UM SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA - ANO 8, NÚMERO 69 - PERIODICIDADE MENSAL- MOTUCA-SP, 30 DE SETEMBRO DE 2014 - R$ 2,50
Prefeitura aponta efeitos da crise e prevê orçamento “engessado”
Município deve arrecadar R$ 16,572 milhões em 2015; Índice utilizado para calcular repasse do ICMS teve variação negativa de 1.51%. Pág. 5 Jairo Falvo
Saúde
MPF recomenda que Motuca crie ações para que médicos cumpram horários Por meio de Ofício na forma de recomendação, Ministério Público Federal (MPF) orientou a Prefeitura a criar ações que solucione o problema do não cumprimento de horários por médicos e odontólogos do Sistema Único de Saúde (SUS). O documento prevê a inclusão de quadros com as escalas dos profissionais nas salas de recepção, além da instalação de instrumentos de controle eletrônico de frequência. Pág. 6
Hora do voto
Ideb maior Os anos iniciais do ensino fundamental da escola Maria Luiza Malzoni Rocha Leite receberam nota 6.3 do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), relativo ao ano de 2013, superando a meta de 6.1 estipulada para o período. As informações foram divulgadas nesse mês pelo Ministério da Educação (MEC). Com a pontuação, o município desponta com a segunda melhor avaliação entre as cidades vizinhas, atrás apenas de Matão. Pág. 6
Eleitores vão às urnas para escolher representantes a cinco cargos públicos Neste domingo (5), eleitores de todo o país vão às urnas para escolher os representantes políticos a cinco cargos públicos. Motuca possui 3.666 eleitores, que deverão comparecer aos locais de votação, a Escola Adolpho Thomaz de Aquino e a escola Maria Luiza Malzoni Rocha leite, das 8h às 17h, munidos de documento de identificação com foto. Não é obrigatório o título de eleitor. Pág. 8
Fundo Social inicia cursos de capacitação voltados aos moradores. Pág. 7
Grupo Batakerê exaltou culturas Africana e Indígena. Pág. 7
Editorial
Cenário, setembro de 2014
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SORTEIO CENÁRIO
A crise da cana Desde 2007, Motuca é uma cidade implantação do ATR produtores de ca- essencialmente agrícola relativo, fórmula de e grande parte de na-de-açúcar de cálculo de pagamentodo o país vem soto observada por seus recursos é frendo com a crise gerada nos campos muitos como prejudique afeta o setor. cial aos pequenos e O fim necessário da queima da médios produtores. palha e, por conseguinte, o adAs adversidades levaram vento da colheita mecanizada, produtores locais a levantaelevaram significativamente os rem a necessidade de união custos de produção. Além disso, como forma de sobrevivência entidades representativas cul- no setor. Dentre as propostas, pam a interferência do governo está a criação de uma assofederal no mercado de combus- ciação, que ajudaria a dimitíveis como um dos motivos para nuir os custos de produção a atual situação, por “segurar” o com a aquisição em conjunto preço da gasolina com o objetivo de insumos agrícolas, além de evitar o aumento da inflação. de propiciar maior poder de Se não bastassem estes pro- negociação com a indústria blemas, os produtores sofrem de processamento. Esta não também com as intempéries cli- é a primeira vez que a iniciatimáticas. A estiagem histórica des- va é proposta. No final da déte ano levou entidades do setor a cada de 90, fornecedores da reavaliarem a previsão de moa- usina Santa Luiza, na época gem da safra. A quebra deve che- em plena atividade, iniciaram gar a até 20%, prejudicando ainda processo de organização em mais o mercado e, consequente- parceria com a indústria, mas mente, toda a cadeia produtiva. que não se efetivou. E os problemas devem se arrasÉ em momentos de crise tar para a próxima safra, já que a que surgem as transformaseca afetou a formação da cana ções, seja para melhor ou planta e seu desenvolvimento. para pior. Motuca é uma cidaOs produtores de Motuca, de essencialmente agrícola e como nunca antes, sentem na grande parte de sua arrecapele (e no bolso), os reflexos da dação vem da riqueza gerada crise. Com a seca, todos contabi- nos campos, tanto dos agrilizam perdas significativas. Para cultores tradicionais como dos alguns, a produção caiu cerca de assentamentos. Desenvolver 40% comparando com a safra a agricultura significa meanterior. Atitudes protecionistas lhorar a situação da cidade. da São Matinho, única indústria A cana é o principal produto, a atuar na cidade, dimensionam atualmente, por aqui, mas dá ainda mais a situação dos forne- sinais de desgaste aos pecedores, que criticam a progra- quenos e médios produtores, mação da colheita e, agora, a como ocorreu em tempos remotos com o café e, mais recentemente, com a laranja. A crise atual, contudo, pode ser mais uma das várias que afetam o setor agrícola. Para enfrentá-la, além da união, é preciso mudar a forma de atuar no campo, que exige cada vez mais profissionalismo e dedicação por parte dos produtores. Aprimorar a gestão e incorporar novas culturas, diversificando a atividade, pode representar a saída para um campo mais produtivo e rentável em Motuca.
Assinante: Marcos Antônio de Paula (ganhou uma pizza oferecida pela Lanchonete do Levi)
Anunciante: Arboni (ganhou um sofiolli de presunto e queijo oferecido pela Magno Massas
Moradores reclamam de falta de iluminação em via do jd. bela vista Jairo Falvo
Rua foi construída em 2011
Construída em 2011, com recursos do governo federal de aproximadamente R$ 375 mil, a rua Antônio da Silva, localizada no Jardim Bela Vista, ainda não recebeu iluminação pública. Diante da falta da benfeitoria, moradores reclamam de problemas de segurança e do uso de drogas no local. “A rua ficou boa, mas é ruim ficar no escuro”, observa a aposentada Maria Thereza Nunes Dias. Para ela, a construção da via deveria ter sido
realizada contemplando a iluminação. “Como isso não ocorreu, esperamos que a Prefeitura resolva logo este problema”, reitera.
De acordo com o diretor da Prefeitura Marco Antonio Monnazzi, o município analisa a possibilidade da utilização de R$ 60 mil, já aprovado pelo governo do estado, para ser utilizado em infraestrutura. “Inicialmente, o recurso iria para o programa “Minha Casa, Minha Vida”, mas como foram constatados problemas na documentação do local, agora temos que alterar o destino do investimento”. A verba, no entanto, segundo Monnazzi, deve ser liberada somente após as eleições.
Morador aponta a necessidade de melhorar segurança de playground Jairo Falvo
Criança lesionou a cabeça no local
nou a cabeça. “Se ninguém tomar providência, alguém vai se machucar gravemente lá”, disse. O secretário de planejamento, obras e serviços Marcos Roberto Amistá diz que a Prefeitura já desenvolve trabalho de manutenção e tem planos para cobrir com areia o chão do local. “Estamos inclusive consertando o gira-gira, que quebrou recentemente, mas os danos são frequentes”, aponta. Segundo o secretário, os responsáveis pelas crianças devem
tomar todos os cuidados para evitar acidentes. “Já fomos acionados por pais que pediram a retirada do playground, mas se fizermos isso, certamente terão aqueles que virão até nós reclamar da falta dos brinquedos”, observa. Quer enviar reclamações ou sugestão de pauta? Mande sua mensagem para o Jornal Cenário no e-mail: cenarioregional@gmail.com
O morador Josuel Florêncio aponta a necessidade da Prefeitura melhorar a segurança do playground localizado na praça Francisco Thomaz de Aquino, no centro da cidade. De acordo com ele, uma menina de quatro anos caiu do alto do escorregador neste mês e lesio-
EXPEDIENTE
Jornalista: Jairo Figueiredo Falvo, MTB 44.652/SP Repórter: Gabriela Marques Luiz Colaboradores: Fábio Falvo, Milena Fascinelli, Ângela Santos, Emair Freitas, Irineu Ferreira, Felipe Carrelli, José de Carvalho, Carlos Alberto dos Santos, Pedro Vaz de Lima, Samuel Nosferatus; Nicinha Tiragem: 1.000 exemplares Circulação: Motuca-SP Contato: Tel.: 16 3348 11 85 - 99722 4608 e-mail: cenarioregional@gmail.com CNPJ: 07.650.710/0001-06 endereço: Av. Marcos Rogério dos Santos, 31, Centro, Motuca-SP - CEP: 14.835-000 - Impressão: O Imparcial, Araraquara-SP
16 - 3348 1185 cenarioregional @gmail.com
Artigos
Cenário, setembro de 2014
Wallans Oliveira*
IRINEU FERREIRA (NEU)*
Epidemia Branca “Tire o seu sorriso do caminho, que eu quero passar com a minha dor” (Nelson Cavaquinho).
Por vício ou compromisso, sempre caminho pela cidade. Aprendi a observar e sentir o cotidiano, fico atento aos sons, às vozes e ao silêncio significativo do povo. Procuro, como sempre, uma inspiração para uma crônica ou artigo, enfim, algo para alimentar meu blog e/ou uma coluna impressa, mas está difícil. O que vejo por aqui? Muito desencanto, desânimo excessivo, revolta. E algo ainda pior, o conformismo. O que me faz lembrar do português José Saramago, escritor de estilo persuasivo. Quem já leu Saramago sabe o que esperar. Uma literatura maculada de ironia, de um escritor que tem o senso crítico apurado. Para citar dois exemplos, dentre o conjunto de sua obra, fiquemos com “Ensaios sobre a Lucidez”, que, recomenda-se, deve ser lido concomitantemente a “Ensaios sobre a Cegueira”. No primeiro, o Prêmio Nobel de Literatura nos conta uma história fictícia, uma fábula. Na capital de um país imaginário, num dia chuvoso, poucos eleitores compareceram para votar durante a manhã. Preocupadas, as autoridades responsáveis pelo pleito chegaram a supor que haveria uma abstenção gigantesca. À tarde, quase no expirar do prazo, centenas de milhares de eleitores compareceram aos locais de votação. Formaram-se filas quilométricas, e tudo pareceu normal. Mas, para desespero das ditas autoridades, houve quase setenta por cento de votos em branco. Uma catástrofe. Longe da tradicional divisão dos votos entre os partidos da direita, do centro e da esquerda, o que se verificou foi uma opção radical pelo voto em branco. Usando o símbolo máximo da democracia, o voto, os eleitores pareciam questionar profundamente o sistema de sucessão governamental naquele país. É desse “corte de energia cívica” que fala Saramago. Ficava evidente que as instituições, partidos políticos e autoridades haviam perdido a credibilidade junto à população. O voto em branco fora uma manifestação inocente, um desabafo, sinal de indignação pelo descalabro praticado por políticos dos vários partidos. Diferentes, mas de atuações iguais, a usufruir de privilégios que afrontavam a população. Sentindo-se ameaçados, os governantes trataram de agir em nome da ordem, perseguindo, prendendo, maltratando, eliminando.Alguns dos que viveram os horrores da cegueira branca, voltaram a sofrer. Preocupados em salvar a própria pele, em garantir o poder,
É com tristeza que confesso: perdi a fé os governantes não perceberam que a cegueira branca de outrora, demonstrativo de que há muito o homem estava cego, tinham paralelo com o voto branco de agora, indicativo de que a população não perdera a lucidez. É desse ponto que passa a se desenvolver a trama do livro: o governo e as autoridades deixam a cidade entregue a si própria, abandonando-a e isolando-a. Acabarão por entrar em cena os mesmos personagens de “Ensaio sobre a Cegueira”, daí a recomendação de que os dois livros devam merecer leitura concomitante. Em “Ensaios sobre a Lucidez”, Saramago desenvolve uma crítica mordaz às instituições do poder político, ao sugerir que sob a democracia podem estar vetores de natureza autoritária. Alguns leitores chegaram à conclusão de que o autor usou de certa superficialidade na exploração do tema e na própria elaboração da narrativa. Esta, não obstante o estilo inconfundível, não chega a entusiasmar da mesma forma que “Ensaio sobre a Cegueira”, livro de narrativa épica, extremamente rico de emoções. Afora a preciosidade na demonstração de aspectos caricatos dos indivíduos e de toda uma sociedade, a viver num ambiente de completo caos, revelador de tudo o que de bom e, sobretudo de mau o ser humano é capaz.“Ensaios sobre a Lucidez” fica muito aquém desse grande livro, valendo, ainda assim, como outro original exemplo de descrição da fragilidade da sociedade política. Mas, voltando à realidade, como será que o leitor vê e sente os comportamentos acima descritos? No próximo mês, ou seja, outubro deste ano, teremos eleições para presidente, governadores, senadores e deputados. Em 2016, eleições municipais.Talvez você, leitor, possa fazer um exercício de rebeldia, de protesto. Iniciar uma campanha pelo voto em branco ou nulo. Ou, como na obra literária acima comentada, não comparecer às urnas. Seria uma maneira inédita de demostrarmos nosso descontentamento com os nossos políticos. Estou em um momento de profundo descrédito com a classe política brasileira, principalmente a local. O executivo e o legislativo nos deixam indignados com atuações que não condizem com seus cargos. É com
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tristeza que confesso: perdi a fé. A insensibilidade, a frieza e a preguiça são explicitadas em tantas ações e omissões que, para além do “fingir que faço”, ao meu modo de pensar, descortinam algo mais sério, mais profundo, que precede tais posicionamentos alheios à sociedade: a vaidade, o apadrinhamento, o imediatismo latente, a manutenção do poder acima de tudo e de todos. O quadro atual propõe, antes que seja tarde, a mobilização do cidadão. Não mais aquela que há 24 anos a levou à emancipação política. Urge mobilizar toda a cidade, para defender a transparência, a moral, a ética e a democracia, o bem-estar do corpo e do espírito, defender os valores da sociedade, do presente e do futuro. Votar em branco ou nulo pode ser uma solução radical, extrema, mas, é uma maneira de conclamar nosso povo a lutar pela sobrevivência, pela liberdade de pensar e de agir, de expurgar a submissão e a apatia. O “brasileiro cordial”, de que falava Sérgio Buarque de Hollanda, esse não nos contempla ou interessa mais. Precisamos criar movimentos de bairros, grupos de discussão e de mobilização social, participar deles e fomentar a participação por parte de outros. Que sejam movimentos voltados para a construção de uma nova cidade, uma cidade com nosso jeito de ser, sem mentiras e dissimulação, sem a corrupção que toma conta do país. Quem sabe votando em branco, falo de todos nós, sem exceção, num gesto de exasperada indignação, não lográssemos acordar os governantes, sempre muito ocupados com a gestão de situações voltadas para objetivos midiáticos e eleitorais, sempre distantes da simples percepção das realidades cotidianas que trazem desconforto à coletividade. Quando o eleitor vota em branco, vota pela insubmissão, vota pela justiça e pelo livre pensar, vota por todos nós. (*) Servidor Aposentado da Unesp - FCF/CAr; Pós-Graduação “LatoSensu” em Gestão Pública- Gerência de Cidades – FCL/UNESP; www.artigosdoneu.wordpress.com
O Espírito Velho O contínuo enve- Admitir-se velho não como faixa etária demograficamente lhecimento das popué impor a si qualquer dominante demanlações dos países subdesenvolvidos e, mais espécie de setença da, sobretudo, a desmistificação de uma acentuadamente, nos série de preconceitos que recaem sobre países em desenvolvimento, como o Brasil, alerta para um fenômeno há a velhice; muitas vezes alimentados pelos muito previsto: estamos deixando de próprios idosos.Ao reproduzir o moderno padrão do “espírito jovem” o idoso nega ser um país jovem. Segundo dados do IBGE (2011), sua condição e subsidia o preconceito de 1990 até os dias de hoje o nú- contra si próprio. Ao negar a velhice ele mero de pessoas com mais de 60 nega, também, a sua identidade. O discurso aparentemente bem anos no Brasil cresceu 47%. Em intencionado que procura manter ou contrapartida, há menos crianças atualmente em comparação com resgatar a juvenilidade é, na verdade, o final do século XX. Até 2025 a permeado por conceitos infundados. população idosa deverá compor Nele, o corpo, a mente, a criatividade e aproximadamente 33 milhões de a moral em perfeito estado são caractehabitantes. Diversos fatores como rísticas genuínas da juventude. Portanto, a redução da taxa de natalidade dentro dessa lógica contraditória, cabe e o aumento da qualidade e ex- aos mais velhos portarem-se como pectativa de vida contribuem para jovens em recusa a toda uma história a afirmação destes números. Este que se expressa no corpo, na mente e processo de mudanças já reverbera no comportamento em troca da aceicom grande impacto sobre a socie- tação social e status de “melhor idade”. Admitir-se velho não é impor a si dade e outras esferas como, por exemplo, na economia, cultura e até qualquer espécie de sentença. É a alianmesmo na ciência e na tecnologia. ça entre corpo e espírito que conduz à Tal como a realidade, a per- harmonia entre ambos e, dessa forma, cepção da velhice pela sociedade revela a identidade.Não cabe ao tempo a também mudou. O termo ‘velho’ simplória tarefa de curvar-nos à efemeriganhou diversas conotações ao dade da vida.Ao tempo cumpre a função longo da história. Até o século XVIII de imprimir à vida a nossa história, e esta a velhice era considerada ridícula; ostenta maior valia do que qualquer coisa no século XIX o velho era tido com que seja menor do que a eternidade. um sábio; a partir do século XX a (*) Wallans é estudante do 3º ano excessiva valorização da juvenilidade do curso de Ciências Sociais e da conservação física e psicológica pela Unesp de Araraquara do ser fez com que o “espírito jovem” se tornasse um ideal que se impôs Excepcionalmente nesta edição não publicaremos a coluna do Emair Freitas em detrimento da velhice. Entretanto, este ideal de vitalidade inspirado nos valorizados modelos de juventude contrastam com as tendências biológicas a que estamos sujeitos, inibindo a sustentação do “espírito jovem” na forma como ele é concebido. Esta cultura de supervalorização da juventude alimenta um mercado que, cada vez mais, tem seus lucros potencializados pelos padrões vigentes. Divididos entre a necessidade e a vaidade, só no ano de 2010 cerca de 35 mil pacientes com mais de 65 anos se submeteram a algum tipo de cirurgia plástica no Brasil. A ascensão da terceira idade
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Cidade
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Prefeitura de Motuca prevê orçamento “engessado” e limita investimentos Profissionais do município apontam prejuízos financeiros com a crise econômica mundial, que afetou repasses Jairo Falvo
Audiência na Câmara apresentou orçamento de 2015
A receita líquida corrente do município prevista para o ano que vem é de R$ 16,572 milhões, de acordo com estudo elaborado pela Prefeitura e divulgado em audiência pública realizada na Câmara Municipal no
dia 29 de setembro. A estimativa é 5,1% maior que a previsão de arrecadação inicial prevista para este ano, de R$ 15,757 milhões, e 3,5% maior avaliando as receitas próprias. “A previsão é de um orçamen-
Agentes têm salário equiparado ao piso estipulado em lei federal
A Câmara aprovou neste mês projeto elaborado pelo poder executivo que equipara o salário de agentes comunitários de saúde e de controles de vetores ao piso de R$ 1.014,00, estipulado na Lei Federal 12.994, de 17 de junho deste ano, que prevê ainda assistência financeira complementar por parte do governo federal de até 95% do valor. O projeto aprovado no município
determina que a jornada de trabalho dos agentes de controle de vetores fica reduzida para 40 horas semanais. O cargo de agente comunitário de saúde já havia conquistado benefício neste ano, com a aprovação de lei que obriga os municípios a contratarem os profissionais por meio de concurso público. Anteriormente, a contratação era realizada de forma temporária.
to engessado”, aponta a diretora de administração e finanças Ana Cecilia Pezzan Orle Mestre. De acordo com ela, a crise econômica mundial afetou negativamente os repasses da Prefeitura, o que inviabiliza o investimento em “grandes obras”. “Incluímos no planejamento apenas dois gabinetes odontológicos e recursos para o convênio com o governo do estado para a construção da creche escola”, explica a diretora. Assim como no ano passado, a Prefeitura instalou urnas em pontos de grande circulação de pessoas com o objetivo de buscar as sugestões populares para que sejam incluídas no orçamento. A diretora não soube informar a quantidade de sugestões depositadas. “Mas fo-
ram bastante”, relata. Questionada pelo Cenário quais serão aproveitadas no planejamento orçamentário, ela disse que “todas já estavam inclusas no orçamento”. De acordo com estimativa provisória, o Fundo de Participação do Município (FPM) continua sendo a principal receita de Motuca, com o valor de R$ 6.042.448,00. No entanto, o valor real do repasse será divulgado no final de novembro. A segunda maior receita local é o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS), cuja previsão líquida para 2015 é de R$ 3,840 milhões. Com a inclusão do Fundeb, o valor é de R$ 4,8 milhões.
Variação negativa Para o diretor da divisão de contabilidade da Prefeitura, Victor Paiva, o montante do ICMS foi prejudicado por causa da crise econômica mundial. O Índice de participação do município (IPM), utilizado para calcular o repasse, teve variação negativa de 1,51%. “Muitos municípios da região também apresentaram queda no IPM. Somente as cidades com grandes empresas conseguiram aumentar o percentual”.
Orçamento prevê contribuição para iluminação pública A peça orçamentária para o exercício de 2015 apresentada pela Prefeitura prevê a arrecadação de R$ 81 mil relativos à Contribuição para Iluminação Pública (CIP). A iniciativa vem de encontro com a determinação da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que irá transferir serviços de iluminação pública, que englobam o projeto, implantação, expansão, instalações, manutenção e consumo de energia aos municípios baseada em artigo da Constituição Federal. A previsão era que as responsabilidades fossem transferidas no início de 2014, mas foram prorrogadas pela ANEEL até o dia
31 dezembro de 2014. A Câmara Legislativa de Motuca aprovou projeto de lei em novembro do ano passado que estipulou valor de R$ 5 a ser cobrado de residências, comércios e indústrias, com exceção de moradias com faixa de consumo até 50 kwh. O município possui 1.251 relógios de controle de energia. De acordo com o diretor da divisão de contabilidade da Prefeitura, Victor Hugo Paiva, o município pretende terceirizar os serviços, provavelmente por meio de um consórcio municipal. “De acordo com estudos, esta é a forma mais barata de realizarmos os trabalhos”, explica. Ele afirma que a Prefeitura
articula junto a CPFL a transferência dos ativos de iluminação como lâmpadas, braços e postes em perfeitas condições de uso. ICMS Ecológico Paiva revelou também que o município articula a adesão ao ICMS Ecológico, que é uma receita direcionada os municípios onde existem bens ambientais como Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL). “Temos agora em nosso quadro de funcionários um profissional da área ambiental que irá desenvolver estudos e levantamentos para conquistarmos mais este recurso”, aponta.
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Cidade
Motuca supera meta do Ideb nos anos iniciais do ensino fundamental
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Histórico de Motuca nas notas do Ideb Anos iniciais do ensino fundamental
2005 - 5.1 2007 - 5.2 2009 - 5.9 2011 - 5.5 2013 - 6.3
Anos finais do ensino fundamental
2005 - 4.4 2007 - 4.8 2009 - 4.7 2011 - 4.0 2013 - 4.9
Avaliação realizada com alunos da escola Maria Luiza é uma das melhores da região
Os anos iniciais do ensino fundamental realizados na escola Maria Luiza Malzoni Rocha Leite receberam nota 6.3 do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), relativo ao ano de 2013, superando a meta de 6.1 estipulada para o período. As informações foram divulgadas neste mês pelo Ministério da Educação (MEC). Com a pontuação, o município desponta com a segunda melhor avaliação entre as cidades vizinhas,
atrás apenas de Matão, além de apresentar desempenho melhor que a média do país (5.2) e do estado de São Paulo (6.1). Divulgado a cada dois anos, o Ideb demonstra retorno de crescimento de Motuca na pontuação relativo aos primeiros anos do ensino fundamental. Em 2011, o município apresentou queda em tal quesito, com nota 5.5, menor que 2009, quando alcançou 5.9. “O resultado demonstra o bom trabalho que está sendo desenvolvido pela equipe envolvida na
educação em nossa cidade com grande apoio do prefeito Celso”, ressalta a secretária de educação, cultura, esporte e lazer, Elaine Cristina Marques Luiz. A secretária observa como fatores para o bom desempenho do município a implantação no ano passado de programa permanente de capacitação voltado aos professores e simulado realizado quinzenalmente com alunos para o acompanhamento de seus desempenhos nas aulas. Outra iniciativa do atual governo, as apostilas NAME, do Sistema COC, observadas como importantes para melhorias na rede de ensino municipal, não influenciaram o resultado, pois foram disponibilizadas no início deste ano. Com relação aos últimos anos do ensino fundamental realizados na escola Adolpho Tho-
maz de Aquino, Motuca alcançou pontuação 4.9, melhorando a avaliação de 2011, quando chegou a nota 4.0, a menor desde que iniciaram as divulgações do Ideb, em 2005. No entanto, o município não conseguiu atingir a meta estipulada para o período, de 5.3. “A elevação do índice já é uma vitória para toda a equipe”, aponta Elaine.
da Prova Brasil das taxas de aprovação, calculadas com base nas informações prestadas ao Censo Escolar. Em cada período são estipuladas metas a serem atingidas pelas instituições até o ano de 2021.
Ideb As avaliações do Ideb começaram a ser divulgadas em 2005. Ele é calculado para os alunos do quinto e nono anos do ensino fundamental e terceiro ano do ensino médio. Desde então, a cada dois anos são revelados o desempenho para escola, município, unidade da federação, região e Brasil obtido pelos alunos que participaram
Ministério Público Federal recomenda que Motuca crie ações para que médicos do SUS cumpram horários Documento aponta a necesssidade do município informar jornada dos profissionais e de instalar ponto eletrônico nas Unidades Básicas de Saúde O Ministério Público Federal (MPF) enviou neste mês à Prefeitura de Motuca Ofício na forma de recomendação para que sejam efetivadas no município ações que solucione o problema do não cumprimento de horários por médicos do Sistema Único de Saúde (SUS). O documento aponta a necessidade de instalação de quadros informativos nas salas de recepção das Unidades de Saúde, com os nomes de médicos e odontólogos em exercício naquele dia, sua especialidade e os horários de início e término da jornada. A recomendação
indica ainda aos municípios que as informações sejam publicadas na internet. Outra iniciativa direcionada para a Prefeitura é a instalação de instrumentos de controle eletrônico de frequência dos servidores vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS) e determinar às unidades que disponibilizem os registros de ponto aos interessados em consultá-los. De acordo com o MPF, os problemas de assiduidade dos servidores implicam deficiências no atendimento inclusive em programas federais aos quais muitos também estão vinculados. “Faltas
e atrasos injustificados oneram o sistema público e contrariam o direito constitucionalmente assegurado dos cidadãos de ter acesso a saúde de qualidade e assistência digna”, aponta o órgão, por meio da assessoria de imprensa.
Além de Motuca, outras 32 cidades das subseções judiciárias de Araraquara e Marília receberam as recomendações, que são ferramentas extrajudiciais de atuação do Ministério Público para assegurar a efetivação da or-
dem jurídica ao orientar órgãos públicos para que eles cumpram determinados dispositivos legais. O MPF tem o poder de recorrer à Justiça Federal para obrigar o cumprimento das proposições, caso as Prefeituras não acatem.
Município já iniciou cumprimento das recomendações, diz secretário O secretário de saúde de Motuca Fernando Luiz Franciscato afirma que o município já iniciou o cumprimento das recomendações direcionadas pelo Ministério Público Federal (MPF). De acordo com ele, o documento prevê prazo de 60 dias para que as ações sejam efetivadas. O despacho foi enviado para a Prefeitura no dia 28 de agosto. “O departamento de compras da Prefeitura já iniciou o processo de licitação para a aquisição de dois pon-
tos biométricos, um deles para substituir o já existente na UBS da área urbana e o outro para ser instalado na UBS do Assentamento”, explica o secretário. Além dos pontos, complementa ele, o município também irá cumprir as demais orientações. “Tudo o que foi recomendado iremos acatar”, acentua. Franciscato diz que a Prefeitura irá adotar as medidas dentro do prazo, mas com cautela para evitar prejuízos para os usuários. Uma das
iniciativas, explica, é a realização de uma reunião com os médicos e odontólogos para informá-los sobre as recomendações do MPF e da necessidade do município executá-las. “O não cumprimento acatará em medidas administrativas”, destaca o secretário. De acordo com ele, o comportamento dos médicos do SUS é uma realidade não só de Motuca, mas de todas as cidades. “É uma cultura que está enraizada em nosso país”, observa.
Geral
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Cursos oferecidos pelo Fundo Social contribuem com a capacitação de moradores
Jairo Falvo
Atividades como “Padaria Artesanal” e “Assistente de Cabeleireiro” estão sendo realizadas tanto na área urbana como no Assentamento de Motuca Os cursos “Padaria artesanal” e “Assistente de cabeleireiro”, iniciados no final do mês passado pelo Fundo Social de Solidariedade de Motuca contribuem com a capacitação profissional de moradores da cidade e do Assentamento. Ambos foram conquistados junto ao FUSSESP (Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo) a partir de articulação da primeira
dama Sérgia Ribeiro, presidente do órgão municipal. As atividades são realizadas duas vezes por semana e disponibilizam dez vagas pelo período de capacitação. A proposta é formar 60 profissionais em cada curso. Por conta do período eleitoral, os eventos de inauguração e de entrega dos diplomas serão realizados após outubro. A “Padaria Artesanal” é realiza-
da tanto na cidade, no Clube da 3ª Idade, como na Fazenda Monte Alegre, no Centro Comunitário do Assentamento 2. A partir do convênio, foram disponibilizados para cada curso kit composto por um forno a gás em aço inox, uma mesa em aço inox, quatro assadeiras e um liquidificador industrial, além de recursos para manter as atividades. O curso traz uma cartilha com orientações para o preparo de dez tipos de pães. “A gente ensina o básico e depois cada um usa sua criatividade para deixar a receita ainda melhor”, explica a coordenadora do curso Noraci Aparecida Mandra dos Reis, que também atua como monitora após realizar capacitação em São Paulo. De acordo com Noraci, al-
Grupo Batakerê exaltou culturas Africana e Indígena com o espetáculo “Girar” Evento foi realizado em Motuca, no dia quatorze, na praça do Centro Comunitário Jairo Falvo
Integrantes durante a apresentação na cidade
O grupo Batakerê, de São Paulo, apresentou no dia 14, na praça do Centro Comunitário, o espetáculo “Girar”, que exaltou a cultura africana e a indígena a partir de movimentos de capoeira, dança, música e poesia. O público presente no evento se divertiu e interagiu com os doze componentes, que realizam turnê em várias cidades do estado desde agosto a partir do Proac (Programa de Ação Cultural), da Secretaria Estadual de Cultura. “Surgimos em 2003 na periferia
da zona leste de São Paulo e agora estamos levando o espetáculo com o propósito de inserir a cultura na vida das pessoas, principalmente nas localidades mais carentes de arte”, explica o artista Pedro Peu, idealizador e um dos fundadores do grupo, que vem desenvolvendo diferentes atividades artísticas, como oficinas de música e dança na capital paulista. De acordo com Pedro Peu, a ideia do grupo é fundar uma ONG voltada à educação e valorização da arte. “A
cultura não pode ser vista apenas como um mecanismo para tirar as crianças da rua, mas também como uma forma de agregar valores na vida das pessoas”, acentuou. A atividade contou com o apoio da secretaria municipal de educação, cultura, esporte e lazer e do departamento de cultura.
Primeira dama Sérgia Ribeiro acompanha o aprendizado
guns dos moradores que participaram da primeira turma estão usando o aprendizado para aumentar a renda familiar. “Mas também existe quem usa os ensinamentos para fazer as receitas em casa para a família”, conta. É o caso da dona de casa Pamela da Cruz, de 24 anos. “Fiz uma rosquinha de calda para as crianças e elas adoraram”, destaca. Assistente de Cabeleireiro O curso “Assistente de Cabeleireiro” é realizado somente no Assentamento 2, com duas turmas. Foram destinados pelo convênio diversos equipamentos como cadeiras hidráulicas, carrinhos auxiliares de apoio, secadores, pranchas para alisar e fazer cachos, além de máquinas de corte. A Prefeitura disponibiliza veículo que passa em pontos específicos da cidade e dos As-
sentamentos para que todos os interessados possam participar. De acordo com a monitora Tatiane Gevezier de Freitas, os alunos aprendem as principais técnicas utilizadas em um salão de beleza. “A gente segue um cronograma da apostila, com atividades como escovação, corte e até luzes”, explica. A dona de casa Aline Casagrande Zanardi, de 24 anos, pretende utilizar os ensinamentos para abrir um salão em sua casa, no Assentamento 2. “Observo esta oportunidade, pois aqui não existe e todos precisam deste serviço”, acentua. Serviço: Os interessados em participar dos cursos devem procurar as agentes comunitárias de saúde da cidade e dos Assentamentos ou a Noraci. Telefone: 3348 9300
Atividades proporcionam oportunidade para melhorias na renda dos beneficiados As atividades disponibilizadas pelo Fundo Social de Solidariedade proporcionam oportunidade para que moradores em situação de vulnerabilidade social desenvolvam habilidades que possibilitem melhorias de suas rendas. Integrantes do programa assistencial “Bolsa Família” iniciaram participação nos cursos “Padaria Artesanal” e “Assistente de Cabeleireiro” tanto na área urbana como nos Assentamentos. “Nossa proposta é capacitar as pessoas para que elas tenham condições de, futuramente, caminharem com as próprias pernas”, explica a primeira dama Sérgia Ribeiro, presidente do Fundo Social de Solidariedade e responsável pela vinda dos cursos para Motuca. De acordo com ela, outro fator importante das ativi-
dades é a elevação na autoestima dos participantes. “Uma das alunas me contou que não tinha dinheiro para ir a um salão de beleza, mas agora com o aprendizado ela está realizando seus próprios penteados e se sentindo muito bem”, ressalta. Sérgia diz que já está encaminhado junto ao FUSSESP o interesse de outros cursos da “Escola da Beleza” em Motuca como depilação, design de sobrancelhas, manicure e pedicure. Além disso, segundo ela, existe o pedido para a adesão de convênio com a “Escola de construção civil”, que disponibiliza cursos como mestre de obras, encanador, assentador de piso, entre outros. “Continuarei buscando sempre programas de capacitação para Motuca”, conclui a primeira dama.
Geral
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Domingo é dia de eleição
Jairo Falvo
Eleitores da cidade irão votar nas escolas Maria Luiza e Adolpho das 8h às 17h Neste domingo (5), eleitores de todo o país irão às urnas para escolher os representantes políticos a cinco cargos públicos: presidente, governador, senador, deputado federal e deputado estadual. Motuca possui 3.666 eleitores, que deverão comparecer aos locais de votação, a Escola Adolpho Thomaz de Aquino e a escola Maria Luiza Malzoni Rocha Leite, das 8h às 17h, munidos de documento de identificação com foto. Não é obrigatório o título de eleitor. O segundo turno será reali-
zado no dia 26 de outubro, também no mesmo horário, com os dois candidatos mais votados para governador e presidente, caso nenhum alcance mais de 50% dos votos válidos. Para as eleições deste ano, existem onze candidatos disputando a vaga para a presidência. Na disputa no estado, nove candidatos postulam uma vaga para o senado e nove para governador. São disponibilizadas 70 vagas para deputado federal e 94 para deputado estadual. Em Motuca, os eleitores demonstram suas opções para o
pleito. O comerciante José Donizete Vaz de Lima, revela que irá votar na candidata Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT). “Em minha opinião, ela deu continuidade ao trabalho do ex-presidente Lula, que ajudou muito na questão social e deixou o país melhor”, aponta. A aposentada Angela Santos revela que escolheu a candidata Marina Silva (PSB) pela sua trajetória pessoal e política. “Observo que ela possui condições de atrair ao seu redor pessoas honestas e competentes. Além disso, acredito que seja a pessoa certa para enfrentar a corrupção que se alastra por nosso país”, salienta. Para a agente de turismo Maria Zenaide Gonçalves, o melhor candidato é Aécio Neves (PSDB). “Conheci ele pessoalmente em uma viagem que fiz para Belo Horizonte e percebi a sincerida-
Pior seca da história recente aumentou focos de incêndio e diminuiu reservas de água Ano com tão pouca chuva só daqui a 900 anos, diz tenente da Polícia Ambiental Jairo Falvo
Fogo destruiu área de canavial de Motuca no mês passado
A pior seca em 80 anos na região centro sul do país aumentou a quantidade de focos de incêndio em áreas de canaviais e de vegetação e diminuiu drasticamente o nível de água em mananciais, rios e em galerias subterrâneas. As chuvas que iniciaram a partir da segunda
quinzena deste mês apontam para o fim da estiagem. Em Motuca, aconteceram neste mês mais incêndios considerados criminosos em canaviais, que destruíram grandes áreas de lavouras e de vegetação nativa. Duas ocorrências nas proximidades de Rincão
chegaram a atingir postes de iluminação, deixando a cidade sem energia por várias horas. De acordo com o tenente José Leandro de Oliveira, da Polícia Ambiental de Araraquara, estaticamente, outro ano com tão pouca chuva acontecerá somente daqui a 900 anos. “Foi algo histórico que trouxe inúmeros prejuízos para a sociedade”, ressalta. Ele cita a drástica diminuição do volume de rios. “Em várias partes do Mogi é possível caminhar sobre as pedras”, conta. Também lamenta a destruição de áreas de conservação como a Estação Ecológica de Jataí, em Luiz Antônio, município próximo de Motuca. “São locais que oferecem importantes serviços ambientais, que agora levarão anos para se recomporem”, finaliza.
Moradores durante a última votação realizada na cidade
de e honestidade, além de possuir experiência administrativa por ter governando por vários anos o estado de Minas Gerais”, destaca. Relação com o município Com relação à escolha dos candidatos a deputado federal e estadual, o aposentado Waldemiro Baesso, de 58 anos, o Mami, diz que é importante
que os eleitores de Motuca votem naqueles que possuem alguma relação com o município. “Eles devem conhecer o que a gente precisa e ajudar a resolver nossos problemas”. Outro fator, segundo ele, é que o candidato demonstre atuação nos quatro anos de mandato, não apenas no momento das eleições. “Tem que ser ativo”, destaca.
Cartório orienta eleitores para que preparem a “cola” com antecedência De acordo com José Adilson de Abreu Junior, chefe do Cartório da 385ª Zona Eleitoral, que atende as cidades de Araraquara, Motuca e Gavião Peixoto, é importante que os eleitores preparem com antecedência a “cola”, como é chamada a anotação em um papel dos números dos candidatos. “A eleição deste ano é mais demorada, em razão do maior número de cargos em disputa, por isso, para facilitar no momento do voto, é preciso ir preparado”, destaca.
Para a eleição deste ano, estava sendo desenvolvido pela Justiça Eleitoral o envio direto dos dados registrados nas urnas para o Cartório após o término da votação. A ideia com a novidade era agilizar o sistema de apuração. No entanto, de acordo com Abreu Junior, a medida foi suspensa nas duas cidades. “A Justiça eleitoral fez alguns simulados e observou algumas falhas na conexão e considerou melhor não implantar neste momento”, explica.
Agricultura
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Projeto do SEBRAE-SP busca fortalecer trabalho de cooperativa Iniciativa com a COOPAM será realizada em dois anos; próximo encontro acontecerá no dia 13 de outubro Serão dois anos de atividades. De janeiro de 2015 a dezembro de 2016 o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (SEBRAE-SP) irá transferir e aplicar conhecimentos organizacionais aos integrantes da Cooperativa de Produtores Agrícolas de Motuca e Região (COOPAM) para o aprimoramento de suas ações voltadas ao conceito de “Gestão e Acesso a Mercados”. No primeiro encontro, rea-
lizado no dia onze de agosto na sede da organização, localizada no Assentamento IV, da Fazenda Monte Alegre, por meio de dinâmica conduzida por profissionais do SEBRAE-SP, foi elaborado diagnóstico da gestão da cooperativa. “A partir de discussões com os integrantes, levantamos as principais dificuldades que eles enfrentam e, em seguida, transformamos os problemas em soluções”, explica o engenheiro agrônomo Luiz Felipe Cavallari,
responsável pelo projeto junto com a profissional Isley Gianetti Napolitano Cruz, ambos consultores do SEBRAE-SP. Denominada Oficina de Planejamento Participativo (OPPAs), a atividade resultou em uma peça de planejamento com a definição de elementos como público alvo, objetivo geral, foco e ações estratégicas. “Determinamos quem executa a ação e em qual período, desde os cooperados, além de órgãos públicos e privados que participam das atividades da organização e que queiram ser parceiros no projeto”, reitera o consultor. Para o segundo encontro, previsto para ocorrer no próximo dia treze de outubro, o SEBRAE-SP convidou, além dos cooperados, representantes da Secretaria de
Agricultura de Motuca e da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI). “Iremos apresentar a estrutura do projeto e a programação das atividades de 2015 e 2016”, salienta. “Aqueles que concordarem em cumprir as etapas, irão assinar o termo de compromisso de Acordo & Resultados”. Cavallari ressalta a união como fator de fortalecimento dos agricultores locais. “Desta forma, é possível levar a cooperativa em outros patamares de desenvolvimento e comercialização, integrando os planejamentos individuais de produção em função dos mercados institucionais, que são regidos por editais, bem como mercados privados”, expõe. Oportunidade Para o presidente da COO-
PAM, Luiz Henrique Gomes, o projeto representa uma oportunidade para melhorias no desenvolvimento dos trabalhos. “Encontramos várias dificuldades no nosso dia a dia e esperamos agora passarmos por todas com esses conhecimentos”, destaca. Atualmente, a COOPAM possui 47 cooperados, além de mais de cem agricultores que comercializam seus produtos por intermédio da organização, que vem crescendo desde a sua fundação graças a programas governamentais como PPA e PPAIS.
Produtores de cana de Motuca pregam união como forma de sobrevivência Crise e problemas conjunturais afetaram substancialmente remuneração da principal cultura plantada na cidade Jairo Falvo
Encontro neste mês abordou atual situação do setor
Produtores de cana de Motuca apontam a união como forma de sobrevivência no setor. A crise mercadológica que se arrasta há alguns anos aliada a políticas protecionistas das indústrias, a estiagem histórica e o aumento dos custos de produção pelo
surgimento de novas pragas e da colheita mecânica afetaram substancialmente a remuneração da principal cultura plantada na cidade. Em encontro realizado neste mês no Centro Comunitário, produtores locais debateram a atual
situação do setor. “Tenho conversado com agricultores tradicionais da região e eles observam a necessidade de trabalharmos em conjunto, caso contrário será muito difícil continuar na atividade”, destacou o agricultor José Luiz de Laurentiz Sobrinho, popularmente conhecido como Zé Luizinho, que também atua como vice-prefeito de Motuca, a um grupo de aproximadamente 20 produtores. Entre as ideias propostas está a criação de uma associação local. De acordo com Zé Luizinho, a organização proporcionaria força para a negociação com a São Martinho, única indústria que atua no município, além de propiciar a compra em conjunto (pool) de insumos agrícolas com o propósito de diminuir os custos. Entre as críticas dos produtores em relação a atuação da usina, destaca-se a forma como lida com a retirada das canas dos fornecedores. “Ela priorizam as lavouras dela e o corte dificilmente é realizado no
melhor período de maturação, ocasionando prejuízos”, aponta o produtor Antonio de Pauli Neto. Outro fator que trouxe descontentamento aos produtores locais é a implantação na atual safra pela usina São Martinho do ATR relativo, cálculo de remuneração previsto no manual do Consecana (Conselho dos Produtores de Cana-de-Açúcar, Açúcar e Álcool) criado com o objetivo de garantir o processamento linear do produto durante toda a safra. “É uma forma injusta, pois penaliza o pequeno e médio produtor que não tem condições de entregar a cana durante o ano todo”, aponta o produtor
Álvaro Thomaz de Aquino. De acordo com ele, a remuneração dos produtores deve ser menor com o novo cálculo. Poder de negociação Entidades do setor apontam queda de até 20% na produção de cana no centro sul do país na atual safra, comparando com a anterior. O principal motivo é a estiagem histórica que atinge a região, a pior nos últimos 80 anos, que afeta a atual safra e a próxima por conta da escassez hídrica. “Este é um cenário adequado para nos juntarmos e realizarmos as negociações com as indústrias, pois irá faltar cana no mercado”, ressalta Zé Luizinho.
Cotidiano
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Banho de cachoeira Cidade de Motuca é conhecida na região por suas diversas cachoeiras Analder Magalhães
“Com certeza, você já se banhou na queda de uma cachoeira / Sentindo a sensação da
sua alma sendo purificada por inteira.” A música “Com certeza”, da banda de reggae Planta e Raiz, define bem o sentimento dos apaixonados por cachoei-
ras. O auxiliar administrativo Rodolfo Veronezi de Arruda, 22 anos, é um deles e frequenta as cachoeiras de Motuca há nove anos. A Cachoeira do Adão foi a primeira que Arruda conheceu em passeio de bicicleta com os amigos. Desde então, um dos hobbies preferidos dele é “lavar a alma” nas cachoeiras. As Cachoeira do Pilão e a Cachoeira do Dois são as suas preferidas. Nos meses mais quentes, Arruda e os amigos visitam os locais duas vezes por mês, no mínimo. “Nem sempre vou para a cachoeira para nadar. O mais importante é interagir com a natureza e confraternizar com os amigos”, conta. Churrasco com cerveja é o cardápio principal nesses passeios. No fim do dia, nada de deixar o lixo na cachoeira. “Recolhemos tudo. Se gostamos tanto do lugar, não podemos contaminá-lo”, afirma.
O diretor municipal de Meio Ambiente, Rodrigo Veronezi de Arruda, ressalta que recolher o lixo produzido durante a visita é essencial para a preservação das cachoeiras. “Diferente das cidades, que
possui coleta periódica do lixo, nas cachoeiras não é oferecido esse tipo de serviço. Logo, a limpeza do local conta apenas com a boa vontade dos frequentadores”, diz. A ação protege os recursos hídricos, a mata ciliar e a biodi-
versidade e evita a contaminação da água e do solo. “Hoje, as cachoeiras são utilizadas apenas para banho. Mas nada impede que, no futuro, esses lugares sejam necessários para outros fins, como abastecimento”, observa.
Visitantes “lavam a alma” nos belos locais da cidade Por Gabriela Marques
Lixo e meio ambiente: nada a ver
Conheça algumas cachoeiras de Motuca Rodrigo Arruda
Cachoeira do Pilão Localizada a oito quilômetros de Motuca, a Cachoeira do Pilão é uma das mais belas cachoeiras da região. Possui cerca de dez metros de altura e suas águas rolam de um paredão rochoso vertical incrível. Constantemente, pessoas de diversas cidades visitam esta maravilha da natureza. Rodrigo Arruda
Cachoeira do Dois A Cachoeira do Dois ganhou esse nome por estar situada nas terras da Fazenda Monte Alegre (Assentamento 2). Com apenas 1,5 metros de altura, apresenta uma camada rochosa extensa fantástica acima do ponto de queda. Está localizada a 17 quilômetros de Motuca. Rodrigo Arruda
Cachoeira da Água Quente Há 16 quilômetros do município de Motuca, A Cachoeira da Água Quente tem a temperatura diferenciada da maioria devido à existência de uma represa que antecede a queda d’água. Possui cerca de quatro metros de altura, formando um bonito lago. A sua mata ciliar foi recuperada pelo processo de reflorestamento.
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Espaço Ecologia
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Especialista destaca a importância da arborização na área urbana De acordo com o engenheiro José Walter Figueiredo, ideal é que ao menos 30% da cidade tenha cobertura verde Jairo Falvo
“É fundamental que os plantios sejam bem distribuídos, contemplando tanto as áreas centrais como as periferias, e que exista um planejamento adequado, respeitando fiação elétrica e as dimensões dos recortes nas calçadas”, ressaltou o especialista, que elencou vários benefícios da arborização urbana como cidades com temperaturas mais amenas, diminuição da incidência de câncer de pele na popula-
ção, além de diminuição dos custos com manutenção nos asfaltos. “Os pingos das chuvas que caem direto nas vias são um dos principais causadores dos buracos”, explicou. De acordo com ele, é necessário também que a população seja educada para lidar corretamente com as árvores. “É muito comum os moradores realizarem podas exóticas, criando anomalias que classifico como
“árvores poodle” ou “árvores cotonetes”, que prejudicam drasticamente seus desenvolvimentos”, ponderou. “Além de estarem praticando um crime ambiental”, completou.
Prefeitura conclui primeira etapa do projeto Sombrear Plantio de árvores realizado neste mês pelo projeto Sombrear
E
m palestra realizada no dia quinze de agosto em Motuca, o engenheiro agrônomo José Walter Figueiredo Silva, especialista ambiental e responsável pela criação do Programa
Município Verde Azul, do governo estadual, destacou a importância de uma ação municipal voltada a arborização urbana. De acordo com ele, o ideal é que ao menos 30% das cidades tenham cobertura verde.
A prefeitura, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, concretizou neste mês a etapa inicial do projeto de arborização urbana “Sombrear”, que contemplou 30 residências no primeiro lote. De acordo com o diretor de meio ambiente Rodrigo Veronezi de Arruda, foram plan-
tadas cerca de 60 mudas disponibilizadas pelas usinas São Martinho e Santa Cruz, por meio de um termo de parceria. “Os próprios moradores escolheram a partir de um catálogo, observando seus tamanhos e características”, explica. A ideia, segundo ele, é continuar com o projeto quando a
Prefeitura disponibilizar recursos para sua realização. Junto com membros do Conselho do Meio Ambiente, o diretor elaborou projeto para a execução de mais dois lotes no ano que vem, com o valor total de R$ 3 mil. “É um recurso pequeno perto dos benefícios que traz para a cidade”, destaca o diretor.
e os porcos, as vacas precisam de 28 vezes mais terras, 11 vezes mais água e causam cinco vezes mais gases de efeito estufa. Olhando para os alimentos comumente encontrados em dietas vegetarianas e veganas, como batatas, arroz e trigo, este trabalho conclui que, por caloria de carne bovina, as vacas precisam de 160 vezes mais terra e produzem 11 vezes mais gases de efeito estufa. É ridícula a quantidade de recursos necessários - e sacrificados - para criar gado; precisamos simplesmente parar de criar tantos animais para abate. Você pode adotar todos os tipos de outros pequenos passos para reduzir seu impacto ambiental: ir para o trabalho de bicicleta ou a pé, reduzir o uso de energia elétrica, usar menos água através de torneiras e vasos sanitários de baixo fluxo, comprar de empresas ambientalmente conscientes - mas os
pesquisadores afirmam que nada disso sozinho será suficiente para reverter à mudança climática. Se você realmente quer fazer diferença, então, preste atenção para o que está no seu prato. Adiar esta mudança por mais uma geração – como nossos pais vêm fazendo, simplesmente não é viável. A geração do século 21 tem a oportunidade de usar seu poder econômico e escolhas pessoais para promover mudança de verdade, e é nossa responsabilidade fazê-lo. Além disso, se não pararmos e revertermos as mudanças climáticas, tudo o que restará para comer - se tivermos sorte - é peixe. Ooops! Parece que estamos ficando sem peixe também.
quer mudar o clima? Torne-se vegetariano Produção de gado é uma das forças mais destrutivas por trás das mudanças climáticas
E
ntre as disparidades econômicas generalizadas, o crescimento da população, a agricultura não sustentável e as mudanças climáticas, um estudo parcialmente financiado pela NASA previu que a civilização pode estar em direção firme ao colapso no próximo século. Isso significa que a geração do século 21 é potencialmente a última geração durante a qual criar uma mudança significativa é possível. Mas como obter isso? É hora de começar uma revolução alimentar. Se a maioria da nossa geração se tornar vegetariana ou vegan, ou ao menos comer uma quantidade considerável menor de carne do que as gerações anteriores temos chance de produzir um verdadeiro impacto econômico e, portanto, ambiental. A produção de gado é uma das forças mais destrutivas por trás das
mudanças climáticas: ela degrada a qualidade do ar, e ocupa a maior quantidade de terras. Precisamente quanto o gado contribui para a mudança climática continua em debate: estudos mostram números que variam de 18% até 51%. A maioria dos outros estudos está em algum lugar nesse intervalo, mas, em cada um deles, o conselho é o mesmo: o ser humano precisa comer menos carne para frear a mudança climática e a escassez de recursos. Criar animais para comer produz mais gases do efeito estufa (via metano e óxido nitroso) do que todo o dióxido de carbono expelido por automóveis, barcos, aviões e trens do mundo. Ao longo de um período de 20 anos, o metano tem 86 vezes mais potencial de mudança climática do que o dióxido de carbono, enquanto o mesmo número para o óxido nitroso é
de 268 vezes, de acordo com um relatório da ONU de 2006. Reduzir radicalmente a quantidade de metano e de óxido nitroso na atmosfera pode produzir mudanças perceptíveis no efeito estufa dentro de décadas, enquanto as mesmas reduções de dióxido de carbono tomariam quase um século. Além do metano e o óxido nitroso liberados durante a produção, o gado industrializado contribui em cerca de 75% para o desmatamento. Criar vacas, claro, tem o maior impacto ambiental. Há cerca de 1,5 bilhão de vacas no mundo. Elas consomem 170 bilhões de litros de água e 61 bilhões de quilos de comida todos os dias. Para colocar isto em termos fáceis de digerir, produzir a carne para um hambúrguer de 150 gramas consome algo como 67 mil litros de água, dependendo do tipo de criação do gado. Em comparação com as galinhas
TravisMcKnigh- artigo publicado em parceria com a Guardian Environment Network. A versão original(em inglês) foi publicada no site do Guardian)
ILUMINURAS
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sAMUEL nOSFERATUS*
A máquina voadora uma história real Banco de Imagens
Jogávamos futebol e planejamos um time chamado “Tarântulas”
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m toda uma vida não haverá melhores dias que as manhãs ensolaradas de nossas andanças da infância. Mal podia esperar as férias da escola pra poder andar de bicicleta e jogar bola, desde cedinho até altas horas desejando nunca ir embora. Talvez lá no fundo, eu soubesse que um dia, tudo aquilo acabaria. E eu ficaria de fora. Em Motuca, eu era sapo-de-fora. Me chamavam assim, no começo. Eu era de Araraquara, meus avós, tios e primos moravam em Motuca. Então eu passava as férias aqui, sempre que eu podia. Meus melhores amigos sempre foram meus primos, desde criança. Ás vezes primos de sangue, ás vezes primos de segundo grau, às vezes primos de consideração. Sei lá. Deve ser coisa de italiano, essa conexão do sangue que corre nas veias. Sou amigo de todos eles até hoje e me orgulho muito disso. Quando juntávamos a turma ou as turmas, brincadeiras não faltavam. Foram muitas que variavam de acordo com a idade. Jogávamos futebol e planejamos um time chamado “Tarântulas”, fazíamos guerra de seriguela no quintal da minha avó, trocávamos figurinhas ou jogávamos bafo, teve a fase das bolinhas de gude. Fazíamos verdadeiros campos profissionais, enterrando aquelas tampas alaranjadas de SBP para jogos de biroca. Tinha outro jogo em que vínhamos disputando desde a igreja até o Posto
de Saúde, jogando as bolinhas pelo meio-fio. Construímos dezenas de casas em árvores, verdadeiros clubes secretos, com reuniões diárias e direito ao lanche colhido na hora. Também tínhamos laboratórios de experimentos incríveis, tudo feito com coisas encontradas nos quintais. Fabricávamos arcos com bambu e colocávamos pequenas bombas na ponta das flechas. Houve a época dos carrinhos de rolimã. Éramos especialistas e desenvolvíamos modelos até com freio. Descíamos a Rua do Cemitério em altíssima velocidade e não raramente nos ralávamos feio. Nada que um pouco de mertiolate e terra não resolvesse. Houve a época das caçadas. Vocês podem não acreditar, mas olhando de longe, ainda consigo identificar uma forquilha perfeita numa goiabeira. Tem que ser de goiabeira ou jabuticabeira. No início, usávamos borracha de câmara de ar. Borracha morta, pois ela só esticava até certo ponto. Então veio a tripa-de-mico. Vendida em farmácias em Araraquara, era caríssimo. Isso foi uma revolução na história dos estilingues. Enchíamos os embornais, feitos com uma embalagem de cera líquida vermelha, com pedregulhos redondos, perfeitos e partíamos cedinho para os lados da represinha, atrás dos pobres inhambús. Graças a Deus não foram muitas as vítimas emplumadas nessa época. Foi nessa época que treinamos
andar sobre a cerca de madeira de uma fazenda da cidade. Andávamos centenas de metros, sem cair. Houve a época das bicicletas. Foi quando vi o Cometa Halley. Estávamos na rua, próximos à escola Adolpho Thomaz de Aquino investigando aparições de uma loira fantasmagórica e acabei avistando o cometa. Minúsculo. Uma estrela com uma pequena calda. Mas eu o vi e isso foi em 1986. Brincamos muito de detetive, quando tentávamos desvendar mistérios da cidade, também tivemos kits de mágico e treinávamos truques de prestidigitação e treinávamos nossa mente para tentar movimentar objetos através da telecinese. Também treinamos artes marciais, eu com o Candoca em Araraquara, meus primos com o Gilson aqui em Motuca. Houve a época do jogo de damas na casa da Dida e depois do jogo de Xadrez na casa da dona Antonia. Uma vez fizemos uma balsa e lançamos no Salto e outra vez uma Máquina Voadora que atingiu o topo de uma mangueira antes de despencar comigo, com o Marcelo e com o Rogério. Fazíamos expedições, atravessando matas da cidade. Quando fazia calor nadávamos no rio. Quando ventava empinávamos pipa. Quando fazia frio acendíamos fogueiras. Se chovia, soltávamos latas de óleo na enxurrada e corríamos atrás delas. Se fazia sol, subíamos no telhado só para ficar conversando sobre filmes e garotas. Escrevi tudo isso pois em outubro se comemora o dia das crianças e quero deixar minha sincera homenagem a todas elas. Ou melhor, a todos nós: Júnior da Neide, Marcelo, Marcos, Ricardo, Rodrigo, Fredy, Júnior da Marlene, Fábio, Eduardo, Rogério, Marquinho, Luciano, Newton, Fio, Brasa, Edno, Graia, Mauricinho do soldado, Márcio Beiço, Lobinho, Adérico, Rick, Mazinho, Baiano e centenas de outros amigos. Algumas dessas crianças cresceram, outras infelizmente já se foram. E sabe que tem algumas que ainda fazem brilhar os olhos quando vêm uma forquilha perfeita num galho de goiabeira? Feliz Dia das Crianças! *Samuel Nosferatus é um cronista Araraquarense.
Cinema, por FeLIPE CArRElli*
GALILEO MOBILE! Projeto leva astronomia para comunidades afastadas Arquivo Pessoal
Participantes do projeto
F
oram 35 dias, 12 cidades e mais de 3 mil quilômetros percorridos. Esses são os números da expedição BraBo do Projeto Galileo Mobile que percorreu a região de Pando na Bolívia e os estados do Acre e Rondônia, no Brasil, entre Julho e Agosto de 2014. O projeto foi criado por alunos em 2009 para comemorar o Ano Internacional da Astronomia. A equipe é formada por alunos de física de vários países que tem em comum a paixão pela astronomia. A expedição Brabo foi a quarta, que já passou por Chile-Peru, Uganda e Índia. Todas as atividades são gratuitas, realizadas em escolas visando a capacitação dos professores e a formação dos alunos. Telescópios e outros materiais também foram deixados nas comunidades para que o ensino de astronomia continue mesmo após o término da expedição. Foi a primeira vez que fiz uma viagem tão longa e tão intensa. Com a inestimável colaboração da minha amiga-irmã Fernanda Ligabue fizemos o que parecia impossível: gravar um documentário de longa metragem com a equipe de duas pessoas. Durante o processo ainda tivemos a ajuda do querido Jorge, membro da equipe e que merece o Oscar de melhor assistente de direção do mundo. Mas foi muito mais fácil do que parecia. A luz já estava toda montada, bastava a gente saber pra onde apontar a câmera. Toda a produção já tinha sido cuidadosamente pensada e elaborada pelos Galileos: o percurso que
faríamos, as escolas que visitaríamos, os colaboradores que nos ajudariam durante o caminho... Foram mais de 70 horas de material gravado: vários planões, lugares lindos, pessoas incríveis e entrevistas inesquecíveis. A luz é a matéria bruta tanto na astronomia quanto no cinema. O cinema é a arte de manipular a luz. Fotografar é pintar com a luz. Além das atividades relacionadas a astronomia, organizamos sessões de cineclube. A idéia era trazer curtas metragens alternativos com uma temática relacionada a astronomia. Após cada sessão, propúnhamos aos espectadores uma discussão e reflexão sobre os filmes. A ideia era aprofundar a discussão levantada durante as atividades realizadas pela comunidade através de uma experiência mais lúdica, que é o cinema. Duas semanas depois, a expedição tão viva começa a virar uma memória gostosa em meio aos afazeres cotidianos na equipe que se foi e na comunidade que ficou. Não para mim. Eu ainda continuo nessa viagem por mais uns três ou quatro meses, assistindo novamente as imagens e editando o documentário. Agora meu trabalho é ser mágico e o truque é transformar 70 horas de material em 1h30 de filme.
http://www.galileo-mobile.org/ *Felipe Carrelli - Graduado em imagem e som pela UFSCar. felipecarrelli@gmail.com
Social
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Mande suas fotos para nosso e-mail: cenarioregional@gmail.com
Antonio comemora seu aniversario com esposa, filhas e amigos Gilberto, a aniversariante Jhulie, Elza e Bruno
Hiago Vaz de Lima completou 6 anos
Alberto, Zé do Feijão, Rosalvo, João e Marcilaqui Wilma festejou seu aniversário de 80 anos com amigos e familiares
Cesinha e Tiago
Isabelle comemorou 18 anos
Wagner com a filha Katleen
Linguiça, Dani, Levi, Tania, Valéria, Luciana e Jecivaldo
Leomar
Zé Romeu
Bicharada
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Município realiza censo populacional de animais domésticos
Objetivo é aferir quantidade de cães e gatos e conhecer interessados em castrar seus animais
A
gentes da vigilância sanitária realizaram neste mês censo populacional de animais domésticos. A iniciativa se restringiu a área urbana do município e teve como objetivo, além de aferir a quantidade de cães e gatos, conhecer os moradores que possuem interesse em realizar cirurgias de castração em seus animais. A Secretaria de Meio Ambiente articula adesão de um convênio no valor de R$ 30 mil com o go-
verno estadual para a implantação de um programa de controle e identificação de animais domésticos. O município já confeccionou projeto para a adaptação de duas granjas desativadas localizadas em espaço da Prefeitura para a realização das cirurgias. De acordo com a coordenadora da vigilância sanitária Susi Elaine dos Santos Falvo, responsável técnica da iniciativa, assim que a tabulação for terminada, as informações serão disponibilizadas para a Secre-
taria de Meio Ambiente. O secretário de meio ambiente João Victor Lopes da Silva ressalta a importância do censo e aponta a necessidade de ser realizado todo ano. “Iremos trabalhar para que seja criada uma legislação que obrigue o município a realizar anualmente a pesquisa, além de outras ações para melhorar a vida dos animais na cidade como programas permanentes de educação para a posse responsável e de controle populacional”, assegura.
Agente da vigilância sanitária entrevista moradora
Adote uma vida
“Pensei que nasceriam dois ou três, mas veio esse monte”
Gabriela Marques
Cadelas dão cria a muitos filhotes e agora aposentada procura pessoas interessadas em adotá-los Jairo Falvo
Animais na casa de dona Iracema
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aposentada Iracema Maria Cordeiro, de 66 anos, encontrou as cadelas Laila e Lua em condição de abandono. Ficou com pena e levou as duas para casa. A relação dos animais com a família ia bem até que, por descuido, deixou que entrassem no cio e ficassem prenhas. “Pensei que nasceriam dois ou três, mas veio esse monte”, relata. No to-
tal, foram dezoito crias, seis fêmeas e doze machos, mas um morreu. “Estou em desespero, pois não tenho condições de cuidar de tanto cachorro”, aponta a aposentada. Segundo ela, os animais estão com pouco mais de um mês e já começaram a se alimentar sozinhos. “Minha sorte é que uma moradora da cidade está me ajudando por um tempo a comprar ração, caso contrá-
rio não sei como seria”. Em virtude da situação, Iracema procura pessoas que queiram adotar os dezessete filhotinhos. Ela diz que conhecidos já demonstraram interesse em ficar com quatro. “Quem quiser adotar, deve cuidar direitinho, sem judiar”, destaca Iracema.
O
i! Nós somos Paola e Paulina e, apesar da pouca idade, fomos abandonadas no meio da rua. E, para piorar, era um dia chuvoso. Tentamos nos esconder em um terreno baldio, mas a chuva nos alcançou. Ficamos muito molha-
das, com frio, fome e sede. Temos entre 2 e 3 meses e precisamos muito de um lar. Estamos em Motuca, mas a tia Gabriela nos leva até a nossa futura casa em qualquer cidade da região, é só ligar no telefone: 16 997348189
Esporte
Cenário, setembro de 2014
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Turmas de vôlei do “Atleta do Futuro” estreiam em competições Equipes de motuca enfrentaram Américo Brasiliense dia 13 de setembro na casa do adversário Divulgação
Por Gabriela Marques As escolinhas de voleibol Pré-Mirim e Mirim do projeto Atleta do Futuro de Motuca fizeram um amistoso contra Américo Brasiliense, no dia 13 de setembro, na casa do adversário. Os jogos foram os primeiros das jovens atletas. “Perdemos, mas as meninas se saíram muito bem frente a experiente equipe de Américo”, conta o diretor de Esportes Marcos Rogério Luzia. O nervosismo da estreia ocor-
Atletas das escolinhas de voleibol Pré-Mirim e Mirim
reu apenas no início da partida. Em seguida, as jogadoras se soltaram e conseguiram fazer um bom jogo, segundo Luzia. “A experiência que tiveram nunca será esquecida. Isso é importante para os muitos campeonatos que virão”, fala.
Vôlei feminino têm três jogos na III Copa dos Campeões Motuca enfrentará Ribeirão Preto na quarta-feira (1) na casa do adversário O vôlei feminino de Motuca enfrentará Ribeirão Preto pela III Copa dos Campeões Pró-Voleibol, categoria livre,
nesta quarta (1), na casa do adversário. Os próximos jogos serão contra Uberaba (MG), no dia 4 de outubro,
e contra Ipanema Clube, em 8 de outubro. As partidas ocorrem no Ginásio de Esportes de Motuca. GM
Motuca disputa semifinal do Campeonato Estadual de Futebol Por Gabriela Marques Motuca está na semifinal do 43º Campeonato Estadual de Futebol, categoria Dentinho (sub-13). O adversário será definido no jogo entre Araraquara x Américo Brasiliense, sem data definida. A competição é organizada pela Secretaria Estadual de Esporte, Lazer e Juventude e teve início no início de setembro.
Campeonato Sub-9 A próxima partida do time sub-9 de Motuca no Campeonato de Futebol sub-9 será no dia 11 de outubro, contra a equipe do Center Soccer “F”. O grupo de Motuca é formado por Aliança FC “B”, SC Benfica, Camisa 10 FC, Center Soccer “E” e Center Soccer “F”.
Futsal feminino enfrenta Ferroviária Equipe faz sua estreia pelo Campeonato do Sesc Por Gabriela Marques A equipe de futsal feminino de Motuca encara a Ferroviária (Guerreiras Grenás) na sua estreia no Campeonato do SESC de Futsal Feminino, categoria
livre, neste sábado (4), às 14h, no Ginásio do SESC Araraquara. A entrada é gratuita. A chave de Motuca é composta por Américo Brasiliense, Lendárias, Gavião Peixoto e Ferroviária (Guerreiras Grenás).
Inscrições para o Mini Campo Máster terminam no dia 9 As inscrições para o Campeonato Municipal de Futebol Mini Campo Máster (acima de 35 anos) seguem até dia 9 de outubro. As fichas devem ser retiradas no Ginásio Municipal
de Esportes ou na Área de Lazer, em horário comercial. Mais Informações: (16) 3348 1739 (16) 99769 8943 Falar com Marcos Rogério Luzia
Cenário, setembro de 2014
E AGORA
JOSÉ
Entretenimento
?
Por José de Carvalho Participação de Jairo Falvo e Carlos Alberto dos Santos
S
audações, queridos leitores. Com grande prazer, inicio minha participação neste mês. Lembro a todos que domingão teremos eleição. É bom votar direito para depois não reclamar. Sei de muita gente que está mais preocupada com o churrasco do que em quem irá depositar sua confiança. Agora, incrível como os político se transformam quando chega essa época. Parece que conhecem a gente desde criança. Quando entram numa casa de família beijam a mocinha, a vó e dão um beliscão na bochecha do neném. “Que coisa mais linda”, dizem.
Bom pra cachorro Agora, observei muitos protetores dos animais no horário político. Um sujeito disse que, caso eleito, irá levar todos os cães abandonados para um canil cinco estrelas e prometeu que todos os gatos serão tratados como “bichanos”. A cachorrada está toda na boca da espera. Se Totó votasse, certamente esse camarada iria ganhar para presidente. Voto no escuro E no dia 15 deste mês o motuquense perdeu a novela das 21h e teve que tomar banho frio. Ficamos sem energia por sete horas por causa de um incêndio no canavial que
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danificou alguns postes perto de Rincão. Os vereadores, pela primeira vez na história da cidade, realizaram a sessão sem energia, apenas com a luz de emergência. “Mas dava para ler tudo direitinho”, me assegurou o vereador Fabinho Chaves. Vozeirão Estranhei quando um camarada da roda disse que iria embora para preparar o Nelson Gonçalves para a janta. “É um galo que tenho lá e casa, tem um vozeirão igual ao saudoso cantor”, me disse. Despacho Uma amiga me contou nestes dias que encontrou um despacho com grande fartura. “Além de comida e bebida a vontade, tinha até nota de R$ 50”, disse. Precisando de dinheiro, ela levou a oncinha sem se preocupar com o perigo. “Pegando com a mão esquerda não tem problema”, confidenciou. Todo cuidado é pouco Pessoal, essa estrada de Guariba é muito perigosa. Soube de mais um acidente que aconteceu no local este mês. Deus estava por ali e ninguém se feriu gravemente.
Nota de falecimento E neste mês faleceu a senhora Gabriela Maciel de Souza, de 60 anos, moradora do Assentamento Monte Alegre. Que Deus conforte a família e que sua alma esteja em um ótimo lugar. Prevendo o pior Com todo respeito que tenho pelo Palmeiras e sua torcida, devo dizer que a coisa tá feia. Depois do 6 a 0 contra o Goiás, meus amigos Fafá, Pitió, Vale, Cabeção, Jairo, Felipe, Raimundo, Echitor e o seu Arlindo já estão prevendo o pior. O Brasa me disse que não aguenta mais ouvir piada de corintiano. Apagando as velinhas E neste mês minha querida amiga Janaína festejou seu aniversário. O filho Raul foi quem apagou as velinhas. Que Deus abençoe. Felicidades também para o meu amigo Gilson e sua esposa Ieda, que comemoraram mais um ano de vida com toda a família.
quem trouxe ele para Motuca, para trabalhar na usininha. De um monte de paranaense, só tinha permanecido ele por aqui. Há alguns anos ele ficou muito doente por causa de um AVC. O camarada Cipó diz que o encontrou no Asilo de Rincão, na ocasião de uma visita. “Ela está sendo bem cuidado lá”, me contou o Cipó. Que Deus abençoe. Pensamento do mês O pouco com Deus é muito, e o muito sem Deus é nada! Até a próxima! Aproveito para agradecer o carinho do médico cubando Yunior San Miguel, que vem cuidando de nosso povo. Fiquei sabendo que ele se diverte com nossas brincadeiras. De duas, uma: ou ele já aprendeu o nosso idioma ou arrumou um tradutor.
Trombei nestes dias com a Mônica, filha do Tonho do Supermercado, que veio nos visitar. Uma simpatia de pessoa. Ela, o marido Rodrigo e os filhos Thales e Matheus moram atualmente em Campinas. Beijos para você e sua família, minha querida. E finalizo enviando um carinho especial para a dona Thereza, mãe da Beth, que me deixou muito feliz com seus elogios. Até a próxima!
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Por onde anda? Nestes dias bateu uma saudade do Jorge Paranaense. Foi o saudoso seu Zé Schiavinatto
Receitas Caseiras por Nicinha
feijoada light
Ingredientes: 1 kg de carne seca 200 g de bacon 700 g de costelinha fresca 600 g de linguiça (tipo calabresa) Temperos: cebola, alho, louro, e cheiro verde a gosto. Modo de fazer Lave bem o feijão. Coloque de molho por 3 horas, cozinhe o feijão na mesma água. Enquanto isso lave bem a carne seca para tirar o excesso de sal, coloque para cozinhar. Pegue uma frigideira, frite o bacon e a linguiça (não precisa fritar muito). Retire da frigideira, coloque o alho e frite a costelinha, depois acrescente a cebola. Escorra a carne seca. Junte tudo e deixe ferver. Acrescente o louro, experimente o sal e por último o cheiro verde. Acompanhamento: Arroz, couve, farofa e vinagrete. Bom Apetite ! P.S: Essa é a feijoada que a Pastoral da Família fez no galpão, no dia 20/07.
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