Cenário 5 edição, agosto de 2008

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CENÁRIO NOTÍCIAS DE MOTUCA

Um serviço de Utilidade Pública - distribuição gratuita - ano II, nÚMERO V - Periodicidade mensal- Motuca-sp, AGOSTO de 2008

DESTAQUES DA EDIÇÃO

Entrevista Candidatos a prefeito de Motuca respondem perguntas do jornal e da população. Página 3

Projetos sociais Programa de distribuição de alimentos, do Centro Espírita André Luiz, atende 39 famílias carentes da cidade. Página 4

Casas da Vila Compradores começaram a receber, há duas semanas, os imóveis que adquiriram na Vila Malzoni. Página 4

Usina Grupo vende infra-estrutura industrial da extinta Usina Santa Luiza. Página 5

Confirmação da empresa e criação de sindicato fortalece setor têxtil Viana Confecções se compromete a oferecer 50 empregos iniciais, mas este número pode chegar a mais de 300 com o decorrer das atividades

O setor têxtil está se firmando como uma importante fonte de geração de emprego e renda em Motuca, depois da confirmação da vinda da empresa Viana Confecções, de Bariri, com potencial para absorver mais de 300 funcionários. A fundação do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Vestuário de Motuca, no último dia doze, também demonstra a possibilidade do município ter encontrado uma nova vocação. O setor têxtil é um dos mais promissores do país. Atualmente, responde por 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, além de ser o segundo maior gerador de empregos da indústria, atrás apenas do ramo alimentício. A empresa Viana Confecções iniciará o processo de capacitação de funcionários no próximo mês. Em junho, 453 pessoas demonstraram interesse no trabalho. “Nós nos comprometemos a em-pregar, inicialmente, 50 pessoas, mas este número pode chegar a mais de 300 com o decorrer das atividades”, afirma o empresário Ismael Sabino Viana, proprietário da empresa. Segundo ele, a procura por seus produtos aumentou nos últimos meses, por isso a necessidade de expansão. O espaço físico para a realização das atividades ficará a cargo do município. A construção, com mil metros quadrados, está prevista para terminar entre o fim deste ano e o início do próximo. Sindicato local

Futebol Projeto realizado no município busca a formação de atletas. Página 8

Até a semana retrasada, os trabalhadores do setor têxtil de Motuca eram representados pelo Sindicato dos Vestu-ários do Estado de São Paulo, localizado na capital. “A distância era prejudicial ao desenvolvimento da ati-

Comércio e Confecções Motuca aumentou em mais de 100% o quadro de funcionários

vidade no município, pois a realidade de Motuca é dife-rente da realidade de cidades maiores”, explica o advogado Daniel Fabiano Cidrão, responsável pela área jurídica da entidade. “Uma representação atuante na cidade é muito mais segura e garan-tida na forma de respeitar o direito dos trabalhadores”, afirma. O advogado acrescenta que a criação de um Sindicato regularizado facilita a vinda de outras empresas ao município. A diretoria será composta por trabalhadores da empresa Viana Confecções e da Comércio e Confecção Motuca, presente há quinze anos na cidade. Seu proprietário, o empresário Sandro Ricardo Lima, revela que já vinha buscando a criação do Sindicato. “Pelo menos a gen-te tem uma base agora”, ressalta. Sua indústria oferece mão de obra para uma empresa de Matão. As 56 trabalhadoras produzem cerca de 500 peças por dia. “Nosso quadro de funcionários cresceu mais de 100% neste ano”, relata. “A intenção é chegarmos a 110, mas falta mão de obra qualificada na cidade”. O empresário revela que já procurou a prefeitura para ajudar na formação de trabalhadoras para atender a demanda. A costureira Lucinete Ferreira Coelho

Boiago, funcionária da empresa Comércio e Confecção Motuca, foi escolhida para ser secretária no Sindicato. Segundo ela, a fundação do órgão irá facilitar as atividades das trabalhadoras. “Com uma representação na cidade, fica melhor para nós”, relata. “Antes, quando precisávamos saber sobre nossos di-reitos tínhamos que nos locomover para outras cidades, agora podemos resolver aqui mesmo”, declara Lucinete, que há doze anos trabalha no setor.

Sindicato foi aprovado pelas trabalhadoras


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Editorial

União e participação popular O que aconteceria se, na ocasião do fechamento da Usina, o Grupo encontrasse uma cidade unida e disposta a evitar a decisão? Que estudasse profundamente o problema e realizasse todos os esforços possíveis para brecar o que veio a ser o episódio mais traumático da história de Motuca? Talvez a realidade tivesse sido outra, talvez não. Porém, demonstraria que a sociedade motuquense não aceitaria de forma apática, como aconteceu, a transformação social a que foi submetida. Minha intenção não é chorar a morte da bezerra. É, sim, evidenciar a falta de união entre os setores da cidade e a ausência da população nas deci-sões políticas e administrativas, fatores primordiais para o progresso. Atualmente, o poder público e a população estão separados. Há um temor recíproco. Ambos se distanciam e as decisões, que deveriam ser coletivas, são tomadas unilateralmente. A cidade já teve uma experiência de participação

popular, o “Município Saudável”, criado pela Faculdade de Saúde Pública (USP), e implantado na gestão anterior. O projeto incitou a discussão em todos os segmentos sociais. A população e o poder público levantaram problemas, discutiram e, por meio de estudos, apresentaram soluções. A experiência durou cerca de três anos e, infelizmente, está paralisada. O orçamento participativo é outro exemplo. Em Araraquara, mais de 30 milhões do orçamento total do município vieram do programa, criado em 2002. São realizadas plenárias onde os cidadãos podem levar suas vontades, críticas e sugestões. O ambiente é um celeiro de idéias e discussões, que propicia o desenvolvimento do pensamento consciente e a formação de lideranças. Falta em Motuca associações de classes, como a dos funcionários públicos municipais. Mas que não se limitem a buscar benefícios momentâneos. Quando indivíduos com o mesmo

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propó-sito se organizam, os objetivos são alcançados com maior facilidade. Assim, os comerciantes, agricultores e assen-tados do município, como outros, deve-riam fazer o mesmo. Se unir e lutar pelas suas reivindicações e seus direitos. A busca pela união de todos os segmentos da cidade e a criação de ins-trumentos de participação popular devem constar na pauta de trabalho do próximo prefeito. Ao invés de temida, a crítica deve ser procurada. Motuca precisa de pes-soas que estudem os problemas e as oportunidades. O setor têxtil já bateu em nossas portas. Desde já, é fundamental um trabalho para desenvolvê-lo, criando políticas públicas para atrair novas empresas, qualificando a mão de obra e proporcionando incentivos fiscais. Bem, estas são minhas sugestões. Cabe agora cada cidadão dar as suas.

Expediente: Jornalista responsável: Jairo Figueiredo Falvo MTB 44.652/SP Repórter: Gabriela Marques Luiz Telefone: (16) 3348 1185 - 8141 9125 e-mail: cenarioregional@gmail.com Tiragem: 1.000 exemplares Circulação: Motuca Colaboradores: Fábio de Mello Falvo Maria Angélica dos S. Mendes Gerson Donini de Lima

Errata Na edição anterior, o Cenário informou incorretamente que as eleições deste ano seriam a quarta da história de Motuca. Na verdade, esta será a quinta vez que os eleitores da cidade escolherão seus representantes.

HISTÓRIA Provérbio da Luz Jesus Cristo é a luz que ilumina nosso caminho. Com Jesus, o bem vence o mal. O desamor se transforma em amor. Cristo é nossa fortaleza. Com Ele, passamos por qualquer obstáculo. Aquilo que é impossível para o homem, é possível para Deus. Marcos Roberto dos Santos

Barracão da máquina de arroz na década de 40, no dia da inauguração dos postes de luz a querosene

Localizado na rua Adolpho Thomaz de Aquino, hoje o barracão serve de depósito de material de construção


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Candidatos a prefeito respondem perguntas do Cenário e população

A partir desta edição, o Cenário abre espaço para que a população participe do processo político, enviando perguntas aos candidatos a prefeito José Luiz de Laurentiz Sobrinho (DEM) e João Ricardo Fascineli (PT). Esta é uma ótima oportunidade para que os eleitores conheçam as posições dos postulantes ao executivo. Os leitores que querem fazer perguntas aos candidatos podem enviar pelo e-mail: cenarioregional@gmail.com ou entregar na rua Marcos Rogério dos Santos, 31, centro, ou a um de nossos colaboradores. A partir de 2010, Motuca deixará de receber os recursos provenientes da Usina. Quais serão suas atitudes para equilibrar as contas Públicas? (Cenário) Zé Luiz: Enxugar os gastos públicos, mantendo uma boa qualidade na prestação dos serviços públicos; buscar investimentos junto ao setor privado, com incentivo às instalações de micro e pequenas empresas, visando uma melhoria na arrecadação do município e a captação de verbas juntos aos Governos Estadual e Federal. Ricardo: Devemos considerar que a Prefeitura de Motuca possui uma das melho-res rendas per capita do Estado, não temos em mãos quanto se gasta hoje com folha de pagamento, pois é o maior gasto dentro da administração, mas com alguns ajustes e planejamento investiremos nossas economias em prioridades, atingindo assim nossos objetivos e metas. Com a instalação de novas empresas, voltaremos a elevar o nível de recursos de nosso Município. Quais serão as iniciativas para atrair empresas para a cidade? (Cenário) Zé Luiz: Incentivo fiscal para atrair novas empresas, requalificação da mão de obra existente no município, para atender as necessidades das empresas, readequa-ção e melhor organização do distrito industrial; através de divulgação pelos meios de comunicação, inclusive internet, divulgar nossa capacidade de mão de obra existente no município, e o plano de incentivo a novas empresas. Ricardo: Buscando recursos junto ao governo federal (LULA), deputados fede-rais e estaduais, senadores e vereadores, incentivaremos a criação de cooperativas, associações e projetos voltados ao biodiesel, granjas, abatedouro, destilaria de açúcar e álcool, calderaria, confecções têxtil, jóias e outras empresas, dando assim condições necessárias e cabíveis às empresas da cidade e da região para se instalar e crescer dentro do nosso município. O que você acha do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de Motuca. O que vai fazer para melhorá-lo? (Antonio Vicente Spinelli, comerciante) Zé Luiz: No plano geral, o IDH de Motuca é considerado médio, pretendemos

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dar ênfase ao atendimento e acompanhamento médico à população (gestantes, cri-anças, jovens, adultos e idosos); criar empregos, melhorar a educação, diminuindo o índice de analfabetismo, atendendo dessa maneira aos três indicadores do índice. Ricardo: O índice de desenvolvimento humano é baseado na expectativa de vida, na educação e na renda, hoje precisamos aumentar a renda da população com mais empregos, instalar o EJA (Escola de Jovens e Adultos), instalar uma academia com profissional qualificado para aulas de ginástica, principalmente para o clube da 3ª idade, e um bom planejamento na área ambiental, aumentaremos assim a expectativa de vida de nossa população. Sabemos que todo prefeito necessita de uma boa equipe para governar. Quais serão os critérios utilizados por você para formar sua equipe? (Elisabeth de Mello Magno, representante de entidade religiosa) Zé Luiz: Cada Setor será administrado por pessoas de ofício, ou seja, com capaci-dade comprovada na sua respectiva área, dando preferência aos profissionais de nosso município, além de estarmos interligando todos os setores com a realização de reuniões periódicas com os responsáveis por cada setor. Ricardo: Pessoas qualificadas, honestas, idôneas, responsáveis, administradores de visão técnica, motuquenses, com vontade de trabalhar pelo nosso município, para juntos colocarmos Motuca no rumo do progresso e desenvolvimento. A saúde geralmente é criticada por pessoas que não estão familiarizadas com a área. Como você observa a saúde de Motuca? (Ivone Aparecida da Cunha Milani, profissional de saúde). Zé Luiz: No geral, a saúde é boa, temos profissionais qualificados, com atendimento bom, com uma boa distribuição de medicamentos à população. Porém, visando u-ma melhoria na qualidade da saúde de nosso município, pretendemos incentivar os profissionais da saúde a uma melhor capacitação profissional, melhorando, com isso, o atendimento à população a qualquer hora do dia; pois doença não tem dia e nem hora. Ricardo: A saúde de Motuca vai bem, mas pode ser melhorada com a implantação de aparelhos e equipamentos que estão desativados, implantando o laboratório de análises clinicas para agilizar exames, contratação de serviços na área de oftalmologia para atender a população necessitada e melhorar o atendimento odontológico. Quais serão as iniciativas para melhorar o comércio de Motuca? (José Donizete Vaz de Lima, comerciante) Zé Luiz: Com a criação de novos empregos, melhorar o giro de capital no município, incentivar a criação da Associação Comercial e Industrial de Motuca, visando, com isso, uma melhor organização e divulgação das empresas de nosso município; realizando promoções e eventos. Ricardo: Através de uma reunião com os comerciantes locais, criaremos a Asso-ciação Comercial e Industrial de Motuca para tratar dos interesses exclusivos dos comerciantes. E com a criação do ticket municipal, convênios com os comerciantes, consumo interno dos produtos e serviços oferecidos pelo comércio local, iremos valorizar e fortalecer nosso comércio. Como vocês irão resolver a questão da qualificação da mão-de-obra na cidade? (Claudinéia Carreira Rusqui, funcionária pública) Zé Luiz: Realizando convênios e parcerias com Sindicatos e Entidades espe-cializadas na formação de mão-de-obra (SEBRAE, SENAI, SENAC, etc); dando suporte para que futuras empresas possam qualificar nossos trabalhadores; pois nossa mão de obra é qualificada para o setor sucroalcoleiro. Ricardo: Fundando imediatamente o PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador) para cadastro de trabalhadores e para que os mesmos possam ser recolocados conforme suas qualificações, em empresas da nossa região, fazendo parcerias com Senai, Senac, Sebrae, Prouni (Bolsas de Estudo do Governo Federal) e empresas privadas voltadas a educação, qualificaremos trabalhadores e estudantes de nosso município usando também as dependências das escolas Maria Luiza e Adolpho no período noturno, para o fornecimento de cursos técnicos.


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Projeto oferece alimentos a 39 famílias carentes de Motuca Centro Espírita André Luiz realiza trabalho há dez anos com ajuda de voluntárias

para observarem a real necessidade. Quando notam que a família melhorou de condição, substituem por outras. “Muitas vezes, elas mesmas nos contam que não precisam mais receber os alimentos”, explica. O Centro Espírita André Luiz é uma instituição filantrópica sem fins lucrativos e, há três anos, foi reconhecida como entidade de interesse público pelo município. Com isso, passou a receber R$ 700 mensais para a realização das atividades. O recurso é direcionado para o programa da sopa e compra de doze cestas básicas, em média, todos os meses. O repasse deve ser totalmente gasto e é realizada prestação de contas periódicas.

Há cerca de um mês, a dona de casa Janicléia dos Santos, 21, vem todas as terças e quintas buscar porções de sopa para a família no projeto realizado pelo Centro Espírita André Luiz. Ela é casada e possui filhos gêmeos com sete meses, um deles nasceu com falta de oxigênio no pulmão. Em função da doença, tem que levá-lo periodicamente para tratamento em Araraquara. Seu marido trabalha em uma usina próxima e a renda é insuficiente para cobrir os custos com alimentação, moradia e vestuário. “O projeto ajuda no orçamento da casa, pois são menos alimentos que a gente tem que comprar”, relata. Além da sopa, Janicléia recebe uma cesta básica mensal da assistência social do município. A família de Janicléia é uma das 39 atendidas pelo programa de distribuição de alimentos às pessoas carentes do município, realizado pelo Centro Espírita André Luiz, em parceria com o poder público local. O projeto é realizado há dez anos e, atualmente, conta com a colaboração de oito voluntárias. São oferecidas sopas acompanhadas de pães duas vezes por semana. As pessoas mais necessitadas recebem uma cesta básica mensalmente. “Isso não vai resolver o problema da família, mas trará um alívio”, ressalta Elisabeth de Mello Magno, uma das coordenadoras do projeto. Segundo ela, no início de cada ano são realizadas visitas às residências dos participantes

Elisabeth esclarece, a partir das constatações, que Motuca possui muitas pessoas carentes, com dificuldades de se manterem, mas que não há exemplos de extrema pobreza. “São famílias com problemas de desemprego ou que a renda é insuficiente para pagar contas de aluguel, luz e água”. Segundo ela, fatores como programas governamentais, trabalhos de igrejas e o próprio auxílio da sociedade contribuem para que não haja miseráveis no município. “Aceitar que pessoas permaneçam em más condições é uma demonstração de egoísmos”, avalia. “Mas a cidade é muito fraterna, ela acolhe as pessoas”. Nos dias de entrega das sopas são

Compradores recebem casas da Vila Malzoni

Grupo vende infra- estrutura da indústria

Licitação do Ginásio sairá ainda esta semana

Cerca de 30 compradores receberam, no último dia onze, os imóveis que adqui-riram na Vila Malzoni. Eles assinaram um Compromisso Particular de Compra e Venda, já que o loteamento ainda está em processo de desmembramento. Todas as 101 casas já foram vendidas ou estão sendo negociadas com os atuais moradores. Os valores variam de R$ 23 a 45 mil e podem ser parcelados. A entrega iniciou depois que duas famílias invadiram imóveis. Com o episódio, o grupo responsável destinou um guarda que vigia dia e noite para evitar novas ocorrências.

O grupo formado pelas Usinas São Martinho, Santa Cruz e Cosan negociou a infraestrutura da indústria que pertencia à extinta Usina Santa Luiza. A transação ocorreu cerca de oito meses após a paralisação da empresa, por meio de uma consultoria especializada em negócios financeiros. Os equipamentos ainda não foram retirados. A assessoria dos investidores não detalhou o pro-cesso de venda. Declarou que o anúncio oficial será divulgado em breve. A Empresa de Armazenagem, criada pelo gru-po para aproveitar os depósitos e os tanques, ainda não iniciou as atividades.

A empresa WCC, de Taquaritinga, apresentou o menor preço no processo de licitação para retomada da construção do Ginásio de Esportes. Ela ainda aguarda o término do prazo para julgamento dos recursos das outras participantes, que será na próxima quinta (28). Até o momento, nenhuma concorrente se manifestou. O valor apresentado pela WCC foi de R$ 594,840,92. A prefeitura havia estipulado em R$ 680 mil. Se confirmada, a empresa terá 90 dias para concluir a obra. Ainda faltam praticamente quatro etapas para serem realizadas, do total de cinco.

Carência

Elisabeth e as voluntárias produzem cerca de 150 pratos de sopa nos dias de distribuição

oferecidos cerca de 150 pratos. Todos os componentes da família recebem uma porção, junto com um pão francês. “A sopa é muito nutritiva”, explica a voluntária Claudete de Mello Falvo. “Vai legumes como batata, repolho e abóbora, além de macarrão, arroz e carne moída”. Seu preparo leva aproximadamente duas horas. “Muitas vezes as pessoas chegam antes de terminar a sopa para conversar e falar sobre suas vidas, como se fosse uma terapia de grupo”, acrescenta. Uma vez por semana são preparados pães caseiros em uma mini padaria, cedida pelo município por meio do governo do estado. O Centro oferece a mão de obra e a Prefeitura fornece a matéria prima como óleo, farinha e leite. Janicléia, acompanhada dos filhos gemêos


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Juro que vi...

Página 05 Iri(neu) Ferreira

1964... Diziam que havia nesta época uma onda dura no ar. Nós, moleques de Motuca, tínhamos muito de “meninos de engenho”. Nossa única preocupação era brincar, pois escola não era preocupação, era penitência. E quando íamos era para ficar de castigo. Bom mesmo eram nossas tardes. Juntávamos todos: o Bitica, o Samuel, o Kika, o Nelsino, o Cláudio, Clodinho, Flávio e o Uca. Enfim, a cambada toda, a turma de 54... Nesta juntada ficávamos matutando as artes do dia seguinte: nadar no Monte Alegre, o “Salto”, se verão, surrupiar melancias, se inverno, pokans do velho Fruxo. Se Semana Santa, organizar o plano para roubar as galinhas do Vandico. Se não uma ou outra estação, ou mesmo à vontade de sair da rotina íamos caçar morcegos no túnel da “conserva”, que daquele tempo não conservou nada! Nossas noites eram o começo de um novo dia, sempre melhor que a anterior... era na noite que fazíamos nossos relatórios, ficávamos orgulhosos das estratégias de “guerra”, ríamos das mal organizadas e traçávamos novos planos. A noite também era reservada para contar os causos de assombração. As noites de Motuca sempre foram muito especiais, sem brilho artificial, pois eram pouquíssimos os postes. Havia luz na igreja, na estação do trem, nos três bares e na rua principal. Porém as estrelas eram muito mais brilhantes que hoje... a luz iluminava nossos caminhos e mentes, os vaga-lumes davam o toque final e o fogo-fátuo o toque sobrenatural. Em janeiro próximo, faço mais um janeiro e não esqueço da noite que tive um trágico encontro com um lobisomem. Foi mais ou menos assim: Depois de toda conversa, risadas, piadas e causos contados, batia em nós aquele medo de ir para casa... principalmente naquela noite fresca, havia chovido bastante, não haviam estrelas, nem lua, nem vaga-lumes, luz era uma ali... outra acolá. As ruas que eram de terra estavam lamacentas, os arbustos ainda molhados. Eu caminhava, ou melhor, praticamente trotava, com o ouvido alerta. Às vezes olhava rapidamente para trás, tinha a sensação de estar sendo perseguido... pela mulher de branco, pelo saci pererê, pelas assombrações de nossas próprias invenções e histórias, para me distrair pensava no Santos, meu time, e me imaginava um radialista narrando o jogo. Pergunto-me até hoje, porque o bicho apareceu se não havia lua cheia? Bem, faltavam poucos metros para chegar em minha casa... minha mãe viúva me esperava, toda mãe espera! Quando abri o portão (sinto saudade daquele portão de ripas cruzadas e pregadas com grandes pregos, verde de musgo), ouvi o urro, som medonho, assustador. Olhei e vi uma figura dantesca: mistura de cachorro com porco do mato, muito grande, negro e peludo, dentes enormes, babava pelos cantos da boca, e trotava claudicando, pois as pernas traseiras eram bem maiores que as dianteiras... Senhor Deus todo poderoso, era o tal do lobisomem que andava rondando Motuca. Meu corpo arrepiou todo, minhas pernas bambearam, enfrentar nem pensar, saí em uma desembestada carreira, levando tudo no peito, as folhagens tão bem cuidadas de minha mãe, as flores vermelhas, as rosas. É costume no interior entrar na casa pela porta da cozinha, e para chegar na minha porta havia um corredor e uma curva à esquerda... quando fiz a tal curva, caí, mas levantei como um foguete e continuei a corrida. O homem-animal corria e urrava, às vezes eu sentia seu bafo em meu cangote, aliás, me pergunto, como consegui ser mais rápido que o lobisomem? Aquele corredor, hoje tão reto e curto, parecia, naquela noite, um corredor para o infinito. Demorei horas para percorrê-lo seguido de perto, muito perto pelo lobisomem. Já na curva comecei a berrar: Mãe! Mãe! Manhêêêêê, socorro!!!!!!! Não tive tempo de bater na porta, ela já estava aberta e minha mãe me esperava com os braços abertos... e eu branco, arrepiado, suado e chorando nos braços apertados de minha mãe, resolvi Envie seu trabalho artístico para cenarioregional@gmail.com encarar o bicho: porém, ele com a mesma rapidez com que apareceu, sumiu... ou diretamente a um de nossos colaboradores Hoje, já cheio de janeiros e algum conhecimento... Desconfio que o lobisomem usava farda!

Artista apresentou novas técnicas de pintura

Quadrinhos, por Gerson Donini de Lima

De 28 a 31 de julho foi realizado Workshop de pintura com lápis de cor aquarelável no Centro Comunitário

Ninho de Pássaro

O Departamento de Cultura de Motuca, em parceria com a Fundação Educacional e Cultural de Caraguatatuba (FUNDACC) realizaram o workshop de pintura com lápis de cor aquarelável, com a presença do artista plástico Jac Costa, de Caraguatatuba. O evento aconteceu no Centro Comunitário, de 28 a 31 de julho, e contou com a participação de 27 pessoas, de diferentes idades. A técnica ensinada no curso foi desenvolvida pelo próprio artista. “Ao invés de riscar, trabalho com movimentos circulares, criando diversas bolinhas”, explica. Jac revela que observou talentos

Jac Costa com uma de suas obras

em Motuca. “Percebi que aqui existem pessoas interessadas em desenvolver um trabalho”. Ele relata que ficou impressionado com o pintor Iran Florêncio. “Até o final do ano pretendo organizar uma exposição para ele em São Paulo”, afirma. “O Iran possui um talento nato, é um autodidata, por isso proporcionarei esse incentivo a ele”.

O peso das conquistas

Especial Olimpíadas


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Na Área... Espaço Jovem

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Convidamos três jovens que moram em assentamentos da cidade, estudantes do terceiro colegial na escola estadual Adolpho Thomaz de Aquino, para expressarem suas idéias, seus cotidianos e também suas vontades e críticas. Conversamos com Gracieli Pereira e com Márcio Gonçalves Casemiro, ambos de 17 anos e moradores do assentamento IV, e com Moisés Bueno, 17 anos, morador do assentamento III. Gabriela Marques Luiz “Depende da oportunidade que surgir”, diz Gracieli. “Fazer um curso é muito importante”, afirma Moisés. Perguntados se pretendem ir embora do assentamento, Gracieli diz que sim, mesmo gostando e sentindo orgulho de morar lá. Márcio só vai embora dependendo da oportunidade que aparecer. “Eu pretendo trabalhar fora, mas continuar morando nas terras. Só se valer muito a pena, é que eu vou embora”, declara. Já Moisés, não quer ir embora. “Eu acredito em melhorias no assentamento”, diz.

Diversão

Quando o assunto é diversão, os meninos apontam logo o futebol. Moisés gosta tanto, que até integra o time de Motuca. Já as meninas “são mais desani-madas”, afirma Gracieli. Mas elas também se divertem, indo às cachoeiras ou passeando na cidade. Outras formas de diversão são as festas que ocorrem lá mesmo e o “Encontro de Jovens”, que têm como objetivo reunir todos os garotos e garotas dos assentamentos da região. Para ter mais opções de diversão, eles gostariam que houvesse um ônibus disponível para levá-los para Motuca todos os finais de semana, não só quando ti-vesse show na praça. Um clube também seria muito bom. “A proposta de um dos candidatos a prefeito é fazer um clube em Motuca. Mas ao invés de fazer na cidade, poderia fazer aqui no assen-tamento, já que não temos”, declara Gracieli. Preconceito

Indagados sobre a existência de preconceito contra quem mora nos assentamentos, Márcio acha que não. “Pelo menos contra mim, não existe”, declara. Já Gracieli e Moisés acreditam que sim. “Antigamente tinha mais do que agora”, afirma Moisés. Gracieli completa: “O preconceito diminuiu bastante. Algumas

Campanha de adoção Acolha um amigo fiel e companheiro Encontrar um dono para animais abandonados não é fácil, especialmente quando já são adultos. Mas, se todas as pessoas sensíveis ao sofrimento fizerem um pouquinho de esforço, poderemos mudar esta triste realidade. Se você tiver um espaço em sua casa, acolha. Se não, pergunte aos familiares, vizinhos e amigos se podem cuidar. A retribuição será por toda a vida.

Um assentamento melhor

Moisés, Gracieli e Márcio pedem mais diversão e internet nos Assentamentos

pessoas da cidade vêem a gente como ‘sem terra’, achando que passamos necessidade. Pelo contrário, existem vários exemplos de famílias assentadas que têm vida melhor do que muitas que moram na cidade”, afirma. Futuro

Todos ajudam nos trabalhos de casa.

Gracieli ajuda a mãe nos serviços domésticos, enquanto Márcio e Moisés se ocupam nas terras. “Eu trabalho direto para ajudar minha família”, relata Moisés. Mesmo vivendo nesse universo, eles têm como objetivo seguir uma profissão diferente da dos pais. Eles querem continuar os estudos, mas não sabem ainda o que vão fazer.

Esta linda cadela, de médio para grande porte, apareceu nas ruas da cidade muito magra e com lesão na pata. Ela é mansa, mas pode cuidar de residências e sítios em troca de um pouco de carinho. Esta pequena cadelinha foi abandonada com sarna e repleta de carrapatos. A pessoa que se interessar em adotá-la irá rece-bê-la sem nenhuma doença, vermifugada e com muita alegria. Quem se interessar em cuidar desses animais, entre em contato com o Cenário: 3348 1185 8141 9125 - cenarioregional@gmail.com

Questionados sobre o que falta no assentamento, foram unânimes: internet. “Falta linha telefônica para podermos ter internet em casa. Assim não precisaríamos ficar indo na Lan House”, afirma Gracieli. Márcio acredita que sem internet, não compensa ter um computador. “Tenho vontade de comprar um , mas o mais importante é a internet, e aqui não tem”, declara. Moisés completa: “Hoje o computador não está tão caro como antigamente. Mas o que adianta comprar um se não tiver a internet?”. Na opinião de Moisés, o que falta também no as-sentamento é iluminação. “Aqui tem rua tão escura, que até já causou acidentes com moto e carro”, finaliza.


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Espaço de Cidadania e Qualidade de Vida

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Fábio Falvo e Maria Angélica

Torta de Maracujá

Como economizar dinheiro! Estar em equilíbrio é um grande desafio para se ter uma boa Qualidade de Vida. Parte deste equilíbrio é saber como manter sua vida financeira em situação segura, que leve você a fazer ações para seu bem estar. Equilibrar as contas e consumir moderadamente está entre as dificuldades enfrentadas por muita gente. Vamos deixar neste espaço algumas dicas de economia que, se utilizadas, podem levar o leitor a ter uma bela poupança.

$ - Primordial é saber comprar. Muitas vezes agimos no impulso. Pergunte-se mais de uma vez se realmente você precisa adquirir um produto. Você verá que, em muitos casos, acaba não comprando. $ - Os juros são os vilões de seus prejuízos. Uma maneira de economizar di-nheiro é efetuar o pagamento das contas sem atraso. $ - Faça pesquisa de preços, antes de comprar qualquer produto. Os preços variam muito.

$ - Revise as despesas com as contas de

Para refletir... Nós e os animais

Que culpa tem os animais de, assim como nós, quererem viver. De terem a necessidade de sobrevivência. De buscarem, a cada instante, alimento, água e abrigo para existirem dignamente, sem dor e sem sofrimento. Mas nós (sociedade), do alto de nossa arrogância e prepotência negamos este amparo. Simplesmente ignoramos suas presenças. Importamos mais com a sujeira que fazem do que com suas agonias. Trouxemos os animais para o nosso convívio. Mudamos suas condi-

água, luz e telefone, identificando gastos excessivos e diminuindo-os através de novas atitudes. $ - É possível reduzir as despesas com alimentação em até 15% com uma medida simples, que é encher o carrinho respeitando uma lista de compras feita antes de sair de casa. $ - Fique atento: celular, cheque especial e cartão de crédito fazem parte do dia-a-dia do consumidor, sendo eles ameaças para elevar os gastos mensais. No entanto, se forem utilizados corretamente, são excelentes instrumentos para facilitar nossas vidas.

ções de selvagens para domésticos. Por isso, temos o dever de oferecer a eles o que queremos e precisamos para nós. O número de animais abandonados em Motuca chegou a um estado alarmante. É preciso, mais que depressa, o desenvolvimento de um programa de políticas públicas eficaz no município. E mais que depressa, é necessário fazer alguma coisa. Sacrificar os animais, como pregam alguns, além de ser um ato cruel e desumano, não resolve o problema da superpopulação, pois a procriação desenfreada continuará a existir. Além disso, as legislações atuais não permitem este ato. É preciso que seja implantado no município um projeto de castração, aliado a um amplo e permanente pro-grama de educação, além de punição severa a quem abandona. Castrar e educar, eis a solução. Várias cidades do país e do mundo já desenvolvem atividades como estas e os resultados são consideráveis: diminuição dos animais de ruas, dos maus tratos e da proliferação de doenças, que

$ - A mais importante de todas as dicas é você ter uma noção precisa dos seus gastos. Coloque no papel os ganhos e gastos. Some todas as contas do mês: água, luz, telefone, celular, aluguel,... para ter uma idéia dos seus gastos reais. Com certeza você deve estar se questionando: Quanto mais ganhamos, mais iremos gastar, pois a qualidade de vida irá aumentar. Sim, com toda certeza, porém isso não é desculpa para não economizar uma grana legal no final do mês ou não ter controle de seus gastos.

até podem nos matar. Mas para isto, existe um custo e um trabalho árduo; e o poder público, junto com a ajuda da sociedade, deve se comprometer a realizá-los. É necessário fazer um estudo da realidade local e encontrar boas iniciativas para serem implantadas aqui. Foi tentando inúmeras vezes chegar ao impossível que o homem chegou ao possível. Sei que mudar comportamentos e a cultura das pessoas não é fácil. Alguns irão questionar: “Por que vocês não vão cuidar das pessoas passando fome?” Outros dirão: “Tem que matar todos esses bichos”. Mas mesmo com essas dificuldades, a parcela da sociedade (a maioria) que é sensível ao sofrimento animal deve agir. Os cães e os gatos, dentre outros bichos, são indefesos e foram, ao longo do tempo, esquecidos pelos governantes. Não dá mais para aceitar a atual realidade. Se quisermos uma sociedade fraterna e justa, devemos, também, dar a devida atenção aos animais. Reflita.

Massa: 2 colheres de sopa de margarina 4 colheres de sopa de açúcar 4 colheres de sopa de leite 2 gemas 1 colher de café de pó roial Farinha até dar o ponto Amasse tudo, coloque na forma e leve para assar Recheio 2 claras em neve 6 colheres de açúcar Caldo de 3 maracujás 1 pote de gelatina em pó sem sabor 1 lata de creme de leite ½ lata (do creme de leite) de água Açúcar a vontade Modo de fazer Bata as claras em neve, coloque o açúcar e o creme de leite. Dissolva a gelatina em um pouco de água fria. Bata no liquidificador o suco de maracujá, a água e o açúcar. Aquecer este suco e despejar a gelatina para dissolver. Reserve ½ xícara desse suco para a cobertura e o restante despeje nas claras batidas. Com a massa já assada, coloque essa mistura de claras e maracujá e leve para gelar. Quando endurecer, espalhe o restante do suco reservado e decore com sementes do maracujá. Receita eviada por: Elisabeth de Mello Magno


Cenário

um serviço de utilidade pública

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O sonho de ser jogador de futebol Município possui projeto para formar atletas entre oito e dezessete anos Jairo Falvo

O Brasil é conhecido em todo o mundo como o país do futebol. Nada mais natural que a maior parte das crianças que nascem aqui sonhe em seguir carreira no esporte. Chegar a um grande clube, porém, é para poucos. De acordo com levantamento realizado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em 2006 cerca de 20 mil jogadores profissionais atuavam no país. Destes, aproximadamente 600 jogavam em um time de primeira divisão e apenas a metade ganhava mais que um salário mínimo. “As dificuldades são muitas e apenas talento não é suficiente para ingressar em um grande clube”, destaca Décio Barbosa, coordenador de um projeto de formação de atletas no município. Segundo ele, é necessário que o garoto, além de mostrar talento, tenha sorte e seja bem assessorado. “A figura do empresário adquiriu muita importância nos últimos anos”, relata.

Desde 95 Barbosa treina, de forma voluntária, meninos da cidade que querem praticar o esporte. Há cinco meses foi contratado pela Prefeitura para formar equipes com jovens de oito a dezessete anos. “Estamos na fase de preparação”, conta. “Tem moleque que chegou aqui sem saber dar um balãozinho. É preciso trabalhar os fundamentos e isso leva tempo.” Dificuldades Uma das principais dificuldades, segundo Décio, é reunir os jogadores. “Por ser pequena, Motuca não possui tantos garotos assim, que dê para a gente fazer uma escolha”, explica. “Além disso, temos que conciliar o treino com os estudos e a participação nos projetos sociais, e nem sempre batem os horários dos meninos”. A equipe teve uma boa participação nos 52º Jogos Regionais deste ano, ao obter a quinta colocação. Em breve, irá disputar o campeonato estadual. “Estamos fazendo amistosos e preparando os atletas para terem um bom desempe-

Cidade foi sede do campeonato brasileiro de som, tunning e rebaixados Competidor de Motuca vence na categoria pancadão e está em 3º no ranking brasileiro Jairo Falvo

O competidor Jhonatan Donizete Mendonça venceu a categoria pancadão, carro de passeio até seis falantes, no campeonato brasileiro de som, tunning e rebaixados, etapa realizada em Motuca. O som de seu carro alcançou 137 decibéis, o maior pico, sete a menos que o recorde nacional. Com o resultado, o competidor da cidade ocupa a 3ª colocação no ranking brasileiro. O evento foi realizado em dez de agosto, no estádio do Motuca Futebol Clube. Jhonatan disputa competições de som há dois anos. Para isso, investe em equipamentos e acessórios. Na disputa, utilizou seis autofalantes, quatro baterias e dois módulos de potência. “Quem quiser participar tem que gastar, pois os equipamentos são bem caros”, de-

O treinador Décio Barbosa observa talento em Wallace, atacante da equipe

nho”, relata Barbosa. O objetivo do trabalho, segundo ele, é revelar bons jogadores, que possam atuar em grandes equipes, além da preocupação em formar cidadãos. “Estando aqui, eles não têm tempo de pensar coisa errada, como ir atrás de drogas”, ressalta. O atacante da equipe Wallace Perei-

Equipe de Karatê fica em terceiro na Copa Primavera de Ribeirão Bonito Competição é válida pela 2ª Etapa Oficial da ACEK, que classifica atletas para a Copa Brasil Gabriela Marques Luiz

Som alcançou 137 decibéis, atingindo maior pico

clara. Segundo o competidor, o evento movimen-tou a cidade. “As oficinas mecânicas ganharam e a procura por acessórios de som aumentou”. O evento teve 54 competidores, em três categorias. Segundo o organizador Raoni Thomaz de Aquino, mais de 800 pessoas assistiram ao campeonato. “Vieram pessoas de toda a região”, aponta. “Minha intenção é trazer sempre o evento para cá, mas é preciso um apoio maior do poder público local”, aponta.

ra da Silva, de nove anos, começou a jogar futebol aos cinco. Santista e fã do português Cristiano Ronaldo, do Manchester, o garoto vislumbra seu futuro nos gramados. “Quero seguir carreira no futebol e jogar em um grande clube”, sonha o menino que, segundo o técnico Barbosa, tem talento suficiente para realizá-lo.

A equipe de Karatê de Motuca, composta por dezesseis atletas, ficou em 3º lugar na 11ª Copa Primavera, realizada em Ribeirão Bonito, no último dia 24. No total, a delegação comandada pelo sensei José Roberto da Silva ganhou 24 medalhas, sendo dez de ouro, seis

de prata e oito de bronze. Participaram da competição quatorze associações, de doze cidades da região. A equipe de Motuca ficou atrás apenas das delegações de Boa Es-perança do Sul e Ribeirão Bonito. A Copa é válida pela 2ª Etapa Oficial da ACEK, que classifica os melhores atle-tas para a Copa Brasil, em fevereiro de 2009. Ao longo do ano serão realizadas mais quatro competições.


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