Edição de julho 2012

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Caruaru, 1º de julho de 2012

Ano 3

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Edição 34

Grandes festas e manifestações de fé marcaram o mês de junho: Corpus Christi, Santo Antônio e Sagrado Coração de Jesus.

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Rua Vigario Freire, 10 - Centro - 3701.1222 - Caruaru - PE Av. João Francisco Aragão, 213 - Centro - 3731.1344 - Sta. Cruz

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02 - Jornal Coração Eucarístico - 1º de julho/2012

EDITORIAL

OPINIÃO

Frei William

Festas na paróquia do convento Participação foi mesmo a tônica nas festas do mês de junho que aconteceram na paróquia do convento. A trezena de Santo Antônio teve a presença da juventude com todo seu entusiasmo, mostrando que a JUFRA desempenha um importante papel na evangelização da paróquia. Nas noites da quermesse o que se via eram as barracas cheias de voluntários para ofertar comidas típicas, peças religiosas e tantas outras coisas, todos engajados, de alguma forma, a algum movimento ou mesmo pastorais da paróquia. Muita animação se viu a cada noite da quermesse, após a missa. Grupos de cantos ligados à paróquia, estiveram presentes promovendo a alegria das pessoas que compareceram à trezena de Santo Antônio. Até mesmo gr upos de músicos profissionais animaram algumas noites, fazendo com que a moçada reunida aproveitasse a boa música para participar dos festejos. Não podemos esquecer a belíssima celebração do Corpus Christi e, na semana seguinte, a grande festa do Sagrado Coração de Jesus que é o manto do Apostolado da Oração, mostrando a grande devoção dos fiéis de nossa paróquia. O nosso jornal esteve presente registrando todos os acontecimentos, publicando as fotos no site da paróquia e algumas nesta edição, mostrando como esteve empolgante a participação da comunidade que prestigiou as comemorações de Santo Antônio, São João, São Pedro e outros acontecimentos de religiosos. Foi mesmo uma coisa bonita de ver. Esperamos que o entusiasmo pelas coisas divinas nunca arrefeça e que a fé seja uma constante na vida espiritual de cada membro da paróquia do Coração Eucarístico. Aqui vai nossa admiração aos nossos fervorosos paroquianos.

PASCOM

Coração Eucarístico

Campanha em Prol do piso do Convento A Campanha para o Piso dos braços laterais da Igreja Matriz do Covento precisa da sua ajuda para a concretização dessa etapa. Estamos com a Campanha “Você faz parte dessa história” para a colocação do piso desde o ano passado, na qual lançamos para toda a comunidade a colocação do piso que faltava na matriz paroquial. A comunidade aprovou a iniciativa da campanha. Então, abrimos uma conta bancária para recebermos as contribuições dos fieis e também disponibizamos a possibilidade de recebermos colaborações na Igreja e na secretaria paroquial. Anunciamos o valor de cada metro do piso que seria colocado na Igreja (R$ 250,00) para que as pessoas que pudessem colaborar realizassem a doação de um, dois ou mais metros. Neste ano, demos entrada no piso da Igreja e parcelamos em prestações. Em seguida, iniciamos com a mão-deobra. Com isso, realizamos a campanha do envelope, no valor de R$ 5,00, para ajudar na quitação das despesas da colocação do restante do piso e termos assim outras possibilidade de colaboração, sendo elas: depósito bancário, contribuição de um metro do piso e campanha do envelope já que muitas pessoas tem o desejo de contribuir mas, não possuem o valor suficiente para adquirir um metro do piso. Esta é portanto, uma das possibilidades para que todas as pessoas da comunidade possa contribuir com a colocação do piso. Estamos na fase mais crítica, uma vez

Editor: Charles Cavalcanti Reportagem: Helmir Soares, Paula Duarte Edição Digital: Lyone Bione Redação: João Coutinho Revisão: Paula Duarte /DRT4578PE Diagramação: Socorro Polycarpo

que entramos na fase da mão-de-obra e ainda não concluímos o pagamento das pedras e materiais do piso. A campanha “você faz parte dessa história” continua fazendo a história da comunidade e conta com o envolvimento e patrocínio das pessoas que moram na área de abrangência do Coração Eucarítico. Construímos, no Convento do Coração Eucarístico, o Nicho de São Félix de Cantalice, o qual falta concluir o acabamento. Neste ano, celebramos 300 anos que São Félix foi santificado. Assim, como temos a benção desse santo em nossa província, estamos celebrando o ano de 2012, como ano felixciano. No outro lado do nicho, vamos construir um velário, uma vez que é costume da comunidade ascender velas. Vamos dentro do velário construir um nicho para São Francisco de Assis e onde está São Francisco vamos colocar o Sagrado Coração de Jesus. Além disso, vamos mudar as janelas da Igreja que serão do mesmo modelo que estão na capela do Santíssimo Sacramento. Serão 8 janelas para o corpo da Igreja e mais duas para o velário. Após essas reformas, precisaremos mudar o sistema de som da Igreja, uma vez que há reclamações de integrantes da comunidade sobre a qualidade do som e as caixas que temos estão ultrapassadas. Porém, tudo vai depender do envolvimento e contribuição das pessoas para que possamos melhorar a cada dia a estrutura da comunidade. Com a participação de todos não fica caro para ninguém.

Endereço Jornal: Paróquia do Coração Eucarístico Praça Dom Vital, nº 289 - Divinópolis Caruaru/PE - Fone: 81 3721-3731 www.pcoracaoeucaristico.com.br e-mail: paroquia.jornal@gmail.com twitter.com/paroquiajornal jornalcaraçãoeucaristico Tiragem: 3.000 exemplares (distribuição gratuita)


Jornal Coração Eucarístico - 1º de julho/2012 - 03

ATUALIDADE

Ir. Maristela Nalon

VIDA EM PLENITUDE Muitas vezes nosso corpo apresenta sintomas e dores cuja causa nem sempre é diagnosticada. As pessoas procuram médicos, tomam remédios e os sintomas continuam se manifestando com a mesma ou maior intensidade. O atendimento médico nos dias de hoje se restringe em perguntar ao paciente o que sente, mas não em investigar a causa dos sintomas. Vivemos numa época na qual o que conta são os números, a rapidez, a eficiência (!), mas não a pessoa humana. A vida plena almejada por Jesus e objeto de sua missão (Jo 10) está muito longe de ser o mais essencial para muitas pessoas, e não só na área da saúde. Por outro lado, de forma geral, as pessoas não se cuidam, não se amam. Em outras palavras: no ritmo de vida atual são poucos os que dedicam tempo para si próprios, no cultivo do seu ser e sua saúde, e valorizam o descanso o lazer e uma alimentação saudável... O que predomina é o mais fácil, mais prático, e isso leva a sérios problemas de saúde, a médio e longo prazo. Com o corre-corre de todo dia e o trabalho fora de casa, as relações se desgastam, e surgem os conflitos interpessoais. Quem sofre é o corpo, pois é através dele que o psicológico se manifesta. Daí sintomas sem causas aparentes, idas e retornos às emergências dos hospitais, tratamentos sem resultados. Porque a causa não é tratada! O diálogo já não tem lugar nas famílias, nos postos de atendimento, nas escolas, nos grupos, nas comunidades. Todos queremos ser ouvidos, mas quase ninguém dá tempo para ouvir o outro. O amor a si mesmo mencionado por Jesus em Mt 22, 39, não é fixar-se em torno de si mesmo de forma egoísta, mas amarse para poder amar os outros. Pois Jesus acrescenta: desses dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas ( v 40) . Segundo Louise Hay, sabemos amar um filho proporcionandolhe crescimento saudável, ajudando-o a superar suas necessidades, fazendo com que se torne independente, reconhecemos suas qualidades... e não fazemos isso por nós mesmos. Precisamos cuidar de nós como cuidamos de um filho querido. A palavra de Deus nos dá um indicativo para isso: Sl 33 (34), 12 15. De uma vida vivida em harmonia e no amor a nós e aos outros, pode advir a paz e a serenidade, cuja falta traz problemas de saúde que desembocam em doenças, tecnicamente chamadas de doenças psicossomáticas , cuja origem está no psicológico e não no físico; sobretudo no desgaste emocional, relacionamentos frágeis e conflitos não resolvidos. E isso porque não sabemos parar para cultivar e amar a nós mesmos, e consequentemente amar o próximo! E ao mesmo tempo amar a Deus!

Helena Moura

TEMPO COMUM Assim como na liturgia há tempos fortes, celebrativos (quaresma, páscoa, advento) tema abordado anteriormente na coluna Liturgia, de forma tão clara e ocorre também o tempo comum, o mesmo acontece no cotidiano de nossa vida. Há espaços celebrativos, festejados intensamente, e há o tempo comum, sem alardes, barulho, exaustão. E por ser comum nos enganamos e somos levados a considerá-lo de menor importância. Engano que ofusca o real valor do tempo comum, seja na liturgia ou na vida, pois o que é comum não é inferior. É no tempo comum que a liturgia nos convida a aproximarmo-nos do Jesus amoroso, paciente, compassivo, que nos ensina, nos acolhe, nos adverte, nos fortalece e nos envia como seus discípulos para trabalharmos pelo reino. Em nossa vida o tempo comum também se destina a isso: prosseguir, realizar, cuidar, fazer novas experiências... As festas são ótimas, benfazejas, pois preenchem o tempo de lazer tão necessário à uma vida alegre e saudável. Mas, nem só de pão vive o homem , nem de festa também. É preciso descobrir a importância do tempo comum em nossa vida, que cura as feridas e ajuda na consolação; que dedicado ao estudo permite o aperfeiçoamento, gerando profissionais tão necessários ao mundo; que deve ser dedicado à oração de louvor, súplica e agradecimento; que empregado nas pesquisas científicas, anos a fio, se traduz em benefícios à humanidade; que dedicado aos outros, em gestos de solidariedade, apoio, visitas ou coisas do gênero, faz refletir a presença Deus. Quando dedicado ao trabalho que dá o sustento, enriquece, dignifica, elimina a ociosidade maléfica, inútil e deprimente. Tempo que na alegria parece tão curto e na agonia tão arrastado, que parece infindo. Tempo! Que fiz do meu até hoje? Há um provérbio que diz: Ter tempo é questão de preferência , isto é, tenho tempo para fazer o que considero mais importante, deixando o resto para depois. Quais as minhas preferências? O que é mais importante para mim? Vale lembrar a parábola onde Jesus fala de Marta e Maria (Lc 10, 38-42). Enquanto Marta ocupava seu tempo com muitos afazeres, Maria ouvia o Senhor, não como quem ouve uma estória ou um conto, mas decidida a aprender para fazer as coisas de um jeito novo, parecido com o jeito de Jesus. Somos convidados a empregar nosso tempo comum sentados , como Maria, ouvindo Jesus e fazendo novas as coisas. Descobrindo o prazer do serviço que leva anúncio, alegria, partilha, carinho a quem necessita. Jesus, ao ser ouvido por Maria, disse que ela escolheu a melhor parte. E eu, e você quantas vezes não O escutamos e procedemos como Marta? Há um canto que diz assim: Se ouvires a voz do vento, chamando sem cessar, se ouvires a voz do tempo mandando esperar, a decisão é tua . Portanto, somos livres para considerarmos nosso tempo comum fértil, de escuta, de oração e ação ou cairmos na inércia, na busca pelas coisas passageiras, que nos iludem com relâmpagos de felicidade e trovoadas de frustrações. Finalizo citando o poema de Frei Antônio das Chagas que nos alerta sobre o tempo do qual dispomos: Deus pede estrita conta do meu tempo E eu vou do meu tempo, dar-lhe conta, Mas, como dar, sem tempo, tanta conta, Eu que gastei, sem conta, tanto tempo?

Ó! Vós que tendes tempo, sem ter conta, Não gasteis vosso tempo em passatempo, Cuidai enquanto é tempo, em vossa conta Eu que gastei, sem conta, tanto tempo?

Para dar minha conta feita a tempo, O tempo me foi dado e não fiz conta, Não quis, sobrando tempo, fazer conta,

Pois, aqueles que sem conta, gastam tempo, Quando o tempo chegar de prestar conta, Chorarão como eu, o não ter tempo. Hoje quero acertar conta e não há tempo.


04 - Jornal Coração Eucarístico - 1º de julho/2012

PASTORAL

Catequese, ensinamento essencial da fé

O

s catequistas da Paróquia Coração Eucarístico têm um compromisso todos os primeiros sábados de cada mês. É a reunião paroquial mensal dos catequistas. Na ocasião, discutem, rezam, estudam, dialogam, partilham experiências, programam as atividades e ações catequéticas, além de desenvolver outras atividades relacionadas à missão catequética. Na última reunião dos catequistas realizada na manhã do dia 02 de junho, esteve presente a maioria dos catequistas atuantes nas comunidades integrantes da paróquia, em busca de formação para o aprimoramento da missão catequética que assumiram na Igreja. O trabalho catequético na Igreja é fundamental. São muitos catequistas que se disponibilizam para transmitir aos outros o ensinamento essencial da fé e assim contribuem na construção do Reino de Deus e anúncio da Palavra de Deus. Para atender as necessidades da evangelização, no mundo contemporâneo, os catequistas além de formação paroquial participam de formação em nível diocesano. Comprometem-se com a própria formação, programação e planejamento de encontros com os catequizandos e visitas às famílias. Participam e incentivam a participação de todos nas celebrações litúrgicas e eventos da Comunidade, aproveitando todos os momentos para anunciar a Mensagem. O catequista é o porta-voz da Igreja diante dos catequizandos, ou seja, fala em nome da Comunidade. Para Socorro Amorim, catequista do Convento, catequese é evangelizar com a Palavra de Deus e com a vida. Já para Roberto, catequista da comunidade Santa Clara, catequese é a continuidade da missão que Jesus deixou. Uma atitude do catequista é a escuta, estar sempre pronto para ouvir os crismandos e oferecer meios para que a luz da fé possam fazer o discernimento das opções que desejam realizar e assim também assumirem a missão que Deus confiou a cada um. Frei Francisco Barros que com a catequista Eliane realiza intenso trabalho catequético na Comunidade Jurití enfatizou: “Através da catequese as pessoas podem conhecer o amor de Deus para com cada pessoa. A finalidade da catequese não é mostrar leis e regras, mas levar as pessoas a compreender o grande amor de Deus pela humanidade’’. Há novos horizontes na dimensão catequética que precisam de intensa atuação da Igreja. O principal deles é a catequese de adultos. A catequista Maria do Carmo da Comunidade Santa Clara realizou a Primeira Eucaristia aos 24 anos e mencionou a importância da evangelização de adultos: “Eu sou fruto da catequese de adultos, uma vez que dei continuidade ao recebimento dos sacramentos da iniciação cristã depois de adulta. Com isso, percebi a importância da catequese de adultos e não somente direcionada ás crianças. É importante destacar a dificuldade de catequizar crianças quando os pais ou responsáveis não contribuem com a educação da fé. Acredito que as famílias sendo catequizadas a catequese para as crianças acontecerá com maior eficácia. Eu também percebo a dificuldade dos pais em evangelizar as crianças

uma vez que eles foram evangelizados de uma catequese antiga, com uma metodologia e estrutura diferenciada da catequese renovada. A catequese atual não ensina apenas a rezar e decorar conteúdo, mas está preocupada com a vivência concreta dos ensinamentos cristãos.”. Na Comunidade São Paulo Apóstolo, a catequese de adultos desenvolve para os pais dos catequizandos e comunidade em geral formação cristã para a vivência da fé. É um trabalho intensivo com os pais para eles acompanharem a formação de seus filhos e assim colaboram com os catequistas na formação de seus próprios filhos. Por mais que o catequista se esforce no trabalho evangelizador, se os pais não atuarem como os primeiros catequistas, a ação isolada do catequista não trará os resultados almejados. É preciso haver mais comprometimento não apenas dos catequistas, mas, sobretudo dos pais. A coordenadora paroquial da catequese, Edileuza, enfatizou o desafio da permanência dos adolescentes na catequese de perseverança que atinge as crianças e adolescentes que realizam a Primeira Eucaristia e ainda não possuem a idade necessária para ingressar na catequese de jovens, em preparação para o sacramento da crisma ou confirmação. Entretanto, essa realidade pode ser transformada com a colaboração das famílias e da comunidade em geral. Os pais precisam incentivar a participação das crianças nas atividades catequéticas e também acompanhar a vivência da fé e participar da vida da comunidade. Todos os anos inúmeras crianças realizam a Primeira Eucaristia, em nossa paróquia, porém poucas retornam a catequese de perseverança. Não é falta de incentivo dos catequistas, inclusive durante a preparação para os sacramentos, realizamos reuniões com as famílias dos catequizandos lembrando a responsabilidade e compromisso de todos na formação cristã dos membros da comunidade. Afinal, a catequese é confiada a toda a comunidade cristã que contribui para a educação de seus membros na fé.’’

Compromisso com o que faz Rua Walfrido Nunes, 303 - Maurício de Nassau - Caruaru - PE PABX: 81 2103-3333 Fone: 81 3723-4444 Filial: IOC DIFUSORA. Emp. Difusora 7º andar - Sala 222 81 2103-9751www.ioccaruaru@uol.com.br


PASTORAL

Jornal Coração Eucarístico - 1º de julho/2012 - 05

Pastoral da Criança realiza Assembleia Estadual em Caruaru

A

cidade de Caruaru, em Pernambuco, foi sede para a Assembleia Estadual da Pastoral da Criança que aconteceu de 31 de maio e se estendeu até o dia 03 de junho, no Centro Pastoral Dom Antonio Soares Costa, reunindo os coordenadores diocesanos da Pastoral da Criança, com o objetivo de realizar a eleição da equipe econômica e avaliar o primeiro semestre de 2012 e planejar as atividades do segundo. O evento contou com a participação do coordenador estadual Agenaldo Lessa, vicecoordenadora Socorro Aguiar e Josiane Evaristo, assessora da Pastoral da Criança no estado de Pernambuco e supervisora da assembleia pela equipe nacional. “Fortalecimento da caminhada” foi a tema abordado no encontro desenvolvido em palestra pelo Pe. Edivanio da cidade de Palmares-PE. Várias atividades foram desempenhadas no decorrer da assembleia: momentos de espiritualidade, avaliação, planejamento, eleição, confraternização, oficinas de missão e gestão, além de momento cultural com visita à Vila do forró. Joseane Evaristo mencionou: “Sou representante e apoio do estado de Pernambuco em Curitiba, onde se localiza a sede nacional da Pastoral da Criança. Por isso, realizei visitas às dioceses de Afogados, Floresta, Petrolina e Nazaré da Mata, ou seja, em todo o estado. Em Curitiba, recebo as prestações de contas enviadas mensalmente pelas dioceses, estados e ramos, as quais analiso e observo se os gastos estão de acordo com os permitidos pelo Ministério da Saúde e realizo a liberação dos recursos financeiros. Enquanto representante nacional participo da Assembleia da qual levarei resultados positivos para a equipe nacional e observo no estado de Pernambuco queda dos números de crianças acompanhadas. Entretanto, essa situação é percebida em outros estados do Brasil”. Agenaldo Lessa destacou: “A Pastoral da Criança é muito organizada e estruturada. A cada ano, realizamos duas importantes assembleias para avaliar as atividades realizadas pela Pastoral da Criança no estado. Esses encontros acontecem com o objetivo de fortalecer as ações, definir prioridades, refletir sobre a missão de lutar pela vida em abundância, principalmente para as crianças, além de conhecer a realidade de cada diocese. Percebo que nosso trabalho tem ajudado a sociedade. Por se tratar de uma Organização de ação social a Pastoral da Criança busca a unidade com as pastorais e grupos. Na assembleia que realizamos, analisamos os indicadores de oportunidades e conquistas das crianças e gestantes acompanhadas.

Percebemos que houve queda do número de crianças acompanhadas. Um fator causador dessa redução está relacionado à falta de voluntários para atender às famílias. Por isso, surge a necessidade de conscientizar as pessoas sobre a importância da prática da solidariedade. Precisamos de novos líderes que possam dar um pouco de si e de seu tempo para levar às pessoas necessitadas melhores condições de vida. Realizamos a eleição da equipe econômica estadual, uma vez que lidamos com recursos públicos, os quais precisam ser fiscalizados, avaliando os recursos recebidos e gastos sempre em prol da criança Através dos trabalhos dos líderes, muitas crianças são salvas. São ações de pessoas que se disponibilizam para visitar e identificar os problemas que atingem às famílias e oferecer a ajuda necessária para a promoção de mais vida.”. Cristina de Paula, Coordenadora Diocesana da Pastoral de Criança em Caruaru enfatizou: “A Pastoral da Criança é uma organização de ação social da CNBB e está presente em 20 países, incluindo o Brasil. Possui coordenação nacional, estadual e diocesana. De caráter ecumênico, acompanha gestantes e crianças de 0 a 6 anos, mostrando às famílias acompanhadas seus direitos e deveres em diversos níveis: educação, nutrição e cidadania. Na Diocese de Caruaru, a Pastoral da Criança está presente em todas as 34 paróquias e áreas pastorais de abrangência diocesana. Atualmente, conta com a colaboração de 828 líderes, voluntários. Acompanha 5.287 crianças de 0 a 6 anos e 220 gestantes. Aproveitando a oportunidade convido às pessoas que se sentem chamadas a participar da Pastoral da Criança: Venham fazer parte dessa família conosco. Sua colaboração é muito valiosa para nós. Temos um grande número de voluntários engajados, mas é pequeno diante de nossa realidade. Ainda existem muitas famílias que não são acompanhadas porque faltam líderes. Para ser voluntário basta procurar nas paróquias os coordenadores e manifestar o desejo de ser líder. Nós, integrantes da equipe diocesana, realizamos capacitação dos líderes para a realização dos trabalhos, ou seja, oferecemos a formação necessária para a atuação do voluntário, encerrou Cristina de Paula.


PASTORAL

06 - Jornal Coração Eucarístico - 1º de julho/2012

Rosilda Santos

UMA LUZ SURGE NA IGREJA CONCÍLIO ECUMÊNICO VATICANO II - 50 ANOS

N

o dia 11 de outubro de 1962, o papa João XXIII inaugurou o “Concílio Ecumênico Vaticano II", encerrado pelo papa Paulo VI, no dia 8 de dezembro de 1965. O Concílio é a reunião de todos os bispos com o papa para cuidar de assuntos referentes à Igreja e sua posição frente aos acontecimentos do mundo que influenciam os destinos da humanidade. Com o Concílio atual, nossa Igreja já celebrou 21 em toda a sua história. O Concílio devia provocar “reformas e abertura na Igreja à realidade histórica” (João Paulo XXIII). Hoje, 50 anos após o Concílio, este documento, continua sendo um sinal autêntico de Deus para o nosso tempo, momentos de primavera e de inverno vão se alternando na Igreja. A partir dele as comunidades começaram a participar de forma mais ativa na missão da Igreja, conhecendo, e anunciando a Palavra de Deus, participando da liturgia na sua própria língua e outras inovações que encheram de vida as nossas celebrações.

LUZ DOS POVOS – DOCUMENTO DO VATICANO II O Concílio do Vaticano II nos oferece 16 documentos, entre eles duas Constituições sobre a Igreja. A primeira denominada “Lumen Gentium” (Luz dos Povos) que nos apresenta: • O Mistério da Igreja – Cristo, sacramento da unidade dos homens em Deus: nela atua um desígnio do Pai, que é o de convocar homens e mulheres para uma grande comunidade de irmãos de Cristo. • O Povo de Deus - A Igreja consta de homens e mulheres que crêem em Cristo e experimentam no Batismo sua adesão a Ele, participando do sacerdócio, do profetismo e da realeza de Cristo. • A Hierarquia da Igreja – Ornada de

ministérios Cristo instituiu a Igreja visível, instituiu o Colégio Apostólico, sobre Pedro que se prolonga no Colégio dos Bispos, sobre o Papa, conferido através do Sacramento da Ordem. Cooperadores da Ordem Episcopal os Presbíteros, participando da mesma dignidade sacerdotal. Em seu ministério todos devem ensinar, santificar e pastorear. Em grau anterior estão os Diáconos, que servem ao povo de Deus na liturgia, na pregação e na ação caritativa. • Os Leigos e Leigas – Fiéis que vivem no mundo, sem serem clérigos ou religiosos. Cabe-lhes realiza um apostolado de participação na evangelização da vida temporal. Devem obedecer e colaborar com os pastores na obra que empreendem. • Vocação Universal à Santidade – Todos na

Igreja são chamados à santidade, conforme os diferentes carismas, encargos, estado de vida. A santidade “consiste essencialmente na perfeição da caridade”, tendo à disposição os meios sobrenaturais da Igreja. • Os Religiosos – Os cristãos que fazem votos de abraçar, estavelmente, os conselhos evangélicos da castidade, pobreza e obediência. Querem colher abundantes frutos da graça batismal e devotar-se ao bem da Igreja. • Índole Escatológica da Igreja Peregrina e sua União com a Igreja Celeste – A Igreja na terra está ainda a caminho, não atingiu sua perfeição, porém comungam com a Igreja celeste, que são venerados (as) como exemplos, bem como os que morreram em Cristo e ainda necessitam de sufrágio. • A Bem-Aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus, no Ministério de Cristo e da Igreja – A Virgem Maria está no âmago do Mistério de Cristo e da Igreja, pois Deus quis que Cristo, Cabeça da Igreja, nascesse de suas entranhas. Prenunciada no Antigo Testamento, a Virgem é apresentada no Novo Testamento, como aquela que aceitou cooperar no desígnio divino da Redenção e perene associada de todo o intinerário de Jesus Cristo. É venerada como a Mãe dos fiéis, experimentando a Igreja sua contínua intercessão materna. A Maria se deve um culto especial, distinto da adoração que se presta a Deus e a Cristo. Nela a Igreja vê sinal de esperança e conforto. Hoje, no mundo inteiro, há um forte movimento de diálogo e ecumenismo entre as religiões o Concílio Ecumênico Vaticano II, abriu esta porta, já, há 50 anos, atrás, “apresentando as pessoas do nosso tempo, íntegra e pura, a verdade de Deus”, acolhendo a todos com misericórdia e compaixão, a maneira de Jesus Cristo. Paz e Bem!

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Jornal Coração Eucarístico - 1º de junho/2012- 07

Missa e procissão marcam a Montagem de tapete de Corpus Christi Solenidade de Corpus Christi, em Caruaru Milhares de fiéis participaram no largo da Catedral, em Caruaru, da Celebração Eucarística da Solenidade de Corpus Christi, presidida pelo bispo diocesano, Dom Bernardino Marchió, com a participação de vários padres de toda a Diocese de Caruaru. A cerimônia começou às 19h30 reunindo católicos de todas as paróquias da Região Pastoral Centro de abrangência diocesana. Entre os fiéis que participavam da missa, estava à catequista Maria de Fátima. Bastante envolvida com as atividades da Igreja, não perde a oportunidade de participar de momentos diocesanos de expressão de fé. “Nesta missa, celebramos o grande mistério da Eucaristia, grande expressão de amor

Representantes das paróquias, movimentos grupos e pastorais da Região Pastoral Centro da Diocese de Caruaru, com muita animação e entusiasmo, participaram da montagem do tradicional tapete de Corpus Christi, na quintafeira (07), no Pátio de eventos, em Caruaru. É costume, no dia de Corpus Christi, as comunidades enfeitar o percurso da procissão do Santíssimo Sacramento com tapetes coloridos. “É um ato de amor, respeito e, sobretudo reverência ao Santíssimo Sacramento que nesta data tão especial percorre várias ruas da cidade. Por isso, é justa a produção dos lindos tapetes decorativos que expressam a fé católica”, revela Ana Júlia. Com intensa programação, os fiéis celebraram a Solenidade de Corpus Christi, inclusive com momentos de adoração à Eucaristia na “tenda”, local de oração ao lado da Catedral, na qual inúmeros católicos compareceram para celebrar e expressar sua fé.

de Jesus pela humanidade que se dá em alimento para nós. Viver bem e comemorar esse dia, é demonstração de fé diante do sacramento da comunhão, destacou.” Já Ieda Maria, enfatizou: “Celebramos hoje com alegria esse sacramento tão importante na vivência de nossa fé, através de procissão e missa, mostrando a todos que acreditamos na Eucaristia”. Após a celebração eucarística, houve a procissão com o Santíssimo Sacramento pelas ruas, em direção ao Pátio de eventos, onde aconteceu a Benção do Santíssimo. Além de apresentações e shows com a participação da Comunidade Restauração, Neto Monteiro e Suely Façanha.


08 - Jornal Coração Eucarístico - 1º dejulho/2012

ENTREVISTA

‘‘O desafio maior é criar uma cultura missionária’’ Paula Duarte Dando continuidade a série de entrevistas com os bispos do Regional NE II da CNBB, com a intenção de apresentar a realidade das dioceses, expectativas, alegrias e desafios dos pastores diocesanos, entrevistamos Dom Fernando Saburido. Nasceu em 10 de Junho de 1947, no Distrito de Jussara cidade do Cabo de Santo Agostinho. Foi sagrado Bispo no dia 20 de Agosto de 2000. Nomeado oficialmente novo Arcebispo de Olinda e Recife no dia 1º de julho de 2009 e empossado, no dia 16 de agosto de 2009. Eis a entrevista: Jornal Coração Eucarístico: Para o senhor o que significa ser Arcebispo? DOM FERNANDO: Ser arcebispo é um privilégio. Ninguém escolhe ser bispo. A gente escolhe e se decide ser padre, mas o episcopado é algo que vem como acréscimo. O sacramento da Ordem possui três graus: o diaconato, o presbiterado e o episcopado. Este sacramento no terceiro grau é a plenitude do sacerdócio, no segundo grau. Eu sou muito feliz porque me acho indigno da honra tão grande de ser arcebispo. Mas, como a Igreja chama, então estamos prontos para servir e dar o melhor de nós mesmos para anunciar o Reino de Deus. De modo que me sinto muito contente e agradecido a Igreja pela confiança que teve na minha pessoa para exercer um ministério tão grande. Sobretudo, assumindo uma Arquidiocese, desse tamanho com uma população que ultrapassa os quatro milhões de habitantes, uma Igreja com muitos desafios o que é preciso contar muito

com a graça de Deus para exercer esse ministério. JCE: Que desafios precisam ser enfrentados na Arquidiocese de Olinda e Recife? DOM FERNANDO: São vários os desafios e alegrias também. O desafio maior é criar uma cultura missionária. E assim, tirar o povo de Deus da acomodação. As pessoas precisam ter consciência de que a Igreja é missionária. Os leigos, especialmente, estavam acostumados com a mentalidade anterior de que a missão dependia principalmente dos consagrados, dos bispos, religiosos e religiosas. Isso é até natural porque antigamente havia muitos conventos e congregações religiosas que tinham esses carismas missionários como os capuchinhos, por exemplo. Inclusive, Frei Damião é um exemplo de missionário, que marcou muito a missão no Nordeste. Mas, hoje, a missão está nas mãos do povo juntamente com os padres, bispos, consagrados e leigos. Por isso, estamos

Pça Cel. Francisco dos Santos, 18 Centro - Caruaru/PE Fone/Fax: 81 3721.2939 / 9112.6939 E-mail.vaniacabeleireiros@hotmail.com

implementando em nossa Arquidiocese as Santas Missões Populares com o envolvimento de todas as pessoas disponíveis. Enfim, a missão é um desafio, mas esse trabalho de evangelização está crescendo e cada vez mais vai melhorar e se desenvolver de maneira eficiente. JCE: Quais os desafios da ação evangelizadora numa dimensão nacional? DOM FERNANDO: O maior desafio é a missão. Entretanto, temos muitos desafios práticos e concretos a enfrentar, entre eles cito: as drogas e a violência. Nesse contexto, a juventude está merecendo cada vez mais uma atenção especial da Igreja. É tanto que vamos ter no próximo ano a Jornada Mundial da Juventude, na cidade do Rio de Janeiro RJ, de 23 a 28 de julho, com o tema: “ide e fazei discípulos entre todas as nações” (MT 28,19). Esse grande momento vai ser ocasião para conduzir os jovens a um compromisso com a fé.


ENTREVISTA

JCE: Como está a integração das Dioceses do Regional NE? DOM FERNANDO: A Igreja do Regional NE II está cada vez mais unida. Está crescendo na unidade o que é importantíssimo. Temos mais uma diocese, a de Salgueiro, integrando o nosso regional. Atualmente são 21 dioceses que constituem o Regional NE II. Temos nos reunido e nos articulado muito. Nossas reuniões são frequentes. Percebemos que as coisas vão acontecendo e que a evangelização vai se consolidando o que nos alegra muito. Estamos notando que as lideranças estão cada vez mais dispostas a colaborar e colocar em prática as nossas propostas para as Igrejas que fazem partem do Regional NE II. JCE: Como estão organizadas as atividades da Pastoral na Arquidiocese de Olinda e Recife? DOM FERNANDO: Nós estamos estruturados em termos de pastoral, através das comissões conforme o modelo da CNBB que para organizar melhor os trabalhos da Igreja no Brasil criou 12 comissões são elas: Comissão episcopal pastoral para os ministérios ordenados e a vida consagrada, para o laicato, para a juventude, para a ação missionária e cooperação intereclesial, para a doutrina da fé, para a animação bíblico-catequética, para a liturgia, para o ecumenismo e o diálogo inter-religioso, para o serviço da caridade, da justiça e da paz, para a cultura e educação, para a vida e a família e para comunicação. JCE: Como está organizada a Comissão para a Comunicação Social em sua Arquidiocese? DOM FERNANDO: A Pastoral da Comunicação está muito bem organizada, graças a Deus. A Comissão da Pastoral da Comunicação atualmente cujo presidente é o padre Luciano possui toda uma equipe da qual participam dois jornalistas. O nosso site está uma maravilha. Temos um jornal que está a serviço principalmente do povo. A cobertura que é realizada dos encontros e atividades eclesiais está muito agradável. Eu acredito que a Pastoral da Comunicação está correspondendo ao seu papel na Igreja. JCE: Neste ano eleitoral, como a Igreja tem contribuído para a conscientização

Jornal Coração Eucarístico - 1º de julho/2012 - 09

do voto consciente? DOM FERNANDO: Jesus Cristo é o libertador. Ele veio apresentar o evangelho para quebrar as correntes, amarras e libertar o homem. De modo que o evangelho é muito envolvente. Ele visa não apenas o lado social. Portanto, a Igreja se preocupa com a sociedade, com os desafios sociais que estão nas mãos dos políticos. Porém, a Igreja não assume compromisso partidário. A Igreja visa o profetismo, não assume posição políticopartidária e anima os leigos para que cumpram seu papel na sociedade. A Igreja deve estar de olhos atentos para ver os desafios sociais e denunciar aquilo que é preciso. Além disso, levar às pessoas a votarem com segurança e convicção. Um voto que transforme, renove e mude quando necessário. Orientamos muito. Temos vários documentos da CNBB que falam sobre esse assunto. Inclusive a Igreja participou ativamente dos projetos da lei 9.840, contra a corrupção eleitoral e agora defendendo a Ficha Limpa. A Igreja foi quem participou liderando esses movimentos sociais para que tenhamos políticos mais dignos e juntos e que tenham um pensamento direcionado às pessoas e não para si mesmos, que visem o outro e não a si próprio. JCE: Como o senhor observa a influência da seca em algumas regiões de abrangência do Regional Nordeste II? DOM FERNANDO: Estamos vivenciando

um desafio em relação às secas. As previsões são muito trágicas, infelizmente. A gente precisa trabalhar para mudar esse quadro, esta situação. A convivência com o semiárido é que a Igreja tem defendido. As pessoas falam muito em combate às secas, todavia, esse combate é muito eleitoreiro. O que a Igreja quer e fala é referente à convivência com o semiárido, realidade que não vai mudar de jeito nenhum, e que precisamos entender e aprender a lidar com a diversidade da natureza nordestina. Precisamos e temos sim ações concretas como, por exemplo, são as cisternas que são construídas nas casas de moradores pobres. É um tipo de ação concreta que ajuda de fato, famílias carentes a ter o líquido fundamental para viver. JCE: Que mensagem o senhor deixa aos leitores do Jornal Coração Eucarístico? DOM FERNANDO: Sugiro que as pessoas se interessem cada vez mais pelas coisas de Deus. Leiam mais. Procurem sempre mais participar de suas comunidades. Se comprometam com a missão. É assim que cada um faz o seu caminho. Todos nós, cristãos, católicos somos chamados para executar uma missão na Igreja. Então, para que a missão evangelizadora aconteça é de fundamental importância à participação, abertura, confiança e disponibilidade de cada um, dando o melhor de si mesmo em prol do bem comum.


N

o dia 1º de junho, teve início a Trezena de Santo Antônio, na paróquia do Coração Eucarístico até o dia 13 de junho reunindo fiéis de todas as comunidades da paróquia, além de devotos do santo que todos os dias lotaram a Igreja do Convento dos Capuchinhos. Na abertura das festividades da Trezena de Santo Antônio houve o traslado da bandeira de Santo Antônio saindo da Comunidade São Paulo Apóstolo, Bairro Maurício de Nassau, em direção à Igreja do Convento. A seguir, Frei William conduziu o hasteamento da bandeira e presidiu a celebração eucarística concelebrada pelos frades Dimas Marleno e Sonival Marinho. Para bem celebrar a festa do “padroeiro popular” os frades capuchinhos prepararam uma programação especial para todas às noites, envolvendo membros de todos os grupos, movimentos e pastorais, bem como as comunidades rurais. A programação social contou com uma animada quermesse, com comidas típicas e shows. A festa de Santo Antonio contou de modo especial com a participação das comunidades rurais de Normandia, Carapotós, Jutití e Rafael que no dia 11 de junho participaram dos festejos. A banda de pífanos Vitoriano Jovem de Carapotós realizou apresentação cultural, após a proclamação do evangelho. Rosilda Maria da Comunidade Juriti relatou que após a atuação dos frades em sua comunidade as pessoas tiveram mais oportunidade de celebrar a fé. Adriana Nascimento da Comunidade Rafael expressou: “Com a presença dos frades, muitas pessoas saem de suas casas para escutar a palavra de Deus e participar de festas importantes como é de Santo Antônio. Estou feliz em participar da festa na matriz.” Sobre a participação das Comunidades rurais na Festa de Santo Antonio, o Frei Francisco Barros ressaltou: A celebração teve um toque todo especial porque primeiro apesar das facilidades de comunicação que os meios rurais têm hoje algumas comunidades de

Hasteamento da Bandeira de Santo Antônio

alguma forma se tornaram isoladas, inclusive na vivência de sua fé. O principal objetivo que tivemos ao fazer encontros e promover reuniões era realmente trazer eles para celebrar a fé juntos. Sobretudo porque as comunidades são distantes da Matriz paroquial. Essa tendência é tornar uma comunidade isolada de outras comunidades e assim não celebrar juntos de modo coletivo. O grande ganho foi participar juntos de todos os momentos: escolha do canto, divisão das leituras e tarefas, programação, partilha de ideias e execução, partilha do pagamento das despesas, enfim tudo em comum. Trazê-los juntos para celebrarmos porque tudo o que fazemos pede essa união e nunca o isolamento. Isso é ser Igreja. Grandes são os benefícios uma vez que as pessoas se sentem participantes e não simplesmente ouvintes, elas são atores que trazem a vida para a celebração. A participação da banda de pífanos, após a

Comunidades Rurais e Banda de Pifanos

proclamação do evangelho, com sua apresentação cultural aproxima de nós a cultura. É muito bom perceber toda essa integração. Além disso, foi importante, envolver as crianças na liturgia, fazer as senhoras preparar as lembrancinhas da celebração. Acredito que as Comunidades Rurais de nossa paróquia terão um antes e um depois da Festa de Santo Antonio. A maneira de vivenciar


ACONTECEU

a fé será diferente. É Santo Antonio que consegue trazer as pessoas de lugares distantes como é o caso de Carapotós, com um bom número de participantes para rezar, celebrar e vivenciar a fé’, finalizou o frade. Já Eliane Farias que acompanha a Comunidade de Jurití destacou: “Vejo com muita alegria esse momento da celebração da Festa da trezena de Santo Antonio, “padroeiro popular da comunidade” com a participação das comunidades rurais. As comunidades de Normandia, Carapotós, Jutití e Rafael todas essas comunidades rurais juntas celebrando a festa do santo que é exemplo de dedicação e amor ao evangelho, de amor ao pobre e serviço ao outro. Foi momento também de confraternização na qual todas as comunidades de modo autêntico puderam festejar a devoção ao santo que também foi um capuchinho com alegria e dedicação. Atuo diretamente na comunidade da Jutití que participou duas vezes dessa festa, correspondendo de maneira significativa e trabalhando pela construção da Igreja. A maioria dos membros da Jutití participaram da celebração e estão bem envolvidos com as atividades em prol da construçao da Igreja naquela comunidade”.

Bolo de Santo Antônio

No dia 12, dia dos namorados, teve o bolo de Santo Antônio e show com Lúcia Santana. A jovem Maria Eduarda mencionou a importância da programação social: “O momento cultural após a missa é oportunidade para o católico louvar e agradecer a Deus se divertindo e com música sadia e de qualidade sem agredir a imagem das pessoas e levando as pessoas a se aproximarem cada vez mais de Deus”. O ponto alto da festa aconteceu no dia 13 de junho, dia de Santo Antônio com grandiosa

Jornal Coração Eucarístico - 1º de julho/2012 - 11

Imagens das Padroeiras Rurais

festa. A celebração eucarística presidida pelo Frei Willian e contou com a presença de inúmeros devotos. Após a missa, houve procissão percorrendo algumas ruas do bairro Divinópolis e benção de Santo Antônio. A programação social contou com a participação da Banda Alternativa que em ritmo junino encerou os festejos e animou a quermesse. Neste dia, houve a benção dos pães e distribuição. Segundo reza a tradição, os pães bentos devem ser levados para ser guardados em casa, dentro da lata de farinha para que nunca falte alimento. Os movimentos, grupos e pastorais estiveram envolvidos na quermesse, nesse sentido, Marlene Ferreira, coordenadora do grupo de oração Mãe Rainha relatou: “Grande é a nossa satisfação do grupo de oração de Mãe Rainha do Coração Eucarístico em realizar esse trabalho de quermesse. É um momento de alegria para todos nós e fazemos tudo com dedicação. Com isso, destacamos nossa gratidão à equipe de liturgia que enfrentaram a preparação para essa bonita festa. Mas, agradecemos principalmente às pessoas que participam da festa e quermesse e assim abrilhantam essa comemoração de Santo Antonio”.

Andor de Santo Antônio

Grupo de Mãe Rainha


12 - Jornal Coração Eucarístico - 1º de julho/2012

FRANCISCANISMO

Frei Salvio Romero, eremita capuchinho.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE DÍZIMO, OFERTA E ESMOLA?

Amizade de São Francisco com a eremita Praxedes Sabemos, através do Frei Tomás de Celano, que São Francisco foi amigo de uma eremita romana, chamada Praxedes. Era uma mulher que vivia na reclusão de uma pequena cela, dedicando-se dia e noite à oração, ao silêncio e à penitência. No Tratado dos Milagres, Celano fala brevemente sobre esta mulher e sua relação com o seráfico pai: “Praxedes era muito famosa, tanto entre as religiosas de Roma quanto em todo o território romano, porque desde a mais tenra idade, por fidelidade para com seu Esposo eterno, se recolhera numa cela estreita, já passados quase quarenta anos. Mereceu o privilégio de uma santa familiaridade para com São Francisco. O que este não fizera a nenhuma outra mulher, fez com ela, aceitando-a à obediência e concedendo-lhe, por piedoso devotamento, o hábito religioso, isto é, a túnica e o cordão”. (3Celano 181, 1-2). Certo dia, sofrendo uma terrível queda, Praxedes teve vários ossos quebrados, ficando praticamente paralisada sobre o chão. Como a eremita não queria renunciar de nenhuma maneira o seu voto de perpétua clausura, mesmo sendo aconselhada por um cardeal, não aceitou a presença de outras pessoas que pudessem socorrê-la. Então ela voltou-se para São Francisco e implorou o seu auxílio: “Ó santíssimo Pai meu, que em toda parte socorres com bondade às necessidades de tantos, que nem sequer conhecias quando vivo, por que não vens em auxílio desta infeliz, que, mesmo que indignamente, teve o privilégio da tua amizade, enquanto vivias? Realmente, faz-se necessário, como vês, ó Pai, ou mudar o meu voto, ou, então, sofrer o juízo da morte”. (3Celano 181, 8-9). Depois deste lamento, ela caiu num sono profundo e viu São Francisco que vinha até ela, dizendo: “Levanta-te, filha bendita, não temas! Recebe o dom da completa saúde e conserva inviolável o teu voto”. (3Celano 181, 11b-12). Assim, quando ela acordou, percebeu que estava totalmente curada, e pôde levantar-se e andar como antes. Esta amizade, mesmo que descrita de forma muito breve por Tomás de Celano, parece ter sido intensa. Esta conclusão é confirmada pelas fortes expressões utilizadas pelo autor: “Mereceu o privilégio de uma santa familiaridade para com São Francisco”; e “Por que não vens em auxílio desta infeliz, que, mesmo que indignamente, teve o privilégio da tua amizade, enquanto vivias?”. Que esta santa amizade entre o seráfico pai e a eremita Praxedes nos motive a cultivar belas e sadias amizades no Senhor.

“É uma pergunta que muitos fazem: “Quanto devo ‘pagar’? O que é o dízimo? Como devo contribuir? É bom esclarecermos, de início, que dízimo não se paga. Com o dízimo se contribui. Quando pensamos dessa forma, até a linguagem muda de aspecto. É bom utilizar-mos a linguagem da Bíblia para falar sobre o dízimo. A Bíblia fala em trazer o dízimo.O Dízimo é dízimo porque o Senhor assim o quis. Dízimo vem de 10% daquilo que se ganha mensalmente. Dízimo é simplesmente uma questão de fazer a experiência com Deus. Dízimo é comunhão e partilha, mas, para chegar a isso, é necessário educar a fé “Todos tinham tudo em comum e repartiam seus bens entre os necessitados” (At 2,44-45). O dízimo é bíblico? Sem dúvida alguma, nada melhor do que entender que o dízimo é de origem bíblica. Só podemos compreender um dízimo que tenha embasamento na Palavra de Deus. Assim entendido, desfazem-se todas as dúvidas sobre essa forma de contribuição. A bíblia está cheia de referências sobre o dízimo, ofertas, coletas, esmolas, etc. Muitos se confundem quanto à diferença entre dízimo, oferta e esmola. O dizimista – e o cristão em geral – deve estar atento à diferença que existe entre essas expressões. Uma não supõe a outra. Ao contrário, uma exclui a outra. • Dízimo. É a décima parte* que ofereço a Deus e, em nosso caso, à Igreja. O dízimo é uma forma estipulada e educativa para levar o povo a se lembrar concretamente de Deus na época das colheitas e das crias dos rebanhos. Em nosso caso, como vivemos na cidade e somos assalariados, nosso dízimo é mensal. “Há quem dá generosamente, e sua riqueza aumenta ainda mais; e há quem acumula injustamente, e acaba na miséria. Quem é generoso progride na vida, e quem dá de beber jamais passará sede. O povo amaldiçoa quem sonega alimentos, e abençoa quem os põe no mercado.” (Provérbios 11,24-26) • Oferta. Ato de oferecer (-se); oferecimento. V. oferenda...*. A oferta também deve ser feita a partir de um trabalho de conscientização. Oferta não é qualquer coisa que ofereço a Deus, à Igreja. Devemos fazer a oferta de acordo com o impulso do coração. O livro do Êxodo (22,29a) diz: “Não tardarás a oferecer-me as primícias de tua colheita e de tua vindima”. Oferta é tudo o que damos, além dos dízimos, na casa de Deus. A oferta deve vir com amor (Lc 18,9-14). • Esmola. No dicionário encontramos assim registrado o significado da palavra esmola: “o que se dá aos necessitados, por caridade ou filantropia; óbolo, espórtula. Auxílio, amparo; benefício. Donativo em dinheiro, que se faz ao padre durante a celebração na missa.”*. Jesus, ao desmascarar a hipocrisia dos fariseus, assim se refere às esmolas: “Quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que fez a direita” (Mt 6,3). A entrega do dízimo não é pagamento. Nenhum cristão “deve” dízimo à Igreja. Ao trazer mensalmente seu dízimo, o fiel não está pagando pelo serviço religioso do qual usufrui. Nem o faz com interesses pessoais, para ganhar bênçãos e assim multiplicar sua renda ou reserva para si um lugar no céu. A idéia de que Deus recompensa nosso dízimo com riquezas é uma afronta à palavra divina. Quem dá esmolas para ficar rico, não dá nada: está fazendo comércio. Quem doa, não espera nada em troca. Paz e Bem!!!

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ARTIGO

Jornal Coração Eucarístico - 1º de julho/2012 - 13

José Ronildo da Silva Comunidade Católica Manain

Deus não abandona a obra de suas mãos! Estou convencido de que o Espírito de Deus, o Consolador, não pode continuar sendo o “Deus desconhecido”. Por este motivo, também no artigo deste mês, insisto sobre a necessidade de nos abrirmos para uma profunda experiência com o Espírito Santo. “Todos os que são conduzidos pelo Espírito de Deus são filhos de Deus” (Romanos 8,14). Esta passagem da Bíblia Sagrada nos faz pensar: sou uma pessoa conduzida pelo Espírito Santo? Aqui São Paulo nos diz claramente que quando nos deixamos guiar por Ele somos verdadeiramente filhos e filhas de Deus. Todos nós sabemos que Deus é nosso Pai; mas será que vivemos como seus filhos? Jesus Cristo ao falar do amor que devemos estender a todos, inclusive aos nossos inimigos, nos diz: “... amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; desse modo vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol igualmente sobre maus e bons e cair a chuva sobre os justos e injustos” (Mateus 5,44-45). E diz também em outro Evangelho: “... amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai sem esperar coisa alguma em troca. Será grande a vossa recompensa, e sereis filhos do Altíssimo, pois Ele é bom para com os ingratos e os maus” (Lucas 6,35). Pela vivência do amor, da solidariedade, do serviço aos nossos irmãos é que saberemos se estamos sendo conduzidos pelo Espírito ou não, se vivemos como filhos e filhas do Altíssimo ou não. O Espírito Santo nos conduz pelo caminho do amor a Deus e ao próximo. E não poderia ser diferente, pois Ele é o amor de Deus derramado em nossos corações (cf. Romanos 5,5). São Paulo Apóstolo insistirá muito nesta condução do Espírito em nossa vida. Ele falará de deixar-se conduzir por Ele ou deixar-se levar

O pecado nos danificou, mas a graça de Deus manifestada em Jesus Cristo pela ação do Espírito Santo está agindo em nós, nos restaurando, nos renovando

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pela “carne”, isto é, pelo pecado que nos induz a viver a sexualidade de qualquer jeito, à idolatria, ao ocultismo, às rixas, às discórdias, aos vícios, ao orgulho, ao egoísmo e outras coisas semelhantes (cf. Gálatas 5,16-21). Quantos filhos e filhas de Deus desfigurados pelo pecado! Somos como uma obra de arte que foi sendo danificada pelo tempo, pela poluição, ou talvez que tenha até mesmo caído em mãos de vândalos, e agora precisa ser restaurada para voltar a ser como quis o artista que a criou. Nós somos obra das mãos de Deus, imagem e semelhança do Artista que nos fez (cf. Gênesis 1,26-27). O pecado nos danificou, mas a graça de Deus manifestada em Jesus Cristo pela ação do Espírito Santo está agindo em nós, nos restaurando, nos renovando. Deus não abandona a obra de suas mãos! (cf. Salmo 138,8). Esta é a Boa Nova para todos os homens e mulheres que se reconhecem pecadores, isto é, fragilizados pelo pecado e necessitados de salvação. Deixemos o Espírito Consolador fazer esta obra maravilhosa em nossa vida! Digamos sim ao Espírito Santo! Peçamos que Ele nos renove, nos restaure! Às vezes, Ele age como um vento impetuoso, um vendaval, e varre da nossa vida tudo o que nos impede de vivermos o melhor de Deus para nós; outras vezes, Ele é como brisa suave, mas insistente e perseverante, nos convidando a deixar de lado aquilo que não nos faz crescer como pessoa, como filho e filha de Deus. O Espírito do Senhor está agindo e trabalhando em nossos corações, então demos espaço para Ele pedindo todos os dias: “Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor! Enviai o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra!”

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14- Jornal Coração Eucarístico - 1º de junho/2012

ARTIGO

Prof. Dr. Frei Luiz Vieira, OFMCap.

O Princípio-solidariedade do Reino de Deus Nossa Teologia da América Latina reflete com esses conceitos: “princípio-misericórdia”, “princípio-solidariedade” e “princípio-justiça”, tirando seu substrato da herança filosófica de Ernst Bloch com sua Filosofia do “PrincípioEsperança”, a qual, por sua vez, satisfaz-se com a resposta da Teologia da Esperança de Jürgen Moltmann, cuja Teologia pode-se nominar de Teologia do “Princípio-Esperança”. Neste pequenino artigo, teçamos alguns fios de esperança do “princípio-solidariedade” da imensa teia que é o Reino de Deus. A palavra “solidariedade” foi uma temática constante na pregação do Papa João Paulo II. Estudos feitos sobre seus escritos demonstram a inflação deste vocábulo procedente do seu punho. Ao que tudo indica, o referido Papa tenha herdado de sua pujante luta contra o comunismo imperialista no seu país – a Polônia – quando se fundou um sindicato liderado por Lech Walesa contra o comunismo. Esse sindicato foi chamado de “solidariedade”. Aqui, na América Latina, a palavra solidariedade emergiu com outro sentido, como o das lutas movimentos populares e das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs). Motivou teólogos como Gustavo Gutiérrez (um dos sistematizadores da Teologia da Libertação) e Jon Sobrino com sua cristologia do seguimento de Jesus. A parábola do Bom Samaritano (Lc 10, 2937) revela e inspira a solidariedade cristã. Este tema da solidariedade perpassa toda a cristologia do seguimento de Jesus na perspectiva de Jon Sobrino. No seu livro, “o Princípio-misericórdia”, três realidades se mostram inse paráveis: misericórdia,

solidariedade e justiça do Reino de Deus. Seu ponto de partida é a teologia paulina com a afirmação: “suportando-vos mutuamente com amor” (Ef 4, 2). A etimologia do verbo “suportar” possui um rico significado. Vem do latim: supportare. É formado de “sup” que quer dizer ter uma base, um suporte para apoiar-se; e “portare” = carregar, caminhar. Aqui não sozinho, mas mutuamente e com amor. Imaginemos pessoas e comunidades cristãs que

abrem caminhos e rasgos de horizontes apoiando-se mutuamente. Belo caminhar de salvação! Bem já afirma Dostoievski que a “beleza salvará o mundo”! O verdadeiro Deus de Israel se revela solidário envolvendo-se com seu povo escravo no Egito quando escuta os seus clamores e sai de si para libertá-lo da escravidão (Ex 3, 7ss) e conduzi-lo pelo deserto até a Terra prometida quando o povo enfrenta fome, sede, discórdias entre si e até idolatria. Mesmo assim, Deus é fiel em sua Aliança. Esse Deus age muitas vezes por meio de mediações ou mesmo na tradição da lei

como o deuteronômio quando a lei protege solidariamente para que o povo não volte à escravidão e seja solidário com os seus compatriotas. “Recorda que foste escravo na terra do Egito, e que Iahweh teu Deus te resgatou” (Dt 15, 15). Jesus nos evangelhos age solidariamente por um sentimento de compaixão para com as pessoas injustiçadas pelas opressões. Suas curas e seus milagres são por solidariedade com os oprimidos. E o mais relevante nesta solidariedade por compaixão não é algo momentâneo, mas estas práxis feitas por Jesus fazem de quem as recebem uma verdadeira metanoia e tornando-os “discípulos missionários” do Reino de Deus. A partir dessa interação entre Jesus e os curados, o Reino de Deus começa a acontecer com a sua atitude e a da pessoa curada. Um verdadeiro envolvimento de Jesus com os sofredores, os pobres e os pecadores, para libertá-los de todos os males. No hino aos Filipenses se observa que toda a ação de Jesus é solidária. Jesus faz uma verdadeira kênosis (quer dizer: rebaixamento, aniquilamento, esvaziamento) na encarnação (Fl 2, 68). Assim, solidariedade possui sua fonte no seio d o verb o en ca r n a d o envo l ven d o -s e participativamente com o ser humano. O Filho de Deus participa da vida do ser humano. Essa ação solidária de Jesus já é uma presença do Reino de Deus na história de seu povo estendendo-se para toda a humanidade. Os gestos de Jesus demonstram essa solidariedade como o lava-pés, a refeição compartilhada e a cruz assumida solidariamente para que não mais existam cruzes injustas na história da humanidade.


ACONTECEU

Jornal Coração Eucarístico - 1º de julho/2012 - 15

Festa do Sagrado Coração de Jesus

D

e 14 a 16 de junho, a Paróquia do Coração Eucarístico, celebrou o tríduo preparatório para a tradicional Festa do Sagrado Coração de Jesus, realizada dia 17, com a presença de inúmeros fiéis e devotos do Apostolado da Oração. As celebrações eucarísticas foram presididas pelos frades capuchinhos. Houve procissão percorrendo as principais ruas do Bairro Divinópolis e homenagem ao Sagrado Coração de Jesus, realizada pelos integrantes do Apostolado da Oração. A Coordenadora do Apostolado da Oração, Maria Marinalva, enfatizou: “Sou do Apostolado da Oração e realizo atividades em prol desse grupo, buscando levar às pessoas a devoção ao Sagrado Coração de Jesus,

divulgando as doze promessas aos devotos. Todo ano, celebramos essa festa numa data não fixa, ou seja, muda a cada ano. Na Liturgia da Igreja Católica, a festa da solenidade do Sagrado Coração de Jesus é comemorada na segunda sexta-feira, após a solenidade de Corpus Christi, portanto, dia 15 de junho. Mas, em nossa paróquia por causa da Festa de Santo Antônio, o “padroeiro popular” da paróquia do Coração Eucarístico, o tríduo do Sagrado coração de Jesus aconteceu de 14 à 16 de junho, encerrando dia 17 com animada festa reunindo centenas de participantes das comunidades integrandes da paróquia. Ser do coração de Jesus é ter a possibilidade de transmitir aos irmãos e irmãs o amor que Jesus tem por cada um de nós”, encerrou.

SEMEAR

As doze promessas do Sagrado Coração de Jesus Jesus deixou doze grandes promessas às pessoas que, aproveitando-se de Sua divina misericórdia, participassem das comunhões reparadoras das primeiras sextas-feiras. Não se sabe quem compôs a lista com as 12 promessas do Sagrado Coração de Jesus, tiradas das revelações de Nosso Senhor à santa. Sabe-se só que é fidedgnina-as promessas estão de fato contidas nas revelações- e que o trabaalho anônimo foi de grande mérito e utilidade. Normalmente conhecidas como as 12 promessas do Coração de Jesus, a mais importante é a 12ª chamada a Grande Promessa. São elas: 1ª Darei aos devotos do meu coração as graças necessárias ao seu estado ; 2ª Farei reinar a paz nas famílias ; 3ª Eu os consolarei em todas as tuas penas ; 4ª Serei o refúgio seguro durante a vida, sobretudo na hora da morte ; 5ª Derramarei copiosas bençãos ; 6ª Os pecadores acharão em meu coração a fonte e o ocesano infinito da misericórdia ; 7ª As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas ; 8ª E as almas elevar-se-ãp rapidamente a uma grande perfeição ; 9ª Abençoarei as casas em que se acharem expostas e forem veneradas a imagem do meu coração ; 10ª Darei aos sacerdotes o dom de tocar os corações mais endurecidos ; 11ª As pessoas que propagarem essaa devoção terão seus nomes escritos indelevelmente em seu coração ; 12ª O amor todo poderoso do meu coração concederá a graça da perseverança final a todos que comungarem na primeira sexta-feira do mês por nove meses seguidos ;

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16 - Jornal Coração Eucarístico - 1º de julho/2012

NACIONAL

Encontro da Vida Monástica e Contemplativa Encontro Nacional da Vida Monástica e Contemplativa, realizado entre os dias 16 a 19 de junho no Seminário Santo Afonso, dos Missionários Redentoristas, em Aparecida (SP). O evento foi uma iniciativa da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e Vida Consagrada da CNBB e teve como tema “Identidade, Mística e Missão”. MENSAGEM FINAL DO ENCONTRO NACIONAL DA VIDA MONÁSTICA E CONTEMPLATIVA 1 Reunidos em Aparecida, lugar privilegiado da manifestação da fé do povo brasileiro, e onde se pode sentir mais de perto a maternidade carinhosa de Maria, por iniciativa da Conferência dos Religiosos do Brasil e da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, com o incentivo e aprovação da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica, acolhidos calorosamente pela Igreja Local, expressamos nossa alegria e gratidão por esta oportunidade de comunhão e convívio fraterno, reflexão e partilha de experiências, oração e celebração, que nos foram proporcionados. Vemos em tudo isto a solicitude da Igreja para com nossas famílias religiosas.

2 Com o tema “identidade, mística e missão” e o lema “nossa pátria é o céu” (Fl

3,20), procuramos aprofundar a compreensão de que somos consagrados para responder ao olhar de amor do Senhor por todos nós: “não fostes vós que me escolhestes, fui eu que vos escolhi” (Jo 15,16). Somos gratos pelo chamado para a vida monástica e contemplativa, partilhado também por leigos que vivenciam nosso carisma na realidade secular. Reconhecemos que nossa fidelidade a Jesus exige sempre e de novo decisão e empenho, dimensões que marcam o povo de Deus que caminha na história, buscando corresponder à vida de cidadãos do céu (cf. Fl 3,20).

3 Empenhamo-nos por aprofundar a compreensão de nossa vocação particular na

Igreja, nossa identidade, mística e missão; o sentido de pertença e fidelidade criativa à Tradição de nossas famílias religiosas, a conservação do próprio patrimônio espiritual, a comunhão como possibilidade de experiência real do amor vivido e sua celebração diária na liturgia; a dimensão comunitária da experiência de fé, a corresponsabilidade no que diz respeito ao “único necessário” (Lc 10,42), cientes de que “nossa pátria é o céu” (Fl 3,20). Desejamos conservar, alimentar e aprofundar o amor, a fidelidade e a devoção filial à Igreja, ao sucessor de Pedro, em comunhão com a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Possamos, com a graça de Deus, receber a força de tornar visível pelo amor fraterno, a unidade da comunhão trinitária que nos abraça e abençoa. Reconhecemos humildemente a presença entre nós de atitudes contrárias às exigências

do seguimento radical de Nosso Senhor Jesus Cristo (cf. Fl 3, 18-19). Mas também temos a certeza de que Deus escolhe instrumentos frágeis para testemunhar no mundo seu amor (cf. 1Cor 1, 27-28), e acreditamos que Sua misericórdia é grande (1Pd 1,3). Somos desafiados no cotidiano pelas consequências da mudança de época em que 4 nos encontramos. Isso faz com que os critérios de compreensão, os valores mais profundos, a partir dos quais se afirmam identidades e se estabelecem ações e relações entrem em crise. Sentimos tal realidade influenciando e desafiando nossa forma de vida. Desejamos, portanto, que nosso testemunho discreto e simples de amor vivido em todas as suas manifestações, possa ser resposta oferecida por nossas comunidades religiosas ao mundo. Em especial, com a Igreja, através da participação em seu mistério pascal e da ascese e da solicitude orante pela humanidade, suas necessidades e intenções, acolhendo as angústias e dores, as alegrias e esperanças dos homens e mulheres de nosso tempo.

5 Confiamos na força do amor (cf. Ct 8,6). Por isso, “com os olhos fixos em Jesus”

(Hb 12,1), vislumbramos um futuro mais harmonioso nas relações entre hierarquia e carisma, dimensões constitutivas da Igreja. Incentivamos uma pedagogia de mútua apreciação, desde os seminários e casas de formação, até a criação de espaços de autêntico diálogo e mútua colaboração.

6 Renovamos nosso compromisso em testemunhar alegremente no silêncio da vida a

força da fidelidade a nossos carismas. Por isso, entre expressões antigas e novas de vida monástica e contemplativa, assumimos o desafio de dar continuidade à experiência da gratuidade do amor e da comunhão entre nós e nossas famílias religiosas, vivida nestes dias em Aparecida. Propomo-nos favorecer e fomentar o caminho aqui iniciado, sob as bênçãos da Senhora Aparecida, pois, reconhecemos que da Igreja recebemos a fé e a consagração; e nela, com gratidão e alegria, nos consagramos ao Senhor sem reserva, característica dos adoradores que o Pai procura. Fonte: CRB


PRONEB

Jornal Coração Eucarístico - 1º de julho/2012- 17

Dom frei Luís Gonzaga Silva Pepeu, OFMCap. ARCEBISPO DE VITÓRIA DA CONQUISTA PRESIDENTE DO REGIONAL NE-3 DA CNBB

FREI DAMIÃO E O PROCESSO DE BEATIFICAÇÃO

No domingo 17 de junho, foi realizada a 5ª missa no terreno do futuro memorial ao frei Damião de Bozzano, em Caruaru-PE. Este evento acontece todo 3º domingo de cada mês, e tem início às 6h, com uma caminhada para o terreno do memorial saindo do convento dos capuchinho com o frei Lopes. Neste mês de junho, a missa foi presidida pelo frei Jociel Gomes, que ao final anunciou aos presente que está viajando a Roma no domingo 25, para entregar ao postulador da causa junto ao Vaticano os documentos relativos ao pedido de reconhecimento pelo Papa, da beatificação do frei Damião de Bozzano.

O famoso e venerado missionário capuchinho do Nordeste, Frei Damião de Bozzano, morreu com fama de “Santo” no dia 31 de maio de 1997. Antes mesmo de seu falecimento era aclamado pelos devotos e romeiros como o “Santo do Nordeste”. Multidões de fiéis acorriam a frei Damião onde quer que ele estivesse, especialmente no Nordeste brasileiro. E o que motivava essas pessoas ir ver, escutar, falar com o missionário seguidor do Poverello de Assis? O tempo encarregar-se-á de responder. São 15 anos de sua partida para a Casa do Pai. Seus ensinamentos e testemunhos continuam vivos na memória e coração dos devotos e admiradores. Frei Damião está em processo de beatificação. Poderá receber da Igreja o título de Bem-aventurado ou Beato. É o reconhecimento de quem viveu e praticou as virtudes cristãs em grau heróico, sendo sua trajetória um modelo de virtude para a vida cristã. Com a concessão desse título, o Papa permite ao recém nomeado uma devoção pública limitada, com a inclusão de seu nome no calendário das festas litúrgicas da Igreja. A festa em devoção ao Bem-aventurado acontece em geral no dia do aniversário de sua morte, ocasião considerada como um nascimento para a vida eterna. A beatificação é uma etapa no processo para a canonização. O processo de beatificação de frei Damião encontra-se ainda na primeira fase, chamada “Fase Diocesana”, e deverá encerrar-se em maio deste ano de 2012. Esta primeira etapa do processo está sendo desenvolvida na Arquidiocese de Olinda e Recife, por ser a diocese onde morreu frei Damião. Para os trabalhos nessa fase foram nomeados pelos Capuchinhos um postulador, representado aqui por um vice-postulador, e uma comissão

histórica encarregada de reunir os testemunhos. Concluída a Fase Diocesana, inicia-se a “Fase Romana”, quando a documentação do processo de frei Damião será enviada para o Vaticano, para ser examinada pela Congregação das Causas dos Santos. Terminada essa etapa será nomeado um relator que preparará uma “Positio”, documento que resume a vida e os testemunhos sobre as virtudes do candidato. Com base nesse documento a Congregação fará o seu julgamento sob os pontos de vista histórico e teológico. Uma vez aprovada essa “Positio”, frei Damião tornar-se-ia Venerável e passaria para a fase propriamente da “Beatificação”. Para ser reconhecido como Bem-aventurado ou Beato, o eventual Venerável frei Damião precisará de um milagre que satisfaça as condições de instantaneidade (ocorrido logo após o pedido), perfeição (atendido completamente), durabilidade (a cura permanente) e preternaturalidade (a ciência não explica). Para a “Canonização” será necessário a confirmação de um segundo milagre, quando então o Bem-aventurado se torna um Santo. Portanto, é necessária a aprovação de um milagre adicional atribuído à intercessão do Bemaventurado. No momento da canonização, o Papa, em virtude da sua infalibilidade, declara que o Bem-aventurado está entre os santos do céu e inscreve o seu nome na lista oficial (cânon) dos Santos da Igreja. É nesse momento que a devoção pública ao Santo recém declarado estende-se à Igreja em todo o mundo. Para que o processo de beatificação do Missionário frei Damião vença todas essas fases, sendo da vontade de Deus, necessitará muito de orações, apoio econômico e comunicação de milagres alcançados por sua intercessão depois da morte.


18- Jornal Coração Eucarístico - 1º de julho/2012

ACONTECEU

Diocese de Caruaru promoveu encontro com Ministros da Eucaristia e Apostolado da Oração

N

o domingo 3 de junho, a Diocese de Caruaru realizou das 8h às 13h, no Santuário da Graça, encontro com ministros extraordinários da comunhão eucarística e apostolado da oração. Na ocasião também foi comemorado os 50 anos de criação do Seminário Nossa das Dores. A programação contou com momentos de acolhida, louvor, oração, além de reflexão dos diretores espirituais do Apostolado da Oração, Monsenhor Olivaldo Pereira e dos Ministros extraordinários da Eucaristia, Pe. Antonio Urbano. Além de palestra ministrada pelo seminarista Emanuel Rodrigues com o tema: A Palavra de Deus na vida dos discípulos-missionários , na qual abordou quatro aspectos para a vivência da Palavra no cotidiano do cristão: a voz da Palavra; o rosto da Palavra; a casa da Palavra e o caminho da Palavra. A seguir, o seminarista Jean Lucas proferiu um resgate histórico dos 50 anos do Seminário. Pe. Ademilton (Pio), reitor do Seminário Interdiocesano Nossa Senhora das Dores, conduziu a Hora Santa Vocacional com a participação de todos os seminaristas da Diocese de Caruaru. O evento culminou com a celebração eucarística da Solenidade da Santíssima Trindade presidida pelo bispo diocesano, Dom Bernardino Marchió que enfatizou: O apostolado da oração é uma das associações mais antigas da Igreja e sempre formou gerações de homens, mulheres e também jovens que incutiram a oração e se espelham no coração de Jesus. Através desse amor ao coração de Jesus atinge muitas pessoas, sobretudo os doentes, levando a todos a força do evangelho. Então, é muito importante que as pessoas valorizem o apostolado da oração em todas as paróquias. Sempre que vou a sítios e povoados, sobretudo, os afastados eu vejo as pessoas com a fita do sagrado coração de Jesus. Os ministros da eucaristia são indispensáveis também para o nosso trabalho nas paróquias. Por

isso, nós queremos, pelo menos uma vez por ano valorizar esses nossos irmãos que trabalham pela Igreja. A maioria dos ministros da eucaristia são membros do apostolado, portanto, nós os convidamos juntos para este encontro diocesano. De modo especial, dedicamos este momento ao Seminário Nossa Senhora das Dores, por ocasião da comemoração de seus 50 anos de criação, uma vez que esses grupos sempre colaboram com o seminário, ajudam e rezam pelas vocações . Para Maria do Carmo Alves, membro do Apostolado da Oração e ministra da comunhão, o encontro é motivo de integração de toda a diocese em torno da Palavra e da Eucaristia celebrada, porque traz um novo alento para quem está desanimado na caminhada. Participar de um encontro como este renova nossa vocação, pois, podemos experimentar a força da oração do povo de Deus por nós. Além de ser uma grande oportunidade para celebrar junto com esse

mesmo povo a benevolência do Senhor da messe para conosco ao longo desses 50 anos do nosso seminário , disse o seminarista, Helder Tôrres. Adjane Batista, integrante do ECC Nossa Senhora das Dores, equipe responsável pela acomodação e bem-estar dos participantes, finalizou: Pelo segundo ano, estamos colaborando neste evento diocesano.

www.paroquiacoracaoeucaristico.com.br paroquia.jornal@gmail.com


SAÚDE

Jornal Coração Eucarístico - 1º de julho/2012 - 19

TERAPIA POR ONDAS DE CHOQUE A Alternativa Não-Invasiva para as patologias crônicas cuja indicação seria a Cirurgia Dr. Sérgio Toledo Barbosa (ortopedista e médico do esporte)

Formado em 1972 pela Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco. Pós-graduação em Ortopedia e Traumatologia pelo Departamento de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Título de Especialista, pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Por décadas a aplicação das ondas de choque extracorpórea tem sido a primeira opção para a desintegração de cálculos renais. As pesquisas do impacto das ondas de choque em tecidos ósseo revelaram a estimulação dos fatores de crescimento sem lesionar o osso. Passou então a serem usadas as ondas de choque em ortopedia nas lesões chamadas entesopatias. AS INDICAÇÕES As Ondas de Choque tem sido utilizadas com sucesso nas seguintes indicações: • Pseudo-artroses (falta de consolidação das fraturas) • Retardo de consolidação óssea • Epicondilite radial e lateral (cotovelo de tenista e golfista) • Fascite plantar (esporão de calcaneo) • Tendinose calcarea (bursite do ombro) • Síndrome do manguito rotador * Bursite do quadril com ou sem calcificação • Achillodynia (tendinite calcarea do aquiles) • Tendinite Patelar com ou sem calcificação • Úlceas crônicas diabéticas, de decúbito e por compressão gesssada. Existem vários tipos de aparelhos com emissão de ondas eletrohidráulicas, radiais e piezoeletricas. Trabalho com dois tipos de ondas: eletro-hidraulicas (focalizadas) e radiais (não focalizadas). A primeira necessita do uso de anestesia local (como a usada por dentistas) e a radial não necessita de uso de anestesia. A possibilidade de cura vai de 75 a 80% dos casos tratados. Porém todos os pacientes são beneficiados, pois há uma melhora considerável, principalmente na ausência de crise agudas.

Dr. Kleber Oliveira Barboza CRM 9671 TEOT 7409 Ortopedia e Traumatologia Cirurgia da Mão e Microcirurgia Cirurgia dos Nervos Periféricos Av. Dr. Pedro Jordão, 33 Sala 719 12º andar - Maurício de Nassau Caruaru - PE CEP: 55012.640 81 3721.1390 (marcação 24 horas - 81 9402.7250) SOS Mão Recife - Tel: 81 3087.9595 klebercirurgiadamao@hotmail.com

Monserrate Laboratório de Análises Clínicas


20- Jornal Coração Eucarístico - 1º de julho/2012

INFORME

Crisma 2012 1º de julho, Domingo no convento às 9h CONVITE PARA O JUBILEU DA PARÓQUIA DO MONTE CARMELO Tema: Maria, Mulher e Mãe que acreditou: cuida deste povo que é teu.

Programação Estamos comemorando o nosso ano jubilar. Jubileu é um momento de ação de graças para a comunidade, neste ano devemos vive-lo com muita oração, devoção e revisão enquanto homem e mulher discípulos de Jesus Cristo. Convidamos todos os fies católicos para celebrarmos juntos este ano como muita contrição, rogando a Mãe do Carmelo que interceda ao seu Filho para continuar a missão que Ele nos delegou e ao mesmo tempo pedimos benção sobre todos os paroquianos.

Abertura da Festa 06/07/12 19h Chegada da Imagem peregrina da Mãe do Carmelo e procissão da bandeira saindo da casa da Srª Luzinete Florêncio 19h30 Concelebração eucarística presidida pelo Pe. Kennedy Amorim 07/07/12 06h Ofício de Nossa Senhora do Carmo 19h Recitação dos mistérios do terço 19h30 Celebração Eucarística presidida pelo Pe. Adeildo 08/07/12 06h Ofício de Nossa Senhora do Carmo 19h Recitação dos mistérios do terço 19h30 Celebração Eucarística presidida pelo Pe. Kennedy e pregação pelo Pe. Maurício 09/07/12 06h Ofício de Nossa Senhora do Carmo 19h Recitação dos mistérios do terço 19h30 Celebração Eucarística presidida pelo Mons. Guilherme 10/07/12 06h Ofício de Nossa Senhora do Carmo 19h Recitação dos mistérios do terço

19h30 Celebração Eucarística presidida pelo Pe. Edmilson Martiliano 11/07/12 06h Ofício de Nossa Senhora do Carmo 19h Recitação dos mistérios do terço 19h30 Celebração Eucarística presidida pelo Pe. Luiz Amaro 12/07/12 06h Ofício de Nossa Senhora do Carmo 19h Recitação dos mistérios do terço 19h30 Celebração Eucarística presidida pelo Pe. Francisco Xavier 13/07/12 06h Ofício de Nossa Senhora do Carmo 19h Recitação dos mistérios do terço 19h30 Celebração Eucarística presidida pelo Pe. Jair 14/07/12 06h Ofício de Nossa Senhora do Carmo 19h Recitação dos mistérios do terço 19h30 Celebração Eucarística com a celebração do Sacramento do Matrimônio presidida pelo Pe. Kennedy

15/07/12 06h Ofício de Nossa Senhora do Carmo 18h30 Grandiosa carreata percorrendo a comunidade do Salgado 19h Recitação dos mistérios do terço 19h30 Concelebração Eucarística presidida pelo Pe. Ademilton Solenidade de Nossa Senhora do Carmo 16/07/12 Abertura do Ano Jubilar 06h Alvorada festiva e repique dos sinos 06h30 Ofício festivo de Nossa Senhora do Carmo 07h30 Missa solene da Festa presidida pelo Pe. Kennedy Vestição do Escapulário de Nossa Senhora do Carmo Coral: Todos os corais da paróquia 12h Grande girândola e repique dos sinos 19h Solene Procissão com a imagem de Nossa Senhora do Carmo percorrendo as principais ruas da comunidade. 20h Solene Concelebração Eucarística presidida pelo nosso bispo diocesano Dom Bernardino Marchió Corais: Todos os corais da paróquia Quermesse: momento cultural com a cantora Rosimar Lemos


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