5 minute read

Adriano Ribeiro

Plano Diretor, o maior presente

O acachapante placar da aprovação da revisão do Plano Diretor de Florianópolis (19 votos favoráveis contra apenas 4 contra) mostra exatamente a ânsia que Florianópolis estava por um novo regramento para as coisas urbanas da nossa Capital. Como o vereador Gui Pereira (PSC) expressou em sua fala, o projeto foi adaptado daquele de 2014 e mais afrente será melhorado ainda mais, conforme a cidade vai mudando e exigindo novas mudanças.

Advertisement

A proposta, em sua origem, sem emendas, foi aprovada dia 22 de março, em primeira votação na Câmara da Capital e em 30 dias será submetida à segunda votação. Uma matéria que foi exaustivamente debatida com a sociedade em 14 audiências públicas realizadas pela prefeitura mais cinco realizadas pela Câmara, através das comissões técnicas. O prefeito Topázio Neto (PSD) atendeu ao Ministério Público e ampliou o número de audiências e participou de todas. O Conselho da Cidade e o Ipuf participaram da construção. Pode não ser a melhor proposta, mas já amplia, avança e melhora a área urbana da cidade.

A aprovação do novo Plano Diretor em primeira votação é o maior presente que Florianópolis poderia receber. Esse presen-

Presidente João Cobalchini (UB) te foi entregue por várias mãos. Algumas pessoas mais ilustres, outros nem tantos, como por exemplo, muitos técnicos que não aparecem para a foto. Mas, há que se registrar uma dessas figuras públicas que, sem sua coragem, a Capital não receberia esse presente. Falo do presidente João Cobalchini (UB). Quando assumiu a presidência da Casa já falava lá no início do ano que queria dar de presente para a cidade, no seu aniversário, a aprovação da matéria em primeira votação.

Sabia que não seria fácil. Chegou a ter pico de pressão alta, e teve que ir para o hospital. A pressão de várias frentes e interesses foi gigante. Na última hora, aparece o Ministério Público Federal (MPF). Depois que todo mundo teve tempo e espaço para opinar, como se fosse iluminado, o órgão tenta intervir. Tentou oficiar uma recomendação pela não aprova- nho Mello (PL). Ele lembrou que o programa vai torrar R$ 2 bilhões com o Sistema Acafe, mas, sua preocupação é que o Siste-

Ed, o nome do UB

Como adiantei com exclusividade, reunião dia 27 de março da Executiva do União Brasil referendou o nome do ex-vereador, Ed Pereira como o nome do partido para as tratativas com o objetivo de compor chapas ma-

Jorginho e

Topázio

ção. Recomendação que não tem força legal e como a própria vereadora Manu Vieira (Novo) externou em suas redes sociais, baseada em um processo sob sigilo. Como poderia um poder, o Legislativo, parar um processo que a cidade carece por capricho do MPF baseado em um processo que só eles conhecem. Não só a vereadora Manu ignorou a recomendação, como, acertadamente, o presidente João Cobalchini. Afinal de contas, poderes neste País só existem três: Executivo, Legislativo e Judiciário. MP não é poder. Mas, além da coragem em pautar a matéria, que já é muito, afinal de contas se ele não pautasse não teria votação, Cobalchini mostrou a desenvoltura de uma nova liderança ao conduzir a sessão ordinária de votação. É certo que as galerias não estavam repletas só de lideranças de esquerdas. O pessoal da direita e de entidades também se fez presente. Mas, ficou visível a tranquilidade com que o novo presidente comandou a sessão, com respeito a todos os vereadores, respeito ao Regimento Interno, sem gritaria, sem bate boca. Venceu a democracia, a política local pelo amadurecimento de uma Câmara sintonizada com a cidade e acima de tudo, Florianópolis.

ma Acafe não existe na Grande Florianópolis. “E as nossas pessoas carentes aqui, como serão atendidas”, disse.

Anda mais que afinado o namoro entre o prefeito Topázio Neto (PSD) e o governador Jorginho Mello (PL). Na inauguração da praça do Forte de São Luiz, semana passada, o senador Esperidião Amin (PP) brincou com o prefeito que ele tem que cobrar o “aluguel” do governador, pelo fato do Governo de SC ter suas instalações em Florianópolis. Topázio mostrou que entendeu a ironia e respondeu rapidamente que o governador está em dia com os pagamentos.

Não por nada Jorginho participou ativamente dos atos do aniversário da Capital, na inauguração da Escola do Rio Vermelho, cuja obra tem parte de recursos do Estado, na praça de São Luiz e outras ações. Nesta terça (28), no final do dia, prefeito e Estado inauguram a Policlínica da Mulher e da Criança. Mais uma ação fruto da parceria Estado-prefeitura. A Policlínica da Mulher e da Criança de Florianópolis, conta com a parceria da Secretaria de Estado da Saúde, e vai auxiliar na redução das filas de espera no Hospital Infantil Joana de Gusmão e na Maternidade Carmela Dutra.

Mas, não é só para o lado do PL do governador que Topázio Neto mira seu olhar. Também na inauguração da praça do Forte de São Luiz, o prefeito fez questão de entregar uma caixa com picolés de côco ao senador Espiridião Amin (PP), que os adora. São famosos os picolés que eram feitos pelo pai do prefeito, em estabelecimento ali ao lado da praça em uma Floripa de outros tempos. Esses que o prefeito entregou ao senador foram feitos pela sua própria mãe. Amin lembrou com saudosismo daquele tempo. Segundo ele, o picolé do pai do Topázio era famoso e era uma forma de substituir a cervejinha e tinha que ser mastigado e não chupado, pela quantidade de côco que vinha. Será que com os picolés o prefeito atingiu o coração do senador com vistas a 2024? joritárias nas eleições municipais do ano que vem. A tendência é que Ed dispute a indicação para compor como vice do atual prefeito Topázio Neto (PSD).

O ex-prefeito Gean Loureiro, presidente do partido, explica que o partido é base do prefeito Topázio e não faria sentido buscar um projeto contrário ao atual prefeito. O próprio Ed faz parte da atual administração, é o atual secretário de Cultura, Esporte e Turismo da Capital.

Vices

A verdade é que Gean Loureiro escolheu bem seu vice que está sabendo se posicionar politicamente e está com uma candidatura à reeleição já posta

EXPEDIENTE na mesa. A disputa vai ser pela indicação do seu vice. Também já escrevi que o PL, através do governador Jorginho Mello tenta se aproximar para indicar o vice e está adiantada nesta disputa a vereadora Maryanne Mattos. Mas, além de Ed e da vereadora há outros nomes, como o próprio vereador Gabrielzi-

A Câmara de Florianópolis estuda fazer um repasse para viabilizar uma ampliação da estrutura da Apae na Capital. A proposta foi debatida em plenário pelos vereadores nesta semana em que o presidente da entidade, Ricardo Mendonça, fez uso da tribuna a convite do presidente, João Cobalchini (UB), para falar da situação atual dos serviços ofertados.

Festa da elite

Totalmente elitizada a programação da Festa de Aniversário de Florianópolis. Maratona Cultural, show com Gilberto Gil, são atrações para intelectual, gente do asfalto. Até o Dazara- nha veio acompanhando por uma Camerata. Faltaram atrações para o povo, para o morro, para os bairros. Quem sabe ano que vem, que é ano eleitoral, o povo seja lembrado. nho, do Podemos. Todos os três nomes são da base da atual administração. Problema deles é que na política não existe pré-candidatura a vice, você se lan- ça a prefeito para lá na frente se tornar vice. Mas como se lançar a prefeito fazendo parte da base de outro prefeito. Situação estranha na política local.

This article is from: