Alface

Page 1

ALFACE

As alfaces são muito fáceis de cultivar seja na horta, num canteiro ou mesmo num recipiente. Veja como cultivar alface. As alfaces são muito fáceis de cultivar seja na horta, num canteiro ou mesmo num recipiente. Deixamos aqui algumas indicações importantes de como cultivar alface na sua horta Inicialmente deve ter em atenção que existem variedades de Inverno e de Verão. As embalagens das sementes e o próprio nome indicam isso. Por exemplo: “Alface Maravilha de inverno”.

A alface cultivada no Inverno tem tendência a ser mais saborosa pois o frio e a falta de luz concentram os açúcares na planta. Se programar bem a susceção de culturas e das variedades, pode ter alface caseira quase todo o ano.

A alface prefere terrenos francos e com alto teor em matéria orgânica, que não retenham excessivamente a humidade. É ligeiramente tolerante à acidez do solo, crescendo melhor em solos com pH entre 6,5 e 7.


Inicia-se a sementeira de Fevereiro a Maio ou de Setembro a Novembro. Para assegurar uma boa qualidade na altura da colheita deve-se moderar a quantidade de alfaces semeadas e se necessário espaçar uma semana. Assim poderá ter alfaces prontas a ser colhidas durante um longo período de tempo ao invés de ter que colher uma grande quantidade de uma só vez.

Pode ser semeada em canteiros e quando tiverem 4 a 6 folhas podem ser transplantada para local definitivo. Em zonas mais quentes, o transplante deve ser feito nos períodos de menor calor e de preferência já com o solo irrigado.

Ao plantar, deve ter em conta que a distância entre plantas vai depender da variedade. Os compassos mais estreitos (25-30 cm entre plantas) são utilizados para alfaces de crescimento mais reduzido e durante a Primavera-Verão, quando não existem problemas de falta de luz e humidade excessiva.

Os compassos mais largos (35-40 cm entre plantas) devem ser utilizados para alfaces de maior desenvolvimento e durante o Outono-Inverno, para que se consiga um melhor arejamento, com a consequente melhoria do estado sanitário. Rega A alface tem um sistema radicular pouco desenvolvido; a maior parte das raízes desenvolve-se entre os 10 e os 25 cm de profundidade. Isto faz com que as plantas sejam muito sensíveis à falta de água. Antes do repolhamento, as regas devem ser frequentes e pouco copiosas, pois uma dose excessiva de água pode provocar asfixia radicular, facilitar o desenvolvimento de doenças e provocar uma lavagem dos nutrientes solúveis.


A partir do início do repolhamento, as regas devem ser mais espaçadas e com doses mais elevadas, não só porque as raízes já exploram um maior volume de solo, mas também porque as folhas interiores terão mais dificuldade de secar após cada rega, o que aumenta o risco de aparecimento de doenças. Consequências de falta de água: – Atraso ou paragem do crescimento; – Grande sensibilidade à podridão cinzenta. – Próximo do repolhamento, necroses marginal das folhas. Consequências de excesso de água: – Asfixia das raízes; – Paragem do crescimento; – Aparecimento de carências nutritivas. Solos mais ligeiros necessitam de regas mais frequentes mas menos água por aplicação. Se o solo tiver uma boa capacidade de retenção de água as regas podem ser mais espaçadas. É conveniente da ruma boa rega imediatamente depois da transplantação e outra alguns dias depois para assegurar um bom pegamento das plantas. Por razões sobretudo de ordem sanitária, a rega deve fazer-se preferencialmente de manhã, de modo que as folhas tenham tempo suficiente de secar antes do início da noite. Cuidados ao cultivar alface As alfaces desenvolvem-se melhor em solos férteis, e para isso, é essencial fornecer-lhes matéria orgânica. A matéria orgânica melhora substancialmente a estrutura do solo, aumenta a capacidade de retenção de água e nutrientes, e facilita a circulação da água e das raízes das plantas. A alface tolera mal os estrumes frescos, pelo que devem estar bem decompostos,


A matéria orgânica demasiado fresca pode aumentar os riscos de salinidade ou provocar a libertação de quantidades excessivas de azoto e de amoníaco.

As principais pragas que podem atacar esta cultura são: Rosca, Piolhos, mosca branca, larva mineira, lesmas e caracóis. Doenças nas alfaces Um dos problemas mais comuns no cultivo das alfaces é a necrose marginal das folhas conhecida como queima dos bordos. Trata-se de um distúrbio fisiológico que surge quando a planta tem um crescimento muito rápido devido a temperaturas altas ou excesso de nutrientes (nitrogénio) entre outros fatores. A alface tem dificuldade em fornecer o cálcio suficiente para o seu desenvolvimento durante estes períodos de crescimento acelerado. Embora seja um considerado um problema de deficiência de cálcio, em alguns casos também pode ser causado por exposição ao vento ou outras consequências físicas desfavoráveis para as delicadas pontas das folhas em crescimento. Em determinadas épocas do ano o míldio também pode afetar consideravelmente a alface. Especialmente em períodos de temperaturas baixas associadas a uma umidade elevada. Caracteriza-se pelo aparecimento de manchas amarelas. Outros fungos também podem atacar as alfaces e provocar por exemplo a podridão de esclerotinia ( mofo branco) nas folhas. (ver imagens)


Necrose marginal

Míldio

Mofo Branco


O solo encharcado e as plantas muito juntas pode originar a podridão cinzenta, uma doença que torna o pé da alface preto eco mau-cheiro.

Após a colheita, deve-se realizar a rotação de culturas, plantando uma leguminosa ou uma hortaliça de outra família, como cenoura, pimentão, beringela, ou repolho. Evitar cultivos sucessivos de alface no mesmo local, para reduzir a ocorrência de podridão, míldio e bacterioses. Consociação A alface dá-se bem com – Abóbora, Aipo, Beterraba, Alho-francês, Cebola, Pepino, Cenoura, Couve, Couve-flor, Ervilha, Morango, Feijão, Rabanete, Repolho, Tomate, Rúcula, Curgete. Tem como plantas antagónicas – Batata, Legumes-tuberosos, Rabanete, Salsa. Colheita A alface é uma planta frágil e a sua degradação é rápida. De preferência, colha na parte da manhã para preservar a crocância que adquire durante a noite. A alface pode ser colhida de uma vez no caso das alfaces com configuração de repolho. Cortar pela base junto ao solo. Também pode ser colhida faseadamente no caso das alfaces tipo romana. Neste caso, deverão primeiro ser colhidas as folhas exteriores enquanto a planta se vai desenvolvendo e formando novas folhas no interior. Depois de colhida deve ser imediatamente conservada em frio. Sementes de Alface Se quiser guardar sementes, deve deixar algumas alfaces ganhar flor (espigar) que mais tarde se transformará em sementes. As sementes depois de secas podem ser guardadas em local seco e escuro


até à próxima época de cultivo.

Está a chegar a altura de semear ervilhas. A pensar nisso, e porque sei que esta cultura é muito apreciada por várias pessoas e usada nos mais diversos pratos culinários, neste artigo trago-vos algumas informações-chave para aprender a semear ervilhas e posteriormente, saber cuidar delas da melhor forma.

Saiba mais sobre esta cultura de outono-inverno As ervilhas são desde há muito tempo utilizadas um pouco por todo o mundo desde que foram descobertas no continente asiático. Dado que são muito ricas nutricionalmente, em proteínas, minerais e vitaminas desde cedo começaram a ser introduzidas na gastronomia, mas não só.


Quem não se lembra de nas aulas de genética, onde abordando o tema do melhoramento genético, as ervilhas eram utilizadas como exemplo para explicar as leis da hereditariedade por Gregor Mendel? Que saudades do tempo de estudante! Oh tempo volta para trás! :p Adiante. As ervilhas são normalmente consumidas em vagem ou em grão verde ou seco, podendo também as suas folhas serem utilizadas em saladas ou até como geminados (algo que está cada vez mais usual numa alimentação mais rica em proteína.

As ervilhas são caracterizadas por serem uma planta anual (também conhecida como ervilheira) que pertence à família das Fabáceas. O seu nome científico é Pisum sativum L., é trepadeira, composta por folhas compostas que terminam em gavinhas, produzindo no final do seu ciclo de cultivo, as vagens ( o fruto. As suas raízes são aprumadas e com pouca profundidade, estabelecem uma simbiose com a bactéria rizóbio, originando pequenos nódulos que auxiliam


no processo de fixação atmosférico, sendo muitas vezes usada por adubo verde dada a sua capacidade de melhorar e enriquecer o solo. As ervilhas podem atingir alturas consideráveis (até 3m, dependendo da variedade). Existem também as variedades rasteiras ou anãs e as trepadeiras. No caso de serem trepadeiras, necessitará de tutores onde se agarrará através das gavinhas. Existem variedades de ervilhas de ciclo curto (precoces), semi-precoces e até variedades mais tardias. Saiba quando semear ervilhas Tal como escrevi no inicio deste artigo, Novembro e os meses que se seguem são ótimas alturas para semear ervilhas. No entanto, pode também semear ervilhas desde o início da primavera até meados do verão. Condições de cultivo favoráveis para semear ervilhas Se quer cultivar ervilhas, saiba que esta cultura gosta de solos com uma boa drenagem, textura e pH ligeiramente ácido. Esta cultura precisa de algumas horas de sol por dia pelo que a exposição solar é uma condição de cultivo que deve garantir. As ervilhas gostam de solos leves, soltos e permeáveis.

Como semear ervilhas: algumas informações-chave Mais uma vez destaco a importância de uma boa preparação do solo antes de decidir semear ervilhas. Dado que as ervilhas gostam de solos férteis e como


uma boa quantidade de matéria orgânica, pode ser uma boa ideia aplicar estrume ou composto oriundo do seu compostor no solo onde vai semear ervilhas. Remova qualquer vestígio de culturas anteriores bem como pequenas pedras e plantas infestantes. Para semear ervilhas, faça-o em linhas que distem pelo menos 45 cm umas das outras ( nas variedades rasteiras) e pelo menos 65 cm nas variedades trepadeiras. As sementes devem ser colocadas no solo a uma profundidade de pelo menos 5 cm, distanciando-as umas das outras na linha pelo menos 7 cm. Não se esqueça que se optar por semear ervilhas de trepar deve colocar tutores para auxiliar o seu crescimento, podendo utilizar para o efeito restos de lenha de poda das árvores do seu jardim ou pomar. É importante diz que, quando as ervilhas emergirem e nos dias seguintes, é grande a probabilidade de serem atacadas por pássaros uma vez que são bastante tenrinhas. Para minimizar possíveis danos, compre ou contrua uma rede anti-pássaro. No que diz respeito à rega, é importante que garanta que não falta água às suas ervilhas especialmente nas fases mais críticas como a fase da floração e a fase do enchimento do grão.

Quando é que as ervilhas estão prontas a colher?


Se pretende comer as vagens ( ervilha de quebrar ou ervilha torta), deve comer as vagens das suas ervilhas quando as sementes do seu inteior ainda não estiverem completamente desenvolvidas. Caso queira apenas consumir o grão, a chamada ervilha-de-debulhar, no momento da colheita as sementes devem estar completamente desenvolvidas, com uma tonalidade verde e sabor ligeiramente adocicado. Se tiver optado por uma variedade precoce, as ervilhas terão prontas a serem colhidas cerca de 85 dias após a sementeira. Se tiver optado por uma variedade de ervilhas mais tardia, apenas pode efetuar a colheita cerca de 130 dias depois ter semeado esta cultura. Pode também querer utilizar os rebentos das ervilhas para elaborar saladas dado que por serem extremamente precoces e tenros, deve colhe-los quando tiverem cerca de 10 a 12 cm de altura. Pode ainda haver a opção de colher as ervilhas quando atingirem a sua maturação completa, de forma a consumir este grão em seco. Neste caso, apenas devem colher as vagens quando as vagens estiverem completamente secas, bem no final do ciclo vegetativo desta cultura.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.