DESTAQUES DA EDIÇÃO
Município estuda ampliar vagas na creche Medida busca suprir a crescente demanda ocasionada pela oferta de trabalho para mulheres no setor têxtil
Alimentos Prefeitura realizará programa de distribuição de alimentos para pessoas carentes. Página 3
Carnaval Carnaval realizado na praça da matriz gerou discussões. Página 4
Processo seletivo Candidatos de serviços gerais questionaram metodologia apli-cada na avaliação prática Página 5
Entrevista Cenário entrevista o assessor técnico de planejamento da pre-feitura Marcos Antônio Peruzza Página 10
Futebol Monte Alegre “A” assume lide-rança do Campeonato Municipal após vitória sobre a Usina Página 12
Segundo autoridades, atual estrutura da escola consegue comportar procura
A abertura de trabalho para as mulheres no setor têxtil em Motuca está aumentando a demanda por vagas de crianças na creche. Segundo autoridades do município, atualmente, a estrutura oferecida pela Escola Municipal Maria Luiza Malzoni Rocha Leite consegue comportar a procura, mas já há preocupação em ampliar classes ou construir uma nova unidade. Algumas atitudes já foram tomadas pela prefeitura como a transferência do projeto “Caminho Certo”, que atende cerca de 50 crianças, que era realizada na Escola Municipal, para o prédio que abriga os projetos “Eu no Sítio” e “Semeando o Futuro”, além da contratação de estagiárias para auxi-liar os professores nas aulas. O ano pas-sado terminou com 480 alunos matricula-dos. Atualmente, existem 513, ou seja, 33 crianças a mais. A variação é considerada normal pe-la diretora Elaine Marques Luiz, da Escola Municipal. Ela revela que no ano passado, quando fechou a usina, o
au-mento foi aproximado, com 31 novas vagas. Até a semana passada existia fila de espera apenas para a Classe Intermediária (CI), para crianças até dois anos, cujas mães trabalham o dia todo. “Nós já resolvemos a espera com a contratação dos estagiários, pois a preocupação do município é oferecer vagas para todas as crianças que precisam da creche”, explica. A Diretora relata que a escola foi construída para comportar o número crescente de vagas, o que também contribuiu para que a demanda fosse contro-lada. “Temos que fazer de tudo para abrigá-las, pois a educação é a base de tudo”, destaca Elaine. De acordo com o diretor da educação Paulo Roberto Simões, existe a preocupação do município em abrir mais vagas. “Está em nossos planos, mas temos que fazer um estudo adequado, de acordo com os trâmites legais da Delegacia de Ensino, pois toda vez que a gente constrói algo, gastamos três vezes mais para manter, seja com manutenção ou
funcio-nários”, aponta. O diretor observa que a demanda tende a crescer, pelo aumento na oferta de trabalho para as mulhe-res, mas que, atualmente, a escola conse-gue supri-la. “Existem exemplos de instituições com até 50 alunos nas classes. As nossas estão entre 25 e 30”, conta. “É uma quantidade boa, pois é possível os professores trabalharem individualmente os alunos”. Andréia Barbosa Santos Kraemer, que está participando do programa de treinamento da Empresa Viana Confecções, relata que conseguiu vaga para os dois filhos na creche, depois de um período de espera. “Esperei por algum tem-po, porque faltava cama para a criança menor, mas depois resolveram e consegui matriculá-la”, relata. A dona de casa Eunice Cassemiro foi procurar uma vaga para seu filho de dois anos e onze meses, pois iniciará um curso de costura em breve. “Eles disseram que tem vaga”, conta. “Agora tenho que trazer um comprovante que estarei no treinamento para fazer a matrícula”. Possibilidades
O prefeito João Ricardo Fascineli revela que está estudando duas possibilidades para atender a demanda: a ampli-ação da Escola Maria Luiza Malzoni Rocha Leite ou a construção de uma unida-de no Assentamento Monte Alegre. “Uma creche é uma solicitação dos moradores de lá, pois as crianças têm que acordar mais cedo, comparando com as que moram em Motuca. Além disso, os alunos até cinco anos não podem viajar no ônibus para estudar, por exigência da Delegacia de Ensino.” Segundo o prefeito, a preocupação maior é com relação a divisão que a construção traria entre as crianças. “Acredito que proporcionaria um bem-estar maior para eles, mas também ocasionaria divisão, o que prejudicaria a inclusão social”, destaca.