Editorial
Cenário, fevereiro de 2013
Cenário, 50 edições
Pág 2
Foto do mês Fábio Falvo
Quando o CePara chegarmos a uma periódicos de nário surgiu, não comunicação adequada, centros maiores foram poucos os que realizam o é preciso entendermos trabalho jornaque observaram o com clareza o papel de lístico em troca acontecimento com desconfiança. Mandas rentáveis cada ator social ter um periódico em comunicações uma cidade pequeoficiais divulgana como Motuca representava das obrigatoriamente pelos pouma tarefa até então inimagina- deres públicos. Grande parte das da. No entanto, após seis anos reportagens, no entanto, busca de existência, o jornal chega nes- atender aos interesses dos polítite mês a sua 50ª edição, com li- cos, em detrimento dos interesses nha editorial independente e com da população. a principal preocupação de levar Para chegarmos a uma comuà população uma informação cor- nicação adequada, é preciso enreta, sem qualquer tipo de interfe- tendermos com clareza o papel rência de conteúdo. de cada ator social. Os agentes O fato de ter sido lançado fun- públicos têm o dever de prestadamentalmente como um projeto rem contas para a sociedade, social explica a sobrevivência do que tem a prerrogativa de cobráCenário neste período, mantido -los. Temos avanços importantes estritamente com recursos do co- como a Lei de Acesso à Informamércio e assinantes locais, que ção, que ainda não foi incorporaperceberam a necessidade de da pelas repartições e nem pela uma comunicação de Motuca, população. Por isso, muitas das direcionada à população. Além ações políticas que afetam decidisso, vários profissionais de di- sivamente a vida da comunidade ferentes áreas se identificaram passam despercebidas. com a “causa” e passaram a criar Em seu período de atuação, conteúdo e a atuar de forma cola- o Cenário proporcionou avanborativa com o jornal. ços na comunicação em MotuA cultura do país demonstra ca, mas ainda tem muito a meque as autoridades políticas, lhorar. Entre os seus deveres, salvo raros casos, observam está o de apurar com responsacom desconfiança o jornalismo bilidade os fatos e divulgar corindependente, fundamentalmen- retamente as notícias. Erros são te por temerem publicações de inerentes à ação, que devem notícias negativas, que afetam ser corrigidos adequadamente. suas imagens perante a socie- Mais que imparcial, a comunidade/eleitorado. Não por acaso, cação tem que ser justa. Vários rotulam este tipo de periódico problemas emperram avanços como “oposição” e, desta forma, importantes nas mais diferentes dificultam a obtenção de infor- áreas sociais. É preciso ampliar mações que, constitucionalmen- as discussões e debatê-las com te, são públicas. seriedade, sem que interesses Na imensa maioria dos casos, particulares e brigas pessoais, no entanto, cidades pequenas comuns em Motuca, interfiram como Motuca são abrangidas por no processo.
DESTAQUES DO “MOTUCA IMAGINÁRIA” Na página “Motuca Imaginária” do Facebook, ganhou destaque a publicação de Juciara Lopes, mãe de Júlia, criança que venceu o concurso de melhor fantasia no carnaval de Motuca, que ao sugerir a forma de premiação no carnaval para crianças, levantou uma discussão sobre concursos infantis entre mães, professores e outros participantes.Veja os destaques:
Juciara Lopes. Gostaria de parabenizar todas as crianças que participaram da matinê. Achei
todas lindas, cada uma com seu carisma. Agradeço a todos que torceram pela minha filha Julia também. Gostaria de deixar minha opinião para que no ano que vem não tivesse 1º, 2º e 3 lugares, pelo menos na escolha das crianças. Querendo ou não, algumas ficam tristes. Desta forma, considero melhor todas as crianças subirem ao palco, ganharem a medalha e tirarem foto, sem ter que ficar fazendo escolhas. Não estou criticando o modo como foi feito. É apenas minha opinião.
Mara Vanzan (Gu). Ficar chateada faz parte. As crianças têm que aprender desde cedo a ter o espírito de competição, que é assim mesmo: uma vez perde outra ganha. A nossa parte como mãe é conscientizá-las disso. Só acho que a escolha deveria ser por categoria, ou seja, a mais criativa, a melhor entre os personagens infantis, a mais original, etc... Mas todas estavam lindas e o que importa é participar.
Silvio Martins. Penso que as crianças não precisam aprender a competir. Crianças têm que aprender a respeitar e amar ao próximo. Nas competições, elas criam a ilusão que são melhores ou piores que outras, sendo que por trás dos olhos somos todos iguais. Concordo sobre brincadeiras de cooperação entre as crianças, esse é um caminho muito sensato!
EXPEDIENTE
Essa discussão gerou 42 comentários. Leia na íntegra no www.facebook.com (entre no grupo “Motuca Imaginária” )
Jornalista: Jairo Figueiredo Falvo, MTB 44.652/SP Repórter: Gabriela Marques Luiz Colaboradores: Fábio Falvo, Milena Fascinelli, Ângela Santos, Emair Freitas, Irineu Ferreira, Felipe Carreli, José de Carvalho, Carlos Alberto dos Santos; Tiragem: 1.000 exemplares Circulação: Motuca-SP Contato: Tel.: 16 3348 11 85 - 9722 4608 e-mail: cenarioregional@gmail.com CNPJ: 07.650.710/0001-06 - endereço: Av. Marcos Rogério dos Santos, 31, Centro, Motuca-SP CEP: 14.835-000 - Impressão: O Imparcial, Araraquara-SP
16 - 3348 1185 cenarioregional @gmail.com
Opinião
Cenário, fevereiro de 2013
IRINEU FERREIRA (NEU)*
Pág 3
EMAIR JUNIO DE FREITAS*
A menina da sombrinha azul “Ah, a beleza que existe, a beleza que não é só minha, que também passa sozinha.” (Tom Jobim) - “Uma mulher deve ter dinheiro e um quarto próprio se ela quiser escrever ficção.” (Virginia Woolf)
Julho de 2009, frio relativo em Paraty, dispensa os abrigos mais pesados. A cidade transpira cultura, tem uma atmosfera diferente. Ilustres como António Lobo Antunes ou Chico Buarque. Catherine Millet, que é crítica de arte, ou Atiq Rahimi, vencedor do Goncourt, principal prêmio de literatura francesa. Anne Enright, autora do livro “O encontro”, vencedor dos prêmios Man Booker Prize e Irish Novel of the Year.Toda essa gente a perambular livremente por aqui. Gosto de ler e de conviver com os livros. Gosto de Paraty e de praia, especialmente as do litoral sul do Rio. Com essas minhas idas esporádicas ao litoral, pratico um pouquinho da mania de compartilhar sensações, inclusive devaneios. Aprendi a deixar minhas mãos falarem por meio do teclado, a digitar minhas histórias, sentimentos que brotam em meu coração. Gosto de observar a vida, seja da janela ou do portão de casa no interior paulista, seja do banco plantado ali defronte, ou mesmo do meio da praça. E de repente aqui estou eu na cidade de Paraty, em plena Flip. Não me recordo com exatidão da hospedagem, se em pousada ou hotel, que isso é irrelevante. Importa, isto sim, o que vi e senti. Da louvável preservação histórica, do bucolismo que apaixona, do dia a dia da vida neste canto de Brasil o meu olhar se perde em direção à ponte do rio Perequê-Açu, faz um giro de 360º, busca a Vila Colonial, Chácara da Saudade... E é nesse momento que dela eu me dou conta, em sua doce rotina, sempre de sombrinha na mão. O percurso é sempre o mesmo. Ela surge onde começa a Vila Central. É provável que more nas imediações. Depois desaparece em direção à Igreja de Santa Rita de Cássia, e eu me pergunto se não será esse o seu destino. Espero para vê-la refazer o caminho de volta. Moça da pele dourada, delicada, sensível. Quando ela passa, é como na canção, o mun-
Quando ela passa, é como na canção, o mundo inteirinho se enche de graça do inteirinho se enche de graça.Tem sorriso discreto, olhar tímido, um jeito encantado de ser, um brilho de estrela, talvez reflexo do sol, talvez. Sob o sol de Paraty, sob a proteção azul da sombrinha, ela caminha pela rua. Mas, por que uma sombrinha “azul” tão cedo? É que eu não gosto de sol, tenho a pele muito clara, há que ter cuidado com o corpo, ela responde de pronto. Será que ela sabe que a sombrinha teve seu auge como acessório indispensável da moda na era Vitoriana? Que era usada por mulheres das classes abastadas para proteger a pele contra o sol, mantê-las sempre brancas? Que a palidez era vista como uma distinção tanto entre as mulheres ricas como entre as mulheres da classe trabalhadora? Será que ela sabe que as sombrinhas saíram de moda entre os anos de 1920 e 1930? Que, por essa época, um leve toque bronzeado na pele passou a ser sinônimo de saúde e de riqueza? Que uma pele bronzeada denotava uma condição financeira a permitir estadas de férias no litoral? Tudo isso eu me perguntava, mas o meu interesse era tentar entabular um diálogo mais duradouro com
tão singular personagem. Uma “menina moça”, com sua inseparável sombrinha azul, a atravessar os dias munida desse acessório já quase fora de uso. É realmente um quadro único e cativante. Minha curiosidade se equipara ao encantamento dos turistas eventuais quando vêem um passista, com sua sombrinha, em frevos frenéticos. Para alguns, símbolo dos carnavais pernambucanos, a sombrinha assessora o passista em seus passos acrobáticos. Outros defendem que, originalmente, não se tratava senão de um guarda-chuva conduzido pelos capoeiristas como arma de ataque e de defesa, posto que a prática da capoeira fosse proibida naquele período. E lá vou eu, mais uma vez, a passear por informações, digamos, dispensáveis, quando, de repente, o doce tédio se quebra. É ela que retorna, junto com o sol que nos protege, vestido colorido, acinturado e rodado, lindo. É ela a perfazer o caminho de volta para o seu mundo. E se eu, num rompante, resolvesse perguntar pelo seu nome, talvez ela me respondesse: “Edna O’Brien.” Para, logo em seguida, me deixar envolto em mistérios e incerteza: “Mas posso ser Virginia Woolf.” Quantos segredos não guarda um coração sob a proteção azul de uma sombrinha? (*) Servidor Aposentado da Unesp - FCF/CAr; Pós-Graduação “LatoSensu” em Gestão Pública- Gerência de Cidades – FCL/UNESP; e-mail: neumotuca@gmail.com Blog: www.artigosdoneu.wordpress.com
MAUS-TRATOS DE ANIMAIS Com o desenApesar de ser imputado maus-tratos aos animais, mas fovolvimento social crime, as penas são ainda ram revogados e econômico pequenas e na prática quase pela Lei de crimes possibilitou a huambientais. Sendo manização das não são aplicadas que, atualmente relações de uma forma geral trazendo enorme contri- a crueldade contra animais é coibida buição não só nas relações humanos, na Constituição Federal, artigo 225, mas também na forma de pensar e paragrafo primeiro, inciso VII, na Lei vermos o mundo, e isso tem também 9.605/98, artigo 32 e no Decreto contribuído significativamente no modo 24.645/34. Portanto, apesar de ser imputado pelo qual tem se tratado os animais. crime para atos de maus-tratos de Antigamente de uma forma geral animais, as penas são ainda pequenas era normal ou até mesmo natural, os tratamentos mais agressivos ou cruéis e na prática quase não são aplicadas, com animais, o que modernamente talvez, pelo desconhecimento das não é mais aceitável, diante das con- pessoas que acham que não é crime cepções de preservação e humanitárias praticar crueldade contra animais. Mas, bastante difundidas que possibilitou o felizmente essa concepção retrograda aparecimento, ou seja, elaboração de de que podemos agir de forma cruel no Leis que inibe os maus-tratos que outro- trato com os animais, sejam domésticos ra eram praticados impunimente aos ou não, tem sido sensivelmente desmisanimais, fossem eles domésticos ou não. tificada por campanhas informativas Já no ano de 34 foi elaborado das diversas entidades, ONGs e grupos o Decreto Lei n.º 24.645 que prevê engajados nessa luta que encontra pena de multa e até mesmo prisão resistência ao passo que, ainda existem para o autor de maus-tratos à animais, muitas pessoas que acham que isso e de forma louvável em seu artigo não passa de uma excentricidade dos 3º (terceiro) narrou o que pode ser defensores de animais. Ora, não é nada extravagante as considerado maus-tratos, cujo, alguns exemplos são: *abandonar, espancar, lutas por direitos, por ideais de justiça, golpear, mutilar e envenenar; *manter por harmonia, por paz social e muito preso permanentemente em correntes; menos para impedir que se façam *manter em locais pequenos e anti- crueldades com animais, os quais, como -higiênico; *não abrigar do sol, da chuva nós, também sentem dor. Assim, essa e do frio; *deixar sem ventilação ou luz luta deve ser de toda sociedade, pois solar; *não dar água ou comida diaria- em pleno século XXI não podemos mente; *negar assistência veterinária mais aceitar esse tipo de violência ou ao animal doente ou ferido; *obrigar outro tipo qualquer. a trabalho excessivo ou superior a sua (*) advogado força; *utilizar animal em shows que emairjfreitas@adv.oabsp.org possam lhe causar pânico ou estresse. Mais recentemente, a Lei 9.605/98 que trata dos crimes ambientais, previu em seu artigo 32 que praticar atos de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos é crime punido com pena de 3 meses a 1 ano de detenção e multa.Também, esta em tramitação no Congresso Nacional um projeto de lei para aumentar a essa pena, no intuito de tornar mais rigorosa a repressão penal das condutas e atitudes lesivas aos animais. Na Lei de contravenções penais existia dispositivos que tratava de
Cenรกrio, fevereiro de 2013
Pรกg 4
Cenário, fevereiro de 2013
Institucional
Pág 5
Cenário completa 50 edições neste mês Em seis anos de existência, jornal abordou questões importantes e se mostrou presente nos principais debates do município
Cenário prepara lançamento de site Rede social excluvisa tornará mais ativa a participação dos leitores cadastrados
Jornal surgiu em dezembro de 2007, mês do fechamento da Usina
Dezembro de 2007 foi um mês marcante para Motuca não apenas pelo fechamento da usina Santa Luiza, que após quase 50 anos de atividade encerrou suas atividades e alastrou pela população sentimentos de perdas e incertezas. A data marcou também o lançamento da primeira edição do jornal Cenário, que realizou de forma independente um importante registro histórico do episódio. Passados seis anos, o jornal com periodicidade mensal chega neste mês a sua 50ª edição sempre com reportagens exclusivas sobre Motuca. No período de atuação, o Cenário publicou temas variados, com páginas específicas sobre cultura, meio ambiente, opinião e abordando com maior ênfase notícias relacionadas à política e a administração pública. Questões importantes sobre o município foram ampliadas pelo jornal, que constantemente se mostrou presente nos debates realizados na Câmara, organizações municipais e com a própria população. A posição crítica e a independência editorial são as principais marcas do jornal, observadas em editoriais e reportagens realizadas no último ano do governo
de Hamilton Falvo (2005 – 2008) e durante todo o governo de João Ricardo Fascineli (2009 – 2012). Exceção Entre as cidades com menos de 20 mil habitantes da região, Motuca é a única que possui um jornal periódico e independente com notícias exclusivas sobre os acontecimentos locais. Informações de municípios como Rincão e Santa Lúcia são apuradas e publicadas por empresas jornalísticas de centros maiores, a maioria com contratos firmados com os poderes públicos locais. Em seus seis anos de existência, o Cenário se manteve fundamentalmente com recursos provenientes dos anunciantes e dos assinantes. Vários colaboradores atuaram desde o início da existência do jornal de forma gratuita ou com pequena remuneração, contribuindo de forma significativa com a conclusão das edições.
O jornal Cenário prepara o lançamento de um web site, que abordará assuntos relacionados à diferentes temas, por meio de matérias jornalísticas de Motuca e região, além de artigos escritos por vários colaboradores com experiência em áreas como sociologia, educação, saúde, meio ambiente, cultura e esporte. O site do Cenário está sendo elaborado pelo web designer Alessandro de Paula, que desenvolveu o projeto em seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) em 2011 pelo Centro Universitário de Araraquara (Uniara). “O foco principal do site é transpor o con-
teúdo impresso do Jornal Cenário para uma versão digital (online), permitindo fazer uso de tecnologias disponíveis neste tipo de mídia”, destaca Alessandro. Uma das propostas e diferencial do projeto, explica ele, é a criação de uma rede social exclusiva, que permitirá aos
usuários cadastrados uma participação mais ativa nos conteúdos. “Será possível sugerir temas para notícias e artigos, além de publicar eventos e interagir com outros usuários”. O site está em fase de finalização e o lançamento está previsto para ocorrer nos próximos meses.
DEPOIMENTOS Benedito Silvio Rusck, 46 anos, eletricista “Tenho todas as edições do Cenário guardadas. Passei a ser um leitor do jornal desde o primeiro exemplar, que tratou exclusivamente do fechamento da usina Santa Luiza, empresa que trabalhei por 28 anos e saí após a paralisação. Sou assinante desde as primeiras edições porque me interesso pelos acontecimentos de Motuca. Antes do Cenário, eu só pegava os jornais para fazer palavras cruzadas”.
Eliana M. da Silva Gouvêa, 38 anos, dona casa “Depois que surgiu o Cenário, comecei a ler mais e a me interessar pelos assuntos de Motuca. Antes, não tinha o hábito de leitura e não me importava sobre o que estava acontecendo. Gosto muito de ler o “E agora, José”. Já teve ocasião de eu estar um pouco para baixo e depois que li as histórias me diverti tanto que a tristeza foi embora”.
José Vaz de Lima, 85 anos, aposentado
Nova reformulação gráfica busca tornar mais atrativa a leitura
Sempre gostei de ler jornal, qualquer um. Considero importante ficarmos por dentro do que está acontecendo. O Cenário surgiu para suprir uma necessidade dos moradores de Motuca. É o primeiro que foi criado aqui com o propósito de trazer as novidades e noticiar os assuntos da Prefeitura e da Câmara, pois antes a gente só ouvia falar dos fatos nas ruas.
Foram substituídas fontes e páginas passam a ser mais diversificadas
Com o objetivo de tornar a leitura mais atrativa para o leitor, o Cenário deste mês é lançado com uma nova reformulação gráfica. Foram substituídas fontes do título e do corpo de texto e as páginas passam a ser mais diversificadas. Várias reformulações foram implementadas pelo Cenário des-
de o seu surgimento. Em maio de 2011, na edição número 31, o Cenário realizou mudanças significativas na parte gráfica e editorial. O jornal em formato tabloide que até então era impresso totalmente em preto e branco ganhou quatro páginas coloridas e passou para o formato berliner, um pouco maior.
Jhonatan D. Mendonça, 31 anos, gerente “O Cenário demonstrou a importância de um jornal na cidade. Percebe-se um respeito maior dos políticos e daqueles que estão na administração pública, pois temem uma repercussão negativa sobre algo que venham a fazer de errado. Também foi muito bom para o comércio, que tem a oportunidade de divulgar seus produtos e promoções para a população”.
Cenário, fevereiro de 2013
Política
Pág 6
Prefeito afirma ter assumido dívidas de gestão anterior
Fábio Falvo
De acordo com Celso, estão sendo realizados controles de gastos na Prefeitura O prefeito Celso Teixeira Assumpção Neto afirmou, em entrevista ao Cenário, ter assumido dívidas da gestão anterior, contrariando a prestação de contas divulgada em janeiro pelo ex-prefeito João Ricardo Fascineli, que apontou saldo positivo de R$ 1.121.486,97, além de mais de R$1 milhão em convênios. “O valor de R$ 2 milhões informado para nós não existe”, aponta. Desta forma, segundo ele, estão sendo realiza-
dos controles de gastos para evitar prejuízos aos serviços públicos. Celso afirma que alguns fornecedores que realizaram serviços para a gestão anterior procuraram a Prefeitura para receber os pagamentos. O montante maior, no entanto, de acordo com ele, corresponde aos tributos da folha salarial de servidores como INSS e Fundo de Garantia. Em entrevista ao jornal Gazeta de Américo, Celso apontou valor da dívida em torno
de R$ 630 mil. De acordo com o relatório das contas apresentado pela gestão anterior, foram deixados cerca de R$ 25 mil de saldo em contas movimento, recurso disponível para investimentos livres. Com relação às contas vinculadas, cujos valores correspondem à convênios e são direcionados à investimentos específicos, foram deixados aproximadamente R$ R$ 651 mil, totalizado pouco mais de R$ 681 mil.
O chefe do executivo municipal, em seu gabinete
Ex-prefeito contesta declarações de Celso Ricardo afirma ter deixado em caixa cerca de R$ 1 milhão, além de convênios Em entrevista ao jornal Gazeta de Américo, o ex-prefeito João Ricardo Fascineli classificou como “lamentável” a afirmação do atual chefe do poder executivo Celso Teixeira Assumpção de ter assumido dívidas. De acordo com Fascineli, em 31 de dezembro de 2012, deixou no caixa da Prefeitura R$ 1.121.486,97, embora algumas baixas tinham que ser dadas, além de convênios que
totalizam mais de R$ 1 milhão. “Somente com a Caixa Econômica Federal (CEF) deixei três convênios assinados. Um deles no total de R$ 480 mil para a compra de uma Motoniveladora. Mais R$ 200 mil de repasse para a reforma do posto de saúde do assentamento, e mais R$ 150 mil para a reforma da Praça do Campinho da Vila. Todos esses convênios já assinados com a CAIXA”, afirmou
Ricardo, em entrevista ao jornal Gazeta de Américo. Em entrevista ao jornal Correio da Região, de Américo Brasiliense, o prefeito Celso disse ser contraditória a versão de Ricardo, pois ele confirmou que “algumas baixas tinham que ser dadas”. De acordo com a Prefeitura, eventuais irregularidades serão apuradas pelo Tribunal de Contas do Estado.
Celso diz que ainda realiza reestruturação dos trabalhos Prefeito ainda não terminou a formação de sua equipe De acordo com o prefeito Celso Teixeira Assumpção Neto, os primeiros meses à frente da Prefeitura são de reestruturação dos trabalhos. “Já resolvemos 70% dos problemas que observamos quando assumimos”, aponta. A limpeza urbana foi uma das primeiras ações realizadas, com a contratação de forma emergencial de uma empresa local. Celso conta que ainda não terminou a formação de sua equipe administrativa. “Já nomeamos alguns secretários e pretendo preencher outras vagas em breve”. Segundo ele, os
trabalhos estão sendo realizados com planejamento. “Urgência e emergência são na saúde. As demais coisas temos que pensar com carinho”. Críticas Uma das principais críticas até o momento foi o retorno de profissionais que atuaram nas quatro primeiras gestões municipais para atuar em setores administrativos da Prefeitura. De acordo com Celso, as escolhas foram técnicas e por confiar no trabalho deles. “São pessoas que já demonstraram suas competências, que foram convidadas para colocar a casa em ordem”, aponta.
Cidade
Cenário, fevereiro de 2013
Pág 7
Prefeitura alega necessidade de melhorar merenda e paralisa transporte escolar urbano Secretária de educação afirma que a continuidade do transporte depende da situação financeira dos cofres públicos Paralisado no início das aulas letivas pela Prefeitura com a justificativa de diminuir custos para melhorar a merenda escolar, a Secretária de Educação Elaine Marques Luiz afirma que a continuidade do transporte urbano de estudantes direcionado aos alunos da escola Maria Luiza Malzoni Rocha Leite depende da situação financeira da Prefeitura. “Iniciamos o governo e estamos realizando uma avaliação dos recursos que temos disponíveis para a realização dos ajustes adequados”, destaca. De acordo com ela, a Secretaria de Educação priorizou a merenda por considerá-la mais importante no momento. “Melhoramos o cardápio, que será mais diversificado, e passamos a oferecer duas refeições diferen-
tes por dia, pois existia somente uma nos dois períodos”, explica. Outra mudança foi a paralisação da cozinha piloto e o preparo dos alimentos nas próprias escolas. “Isso fará com que a qualidade dos alimentos seja melhor”, justifica. De acordo com a secretária, caso seja observada a viabilidade do retorno do transporte, a Prefeitura buscará solucionar problemas que foram observados como brigas entre os alunos no interior do veículo e portas quebradas. “A segurança será priorizada, a partir de treinamento adequado dos monitores e motoristas”, aponta. A soldadora Regiane Cristina Belardo, 28, moradora do Jardim Canavieiras e mãe de três alunos que estudam na Maria Luiza, ob-
serva prejuízos com a paralisação do transporte. “Facilitava muito a vida de minha família, pois todos aqui em casa trabalham”, destaca. Sem o ônibus, segundo ela, os filhos de seis, oito e dez anos estão indo sozinhos a pé para a escola. “Eles estão se queixando, pois estavam acostumados com o transporte”. Para a dona de casa Divina Aparecida Donizete Alves de Moraes, 37, moradora do Jardim Bela Vista, o transporte não é necessário. “Motuca é uma cidade pequena e considero até melhor para a saúde a gente caminhar um pouco, pois tudo aqui é perto”, argumenta. Mãe de uma estudante de 10 anos, ela considera que a Prefeitura deva investir em outras prioridades. “É preciso melhorar cada vez mais o ensino e a alimentação”.
Aulas iniciam com 828 alunos Com o começo do ano letivo, no dia quatro de fevereiro, 828 alunos iniciaram os estudos neste ano no município. Do total, 479 estão matriculados na escola na EMEIF Maria Luiza Malzoni Rocha Leite, 329 na EMEF Adolpho Thomaz de Aquino, na área urba-
na, e 20 na EMEI Professor Hildeberto Chierice, localizada no Assentamento 1. Os alunos que fazem parte dos projetos “Semeando o Futuro” e “Caminho Certo” também iniciaram as atividades com aulas de natação, caratê, vôlei, futsal, além das oficinas de biscuit, pintura, crochê e tear.
Aumento de casos de dengue na região preocupa município Duas pessoas de Motuca foram atendidas apresentando sintomas da doença Jairo Falvo
População deve ficar atenta com os criadouros do mosquito O aumento do número de casos de dengue na região levanta a preocupação das autoridades municipais sobre possíveis contágios de moradores que trabalham ou transitam regularmente nas cidades vizinhas, o que pode disseminar o vírus transmitido pelo mosquito aedes aegypti na cidade. Duas pes-
soas de Motuca foram atendidas neste mês na Unidade Básica de Saúde (UBS) apresentando sintomas da doença e são considerados casos suspeitos. O exame de sorologia que detecta a presença do vírus no sangue deve sair em até 15 dias. “Estamos em estado de alerta”, destaca o agente de controle de ve-
tores Felipe Augusto Muniz, que realiza periodicamente o trabalho de orientação dos moradores e de prevenção de casa em casa em busca de criadouros do mosquito. “É preciso que a população tenha consciência dos perigos da doença, que pode até matar”, destaca o agente, demonstrando a necessidade dos moradores limparem constantemente seus quintais. Procriação De acordo com a coordenadora Susi Santos Falvo, da vigilância sanitária, o tempo úmido e quente favorece a procriação do mosquito. “Por isso estamos intensificando os trabalhos para prevenir contágios na cidade”, explica. “Mas contamos com o apoio do população”, conclui.
Vereadores pedem e Prefeitura revê parcelamento maior para o Refis Iniciativa tem o propósito de promover a recuperação de créditos junto aos contribuintes em débito com o município
Por solicitação dos vereadores, a Prefeitura enviará para votação um novo projeto de lei para a instituição do Programa de Recuperação Fiscal (Refis), com o propósito de promover e regularizar a recuperação de créditos junto aos contribuintes em débito com o município. Pelo projeto enviado inicialmente à Câmara, estava previsto o parcelamento da dívida em até dez parcelas, considerado pequeno pelos parlamentares. O texto também propõe a suspensão de juros e multas do valor do débito inscrito em divida ativa até 31 de dezembro de 2012. O projeto está previsto para tramitar na Câmara na próxima sessão ordinária, no dia quatro de março.
Mesa diretora Em votação realizada no inicio dos trabalhos legislativos, a vereadora Vera Lúcia Falvo Moreira foi eleita para presidir os trabalhos na Casa no biênio 2013/2014, derrotando o candidato adversário José Roberto Legramandi, por 5 votos a 4. O vereador Gilson de Jesus Marques foi eleito vice-presidente. O parlamentar Fábio de Menezes Chaves, que chegou a articular sua candidatura à presidência, mas desistiu por falta de apoio, foi eleito para atuar como o 1º secretário da Câmara. Compondo a mesa, o vereador Renato Luis Rateiro foi o mais votado para trabalhar como 2º secretário.
Cenário, fevereiro de 2013
Cidade
Pág 8
Prefeitura articula liberação de R$ 150 mil para construção de galerias em programa habitacional Verba pleiteada é parte dos R$ 300 mil já liberados para o município por meio de uma emenda do Partido Verde A Prefeitura articula no próximo dia sete em reunião na Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do governo do estado a liberação de verba no valor de R$ 150 mil com a finalidade de construção de galeria para escoamento da água pluvial no programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida”. A obra é uma das exigências do Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais do Estado de São Paulo (GRAPROHAB) para a liberação do novo loteamento. A verba faz parte de emenda no valor de R$ 300 mil direcionada para o município por meio de uma emenda do Partido Verde (PV), a partir de solicitação do vereador Renato Luiz Rateiro. O restante deve
ser utilizado para a construção de galeria pluvial na avenida localizada na saída para Guariba. Em janeiro, o programa habitacional recebeu rede elétrica, após vários meses de impasse. “Estamos colhendo todos os documentos dos participantes para entregá-los à CPFL para que a energia seja ligada em todas as residências”, explica o engenheiro Edmundo Domingos da Hora, diretor da Secretaria de Obras e Serviços da Prefeitura. Segundo ele, as moradias já possuem as instalações de água e esgoto e nos próximos meses deve ser realizada a construção de guias e sarjetas. “Estamos agilizando os trabalhos para entregar as moradias o quanto antes aos beneficiários”, relata o diretor.
Jairo Falvo
Programa de moradias recebeu rede elétrica em janeiro
Jovens que nasceram em 1995 devem realizar alistamento militar Jovens da cidade que nasceram no ano de 1995 devem realizar alistamento militar na Junta Militar de Motuca portando certidão de nascimento ou carteira de identidade, comprovante de residência, duas fotos 3x4 com terno e gravata. O período de inscrição iniciou no
“Recicla Motuca” busca melhorar coleta de material Integrantes apontam o aumento do espaço onde realizam a triagem como fator fundamental para o aprimoramento dos trabalhos As integrantes do programa de coleta seletiva “Recicla Motuca” buscam estruturar a atividade com o objetivo de melhorar a coleta de material reciclável na cidade. Elas apontam o aumento do espaço onde realizam a triagem como fator fundamental para o aprimoramento dos trabalhos. Reformas no banheiro e no telhado, além da instalação da energia elétrica são outros pontos ressaltados por elas. “Desta forma teremos condições de realizar um trabalho melhor e coletar uma quantidade maior de material”, destaca a catadora Vani de Fátima Soares da Silva. Com a estruturação, acrescenta, será possível aumentar a renda das integrantes, que não chega a R$ 100, segundo ela, além de aju-
darem ao meio ambiente. “Para isso, também precisamos da colaboração da população, pois poucos na cidade realizam a separação do lixo comum do reciclável”, observa Vani. Neste mês, as integrantes visitaram a Cooperativa Acácia, de Araraquara, considerada referência regional na coleta seletiva, onde foram recepcionados pela fundadora e presidente Helena Francisco da Silva. Serviços ambientais “Para a realização de um trabalho de coleta eficiente é fundamental que as catadoras trabalhem em conjunto com a Prefeitura e a população”, explica Helena. Segundo ela, além de re-
ceber pela venda de material coletado, as integrantes da Cooperativa também são remuneradas pela prefeitura como prestadoras de serviços ambientais.
dia sete de janeiro e se estenderá até 30 de junho. Serviço A Junta Militar está localizada na Casa da Agricultura de Motuca, na rua João Ferreira da Silva, nº 516, Centro. O telefone é 3348 1690 (falar com Jucilene).
Polícia
Cenário, fevereiro de 2013
Pág 9
Rigor em lei seca busca diminuir acidentes
Alteração na legislação diminuiu limite de álcool e trouxe outras formas de constatar o uso de bebida ao volante como testemunhas e vídeos Jairo Falvo
Cabo Lopes com o bafômetro da PM local; quem for pego no teste pagará multa de R$ 1915,40 e poderá ter o veículo retido
Em vigor desde 23 de janeiro deste ano, as mudanças na chamada lei seca, implementadas a partir de resolução do Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), têm como objetivo diminuir o número de acidentes de trânsito no país. Com a medida, caiu pela metade o nível tolerado de álcool no teste do bafômetro, de 0,1 para 0,05 miligrama de álcool por litro de ar expelido. Já para os exames de sangue, a legislação estabelece que nenhuma quantidade de álcool será tolerada. O limite anterior era de 0,2 decigramas de álcool por litro de sangue. A infração continua classificada como gravíssima e o valor da multa saltou de R$ 957,65 para R$ 1.915,40, além do motorista poder ficar impedido de dirigir por um ano e ter o carro retido.
No ano passado município registrou 46 acidentes de trânsito Do total, 69% aconteceram na área rural e rodovias e 26% na área urbana Ronaldo Vicente
Acidente ocorrido no mês passado na estrada para Guariba No ano passado foram registrados em Motuca 46 acidentes de trânsito. Do total, 69% aconteceram na área rural e rodovias e 26% na área urbana. Ocorreram ainda dois atropelamentos. No período não houve vítimas fatais envolvendo veículos, mas duas pessoas sofreram ferimentos graves. De acordo com a Polícia Militar
(PM) local, a vicinal mais perigosa e que apresenta o maior número de acidentes continua sendo a Octávio Thomaz de Aquino, que liga Motuca a Guariba. “Existem muitas curvas sinuosas próximas umas das outras e grande movimento de veículos pesados”, observa o cabo da PM, Alexandre Lopes, que observa também a imprudência e o consu-
mo de bebida alcoólica ao volante como fatores que levam as ocorrências. Sinalização Nos 18 anos que utiliza a vicinal, o comerciante Antônio Luiz Novaes revela ter sido vítima de um acidente e presenciado vários outros, alguns com vítimas fatais. “Existe falta de sinalização, principalmente nas proximidades das duas pontes existentes na via”, destaca. “Acho que precisa melhorar a estrutura da pista, com mais sinalização e instalação de sonorizadores antes dos locais mais perigosos”, complementa.
A resolução trouxe ainda outras formas da constatação do uso de bebida alcoólica pelos condutores. Testemunhas, vídeos e até mesmo alterações da capacidade psicomotora como fala alterada, desequilíbrio e exaltação observadas pelos agentes de segurança servirão como provas. “Iremos realizar um questionário com o suspeito e se observarmos a embriaguês encaminharemos para a delegacia, onde será instaurado um inquérito”, explica o cabo Alexandre de Oliveira Lopes, da Polícia Militar (PM) local. De acordo com Lopes, a PM irá realizar operações na cidade para coibir o uso de bebida ao volante. Neste mês, o bafômetro pertencente à corporação local foi liberado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
Tecnologia (Inmetro), após passar por processo de calibragem. “Não temos qualquer controle sobre os resultados aferidos pelo aparelho, que servirá também para o condutor provar que não ingeriu a bebida”, aponta. Acidentes Somente no estado de São Paulo, 5.185 pessoas morreram vítimas de acidentes automobilísticos no ano passado. De acordo com as estatísticas, parte significativa ocorreu em razão dos efeitos da bebida ao volante.
Gol furtado em Motuca durante festa é encontrado ‘depenado’ em Araraquara Infratores não foram identificados pela Polícia até o momento Um gol ano 96 furtado em Motuca durante a Festa de São Sebastião no dia 20 de janeiro foi encontrado pela Polícia Militar (PM) abandonado em uma estrada rural em Araraquara dois dias depois. Os infratores, que não foram identificados até o momento pela polícia, levaram as quatro rodas, tapeçaria interna,
equipamento de som, rodas, bateria, além de outras peças. O veículo foi conduzido ao 1º Departamento de Polícia, onde foi elaborado Boletim de Ocorrência e o Auto de Exibição Apreensão Entrega do Veículo. Este é o primeiro furto de veículo neste ano em Motuca. No ano passado foram registradas duas ocorrências.
Cenário, fevereiro de 2013
Cotidiano
Pág 10
Lei prevê punição para comerciante que vender ou permitir consumo de bebida alcoólica por menores
Fábio Falvo
Multa para quem descumprir determinação varia de R$ 1.745,00 a R$ 43.625,00 Jairo Falvo
A coordenadora Valéria Cunha, do Procon
Proprietários de estabelecimentos comerciais que forem flagrados fornecendo, entregando, permitindo ou vendendo bebida alcoólica para menores de 18 anos terão que pagar multa que varia de R$ 1.745,00 a R$ 43.625,00, dependendo do grau da infração e do porte do negócio. A sanção está prevista na lei estadual 14.592/2011, que obriga ainda os comerciantes a fixarem mensagem da proibição da venda para adolescentes e de exigirem documento de identificação sempre que notarem que o cliente for
menor. Em caso de reincidência, o estabelecimento pode ser interditado judicialmente ou até perder a inscrição da atividade comercial. Após a constatação da infração, a multa é lavrada no momento da abordagem. A Polícia Militar (PM), a Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) e a Vigilância Sanitária dos municípios são as instituições responsáveis pelas fiscalizações e autuações. “A lei responsabiliza integralmente os comerciantes pelo consumo no interior do estabelecimento e em suas proximidades”, aponta a coordenadora Valéria Cunha, do Núcleo Regional do Procon-SP em Bauru, que ministrou palestra no município sobre o conteúdo da lei no dia seis de fevereiro, por iniciativa do Conselho Tutelar Local. Outro ponto importante da lei é a obrigatoriedade dos estabelecimentos de separarem bebidas não alcoólicas das alcoólicas nas geladeiras disponibilizadas para auto-serviço, sob pena de receberem multa. Caso menores sejam flagrados consumindo bebidas alcoólicas em recintos particulares alugados para eventos o proprietário do local é quem será penalizado. De acordo com Valéria, a nova
Conselho destaca a importância da lei O Conselho Tutelar de Motuca destaca a importância da lei como forma de preservar o menor de dezoito anos dos riscos inerentes ao consumo da bebida alcoólica. De acordo com o órgão, em nota direcionada ao Cenário, uma das principais dificuldades para o seu cum-
primento é a falta de consciência da população. “A sociedade precisa entender que menor de dezoito anos não pode consumir álcool”, aponta o Conselho, que demonstra também a importância da fiscalização pelos órgãos competentes como fator primordial para a solução do problema.
Gabriela durante discurso no evento
“Lançamento de livro foi maravilhoso”, ressalta autora Jornalista destaca repostas positivas sobra a obra
legislação obriga os donos de estabelecimentos a adotar medidas para impedir o consumo. “É preciso que estejam sempre atentos, pois mesmo que um adulto adquirir a bebida e depois entregar para o adolescente dentro ou nas proximidades do local da venda, o comerciante será punido”, destaca a coordenadora. Consumo A comerciante Zilda de Aquino afirma que não vende bebida para menores, mas diz ser “impossível” observar o consumo nas proximidades de seu estabelecimento. “Se um adulto comprar e depois fornecer para um menor não terei como ver, pois trabalho sozinha e não posso sair para ficar vigiando”, aponta.
DENÚNCIAS
Informações sobre infrações previstas na lei podem ser realizadas pelo número
0800 771 3541 e o site www.alcoolparamenor eseproibido.sp.gov
A jornalista Gabriela Marques Luiz, autora do livro “Sertanejos, Estrangeiros, Forasteiros: Dos Primeiros Boiadeiros à Emancipação Política de Motuca”, classificou como “maravilhoso” o lançamento da obra, realizada no dia dezesseis de janeiro, na praça da matriz, quatro dias antes de Motuca completar 23 anos de emancipação política e administrativa, tema principal da narrativa, que também abordou fatos históricos como a fundação do vilarejo, chegada da ferrovia e a imigração japonesa. “Desde então, ainda tem gente que me procura para comprar, contar histórias relacionadas ao livro e para elogiar”, destaca a autora. “Tive muitas respostas positivas em relação à obra e sua importância como legado histórico de Motuca”, completa. Em seu discurso, Gabriela lembrou de uma passagem histórica de Motuca, registrada na obra. “Essa praça, por exemplo, foi palco de grandes conquistas da nossa gente. Aqui, Emílio Carlos Fortes e mais 14 pessoas vieram anunciar, a uma hora da manhã, para a praça lotada, que a Assembleia Legislativa de São Paulo havia aprovado a lei que elevava
Motuca a categoria de município”. O evento recebeu grande público e contou com a participação dos ex-prefeitos Rui Fernando Pinotti, Mateus Voltarel, Emílio Carlos Fortes, do atual chefe do executivo Celso Teixeira Assumpção Neto e o vice José Luiz de Laurentiz Sobrinho, além de moradores que lutaram pela emancipação como Walter Muniz. Alguns entrevistados também estiveram presentes, como dona Júlia Carreira Veronezi, de 97 anos, que foi homenageada pela autora com um buquê de flores. Vendas De acordo com Gabriela, dos 300 exemplares publicados, cerca de 40 ainda estão disponíveis para a venda. Os interessados podem entrar em contato com a própria autora pelo telefone 9734 8189 ou pelo e-mail gabriela_marquesluiz@yahoo.com.br.
Cenário, fevereiro de 2013
Geral
Pág 11
Organizadores destacam resultados da festa e almejam maior alcance regional
Neste ano, pela primeira vez, foi realizada uma divulgação maior, com anúncios sobre o evento durante quinze dias em uma rádio de Araraquara Jairo Falvo
Público presente no bingo que premiou uma moto 0 km A comissão organizadora da Festa de São Sebastião e a Prefeitura de Motuca ressaltam resultados positivos nas comemorações ao Padroeiro e ao aniversário de 23 anos de emancipação política e ad-
ministrativa da cidade, eventos realizados em conjunto. Foram quatro dias de evento (17, 18, 19 e 20 de janeiro), com diferentes atrações musicais, além das tradicionais barracas, leilão e quermesse que
premiou no domingo (20), pelo segundo ano consecutivo, uma moto zero quilômetro, além de dois prêmios de mil reais. De acordo com a comissão organizadora, após o fechamento do balanço financeiro, foi apurado lucro líquido de aproximadamente R$ 26 mil, cuja maior parte será destinada para cobrir despesas da Paróquia São Sebastião, além de parcela servir para investimentos futuros na Festa do próximo ano. Também foram
Lagartixa animou quermesse e leilão durante o evento “Em 23 anos que participo, esta é uma das melhores festas de São Sebastião que presenciei”, afirma “Aceitamos qualquer doação, desde um palito de fósforo até um avião a jato”. Com frases de efeito como esta, entre outras, o agricultor Walter Muniz, popularmente conhecido como Lagartixa, cantou bingo nas quermesses da Festa e realizou o tradicional leilão de animais doados pela comunidade, sempre com muita animação e alegria, cativando o público. “Em 23 anos que participo, esta é uma das melhores festas de São Sebastião que presenciei”, destaca Lagartixa, que observa o
resgate da participação de famílias tradicionais como diferencial do evento realizado neste ano. “Pessoas que não via há muito tempo no evento vieram para prestigiar”. No domingo (20), Lagartixa recebeu a ajuda do radialista Jacó, da rádio Morada, que participou do bingo que premiou uma moto. Galinha Nas animações, Lagartixa teve como companhia uma galinha de borracha que, quando apertada, emitia um som de criança choramingando, provocando gargalha-
Lagartixa com sua galinha
das no público. “Foi um presente da Marcela, namorada do Zé Luizinho, que trouxe de Ubatuba”, conta. Segundo ele, a galinha, que ainda não possui um nome, estará sempre presente nos eventos que participar. “Aceito sugestões para batizar o bichinho, mas, por favor, não coloquem o nome da minha mulher”, enfatiza.
realizadas doações de R$ 500 para a Santa Casa de Araraquara, Santa Casa de Guariba e para o Hospital do Câncer de Barretos. Neste ano, pela primeira vez, foi realizada uma divulgação maior, com anúncios sobre a festa durante quinze dias em uma rádio de alcance regional. “Percebemos muitas pessoas de outras localidades no evento, principalmente no sábado e no domingo”, aponta o presidente da Festa, José Luiz de Laurentiz Sobrinho (Zé Luizinho). De acordo com ele, a ideia é dimensionar ainda mais o evento no próximo ano e torná-lo destaque no calendário regional. “Demos um importante passo neste ano e com algumas melhorias podemos atrair mais visitantes, levando o nome de Motuca para toda a região”. Zé Luizinho desta-
ca a participação da comunidade, de empresários locais e regionais que direcionaram donativos para o evento, além da Polícia Militar (PM), que deslocou uma base móvel nos dias da Festa. Zé Luizinho aponta ainda a maior diversificação das atratividades, algumas direcionadas para as crianças como do Grupo Circense da Cidade do Circo, de Ribeirão Preto, com brincadeiras, doces e pipocas e horários gratuitos para os brinquedos. Neste ano, pela primeira vez, não ocorreu as queimas de fogos no final da Festa. “Em acordo com a Prefeitura decidimos economizar este recurso, de aproximadamente R$ 6 mil e por causa dos perigos que pode causar”, relata Zé Luizinho. Integração Para o vice-presidente da Festa, Jeferson Aldrei Benedicto, um dos principais destaques neste ano foi a integração maior da comunidade no evento. “Percebemos uma relação harmônica e a participação de diferentes religiões como evangélica e espírita nos trabalhos e também comercializando produtos em barracas”, aponta. Neste ano, segundo ele, aumentou o número de voluntários que trabalharam no evento, comparando com o ano passado. “Foram cerca de 50, enquanto na última Festa eram quinze”, compara.
Cenรกrio, fevereiro de 2013
Pรกg 12
Social
Cenário, fevereiro de 2013
Pág 13
Organizadores e voluntários da Festa de São Sebastião e aniversário da cidade
Neguinho e Zé Luizinho em apresentação na festa da cidade
Ruan, Daniel e Luiz Duaneti
Premiados do carnaval com o prefeito Celso e a primeira-dama Sérgia
Renato e a filha Sophia
Juciara com a filha Julia
Rodolfo
Os pais José Roberto e Gu com os filhos Andriel e Sabrina
Patrícia
Aninha, Netinho, Carlos, Valter, Carol e Luiz
Ivonete e Edison
Cenário, fevereiro de 2013
Entrevista
Pág 14
Padre Benedito completa onze anos em Motuca
H
Jairo Falvo
á onze anos, completados no dia onze de janeiro, Padre Benedito Firmino da Silva, de 77 anos, exerce a atividade sacerdotal na Paróquia São Sebastião, onde conquistou a simpatia da comunidade católica local. Padre Benedito ingressou na vida religiosa após o falecimento da esposa, em 1988, com quem teve três filhos, dois já falecidos. Em 1994 inicia os estudos religiosos e, oito anos depois, é indicado para estar à frente da Paróquia de Motuca. Leia a entrevista abaixo:
Como a igreja observa o fato do padre ser viúvo? Para uma pessoa exercer o sacerdócio ela não deve ter ninguém dependente, não deve ter outros compromissos e deve estar totalmente disposto para a igreja. Como sou viúvo, a igreja aceita. Quando surgiu a vocação para o Sr. atuar na vida sacerdotal? Meu pai sempre foi religioso. Em Araraquara foi fundador da irmandade de São Benedito. Isso já foi um grande incentivo para mim, mas minha vocação para o sacerdócio surgiu num momento que eu me lembro até hoje. Em uma tarde eu estava no meio da roça. Foi quando senti algo bem forte, senti que estava tendo uma visão. Eu estava numa casa e lá dentro havia um senhor, com umas vestes diferentes das nossas e eu senti que queria estar naquele meio. Depois tudo se apagou. Dali para frente a minha vida começou a mudar. Eu senti que a minha fé e meu interesse pela igreja aumentavam mais, até que entrei para a turma dos marianos e fui aprofundando meus estudos. Qual a idade do Sr quando ingressou na vida religiosa? Com 11 anos eu já participava da vida da comunidade, queria saber mais, tinha muita fé. Agora eu só entrei de fato mesmo na vida religiosa quando tinha pouco
mais de 40 anos, quando minha esposa faleceu, em 1988. Logo após a perda, fiquei por um tempo morando com minha irmã e, em 1994, entrei no seminário. Como Motuca surgiu na vida do Sr? O meu primeiro trabalho de seminarista foi na comunidade de Boa Esperança do Sul e na vizinha Trabiju, cidades próximas de Araraquara, onde permaneci por quatro anos. Depois, virei diácono e ali mesmo cheguei ao sacerdócio. Em dezembro de 2001, o padre que estava em Motuca foi para Santa Catarina e o bispo me passou para cá, por que considerou importante o trabalho que eu estava fazendo em Trabiju e pediu que eu viesse fazer aqui também. Padre, como analisa sua atuação neste período em que está em Motuca? Quando cheguei, observei que o povo não frequentava muito a igreja. Uma boa parte estava espalhada ou não se interessava em participar, então eu tive que fazer um trabalho corpo a corpo. A primeira coisa que eu fiz foi ficar 30 dias em oração. Fazia algumas visitas, conversava com todos sem distinção. A grande resposta de Deus foi que o povo começou a voltar. Hoje a igreja está sempre cheia. O pessoal vem, a espiritualidade do povo melhorou muito
Padre foi um dos responsáveis pelo retorno dos fiéis à igreja
porque a gente conversa não só na missa, conversa também na rua, no dia a dia. Como o Sr. observa o papel da religião na vida das pessoas? Esse é o assunto que eu mais me preocupo. Por meio da pastoral da família, estamos fazendo com que as famílias sosseguem mais, pensem mais. A conversa que o padre faz com o povo é a conversa de amigo para amigo. Faço perguntas para os fiéis responderem. Não tem importância se não souberem a resposta, pois é errando que se aprende e nada nem ninguém é perfeito. Perfeito só a obra de Deus. Quais os principais problemas da sociedade que observa e como a religião pode ajudar a
solucioná-los? Observo sérios problemas na sociedade em geral. Embora a igreja apresente muitas coisas para ajudar, mesmo assim ela está andando muito devagar na evangelização. Vejo isso na hora em que as pessoas vêm me pedir conselhos ou ajuda. Peço para minha secretária tomar nota das pessoas que forem aparecendo com problemas e encaminhá-las para a pastoral da família. Sendo eu o responsável por essa paróquia, o
que eu tenho que fazer é trabalhar pela evangelização, pelas coisas que a igreja pede para cada um de nós. Aqui, por exemplo, está sendo feito esse esforço. Não vou dizer que está 100 %, mas o pouco que se faz a gente realmente vê. Padre, o fato de ser negro dificultou de alguma forma seu ingresso e trabalho na igreja? Como observa a participação dos negros na igreja? Na diocese existem umas dez pessoas negras. Quando entrei no seminário não houve preconceito nenhum por causa da minha cor. O que causava estranheza era o fato de já ter mais de 40 anos, ser o mais velho da turma e ser viúvo. Eles falavam entre si, “E agora? Nós vamos chamar ele do que, de senhor ou de você?”.
Esporte
Cenário, fevereiro de 2013
Pág 15
O retorno do esporte Equipes voltam a treinar e escolinhas de várias modalidades são reabertas Por Gabriela Marques O esporte motuquense voltou com tudo. As equipes de vôlei
masculino e feminino retornaram aos treinos, após anos paradas, e as escolinhas de esporte já estão funcionando a todo vapor. Jairo Falvo
Lance de gol do Campeonato Municpal de Futebol Society
Os treinos do vôlei masculino ocorrem às terças e quintas-feiras, das 18h às 21h, e aos sábados, das 15h às 18h, no ginásio de esportes. Já a equipe feminina se reúne aos sábados, das 13h às 15h. De acordo com o diretor de esportes, Marcos Rogério Luzia, o objetivo é retornar a disputa da Liga Pró-Voleibol de Orlândia, que será disputada neste primeiro semestre em três categorias: Sub Masculino, Sub Feminino e Livre Masculino. As escolinhas de futebol e futsal também voltaram nesse mês, com alunos de 6 a 17 anos, com treinos de segunda a sexta. Os pequenos atletas já tem competição à vista: o Campeonato de Futebol “Rola a Bola”, do SESC/Araraquara, nas ca-
Olho D’ Água e Monte Alegre são os líderes do Campeonato de Futebol Society
tegorias sub-9 e sub-11. A disputa ainda não tem data marcada para começar, mas está prevista para os próximos meses. A equipe de futebol master de Motuca, acima de 35 anos, também disputará esse campeonato. “Ainda vamos abrir escolinhas de vôlei, artes marciais, provavelmente caratê ou capoeira, e estamos analisando a possibilidade de também oferecermos aulas de natação”, afirma Luzia. O Campeonato de Futebol Society teve início no dia 17 de fevereiro, com oito equipes (ver matéria abaixo). “Assim que encerrarmos essa competição, organizaremos o campeonato de mini-campo do assentamento, e, em seguida, o campeonato de futebol”, adianta.
O Futsal Feminino disputará a COPA RECORD neste ano. O Congresso técnico aconteceu na semana passada e contou com a presença de 45 municípios. Entre as novidades, está a parceria firmada entre prefeitura e Sesi (Matão), que implantará no município o programa Atleta do Futuro (ver matéria abaixo). O Esporte motuquense é comandado por Luzia e conta com Rosa Mara Fernandes, técnica da antiga e vitoriosa equipe de futebol feminino da cidade, e Vanessa Cateneo, ex-goleira da seleção brasileira. “Não tinha mais nada na área de esporte em Motuca. Agora estamos recuperando e com muitas ideias novas”, revela Luzia.
Times estão na ponta da tabela nos grupos A e B, respectivamente; torneio teve início dia 17 O Campeonato Municipal de Futebol Society 2013 já começou disputadíssimo. A competição, que teve início dia 17 de fevereiro, reúne oito equipes, divididas em dois grupos. Após duas rodadas, o Olho D´Água e o Monte Alegre são os líderes dos grupos A e B, respectivamente. O Olho D’Água perdeu o primeiro jogo por 5x2 para o Molecada da Vila. Na rodada do último domingo (24), ganhou por 9x0 do Veterano BR, que também já havia perdido na estreia por 5x1 para o Assentamento 4. Com
a vitória, o Olho D’Água somou três pontos na pontuação geral e empatou com o Assentamento 4 e Molecada da Vila, ambos com um jogo a menos. No saldo de gols, o time saiu na frente. O Monte Alegre lidera isoladamente o grupo B, com seis pontos, após vencer o Batenove por 2x0 e o Família por 3x0 nos dois primeiros confrontos do torneio. Em seguida, está a Usina, com uma vitória de 10x0 sobre o Batenove e uma derrota de 4x1 para o Família, que está em terceiro lugar. Com nenhum
Atleta do Futuro ponto e lanterna do grupo, aparece o Batenove. Terceira rodada Os próximos jogos ocorrem neste domingo (3), na Área de Lazer, com Molecada da Vila x Veterano, às 8h45, e Assentamento 4 x Olho D’Água, às 10h15, ambos pelo grupo A. Pelo B, a disputa será entre Família x Batenove, às 9h30. Campeonato O campeonato teve início dia 17 de fevereiro e término previsto para o dia 23 de março, com a grande final. A competição é formada por oito equipes, em dois grupos. No A, estão o Assentamento 4, Molecada da Vila, Olho D’Água e Veterano BR. O grupo B é formado por Batenove, Família, Monte Alegre e Usina. As duas equipes melhores de cada grupo serão classificadas para as semifinais, que devem começar no dia 17 de março. G. M.
Programa do Sesi investirá em jovens atletas de Motuca; parceria foi firmada com a prefeitura
O Programa Atleta do Futuro (PAF), desenvolvido pelo Sesi, investirá em jovens do esporte motuquense, em diferentes modalidades. A parceria entre o Sesi, unidade Matão, e a prefeitura de Motuca foi firmada no dia 15 de fevereiro. “O programa oferece viagens e kit lanches para as competições, além de uniforme e toalhas para os treinos”, explica o diretor de esportes da prefeitura, Marcos Rogério Luzia. Em contrapartida, o execu-
tivo disponibiliza a estrutura física e os profissionais para os treinos. Entre os benefícios, também está o oferecimento de cursos profissionalizantes para os professores e técnicos. Para a realização da parceria, a prefeitura precisa oferecer modalidades tradicionais, como vôlei, futsal e futebol, e uma arte marcial. “Estamos analisando se teremos capoeira ou karatê”, adianta Luzia. O programa deve ser implantado no munícipio em março. G. M.
Piscina liberada
Interessados em utilizar estrutura devem procurar a portaria Área de Lazer para solicitar a carteirinha
A piscina da área de lazer já está liberada para uso, após ser limpa no início do ano, anuncia a Secretaria de Esporte. Os interessados devem procurar a portaria do local para solicitar a carteirinha. Entre os requisitos,
está a apresentação de um exame dermatológico, que pode ser feito no Centro Médico e Odontológico de Motuca. A piscina está aberta a população de quarta-feira a domingo, durante todo o dia. G. M.
Entretenimento
Cenário, fevereiro de 2013
E AGORA
S
JOSÉ
?
audações queridos leitores. Com enorme satisfação inicio minha participação neste ano. Espero que curtam nossas brincadeiras. Gostaria, primeiramente, de agradecer as pessoas que prestigiaram nosso samba na festa de São Sebastião. O conjunto foi formado de última hora e, mesmo sem ensaio, levou muito bem. Graças a Deus tenho meu público fiel.
Galinha do Lagartixa E a galinha do Lagartixa fez um rebuliço na festa de São Sebastião, que por sinal estava muito bonita. Teve gente que caía na gargalhada cada vez que a penosa era acionada, soltando um choramingo de criança. Pescoço Mas o Zé Luizinho confessou ter ficado com os ouvidos irritados com os constantes choros da penosa. “Se eu pegar essa galinha eu torço o pescoço dela”, me contou. O Zé também deve ter ficado bravo com a Marcela, sua namorada, pois foi ela quem presenteou o Lagartixa com a galinha, comprada lá em Ubatuba. Farelo E o prefeito Dr. Celso, junto com o vice Zé Luizinho e toda equipe já iniciaram os trabalhos. Sangue novo, todo mundo com gás para levar nossa cidade para frente. Torço para que façam um bom trabalho. Agora, o
que tem de gente querendo trabalhar na Prefeitura, não é brincadeira. Pelo jeito, é o melhor serviço que existe. Estão todos atrás de uma fatia do bolo. Vou ficar na espreita para ver se sobra pelo menos o farelo para mim.
Peixe O Ivan da Conserva já morou em Rincão e afirma ter presenciado uma enchente lá no centro. “Olhei para o Céu e vi uma nuvem preta surgindo atrás do morro. Ela bateu no Cristo, abriu e, de repente, caiu água que não acabava mais”, me disse. Tempos depois resolveu mudar para Motuca. “Não sou peixe para viver dentro d’água”, justificou. Apelido E a partir deste mês, por falta de repertório, finalizamos nossa pesquisa sobre os apelidos mais interessantes de Motuca. Quem quiser ver seu apelido ou de um amigo publicado, por favor, envie em nosso e-mail no final do nosso espaço.
Carnaval Gostei muito do carnaval em nossa cidade. Nesta festa, as pessoas se transformam, soltam a franga. Gente que durante o ano todo fica quieta no canto, faz coisas que até Deus duvida. Homem veste de mulher, mulher veste de homem e por aí afora... Rei Momo E o meu querido amigo Lula foi coroado o Rei Momo do carnaval de Motuca. É o primeiro Rei Momo que conheço sem samba no pé. O gingado dele estava mais para dança da chuva. Também, não tinha concorrente. Da próxima, me candidato. Até o ano que vem ganho uns quilinhos. Apaixonado Agora, se existe um concurso que o Lula ganharia com méritos é o de homem mais apaixonado de Motuca. Fico emocionado com as constantes declarações de amor dele na internet. Insista, meu camarada, água mole em pedra dura tanto bate até que fura. No topo As chuvas das últimas semanas alagaram tudo quanto é lugar, menos Motuca, que fica no topo. Nossa querida vizinha Rincão, que fica no buraco, não tem a mesma sorte. Lá, choveu, tem que levantar o fogão.
Pág 16
Pensamento no mês Macaco velho não mete a mão em cumbuca! Reivindicação do povo A Tel, esposa do Paulo, está reclamando do líquido mal cheiroso que cai do caminhão do lixo sempre que os funcionários da Prefeitura acionam o mecanismo de imprensar o material. Ela pede gentilmente às autoridades competentes para resolverem o problema. Por ande anda? Fazia dois anos que o Dissa, irmão do Birão, não vinha para Motuca. Depois de viver em Marília, Iacanga, Pirajuí, Rincão e Garça, firmou residência em Jaboticabal, junto com a esposa Daniela e o filho Lucas, de dois anos. Atualmente, trabalha como movimentador de mercadorias numa empresa de lá. “Estava morrendo de saudade de Motuca, a melhor cidade do mundo”, me contou. Que Deus abençoe você e sua família! Parabéns A Sophia, linda filha do Renato Menta e da Fernanda, completou neste mês mais um ano de vida. Parabéns e muitas alegrias. Muitas felicidades também a Nair, mãe do Carneiro e a Roberta, filha da Júlia, que
CAUSOS DE MOTUCA, por Pedro Vaz de Lima
H
comemoram seus aniversários. Nota de falecimento Nos últimos meses algumas pessoas se foram e vão deixar saudades. O folião Arlindo Fernandes Gouvea, marido da Marina. Também o caminhoneiro aposentado Laurindo Mariano, irmão da Ivorene. O Bibi, pessoa muito boa, também nos deixou. E ainda a Tereza Schravinatto Gouvea, irmã da dona Rosa e do Badão. Meus sentimentos aos familiares. Abraço carinhoso E para este mês é só pessoal. Espero que tenham gostado. Aproveito para enviar um abraço carinhoso ao Ernestinho, marido da Ione, e toda a família. Também para o Zé Schravinatto, leitor assíduo do jornal. E ainda para o Gilberto do Supermercado Dois Irmãos. Felicidades a todos e até a próxima.
cenarioregional@gmail.com
MANÉ, O CAÇADOR DE ONÇAS
á muitos anos existiam várias onças nos Córguinhos, nas beiras do rio Mogi-Guaçu. O povoado do local vivia apavorado com a iminente ameaça que aterrorizava a todos. Por mais que tentassem, não havia meios para afugentar ou acabar com aqueles terríveis animais.Várias iniciativas foram realizadas para solucionar o problema, mas surtiram pouco efeito. Seu Jordão, um sitiante respeitado da época, resolveu que tomaria providências a qualquer preço para livrar seus bezerros, que estavam sumindo aos poucos pelos ataques das onças. Depois de algumas tentativas de arrumar um caçador resolveu que o melhor seria chamar ele, o Mané. Tudo combinado e foram aos acertos, pois matar onças exige muita coragem e sorte também. Num belo domingo pela manhã lá estava o Mané com sua matilha e disposto a exterminar as onças. Desceu em direção as matas do Mogi para soltar seus cachorros. Mas o que ninguém sabia é que ele, considerado homem destemido, morria de medo de onça. Quando a corrida começou, decidiu que era melhor sair do provável caminho que a onça iria fazer, mas por cargas do destino a corrida mudou de direção indo justamente para o local onde estava. Percebendo o perigo, resolveu voltar. Foi neste momento que teve início uma trama engraçada. Quando ele estava voltando para o outro ponto de espera, ouviu um cachorro que veio latindo e correndo em sua direção, talvez atrasado no faro. Quando o Mané percebeu a aproximação começou a correr e gritar:“pega, pega...”. E o cão continuou seguindo o Mané, pois achava que ele também estava na carreira atrás da onça. Foi um corre-corre e nada de tiros. A hora foi passando, a tarde foi chegando e tudo ficando estranho. Foi aí que seu Jordão resolveu ir ver o que estava ocorrendo e desceu para as margens do Mogi. Ao chegar próximo ao Mané, que estava completamente exausto, perguntou: “O que houve que até agora não ouvi nenhum tiro e até os cães já pararam de latir?” Mané, muito sabido, burro estrela da perna gaiteada, deu um suspiro e respondeu, com seu linguajar de caipira: “É, seu Jordão, baruio até cachorro faiz, agora correr atraiz da onça até pega só eu mesmo. O probrema é que são muito ligeira. Ainda não consegui segurá nenhuma, mais te garanto que elas não vortam mais” Depois da lorota, pegou seu dinheiro e nunca mais foi visto por aquelas bandas... Quanto as onças, bom... essas até hoje são vistas por lá!