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Adriano Ribeiro POLÍTICA

Decisão sobre a ponte atrapalha a Lagoa

O pedido do Ministério Público Federal de suspensão da obra da nova Ponte da Lagoa da Conceição, acatado pelo juiz Marcelo Krás Borges, da 6ª Vara da Justiça Federal foi criticado pelo líder do governo na Câmara Municipal, vereador Renato da Farmácia (PSDB) que entende que a obra não traz riscos ambientais, como argumenta o MPF, que também solicitou mais documentação. A prefeitura diz que já foi entregue toda documentação possível no processo de licitação, como autorização da Capitania dos Portos, bem como da Superintendência do Patrimônio da União em Santa Catarina - SPU e do Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina – IMA.

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O que indignou comunidade e lideranças da Capital foi a decisão ter sido proferida justamente na semana em que as máquinas iniciaram as primeiras atividades na obra. Isso, depois de um longo processo burocrático de licitação e conquista das licenças necessárias. “Todas as licenças já foram dadas, inclusive a SPU. Todas as autorizações estão dispostas e por isso a obra começou segunda-feira”, disse Renato. Como o MPF precisa ser questionado para fazer o pedido, Renato chegou a dizer que suspeita que essa provocação veio de pessoas ligadas a UFSC. “Eu mesmo recebi várias ligações de pessoas da universidade”, disse. O vereador, que tem base na Lagoa, lamentou. “Parece que nesta cidade nós não podemos andar pra frente”, disse. Ele ainda questionou a ação do MPF. “A história do MP nessa cidade, em alguns momentos, extravasa o próprio princípio que é da questão ambiental, que tanto o MP defende”, ponderou. “Ora, nós estamos construindo uma ponte nova, com maior vão hidráulico, maior altura, para justamente salvar a Lagoa, em função de toda poluição e falta de oxigenação e demais problemas que só serão resolvidos com esse maior vão hidráulico”, acrescentou, salientando que quer contar com a sensibilidade do MPF para que entenda a importância dessa ponte.

Uma espera de 43 anos

O vereador Renato continuou dizendo que é testemunha que a comunidade espera essa ponte há 43 anos. “Em 1979 quando cheguei na Lagoa e fui instalar minha pequena farmácia, diziam para mim o seguinte: ´aqui, não coloque a farmácia, porque vem uma nova ponte e você vai ter prejuízo´. Eu resolvi instalar a farmácia e está naquela região até hoje e a ponte não saiu”, lem- brou. Agora que tudo está ponto, licenciamento ambiental, licenciamento para a construção, dinheiro em caixa, empresa conceituada, o MPF acha que pode interromper, ponderou, dizendo que vê a ação até como criminosa. “Estão com um argumento que não tem nada a ver com a ponte. É um argumento da ação civil pública que é para construções que dependem de esgoto.

Boletos off

O vereador de Florianópolis, Afrânio Boppré (PSOL), trouxe um questionamento sobre a arrecadação do município. Segundo ele, a partir da mudança do software, com a contratação de uma nova empresa pela Secretaria da Fazenda, o sistema não está funcionando em sua plenitude. Ele relata reclamação de contribuintes que não conse -

Não é o caso da ponte. Ao contrário, a ponte vai melhorar a água”, pontuou o vereador.

Renato disse que a prefeitura vai se defender e vai inclusive fazer acusações. “Não se brinca com R$ 53 milhões que foram conseguidos para fazer a ponte. Não se brinca, e esse prefeito é corajoso com grandes obras e principalmente obras que estão há muito tempo penduradas”, finalizou.

Topázio preside o PSD

O presidente do PSD de SC, Eron Giordani, reuniu as lideranças partidárias, deputados estaduais e federais, para a primeira reunião da nova executiva, em

Florianópolis. No evento, Marlene Flenger passou para o prefeito de Florianópolis, Topázio Neto, oficialmente, o comando da executiva do PSD da Capital.

Ensino religioso

O vereador Diácono Ricardo (PSD) está iniciando uma cruzada para que o ensino religioso volte a constar com obrigatoriedade na grade curricular das escolas municipais de Florianópolis. “É preciso voltar o ensino religioso para as nossas escolas. Não estou dizendo que é o Católico, é ensino religioso, pode ser qualquer um que tenha Deus como foco”, frisou. Ele disse que já oficiou a Secretaria Municipal de Educação nesse sentido e não vai sossegar enquanto não conseguir o pedido aceito. Sabe que diante de tanta barbaridade de nossos jovens, a proposta não é nada fora da realidade. Mal, com certeza, não faria aos nossos jovens.

Trânsito travado

guem gerar boletos para pagar tributos municipais. “Estamos perdendo milhões ao dia em arrecadação”, comentou o socialista. Afrânio pediu explicação ao líder do governo.

Cinco em uma não deu

Curioso, no mínimo, o caso da vereadora de Florianópolis, Cíntia Mandata Bem Viver, do PSOL. Ela foi eleita através de um chamado Coletivo Bem Viver. Basicamente é um aglomerado de gente pedindo voto para um mandato, que, em tese, será compartilhado. Cinco outras mulheres ajudaram

EXPEDIENTE no processo eleitoral. Agora, depois de eleita, ela rompe com as antes aliadas e convida outras cinco mulheres para fazer parte do mandato. Diz que agora chama-se Cíntia Mandata Bem Viver e vida que segue. Será que é isso mesmo? Será que a Justiça Eleitoral não tem nada a dizer sobre isso?

O vereador Marquinhos da Silva (PSC) foi o único que se manifestou cobrando da prefeitura da Capital uma articulação para evitar que voltem a acontecer episódios como o ocorrido segunda-feira (10) no trânsito na Capital. Um caminhão de transbordo de lixo tombou no final da alça do elevado Dias Velho, já na avenida Gustavo Richard e com isso o fluxo de trânsito sentido saída da Ilha pela ponte Colombo Salles ficou comprometido por toda a tarde. O caminhão só foi retirado no final do dia.

O vereador lembrou que essa não foi a primeira vez que um caminhão com carga de lixo tomba exatamente naquele local. Para quem não lembra, a primeira vez se deu no primeiro mês de Topázio Neto (PSD) na condição de prefeito. “O prefeito deve buscar uma solução para isso. Quem sabe proibindo carga pesada no horário de pico”, disse. Com o acidente, os fluxos na Via Expressa e Beira-mar Norte, ambas sentido Continente, travaram e o congestionamento se espalhou por toda a Ilha.

Brigona

A metamorfose do mandato da vereadora Cíntia foi questionada em plenário nesta semana pelo vereador Jeferson Backer (PSDB). Ele também estranhou essa forma de se eleger, às costas dos outros. Mas, Backer também está de olho em Cíntia pela forma como a parlamentar se comporta no plenário. Segundo ele, muitas vezes aos berros e “com falta de educação”. Quando o vereador teceu os comentários a vereadora não estava no plenário. Quando usou a tribuna, ela não respondeu ao vereador.

NEGÓCIOS | Grande Florianópolis (SC), 15 de Abril de 2023

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