Lugares Ocultos

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Lugares Ocultos Exposição Fotográfica

César Figueiredo Jorge Inácio


ORGANIZAÇÃO

Lugares Ocultos

Patrocínio

César Figueiredo e Jorge Inácio, quatro olhos que vaguearam por lugares carregados de memória e, conferindo-lhes significado e valor, proporcionamnos um outro Olhar e um Sentimento de leda melancolia. Numa harmonia perfeita com o espírito dos lugares, os autores, nostálgicos de um tempo perdido que gera saudade, pensaram em homens, retomaram gestos, recriaram rotinas. Sentiram e viveram a ruína e por meio dela preservaram a memória de espaços que rotulam de sagrados. Capturando a Natureza Visível e Invisível destes universos, corpos esvaziados da sua alma, construíram, numa cosmovisão quase religiosa, um lugar para a eternidade que resiste ao ímpeto devastador dos tempos e das vontades.

Apoios

Edição Mosteiro de São Martinho de Tibães | 2009 Fotografias

Aida Mata, Mosteiro de Tibães, Março 2009.

César Figueiredo, Jorge Inácio Desenho Gráfico César Figueiredo Textos Aida Mata, César Figueiredo, Jorge Inácio Impressão Oficina de S. José ISBN: 978-972-98066-6-7

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Lugares Ocultos Conceito Após a realização de duas séries fotográficas, inseridas no contexto da arqueologia industrial, surgiu a oportunidade de expor esse trabalho com carácter de memória visual de tempos idos associados ao ritual de laboração. Na sequência de já ter exposto na “Sala do Recibo” do Mosteiro de S. Martinho de Tibães no ano de 2003, surgiu a ideia de conciliar este trabalho fotográfico com Jorge Inácio, o qual tem vindo a fazer um levantamento de registos fotográficos do Mosteiro, entrando em locais e pormenores muitas vezes imperceptíveis e “ocultos” desse magnífico espaço monástico. Esta associação de fotografias com aspectos distintos entre fábricas e mosteiro acabou por dar origem a um projecto artístico de grande envergadura por possibilitar um ponto de vista único e revelador dos aspectos comuns entre “fábrica” e “mosteiro”. A ideia surgiu então, de estabelecer uma relação directa entre o objecto do projecto fotográfico e o espaço monástico. É de extrema importância realçar nesta exposição as características comuns entre a “fábrica” e o espaço da exposição, o “mosteiro”. À partida, parece não haver senso neste conceito arrojado, mas se pensarmos nas fábricas como espaços vastos, com áreas perfeitamente divididas onde o trabalho era executado para determinados fins, e sobretudo com um ritual muito

preciso, existe uma rotina diária que aproxima estes dois universos. Tal como as fábricas, os mosteiros são locais de rotina, de trabalho espiritual e são também compostos por áreas perfeitamente definidas onde essa rotina diária era executada segundo regras extremamente precisas. Ambos os universos (fábrica e mosteiro) são grandes, operam dezenas ou centenas de funcionários/monges para que tudo se mantenha imutável. Neste caso, as fábricas fotografadas estão em ruínas, e mais uma vez se relacionam bem com a ideia gerada socialmente que os mosteiros são construções antigas, místicas e quase sempre em ruínas ou em avançado estado de degradação. Não é por ventura o caso do Mosteiro de Tibães, mas basta a ideia romântica de mosteiro, e todo o aparato inerente a este universo para criar o fio condutor para que o conceito do meu trabalho em parceria com as fotos de Jorge Inácio seja entendido. Trata-se pois, de um objectivo conceptual da visualização e do entendimento de pontos que ligam estes dois mundos tão diferentes, mas em simultâneo tão perto e tão idênticos na sua estrutura mais íntima. O título da exposição é “Lugares Ocultos”, reforçando a ideia de retiro. Quer nos mosteiros quer nas fábricas há um grande distanciamento entre o interior sagrado e quase inacessível, do mundo

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exterior. Há quase como uma barreira invisível que separa o mundo profano exterior do mundo sagrado, do culto e do trabalho. Os “Lugares Ocultos”, são eles mesmo, muitas vezes o alvo das nossas objectivas, mostrando e descobrindo sítios, vistas, visões e planos desconhecidos da rotina do dia a dia. O oculto na sua dimensão mais transversal, é aqui posta a nu, evidenciando pormenores e dimensões comuns destes dois ambientes únicos. Neste projecto fotográfico não há presença humana, simplesmente foram captados os diferentes espaços e pormenores que interessaram destacar para realçar o espaço e remeter para a nostalgia do tempo em que tudo estava em actividade. Pretendeu-se captar as texturas e os espaços degradados pelo tempo, numa tentativa de conseguir sentir os cheiros e os ruídos causados por tantos anos de laboração. Da mesma forma, as paredes dos mosteiros encerram em si tantos pormenores de ruína, de texturas e de espaços abandonados que nos fazem lembrar os tempos áureos da vida monástica, do tratamento do culto e das rotinas pesadas, quase como se de funcionários se tratasse para manter uma ordem global num só espaço muito vasto. Tive ainda a iniciativa de produzir um video onde destaco muitos desses espaços das fábricas fotografadas e do Mosteiro de Tibães, numa abordagem esteticamente interessante para o espectador. Este é o único registo a cores destes dois mundos apagados pelo tempo mas imortais na nossa memória.

Empresa Cerâmica do Minho, 50x70 | César Figueiredo - 2007

“Ao entrar na fábrica senti-me como se tivesse entrado num templo... na solidão dos meus passos consegui perscrutar os passos, gestos e atitudes dos monges de outros tempos”. César Figueiredo.

César Figueiredo.

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Lugares Ocultos as imagens

A Fábrica e o Mosteiro os Lugares Ocultos

As imagens passam à nossa frente, fazendo com que as coisas tenham um sentido e uma cor diferente de cada vez, que tenham uma transcendência pequena ou grande mas que formem um conjunto ao qual chamamos - a nossa vida. Sensações que muitas vezes ficam presas na memória, de uma forma mais ou menos inconsciente e que adquirem logo novas formas, que jogam entre si, se misturam e se convertem em coisas diferentes – as nossas recordações. Este trabalho fotográfico propõe penetrar nesse lugar. Há fragmentos de coisas vividas, de coisas vistas e sentidas de uns anos que de repente se unem, se separam, se relacionam num espaço novo e fazem aparecer outra história, outro universo. Entre elas existem ligações mais ou menos evidentes, relações que estão aí ou que podem imaginar-se. O importante é que, o que se começou a construir aqui seja completado e convertido em outra coisa dentro do mundo pessoal de quem se aproxime e que cada um seja tocado pelo lugar ao mesmo tempo familiar e desconhecido, aquele espaço onde os pensamentos são abstractos, as recordações se misturam e os limites se perdem.

Empresa Cerâmica do Minho, 50x70 | César Figueiredo - 2007

Jorge Inácio

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Empresa Cerâmica do Minho, 50x70 | César Figueiredo - 2007

Mosteiro de São Martinho de Tibães, 50x70 | Jorge Inácio - 2003

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Mosteiro de São Martinho de Tibães, 20x30 | Jorge Inácio - 1999

Fábrica de Curtumes - Guimarães, 20x30 | César Figueiredo - 2007

Mosteiro de São Martinho de Tibães, 20x30 | Jorge Inácio - 1999

Fábrica de Curtumes - Guimarães, 20x30 | César Figueiredo - 2007

Fábrica de Curtumes - Guimarães, 20x30 | César Figueiredo - 2007

Mosteiro de São Martinho de Tibães, 20x30 | Jorge Inácio - 2004

Fábrica de Curtumes - Guimarães, 20x30 | César Figueiredo - 2007

Mosteiro de São Martinho de Tibães, 20x30 | Jorge Inácio - 2002

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Mosteiro de São Martinho de Tibães, 20x30 | Jorge Inácio - 2001

Mosteiro de São Martinho de Tibães, 20x30 | Jorge Inácio - 2001

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Mosteiro de São Martinho de Tibães, 20x30 | Jorge Inácio - 2001

Mosteiro de São Martinho de Tibães, 20x30 | Jorge Inácio - 2001

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Empresa Cerâmica do Minho, 50x70 | César Figueiredo - 2007

Mosteiro de São Martinho de Tibães, 50x70 | Jorge Inácio - 2003

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Fábrica de Curtumes - Guimarães, 20x30 | César Figueiredo - 2007

Fábrica de Curtumes - Guimarães, 20x30 | César Figueiredo - 2007

Fábrica de Curtumes - Guimarães, 20x30 | César Figueiredo - 2007

Empresa Cerâmica do Minho, 20x30 | César Figueiredo - 2007

Fábrica de Curtumes - Guimarães, 20x30 | César Figueiredo - 2007

Fábrica de Curtumes - Guimarães, 20x30 | César Figueiredo - 2007

Empresa Cerâmica do Minho, 20x30 | César Figueiredo - 2007

Fábrica de Curtumes - Guimarães, 20x30 | César Figueiredo - 2007

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Empresa Cerâmica do Minho, 30x40 César Figueiredo - 2007

Empresa Cerâmica do Minho, 30x40 César Figueiredo - 2007

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Empresa Cerâmica do Minho, 30x40 César Figueiredo - 2007

Empresa Cerâmica do Minho, 40x60 César Figueiredo - 2007

Mosteiro de São Martinho de Tibães, 40x60 Jorge Inácio - 2002

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Empresa Cerâmica do Minho, 40x60 César Figueiredo - 2007


Mosteiro de São Martinho de Tibães, 30x40 | Jorge Inácio - 2003

Mosteiro de São Martinho de Tibães, 30x40 | Jorge Inácio - 2003

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Fábrica de Curtumes - Guimarães, 30x40 | César Figueiredo - 2007

Mosteiro de São Martinho de Tibães, 30x40 | Jorge Inácio - 2006

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Empresa Cerâmica do Minho, 40x60 | César Figueiredo - 2007

Mosteiro de São Martinho de Tibães, 40x60 | Jorge Inácio - 1999

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Mosteiro de São Martinho de Tibães, 40x60 Jorge Inácio - 2004

Fábrica de Curtumes - Guimarães, 20x30 | César Figueiredo - 2007

Mosteiro de São Martinho de Tibães, 20x30 | Jorge Inácio - 2003

Mosteiro de São Martinho de Tibães, 20x30 | Jorge Inácio - 2005

Mosteiro de São Martinho de Tibães, 20x30 | Jorge Inácio - 2006

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Fábrica de Curtumes - Guimarães, 40x60 César Figueiredo - 2007

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Mosteiro de São Martinho de Tibães, 40x60 Jorge Inácio - 2004


Fábrica de Curtumes - Guimarães, 30x40 | César Figueiredo - 2007

Mosteiro de São Martinho de Tibães, 30x40 | Jorge Inácio - 2003

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Fábrica de Curtumes - Guimarães, 20x30 | César Figueiredo - 2007

Mosteiro de São Martinho de Tibães, 20x30 | Jorge Inácio - 2003

Empresa Cerâmica do Minho, 20x30 | César Figueiredo - 2007

Mosteiro de São Martinho de Tibães, 20x30 | Jorge Inácio - 2003

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Fábrica de Curtumes - Guimarães, 40x60 | César Figueiredo - 2007

Mosteiro de São Martinho de Tibães, 40x60 | Jorge Inácio - 2004

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Fábrica de Curtumes - Guimarães, 20x30 | César Figueiredo - 2007

Mosteiro de São Martinho de Tibães, 20x30 | Jorge Inácio - 2001

Fábrica de Curtumes - Guimarães, 20x30 | César Figueiredo - 2007

Mosteiro de São Martinho de Tibães, 20x30 | Jorge Inácio - 2001

Empresa Cerâmica do Minho, 20x30 | César Figueiredo - 2007

Mosteiro de São Martinho de Tibães, 20x30 | Jorge Inácio - 2001

Fábrica de Curtumes - Guimarães, 20x30 | César Figueiredo - 2007

Mosteiro de São Martinho de Tibães, 20x30 | Jorge Inácio - 2001

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Empresa Cerâmica do Minho, 40x60 | César Figueiredo - 2007

Mosteiro de São Martinho de Tibães, 40x60 | Jorge Inácio - 2001

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Mosteiro de São Martinho de Tibães, 20x30 Jorge Inácio - 2005

Empresa Cerâmica do Minho, 40x60 | César Figueiredo - 2007

Mosteiro de São Martinho de Tibães, 40x60 Jorge Inácio - 2000

Mosteiro de São Martinho de Tibães, 30x40 | Jorge Inácio - 2003

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Mosteiro de São Martinho de Tibães, 40x60 Jorge Inácio - 2003


Vídeo

Lugar Oculto

Screenshots do vídeo “Lugar Oculto”. Empresa Cerâmica do Minho, DVD - 16:9 - 27’40’’, cor. César Figueiredo - 2008

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César Figueiredo | Curriculum

Jorge Inácio | Curriculum

César Figueiredo Nasceu em Braga em 1976.

Jorge Inácio nasceu em Angola em 1964. É Licen-

nais, 2003., 304 p. Ilustrado a cores e a preto e

ciado em História pela Universidade Portucalense.

branco, desdobrável e mapa cartográfico; 30 cm. 972-9419-43-4

EXPOSIÇÕES COLECTIVAS :

É Bacharel em Pintura e Licenciado em Arte e Comunicação (Ramo Multimédia) pela ESAP.

2009 - 2º Encontro Nacional de Ilustração - S.

Actualmente é técnico superior no Mosteiro de São

Actualmente é mestrando em ilustração na

João da Madeira.

Martinho de Tibães. Desde cedo manteve um con-

ESAP-G.

2003 - (Re)visões - Galeria Belo-Belo - Braga.

tacto com a fotografia tendo realizado no Instituto

Costa, Maria João Dias - A Cerca do Mosteiro de

2002 - Colectiva de Ano Novo - Galeria Belo-

Português da Juventude dois cursos de fotografia.

São Martinho de Tibães. Lisboa: IPPAR - Departa-

Além de artista plástico, ilustrador e designer,

Belo - Braga.

Um no Porto e outro em Braga.

mento de Estudos, 2002., p. 86-95. 1645-2453

lecciona na Escola Superior Artística do Porto -

2001 - Arte na Universidade - Centro Académico

Guimarães.

de Braga - Braga. 1999 - OM Galeria de Arte - Penafiel.

Desde cedo mantem uma relação próxima com a

1998 - Instalações 98 - Mosteiro de São Martinho

arte, tendo já participado em algumas exposições

de Tibães - Braga.

das quais se destacam as seguintes: PRÉMIOS : EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS :

2003 - Menção Honrosa - III Bienal Internacional de Arte Jovem de Vila Verde. 2001 - 1º Prémio de Pintura - Arte na Universidade, Centro Académico de Braga.

2009 - “Lugares Ocultos” - Projecto fotográfico em parceria com Jorge Inácio - Mosteiro de São

Costa, Maria João Dias – A recuperação do tecido EXPOSIÇÕES:

e do carácter do lugar. Lisboa: Arquitectura & Vida, 2002, p. 68-72. 123 442

2009 – “Lugares Ocultos” – projecto fotográfico em parceria com César Figueiredo – Mosteiro de São

Jerónimo, Carlos M. da Costa - Restauro dos sinos

Martinho de Tibães – Braga

do Mosteiro de São Martinho de Tibães. Lisboa: IPPAR - Departamento de Estudos, 2003. p. 42-49. 1645-2453

FOTOGRAFIAS PUBLICADAS NAS SEGUINTES PUBLICAÇÕES:

MAGALHÃES, Joana – Igreja do Mosteiro de São Martinho de Tibães – intervenção de conservação

Martinho de Tibães - Braga.

AMARAL, A. Ferreira do Amaral, Mosteiro de São

e restauro nos retábulos do transepto. Lisboa:

2004 - “Alegoria dos Sentidos” - Galeria da Casa

Martinho de Tibães: histórias de recuperação.

IPPAR - Departamento de Estudos, 2006., p. 40.

Museu Soledade Malvar - Famalicão

Lisboa: IPPAR - Departamento de Estudos, 2003.,

1645-2453

2003 - “A Alma do Espírito” - Mosteiro de São Mar-

p. 33-39. 1645-2453

tinho de Tibães - Braga.

Mata, Aida Maria Reis da - Fragmentos do Mostei-

2000 - Museu Martins Sarmento - Guimarães.

Casella, Gabriella - Gramáticas de Pedra: Levan-

ro de São Martinho de Tibães. Lisboa: IPPAR - De-

tamento de Tipologias de Construção Murária.

partamento de Estudos, 2002., p. 80-85. 1645-2453

Porto: CRAT - Centro Regional de Artes Tradicio-

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Mata, Aida Maria Reis da - O processo de extinção

tários à afirmação da congregação de São Bento

do Mosteiro de São Martinho de Tibães. Lisboa:

(1530-1601). Lisboa: IPPAR - Departamento de

IPPAR - Departamento de Estudos, 2004., p. 101-

Estudos, 2003. , p. 101. 1645-2453

111. 1645-2453 OLIVEIRA, Paulo João da Cunha - Miguel Fernan-

PRÉMIOS:

des, mestre pedreiro de Rendufe, Alpendurada e Tibães (1716-1731). Lisboa: IPPAR - Departamento

2005 - Vencedor do prémio no concurso – crianças

de Estudos, 2006., p. 159. 1645-2453

– organizado pela revista FOTOdigital, nº 36 Está representado na Galeria da PENTAX

Portugal, Instituto Português do Património Arqui-

http://www.pentaxphotogallery.com/home#section

tectónico - O trajo e o trajar popular no Baixo Mi-

=ARTIST&subSection=4252072&subSubSection=45

nho: finais do séc. XIX, primeiras décadas do séc.

28517&language=EN

XX: exposição. [Braga]: Mosteiro de São Martinho de Tibães, 2005., 1 Cartaz: cor. 43x30. Portugal, Instituto Português do Património Arquitectónico Vertigens do barroco: em Jerónimo Baía e na actualidade. Braga: Mosteiro de São Martinho de Tibães, 2007., 43, [1] p.: Todo il. ; 20 cm. 978972-98066-4-3 Ramos, Anabela - Centro de Documentação do Mosteiro de Tibães: informação em linha sobre ordens monásticas e jardins históricos. Braga: Conselho Cultural da Universidade do Minho, 2003., p. 105-114; 24 cm. 0871-0422 RAMOS, Anabela e OLIVEIRA, Paulo – Mosteiro de São Martinho de Tibães: dos abades comenda-

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