos, nomeadamente na gestão dos radiofármacos utilizados. Assim, os procedimentos devem ser otimizados e novas estratégias definidas, sem comprometer a qualidade dos radiofármacos e, consequentemente a realização dos exames de diagnóstico e/ou terapia. Idealmente, um frasco de liofilizado deveria ser utilizado para vários pacientes. Contudo, devido à dinâmica de trabalho, frequentemente é utilizado num número de pacientes inferior à sua capacidade máxima, contribuindo para o aumento dos custos. O fracionamento de kits frios, ou seja, não marcados, pode constituir uma mais-valia, sendo importante avaliar a sua influência na qualidade do produto final. Objetivo: Avaliar a influência das condições de armazenamento de frações de HMDP (hidroximetileno difosfonato - Osteocis®), no pH, pureza radioquímica e na biodistribuição em modelo animal, ao longo de uma semana, após marcação com 99mTc. Material e métodos: Como controlo, utilizou-se 1 frasco de kit frio de HMDP marcado com 99mTc, isto é, não fracionado (frasco padrão). Os fracionamentos realizaram-se numa segunda-feira. Utilizaram-se 2 frascos de kits frios de HMDP, inicialmente reconstituídos com 5ml de NaCl (0,9%), e fracionados em 5 amostras de 1ml cada (total de 10 frações). Imediatamente após o fracionamento, uma amostra foi marcada com 99mTc, não tendo sido sujeita a alterações de temperatura provenientes do local de armazenamento. As restantes amostras foram armazenadas num refrigerador (4 frações) e num congelador (4 amostras). Diariamente, ao longo da semana de trabalho, foram retiradas 2 frações (refrigerada e congelada), para marcação com 99mTc. Determinou-se o pH e a pureza radioquímica e efetuaram-se medições de atividades nos principais órgãos, em murganhos Balb C, das frações e do frasco padrão. Resultados: O pH do frasco padrão e das frações manteve-se constante. Os valores de pureza radioquímica das frações variaram entre 91% e 98%, sem diferenças significativas entre frações refrigeradas e frações congeladas. O frasco padrão apresentou uma pureza radioquímica de 98%. Os perfis de biodistribuição em modelo animal foram similares entre o frasco padrão e as frações. Conclusão: Os resultados confirmam que é possível fracionar kits de HMDP em 5 amostras de 1ml cada, para utilização ao longo de uma semana de trabalho. O armazenamento das frações pode ser feito num refrigerador ou num congelador.
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P.25 Tc/188Re-ÁCIDO FOSFÓNICO POLIETILENOIMINOMETIL (PEI-MP), COMO POTENCIAIS COMPLEXOS PARA A IMAGIOLOGIA E TERAPIA DE CANCRO DA BEXIGA: UMA AVALIAÇÃO IN VITRO 99m
S. Ferreira (1,2,3); A. M. Abrantes (1,4,5); M. Laranjo (1,4,5); J. Casalta-Lopes (1); A. C. Gonçalves (4,6); A. B. SarmentoRibeiro (4,6); J. Zeevaart (7); W. Louw (7); C. Pais (2); I. Dormehl (8); M. F. Botelho (1,4,5) (1) Unidade de Biofísica, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal (2) Centro de Biologia Molecular e Ambiental, Escola de Ciências, Universidade do Minho, Braga, Portugal (3) Curso de Medicina Nuclear, Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Instituto Politécnico do Porto, Porto, Portugal (4) Centro de Investigação em Ambiente, Genética e Oncobiologia, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal (5) Instituto De Imagem Biomédica e Ciências da Vida, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal (6) Grupo de Biologia Molecular Aplicada e Hematologia, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal (7) Departamento de Radioquímica, NECSA, Pretoria, África do Sul (8) Departamento de Medicina Interna, Universidade de Pretoria, África do Sul
Introdução: O Ácido Fosfónico Polietilenoiminometil (PEI-MP) foi sintetizado para o tratamento paliativo de metástases ósseas, após radiomarcação adequada. Os estudos de biodistribuição com o PEI-MP radiomarcado, mostraram a parede da bexiga como um órgão crítico, demonstrando a afinidade do PEI-MP para células da bexiga e, possivelmente, para as células do cancro da bexiga. O objetivo deste trabalho foi verificar in vitro o potencial do 99mTc-PEI-MP para a imagiologia e o 188Re-PEI-MP para terapia de cancro da bexiga. Material e métodos: Foi utilizada a linha celular humana de carcinoma de células transicionais da bexiga (HT-1376). A atividade metabólica, viabilidade celular e stresse oxidativo foram avaliados após a exposição ao PEI-MP. A pureza radioquímica do 99mTc/188Re-PEI-MP foi determinada por microcromatografia ascendente. Para determinar a hidrofilicidade do 99mTc-PEI-MP, foi calculado o coeficiente de partição 1-octanol/água. Estudos de captação e retenção celular foram realizadas utilizando o 99mTc-PEI-MP, 188 Re-PEI-MP, 99mTc-Pertecnetato e 188Re-Perrenato. Amostras de células foram recolhidas durante quatro horas, centrifugadas para separar o pellet do sobrenadante. Subsequentemente, a radioactividade de cada secção foi contada para determinar a percentagem de captação e retenção. Resultados: Os resultados demonstraram que a actividade metabólica celular não se alterou significativamente após exposição ao PEI-MP, mantendo-se ≥100%. A viabilidade celular não sofreu alterações significativas, mantendo-se >82%. A pureza radioquímica demonstrou ser elevada para o 99m Tc-PEI-MP (89-92%) e 188Re-PEI-MP (81-90%). O coeficiente de partição do 99mTc-PEI-MP variou entre -3,28 e -3,82, demonstrando a solubilidade em água. A captação máxima de 99mTc-PEI-MP (1,16) e 188RePEI-MP (9,88), mostrou-se significativamente superior (p = 0,001, nível de significância de 5%) à do 99mTcPertecnetato (0,27) e 188Re-perrenato (0,16), respectivamente. A retenção mínima do 99mTc-PEI-MP (3,89) e 188Re-PEI-MP (45,67), demonstrou ser significativamente superior (p <0,001, nível de significância de 5%) à do 99mTc-Pertecnetato (1,03) e 188Re-perrenato (0,24), respectivamente. Conclusões: Os resultados demonstraram que a PEI-MP não é citotóxico para as células de cancro da bexiga, e pode ser utilizado como veículo. O elevado grau de pureza radioquímica de 99mTc/188Re-PEI-MP revelou a estabilidade da formulação do kit. O 99mTc-PEI-MP demonstrou o seu carácter hidrofílico que, teoricamente, poderia ser uma vantagem em termos de captação desnecessária pelo fígado e tecido adiposo, e também uma excreção renal rápida. Os altos valores de captação e retenção do 99mTc/188RePEI-MP, demonstraram a afinidade do PEI-MP para as células de cancro da bexiga, revelando que o 99mTcPEI-MP e 188Re-PEI-MP poderiam ser excelentes agentes para imagiologia in vivo e terapia de cancro da bexiga.
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P.26 Tc/188Re-ÁCIDO FOSFÓNICO POLIETILENOIMINOMETIL (PEI-MP), COMO POTENCIAIS COMPLEXOS PARA A IMAGIOLOGIA E TERAPIA DE CANCRO DA BEXIGA: UMA AVALIAÇÃO IN VIVO 99m
S. Ferreira (1,2,3); A. M. Abrantes (1,4,5); M. Laranjo (1,4,5); J. Casalta-Lopes (1); A. C. Gonçalves (4,6); A. B. SarmentoRibeiro (4,6); J. Zeevaart (7); W. Louw (7); C. Pais (2); I. Dormehl (8); M. F. Botelho (1,4,5) (1) Unidade de Biofísica, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal (2) Centro de Biologia Molecular e Ambiental, Escola de Ciências, Universidade do Minho, Braga, Portugal (3) Curso de Medicina Nuclear, Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Instituto Politécnico do Porto, Porto, Portugal (4) Centro de Investigação em Ambiente, Genética e Oncobiologia, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal (5) Instituto De Imagem Biomédica e Ciências da Vida, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal (6) Grupo de Biologia Molecular Aplicada e Hematologia, Faculdade de Medicina, Universidade de Coimbra, Coimbra, Portugal (7) Departamento de Radioquímica, NECSA, Pretoria, África do Sul (8) Departamento de Medicina Interna, Universidade de Pretoria, África do Sul
Introdução: O Ácido Fosfónico Polietilenoiminometil (PEI-MP) foi sintetizado para o tratamento paliativo de metástases ósseas, após radiomarcação adequada. Os estudos de biodistribuição com o PEI-MP radiomarcado, mostraram a parede da bexiga como um órgão crítico, demonstrando a afinidade do PEI-MP para células da bexiga e, possivelmente, para as células do cancro da bexiga. O objetivo deste trabalho foi verificar in vivo o potencial do 99mTc-PEI-MP para a imagiologia e o 188Re-PEI-MP para terapia de cancro da bexiga. Material e métodos: A pureza radioquímica do 99mTc/188Re-PEI-MP foi determinada por microcromatografia ascendente. Os estudos in vivo foram realizadas utilizando quatro grupos de ratinhos balb/c nu/nu sem tumor e outros quatro com xenotransplantes de carcinoma da bexiga, onde foi administrado 99mTc-PEI-MP, 99m Tc-Pertecnetato, 188Re-PEI-MP ou 188Re-Perrenato. Após a administração, foram adquiridas imagens estáticas e dinâmicas até aos 120 e 240 minutos, sendo os ratinhos posteriormente sacrificados. Foram recolhidas amostras de órgãos, pesadas e contada a actividade num contador de poço, para obter percentagem actividade injectada por grama de órgão. As razões tumor/músculo, tumor/bexiga, tumor/ fígado, tumor/pulmão e tumor/osso foram determinadas considerando a origem do cancro do cancro da bexiga e os órgãos alvo de metastização à distância. Resultados: As imagens e estudos de biodistribuição demonstraram a captação do 99mTc-PEI-MP e 188RePEI-MP pelos rins e bexiga. Também foi verificada captação pulmonar. Os estudos de biodistribuição demonstraram a captação pelo fígado, vesícula biliar e bílis indicando outras vias de excreção. Verificouse a captação pelos xenotransplantes nas imagens e estudos de biodistribuição. A razão tumor/músculo foi >1, mas as razões tumor/bexiga, tumor/fígado, tumor/pulmão e tumor/osso foram significativamente <1. Conclusões: O 99mTc-PEI-MP e 188Re-PEI-MP são excretados principalmente por via renal, e uma pequena parte através do sistema hepatobiliar. A retenção nos pulmões pode estar relacionada com a grande dimensão dos complexos, ficando presos nos capilares sanguíneos. A captação pelo xenotransplante demonstrou a afinidade do PEI-MP pelas células do cancro da bexiga, podendo também estar relacionado com o efeito do aumento da permeabilidade e retenção. A razão tumor/músculo >1 pode ser uma vantagem para a imagiologia com 99mTc-PEI-MP, no sentido de determinar o grau de invasão muscular do cancro da bexiga. As razões tumor/bexiga, tumor/fígado, tumor/pulmão e tumor/osso, indicam que teoricamente o tumor e as metástases surgiriam nas imagens como lesões frias, sendo possível a sua identificação nas imagens. No entanto a terapia com 188Re-PEI-MP não seria possível considerando a alta dosimetria para órgãos não-alvo.
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P.27 EVOLUÇÃO DAS ACTIVIDADES ADMINISTRADAS DE 18F-FDG NUM CENTRO PET EM PORTUGAL E A SUA CORRELAÇÃO COM A ALTERAÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES EUROPEIAS AO LONGO DE UM PERÍODO DE 10 ANOS V.M. Antunes (1); H. Duarte (2); J.A.M. Santos (1) (1) Serviço de Física Médica e Centro de Investigação e (2) Serviço de Medicina Nuclear do Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil, E.P.E.
Introdução: A Directiva 2013/59/Euratom obriga à utilização de níveis de referência de diagnóstico tendo em conta os recomendados a nível Europeu. Ao longo dos anos as recomendações para as actividades administradas (AA) de 18F-FDG em PET tem sofrido alterações que acompanham em parte a evolução dos equipamentos. Em 2003, Bombardieri et al (European Journal of Nuclear Medicine and Molecular Imaging, 2003, 30:BP115-BP124) indicaram que para um PET com cristais BSO a actividade a administrar ao doente deveria ser 6 MBq/Kg. Boellaard et al (European Journal of Nuclear Medicine and Molecular Imaging, 2010, 37:181-200) sugeriram que a actividade administrada de FDG fosse 13,8 (MBq.min. bed-1.kg-1) xPeso (Kg)/(min/bed) para câmaras que usassem sistemas LSO, L(Y)SO e GSO. Jamar et al (The Journal of Nuclear Medicine, 2013, 54(4):647-658) referem que em 2013 a actividade administrada na Europa se encontrava entre 2,5 e 5 MBq/Kg para aparelhos PET que operem em modo 3D. Mais recentemente, Boellaard et al (European Journal of Nuclear Medicine and Molecular Imaging, 2015, 42:328-354) publicaram novas recomendações onde propõem um modelo linear em que a actividade mínima recomendada é 14 (MBq.min.bed-1.kg-1)xPeso (Kg)/(min/bed) e um modelo quadrático onde a actividade é obtida por 1050 (MBq.min.bed-1.kg-1)x(Peso (Kg)/75)2/(min/bed). Objectivo: Este estudo pretendeu avaliar e comparar as AA em procedimentos de PET com 18F-FDG ao longo do tempo (mais de 10 anos) numa instalação de PET/CT em território nacional, com os níveis de referência propostos em protocolos europeus. O equipamento PET/CT foi o mesmo ao longo de todo este período. Material e método: As AA, assim como a idade e o peso dos doentes, foram obtidos retrospectivamente de uma amostragem de 1759 estudos de corpo inteiro com 18F-FDG ao longo de 10 anos. As actividades médias absolutas e por unidade de massa foram calculadas, assim como o seu desvio padrão. Resultados: Na fase inicial do período em análise, os doentes foram injectados com uma actividade média de 18F-FDG de 5,52±1,28 MBq/Kg. Em 2015 as actividades médias foram 4,67±1,25 MBq/Kg. Estes resultados foram comparados com todas as recomendações mencionadas na Introdução. Conclusão: Nesta instituição as actividades médias tenderam a diminuir com o tempo, seguindo a tendência das recomendações ao longo do período em estudo. Os resultados, tornam evidente a necessidade de haver outras instituições a reportarem as suas AA de modo a se estabelecerem os níveis de referência de diagnóstico nacionais e a compará-los com os de outros países Europeus.
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