Rua Vigario Freire, 10 - Centro - 3701.1222 - Caruaru - PE Av. Jo達o Francisco Arag達o, 213 - Centro - 3731.1344 - Sta. Cruz
02 - Jornal Coração Eucarístico - 1º de novembro/2012
OPINIÃO
EDITORIAL Francisco de Assis. Um homem, um santo uma pessoa que nos deixou as marcas da sabedoria, da bondade, do desprendimento das coisas materiais e do amor a Deus. viveu no apogeu das coisas materiais até receber o chamado do Senhor e a ele atendeu. Com seu ardor espiritual no Cristo, iniciou a busca de seguidores mostrando que a penitência e a humildade os levaria ao encontro com Deus. Conseguiu reunir os doze primeiros discípulos e com eles fundou a Ordem dos Frades Menores, mostrando, assim que a humildade seria o princípio que nortearia seus caminhos. A sua convicção firme, resoluta, era a de que "ante os olhos de Deus o homem vale pelo que é e não mais”. Juntemo-nos aos nossos irmãos frades franciscanos da paróquia do Coração Eucarístico, para venerarmos este santo, sábio aos olhos de Deus. Não poderíamos deixar de focalizar o Advento. Na nossa liturgia, é o nosso tempo de reenvangelização, é o tempo de nosso reencantamento espiritual e o renascimento de nossa própria existência. É o tempo de revivermos a grande obra de Cristo. O Advento faz renascer a espiritualidade que nos encanta e que abre nossos coração para os nossos irmãos e para Deus. Ele nos convida a olharmos para cima, para as coisas ao nosso redor e, principalmente, para o nosso próprio interior. No tempo do Advento, nossas atitudes poderão fazer a diferença entre estar ausente de Deus, ou participar, ativamente das novenas, construindo nossos presépios em casa, mostrando às nossas crianças o encanto do Natal de Jesus que se aproxima. São João Batista, Isaías e Maria, foram os primeiros personagens do Advento do Menino Jesus, nós poderemos ser o quarto personagem. Vamos mostrar que o Natal não é apenas o frenético desejo consumista, e que este Advento que se aproxima, vai nos mostrar o lado espiritual preparando o nosso caminho e iluminando os nossos corações com a luz da fé. Paz e bem!
PASCOM
Coração Eucarístico
Frei William
Não se deixar servir, mas servir O encontro com Jesus e a confiança colocam-nos na estrada do discipulado, nos fazem seguidores de Jesus. A fé se concretiza, portanto, quando deixamos um caminho para entrar noutra estrada (conversão), na qual a vida é iluminada com a luz de Jesus, com a luz do Evangelho. Quanto mais a fé ilumina a vida de alguém, mais ele se torna discípulo de Jesus. Deixa de lado a crença e começa a enxergar a vida de modo novo. Certa vez os discípulos de Jesus: pedem para ocupar os primeiros lugares no Reino. Jesus rejeita o pedido e pede seguimento (“beber seu cálice e ser batizado com seu batismo”); sem compreender, eles o prometem. Então, Jesus ensina: em vez de ambição, serviço; o serviço de Jesus vai até à morte “em resgate dos muitos”. Jesus propõe um projeto de vida com os valores do Reino e os discípulos o entendem como projeto social e político. Os seus melhores discípulos pretendem reservar para si os lugares de honra no Reino. Jesus então lhes ensina que tais pretensões cabem aos poderosos deste mundo, mas não têm vez no Reino de Deus. No Reino de Deus se deve beber o cálice de Jesus, receber o batismo que ele recebe – e os discípulos, sem entender o que Jesus quer dizer, confirmam que eles farão isso. Como, de fato, o fizeram, depois que o exemplo de Jesus lhes ensinara o que estas figuras significavam. O “poder” no Reino de Deus consiste no servir. O amor só tem poder enquanto ele é doado e se coloca a serviço. Para atingir o coração (e a Deus interessa só isso) é preciso penetrar até o nível da liberdade da pessoa. Ninguém ama por constrangimento. A liberdade surge quando alguém pode tomar ou não tomar determinada decisão. Diante da força que se impõe, não há liberdade. Diante do serviço de alguém que se torna submisso a mim, posso decidir alguma coisa. Por isso, Jesus quer estar a serviço, para que se possa livremente decidir que “reino” se prefere. Servir é ser pequeno. Ministro (servo) tem a ver com mínimo. Em face ao pequeno, o homem revela o que tem no seu coração: bondade ou sede de poder. Jesus quis ser pequeno, para que os corações se
Editor: Charles Cavalcanti Reportagem: Helmir Soares, Paula Duarte Edição Digital: Lyone Bione Redação: João Coutinho Revisão: Paula Duarte /DRT4578PE Diagramação: Socorro Polycarpo
revelassem, não tanto a ele e Deus, que os conhece, mas a si mesmos, pois o maior desconhecido para mim é meu próprio coração. Assumindo o caminho do paciente testemunho da verdade, divergente das conveniências da sociedade dominante, Jesus se tornou servo e fraco, sempre exposto e sem defesa. Tornou-se cordeiro (cf. Is 53,7). O resultado só podia ser o que de fato aconteceu. Foi eliminado, e até seus discípulos tiveram vergonha dele. Mas, muito mais do que no caso do justo de Is 53, Jesus tornou-se “pedra de toque” dos corações e da sociedade toda, com suas estruturas e tudo. Deus ama o justo porque seu sangue leva os outros a serem justos. Infelizmente a humanidade precisa de vítimas da injustiça para reencontrar o caminho da justiça. A recente história da América Latina está cheia disso: os mártires que com seu sangue testemunharam o caminho da fraternidade. E ao lado desses mártires de sangue temos ainda os mártires do dia-a-dia, que não são poucos: pessoas que sacrificam sua juventude para cuidar de pais idosos, que sacrificam carreira lucrativa para se dedicar à educação dos pobres... São estes que santificam nosso mundo cruel. O justo que dá sua vida pelos outros é chamado “servo”, porque serve. Ele é o antipoder. O povo diz: “Quem pode mais, chora menos”. O Servo diria: “Quem pode mais, serve menos”. Jesus diria: “Quem ama mais, sofre mais”. Jesus é a plena realização do “servo”. Aos apóstolos ambiciosos que desejam ter os primeiros lugares no Reino ele opõe seu próprio exemplo: “Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós seja o escravo de todos. O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos” (Mc 10,45). E você, esta sendo servido ou esta servindo? Em oração supliquemos para que a bondade divina conceda-nos a graça de servi-lo de todo coração, através de um serviço feito na liberdade e na fraternidade, para que possamos participar dos dons que nos conduzem à vida eterna.
Endereço Jornal: Paróquia do Coração Eucarístico Praça Dom Vital, nº 289 - Divinópolis Caruaru/PE - Fone: 81 3721-3731 www.pcoracaoeucaristico.com.br e-mail: paroquia.jornal@gmail.com twitter.com/paroquiajornal jornalcaraçãoeucaristico Tiragem: 3.000 exemplares (distribuição gratuita)
ATUALIDADE
Jornal Coração Eucarístico - 1º de novembro/2012 - 03
Ir. Maristela Nalon
MARIA, MULHER DE FÉ E MISSIONÁRIA - I Estamos iniciando o “ano da Fé” recordando os 50 anos do Concílio Ecumênico Vaticano II, e a Igreja convida os cristãos católicos a aprofundar a vivência da Fé. “Confortada pela presença de Cristo (cf. Mt 28,20), a Igreja caminha no tempo, (...) Mas, nesta caminhada – desejo realçá-lo desde já – a Igreja procede seguindo as pegadas do itinerário percorrido pela Virgem Maria, a qual “avançou na peregrinação de fé, mantendo fielmente a união com o seu Filho até a cruz”. (Encíclica Redemptoris Mater, 2) No entanto, percorrendo os escritos do Segundo Testamento, vemos poucas alusões à Maria. Poucas, mas suficientes para descobrirmos o seu perfil de mulher judia, atenta à realidade do seu tempo, solícita às necessidades do seu povo; estudiosa de sua fé e fiel ao seu Deus. Por isso, ao aceitar ser a Mãe do Filho de Deus, Maria torna-se a “grande Missionária do Pai e fiel Discípula do Filho”: leva Jesus a Izabel e O acompanha na missão. “Só no mistério de Cristo ‘se esclarece’ plenamente o seu mistério” (Enciclica RM, 4). A Igreja, portanto vê em Maria o modelo de fé a ser seguido por todos os seus filhos e filhas. Na Anunciação, ao proferir o seu “Faça-se”, Maria aceita plenamente a Vontade Divina. E a frase que antecede a esta: “Eis aqui a Serva do Senhor” mostra uma mulher que sabe que é amada, por isso confia e se entrega sem reservas ao seu Deus. Maria “foi quem melhor assimilou e viveu o Evangelho, por isso, ela é modelo de ação evangelizadora para a igreja. Sua vida simples, marcada pela obediência da fé, nos acerca a seu Filho e nos faz verdadeiros discípulos e missionários” (DGAE 141)
Helena Moura
O DIA DE FINADOS Um dia dedicado a todos os falecidos. Lembro-me que noutros tempos esse era um dia específico para oração, reflexão, visita aos cemitérios, silenciamento, tudo voltado para os finados, pois era o seu dia. É claro que muitos ainda reverenciam os mortos, saudosamente, com respeito e gratidão. Contudo, o que se constata atualmente é uma inversão de comportamento que se manifesta na substituição de valores e priorização de outras atividades em datas tão significativas. Tomamos por exemplo a “Semana Santa”, antes vivenciada de modo intenso entre as famílias, nas igrejas, participando-se ativamente de toda a programação litúrgica. Hoje, a Semana Santa é para muitos oportunidade de passeios, cujo roteiro exclui de forma radical seu sentido religioso. O mesmo acontece com outras datas, inclusive o dia dedicado aos finados. Essa prática induz a substituir ideias e conceitos, e a aceitar como verdadeiro o que se diz por aí: “tanto faz um dia como outro; todo dia é santo do mesmo jeito”, e isso vai destituindo no ser humano sua capacidade de interiorizar-se, cultivar sentimentos de gratidão, reconhecimento, valorização de pessoas etc... O dia de finados pode ser considerado sob dois aspectos: o primeiro é para lembrar, cultuar a memória daqueles que estiveram entre nós, e que passando pela morte, participam agora da eternidade. O segundo é voltado para nós que ainda peregrinamos neste mundo. Esse dia deve ser um sinal de esperança, jamais de tristeza. Esperança de que a morte é apenas o meio pelo qual se chega à vida eterna. “O que semeias não recobra vida, sem antes morrer” (1 Cor 15, 36). Sugere assumirmos nossa condição
de futuros finados. “Lembre-se: a sorte deles será também a sua” (Eclo 38, 22), e nessa certeza cuidarmos enquanto é tempo. Os finados já concluíram sua trajetória terrestre e nada mais podem fazer, enquanto nós, que caminhamos para o mesmo fim ainda dispomos de algum tempo para testemunharmos nossa fé cristã traduzida em obras. “De fato, todos devemos comparecer diante do tribunal de Cristo, a fim de que cada um receba a recompensa daquilo que tiver feito durante a sua vida no corpo, tanto para o bem, como para o mal” (2 Cor 5, 10). Creio ser o dia de finados mais útil para os vivos do que para os mortos. Alerta-nos para a reflexão sobre o verdadeiro sentido da vida, sua brevidade, quais os caminhos até então
percorridos, os valores que abraçamos, a fé que professamos. Com nossas falhas e virtudes confiemo-nos à misericórdia de Deus e peçamos à Maria, mãe de Jesus, a sua intercessão agora e na hora de nossa morte. Rezemos pelos vivos e defuntos e creiamos na ressurreição e na vida eterna. “Graças sejam dadas a Deus, que nos dá a vitória por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim, queridos irmãos, sejam firmes, inabaláveis; façam continuamente progressos na obra do Senhor, sabendo que a fadiga de vocês não é inútil no Senhor” (1 Cor 15, 57-58).
Fotos Charles Cavalcanti
Clayton, Salete, Cristina, Cristina de Paula, Mônica e Biu
Rua Walfrido Nunes, 303 - Maurício de Nassau - Caruaru - PE PABX: 81 2103-3333 Fone: 81 3723-4444 Filial: IOC DIFUSORA. Emp. Difusora 7º andar - Sala 222 81 2103-9751www.ioccaruaru@uol.com.br
PASTORAL
Mônica e Severino Teodoro coordenadores do ramo destacaram: “Estamos muito felizes com a celebração de mais um ano de atuação da pastoral nesta comunidade, nós chegamos aqui em 2000, com a missão de implantar a pastoral. Foram muitas as dificuldades, mas os resultados nos dão muito prazer, hoje vemos adolescentes estudando, trabalhando e que encontramos em casos de perigo de vida, por desnutrição e acometidos de outras enfermidades as quais os líderes se mobilizaram e conseguiram tratamentos nos hospitais especializados”. Clayton mencionou: “O lema da Pastoral da Criança é: ‘Que todos tenham vida e vida em abundancia’ (Jo 10,10). Fieis e comprometidos com o evangelho de Jesus Cristo, estes homens e mulheres – Líderes – dedicam um domingo de cada mês, para a visita pastoral a comunidade, levando seu amor, dedicação e zelo pelo ser humano indefeso e vítima da pobreza imposta pelo egoísmo dos homens, pelo desprezo das autoridades e principalmente pela má formação de seus pais, em sua maioria alcoólatras e violentos para com essas crianças indefesas. Outro problema grave nesta comunidade é a pedofilia. Temos casos de crianças com 12 anos, mãe! Onde deveriam estar brincando de bonecas. Famílias com 8, 10, até 15 filhos. São situações de alta gravidade social”. Dona Santina comenta: “Eu estou com 80 anos, e cuido de 4 netos, pois minha filha tem que trabalhar, a situação em casa é difícil, mas a pastoral ajuda muito mostrando como se deve cuidar das crianças e sempre olham o caderno das vacinas, pesam e dão leite pra elas, fazem festa como essa, é muito bom!”. Já Roseli, viúva e mãe de 4 filhos comenta: “Eu amo essa pastoral, pois além de tudo que fazem por nossos filhos tem paciência de ouvir a gente, conversar sobre os problemas de mulher, fazem palestras, trazem dentistas para nossos filhos, cortam cabelo como hoje. É muito bom! A Paróquia do Coração Eucarístico de Jesus conta com a atuação da Pastoral da Criança desde 2002, hoje são assistidas as comunidades da Vila Rafael, N. Senhora da Salete, Carapotós, Nova Caruaru, Cagepe, Maria Viturino (Centenário). Trabalho realizado por 30 líderes e 40 pessoas no apoio – são voluntários em fase de formação para se tornarem líderes –
Jornal Coração Eucarístico - 1º de novembro/2012 - 05
acompanhando 280 crianças. No Rafael são 11 líderes – assim são chamados os agentes na Pastoral da Criança – que acompanham 88 crianças, contando com o apoio 19 voluntários. O programa da Pastoral da Criança acompanha desde a mãe gestante no
primeiro mês até a criança completar 6 anos, é a primeira infância, fase aguda dos problemas de desnutrição, observando as primeiras vacinas e o aprendizado da higiene pessoal. Venha você também, ser um líder na Pastoral da Criança.
PASTORAL
06 - Jornal Coração Eucarístico - 1º de novembro/2012
NOTÍCIA FRANCISCANA
Rosilda Santos
SALMODIAR É UMA ARTE Os Salmos são ao mesmo tempo: “Palavra de Deus e palavra de nossa oração!” Felizmente, hoje estamos descobrindo cada vez mais o valor destas poesias cantadas, tanto para a oração pessoal, como para a celebração comunitária. O Salmo é valorizado na celebração da Palavra e, com a divulgação do Ofício das Comunidades, o povo começa a se familiarizar de novo com as expressões milenares que alimentaram a fé de centenas de gerações de judeus e cristãos, nos momentos de felicidade, e principalmente nos momentos da dureza da vida. Aprendemos com a tradição litúrgica a cantar os Salmos, unidos a Cristo. É Ele o primeiro autor dos Salmos. Expressa diante do Pai sua fidelidade, mas também sua angústia e sua dor. Nós unimos nossa voz à dele, percorrendo cada verso com atenção amorosa, elevando a Deus as experiências de comunhão e de transfor mação que acontecem no mundo. Sempre que possível, os Salmos devem ser cantados. Seu próprio nome já o diz; Salmo vem de saltério, um instrumento musical, de cordas, para acompanhar essas poesias orantes que brotaram da relação de confiança e fidelidade entre Deus e o seu povo. Sendo o Salmo de resposta uma leitura cantada, o salmista pode ser considerado um cantor – leitor, ou uma cantora – leitora, distinta dos leitores a fazer sua proclamação ou canto. Salmodiar é uma arte, precisamos aproveitar os dons recebidos por Deus. É também um ofício que se aprende; daí a necessidade de uma boa preparação e formação:
• Formação bíblico – litúrgica: aprofundar o sentido literal e cristológico dos Salmos; estudar cada Salmo em sua relação com a primeira Leitura e com o projeto de Deus. • Formação espiritual: saber orar com o Salmo, saboreá-lo como Palavra de Deus para nossa vida. Cantar de forma orante. • Formação musical: saber usar a voz de forma adequada, com boa dicção; aprender as melodias dos Salmos de respostas. • Formação prática: saber manusear o Lecionário; saber em que momento subir à estante, como se comunicar com a assembléia, como usar o microfone, conhecer os vários modos possíveis de se cantar o Salmo. É preciso saber unir a ação corporal (palavras, músicas, gestos) ao seu sentido teológico – litúrgico a uma atitude interior que o Espírito suscita na gente através da ação que vamos realizar, ou seja, comunicar. Ao Salmista, no ambão (estante de leitura), pertence a salmodia do Salmo, “deve saber salmodiar e ter boa pronúncia e dicção” (IGMR – N 67); normalmente o Salmo é tirado do Lecionário, cada um de seus textos se acha diretamente ligado à primeira Leitura. O salmista ou cantor do Salmo canta, ou proclama os versículos do Salmo perante toda a assembléia (que escuta sentada participando do refrão). Convém, na medida do possível, que a celebração, sobretudo nos domingos e festas de preceito, se realize de forma animada para melhor expressar a ação pascal de Cristo em nossa vida e assim possibilitando nossa participação nela. Paz e Bem!
As Fraternidades de OFS (Ordem Franciscana Secular) de Caruaru: Coração Eucarístico (Convento), Nossa Senhora de Fátima (Casa da Criança) e São Francisco de Assis (Paróquia de São Francisco), estiveram reunidas nos dias 20 e 21 de outubro, no Convento, em seu Retiro Espiritual Anual, juntamente com a JUFRA (Juventude Franciscana), havendo uma boa participação das fraternidades, embora o número pudesse ter sido melhor. O pregador do Retiro Fr. Francisco Barreto, pregou para os irmãos através de duas Parábolas: “A História das Moscas no Copo” e “Boneca de sal”, que nos levou a refletir sobre nossas experiências de caminhada. O ponto alto sem dúvida foi a descoberta de que: continuar fazendo na vida daqueles que fizeram a opção pelo movimento que Francisco fundou, compreendido “Não devemos nos fundamentar apenas em nossas experiências passadas, e que “Quem não paga o preço da experiência nunca vai saber quem é Deus”. Três momentos da vida de Jesus foi pelo pregador evidenciado: “O Cristo no Presépio”; “O Cristo Eucaristia” e “O Cristo da Cruz”. Estas três descobertas que fizeram a diferença na vida de São Francisco e deve pelo seu despojamento Bem!. saímos dali com um santo orgulho de ser franciscano, concluindo que o modo de Francisco de pregar não morreu. “Como é bom e bonito ver os irmãos e irmãs unidos”. Paz e Bem !
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Jornal Coração Eucarístico - 1º de novembro/2012- 07
ENTREVISTA
‘‘É difícil hoje para um jovem viver com dignidade, e viver a própria fé’’ Detalhes de sua biografia como bispo: O quarto e atual bispo, Dom Egídio Bisol, foi nomeado bispo de Afogados da Ingazeira pelo Papa Bento XVI, no dia 7 de outubro de 2009. Sua ordenação episcopal e posse canônica foram no dia 9 de janeiro de 2010, no Centro Desportivo Municipal Lúcio Luiz de Almeida, em Afogados da Ingazeira, cidade situada no sertão de Pernambuco. Os bispos celebrantes foram Dom Luiz Gonzaga da Silva Pepeu, arcebispo de Vitória da Conquista, Dom Roque Paloschi, bispo de Roraima, e Dom Cesare Nosiglia, arcebispo de Vicenza, na Itália. Jornal Coração Eucarístico: O senhor pode nos falar um pouco das alegrias e tristezas que identifica enquanto Pastor daquele território? Dom Egídio Bisol: A Diocese de Afogados da Ingazeira é uma Diocese muito bonita e rica, eu sou um pouco suspeito a dizer isso porque afinal ela é a minha esposa agora, onde eu trabalhei por mais de 35 anos, e continuo trabalhando agora como o Bispo há dois anos e meio. Eu diria que a riquezas do povo são de um lado uma grande fé, ainda uma grande solidariedade, embora os tempos que estamos vivendo sejam uma tentação muito forte lá também a entrar no caminho do individualismo, diria além dessa riqueza de fé tem uma grande riqueza também cultural, o Sertão do Pajeú tem uma história do ponto de vista de cultura, de arte, isso também faz com que as pessoas se identifiquem como moradores do Sertão do Pajeú, que não é de um sertão qualquer. Diria que uma tristeza que eu vejo no momento é que tudo aquilo que faz parte desse mundo do sertão em termo de cultura e em termos também de fé, está sendo muito ameaçada por uma mentalidade assim, que nós chamamos globalizada, que vem passando como um trator querendo arrasar tudo, e outra tristeza é ver a realidade da seca que nos encontramos por exemplo nesse ano de uma forma muito extraordinária, mais que é um fenômeno normal natural no nosso sertão e que não encontra nas autoridades competentes a atenção que ela merece, há ainda alguns que falam em combater a seca, coisa que é impossível, não se pode combater a seca, pois, é um fenômeno natural, mais parece que não se entra de cheio na mentalidade de conviver com a seca e encontrar então, caminhos para que diante de uma seca como a deste ano, as pessoas não se encontrem tão desprotegidas quanto a 35 anos atrás quando eu cheguei no sertão.
JCE: O senhor pode falar para nós um pouco, como é que está o envolvimento da juventude na sua diocese para a Jornada mundial da Juventude? Dom Egídio: Em termos gerais nos temos dificuldade na evangelização da juventude, mais eu poderia dizer que na nossa realidade ainda conseguimos reunir ao redor de certos símbolos grupos razoáveis de jovens estou falando, por exemplo, da chegada dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude que passaram na nossa Diocese no final de janeiro e realmente foi um momento muito interessante, e também falo de outros momentos agregativos por exemplo; 15 dias atrás houve um “Encontro de Jovens com Cristo” que eu vi mais de 500 jovens reunidos e em outros momentos um pouco extraordinários também. Agente percebe que a juventude está vivendo em uma realidade difícil, é difícil hoje para um jovem viver com dignidade, e viver a própria fé. No passado talvez fosse mais fácil, hoje é difícil, é complicado, mais eu vejo também muitos jovens disponíveis para isso, isso nos dá esperança de que se há tentação crescente pode crescer também a capacidade de enfrenta-la e vencê-la, como diz também o texto bíblico: “onde grande foi o pecado maior ainda foi à graça”. JCE: A Igreja no Brasil tem se organizado para celebrar o ano da fé, como sua Diocese tem se organizado, também, e preparado este evento importante? Dom Egídio: Tem, juntos em comunhão com todas as outras Igrejas no mundo inteiro é essa preocupação de dar uma ênfase especial esse ano ao tema da fé, não tanto através de celebrações extraordinárias que não irão faltar, como a celebração de abertura dia 11 de outubro, mas através de um repensamento da própria fé, me parece que o “Ano da Fé” quer ajudar todas as pessoas que tem fé, a redescobrir o sentido dela,
reaprofundar o sentido da fé e ajudar também outras pessoas a redescobrirem o quanto a fé é importante para a própria vivência individual, comunitária e dentro da sociedade. O ano da fé vai um pouco nesta direção, sobretudo me parece para nós ajudando às pessoas a entenderem melhor que a fé ou crer, não é crer em algumas doutrinas aceitar algumas verdades, o ano da fé é crescer e aprofundar a amizade com uma pessoa, Jesus Cristo. Depois desse encontro pessoal com Jesus vem também, a aceitação da doutrina que ele traz e que encontramos no evangelho e a acolhida do seu projeto para a vida da pessoa, para a vida da comunidade e também para a vida da sociedade. JCE: Como a Diocese de Afogados da Ingazeira, têm se colocado e como ela tem se posicionado frente às dificuldades, por exemplo, a seca? Dom Egídio: Agente tenta trabalhar em muitos sentidos, de um lado a assistência, nós encontramos muitos casos que se precisa socorrer de forma imediata, do outro lado tentando apresentar às autoridades competentes as necessidades que o povo sente e que às vezes não conseguem com as próprias forças chegar até aos gabinetes, aos palácios, então, a Igreja tenta ser esse porta-voz, sobretudo mostrando as necessidades deste ano, a seca. Necessidade essa que deve ser tratadas como urgentíssimas, não temos mais água. Algumas cidades estão sendo abastecidas totalmente com carro pipa, imagine o que é abastecer com carros pipa uma cidade de 20 mil habitantes, e como esse abastecimento pode ser feito. Então, têm uma adutora que está chegando, chamada adutora do Pajeú, mas que está caminhando como se fosse um cágado jabuti. A nossa preocupação é ajudar, também, as autoridades a tratarem essa situação de emergência com a urgência que ela merece.
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Abertura do Ano da Fé na Diocese de Caruaru
E
m 11 de outubro de 2012, cinquenta anos depois da realização do Concílio Vaticano II, a Diocese de Caruaru iniciou o Ano da Fé, com celebrações eucarísticas em todas as regiões pastorais que compreendem diocese. Cinco paróquias foram sede para a realização deste importante evento, foram elas: Paróquia Nossa Senhora Aparecida no bairro das Rendeiras em Caruaru, Capela Nossa Senhora Aparecida em Bezerros, Paróquia Nossa Senhora Aparecida em Bonito, Paróquia de Santo Antônio em Agrestina e Paróquia Nossa Senhora Aparecida na cidade de Santa Cruz do Capibaribe. Em sintonia com toda a Igreja, a Região Pastoral, que compreende a cidade de Caruaru, realizou a solenidade, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, bairro Rendeiras, dentro das festividades de Nossa Senhora Aparecida, às 19h30, com missa solene presidida pelo bispo diocesano, Dom Bernardino Marchio e concelebrada pelos padres do clero diocesano. Inúmeros católicos de toda cidade participaram dessa celebração, representando as paróquias de toda região e demonstrando o interesse de toda Igreja renovar a fé e testemunhá-la dentro da sociedade. Era visível o envolvimento dos fieis, muitos entusiasmados em ouvir do bispo a proclamação do Ano da Fé na diocese. Assim, expressou, a senhora Maria José: “O Papa proclamou o Ano da Fé a ser iniciado hoje. Eu vim para a Igreja para estar presente em um dos momentos tão interessantes de nossa Igreja. A Igreja retoma o Concílio Ecumênico do Vaticano II considerado um novo pentecostes. Por isso, estou aqui para dizer sim a fé que herdei de meus pais e me colocar mais a serviço em favor do bem” Após a homilia, conduzidos pelo bispo, aconteceu a renovação das promessas batismais e de fé. Diante da Palavra de Deus, vivendo um processo espiritual com o
Dom Dino proclamando o início do Ano da Fé
O evento foi realizado na Paróquia das Rendeiras
compromisso de viver a fé e chamados a dar testemunho na sociedade, todos os católicos foram convidados a renovar a fé. O ponto culminante se deu quando Dom Dino, emocionado, proclamou oficialmente o Ano da Fé. Todos vibraram. Com certeza será uma data marcante na vida de todos os presentes. A celebração teve participação especial de membros da Fazenda Esperança. Os fundadores da Fazenda da Esperança, Nelson Giovanelli e Frei Hans Stapel descreveram experiências e acontecimentos importantes da Fazenda Esperança, além de destacar a importância da fé e da religiosidade na recuperação dos internos. A Diocese de Caruaru possui intensa programação para a vivência do Ano da Fé, o qual será encerrado no dia 24 de novembro de 2013.
DIOCESE
Fotos Charles Cavalcante
PASTORAL
Jornal Coração Eucarístico - 1º de novembro/2012 - 09
Terço dos Homens Os homens buscam o caminho do Senhor Fotos Charles Cavalcanti
Paula Duarte
O
terço dos homens iniciou na Paróquia Coração Eucarístico, no dia 14 de fevereiro de 2007, no Convento dos Capuchinhos. Depois de um mês, os integrantes da equipe perceberam desânimo no grupo. Logo, surgiu a ideia de atuarem na Igreja de Santa Clara, num bairro carente. Com a permissão e apoio de Frei França, na época pároco, o grupo começou a se reunir nesta Igreja. Atualmente, com 7 anos de existência, nota-se uma participação crescente com o envolvimento dos homens das comunidades de abrangência paroquial. O Coordenador do grupo, Deodato Lucena, mencionou: “O terço não é somente dos homens, mas para os homens. Um resgate para os homens de nossa comunidade. O nosso grupo atualmente reúne nas segundas-feiras, em média 60 homens que buscam os caminhos do Senhor. Além da recitação do terço, temos o propósito de toda última segundafeira de cada mês, fazer o convite para toda família, isto é, o terço dos homens em família. Todas as famílias da comunidade são convidadas a participar. É uma integração do terço dos homens com toda a comunidade.Também de visitar a casa de um irmão integrante do grupo e rezar o terço em sua residência”. Anteriormente, notava-se pequena participação dos homens na Igreja. Hoje, porém, através do terço, percebe-se maior participação e engajamento dos homens nos grupos, pastorais e movimentos da comunidade. Aumentou também, significativamente, a atuação dos homens nas celebrações litúrgicas. Recitar o terço vai além de rezar e meditar os mistérios de Maria, mas celebrar o Sim de Maria e reverenciar o seu Filho, Jesus Cristo. Ao longo desse tempo de atuação, o grupo celebra vários momentos significativos, entre os quais se destaca o aniversário de criação, os terços rezados com a participação das famílias e, sobretudo, as experiências e testemunhos de mudança de vida de vários homens que ao integrarem o grupo tem suas vidas transformadas. São ‘homens velhos, os quais se tornam homens novos’. Testemunhos como o de Janailson Pedro, Geninho emocionam e comovem bastante ao longo da caminhada. “Quando comecei a participar do terço dos
Terço dos homens da comunidade Santa Clara
homens minha vida melhorou muito. Eu era meio atrapalhado, vivia em muitas festas, não dava atenção à minha família. De repente, recebi um convite para participar desse grupo, resolvi aceitar. Minha esposa e família não acreditaram que eu estava atuando no grupo. Eu não tinha mais a confiança de minha família, por causa de tudo o que havia feito. Certa vez, minha esposa veio conferir e constatou realmente meu envolvimento no grupo. No início eu ficava na parte de trás da Igreja, não tinha amizade com nenhum dos homens. Antes, eu nunca havia participado de nada da Igreja, minhas festas eram apenas nos bares. Hoje, considero maravilhoso estar e ser do grupo terço dos homens. Tenho novos amigos, um deles, é Deodato que me convidou a participar Se eu soubesse que era tão bom, eu teria vindo muito antes. Minha família ficou surpresa quando iniciei essa caminhada. Hoje, sou um ‘novo homem’, através do terço dos Homens”, expressou Geninho.
Deodato convida a todos os homens para a recitação do terço: “Não perca a oportunidade de participar do terço. Seja qualquer paróquia que você pertença, desperte o desejo de conhecer e atuar. Não tenham medo. Perseverem na caminhada. Com fé, alcançamos a vitória”.
Deodato Lucena
10 - Jornal Coração Eucarístico - 1º de novembro/2012
ACONTECEU
ACONTECEU
Jornal Coração Eucarístico - 1º de novembro/2012 - 11
Francisco, o homem que fez do Evangelho sua vida Fotos Charles Cavalcanti
Paula Duarte.
O
dia de São Francisco de Assis foi celebrado, nesta quinta-feira (04), com grande festa na Paróquia Coração Eucarístico pelos frades capuchinhos, membros da família capuchinha e devotos do Santo de Assis. A celebração eucarística, realizada às 19h30, presidida pelo Frei William e concelebrada pelos freis Miguel de Anadia e Sonival Marinho, reuniu inúmeros paroquianos para festejar a vida e missão do santo de maior devoção desde a Idade Média. A programação da festa iniciou-se desde o dia 1º, com a realização de um tríduo preparando a Comunidade para o dia de São Francisco, tornando ainda mais conhecida à atuação e missão desenvolvida pelo frade conhecido pela humildade, simplicidade e serviço aos pobres e doentes. São Francisco de Assis nasceu na cidade de Assis, Itália. Era filho de família rica de comerciantes. Ao completar 20 anos, abandonou a riqueza e escolheu servir aos doentes e pobres. Certo dia, meditava na Igreja em ruínas de São Damião e ouviu uma voz que parecia sair de dentro do crucifixo dizendo: “Francisco, reconstrói a minha Igreja”. A missão franciscana continua até os dias de hoje, através de seus filhos espirituais com as diversas ordens franciscanas. Em nossa paróquia, a Ordem Capuchinha vivencia, no cotidiano, a missão de anunciar o Evangelho, o amor a eucaristia e a caridade cristã. Os frades capuchinhos assumem um estilo de vida baseado na pobreza e na simplicidade. Frei William ressaltou: “O exemplo de São Francisco de Assis continua atraindo milhares de pessoas. Percebemos uma grande devoção a São Francisco de Assis e cada vez mais as pessoas vão se envolvendo com essa espiritualidade franciscana, da simplicidade, pobreza e amor à natureza. Nesta paróquia, ao longo dos 55 anos, os frades estiveram e estão presentes transmitin-
do a mensagem de Francisco de Assis, onde as pessoas podem se transformar num instrumento da paz e é isso que nós desejamos: cada dia mais as pessoas estejam imbuídas do ser instrumento da paz, do cuidar da natureza, ser irmão de toda humana criatura e que esse desejo cresça no coração das pessoas que frequentam o Convento. Ainda mais nesse tempo de poluição quando é importante a gente cuidar e zelar pela nossa casa e nossa irmã terra. Então, cada vez mais essa inspiração franciscana esteja no coração de todos aqueles que por aqui passam, é o nosso desejo. O papel realizado pelos frades capuchinhos ao longo destes 55 anos tem colaborado para isso”. Ao final da missa a OFS – Ordem Franciscana Secular - fez uma oração com a participação dos presentes e encenando a formação de um TAU com os membros da fraternidade Coração Eucarístico emocionando os presentes, pois remete aos valores da fraternidade e amor ao próximo do Evangelho vivo na vida do Santo de Assis.
12 - Jornal Coração Eucarístico - 1º de novembro/2012
FRANCISCANISMO
Frei Salvio Romero, eremita capuchinho.
Alegria Franciscana Um dos traços mais bonitos da espiritualidade franciscana é a busca pela verdadeira e perfeita alegria. O seráfico pai São Francisco procurava em toda e qualquer situação seguir bem de perto aquele preceito paulino que diz: “Alegrai-vos sempre no Senhor” (Fl 4,4). Quem não se comove quando escuta o relato da perfeita alegria? Quem não se encanta com a cena do Natal de Gréccio, quando o santo, radiante de alegria, cantou o Evangelho e pregou sobre o Menino de Belém? Saudável ou doente, atribulado ou tranquilo Francisco buscou sempre conservar dentro de si uma profunda e santa alegria. Todos os antigos testemunhos sobre São Francisco nos apresentam um homem que traz em si uma forte emotividade. Quando estava radiante de júbilo, cantava em francês. Quando se lembrava da Paixão de Jesus, chorava copiosamente. Diante da beleza das criaturas ele exultava no Senhor, e convidava a todos ao louvor. Foi o cantor do irmão sol, da irmã lua, das estrelas e até da irmã morte. Foi o santo da espontaneidade, da ternura, da liberdade, que não receou em pedir à senhora Jacoba, bem próximo de sua morte, que lhe trouxesse algumas iguarias preferidas. Para este santo as criaturas nunca foram obstáculos para o perfeito amor a Deus. Pelo contrário, ele se irmanou a todas elas e enxergou em cada uma os traços do Criador. Tomás de Celano nos informa que certa vez São Francisco, passando pelo vale de Espoleto, e vendo inúmeras aves “correu alegremente até elas, tendo deixado os companheiros na estrada (...) repleto de enorme alegria, rogou-lhes humildemente que ouvissem a palavra de Deus” (1Celano 58). Este mesmo autor nos diz que São Francisco “enchia-se muitas vezes de admirável e inefável alegria, quando olhava o sol, quando via a lua, quando contemplava as
estrelas e o firmamento” (1Celano 80). Outro motivo de alegria para São Francisco era a companhia de seus irmãos. Celano nos diz que, quando frei Bernardo, primeiro companheiro do santo, se converteu, “São Francisco alegrou-se com júbilo muito grande com a chegada e a conversão de tão grande homem” (1Celano 24). Essa mesma alegria ele sentia com a chegada dos demais irmãos (cf. 1Celano 31). Quando ouvia boas notícias dos seus frades, ele exultava de alegria. Certo dia, depois de ouvir exemplos edificantes dos frades da Espanha, exclamou: “Graças vos dou, Senhor, santificador e guia dos pobres, que me
alegraste com esta notícia a respeito de meus irmãos” (2Celano 178). Para São Francisco a simplicidade, a pobreza e a humildade devem ser vividas alegremente: “Onde há pobreza com alegria, aí não há nem ganância nem avareza” (Admoestação 27). Também a companhia dos mais pobres e simples deve ser fonte de alegria: “E devem alegrar-se, quando conviverem entre pessoas insignificantes e desprezadas, entre pobres, fracos, enfermos, leprosos e os que mendigam pela rua” (Regra não Bulada 9). Na Regra mais antiga da Ordem há um conselho do santo que diz: “E cuidem para não se mostrar exterior mente tristes e sombriamente hipócritas; mas mostrem-se aleg res no Senhor, sor ridentes e convenientemente simpáticos” (Regra não Bulada 7). O próprio santo tinha o cuidado de não ficar triste diante dos seus irmãos. Certa vez, morando em Santa Maria dos Anjos, sofreu por dois anos uma terrível tentação. Diz um antigo hagiógrafo: “Em vista disso, era tão atormentado na mente e no corpo que, muitas vezes, se afastava da companhia dos irmãos, porque não podia mostrar-se a eles alegre como costumava” (Espelho de Perfeição 99). Tomás de Celano afirma que São Francisco “esforçava-se por manter-se sempre na alegria do coração, por conservar a unção do espírito e o óleo da alegria. Com o máximo cuidado evitava a péssima doença da tristeza” (2Celano 125,7-80). Este mesmo autor nos informa que o seráfico pai ensinava aos frades que “os demônios não podem ofender o servo de Cristo, quando o virem repleto de santa alegria” (2Celano 125,5). Que o Pobrezinho de Assis nos ajude a conservar um coração sereno e alegre, pobre e generoso, aberto para Deus e para os irmãos. Contagiados pela alegria franciscana, saiamos pelo mundo cantando a paz e o bem.
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ARTIGO
Jornal Coração Eucarístico - 1º de novembro/2012 - 13
José Ronildo da Silva Comunidade Católica Manain
O Concílio Vaticano II e a Renovação Carismática Estamos comemorando os 50 anos do início do Concílio Vaticano II, o maior acontecimento na vida da Igreja no século XX. O Concílio é o apelo do Espírito Santo para a Igreja do nosso tempo. Felizes seremos se escutarmos o que o Espírito diz hoje às Igrejas! (cf. Apocalipse 2,7). A Renovação Carismática na Igreja Católica nasceu como um fruto do Concílio. Ela não foi programada pela hierarquia, mas surgiu como uma surpresa do Espírito Santo logo após o encerramento da grande assembleia conciliar. O Cardeal Suenens, da Bélgica, que se destacou como um dos grandes líderes neste importante evento eclesial, costumava dizer que o Concílio foi uma graça de Pentecostes a nível de bispos, e que a Renovação Carismática era uma graça de Pentecostes a nível de povo de Deus, nas comunidades cristãs. O Papa João Paulo II afirmou que a Renovação foi um dom particular do Espírito nestes tempos pós-conciliares. Com certeza, muitas coisas proclamadas pelo Concílio Vaticano II tornaram-se realidade naturalmente nos grupos de oração e nas comunidades oriundas desta Renovação. Sem dúvida, a primeira delas foi o forte interesse, uma verdadeira redescoberta para uma multidão de católicos, da Pessoa do Espírito Santo e da sua ação em todos os fiéis. Redescobrimos pela palavra dos Padres conciliares (os bispos que estavam reunidos no Concílio) que o Espírito Santo não edifica o Povo de Deus apenas pelo ministério ordenado ou pelos sacramentos celebrados pela hierarquia da Igreja, mas também pelos carismas (dons) que Ele mesmo concede aos fiéis de todas as classes. Em outras palavras: também os leigos edificam a Igreja quando usam os carismas que o Espírito de Deus lhes dá para o bem do Corpo de Cristo (Cf. Lumen
Gentium 12). Nos grupos que nasceram da Renovação Carismática, os leigos e as leigas estão geralmente à frente, e não são apenas meros expectadores, mas protagonistas na evangelização. Os ministérios de música, os pregadores leigos, pessoas com carismas para animar assembleias e conduzir momentos de oração com unção e desenvoltura, ministérios leigos de aconselhamento, intercessão, carismas para fundar novas comunidades e vigorosos grupos de evangelização e muitos outros frutos desta graça surgiram naturalmente nos grupos e comunidades carismáticas. Vive-se nestas novas expressões eclesiais a tão desejada “Igreja toda ministerial.” Outro aspecto importante está ligado ao
O Papa Paulo VI disse que a Renovação é uma graça para a Igreja e para o mundo. lugar da Bíblia Sagrada no meio do Povo de Deus. Mesmo reconhecendo certos limites, eu estou convencido de que nenhum outro segmento eclesial conseguiu popularizar tanto a Sagrada Escritura na Igreja católica como a Renovação Carismática. Este era também um desejo dos Padres conciliares: “É preciso que o acesso à Sagrada Escritura seja amplamente aberto aos fiéis” (Dei Verbum 22). Nos grupos de oração os membros são convidados a trazer cada qual a sua Bíblia e nestes encontros ela é lida, pregada, partilhada e amada. É muito bonito ver pessoas simples se alimentando da Palavra de Deus todos os dias e fazendo isso não por uma mera orientação pastoral, mas por
SEMEAR MUDAS DE HORTALIÇAS
uma verdadeira moção do Espírito do Senhor. Ainda um ponto importante sobre o Concílio e a Renovação Carismática é o ecumenismo. Os Padres conciliares chegaram a afirmar que o restabelecimento da unidade entre os cristãos era um dos principais objetivos do Concílio Vaticano II (Unitatis Redintegratio 1). Mesmo que infelizmente alguns queiram hoje negar ou esconder esta realidade, a Renovação tem um forte apelo de comunhão entre os cristãos de muitas Igrejas e Comunidades Eclesiais. A Renovação Carismática é um movimento do Espírito que está presente em muitas Igrejas e, apesar das nobres iniciativas que aqui e ali têm surgido, creio que é um dos elementos que ainda não aproveitamos suficientemente para o bem da única Igreja de Cristo. A experiência comum da Efusão do Espírito, também chamada de ‘batismo no Espírito’, e do uso dos carismas descritos no Novo Testamento pode contribuir muito para abrir caminhos de reconciliação entre os cristãos. Muitos outros aspectos poderíamos abordar, mas nos alongaríamos excessivamente. Nós, da Renovação Carismática, rendemos graças a Deus pelo Concílio Vaticano II que abriu caminhos para a renovação da Igreja em todos os níveis. Este momento de comemoração é um kairós, um tempo de graça, para nos debruçarmos sobre o legado dos Padres conciliares e bebermos nesta fonte de água viva que o Espírito de Deus fez surgir nestes tempos de deserto em que vive o nosso mundo. O Papa Paulo VI disse que “a Renovação é uma graça para a Igreja e para o mundo. E como não empreender todos os meios para que continue sendo?” Que este tempo seja de renovação também para nossos grupos de oração e nossas comunidades!
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14- Jornal Coração Eucarístico - 1º de novembro/2012
ARTIGO
Prof. Dr. Frei Luiz Vieira, OFMCap.
Amar a Deus acima de tudo é amar os pobres Quem participou da Eucaristia no domingo, dia 14 de outubro de 2012, pode ouvir o Evangelho narrado por Marcos, capítulo 10, 17-30. Este trecho do Evangelho narra alguém, correndo e prostrando-se aos pés de Jesus para perguntar-lhe o que fazer para ganhar como herança a vida eterna. O evangelista Mateus afirma que é um moço como narra no capítulo 19, 20.22 e Lucas afirma que é um homem de alta posição econômicosocial: Lc 18, 18.23. Marcos narra Jesus saindo a caminhar, isto significa abrindo caminho para quem quiser segui-lo e se salvar. É a cristologia do seguimento de Jesus. Mas, este alguém na versão de Marcos, já está com idade madura, não é um jovem como afirma Mateus, pois a resposta dada a Jesus quando lhe diz sobre o cumprimento dos mandamentos, é esta: “Mestre, tudo isso eu tenho guardado desde minha juventude” (Mc 10, 20). Mostra que o homem não é jovem! Marcos e Lucas revelam perspectivas diferentes da visão de Mateus! Mas, interessa aqui é fazer a defesa de que o primeiro mandamento de amar a Deus sobre todas as coisas concretiza-se em amar os pobres! Pois, como compreender a pergunta do homem o que deveria fazer para ganhar a vida eterna? Todo israelita, naquela época, sabia de “cor e salteado” os mandamentos da Lei de Deus. O primeiro é “amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração...” (Mt 22, 37) era condição necessária para ser salvo na revelação bíblica. Por que Jesus não começa citando o primeiro mandamento e sim o quinto mandamento? Há uma lógica nisso, pois cumprir os mandamentos só a partir do quinto mandamento não ganhará o Reino de Deus. Assim responde Jesus ao homem: “Tu conheces os mandamentos: não mates, não
cometas adultério, não roubes, não levantes falso testemunho, não defraudes ninguém, honra teu pai e tua mãe” (Mc 10, 19). O homem lhe responde de que desde sua juventude tem praticado todos esses mandamentos. Assim, Jesus quer fazer com que o homem entenda que o primeiro mandamento é fundamento, origem, caminho e destino daquele homem, preocupado com seus bens! Com uma beleza esplêndida, Marcos escreve: “Fitando-o, Jesus o amou e disse: uma só coisa te falta: vai, vende o que tens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois vem e
segue-me”. E o homem saiu muito triste porque era possuidor de muitas riquezas sem compartilhá-las! O homem não amava a Deus acima de tudo, mas amava os seus bens materiais. E aqui é que se encontra a resposta de Jesus do primeiro mandamento que os evangelistas põem com sutileza e veracidade. Doar os bens aos pobres é praticar o primeiro mandamento de amar a Deus sobre todas as coisas porque o ser humano se livra da idolatria e passa a ter a disponibilidade de amar o verdadeiro Deus (1Ts 1, 9). Realidades se
destacam para que o homem possa ganhar a vida eterna. Jesus o fita, olha-o, diga-se, Jesus vê e conhece o homem por dentro. Ama-o livremente porque Deus é amor primaz no ser humano, no entanto, concede-lhe liberdade em vender ou não os bens para doar amando os pobres e segui-lo. Bens não compartilhados entranham-se no ser humano fazendo-o senhor de si mesmo e seu destino são seus próprios bens. A tristeza do homem saindo sem esperança mostra como ele não fez a opção por “amar a Deus sobre todas as coisas”, compartilhando com os que não nada possuíam como o fez Zaqueu. A salvação não está no fato de não se possuir nada, mas no compartilhar qualquer bem com os que nada possuem. No interior do ser humano há um espaço que é somente de Deus. Quando se põe bens neste lugar, torna-se idólatra. Somente fugindo da idolatria pode-se amar a Deus. Doar os bens aos pobres, não é para tornar os pobres, os futuros ricos, mas para torná-los participantes de uma “fraternidade solidária”, ao mesmo tempo, em que deixa o coração humano disponível para amar a Deus no seguimento de Jesus. Por isso, conclui-se, acertadamente, de que amar a Deus é compartilhar os bens com os pobres, eis o primeiro mandamento! E aquele homem não ganhou a vida eterna por que não quis desapegar-se de seus bens para poder ficar livre de amar a Deus. A impossibilidade de salvação somente poderia tornar-se possível por uma decisão livre do próprio homem em amar a Deus nos pobres. Por isso é mais fácil um camelo passar por um buraco de uma agulha do que um rico que não partilha entrar no Reino de Deus. A metáfora do camelo e agulha é uma ironia profética típica dos profetas do Antigo Testamento.
REGIONAL
Jornal Coração Eucarístico - 1º de novembro/2012 - 15
47ª Assembleia do Regional Nordeste II Paula Duarte
A
conteceu de 17 a 20 de outubro, na cidade de Lagoa Seca, na Paraíba-PB, a 47ª Assembleia Pastoral do Regional Nordeste II com o tema: Evangelização da Juventude, reunindo além de bispos, representantes da dioceses que compõem o regional. O bispo diocesano de Caruaru, Bom Bernardino Marchió, teve participação especial na condução da Assembleia por ser responsável pela Comissão Regional de Pastoral Juventude. Ao retornar desse evento importante, dialogou com o Jornal Coração Eucarístico e apresentou uma síntese da Assembleia: “O Regional Nordeste II que abrange os quatros estados de Paraíba, Alagoas, Rio Grande do Norte e Pernambuco todos os anos realiza uma Assembleia de Pastoral para estudar os problemas pastorais da região. Então, trabalhamos nos últimos anos: a missão, a liturgia, a catequese, a caridade. Já neste ano de 2012, na 47ª Assembleia, trabalhamos sobre evangelização da juventude. Estavam, praticamente, todos os bispos das 21 dioceses do Regional Nordeste II. Estavam os coordenadores diocesanos de pastoral, representantes do clero e também uma representação de jovens. Por sinal, essa Assembleia foi caracterizada pela presença de muitos jovens, quase todas as dioceses enviaram dois ou três jovens. A Assembleia foi muito rica de partilha e importante para olhar a problemática da juventude e evangelização da juventude. Tivemos dois assessores muito preparados que ajudaram bastante a refletir, foram eles: o Padre Everaldo de nossa diocese de Caruaru e o Padre Virgílio da Diocese de João Pessoa-PB. Os dois padres com o sociólogo Paulo Mansan de Recife contribuíram na reflexão sobre toda a problemática da juventude. Os bispos gostaram demais da reflexão de Padre Everaldo, de suas provocações positivas sobre a juventude hoje, diferente dos jovens de 30 e 40 anos atrás. Logo, os grupos de jovens e todas as atividades com eles são diferentes na atualidade. Descobrimos muitas coisas bonitas porque tivemos o encontro com as dioceses. Nesse momento, cada bispo se encontrou com os seus jovens, ou seja, com os seus diocesanos. Na Assembleia, organizamos todo o trabalho de evangelização da juventude para os próximos anos, sobretudo, para o ano de 2013, o ano da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Com isso, a partir deste
Clero reunido na missa de abertura da 47ª Assembleia Regional NE II
Dom Bernardino Marchió
mês, muitas atividades foram programadas com a juventude. Para isso, temos uma Coordenação Regional e eu sou responsável por esta coordenação, junto com o Padre Tadeu da Diocese de Palmares. Muitas atividades foram organizadas, elas, a primeira será a novena de Natal em Família, abordando o tema juventude. A seguir, teremos a Campanha da Fraternidade do ano de 2013, com o tema: Fraternidade e Juventude e lema: Eis-me aqui, enviame (is 6,8). Teremos, ainda, a Semana Missionária a ser realizada em todas as dioceses na semana anterior da Jornada Mundial da Juventude. Nesta semana,
várias dioceses do Regional Nordeste II irão receber jovens estrangeiros. Depois, vamos ter o encontro com o papa. Já no final de setembro de 2013, acontecerá o Encontro Nacional com todos os coordenadores de Pastoral de Juventude. Enfim, no mês de outubro de 2013, será realizada a segunda Assembleia Regional sempre sobre evangelização da juventude. Então, é um ano de trabalho para evangelizar nossa juventude e escutar os apelos dos jovens. Tudo isso se desenvolveu muito bem na Assembleia Regional. Todos partiram com aquele entusiasmo de reorganizar a Pastoral da Juventude, além de acolher todas as expressões de juventude porque não existe apenas Pastoral de Juventude, mas, existe Pastoral de Juventude do meio popular, do meio rural, estudantil e todos os movimentos que trabalham com juventude. Por exemplo, a Renovação Carismática Católica tem seus jovens, assim como os legionários, os vicentinos, os EJC’s, as equipes de Nossa Senhora, os religiosos, religiosas e todos que trabalham com jovens. Enfim, posso dizer que a Assembleia Regional serviu de oportunidade para contemplar e olhar essa juventude e para dizer que essa juventude espera se encontrar com Cristo e através desse encontro quer se preparar para levar a paz, a união e a fraternidade em toda sociedade”.
16 - Jornal Coração Eucarístico - 1º de novembro/2012
REGIONAL
Fotos Renata Gabrielle
Pernambuco grita ‘‘Sim à Vida’’
O
domingo, 21 de outubro - Dia Nacional de Valorização da Família amanheceu cinza no Recife, mas foi por pouco tempo. A cor triste durou até a chegada dos “profetas da vida”. Logo cedo eles começaram a tomar a Avenida Boa Viagem, Zona Sul da cidade. O cartão postal da capital pernambucana se rendeu ao colorido da sexta edição da Caminhada Sim à Vida, que este ano ganhou uma dimensão ainda maior com a participação de todas as dioceses da Província Eclesiástica de Olinda e Recife. Homens e mulheres, religiosos e leigos de todas as idades juntos por um único objetivo: acordar a sociedade para o ato, urgente, de amor em defesa do direito inalienável à vida, em especial a do ser humano. Nas faixas, nas bandeiras e até mesmo no corpo mensagens e gestos de profetas, que levaram para o mundo o desejo de Cristo: “Que todos tenham vida, e vida em abundância (Jo 10,10)”. Das 9h às 13h a via foi tomada pela alegria. Acompanhando sete trios elétricos, os participantes alternavam momentos de louvor com instantes de profunda oração. Sobre os
veículos cantores como frei Damião Silva, o missionário da Canção Nova, Dunga, Cristina Amaral, padre João Carlos e muitos outros conduziam a multidão, formada por pastorais, movimentos, grupos de oração, comunidades católicas. Além da importante presença de irmãos de outras denominações religiosas. Os que insistiram em aproveitar o domingo na praia saíram da areia e acompanharam do calçadão a festa da vida. Nos edifícios, também, acenos e sorrisos saudavam a caminhada. Para o arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, que caminhou ao lado dos cerca de 180 mil participantes, uma alegria poder realizar novamente a Caminhada Sim à Vida. “A cada edição o evento só cresce. E não é apenas o número de participantes, mas o reflexo da propagação da mensagem de amor que estamos proclamando. Todo ano aumenta a consciência de combatermos como verdadeiros cristãos a cultura de morte”, comemorou. A participação das demais dioceses da província acompanhadas dos seus respectivos bispos deixava ainda mais clara à unidade da Igreja. “Somos inúmeras paróquias, diversas
dioceses, entretanto uma só Igreja que luta pela vida em qualquer circunstância”, declarou o bispo da Diocese de Palmares e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil Regional Nordeste 2, dom Genival Saraiva. No fim do percurso, nada de sentimento de dever cumprido. Na verdade, ficou a cada um presente a incumbência de levar a mensagem do Sim à Vida a todos os lugares. E em 2013, o compromisso de retornar e celebrar a sétima edição do evento. Fonte: Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Olinda e Recife
18- Jornal Coração Eucarístico - 1º de novembro/2012
Festa de Mãe Rainha Três Vezes Admirável
O
grupo de senhoras do Movimento Mãe Rainha da Paróquia Coração Eucarístico prestou homenagem à Mãe Rainha, no último dia 18 de outubro, com várias atividades durante todo o dia, culminando com a celebração de uma Missa Solene, presidida pelo Frei Rinaldo Pereira, realizada às 19h. No início da noite, na residência de Dona Beu, as zeladoras, as senhoras do Movimento Mãe Rainha e as famílias começaram a ser organizar para a belíssima procissão que percorreu as principais avenidas do bairro Divinópolis até chegar a Igreja de Santa Clara, onde aconteceu a celebração eucarística. “Mãe admirável, ò mãe peregrina, tua visita aquece e ilumina, pois trazes contigo teu filho Jesus, que é vida, caminho, verdade, e luz”. Uma expressão bastante cantada durante a solenidade de homenagem pelos devotos, os quais expressam carinho e entusiasmo por ocasião da festa de Mãe Rainha. Para celebrar bem, as festividades da Mãe Rainha, um tríduo aconteceu de 15 a 17 de outubro. Já o dia 18, dia da grande festa, foi
marcado por intensa programação, conforme a coordenadora do Grupo de Oração Mãe Rainha, Marlene Ferreira, da Paróquia Coração Eucarístico “Desde às 6h estamos em festa, com canto do ofício divino, depois, às 12 horas, recitação do terço e queima dos pedidos e a noite celebração da missa, presidida por Frei Rinaldo que desde que se ordenou, ou seja, há 10 anos, nos dá essa alegria de presidir a missa dessa festa”. Frei Rinaldo Pereira, presidente da celebração, na ocasião comemorava 41 de aniversário natalício e 10 anos de anos de ordenação sacerdotal, enfatizou que o surgimento de sua devoção para com a Mãe Rainha se deu por meio do movimento atuante na Paróquia Coração Eucarístico: “Conheci a devoção a Mãe Rainha através do Grupo da Mãe Rainha que temos aqui em nossa paróquia. O Grupo de senhoras que se reunia durante os meses de maio e de outubro para rezarem o terço da Nossa Senhora e celebrarem à sua devoção a Mãe Rainha e foi neste Grupo que eu aprendi a reconhecer e amar a virgem Mãe Rainha”.
Pça Cel. Francisco dos Santos, 18 Centro - Caruaru/PE Fone/Fax: 81 3721.2939 / 9112.6939 E-mail.vaniacabeleireiros@hotmail.com
ESPECIAL
Fotos Charles Cavalcanti
Frei Rinaldo Pereira, presidente da celebração, na ocasião comemorava 41 de aniversário natalício e 10 anos de anos de ordenação sacerdotal,
Compromisso com o que faz
ESPECIAL
Jornal Coração Eucarístico - 1º de novembro/2012 - 19
Expressou, ainda, grande satisfação em participar e acompanhar o Movimento Mãe Rainha, há 10 anos, como sacerdote. “Eu tenho muita alegria, muito orgulho em dizer que foi com este grupo que eu aprendi a rezar o terço, rezar o ofício de Nossa Senhora e eu o acompanho desde criança que muito me incentivou na minha vocação, na minha caminhada de fé e desde que fui ordenado aqui em nossa paróquia no ano de 2002, todos os anos
venho celebrar com muito gosto essa festa. É sempre um retorno a casa porque estou em casa. A Paróquia do Coração Eucarístico é minha casa, foi onde eu fui batizado e gerado para a vida cristã onde eu fui também ordenado. Reencontrar os meus irmãos de fé, reencontrar o grupo, reencontrar a família é sempre esta sensação boa de voltar pra casa e quando a gente retorna a casa, a gente sempre recebe o carinho e o amor daqueles que nos cercam isso é um grande estímulo e fortalecimento na caminhada”, finalizou Frei Rinaldo. Marlene Ferreira destacou: “O Movimento Mãe Rainha existe há 32 anos. “Ao longo desse
tempo de caminhada e perseverança, enfrentamos dificuldades também. Começamos na Paróquia do Monte Carmelo, mas, graças a Deus, com a chegada de Frei França a paróquia, conseguimos trazer esse movimento para a Paróquia do Coração Eucarístico, ele nos deu essa oportunidade. Desde, então, temos missa todo dia 18 de cada mês. O movimento realiza visita nos lares, durante os períodos fortes como Natal em família e quaresma, além da visitação realizada às quartas-feiras nas famílias. Contribui com outros serviços no trabalho evangelizador da Igreja, junto às famílias da paróquia. O cenáculo de Mãe Rainha visita 31 famílias, do dia 1º até o dia 31 de cada mês, e assim percorre diversas famílias da comunidade”, encerrou. No dia 18 de outubro, é celebrada a renovação da Aliança de Amor com a Mãe Três Vezes Admirável. O Movimento Mãe Rainha foi fundado pelo Padre José Kenteinich, em 18 de outubro de 1914, na Alemanha, com o objetivo da imagem peregrinar nas residências, nas quais possuir um local de honra, assim os lares se tornam pequenos santuários. Salve Mãe Rainha, Três vezes Admirável!
Dr. Kleber Oliveira Barboza CRM 9671 TEOT 7409 Ortopedia e Traumatologia Cirurgia da Mão e Microcirurgia Cirurgia dos Nervos Periféricos Av. Dr. Pedro Jordão, 33 Sala 719 12º andar - Maurício de Nassau Caruaru - PE CEP: 55012.640 81 3721.1390 (marcação 24 horas - 81 9402.7250) SOS Mão Recife - Tel: 81 3087.9595 klebercirurgiadamao@hotmail.com
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