UM SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA - ANO 7, NÚMERO 51 - PERIODICIDADE MENSAL- MOTUCA-SP, 30 DE MARÇO DE 2013 - R$ 2,50
moradias devem ser entregues APÓS CONCLUSÃO DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA Das 30 casas, CPFL ligou a energia em 22; Prefeitura pretende disponibilizá-las às famílias beneficiadas sem a aprovação do Graprohab
Saúde
Primeiros casos de dengue do ano preocupam autoridades municipais Um jovem de quinze anos residente no centro da cidade e um adulto de 37 anos morador do Assentamento Monte Alegre 2 são os primeiros moradores a contraírem dengue neste ano, preocupando as autoridades municipais de saúde, que intensificam medidas de prevenção. Pág. 5
Emprego
Julia Moraes encerra atividades em Motuca e Elite anuncia expansão A empresa de confecção Julia Moraes anunciou neste mês o encerramento das atividades após atuar por um ano e meio no município. Por outro lado, a Elite iniciou neste mês seleção para a contratação de trabalhadores voltados ao projeto de expansão da empresa em Motuca no espaço físico onde funcionava a Viana Confecções Pág. 6
Produtores passam a fornecer produtos para programa federal. Pág. 7
Alguns moradores iniciaram neste mês manutenção das moradias para mudar para a residência. “Estamos adiantando para quando a prefeitura liberar para nós”, revela a dona de casa Cecília Landike (foto), de 34 anos, mãe de três filhos. O marido está realizando a instalação de pisos. “A gente paga R$ 150 de aluguel e é um dinheiro que a gente irá economizar”, exalta. Pág. 5
Molecadas da Vila conquistam campeonato de futebol society. Pág. 15
Editorial
Cenário, março de 2013
Foto do mês
A (in)definição das moradias
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Encontro de motos (24/3)
Sérgia Ribeiro
Pleiteado pela para resolver Após a solução deste Prefeitura em 2009 a situação, já impasse, o déficit de para diminuir o que foram inmoradias em Motuca problema do déficit cluídos num deve continuar sendo habitacional local, programa hao programa habitacional, enfrentado pelas bitacional “Minha cujo direito autoridades Casa, Minha Vida” está previsto foi aprovado pelo na constituigoverno federal sem o muni- ção brasileira. cípio demonstrar capacidade Com a energia elétrica estrutural para recebê-lo. O ter- instalada na maioria das moreno inicialmente apresentado radias, os beneficiados já se está averbado como “área ver- preparam para a mudança, de”, obrigatória por lei. após cerca de um ano e meio Houve denúncia, os órgãos de espera. Casa própria signide controle foram obrigados a fica a economia do dinheiro do intervirem, paralisando o em- aluguel, que pode ser revertido preendimento que já se inicia- para investimentos na qualidara, e o programa foi transferido de de vida das famílias, com para outra área, que também evidente carência financeira. não apresentava as condições Cabe a Prefeitura agora delegais. Assim mesmo, as ver- finir como as moradias serão bas foram direcionadas e as entregues, levando em considemoradias foram construídas, ração a pressa dos moradores ainda que sem a qualidade e a em recebê-las e as exigências estruturação adequadas. estruturais e jurídicas dos órPara liberar a licença do gãos reguladores. Uma coisa é novo loteamento, a Cetesb certa, a conclusão do programa cobra documento que compro- habitacional não deve se limitar ve a posse legal da área pela à entrega das casas, que ainda prefeitura. O problema é que a necessitam de estruturação báregularização da matrícula não sica como asfaltos, guias e sarpossui prazo definido para a jetas, além de outros requisitos conclusão por conta das pen- importantes e obrigatórios como dências jurídicas existentes. praças e outras institucionais. De acordo com o gerente reApós a solução deste imgional da Cetesb, em entrevis- passe, o déficit de moradias ta ao Cenário, seria possível em Motuca deve continuar solucionar este impasse a par- sendo enfrentado pelas autotir de um decreto de desapro- ridades locais. Para isso, no priação. entanto, é fundamental a reVítimas de erros adminis- alização de um planejamento trativos, burocracia e de jogos adequado, a partir de um diagpolíticos, as famílias beneficia- nóstico da situação atual e que das não querem saber se exis- os trabalhos sejam estruturate algo irregular. Querem que dos e fundamentados para que a esperança de um lar próprio os erros observados no “Minha seja realmente efetivada e que Casa, Minha Vida” não voltem as autoridades se entendam a ocorrer.
DESTAQUES DO “MOTUCA IMAGINÁRIA” Entre os destaques deste mês no Motuca Imaginária, o assunto do transporte escolar urbano ganhou opiniões interessantes sobre os diversos olhares dos participantes. O assunto tinha surgido com a opinião de Josie Mary Schiavinato, que mesmo não utilizando o ônibus, se sensibilizou com os que precisam ir a pé nos períodos chuvosos e no frio. Desta situação, surgiram várias discussões sobre o transporte escolar. Veja os destaques:
Josie Mary Schiavinato. Gostaria de deixar aqui minha opinião sobre o ônibus escolar. Particularmente, não uso, mas tem me cortado o coração ver nesses dias de frio e chuva crianças descendo a pé até a escola. Abri minha janela e vi debaixo de uma garoa fina e de um vento gelado uma menina de mais ou menos 9 anos segurando outra criança menorzinha pela mão, descendo para escola. Fiquei pensando que para essas crianças o ônibus está fazendo falta, principalmente agora prestes a começar o inverno. Sei que a cidade é pequena, tudo é perto, mas seria muito bom se voltassem com o ônibus nessa época de frio e chuva, pois é a época também de gripes,rinites,sinusites, bronquites e muitos outros “ites”.
Janaina Sofia. Sobre o ônibus escolar, sei o quanto é difícil para mães, mas ele começou no ano passado e antes disso as crianças iam para escola no frio e na chuva. Acredito que o ônibus por um lado facilitou a vida de muitos, mas por outro afastou ainda mais os pais do convívio escolar dos filhos. Regiane Bellardo. Verdade Janaina Sofia, você tem toda razão. Antes não tinha ônibus mesmo,
mas depois que teve facilitou e bastante. Quanto a afastar os pais do convívio escolar dos seus filhos, não foi o ônibus que influenciou ou influencia nisso. Isso parte dos pais mesmo...
Janaina Sofia. Uma vez ouvi uma frase “Pais enquanto puderem levar seus filhos na escola
façam, pois é um período curto que não volta mais e esse pequeno ato demonstra a seu filho que aquele local é importante para você e assim também será para ele”. Sei que muitas trabalham, mas vamos contar quantas realmente não estão presentes em casa no horário de entrada ou saída das crianças? Será que queremos o ônibus porque realmente trabalhamos e não queremos incomodar ou porque facilita muito a nossa vida e mais uma vez transportamos nossa obrigação para outrem?
Essa discussão gerou 31 comentários. Leia na íntegra no www.facebook.com (entre no grupo “Motuca Imaginária” )
SORTEIO CENÁRIO Anunciante: Casa de Móveis São José (ganhou uma pizza e um guaraná oferecidos pela Lanchonete do Levi) EXPEDIENTE
Assinante: Ivorene Mariano Alfenas (ganhou um sofiolli depresunto e queijo oferecido pela Magno Massas)
Jornalista: Jairo Figueiredo Falvo, MTB 44.652/SP Repórter: Gabriela Marques Luiz Colaboradores: Fábio Falvo, Milena Fascinelli, Ângela Santos, Emair Freitas, Irineu Ferreira, Felipe Carreli, Samuel Nosferatus, José de Carvalho, Carlos Alberto dos Santos; Tiragem: 1.000 exemplares Circulação: Motuca-SP Contato: Tel.: 16 3348 11 85 - 9722 4608 e-mail: cenarioregional@gmail.com CNPJ: 07.650.710/0001-06 - endereço: Av. Marcos Rogério dos Santos, 31, Centro, Motuca-SP - CEP: 14.835-000 - Impressão: O Imparcial, Araraquara-SP
16 - 3348 1185 cenarioregional @gmail.com
Artigos
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IRINEU FERREIRA (NEU)*
PASSEIOS PÚBLICOS “Ter coragem não é algo que requeira qualificações excepcionais, fórmulas mágicas ou combinações especiais de hora, lugar e circunstância. É uma oportunidade que, mais cedo ou mais tarde, é apresentada para cada um de nós.” (John F. Kennedy)
Ser pedestre em Motuca continua sendo tão difícil quanto na época em que publiquei “Padronização de Calçadas – Uma questão de Consciência”, artigo publicado neste jornal em meados de janeiro de 2010. Admito que vejo muita gente disposta a fazer sua parte para mudar essa realidade, mesmo que apenas para evitar possíveis prejuízos. A padronização das calçadas sempre foi e sempre será um desafio para o gestor público. Conscientizar a população sobre a importância de manter as calçadas em bom estado de conservação não é um trabalho fácil. Mas percebemos que em cidades nas quais se criou uma legislação específica para punir os responsáveis pelos imóveis, edificados ou não, vizinhos a vias ou logradouros públicos dotados de guias e sarjetas; bem como a obrigatoriedade de executar, manter e conservar os respectivos passeios públicos na extensão correspondente a sua testada, dentro e na conformidade da normatização específica expedida pelo Executivo; nessas cidades as coisas têm dado certo. O medo de pagar caro já fez efeito nestas cidades. O que falta então? Faltam informação, legislação, vontade política e consciência ambiental. Em princípio, os responsáveis pelos imóveis deveriam manter os passeios públicos em perfeito estado de conservação até que sua padronização seja normatizada pelo órgão municipal competente. No caso de a pessoa não reformar sua calçada após orientações preliminares, a prefeitura poderia executar a obra e depois cobrar do responsável. E, após a execução padronizada do passeio público pelo órgão municipal competente, o responsável pelo imóvel, edificado ou não, terá a obrigação de mantê-lo sempre em
Tornar as calçadas acessíveis é um sonho de todo cidadão perfeito estado de conservação, sob pena de aplicação da multa prevista. As calçadas são indispensáveis à vida urbana, pois garantem segurança e conforto às pessoas que circulam, valendo ressaltar que a aplicação da multa não seria apenas punitiva, estando claro que o objetivo maior é uma reforma ampla na cidade e, principalmente, a conscientização dos cidadãos para uma nova realidade urbana. A idéia não é criar uma cidade proibida, uma indústria de multas, até porque ninguém cumpre determinações colocadas impopularmente. Já vimos muitas leis que não pegaram ao longo da nossa história, como as relativas a antenas irregulares, entulhos em vias pú blicas ou no canavial, vitrines sem faixas para evitar trombadas, os marronzinhos multando quem não respeita pedestres e ciclistas, caminhões banidos de certas vias, inspeção veicular e até cartomantes impedidos de anunciar serviços em postes ou muros das cidades. Não convém esquecer de beneficiar, sobretudo, alguns segmentos específicos da população, como os cadeirantes e as pessoas com deficiência visual. Tendo-os em conta, cumpre definir a largura mínima dos passeios, ou seja, 1,20 metros, aumentando o espaço para circulação. No caso de passeio público em mau estado de manutenção e conservação em decorrência da existência de alguma árvore, o responsável ficaria dispensado do cumprimento da obrigação até que seu corte ou supressão, nas hipóteses previstas pela legislação específica, seja providenciado pela
Administração Municipal ou por quem para tanto esteja autorizado. A partir do corte ou supressão da espécie arbórea, o responsável terá o prazo para providenciar a regularização do passeio público, de acordo com as disposições da Lei. No entanto, o responsável pelo imóvel fica obrigado a executar, manter e conservar o passeio público na parte não afetada pela existência da espécie arbórea. Tornar as calçadas acessíveis é um sonho de todo cidadão. O que é preciso é que todos os envolvidos assumam sua parcela de contribuição. O Poder Legislativo apoiando o Poder Executivo, e a população tomando consciência de que a mudança virá, por bem ou por mal, sendo apenas uma questão de tempo. O mundo mudou, não tropeça mais. Motuca também precisa andar de cabeça erguida. E poder manter os pés firmes no passeio enquanto anda. (*) Servidor Aposentado da Unesp - FCF/CAr; Pós-Graduação “LatoSensu” em Gestão Pública- Gerência de Cidades – FCL/UNESP; e-mail: neumotuca@gmail.com Blog: www.artigosdoneu.wordpress.com
EMAIR JUNIO DE FREITAS*
EMPREGADO DOMÉSTICO Juridicamen- Emenda busca transformar tendo direito inclusive às horas extras te , o conceito categoria especial e ao adicional node empregado turno. doméstico é o em comum Muito emboempregado que presta serviços de natureza contínua ra a reprovação da referida Emenda e de finalidade não lucrativa à pessoa Constitucional seja improvável, e sendo física ou a família, no âmbito residencial ela uma grande conquista dessa catedestas. Este conceito é dado pelo artigo goria de trabalhadores, sua aprovação primeiro da Lei 5859/72, inclusive, des- trás preocupações, conforme tem se de a sua edição garantiu o direito de posicionado alguns sindicatos de classe, obterem carteira de trabalho e férias ao argumentarem que trará inevitáveis anuais remuneradas de 20 (vinte) dias. dispensas de trabalhadores, pois o custo A categoria de empregado domés- do empregado terá um aumento na tico no Brasil é uma categoria especial, casa dos 45% conforme tem anunciado ou seja, seus direitos são diferentes alguns estudiosos da área, bem como, dos demais empregos, pois sempre acarretará aumento das pendengas lhes foram negados as garantias que judiciais, já que, no momento não existe os trabalhadores de forma geral têm. forma segura de verificar ou controlar Sendo que, todos os direitos deles foram a jornada de trabalho do empregado conquistados de forma lenta e gradativa, doméstico, que muitas vezes mora no e ainda não conseguiram os mesmos próprio emprego ou chega e sai da direitos dos demais trabalhadores, mas residência onde presta os serviços sem mesmo assim, obtiveram direito a vale o patrão estar no local. A possibilidade de que diante dessa transporte que foi instituído em 1.985 pela Lei n.º 7418/85 e a Constituição nova disposição extinguir-se-ão diversos Federal de 1988 conferiu os direitos ao postos de trabalho, pelo fato de quem salário mínimo, irredutibilidade salarial, mais se utiliza desse tipo de serviços décimo terceiro salário, repouso semanal serem as pessoas da classe média, e, remunerado e férias de 30 (trinta) dias. portanto, não terem condições de arcar O tratamento diferenciado dado com o aumento substancial dos encargos ao trabalhador doméstico sempre se inerentes ao empregado doméstico, não justificou nos tribunais e na doutrina me parece que ocorrerá nas proporções pela confiança empregada no trabalha- propaladas, mas com certeza novas condor que exerce seus serviços dentro da tratações serão mais difíceis, pois quem casa do empregador, sendo ele “quase já se utiliza dos serviços de empregados domésticos seria difícil organizar-se para um membro da família”. Pelo fato do trabalhador doméstico não necessitar deles, já quem nunca teve exercer suas funções sempre no âmbito a disposição os serviços destes trabalharesidencial e muitas vezes morar no dores é bem mais fácil manter-se assim. Conclusivamente, a Emenda Consmesmo local de trabalho a jornada de trabalho jamais foi regulamentada, bem titucional que deixará igual os direitos como, horas extra e adicional noturno, dos trabalhadores domésticos com os o que será sanado, se for aprovada demais trabalhadores urbanos e rurais pelo Congresso Nacional a Proposta é um grande avanço na legislação que de Emenda a Constituição (PEC) n.º a princípio trará algumas resignações e 478/2010 que promoverá a ampliação distorções, mas como sempre, os Brados direitos destes trabalhadores. Tal sileiros adaptar-se-ão as novas regras Emenda consiste que, sejam iguais os impostas e a classe dos empregados direitos entre empregados domésticos e domésticos deixará de ser uma categoos demais trabalhadores urbanos e rurais. ria especial para equiparar-se a comum. Assim, consequentemente o recolhimento de FGTS que ainda é facultativo, não será (*) advogado mais, a carga horária também será de 44 (quarenta e quatro) horas semanais, emairjfreitas@adv.oabsp.org
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Moradias devem ser entregues após conclusão da instalação elétrica CPFL ligou energia em 22 das 30 casas, que devem ser disponibilizadas às famílias pela Prefeitura sem a aprovação do Graprohab Jairo Falvo
Cecília Landike com marido e filha Mesmo sem a aprovação do novo loteamento pelo Grupo de Análise e Aprovação de Projetos Habitacionais (Graprohab), a Prefeitura pretende disponibilizar as moradias do programa “Minha Casa, Minha Vida” às famílias beneficiadas com a conclusão da instalação elétrica pela CPFL, que está sendo realizada após passar pela Câmara projeto que dispõe sobre o prolongamento da avenida Benedito Gonçalves de Oliveira,
exigência do órgão para realizar o serviço. Até o momento, a energia foi ligada em 22 das 30 casas. As chaves já foram entregues às famílias no ano passado. Algumas apresentam problemas estruturais como falta de telhas e rachaduras. O novo loteamento ainda não foi liberado pelo Graprohab em virtude da Prefeitura ainda não ter apresentado documentos que demonstrem a posse legal da área. “Precisamos da escritura ou de um decreto de desapropriação para deliberar favoravelmente”, explica o gerente Jorge Luis Carisia, da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), um dos órgãos que participam da apreciação no Graprohab. Outra exigência é a instalação de galeria pluvial, cuja verba de R$
Município passa a conceder bolsas de estudo para alunos com deficiência A partir deste mês, alunos entre cinco e dezoito anos do município com comprovada deficiência ou transtorno global que não podem frequentar escola de ensino regular e necessitem de aprendizado em instituições especiais
podem solicitar junto à Prefeitura bolsas de estudo até o valor de R$ 600. Para o atual exercício, foi fixado o limite de oito bolsas. Para não perder o benefício, os alunos devem cumprir frequência de 75% das aulas.
Câmara aprova abertura de créditos para viabilizar convênios A Câmara aprovou neste mês abertura de crédito adicional especial no valor de R$ 380 mil e abertura de crédito suplementar no valor de R$ 50 mil para a viabilização de convênios com o governo federal
firmados com a gestão anterior referente à construção de uma academia de saúde na praça ao lado Assistência Social e de reforma na Unidade de Saúde do Assentamento para atender ao programa de saúde bucal.
150 mil para a construção será pleiteada pelo prefeito Celso Teixeira Assumpção Neto em audiência na Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos no próximo mês. Segundo Carisia, a Prefeitura pode agilizar o processo por meio do decreto de desapropriação, que deve ser aprovado na Câmara. “Tem cidades que levam poucos dias para conseguir”, afirma. Ele revela que a outra administração já foi advertida pela ocupação irregular e que a Prefeitura pode ser multada caso continue sem a regularização. O município possui apenas o contrato de compra e venda do local. A área onde foram construídas as moradias encontra-se em processo de regularização no 2º Cartório de Registro de Imóveis de Araraquara e no Fórum de Justiça de Américo Brasiliense e ainda não há previsão para a conclusão, segundo o procurador Jairo Krambeck, da família Malzoni, com quem o município negociou a propriedade. “Existe o interesse de todos em concluir logo o processo”, afirma.
Aprovação Em nota, a Prefeitura explicou que durante o processo de regularização, o departamento jurídico da gestão anterior não concordou com o termo “para fins de desapropriação” e que o Graprohab não enviou as explicações para o município. “Iremos resolver o problema o mais rápido possível para dar prosseguimento ao processo de aprovação”, destacou a prefeitura.
Histórico
Em agosto de 2010 a prefeitura iniciou a construção das moradias em terreno no Jardim Bela Vista, ao lado da Área de Lazer. Após constatações de irregularidade no local, por ser “Área Verde”, obrigatória por lei, o programa foi transferido em novembro do mesmo ano em parte da área de 13 alqueires adquirida junto à família Malzoni, localizada ao lado do anel viário, onde as residências foram construídas e que se encontra em processo de regularização. O atraso na conclusão da obra é de um ano e cinco meses. O prazo estipulado inicialmente terminou em outubro de 2011.
Moradores já começam os preparativos para mudança Alguns moradores iniciaram neste mês manutenção das moradias. “Estamos adiantando para quando a Prefeitura liberar para nós”, revela a dona de casa Cecília Landike, de 34 anos, mãe de três filhos. O marido está realizando a instalação de pisos. “A gente paga R$ 150 de aluguel e é um dinheiro que a gente irá economizar”, exalta.
Há três anos e sete meses aguardando o momento de mudar para uma das casas, o aposentado Jacinto de Jesus Nunes, de 65 anos, um dos 30 beneficiados, lamenta a demora da entrega. “É duro ter as chaves nas mãos e não poder mudar”. Atualmente, paga R$ 200 de aluguel de uma casa, onde mora com a esposa e três filhos.
Dois casos de dengue são confirmados no município Autoridades orientam moradores a eliminarem os criadouros
A Secretaria de Saúde confirmou na semana passada a infecção por dengue de dois moradores. O resultado dos exames de sorologia utilizado para detectar o vírus foi positivo para um jovem de quinze anos residente no centro da cidade e para um adulto de 37 anos morador do Assentamento Monte Alegre 2. Estes são os primeiros casos do ano, ambos considerados importados. O jovem esteve de férias em Santos em fevereiro e o adulto chegou a pouco tempo de Ribeirão Preto, cidades com vários casos da doença. Após a confirmação, foi realizado na cidade bloqueio em dez quartei-
rões para a procura e retirada de criadouros e orientações aos moradores. No Assentamento foram realizadas buscas de criadouros nos arredores da casa do paciente, que mora em um lote afastado. O município possui ainda um caso suspeito, cujo exame de sorologia foi realizado nesta semana e deve ser concluído nas próximas semanas. Os primeiros casos levantam a preocupação das autoridades de saúde por conta do aumento de infecção em cidades da região. “Devemos intensificar ainda mais os trabalhos de orientação para que a população elimine os criadouros do mosquito”, explica a agente de saúde Rosana Franco Lima.
Cidade
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Julia Moraes encerra os trabalhos em Motuca
Jairo Falvo
Esta é a quarta empresa do setor em menos de 2 anos que anuncia a paralisação Após atuar por um ano e cinco meses em Motuca, a fábrica de lingerie Julia Moraes encerrou neste mês os trabalhos. Procurada, a empresa, com sede em Araraquara e que chegou a ter 25 funcionários, preferiu não se ma-
nifestar. Segundo apurou o Cenário, diretores reclamavam do grande número de faltas, a partir da emissão de atestados médicos pelas funcionárias. Neste mês, quatro trabalhadoras se desligaram legalmente
Questão dos atestados já foi discutida, diz sindicato De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Vestuários de Motuca (Sindivest), o alto número de atestados reclamados pelas indústrias locais já foi levado às autoridades municipais. “Convocamos uma reunião com o ex-secretário de saúde demons-
trando o problema, pois chegou até nós que trabalhadores que iam levar um simples exame no posto, saíam com o atestado”, destaca o advogado Daniel Fabiano Cidrão, que revela também ter realizado reuniões de conscientização com os funcionários.
e outras oito aguardam o aviso prévio. Há três semanas não há produção. No início do ano passado, a empresa transferiu os trabalhos do distrito industrial para um espaço físico maior, cedido pela Prefeitura, localizado no centro. Esta é a quarta empresa do setor de confecções que encerra os trabalhos em Motuca em menos de dois anos. Antes, a Zero 3 Camisaria e a Cycle Jack, ambas vindas de Matão, e a Viana Confecções, com sede em Bariri, também haviam paralisado as atividades no município, que investiu na estruturação do setor após a fechamento da usina Santa Luiza a partir da fundação de sindicato local, criação de curso profissionalizante e cessão de espaço físico.
Elite anuncia expansão das atividades em outro prédio
Segundo diretor, a empresa pretende contratar inicialmente entre 50 e 60 trabalhadores A Elite, única empresa do setor de confecções em atividade em Motuca, anunciou neste mês expansão das atividades no prédio onde atuava a Viana Confecções, cujas atividades foram paralisadas no ano passado. A rescisão do contrato de concessão do espaço entre a Viana e o município foi concluída e a indústria de Matão já iniciou processo de instalação. De acordo com o diretor Nelson Francishini Junior, inicialmente, a empresa pretende contratar entre 50 e 60 trabalhadores. “Nossa ideia é ocupar o prédio integralmente, mas isso
Jairo Falvo
Jairo Falvo
Integrantes do projeto e voluntários em reunião com prefeito Celso e membros de sua equipe administrativa
Prefeitura descarta ampliação e decide transferir trabalhos do projeto “Recicla Motuca” Proposta busca centralizar destinação de materiais Considerada uma das principais reivindicações das integrantes do “Recicla Motuca” para melhorias da atividade, a ampliação do espaço físico onde realizam a triagem da coleta seletiva foi descartada pela Prefeitura, que planeja transferir os trabalhos para um local ainda a ser criado ao lado do anel viário, onde serão destinados também restos de podas de árvores e descartes de construção civil, que deverão ser reaproveitados. Atualmente, estes descartes estão sendo alojados justamente ao lado do barracão de triagem, considerado inapropriado e que
já alcançaram grande volume. Pela proposta, o local será cercado e possuirá estrutura adequada com equipamentos como prensa, balança, triturador de galhos, britadeira e peneiras. “Já que iremos criar outro espaço, decidimos não ampliar o atual”, explica o secretário de obras e serviços Marcos Roberto Amistá. Segundo ele, uma assessoria ambiental ficará responsável pela implantação do novo local e os recursos para viabilizá-lo virão a partir de convênio com o governo do estado. “Enquanto isso, estamos preparando uma licitação para reformar o banheiro e construção de uma cozinha no atual espaço”, afirma.
Integrante espera que ao menos sejam realizadas intervenções básicas Segundo ela, faltam condições de trabalho no atual espaço
Trabalhadoras na fábrica da Elite
será feito gradativamente”, aponta. O processo de seleção para as contratações já se iniciaram. O
diretor relata que os trabalhos irão iniciar “o quanto antes”.
A integrante Vani de Fátima Soares da Silva, do programa “Recicla Motuca”, diz que considera interessante o projeto, apesar de demonstrar preocupação com o prazo de efetivação, mas espera no momento intervenções básicas para proporcionar melhorias nas condições de trabalho. “Precisamos que o banheiro seja reformado, de EPIs, de um local para a gente comer, que a sujeira aqui da frente seja retirada e seja instalada energia para ver se a gente consegue uma prensa”, acentua. Neste mês as integrantes do
“Recicla Motuca”, em companhia de voluntários que apoiam a coleta na cidade, se reuniram com o prefeito Celso Teixeira Assumpção Neto e membros de sua equipe administrativa para apresentar necessidades de melhorias como ampliação do espaço, aquisição de prensa, balança e a criação de uma legislação que estimule os moradores a separarem corretamente o material reciclável. A prefeitura prepara material educativo e questionário confeccionados pelos voluntários para iniciar um trabalho de conscientização na cidade.
Agricultura
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Produtores do Monte Alegre passam a fornecer produtos para programa federal
Jairo Falvo
De acordo com Cooperativa, cerca de 50 toneladas de produtos já foram entregues Produtores rurais do Assentamento Monte Alegre passaram, a partir deste mês, a fornecer produtos para o programa “Doação Simultânea”, voltado para a agricultura familiar e desenvolvido pelo governo federal por meio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O convênio foi firmado com a Cooperativa dos Produtores Agrícolas de Motuca e
Região (Coopam). Atualmente, 35 agricultores fornecem produtos da hortifruticultura duas vezes por semana, mas existe a proposta de mais 85 ingressarem no programa. Após a confirmação da entrega dos produtos, a Conab disponibiliza os recursos pactuados na conta da organização que realiza o pagamento aos agricultores até o limite de R$ 4,5
mil por participante/ano. Os preços dos produtos são definidos em conjunto com a Conab a partir de levantamento de valores praticados no mercado local. De acordo com o coordenador Luiz Saraiva Francisco, da Coopam, neste mês foram direcionados aproximadamente 50 toneladas para o programa, para serem revertidos posteriormente à entidades sociais.
Entrega de produtos a população de Gavião Peixoto
São Martinho forma mais um turno em Motuca e contrata trabalhadores locais Objetivo da indústria é completar uma frente de trabalho no município no ano que vem A usina São Martinho, de Pradópolis, formou mais um turno para a colheita da cana-de-açúcar na área cultivada em Motuca e nas proximidades e contratou 23 pessoas, entre moradores locais e de Rincão, além de 21 motoris-
tas. O turno será realizado com sete colhedoras e onze tratores de puxe e contará com operadores, motoristas, mecânico, bituqueiro, entregador e aprendiz. O município já possuía um turno com oito colhedoras e doze tra-
tores de puxe, com atuação de pouco mais de 25 pessoas, e o objetivo da indústria é completar uma frente de trabalho no ano que vem a partir da criação de mais um turno. “Esperamos que o pessoal aproveite bem a oportunidade, pois nossa ideia é ampliar na próxima safra” explica o coordenador da colheita e transporte Ademir dos Santos. De acordo com ele, Motuca possui mão de obra qualificada por causa da usina Santa Luiza, “que foi pulverizada após o fechamento, mas estamos tentando juntar esse pessoal aqui”, diz.
Como em Motuca, São Martinho adquire usina de Jaboticabal e anuncia paralisação Objetivo do grupo é diminuir capacidade ociosa com a oferta maior de cana da região O grupo São Martinho adquiriu em dezembro do ano passado a usina São Carlos, de Pradópolis, por R$ 199,6 milhões e logo em seguida anunciou a paralisação das atividades da indústria, com capacidade para moer 1,850 milhão de toneladas por safra e que era controlada pela Biosev, do grupo francês Louis Dreyfus Commodities. Em dezembro de 2007, oito meses após adquirir a usina Santa Luiza em Motuca em conjunto com a Cosan e Usina Santa Cruz, a partir da holding Etanol Participações,
a São Martinho utilizou a mesma estratégia de mercado, também encerrando as atividades da indústria. A proposta do grupo São Martinho é aumentar a quantidade de cana para processamento, pois possui capacidade de moagem de 8,8 milhões de toneladas, mas na última safra atingiu sete milhões, em virtude da escassez de matéria prima. Para a próxima safra, no entanto, deve ser direcionada apenas 850 mil toneladas para a unidade de Pradópolis, pois o contrato firmado com a Biosev
determina o direcionamento de 1 milhão de toneladas para a Usina Santa Elisa, unidade do grupo localizada em Sertãozinho. Com a iniciativa, o grupo São Martinho, que além da unidade em Pradópolis, possui a usina Iracema, em Iracemápolis, na região de Limeira-SP, e Boa Vista, em Quirinópolis -GO, aumentou sua participação no mercado de cana-de-açúcar na região. Em novembro de 2011, já havia adquirido participação minoritária (32,18%) da usina Santa Cruz.
Araraquara cobra convênio com Motuca para permanência de produtores em feiras da cidade Secretário diz que objetivo é regularizar atual situação A Secretaria de Agricultura de Araraquara cobra a criação de um convênio com a Prefeitura de Motuca para que nove produtores rurais permaneçam trabalhando em feiras localizadas na praça Pedro de Toledo e no Terminal da Integração, no município vizinho. Segundo o secretário Célio Teixeira Dória, a iniciativa tem como objetivo regularizar a atual situação e contribuir com a manutenção dos locais. “A Lei de Responsabilidade Fiscal não permite que um município arque com os custos de outros”, aponta. Há dezesseis anos produtores de Motuca trabalham nas feiras de
Araraquara. Em dezembro do ano passado, Araraquara encerrou o transporte dos agricultores e a prefeitura de Motuca passou a realizar o serviço. O vereador Pedro Ipólito Vieira Filho, um dos produtores que utilizam os espaços, discursou na tribuna da Câmara ressaltando a importância do convênio. “São famílias que dependem muito deste sustento”, disse. De acordo com o engenheiro João Victor Lopes da Silva, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Agricultura e Meio Ambiente, o município pretende firmar o convênio em breve. Ele não soube informar o valor a ser direcionado para Araraquara.
Geral
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Por renovação, presidente e vice da festa de São Sebastião decidem transferir os cargos Assunto já foi discutido em duas reuniões este mês e um próximo encontro, dia 4 de abril, já está marcado para retomar a definição da nova diretoria Após quatro anos à frente da comissão organizadora da Festa de São Sebastião, o presidente José Luiz de Laurentiz Sobrinho e o vice Jeferson Aldrei Benedicto decidiram neste mês transferir os cargos com a principal justificativa de “necessidade de renovação”. No período de atuação da diretoria, a Festa adquiriu maior dimensão e expressão regional. Neste ano, o lucro líquido apurado foi de aproximadamente R$ 26 mil, direcionado para a paróquia da cidade. O assunto já foi discutido em duas reuniões neste mês. No pró-
ximo dia quatro de abril, a partir das 19h30, um novo encontro será realizado no salão de festas da igreja com o propósito de retomar a definição da nova diretoria, que pode ter outras baixas entre os membros. Alguns voluntários que trabalham na cozinha há vários anos também demonstraram a intenção de sair por conta do desgaste provocado pelos vários eventos realizados durante o ano. Convites foram enviados para famílias tradicionais e empresários da cidade para participarem da reunião e analisarem a possibilidade de participarem da comissão. “Foram
Quermesse Uma das propostas para diminuir o desgaste provocado pelo trabalho durante o ano é diminuir o número de quermesses para uma por mês. O evento, realizado com o objetivo de angariar recursos para a paróquia, deve ser retomado após quaresma.
Proibição de entrada de menores em encontro de motos causa manifestações Descontentamentos foram relatados em redes sociais; decisão judicial apontou falta de segurança A proibição da entrada de menores no encontro de motos realizado no dia 24 de março na área de lazer “Leandro Ferreira de Araújo” proporcionou uma série de manifestações nas redes sociais. “Quer dizer que o menor de idade, que seria a maioria do público do evento, não tem o direito de se divertir”, indagou o estudante Lauan Bellardo, de dezessete anos. A manicure Elza Meire, mãe de filhos menores, considera que a entrada deveria ser permitida com os responsáveis. “Aqui em Motuca quase não tem diversão, ainda mais no domingo, dia ideal para toda família participar”, argumentou. Já o empresário Aleph Murilo, que deixou de ir ao evento, pois
não poderia entrar com a namorada e o filho dela, que é menor, apontou incoerência na proibição. “Temos o carnaval, que induz os adolescentes ao sexo, à bebida e as drogas e é liberado”, destacou, enfatizando que já aconteceram eventos semelhantes na cidade sem a proibição. O evento foi realizado em prol do Fundo Social de Solidariedade de Motuca, a partir da arrecadação de um quilo de alimento do público e de recursos a partir da venda de alimentos e bebidas no local. De acordo com a presidente do Fundo Social, Sérgia Ribeiro, a decisão partiu da Promotoria de Infância e Juventude de Américo Brasiliense. “A justificativa é que o evento não apresentava
Jairo Falvo
quatro festas, considero um tempo bom, e agora decidimos renovar, pois percebemos uma acomodação natural”, apontou o presidente, que também alegou dificuldades em conciliar a atividade com a de vice prefeito do município, cargo que assumiu no início do ano. O vice Jeferson Aldrei Benedicto destacou os avanços e a boa relação da comissão organizadora e afirmou que o fato de deixar a diretoria não o afastará dos trabalhos. “Quem entrar terá todo apoio nosso”, destacou. “Nossa intenção é melhorar a festa, a partir de novas ideias”, completou.
segurança para as crianças e aos adolescentes”, disse. Sérgia relata que, além do intuito solidário, o encontro foi realizado com o objetivo de divulgar o município na região. “Nossa intenção é tornar Motuca referência em eventos como esse, que movimenta o comércio e toda a cidade”, destaca. O Cenário buscou a posição da promotoria a partir de telefonemas, mas não conseguiu o contato até o fechamento da edição.
Zé Luizinho, Lucimeire Baesso e Jeferson Benedicto
Conseg busca enfrentar problemas de segurança com a participação social Órgão realizou reunião neste mês após quatro anos O Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) realizou no dia 22 na praça da matriz reunião com autoridades municipais e membros da sociedade civil com propósito de discutir de forma participativa ações para melhorias na segurança pública da cidade. O último evento desenvolvido pelo órgão ocorrera em 2009. Tanto a polícia Militar como a Civil destacaram a importância da participação da sociedade para atuar em ocorrências existentes no município. “A população nos cobra a solução para os problemas como as drogas, que é geral, mas precisamos de denúncias para enfrentá-las”, acentuou o delegado Antonio Carlos da Silva. O sargento Marcílio de Souza Ortiz Junior, da PM, revelou que a corporação local irá intensificar trabalhos com a comunidade para evitar ocorrências. “Temos que
desenvolver a “Vizinhança Solidária”, realizada a partir da observação mútua entre os vizinhos, para denunciar algo de estranho à polícia”, relata. O prefeito Celso Teixeira Assumpção Neto disse que pretende implementar ações de segurança, como um convênio com a Secretaria Estadual de Segurança Pública, para que a PM trabalhe com duas equipes de patrulha. No mês passado, mais uma viatura foi direcionada à corporação local. Manifestações De acordo com o presidente do Conseg, Marcos Roberto Amistá, as reuniões serão frequentes e todas as manifestações da sociedade serão analisadas e levadas aos órgãos competentes como Secretaria Estadual de Segurança e Prefeitura, para serem efetivadas. Em maio está prevista eleição para formação de nova diretoria.
Cotidiano
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O fantástico mundo dos livros
Com a leitura é possível adquirir conhecimento, criatividade e fazer viagens inacreditáveis por meio da imaginação Gabriela Marques
Jairo Falvo
Lilian incentivou o hábito da leitura em seu marido e filhos Por Gabriela Marques Você pode estar em uma ilha repleta de montanhas em busca de um tesouro, enfrentar perigos emocionantes para desmascarar uma quadrilha da máfia italiana, conhecer a fundo a ditadura militar brasileira, chorar rios de lágrimas por um romance entre um jovem rebelde e uma moça com uma doença terminal ou ajudar a desvendar um
crime “a la Agatha Christie”. Os livros permitem estar onde jamais se possa imaginar ou em locais impossíveis. Além de incentivar a imaginação e a criatividade, a leitura traz conhecimento e cultura. E não só por meio de livros que isso é possível: revistas, jornais e gibis, entre outros, ajudam na formação intelectual e pessoal. A berçarista Lilian Gorgulho que o diga. Quando tinha 10
Biblioteca conta com 3,8 mil livros
A biblioteca municipal de Motuca é uma boa opção para ter acesso a diversas obras. O local têm aproximadamente 3,8 mil livros aptos para empréstimo. Para fazer o cadastro, é preciso apresentar xerox da carteira de identidade, do endereço e uma foto 3x4. É possível retirar o livro
por dez dias e renovar mais duas vezes pelo mesmo período. Há pelo menos três anos, os livros que chegam à biblioteca são de doações. “Infelizmente, a biblioteca é pouco frequentada. A parte mais utilizada são os computadores”, conta a responsável pelo local, Sandra Mendes.
anos, apaixonou-se perdidamente pela famosa coleção Vagalume. Depois, veio Monteiro Lobato e, daí em diante, não parou mais. “Minha família sempre teve o hábito de ler livros, jornais e revistas. Com isso, me incentivaram desde pequena a ler muito”, relembra. A mãe de Lilian dava um empurrãozinho comprando muitos livros e histórias em quadrinhos. Lilian contabiliza que mais de 500 livros passaram por suas mãos. E todo tipo de leitura é bem-vinda, desde poesias e contos, ficção, romance e auto-ajuda. Entre seus autores preferidos, estão Augusto Cury, Içami Tiba, Chico Xavier e Sidney Sheldon. Atualmente, o livro de cabeceira é “O Processo”, de Arandi Gomes. Como não poderia ser diferente, Lilian incentivou o hábito em seu marido e, posteriormente, em seus dois filhos. Quando ambos tinham dois anos de idade, a mãe já lia para eles antes de dormirem. Hoje mais velhos, eles já se renderam a leitura. Augusto, de 13 anos, tem diversos livros e é fã da saga “Harry Potter”, de J.K. Rolling, na qual teve contato
com o primeiro livro aos sete anos. Desde então, já chegou a ler “Percy Jackson e o Ladrão de Raios”, de Ricky Riordan, em dois dias. A obra é presente de uma tia. “Livros são os melhores presentes que ganho da família”, conta. Nas férias escolares, é quase impossível ver o jovem sem um livro nas mãos: nessa época, lê de dois a três livros por semana. “Acredito que sou um dos que mais emprestam livros da biblioteca. Já estou na segunda ficha”, brinca. Lilian e Augusto leem três livros por mês, além de revistas e jornais. Atualmente, o jovem está lendo o sétimo livro das “Crônicas de Nárnia”, de C.S Lewis. A próxima obra já está definida: “O Cortiço”, de Aluísio de Azevedo, clássico da literatura brasileira. Com a leitura frequente, Augusto desenvolveu bom vocabulário e gramática, interpretação de texto e criatividade. O marido de Lilian, Donizete Gorgulho, lê todo dia no café da manhã, antes de ir trabalhar, uma mensagem do livro minuto de sabedoria. “Já é um hábito irreversível e prazeroso”, garante.
Moradora cria “Recanto Literário” no Facebook Danielly criou o grupo na rede social com o objetivo de trocar informações sobre livros que já leu e receber novas dicas Gabriela Marques
Danielly possui preferência por vários gêneros A jovem Danielly Santos levou a sua paixão por leitura para as páginas do Facebook e criou o grupo “Recanto Literário”. Com o objetivo de trocar informações sobre livros que
já leu e receber novas dicas, o grupo conta com mais de 600 membros. “Muitas pessoas não compram livros por medo da história ser chata ou porque a capa não atraiu. Isso acontece muitas vezes e, geralmente, há o arrependimento. No grupo, encontramos gente com o mesmo gosto literário e indicamos obras que consideramos interessantes”, conta. Entre os gêneros preferidos de Danielly, estão fantasia, mistério, romance, sobrenatural, suspense e romance policial. Entre suas obras preferidas, estão “Harry Potter”, de J.K. Rolling, “Sussurro”, de Becca Fitzpatrick, e mangás. Atualmente, a jovem está len-
do “Morte Súbita”, também de J.K. Rolling. Para Danielly, com tanta tecnologia atualmente, a leitura foi deixada de lado e não faz mais parte do cotidiano da população. “Com ela, podemos enriquecer o vocabulário, ampliar e diversificar o conhecimento, escrever melhor e descobrimos um mundo totalmente novo”, acredita.
A jovem diz que o hábito de ler deve ser estimulado desde a infância. Os pais podem comprar livros de um personagem de desenhos ou videogames que o filho gosta e até ler para eles com frequência “Saber ler e compreender o que os outros dizem nos difere dos animais irracionais. É a leitura, no entanto, que proporciona a capacidade de interpretação”, diz.
O filho mais novo do casal, Conrado, oito anos, segue o mesmo caminho de Augusto e dos pais. O garoto é fissurado em revistas, gibis e contos e exibe com orgulho seu mais novo presente: o livro “Aventuras de Hans Staden”, de Monteiro Lobato. Um dos lazeres da família é passear nas livrarias para ver as novidades. Augusto e Conrado gostam tanto de ler que parte de suas mesadas são para compra de livros. Doação Com tanto gosto pela leitura, a família já adquiriu e ganhou centenas de livros. A maior parte já foi doada para a casa espírita André Luiz e a biblioteca, ambas de Motuca, para biblioteca de Araraquara e para amigos e parentes. “Hoje, temos aproximadamente 200 obras em casa que também serão doadas futuramente. Acho egoísmo mantermos tantos livros conosco sendo que já lemos”, afirma Lilian. “Antes muito caro, o preço dos livros vem ficando cada vez mais acessível. Dica: pesquise muito antes de comprar, principalmente em sites de lojas de grande varejo. Sebos também são boas opções de obras mais em conta” Gabriela Marques
Espaço Ecologia
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Lucas Vizentim
Jairo Falvo Fábio Falvo
Arborização Urbana Maior cobertura verde nas cidades faz com que a temperatura ambiente diminua
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erão tropical, calor, sol a pino! Para remediar isso, nada melhor do que sombra e água fresca! Porém, com a vida corrida que todos levamos, o dia a dia cheio de compromissos, aquele vai e vem corriqueiro, nem sempre podemos nos dar ao luxo desse conforto. Em grandes cidades, com fluxo intenso de automóveis, é comum notarmos carros com vidros fechados e ar condicionado ligado. Notamos também aquele fluxo intenso de pessoas nas calçadas disputando a sombra de uma marquise, toldo, ou qualquer coisa que a ofereça. Em cidades pequenas, com trânsito tranquilo, nos horários mais quentes o que se nota nas ruas são poucos corajosos andando rápido para fugir do sol, algumas pessoas utilizando sombrinha... e aquele vapor tremulando no asfalto e nas calçadas. Essa visão trágica observada em cidades de vários portes poderia ser bastante amenizada se os cidadãos adotassem a ideia de ARBORIZAÇÃO URBANA. A explicação do termo está no pé da letra, ou seja, arborização urbana pode ser entendida como o conjunto de elementos de porte arbóreo (árvores) locali-
zadas dentro das cidades. Fazem parte desse conjunto as árvores das praças, parques, jardins e aquelas localizadas nas calçadas e outras vias públicas. A arborização urbana é de vital importância, trazendo benefícios diretos à população. Uma maior cobertura verde nas cidades faz com que a temperatura do local seja consideravelmente diminuída, auxilia no processo de purificação do ar e, também, auxilia na diminuição da propagação de ruídos, algo tão incômodo em grandes centros urbanos. Além desses benefícios, a arborização de calçadas e vias públicas cria corredores de sombra, tornando mais tranquilo e seguro o trânsito de pedestres, visto os malefícios que a radiação solar intensa causa à pele, principalmente de áreas constantemente expostas. Independente da existência de um projeto ou programa de arborização urbana, todos podem colaborar! Como? É muito simples! Basta plantar ao menos uma árvore na calçada de sua residência ou estabelecimento comercial. Mas não basta apenas plantar, devemos também cuidar, regar com frequência, solicitar sua poda quando necessário e incentivar
essa prática às novas gerações! Temos também que nos atentar à espécie de árvore escolhida. Ela deve ter padrões de crescimento de copa e de raízes compatíveis com o local onde serão plantadas, para que não prejudiquem a circulação nas vias públicas e não causem danos às fiações e às construções próximas. Informe-se na secretaria de meio ambiente do seu município sobre a doação de mudas e as orientações necessárias para seu plantio. Se você possui espaço no terreno de sua residência, seja ele reservado a um jardim ou simplesmente um pedaço de quintal, o plantio de uma árvore ali, também é bem-vindo! Em pouco tempo você perceberá a mudança no clima do local e caso sua árvore seja frutífera, logo colherá os frutos que plantou. Literalmente! A arborização urbana além de tornar o clima da cidade mais agradável, torna a cidade mais bela. Adote essa ideia!
Árvores na Praça da Matriz
Edison Pereira Junior
Água: um bem natural que deve ser preservado Uso Irracional e poluição poderão ocasionar a falta de água doce em breve Banco de imagens
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água é um bem precioso e cada dia mais utilizado no mundo todo. O uso irracional e a poluição de fontes importantes como rios e lagos, poderão ocasionar a falta de água doce muito em breve, caso nenhuma providência seja tomada. Dia 22/03 foi o dia mundial da água, um dia em que muitas empresas dão palestras sobre a importância da água e que as escolas fazem vários trabalhos referenciando a importância da água
para a sobrevivência humana na Terra, mas basta passar alguns dias para que todos que fizeram trabalhos e participaram das palestras esqueçam e voltem a consumir água inconscientemente. Devemos então lembrar todos os dias e ensinar sempre a importância do uso racional da água, e que a água é essencial para nossa sobrevivência e que nossos filhos e nossos netos precisarão desse bem de consumo tanto quanto a gente está precisando nos dias de hoje.
ILUMINURAS
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sAMUEL nOSFERATUS*
o CINEMA E AS SEIS ARTES DE hEGEL
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esmo não merecedor de tal gentileza, agradeço aos amigos o convite de preencher esse espaço ocasionalmente com minhas rabugens mal-escritas, iniciadas lá em 15/07/1999 no jornal araraquarense “O Imparcial”, onde fui colaborador durante alguns anos. Escrevia os textos numa Olivetti em casa e corria até a redação para não perder o fechamento daquela edição. Fiz grandes amigos naquela época com quem mantenho contato até hoje, todos eles jornalistas consagrados em todas as mídias, como o Rodrigo Viana, editor sênior do SBT, o Luiz Zakaib, editor-chefe da Tribuna Impressa, Roberto Schiavon, amigo de infância e editor do caderno Cidade do mesmo jornal, a Márcia Martins, editora-chefe da Revista Kappa/Portal k3, o marido dela, o Aldo Pasetto, trabalha na Criação da Kappa. O Rodrigo, o
Roberto e o Aldo eu tenho como verdadeiros irmãos: o que vivenciamos juntos daria para escrever uma Epopéia em muitos volumes. Enfim, somente eu não sucumbi ao jornalismo, verdadeira paixão, como assevera o Nobel de Literatura, Gabriel Garcia Márques: “_Porque o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e humanizar mediante a confrontação descarnada com a realidade. Quem não sofreu essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida, não pode imaginá-la. Quem não viveu a palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo do furo, a demolição moral do fracasso, não pode sequer conceber o que são. Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada notícia, como se fora
para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ardor do que nunca no minuto seguinte.” Instigante, não é? Eu presenciei alguns desses momentos na redação de um jornal, mesmo que por algumas vezes, por alguns momentos. Eu era apenas um colaborador, mas sempre fui um grande observador e sempre que podia estava nesse ambiente. Apesar disso, a vida e as vocações quiseram que eu tomasse outros caminhos. Me graduei e me pós-graduei em áreas menos românticas, estritamente técnicas. Apesar disso, mantive meu coração e mente abertos à tudo que, além do amor, faz a vida ter algum sentido: as seis artes de Hegel (Arquitetura, Escultura, Pintura, Música, Dança, Poesia) e o complemento dessa lista, sugerido por Ricciotto Canudo, o Cinema, que na minha humilde opinião, é a mais comple-
Banco de Imagens
ta e mais maravilhosa das artes por incorporar todas as outras, num fluxo constante de sonho. É sobre isso que falarei aqui sem pretensão alguma em fazer jornalismo, pois se já fui apaixonado por isso, já passou. Toda paixão acaba, queridos jovens. Quanto aos devaneios literários ou aos
mergulhos profundos na boa música, isso é Amor. E o Amor atravessa as eternidades.
são. Ele consegue como ninguém prender a atenção do espectador em diálogos longos, monótonos e aparentemente vazios. No entanto, esses momentos de “paz” estão sempre carregados de tensão e qualquer coisa pode acontecer. O espectador sabe que algo vai acontecer, sabe que Tarantino não vai deixar seu filme passar ileso a seu já tradicional banho de sangue, a única dúvida é quando isso ira acontecer. Essa dança entre o que a imagem aparenta e o que realmente acontece é uma das chaves para criar as cenas tão cômicas e irônicas que tanto apaixonam seus fãs. Django está recheado desses momentos, principalmente quando outro gênio entra em cena. Leonardo di Caprio interpreta o cruel e irônico fazendeiro Calvin Candie e em sua primeira atuação ao lado de Tarantino não decepciona. Uma parceria que começou bem e promete dar muitos frutos.
Melhor pra nós, que aguardamos ansiosos a próxima vingança de Tarantino. Quem será sua próxima vitima? A única certeza que fica é essa: muito sangue ainda vai jorrar pelas telas...
*Samuel Nosferatus é um cronista, contista e compositor Araraquarense adepto do realismo fantástico samuelnosferatus@gmail.com
Cinema, por FeLIPE CArRElli*
DJANGO LIVRE
Tarantino brinda seus fãs com mais um filme sobre vingança
Divulgação
Christoph Waltz e Jamie Foxx vagam pelo Velho Oeste em busca de foras da lei
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epois de reescrever a história da segunda guerra mundial em Bastardos Inglórios, Tarantino brinca com a história americana e vinga, através do cinema, os escravos que tanto sofreram na mão dos sulistas americanos. Quem gosta de filme de ação
vai adorar Django. Quem gosta de comédia também. Agora quem gosta das já tradicionais cenas de banho de sangue do renomado diretor Quentin Tarantino esse é o seu filme! Diretor de Pulp Fiction, Kill Bill e Bastardo Inglórios, Tarantino nos presenteia com mais
uma obra magnífica sobre seu tema preferido: a vingança. Christoph Waltz merece um parágrafo a parte. Em seu segundo trabalho com Tarantino (o primeiro como o sádico Hans Landa, coronel nazista da SS) o ator não desaponta. Waltz faz o papel de outro alemão, só que dessa vez muito mais humanista. O dentista aposentado e agora caçador de recompensa Dr. King Schultz “compra” a liberdade de Django com a intenção de encontrar três irmãos fugitivos que só Django (Jamie Foxx) poderia reconhecer. A parceria dá certo e os dois formam uma parceria, vagando pelo velho oeste em busca de foras da lei foragidos. É claro que a presença de um negro cavalgando livre matando homens brancos no sul escravista americano não poderia passar despercebido e a dupla começa a fazer muitos inimigos. Em uma das cenas mais hilárias do filme, um grupo da Ku Klux Klan (KKK) tenta surpreender os dois em uma emboscada, mas acabam levando a pior. Tarantino é o mestre da ten-
*Felipe Carrelli Graduado em imagem e som pela UFSCar. felipecarrelli@gmail.com
Cenรกrio, marรงo de 2013
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Social
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Marieli, Tais, Caroline, Gisele e Gabriela
Ivorene com os netos Juninho e Edwiges
Marcel comemora seu aniversário com amigos e parentes
Daniel
Paulo, Carlos, Vanessa, Vania e Caroline Juninho, Carlos, Larissa, Cléber, Élida, Paloma, Sandoval e Carlos
João Victor e Tuiu
Sérgia e Celso com João, o idealizador do encontro de motos
Judith
Eldes, Cáca e Marcos
Ana e Zilda
Laura curtiu seu aniversário com a turma toda
Gardino, João, Willian, Dú e Orlando
Bicharada
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Ações para implantação de políticas públicas eficazes para proteção animal em Motuca Entre as medidas, cidade precisa de censo populacional, programas de castração gratuitos e a baixo custo, além de trabalhos educativos com a população Ronaldo Vicente
Falta de castração contribue para o abandono de animais Por Gabriela Marques
C
ada vez mais, nos deparamos com animais abandonados em Motuca. Como uma cidade pequena, os cães e gatos acabam se tornando comunitários, sempre cuidados por algum morador. Mesmo assim, a falta de castração e vacinação faz com que aumente o número de animais que nascem nas ruas, além de comprometer a saúde pública. Existem alguns trabalhos voluntários em Motuca, que ajudam a diminuir o problema na cidade como de moradores que arrecadam fundos para realizar a castração e de uma veterinária voluntária que faz as cirurgias de animais de rua e de pessoas carentes desde o mês passado. Assim como em outras cidades, Motuca precisa implantar políticas públicas eficazes de proteção ao animal. E a cidade já tem uma vantagem: por ser pequena, o número de animais é menor e os moradores estão mais próximos do poder Executivo e Legislativo. De imediato, a prefeitura
pode realizar um convênio com a Associação Araraquarense de Proteção ao Animal (AAPA) para a realização de castrações gratuitas de animais de rua e de pessoas de baixa renda. Após atender esse público, o atendimento pode ser estendido a demais população, com cirurgias a preço de custo. Simultaneamente, os vereadores devem preparar leis para respaldar o trabalho de proteção animal, como a implantação de programas municipais de cuidados aos bichinhos, como castração, vacinação periódica, conscientização da posse responsável, por meio de palestras a população em geral e trabalhos nas escolas, censo populacional, implantação de microchip para identificação do peludinho, realização de feirinhas de adoção, cadastro dos cães e gatos comunitários e combate aos maus-tratos, entre outros. Esse último deve ser rigoroso na cidade. Abandono, agressão física, privação de alimentação e manter o animal preso em espaço minúsculo ou por uma corda, deve-se punir o proprietário. A
prefeitura e os vereadores podem avaliar a aplicação de multas municipais, como acontece em Araraquara, além de proibir que o indivíduo tenha animais de estimação por um período determinado. O governo municipal e a Câmara podem basear-se nas leis de Araraquara e São Carlos, sendo essa última considerada exemplo na proteção animal e intitulada pelos protetores de “Cidade Amiga dos Animais”. Os protetores da cidade devem se envolver e auxiliar voluntariamente todo o processo de implantação e sua prática em Motuca. Canil municipal Para que o animal não sofra mais maus-tratos, ele precisa ser retirado do dono. Para isso, Motuca precisa de um canil municipal para abrigar esses bichinhos, os debilitados em vias públicas e agressivos. Mas, essa é a última atitude a tomar na implantação e prática das políticas que devem ser criadas entre Executivo e Le-
gislativo e aprovadas pelos vereadores. Caso não haja lei que respalde o trabalho municipal com os animais, o canil corre um sério risco de se tornar um depósito de animais. E o objetivo é recuperar fisicamente o bichinho e disponibilizá-lo para adoção, e não tornar-se um local em que o dono joga seu animal simplesmente por não querer ele mais. O trabalho no canil também
precisa ser bem organizado. Baias com tamanhos adequados e ocupados por um número confortável de animais, separados por empatia e sexo, caso necessário. Também precisa de atendimento veterinário e guarda municipal durante a noite, pois os bichinhos não devem ficar sozinhos. O passeio diário também é essencial para qualquer animal, o que poderia ser feito por funcionários e voluntários.
Esporte
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Molecada da Vila é campeão do Campeonato de Futebol Society 2013 A equipe conquistou o título após vencer por 4 a 2 o Olho D’água na final da competição que ocorreu dia 24 de março, na Área de Lazer Jairo Falvo
Por Gabriela Marques
Um dos lances de gol do Campeonato
O Molecada da Vila é o campeão do Campeonato de Futebol Society 2013. A equipe conquistou o título após vencer por 4 a 2 o Olho D’Água na final da competição, que ocorreu dia 24 de março, na Área de Lazer. A medalha de bronze ficou com o Monte Alegre, que venceu o Família por 5 a 2 na disputa pelo terceiro lugar. O goleiro do Monte Alegre, Rudson da Silva, foi eleito o menos vazado, com apenas quatro gols sofridos. Os artilheiros do torneio foram Lucas Santos Souza e Mauricio Go-
mes Santos, ambos do Molecada da Vila, com nove gols cada. A final do campeonato foi marcada por muita festa, com sorteio de vários brindes. Bolas de futsal e de campo, chuteiras, tênis de futsal, luva de goleiros, agendas, molinetes de pesca, camisas e bermudas foram dis-
tribuídas entre os jogadores e a torcida. O campeonato teve início dia 17 de fevereiro com a participação de oito equipes: Assentamento 4, Batenove, Família, Molecada da Vila, Monte Alegre, Olho D’Água, Usina e Veterano BR.
Aberta inscrições para Campeonato de Futebol Society no Assentamento Previsão é que torneio comece no dia 14 de abril
As inscrições para o Campeonato de Futebol Society no Assentamento Monte Alegre vão de 1° a 12 de abril. A princípio, os jogos serão disputados
no campo do Assentamento 4. Os times interessados devem retirar a ficha de inscrição na Área de Lazer de Motuca. A previsão é que o torneio comece dia 14 de abril.
Liga de Orlândia vem aí
Competição de vôleibol está prevista para começar em abril
A Liga Pró Voleibol de Orlândia começa na segunda quinzena de abril com a participação dos times masculino e feminino, ambos na categoria adulto. Batatais, Guaíra, Matão, Orlândia, São Joaquim da Barra e Santo Antônio da Alegria
estão na chave da equipe masculina de Motuca. Já as mulheres enfrentarão Barretos, Guaíra, Matão, Orlândia e São Joaquim da Barra na primeira fase do torneio. As duas primeiras equipes de cada chave classificam para as semifinais da competição.
Sub-9 e Sub-11 estreiam com derrota no “Rola Bola” de Fustsal do Sesc Próxima rodada é neste sábado (30) no ginásio do Sesc, na cidade de Araraquara Divulgação
Jogadores do Sub-9 e Sub-11
Futsal feminino de volta às quadras Equipe estreia na Copa Record dia 5 de abril contra Matão Após o fim do time de futsal feminino de Motuca decretado no ano passado, a equipe retorna às quadras com tudo em 2013. A estreia ocorre na Copa Record de Futsal Feminino, contra Matão, dia 5 de abril, às 20h, em Guariba. Na semana seguinte, dia 12, o time motuquense enfrenta
Gavião Peixoto, na casa do adversário. As duas equipes formam a chave de Motuca na competição. “As meninas estão entusiasmadas e prometem muito empenho para passar de fase. Vontade e luta não faltará no time”, garante a técnica Rosa Mara Fernandes.
As equipes sub-9 e sub-11 estrearam com derrotas no campeonato “Rola Bola” de Futsal, realizado pelo SESC Araraquara, no dia 23 de março. O time sub-9 perdeu de 5 a 1 para Santa Lúcia e o sub-11 de 8 x 2 para Ibitinga. “Apesar das derrotas, as equipes de Motuca se comportaram bem e têm tudo para crescer na competição, pois foram poucas semanas de treino e os outros times já estão formados há mais de dois anos”, fala o diretor de espor-
te e lazer, Marcos Rogério Luzia. A próxima rodada da primeira fase é neste sábado (30), com Motuca encarando Gavião Peixoto, no sub-11, às 11h30. O sub-9 só volta em quadra dia 20 de abril, contra o Real Sport, às 10h. Todos os jogos ocorrem no ginásio do SESC. Uniforme diferente A garotada está jogando com uniformes novos e bem criativos. O sub-9 veste camisetas do homem-aranha e o sub-11 blusas que remetem ao time Real
Madrid, da Espanha. Treino As equipes começaram a treinar a menos de um mês, com a reabertura das escolinhas esportivas da prefeitura. “A intenção das escolinhas e das competições não é somente formar vencedores no esporte, mas formar cidadãos conscientes de seus deveres e, sobretudo, vencedores na vida”, afirma o diretor de esporte e lazer Marcos Rogério Luzia.
Entretenimento
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E AGORA
I
JOSÉ
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nicio minha participação neste mês parabenizando a equipe do “Molecada da Vila”, da turma do Kawaka, que foi campeã no domingo. O Mauricio, jogador que revelei quando era técnico, continua metendo a bola no barbante e foi um dos artilheiros.
Vice E o coitado do Divo deve estar com alguma urucubaca. Esta é a quinta vez que o seu time chega na final e não consegue levantar o caneco. Medo de perder O Seu Ari me contou que neste mês foi realizado um amistoso entre os veteranos e uma equipe formada só por mulherada. “Teve jogador que não veio com medo de perder”, relatou, citando o nome do irmão Carlos, o Nelsinho e o Ernestinho. Paixão de Cristo Trombei neste mês com o Zé Martinês, pai da simpática Magda, fazia tempo que não o via, e notei como está diferente, com um cabelão e barba passando queixo. “Se alguém me convidar para participar da Semana Santa representando Jesus Cristo, eu aceito”, me confidenciou, para logo em seguida emendar uma condição. “Mas só se o Saraiva da Cooperativa for como São Benedito”!
Neguinho Nestes dias estava andando pela rua do centro, quando ouvi alguém me chamando. “Neguinho, vem pra cá”. Ao olhar para trás, vi a Edimercia e perguntei qual era a treta. “Estou chamando o meu gato”, respondeu, esclarecendo que, em minha homenagem, batizou com meu apelido um bichano que adotou da rua. Tem tanto Neguinho dando sopa por aí e agora aparece outro!!!
plicou. Nosso querido fã Josuel também colaborou com nossa pesquisa ao enviar seu apelido: “Josu”. Muito obrigado, meu camarada. Circo Neste mês tive um papo gostoso com o Marcelo Amistá, que me revelou sua paixão por circos. Quando era pequeno, ficava sempre na primeira fileira, ao lado do palco, para ver as atrações de pertinho. Certa vez foi escolhido para participar de um número. “O mágico estalou os dedos e quando acordei já estava de volta na cadeira”, me contou. Coelhinho Depois que observou sem entender todo mundo chorando de rir,
Capacete rosa O marido da Edimercia, o Zé Bigode, está direto dando um rolé com sua lambreta usando um capacete rosa. “Combina comigo”, me disse. Reivindicação do povo Gostaria de solicitar gentilmente às autoridades competentes para realizarem manutenção nos parquinhos existentes nas praças públicas. Alguns pais disseram estar preocupados, pois a criançada fica fazendo anarquia e pode se machucar. Neném E mais criançada tá pra surgir na parada. Minha querida Jheniffer Mendonça, da Casa de Móveis São José, em breve terá neném. Que essa benção de Deus venha com saúde e traga muitas felicidades para você e sua família. Apelido Agradecemos à Caren, por colaborar com nossa pesquisa enviando no e-mail do Cenário o apelido do seu marido Edilson, goleiro que joga em peladas da cidade: “Pelanca” ou “Pelanquinha”. “Desde pequeno ele é chamado assim por que é miúdo”, ex-
Comidinha da Roça, por Pedro Vaz de Lima
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perguntou a um amigo o que tinha acontecido. “Ele me disse que cantei igual galo, lati igual cachorro, ronquei igual porco e voltei para o meu lugar pulando igual um coelhinho”. Pensamento no mês O povo vê as pingas que eu tomo, mas não vê os tombos que levo! Nota de falecimento Neste mês a cidade ficou muito chocada com a morte da jovem Josimara, de apenas 19 anos. É muito triste, pois tinha toda uma vida pela frente. O Antonio Garcia, irmão da Jacira também irá deixar saudades. Que Deus dê força e conforto aos familiares. Por onde anda? Muitos moradores antigos lembram do Zé Motuca, filho do Valdo Falvo, que nasceu e viveu por aqui até 1969, quando mudou para Jaboticabal, onde reside até hoje. Comerciante aposentado, possui uma cantina na Faculdade São Luiz, onde vira e mexe bate um papo com o pessoal de Motuca para matar saudades de sua querida terra natal. É casado há 33 anos com a amada Elisabete com quem teve o filho Alexandre, residente em Campinas. “A maior alegria de minha vida”, exalta. Que Deus lhe abençoe meu camarada Zé e obrigado pelos elogios ao nosso trabalho.
Abraço carinhoso O abraço carinhoso deste mês vai para a equipe que trabalha na padaria “Rei do Pão”, comandada pelo padeiro Adavaldir. Também para a Marlene Baesso, que está sempre lendo nossas brincadeiras. Minhas saudações ao Vão e ao pai Cersão, grandes figuras. E ainda um abraço para toda a família do Zé Chaves. Obrigado a todos e até o próximo mês.
cenarioregional@gmail.com
Galinha Caipiria
INGREDIENTES • • • • • • • •
Parabéns Aproveito o espaço para parabenizar meus netos José Miguel e a Beatriz pelos seus aniversários. O vovô tem muito orgulho de vocês, meus queridos. Também para a Ana Julia, filha da minha cunhada Edi, muitas felicidades. Parabenizo também os vereadores Renato e Therezinha e que Deus continue dando muita saúde a todos.
1 galinha caipira limpa e picada 4 dentes de alho picadinhos 1 cebola picadinha cebolinha e salsinha a gosto 1 cubinho de caldo de galinha sal, cominho e pimenta do reino à gosto água para o cozimento da galinha 4 xícaras de arroz cru
MODO DE PREPARO
Retire a gordura da galinha e frite na panela de pressão até soltar todo o óleo, retire a pele que restou e doure o alho e a cebola, e acrescente os pedaços de galinha e refogue bem, acrescente o cominho e a pimenta do reino e o caldo de galinha,mexa mais um pouco. Cubra a galinha de água e coloque na pressão por mais ou menos uns quarenta minutos até a galinha ficar macia. Retire a galinha da panela (aproveite todo o caldo que tiver) de pressão e coloque numa panela normal e acrescente a cebolinha, a salsinha e o arroz cru misturando bem, acerte o sal e tampe a panela até cozinhar o arroz. Sirva a seguir. DICA:
Sirva junto uma salada de cebolinha (cebolinha picada em pedacinhos e temperada com sal, bastante limão e um pouquinho de azeite), e bom apetite!