CENÁRIO NOTÍCIAS DE MOTUCA
Um serviço de Utilidade Pública - distribuição gratuita - ano II, nÚMERO IV - Periodicidade mensal- Motuca-sp, Outubro de 2008
DESTAQUES DA EDIÇÃO
Novos rumos de Motuca serão decididos amanhã
Entrevista Candidatos a prefeito de Motuca respondem perguntas do jornal e da população. Página 3
Orçamento Prefeitura apresentou orçamento municipal para o ano que vem em plenária na Câmara. A previsão é de R$ 13 milhões. Página 4
Rubéola Motuca superou meta de vaci-nação da campanha contra rubé-ola. Foram imunizados homens e mulheres entre 20 e 39 anos. Página 4
Orquestra de sopro Professor de música pretende formar orquestra de sopro em Motuca. Página 5
Cross Country Motuca sediou 6ª etapa do cam-peonato de Cross Country. Piloto da cidade ficou em 3º lugar. Página 8
Os cerca de 3.583 eleitores de Motu-ca irão às urnas para escolher o próximo prefeito e nove vereadores. O município possui dez sessões eleitorais, divididas em dois locais de votação, a Escola Estadual Adolpho Thomaz de Aquino e a Escola Municipal Maria Luiza Malzoni Rocha Leite, onde também funcionarão os balcões de justificativas de votos. O horário estabelecido para a votação é das 8 às 17 hs.
Após pouco mais de dois meses de campanha, os eleitores de Motuca ele-gerão, amanhã, seus representantes ao executivo e às nove cadeiras do legisla-tivo. No período, os dois candidatos a prefeito João Ricardo Fascineli (PT) e José Luiz de Laurentiz Sobrinho (DEM) apresentaram suas propostas para me-lhorar a vida da população motuquense. Na reta final da campanha, Zé Luizinho realizou dois comícios na cidade e um no Assentamento. Já Ricardo, optou pela estratégia de não fazer comícios, falando em público duas vezes, no comitê de campanha da coligação. Ricardo
No último discurso, Ricardo criticou as gestões anteriores do município por não se preocuparem em criar alterna-tivas de emprego. Também se posici-onou contra o fato de haver funcionários de outras cidades trabalhando no muni-cípio. Elogiou o sistema COC da educa-ção infantil, mas falou que o ensino médio está ruim. Disse que os assentamentos estão abandonados e
Zé Luizinho discursando em comicío
Ricardo em discurso no comitê
que falta sanea-mento básico. Também reiterou que o comércio de Motuca não se desenvolve porque a prefeitura prefere comprar os produtos fora da cidade. Ricardo falou que Zé Luizinho tem residência em Gua-riba, e que por isso não merece governar a cidade. Com relação às propostas, Ricardo disse que vai melhorar o atendimento of-talmológico e de Raio X na Unidade Bá-sica de Saúde. Também falou que irá trazer uma empresa de abatedouros de aves ao município em função de haver muitas granjas no assentamento. Prometeu diminuir o valor do IPTU da cidade, pois considera um dos mais altos da região.
candidato criticou o plano de governo de Ricardo, dizendo que é fantasioso e que suas propostas não condizem com a realidade do município. Criticou a pos-tura de Ricardo de não realizar comícios, pois considera um ato de desrespeito com os eleitores e com os candidatos a vereadores da coligação dele. Também se posicionou contra a reforma de vias públicas realizadas pela atual gestão e afirmou não ter vínculos com partidos e governos. Com relação às propostas, disse que, se eleito, pretende implantar uma incu-badora de empresas e criar uma Asso-ciação Comercial e Industrial em Mo-tuca. Também prometeu implantar su-pletivo para alfabetizar adultos. Na segu-rança, revelou que pretende instalar câ-meras em pontos estratégicos da cidade, além da criação de uma guarda muni-cipal. Garantiu investimento maior no es-porte, com a qualificação dos profis-sionais de educação física. Também fa-lou que irá resolver os problemas de falta de estrutura dos assentamentos.
Zé Luizinho
Já Zé Luizinho, nos comícios, se de-fendeu das críticas de que não teria tem-po para exercer o cargo em função de estar à frente de negócios da família, em Motuca e em Mato Grosso, e de morar em outra cidade. Segundo ele, existem funcionários preparados para ocupar sua função e afirmou morar em Motuca e ter laços com a cidade há vários anos. O
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O modelo eleitoral e a sociedade despolitizada Infelizmente, muitas pessoas observam a política como uma oportunidade de melhorar de vida. Candidatam-se pensando no salário e nos benefícios que, se eleitos, desfrutarão. Não conhecem e nem procuram conhecer os problemas da cidade. Não sabem e nem buscam saber sobre as questões que envolvem a administração municipal, ou seja, são totalmente despreparados para exercer um cargo público. Ainda assim, candidatos com estas características já se elegeram e, certamente, outros serão. Dois fatores possibilitam este fenômeno: o atual modelo eleitoral e a falta de conhecimento político da população. O sistema eleitoral já teve vários avanços como a proibição de showmícios e distribuição de brindes, além de restrições nas propagandas, que beneficiavam os que possuíam maior poder econômico. Mas ainda não conseguiu transparecer para os eleitores, de maneira clara e direta, os defeitos e as qualidades dos candidatos. Eles próprios ficam encarregados de criar suas imagens. Com isso, prometem o que não podem cumprir, mentem ou
simplesmente se posicionam sobre um assunto sem o conhecimento necessário. Por ser pequena e com pouca estrutura Motuca é ainda mais prejudicada. Faltam meios para que os candidatos discutam abertamente suas propostas e planos de governo. Colocar no papel pura e simplesmente é muito cômodo. As idéias de-veriam ser confrontadas, discutidas e justificadas. Aí sim os eleitores poderiam analisar com maior segurança e ter a certeza de que está votando no melhor. Uma rádio comunitária, independente do poder público, poderia perfeitamente cumprir este papel. Ou até mesmo uma Ong comprometida com melhorias na cidade. Mas aí surge o outro problema. Boa parte da população nem sequer se interessa pela política. O direito de votar, conquistado a duras penas, não é valorizado. Muitos escolhem o candidato porque é parente ou amigo. Outros, em função de ter recebido favores ou algo em troca (mesmo sabendo que isto é crime). São poucos os que votam em quem consideram melhor, porque sabem
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Editorial a importância para sua vida e para sua comunidade. Este é um obstáculo difícil de ser transposto. Mas, com um amplo trabalho de conscientização, realizado por meios de comunicação de massa, seja por um jornal ou rádio, palestras e a valorização da cultura, poderemos observar melhorias em longo prazo. Com tudo isso, amanhã, os eleitores motuquenses irão às urnas escolher seus próximos representantes. Foram pouco mais de dois meses de campanha, na qual os dois candidatos a prefeitos e boa parte dos 80 aos cargos de vereador buscaram (e continuam buscando) provar que merecem ganhar as eleições. Dezenas de bandeiras foram espalhadas pela cidade, milhares de panfletos foram distribuídos e uma quantidade imensurável de decibéis penetrou em nossos ouvidos com mensagens como: vote nesse, vote naquele, eu farei isso, eu farei aquilo... Nosso papel de cidadãos e eleitores não termina amanhã. Temos a obrigação de acompanhar o trabalho dos vencedores e cobrar melhorias para nossa cidade.
Expediente: Jornalista responsável: Jairo Figueiredo Falvo MTB 44.652/SP Repórter: Gabriela Marques Luiz Telefone: (16) 3348 1185 - 8141 9125 e-mail: cenarioregional@gmail.com Tiragem: 1.000 exemplares Circulação: Motuca Colaboradores: Fábio de Mello Falvo Maria Angélica dos S. Mendes Gerson Donini de Lima
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Candidatos a prefeito respondem perguntas do Cenário e população
Zé Luizinho, DEM
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governo Lula massacra e dificulta a vida dos pequenos e médios produtores que contribuem em muito para o desenvolvimento agrícola do nosso país. Em Motuca existem muitos animais de rua. Como você irá resolver este problema? (Cleonice Teodoro Mariano, professora e pastora da Igreja Quadrangular). Zé Luiz: Através do departamento de vigilância sanitária estaremos cadastrando os
animais domésticos e identificando-os. Os animais não cadastrados serão recolhidos e, não havendo nenhuma reclamação por parte do proprietário, serão doados ou encaminhados às Sociedades Protetoras dos Animais de nossa região. Cerca de 40 adultos estão buscando o ensino de 5ª a 8ª em uma cidade vizinha. A viagem é cansativa para quem trabalha. Você pensa em desenvolver algum tipo de programa para atender estes estudantes aqui no município? (Santos da Silva Oliveira, tratorista). Zé Luiz: Viabilizaremos o ensino supletivo de jovens e adultos (EJA), dando
oportunidade para estudarem em nosso município. Estudando em Motuca o aluno que já trabalha o dia inteiro cansará menos com viagens e seu aproveitamento será melhor com certeza. Para viabilizar este projeto, utilizaremos professores do nosso próprio município.
Assim como na edição anterior, o Cenário elaborou perguntas e recolheu de pessoas de Motuca para serem enviadas para os dois candidatos. As respostas deveriam ser digitadas por eles com prazo e regras estabelecidas. Somente o Candidato Zé Luiz respondeu e entregou na data correta. Ricardo alegou possíveis problemas com a Justiça Eleitoral pela proximidade das eleições e resolveu não entregar as respostas. O jornal apurou que não há problema algum e comunicou o Ricardo, que continuou com a sua posição. O Cenário tem obrigação de informar seus leitores sobre as propostas e idéias dos candidatos. Com isso, segue abaixo somente a entrevista com Zé Luiz, com perguntas formuladas pelo jornal e pela população. Nos Assentamentos existe um sério problema de saneamento básico. O que fará para resolvê-lo? (Cenário) Zé Luiz: Esgoto: Onde existem as fossas atuais, usaremos trator com sistema de
sucção para limpeza das mesmas, implantaremos o sistema de fossas assépticas da EMBRAPA/UNB e veremos a possibilidade do uso dos dejetos como adubação orgânica da lavoura de cana. Água: Forneceremos água tratada com poços semi-artesianos, e onde não for possível o poço, usaremos sistema de cavaletes com pastilhas de cloro. A maioria das calçadas da cidade não possui árvore e as existentes ainda estão sendo cortadas. O que você pensa sobre isso e que atitudes tomará? (Cenário) Zé Luiz: Sabemos que a Organização Mundial da Saúde (OMS), preconiza para
uma boa qualidade de vida 12 metros quadrados de área verde por habitante. Em nossa cidade acreditamos ter hoje 5 metros quadrados por habitante. Faremos estudos através da nossa Secretaria da Agricultura para atingir esta meta da OMS, selecionando espécies de arvores e arbustos que não causem danos às calçadas e a rede elétrica. Teremos uma equipe de poda para evitar cortes desnecessários de arvores já existentes, não permitiremos cortes desnecessários e sem a autorização do proprietário da residência.
Atualmente, os agricultores dos Assentamentos recebem um auxílio da Prefeitura para ajudá-los em suas atividades. Como o poder público também poderia contribuir para o fortalecimento dos pequenos e médios produtores do Município? (Adolfo Thomaz de Aquino, agricultor). Zé Luiz: A prefeitura subsidia hoje em torno de 60% do custo hora/máquina para
uso nos assentamentos, trata-se de uma obrigação social com resultados muito bons, que continuaremos sem dúvida nenhuma cumprindo. Quanto ao pequeno e médio produtor, realizaremos um estudo para extensão do mesmo benefício concedido aos assentamentos, pois temos consciência que a política agrícola implantada pelo
Os jovens de Motuca têm poucas opções de lazer. O que você pretende realizar a respeito? (Rose Santana, manicure). Zé Luiz: Não só os jovens, mas toda população merece seu momento de lazer.
Com um melhor aproveitamento da área de lazer já existente, realizaremos eventos voltados não só aos jovens, mas como a toda população. Shows e eventos culturais fazem parte do nosso programa de governo. Os bailes ao ar livre e gratuito à população certamente estarão de volta. Revitalizaremos todas as festas de nosso município, como a do Padroeiro, o Rodeio etc.
O que vocês farão pelo o esporte em Motuca? (Décio Barbosa, técnico de futebol). Zé Luiz: Daremos estrutura e apoio necessário no que tange a todas as modalidades
esportivas, proporcionaremos cursos de aperfeiçoamento dos nossos professores. Toda prática esportiva será acompanhada em seu desenvolvimento por um profissional competente. Faremos um calendário anual esportivo. Incentivaremos as equipes e agremiações que divulgam o nome de nosso município, a exemplo do karatê e futebol feminino, que mesmo sem ser municipalizados tem elevado em muito o nome da nossa cidade.
COMO VOTAR Você votará primeiro para vereador.
Usando o teclado da urna, que é similar ao do telefone, digite o número do candidato de sua preferência. Na tela, aparecerão a foto, o número, o nome e a sigla do partido do candidato. Se as informações estiverem corretas, aperte a tecla verde “confirma”. A cada voto confirmado, a urna emitirá um rápido sinal sonoro. Após o registro do voto para vereador, é a vez de votar para prefeito.
Ao finalizar seu voto, a urna emitirá um sinal sonoro mais intenso e prolongado e aparecerá na tela a palavra “fim”. Se não aparecerem na tela todas as informações sobre o candidato escolhido, aperte a tecla laranja “corrige” e repita o procedimento anterior. Caso você queira votar na legenda, digite o número do partido, que corresponde aos dois primeiros algarismos do número do candidato e confirme o seu voto apertando a tecla verde “confirma”. www.tse.gov.br
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Previsão de orçamento para 2009 é de R$ 13 milhões Valor deve ser ainda maior, já que pode haver aumento na arrecadação de ICMS e conquista de convênios De acordo com levantamento realizado pelo governo municipal, o orçamento líquido previsto para o ano que vem é de aproximadamente R$ 13 milhões. O valor deve ser ainda maior, já que pode ha-ver aumento na participação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e a conquista de convênios junto aos Governos Estadual e Federal. Neste ano, o orçamento deve fechar em R$ 12,5 milhões, o que representa cerca de 20% a mais em relação à previsão inicial, que era de R$ 10,6 milhões. No orçamento municipal são definidos os recursos financeiros necessários à execução das políticas sociais públicas, divididos de acordo com as prioridades locais. Para isso, são apresentadas as receitas e as despesas. A receita do município é formada pelos impostos e taxas recolhidos diretamente pela prefeitura e transferências de recursos dos Governos Estadual e Federal. Já as despesas são as manutenções necessárias, como pagamento de funcionários, obras, investimento em saúde, educação, cultura, dentre outros. O ICMS e o Fundo de Participação dos Municípios (FPM) são as duas maiores receitas de Motuca, representando, juntos, cerca de 80% do orçamento. A previsão do ICMS para 2009 é de R$ 6,5 milhões. No total, está inclusa a última remessa do imposto oriundo da Usina Santa Luiza, pois a transferência do Governo do Estado é retroativa em dois anos. Já a previsão para o FPM é de R$ 4,2 milhões. Para este repasse do Governo Federal, o município recebe proporcionalmente ao número de habitantes. A educação, com 25%, e a saúde, 15%, são os dois setores sociais nos quais são exigidos investimentos mínimos obrigatórios por parte do município. No rateio das verbas, a educação ficou com 30% do total do orçamento de Motuca. Incluindo a transferência do Fundeb, que é de R$ 1,8 milhões, o investimento totaliza 44%. “Projetamos a construção de novas salas de aulas no ensino infantil
Sete pessoas acompanharam a apresentação do orçamento na câmara para atender a demanda em função da ocupação de mulheres na empresa têxtil”, explica Ana Cristina de Andrade, as-sistente de finanças do município. Segundo Cristina, outra preocupação da prefeitura foi incluir na área de planejamento verbas para desapropriação de terreno, no valor de R$ 200 mil, e construção de um novo barracão industrial, no valor de R$ 400 mil. “Com a queda de receita em 2010, vamos ter que buscar mais recursos, mais empregos para o município com o objetivo de fortalecer as finanças municipais”, observa. Depois da apresentação do orçamento, os vere-adores terão até a última sessão do ano, em dezembro, para aprová-lo. No período, eles podem realizar rema-
Motuca supera meta de vacinação contra rubéola Motuca superou a meta de vacinação de 96% da população da campanha nacional contra rubéola, que iniciou em nove de agosto e terminou em 30 de setembro, abrangendo homens e mulheres entre 20 e 39 anos. Segundo o Departamento de Saúde, todas as 686 mulheres (100%) e 737 homens (91%), com o perfil exigido pelo Ministério da Saúde foram imuni-zados. A vacinação contra rubéola faz parte do calendário de rotina.
nejamento e suplementações de verbas. Economia nacional
De acordo com o diretor financeiro do município Antonio Nelson Scopelli, o impacto no orçamento do município, decorrente do fechamento da Usina, será minimizado pelo bom momento da economia nacional. “Há alguns anos o Brasil vêm conseguindo avanços econômicos consideráveis e isto reflete nas pre-feituras”, ressalta. Isso acontece, segundo ele, em função do aumento nos repasses dos Governos Estadual e Federal, principalmente do ICMS. “O dinheiro que pode faltar é para obras”, explica. “E a cidade não precisa de obras, pois já está bem estruturada”, finaliza.
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Orçamento participativo com pouca participação O orçamento do município foi apresentado em plenária do Orçamento Participativo (OP), realizado dia quinze de setembro, às 13h, na Câmara Legislativa. O evento, realizado todos os anos, é aberto à população e os participantes podem sugerir propostas de projetos para serem incluídas no orçamento. A prefeitura destinou R$ 200 mil reais para as sugestões. Apenas sete pessoas estavam presentes, além de somente quatro candidatos a vereador, sendo apenas dois em exercício da função. Nenhum dos dois candidatos a prefeito compareceu. A divulgação foi realizada por meio de carro de som e panfletos distribuídos em pontos comerciais. A pastora da igreja quadrangular Cleonice Teodoro Mariano revela que participou por acaso do evento. “Eu vim aqui para resolver outra coisa, vi a reunião de pessoas, e perguntei se poderia assistir”. Segundo ela, a prefeitura teria que fazer mais divulgação para atingir um público maior. “As pessoas que moram no município têm que participar mais”, observa. “Quem não participa, não tem direito de reclamar depois”. Cleonice aponta a necessidade de uma parceria entre a prefeitura e instituições como Sebrai e Senai para capacitar a população. “Atualmente, o problema de Motuca é emprego”, destaca. “É preciso capacitar a população para facilitar a admissão de desempregados do município”, finaliza.
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Professor de música pretende formar orquestra de sopro em Motuca Projeto necessita da aquisição de mais intrumentos
O professor Rubens junto com os alunos, no Centro Comunitário
Gabriela Marques Luiz
O professor de música Rubens Costa Luiz busca formar uma orquestra de so-pro em Motuca, com artistas da cidade. Há cinco meses, ele foi contratado pelo Departamento de Cultura para realizar curso de música. Ele revela que os tra-balhos estão no início, mas já observou talentos no grupo. “Estamos com 30 alunos, sendo que quinze já estão tocan-do algum instrumento”. Segundo o pro-fessor, para que o projeto da orquestra se concretize, é necessária a aquisição de mais instrumentos. O curso é oferecido gratuitamente pelo Departamento de Cultura, que tam-bém fornece os instrumentos. “A única coisa que o aluno precisa ter é vontade”, ressalta o professor. “Primeiro, inicio na parte teórica para depois começarmos na instrumentação”, explica. Os alunos possuem faixa etária entre nove a dezes-seis anos, “mas há exceções, pois jovens de dezenove a vinte anos também par-ticipam”, revela. Segundo Rubens, o curso de música em Motuca é voltado para o social.
“Buscamos formar primeiramente a pessoa e depois o músico”, diz. Segundo ele, as atividades artísticas são funda-mentais para a formação do caráter dos jovens. Ele relata que pretende revelar talentos que possam atuar na área. “O trabalho tem o objetivo de formar bons músicos, que tenham capacidade para ingressar em uma faculdade de música ou em qualquer orquestra”, ressalta. A estudante Rhayssa Santos Teodo-ro, de 12 anos, é uma das alunas do curso. Segundo ela, o gosto pela música fez com que participasse das aulas. “Sempre quis aprender um instrumento de sopro e agora tenho oportunidade”, relata a estudante, que pretende seguir carreira na área. Serviço: Além do curso de música, o Depar-tamento da Cultura de Motuca oferece pintura em tela, teatro, dança de rua, vitrine, estatuísmo e artesanato. “O mu-nicípio possui várias oficinas. Só neste ano trouxemos cinco”, declara a dirigente cultural Sandra Maria Mendes. Os inte-ressados devem procurar informações no Centro Comunitário, de segunda a sexta-feira.
Causo da Mula
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Fonte: http://www.angelfire.com/ri/bobeiras/indpiadas.html
Seu João pensou melhor e decidiu que os ferimentos que sofreu num acidente de trânsito eram sérios o suficiente para levar a transportadora (dona de uma pick up) para o tribunal. No tribunal, o advogado da transportadora começou a inquirir seu João: - O Senhor não disse na hora do acidente: “Estou bem”? Seu João responde: Bem, vou lhe contar o que aconteceu, eu tinha acabado de colocar minha mula favorita na caminhonete... Eu não pedi detalhes, interrompeu o advogado, só responda a pergunta. O Senhor não disse na cena do acidente: “Estou bem”? - Bem, eu coloquei a mula na caminhonete e estava descendo a rodovia... O Advogado interrompe novamente e diz: - Meritíssimo, estou tentando estabelecer os fatos aqui, na cena do acidente este homem disse ao patrulheiro rodoviário que estava bem. Agora, várias semanas após o acidente ele está tentando processar meu cliente, isso é uma fraude. Por favor poderia dizer a ele que simplesmente responda a pergunta? Mas a essa altura o Juiz estava muito interessado na resposta de Seu João e disse ao advogado: - Eu gostaria de ouvir o que ele tem a dizer. Seu João agradeceu ao Juiz e prosseguiu: - Como eu estava dizendo, eu coloquei a mula na caminhonete e estava descendo a rodovia quando uma pick up atravessou o sinal vermelho e bateu na minha caminhonete bem na lateral. Eu fui lançado fora do carro para um lado da rodovia e a mula foi lançada no outro lado. Eu estava muito ferido e não queria me mover. De qualquer forma eu podia ouvir a mula zurrando e grunhido e pelo barulho eu pude perceber que o estado dela era muito ruim. Logo após o acidente o patrulheiro rodoviário chegou ao local. Ele ouviu a mula gritando e zurrando e foi até onde ela estava. Depois de dar uma olhada nela ele pegou a arma e atirou bem entre os olhos do animal. Então o policial atravessou a estrada com sua arma na mão, olhou para mim e disse: - Sua mula estava muito mal e eu tive que atirar nela, como está se sentindo?
Quadrinhos, por Gerson Donini de Lima Segunda opinião
Indo para o buraco
Pedindo esmola
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Na Área...
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Convidamos três jovens eleitores de primeira viagem para expressarem suas posições sobre as eleições de amanhã. Conversamos com Ana Flávia Lopes da Silva, 16 anos, estudante do segundo colegial; com Aline Evaristo, 19 anos, que cursa Direito; e com Venilton Falvo Júnior, 19 anos, estudante de Engenharia da Computação.
Espaço Jovem Gabriela Marques Luiz
trabalho para os jovens”, afirma Venilton. Aline concorda. “Mais oportunidades de emprego e de estágio também”. Segundo Venilton, a falta de experiência é um obstáculo que o jovem tem que ultrapassar. “Qualquer lugar que você vai, é exigido experiência de trabalho. Como você vai ter seu primeiro em-prego se ninguém te dá oportunidade?”, relata Venilton. Aline completa. “Tudo o que você vai fazer, precisa ter experiência, mas a cidade não proporciona nada para você obtê-la.”, diz. Ana Flávia acredita que o município deveria investir mais em esporte. “É fundamental a valorização do esporte em função dos benefícios sociais que propor-
Venilton, Aline e Ana Flávia estão ansiosos por votar pela primeira vez Eleitores de primeira viagem
É a primeira eleição que eles irão participar. De cara, escolherão os governantes de sua cidade. Em função da nova experiência, Aline se sente “mais cidadã”, enquanto Venilton se sente “na res-ponsabilidade de contribuir com melhorias na sociedade”. Ana Flávia tem ape-nas 16 anos e resolveu tirar seu título de eleitor agora, mesmo sem a obrigação de votar. “Sempre tive curiosidade de saber como é votar”. E completa: “Dia cinco vou ter o poder de escolher quem vai dirigir a nossa cidade”. Escolha dos candidatos
Todos já escolheram os candidatos a vereador. Com relação a escolha do candidato a prefeito, apenas Ana Flávia ainda está indecisa. “Ainda vou analisar as propostas e escolher quem eu acredito ser o melhor para mim e para minha cidade”, relata. Mesmo método já usou Aline, quando decidiu em quem irá votar. “Analisei as propostas dos candidatos
e escolhi quem considerei o melhor”, conta. Venil-ton também já escolheu seu candidato a prefeito. “Conheço pouco os dois, mas pelo pouco que conheço, já sei quem está melhor preparado para ser um governan-te”, afirma Venilton. Os próximos quatro anos
Indagados sobre o que esperam dos próximos quatro anos, Venilton e Ana Flávia acreditam em um crescimento de Motuca. “Espero que a cidade continue crescendo, mesmo depois do fechamento da Usina”, diz. Ana Flávia completa: “Espero também que haja emprego para os jovens, pois muitos não têm condições financeiras de cursar uma faculdade”. Aline prevê um progresso para o município. “Com uma boa administração, podemos ter muita coisa boa por aqui”. Uma Motuca melhor
Venilton e Aline ressaltam importância da criação de oportunidades. “Motuca só ficará melhor quando houver opções de
ciona”, relata. Cenário
Eles também deram suas opiniões sobre o jornal “Cenário”. “Foi uma das melhores iniciativas que já tomaram pela cidade, pois nossa expressão estava muito pequena”, afirma Venilton. Ana Flávia também dá sua opinião. “Acho muito le-gal. A cidade estava precisando, pois re-vela a opinião do povo e o que eles acham de Motuca”, diz. Aline completa. “É uma boa maneira de comunicar aos cidadãos motuquenses como a cidade está indo, das coisas boas e ruins, além de dar voz à população”, finaliza.
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Espaço de Cidadania e Qualidade de Vida
Fábio Falvo e Maria Angélica
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Strogonoff de filé
O voto é um direito e votar consciente é uma obrigação A preocupação aqui é mostrar claramente a você, caro eleitor, o compromis-so que tem perante nossa cidade e dizer-lhe que é o responsável direto pela qualidade de vida que todos buscam nos pró-ximos anos. As eleições são de funda-mental importância, além de representar um ato de cidadania. Possibilitam a escolha de governantes que fazem e execu-tam leis que interferem diretamente em nossas vidas. Escolher um mal político pode representar uma queda na qualida-de de vida. Em Motuca temos um grande número de candidatos em relação ao número de
eleitores. Todos possuem propostas, que devem ser respeitadas. Porém cuidado, muitos deles podem ser impregnados de populismo, beirando a hipocrisia e a demagogia, armas es-tas, sempre bem utilizadas pelos oportunistas para enganar os eleitores menos atentos ou despolitizados. Então, como escolher o melhor candidato para o noss município?
Sua posição poderá fazer a diferença nestas eleições! Achar que todos os políticos são i-guais e que o voto é apenas uma obri-gação representa total irresponsabilidade do cidadão, que pode levar o município a sérias situações negativas. Como vi-mos, votar corretamente dá um pouco de trabalho, porém os resultados são po-sitivos. O voto, numa democracia, é uma conquista do povo e deve ser usado com critério e responsabilidade. Votar em qualquer um pode ter conseqüências ne-gativas sérias no futuro, sendo que de-pois é tarde para o arrependimento.
Ingredientes: 1/2 kg. de filé mignon 1 dente de alho chocado 1 pouco de rum 2 colheres (sopa) de manteiga 1 lata de creme de leite 2 colheres (sopa) de catchup 2 colheres (sopa) de molho inglês 1 colher (sobremesa) de mostarda 1 copo de cogumelos sal a gosto Modo de fazer Cortar a carne em tiras finas. Tempere com alho, sal e rum. Deixe 30 minutos. Em uma panela, coloque a manteiga e a carne até dourar, em fogo baixo. Retire a carne já cozida da panela e coloque o creme de leite, o catchup, o molho inglês, a mostarda e os cogumelos. Cozinhe em fogo brando e vá mexendo por mais 5 minutos. Depois, coloque a carne neste creme, mexa e está pronto para servir. Receita eviada por: Elza Maria Oliveira, doméstica
Para refletir Talvez você não saiba a importân-cia dos vereadores. Se soubesse, re-fletiria muito antes de votar amanhã. O trabalho (ou falta de trabalho) deles acarreta em mudanças na sua vida. Se o vereador for bom e estiver com-prometido com você e com sua comu-nidade, certamente Motuca vai melho-rar. Agora, se ele for ruim e estiver comprometido com seus próprios inte-resses ou de terceiros, certamente Motuca vai piorar. Se você quer me-lhorias vote em quem tem capacidade para legislar. Você criticou o trabalho da atual legislatura. Cobrou uma postura maior no fechamento da Usina. Soltou ver-bos quando percebeu a falta de inte-resse de alguns. Irritou-se quando
O vereador e você sou-be que têm exemplos de vereadores que nem freqüentam as sessões. Mas quan-tas vezes esteve na Câmara? Quantas vezes você levou suas posições para os vereadores? Talvez alguns deles nem mereçam suas críticas. Ou mereçam muito mais. Mas para isso é preciso sa-ber e para saber é preciso acompanhar. Tenho certeza que você não deseja que o vereador seja visto pelo prefeito como um “despachante de luxo”. Você quer que ele cumpra seu papel, ou seja: de elaborar suas próprias leis e de apro-var ou rejeitar o que vem do executivo, de acordo com suas convicções; de fis-calizar a administração municipal, reque-rendo posições e acompanhando o dire-cionamento das verbas públicas; de estu-dar os problemas e sugerir
melhorias; e, principalmente, de representar a comu-nidade, ouvindo-a e buscando apro-ximar o poder público da população. Em função do tamanho da cidade, os candidatos a vereador de Motuca se elegem com poucos votos. Com isso, aqueles que têm família grande, ou os que representam instituições reli-giosas e/ou associações de classe têm mais facilidade para vencer. Também os que possuem poder econômico e tentam comprar o seu voto. Esses de-vem ser rechaçados. Se cometem um crime na campanha, cometerão muitos outros estando no poder. Você tem que ficar atento. É muito fácil saber quem é capacitado e quem não é. Basta refletir. Reflita.
Envie também sua receita para cenarioregional@gmail.com ou diretamente a um de nossos coloboradores.
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Motuca sediou 6ª etapa do Campeonato de Cross Country Piloto da cidade fica em terceiro lugar na categoria nacional até 200 cilindradas O piloto Fernando Vanzan Marques ficou em terceiro lugar na categoria naci-onal até 200 cilindradas, na 6ª etapa do campeonato de Cross Country, disputada em Motuca, no dia 28 de setembro. Esta é a segunda participação do piloto, que já havia conquistado a 5ª colocação na 3ª etapa, também realizada na cidade. Há cerca de seis meses Fernando pratica o esporte. “Comecei porque gos-to de moto, da aventura e da adrenalina que proporciona”, relata. “Mas também por falta de opção na cidade”. Com sua moto, uma XR 200, o piloto percorre, nos finais de semana, os arredores de Mo-tuca e de cidades vizinhas. “Pretendo participar de mais etapas”, revela. O Campeonato faz parte da Confe-deração Brasileira de Cross Country. Reúne pilotos da região e até de outros estados, que participam em seis catego-rias: Nacional até 200 cilindradas, Nacio-nal acima de 200, Nacional Pró, Impor-tada até 250 e Força livre. Os cinco pri-meiros colocados de cada categoria ga-nham um troféu. Os campeões recebe-rão uma taça e equipamentos como capacetes, luvas e roupas cedidas por patrocinadores.
O Cross Country é uma modalidade praticada em terrenos irregulares natu-rais, onde é fundamental o preparo do piloto. “O que vale é a resistência” expli-ca o organizador do campeonato Cláudio José Grecco, de Araraquara, da equipe de trilha “Atolatôa”. “Ganha quem a-güenta mais voltas em um circuito que varia de dois a seis quilômetros”. Grecco, que faz trilhas há 30 anos, considera o Cross Country uma família. “Todas as classes sociais se reúnem”, conta. “Tem médico, pedreiro e jardineiro que se jun-tam pelo gosto em comum no esporte”. O mecânico de Bonfim Paulista Car-los Alexandre Festucci, o Garapa, é um dos destaques do campeonato. Tanto que uma grande empresa do setor motobilís-tico está prestes a patrociná-lo. O piloto está em primeiro na categoria Força Livre, mesmo sem ter disputado algumas etapas. “Faço trilhas há dozes anos e hoje considero uma das coisas mais im-portantes da minha vida”, revela Garapa, um dos grandes favoritos a conquistar o campeonato pilotando sua Saara 350 cilindradas.
Fernando, pilotando sua moto XR 200, na etapa de Motuca Final em Motuca
Faltam ainda mais duas etapas para o término do campeonato. A próxima se-rá em Bonfim Paulista, no dia 19 de ou-tubro. A final pode ser realizada em Mo-tuca, em novembro. “Estou buscan-
do trazer a final para cá, pois movimenta a cidade e leva o nome de Motuca para toda região”, destaca o empresário Marcos Amistá, o organizador do evento no município.