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A TESOURA E O FACÃO O fortalecimento do setor de confecções em Motuca teve início em 2008, logo após a desativação da usina Santa Luiza. A vinda de uma empresa com promessa de absorver um grande número de pessoas, a criação de um sindicato local e a concepção de um programa de qualificação profissional formaram a base necessária para o desenvolvimento da atividade na cidade. Para somar a esta estrutura, o oferecimento de espaço físico pelo município e de salário diferenciado pelo sindicato dimensionaram o número de empresas, que hoje chega a quatro e, consequentemente, do número de pessoas empregadas. O setor é um dos que mais cresce no município, contudo, como explicitou o Cenário neste mês, atualmente, apresenta estagnação no número de empregos gerados. Problemas são observados por todos os envolvidos: os empresários cobram maior produção, os funcionários pedem melhor qualidade de trabalho e o sindicato observa a necessidade de fortalecer a qualificação da mão de obra. O aumento da oferta de trabalho feminino, proporcionado pelo setor de confecções, preencheu uma das principais lacunas do município. Antes, as poucas vagas existentes eram distribuídas
entre os trabalhos domésticos e na roça. "Quero voltar para o facão", confessou uma das costureiras, em entrevista ao Cenário, decepcionada com o ambiente de trabalho, parodiando uma reportagem recente realizada pela EPTV Central sobre o setor em Motuca. A declaração expõe uma questão pontual: as ex-donas de casa e ex-trabalhadoras rurais ainda não
estão preparadas para as exigências peculiares do setor de confecções. Com o valor do produto defasado no mercado por conta da grande concorrência, a saída dos empresários é ganhar pela produção. É necessário, porém, considerar que a atividade é recente em Motuca e que a adaptação para uma nova filosofia de trabalho leva tempo. Além disso, o salário dife-
renciado tem o efeito de estimular a vinda das empresas, mas, ao mesmo tempo, desestimula as trabalhadoras. A equiparação com o salário estadual é uma promessa que deve ser cumprida, para o bem do próprio setor. Outro ponto a se ressaltar é o programa de qualificação de mão de obra, desenvolvido pelo SENAI em parceria com o município, um dos alicerces para o desenvolvimento, mas que não satisfaz as necessidades dos empresários, por ser básico. É difícil exigir produção logo após a aprendizagem, por isso, já existe a proposta de preparar o pessoal nas próprias empresas, para se habituarem ao clima organizacional. Conforme informou a coordenadora do curso, aproximadamente 50% das pessoas que passam pelo programa acompanharão o ritmo das empresas. As demais serão automaticamente excluídas, como acontece em todo processo. Desta forma, somente aqueles que se destacarem continuarão e poderão agregar valor ao setor, participando, inclusive, efetivamente de seu fortalecimento. É o caso das três irmãs, cuja história foi divulgada pelo Cenário. Após adquirirem experiência e conhecimento, decidiram abrir o próprio negócio. Outros exemplos como o delas surgirão no decorrer das atividades da costura em Motuca.
EXPEDIENTE: Jornalista: Jairo Figueiredo Falvo, MTB 44.652/SP
Repórter: Gabriela Marques Luiz Colaboradores: Fábio Falvo, Milena Fascinelli, Ângela Santos, Emair Freitas, Irineu Ferreira, Leonardo Chaves
Tiragem: 1.000 exemplares Circulação: Motuca Impressão: Jornal Folha da Cidade - Araraquara
Telefone: 16 3348 11 85 - 8141 9125 e-mail :cenarioregional@gmail.com CNPJ: 07.650.710/0001-06
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O GUERRILHEIRO DO CERRADO
NOVO CÓDIGO FLORESTAL
IRINEU FERREIRA
EMAIR JUNIO DE FREITAS
"A palavra escrita é um território que partilhamos em silêncio, em amável cumplicidade; escrever tem de ser sinônimo de prazer e emoção. Dar prazer e emoção ao leitor é a primeira tarefa do escritor" - Moacyr Scliar
Nosso Centauro desperência positiva no imbróglio de-se de seu jardim. CansouNo banquete natalino, todos em que se enredou o municíse da condição de Bombeiro, os bichos são seus convidados: pio. há muitos focos de incêndio O nosso grande na Tessália mineira, acredita fracos ou fortes, doentes, Centauro-Mor, humanista insestar pronto para mais uma descamisados e excluídos tintivo - que talvez pudesse ser batalha entre o baixo instinto chamado de Don Lúcio, do e o comportamento civilizado. bairro do Óleo -, tentou consArrasta consigo uma truir uma sociedade melhor e ninhada, início de uma prole que foi Adota como seu o novo territócoletivista, apesar de tudo e de togerada na base da Serra Paulista. rio, que em seu coração batiza como dos aqueles que a ele se opuseCuriosamente, era membro de uma "Varjão de Todos os Santos", e pasram. Criticado por tantos, a quem organização mundial de bichos, sa a viver em função de seu crescisonhara transformar em Compaque, de livre e espontânea vontade, mento, voluntariamente acompanheiros, foi um guerrilheiro nos temse unem com o propósito comum nhado pelos companheiros Quati e pos do cerrado, a lutar por um munde se aperfeiçoar na sociedade. Lobo-Guará, e pelas companheiras do mais justo, para, ao final, perceNão admitindo em seu seio senão Jaguatirica e Codorna, mas, princiber que não valera a pena. animais de caráter, sem levar em palmente, por seu inseparável amiSem o temperamento irônico de consideração carga genética, cor ou go Jacaré, mais conhecido por "JaScliar, Don Lúcio era um tamanho, se vertebrados ou caré Vira Rio". introspectivo, mas não a ponto de invertebrados, são bichos dedicaNaturalmente surgem inimigos, se desfazer da ligação com sua terdos a viver em paz, harmonia e afeios invejosos de plantão: o Urubu, a ra, tão antiga e tão nova. Quando já ção fraternal. Hiena e alguns répteis. Eles espaquase nem alimentava esperanças, Chegou já adulto e com comlham que falta diversão e que a cosofre um ataque do coração e se panheira fixa, sonhava construir um mida na aldeia é insuficiente. vai. Liderança saudável, ele haverá novo território, coletivo, uma utopia O comando e a hierarquia code sobreviver em nossa memória e socialista. Maduro, rebelde, visionámeçam a ser questionados. em nossos corações, tal como sorio, acostumado a planar pelas monO Centauro não se abala, já o breviverá, no legado literário com que tanhas e serras paulistas, exercício vivenciara em outros territórios, e nos contempla, o recém-finado esque aprendeu com os Abutres que passa a trabalhar com mais afinco, critor. circundavam o Pico do Gavião, adpara servir de exemplo. Redobra as A história, no entanto, não acaquiriu visão aguda e periférica, a viincursões, cria um clube e promove ba aqui. são das aves de rapina, a exemplo o esporte entre a bicharada. Inclui Como contista que nasce, eu da Águia dos altiplanos, em sua rotina o contato com inúbem que gostaria de achar, para ela, emplumada, soberba, destemida. meros outros bichos-líderes, traz um final feliz. Até porque, você, leitor, Audacioso, pronto para vôos benfeitorias imperceptíveis aos bique persegue estas linhas com olmais altos e longos, tomou o vento chos mais simples, e o "Varjão de fato de perdigueiro, já terá contribuoeste e partiu em busca do novo, e Todos os Santos" começa a se ído para que ela se modifique. aqui chegou. Sua companheira, transformar, o que, sobretudo, se traHipodâmia, de porte pequeno poduz em benefícios sociais para seus rém forte e imponente, ágil como habitantes. Irineu Ferreira (Neu), os felinos, nunca deixou de Os novos ensinamentos e Pós-Graduação "Lato-Sensu" em Gestão Pública-Gerência de Cidades - FCL/ acompanhá-lo nas incursões de reexemplos do Centauro-Mor comeUNESP conhecimento, fosse de dia ou de çam a dar resultados, nascem emE-mail: motuca_city@hotmail.com noite; juntos criaram uma matilha preendedores e líderes. de pensadores, de intelectos Viva o nosso Rei! autossuficientes. Nosso Guevara Sem aspirar a romance, crônimitológico divide seu tempo entre o ca ou conto, esta fábula não pretentrabalho semanal, para além de de senão prestar tributo a duas pesseus domínios, e atividades polítisoas. Em primeiro lugar, ao grande cas e culturais nos fins de semana. escritor Moacyr Scliar, que faleceu Às vezes, para fugir um pouco da no dia 27 de fevereiro de 2011 em realidade tribal, lê coisas dos huPorto Alegre. Generoso e solidário, manos, como Gabriel Garcia Mardominava como ninguém o cômico ques. e o trágico, adorava evocar arquétiNo banquete natalino, todos os pos e mitos antigos. Depois, mas bichos são seus convidados: fracos com a mesma intensidade, a um ou fortes, doentes, descamisados grande humanista, o Sr. Lúcio dos e excluídos. Jamais abandona suas Santos, Farmacêutico-Prático, que convicções primitivas e instintivas, se ocupava das questões sociais e que, para o equilíbrio emocional e a da saúde pública. Este homem foi subsistência física, o supérfluo é um grande motuquense. Estivesse prejudicial. ainda em nosso meio, seria refe-
As discussões que no mínimo é em torno das refor- Tanto agricultura como de 30 (trinta) memas do mais novo a preservação ambiental tros, topo de morCódigo Florestal ros, encostas com tem-se acirrado, são de suma importância declive superior a também pudera, o para o desenvolvimento e 45º, entre outras. Projeto de Lei de n.º Mas, o projeto do respeito do Brasil 6.424/2005 que traNovo Código Flota do assunto já tem restal que está tra6 anos de tramitação no Congresmitando no Congresso Nacional so Nacional com adição de 2 (dois) altera o inciso III, § 2º do Artigo 1º, e a apensos PL 6.840/2006 e PL RESERVA LEGAL inclui a Área de 1.207/2007 sem que os interessaPreservação Permanente o que será dos cheguem a um consenso. De uma conquista substancial para os um lado os agricultores, proprietáruralistas na medida que, a área de rios e possuidores de terras rurais reserva legal e preservação permaque na sua maioria encontram-se nente poderão ser cumulativas, o que em situação irregular diante das não ocorre na vigência do atual Cóexigências e restrições do atual digo, pois são necessariamente disCódigo Florestal Lei 4.771, de 15 tintas. de setembro de 1.965, sendo que, Outra mudança bastante discutias suas idéias e reivindicações da é a largura da Área de Preservação são feitas pela Confederação NaPermanente ao logo de rios e cursos cional da Agricultura (CNA) e tamd`água com largura até 5 (cinco) mebém pelos parlamentares que intros onde a Área será reduzida de 30 tegram a base ruralista, e de outro (trinta) metros para 15 (quinze) metros lado os ambientalistas, membros ou ainda deixar a cargo dos Estados e do Ministério Público e o Conselho ao Distrito Federal legislar sobre as Nacional do Meio Ambiente (COdistancias, limites e regime de uso das NAMA) com a argumentação prináreas de preservação permanente, o cipal de que o projeto do novo Cóque ao meu ver, seria, protelar ainda digo Florestal é um retrocesso nas mais a resolução da questão, haja visconquistas de desenvolvimento e ta que os interessados teriam que espreservação ambiental. perar, não se sabe por quanto tempo O foco dos debates mais mais, até que os Estados Membros e aguerridos são as figuras da REo Distrito Federal legislassem sobre a SERVA LEGAL e as ÁREAS DE matéria, ainda mais que essas leis PRESERVAÇÃO PERMANENTES. teriam que ser elaboradas com base No Código em vigor a Reserva em estudos e critérios técnico-científiLegal, que é uma área localizada cos para proteção do solo e água, e no interior ou não da propriedade mesmo assim correremos o risco de ou posse rural, tendo em vista que, termos leis Estaduais que não retrataconforme estipula o § 11 do Artigo riam as necessidades locais e pontu16 a área poderá ser instituída em ais de cada micro região. Portanto, o regime de condomínio entre mais ideal é que a legislação seja elaborade uma propriedade, ou seja, pode da de forma nacional como é o atual ter diversas propriedades com Código Florestal. uma única Reserva Legal desde Assim, se faz necessário a aproque observado o percentual nevação do mais Novo Código Florescessário para cada área, e esse tal mesmo sem o consenso entre percentual varia de região para reruralistas e ambientalistas, pois isso gião, sendo que na nossa é de é utopia, para que tenhamos uma 20%, excluindo desse percentual segurança jurídica, com regras claas Áreas de Preservação Permaras no aspecto do uso do solo para nente que são aquelas ao longo produção agrícola e questões de prede rios ou qualquer curso d`água servação ambiental na propriedade rural, o que no momento não temos. Ademais, tanto agricultura como a preservação ambiental são de suma importância para o desenvolvimento e respeito do Brasil no cenário internacional.
Emair Junio de Freitas, advogado, contato emairjfreitas@adv.oabsp.org.br
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ICMS cai 21% nos três primeiros meses do ano IPM teve segunda queda seguida, de aproximadamente 27% em relação ao ano passado
A arrecadação do Imposto sobre Mercadorias e Serviços (ICMS) pela prefeitura de Motuca teve forte queda de aproximadamente 21% de janeiro a março, comparando com o mesmo período do ano anterior. O total direcionado ao município nos três primeiros meses do ano pelo governo do estado foi de R$ 876.750,50. No ano passado, o valor chegou a R$ 1.111.724,99. A perda da receita é conseqüência da paralisação das atividades da usina Santa Luiza, em dezembro de 2007, até então maior geradora de recursos do município. O Índice de Participação do Município (IPM) teve a segunda queda seguida. Em 2010, caiu cerca de 24% em relação à 2009, último ano da parcela direcionada ao município pela participação nos lucros da indústria, retroativa em dois anos. Neste ano, a perda foi de aproximadamente 27% (ver Box). "Se não houver um crescimento econômico do estado, iremos ter uma grande queda do imposto neste ano", aponta o assessor financeiro do município, Marcos Antônio Peruzza. De acordo com ele, o decréscimo na receita afetará principalmente os investimentos. "Estamos trabalhando para prover condições para as contrapartidas das
emendas", relata. Segundo o professor Alvaro Martim Guedes, do curso de administração pública da Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho, UNESP de Araraquara, a queda de dois dígitos no ICMS é um fato grave para a saúde financeira do município. Para Guedes, que possui experiência na área de contabilidade e finanças públicas, para evitar problemas nas prestações de serviços prioritários, é preciso que o poder público local atue na eficiência dos gastos públicos. "Existe uma cultura praticamente em todas as pre-
feituras brasileiras de trabalhar com esbanjamento de recurso", aponta. Atuação coletiva
O professor entende, no entanto, que problemas sociais como o que ocorreu em Motuca com o fechamento de uma grande indústria, devem ser enfrentados por toda a sociedade e não apenas pela prefeitura. "A solução está na atuação coletiva", afirma. "Empresários locais, formadores de opinião e líderes comunitários devem se unir com as autoridades para pensar numa saída", finaliza.
Câmara aprova ações de combate ao bulling A Câmara Municipal de Motuca aprovou na sessão realizada no último dia 19 projeto de autoria do presidente José Aguinaldo dos Santos que cria medidas de prevenção e combate ao bulling nas escolas do município. Com a lei, a Secretaria de Educação em conjunto com docentes e diretores das instituições de ensino implementarão ações de discussões, orientações e soluções para o problema a partir de palestras, debates e distribuição de cartilhas aos pais, alunos e professores. A Secretaria de Educação, jun-
tamente com o Conselho Tutelar do Município, também deverão acompanhar as ocorrências da prática, com o objetivo de diagnosticar e combater o casos, de acordo com emenda do vereador Renato Luiz Rateiro, que também propôs o “Dia Municipal de Combate ao Bulling”. A iniciativa busca evitar tragédias como a que ocorreu no Rio de Janeiro, no último dia 7, quando um assassino entrou em uma escola e matou 12 adolescentes. Diversos especialistas atribuiram a atitude, entre outras coisas, aos casos de bulling que ele sofrera na escola.
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Criança com menos de um ano é a segunda pessoa de Motuca a contrair dengue Uma criança com menos de um ano de idade, moradora do jardim Canavieiras, é a segunda pessoa a contrair dengue neste ano em Motuca. O resultado positivo do exame de sorologia comprobatória foi divulgado no dia 12 pela Se-
cretaria de Saúde do município. Existem ainda três moradores da cidade com suspeita de terem contraído a doença. No ano passado, Motuca enfrentou sua segunda epidemia de dengue, com 32 registros, o maior da história da cidade.
Cerca de 80 pessoas de Motuca já contraíram conjuntivite após disseminação da doença Cerca de 80 moradores da cidade já contraíram conjuntivite neste ano, após a doença se alastrar por todo o estado. Segundo a Secretaria de Saúde do município, os casos estão presentes tanto na área urbana quanto nos assentamentos rurais da cidade. Para diminuir o contágio, a Secretaria distribuiu panfletos nas escolas municipais com informações sobre a doença. A principal recomendação é que
as pessoas lavem as mãos com freqüência e não cocem os olhos. Também é importante que objetos de uso pessoal como toalhas, óculos e travesseiros não sejam compartilhados. Os sintomas mais comuns são: irritação ocular, olhos vermelhos intolerância nos olhos e aumento da secreção ocular. Quem apresentá-los, é importante a procura imediata de um médico e não usar medicamentos sem orientação.
Processo seletivo para a contratação de 20 pessoas será realizado no dia 8 de maio A prova do processo seletivo para a contratação de 20 pessoas para oito empregos
em caráter temporário para o Programa Saúde da Família (PSF) será realizado no próximo dia 8, a partir das 8h, na Escola Adolpho Thomaz de Aquino. As inscrições encerraram-se no último dia 20. A avaliação será realizada pela empresa Visão Consultoria e Assessoria Ltda.
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Confecção apresenta estagnação na geração de empregos Quantidade de funcionários é a mesma que a declarada há um ano pelo sindicato; empresas dizem que queda no quadro se deve a baixa produtividade por conta de grande número de faltas Jairo Falvo
Funcionárias reclamam de "pressão por produção"
Programa de qualificação já capacitou 253 pessoas desde o início das atividades
Com aproximadamente 150 pessoas empregadas atualmente, o setor de confecção do município apresenta estagnação na absorção de mão de obra. A quantidade de trabalhadores atuando nas quatro empresas da cidade é a mesma estimada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Vestuários de Motuca (Sindivest), em matéria publicada pelo Cenário em maio do ano passado. Na ocasião, o advogado da entidade Daniel Fabiano Cidrão calculou em mais de 200 o número de pessoas empregadas até o final de
2010. A meta foi alcançada, mas voltou ao mesmo patamar neste ano com a redução do número de funcionários de duas empresas. A Viana Confecções apresentou queda de 101 trabalhadores no fim do ano passado para cerca de 50 neste mês, juntamente com a Zero 3 Camisaria, que reduziu seu quadro de 30 para cinco empregados. A unidades da Elite, que possui 71 funcionários e pretende absorver mais 30 com a expansão de seu espaço físico, e Cycle Jack, ligada à Emmes, que possui cerca 25 trabalhadores, segundo apurou o Ce-
Procura por atendimento é grande, diz médico Principais queixas são dores musculares, nas costas e na cabeça
O médico do município Celso Teixeira Assumpção Neto confirma que a procura por atendimento por funcionárias das empresas de confecção é muito grande. "Geralmente, se queixam de dores musculares, nas costas e na cabeça, mas também existem muitos casos de problemas emocionais", relata. Ele diz que segue o protocolo médico. "Como profissional da saúde, quando um trabalhador procura atendimento, avalio seu quadro, receito remédios e recomendo repouso, pois é um direito dele", explica. "Diante de todos os pacientes que procuram o posto
para atendimento, o médico é obrigado a emitir a declaração de comparecimento e, se considerar necessário, um atestado, que geralmente é de meio período ou um dia". Segundo ele, a procura "anormal" por atendimento deve ser avaliada pelos empresários locais do setor. "É preciso observar a qualidade do ambiente de trabalho", aponta. "A confecção apresenta muitos esforços repetitivos, que ocasionam lesões aos trabalhadores. Uma das formas de diminuir este problema é através da ginástica laboral, muito utilizada por algumas indústrias", recomenda.
nário, estão em processo de expansão. Tanto a Viana quanto a Zero 3 alegam baixa produtividade ocasionada pelo grande número de faltas para justificar a redução em seus quadros. "Não estamos conseguindo chegar nem a 25% da produção que deveríamos atingir", revela o gerente Efraim Vieira Gomes, da Zero 3 Camisaria. "Nunca temos um grupo inteiro trabalhando, pois a ausência por atestado médico é muito grande em Motuca", complementa. A coordenadora Cleusa de Oliveira Mendes, da Viana Confecções, que neste mês completa dois anos em Motuca, também argumenta que a empresa possui problemas com as faltas. "Chegamos a receber 18 atestados em um só dia", relata. A Emmes também aponta problemas com as faltas e diz que irá iniciar programa de conscientização para a utilização dos atestados. A Elite não retornou o e-mail com o questionamento. Atestado falsificado
De acordo com o advogado Daniel Fabiano Cidrão, do sindicato local, a emissão de atestados pelos médicos locais deve ser melhor avaliada. "Acredito que muitos são desnecessários", argumenta. Segundo ele, houve até mesmo caso do documento falsificado no município.
"O ambiente de trabalho é pesado, com muita cobrança por produção", afirma uma funcionária da Viana Confecções, que preferiu não se identificar para preservar seu emprego. Segundo ela, houve atraso no pagamento de dez dias no início do ano pelo não alcance da meta estipulada pela empresa. "Algumas trabalhadoras ficam irritadas com esta postura e fazem provocações, atrasando de propósito o serviço", relata. Funcionárias da Zero 3 camisaria possuem a mesma reclamação. "Existe uma cobrança para que a gente faça uma grande produção com poucos funcionários", dizem. Segundo elas, durante dois meses ficaram sem pagamento, o que trouxe preocupação quanto ao futuro na empresa. "Existe muito rumor sobre se iremos continuar, mas ninguém confirma nada. Des-
ta forma prefiro voltar para a roça, onde trabalho no sol e na chuva, mas tenho maior segurança", desabafa uma das costureiras, que por 14 anos cortou cana. O Cenário tentou falar várias vezes com o empresário Ismael Sabino Viana, da Viana Confecções, deixando recado para a entrevista, mas não ouve retorno. A Zero 3 Camisaria preferiu não se posicionar. Meta
Questionado sobre a reclamação das funcionárias, o advogado do sindicado Daniel Fabiano Cidrão afirma que a pressão não existe. "Quando não há falta, a maioria das turmas atinge a meta, que em Motuca não passa de 90 peças por dia, menor que outros locais onde a exigência é de até 105", afirma.
Sindicato estuda qualificar mão de obra nas próprias empresas De acordo com o advogado do sindicado Daniel Fabiano Cidrão, o curso de qualificação realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) em parceria com a prefeitura local não satisfaz as necessidades dos empresários e o órgão já articula parcerias para a realização da preparação nas próprias empresas. "Existe a necessidade de maior investimento, pois o programa realizado em Motuca é básico", afirma. A coordenadora Maria do Carmo Mendes de Oliveira, do curso
do Senai, diz que o objetivo do programa, com duração de 160 horas, é demonstrar o funcionamento das máquinas utilizadas nas empresas e ensinar a montagem de oito peças, além de duas avulsas. "Aqui não é lugar de produção", destaca. "Atualmente, estamos trabalhando com grupos de doze, mas no máximo cinco ou seis, que possuem maior facilidade, irão acompanhar o ritmo das empresas", complementa. No total, o programa já qualificou 253 pessoas desde o início das atividades.
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se elas gostaram, se o produto apresenta algum defeito e, se tiver, a gente conserta", relata Sineide. "Cada dia que passa, procuramos melhorar mais", complementa. No ano passado elas registraram a firma por meio da Lei do Micro-Empreendedor Individual (MEI), que concede incentivos fiscais para pequenos e médios empresários. "Foi muito bom, pois temos um custo menor nos impostos", diz Ednalva.
Jairo Falvo
Irmãs empreendedoras confeccionam lingeries para Motuca e região Moradoras da cidade aproveitaram o momento e o conhecimento adquirido na área para abrir o próprio negócio
O setor de confecções em Motuca cresce e com ele as oportunidades. A partir de uma percepção empreendedora, as irmãs Sineide Francisco da Silva, 42, Ednalva da Silva Oliveira, 40, Joanice Oliveira da Silva Leite, 30, moradoras da cidade, aproveitaram o momento e o conhecimento adquirido na área para abrir o próprio negócio, a fábrica de lingeries "3 Irmãs". "Estava desempregada e um irmão sugeriu que nos uníssemos para trabalharmos por conta, já que todas sabiam costurar", revela Ednalva, que por 14 anos atuou em uma empresa de confecções da cidade. Com o dinheiro dos acertos dos maridos, ex-funcionários da usina Santa Luiza, demitidos após a paralisação da indústria,
adquirem as primeiras máquinas em fevereiro de 2008, quando iniciam as atividades. "No início a gente trabalhava em minha casa. Os recortes eram realizados na mesa da cozinha e a costura no meu quarto", relata Joanice. Nos primeiros três anos, lembra, o empreendimento caminhava sem ter lucros. "Estávamos conscientes, pois todo começo de negócio é assim". Pouco tempo depois, constroem um pequeno espaço físico nos fundos da casa de Ednalva, onde começam a costurar produtos para serem negociados no próprio município, além das cidades vizinhas de Guariba, Rincão e Araraquara. "Comercializamos aqui mesmo na fábrica e temos duas revendedoras que levam os pro-
Futuro
Joanice, Ednalva e Sineide na fábrica que construíram
dutos para fora", explica Sineide. A escolha pela produção de lingeries, segundo ela, se deve a falta da confecção deste produto em Motuca, além da ótima saída. "Toda mulher gosta de usar", destaca. A venda por pedidos antecipados, segundo Sineide, é uma das principais estratégias da
empresa. "As pessoas vêm até aqui e escolhem o modelo e o tamanho", diz. "A principal vantagem é que a gente sabe que o produto que está sendo confeccionado já está vendido", completa Joanice. O pós-venda também é outra preocupação das irmãs. "A gente pergunta para as clientes
Sobre o futuro da empresa, as irmãs preferem ter "pé no chão", e esperar o melhor momento para progredirem no setor. Entre os objetivos, estão a inserção de seus produtos em lojas e a contratação de funcionários. "A gente considera que existe falta de orientação e seria necessário mais incentivos para crescermos na atividade", aponta Ednalva, a primeira, das três irmãs, que veio de Pintadas, na Bahia, para viver em Motuca.
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Embrapa promove evento em Motuca para divulgar projeto do biodiesel
Chuva atípica traz perdas aos produtores de soja de Motuca
Coordenador das atividades do órgão diz que modelo do município deve ser replicado
A quantidade atípica de chuva registrada nos meses de março e abril na região prejudicou a produção de grande parte da soja cultivada no município. Com o atraso na colheita, os produtores de Motuca contabilizam perdas significativas na venda do produto, cujo valor de mercado caiu cerca de 30% por causa da má qualidade do grão. Somente em março choveu 281 mm na região, de acordo com levantamento realizado pela Canasol (Associação dos Fornecedores de Cana de Araraquara-SP). A quantidade representa 52% a mais que a média de umidade dos últimos cinco anos, de 133,9 mm. "Quem plantou a soja do tipo precoce, para ser colhida em março, teve grandes perdas", explica o produtor Adolfo Thomaz de Aquino, que calcula prejuízos de aproximadamente 50% nas vendas por causa das chuvas. Segundo ele, o excedente hídrico não afetou a quantidade de soja colhida, mas a qualidade do produto. "Grande parte teve que ser vendida para a fabricação de ração animal, cujo valor do saco de 60 quilos é R$ 31. Se fosse direcionada para a alimentação e óleo sairia a R$ 45", explica. Este é o 2º ano que Aquino toca por conta a produção de soja, após ter adquirido maquinário para o cultivo. "Até mesmo as pessoas mais experientes nun-
O projeto de Motuca para o cultivo de oleaginosas e produção de biodiesel desenvolvido desde 2009 no Assentamento Monte Alegre foi apresentado aos produtores rurais, empresários do setor e políticos da região ontem (29), na Câmara Municipal. Denominado "Dia de campo", o evento promovido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) contou com a participação de técnicos do Ministério do Desenvolvimento Agrário, pesquisadores da Unesp de Botucatu, além de autoridades locais, que divulgaram informações da iniciativa piloto de Motuca. No final, foi realizada demonstração da primeira colheita de soja pelo projeto, cultivada em 200 hectares, com a participação de 30 famílias do Monte Alegre. "Nosso objetivo é replicar o modelo de Motuca a outras regiões do país", discursou o pesquisador Pedro Abel, coordenador da Embrapa na iniciativa realizada em Motuca. De acordo com ele, a proposta é transformar os produtores da agricultura familiar em 'trabalhadores multifuncionais'. "Em uma pequena área, eles têm que desenvolver diferentes culturas voltadas à geração de biocombustível de maneira sustentável como soja e girassol, além de produtos para a alimentação", apontou. O secretário Jair dos Santos, de desenvolvimento econômico,
agricultura e meio ambiente do município demonstrou a importância do fortalecimento do cooperativismo e associativismo para o êxito do programa. O objetivo, segundo ele, é que a Cooperativa dos Agricultores Familiares da Região Centro Paulista (Cooperfasc), transferida de São Carlos para Motuca no ano passado, mas que ainda não possui sede no município, agregue dois mil agricultores familiares da região. "Observamos um potencial produtivo em todos os assentamentos próximos à Motuca", disse.
Demanda No ano passado, o volume de biodiesel adicionado obrigatoriamente ao diesel comum, que responde por mais de 50% da matriz de combustíveis veiculares brasileira, passou para 5%. "A demanda pelo produto está muito forte no país", pronunciou a pesquisadora Júnia Rodrigues de Alencar, da Embrapa Transferência de Tecnologia. Para ela, um dos pilares do desenvolvimento do biocombustível é o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), do governo Federal.
Indústria de Taubaté demonstra interesse em firmar parceria com cooperativa local Bio Verde Biocombustíveis fabrica biodiesel desde 2008
A indústria Bio Verde Biocombustíveis, de Taubaté-SP, que desde 2008 fabrica biodiesel para o mercado nacional, demonstrou interesse em firmar parceria com produtores locais, por meio da Cooperativa dos Agricultores Familiares da Região Centro Paulista (Cooperfasc). De acordo com a gerente de agronegócio Alecsandra deAlmeida, que esteve presente no evento realizado pela Embrapa, a indústria possui a intenção de expandir para São Paulo os fornecedores de matéria prima. A Bio Verde já adquire ao menos 15% da matéria prima que utiliza em
sua produção de parcerias com agricultores familiares de estados da região centro sul do país. Desta forma, conquistou o Selo Social, que proporciona benefícios nos leilões realizados pela Agência Nacional de Petróleo (ANP). "Em São Paulo este percentual é 30%, o que dificulta a expansão da atividade no estado", avalia Alecsandra. Segundo ela, muitos produtores ainda não estão preparados para produzir a matéria prima. "Encontramos poucos com origem na terra" diz. "Desta forma, temos que arcar também com custos na assistência técnica", afirma.
ca viram esta quantidade de chuva nestes meses", acentua. O produtor Adão dos Santos confirma. Desde 1980 ele realiza o cultivo do grão na propriedade da família, localizada em Motuca. "Nunca passamos por isso em todo este tempo cultivando soja, com esta grande quantidade de chuva bem no tempo da colheita, entre o final de fevereiro e final de abril", afirma. Santos revela que o excedente hídrico prejudicou aproximadamente 15% da área cultivada. "O prejuízo é grande", aponta. Segundo o produtor, a soja do tipo precoce, a que apresentou as maiores perdas, é uma das mais utilizadas pelos produtores. "Em nossa região, ela é utilizada na rotação de cultura", explica. "Por ser mais rápida a colheita, adianta o plantio da cana de açúcar". "Soja ardida"
O engenheiro agrônomo João Vitor Vescove Primiano, da Canasol, explica que a chuva torna o terreno enlameado, o que impossibilita a entrada de máquinas. "Desta forma, perde-se o tempo da colheita, o que resulta na "soja ardida", termo técnico para classificar o produto de má qualidade, com menor valor de mercado, que só serve para a ração animal". Segundo ele, o excedente hídrico do período trouxe perdas significativas em várias propriedades da região. "Tive conhecimento de grão de soja brotar na própria vagem", destaca.
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Filho de um dos primeiros japoneses a chegar a Motuca faz homenagem a seus compatriotas
O empresário Francisco Shimizu projetou a estrutura de metal e vidro
"Nesta 'paragem de Motuca' instalou-se, aos quinze dias do mês de março de 1915, oficialmente, a primeira fazenda adquirida por imigrantes japoneses no Brasil" A frase acima está inserida em duas placas confeccionadas pelo empresário Francisco Seihati Shimizu, 76, nascido em Motuca, para homenagear seus compatriotas que fundaram na então vila a primeira colônia nipônica no Bra-
PARAGEM: Termo técnico utilizado no setor ferroviário que significa local onde o trem para sem estação
sil. Uma delas, ele instalou num hotel da cidade "para que os visitantes tenham a oportunidade de conhecer a história", relata Francisco. A outra, encontra-se no cemitério municipal, acima do túmulo onde antes estavam enterrados os restos mortais de seus pais, que há alguns anos ele transferiu para o cemitério de Guariba. A placa está abrigada em bela estrutura de metal e vidro, projetada por ele, inspirada em pontos de ônibus da capital federal Brasília, que fica
próxima à Formosa, no estado de Goiás, cidade onde mora. A homenagem foi idealizada por Francisco e um irmão, falecido há cinco anos. Eles realizaram pesquisas no cartório de Rincão, onde levantaram várias informações. Entre elas, a de que a propriedade, entre a margem direita do ribeirão Monte Alegre e a cerca divisória da estrada de ferro ramal de Jaboticabal, fora adquirida de dona Hermínia Ferraz Borba. Na escritura, constava o nome de quinze colonizadores, lembrados nas placas, juntamente com suas respectivas esposas. Depois de instalados em Motuca, os japoneses iniciaram o cultivo de diversas plantações como café, seda e algodão. "A dona Hermínia ficou irritada porque os imigrantes estavam derrubando a mata. Por isso, na escritura, ela inseriu cláusulas que impedisse o corte", relata Francisco. De acordo ele, os negócios realizados na colônia ganharam maior dimensão quando o empresário Leonel Ferreira adquiriu uma máquina de beneficiar algodão, em 1925. "Ele era um pai para os japoneses", exalta. "Pagava tudo em dinheiro e sua iniciativa trouxe muito desenvolvimento para Motuca na época". Maleita
A maleita, mais conhecida como malária, doença transmitida por um mosquito, foi um dos principais males que acometeu a colônia. "Muitos morreram por causa de uma epidemia que atingiu a colônia. Segundo Francisco, os caixões eram feitos na hora porque não havia dinheiro para comprá-los de tanta gente que morria. Teve um moço que entrou no caixão que estava sendo feito para o irmão e disse: 'Vai dar certinho, meu irmão é mais alto que eu'", rememora.
Arquivo pessoal
Jairo Falvo
Placas instaladas em um hotel da cidade e no cemitério municipal ressaltam a primeira colônia nipônica no Brasil, criada em 1915
Colonos reunidos após a tradicional luta de sumô
"Espírito de aventura" motivou vinda para o Brasil Pais vieram com passagem paga, ao contrário da maioria dos imigrantes
Segundo Francisco, seu pai, Shimizu Shinzo, foi um dos três primeiros a chegar a Motuca, juntamente Itoyama Jinshit e Furucio Hiyochi. "Eles saíram ainda jovens do Japão para o Brasil em 1912 à bordo do navio Tsukushima-Maru estimulados por um "espírito de aventura", afirma. "Meu pai era rico em seu país, tanto que veio para cá com a passagem paga, ao contrário da grande maioria dos imigrantes que firmavam um contrato denominado ninen kenyaku com os donos das terras para pagar o valor da passagem em dois anos". Inicialmente, o pai e a mãe
foram trabalhar na fazenda Guatapará. Em posse de maior liberdade por conta da inexistência de contrato, partiram logo depois para a Fazenda São Martinho, em Pradópolis. Segundo Francisco, em 1914 seus pais chegaram a Motuca, juntamente com outras duas famílias. Com o decorrer do tempo, a população de japoneses na colônia, denominada depois de 'Núcleo Rural da Fazenda Tókio', começou a se expandir, formando vários agrupamentos satélites. Os pais de Francisco tiveram 14 filhos. Destes, somente ele uma irmã que reside em Araraquara estão vivos.
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Vôlei enfrenta Pitangueiras pela Liga de Orlândia Divulgação
Jogos acontecem neste domingo (1º), durante comemorações do Dia do Trabalho
Futsal Feminino perde e é desclassificado da Copa Record Equipe não conseguiu vencer Itirapina na fase eliminatória
Atletas da equipe Sub-21 do município foram campeões da competição no ano passado Gabriela Marques Luiz
As equipes Sub-21 e Infantil enfrentam Pitangueiras pela Liga Pró-Voleibol de Orlândia, neste domingo (1º), a partir das 15h, no Ginásio de Esportes de
Motuca. A equipe Infantil já estreou na competição, com uma vitória de 3x0 sobre Altinópolis, no último dia 16. O time disputa a primeira fase com mais quatro equipes: São Joaquim da Barra, Altinópolis, Monte Alto e Colina. Já na ca-
tegoria Sub-21, há duas chaves. Na de Motuca, estão Pitangueiras e Monte Azul Paulista. No passado, o Sub-21 foi campeão da Liga, enquanto o Infantil conquistou o terceiro lugar.
Esporte promove "Olimpíadas do Trabalhador"
A equipe de futsal feminino de Motuca perdeu para Itirapina por 2x0, no último dia 14, e está desclassificada da Copa Record de Futsal Feminino. O jogo fazia parte da fase eliminatória da competição e aconteceu em Bebedouro. Na classificação geral, Motuca terminou em 17º lugar, de 42 times, e na frente de equipes como São João da Boa Vista, Barretos e Sertãozinho. Motuca encerrou a primeira fase da competição em 1º lugar na sua chave, com um
empate de 3x3 contra Itápolis e uma vitória de 6x0 contra o Guariba. Foi a primeira vez que a equipe passou de fase na competição, conhecida como uma das mais acirradas da modalidade. Com o fim da participação de Motuca, agora a equipe avalia a possibilidade de disputar outros campeonatos. "Estamos analisando se participaremos da Copa SESC de Futsal Feminino, na qual fomos vice-campeãs no ano passado", conta o chefe de esportes, Sidney Ferreira, o Iei. G. M. L.
Evento em comemoração ao Dia do Trabalho acontecerá na Área de Lazer e no Ginásio de Esporte
O Departamento de Esportes de Motuca promoverá as "Olimpíadas do Trabalhador" em comemoração ao Dia do Trabalho, neste domingo (1º). O evento tem início às 8h30
com torneios de futebol minicampo, futebol de campo, futsal feminino e masculino, vôlei feminino e masculino, dominó e truco. As atividades esportivas acontecem na Área de
Lazer e no Ginásio de Esportes. Os interessados em participar devem se inscrever no dia do evento mesmo, na Área de Lazer.
Motuca enfrenta Prainha no Campeonato de Futebol Veterano Jogo acontece neste domingo (1º), em Jaboticabal Motuca enfrenta Prainha pelo Campeonato de Futebol Veterano acima de 50 anos, neste domingo (1º), às 9h, em Jaboticabal. Atualmente, a equipe da cidade está em 5º lugar, de ao todo 10 times que disputam o campeonato. No
primeiro jogo da 2ª fase, que aconteceu dia 23, Motuca perdeu para a Prefeitura de Jaboticabal por 3x1. A competição é promovida por Jaboticabal e o time de Motuca participa como convidado especial. G. M. L.