Robgol Lendas

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ROBGOL

LENDAS

Caio, o destruidor

Renato, o flutuador Mello, o presidente

Mauro, o imortal

Serpa, o atirador Andrey, o polivalente

Rodrigo, a muralha

Pedro, o incansável

Nicolas, o mágico

ED

28 PÁGINAS!

IÇÃ O

ES PE

CIA

L!

10 ENTREVISTAS EXCLUSIVAS!



Carta ao leitor

ROBGOL

Uma singela homenagem

Capa, edição, planejamento gráfico e editoração eletrônica: João Vítor Roberge

LENDAS

D

Misses e místeres;

Textos: João Vítor Roberge

ois anos depois da publicação do Almanaque Robgol, é hora de dar mais um presente ao maior evento esportivo do Jornalismo UFSC. Coincidentemente, são ideias que vêm depois de meu time ter conquistado o título. Mas não vamos nos prender nos pequenos detalhes. Já são quase seis anos desde a primeira Robgol moderna, sob gestão da AAGB, em 2011, e quase dez desde as primeiras edições da Robgol. E diversos jogadores marcaram seu nome na história desta competição, que aos poucos tentamos resgatar. Diferente do Almanaque, esta edição não é sobre equipes. É sobre os atletas. São dez entrevistas exclusivas e inéditas com jogadores fizeram, fazem ou farão história na Robgol. Desde Mauro, monumento vivo ao futebol aquariano, passando por Renato, Nicolas, Carlos e Rodrigo “capita”, ídolos históricos com passagens marcantes, até Serpa, já campeão em 15.2, e Andrey, que ainda engatinha com o Confrades nos fins de semestre da Robgol. Em resumo, nesta edição especial você vai ter mais do que números, participações, títulos, estatísticas. Diversas das entrevistas utilizam dose de humor e até mesmo de mentira. Entrevistei todo mundo por Facebook ou e-mail, não fui até as cidades de cada um. Também não fui num saloon ver Pedro Cureau jogar canastra. Eu espero que você perceba onde estão as verdades e onde estão as brincadeiras na revista. E diferentemente dos meus tempos de desempregado ou estudante, tenho muito menos tempo para me dedicar à Robgol, e sei que é uma inversão de valores. Por isso não pesquisei mais gente, por isso tem errinhos de digitação, por isso a capa e a diagramação tá meia-boca. E já faço aqui minha defesa devido à ausência dos times femininos, mais uma vez. As diversas mudanças de nome dificultam muito a pesquisa histórica neste meu hobby. E eu gosto de brincar com o torneio masculino, onde acabo tendo mais liberdade e facilidade e, afinal, é o torneio que disputo há cinco anos. À esquerda vocês conferem todas as capas de evento do Facebook (não existia capa de Facebook em 2012). E nas próximas páginas, vocês conferem mais uma parte da Robgol eternizada. Boa leitura. Abraços;

João Vítor Roberge

bicampeão da Robgol (15.1 e 16.1) RobRaça 2012, 2015.1 e 2015.2

Distribuição: online Fotos e colaboração: Associação Atlética Graus Bons Fechamento: 30 de junho de 2017


HALL DA FAMA

J

á são nada menos que nove edições da Robgol moderna, organizada pela Associação Atlética Graus Bons. De lá para cá, quatro clubes conquistaram o título no torneio masculino, e 29 felizardos já tiveram a rara oportunidade de gritar “é campeão”. Já se passaram seis anos desde que os Comunas venceram a primeira edição, quando nenhum dos times que disputariam as edições seguintes haviam sido fundados. O surpreendente título do estreante Satisfação naquela Robgol 2014.1 (renateada, realizada em agosto) na PK&M8 completará três anos em 2017. Há dois anos, o Cambada de Biscate saía da fila quebrando a invencibilidade do Satisfação e goleando os então imbatíveis Comunas na final. Há um ano e meio, o

Sem Maldade saía do status de time extinto para tirar o bicampeonato biscatiano, numa final que contou com catimba, virada e jogador expulso para o time laranja. E em muito breve, será realizada a 10ª edição da Robgol moderna. Surgirão novas equipes, novos líderes, novos heróis e novos sacos de pancada, ainda que não tenha mais bobo na Robgol. Muito provavelmente, um quinto campeão, dependendo de que times irão se inscrever no torneio. O tempo passa e é inevitável que grandes esquadrões e craques históricos fiquem para trás, perdendo a batalha contra o tempo. Afinal, não são todos que conseguem, semestralmente, estar em quadra a partir das 8h de um domingo de primavera ou inverno. Neste sentido, o cuidado com a his-

tória desta tradição do curso se torna importantíssimo. Na verdade nem tanto, mas para a paixão por resgates histórico-esportivos deste que vos escreve e de outros fãs do maior espetáculo do Jornalismo UFSC, sim. Então, preservando a memória destes craques e times que podem deixar o circuito competitivo a qualquer momento, Robgol Lendas traz um pouco sobre os quatro times que já levantaram as caixas de cerveja da competição: Comunas, Satisfação, Cambada de Biscate e Sem Maldade. Talvez em 2017.1 surja um novo time para este Hall da Fama, se nossa editora não falir e se ainda tivermos saco e tempo para parirmos uma revista a dias da Robgol. Relembre os quatro dream teams:

Comunas Eles deixaram o circuito após 13.2, vencendo as quatro primeiras edições da Robgol moderna. E golearam em todas as finais. Os camaradas Rodrigraus, Nathan, Gian, Dani, Pismel e Cambu construiram seu império (por mais contraditório que seja) em dois anos. Os Comunas retornaram em 15.1, mas desta vez acabaram com o vice. A Cambada de Biscate, vice dos Comunas em 2012, havia crescido e conseguiu superar o insuperável. O exército vermelho do Jor tem hoje cinco participações, cinco finais, quatro títulos, um vice. Em 2012, aplicaram a maior goleada da história da Robgol: 12x0 sobre o Macrovita/Colinense.

Satisfação Poucos poderiam imaginar que as turmas 13.1 e 14.1 fossem construir um time tão poderoso. Demeneck, Pará e Zica vinham de temporadas fracas por Valdoni Begins e Hélio Schuch. Mas quando encontraram Rodrigo, Carlos, Neri e Falluh, surgiu a receita dos títulos e de uma fortaleza defensiva. Veteranos e calouros se uniram na Robgol 2014.1 renateada e desbancaram os favoritos com 100% de aproveitamento, deixando os Biscates com o segundo vice. Em 2014.2, novo título invicto, com 1x0 na final sobre os Bigodes e um gol chorado de Falluh. Após boas campanhas e um fiasco em 16.1 repleto de desfalques, o Satisfação entrará em hiato nesta temporada.

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Biscates Quando aquele time amarelo dos calouros 12.2 estrearam com vitória sobre ninguém menos sobre os Comunas, já dava para perceber que estava nascendo uma grande potência. A Cambada de Biscate jamais jogou uma Robgol sem brigar pelo título. Reforços começaram a vir a partir de 2013.2, e o time foi amadurecendo rumo ao título. As últimas três finais de Robgol tiveram a presença dos Biscates, que conquistaram o título em 15.1 e 16.1 Em 2015.2, o título escapou na final de virada, contra o incansável Sem Maldade. Mesmo com o desmanche do elenco e a ameaça de extinção, o time de Nico & Cia se reestrututou e busca o tri em 17.1.

Sem Maldade Quando este time laranja entra em campo, é certeza de jogo louco e descontraído. Fundado em 2013.2 como o time dos calouros, o Sem Maldade foi vice em sua temporada de estreia contra os Comunas e amargou um quarto lugar em 14.1. E então, ficou de fora em 14.2 e 15.1, sendo tratado como extinto. Mas em 2015.2, vem a ressurreição com um time totalmente reformulado. Com o reforço de Serpa, ex-Perdigol, e do tetracampeão Rodrigraus, apenas Pedro e Halliday eram remanescentes. E assim, o Sem Maldade conquistou o título sobre os então atuais campeões, Biscates: 2x1 de virada e com Serpa expulso. Em 16.1, os rivais amarelos venceram a revanche.

29 jogadores campeões Rodrigo Chagas Cambu Dani Gian Leonardo “Paquito” Lima Matheus Pismel Nathan Rodrigo Chagas Carlos Demeneck Falluh Neri Pará Rodrigo Rocha Zica Beto

China Estrella GG Leo Franzoni Luiz “Fruta” Lucão Maicon Nico Roberge Tiago Ghizoni Icaro Halliday Pedro Stropasolas Serpa

é o jogador mais vezes campeão:

5 títulos

Comunas (2011, 2012, 2013.1, 2013.2) Sem Maldade (2015.2)

Nicolas é o jogador com mais partidas:

41 jogos disputados Cambada de Biscate (2012-atualmente)

Roberge é o jogador que passou por mais times: Colinense (2012, 2013.1) Bigodes (2013.2) Sem Maldade (2014.1) Cambada de Biscate (2014.2-atualmente)

Os Campeões: Comunas 4 títulos (2011, 2012, 2013.1, 2013.2)

Satisfação 2 títulos (2014.1, 2014.2)

Cambada de Biscate 2 títulos (2015.1, 2016.1)

4 Sem Maldade 1 título (2015.2)

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SUMARIO Andrey Frasson....................7 Caio Spechoto.....................8 Carlos Henrique Costa............10 Filipe Serpa.....................12 Mateus Mello.....................14 Mauro César Silveira.............16 Nicolas Quadro...................18 Pedro Cureau.....................20 Renato Botteon...................22 Rodrigo Rocha....................24 Bate-Bola........................26


A confraria cada vez mais experiente Craque do time caçula, Andrey alerta: “O Confrades vai superar todas as dificuldades”

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reportagem de Robgol Lendas escolheu dar voz a grandes craques de todas as épocas, times e idades possíveis. Mesmo a aqueles que ainda não podem ser considerados lendas, mas que são o futuro do maior evento esportivo do Jornalismo UFSC. Uma destas promessas é Andrey Frasson. Andrey está na diretoria da AAGB. Apesar de ter jogado apenas a Robgol 2016.1 sem tem marcado nenhum gol, já provou no título com a seleção no TUCA e com as atuações no Tabajor às quartas-feiras. Na entrevista, o jogador do Confrades conta sobre seus aprendizados e expectativas para o futuro na Robgol.

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ANDREY

RL: Quais foram os aprendizados que você e os Confrades tiveram após a temporada de estreia? Andrey: Mais do que apredizado, foi a amizade que a gente criou. O único que eu era mais chegado mesmo, era o Ne-gatxa. Mas desde a iniciativa de criar o time com o Mallmann, fui criando varios amigos que nao tinha antes. E foi do caralho jogar a Robgol. A gente entrou desacreditado e ficou em 3º lugar, no nosso estilo de jogo com muita raça e apostando nos contra-ataques, é verdade. Agora a expetativa é forte pra essa Robgol. Fizemos algumas contratações, uma delas se machucou mas estará ali no banco com o elenco. Perdemos também dois jogadores. Mas o Confrades é maior que isso e vai superar todas as dificuldades pra melhorar o desempenho da estreia que ja foi muito bom. RL: Quais são as novidades e ausências no elenco para 17.1? Andrey: Ausências são o Fantinight (Lucas Fantinatti), que foi mostrar suas habilidades pivonianas no Brasiliense, e o Cadu, que voltou pro Betumes após o término do empréstimo. As novidades são Lucas Amorim e Leo Athaides, mas este está lesionado. RL: Por “Brasiliense” você diz que ele foi fazer mobilidade em Brasília, ou...? Andrey: (Risos) não, largou o curso. Voltou pra Brasília. Largou ou trancou, não sei ao certo. Então estamos no mercado à procura de um pivô. RL: Você não conseguiu marcar em sua primeira participação na Robgol. Por quê? Andrey: Nunca fui um exímio arti-

lheiro. Sempre foquei na marcação, o ponto forte do Confrades. Mas nesse ano tô fazendo um trabalho diferenciado nos campos do Volantes e pretendo tirar essa zica de não marcar na Robgol. RL: Vocês identificaram alguma rivalidade nessa estreia? Andrey: Acho que não temos um rival. Teve uma confusão no jogo contra o Betumes, mas nada sério. Acho que pela questão de termos jogado duas vezes contra, pode ser o Cambada de Biscate. Mas não acredito que tenhamos uma rivalidade ainda. RL: Aquele jogo da semifinal foi muito marcante para os dois times, Andrey está na 3ª fase, vai pela tensão e pelo placar magro. O para a sua segunda edição que você lembra daquela partida? do torneio e garante: Andrey: Realmente, os nervos “Ainda tem muita estavam à flor da pele. Lembro que Robgol pro Confrades.” meus pais estavam na arquibancada, presença ilustre. Me deixava mais nervoso, porém mais confiante. des, que não disputarão 17.1? Lembro que foi a melhor partida da RoAndrey: Satisfação não vai? (risos) bgol para todos da nossa equipe. Heitor Não sabia. Mas enfim, nao tem esse risse encontrou na Robgol naquele jogo. co. Esses times têm o elenco velho já, são Ne-gatxa fez uma marcação impecável formandos ou formados. No nosso time os no Nico. Como falei antes, nosso estilo mais antigos estão na 5ª fase. Então ainda de jogo se baseia na defesa e apostar nos tem muita Robgol pro Confrades. contra-ataques com Serpa e Heitor. E nesRL: Os prováveis times de 17.1 serão se jogo, por vários momentos, domina- Confrades, Betumes, Perdigol, Rabo de mos a posse de bola e conseguimos fazer Galo, Time de Fora e Biscates. Dá pra um ótimo jogo que foi decidido no deta- pensar em título? lhe. O gol do Cambada de Biscate foi no Andrey: Dá. Confrades pode ser incontra-ataque, chute do Nico que bateu na cluído nos favoritos. Vamos forte pra essa trave, se não me engano, e Lucão pegou Robgol. No ano passado tinha a tensão da o rebote. O que marcou tambem foi a dor estreia. Esse ano vamos pra cima, buscar insuportável que tava sentindo no meu jo- com muita raça esse titulo. elho, ja era o quinto jogo do dia e ele ja RL: E pra finalizar, o que significa a nao respondia muito bem, vinha com ele Robgol para você? machucado o semestre todo, Mas a dor só O maior evento do JorUFSC. Sempre veio mesmo no dia seguinte (risos). fui apaixonado por jogar campeonato e RL: Você e os Confrades são vistos tinha medo que não tivesse isso aqui na como o futuro da Robgol, como um UFSC. Mais legal ainda é a parceria de time que irá longe e se tornará tradicio- jogar um campeonato sério mas que tem nal no JorUFSC. Vocês veem da mesma a amizade, a parceria como guarda-chuva forma? abrangente. Sem falar no pagode na torciAndrey: Acredito que sim. O único da. Interatléticas é moda, Robgol é foda. time pra quem perdemos foi o Cambada Andrey Piva Frasson [de Biscate]. Ganhamos do Satisfação, que é considerado um dos melhores. Temos sim, um bom time. Se conseguirmos Clubes: reformular em posiçoes especificas, va- - Confrades (16.1-) mos incomodar muito ainda. RL: Não tem o risco de acontecer o Participações: que aconteceu com Satisfação e Bigo- 1 (16.1)


Um jovem Caio recebe do amigo e companheiro de time Aramis o prêmio Superatleta/Orgulho e Espírito AAGB em 2012: ano “atípico”, com o último lugar.

A vida, obra e glória de Caio Spechoto Uma das maiores lendas que o JorUFSC já viu fala sobre a Robgol e seu amado time

L

amentação é o sentimento pelas recentes gerações do JorUFSC que não puderam apreciar a presença de Caio Spechoto em solo aquariano. Conhecido não só pelas habilidades enquanto jornalista, mas também enquanto ceifador de alegrias nas pernas no mundo do futebol, a história do rapaz de Colina-SP no esporte se confunde com a da Robgol. Ele esteve presente na edição de 2011, e em 2012 surgiu com um time tradicionalíssimo (porém não vencedor) O Hélio Schuch US (União Sinistra), formado originalmente por Caio, Aramis, Rafa “Papai” Gomes, Gabriel Shiozawa, Kadu Reis e Lucas Miranda, integrantes das turmas 10.2 e 11.1. O nome do time, claro, é homenagem ao fã da zootecnia, padrinho dos Laranjas e crítico ferrenho da imprensa, professor Hélio Schuch. Naquela Robgol de 2012, Caio dividiu a atenção do torneio com um evento menor: assistiu, em pelo Ginásio 1 do CDS, ao título de seu Corinthians no Mundial de Clubes. Antes naquele ano, Caio disputou o Superclássico das Américas, realizado na Argentina, Eram três confrontos do JorUFSC representando o Brasil contra

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dois combinados de argentinos no Encontro Latinoamericano de Comunicação (ELAC), em Embalse, no Monumental Merdión. O zagueiro e ex-goleiro é o único ídolo nesta edição que disputou o torneio internacional, além de quem vos escreve. Caio disputou a final de 2013.1 com o Hélio, e a perdeu para os Comunas. A semifinal daquela edição colocou frente a frente Hélio e Bigodes. Um gol de Mateus Boaventura empatou o jogo para os azuis e levou a decisão para os pênaltis. Mas nas penalidades, deu Hélio, num dos maiores jogos da história da Robgol. As temporadas seguintes foram todas de penúltimo ou último lugar. “São temporadas atípicas”, como Caio insiste em dizer. A Robgol 2015.1 foi a última do Hélio. O time ficou em terceiro lugar do Grupo B, atrás de Comunas e Satisfação,

à frente do Perdigol. Dois anos depois de sua última Robgol, Caio nos atende na capital do Brasil, onde mora e trabalha atualmente. O ídolo abre o jogo sobre o Hélio Schuch, sua geração de ouro em 2013.1 e revela uma quase participação no ano passado.

“na época [2012], o litrão no Meu Escritório custava R$5 e, no Quebra Gelo, a garrafa de 600ml era por aí também.”

RL: Caio, muito obrigado por atender a reportagem da Robgol Lendas em Brasília. Caio: O prazer é meu. RL: O Hélio Schuch União Sinistra foi fundado em 2012, mas não teve uma boa estreia. Foi uma temporada atípica, em último lugar. Você se lembra de alguma coisa daqueles tempos? Caio: Lembro, lembro. O Hélio virou um time muito representativo de determinadas ideias sobre o futebol do curso depois de algumas edições, mas a formação foi extremamente pragmática. Na edição anterior, eu, Gabriel, Aramis e Pato Branco fechamos time com mais Thomé e Gio.


“Aquele jogo especificamente foi muito marcante para a história do Hélio porque naquela altura o Bigodes ainda era tido como time grande”

poradas seguintes foram atípicas, com três penúltimos lugares direrentes. O que faltou para recuperar o bom desempenho? Caio: A regra no Hélio é fazer um ótimo mercado. Nas temporadas atípicas, nós fomos mal. RL: Naquela temporada 13.2 foram quase 15 jogadores. Por que diabos tanta gente? Caio: Nosso ala direita/diretor de futebol, Kadu Reis, entendeu que a maior fraqueza do time era a falta de resistência física. O que, julgo eu, foi uma leitura acertada. Mas Caio, seis anos depois Caio: O resultado da final é aquela velha história de de sua primeira Robgol: foi decepcionante porque os elenco todo novo, ninguém agora o bar é em Comunas estavam com 1 jose conhece direito nem nada. Brasília, e a gador a menos em quadra o RL: A entrevista já está careca é assumida tempo todo. No começo daacabando... quele torneio a gente não fazia ideia do Caio: Sem problemas, to bebendo com que esperar. Nunca tínhamos visto o Ziert o Vargas aqui em casa. jogar, e o Florêncio era meio incógnita RL: Por que o Hélio acabou? Fica também. Mas no primeiro jogo a gente uma vontade de jogar mais uma Roviu que dava. E o jogador a menos dos bgol ou já deu? Comunas, ainda por cima, era o Dani! Caio: O Hélio foi acabando ao longo RL: Então eram dois jogadores a do tempo, né? Formaturas e tal. Enquanmenos. to eu estive no curso, joguei, pelo que me Caio: Exato. lembre. Eu quase joguei em 2016. Estava RL: A Robgol 17.1 será novamente apalavrado com uma dissidência e tamsem open bar. Atrapalha o espetáculo? bém tinha convite de outro time. Só não Caio: De jeito nenhum. Potencializa a fui porque no meio do processo fui conprodução de Cenas Lamentáveis. trato em Brasília e minha vida ficou meio RL: Voltando ao Hélio, as três tem- bagunçada por umas semanas. RL: No fim das contas, o que significa a Robgol para Caio Spechoto? Caio: Velho, a Robgol tem vários significados diferentes. No começo da graduação era só jogar bola mesmo, depois os times começam a criar uma identidade e a coisa fica bem mais intensa.

Caio Faria e Souza Spechoto

Caio em 15.1: mais uma temporada “atípica”.

Clubes: - Time Azul (2011) - Hélio Schuch (12-15.1) Títulos individuais: - Superatleta (2012) Participações: 6 (11-15.1)

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CAIO

Lucas, Rafael Papai e Kadu, que viria a ser o principal cartola da equipe, tinham jogado com a turma 10.1. Não me lembro exatamente como essa configuração foi implodida. Mas, quando aconteceu, o Kadu, que é 10.2, articulou com a 11.1. Nessas alturas o Pato Branco já não estava mais no curso. Assim se formou o núcleo que foi o HS até o fim (eu, Aramis, Gabriel, Kadu, Papai e Lucas). Uma das coisas que fez a gente ir muito mal naquele ano foi o fato de eu ter jogado no gol. O elenco era praticamente todo ofensivo, e o time ficava muito frouxo lá atrás. Além disso, era numericamente curto. Em poucos minutos já estava todo mundo morto, sem possibilidade substituição. Lembrando que, na época, o litrão no Meu Escritório custava R$5 e, no Quebra Gelo, a garrafa de 600ml era por aí também. RL: 2013.1 teve o grande time da história do Hélio, com duas contratações galáticas: Ziert e Florêncio. Os críticos dizem que o time só chegou à final por causa deles. Você concorda? Caio: Sim. Próxima pergunta. RL: Aquela campanha de 2013 teve um clima bastante tenso com o Bigodes. Aquela semifinal com a frase “o dia que eu perder um pênalti eu pago cerveja pra todo mundo” [João Ricardo Ziert cobrou seu pênalti com uma lata de cerveja na mão e enunciou a tal frase como comemoração após o gol] foi o melhor jogo da história do Hélio? Caio: Aquele jogo especificamente foi muito marcante para a história do Hélio porque naquela altura o Bigodes ainda era tido como time grande. Todo mundo achava que a gente ia levar um reio monstruoso, e acabou sendo pau-a-pau e super pegado nas divididas. Daí a importância. Mas o jogo contra o Colinense, por exemplo, que agente ganhou por 6 a 2, foi melhor em bola jogada.com a equipe completa. RL: Vocês esperavam chegar tão longe? Por que o resultado da final foi tão decepcionante?


Carlos rejeita a fama de desleal: “é uma das maiores falácias que circulam pelas rodas de conversas futebolísticas do Jor.”

Carinhoso está de casa nova em 2017.1 Carlos adia o sonho do tri, desabafa sobre polêmicas e explica o projeto Rabo de Galo

A

reportagem da Robgol Lendas foi muito bem recebida em Mendoza, na Argentina, por Carlos Henrique Costa. Ele é um dos jogadores mais conhecidos do Jornalismo UFSC, bicampeão da Robgol e integrou a seleção da AAGB em diversos campeonatos. O “Carinhoso”, como é ironicamente chamado por seu jogo defensivo e enérgico, ganhou uma fama de zagueiro desleal ao longo de seus três anos no Aquário. Apesar de ser fã do futebol defensivo, aguerrido e de ter como ídolo o italiano Gennaro Gattuso, ele se incomoda com a fama que diz ser injusta. “Meu estilo de jogo sempre será embasado em uma dedicação defensiva interminável e propensão a dividas ríspidas, mas nunca com deslealdade”, responde Carlos, com seu vocabulário costumeiramente rebuscado. Ele volta ao Brasil para disputar a Robgol. Na entrevista em meio a um churrasco argentino regado a Quilmes, o eterno xerife do Satisfação falou sobre a ascensão e queda de seu time, do seu novo time e das polêmicas. E também aproveitou para alfinetar o Bigodes. RL: Carlos Henrique Costa, muito

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obrigado pela entrevista e por ter nos recebido aqui na Argentina. CHC: É um prazer, João Vítor Roberge, te oportunizar mais um capítulo nessa sua história de sucesso como jornalista esportivo no exterior. RL: Foram dois títulos invictos nas duas primeiras participações. Esperava um começo tão bom? CHC: Todo jogador com mentalidade vencedora, como é o caso de todos no Satisfação, entra em quadra com um único objetivo: título. Ainda assim, é inegável que o desempenho da equipe na primeira Robgol que disputou foi além das expectativas. No segundo torneio, já sabíamos que éramos os melhores e que em condições normais seríamos campeões, o que de fato aconteceu. RL: Naquela primeira edição houve um incidente com os bigodianos Thomé e Renato. O que aconteceu exatamente? CHC: O que aconteceu foi a imposição de respeito por parte do então calouro

Satisfação depois que os Bigodes tentaram apitar a partida. A origem de tudo é a seguinte: num lançamento que buscava o Thomé na grande área, ele e o Pará se enroscaram numa dividida pela bola e o bigode pediu falta, que não existiu. Inconformado, o jogador azul resolveu descontar a raiva fazendo dura falta no Neri no meio campo. A partir daí, vi que era necessário que nosso time se fizesse respeitar e dividi todas as bolas como se fosse uma final de campeonato. Apesar disso, tenho que admitir que me exaltei excessivamente, já que os Bigodes foram naquele dia e quase sempre nossos fregueses . Acabei machucando involuntariamente um de seus jogadores mais respeitáveis, o grande Renato Botteon. Pedi desculpas, ele entendeu, mas outros espectadores resolveram filtrar o fracasso futebolístico me vaiando durante o resto do campeonato. Mas isso é normal para quem está acostumado a vencer. RL: Você acha que o Satisfação poderia ter conquistado mais títulos? O que faltou para o time, na sua opinião?

“Eu não jogo futebol para dar alegria ao meu povo”


Satisfação é um boato infundado. O Satisfação é mais do que uma equipe, representando uma ideologia também fora das quadras. Os churrascos e confraternizações que fizemos são uma prova disso. Porém, as experiências das últimas três Robgols, em especial a 2016.1, nos ensinaram que não vale a pena arriscar e entrar em quadra com jogadores machucados ou contratar atletas que não estejam plenamente integrados ao nosso sistema. Em relação à possibilidade ventilada, eu gostaria de fazer breves e necessários apontamentos. O primeiro, e mais importante, é: mais vale um jogador bêbado do que um “bigode” sóbrio. Felizmente, os homens certos compreenderam essa realidade. E eu e outros jogadores do Satisfação temos a felicidade de termos uma boa relação com eles. Quanto ao Rabo de Galo, o mero nome já tem mais história que equipes perdedoras da Robgol. RL: Mas quais jogadores do Satisfação integrarão este projeto? CHC: Essa pergunta é em off? RL: Não. CHC: DESCUBRA! RL: De qualquer forma, é certo que haverá um hiato do Satisfação em 2017.1? CHC: Para esta edição, sim. A recuperação do goleiro, craque, líder de assistências e capitão Rodrigo Rocha, a incerteza em relação às lesões crônicas do Neri e a ausência do insubstituível Pará são os fatos que fizeram com que os satisfatórios optassem por um hiato que fortalecerá o time na busca pelo SaTRIsfação em 2017.2. Além, é claro, do sórdido aliciamento feito pelo cartola Renight, que usou de seu infinito capital político para a dar um um golpe de mestre e aliar jogadores vencedores com craques etílicos. Se vocês soubessem o que aconteceu... (risos). RL: Qual é o maior rival do Satisfação? CHC: O maior rival do Satisfação é também uma equipe amiga e igualmente Carlos estreou na Robgol em 2014 com título e polêmica. respeitável. Trata-se da

“Mais vale um jogador bêbado do que um ‘bigode’ sóbrio”

Cambada de Biscate, que conta com grandes nomes no seu elenco e uma história de títulos de sucesso, como nós. Nossos confrontos sempre renderam boas pelejas e o retrospecto mostra como há equilíbrio. Conquistamos nosso título inaugural contra eles, fomos batidos nas semis quando levantaram seu primeiro troféu, e o placar magro dos outros jogos deixa claro que esse embate é certeza de bom futebol. Ainda assim, o Satisfação, quando completo, é superior, como o é em relação a qualquer equipe. RL: Como você lida com a fama de jogador que exagera na força em algumas jogadas? CHC: Essa fama é uma das maiores falácias que circulam pelas rodas de conversas futebolísticas do Jor. Contra fatos, não há argumentos: em cinco Robgols disputadas, nunca tomei um cartão. Meu estilo de jogo sempre será embasado em uma dedicação defensiva interminável e propensão a dividas ríspidas, mas nunca com deslealdade. Um bom defensor não prescinde de todos os artifícios para alcançar o que interessa: vitória, preferencialmente sem ceder gols. Eu não jogo futebol para dar alegria para o meu povo. RL: No fim das contas, o que significa a Robgol para você? CHC: A Robgol é o maior evento esportivo possível. Para quem gosta de futebol e estuda jornalismo na UFSC, não faz sentido se formar sem participar positivamente da Robgol. Eu posso dizer, felizmente, que posso me orgulhar do fato de que fiz bem o meu papel nesse torneio que é a coisa mais importante relacionada ao Aquário. Também me alegro em saber que, além da minha “satisfação” pessoal, tenho agora a oportunidade de mostrar a minha solidariedade e permitir que grandes craques do Tabajor como André Picolotto e Renato Botteon possam disputar essa transcendental competição com um time proporcional às suas personalidades.

“Contra fatos, não há argumentos: em cinco Robgols disputadas, nunca tomei um cartão”

Carlos Henrique Costa Clubes: - Satisfação (14.1-16.1) - Rabo de Galo (17.1-) Títulos: 2 (14.1 e 14.2) Participações: 5 (14.1-16.1)

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CARLOS

CHC: Definitivamente poderíamos ter conquistado mais troféus. Infelizmente, nos faltou sorte e saúde. Isso porque o Satisfação sempre teve de enfrentar percalços após o bicampeonato. Vale lembrar que apenas em 2014 jogamos com a equipe completa. Desde então, já perdemos Pará, Neri, Zica e Falluh por diferentes motivos, e isso impossibilitou maiores voos. Ainda assim, sempre tentamos honrar os que não podiam entrar em quadra e fomos longe nas duas disputas de 2015, mas o desastre do ano passado, quando não tínhamos gente nem pra um time titular completo, nos ensinou que o Satisfação só deve ser representado pelos sete craques em condições físicas satisfatórias. RL: Se arrepende de ter disputado 2016.1? CHC: Não. Apesar dos pesares, foi um prazer ter jogado ao lado do grande capita Rodrigo, do leão Pará, do energético forasteiro Kadu Reis e do meu companheiro de quadra e copo Henrique Demeneckham. Apesar das derrotas inevitáveis, fomos brilhantes no ponto de vista do espírito esportivo e representamos bem as tradições da Robgol ao bebermos, eu e Demeneck, até o final do torneio. Além de tudo, proporcionamos à história da competição um grande momento ao idealizarmos o icônico gol do grande Filó, o craque-mor do Sem Maldade. E por fim, estreitamos laços ideológicos com o craque daquela edição, André Picolotto. Isso resultará numa grande notícia para o campeonato desse semestre. RL: Há boatos de que haverá uma extinção do Satisfação. Assim, uma dissidência do Bigodes se uniria a alguns jogadores do Satisfação para a criação de um novo clube. É este o projeto Rabo de Galo de que tem se falado nos bastidores? CHC: A extinção do


Serpa foi o primeiro campeão calouro, em 2015.2, mas não pensa no feito inédito. “Recorde individual nunca foi um dos meus objetivos, eles vem naturalmente quando se faz o trabalho coletivo bem feito.”

Ele quer um lugar para chamar de lar Com três times em três semestres, Serpa quer conquistar um título com os Confrades

N

enhum jogador foi campeão como calouro. Nem mesmo Rodrigo, Carlos ou Falluh, campeões em sua temporada de estreia com o Satisfação. Isto porque aquele primeiro título dos reis de 2014 foi no segundo semestre, em agosto, para compensar a não-realização do campeonato no semestre 2014.1. Então, eles já estavam na segunda fase. Mas na verdade, um único jogador conquistou este feito: Filipe Serpa, em 2015.2, pelo Sem Maldade. Serpa é um andarilho do futebol aquariano. Passou por três times diferentes nas três temporadas que disputou. O precoce jogador disputou uma Robgol como “pré-calouro”, em 2015.1, pelo Perdigol, e conquistou o título no semestre seguinte, como goleiro do Sem Maldade. Um título que alguns só conseguem depois de formado e outros ainda buscam conquistar. Em 2016.1, o versátil craque integrou o elenco do fortíssimo e promissor Confrades, que chegou ao terceiro lugar. A reportagem de Robgol Lendas entrevistou uma das lendas do futuro da Robgol. Serpa falou sobre o Confrades e o título heróico e histórico do Sem Maldade.

12 ROBGOL lendas

RL: Serpa, você é um caso raro por por um pessoal que queria provar que não ter disputado três Robgols por três ti- apenas estava ali para bagunça. Tinhamos mes diferentes. Pretende criar raízes no um elenco forte, joguei na minha posição Confrades? de origem (goleiro) e pudemos levantar a Serpa: É, recebo algumas críticas caixinha de gelada, no final. Recorde indiquanto a isso. Mas a verdade é que tudo vidual nunca foi um dos meus objetivos, depende do momento. E fiz o que precisa- eles vem naturalmente quando se faz o va em cada época. Hoje, em especial, não trabalho coletivo bem feito. me vejo em outra equipe. Além do mais, RL: Você havia deixado o Perdigol, ajudei a fazer a camisa dos Confrades, li- foi goleiro e não estava num time com teralmente. muitos conhecidos. Previa aquela conRL: Em 2015.2 você se tornou o quista? Como foi o jogo da final e a exprimeiro e único jogador da história pulsão para você? da Robgol Moderna a conquistar um Serpa: Sabíamos que havia a possibitítulo como caloulidade do título, desde ro. Afinal, quando o início. A equipe era o Satisfação conforte no papel e provou quistou seus dois isso dentro de quadra. títulos, Carlos, Na verdade, conhecia Rodrigo, Falluh a maioria do time, ane Neri já estavam tes mesmo do campeona segunda fase. O nato. E a expulsão foi quanto este recorum dos fatores deterde significa para minantes para o título, Serpa sobre a ao meu ver. Se levásvocê? ter sido expulso por semos o segundo gol, Serpa: Essa Rocolocar a mão fora d’área aquela altura, acredito bgol foi especial. A na final de 15.2 que não conseguiríaequipe foi formada

“Se levássemos o segundo gol àquela altura, acredito que não conseguiríamos seguir com chances”


Recordista, Filipe Serpa comemorou o título inédito pelo Sem Maldade em 15.2. para 2017.1? Serpa: Temos a mesma base e o mesmo pensamento, que é o mais importante. O estilo de jogo não mudará, apenas tentaremos aprimorar. RL: Na janela de transferências mais movimentada dos últimos anos, e com vários times se fortalecendo, dá para pensar em título? Serpa: Nós também nos fortalecemos. Temos duas contratações muito boas. Infelizmente, uma delas [Leo Athaides] se lesionou antes mesmo do campeonato e não participará. Porém, a outra [Lucas Amorim] já está confirmada e vai nos ajudar e muito. Até porque vai suprir um setor que temos nosso maior defeito, que é o de finalização. Ano passado não tínhamos o jogador que colocava a bola para dentro, e na nossa proposta, isso é muito importante, porque jogamos por uma bola, e ela precisa entrar. RL: Estamos chegando em uma

temporada especial, é a 10ª Robgol.em seu sistema moderno. Na segunda, em 2012, por exemplo. o Biscates era o time dos calouros, só com o pessoal da primeira fase. Hoje estão todos formados ou a um passo da formatura, então podemos dizer que já se passou a Robgol para uma nova geração no JorUFSC. Você acredita que o campeonato vai durar por muito mais tempo e que novas gerações e novos times de calouros virão pelos próximos cinco anos? Serpa: A Robgol tem um apelo emocional dentro do curso. Acredito que isso não mudará tão cedo. O nível dos times, a quantidade, os elencos, tudo pode mudar. Mas a Robgol estará ali. Pode ser que ela mude até de identidade, mais pra frente. Mas o campeonato e a sua essência perdurarão muito tempo dentro desse curso. RL: E para encerrar, o que significa a Robgol para você? Serpa: Significa muito mais que um campeonato. Significa reunir os amigos que gostamos e rir, os que não gostamos e rir ainda mais, porquê, afinal, naquele clima, qualquer outra coisa é bobiça. Todas as edições que participei foram diferentes: Um campeão diferente, um personagem, um jogo. A única coisa igual é a alegria de participar.

Filipe Leandro Serpa

Serpa estreou pelo Perdigol com seus veteranos e sem ter sequer iniciado o curso.

Clubes: - Perdigol (15.1) - Sem Maldade (15.2) - Confrades (16.1) Títulos: 1 (15.2) Participações: 3 (15.1-16.1)

ROBGOL lendas 13

SERPA

mos seguir com chances. Nossa equipe, apesar de talentosa, tinha dificuldades na saída de bola. Por isso, eu armava a equipe na saída. A maioria dos nossos gols saíram desta forma. Tive a infelicidade de errar um passe logo na final, e me vi obrigado a colocar a mão na bola para evitar o segundo gol da equipe adversária. Por sorte, conseguimos uma virada heroica. RL: O que faltou para o Confrades chegar à final em sua temporada de estreia? Serpa: Faltou confiança. A equipe era boa, tinha entrosamento, tinha raça. Nossa semi final foi contra uma equipe muito mais badalada, com mais história e com um estilo de jogo ofesensivo. Fizemos nossa melhor partida do campeonato contra eles, mas não conseguimos fazer o gol. O placar foi magro e acredito que a final não tenha sido tão difícil quanto a semi, para a equipe deles. Esse ano, voltamos mais confiantes. RL: Verdade, a semifinal foi o jogo em que os Biscates passaram a acreditar de vez no título. Enfim, o Andrey havia manifestado uma vontade de ir para o Perdigol numa tentativa de manter o time, que tem um elenco muito curto. Alguma situação já foi fechada? Serpa: Andrey, até onde sabemos, é nosso atleta. Confesso que eu não sabia desse rumor, muito por um afastamento que tive nos últimos meses do curso e, consequentimente, da resenha de corredor da equipe. Também não gosto muito de rumores, por isso me apego em certezas. A certeza de hoje é que o atleta está conosco e vai nos ajudar em mais uma edição. RL: A base do Confrades é a mesma


Mello é mais um reforço do “novo” Rabo de Galo, mas o “presida” não se esquece das origens: “O melhor do Betumes é a torcida, e nisso nenhum time bate o Betumes.”

“Está na hora de respirar novos ares” O “presida” Mello deixa o Betumes, agradece ao clube e tece elogios ao “nobre” Aramis

M

ateus Mello é um personagem discreto na história da Robgol. Disputou as três últimas edições, com poucos minutos em quadra pelo seu time, Betumes da Judeia (o time da turma 2015.1). Sua principal função foi ser dirigente, um cargo raro na Robgol. O cartola/jogador foi peça-chave na união do time roxo/bordô/grená ao longo das três temporadas. E esteve presente na única vitória do aguerrido clube: um histórico 4x1 sobre o Cambada de Biscate, que defendia o título na ocasião, em 15.2. Os Biscates não levavam quatro gols num jogo desde a estreia na Robgol 2014.2, na derrota por 5x3 sobre o Betumes. Um jogo marcado na história da Robgol, com direito a todo o ginásio torcendo por Aramis, Pereira, Chico, Artur & cia. Mas hoje, o camisa 7 está de saída do time em que foi revelado e que ajudou a fundar. Em entrevista exclusiva à Robgol Lendas, Mello colocou os pingos nos “i”s. O jogador tem treinado forte às quartas-feiras no Tabajor e desmentiu as polêmicas das transferências de Artur e Cadu, além da rivalidade com o Perdigol. Também

falou de suas expectativas para a próxima temporada e não poupou elogios ao amigo e ex-companheiro de clube, Aramis Merki II, que continuará no Betumes. RL: Mello, já é certa a criação do Rabo de Galo, time que inclui vários dos seus amigos no curso. Você vai deixar o Betumes? Mello: Publiquei minha carta de agradecimento ao clube semana passada. Tá na hora de respirar novos ares. RL: Você vai exercer a função de dirigente também ou estará mais presente em quadra? Mello: com Carlos Carinhoso, Henrique Demeneck, André Picolotto e Gustavo Falluh no time, seria muita ingenuidade da minha parte pensar que jogaria mais do que joguei nos tempos de Betumes. Vou ser jogador, ainda que titular absoluto no banco. RL: foram dois anos no comando do Betumes. Se arrepende de alguma coisa? Mello: Veja bem, caro Roberge... Em algum momento os demais jogadores do Betumes me impuseram a

“Se a Robgol fosse em sintético, o Betumes brigaria por título.”

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presidência bordô. No início tentei fugir da responsabilidade, mas logo o carinho que recebi de todos suavizou o peso do cargo. Me fizeram presida, porque mesmo tomando goleada atrás de goleada, tentei manter o time animado, unido. só que ser presida em nenhum momento me fez comandante. Todas as decisões foram tomadas coletivamente. Sem falar que em quadra, outros assumiram a braçadeira: Pereira, jogando de fixo; Chico, jogador cuja evolução técnica tem tudo a ver com a evolução do clube como um todo; Aramis, que mesmo não sendo um dos fundadores, tá sempre levando o time pra frente. esses são os verdadeiros comandantes do Betumes. RL: Todos estes jogadores continuam no Betumes? Aramis não vai ao Rabo de Galo? Mello: Aramis é um dos jogadores mais nobres que conheço. acompanhei de perto o dilema que foi a decisão entre Betumes e Rabo de Galo. Além de nobre, é muito maduro, sabe que amizades vão muito além do jogo. Ficou com o Betumes por comprometimento, uma qualidade cada vez mais rara nos dias de hoje. Os demais continuarão no Betumes, até onde sei. RL: Cadu retorna ao Betumes em


“Não duvido que com esse elenco o título acabe acontecendo quase sem querer”

“Falta integração e humildade. A Robgol, através do futebol, consegue suprir essas demandas, mesmo que por um dia.”

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MELLO

17.1, mas houve uma transferência polêmica dele ao Confrades. Andrey disse que foi um empréstimo. Confere? Mello: Todos os jogadores do Betumes são donos do próprio passe, é um princípio nosso. Se o Cadu se enrolou com os Confrades eu não sei. E nem quero saber. Não me diz respeito. RL: Ele disse que não jogaria a Robgol 16.1, mas apare- Mello, o camisa 7, reclama de um pênalti. A vingança contra o Biscates veio em 15.2 ceu no Confrades. Ficou um clima complicado, ou o time Mello: Não. A transferência do Artur disso. Poucos ali gostam ou sabem jogar levou com naturalidade? correu tranquila, com total transparência futsal. Percebemos isso e assumimos isso Mello: Naquele tempo ele andou sumi- da parte dele. Essa suposta rivalidade na nossa segunda participação. O time do. Só o Soneca, depois de algum esforço, com o Perdigol foi contínua pela alegria, pela conseguiu estabelecer contato. segundo o criada pela mídia confraternização. O melhor soneca, cadu tinha -quase- certeza que amarela para condo Betumes é a torcida, e nisnão jogaria. E ficou por isso. Algumas seguir mais cliso nenhum outro time bate o semanas antes, fundou o Confrades. O ques. O Betumes Betumes. clima complicou quando Pereira e ele x Perdigol era um RL: O Rabo de Galo se desentenderam durante o jogo. Antes jogo esperado por busca o título? disso, reinou entre nós um sentimento de se tratar do embate Mello: Talvez. Aceitei o tristeza, apenas. entre os dois clubes convite de jogar pelo Rabo RL: Foi criada uma rivalidade com com pior histórico de Galo pela proposta do o Perdigol depois da transferência do na competição. time: reunir os amigos do Artur? RL: O Betumes bar, encher a cara e jogar bola tem 11 jogos, 1 vipor diversão, pela resenha. tória, 3 empates e Ainda assim, não duvido que Mello presidiu o Betumes da Judeia 7 derrotas, 11 gols com esse elenco o título acana Robgol de estreia, em 2015.1 marcados e 28 sofridos. E a vitória foi be acontecendo quase sem querer (risos). justamente contra o Cambada de BisRL: Pra finalizar, o que significa a cate, que era na época, e ainda hoje, o Robgol para você? atual campeão. Como foi este jogo hisMello: Checkpoint. Participar de uma tórico? Robgol significa que você sobreviveu ao Mello: A Robgol é competição de semestre, a todas as picuinhas que invenfutsal só no papel. Em dois, três anos de tam naquele aquário. Falta integração e UFSC, só vi um time jogar futsal de fato: humildade. A Robgol, através do futebol, os Comunas. sem os Comunas, o que a consegue suprir essas demandas, mesmo gente vê é uma adaptação de futebol para que por um dia. as quadras de futsal. Nenhum time ali sequer tenta jogar futsal. Mas todo os times tem um jogador que é decisivo, que quando pega a bola, sabe o que fazer, balança as redes. O Betumes é o único clube que não tem um jogador com desses. O Mateus Mello fator decisivo para aquele resultado foi o apagão do Nico, que levou a um blackout Clubes: geral. se a Robgol fosse em sintético, o - Betumes da Judeia (16.1-16.1) Betumes brigaria por título. RL: Acha que o Betumes poderia ter - Rabo de Galo (17.2) ido melhor do que foi até agora? Mello: Poderíamos não ter o pior his- Participações: tórico da competição. Nada muito além 3 (15.1, 15.2 e 16.1)


Mauro no Vicente Calderón: o professor poderá demonstrar em 2017.1 os aprendizados que teve em solo espanhol. Depois de superar essa lesão chata no ligamento, espero fazer uma boa temporada, nas edições da Robgol e também no Tabajor.

“Imortal” retorna ao seu grande palco Oráculo que merece a alcunha do time de coração, Mauro nos dá uma aula de Robgol

M

auro César Silveira é uma das maiores lendas vivas do JorUFSC. É um dos raríssimos professores que agrada a “gregos e troianos” do curso. Multicampeão nos tempso pré-AAGB, o craque é um “Forrest Gump” do Aquário. Joga há 10 anos, desde 2007, quando chegou ao curso, e quando o editor de Robgol Lendas estava na 7ª série do Ensino Fundamental com 13 anos de idade. Viu todos os grandes times e viveu muito mais emoções do que qualquer um no futebol do JorUFSC. Depois de dois anos, ele retorna ao torneio que tanto ama, a Robgol. Assinou com o Perdigol, da turma 2014.2 e do colega docente Áureo. Buscando jogar com alegria e álcool mais do que qualquer coisa, Mauro vai a mais uma Robgol com o mesmo bom humor de sempre, recuperado de uma lesão recente e esperançoso por uma boa temporada. Robgol Lendas teve a honra de entrevistá-lo e de aprender um pouco mais sobre o campeonato que cobre. RL: Então veremos Mauro César Silveira em quadra na Robgol 2017.1?

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Mauro: Com certeza. Estou quase 100% depois de uma distensão ligamentar. Volto pelo Perdigol. Assinei contrato no final do primeiro semestre de 2016 depois de uma boa convivência nas aulas de Jornalismo Esportivo, sobretudo nas resenhas do final da noite no Silvinho (Bar dos Servidores). O contrato tem apenas uma cláusula: não posso jogar com camisa vermelha. Minha religião não permite. Como a cor oficial do time é a cinza, tudo bem. Só não participei da última Robgol pelo Perdigol porque meu pequeno Fernando, hoje com 1 ano e 8 meses, foi acometido de Rotavírus e fui parar no UPA de Canasvieiras. Estava com o material esportivo a caminho do CDS. Ainda bem que não foi nada grave e ele se recuperou em seguida. RL: É capaz de o Fernando ver o pai em ação? Mauro: A Dany (minha companheira e mãe dele) ficou de dar uma passada com o Fernando para ver uma das partidas. Espero fazer um gol e comemorar com aquele gesto de embalar bebê. Fiz isso na final do torneio da ex-RBS, depois que o título estava garantido e combinei com o

Nico (jogaram também nesse time o Mario Quadro e o Murici) que iria avançar um pouco para tentar fazer um gol para o Fernando, que mal tinha chegado na P&K. Numa das primeiras combinações, tabelamos e eu fiz o gol e pude comemorar com esse gesto. Na Robgol de 2015, jogando pelos Cavalos, fiz o gol da barriga de grávida (com a bola dentro da camisa), pois a Dany estava na arquibancada. O Fernando nasceria pouco depois, no dia 12 de outubro. RL: Qual a expectativa para a temporada? Mauro: Depois de superar essa lesão chata no ligamento, espero fazer uma boa temporada, nas edições da Robgol e também no Tabajor. RL: Você já jogou diversas Robgols. O time de 2007, com o primeiro título, certamente foi o mais marcante. Há algum outro time memorável do qual você fez parte? Mauro: Sim, os Laranjas (com a turma do Marcone Tavella, Tiago Pereira, o Felipe Sato - o Japa -, Rafael Hertel, Bruno Volpato, entre outros). Conheci eles na primeira fase e disse que aquela


tes? Havia tantas transferências como hoje? Mauro: A época jurássica era completamente diferente. As turmas não admitiam reforços, mesmo as mais fracas. As únicas possibilidades abertas eram incluir técnicos ou professores e eu e o Dalton fomos os que mais participamos com os alunos. Até mesmo os times de ex-alunos eram formados por egressos da mesma turma. Eu e o Faraco (que era professor substituto) nos juntamos à turma do Frighetto em 2007, mas os outros jogadores estudaram na mesma turma nos tempos do Jornalismo da UFSC. O lado bom da novidade das janelas de transferências é que o interesse pela competição aumentou e a competitividade também. E isso é muito bom. RL: O nível técnico no futebol do JorUFSC hoje é satisfatório, ou você já viu tempos muito melhores? Mauro: Em 2007, quando aportei na UFSC, o nível era muito alto e as disputas bem acirradas. Depois foi caindo até aquele período de intervalo grande. Em 2015, senti que a competição volta a honrar sua história. O nível está alto de novo. RL: Em 2017.1 não veremos Bigodes ou Satisfação, mas sim Rabo de Galo (com dissidentes de Bigodes, Satisfação e Betumes) e o One Blacks (dissidentes do Bigodes + Lucão). Estes times, junto com Biscates e o time que vai surgir de um provável time com Pedro Stropasolas e Rodrigraus vão deixar a briga pelo título mais indefinida do que nunca? Mauro: Com certeza. Aposto que esta Robgol será uma mais disputadas e emocionantes da história. RL: Há algum tempo a Robgol não tem mais open bar. Você acha que o espetáculo fica prejudicado? Mauro: Open bar deveria ser requisito básico para a realização da competição, tão essencial quanto a bola e a quadra. Afinal, Robgol é festa, é confraternização, o momento social mais importante do curso, só comparado aos antigos churrascos do Dalton no salão principal da Associação dos Servidores. Mas confio que alguns vendedores ambulantes vão passar por lá, aproveitando esse nicho de mercado. RL: No fim das contas, o que significa a Robgol para você?

“Se o Perdigol não adotar a cor vermelha, pode contar comigo até a última fase deles no curso”

Os campeões da Robgol em 2007, na P&KM8: Rodrigo Faraco, Renato Machado, Tadeu Meyer e Maurício Frighetto (em pé); Marcos Franzoni, Felipe Silva e Mauro César Silveira (agachados). “Era uma turma de ex-alunos, incluía o [Rodrigo] Faraco e eu. Vencemos num jogo épico na semifinal os imbatíveis ex-ex alunos, que arregimentaram egressos que estavam em São Paulo e no Rio e contavam com um goleiro profissional. Fiz o primeiro gol que ele tomou na competição; o Frighetto fez o segundo. Abrimos 2x0, eles marcaram um e nos pressionaram o tempo todo. Nosso goleiro operou milagres. Vencemos por 2x1. Todo o curso torceu pela gente. Foi maravilhoso. Na final, pegamos o time do Mister e vencemos por 2x0. Campeões”, relembra Mauro. Mauro: Open Bar deveria ser requisito básico par Alegria dentro e fora da quadra. Se o time cai na primeira fase, resta o prêmio de consolação de beber mais e, o melhor, sem compromisso.

Mauro César Silveira Clubes*: - Frilas (13.1) - Tabajor/Cavalos (12, 15.1) Títulos: 2 (2007 e 2009), Robgol pré-AAGB 1 Copa Dalton (2009) Participações: Todas as Robgols pré-AAGB 3 (12, 13.1 e 15.1) *considerando dados da Robgol moderna, sob organização da AAGB

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MAURO

seria uma experiência única. Um calouro diante dos calouros. Um calouro porque nunca tinha dado aula na primeira fase (e foi a única vez mesmo) - sempre atuo nas últimas fases - e fui designado para assumir a extinta Técnica de Reportagem, mais conhecida como Redação I. Como eu sempre gostei de futebol e na turma tinha uns caras que também gostavam e formaram os Laranjas - nos reuníamos nas quadrinhas de cimento da UFSC nos finais das tardes de sexta para jogar futsal depois que eu fechava o site Cotidiano (fui um dos primeiros editores, ao lado da Raquel e da Zeca). Jogávamos das 17h30, 18h, até as 20h30, 21 horas. Depois íamos para os bares na frente do CTC para a necessária reidratação. Quer dizer, um calouro (eu) adotado pela turma de calouros. Joguei a Robgol com eles até eles se formarem. Ganhamos um título na Robgol (se não me engano em 2009) e uma Copa Dalton, que substituiu uma Robgol e foi realizada no campo de grama que hoje virou estacionamento nos fundos da antiga prefeitura do campus. RL: Qual o melhor jogador que já atuou ao seu lado? Mauro: Tive a sorte de jogar com ótimos jogadores, mas o Felipe Sato, o Japa dos Laranjas, foi o melhor deles. RL: Qual a Robgol mais emocionante que você já viu, tirando a de 2007? Mauro: Foi a vitória da Cambada de Biscate sobre os até então imbatíveis Comunas (sempre fui fã deles, desde a primeira participação ainda na P&K) em 2015. Lucão e Nico jogaram muito. RL: Na edição 2013.1, você disputou a Robgol por um time de professores, os Frilas. Por que não vimos mais este timaço em quadra? Mauro: Por falta de atletas. O Locatelli teve que sair antes naquela Robgol e, depois, não conseguimos mais reunir professores para montar um time. Restou apenas o Áureo e eu, ambos no Perdigol. RL: Você não tem um time fixo há algum tempo. Pretende criar raízes em um novo clube? Mauro: Sim, se o Perdigol não adotar a cor vermelha, pode contar comigo até a última fase deles no curso. RL: Você já viu muitas Robgols, tanto as antigas quanto as “modernas”, como costumo chamar. Quais as principais diferenças entre as de hoje e as do passado? Os times eram assim constan-


Nico está de bem com a vida e vai em busca do tri, mas não poupa um dos Biscates: “Se a gente vier a conquistar eu espero que o Guilherme Pereira não fique com a caixa de cerveja de premiação porque no ano passado ele tomou sozinho e esqueceu do resto do time.”

Um craque cada vez mais interminável Nicolas evitou a extinção dos Biscates com reforços de peso para tentar o TRI-scates

E

le é um dos melhores jogadores da história recente do JorUFSC. É difícil de acreditar que, desde 1978, quando o curso foi fundado, existiram jogadores muito melhores do que Nicolas Quadro. Capitão, camisa 10, campeão de diversas modalidades pela seleção. E bicampeão da Robgol. Era 16 de dezembro de 2012 quando Nicolas, um calouro de 17 anos, foi vicecampeão e o melhor jogador da Robgol, auxiliado por um elenco histórico com China, Beto, Tiago, Leo e GG. Naquele dia, os Biscates venceram o primeiro jogo de sua história, justo sobre os Comunas, por 4x2. Cinco anos depois, Nicolas se transformou em uma das grandes estrelas do curso. E, em 2017. salvou o Biscates da extinção. Em 2016.2, o time teria jogado sem seu maior craque, não fosse o cancelamento daquela edição. Mas neste ano, com as saídas de Lucão e China, o time entrou em crise. Falou-se em um fim, ou pelo menos hiato do atual campeão. Nicolas não deixou. E contratou à altura. Vieram os bicampeões pelo Satisfação Rodrigo e Neri, e uma promessa, o ca-

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louro B Eduardo Iarek. Com os reforços de peso, a crise passou rápida, e o projeto TRI-scates voltou à tona. Em entrevista exclusiva à Robgol Lendas, Nico faz uma retrospectiva da carreira, avalia alguns momentos e fala sobre o futuro do time mais tradicional da história da Robgol. RL: Nicolas, há algumas semanas houve um desmanche no elenco do Biscates, mas o clube reestruturou o elenco e quebra um recorde em 2017.1: são 41 jogos, serão 9 edições disputadas, sendo o time que esteve mais presente na Robgol. Você pretende fazer com que o time continue nos próximos semestres? Nicolas: De todos os recordes que o time já conquistou, o que eu mais curto é o de 41 jogos em Robgol. Isso mostra que o Cambada de Biscate é um time unido e que não desiste nunca. Entra ano, sai ano e eu sei que a gente vai estar disputando

Robgol. Isso é muito massa. E eu torço muito pra que o time continue jogando as próximas edições. Até em uma eventual edição que eu não dispute por lesão, compromisso ou por algum outro motivo eu quero que o time esteja lá jogando. Quero que novos jogadores assumam esse legado que eu ajudei a construir ao longo desses cinco anos. RL: Qual dos dois títulos ficou mais marcado na sua memória? Qual foi o mais importante, se é que podemos dizer assim? Nicolas: O título que mais me marcou foi o primeiro. Depois de bater na trave em 2012, 2013 e 2014, a gente pode finalmente comemorar em 2015. Uma campanha impecável que teve de tudo. Eliminamos todos os times que nos eliminaram antes, fizemos 19 gols e sofremos só um. E vencer os Comunas na final foi tirar um peso das costas. O segundo, em 2016, também foi muito mas-

“Eu já joguei cinco anos no Biscates e já conquistei tudo que eu podia sonhar em conquistar”


sa. A gente ganhou de um timaço na final, e eu fiz os dois gols, então pessoalmente foi mega importante, mas acho que o primeiro foi o mais marcante. RL: Em 2015.2, o time ficou muito próximo do título, mas deixou escapar. O que aconteceu naquela final? Nicolas: Ninguém sabe o que aconteceu ate hoje naquela final de 2015.2 A gente vencia de 1x0 e tinha um homem a mais em quadra e conseguiu perder o jogo ainda. Foi terrível. Tudo bem que o time deles ensebou o jogo fazendo cera do inicio ao fim, mas a gente deveria ter ficado com o titulo. Enfim, serviu pra gente aprender a vencer eles porque em 2016.1 a gente deu o troco (risos). RL: Ainda naquela temporada, o time sofreu uma derrota para o Betumes por 4x1, foi a única vitória deles na história. Houve um apagão? Nicolas: Aquela derrota foi bem cômica. Acho legal quando times de menor expressão conseguem vencer times mais fortes. A surpresa é boa pro campeonato. Naquele jogo eu acho que a gente relaxou demais. Talvez já estava pensando na próxima fase, não sei. A verdade é que eles jogaram bem também. Aproveitaram nossas falhas e venceram o jogo. Mérito do Betumes. RL: Lucão e China rescindiram seus contratos, e Tiago disse que encerrou sua carreira por lesão. Como você recebeu estas notícias? Nicolas: Foi triste quando o Lucão e o China falaram que iam se afastar do time esse semestre. Eles eram peças super importantes. O China desde o começo, em 2012, e o Lucão desde 2013 nos ajudou a conquistar dois títulos. Mas respeito a decisão dos dois, desejo sorte em seus times futuros e espero que eles possam voltar a vestir o manto amarelo de novo um dia. Quem sabe? Agora sobre o Tiago, muito triste que ele não vai poder joga por uma lesão no pé. Lesão essa que ele teve defendendo o Biscates no ano passado, então prova que ele se doou ao máximo. Mas é outro que eu torço pra que possa voltar em uma próxima edição. Dá tempo de se recuperar. Não acredito que ele tenha se aposentado de verdade. RL: Semanas antes desta Robgol o Cambada de Biscate quase acabou, mas foram feitas contratações de mui-

to peso. Você vê o time Mas quando esse dia chegar eu torço pra mais forte do que a que o time continue jogando nas edições temporada passada? O futuras. Seria muito fera ver o Biscates objetivo é o título? ainda ativo no futuro mesmo depois que Nicolas: É difícil eu sair. a gente prever se está RL: No fim das contas, o que signifimais forte ou não do que ca a Robgol para você? no ano passado. Acho Nicolas: A Robgol é uma terapia. que a gente reforçou o Sempre vejo reclamações de alunos e exelenco, mas a falta de -alunos sobre o curso de Jornalismo. Seus entrosamento com os defeitos e as pressões que ele causa. E a novos jogador pode ser Robgol serve como uma válvula de escaum fator que complique pe pros alunos e pras alunas passarem um a gente no campeonato. dia entre amigos jogando bola, tomando Por isso eu discordo que cerveja e se divertindo. Tem coisa mais a gente venha mais for- legal que isso? Sonho com que a Robgol te. O time tem que ter a continue viva por muito tempo, com vámentalidade de sempre. Pensando jogo a rios times. Quanto mais time, melhor, na jogo. E o objetivo é o tri, claro. Um time real. A Robgol é a competição mais imque já ganhou duas vezes e defende a fai- portante do curso e a AAGB não pode xa de campeão tem que pensar em título. deixar ela morrer nunca. Quando eu tiver Tomara que seja sem muito sofrimento, uns 35, 40 anos, quero ler essa entrevista, porque nas outras duas vezes foi tenso de- rever os gols nos vídeos e me lembrar de mais (risos). Se a gente vier a conquistar uma época maravilhosa que eu passei no eu espero que o Guilherme Pereira não fi- Jornalismo UFSC. que com a caixa de cerveja de premiação porque no ano passado ele tomou sozinho e esqueceu do resto do time. RL: Qual é o maior rival do Biscates? Nicolas: Baita pergunta, João. Nenhum time jogou tantas Robgols quanto o Biscates, então é difícil fazer uma comparação de rivais. Por isso eu acho que eu voto no Comunas. Foi o time que a gente mais enfrentou na história e que sempre me motivou pra jogar. Claro que no total eles venceram mais confrontos que a gente, mas em finais o recorde é de uma vitoria pra cada lado. Em 2014.1, Nico ficou com o vice pela segunda vez. Também sempre gostei muito de enfrentar o Bigodes, porque Nicolas Mendonça de Quadro todos eles são meus grandes amigos e os confrontos foram quase sempre bem equiClubes: librados. RL: Você pretende deixar o Bisca- - Cambada de Biscate (12-) tes algum dia? Isto significaria o fim do Títulos: clube? Nicolas: Todo ciclo tem um fim. Eu 2 (15.1 e 16.1) já joguei cinco anos no Biscates e já Títulos individuais: conquistei tudo que eu podia sonhar em 4 Melhor jogador (12, 15.1, 15.2, conquistar. Revelação, três vezes artilheiro, duas vezes melhor jogador e dois tí- 16.1) tulos. Já cumpri o meu papel no Biscates 2 Artilheiro (15.1, 16.1) e ajudei a escrever o nome desse time na história do Jornalismo UFSC. Sei que um Recordista: jogador com mais dia minha hora vai chegar e vou ter que partidas (41) acabar deixando o clube, e quando isso Participações: acontecer eu vou sair pela porta da frente, sem nenhum problema com ninguém. 9 (12-16.1)

“Quando eu tiver uns 35, 40 anos, quero ler essa entrevista, rever os gols nos vídeos e me lembrar de uma época maravilhosa que eu passei no Jornalismo UFSC”

NICOLAS

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Pedro não gosta de ouvir falar da tensão entre Perdigol e Betumes, que teve um primeiro “clássico” em 16.1: “Essa rivalidade é uma palhaçada que tentaram emplacar lá no aquário.”

“Eu devo ter mais gols que o Betumes” Robgol Lendas bateu um papo com Pedro Cureau. O artilheiro avisa: “não subestimem”

F

oi uma viagem longa de Florianópolis à Luzerna, um pequeno município catarinense, de quase 6 mil habitantes, que outrora fora bairro de Joaçaba. A reportagem de Robgol Lendas não imaginava que uma simples viagem se tornaria um programa de sobrevivência do Discovery, depois de ter se perdido cinco vezes e chegado à cidadela cinco dias depois do previsto. Pedro Cureau, estrela do Perdigol, estava em um saloon na principal avenida da cidade. Naquele domingo, montes de feno rolavam sobre a terra batida ressecada pelo sol. O saloon tinha um mural com fotos de mercenários procurados pela xerife local. Uma mesa de pôquer estava rodeada por alguns reis do gado. No bar, de chapéu, calça jeans, botas com esporas, colete de couro de vaca e camisa xadrez, estava Pedro, quase em cosplay de Woody em Toy Story, virando uma dose de Ypióca. O camisa 9 do Perdigol só atendeu a reportagem de Robgol Lendas após uma partida de canastra com familiares, amigos e índios Xokleng renegados. “To matando a pau aqui. Coloca isso na matéria depois”, pediu o caubói daquele faroeste

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nesta temporada 2017.1? Pedro: O presidente Eduardo [Garcia Alves] tem suado bastante nos bastidores. Estávamos acostumados a trabalhar com um elenco reduzido, e de uns tempos pra cá tem sido complicado atender aos desejos de todo mundo. Como eu prefiro ficar longe disso, o que posso garantir é que tenho confiança na diretoria e estou louco por uma oportunidade de jogar. RL: Por que o Perdigol ficou de fora da Robgol 2015.2? Pedro: Aquele foi um ano complicado. Depois da vitória contra o Hélio em 14.2, criamos uma expectativa muito grande pra temporada 2015. Naquela época, treinei muito para melhorar minha mobilidade e passe. O Omar fez fortalecimento no joelho, Fabio ficava depois dos treinos para treinar a finalização e o Ronaldo levava o Edu correr na beira-mar. Coisa de 10km todos os dias. Além disso trouxemos o Áureo e o Filipe, tiPedro sobre a nha tudo pra dar certo. rivalidade com o Betumes Mas a sintonia em qua-

colono, no visual completamente diferente do de playboy exibido no litoral. Não demorou muito para um dos índios flecharem seu chapéu após esta declaração. Fora do Velho Oeste catarinense, Pedro vende a imagem de bom moço, com suas redes sociais repletas de fotos com a família e seus primos pequenos, no estilo comercial de margarina. E além disso, tem quatro edições da Robgol no currículo, gols importantes e rivalidades. Pedro Cureau abriu o jogo sobre a desistência de 15.2 e não poupou palavras. Sobrou até para o Satisfação e a AAGB. Além disso, o atacante de 20 anos contou algumas mentiras deslavadas, que tivemos medo de contestar num saloon cheio de colonos armados. RL: Pedro, obrigado por nos receber. Pedro: Sempre um prazer. Luzerna não é a Romênia, mas espero que você queira voltar. Aceita uma cuia? RL: Obrigado, já jantei. Mas Pedro, o Perdigol irá continuar

“Não se pode comparar um prato de picanha com outro de feijão com farofa.”


ROBGOL lendas 21

PEDRO

Pedro: Já temos o melhor goleiro , o Áureo). O melhor jogador, o Fabio. A arbitragem é nossa amiga... Eu não sei o que acontece. Não gosto de arrumar desculpas, como faz o Satisfação toda vez que perde um campeonato, mas acho que falta um representante nosso na AAGB. Sempre nos damos mal no torneio, acho engraçado o Perdigol ter que disputar o jogo das 8h30 em quase todas as edições... Talvez essa interferência externa seja o que mais atrapalhe. Acho o Ronaldo fora de sintonia também. Ele bebe muito pouco e cuida demais da forma física, Isso com certeza é um diferencial negativo. RL: E no fim das contas, o que a Robgol significa para você? Pedro e seu inseparável violão, em acústico com a presença divina de André Picolotto. Pedro: A Robgol é uma escola da vida. Nela eu aprendi a brigar (Fabio e dra não foi boa na edição em 15.1, então antecede a Robgol. O Ronaldo nem liga Ronaldo), que a amizade acaba dentro das resolvemos tirar um tempo para estudar tanto, ele e a esposa quase não saem de quatro linhas (Carlos Henrique Costa), e e refletir. Fomos à Copacabana, fazer um casa. Eu também não, sou mais caseiro. que não se deve confiar em ninguém que estágio com o Renato Gaúcho. Acho que Mas imagina só o Fabio, que não vive te oferece algo de graça (Renato Botteon). foi importante. sem um pagodinho... Teve uma vez que Além disso, significa que o semestre está RL: Vocês acabaram desenvolvendo ele até tentou cortar o cigarro do Áureo, acabando e estou mais próximo da minha uma rivalidade com o Betumes. Como mas voltou atrás porque fizemos muita formatura. É sempre um alívio. você vê esta situação? pressão. Só que dessa vez descobrimos Pedro: Essa rivalidade é uma palhaça- que ele só fazia isso pra comer todo nosda que tentaram emplacar lá no aquário. so estoque de carne e beber nossa cerveja Começou porque o Perdigol precisava de sozinho (risos). um fixo. Apesar de ser um monstro, com RL: Você é um dos maiores artilheiqualidade inquestionável, o Fabio não ros de todos os tempos do Perdigol, mas era mais o mesmo já naquela época. Não ao mesmo tempo o time acaba sendo aguentava atacar e voltar marcar o tempo visto como “vitória obrigatória” por inteiro. A idade pegou, querido, é só olhar outros clubes. Acha que os adversários para a cabela dele e ver. Nossa diretoria subestimam o Perdigol? Pedro Henrique Jacoby Cureau fez uma proposta para o Artur, um jogaPedro: Não posso responder por eles. dor que se encaixava nos padrões que o Sei que eu não subestimaria. Isso é chaclube queria. Seduzimos ele oferecendo a mar a pressão pra si, uma burrice. Mas Clubes: chance de jogar ao lado de estrelas como se for verdade, eu não ligo. O povo fala - Perdigol (14.1-) o Omar, o próprio Fabio... Em 16.1 o cara porque tem boca. Confio no potencial da já era nosso. A partir daí começaram his- minha equipe. Participações: tórias de que eles teriam ficado putinhos, RL: O que falta ao Perdigol para 4 (14.1, 14.2, 15.1, 16.1) vi até um comentário no Facebook cha- conquistar seu primeiro título? mando todo o Perdigol de mau caráter. Isso é invenção, tudo foi feito às claras. O Perdigol é um clube amigo, pra mim nunca houve rivalidade. Até porque não se pode comparar um prato de picanha com outro de feijão com farofa. E foi realizado apenas um clássico. Ganhamos bem. Eu sozinho devo ter mais gols que o Betumes. RL: Você diz que o Perdigol vem para 17.1? Haverá reforços? Pedro: Eu prefiro ser cauteloso e não iludir nossa torcida. Por enquanto, só posso afirmar que confio no presidente Eduardo, mesmo após uma mancada recente... RL: Que mancada? Pedro: Desde a primeira edição ele nos proíbe de fazer churrasco no mês que O elenco de Perdigol explica a fórmula do (in)sucesso na RPC. Omar tirou a foto.


O ex-camisa 7 do Bigodes se diz cansado da briga incessante por título e quer curtir com um combinado de verdadeiros craques em 17.1.

Faça bem a barba, arranque seu Bigode Renight deixa o tradicional time azul junto com André Picolotto rumo ao Rabo de Galo

D

epois de seis Robgols no Bigodes, Renato Botteon está cansado do compromisso de brigar por título. O ex-presidente da AAGB foi vice-campeão na edição 2014.2 caiu nas semifinais de 2013.1 após uma disputa de pênaltis traumática com o melhor time da história do Hélio Schuch e agora quer um novo desafio, livre da pressão. Mas não livre de um certo favoritismo. Ao lado de seus amigos André Picolotto, Henrique Demeneck e Carlos Henrique Costa, Renato encabeça o Rabo de Galo, um dos novos times que surgem nesta Robgol 17.1. No papel, o elenco briga pelo título, mas Renato foca na cerveja e na confraternização. A Robgol Lendas trouxe à tona em entrevista exclusiva o lindo passado de Renight, (que retorna ao campeonato depois de dois anos, além de suas perspectivas para o futuro. O ex-presida também criticou a decisão da nova geração da diretoria da AAGB, que barrou definitivamente a “Cláusula Paschoal” (jogador sem vínculos oficiais com o JorUFSC que disputou diversas Robgols e foi artilheiro em 2015.2) e consequentemente a contratação de Vitor Picolotto como jogador do Rabo de Galo. RL: Renato, por que os bigodes se

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separaram? Renato: Como qualquer casamento de longa data chega uma hora que temos que repensar a relação. Os anos de Bigodes foram maravilhosos! O Bigodes me proporcionou muitas coisas! Fizemos partidas memoráveis e campanhas incríveis. Tornamos o time azul uma das equipes de maior tradição da Robgol, mas o peso do manto era muito forte. Desde a nossa estreia figurávamos como um dos favoritos e é claro que uma hora não íamos aguentar essa pressão. Desde que eu voltei do exterior ando com a ideia de jogar um futebol mais light, baseado mais na diversão do que nas cobranças da torcida, até porque já estou chegando no final da carreira. Surgiu a proposta então de jogar num time novo, sem pressão por resultados, um time baseado nas premissas da alegria em quadra e ousadia fora dela. Um time interfásico composto por lendas do Aquário. Diante de uma proposta dessas quem não ia balançar? RL: E qual será o destino dos seus ex-colegas? Renato: Não sei, na verdade. Mas espero que eles tenham sorte no novo time e que possamos nos encontrar na final. Seria uma final épica e que faria jus a história da Robgol.

RL: Quem está no Rabo de Galo e quais são os objetivos do clube? Renato: O Rabo de Galo vem com um elenco forte e variado esse ano. Com jogadores de diversas fases que deixaram outros clubes em função do ideal e as doses oferecidas pelo Rabo. A princípio não posso falar em nomes até porque o elenco ainda não está fechado. A diretoria tentava trazer o Vitor [Picolotto, irmão de Sua Excelência André], mas como é de um outro curso foi impedido de jogar nas edições anteriores. O Vitor é uma contratação estrangeira e infelizmente foi vetado pela comissão organizadora porque já contamos com o alemão Reneuer na nossa meta. O Vitão tem duas Robgols no curriculo e seria peça-chave no nosso time. Ele vem demonstrando interesse de voltar a jogar a Robgol há tempos, mas infelizmente por conta de infelizes cláusulas regulamentares acaba ficando fora. O Vitão foi contratado pela sua liderança dentro do vestiário, sem ele não teríamos um Rabo de Galo. Ele não jogará mas faz parte do elenco e estará presente no banco do Rabo coordenando nossa comissão técnica e as rodadas de drink antes e após nossas partidas. RL: O Bigodes acabou de vez? Carlos disse que o Satisfação entrou em hia-


“O Hélio Schuch nunca teve futebol para rivalizar com o Bigodes”

amos o perdigol na última rodada, mas já sabíamos que estávamos eliminados. Com certeza se o Murica estivesse jogando nossa história seria diferente. RL: Quais as diferenças da Robgol na sua presidência para as das gestões seguintes? Renato: A cada edição a Robgol se torna maior e é organizada de uma forma melhor e mais responsável. A competição evoluiu muito desde a época que ela foi retomada [2011]. Espero apenas que algumas questões sejam revistas pela entidade máxima. Questões como essa [impedimento de Vitor Picolotto] admito que ajudei a criar, temendo um possível desequilibrio por parte das equipes na competição; Mas que agora, do outro lado, eu já não concordo. Cada caso é um caso e deve ser visto e analisado de maneira particular. A Robgol deve unir e não segregar, juntar e não separar. Foi com esse propósito que ela foi criada e infelizmente acabamos desvirtuando sua história. RL: Quem é o favorito ao título em 17.1? Renato: Como tem muito time novo na Robgol desse ano, fica difícil apostar em uma equipe. Tudo leva a crer que essa Robgol será uma das mais equilibradas e de maior nível técnico de todos os tempos. Para muitos atletas que participaram da geração de ouro da AAGB (terceiro lugar no interatléticas, vice no JUCS, campeões da segunda divisão do interatléticas, campeões do TUCA) só falta um título de Robgol. Por isso acho que todo mundo vai vir babando atrás desse troféu. Comigo não vai ser diferente. Se for pra apostar em uma equipe, aposto na minha, é claro. RL: No fim das contas, o que a Robgol significa para você? Renato: A Robgol é o evento de maior prestígio do aquário, onde calouros, veteranos, dinossauros, ex-alunos e professores se encontram. Considero o evento esportivo mais importante da Atlética devido ao seu grande potencial de integração entre o curso. Tenho um carinho imenso pela Robgol, só me falta ganhar o título.

Renato Giordani Botteon Clubes: - Bigodes - Rabo de Galo (17.1-) Participações: 6 (12-15.1)

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RENATO

to, mas não foi extinto. Então o Rabo de o maior rival dos Bigodes. Hélio Schuch Galo irá acabar caso o Satisfação volte? até tentou. Faziam faixas de provocação e Renato: O Bigodes nunca acabou. caixão dos Bigodes, mas eles nunca tiveTudo depende do mercado e das pro- ram futebol pra isso [rivalizar]. postas oferecidas pela cartolagem. Pode RL: Em 2013.2, o time venceu os Coser que um dia o Bigodes volte. Sobre o munas na estreia e chegou ao terceiro Rabo, a ideia sempre foi fazer uma única lugar. Em 2014.2, porém, o time chegou aparição, até porque a maioria dos nossos à primeira final de sua história e foi contratos são empréstimos de apenas um vice-campeão. Como foi aquela campasemestre. O pacotão do Satisfação prova- nha e aquela final? velmente voltará a jogar pelo seu antigo Renato: Nossa equipe vinha numa asclube no próximo semestre. O que não cendente durante os últimos anos. Sabíasignifica que o Rabo mos da nossa força e da deixará de existir. Tequalidade individual de nho certeza que os cada um no time. Quancartolas do Rabo vão do vencemos o Biscates procurar peças de rena estreia por 5x3, um posição a altura para o dos grandes favoritos semestre que vem. da edição, começamos a RL: O Bigodes acreditar que tínhamos teve uma semifipotencial para disputar o nal histórica com o Hélio Schuch em título. E de fato aquele nosso time foi se 2013.1, perdida nos pênaltis. Como foi mostrando muito forte, foram 3 jogos e 3 aquele jogo, quem perdeu o pênalti de- vitórias. Nem a derrota por 6 a 1 na nossa cisivo? última rodada nos abalou, até porque já Renato: Aquela semifinal foi muito estávamos virtualmente classificados para difícil. O Hélio Schuch, que sempre foi a final. Depois de tanto tempo lutando pra um saco de pancadas dos times da Ro- chegar numa final de Robgol, não íamos bgol, estava reforçado por Ziert e Florên- deixar barato. Na final reencontramos o cio. Lembro que tomamos o primeiro gol Satisfação, corrigimos as falhas do time e e custamos a empatar. Tomamos o segun- entramos para ganhar. Foi um jogo difícil, do gol no segundo tempo e aí começou a a zaga do satisfação era muito forte. Era catimba. Eles passaram a jogar todos na muito difícil vencer o Rodrigo também, defesa e o Ziert começou a bater e a pro- ele pegava todas as bolas. Em um lance de vocar nossos jogadores. O gol não saía de contra-ataque, no final do jogo, o Falluh nenhuma maneira até que no último lance foi chutar, pegou de uma forma estranha do jogo achamos um escanteio. Eu cobrei na bola, e ela acabou enganando o Rômue a bola chegou nos pés do Boaventura, lo. Tentamos até o final buscar o empate, que encontrou o caminho do gol. 2x2 no mas era tarde demais. tempo normal, fomos para os pênaltis. RL: No semestre seguinte, quando Todos os jogadores estavam muito tensos foi cabeça-de-chave, o Bigodes foi elipara bater. Havia provocação de todos os minado na fase de grupos. Por que a lados, inclusive dos Comunas, hostili- queda brusca? zando nossos jogadores. Eles erraram, o Renato: Me corrija se eu estiver erSpessatto errou. A partir daí eles fizeram rado, mas naquela edição acho que estátodos os outros e eu vamos sem o Murica. O errei a última coMurici sempre foi a peça brança. Aquele jogo fundamental do Bigodes, foi uma das maiores dava segurança para a decepções esportivas zaga e subia para apoiar da minha carreira. o ataque. Nenhum outro Nosso time sempre jogador conseguiria subsfoi muito mais forte tituir ele no time. Sem o que o Hélio Schuch. Murici era muito difícil Merecíamos fazer jogar. Foram duas deraquela final contra o rotas nos dois primeiros Comunas (que infejogos, uma goleada para o lizmente nunca fizecambada na primeira romos). dada e um jogo dificílimo RL: Qual era o contra o Orange horses maior rival do Bina segunda, saímos pergodes? dendo e não conseguimos Renato: O Coempatar a partida. Orgamunas com certeza é Renato flutua na Robgol 2015.1 nizamos o time e gole-


Rodrigo se recupera de cirurgia, deixa o Satisfação e pode se tornar a contratação da temporada: “tudo ainda depende dessa consulta com o médico.”

Satisfação garantida. Para o Biscates Bicampeão da Robgol, Rodrigo trocou o projeto SaTRIsfação pelo projeto TRI-scates

R

odrigo Rocha é um dos maiores jogadores da história recente do Jornalismo UFSC. Goleiro capitão não só do do Satisfação (clube que ajudou a fundar) mas também da seleção da AAGB, o garoto que passou no vestibular com 16 anos cresceu e agora está muito mais perto do fim do curso do que do começo. Hoje bicampeão da Robgol e com 20 anos de idade, o foco do Capita está bastante centrado no TCC e na família, incluindo o já longo relacionamento com a não menos craque Larissa Martinelli, artilheira e também bicampeã da Robgol com as Devassas. Rodrigo terminou 2016 de forma atípica. Com o cancelamento da edição de 2016.2, o Satisfação terminou na lanterna da edição 2016.1 e com a pior defesa: 11 gols sofridos. Algo inaceitável para quem foi o goleiro menos vazado da Robgol por três vezes. Com o elenco cansado dos constantes desfalques semestre após semestre, foi decidido um hiato. Em 2017.1, Carlos e Demeneck irão atuar com Renato e Picolotto, dissidentes do Bigodes, formando o Rabo de Galo. Rodrigo, como todo bom capitão, foi o último a abandonar o barco. Lesionado, o “capita” se tornou dúvida para a temporada. Até que sur-

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giu uma proposta irrecusável: a de outro bicampeão: o Cambada de Biscate. De dúvida, Rodrigo se tornou a contratação do ano, o principal golpe no mercado de transferências. Em entrevista exclusiva à Robgol Lendas, a muralha conta sobre seus aprendizados nestes três anos e se diz empolgado para estrear pelo Biscates. “É uma equipe muito bem conceituada, multicampeã e que tem o mais importante, meus amigos.” RL: Olá, Rodrigo, obrigado por nos receber. Rodrigo: A honra é minha de receber um jornalista tão importante. RL: Sempre um gentleman. Você entrou no curso num semestre em que a Robgol foi renateada e realizada apenas no início do semestre seguinte. Como foi a idealização do Satisfação? Rodrigo: Percebemos que nossa turma tinha apenas quatro jogadores, sendo um goleiro. Como tínhamos uma aproximação boa com nossos veteranos, e eles eram em três, fizemos o convite e eles aceitaram. Foi daí que surgiu o time. O nome foi dado pelo Gabriel Neves, o Zica. RL: O time começou simplesmente arrasador, conquistando dois títulos invictos nas duas primeiras participa-

ções, em dois lugares diferentes (CDS e PK&M8). Foi muito além do esperado? Rodrigo: Para a primeira edição, foi bem além do esperado. Sabíamos que o nosso time tinha qualidade, porque a gente via o pessoal jogando no Tabajor. Então, poderíamos incomodar. Logo na estreia, tivemos um pênalti contra e eu consegui defender, o que é algo louco para mim, que raramente pego pênaltis. A partir dali, fomos crescendo, ganhando confiança e entrosando o time. Para o futsal, sabíamos que o ritmo tinha que ser maior, por causa do tamanho da quadra. De novo, com confiança do time, plena forma física dos jogadores e com a estrela do Falluh na final, conseguimos o bi. Algo que nem passava pela nossa cabeça na criação do time. RL: Quem cobrou o pênalti naquela ocasião, você se lembra? Rodrigo: Foi o Frighetto, jogando pelo Hélio. Acho que, se a gente tivesse tomado o gol, nada do que a gente conquistou iria sair. RL: A primeira derrota do time veio justo em uma semi-final, por 3x0, contra os Biscates em 2015.1. O que aconteceu naquela Robgol e por que aquela derrota aconteceu? Rodrigo: Jogamos aquela edição des-


com um time deveras desfalcado, acredito que não devíamos nem ter jogado. Kadu foi, ajudou e fez o papel dele, mas teve um que nem apareceu... Coisa feia. Mas, acontece para a gente aprender. RL: Você sente falta da briga pelo título, depois de ter começado tão bem na Robgol? Rodrigo: Eu sinto falta sim, principalmente porque o Satisfação nunca mais conseguiu jogar junto depois dos dois títulos, sempre tinha um desfalque. É uma frustração mais por essa razão mesmo, de saber que a gente sempre tinha uma coisinha para resolver antes de chegar preparado. RL: Com o hiato do Satisfação, você assinou com o Biscates. Por que decidiu por esta mudança? Rodrigo: Depois que o Rabo de Galo foi formado, havia dúvida sobre minha presença e eles decidiram buscar um goleiro externo. Foi aí que pensei no Biscates para ter uma possível chance de jogar a Robgol, por ser ser uma equipe muito bem conceituada, multicampeã e que tem o mais importante, meus amigos. RL: Carlos e Demeneck estão fazendo, pelo menos para esta temporada, o Rabo de Galo, com uma dissidência do Bigodes. Se o DM liberar, seria este o seu destino? Rodrigo: O título é sempre o objetivo final, mas aprendi nas últimas edições que não dá para jogar no retrospecto, se

apoiando no passado. É entrar em campo, jogar os 20 minutos para ganhar e ir passando de jogo a jogo. É assim que vou pensar quando pisar na quadra pelo Biscates. RL: Você é um jogador discreto, mas que sempre exerceu grande liderança e comando sobre as equipes pelas quais passou. Como você lida com a fama de “capita”, sendo o melhor goleiro do Jornalismo UFSC da história recente? Rodrigo: Eu acho que é bom ter a confiança do grupo quando vamos para um campeonato, seja pelo Satisfação ou pelo Jornalismo UFSC. Se eu consigo passar tranquilidade e confiança para os companheiros, fico feliz com esse reconhecimento. Como goleiro, acredito que consigo olhar mais o jogo e passar melhor as instruções quando é preciso. O resto, deixo que meus companheiros resolvem, sempre da melhor maneira, sem brigas e sem discussões. RL: Para finalizar, o que significa a Robgol para você? Rodrigo: Cara, a Robgol é uma oportunidade de se sentir importante em um campeonato, de sentir aquele nervosismo de jogar e ter vontade de vencer. Isso significa para mim o que não pude alcançar quando minha vontade era ser jogador de futebol. Por outro lado, é passar o dia com o pessoal que você gosta, compartilhar o dia-a-dia das aulas, ver o pessoal reunido por uma causa nobre que é o futebol.

“O Biscates é o maior rival mesmo, o que trouxe mais dificuldades”

Rodrigo Silveira Rocha

Rodrigo foi o goleiro menos vazado em 15.2, num time desfalcado de Zica e Neri.

Clubes: - Satisfação (14.1-16.1) Títulos: 2 (14.1 e 14.2) Títulos individuais: 3 Goleiro menos vazado (14.1, 14.2, 15.2) Participações: 5 (14.1-16.1)

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RODRIGO

falcados, sem um de nossos zagueiros, o Pará, e isso deu uma quebra no ritmo. Acho que Mister e Frighetto jogaram essa edição para nós, mas não me recordo bem. Não conseguimos impôr nosso ritmo contra uma equipe fortíssima e que estava voando. Tínhamos que deixar o tempo passar e tentar achar um gol, mas saindo atrás do placar esse plano desmoronou. Foi merecido e o nosso time não se acertou com os reforços e os desfalques. RL: Seria correto dizer que, após aquele épico 0x0 contra os Biscates em 2014.2 e a derrota por 3x0 em 2015.1, eles se tornaram os seus maiores rivais? Como você vê as rivalidades do Satisfação? Rodrigo: Eu acho que sim, mas apenas dentro de campo. Foi um time que sempre trouxe dificuldades para a gente e foram crescendo muito nas edições que foram se passando. Não temos muita rivalidade, acredito que todo mundo que joga se diverte fora de campo e se entrosa. Mas dentro de campo, o Biscates é o maior rival mesmo, o que trouxe mais dificuldades. RL: Em 2015.2, o Satisfação teve uma campanha de 3º lugar pela segunda vez seguida, com três gols marcados e três gols sofridos. E em 2016.1, o time teve um desempenho desastroso. O Satisfação errou nas contratações que fez? Rodrigo: Em 2015.2 a gente contratou bem, eu acredito. Mister e Frighetto ajudaram, mas o Miki, reforço de intercâmbio, se machucou um dia antes e não pode ajudar. Para 2016.1, escolhemos jogar


BATE-BOLA Andrey

Carlos

Mello

Um jogador no mundo

Um jogador no mundo

Um jogador no mundo

Um jogador no JorUFSC

Um jogador no JorUFSC

Mauro Cervejinha

Henrique Demeneck

Um jogador no JorUFSC

Um time

Um time

Corinthians

Santos

Um jogo memorável

Um jogo memorável

Semifinal do TUCA, 2017

Satisfação 0x0 Comunas, Robgol 2015.1.

Um gol seu

Um gol seu

Ronaldo

O da semifinal em 2007.

Uma decepção

Semi contra a Cambada [de Biscate], Robgol 2016.1

Confrades em uma palavra Raça

Gennaro Gattuso

O primeiro gol do Satisfação na vitória por 2x1 sobre a Cambada de Biscate na Robgol 2014.1 renateada.

Uma decepção

Eliminação por saldo de gols na Robgol 15.2, quando o Satisfação tinha futebol pra ganhar o tri.

Satisfação em uma palavra

Caio Um jogador no mundo

Dr. Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira

Um jogador no JorUFSC Rafa “Papai” Gomes

Um time

Corinthians

Um jogo memorável

Vitória nos pênaltis sobre os Bigodes em 2013, que nos classificou para a final.

Um gol seu

Chute de primeira de fora da área, depois de lançamento do Lucas Miranda num escanteio. 2013.

Uma decepção

Perder a Robgol com um homem a mais em quadra o tempo todo.

Hélio Schuch em uma palavra Imprevisível

26 ROBGOL lendas

Zica

Serpa Um jogador no mundo Falcão (futsal)

Pirlo

Lucão

Um time

Internacional

Um jogo memorável

Betumes 4x1 Biscates, Robgol 2015.2

Um gol seu

[Tabajor] De voleio, num cruzamento errado do Baby.

Uma decepção

Cadu jogando pelo Confrades depois de dizer que não jogaria aquela Robgol [2016.1]

Betumes em uma palavra Galera

Mauro Um jogador no mundo Cristiano Ronaldo

Um jogador no JorUFSC

Um jogador no JorUFSC

Nicolas

Rodrigo, dos Comunas.

Um time

Um time

Confrades

Grêmio

Um jogo memorável

Um jogo memorável

AAGB (UFSC) 7 x 2 AAADEC (UTFPR) (JUCS 2016)

A semifinal contra os “ex-ex” alunos em 2007.

Um gol seu

Um gol seu

Quando puxei o contra-ataque, passei por um, deixei o goleiro, o zagueiro e a moral da UTFPR no chão, naquele fatídico jogo do JUCS 2016

O da semifinal em 2007.

Uma decepção

2016.2 sem Robgol

A eliminação dos Laranjas na primeira participação. O time era bom e entrosadíssimo, tanto é que chegou ao título depois.

Confrades em uma palavra

Robgol em uma palavra

Uma decepção

Bicuda

Prazer


Nicolas Um jogador no mundo

Renato

Um jogador no mundo

Lebron James. Eu sei que não é um jogador de futebol, mas ele é um dos jogadores mais dominantes que eu já vi jogar, e é um jogador completo. Sabe defender, sabe armar, sabe atacar, tudo.

Ronaldinho Gaúcho

Um jogador no JorUFSC

Um time

Murici Balbinot

Um time

Brasil de Pelotas.

Um jogo memorável

Meu primeiro, em 2012, contra os Comunas. Nem sabíamos como funcionava o campeonato e como era o nível técnico. Pegamos o time mais forte e fizemos 4x2 se não me engano. Fiz três gols naquele jogo.

Um gol seu

O mais bonito foi em 2014, contra o time de cinza do Pedro. Eu recebi uma bola de costas pro zagueiro, dei um balão nele e peguei de primeira sem deixar cair. Uma bomba. Mas o mais importante e mais marcante foi o primeiro da final de 2015, no nosso primeiro título, contra os Comunas. Quase do meio da quadra. Chute forte, baixo, cruzado.

Um jogador no JorUFSC Aramerki II [Aramis]. Palmeiras

Um jogo memorável

Vitória de 5x3 contra os “Cambadas” [Biscates] na primeira rodada da Robgol 14.2, que demonstrou toda a força do nosso elenco naquela edição

Uma decepção

A derrota nos pênaltis para o Hélio Schuch na semifinal da Robgol 2013.1.

Bigodes em uma palavra Eterno.

Uma decepção

A primeira final contra o Sem Maldade. Ganhando de 1x0 com um a mais a gente conseguiu a proeza de tomar a virada e perder o título. Fiquei muito puto nesse dia.

Cambada de Biscate em uma palavra Tradição

Pedro

Rodrigo

Um jogador no mundo

Um jogador no mundo

Um jogador no JorUFSC

Um jogador no JorUFSC

Um time

Um time

Um jogo memorável

Um jogo memorável

São Marcos

Fabão [Fabio Tarnapolsky]

Palmeiras

Futebol? Virada sobre o Hélio em 14.2.

Um gol seu

O primeiro dessa virada.

Uma decepção

O Satisfação em 16.1.

Perdigol em uma palavra

Tiago Volpi

Nicolas Quadro

Figueirense

Jornalismo UFSC 3x2 Agronomia UFSC, semifinal da Série B do Interatléticas.

Uma decepção

Rebaixamento do Jornalismo UFSC no futsal do interatléticas em 2016.

Satisfação em uma palavra Sintonia.

Técnica

ROBGOL lendas 27


“Uma oportunidade de se sentir importante em um campeonato”

“A Robgol é o maior evento esportivo possível” “A Robgol é uma escola da vida”

“Os times começam a criar uma identidade e a coisa fica bem mais intensa”

“Participar de uma Robgol significa que você sobreviveu ao semestre”

“O maior evento do JorUFSC”

“Significa muito mais do que um campeonato”

“Alegria dentro e fora da quadra”

“É o evento de maior prestígio no Aquário”

“A Robgol é uma terapia”

O QUE AS LENDAS DIZEM SOBRE A ROBGOL


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