Tcc versão 1 28 o preço de uma noite (1)

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UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL RÁDIO, TV E INTERNET

Clarissa Fratoni Dayana Barbosa Felipe Alves Lívia Basílio Nathália Dias Thaís Araújo Vinícius Amarante Vinícius Labonia

CROSS PRODUÇÕES

O PREÇO DE UMA NOITE TELEFILME


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Sテグ PAULO 2014


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Clarissa Fratoni - 94111-5 Dayana Barbosa - 95004-1 Felipe Alves - 90776-6 Lívia Basílio - 91448-7 Nathália Dias - 90571-2 Thaís Araújo - 92006-1 Vinícius Amarante - 94645-1 Vinícius Labonia –86022-1

O PREÇO DE UMA NOITE TELEFILME

Projetoapresentado ao curso de Rádio TV e Internet, Campus São Miguel, como requisito parcial à obtenção de nota para banca de qualificação. Orientador: Prof.Esp. Luis Carlos Soares

SÃO PAULO 2014


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FOLHA DE APROVAÇÃO

Clarissa Fratoni - 94111-5 Dayana Barbosa - 95004-1 Felipe Alves - 90776-6 Lívia Basílio - 91448-7 Nathália Dias - 90571-2 Thaís Araújo - 92006-1 Vinícius Amarante - 94645-1 Vinícius Labonia - 86022-1

_______________________________________ _______________________________________ ___________________________________


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DEDICATĂ“RIA

Dedicamos este trabalho a nossos pais, amigos e familiares que nos incentivaram em todos os momentos deste trajeto.


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AGRADECIMENTOS

Queremos agradecer, em primeiro lugar, a Deus, pela força e coragem durante toda esta longa caminhada. Agradecemos e dedicamos esta, como todas as nossas demais conquistas, aos nossos pais e familiares, nossos namorados (as) e noivos e a todos nossos amigos. Obrigado por todo o apoio, incentivo e carinho durante nossa jornada. Toda distância, todo sofrimento, angustia e todas as renúncias, valeram a pena. Hoje estamos colhendo, todos juntos, os frutos do nosso empenho! Agradecemos também a todos os professores que nos acompanharam durante nossa graduação, em especial ao Prof. Ms. Bruno Rogério Tavares e a Prof. Ms. Danielle Morais Gaspar que estiveram sempre presentes e dispostos a nos ajudar. E ao nosso orientador Prof. Esp. Luis Carlos Soares pela ajuda, paciência, incentivo e puxões de orelha. Tudo foi válido para que este trabalho fosse executado e realizado com tamanha responsabilidade, organização e equilíbrio.


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“A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”. (Charles Chaplin)


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SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO ....................................................................................... 7 1.1 A Produtora ............................................................................................ 7 1.2 AMarca .................................................................................................. 7 1.3 Logomarca ............................................................................................. 8 1.4 Visão .....................................................................................................8 1.5 Valores .................................................................................................. 8 1.6 Missão ......................................................................................................8 1.7 Carômetro.............................................................................................. 9 1.8 Histórico da Produtora ........................................................................... 12 2. SINOPSE ..................................................................................................... 19 3. TÍTULO DO PROJETO ................................................................................ 20 4. OBJETIVOS ................................................................................................. 21 4.1 Gerais ..................................................................................................... 21 4.2 Específicos ............................................................................................. 21 5. PERFIL DOS PERSONAGENS ................................................................... 22 6. ARGUMENTO .............................................................................................. 24 7. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................... 30 7.1 Telefilme ................................................................................................. 30 7.2 Adaptação ............................................................................................... 33 7.3 Tema: Ambição ....................................................................................... 45 8. CLASSIFICAÇÃO DO PROJETO ................................................................ 48 8.1 Categoria: Entretenimento ...................................................................... 48 8.2 Gênero: Teledramaturgia ........................................................................ 48 8.3 Formato: Telefilme .................................................................................. 48


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9. CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA ................................................................... 49 10.

VEICULAÇÃO ..............................................................................................

50 10.1 Perfil da Rede de Canais HBO .............................................................. 50 10.2 Perfil do Serviço de Entretenimento Streaming ..................................... 50 11. PÚBLICO ALVO ........................................................................................... 52 12. REFERÊNCIAS ESTÉTICAS ....................................................................... 53 13. JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 56 14. CRONOGRAMA DE PRODUÇÃO ............................................................... 58 15. ORGANOGRAMA ........................................................................................ 66 16. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................67 17. APÊNDICES ................................................................................................. 72 18. ANEXOS ....................................................................................................... 73


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1. APRESENTAÇÃO A CROSSProduções escolheu como tema para o Trabalho de Curso a adaptação do conto “O homem que esqueceu o que sabia” de Caio Tozzi para produção de um telefilme. O telefilme O Preço de uma noite conta a história de uma moça simples do interior, que parte à cidade de São Paulo em busca de emprego. Contratada por um solitário escritor para desempenhar os serviços domésticos da casa, ambos acabam se atraindo. Ela, encantada pelo seu jeito e modo de vida, e ele, seduzido pela sua dedicação, beleza e ingenuidade.

1.1.

A PRODUTORA A CROSS Produçõesproduz conteúdos audiovisuais e tem como objetivo

levar informação,unindo criatividade, diversão e cultura àqueles que assistem suas produções. A produtora possui uma equipe qualificada e ferramentas adequadas para a comercialização de seus produtos, fazendo com que os mesmos possam ser exibidos nas mais diversas formas de veiculação na indústria audiovisual. Formada no início de2012, a produtora CROSS Produções era composta por cinco alunos de Rádio, TV e Internet, Caroline Salazar, Clarissa Fratoni, Dayana Barbosa, Marília Roccello e Vinícius Amarante. Da formação original se mantiveram apenas três alunos, Clarissa, Dayana e Vinícius. No segundo semestre do mesmo ano, Lívia Basílio, Thaís Araújo, Nathalia Dias e Felipe Alves agregaram-se a equipe. No ano de 2014, Vinícius Labonia, foi o último integrante a entrar no grupo, chegando assim a sua formação final com oito componentes.

1.2.

A MARCA O

nome

CROSSvem

da

língua

inglesa

e

segundo

o

Dicionário

(MICHAELIS,2001) significaatravessar. Ir do início até o fim de algo, viver períodos bons ou maus. Atravessando qualquer tipo de desafio para satisfazer nossos objetivos profissionais e de nossos clientes.


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1.3.

LOGOMARCA

1.4.

MISSÃO Produzir conteúdos audiovisuais com agilidade, competência, excelência e

qualidade, surpreendendo e contentando dessa forma os seus clientes de forma inovadora.

1.5.

VISÃO Ser reconhecida como uma fonte audiovisual, tornando-se desta forma uma

produtora de prestígio em toda grande São Paulo, fornecendo aos seus clientes cada vez mais qualidade em seus produtos.

1.6.

VALORES Tradição, qualidade, seriedade, excelência, competência, ética, respeito a

concorrência, compromisso, criatividade.


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1.7.

CARÔMETRO


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1.8.HISTÓRICO DA PRODUTORA

A MOÇA QUE TINHA VONTADES Curta duração, ficção, 10 min, Cor, som estéreo, SP, 2012. Sinopse: A Moça que tinha vontades conta a história de Verônica uma moça indecisa e que muda seus desejos com frequência. Seu namorado Marcos tenta satisfazê-la a todo custo, mesmo que tenha que passar por cima de seus próprios sentimentos. Quando Marcos resolve fazer-lhe uma surpresa, descobre que é tarde demais, pois Verônica já mudou seu desejo. Classificação: 12 Anos

MANICLEAN Programa piloto, minidv, 24 min, som estéreo, SP, 2012. Sinopse: O programa traz informação de estilo com dicas de profissionais da moda. Estes profissionais adequam peças de roupa, acessórios e outros adereços considerando cada biótipo. MANICLEAN: o programa que tem a sua cara! Classificação: 12 Anos


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CÓDIGO TV Programa de TV, revista eletrônica, digital, 25 min, som estéreo, SP, 2013. Sinopse: O programa vai mostrar a cada semana os bastidores dos meios de comunicação. O quadro Coligado com o que tem de melhor no mercado de trabalho e na formação de profissionais para o audiovisual. Comunica+ é um quadro que teoriza e exemplifica

a

comunicação,

seus

elementos

e

importância na vida social e o Tá no Ar é uma oportunidade para qualquer pessoa que deseja divulgar seus trabalhos audiovisuais. Classificação: Livre

CONTRAPESO Documentário, curta duração, DVD, som estéreo, 15 min, cor e P&G, SP, 2013. Sinopse: Contrapesoé um documentário audiovisual que traz como tema a cirurgia bariátrica (redução de estômago).

Com

histórias

e

personagens

reais,

mostraremos através de entrevistas as experiências e dificuldades das personagens principais no pré e pósoperatório, e a entrevista com a Dr. Liliane Fernandes explicando algumas das formas de cirurgia bariátrica e os cuidados que os pacientes devem ter durante todo o processo da cirurgia. Classificação: Livre


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A MOÇA QUE TINHA VONTADES Radionovela, Ficção, 15 min, Som Estéreo, SP, 2012. Sinopse: Verônica uma moça indecisa e que muda seus desejos com frequência. Seu namorado Marcos tenta satisfazê-la a todo custo, mesmo que tenha que passar por cima de seus próprios sentimentos. Quando Marcos resolve fazer-lhe uma surpresa, descobre que é tarde demais, pois Verônica já mudou seu desejo. Classificação: 12 Anos

CAÓTICO Programa radiofônico, 5 min, Som Estéreo, SP, 2012. Sinopse: Tem o foco em informações sobre o trânsito nos principais pontos da cidade, as melhores rotas alternativas e previsão do tarde demais, pois Verônica já mudou seu desejo.

VOZES BRASILEIRAS Programa radiofônico, 25 min, Som Estéreo, SP, 2012. Sinopse:Relembre os artistas de maior sucesso da MPB e conhecer novos artistas.


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CINE CÓDIGO Programa radiofônico, 20 min, Som Estéreo, SP, 2012. Sinopse:O programa

“Cine

Código” deixa

os

ouvintes antenados sobre o mundo do cinema através de dicas, criticas e sugestões de filmes.

NOVIDADE MUSICAL Programa radiofônico, 20 min, Som Estéreo, SP, 2012. Sinopse:Apresentar

bandas

alternativas,

“underground”, que foram descobertas na internet. O programa abre espaço para a banda tocar suas músicas e falar sobre curiosidades e shows da própria banda.

CÓDIGO NEWS Programa radiofônico, 30 min, Som Estéreo, SP, 2012. Sinopse: Código News vem trazer e informar as notícias

mais

repórteres.

importantes,

com

externas

de


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NOITE COM MARCONDES Programa radiofônico, 20 min, Som Estéreo, SP, 2012. Sinopse: O programa “Noite com Marcondes” tráz aos ouvintes recados de amor dos ouvintes, e lê cartas que inspirem os outros ouvintes.

DISCOOLPLAY Programa radiofônico, 20 min, Som Estéreo, SP, 2012. Sinopse:Cada programa é um especial com uma banda escolhida pelo publico. Conta a história e toca as principais e mais famosas músicas dessa banda.

CÓDIGO ESPORTE Programa radiofônico, 30 mim, Som Estéreo, SP, 2012. Sinopse:Notícias sobre alguns esportes e discussão com

dois

convidados

sobre

campeonatos de futebol do Brasil.

METRÓPOLE GAMES

os

principais


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Programa radiofônico, 30 min, Som Estéreo, SP, 2012. Sinopse: “Metrópole Games” tráz umquiz entre duas equipes,

comas

mais

diversas

perguntas

da

atualidade, quadrinhos, filmes, games, entre outras.

PARCERIA COM AS PRODUTORAS JÚPITER PRODUÇÕES, CARONA PRODUÇÕES, BRAIN MAN PRODUÇÕES. POR CAUSA DE UM TÊNIS BRANCO Curta-duração, Ficção,9 min, Colorido, SP, 2011 Sinopse:O curta conta a história de dois irmãos que estão

sempre

brigando.

Os

problemas

de

relacionamento ficam mais graves depois que um irmão usa o tênis do outro, sem seu consentimento. Classificação: 16 Anos

VICE-VERSA Programa de TV, 24 min, Colorido, SP, 2011. Sinopse:Vice-Versa é um programa de entretenimento direcionado ao público jovem. O programa conta com atrações musicais e entrevistas. Classificação: 16 Anos SUBMARINE Seriado de TV, Ficção, 24 min, Colorido, SP, 2012.


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Sinopse:Com pais ausentes. Ian se refugia nas drogas.Tem visões assustadoras e ao mesmo, crimes acontecem na cidade. Tudo piora quando ele vai a uma festa. Classificação:16 Anos

2. SINOPSE


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3. TÍTULO DO PROJETO


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No primeiro momento a produtora CROSS Produções escolheu “Quimera” como títulopara o telefilme, pois procurávamos um nome subjetivo para ambição, que era um dos temas principais da história. Com o aprimoramento do roteiro, o foco mudou de ambição para paixão, com isso modificando o título do projeto. Depois de várias pesquisas e reuniões o nome “O Preço de uma noite”foi escolhido, por unanimidade, pela produtora. O nome atual “O Preço de uma noite”não se refere somente ao poder financeiro, mas também aos valores éticos, morais e afetivos entre os personagens. O título remete ao preço a se pagar por uma aventura casual entre chefe e empregada e que complicações esse envolvimento poderá trazer na vida pessoal e profissional de ambos.

4. OBJETIVOS


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4.1 GERAIS O objetivo é roteirizar e produzir um telefilme de ficção, de aproximadamente vinte e cinco minutos, com qualidade de resolução de imagemfull HD, colorido, som estéreo, adaptando o conto “O homem que esqueceu o que sabia” do escritor Caio Tozzi.

4.2 ESPECÍFICOS • Abordar em forma de telefilme o tema amor na forma afetiva. • Experimentar a linguagem do telefilme. • Usar o gênero literário de romance para contar uma história na televisão.


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5. PERFIL DOS PERSONAGENS


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6. ARGUMENTO


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7. ELENCO O Elenco do telefilme O Preço de uma noite foi escolhido através de uma pré-seleção de casting realizada nos dias: 17 de julho, 15 de agosto, 19 de agosto e 26 de agosto na Agência YessModel, próximo ao metrô Ana Rosa. No dia 10 de setembrofoi realizado um teste com o ator Paulo Sokobauno, juntamente com duas atrizes: Soraya Oliveira e Omelina Silva, novamente na Agência YessModel, no qual a escolha final da produtora CROSS Produções fossem os atores: Paulo Sokobauno, Soraya Oliveira e Thais Araújo.

PAULO SOKOBAUNO 40 anos Personagem: Eduardo Machado

SORAYA OLIVEIRA 28 anos Personagem:Lourdes da Silva (Lurdinha)


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THAIS ARAUJO 20 anos Personagem: Vivian Couto


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7.1.

LOCAÇÕES

COZINHA

QUARTO

SALA

• • •

Endereço: Fone: Email:


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8. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A fundamentação teórica do telefilmeO Preço de uma noite consiste nos principais elementos: telefilme, adaptação e o tema amor na forma afetiva. 8.1.

TELEFILME O gênero telefilme nasceu em meio à uma crise do cinema e da televisão

americanana década de 1960, na qual produtores, estúdios de cinema e roteiristas protestavam a favor de novos direitos e melhores salários. Os estúdios queriam cobrar valores abusivos para a venda dos direitos de exibição de filmes recentes em horários mais privilegiados para as redes de televisão, enquanto as emissoras debatiam os custos sugeridos pelos estúdios. Ao mesmo tempo, os roteiristas entraram em greve, pois, colocando os filmes produzidos para o cinema no horário nobre da TV, limitaria e prejudicaria os roteiristas no mercado de trabalho. A greve dos roteiristas acabou em um acordo entre ambas as partes que consistia na exibição de filmes mais recentes produzidos para o cinema na TV.O fato de filmes recentes serem veiculados na TV fez com que os canais percebessem a importância da produção do gênero e se dedicassem ao formatode telefilmes, que conquistou um público fiel, como afirma Furquim, na coluna do siteVeja(2011)1 No final da década de 1950, os estúdios de cinema pressionaram os canais a negociar a exibição de filmes mais recentes em horário nobre. O fato causou problemas para as redes, visto que o valor que os estúdios queriam cobrar por seus filmes era muito maior que aquele que elas estavam dispostas a pagar. Além disso, o Sindicato dos Roteiristas se posicionou contra a decisão. Primeiro, porque a exibição em horário nobre de filmes produzidos para o cinema reduziria o espaço para uma produção própria, prejudicando a oportunidade de trabalho dos roteiristas; segundo, os roteiristas dos filmes não recebiam nenhum valor pela exibição de seu trabalho em outro veículo.

Os telefilmes substituíram o teleteatro (teatro representado e transmitido diretamente dos estúdios da televisão) 2, pois, o seu leque de histórias era enorme e não tinha personagens fixos. Por isso, algumas dessas obrasforam feitas com a intenção de gerar seriados,sendo produzidos dessa forma como um teste para ver se teriam algum retorno positivo do público alvo. Uma vez que a audiência fosse boa 1http://veja.abril.com.br/blog/temporadas/televisao/a-relacao-dos-telefilmes-na-producao-seriada/ Acessado em 8 de março de 2014. 2http://www.dicio.com.br/teleteatro/ - Acessado em 28 de maio de 2014.

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a série seria encomendada, e com o passar dos anos os telefilmes foram utilizados como finalização de séries, dando a trama uma alternativa de mostrar ao telespectador o que aconteceu com os personagens. Diferente da maioria dos filmes que tem suas estreias em salas de cinema, o telefilme foi pensado para ter sua exibição na televisão, mas que mantém a estrutura cinematográfica, conforme siteblog Verbo21 Cultura e Literatura3. Normalmente,o formato do telefilme é de uma hora e meia, entretanto podemos ter também formatos mais curtos. Existem dois tipos de formatos:o de 25 minutos,que o clímax e a resolução se situam no final,e outro de 50 minutos que é o formato clássico para as minisséries e para algumas séries televisivas. (COMPARATO, 2000) O formato de telefilme, que tem em média duas horas, pode se utilizar de personagens e histórias com a probabilidade de serem desenvolvidas em séries e minisséries, como explica Comparato (2000, p. 62): O telefilme, obra também fechada, é considerado o ovo da dramaturgia, pois a partir de um telefilme de duas horas criam-se personagens e histórias com possibilidades de serem desenvolvidas em futuras séries ou minisséries (Kojack e As panteras nasceram desta forma).

8.1.2. TELEFILME NO BRASIL De forma improvisada e com um show de variedades que repetiam formatos radiofônicos, a televisão surgiu no Brasil em 1950 com a inauguração da extinta TV Tupi em 18 de setembro, comandada por Assis Chateaubriand em conjunto com o império jornalístico“Diários e Emissoras Associados”,que tinha e tem como missão contribuir com a produção e distribuição de informação e entretenimento de qualidade4. No dia da estreia, a programação foi assistida exclusivamente só por aqueles que tinham um dos 200 aparelhos de TV contrabandeados e concedido pelo próprio Chateaubriand, e por aqueles que puderam assistir através dos 22 receptores distribuídos em vitrines de 17 lojas no centro de São Paulo. No inicio de 1950 somente a Inglaterra, França e Estados Unidos tinham transmissões 3http://www.verbo21.com.br/v5/index.php?option=com_content&view=article&id=1676:cinema-natelevisao-consideracoes-sobre-o-telefilme-leonardo-campos-&catid=128:resenhas-e-ensaios-outubro2012&Itemid=169 - Acessado em 8 de março de 2014. 4http://www.diariosassociados.com.br/ - Acessado em 20 de agosto de 2014.


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televisivas de maneira regular, no México as transmissões televisivas só foram iniciadas dezoito dias antes das brasileiras. (REIMÃO; TEMER; CHAVES; MONTEIRO; TONDATO; CARRARA, 1965-2000) A programação da TV brasileira em seus primeiros anos é considerada como sendo “elitista”: teatro clássico e de vanguarda, música popular e erudita e alguns poucos shows mais populares. Nesses primeiros anos, o próprio aparelho de TV era um objeto apenas possuído pela elite. (REIMÃO; TEMER; CHAVES; MONTEIRO; TONDATO; CARRARA, 1965-2000, p. 21).

Planejada desde 1946, a Tupi exibiu o primeiro teleteatro, e também foi o primeiro canal a passar as telenovelas no formato não diário, isto é, transmitidas duas ou três vezes por semana. Além disso, podia notar-se que alguns modelos de programas eram inspirados claramente por formatos de TV americana e nesta primeira fase da TV eram exibidos telefilmes e seriados de origem estrangeira, principalmente

norte-americana.

(REIMÃO;

TEMER;

CHAVES;

MONTEIRO;

TONDATO; CARRARA, 1965-2000) A história da TV no país pode ser dividida em duas partes importante; na primeira esse meio de comunicação concentrava-se inicialmente nas cidades do Rio de Janeiro e em São Paulo, e a programação apresentava fortes tonalidades locais e não contava ainda com um amplo público e na segunda parte deparamos com a TV espalhada por diversos pontos do território nacional com uma grande importação de programas estrangeiros e o videotape faz com que a produção nacional se concentre no Rio e em São Paulo. (REIMÃO; TEMER; CHAVES; MONTEIRO; TONDATO; CARRARA, 1965-2000) A televisão brasileira logo no seu inicio assim como as demais emissoras ativas no mundo, não contavam com a chegada do videoteipe. As transmissões eram ao vivo, e isso impossibilitava a expansão de uma programação em nível nacional. Com exceção dos filmes, já gravados e distribuídos, as demais atrações eram regionalizadas, feitas especificamente para cada cidade. Isso mudou completamente com o aparelho de videoteipe, que transformaria para sempre a forma de fazer televisão. (AQUINO, 2011) O equipamento que resolveu o problema do registro das imagens de TV fora lançado em 1956, nos Estados Unidos. Caríssimo, chegou ao Brasil apenas no início de 1960, por força de uma necessidade incontornável: cobrir as festas de inauguração da nova capital, Brasília, que ficava muito longe do eixo Rio - São Paulo e não permitia um televisionamento direto. Gravar as


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imagens enviá-las por avião e transmiti-las posteriormente era a única forma viável de fazer com os brasileiros das duas principais cidades participassem das cerimônias históricas. Durante os primeiros anos o VT tinha uma única função: registrar programas e duplicá-los. Ainda não havia a edição eletrônica de imagens ou a possibilidade de utilizar a tecnologia do videotape como recurso expressivo, de linguagem. (PRIOLLI apud AQUINO, 2011, p. 8)

Devido à evolução dos meios tecnológicos de captação e a transformação dos processos que permitiam à televisão preparar e transmitir sua programação, a televisão brasileira embora importando grande parte dos formatos pelo mercado internacional de produtos audiovisuais, produz suas atrações em território nacional. “A globo vai tornando-se cada vez mais rentável e investiu em melhorias técnicas consideráveis, elevando a televisão a um nível somente comparável a alguns poucos países do mundo.” (REIMÃO; TEMER; CHAVES; MONTEIRO; TONDATO; CARRARA, 1965-2000, p. 67) No final dos anos 60, as telenovelas passam a ser um importante produto no mercado televisivo nacional e a rede Globo associada ao grupo norte-americano Time Life começa com a experiência da novela diária com investimento em infraestrutura, o que possibilitou desenvolver um grande avanço técnico, inovando o formato de telenovela e transformando as novelas nacionais no mais tradicional produto brasileiro de ficção. (ROCHA, 2008) De acordo com Walter Negrão, autor de telenovelas da rede Globo: A telenovela diária surgiu como a arma mais importante no combate aos enlatados estrangeiros, aos filmes de quinta categoria que infestavam a programação de todas as emissoras. Mais tarde, quando ela se transformou, através dos autores nacionais, num produto essencialmente nacional, passou a retratar também os conflitos, os dramas, os problemas sociais brasileiros. (ALENCAR, 2002, p. 95)

Nos anos 70, a rede Globo começou a produzir a série “Caso Especial”, com histórias trágicas e populares, este formato foi o mais próximo de um telefilme que nossas emissoras produziram no passado. O programa baseava-se em episódios de narrativas ficcionais contadas em um único dia, em 45 minutos, originais ou provenientes de adaptações literárias com direção e elenco de nomes conhecidos da emissora. A emissora usava o “Caso Especial” para testes: de atores, de pares românticos e de linguagens, era um perfeito palco experimental. (ALENCAR, 2002) A primeira produção nesse formato foi Número um, de Janete Clair, com direção de Daniel Filho, realizada pela Globo em 1971, com Regina Duarte,


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Francisco Cuoco e Paulo Gracindo. Entre outros especiais de sucesso, passaram pela TV: A Pérola, O Médico e o Monstro, O Crime do Zé Bigorna, A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água, Romeu e Julieta, A Desinibida do Grajaú e O Alinenista. (ALENCAR, 2002, p. 67)

A série “Caso especial”, as telenovelas e as minisséries tornaram-se uma grande oportunidade para a teledramaturgia nacional, registrando momentos memoráveis para a televisão brasileira. E com o grande sucesso das telenovelas, a Rede Globo vai aos poucos limitando a produção de episódios para o “Caso Especial”, tornando bastante eventual sua edição. No Brasil tivemos exemplos de telefilmes na década de 1980 com os Casos Especiais de 90 minutos, mas infelizmente este formato foi abandonado. Atualmente existem poucos formatos de audiovisuais exibidos nos canais brasileiros, o que denota certa negatividade na curva de diversidade formal criativa. (COMPARATO, 2009, p. 117).

Telefilme é ainda escasso no Brasil, não temos em nosso país a cultura de produzir telefilmes. Nossa televisão é regada de altos índices de audiência e repercussão de telenovelas que meche diariamente durante décadas com o imaginário da população atingindo alto grau de excelência em suas produções. “A história da produção e da programação de televisão no Brasil demonstra, portanto que as estratégias de desenvolvimento da novela são compatíveis com a pesquisa e outras fórmulas, mesmo que a novela continue sempre como eixo vital dessa indústria”. (MATTELART, 1989, p. 63) Tem filmes que deveriam ser exibidos direto na televisão, os telefilmes. Em alguns países o telefilme move a indústria. Na França e no Canadá são produzidos muitos telefilmes e tem empresas de produção que vivem da produção desses telefilmes. Só que aqui vocêtem um modelo de televisão que só agora está começando vagarosamente a se abrir mais para a produção independente. E telefilme é ainda uma coisa que quase não existe no Brasil. Sinto que ainda é “um audiovisual” que ninguém sabe muito bem o que é e todo mundo acha que não é bacana. Mas, outra vez, sinto que o telefilme pode ser uma saída interessante e não necessariamente deva ser visto como aquela “fita de segunda categoria”. (BERNARDET, 2009, p. 292).

De acordo com o site da Secretaria da Cultura 5: O canal de TV Cultura juntamente com a Secretária de Cultura do estado de São Paulo, desenvolve desde 2009 editais que incentivam a produção nacional de filmes para a TV, o programa Telefilmes Cultura, estreou na emissora no dia 12/12/2009, às 23h30 e exibiu por quatro sábados seguidos, telefilmes de 52 minutos produzidos para a televisão. O 5http://www.cultura.sp.gov.br/portal/site/SEC/menuitem.a943691925ae6b24e7378d27ca60c1a0/? vgnextoid=4a8e0cef10575210VgnVCM1000004c03c80aRCRD&vgnextchannel=338afbe356338010V gnVCM1000001c79410aRCRD#.U96KwuNdUXE – Acessado em 3 de agosto de 2014.


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especial “Para aceitá-la, Continue na Linha”, de 2010,de Anna Muylaert foi o episódio de lançamento da série. Nele, a diretora conta o drama de Clarinha, uma mulher de classe média alta de São Paulo, recebe um telefonema a cobrar e cai no golpe do falso sequestro. Acreditando que uma de suas filhas foi sequestrada, segue até o Rio de Janeiro de carro guiada pela voz do bandido. O filme acompanha 24 horas na vida de Clarinha em um drama que mistura tensão, adrenalina e questionamentos sobre as formas de violência que sofremos hoje 6. O telefilme “Para aceitá-la, Continue na Linha”, foi produzido pela TV Cultura em uma coprodução com a Gullane Filmes 7, produtora independente, com apoio do PROAC (Programa de Ação cultural do estado de São Paulo), e o governo do estado de São Paulo. Em entrevista para o site Revista de Cinema, a diretora Anna Muylaert comentou sobre o telefilme e o projeto para estendê-lo em filme: Ele nasceu da televisão e virou filme, é minha produção mais pobre em termos de orçamento, filmei com R$ 950 mil, na estrada, em digital. (...) Como um cara preso pode dominar, por telefone, uma pessoa livre? Só pela voz! Por que? Porque ela é débil! No filme, a gente já viu que ela é débil porque é inteiramente dependente da empregada. Eu só quis transformar o “Chamada a Cobrar” em cinema, porque acho muito importante a discussão que ele traz: a debilidade da classe alta e do abismo social – sem sangue, sem luto, sem guerra.

Ainda segundo o site da Secretaria da Cultura; além da diretora Anna Muylaert, também fazem parte da lista de telefilmes os cineastas Ricardo Pinto e Silva com Carro de Paulista; a dupla Marcelo Toledo e Paolo Gregori com Corpo Presente: Alberto, Cynthia; e Ugo Giorgetti com Paredes Nuas, telefilme, que também foi exibido na 33° Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. A TV Cultura é um grande referencial quando se trata de telefilmes, e ela tem exclusividade de exibição dos telefilmes pelo período de um ano, contando a partir da estreia de cada um no canal. Um exemplo de telefilme nacional é a obra “Veja esta canção” de 1994, de Cacá Diegues, com quatro episódios inspirados em canções. A canção “Pisada do elefante”, de Jorge Bem Jor, é utilizada para a apresentação de uma dançarina de 6http://www.gullane.com/projeto/para-aceitala-continue-na-linha - Acessado em 3 de agosto de 2014 7GULLANE FILMES, produtora de conteúdo para cinema e televisão que mantém participação ativa no crescimento do audiovisual brasileiro. Fonte: http://www.gullane.com/institucional/quem-somos Acessado em 3 de agosto de 2014.


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boate, cuja proprietária se chama Carmen, para deixar bem claro que se trata de uma referência à ópera Carmen de Bizet, com sua história de ciúme e assassinato. (CARVALHO, 2012, p. 7) Já o episódio inspirado na canção “Drão”, de Gilberto Gil, conta com um narrador-protagonista (Pedro Cardoso) diante da câmera para relatar sua estória de desentendimento e reconciliação amorosa com a sua parceira (Débora Blach), de maneira irônica e parcial. “Você é linda”, de Caetano Veloso, invade as cenas do episódio de maneira mais declarada sendo utilizada como trilha do walkman de uma garota angustiada ao viver inserida no drama social da violência e da favela em contraste com seu lirismo juvenil. (CARVALHO, 2012, p. 7) E por fim, “Samba do grande amor”, de Chico Buarque de Hollanda, em uma estória em que um jovem se apaixona por uma voz que entoa a canção título, sem seu texto poético verbal, mas se engana ao associar a bela voz com a figura de uma jovem prostituta (Silvia Buarque), pois, a dona da voz era uma senhora (Fernanda Montenegro). (CARVALHO, 2012, p. 7) Usando uma linguagem de TV bastante próxima do cinema, o telefilme soube utilizar as qualidades do meio televisivo para trabalhar um roteiro que possibilitava contar quatro histórias distintas em seus 104 minutos de duração. Usando sua prática de cinema, Cacá Diegues possibilitava levar às telas estas histórias e trouxe consigo o apuro técnico e o singular olhar de cinema. O envolvimento da TV como suporte exibidor de filmes há muitos anos é motivo de polêmica. No Brasil, até hoje, houve apenas tímidas aproximações entre a televisão e o cinema, como no caso da parceria entre a TV Cultura e o cineasta Cacá Diegues, que teve um filme produzido (Veja esta canção, 1994) por meio do canal estatal paulista. O filme foi exibido primeiro na televisão e depois no circuito comercial de cinema. Considerada bem-sucedida, a experiência deu origem ao Projeto de Incentivo ao Cinema. (BALLERINI, 2012, p. 131)

A história da televisão brasileira ainda demonstra que apesar de existir uma atenção e espaço para dramaturgia e ficção dentro da programação de nossos canais de TV o telefilme recebe pouco incentivo, sobrevivendo dessa forma pelas iniciativas de propostas de editais pela TV Cultura e pela lei de incentivo à cultura


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que visa “apoiar e patrocinar a renovação, o intercâmbio, a divulgação e a produção artística e cultural no Estado8.” 8.2.

ADAPTAÇÃO Adaptação é transmitir a essência de uma obra já existente, utilizando outras

formas de linguagem para recria-la, de uma maneira em que sua identidade original não se perca. Cada formato de comunicação tem a sua maneira de ser falada, por conta disso, não podem ter o mesmo tipo de linguagem, ou até o mesmo método de adaptação sem ter a mudança necessária para isso. Rey observa as vantagens em ter um livro de romance em mãos, podendo ler e reler quando quiser, no entanto o mesmo passado em uma tela não tem esse benefício: A adaptação boa é aquela que concentra impactua e afunila a carga de atrativos dum livro. O romance pode ser lido por etapas, guardado na estante, retomado, relido parcialmente nos seus momentos mais complexos, discutido com parentes e amigos durante a leitura e, geralmente, tem orelhas esclarecedoras. Se o leitor não entendeu tudo, relê. A segunda leitura é sempre mais proveitosa. E a terceira ainda mais. A tela, porém, não oferece essas vantagens. Tem de prender o espectador logo de começo e desenvolver em 100 minutos uma história que ele leria em dez ou muito mais horas. Rey (2010, p. 60)

Existem várias formas de fazer adaptação, cada roteirista escolhe aquela que se enquadra melhor ao seu produto audiovisual. Comparato (2000, p. 333 a 335) elegeu três estilos diferentes, sendo eles: Adaptação de uma obra teatral: no teatro se tem uma vantagem grande pelo fato de que uma obra teatral já tem os diálogos principais escritos, a dificuldade que se tem é que no teatro os diálogos apresentam o que se passa fora de cena em vez de o mostrar, recurso esse que deve ser evitado na versão audiovisual. Adaptação de um conto: deve-se tomar cuidado para manter o espirito da obra, sua característica básica é a síntese e o roteirista é livre para acrescentar ou mudar alguns aspectos, só precisa prestar atenção ao manter os pontos básicos do conto, para ele não perder sua atmosfera e a obra ser reconhecida. Adaptação de um romance: em um romance você pode reduzir a obra eliminando os acontecimentos que não sejam tão importantes, focando dessa forma em um ponto principal da história.

8http://www.cultura.sp.gov.br/portal/site/SEC/menuitem.a943691925ae6b24e7378d27ca60c1a0/? vgnextoid=733e7ee06dd89010VgnVCM2000000301a8c0RCRD&vgnextfmt=default&cpsextcurrchann el=1#.U96YeuNdUXH – Acessado em 3 de Agosto de 2014.


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A produtora CROSS Produções escolheu usar como base “adaptação de um conto”, pois vamos abordar o mesmo tema da obra original de Caio Tozzi “O homem que esqueceu o que sabia”, acrescentando e mudando alguns aspectos. Ainda segundo Comparato (2000, p. 331 a 333) há diversos graus e níveis de adaptação: adaptação propriamente dita, baseado em, inspirado em, recriação e adaptação livre. Para a adaptação do conto de Caio Tozzi “O homem que esqueceu o que sabia”, a produtora escolheu trabalhar com o grau deadaptação “Recriação”, pois, o roteirista trabalha livremente em cima da obra, muda os personagens e desloca a história para outro tempo, espaço, criando uma nova história. Quadro com as formas de adaptações segundo Doc Comparato Adaptação propriamente dita:

Consiste em se ser o mais possível fiel à obra. Não há alteração da história, nem de tempo, nem de localizações, nem de personagens. Os diálogos refletem apenas as emoções e conflitos presentes no original. Deve-se ter em conta que este tipo de trabalho não é uma mera ilustração audiovisual, mas que é preciso ultrapassar os limites da fidelidade para se conseguir um roteiro correto e eficaz. Um bom exemplo recente do cinema espanhol é o roteiro – idêntico ao livro e, contudo, original – de O rei pasmado e a rainha nua (1991), sobre a obra de Torrente Ballester. Não obstante, vêm-me à memória algumas palavras de Suso D’Amico: “A melhor maneira de um adaptador ser fiel a uma obra é serlhe totalmente infiel.”

Baseado em...

Neste caso, exige-se que a história se mantenha íntegra (embora se altere o final). Podemos modificar os nomes das personagens e algumas situações, e, embora a fidelidade que o adaptador guarda ao original seja menor, este deve poder ser reconhecido. Os clássicos de terror romântico adaptados ao cinema podem ser um exemplo apropriado:os diversos Dráculas, baseados em Stoker, tão diferentes entre si e, no entanto, fiéis à obra original etc.

Inspirado em...

O roteirista toma como ponto de partida a obra original: seleciona uma personagem, uma situação dramática e desenvolve a história com uma nova


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estrutura. Contudo, alguns aspectos funcionais da obra são respeitados e mantidos, como por exemplo o tempo em que a ação tem lugar. A obra de Walter Hill, Os selvagens da noite (1979), foi inspirada – por seu turno, segundo o romance de Sol Yurick – na Anabasis, de Xenofonte.

Recriação:

O roteirista apodera-se do plot principal e trabalha livremente com ele, isto é, muda as personagens, desloca a história para outro tempo e espaço e cria uma nova estrutura. O grau de fidelidade do roteirista para com o original é mínimo. Jules Dassin recriou a paixão de Fedra por Hipólito – segundo Eurípides – em profanação (Phaedra) (França – Grácia, 1962), enquanto Manuel MurOti o havia feito em 1956, a partir de Sêneca. Por outro lado, não se deve confundir recriação com desvirtualização. Desvituar é fazer com que a obra original fique desfigurada no seu ethos, ao passo que na recriação este se mantém intacto.

Adaptação livre:

É um trabalho muito próximo da adaptação propriamente dita. Não há alteração da história, do tempo, de localizações nem de personagens. Consiste apenas em dar mais ênfase a um dos aspectos dramáticos da obra, criando uma nova estrutura para todo o conjunto. A história mantém-se íntegra, mas através de uma visão, de um novo ponto de vista criado pelo roteirista. Talvez se possa dar como exemplo a versão de Jean-Jacques Annaud da obra de Umberto Eco, O nome da rosa.

Fonte: Doc Comparato Livro Da Criação ao Roteiro. (2000, p. 331 à 333)

A primeira tentativa de trazer algo de novo para a TV foi realizada pela Rede Globo, com uma minissérie escrita por Aguinaldo Silva e Doc Comparato e tinha como nome Lampião e Maria Bonita. Foram produzidas pela Rede Globo 66 minisséries entre 1982 e 2010, sendo 31 delas adaptadas pela literatura e uma adaptação de peça teatral (MÜLLER, 2010)9 No Brasil foi a televisão que deu alcance nacional a ficção produzida no país, já que a literatura de ficção sempre esteve restrita a uma parte pequena da 9http://www2.metodista.br/unesco/1_Celacom%202010/arquivos/Trabalhos/55-Rede%20Globo %201982%202010_KarinMuller.pdf Acessado em 9 de março de 2014.


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população. Havia a presença frequente de adaptações nas mais variadas formas de programas (minisséries, telenovelas, séries, teleteatros). O foco principal foi às adaptações para telenovelas, pois era um tipo de programa com um amplo público que a televisão conseguia alcançar. As adaptações conseguiram alcançar o seu ápice a partir de 1975, quando de forma mais organizada ganharam seu espaço e um horário exclusivo somente para a exibição de telenovelas adaptadas de obras da literatura brasileira. (GUIMARÃES,1996)10 O autor ainda comenta a evolução da adaptação de textos literários: Nos anos 50, os teleteatros consistiam basicamente na transposição para o vídeo de obras da literatura internacional. A mesma fórmula logo em seguida foi aplicada às telenovelas, que ganharam crescente popularidade até se tornarem, nos anos 60, fenômenos de audiência. Na década de 70 criou-se um horário para exibição de telenovelas baseadas em textos literários, desta vez exclusivamente brasileiros. A partir dos anos 80, as adaptações de obras brasileiras deslocaram-se para as minisséries. (GUIMARÃES, 1996, p. 192)

A grande dificuldade era adaptar uma obra para um veículo que constituía basicamente de imagens e sons, pois muitos dos textos que chegavam até as mãos dos diretores de TV foram adaptações anteriormente realizadas pelo cinema, e os primeiros profissionais a receberem esses textos não tinham a experiência de passar o texto escrito para um meio audiovisual, como a televisão. A partir do momento que os profissionais obtiveram um maior controle da linguagem televisiva as adaptações literárias ficaram mais fáceis de fazer, fazendo com que as obras brasileiras ficassem cada vez mais em evidência, muito mais do que as adaptações de obras estrangeiras. (GUIMARÃES, 1996) O autor ainda observa a quantidade de adaptações realizadas entre os anos de 1975 a 1994 e entre os anos de 1952 e 1974: Para ilustrar o fato, de 1975 a 1994 foram realizadas 78 adaptações pelas emissoras de TV. Dessas 78, apenas 4 eram adaptações de obras estrangeiras. Entre 1952 e 1974, das 145 adaptações realizadas, 106 eram de obras estrangeiras.(Guimarães, 1996, p. 196)

Dependendo da história a ser transmitida é adequado contar a adaptação de acordo com o público alvo para que não tenha nenhum tipo de rejeição fazendo com 10http://www.usp.br/revistausp/32/20-helio.pdf - Acessado em 9 de março de 2014.


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que diversas gerações de famílias e pessoas de várias idades possam assistir. Deve-se prestar atenção nos fatores envolvidos, sendo eles sociais, políticos e econômicos. É a partir desses pontos que você seleciona o que é interessante e o que pode chamar a atenção do telespectador, escolhendo assim o horário a ser veiculado de acordo com o público alvo e a emissora. (GOMES, 2010) 11 A autora ainda explica a relação da escolha dos temas com a faixa de horário de transmissão: A escolha dos temas narrados está ligada, em terceiro lugar, à produção direcionada à faixa de horário de transmissão, que limita o que pode e é adequado de ser contado de acordo com público-alvo da programação. Assim sendo, na adaptação de “Ciranda de pedra”, de Lygia Fagundes Telles, para o horário das 18 horas, na Rede Globo, em 2008, houve uma transformação no tratamento dado à doença mental de Laura, que foi amenizada e atribuída, de certa forma, aos maus-tratos de Natércio, seu primeiro marido, de quem se separa para viver com Daniel. A doença mental é explicada desde a perversidade do ex-marido até a fragilidade da personagem que, ao contrário do livro, mesmo em seus piores momentos, tem a aparência composta e está sempre belíssima e muito elegante. Gomes (2010, p. 97 a 98)

Partindo do pressuposto de que há inúmeras maneiras de se adaptar uma obra, é comum ocorrer algumas mudanças no percurso da história de acordo comà faixa horária e o público alvo da programação. Podemos observar isso na tabela abaixo em que Gomes (2010, p. 104 a 105) compara o texto original e a adaptação da telenovela “Ciranda de pedra”: Texto original

Telenovela adaptada

1. Virgínia vive com a mãe, o “tio” Daniel e Luciana, a empregada que toma conta dela e da casa. A mãe está muito doente, e o tio Daniel cuida devotadamente dela.

1. Virgínia vive com Natércio e as irmãs em uma bela casa.

2. Virgínia tem uma vizinha, Margarida, com quem brinca. Os amigos de suas irmãs são Letícia e Conrado, que são irmãos, e Afonso, que vive com sua avó em um sítio.

2. Virgínia se mostra enamorada de Conrado, mas disputa as atenções desse com sua irmã Otávia.

3. Virgínia se confessa, desde o início, apaixonada por Conrado. 4. Otávia e Bruna não visitam Laura na casa dela e de Daniel.

3. Laura está internada em uma clínica para doentes mentais. 4. Otávia e Bruna não visitam Laura na clínica.

5. Virgínia visita as irmãs e Natércio, que ela

5. Virgínia crê que Natércio é seu pai.

11http://www.ucs.br/etc/revistas/index.php/conexao/article/viewFile/115/106 - Acessado em 9 de março de 2014.


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pensa ser seu pai. Sente-se excluída e fora de lugar na casa e nessa família. 6. Virgínia se ressente da pouca atenção que Conrado lhe dedica. Ressente-se, também, da proximidade que a irmã Otávia mantém com ele.

Natércio se mostra mais áspero e impositivo com Virgínia do que com Otávia eBruna. 6. Daniel a visita, cuida de Laura, e os dois se mostram enamorados.

7. V irgínia se mostra dividida quanto ao afeto que sente por Daniel: instigada pelas irmãs a odiá-lo, sente dificuldade de expressar alguma estima por ele.

7. Natércio é sócio de Cícero, o pai de Letícia e Conrado.

8. Laura piora sempre mais, e Daniel, então, diz a Virgínia que será melhor que ela vá morar com Natércio e suas irmãs.

8. Natércio retira Laura da clínica e a leva para casa. Ao chegar em casa, Otávia e Bruna a recebem com distância, enquanto Virgínia se mostra afetuosa. Natércio tranca Laura num quarto no sótão.

9. Virgínia se muda para a casa das irmãs. 10. Morre Laura, e Daniel se suicida.

Fonte: Marcia Gomes Texto O intertexto midiático: ficção seriada televisiva e adaptação de obras literárias: as ideias no fluxo das mídias. (2010, p. 104 a 105)

Muitas minisséries brasileiras adaptadas fizeram muito sucesso e quando a mesma tem sua história originada de uma literatura, muitas vezes faz com que o seu telespectador se torne um possível leitor da obra ali apresentada, fazendo com que aumente as vendas dos livros, como foi o caso, por exemplo,de A Casa das sete mulheres, da autora Letícia Wierzchowski, que foi adaptada e passada na TV em 53 capítulos em dezembro de 2003, e teve uma grande produção e bons índices de audiência, tornando a autora conhecida pelo público leitor. (MÜLLER, 2010)


43

8.3.

TEMA: AMOR O conto “O homem que esqueceu o que sabia” de Caio Tozzi,trabalha com

os elementos como amor, ambição e classe social. A produtora Cross Produçõespreferiu na adaptação trabalhar mais forte com o amor na forma afetiva. Apesar de abordar os outros elementos de origem do conto. (O afeto da parte dele aparece da carência da ausência da outra mulher e o afeto dela pela dedicação que ela tem com o trabalho com o chefe) – sexo casual, aventura. A palavra amor (do latim amor), segundo o Dicionário da Língua Portuguesa (AURÉLIO, 2008, p. 118) significa: Sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem. Sentimento de dedicação absoluta de um ser a outro, ou a uma causa. Inclinação ditada por laços de família. Inclinação sexual forte por outra pessoa. Apego profundo a valor, coisa, ou animal: amor à verdade; amor aos livros, amor aos cães. Devoção extrema: amor à pátria. John Alan Lee, um antropólogo canadense, criou uma teoria referente ao amor, no qual, ele propõe seis tipos ideais de amor Eros, Storage, Ludus, Agape, Pragma, Mania. Lee comparou os mecanismos da visão das cores com os mecanismos da capacidade de os seres humanos amarem. Segundo Lee tal como existem cores mais comuns do que outras, também existem estilos de amor que são mais comuns do que outro. (GUEDES, 2011, p. 11) Os significados dos tipos ideais de amor são os seguintes: Eros: Os elementos românticos estão enfatizados, assim como a beleza e a atração física. Atração

imediata,

grande

intensidade

emocional

e

comprometimento

são

características deste estilo de amor. Estar apaixonado é muito importante para aqueles que assim encaram o amor. Storage: O amor resulta da construção de uma amizade. Alto comprometimento, proximidade psicológica, revelação gradual do eu, expectativa de longa duração do relacionamento. Ludus: Um jogo, muitas vezes jogado por múltiplos jogadores, ou seja, relacionamentos múltiplos, de curta duração, com baixo envolvimento. Mania (Eros+Ludus): Defensivo, inseguro,


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obsessivo e ciumento, com excessiva preocupação em ser amado, exige que o parceiro dê constantes demonstrações de amor. Agape: Amor altruísta, generoso e atencioso. Guiado mais pela razão do que pela emoção. Centrado no outro, pouco exigente. Pragma: Lógico e racional, determinação analítica na busca do amado, em relação à compatibilidade de planos para o futuro e outras pragmáticas considerações, que são a base deste amor. Cria uma lista de atributos desejáveis, e seleciona o parceiro de acordo com a capacidade do mesmo em preencher estes requisitos. (CLEMENTE, 2013, p. 12) O amor pode ser transmito nas mais diversas formas: Amor materno e paterno: que se caracteriza por ser incondicional, ou seja, é capaz de abrigar, alimentar e proteger sem ter aquele sentimento de cobrança. (DELAZERI, 2011) 12; Amor fraternal: normalmente acontece entre irmãos e também entre homens e mulheres, é um sentimento de total dedicação, sem nenhum interesse, que não seja fazer o bem ao próximo, levando o indivíduo a fazer em certos momentos grandes sacrifícios, que só seria capaz de fazer por ele mesmo. (SIGNIFICADOS) 13;Amor platônico: é um amor impossível, difícil ou que não é correspondido, diz que uma pessoa tem um amor platônico quando ama alguém e essa pessoa não sabe, aquela pessoa que morre de amores por alguém e não consegue declarar seu sentimento e fantasia

em

sua

mente

um

história

linda

de

amor

que

não

existe.

(SIGNIFICADOS)14;Amor carnal: O quebusca a satisfação sexual; amor físico. Amor físico: Amorcarnal. (OLIVEIRA, 2002, p. 257)

12http://www.eradomilagre.com/2011/12/o-amor-em-familia.html - Acessado em 19 de junho de 2014. 13http://www.significados.com.br/amor-fraternal/ - Acessado em 19 de junho de 2014 14http://www.significados.com.br/amor-platonico/ - Acessado em 19 de junho de 2014


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9. CLASSIFICAÇÃO DO PROJETO

9.1.

CATEGORIA: ENTRETENIMENTO

O telefilme O Preço de uma noitese enquadra na categoria entretenimento, pois tem como intuito entreter o telespectador, fazendo comque ele se sinta parte da história, causando interesse, surpresa, estimulando e divertindo o público, despertando a vontade de assistir o produto audiovisual. Pois, se o produto não interessar ao telespectador não trará audiência, conforme afirma Aronchi (2004, p. 38):

O entretenimento é necessário para toda e qualquer ideia de produção, sem exceções. Todo Programa deve entreter, senão não haverá audiência. Entreter não significa somente vamos sorrir e cantar. Pode ser interessar surpreender, divertir, chocar, estimular, ou desafiar a audiência, mas despertando sua vontade de assistir. Isso é entretenimento.

9.2.

GÊNERO: TELEDRAMATURGIA

O telefilme O Preço de uma noite se encaixa no gênero teledramaturgia, pois tem o desejo de transmitir uma mensagem ao telespectador através dos personagens. Aronchi (2004) afirma que o termo significa, obviamente, dramaturgia adaptada para a televisão e engloba todas as produções em que personagens são caracterizados para transmitir uma mensagem.

9.3.

FORMATO: TELEFILME


46

O termo telefilme é usado na indústria da televisão para definir um filme criado para a televisão. No Brasil este formato é pouco conhecido. Porém, em outros países além de ser muito conhecido é também muito usado pela televisão. Comparato (2000, p. 196) explica que a estrutura de um telefilme é muito semelhante à de um longa-metragem para o cinema. O Preço de uma noite será produzido com o formato de 25 minutos, que segundo Comparato (2000, p. 196), tem uma estrutura mais curta e é dividido em quatro partes: •

É o formato do capítulo da telenovela e do filme curto. Do ponto de vista estrutural, e grosso modo, divide-se em quatro partes: Primeira parte: 2 a 3 minutos (abertura). Segunda parte: 10 minutos (desenvolvimento até a crise) Terceira parte: 10 minutos (desenvolvimento até o clímax) Quarta parte: 2 a 3 minutos (resolução).


47

10. CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA


48

O telefilme O Preço de uma noitese enquadra na classificação indicativa 16 anos, pois contém insinuações sexuais, nudez e uso de drogas lícitas. Segundo

a

cartilha

de

Classificação

Indicativa,

desenvolvida

pelo

departamento de Justiça15, Classificação, Títulos e Qualificações, Secretaria Nacional de Justiça e Ministério da Justiça.

11. VEICULAÇÃO A produtora escolheu trabalhar como veiculação para o telefilme O Preço de uma noite o canal de TV por assinatura HBO e o serviço de entretenimento por streamingNetflix, pois, são duas empresas com um número muito grande de assinantes em todo o mundo,fazendo com que o telefilme O Preço de uma noiteseja divulgado e popularizado por diversos países. 11.1.

PERFIL DA REDE DE CANAISHBO

15www.prrj.mpf.mp.br/sala-de-imprensa/publicacoes/classificacao-indicativa/at_download/publicacao Acessado em 29 de março de 2014.


49

O canal de televisão por assinatura HBO (abreviação de Home Box Office) é um canal norte-americano, lançado em 8 de novembro de 1972, de propriedade da Time WarnerInc, criado por Charles Dolan, pioneiro na construção de um sistema na baixa Manhattan em New York chamado Sterling Manhattan Cable, esse sistema era instalado no subterrâneo e utilizava pequenas antenas de ondas-curtas para transmitir os sinais, já que em muitas ocasiões eles eram bloqueados pelos enormes arranha-céus da cidade. (DIAS, MUNDO DAS MARCAS, 2006) A HBO contém um leque grande de programação como: exibições de filmes e séries originais, além de telefilmes, documentários, atrações esportivas, especiais musicais e comédia de stand-up.(DIAS, MUNDO DAS MARCAS, 2006) Ainda de acordo com o site Mundo das Marcas são exibidos mais de 1.600 filmes diferentes pela emissora todos os anos, além de possuir milhões de assinantes em todo o mundo: Nos Estados Unidos, HBO possui mais de 41 milhões de assinantes. Fora dos Estados Unidos, está presente em 60 países da Europa, Ásia e América do Sul com mais de 40 milhões de assinantes. A programação da HBO é transmitida em mais de 150 países em todo o mundo.(DIAS, MUNDO DAS MARCAS, 2006)

A rede trabalha com doze canais para diferentes públicos: Cinemax, HBO em Español, HBO2, HBO Family, HBO Signature, HBO Comedy, HBO Zone, HBO Latino, HBO onDemand, HBO Mobile, HBO onBroadband, HBO GO. No Brasil e no restante da América Latina, a HBO é programada pelo HBO LatinAmericaGroup, que é, entre outros canais, responsável por sua versão brasileira e atua no Brasil sob o nome de HBO Brasil.(DIAS, MUNDO DAS MARCAS, 2006) 11.2.

PERFIL

DO

SERVIÇO

DE

ENTRETENIMENTO

POR

STREAMINGNETFLIX O serviço streamingestá crescendo, muitos usuários utilizam até mais de um desses meios de distribuição de dados, pois é uma tecnologia que possibilita as pessoas, em todo o mundo, terem acesso a diversos tipos de conteúdos como: filmes, séries, desenhos, novelas e até mesmo shows de países diferentes com um custo relativamente baixo sem precisar ir até uma locadora ou ficar horas esperando o conteúdo ser baixado via internet. Um dos meios destreaming que oferece serviço


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de TV por internet é o Netflix, fundado em 29 de agosto de 1997 pelos veteranos empreendedores Reed Hastingse Marc Randolphna pequena cidade de Scotts Valley e começou a operar oficialmente no dia 14 de abril de 1998 oferecendo aos seus clientes venda e aluguel de filmes. (DIAS, MUNDO DAS MARCAS, 2007) Ainda segundo o site Mundo das Marcas, todos os meses são assistidos mais de 1 bilhão de horas de filmes, seriados e produções originais, e são mais de 44 milhões de assinantes: Atualmente, o serviço de aluguel de filmes, seriados e documentários por correio e internet mais popular dos Estados Unidos, têm em seu acervo mais de 100 mil títulos de filmes e seriados de televisão, provenientes dos mais tradicionais estúdios, como, por exemplo, Universal Pictures, Sony Pictures, MGM, 20th Century Fox, Paramount Pictures, Warner Bros. Lions Gate Entertainment e New LineCinema; mais de 65 milhões de cópias (DVD e Blu-Ray); 50 centros de distribuição espalhados pelos Estados Unidos; mais de 44 milhões de clientes (somente na América do Norte são 33 milhões); 2.7 milhões de filmes alugados por dia; e 300 milhões de visitas ao ano em seu site. A NETFLIX está presente em 41 países da América Latina, além de Estados Unidos e Canadá. Todos os meses seus clientes assistem a mais de 1 bilhão de horas de filmes, seriados e produções originais. (DIAS, MUNDO DAS MARCAS, 2007)

12. PÚBLICO ALVO

12.1.

PROJETO DE PESQUISA

A produtora CROSS Produções desenvolveu um projeto de pesquisa para comprovar e definir o Público Alvo para qual se destina o projeto. Saber o que esse público pensa sobre relacionamentos que envolvem relações empregatícias e traição é visto como uma oportunidade assertiva de divulgar o projeto.


51

12.2.

TEMA

Descobrir a percepção das pessoas sobre relacionamento no trabalho e traição. 12.3.

TIPO DE PESQUISA

Quantitativa, Qualitativa e Exploratória. 12.4.

TÉCNICAS DE PESQUISA

A produtora CROSS optou por três técnicas de pesquisa (Quantitativa, Qualitativa e Exploratória), para aferir a predominância do sexo a quem se destina o nosso Projeto e, além disso, explorar a percepção que este público tem sobre o tema abordado. 12.5.

ESTRATÉGIAS DE APLICAÇÃO

Por tratar-se de um público que até o momento é indefinido para a produtora, a abordagem para coletar os dados foram estrategicamente realizadas via internet e sem a necessidade de identificação. Durante 8 Dias sendo eles do dia 03/09/2014 a 11/09/2014.

12.6.

MODELO DE FORMULÁRIO

Pesquisa de TC Esta pesquisa nos permitirá confrontar a realidade e a ficção proposta em um trabalho de Conclusão de Curso, e, além disso, comprovar o público alvo para qual o trabalho é destinado. *As respostas obtidas através deste formulário não serão divulgadas; *Obrigatório


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Idade * de 16 a 24 de 25 a 32 mais de 32 Sexo * Feminino Masculino Estado Civil * Solteiro Casado Divorciado Viúvo Você já se sentiu atraído(a) por alguém do seu ambiente de trabalho? * Sim Não Você se envolveria com seu chefe? Por quê? * Você se relacionaria com alguém mais velho? Por quê? * Você já traiu ou foi traído por alguém? * Assinale mais de uma opção se necessário. Sim, já trai. Não, não trai. Sim, já fui traído. Não, não fui traído. Não sei se fui traído. Você perdoaria uma traição? Por quê? * Você manteria relacionamento com alguém comprometido(a)? Por quê? * 12.7.

MODELO DE TEASER ONLINE


53

12.8.

RESULTADOS

A pesquisa ficou disponível na internet durante oito dias, alcançando o total de cento e trinta e três respostas. Com base nas respostas, percebemos que o público do projeto, são predominantemente mulheres (62% entre 16 a 24 anos). Deste público, 73% afirmam que se envolveram com alguém do mesmo ambiente de trabalho, 37% afirma ter traído ou não, 46% já foram traídos, 32% não sabem se foram traídos e 7% garantem que não foram traídos.


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GRÁFICO 1 - IDADE

GRÁFICO 2 – SEXO

GRÁFICO 3 - ESTADO CIVIL

GRÁFICO 4 – JÁ SE SENTIU ATRAÍDO POR ALGUÉM NO AMBIENTE DE TRABALHO?


55

GRÁFICO 5 – JÁ FOI TRAÍDO POR ALGUÉM?


56

Tendo em vista os resultados

das

pesquisas,

fica

definido

como

público alvo do projeto O Preço de uma

noite, mulheres com idade entre 16 a 24

anos. Este público encaixa-se com o

enredo

da

história,

pensando

no

envolvimento dos personagens em um ambiente de trabalho, a diferença de idade e a questão da traição.

13.

REFÊNCIAS

Marisa Ventura (Jennifer Lopez) é uma mãe solteira que trabalha como camareira em um


57

luxuoso hotel de Manhattan. Certo dia ela conhece Christopher Marshall (Ralph Fiennes),porém quando a identidade de Marisa é revelada eles percebem que fazem parte de mundos muito diferentes.

 A história do filme “Encontro de amor” é a versão mais próxima da proposta do projeto, mostrando o envolvimento de um casal pertencente a classes sociais diferentes.

Flor (Paz Vega) é uma bela mexicana, que possui uma filha de 12 anos (Shelbie Bruce). Ela vai trabalhar como empregada doméstica na casa dos Clasky, uma influente família de Los Angeles. Temendo sua adaptação à cultura americana, Flor se surpreende com a forma receptiva com a qual é tratada pelos Clasky.

 Utilizamos como referência do filme “Espangles” o envolvimento passageiro que existe entre empregada e chefe.

13.1. REFERÊNCIAS ESTÉTICAS Após deixar a vida de subúrbio que levava com a família,

a

inocente Amélie (Audrey Tautou) muda-se para o bairro


58

parisiense de Montmartre, onde começa a trabalhar como garçonete. Certo dia encontra uma caixa escondida no banheiro de sua casa e, pensando que pertencesse ao antigo morador, decide procurá-lo.

 A fotografia do filme “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”, chamou atenção da produtora por utilizar cores quentes, como tons de verde e vermelho, assim como pretendemos utilizar em nosso cenário.

13.2. Casado

REFERÊNCIAS FILMOGRAFIA com

Carolyn (Annette Bening) e pai de Jane (Tora Birch),

Burham

(Kevin Spacey) não aguenta mais o emprego e se

impotente

perante sua vida, até que conhece Angela Hayes

Suvari),

amiga de Jane. Encantado com sua beleza e disposto

a dar a volta por

cima, Lester pede demissão e começa a reconstruir

Lester sente (Mena sua vida.

 No filme “Beleza Americana” é frequente o uso de plano detalhe, focando nos olhos, boca e gestos. Pretendemos também utilizar-lo em nosso telefilme para captar as emoções dos personagens com mais detalhe.

13.3.

REFERÊNCIAS SONORAS


59

13.4.

REFERÊNCIA MUSICAL

14. JUSTIFICATIVA


60

Telefilmes são obras versáteis, podendo ser feita de diversas maneiras, e estilos diferentes, desde adaptações até biografias. Por ser um gênero eclético, pode-se veiculá-lo em diferentes mídias como TV aberta, TV fechada, sistemas ON DEMAND e festivais. São alternativas ótimas para roteiristas terem suas obras produzidas e também para emissoras e produtoras independente, já que se trata de uma produção com período de gravação reduzido e economicamente mais viável do que um longa-metragem, por exemplo. Nos Estados Unidos, o gênero é bastante consolidado, grandes premiações como Globo de Ouro e Emmy têm categorias específicas para telefilmes. No Brasil, mesmo com editais de incentivo à realização de telefilmes, a produção ainda é tímida. Grandes emissoras brasileiras como Rede Globo e Rede Record se interessarem pelo gênero, mas acabam optando por minisséries e longasmetragens. Em 2012, a Rede Record produziu em parceria com a produtora independente Contém Conteúdo, o telefilme

“Milagre dos Pássaros”, em

homenagem ao centenário do escritor Jorge Amado. A Rede Globo apostou em “Doce de Mãe”, telefilme produzido pela Casa de Cinema de Porto Alegre e exibido, também em 2012, como um especial de final de ano. E que rendeu um Emmy Internacional de melhor atriz a Fernanda Montenegro. A Lei da TV Paga (Lei 12.485), sancionada em 2011, obriga os canais a dedicar 3 horas e 30 minutos semanais de seu horário nobre à veiculação de conteúdos audiovisuais brasileiros, sendo que no mínimo metade deverá ser produzida por produtoras independentes. O propósito da lei é valorizar a cultura brasileira e incentivar uma nova dinâmica de produção e circulação de conteúdos audiovisuais produzidos nacionalmente. Com isso, a chance de produzir telefilmes em parceria com produtoras independentes e vender o formato para as grandes emissoras aumentam muito. Apesar, ainda, do baixo investimento das emissoras para a realização de telefilmes, aCROSS Produçõesaposta no formato e pretende, com a produção desta obra, mostrar que é possível produzir telefilmes no Brasil, com boa qualidade


61

e com um baixo orçamento. Divulgando e popularizando o gênero, para que dessa forma a produção de telefilmes na TV brasileira cresça cada vez mais.


62

15. COMERCIALIZAÇÃO Como vai vender esse projeto? Vender para patrocínio? Vender em festivais? Em dvd? Relação custo beneficio... O grupo optou por vender para emissoras de tv fechadas ou ondemand(MIDIA ONLINE) ou dvd e depois para tvs abertas...


63

16. CRONOGRAMA DE PRODUÇÃO

Março

2014

D

S

T

Q

Q

S

S 01

02

03

04

05

06

07

08

Definição do Formato

Carnaval

Definição do Formato

Definição do Formato

Definição do Formato

10

11

12

13

14

Formato Definido

Definição do Tema

Definição do Tema

Entrega das Fichas

Definição do Tema

17

18

19

20

21

Reunião para Orientação

Reunião do Grupo

Escrita do Projeto

Tema Definido

Pesquisas do Formato

24

25

26

27

28

29

Reunião para Orientação

Reunião do Grupo

Pesquisas do Formato e Tema

Aprovação Das Propostas

Escrita do Projeto

Escrita do Projeto

09

16

23

30

31

Escrita do Projeto

Reunião para Orientação

Abril D

15

22

2014 S

T 01

Q 02

Q 03

S 04

S 05

Reunião do Grupo

Escrita do Projeto

Apresentação dos resultados de pesquisa

Escrita do Projeto

Escrita do Projeto

06

07

08

09

10

11

12

Escrita do Projeto

Escrita do Projeto

Reunião do Grupo

Escrita do Projeto

Escrita do Projeto

Escrita do Projeto

Escrita do Projeto

13

14

15

16

17

18

19

Escrita do Projeto

Escrita do Projeto

Reunião do Grupo

Escrita do Projeto

Apresentação dos resultados de pesquisa

Paixão de Cristo

Escrita do Projeto

20

21

22

23

24

25

26

Páscoa

Tiradentes

11º ENCOM Encontro de Comunicaç ão

11º ENCOM Encontro de Comunica ção

11º ENCOM Encontro de Comunicação

Escrita do Projeto

Escrita do Projeto

27

28

29

30

Escrita do Projeto

Reunião para Orientação

Reunião do Grupo

Escrita do Projeto


64

Maio D

04

11

18

25

2014 S

T

Q

Q 01

S 02

S 03

Dia do Trabalhador

Escrita do Projeto

Escrita do Projeto

05

06

07

08

09

10

Escrita do Projeto

Escrita do Projeto

Reunião para Orientação

Escrita do Projeto

Escrita do Projeto

Escrita do Projeto

12

13

14

15

16

17

Reunião para Orientação

Escrita do Projeto

Escrita do Projeto

Primeira Entrega do Projeto

19

20

21

22

23

24

Banca de Qualificação

Escrita do Roteiro

Banca de Qualificaçã o

Escrita do Roteiro

Escrita do Roteiro

Escrita do Roteiro

26

27

28

29

30

31

Escrita do Projeto

Escrita do Projeto

Escrita do Projeto

Reunião com o Orientador

Escrita do Projeto

Escrita do Projeto

Junho D 01

08

15

22

29

2014 S 02

T 03

Q 04

Q 05

S 06

S 07

Prova Regimental Integralizada (PRI)

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

09

10

11

12

13

14

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

Reunião com o Orientador

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

16

17

18

19

20

21

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

Reunião do Grupo

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

Corpus Christi

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

23

24

25

26

27

28

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

Reunião do Grupo

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

30 Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro


65

Julho

2014

D

S

T 01

Q 02

Q 03

S 04

S 05

Férias

Férias

Férias

Férias

Férias

06

07

08

09

10

11

12

Férias

Férias

Férias

Férias

Férias

Férias

Férias

13

14

15

16

17

18

19

Férias

Férias

Férias

Férias

Casting de atores

Férias

Férias

20

21

22

23

24

25

26

Férias

Férias

Férias

Férias

Férias

Férias

Férias

27

28

29

30

31

Escrita do Projeto

Escrita do Projeto

Escrita do Projeto

Escrita do Projeto

Escrita do Projeto

Agosto D

03

S

2014 T

Q

Q

S 01

S 02

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

04

05

06

07

08

09

Reunião para Retomada do Projeto

Reunião para Orientação

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

Reunião para Orientação

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

10

11

12

13

14

15

16

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

Reunião do Grupo

Reunião para Orientação

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

Reunião do Grupo

Casting de atores

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

17

18

19

20

21

22

23

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

Reunião do Grupo

Reunião para Orientação e Casting de atores

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

24

25

26

27

28

29

30

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

Reunião para Orientação e Casting de atores

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

Definição da Banca para Apresentaç ão

Reconheci mento da Locação Int.

Reconheci mento da Locação Ext.

31


66

Setembro D

2014

S 01

T 02

Q 03

Q 04

S 05

S 06

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

Reunião para Orientação

Pesquisa do Publico Alvo

Pesquisa do Publico Alvo

Pesquisa do Publico Alvo

Pesquisa do Publico Alvo

07

08

09

10

11

12

13

Independência do Brasil

Reunião do Grupo

Reunião para Orientação

Teste de Elenco

Pesquisa do Publico Alvo

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

14

15

16

17

18

19

20

Escrita do Projeto/ Argumento e Roteiro

Reunião do Grupo

Reunião com Orientador

Entrega das Cópias para a Banca da Versão Preliminar

Gravações

Gravações

21

22

23

25

26

27

Gravações

Reunião do Grupo

Reunião com Orientador

Gravações

Gravações

28

29

30

Gravações

Bancas da Versão Preliminar

Reunião com Orientador

24

Outubro D

S

2014 T

Q 01

Q 02

S 03

S 04

Bancas da Versão Preliminar

05

06

07

08

09

10

11

13

14

15

16

17

18

20

21

22

23

24

25

Reunião com os Orientadores

12 Nossa Senhora Aparecida

19

Reunião com os Orientadores


67

26

27

28

29

30

31

Novembro

2014

D

S

T

Q

Q

S

S 01

02

03

04

05

06

07

08

12

13

14

15

Finados

09

Definição das Bancas Finais

10

11 Entrega dos Exemplares

16

17

18

Proclamação da Republica

19

20

21

22

28

29

Banca Pública

23

24

25

26

27

30

Dezembro D

S 01

2014 T 02

Q 03

Q 04

S 05

S 06

Banca Pública

07

08

09

10

11

12

13

14

15

16

17

18

19

20

21

22

23

24

25

26

27


68

28

29

30

17. ORGANOGRAMA

31


69

18. ORÇAMENTO 18.1.

ORÇAMENTO PREVISTO

18.2.

ORÇAMENTO REAL


70

19. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ADOROCINEMA. 20 adaptações de livros nos cinemas em 2014. Disponível em: http://www.adorocinema.com/materias-especiais/filmes/arquivo-100401/ - Acessado em 10 de março de 2014. ADOROCINEMA. Bachianas Brasileiras – Meu nome é Villa-Lobos. Disponível em: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-202528/ - Acessado em 13 de março de 2014. ANCINE.Tire suas dúvidas sobre a Lei da TV Paga. Disponível em:http://www.ancine.gov.br/faq-lei-da-tv-paga - Acessado em 09 de maio de 2014. AURÉLIO, Mini. O Dicionário da Língua Portuguesa. 6° Edição Revista e Atualizada: Positivo, Curitiba, 2008. BAUMAN, Z. Amor Líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos – Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2004. BRANDÃO, Cristina. Processos de adaptação de obras literárias para o cinema e televisão. Disponível em: http://www.petfacom.ufjf.br/postvmd/wpcontent/uploads/2011/02/curso-de-especializa%C3%A7%C3%A3o-em-literaturabras.Apostila.pdf - Acessado em 9 de março de 2014. CAMPOS, Leonardo. Verbo21 Cultura e Literatura. O Surgimento e a Linguagem do Telefilme. Disponível em:http://www.verbo21.com.br/v5/index.php? option=com_content&view=article&id=1676:cinema-na-televisao-consideracoessobre-o-telefilme-leonardo-campos-&catid=128:resenhas-e-ensaios-outubro2012&Itemid=169 - Acessado em 8 de março de 2014. CANALTECH. Assinaturas de TV a cabo caem enquanto serviços de streaming crescem. Disponível em: http://canaltech.com.br/noticia/mercado/Assinaturas-deTV-a-cabo-caem-enquanto-servicos-de-streaming-crescem/ - Acessado em 11 de maio de 2014. CARDELLA, B. O Amor na Relação Terapêutica: uma visão gestáltica – São Paulo: Summus, 1994 COMPARATO, Doc. Da Criação ao Roteiro. 5° Edição Rio de Janeiro: Rocco, 2000. COMTE-SPONVILLE, A. O Amor A solidão – São Paulo: Martins Fontes 2ed. , 2006 CONTÁGIO GEEK. Filmes baseados em livros de Nicholas Sparks. Disponível em: http://contagiogeek.blogspot.com.br/2013/04/filmes-baseados-em-livros-denicholas.html - Acessado em 11 de março de 2014.


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http://upload.wikimedia.org/wikipedia/pt/thumb/9/99/AmericanBeautyPoster.jpg/255px -AmericanBeautyPoster.jpg

20. APÊNDICES(FALTA O ROTEIRO) Abaixo segue LIVROS QUE FORAM ADAPTADOS PARA NOVELAS E MINISSÉRIES BRASILEIRAS

O MORRO DOS VENTOS UIVANTES

A MURALHA

Primeira obra da literatura a ser adaptada para novela escrita por Emily Bronte em 1967 na extinta TV Excelsior.

Minissérie exibida pela Rede Globo de 4 de janeiro a 31 de março de 2000, às 22h30, com 51 capítulos. É baseada no romance de Dinah Silveira de Queiróz. Adaptada pela TV Excelsior em 1969 por Ivani Ribeiro.

HELENA

O romance foi adaptado para televisão em forma de telenovela. O primeiro foi "Helena", de Machado de Assis. O romance também ganhou uma adaptação feita pela Rede Manchete em 1987, escrita por Mário Prata, DagomirMarquezi e Reynaldo Moraes.

A MORENINHA

Graça Mello adaptou "A Moreninha", escrito por Joaquim Manuel de Macedo em 1965. Dez anos depois, foi a vez de Marcos Rey levar o romance para a telinha no horário das seis.

O FEIJÃO E O SONHO

SINHAZINHA FLÔ

Ganhou adaptação em 1976 pelo autor Benedito Ruy Barbosa.

É uma telenovela brasileira produzida e exibida pela Rede Globo às 18h, de 25 de outubro de 1977 a 28 de janeiro de 1978, em 82 capítulos.


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Dirigida por Herval Rossano e Sérgio Mattar.

MARIA MARIA

"Maria Dusá", escrito por Lindolfo Rocha foi adaptada e virou "Maria Maria" em 1978.

A SUCESSORA

Há 35 anos a rede globo estreava a Sucessora, novela escrita por Manoel Carlos. A novela é uma adaptação do livro homônimo de Carolina Nabuco.

MEMÓRIAS DE AMOR

A novela "Memórias de Amor", de Wilson Aguiar Filho foi uma adaptação do livro "O Ateneu", de Raul Pompeia.

CABOCLA

"Cabocla", de Ribeiro Couto foi adaptada para a TV por Benedito Ruy Barbosa em 1979 e no remake da novela em 2004.

HOMÔNIMA

O livro "Olhai os Lírios do Campo", obra de Érico Veríssimo, foi adaptado para a TV na novela homônima em 1980, por Geraldo Vietri.

MARINA, MARINA

"Marina, Marina", de Carlos Heitor Cony serviu de inspiração para Wilson Aguiar Filho escrever a novela "Marina" em 1980.

AS TRÊS MARIAS

"As Três Marias", ganhou adaptação na TV. A novela era de Wilson Rocha.

VAMP / DRÁCULA / UM HOMEM MUITO ESPECIAL

Adaptadas em 1991 em "Vamp", E nas novelas "Drácula" (Tupi, 1980) e "Um Homem Muito Especial" (Bandeirantes, 1980) - ambas de Rubens Edwald Filho. As novelas eram adaptações de "Drácula", de BramStocker.

TIETA

O livro de Jorge Amado Tieta do Agreste foi adaptado para a novela Tieta e foi escrita pelo trio: Aguinaldo Silva, Ana


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Maria Moretzsohn e Ricardo Linhares.

AS PUPILAS DO SENHOR REITOR

Lauro César Muniz adaptou o livro "As Pupilas do Senhor Reitor" em duas ocasiões: a primeira foi em 1970 na Rede Record e a segunda foi no SBT em 1995. O livro é escrito por Júlio Dinis.

TOCAIA GRANDE

“Tocaia Grande" ganhou adaptação pela Rede Manchete em 1995. Quem escreveu a novela foram os autores: Duca Rachid, Mário Teixeira e Marcos Lazarini.

PORTO DOS MILAGRES

"Mar Morto" e "A Descoberta da América Pelos Turcos", mais dois clássicos de Jorge Amado inspiraram Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares a escreverem "Porto dos Milagres" em 2001.

CIRANDA DE PEDRA

O livro foi escrito por Lygia Fagundes e foi publicado em 1954. Ganhou sua versão novelística em 1981 e em 2008 a novela ganhou um remake.

SENHORA

OS MISERÁVEIS

SINHÁ-MOÇA

MEU PÉ DE LARANJA LIMA

A novela adaptada por Gilberto Braga foi ao ar pela primeira vez em 1975, e foi à primeira telenovela das seis da tarde a ser exibida em cores.

A Tv Bandeirante exibiu de Maio a Agosto de 1967, a Novela Os miseráveis adaptada por Walter Negrão.

De Maria Dezonne Pacheco Fernandes. A novela foi adaptada pela primeira vez por Benedito Ruy Barbosa em 1986 e em 2006 Sinhá ganhou um remake.

Escrito por José Mauro de Vasconcelos e publicado em 1968. Já foi ao ar em três oportunidades, sendo exibida pela primeira vez em 1970 na extinta Tv Tupi. As outras duas vezes foram ao ar na Tv Bandeirante.


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ÉRAMOS SEIS

BRIDA

HONRA OU VENDETTA

SERRAS AZUIS

É uma adaptação do romance homônimo de Maria José Dupré. A Record fez sua primeira adaptação em 1958. Em 1977 foi à vez de a Tupi adaptar a história, e regravada pelo SBT em 1994. É uma telenovela brasileira produzida pela Rede Manchete e foi escrita por Jayme Camargo, Sônia Mota e Angélica Lopes, baseada no livro homônimo de Paulo Coelho.

Uma das atrações da Rede Record em 2009, a novela Poder Paralelo, foi inspirada no livro de Lancellotti, e adaptada por Lauro César Muniz para a televisão;

De Geraldo França de Lima. Adaptada por Ana Maria Moretzsohn. A novela era criticada por um roteiro fraco e uso de clichês.

A célebre obra do autor baiano, publicada em 1958, já foi adaptada três vezes. GABRIELA CRAVO E CANELA Na TV Tupi em 1960 trouxe Janete Vollu, atriz pouco conhecida, no papel de Gabriela. A de 1975, responsável por elevar a atriz Sônia Braga à categoria de estrela. Em 2012, pela Rede Globo trazendo dessa vez Juliana Paes como Gabriela.

A ESCRAVA ISAURA

A “Escrava Isaura", de autoria do escritor romântico Bernardo Guimarães foi adaptado duas vezes para a televisão. Em 1976, com o título de Escrava Isaura, trazendo Lucélia Santos como protagonista e o ator Rubens de Falco como Leôncio. Em 2004 ao ar pela Rede Record Bianca Rinaldi deu vida á escrava.

DOM CASMURRO

Em 2008 foi ao ar a microssérie intitulada “Capitu”, exibida pela Rede Globo. As memórias de Bento foram recriadas com um forte aspecto circense.


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A CASA DAS SETE MULHERES

CANTO DA SEREIA

Livro escrito pela gaúcha Letícia Wierzchowski, logo no ano seguinte foi adaptado e ganhou uma minissérie de mesmo nome. Este romance policial foi publicado pelo jornalista Nelson Motta em 2002 e narra o assassinato de uma cantora baiana durante uma apresentação ao vivo e a investigação do crime.

ADAPTAÇÃO DE LIVROS PARA FILMES

A MENINA QUE ROUBAVA LIVROS

12 ANOS DE ESCRAVIDÃO

O VENDEDOR DE PASSADOS

MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS

DOM CASMURRO

A menina que roubava livros, baseado no bestseller do escritor MarkusZusak, e nos cinemas com a direção de Brian Percival.

Essa adaptação é uma autobiografia de SolomonNorthup, um escravo liberto, que foi sequestrado e obrigado a trabalhar em uma plantação durante doze anos, até que ele foi resgatado por um advogado.

O Vendedor de Passados é escrito pelo angolano José Eduardo Agualusa, A adaptação será baseada na realidade brasileira, colocando Lázaro Ramos no papel principal e Alinne Moraes. Com direção de Lula Buarque de Hollanda.

Em 2001 foi à vez da versão dirigida por André Klotzel, que recebeu o nome Memórias Póstumas. Baseado na obra do escritor realista Machado de Assis.

Lançado em 2003 teve direção de Moacyr Góes. Essa versão adapta livremente o livro, a trama é colocada nos dias de hoje.


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PRIMO BASÍLIO

Lançado em 2007, é uma adaptação da obra de Eça de Queirós. Dirigido por Daniel Filho, roteiro de Euclydes Marinho.

AUTO DA COMPADECIDA Lançado em 2000, é baseado no livro de Ariano Suassuna. Com direção de Guel Arraes e roteiro de Adriana Falcão.

MACUNAÍMA

A adaptação de Macunaíma, de Mário de Andrade, para o cinema data de 1969. A comédia foi escrita e dirigida por Joaquim Pedro de Andrade.

UM PORTO SEGURO (2013) É a segunda adaptação de um livro de Nicholas Sparks dirigida por Lasse Hallström.

DIÁRIO DE UMA PAIXÃO (2004)

NOITES DE TORMENTA (2008)

O livro é escritor por Nicholas Sparks, e o filme foi dirigido por Nick Cassavetes.

Dirigido por George C. Wolfe, Noite de tormenta livro escrito por Nicholas Sparks.

DOS QUADRINHOS PARA O CINEMA

X-MEN

O filme X-men teve sua estréia em 2000, devido o seu sucesso ele ganhou mais três seqüências, em 2003, 2006 e em 2009.

SIN CITY

Sin City foi criado por Frank Miller em 1991, a sua adaptação foi para os cinemas em 2005, Quentin Tarantino como (co-diretor).


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CONSTANTINE

É um filme de 2005 dirigido por Francis Lawrence, uma adaptação para o cinema do personagem das histórias em quadrinhos John Constantine.

TELEFILMES

ALTA ROTAÇÃO

Filme brasileiro para televisão de 1987. Dirigido por Marcos Manhães Marins.

BACHIANAS BRASILEIRAS: MEU NOME É VILLA-LOBOS

Filme brasileiro para televisão de 1979. Dirigido por José Montes-Baquer. Baseado na biografia do compositor Heitor Vila-Lobos

DOCE DE MÃE

Telefilme e um especial de fim de ano. Produzido pela Casa de Cinema de Porto Alegre. Exibido pela Rede Globo. Dirigido por Jorge Furtado e Ana Luiza Azevedo.

SOMBRAS DE JULHO

Exibido pela TV Cultura. Baseado no romance homônimo de Carlos Herculano Lopes. Dirigido por Marco Altberg

Fonte: Elaborado por Nathália Dias Pedro da produtora Cross Produções da Universidade Cruzeiro do Sul.

21. ANEXOS O homem que esqueceu o que sabia Por: Caio Tozzi Adalberto Machado era um homem sabido. Sabia mesmo bastante coisa, diziam os conhecidos. Dava até gosto. Não era sabido por acaso, isso todos sabiam:


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seu conhecimento vinha de muito estudar, muito ler. Adalberto Machado era um nome referência, um nome que levava as pessoas se instigarem, ficarem curiosas e admiradas. Enquanto as pessoas ficavam boquiabertas ao vê-lo despejar teorias, indagações, citações de todos os tipos, da sua boca parecia estar saindo delícias que ruminava com imensa vontade. Comia história, ideias, teses, antíteses, panoramas. Tudo muito concreto e certo. Vivia para isso. Algumas pessoas o chamam de homem ‘letrado’, definição essa que considero válida. Outros de intelectual. Tem gente que nem o chama, em razão do imenso medo daquela infinita sabedoria. A casa dele, conto aqui para aqueles que não a conhecem, é cheia de livros. Finos, grossos, taludos, ingênuos, clássicos ou porcarias - Adalberto sempre diz que ali está a fonte de todo seu conhecimento. Tem livro para todo canto, para todo lado. Falta só pendurar na parede feito quadro. Livros que leu, livros que escreveu. Adalberto, por conta dessa imagem que fez para si, acabou, sem querer, se tornando um homem conhecido, talvez até, famoso. Às vezes, aparece na TV. Repare, ele é sempre um daqueles homens que participam de debates polêmicos e discutem todos os temas, com uma segurança absurda. Outras vezes, dá depoimentos para documentários. Os jovens o procuram para conversas, mas ele, na maioria das vezes, prefere se esquivar. Os jovens de hoje não estão entendendo quase nada. Dá um vazio imenso encontrá-lo quieto, no canto dessa sala empoeirada, que ora define como biblioteca, ora como escritório, e tem vez que ele chama o lugar de quartel general. Um espaço muito desarrumado. São anos colecionando exemplares, acumulando rascunhos, anotações. Papéis pequenos, imensos, velhos ou dos tipos fosforescentes daqueles que se compra nas papelarias, se perdem entre si. Adalberto fica sentado, munido de um livro no colo, balançando para frente e para trás acompanhando um ritmo de tempo, tranqüilo, que ele criou. Um feixe de luz entra pela janela, entreaberta que fica no alto da parede esquerda, mistura-se com a luz artificial da luminária antiga que herdou da bisavó. Se pudesse e não fosse, assim, tão requisitado, passaria dias e noites, a vida inteira, virando página por página. Seria a vida que ele pediu a Deus, embora fosse agnóstico. Tocaram a campainha que há tempos não tocava e o som se fez estranho ao ser novamente ouvido. Nem lembrara do anúncio que havia colocado no jornal de


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domingo. Fizera apenas porque achou que no meio de um imenso caderno de classificados ninguém iria o encontrar. Foi ordem da única filha, que casou e mudou, mora no Rio. Falam-se por telefone, muito pouco e, de lá do outro lado da linha, a voz é sempre de preocupação, como anda o pai, como ele faz para sobreviver, quieto, parado, lendo no seu canto. Quem cozinha, quem limpa? Odeia isso, não precisa de ninguém, era o que respondia. Mas colocou o anúncio. E tocaram a campainha. Tocaram a campainha, a cadeira de balanço continuou a balançar alguns segundo após de ter sido deixada e, numa lentidão talvez pela falta de entusiasmo, fechou o livro, marcando a página com um papelzinho verde limão e seguiu para a porta. - Foi você, doutô, que pôs a chamadinha no jornal de domingo? Ela tinha um sotaque lá de cima. Esperava uma resposta. - Foi o doutô? Ela era morena, daquelas de sol, daquelas da praia, daquelas que chegam agora na cidade grande. - É daqui doutô, que tão precisando de uma empregada? Ela não devia saber nada. Mas vestia um vestido assim curto, assim vermelho, e tinha cabelos pretos que avançavam pelo seu dorso, assim dançando, avançavam pelas costas e cobriam seu peito. - É daqui sim. Daqui sim senhora. - Ele respondeu. Ela não devia ter nem trinta anos. Ela devia ter umas pernas grossas. Ela devia ter sido personagem de Jorge Amado. Ou ela, se tivesse chance, seria uma dessas cantoras de trio elétrico. Era bonita que só, a danada. Ela entrou, entrou assim, íntima, tão íntima, que deixava as coisas intimidadas. Era um corpo estranho naquele mundo criado pelo velho Adalberto Machado. Mundo criado para habitar o saber de quem ali entra e, se pudesse, limitado a entrada dos mais eruditos nacionais e estrangeiros. - Se eu ficar, doutô, épreu arrumar tudo isso, nénão? Já estava ficando de casa, sentou-se para acomodar, não se fez de rogada. A cadeira de balanço voltara a balançar. Precisavam conversar. Adalberto olhava assim, olhava estranhamente. Estranhamente sentia tudo que estava sentido. Uma invasora em seu lugar onírico. E ela estava tão à vontade. - Então, a senhora fica. Mas não pretendo que fique por muito tempo.


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- Não se preocupe não, doutô. Sei bem o que cê quer, vi no anúncio. É só uma arrumadinha aqui nénão? Podeixádoutô, só preciso ganhar um dinheirinho, acabei de chegar da minha cidade, que é muito longe daqui. O vermelho daquele vestido era tão vermelho. Era vivaz, e aquilo incomodava Adalberto, que era tão cinza, tão escuro. Tão concreto. Na primeira vez que ele acordou e ouviu um cantar vindo da sala dos livros, sentiu um incômodo estranho. Seguiu pelo corredor, na penumbra, do seu quarto à biblioteca, que estava com a porta entreaberta. Era pela fresta que saía um canto, canto de voz grossa, afinadíssima. A visão de Adalberto avançou a sala, e meu Deus, a mulher, aquela mulher que tocara a campainha na manhã anterior estava debruçada sobre a escada, um novo vestido vermelho colava-se ao corpo esguio e perfeito, e uma fenda na saia deixava as pernas - que eram sim grossas e morenas – à vista. Graça era seu nome, ele se lembrava bem das apresentações feitas. Graça não sabia quem ele era. Graça não sabia nada. Mas arrancava da prateleira cada um daqueles livros de uma maneira tão amorosa, tão afável, e era como se pegasse cada pedaço do coração e do corpo do velho. De pijama, deliciava-se na porta, sem entender, a cena. Ela cantarolava livro a livro, papel a papel. E ele lembrava que Graça não era ninguém, não sabia nada. - A senhora gosta de livros? - Que susto doutô, nem vi que o doutôtavaí... - A senhora gosta de livros? - Sei ler não doutô. Graça não era ninguém. Graça não sabia nada. Graça não sabia ler. Graça era de outro mundo, e havia caído naquele universo tão estranho. Agora, seu vermelho era a única coisa que tinha vida naquele cenário. Graça era vermelha, era fogo. E Adalberto na porta. Na porta, parado. Quieto. - Não sabe? - Não doutô. Mas acho livro bonito. Acho sim doutô. Tem cada livro bonito não tem? - Tem, tem sim Graça. Ela foi embora, fechou a porta, naquela noite, e não tinha mais vermelho, não tinha mais cor. Adalberto não gostava do escuro, não gostava do morno, do frio. Mas não sabia. Um dia, a gente descobre que a gente ainda não sabe das coisas.


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- Bom dia doutô. E ela sorriu de um jeito, que sabe Deus. E ela insistia no doutô, ele que sempre odiou o rótulo de doutor, mas doutô falado assim, faltando letra, sobrando som, era diferente. Doutô. Doutô. Doutô. Adalberto não saiu, Graça subiu as escadas e ele, da cadeira de balanço, falsamente lia uma pilha de livros. Mas as palavras não valiam, nada entendia, as linhas eram vagas. Cada frase, cada período era perdido. Iam embora com facilidade. Graça cantarolava vermelho no meio da escuridão. De noite, nem quis entender, nem pensou, acordou, levantou, Adalberto perdeu o sono, pois não tinha ninguém na sala. Não tinha ninguém cantando. Não tinha ninguém vermelho. Adalberto tinha aprendido na vida, e sabe lá se foi mesmo na vida, ou em um livro esquecido numa prateleira qualquer, que para deixar sair as coisas de dentro de nós, um bom caminho era escrever. Escreveu. Escreveu tudo que quis, e os escritos tinham um destinatário. Uma. Nada valia. Nada adiantaria. E dia a dia, ele foi percebendo que nada sabia. Uma série de palavras de amor. Tomaram conta. Do papel. Mas de Que adianta Escrever tanta coisa Para quem nem sabe Ler? Podia quebrar orações em lugares errados, escrever difícil ou fácil. Nada disso valia. Saber tanta coisa. Não adiantava escrevem mais de mil eu te amos que nada ia adiantar. Ah, Adalberto, amor, amor é mais que o A seguido do M, que precede o O, e finaliza o R. Quando a sala ficava tomada pela pele morena, pelo vestido vermelho, pelo cantar leve, pelos cabelos negros, nada mais valia. Tudo que Adalberto conheceu. Um dia ela chegou, sorrindo, e ele nem sabia do que tanto sorria. Era um sorriso de admiração.


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- Doutô!- ela exclamava com entusiasmo - ontem tava voltando pra casa, passei numa dessas lojas que tem televisão, e vi o doutô na tv. Cê aparece na Tv? Cê é famoso? De que vale aparecer na tv, doutô?, foi o que ele se perguntou. Ela continuava a arrumar os livros. Eram muitos, mas ela fazia isso muito bem. Adalberto, de noite, ia desarrumando tudo. Tinha mais de cinqüenta, mas parecia ter voltado a ser moleque arteiro. Ela achava estranho tudo desarrumado no dia seguinte, mas nada falava. A cada dia que passava, seu vestido era mais curto. A cada dia que passava, um livro a mais era esquecido. Não era importante lê-lo. Cada dia mais, ele ia na TV e falava coisas incertas, perdidas. Cada dia, ele se confundia nas explicações. Dizia coisas sem nexo, em discussões não gostava mais de divagar sobre a questão política ou os rumos da economia. Quem era mesmo o presidente do país? Ele que sempre esperou uma companheira para conversar, para trocar ideia , e para admirálo. Quem diria Adalberto, ser derrubado pelo gingado, que o fazia perder nas linhas da sua mente, na sua própria história. Ah, Adalberto, conseqüências maiores que grandes guerras, que grandes escândalos, que arroubos econômicos virão. Adalberto um dia deixou na prateleira mais alta, uma bagunça imensa, e um bilhete pregado. Escrito de vermelho, feito coisa iluminada, tinha um coração desenhado. Ela pegou, lá do alto da escada, e ele ali embaixo, vendo tudo, tudo mesmo, da cadeira de balanço. Ela entendeu o recado. Sabia de tudo. Era a chance de se dar bem na vida. Vir do norte não era fácil. Chance boa essa. Um homem letrado se perdeu de amores por uma moça que nem sabia ler. Nem sabia escrever seu nome. Mas ela sabia sentir. Sentir com os olhos, sentir com a pele, sentir com os cabelos e com os peitos que o vermelho vestido cobria. Era esperta que só. Tanto quanto bonita. Perdeu-se na vida, diziam os amigos. Os companheiros de palestras ou de viagens, nunca mais o viram. Teve uma mulher, uma mulher dessas aí, que entrou


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na casa dele e pegou-o. Esperta ela, diziam. Adalberto sumiu. Sumiu. Nunca mais leu. Isso aconteceu depois do dia que ela desceu da escada. Graça. E caiu sobre ele. Adalberto Machado percebeu que nada daquilo valia. Tanta sabedoria. Se na vida só vale a pura poesia. Foi o dia que ele largou tudo. Todos os livros. Todas as coisas. Deixou o escuro. Foi opção de vida: preferiu ser doutô.


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