DERME – Luís Fernandes

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LUÍS FERNANDES

PINTURA, GRAVURA E ESCULTURA 2007-2016



Câmara Municipal de Castelo Branco De 17 de Setembro a 20 de Novembro Antigo Edifício dos CTT



A afirmação da dinâmica cultural de Castelo Branco é expressa através das propostas dos diversos espaços culturais e das apostas estratégicas em determinados eixos programáticos. Desde que assumi a presidência da autarquia, estabeleci como uma das prioridades a valorização da criação artística de base local e regional. Temos procurado dar substância a essa opção das mais diversas formas e uma delas é precisamente através da organização de exposições centradas em artistas que são originários ou vivem no nosso concelho. Congratulo-me por poder escrever a nota de abertura deste catálogo, no âmbito da exposição DERME – Pintura, Gravura e Escultura. 2007-2016, do artista plástico Luís Fernandes. É um pintor e escultor que tem mantido uma ligação permanente às suas origens e o seu trabalho reflete em grande medida esse facto. Sendo uma retrospetiva dos seus trabalhos mais recentes, tenho a certeza que será uma formidável oportunidade para o público conhecer esta última fase, em três domínios muito queridos ao artista: a pintura, a gravura e a escultura. As gentes da Beira Baixa são caraterizadas pela sua generosidade e Luís Fernandes é um homem de coração aberto para os seus. Não posso deixar de assinalar e agradecer a oferta à cidade da sua obra escultórica O Pastor, que se encontra instalada numa das entradas de Castelo Branco. Bem Haja.

Luís Correia

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Atravessas aparências

I

II

Atravessas aparências e entregas corpo ao vazio: de areias fazes surgir a segura permanência; no silencioso xisto dormem lâminas suaves e do pesado granito a leveza ganha o ar; do que foi árvore em solo de fecundo germinar a madeira alcança forma em forma que alma lhe dá. Sentidos vários percorrem as tuas mãos a criarem.

Jamais no mesmo lugar a jornada não termina – com bordão de peregrino por veredas ou por ‘stradas. Por vezes súbito engano a voltar atrás obriga mas alento retomando: em frente por outra via. Evita vistas paisagens alguma vez já olhadas e novos mundos descobre por desconhecidas rotas. Pois é este o seu destino de contínua descoberta afanosamente perto de tudo o que vai fugindo.

António Salvado

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Esse instante Sem protecção – o instante se evolou, sem perfil consistente em vão se foi – como surgiu julgando-se relâmpago que viria a brilhar – ninguém o soube. E calmo ou agitado à espera estava silencioso ou mártir de ruídos, de cá p’ra lá andava sem sentido e fazia arabescos pelo ar. À sua volta as rosas mais floriram, o sol tentou parar a sua rota, e tudo o que era seco esverdeou e o relógio cessou àquela hora. Na clepsidra deixou de deslizar areia, se era tarde ou já noite aquele instante – mas sei que em mim ficou e para sempre o fugaz ser da tua aparição.

António Salvado

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O desafio de despertar emoções… “As obras de arte dividem-se em duas categorias: as que gosto e as de que não gosto” Anton Tchekhov Congratulo-me com a realização desta retrospetiva. Que será uma surpresa agradável para os que estão a ter um primeiro contacto com a obra do Luís e para aqueles que foram acompanhando a sua obra e o seu percurso de aprendizagem. Surpresa e admiração, tanto maior quanto forem tomando consciência de que estão perante um artista autodidata que se foi descobrindo à medida que aprofundava técnicas, experimentáva materiais e composições e buscava formas de expressão. Que foi crescendo, ao mesmo tempo que ia mergulhando nos círculos formais e informais das artes plásticas, contactando com mestres e sempre de espirito aberto, para experimentar várias áreas de expressão plástica: Desenho, Pintura, Escultura, Gravura. Que foi descobrindo o prazer de texturar os seus próprios suportes, de procurar e combinar materiais, de construir formas… O Luís nasceu numa aldeia (a Partida) e num tempo (1948) em que a exigência do trabalho chegava cedo e em que o sonho de estudar não ia além de um curso comercial ou industrial. A ideia de um curso

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superior de artes plásticas nem era concebível e o Luís que até tinha jeito para a pintura rumou à Capital, onde foi dourador, pintor-decorador. E a vida profissional, exigindo-lhe conhecimentos de materiais e técnicas, gosto pela cor, persistência e disciplina, acicatou-lhe a vontade de pintar e de aprender. Frequentou os Cursos de Formação Artística na Sociedade Nacional de Belas Artes. Fez formação em Iniciação ao Desenho (c/modelo), Temas de Estética e Teorias da Arte Contemporânea. Foi aluno do Escultor Quintino Sebastião e do Prof. David Lopes. Frequentou diversos cursos breves, nomeadamente, no Centro Cultural de Belém e workshops. A paixão pela gravura levou-o a um workshop, no atelier de David Almeida. Com este Mestre muito aprendeu, tendo ali realizado várias gravuras, frequentando o seu atelier assiduamente de 2007 a 2014, praticamente até ao seu falecimento. Expôs pela primeira vez em 1985 e desde então não mais deixou de expressar-se plasticamente e de evoluir. Comprovam­-no as mais de 100 exposições coletivas em que participou e nas mais de três dezenas de individuais.


Salientaria as participações no salão anual dos Sócios da Sociedade Nacional de Belas Artes , no Circulo Artístico e Cultural Artur Bual e no Salão Nacional de Artes Plásticas com objetivos solidários (AMI, 2007). Assinalaria o trabalho solidário e colaborativo em Rio Maior onde, em atelier cedido pela Autarquia , na Antiga Escola Comercial ensina quem quer experimentar iniciar-se nas “artes” que pratica… Revejo-me na definição de Álvaro de Campos “É obra de arte tudo aquilo que produz uma emoção de prazer, independentemente da satisfação, utilidade ou verdade” e como Tchekhov só me interessa se gosto ou não gosto. Gosto da maioria das obras do Luís que me têm surpreendido e despertado emoções de prazer. Tive o privilégio de ir acompanhando o seu caminho desde a sua primeira exposição em Castelo Branco, em 1986, no Museu Tavares Proença Júnior. Com naturalidade vi-o ir abandonando o figurativo inicial, o expressionismo, aderindo a um abstracionismo rico em matizes que fazem lembrar as raízes beirãs. Evoluir da representação para a construção.

Nas últimas exposições, o Luís desafiou­-nos a olhar para lá do imediato, para Depois da Paisagem (Sala da Nora, 2009) aproximando-se da linguagem plástica dos construtivistas. Desconstruir objetos, texturas, materiais, para construir novas realidades. Desconstrução (2010) foi o título de uma das exposições no Museu do Canteiro, com trabalhos de pintura, escultura e gravura. E foi dentro da mesma linha a exposição na Moagem no Fundão que nos trouxe “As palavras nunca ditas” (2011) e “Vestígios” já este ano na Galeria Santa Clara em Coimbra. “A arte não reproduz o que vemos. Ela faz­-nos VER” ensina-nos Paul Klee. É esse o desafio. Ver para além de… Vislumbrar o que não se vê. Deixar-nos surpreender pelos sentidos…

Joaquim Leonardo Martins

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tributo aos sentidos trazia um nu sorriso a tiracolo como se nele coubesse um voo de pinhos…um braço de rio… quiçá o maior e anunciava a partida como quem regressa a casa pelas veredas do destino batidas a pincéis policromáticos…monocromáticos depois ensopadas a linho e a serapilheira e a algodão também …ensopadas de fogo e de dor e de fogo roubadas a talhe de xisto …essa natureza viva e rude e branda que mais tarde haveria de erguer sem mácula… talhado…rasgado…esventrado… xisto férreo… terno e tenro amante de pedra e de madeira e de bronze xisto veio de suor e de fina tez…de mármore poeira aos ventos mais revoltos xisto colhido à noite escura para de manhã ser fruta e ave e espanto e anunciava a partida – já sorriso e braços e mágoa a tiracolo – como se retornasse aos dias das rubras primaveras e quisesse trincar nas raízes do tempo todas as raízes dum só olhar …o da partida e o da chegada as origens de um vulcão e os retalhos da infinda obsessão de ser luz e cor …textura de afectos e acasos e desditas e correram rios – um só talvez… – e ventos e vulcões e sorrisos até abraços brotaram do manso ribeiro das inquietudes como se unisse o sol os mais fundos sulcos da memória …ou desenhasse áleas de som nos torrões do porvir hoje é nos olhos da primavera que moram os tormentos um dia rio e ribeiro hão-de abraçar-se no mar manuel cardoso

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Nudez (para uma aguarela de LuĂ­s Fernandes)

Nem rendas nem transparĂŞncias a cobrir tua nudez. Apenas um tecido acende meu desejo: tua pele

Gonçalo Salvado

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A luz quase nos cega e o vermelho é sangue terra Luís Fernandes é um cuidador de contrastes, de forças aparentemente inconciliáveis. Trabalha num território de fronteira, de transições por vezes não consumadas. Vejo no trabalho dos seus últimos 10 anos, os da plena maturidade criativa, uma força motriz geográfica. Sinto-o porque é aqui, na Beira Baixa, que estas cores, estes matizes e estas texturas parecem fazer sentido. Não as intuo como um simples espelho das suas experiências de infância ou juventude, mas muito mais como um processo de laboriosa escavação e de aproximação a uma intensidade plena de diálogo. Este potencial de conversação coloca o público no centro do seu impulso artístico. Esta dimensão da obra recente de Luís Fernandes, que nos impele para a proximidade, para a emergência do tacto como sentido que se funde com o olhar, é uma das suas principais características. O autor convida-nos permanentemente para o diálogo e esta retrospectiva é construída como um momento precioso de regresso ao seu território e às suas gentes.

Carlos Semedo

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“DERME” 2014 Óleo s/serapilheira texturada colada em placa de mdf 26X40 cm

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S/Título 2014 Óleo s/tela e serapilheira texturada, colada em placa de mdf 26X40 cm

S/Título 2014 Óleo s/algodão texturado, sisal, colado em placa de mdf 26X40 cm

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S/Título 2013 Óleo s/tela e serapilheira texturada colada em placa de mdf 65X81 cm

S/Título 2013 Óleo s/serapilheira texturada colada em placa de mdf 65X81 cm

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S/Título 2014 Óleo s/algodão texturado colado em placa de mdf 26X40 cm

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S/Título 2014 Óleo s/serapilheira texturada colada em placa de mdf 26X40 cm

S/Título 2013 Óleo s/placa de mdf texturada 100X81 cm

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S/Título 2012 Óleo s/papel texturado com pasta de pedra 38X45 cm

S/Título 2011 Óleo s/placa de mdf texturada 61X52 cm

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S/Título 2010 Óleo s/tela texturada e colagem posterior 65X50 cm

S/Título 2009 Óleo s/tela c/colagem de serapilheira 65X81 cm

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“Vista do Lado da Sombra” 2010 Óleo s/tela texturada c/colagem de serapilheira e areias 65X81 cm

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S/Título 2014 Óleo s/tela de linho c/colagem de tela 40X50 cm

S/Título 2015 Óleo s/tela e colagem de serapilheira texturada 20X20 cm

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S/Título 2007 Gravura 39X39 cm

S/Título 2009 Gravura 24,5X24,5 cm

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S/Título 2008 Gravura 39X39 cm

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“A Dureza foi Dominada” 2009 Escultura Madeira e ferro 25X45X31 cm

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S/Título 2009 Escultura Pinho, Granito e Xisto 57X15,5X25,5 cm

“Contraste ao Tato” 2009 Escultura Oliveira e Granito 59X19X12 cm

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Luís Fernandes Síntese biográfica 1948 – Partida | S. Vicente da Beira | Castelo Branco Ensino Secundário em Castelo Branco, de 1959 a 1965, tendo feito o antigo Curso Geral do Comércio na então Escola Industrial e Comercial. Aos 12 anos é distinguido na exposição temática sobre os Descobrimentos, comemorativa dos 500 anos da morte do Infante D. Henrique que ocorreu naquela escola. Na altura o professor de desenho destaca o aluno pela originalidade do seu trabalho e desenvolvimento de aspetos muito interessantes como a perspectiva e a harmonia cromática. Em 1965, assim que completa os 17 anos, passa a residir em Lisboa. Tendo como mestre um irmão, abraça a profissão de Dourador, Pintor-Decorador. É aí que nasce a verdadeira paixão pela pintura. A par dos dourados, do restauro e da pintura decorativa, interessa-se pelo estudo dos grandes Pintores clássicos, particularmente os pintores da Flandres. Paralelamente ao trabalho profissional, vai pintando a óleo sobre tela, ouvindo a crítica e recomendações de artistas que frequentavam a oficina do irmão. Júlio Ferreira, Morais, os que mais recorda. Por razões profissionais, frequenta então o Museu Nacional de Arte Antiga, fazendo acerto de tonalidades do dourado das molduras, enquanto o pintor de arte, fazia a cópia da tela. Esta foi verdadeiramente a sua primeira escola de artes. Em 1968/69 chega a executar algumas encomendas e a fazer as primeiras vendas. Entretanto cumpre o serviço militar obrigatório durante quase três anos, passando 27 meses no Norte de Angola. Era o tempo da Guerra Colonial. Regressa em 1972 e, tal como acontecia com muitos jovens portugueses de então, muda radicalmente a sua vida. Abandona a profissão ligada às artes, porque o aspecto económico era muito importante, e ingressa na área comercial de uma Seguradora. Até 1981 vive afastado do “mundo das artes”. No entanto, o “bichinho” da pintura ia lavrando… As horas livres eram passadas a ver exposições e dialogando sempre que possível com os artistas presentes nas galerias. Em 1981 retoma a pintura, mas apenas como um hobbie. Trabalha intensamente até altas horas da madrugada. Estuda, desenha e pinta. Em finais de 1984, por insistência do

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director da galeria-livraria Codilivro, em Benfica (entretanto extinta), Lisboa, começa a apresentar-se em colectivas e em Abril de 1985 faz a primeira exposição individual. Nessa altura, considerando a boa aceitação da sua primeira exposição individual, decide fazer da Pintura a sua segunda actividade, deixando de ser apenas um hobbie. Inscreve-se nos Cursos de Formação Artística da Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA). Fez então Iniciação ao Desenho (c/ modelo) com o Escultor Quintino Sebastião e mais tarde, Temas de Estética e Teorias da Arte Contemporânea com o professor David Lopes. Ainda na SNBA, em 1989, frequenta o atelier livre de Desenho (c/ modelo). Nessa época, anos 80 e 90, relaciona-se com alguns artistas frequentando o atelier destes. Helena San Payo e Manuel Viana são alguns exemplos. Com este viveu mesmo uma grande amizade e muito aprendeu. São forte lembrança as tardes no seu atelier de Sintra e do Campo Grande em que, enquanto projectavam trabalhos, iam conversando acerca de Paul Klee, Rothko, Antoni Tàpies, entre outros. É também a partir de 1983/84 que frequenta assiduamente a Galeria e Livraria Codilivro. A partir daí relaciona-se com o grupo Artever (Amadora), fazendo amizades que ainda hoje perduram. Nos anos 90 e 2000, a par dos estudos informais que ia desenvolvendo, frequenta alguns cursos de curta duração. Em 2007 fez um workshop de Gravura com o Mestre David de Almeida. Foi muito importante e foi a partir daí que teve início uma boa amizade com aquele Artista que só terminou com o seu desaparecimento (Outubro/2014). Passa então a fazer gravura no atelier do David sob a sua orientação. Embora vindo de trás a incursão na área da escultura, sempre em busca da realização plena, é com David de Almeida que adquire conhecimentos e redobra o entusiasmo. As texturas que sempre foi criando seriam uma forma de aproximação à tridimensionalidade que tanto o desafiava. São desse tempo os primeiros objectos tridimensionais. Em 2007 passa a viver em Rio Maior. Desde 2009 mantém um protocolo com a Câmara Municipal tendo esta cedido um espaço adequado para atelier e onde Luís Fernandes vem ministrando aulas de pintura, a título gratuito, aos munícipes interessados. Nos últimos anos vem, sobretudo, criando muitos projetos, empenhando-se mais no desenho, fazendo maquetes para escultura e sempre criando, experimentando (assume sempre o experimentalismo) novas formas, novos processos na pintura. A partir das maquetes que tem criado desenvolveu uma escultura, “O Pastor”, em aço corten, que está instalada numa

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rotunda em Castelo Branco. Tem pintado alguns retratos por encomenda. Ao longo da sua carreira tem integrado diversas Associações de Arte, nomeadamente, Sociedade Nacional de Belas Artes, Centro Artístico e Cultural Artur Bual, Associação de Amizade e das Artes Galego Portuguesa, entre outras. Principais exposições individuais Desde 1985 efectuou mais de 30 individuais. Nos últimos anos tem privilegiado a Beira Baixa natal. Assim, expôs em 2015 no Museu Francisco Tavares Proença Jr onde já tinha exposto em 1986. Em 2011 expôs na “A Moagem”, no Fundão; em 2010 no Museu do Canteiro, Alcains; em 2009 na Sala da Nora, Castelo Branco. Já no corrente ano expôs no mosteiro de Santa Clara-a-Velha, Coimbra; em 2013, na Casa do Brasil Pedro Alvares Cabral, Santarém; em 2012, Biblioteca Municipal da Figueira da Foz; 2007, Galeria Municipal de Rio Maior; 2006, Galeria Municipal de Sintra; 2004, Galeria Arte Jovem, Lisboa; 1998 e 92, Junta de Turismo da Ericeira; 1988 e 1986, Galeria Codilivro; 1985 “O Camarim”, Lisboa. Algumas colectivas Participou em mais de 100 colectivas. Pelo que representam para o Pintor, destacam-se: diversas homenagens informais “0 Figura”, organizadas pela Galeria Artur Bual, Amadora. Em 2015 “Estrutura II”, Caldas da Rainha; Coimbra, Campo Maior, Sintra, Montemor-o-Velho, Figueira da Foz, Beja, Bombarral. Aljezur, etc. Participa em Bienais, I, II e III Bienal do Sabugal; 1997 I Bienal do Alentejo; 2010, VII Bienal da Vidigueira; III e IV Bienal de Sta Catarina da Serra (1995 e 97). Participação em vários “Salão Anual dos Sócios” na SNBA, entre 1988 e 2004. Nos anos 90 entra em diversas “Exposição Internacional de Artes Plásticas de Vendas Novas”. Em 2006, Paço de Arcos; 2007, “Encontro Anual dos Artistas Plásticos de Sintra” e Galeria LM, Sintra. 1992, “500 anos de Descobertas”, Mosteiro da Batalha; 1991, Colecção de Arte Contemporânea do Museu Francisco Tavares Proença Jr. Salão Solidário do Instituto Português de Cardiologia Preventiva, Fórum Picoas, Lisboa; Junta de Freguesia de Castelo Branco (“Para Ti Terra II”);

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ainda em 1991, em Stara Zagora, Bulgária. Em 1989, “À Descoberta do Palácio”, Palácio Nacional de Sintra; “As cores de Lisboa”, Galeria Trindade, Lisboa. Em 1990, “Lisbon and Surrounding Artistic Views” , Hotel Estoril Sol, Cascais; Em 1988, I Exposição com fins solidários “Pirilampo Mágico”, C.C. Amoreiras, Lisboa. Em 1986, I Salão e Artes “Tabaqueira”, Albarraque, Sintra. Diversas colectivas na Galeria Codilivro, de 1985 a 1988. Prémios ­– Obteve o 1º Prémio Pintura/óleo na IV Exposição “À Descoberta do Palácio”, Palácio Nacional de Sintra, 1989. – Obteve o 2º Prémio no V “Salão do Pequeno Formato”, Figueira da Foz, 2015. Citações – “Artes Plásticas Portugal, O Artista, O Seu Mercado”, de Narcizo Martins. – “Galeria – Anuário de Arte”, edição de 2011. Representado Em diversas Instituições Públicas, nomeadamente, Museu Francisco Tavares Proença Jr, Castelo Branco; Museu Regional de Sintra; Museu do Canteiro, Alcains; Hospital de S. José, Lisboa; Câmara Municipal de Castelo Branco (2 trabalhos, um dos quais, políptico composto por 18 telas, Biblioteca Municipal), entre outras e em diversas coleções particulares. Tem ainda uma escultura, “O Pastor”, em aço corten que se encontra numa rotunda em Castelo Branco (saída para Malpica).

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FICHA TÉCNICA Exposição Organização: Câmara Municipal de Castelo Branco – Presidente Luís Correia Coordenação Geral: Carlos Semedo Selecção de obras: Luís Fernandes Montagem: João Falcão, José Carlos Farias e Fernando Rafael Design Gráfico: PlayMe – Paulo Veiga Catálogo Edição: Câmara Municipal de Castelo Branco – Presidente Luís Correia Coordenação: Carlos Semedo Textos: Luís Correia, Joaquim Martins, Manuel Cardoso e Carlos Semedo Poemas: António Salvado e Gonçalo Salvado Design Gráfico: Jorge Portugal Impressão: Albigráfica – 300 exemplares Setembro de 2016 ISBN: 978-972-9139-39-0 Depósito Legal: 415160/16



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