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Bibliografia Comentada
BARBOSA, Alexandre; RAMOS, Paulo; RAMA, Angela; VILELA, Túlio; VERGUEIRO, Waldomiro (orgs.). Como usar a história em quadrinhos na sala de aula. 2. Ed. São Paulo: Contexto, 2005. – A publicação consiste numa coletânea de textos em que são apresentadas didaticamente as diferentes facetas e possibilidades do uso da forma história em quadrinhos em sala de aula. Há artigos que versam sobre a história da forma, as possibilidades de variação estilística e as precedências proveitosas do uso deste tipo de material por educadores.
BARBOSA, Francisco de Assis. A vida de Lima Barreto: 1881-1922. 11 ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2017 – Primeiro grande estudo sobre a vida de Lima Barreto e os sentidos de sua obra completa. Organizador das edições das obras completas do autor, esta publicação é responsável pelo resgate da escrita de Lima Barreto do ostracismo. Apresenta esclarecimentos e interpretações sobre eventos da vida pessoal do autor para a composição de diversas passagens de sua obra ficcional assim como contextualiza seus posicionamentos políticos.
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BOSI, Alfredo. “Pré-modernismo e Modernismo”. In: História concisa da literatura brasileira. 43 ed. São Paulo: Cultrix, 2006. Capítulo em que o crítico expõe sua conceituação sobre as leituras do conceito periodizador de “pré-modernismo” e os principais autores que publicaram no período abarcado. Lima Barreto é apresentado à luz do contexto histórico, sua biografia e alguns dos aspectos mais marcantes de sua obra de ficção, além de relacionado a outros autores do período, como Euclides da Cunha, João Ribeiro e Graça Aranha.
CANDIDO, Antonio. “Os olhos, a barca e o espelho”. In: A educação pela noite. 5 ed. rev. pelo autor. Rio de Janeiro: Ouro Sobre Azul, 2006. Breve e profundo ensaio em que o acrítico analisa trechos dos diários e outros escritos memorialísticos de Lima Barreto, compondo em sua reflexão sobre a escrita do autor os elementos em latência que permitem entender seu projeto literário e aspectos de sua prosa em obras de ficção. Seu foco é a compreensão de como a experiência pessoal se mistura ao sentimento social para desaguarem combinadas na elaboração da escrita.
LUKÁCS, György. “A figuração do conflito na épica e na dramática”. In: O romance histórico. Trad. Rubens Enderle. São Paulo: Boitempo, 2011. – Capítulo em que o crítico expõe a oposição entre forma épica e forma dramática e a eficácia de ambos na composição do gênero romance histórico. Estas reflexões são úteis para se refletir sobre o tipo de composição e processo de configuração figurativa se dá na estrutura do enredo de Triste fim de Policarpo Quaresma, pois também ocorre um esforço de espelhamento de realidade objetiva em oposição a uma trajetória individual.
SCHWARCZ, Lilia Mortiz. Triste Visionário. São Paulo: Companhia das Letras, 2017. – Biografia de Lima Barreto com muitos dados atualizados e diversas digressões úteis sobre as diferentes fases de sua vida, suas lutas e engajamentos políticos e os altos e baixos de sua carreira literária. A historiadora apresenta dados fundamentais sobre o contexto histórico e a forma como aparecem nas obras do autor e fornece diferentes pontos de vista sobre a recepção de sua escrita como cronista, romancista e satirista dos diferentes momentos históricos que testemunhou da vida cultural brasileira.
SEVCENKO, Nicolau. Literatura como missão: tensões sociais e criação cultural na Primeira República. São Paulo: Brasiliense, 1999. – Estudo amplo e profundo sobre os primeiros anos da primeira república, enfatizando o engajamento social e cultural de alguns dos principais intelectuais brasileiros na época. As transformações sociais, econômicas e culturais são abordadas com profundidade e dando ênfase para obra de dois dos maiores autores pré-modernistas: Euclides da Cunha e Lima Barreto.