MUSEU HABITAR
2019
Projeto sobre o Museu Habitar, que tem como tema fundamental a Habitação Social, seguido de um anexo com 4 blocos de habitação social; ministrado e assessorado pelas professoras Ana Luisa Rolim e Andrea Câmara e pela monitora Amanda câmara, de autoria dos alunos Germana Tinôco e João Vitor Macêdo.
habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ hab
APRESENTAÇÃO
habitar _ habitar _ habitar museu e habitação social
01
03
diagrama de palavras
05 07
edificação proposta
09 11
planta de implantação e coberta
perspectiva
13
15
diagramas projetuais
perspectivas acessos
17
19
planta baixa térreo
perspectivas internas
21
23
garagem
fotos maquete física memorial
25 27
perspectivas habitacional
planta baixa (1° e 2° pavimento)
29 35
corte aa’ e corte bb’
39 41
fachadas
corte detalhado
r _ habitar _ habitar _ habitar
planta pavimento tipo habitacional
museu e habitação social A falta de investimentos em habitação social por parte do governo é um dos maiores problemas da população brasileira de baixa renda. De acordo com uma pesquisa da FGV (Fundação Getúlio Vargas) em parceria com a Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), o Brasil tem um déficit habitacional de 7,78 milhões de moradias. O número de habitações precárias e de adensamento excessivo (muitas pessoas morando no mesmo lugar) chega a mais de 1,2 milhão. Diante desse contexto, refletir sobre as possíveis soluções para a habitação social é um assunto de interesse público e, principalmente, de arquitetos e urbanistas. Habitação social é um conjunto de iniciativas, de origem pública ou privada, que tem como objetivo facilitar o acesso à moradia da população considerada de baixa renda. Os imóveis oferecidos em programas de habitação social têm condições de pagamento mais acessíveis do que aqueles do mercado imobiliário tradicional. A primeira forma de habitação social foi criada em Helsinki, na Finlândia, em 1909. Projetos semelhantes também ganharam forças nos EUA e na Europa Ocidental, principalmente após a Segunda Guerra Mundial. Quando fala-se em habitação de interesse social no Brasil, os empreendimentos que alcançam a maior parte da população são subsidiados pelo governo. Eles buscam atender principalmente as famílias com renda familiar mensal de até 3 salários mínimos. Já em relação aos investimentos de estados e municípios na habitação social, o que se vê são iniciativas quase inexpressivas. Em uma metrópole do porte de Recife, onde as desigualdades socioeconômicas fragmentam o espaço urbano, as habitações sociais são intervenções pontuais que, se corretamente desenvolvidas e aplicadas, integram os moradores à cidade caótica.
Por falar em Museu, ele tem como definição: “uma instituição permanente, sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público e que adquire, conserva, investiga, difunde e expõe os testemunhos materiais do homem e de seu entorno, para educação e deleite da sociedade”. Ou seja, difundir para a população do Estado de Pernambuco e Brasil a fora a história de um assunto tão mistificado e tão pouco falado no país, fazendo com que hajam discussões sobre ele e possivelmente ações do Governo para melhoria como um todo das Habitações Sociais do país.
habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ hab
Esse é o principal objetivo do conjunto Museu de Habitação Social com Edifícios de Habitação Social: ligar dois lados da cidade que se afastaram, trazendo moradia de qualidade e segura para quem precisa e conhecimento para toda população sobre o assunto, contando a história das habitações sociais, como começaram, principais obras e arquitetos; ou seja, instruindo ainda mais a população sobre um assunto que não é debatido nem investido no Brasil. O Museu Habitar torna-se um dos pioneiros a tratar deste assunto como um todo em um Museu. Contará com exposições permanentes e temporárias, onde seu acervo pode e deve ser constantemente trocado, até porque ele retrata histórias, e histórias são mutáveis o tempo todo.
DA CONSTRUÇÃO... VIDA
HISTORIA
MEMÓRIA TRABALHADORES
PROJETISTAS
PESSOAS MORADORES HABITAÇÃO SOCIAL
SENTIDOS IMERSÃO
ESTÍMULOS
ESPIRAL LIGAÇÃO
PÁTIO
DESCONSTRUÇÃO ESCALONAMENTO
PERMEABILIDADE
FORMA EXPOSIÇÃO
BLOCOS
...AO MORAR.
maquete fĂsica geral vista superior
maquete fĂsica geral isometria
maquete fĂsica geral detalhe
habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ hab
maquete fĂsica geral vista av. mĂĄrio melo
Memorial O foco primordial do Museu Habitar é retratar a vida das pessoas que fazem e fizeram parte da habitação social, trabalhadores, projetistas, moradores, em suma, contar a história das moradias através das pessoas. A forma da edificação em blocos que se fecham em si mesmos remete a própria exposição do Museu, permitindo conexões, expansões, ligações entre blocos, permeabilidade (espaços vazados) e escalonamentos de alturas; que refere-se às construções das edificações de Habitações Sociais, que muitas vezes são feitas de forma desordenada e expansíveis. A forma do edifício é uma desconstrução espiralar, que na matemática entende-se como uma curva plana que gira através de um ponto central, se afastando ou se aproximando. A desconstrução se deu através da criação de um grande pátio interno, ligando os blocos entre si e os blocos para com a rua, sendo um edifício do tipo conector. O percurso interno entre os blocos se dá por grandes rampas, onde através delas os visitantes podem apreciar as obras ali expostas. Ora descendo as rampas, ora subindo, podendo também passar para outra exposição sem precisar passar por todo percurso planejado. Fora a parte artística do Museu, conta-se com sala de aula, sala de estudo em grupo e sala de computação, além de um auditório com capacidade para 82 pessoas sentadas. Foram criadas também áreas de descompressão, através da lojinha, que faz parte do percurso obrigatório do Museu, localizando-se no fim dele, como também um Restaurante no térreo com acesso à um Rooftop, capaz de proporcionar uma melhor experiência aos clientes. Ambos os espaços localizam-se no térreo, para funcionarem de forma convidativa para o Museu.
Nos Edifícios de Habitação Social, foi usado a mesma estratégia do Museu quanto a materialidade: áreas em destaque com madeira e vidro e áreas privadas em concreto. O partido do Edifício baseia-se em uma das formas do Museu, onde foi-se abstraindo até chegar em tal projeto. Conta-se com 4 blocos unidos por um pátio central, onde cada um possui sua portaria e apartamentos com tipos e tamanhos diferentes, atendendo a todas as necessidades: plantas com 55m2 até plantas com 105m2. O térreo de todos os edifícios é uma grande área de encontro, com espaços para lazer, festas e estudos. A escolha de uma maior verticalização para o Edifício de Habitação Social aconteceu através de um estudo do entorno, onde percebeu-se que os edifícios para o lado da Rua São Geraldo possuem gabaritos mais altos, capaz de conversarem com o projeto proposto. Entretanto, para o Museu, foram adotados gabaritos menores, já que ele está muito mais próximo à Rua Rocha Pita, cercada de casas de 2 pavimentos, e da Rua da Fundição, onde também não há construções altas. Eles destoam em altura, mas era necessário para gerar uma maior conexão com entorno, fortalecendo o partido de Edifícios Complexos do tipo Conectores.
habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ hab
A materialidade usada em toda edificação se baseou em 4 tipos: - Madeira - Aço - Vidro - Concreto aparente As áreas mais nobres do Museu, ou seja, sua exposição, receberam a madeira como pele, pois ela em forma de ripado é capaz de bloquear ou permitir a entrada da luz natural em determinados ambientes. Já a entrada principal e a entrada do restaurante e da loja, receberam o vidro como principal material, capaz de mostrar o que há dentro e induzir as pessoas a entrarem. Já os blocos de depósito, guarda volumes e banheiros, mantiveram-se no concreto, para não chamarem mais atenção do que os blocos primordiais do Museu.
Planta de implantação e coberta esc: 1/750
Diagramas Projetuais
o
s
esquema de orientação solar e incidência dos ventos
N
l
diagrama de fluxo
habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ habitar _ hab
vista isomĂŠtrica geral
perspectiva externa - acesso rua rocha pita
perspectiva externa - acesso av. mรกrio melo
9
legenda 1 LOJA 2 CAFÉ 3 BWC
4 GUARDA VOLUMES 5 ENTRADA /BILHETERIA 6 EXPOSIÇÃO
7 DEPÓSITO 8 CARGA E DESCARGA 9 TÉRREO HABITACIONAL
ACESSO 6
5
4
6
8
2 6
ACESSO
3
1 7 ACESSO
planta baixa térreo 0
5
10
15
25
50
perspectiva interna - café
perspectiva interna - exposição
perspectiva interna - entrada museu
perspectiva interna - entrada/bilheteria
planta baixa SUBSOLO
TIPO 1 2
BLOCO A
QUANTIDADE 1 1
ÁREA 75m² 72m² B
BLOCO B
TIPO 1 2
QUANTIDADE 1 2
TIPO 1
QUANTIDADE 3
TIPO 1
ÁREA 105m² 72m²
BLOCO C
ÁREA 55m²
BLOCO D
QUANTIDADE 2
ÁREA 60m²
C
D
A
planta baixa HABITACIONAL PAVIMENTO TIPO 0
5
10
15
25
perspectiva externa - habitacioanal
perspectiva interna - tĂŠrreo habitacional
perspectiva externa - habitacioanal
perspectiva interna - entrada
6
6
6
6
6
legenda 6 EXPOSIÇÃO 10 SALAS DE ESTUDO /AULA 11 ROOFTOP CAFÉ
11 10
planta baixa 1° pavimento 0
5
10
15
25
6
6
legenda 6 exposição 12 auditório
12
planta baixa 2° pavimento 5
10
15
25
legenda 2 café 6 exposição 10 salas de aula
11 rooftop café 12 auditório 13 administração
13
12 6
6
10
11 2
corte aa’ esc: 1/450
1
legenda 1 loja 3 bwc
5 entrada/bilheteria 11 rooftop cafĂŠ
11
5 3
corte bb’ esc: 1/250
corte detalhado
paginação de fachada
0
5
0
10
5
10
15
15
25
25
fachada av. mรกrio melo
fachada rua rocha pita
0
5
10
0
15
5
25
10
15
fachada rua da fundição
25
fachada rua são geraldo
GERMANA E JOÃO VITOR
ATELIER DE PROJETO 7