Fábrica têxtil Viana Confecções foi inaugurada no dia 30 de abril. Empresário já solicitou outro espaço físico para a construção de uma fábrica de jeans. Página 4
Biodíesel Prefeito apresentou em Brasília projeto de uma Usina de biodiesel, com investimento de R$ 2 milhões. Página 4
Agentes Políticos Motuca foi sede do primeiro encontro de Agentes Políticos, com a participação do deputado federal José Paulo Tóffano (PV). Página 5
Demissões Vereadores decidem criar comissão para apurar demissões de ex-funcionários da Santa Luiza pelas Usinas São Martinho, Santa Cruz e Cosan. Página 6
Água do Assentamento é imprópria para o consumo Contaminação ocorreu pela construção e manutenção inadequadas de fossas
A água do Assentamento Monte Alegre é imprópria para o consumo humano, de acordo com análises realizadas entre 1999 e 2007 por estudantes de farmácia, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, da UNESP de Araraquara. A partir das amostras, coletadas em poços artesianos utilizados por moradores, foi constatada a presença de coliformes fecais e totais em todos os locais pesquisados. A contaminação, considerada de alto grau, entre 95 e 100%, ocasionou-se, principalmente, pela construção e manutenção inadequadas de fossas, além de fezes de animais criados próximos aos poços. As análises foram realizadas nos Assentamentos I, II, IV, V, pertencentes à Motuca e III e VI, pertencentes à Araraquara, sob orientação dos professores/doutores João Aristeu da Rosa e Adal-berto Farache Filho. Segundo o professor João Aristeu (em entrevista por e-mail), a Legislação Brasileira, conforme Portaria 518, de 25 de março de 2004, determina que os cidadãos recebam água tratada para obtenção de qualidade de vida. “A água contaminada pode transmitir microorganismos responsáveis por várias doenças como giardíase, amebí-ase e hepatite A”, afirma. Depois de confirmada a contaminação, de acordo com o professor, os moradores foram orientados a realizar processos de desinfecção, por meio de cloração e fervura da água utilizada para o consumo. O Departamento de Saúde de Motuca, na época, após reuniões com os integrantes da Unesp, implan-
tou programa de cloração nos poços, além de entregar gratuitamente cloro para os moradores. “Estas são soluções para curto prazo” destaca João Aristeu. “Para longo prazo, seria a construção de fossas adequadas para recebimento e tratamento de dejetos humanos e de poços profundos para fornecimento de água tratada à população”. Apenas o Assentamento II, dos quatro que pertencem à Motuca, possui poço profundo, mas o encanamento não chega a todas as casas da Agrovila. Segundo o diretor de saúde de Motuca, Márcio Aparecido Contarim, o município irá apresentar o problema para a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), no sentido de conquistar recursos para solucionar o problema. “Estamos elaborando um projeto em conjunto com os profissionais da Unesp para a construção de fossas sépticas em todas as moradias dos Assentamentos e de mais três poços artesi-anos com tratamento de água para atender as Agrovilas”, afirma. “Até o ano que vem esperamos resolver o problema”. Resistência
A agente de saúde Cleusa Gevezier Ferreira, do Programa Saúde da Família (PSF) do Assentamento, relata que, du-rante aproximadamente três anos, realizou trabalho juntamente com a vigilância sanitária de Motuca, voltado para a orientação e fornecimento de cloro para os moradores, mas encontrou resistência. “Em muitos casos a gente acabava de colocar o cloro e moradores tiravam porque falavam que a água ficava ruim”, conta. Segundo Cleusa, o trabalho foi prejudicado nos últimos anos por falta de cloro para fornecer à
Asssentamento II é o único que possui caixa d´agua para atender a agrovila, mas água não chega a todas as residências
população. “Quando a prefeitura manda a gente entrega para os moradores, mas sempre falta”, afirma. A moradora do Assentamento II, Jandira Casagrande, 75, começou a comprar galões de água mineral há cerca de dois meses, preocupada com a saúde da família, composta por cinco pessoas. Ela gasta aproximadamente de R$ 10 por mês. “Qualquer doença que surgia a gente logo já achava que era por causa da água”, relata. A Agrovila onde vive é a única que possui poço artesiano que fornece, por meio de encanamento, água para os moradores, mas não chega até a sua casa. “Na época, a prefeitura in-formou que a caixa não comporta o abastecimento pra todos os moradores, então é preciso construir outra”, cobra.
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Editorial
A dura realidade da gestão pública Questionado em recente entrevista sobre o andamento do governo, o prefeito João Ricardo Fascineli deu a seguinte resposta: “Estamos começando a entrar no eixo, definindo a organização da máquina e passando a ter um conhecimento melhor, porque, na administração pública, os recursos não podem ser gastos como a gente quer, têm que ser aplica-dos no lugar certo”. Desse posicionamento, tiro duas conclusões. Primeira: Nestes cinco meses de mandato, Ricardo percebeu a diferença entre ser um candidato e ser um prefeito. Um candidato pode criticar, se irritar e cobrar, como fazia com certa habilidade. Já o prefeito tem que lidar com a dura realidade da gestão pública: burocracias, falta de recursos, pressões... Segunda: o prefeito Ricardo passou a se preocupar mais com a sua gestão, deixando de criticar, como criticava efusivamente, o governo anterior. É claro que ele deve se posicionar contrariamente a possíveis irregularidades, realizando ajustes e até mesmo levando a medidas judiciais, mas não deve perder o foco de sua administração, como
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aparentemente estava acontecendo. Se continuasse olhando pelo retrovisor, correria sério risco de entrar em colisão. Em pouco tempo, Ricardo passou a ouvir duras críticas da mesma sociedade que, na eleição que o levou ao executivo, depositara confiança em sua gestão. Principalmente, porque os discursos acalorados do então candidato destoaram das ações do agora prefeito. Alguns dirão que, na política, a coerência é mera utopia, fundamentalmente, pelos interesses que estão em jogo. É só observar os constantes escândalos nos noticiários nacionais. Mas se o candidato construiu uma imagem a partir de suas posições e promessas, o eleitor tem todo direito de cobrar, caso se sinta traído. Como faz, ainda que timidamente. Ainda mais quando sentirem que os preceitos e as regras democráticas estão sendo ameaçadas. Como resposta às críticas, o prefeito foi categórico em afirmar que seu governo tem como objetivo a geração de 500 empregos. Acredito, sinceramente, que não foram palavras jogadas ao ar, principalmente por causa do setor têxtil, que
possui grande potencial de crescimento. Os dois empresários de Motuca já declararam necessidade de expansão. Mas os louros por estas conquistas, no entanto, devem ser divididos com o agora vereador Renato, que iniciou o processo, e com a gestão anterior, que abriu o município para este segmento. Mas Ricardo tem uma carta na manga, o projeto “Motuca, a cidade da Agro-ecologia”, para desenvolvimento sustentável do Assentamento Monte Alegre a partir da construção de uma usina de biodiesel. É claro que sua viabilização é difícil, pelo alto custo e grau de complexidade. Mas alguns fatores podem tirá-lo do papel como a afinidade partidária do governo municipal com o federal, que facilita a liberação de recursos, e o fato de ser um programa sustentável, adjetivo cada vez mais valorizado em função dos constantes problemas ambientais. O Cenário quer saber sua posição sobre este texto e o tema “gestão pública”. Envie sua opinião, crítica ou sugestão para cenarioregional@gmail.com
edição anterior
Várias pessoas acertaram a resposta do Desafio Cenário, da Edição Anterior, ao escrever que no casarão, ao fundo, funcionava a Escola Adolpho Thomaz de Aquino, onde agora está instalada a empresa Comércio e Confec-ções Motuca. Com isso, foi reali-zado sorteio, com a presença de testemunhas, funcionários da Farmanina, e a vencedora foi Malvina Belardi Arruda, que irá receber o cupom para saborear a deliciosa pizza na Lanchonete do Levi.
Esta famosa cachoeira foi a praia dos motuquenses entre as décadas de 50 e 60. O Desafio Cenário deste mês pergunta qual o nome desta cachoeira. Deposite a resposta nas urnas que se encontram na Farmanina e no Supermercado Santa Mônica. O vencedor ganhará uma pizza oferecida pela lanchonete do Levi. Havendo mais de um acertador, será realizado sorteio. Fábio Falvo e Maria Angélica EXPEDIENTE Jornalista: Jairo Figueiredo Falvo, MTB 44.652/SP Repórter: Gabriela Marques Luiz Colaboradores: Fábio de Mello Falvo, Maria Angélica dos S. Mendes, Gerson Donini de Lima Tiragem: 1.000 exemplares Circulação: Motuca Impressão: Jornal Folha da Cidade - Araraquara Telefone: 16 3348 11 85 - 8141 9125 e-mail: cenarioregional@gmail.com
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Fábrica têxtil é inaugurada Prazo para início das atividades é de 30 dias, conforme acordo com o município
Empresário Ismael, que já solicitou outro espaço físico, recebe as chaves do prefeito
A quinta filial da empresa Viana Confecções foi inaugurada em Motuca, no dia 30 de abril, com a presença de autoridades locais e regionais. A fábrica, com capacidade para abrigar 120 funcionários, deve iniciar as atividades no prazo de 30 dias, conforme acordo celebrado com o município. O prefeito João Ricardo Fascineli entregou as
chaves ao empresário Ismael Sabino Viana, que se comprometeu a empregar, inicialmente, 50 funcionários, mas já declarou que esta quantidade é insuficiente para antender a procura por seus produtos. Ele também já solicitou ao município outro espaço, pois tem interesse em transferir uma unidade de produção de jeans para Motuca.
A construção do prédio, iniciada em seis de outubro, foi realizada em aproximadamente seis meses. “Quando assumi este compromisso, deixei bem claro que a unidade de Motuca não seria mais uma, pois vim aqui para ter uma fábrica de primeiro mundo, com boas instalações e tecnologia de ponta, dentro de um ambiente agradável de trabalho, para produzir produtos de extrema qualidade”, destacou, em discurso, o empresário, que possui outras fábricas em Bariri, Boracéia, Avaré e Itaju. “Tenho certeza que este projeto já deu certo, pois compromissos foram cumpridos em outras cidades e em Motuca não vai ser diferente”, completou. No período de construção do espaço físico, a empresa realizou programa de capacitação, em sistema de rodízio, com cerca de 80 pessoas. “Compactamos o tempo normal de treinamento de três a-nos para alguns meses”, disse. “Isto não significa que, ao iniciarmos, estas pessoas não estejam no nível de qualificação que precisamos, mas depois do início das atividades, continuaremos com o programa para que, em um período máximo de um ano, a empresa esteja na capacidade total de produção”. O prefeito João Ricardo Fascineli,
Prefeito apresenta projeto de Usina de Biodiesel em Brasília
Proposta tem como objetivo o desenvolvimento sustentável do Assentamento Monte Alegre, por meio de uma Cooperativa
O prefeito João Ricardo Fascineli apresentou projeto para a construção de uma Usina de Biosiesel em Motuca, com investimento de R$ 2 milhões, para o diretor/presidente da Embrapa, técnicos do Ministério do Desenvolvimento Econômico e deputados do PT, em viagem recente à Brasília. De acordo com a proposta, a matéria-prima será produzida por famílias do Assentamento Monte Alegre, por meio de uma Cooperativa, que ficará responsável pela administração da indústria, com capacidade para produzir 6 bilhões de litros de biodiesel por ano e oferecer 40 empregos diretos. O município aguarda a aprovação do projeto e a liberação do recurso para a negociação com a empresa Bio Petro, proprietária da tecnologia, que está construindo uma unidade em Araraquara. “A tecnologia é inovadora”, ressalta o prefeito Ricardo. “A máquina que processará o biodiesel é pequena, cabe numa sala. Incluindo toda a infraestru-
tura, como tanques e esmagadora, deve ocupar cerca de um alqueire”. Caso o projeto seja aprovado, de acordo com o prefeito, a ideia é construir a Usina no novo distrito industrial, a ser construído. Segundo Ricardo, a proposta foi bem aceita em Brasília e as negociações para a conquista de recursos está adiantada. “Nos três dias de nossa visita ficamos surpresos, pois todos queriam ver o projeto, desde deputados até técnicos de Ministérios”, afirma. Se for aprovado, a verba será liberada por meio da parceria entre gabinetes de deputados do PT e Embrapa, de acordo com Ricardo. “A cidade da Agroecologia”
O projeto, denominado “Motuca, a cidade da Agroecologia”, foi idealizado pelo assessor da prefeitura, Sérgio Dutra, ex-secretário de Agricultura de São Carlos, após solicitação do prefeito, como proposta para desenvolvimento sustentável do Assentamento Monte
Alegre. A ideia é mobilizar todas as famílias do local, por meio de uma Cooperativa, para a produção de matéria-prima como pinhão e mamona. A partir da tecnologia, também será possível a fabricação de biodiesel com a utilização de óleo descartado na cozinha. Uma das preocupações do prefeito é com relação à venda do produto. “Com a tecnologia, há um investimento de R$ 2 milhões para a produção de 6 bilhões de biodiesel, mas dificilmente chegaremos a isso, pois precisamos ver a demanda”. Caso o projeto se concretize, a prefeitura pretende comprar o biodiesel da Cooperativa para utilizar em sua frota de veículos, além de criar parcerias com outros governos municipais. “O biodiesel é totalmente flex, o que significa que pode ser utilizado em veículos à diesel normalmente”, aponta. “O custo é me-nor, apesar de haver um aumento no consumo, mas ele apresenta bem menos poluição”, finaliza.
Página 03 em discurso, se comprometeu a atender ao pedido do empresário para a construção de um novo prédio. “Com certeza ergueremos esta unidade assim que esta estiver a ‘todo vapor’, pois o que mais pre-cisamos em Motuca, atualmente, é emprego, que é gerado fornecendo área e barracão”, afirmou o prefeito, que elo-giou o antecessor por ter iniciado o projeto de construção da fábrica. “O prefeito anterior, Hamilton Falvo, foi quem plantou a semente, juntamente com a legislatura passada”, observou. “Ele se esforçou muito por Motuca, talvez não tenha sido reconhecido, mas acreditamos no projeto e ele está concluído”. Ricardo também revelou que a Prefeitura, juntamente com o Legislativo, o Sindicato Têxtil e as fábricas Viana Confecções e Confecções Motuca criarão uma escola de corte e costura, que iniciará as atividades a partir do segundo semestre.
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Políticos da região se reuniram em Motuca
Evento contou com a presença do deputado federal José Paulo Tófano (PV), que anunciou abertura de emendas para o município
A cidade de Motuca foi sede do 1º Encontro de Agentes Políticos, realizado na Câmara Municipal Lúcio dos Santos, em 28 de março, pelo vereador Renato Luis Rateiro. O evento, que teve a participação do deputado federal José Paulo Tóffano (PV), de Jaú, reuniu políticos da região como os prefeitos de Motuca, João Ricardo Fascineli, e o de Santa Lúcia, Antônio Carlos Abuabud Junior, do vice-prefeito de Rincão, Luiz Caetano Sampaio Junior e do secretário de finanças de Guariba, Antônio Maduro, além de outras autoridades. Na ocasião, o deputado federal anunciou a abertura de emendas parlamentares para Motuca voltadas para os setores de Meio Ambiente (R$ 200 mil), com a finalidade de construção de um Jardim Botânico no remanescente flores-tal situado ao lado da Área de Lazer, e para Saúde (R$ 100 mil), com o objetivo de reforma da Unidade Básica de Saúde. De acordo com o vereador Renato Luis Rateiro, o encontro teve a finalidade de aproximar as lideranças políticas da região. Em seu discurso, o vereador destacou as dificuldades enfrentadas pelo município e a necessidade de união para a solução dos problemas. “Tanto o legislativo quanto o executivo municipal não estão medindo esforços para sanar as dívidas sociais ocasionadas pelo fechamento da usina, principalmente o desem-prego”, disse. “O momento é de união entre o prefeito, vereadores e empresá-rios para que Motuca continue construin-do sua história”. O prefeito de Motuca, João Ricardo Fascineli, explicou que o município possui uma boa infra-estrutura e que a preocupação maior do governo é o desemprego. “Estamos iniciando o mandato, enfren-
Autoridades destacaram a necessidade de união para enfrentar as dificuldades
tando uma série de dificuldades, mas precisamos focar na geração de empregos”, apontou. Ricardo elogiou a iniciativa do vereador Renato Luis Rateiro. “Algumas pessoas acham que porque nos elegemos por coligações diferentes temos que ser inimigos, mas no fundo somos amigos e, hoje, representamos uma cidade”. União
“Estamos em um período onde todas as cidades estão passando por dificuldades, fico feliz por ver esta união em Motuca”, destacou o deputado federal
José Paulo Tóffano, em seu discurso. Segundo ele, os políticos possuem grande responsabilidade perante a sociedade e devem trabalhar por melhorias que atendam as necessidades sociais. “A história está sendo escrita por nós (políticos) e não podemos perder nossa oportunidade de sonhar”, disse. “Não devemos, em função das tarefas do dia-a-dia, nos conformarmos com a situação que estamos, temos que consertar o que está errado, não adianta ficarmos apagando fogo”, afirmou Tóffano, que está em seu primeiro mandato como deputado federal.
Município irá construir novo distrito industrial
Área está sendo negociada com a família Malzoni, que recusou primeira proposta A prefeitura irá construir um novo ne-gociada com a família Malzoni, distrito industrial. O legislativo aprovou antiga proprietária da Usina Santa Luisuplementação de verbas no valor R$ za. A prefeitura ofereceu, inicialmente, 750 mil, proveniente do superávit gera- R$ 500 mil pela terra, que possui cana do pela gestão anterior, para a compra do plantada. Os proprietários recusaram a terreno. A área, de 13 alqueires, localiza- proposta, alegando baixo valor, e requi-da ao lado do anel viário, está sendo sitaram a contratação de um avaliador.
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São Martinho dispensou dezenas de ex-funcionários da Santa Luiza há um mês Na ocasião, empresa alegou procedimento normal de início de safra enquanto demitidos afirmaram haver reação à ações trabalhistas A Usina São Martinho, localizada em Pradópolis, demitiu, no início de abril, dezenas de funcionários que trabalhavam na extinta Usina Santa Luiza. Por meio de nota enviada à imprensa, a empresa explicou que as demissões fazem parte de um processo natural de adequação para a safra 2009/2010. Do outro lado, os funcionários alegaram suposta reação à ações trabalhistas impetradas por eles contra a Santa Luiza após a paralisação das atividades da indústria pelo grupo controlador, formado pelas Usinas São Martinho, Santa Cruz e Cosan, em dezembro de 2007. Na ocasião, a holding assumiu compromisso de recolocar todos os 1.169 funcionários efetivos. A empresa, que possui cerca de 4.300 funcionários, não revelou o número total de demitidos nem se a medida afe-tou trabalhadores que não faziam parte do quadro da Usina Santa Luiza. Questionada por e-mail sobre a alegação de suposta reação às ações trabalhistas, ela também não se pronunciou. Por intermédio da assessoria de imprensa, a Usina São Martinho informou que emprega, atualmente, 163 pessoas de Motuca e 175 de Rincão e que, durante a safra atual, poderá realizar novas contratações nas duas cidades. A assessoria revelou, ainda, que a empresa mantém serviço de transporte gratuito nestes municípios. O Caminhoneiro Moisés Alves de
Carvalho, que trabalhou durante onze anos na Santa Luiza, afirma que ele, assim como a grande maioria dos funcionários, foram demitidos porque entraram com ação judicial contra a Santa Luiza. “Não tinha motivo algum para mandar a gente embora, pois trabalhávamos corretamente e éramos elogiados no trabalho”, destaca. Ele revela que entrou com pro-cesso trabalhista depois que o advogado que assumiu a causa e o representante do grupo asseguraram que não haveria problemas. “Percebemos que havia irregularidades e entrei com a demanda, mas foi contra a Santa Luiza”, destaca. Surpresa
O advogado Vagner de Carvalho, do Sindicato dos Motoristas de Guariba, relatou que só soube das demissões depois que elas ocorreram. “Foi uma surpresa para nós”. Segundo Carvalho, assim que tomou conhecimento do fato, o sindicato entrou em contato com os diretores da São Martinho. “Eles nos informaram que é uma questão de logística, mas que es-tariam repondo este pessoal”. Sobre a suposta reação às ações judiciais, o ad-vogado relata que não teve conhecimento porque até aquele momento nenhuma reclamação havia chegado até ele. “Se isto realmente aconteceu é um absurdo“, disse. “É um direito do cidadão reivindicar, está na legislação
e nós vamos co-brar isso deles”. Políticos de Rincão e Motuca foram até a Usina São Martinho no dia 27 de março, dia que ocorreram a maior parte das demissões, cobrar explicações sobre o episódio. “Eles nos falaram que foi um remanejamento normal de quadro e que dispensaram funcionários que não se adequaram à filosofia de trabalho da em-presa”, revelou o prefeito de Motuca João Ricardo Fascineli. Segundo Ricardo, os diretores solicitaram um cadastro de pessoas de Motuca e afirmaram que
iriam continuar buscando trabalhadores na cidade. De acordo com o prefeito, cerca de 50 trabalhadores do município foram atingidos com a medida.
Vereadores decidem criar comissão para apurar demissões Iniciativa partiu do vereador Renato Luis Rateiro, que criticou a postura das empresas
Os vereadores de Motuca decidiram criar uma comissão para apurar as demissões de ex-funcionários da Santa Luiza pelo grupo formado pelas Usinas São Martinho, Santa Cruz e Cosan. A iniciativa da criação da frente de trabalho partiu do segundo secretário Renato Luis Rateiro, que na sessão realizada em 23 de abril, criticou a postura do grupo com relação à Motuca, depois que foi infor-mado da dispensa de trabalhadores pela Empresa de Santa Luiza Armazenagem Geral, pertencente ao grupo. Foram demitidos, segundo informações da empresa, doze pessoas nas últimas duas semanas, e outras doze continuam trabalhando. “Muitos dos problemas de Motuca se deve a eles, que colocaram o interesse financeiro em detrimento ao interesse
social da cidade”, destacou o vereador. “Temos direitos e o dever de cobrá-los”, acrescentou. Segundo Rateiro, depois da confirmação dos integrantes da comissão, será realizada uma reunião para definir a pauta de reivindicações e as datas para os encontros com representantes de cada empresa.
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Dívida com a prefeitura pode ser parcelada em até 48 vezes Contribuintes inadimplentes têm até 30 de maio para se inscrever no programa, que prevê isenção de juros e multas A Câmara Municipal aprovou, na sessão realizada em seis de abril, projeto do executivo que autoriza a prefeitura a elaborar a nova lei do Programa de Recuperação de Créditos Fiscais (Refis), com o objetivo de facilitar o pagamento da dívida ativa de contribuintes em débito com o município, inclusive os que foram levados à justiça. Os moradores que se encontram inadimplentes nas contas como IPTU, ISS, água e esgoto podem rea-lizar o pagamento em até 48 vezes, com anistia
de juros e multas relativos aos exercícios de 93 a 2008 (ver box). O valor mínimo da parcela é de R$ 20. Os interessados em participar do Refis de-vem levar requerimento na prefeitura até o dia 30 deste mês, com isenção da taxa de protocolo. O objetivo do programa, de acordo com o projeto, é aquecer os cofres públi-cos em função das dificuldades financei-ras enfrentadas pela cidade. O valor total da dívida é de aproximadamente R$ 970 mil, corrigido de acordo
com as taxas e juros. Segundo a seção de tributos do município, cerca de 500 contribuintes es-tão em débito nas contas imobiliárias (IPTU), mobiliárias (ISS) e saneamento (água e esgoto). A prefeitura espera ar-recadar por volta de R$ 480 mil com o programa.
Pessoas com doenças graves serão isentas do IPTU Medida beneficia contribuintes que possuem um único imóvel com metragem até 150 m2
A partir do ano que vem, portadores de doenças graves (ver box) que possuem imóvel até 150 m2 estarão isentas do pagamento de Imposto sobre a Propriedade Predial (IPTU). De acordo com a Lei do executivo, aprovada pela Câmara Municipal em 23 de abril, a me-dida irá oferecer maiores possibilidade de tratamento a essas pessoas, que pas-sam por dificuldades em função da mudança social e financeira ocasionada pela doença. Conforme levantamento realizado pelo Programa Saúde da Família (PSF), atualmente 19 pessoas da cidade se enquadram no perfil expresso na lei (ver box). O aposentado José Sidney da Silva, que possui doença renal crônica há vinte
anos, ressalta a importância do benefício para ele e outras pessoas acometidas por enfermidades graves. “O valor gasto com remédio, exames e tratamento é muito alto e este benefício nos ajuda a enfrentar a doença”, relata José, que aguarda por um transplante de rim.
Mais 210 famílias do Assentamento podem ser beneficiadas com programa de moradia O projeto “Morar bem faz parte da dignidade humana”, para financiamento a fundo perdido de habitações, poderá abranger mais 210 famílias do Assentamento Monte Alegre, já cadastradas pela Federação dos Agricultores Familiares (FAF). Em janeiro, 27 beneficiados assinaram o contrato para receberem R$ 14 mil cada um, provenientes da Caixa Econômica Federal e Secretaria de Habitação do Estado de São Paulo, e já iniciaram as construções das habitações. Muitas delas estão em fase de acabamento. O programa, direcionado a filhos de assentados ou agregados, tem como finalidade criar condições para que os bene-ficiados permaneçam nas terras, dando continuidade ao programa de Reforma Agrária. As moradias, com 45m2, possuem sala, banheiro e dois quartos. Dos R$ 14 mil liberados para a construção, R$ 2 mil devem ser direcionados ao pagamento do pedreiro, com pagamento em duas parcelas. Segundo o vereador José Aguinaldo dos Santos, um dos articuladores do projeto no Assentamento Monte Alegre, as novas famílias já estão inscritas e, em breve, o financiamento pode ser liberado. “Alguns interessados estão com
Leandro, um dos primeiros beneficiados, aguarda o término da sua casa
pendência em algumas documentações, mas estamos regularizando e, dentro de alguns dias, entregaremos os papéis para passar por aprovação na Caixa Econômica Federal”, explica. Bom momento
O financiamento das moradias chegou em uma “boa hora” para o produtor agrícola Leandro Geraldo Silva, 25, pois, em breve, irá se casar. “Meus dois ir-mãos já casaram e possuem as casas deles, só eu que continuo morando com meus pais”, relata. Segundo Leandro, a moradia representa um estímulo para que ele permaneça no Assentamento. “A maioria dos jovens não fica aqui, pois falta oportunidade”, aponta. “Uma casa traz um incentivo a mais”, conclui.
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tos necessários para o bom atendimento?
Márcio Aparecido Contarim, diretor municipal de saúde
Recebemos uma emenda de R$ 80 mil reais para a compra de equipamentos e co-locar à disposição da população. Eles irão suprir algumas necessidades da Unidade. Não dá para destacar um, pois todos são importantes. Sabemos que, com o avanço tecnológico, sempre surgem novos aparelhos. Com o tempo, há a necessidade de troca para melhorar a qualidade da prestação de serviços. Como você observa o número de funcionários da saúde?
Faltavam algumas pessoas e a gente aumentou. Atualmente, o número está dentro do padrão. Fizemos algumas mudanças para não sobrecarregar os funcionários pa-ra que eles possam oferecer um bom atendimento. Como você avalia o atendimento à população?
As reclamações com relação ao atendimento acontecem em praticamente todos os hospitais e postos de saúde, inclusive particulares. Entendo que o atendimento da saúde é a porta de entrada. De acordo com o atendimento da recepção, a população vai sair daqui satisfeita ou insatisfeita. Mas temos realizado reuniões periódicas e trabalhado para que a equipe ofereça a maior atenção possível aos pacientes. A Regional da Saúde sempre tem oferecido cursos e treinamentos voltados aos profis-sionais, para aprimorar o conhecimento da equipe e, consequentemente, melhorar o atendimento. O diretor de saúde do município, Márcio Aparecido Contarim, está há cerca de três meses no cargo. Formado em administração de empresas e com experiência de nove anos como secretário de saúde, com serviços prestados em Guariba e Dobrada, o diretor concedeu entrevista ao Cenário. Ele destacou a importância de treinamento constante dos profissionais e da atividade preventiva como forma de melhorar os trabalhos na saúde. Na entrevista, Márcio também revelou que a Unidade Básica de Saúde do município passará, em breve, por uma reforma e ampliação de alguns setores. Abaixo, a entrevista. Quais são as principais dificuldades do setor de saúde em Motuca?
Geralmente, municípios pequenos como Motuca, possuem dificuldades para manter as diversas especialidades médicas. Aqui temos as básicas, que são clínico geral, ginecologista e pediatra. Para suprir as necessidades da população, existe a Progra-mação Pactuada Integrada (PPI), que consiste na cooperação entre as cidades vi-zinhas para a troca de serviços. Por exemplo, a gente fornece ultra-som para Rin-cão, enquanto a saúde de lá nos oferece oftalmologista. As demais especialidades são oferecidas por Araraquara, por meio de convênio, por ser a cidade sede da Re-gional de Saúde e uma grande prestadora de serviços. Às vezes, a gente encontra dificuldades no agendamento de consultas, mas estamos nos reunindo com autori-dades regionais no sentido de agilizar os processos de encaminhamento. Como você observa a estrutura da Unidade Básica de Saúde?
O prédio é de boa qualidade. Muitas cidades maiores que Motuca não possuem a estrutura que temos aqui. Mas percebemos a necessidades de algumas adequações. Temos um projeto finalizado, que só falta passar por licitação, para uma reforma geral e construções de novas instala-ções. O objetivo é aprimorar o atendi-mento e proporcionar melhores condi-ções de trabalho para os funcionários. O projeto prevê a construção de consul-tórios para psicólogo, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional, além da criação de serviço de saúde bucal, centralizado aqui. Iremos ampliar a área da farmácia e separar da unidade o Programa Saúde da Família (PSF). Também construí-remos uma área administrativa, que atualmente está improvisada. A Unidade Básica possui equipamen-
Como você observa os trabalhos preventivos na saúde?
Nós temos que focar no preventivo e deixar o curativo para os extremos, por isso sou totalmente favorável ao Programa Saúde da Família (PSF), trazido para o Brasil após observações de projetos realizados em Cuba. Isto é um trabalho de longo prazo, mas a partir desta atividade vamos ter uma qualidade de vida de primeiro mundo. Aqui em Motuca temos uma cobertura de 100% do PSF, na cidade e no Assentamento, com agentes de saúde e médico generalista em cada localidade, que tenta resolver tudo dentro da Unidade. Só em último caso encaminha para um especialista. Esta é uma forma de proporcionar comodidade ao paciente, que tem recuperação mais rápida, por estar próximo de casa. Temos um bom trabalho com os hipertensos, inclusive estamos intensificando a atividade com este grupo. Acompanhamos também as gestantes, pois temos preocupação com a mortalidade infantil.
Cenário
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Na Área... Espaço Jovem
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No mundo todo, cada vez mais adolescente se tornam mães, tanto por descuido, como por opção. Conversamos com Alexandra Karen de Almeida Boiago, 17 anos, mãe de Maria Clara, 7 meses, e Ana Cláudia Marques de Jesus, 19 anos, mãe de Fábio Henrique, 2 anos e 8 meses. Ambas moram com os namorados e nos contam como é a vida de uma mãe jovem.
Gabriela Marques Luiz Mas ter filhos também tem suas dificuldades. “Às vezes é difícil lidar com a criança, principalmente quando estamos cansadas. Para dormirmos, temos que esperar eles dormirem primeiro”, aponta Ana Cláudia. “Nos preocupamos, em primeiro lugar, com o bem-estar da criança. Tam-bém ficamos com muito medo quando a criança se machuca”, conta Alexandra. Educação dos filhos
Como é mãe jovem, Ana Cláudia se espelha na própria mãe para educar seu filho. “Procuro seguir os mesmos passos que minha mãe utilizou para educar a mim e a meu irmão”, destaca. Alexandra pensa diferente. “Cada mãe tem seu jeito, mas com certeza tentarei educar da melhor forma possível”, fala.
A gravidez
Quando Ana Cláudia descobriu que corria o risco de não ter filhos futuramente, decidiu engravidar aos 16 anos. “A minha família e a do meu namorado comemoraram muito a minha gravidez”, lembra. Mesmo tendo planejado um bebê, Ana Cláudia sentiu vergonha de sair às ruas e deixou de ir à escola. Já Alexandra, teve uma gravidez inesperada aos dezesseis anos. Depois de contar à sua família, recebeu todo o apoio. “Fiquei com medo da reação do meu pai, tanto que só contei a ele quando eu já estava com cinco meses de gravidez”, lembra. Um dia depois, o vovô feliz já comemo-rava a vinda de uma netinha. Mães aos 17 anos
Quando tiveram os bebês, Ana Cláudia e Alexandra estavam com 17 anos. Encarar a rotina de uma mãe, tão novas, trouxe muitas mudanças em suas vidas. O aumento da responsabilidade e a perda da liberdade foram as principais. “Muitas vezes, deixo de ir a lugares onde não posso levar meu filho”, relata Ana
Cláu-dia. Alexandra conta que se tornou mais madura após o nascimento de sua filha, e brinca. “Na gravidez, engordamos tam-bém”. Sobre a idade não atrapalhar na edu-cação dos filhos, as opiniões foram divergentes. “O fato de ser mãe jovem aumenta a possibilidade de sermos mais amigos de nossos filhos e, assim, podermos dar uma boa educação também”, acredita Alexandra. Segundo Ana Cláudia, quando se é jovem, falta tempo para cuidar da criança, por causa dos estudos ou do trabalho. “Quando se é mais velha, na maioria das vezes, o filho já é plane-jado”, observa. Amor de mãe
Para elas, é inexplicável o amor das mães pelos filhos. “Quando a criança nasce e vemos sua carinha, surge um amor tão grande, sem explicação”, conta Alexandra. Conforme os filhos crescem, elas se apaixonam cada vez mais por eles. “Toda gracinha, e até algumas artes, nos divertem tanto, que a hora passa rapidinho”, fala Ana Cláudia.
Para o fu-turo, elas pretendem deixar herança para seus filhos. “As mães deixam valores para os filhos e eu quero deixar humil-dade para a minha”, afirma Alexandra. Ana Cláudia não gostaria que seu filho venha a ser pai quando jovem. “Como fui mãe nova, vou deixar essa experiên-cia para meu filho não seguir”. Desejos
Com certeza, elas desejam o melhor para seus filhos. “Quero que a Clarinha cresça com saúde, humildade e seja muito feliz”, deseja Alexandra. Ana Cláudia também imagina um ótimo futu-ro para seu filho. “Espero que o Fabinho cresça um menino humilde e se esforce muito, trabalhe, e consiga suas coisas do seu próprio esforço”, conclui.
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Fábio Falvo e Maria Angélica
Inverno: Cuide-se Com a chegada da estação mais fria do ano são necessários alguns cuidados com a saúde, principalmente das crianças e idosos. A queda de temperatura, a diminuição da umidade relativa do ar e ventos frios são causadores de problemas. Uma das principais características do nosso inverno não são os dias frios contínuos, mas sim as ondas de frio, que persistem por três a quatro dias, intercaladas por períodos de temperaturas mais elevadas. Certos hábitos da estação, como a convivência por mais tempo em ambientes fechados, o frio e as mudanças súbitas de temperatura, são alguns dos responsáveis por doenças como gripe (Influenza), resfriado, sinusite, alergia, crises de rinite, bronquite e asma. Atenção às nossas dicas, pois elas podem amenizar essas doenças: -Ambientes: Evitar
- Permanecer em lugares úmidos, fechados e lidar com objetos que ficaram guardados por muito tempo, devido ao acúmulo de poeira, mantendo arejado os ambientes, livre de poeira e outras formas de sujeira. - Grandes aglomerações em época de epidemia de doença transmitida por via respiratória. - Contato com o cigarro em ambientes fechados. - Remover o pó dos móveis com as vassouras e espanadores, substituindo-os por panos úmidos. Roupas:
Antes de usar as roupas de inverno, lavá-las ou colocá-las no sol. Substituir os agasalhos de lã por moletom, couro, nylon ou usar roupas de algodão por baixo das peças de lã para diminuir o atrito da pele com os tecidos sintéticos. Crianças e Idosos:
Em relação às crianças devem ser tomados cuidados com lugares fechados pela facilidade de doenças respiratórias. É bom evitar que elas fiquem expostas a brincadeiras com água e em locais que circulam muito vento. Já com os Idosos o aquecimento é imprescindível, devido a doenças circulatórias e manter-se sempre agasalhado por causa da oxigenação nas extremidades. Permanecer em locais cobertos, longe do sereno é bom para ambos. Vacinas:
O meio mais efetivo para evitar as doenças do inverno ainda são as vacinas. A anti-gripal confere imunidade por cerca de um ano e a vacina contra pneumonia pode conferir proteção por cinco anos. No caso dos idosos, a vacina anti-gripal é recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Para maiores esclarecimentos e informações procure a Unidade Básica de Saúde do Município. Alimentação:
A alimentação também merece cuidados. Durante o inverno, em função do frio e do inevitável aumento do gasto energético, em decorrência da manutenção da temperatura corpórea, é imprescindível que a ingestão de alimentos seja moderada e saudável, tomando muito cuidado com alimentos muito calóricos e no aumento da deglutição. O consumo de líquidos deve ocorrem na mesma freqüência que ocorre no verão, pois o corpo deve sempre estar hidratado. Automedicação:
Vale ressaltar que só um médico poderá avaliar corretamente o tipo de doença e como deve ser tratada. A automedicação deve ser evitada, pois o uso indiscriminado de antibióticos pode gerar uma resistência bacteriana e até mesmo promover efeitos colaterais. Nossa dica mais importante: Beba muita água: a hidratação começa de dentro para fora, e coma CANJA DE GALINHA. Como bem sabe a vovó, não faz mal a ninguém...
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Luzes da Ribalta
By Jr., escritor com raízes em Motuca Em 2009, Sir Charles Spencer Chaplin Jr. completaria 120 anos. Imortalizado como maior gênio do cinema de todos os tempos, ele não apenas escrevia, dirigia e produzia seus filmes: Atuava, editava e compunha as canções que emolduravam as obras-primas do cinema-mudo. Me lembro exatamente do dia em que ele morreu. Foi no natal de 1977. Essa é uma das minhas lembranças mais antigas, pois uma de minhas brincadeiras preferidas dos primaveris dias de infância era recortar fotos de jornais. Em uma delas, lá estava ele, o Carlitos, de página intei-ra. Lembro-me que corri com aquela foto e fui mostrá-la ao meu pai que comentou que ele havia morrido. Tinha eu cinco anos e só sei que Cha-plin já me encantava naquele tempo o tanto quanto me encanta nesse exato momento. Ele subiu aos palcos pela primeira vez em 1894, também aos 5 anos, quando já cantava e dançava junto de sua mãe no Music Hall. Com a companhia de comédia de Fred Karno, chegou aos EUA em 1912, e dividia o quarto da pensão com ninguém menos que Stan Laureal, da dupla “O gordo e o magro”. Logo foi contratado pela Keystone Filme Company e foi lá que criou o seu personagem mais conhecido: o Carlitos, um andarilho vagabundo com trejeitos de gentleman, que sem verbalizar uma só palavra, disse tudo, em todos os idiomas. Aos 30 anos era a pessoa mais conhecida do planeta além de possuir a maior fortuna da terra. Em 1919 fundou a United Artists e nesse mesmo ano, na entrega do 1º Oscar, a academia cria um prêmio especial pela “versatilidade e excelência na atuação, roteiro, direção e produção”. Essa estatueta ele usava como peso para portas e isso causou uma certa perse-guição por parte da academia. Ganhou mais 2 Oscar’s depois disso: melhor música em 1952 (Luzes da Ribalta), tema que considero o definitivo na história do cinema e em 1972 pelas “suas incalculáveis realizações na indústria do cinema”, quando foi aplaudido em pé por mais de 5 minutos. Amava as mulheres. Casou-se inúmeras vezes, sempre com mulheres mais jovens. Amava também o gênero humano. Creio ser Chaplin o pai do humanismo. Prezava os valores da humanidade. Revelava o papel desempenhado pelo cinema e pelo cineasta no contexto social. Nunca por coincidência, visto que esta é a primeira função do artista. A segunda é tocar as pessoas. E isso ele conseguiu nesses últimos cento e poucos anos. Nada mal para um cara que se dizia apenas um palhaço. Também foi, certamente, o maior deles. Fade out, the end. “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos”. C.Chaplin Sugestão para cinéfilos: The Kid – 1929, o melhor filme de todos os tempos.
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Monte Alegre “A” conquista campeonato em jogo emocionante Em uma partida digna de final de campeonato, o Monte Alegre “A” sagrou-se campeão municipal de futebol após empatar em 2 a 2 com a equipe Argentina no tempo normal e vencer a disputa de pênaltis. Esta é a se-gunda vez que o time do Assentamento levanta a taça da competição. Na partida preliminar, o time da Usina conquis-tou a terceira colocação ao golear o Vila Nova por 5 a 2. As fi-nais do campeonato foram realizadas no Estádio Municipal, no dia 19 de abril, com presença de grande público. A partida que definiu o campeão foi marcada pelo equilíbrio. O primeiro tem-po terminou sem gols, com poucas chan-ces para as duas equipes. Logo no início da segunda etapa, o Assentamento abriu o placar, mas com uma reação rápida, a equipe Argentina empatou. Quando a partida parecia terminar em 1 a 1, o time da Argentina virou a partida com um gol de falta e, também de falta, o Assentamento igualou o placar no final do jogo, levando a disputa para os pênaltis. Nos tiros livres diretos, o equilíbrio do tempo normal continuou, com os batedores das duas equipes convertendo
todas as suas chances. Nas cobranças alternadas, a equipe Argentina errou seus dois pênaltis e o Assentamento “A” desperdiçou um e converteu outro, conquistando o título municipal de futebol de Motuca e levando os jogadores e sua torcida ao delírio. Determinação
De acordo com o técnico do Assentamento, Rodrigo Parma, a determinação e a raça foram fatores que propiciaram a conquista do título. “Tivemos bons e maus momentos durante o campeonato, mas os jogadores respeitaram as orientações técnicas e, com muito sufoco, com gol na última hora, conseguimos levantar a taça”, destacou o técnico, que ressal-tou a calma dos batedores e do goleiro da equipe nas cobranças de pênaltis. Já o técnico da Argentina Altair Pereira da Cruz (Tiquinho), que também atua como defensor na equipe, lamentou o fato de terem cedido o empate no final do tempo normal. “Tivemos a infelicida-de de tomar um gol faltando cinco minutos e a cobrança de pênaltis é loteria”, destacou. “Este foi um dos melhores campeonatos já disputados em Motuca, e a nossa equipe se mostrou guerreira, com boas atuações nos jogos”.
Final disputada contra a equipe Argentina terminou em 2 a 2 no tempo normal e competição foi decidida nos pênaltis
Usina era a favorita para vencer competição Equipe terminou a fase de classificação em primeiro lugar, com melhor saldo de gols
A Usina era a grande favorita para conquistar o campeonato municipal. Na fase de classificação, a equipe, campeã do ano passado, terminou em primeiro, cinco pontos à frente do segundo co-locado, apresentando o melhor saldo de gols. No entanto, na semifinal, tropeçou diante do time do Assentamento “A”, ao ser goleada por três a zero. “Nosso time estava muito bem no campeonato, mas perder faz parte do jo-go e o Assentamento aproveitou as opor-tunidades que teve”, destacou o técnico da Usina, Antônio Aparecido Baesso (Lelo). “Além disso, tive que improvisar um zagueiro no gol, pois nosso goleiro estava sem condições de disputar a par-tida”, concluiu o técnico,
que considerou um bom resultado a 3ª colocação.