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Alunos do Senai conhecem a cadeia produtiva da indústria da madeira

Os alunos do curso de Aprendizagem Industrial de Operador de Processos Industriais da Madeira, do SENAI de Caçador, com orientação e auxílio dos professores Alexandre Fendt, Aline Risso Kojikoski, Rogerio Amantino Marinho de Melo e Ery da Silva Soares Filho, construíram uma estufa que recebeu mudas de pinus. Todo o processo está sendo realizado na disciplina de Fundamentos da Tecnologia da Madeira.

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A matéria é dividida em sete módulos que contemplam: a anatomia da madeira, sementes, plantio, viveiros de mudas, preparo do solo, inventario florestal, manejo de floresta.

Nas aulas práticas os alunos aprendem todos os processos e entendem melhor a importância econômica e social da indústria de base florestal.

Uma das alunas que está aprendendo mais sobre o processo é Isabelly Muller Padilha. “O curso de madeira está sendo uma experiência incrível para mim. A indústria da madeira que trabalha com a comercialização e produção de itens que possuem como matéria prima a ma- deira, portanto é importante aprender sobre plantio e a extração da matéria prima. No curso eu aprendi melhor sobre as colheitas de madeira e muito mais. Está sendo muito gratificante”, destaca.

O professor Alexandre revela que os alunos tem interesse pelo setor madeireiro. “Eles têm muita curiosidade sobre o assunto e como que é o processo da indústria, que envolve desde a colheita das sementes até o processo de industrialização da madeira”, diz.

Mas um dos grandes desafios dos professores é mudar a visão sobre a indústria da madeira. A professora Aline comenta que a visão que os alunos trazem quando chegam ao Senai é aquela que seus familiares comentam. Uma visão limitada a função que cada familiar exerce dentro da indústria. Não todo o processo. “Com o desenrolar das atividades, a curiosidade é despertada e eles conseguem visualizar o potencial da madeira. Descobrem através das várias fases do processo, que vão desde a seleção de sementes até o produto final, a infinita gama de possibilidades que a madeira oferece”, relata.

Por meio de atividades práticas, relatos, visitas e outras ações, os professores do SENAI mostram para os alunos todo o potencial que é a indústria madeireira e como ela se transformou ao longo dos anos. “De trabalhos basicamente manuais a uma produção automatizada em grande escala. Perdem a visão de que o ramo madeireiro é apenas “trabalho braçal” e conseguem ver as mudanças tecnológicas unidas a criatividade, criando cenários com vasto potencial a ser explorado”, salienta o professor Ery.

Ele ressalta que o objetivo do curso é tornar esse mercado amplamente conhecido e competitivo. “E isso só é possível com o amplo apoio que recebemos da indústria madeireira que busca sempre melhores qualificações profissionais”, completa.

A aula prática Na aula prática da disciplina de Fundamentos da Tecnologia da Madeira os alunos aprendem que as sementes de pinus são capturadas na floresta e depois elas passam por uma classificação. Depois de classificadas, as sementes são armazenadas em locais que tenham temperaturas negativas de 3 a 5 graus. Nessa fase, a semente começa o processo de dormência que pode durar vários meses.

Após definida a quantidade de mudas a serem plantadas, as sementes são retiradas do freezer e colocadas em um recipiente com água em temperatura ambiente, onde permanecem, em média, dois dias. Durante esse tempo as sementes passam por nova avaliação, agora de fertilidade (as sementes que emergirem são as sementes férteis e as que flutuarem são sementes estéril).

Depois, as sementes aprovadas são mergulhadas em recipiente com água quente para fazer o processo de quebra de dormência. Esse choque de temperatura faz a quebra do tegumento, permitindo que a água, luz e os nutrientes entrem dentro do embrião para começar o processo de germinação. Após esse processo, as sementes voltam a geladeira em temperatura de 0º graus, por um período máximo de 21 dias.

Na continuidade do processo de plantio, as sementes são passadas no talco, pois como a semente e o substrato são da mesma cor, é necessário destacar a semente antes de colocá-la nos tubetes usados no plantio. Plantadas as sementes nos tubetes, estas são levadas ao viveiro, onde é feita a irrigação diária. O local tem que ser coberto com uma tela sombrete. As mudas podem ficar nesse local até mais ou menos três meses, devendo ser remanejadas para as áreas destinadas ao reflorestamento.

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