Guia do Empresário 2009

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EDIÇÃO REGIÃO DE LEIRIA

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GUIA DO EMPRESÁRIO '09 | INVESTIMENTO PÚBLICO NA DINAMIZAÇÃO DA ECONOMIA

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UMÁRIO EDIÇÃO REGIÃO DE LEIRIA

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GUIA DO EMPRESÁRIO '09 | INVESTIMENTO PÚBLICO NA DINAMIZAÇÃO DA ECONOMIA

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Ficha Técnica | DIRECTOR Francisco Rebelo dos Santos DIRECTOR EXECUTIVO João Carreira EDIÇÃO E TEXTOS Cláudio Garcia

Inves�mento Público na Dinamização da Economia

FOTOGRAFIA Joaquim Dâmaso Sérgio Claro Arquivo DIRECÇÃO COMERCIAL Alda Moreira PUBLICIDADE Alda Moreira Ana Paula Gomes António Cardoso João Agrela Luis Vieira Mário Coelho PROJECTO GRÁFICO foradoras.com IMPRESSÃO Mirandela, SA

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TIRAGEM 40.000 exemplares

Es­ta re­vis­ta é suplemento integrante da edi­ ção nº 3792 de 20 de Novembro de 2009 do se­ma­ná­rio Região de Leiria e da edição nº 170 de 20 de Novembro de 2009 do diário i. Não po­de ser ven­di­da se­pa­ra­da­men­te.

Mais ou menos Estado? Investimento público cresceu menos que o esperado A guerra dos 11 dias Entrevista - Vieira da Silva, ministro da Economia Quem arrisca perder o comboio? Privilegiar as pequenas obras, por Luís Mira Amaral O mito das infra-estruturas milagrosas, por João César das Neves Mais obra pública? Não, obrigado, por Henrique Neto Novas estradas para velhas ambições Dar prioridade ao fundamental, por Almeida Henriques Um aeroporto ao centro, por David Catarino O modo como se faz, por Jorge Carpinteyro Educação é o factor-chave, por Nuno Mangas O que está a mudar nas nossas cidades? Há hoje outra solução?, por José Ribeiro Vieira Concluir ciclo urbanístico, por Fernando Carvalho Saúde lidera intervenções no Oeste Próximos anos, desafios exigentes, por Licínio de Carvalho Uma dose de esperança e outra de cepticismo, por José Alves Apoios às empresas totalizam 7,3 mil milhões Um papel preponderante, por Paulo Gonçalves Maior valor acrescentado, por Basílio Horta Meta: 25 mil empregos Por dentro: Triplenet Função essencial do Estado, por Rocha de Matos Uma revolução do básico ao secundário A bola e a roda que giram sem parar, por Paulo Fernandes Ventos de mudança A lógica do aeroporto de Fátima, por Pedro Pereira Por dentro: Eneólica É decisivo estimular as exportações, por Leonel Costa Pagar a intervenção com inovação, por Joaquim Paulo Conceição Por dentro: Marmalcoa Prioridade à eficiência, por Mário Barreiros Por dentro: José Coutinho Decidir e executar, por Ana Pacheco Não me tires o Sol, por Natália Canadas Elementar, meu caro Watson, por Carlos Silva Cenário tem de ser alterado, por Artur Ferraz Mudar mentalidades, por António Mendes Lopes Adeus aos campeões do liberalismo, por Avelino Sousa Lopes Fórum - Perspectivas para 2010 Quem é quem nas maiores e melhores empresas

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Abertura |

MAIS OU MENOS Estado?

A crise financeira que desembocou numa crise económica, alimentada por inúmeros escândalos mundiais e nacionais, relançou a discussão pública e política sobre o público e o privado.

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João Carreira Director Executivo do Região de Leiria

Mais ou menos Estado? À esquerda, fizeram-se ouvir muitas vozes saudando o regresso de um melhor Estado, capaz de assegurar a regulação de um sector privado dado à selvajaria capitalista. À direita, a maioria constatou a incapacidade do poder público em responder à exigência de uma sociedade cada vez mais complexa e pede menos Estado, sublinhando que só os privados podem alavancar a economia e restituirlhe a saúde, investindo. Hoje, discutem-se estas duas vias, mas também se o caminho a trilhar num momento complexo e difícil como este em que vivemos deve ser iniciado pelo exemplo do Estado. Faltando liquidez num momento de desconfiança financeira e em tempos pouco dados a aventuras, deverá ser o investimento público a mexer com a economia? O exemplo do Estado, investindo escrupulosamente o dinheiro dos contribuintes, dará depois lugar ao investimento privado? As obras públicas terão um efeito dominó, criando

condições de crescimento e de confiança no seio do sector privado? Ou, pelo contrário, a sua acção servirá apenas para adiar o inevitável, remendado o que só tem remendo se for deixado exclusivamente nas mãos dos privados? A resposta à dimensão social que se agravou após a recessão joga-se sobretudo aqui, neste caminho em que as perguntas infelizmente só farão realmente sentido depois das respostas terem sido dadas. •



Balanço | Com o Presidente da República, Cavaco Silva, a pedir produtividade e objectividade no investimento público, o primeiro-ministro José Sócrates definiu claramente a estratégia do Governo: combater a crise, relançar a economia e promover o emprego, eis a

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prioridade número um.

INVESTIMENTO PÚBLICO cresceu menos que o esperado

Para José Sócrates, “não haverá relançamento da economia sem o contributo decisivo do Estado e do investimento público”. Disse-o no discurso de apresentação do programa do executivo para a legislatura 2009-2013, acrescentando que “seria um erro muito grave retirar em plena crise os estímulos e os apoios especiais do Estado à economia, às empresas e ao emprego”. Por isso, o Governo aposta na requalificação e modernização do parque escolar, na construção de equipamentos sociais e de saúde, nas energias renováveis, nos sistemas de saneamento e abastecimento de água, nas redes de nova geração, no apoio a 30 mil PME por ano. E dedica a fatia maior do esforço financeiro às infra-estruturas de transportes: as linhas prioritárias de alta velocidade (Lisboa-Madrid e LisboaPorto-Vigo), a requalificação do transporte ferroviário convencional, o novo aeroporto de Lisboa, a execução do Plano Rodoviário Nacional. Há quem veja neste último pacote de investimentos um passo em diecção ao precipício: é o caso dos economistas, docentes e empresários no manifesto dos 28, alguns deles ex-governantes. Entre outros, Eduardo Catroga, Miguel Cadilhe, Silva Lopes, Medina Carreira, Luís Campos e Cunha, Henrique Neto e João Salgueiro escrevem que “o interesse nacional exige uma reavaliação profunda dos mega-projectos públicos no sector dos transportes, das suas prioridades e calendáros”, isto porque produzem elevados impactos na dívida externa, e na dívida pública”, eliminando a oportunidade de atacar as verdadeiras fraquezas estruturais o país. Várias vezes referido pelo Governo como

o principal instrumento de combate à crise económica, o investimento público estava, conhecidos os dados referentes a metade do ano, a apresentar uma evolução bastante mais moderada do que a prevista no Orçamento do Estado para a totalidade de 2009. De acordo com os dados das contas nacionais (em contabilidade nacional) apresentados recentemente pelo INE e analisados pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) da Assembleia da República, o investimento público total realizado correspondeu, durante os primeiros seis meses de 2009, a 1,9 por cento do PIB (semestral), um valor muito próximo do registado no mesmo período do ano passado (1,8 por cento do PIB) e bastante abaixo dos três por cento do PIB (anual) que o executivo tem como objectivo para 2009. Em termos absolutos, o investimento público cresceu quatro por cento durante o primeiro semestre de 2009 face a período homólogo do ano passado, quando o objectivo do Governo para a totalidade do ano é de um crescimento na ordem dos 33 por cento. Se o ritmo de crescimento dos primeiros seis meses do ano se repetisse na segunda metade de 2009, isso significaria que o investimento público anual ficaria 1050 milhões de euros abaixo do orçamentado. Ainda assim, as previsões para o défice apontam já para valores acima de oito por cento. •



Análise | Três manifestos em onze dias. No final de Junho, a escalada na troca de argumentos entre economistas e economistas, e ainda académicos de outros quadrantes do saber, colocou princípios liberais e keynesianos face a face, com a bondade do investimento público

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como pano de fundo.

Manifestos

A GUERRA dos onze dias

No primeiro manifesto, 28 economistas e gestores pediram ao Governo para parar e repensar. Colocando em causa os grandes projectos, escreviam Eduardo Catroga, Miguel Cadilhe, Silva Lopes, Medina Carreira e Campos e Cunha. Mas logo surgiram outros dois documentos, com 52 e 31 subscritores, sustentando o oposto. “Defendemos, como economistas, que o interesse nacional exige uma reavaliação profunda dos mega-projectos públicos no sector dos transportes, das suas prioridades e calendários” – assim resumiram os 28 economistas a substância do primeiro manifesto que se debruçou sobre o papel do investimento público na dinamização da economia. Augusto Mateus, Daniel Bessa, Henrique Medina Carreira, Henrique Neto, João Salgueiro, entre outros, consideram que “a insistência em investimentos públicos de

baixa ou nula rentabilidade, e com fraca criação de emprego em Portugal, não é o caminho correcto no combate à crise económica”. Estratégia de alto risco São projectos “que exigem a mobilização de recursos avultados, com elevados impactos na dívida externa, e na dívida pública, e com custos de oportunidade significativos no ataque às nossas verdadeiras fraquezas estruturais e no crescimento sustentado da economia”. Trata-se, dizem, de alto risco para os contribuintes e para a própria sustentabilidade financeira do Estado português. Silva Lopes, Luís Campos e Cunha, Miguel Beleza, Mira Amaral, Miguel Cadilhe e Rui Moreira, por exemplo, alegam que as opções de investimento público devem


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Economistas contra economistas. Manifestos e contra-manifestos. O Verão começou quente com um levantamento na sociedade civil em torno do TGV, do novo aeroporto e de outros grandes projectos. Personalidades de vários quadrantes do saber lançaram o debate sobre o investimento público: a melhor estratégia anticrise ou um risco mal calculado?

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responder a uma questão chave: num quadro de recursos limitados, “onde devemos investir nos próximos dez anos, prioritariamente, para solucionar os verdadeiros estrangulamentos estruturais da economia portuguesa e assim aumentar a taxa potencial de crescimento económico?” O manifesto dos 28 aponta que a melhoria da qualidade do investimento é um imperativo. Isto porque o empobrecimento relativo do País vem criando uma situação de mal-estar social, estagnação dos níveis de vida e aumento do desemprego. E porque o novo contexto iniciado pela crise internacional representa o fim da era do endividamento fácil. “Em face das necessidades dos próximos anos, é muito duvidoso que os grandes projectos de investimento público possam ser considerados urgentes”, escrevem. A prioridade, adiantam então, deve ser o reforço das políticas públicas que promovam o aumento da produtividade e da competitividade, tais como a reforma do sistema de justiça, a reforma das administrações públicas, a melhoria da qualidade do sistema educativo, e o fomento da inovação.


“Em face das necessidades dos próximos anos, é muito duvidoso que os grandes projectos de investimento público possam ser considerados urgentes. Seria ainda mais irresponsável não aplicarmos os recursos financeiros mobilizáveis nos próximos anos em investimentos prioritários para a melhoria da competitividade nacional, para o aumento do rendimento nacional e para o controlo a prazo da dívida externa”, destacam os 28 economistas.

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“Tendo em conta uma taxa de investimento que é o dobro da taxa de poupança nacional bruta, um défice externo anual elevado e uma dívida externa em crescimento explosivo, seria ainda mais irresponsável não aplicarmos os recursos financeiros mobilizáveis nos próximos anos em investimentos prioritários para a melhoria da competitividade nacional, para o aumento do rendimento nacional e para o controlo a prazo da dívida externa, destacam os 28 economistas. Em defesa do papel do Estado O manifesto dos 52, segundo na cronologia, mas primeiro na defesa do investimento público, nota que “a contracção da procura é agora geral e o que parece racional para cada agente económico privado – como seja adiar

investimentos porque o futuro é incerto, ou dificultar o acesso ao crédito, porque a confiança escasseia – tende a gerar um resultado global desastroso”. Nomes como Manuel Brandão Alves (economista, professor catedrático no ISEG), André Freire (politólogo, professor auxiliar no ISCTE), José Reis (economista, professor catedrático na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra) ou Boaventura de Sousa Santos (sociólogo, professor catedrático na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra) escrevem que o combate ao desemprego tem de ser o objectivo central da política económica: “Uma taxa de desemprego de 10% é o sinal de uma economia falhada, que custa a Portugal cerca de 21 mil milhões de euros por ano – a capacidade de produção que é desperdiçada, mais a despesa em

custos de protecção social. Em cada ano, perde-se assim mais do que o total das despesas previstas para todas as grandes obras públicas nos próximos quinze anos”. Os 52 alegam que não é possível neste momento enfrentar os problemas da economia portuguesa sem dar prioridade à resposta às dinâmicas recessivas de destruição de emprego, uma iintervenção que passa pelo investimento público económica e socialmente útil. A aplicação de recurso públicos, explicam, também abre caminhos para o futuro e é precisamente em nome das gerações vindouras que, na opinião dos subscritores, se torna necessário exigir um esforço internacional para sair da crise e desenvolver uma política de pleno emprego. “Respondemos a esta ameaça de deflação e de depressão propondo um vigoroso estímulo contracíclico,

MANIFESTO 1 28 economistas e gestores pediram ao Governo para parar e repensar. Colocando em causa os grandes projectos, escreviam Eduardo Catroga, Miguel Cadilhe, Silva Lopes, Medina Carreira, Luís Campos

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e Cunha, Augusto Mateus, Daniel Bessa, Henrique Medina Carreira, Henrique Neto, João Salgueiro: “A insistência em investimentos públicos de baixa ou nula rentabilidade, e com fraca criação de emprego em Portugal, não é o caminho correcto no combate à crise económica”. •



coordenado à escala europeia e global, que só pode partir dos poderes públicos”, lê-se no documento. “A estratégia pública mais eficaz”, afirmam, “assenta numa política orçamental que assuma o papel positivo da despesa e sobretudo do investimento, única forma de garantir que a procura é dinamizada e que os impactos sociais desfavoráveis da crise são minimizados”. Para onde canalizar o investimento? Projectos com impactos favoráveis no emprego, no ambiente e no reforço da coesão territorial e social, como a reabilitação do parque habitacional,

expansão da utilização de energias renováveis, modernização da rede eléctrica, projectos de investimento em infra-estruturas de transporte úteis, com destaque para a rede ferroviária, investimentos na protecção social que combatam a pobreza e que promovam a melhoria dos serviços públicos essenciais como saúde, justiça e educação. Parar é sacrificar o futuro? O título do terceiro manifesto não podia ser mais directo: “Portugal necessita de investimento público estratégico. Parar é sacrificar o futuro”. A saturação do

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MANIFESTO 2

“Uma taxa de desemprego de 10% é o sinal de uma economia falhada, que custa a Portugal cerca de 21 mil milhões de euros por ano – a capacidade de produção que é desperdiçada, mais a despesa em custos de protecção social. Em cada ano, perdese assim mais do que o total das despesas previstas para todas as grandes obras públicas nos próximos quinze anos”, aponta o manifesto dos 52.

O manifesto dos 52, segundo na cronologia, mas primeiro na defesa do investimento público, nota que “adiar investimentos porque o futuro é incerto tende a gerar um resultado global desastroso”. Nomes como Manuel Brandão Alves André Freire, José Reis ou Boaventura de Sousa Santos escreviam que o combate ao desemprego tem de ser o objectivo central da política económica. •


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A opinião de 31 académicos: “Uma economia como a portuguesa, pequena, aberta e periférica no contexto europeu, é fortemente tributária do investimento público e do papel estratégico do Estado para a criação de um contexto atractivo e das condições favoráveis ao desenvolvimento da iniciativa empresarial interna e externa”

aeroporto da Portela é considerada uma evidência e em relação ao TGV é dito que Portugal não pode ficar de fora da rede europeia de alta velocidade, a bem da mobilidade dos cidadãos e da fluidez no transporte de mercadorias. Para Luís Nazaré, António Mendonça e Brandão de Brito, entre outros, Portugal confronta-se com uma dupla crise. A resposta à crise conjuntural exige políticas de contenção dos impactos mais negativos no plano económico e social e de ajuda à retoma, as quais não poderão deixar de se repercutir, como está a acontecer, na deterioração do défice interno e externo. A crise estrutural, por seu turno, impõe respostas mais profundas e de natureza estratégica, que devem privilegiar a diminuição das vulnerabilidades que têm vindo a ser evidenciadas pela economia portuguesa e pelo seu tecido empresarial. “Uma economia como a portuguesa, pequena, aberta e periférica no contexto europeu, é fortemente tributária do investimento público e do papel estratégico do Estado para a criação de um contexto atractivo e das condições favoráveis ao desenvolvimento da iniciativa empresarial interna e externa. Esta, da qual depende em larga medida a produção de bens transaccionáveis, será cada vez mais sensível à qualidade da envolvente económica geral e à fluidez das ligações logísticas entre Portugal e o exterior. Por terra, pelo ar e pelo mar”, refere o manifesto dos 31. Os subscritores – como José Penedos,

Consiglieri Pedroso, Murteira Nabo e Fernando Freire de Sousa, Almerindo Marques, Filipe Soares Franco – acham que parar os grandes projectos significa continuar a hipotecar o futuro do País a uma visão conservadora que recupera o essencial do pensamento económico que “esteve na base do nosso atraso estrutural”. Pelo contrário, justificam a aposta num projecto integrado e coerente de modernização e criação de novas infra-estruturas estratégicas – dirigidas aos meios terrestre, aéreo e marítimo – com três ordens de razão: “Em primeiro lugar, porque irá permitir reforçar e dar maior coerência ao tecido económico e empresarial, superando constrangimentos (…) em segundo lugar, porque constituirá uma excelente oportunidade de valorização e integração das novas apostas nos campos tecnológico, energético e ambiental (…) em terceiro lugar, porque Portugal não pode alienar ou adiar a sua participação nas redes logísticas internacionais nem malbaratar a qualidade singular de um dos seus maiores recursos - a posição geoestratégica”. •

MANIFESTO 3 “Portugal necessita de investimento público estratégico. Parar é sacrificar o futuro”. A saturação do aeroporto da Portela é considerada uma evidência e em relação ao TGV é dito que Portugal não pode ficar de fora da rede europeia de alta velocidade, a bem da

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mobilidade dos cidadãos e da fluidez no transporte de mercadorias. Assinam Luís Nazaré, António Mendonça e Brandão de Brito, José Penedos, Consiglieri Pedroso, Murteira Nabo e Fernando Freire de Sousa, Almerindo Marques e Filipe Soares Franco, numa lista de 31 subscritores. •



Vieira da Silva

Ministro da Economia Natural da Marinha Grande, onde nasceu há 56 anos, José António Vieira da Silva abraça um novo desafio no Governo, ao transitar do Ministério do Trabalho e da Solidarieda-

ISCURSO IRECTO

de Social, que liderava desde 2005, para se tornar o novo ministro da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento.

“Precisamos de exportar mais e melhor”

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Qual o principal desafio que se coloca hoje à sociedade portuguesa? A sociedade portuguesa está colocada perante um duplo desafio. Não julgo que seja adequado identificar um único. Há um duplo desafio que se coloca no mesmo espaço temporal. Em primeiro lugar, dar resposta à crise económica que atravessou o mundo inteiro que se fez igualmente sentir na sociedade portuguesa. Em segundo lugar, avançar o mais rapidamente possível na modernização das nossas estruturas económicas e do tecido empresarial, nomeadamente, adaptando-os a uma realidade económica mais exigente e mais competitiva. É, pois, este duplo desafio, sair da crise e continuar a modernização da sociedade portuguesa, que constitui, a meu ver, o principal objectivo de todas as políticas públicas.

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Vai ser um ministro anti-crise? Como? A pasta da economia é naturalmente uma pasta que, pela sua própria amplitude e ambição, terá inevitavelmente como objectivo mobilizar todos os instrumentos das políticas públicas para combater a crise económica. Portugal tem vindo a dar sinais positivos da saída da recessão. Há dois trimestres sucessivos em que isso se verifica com crescimentos progressivos da criação

de riqueza, mas obviamente que isto ainda é o início daquilo que precisamos fazer para que se possa afirmar que ultrapassámos a crise económica e estamos já em plena fase de crescimento económico. Isto é possível agindo com apoio ao tecido empresarial para fazer face à crise que atravessa. Agindo no apoio à modernização desse mesmo tecido, principalmente voltando a nossa actividade económica para uma maior presença quantitativa e qualitativa nos mercados internacionais, ou seja, não precisamos apenas de exportar mais, precisamos de exportar melhor. Precisamos de produtos e serviços com maior riqueza, maior valor acrescentado, maior capacidade de criar emprego qualificado. Claro que a resposta à crise não se esgota na área da economia. Outras áreas, como a social ou a financeira, têm também um papel decisivo para podermos ultrapassar esta fase difícil que todos vivemos com perspectivas para que a recuperação seja mais rápida e sustentada.

O Governo está em condições de reforçar os apoios à internacionalização e à exportação? As medidas que o Governo lançou e vai lançar e reforçar no apoio ao tecido

empresarial, compreendem um objectivo fundamental de facilitar o acesso aos mercados externos, nomeadamente, através de um maior envolvimento dos institutos e empresas públicas – como o IAPMEI e a AICEP – numa relação de maior proximidade com as empresas. A criação das Lojas do IAPMEI em todo o território do país, direccionadas para o acesso aos apoios à exportação; o reforço do programa INOV Export, apoiando a colocação de jovens técnicos em PME; e o forte investimento na promoção das empresas nos mercados externos, com a participação em diversos eventos e com o envolvimento dos serviços públicos e das associações empresariais nessa promoção, são exemplo desta aposta no reforço dos apoios à internacionalização e à exportação para a economia nacional.

De que modo se resolve o problema do défice de competitividade e produtividade nas empresas? Não há uma fórmula mágica, nem uma resposta única, para a promoção da competitividade e da produtividade na nossa economia. Há, no entanto, a meu ver, alguns factores que são decisivos. Desde logo, a capacidade de orientar a produção de bens e serviços para áreas económicas, para sectores de actividade


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ou produtos que sejam mais sustentáveis do ponto de vista da sua competitividade. Isto quer dizer que devemos reorientar o nosso padrão económico, o nosso padrão de especialização para uma economia com maior valor acrescentado, com maior diversificação dos produtos, e diferenciação desses mesmos produtos, ao fim ao cabo, com maior incorporação de valor. Os instrumentos para favorecer essa mudança da nossa especialização são vários. Passam pela incorporação de mais e melhor tecnologia, maior capacidade de trabalho em rede das empresas portuguesas e passa, necessariamente, por uma valorização da qualificação dos recursos humanos. Provavelmente, essa área é aquela em que temos um défice mais profundo e significativo. As mudanças na formação inicial dos nossos jovens, o envolvimento das centenas de milhar de portugueses que estão neste momento a trabalhar no domínio das Novas Oportunidades, a mobilização dos recursos financeiros

para que a nossa escola, a nossa ciência e inovação sejam mais produtivas, efectivas e mais mobilizadoras, são obviamente instrumentos para este reforço da competitividade e da produtividade. Finalmente, não podemos deixar de, uma vez mais, salientar que nesta fase este esforço tem de ser conduzido ao mesmo tempo que se combatem as dificuldades de acesso ao crédito, que são próprias de uma crise economia.

O reforço do investimento público é a única estratégia para dinamizar a economia portuguesa?

A dinamização da economia portuguesa não se esgota numa única estratégia. Apostar no investimento público é uma estratégia necessária, porque é aquela que permite que, numa altura em que o investimento privado tem mais dificuldades em se afirmar como motor da economia portuguesa, vem, não digo substituir, mas impulsionar esse investimento. O

investimento público é um factor de dinamização da economia no curto prazo, mas é, e deve ser, um factor de modernização da economia a médio e longo prazo. É por isso que temos de saber escolher bem as áreas onde o investimento público se concretiza, nomeadamente, no nosso sistema educativo, no nosso sistema de saúde, na aproximação da economia portuguesa às economias da Europa, no reforço das acessibilidades e nas redes no domínio da sociedade do conhecimento e da informação. Tudo isso são áreas que para além de terem importância do ponto de vista do curto prazo na dinamização da economia e do emprego, têm um papel decisivo para que possamos construir uma economia e uma sociedade com mais capacidade de sustentadamente crescer e desenvolver-se no futuro e dessa forma aproximar-se dos desempenhos das economias e das sociedades mais desenvolvidas da Europa. •


o nascimento de uma nova estação ferroviária em Leiria, uma das três cidades contempladas com paragens intermédias (as outras são Coimbra e Aveiro).

relativos a contingências. Com uma procura estimada de 12,2 milhões de pessoas, 2015 é o ano apontado para activação do serviço. Responsável pelo desenvolvimento e coordenação de trabalhos relacionados com o projecto, a RAVE considera que são obtidos importantes benefícios sócio-económicos e ambientais, com a transferência de passageiros e mercadorias para o modo ferroviário, a redução do tempo de viagem e da sinistralidade rodoviária, bem como com a diminuição de emissões poluentes e a melhoria da qualidade do ar. Serão transferidos da Linha do Norte os comboios de longo curso, libertando capacidade para comboios de mercadorias, suburbanos e regionais.

Oportunidade para a indústria

Os custos totais calculados inicialmente para a introdução da ferrovia de alta

Leiria está na rota da alta velocidade em ferrovia. O corredor Lisboa-Porto prevê uma paragem intermédia na cidade do Lis, o que vai fazer nascer uma nova estação. Por tabela, chega finalmente a modernização da Linha do Oeste.

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velocidade vai implicar

O projecto prevê a articulação com a Linha do Oeste com possibilidade de transbordo de passageiros, o que introduz a necessidade de uma variante de 11 km entre a Linha do Oeste e a nova estação de Leiria. Em Setembro, foi emitida, pelo Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, a Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável, significando isto que está aprovado ambientalmente o corredor entre Lisboa e Pombal. De acordo com os estudos iniciais, a linha Lisboa-Porto em alta velocidade permitirá velocidades na ordem dos 300 km por hora, reduzindo o tempo de viagem para uma hora e 15 minutos (tempo actual: 2h35m). São 4,7 mil milhões de euros de investimento, incluindo 20 por cento

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da ferrovia de alta

QUEM ARRISCA perder o comboio?

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Análise | A ligação Lisboa-Porto

TGV


velocidade em Portugal ascendiam a 7,7 mil milhões de euros incluindo as contingências (para três linhas: LisboaPorto, Lisboa-Madrid e Porto-Vigo). Por quê investir com esta conjuntura económica e após tamanho esforço para controlar o défice público? É a própria RAVE que pergunta, na respectiva página na internet. Resposta: “a União Europeia aposta fortemente numa rede europeia de alta velocidade. O adiamento só agravaria as possibilidades de Portugal recuperar o atraso em modernidade e competitividade que mantém, adiando, simultaneamente, uma oportunidade única para a criação de um número significativo de postos de trabalho e de desenvolver a inovação, a tecnologia, a competitividade da economia e a coesão social e territorial do país”. As infra-estruturas a construir são

sustentáveis? “As projecções financeiras realizadas, baseadas nos níveis de procura e nos custos operacionais estimados para cada linha garantem, em ambos os casos, um excedente operacional que permite fazer face aos encargos com a exploração e manutenção”, afirma a RAVE. No entanto, o cas-flow operacional não cobre nem metade do investimento necessário. O financiamento estatal e comunitário, com parcerias público-privadas, são a base do modelo.

Proteger o ambiente

Além da redução do uso de automóvel, os impactos esperados envolvem efeitos directos na economia. “Terá um impacto significativo no PIB português e no emprego, quer durante o período de construção, quer durante o de exploração. “stima-se que o efeito global na riqueza

LINHA DO OESTE MODERNIZADA Como compensação ao ‘desvio’ do projecto do novo aeroporto para a Ota, os municípios do Sul do distrito de Leiria receberam a notícia da modernização da Linha do Oeste, integrada no Plano de Acção para o Oeste e Lezíria do Tejo. Assim, o projecto compreende a renovação Inves�mento Público na Dinamização da Economia

da via; implementação de sinalização electrónica, telecomunicações, sistema de controlo de velocidade e rádio solo-comboio; supressão e reclassificação de passagens de nível; electrificação. Trata-se de um investimento até 2014, na ordem dos 238 milhões de euros. Os objectivos são diminuir tempos de viagem, tornar a exploração da via mais eficiente e segura, captar passageiros e transporte de mercadorias. Em paralelo, surgirá, até 2015, uma estação ferroviária de alta velocidade na zona de Rio Maior, com ligação às linhas do Norte e Oeste e interface rodoviário para acesso à auto-estrada A15. O investimento é de 250

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milhões de euros. Ainda no âmbito da ferrovia, o Oeste e o Ribatejo são contemplados com a construção de um novo corredor transversal Caldas da Rainha - Rio Maior - Santarém, no valor de 37 milhões, entre Santarém na Linha do Norte e Caldas da Rainha na Linha do Oeste. Ficará pronto em 2015. •


O FUTURO DA LINHA DO NORTE O futuro modelo ferroviário nacional assegura a complementaridade, em termos de infra-estruturas e serviços, entre a alta velocidade e a Linha do Norte. Esta última vai receber apenas investimentos necessários à salvaguarda das questões de segurança e serviços aos passageiros e transporte de mercadorias. Actualmente a ligação entre a capital e a invicta faz-se em duas horas e 55 minutos no Alfa Pendular. Para alcançar o tempo de duas horas e 20 minutos será necessário um

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investimento adicional de 1,4 mil milhões de euros. •

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seja na ordem dos 7 mil milhões de euros, entre 2005 e 2023, e que o emprego atinja os 100 mil postos de trabalho, no ano de pico da construção (2012)”, escreve a RAVE. O potencial de participação da indústria nacional é considerado elevado em diversas fases: obra geral, que representa mais de 60% do investimento, especialidades ferroviárias, telecomunicações e tecnologias de informação e comunicação, interiores do material circulante, serviços, gestão das circulações, manutenção. Por outro lado, espera-se que a alta velocidade seja um estímulo à investigação e inovação, unindo as empresas e o sistema científico e tecnológico nacional. Genericamente, os objectivos da nova ferrovia são integrar Portugal no espaço ibérico e europeu, servir de motor ao desenvolvimento regional, apoiar a fachada atlântica como eixo competitivo à escala europeia, potenciar emprego, desenvolvimento económico e tecnológico, alavancar a competitividade dos sistema portuário, aeroportuário e logístico. •


PRIVILEGIAR as pequenas obras

Luís Mira Amaral Professor de Economia e Gestão - IST

Com a actual crise, é evidente que a procura pública deve ser utilizada para compensar a fraqueza da procura privada.

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Em Portugal, país em risco de estoiro das finanças públicas e com dificuldades a prazo de financiamento externo, as preocupações com a sustentação da procura interna e com o combate ao desemprego não podem infelizmente esquecer a restrição externa e a sustentabilidade das finanças públicas. Imaginem uma família cujo endividamento é superior ao seu rendimento anual e que tem já dificuldades em pagar as despesas correntes e os juros da dívida. Tal família não terá hipóteses de fazer todos os investimentos que gostaria ao mesmo tempo. Por isso o investimento público deve privilegiar as pequenas obras que geram imediatamente emprego (como a recuperação de escolas e o “last mile” de ligação de auto-estradas a cidades) e as que geram competitividade a prazo (como barragens, eficiência energética e redes de nova geração). Não se inserem claramente neste compromisso entre curto e longo prazo investimentos em bens não transaccionáveis que têm forte conteúdo de importação, não darão um euro a mais nas exportações, não reduzirão custos de transacção e agravarão dramaticamente a prazo as nossas finanças públicas e o nosso endividamento externo. Estão nesta categoria alguns troços dfe autoestradas que se pretende fazer em paralelo às já existentes. Também no que toca ao TGV, a grande

questão para a nossa competitividade, permitindo reduzir os custos da transacção, não é a velocidade dos passageiros mas a bitola europeia das nossas linhas para o transporte de mercadorias, por forma a que possamos por via ferroviária, exportar e importar da Europa. De acordo com uma Directiva europeia, temos na Alta Velocidade: Categoria I - Velocidades iguais ou superiores a 250Km/h, (TGV em francês e AVE em castelhano); Categoria II - Até 200Km/h. Para distâncias até 350Km, chegaria perfeitamente a Cat II. Para as grandes distâncias, impõe-se obviamente a Cat I. Assim sendo, entre Lisboa e Porto haverá passageiros mas não há distâncias para o TGV. Entre Lisboa e Madrid haverá distância mas duvida-se que haja tráfego para o TGV. Então, se a linha actual Lisboa - Porto não serve, invista-se numa nova linha e utilize-se o actual material circulante que já permite velocidades da ordem dos 200 km/hora. Não vale a pena gastar mais milhões para poupar alguns minutos (poucos) na região Lisboa-Porto com o TGV! A Finlândia, exemplo de EstadoProvidência competitivo e por isso apreciado pelos socialistas europeus, não tem TGV! Os espanhóis aprenderam a lição de Madrid-Sevilha e vão aplicá-la na Madrid-Barcelona e na Madrid-Badajoz. As linhas só são viabilizadas através de paragens em cidades intermédias e, ao



fazĂŞ-lo, essas linhas puxam pela economia dessas regiĂľes, pondo-as mais perto de Madrid. Assim, na estratĂŠgia espanhola (que aceitĂĄmos nos governos PSD/PP), ao fazermos o troço Badajoz-Lisboa, Lisboa serĂĄ equiparada a Sevilha e a Barcelona no beija-mĂŁo a Madrid‌ Temos entĂŁo que fazer linhas mistas em bitola europeia de passageiros e de mercadorias, com estas a circularem entre 100 e 150Km/h. Como ĂŠ fĂĄcil de perceber, a gestĂŁo das linhas mistas ĂŠ tanto mais fĂĄcil quanto menor a diferença de velocidades entre os comboios de

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passageiros e de mercadorias, o que nos levaria a privilegiar a Cat II. Acontece ainda que a ligação LisboaMadrid nĂŁo ĂŠ a mais adequada para pĂ´r as nossas mercadorias na Europa. Para nĂłs, seria mais directo Aveiro-Vilar Formoso-Irun. TambĂŠm crucial para a competitividade do porto de Sines, no contexto dos portos ibĂŠricos, serĂĄ a ligação por ferrovia em bitola europeia ao “interlandâ€? espanhol desse porto de ĂĄguas profundas vocacionado para o “transhipmentâ€?. É evidente que para os grandes bancos, na lĂłgica portuguesa das parcerias pĂşblico-privadas em que o Estado assume os riscos dos projectos, ĂŠ mais interessante e dĂĄ menos trabalho financiar um grande projecto com risco Estado do que alocar recursos a um grande nĂşmero de PME’s com risco privado. Compreendese pois porque ĂŠ que alguns banqueiros querem grandes projectos! Neste contexto e seguindo a mĂĄxima do que ĂŠ bom para a minha empresa ĂŠ bom para o paĂ­s, hĂĄ quem esteja a ser particularmente enfĂĄtico na defesa deste tipo de projectos! •



O MITO DAS INFRA-ESTRUTURAS milagrosas

João César das Neves Economista

Será que o investimento público tem em si a chave do relançamento da economia? Claro que não. O investimento público pode fazer muitas coisas e tem muitas virtualidades, mas algo que não lhe compete é fazer desenvolvimento.

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O pior nos grandes investimentos públicos é a mística do investimento público. Existe uma linha de opinião que insiste em vê-los como essenciais ao clima de optimismo, ao espírito empresarial, à captação do interesse externo e à dinâmica económica. O Estado pode tirar à economia os recursos, certo que a sua aplicação é vantajosa, simplesmente porque está inscrita no milagroso capítulo 50 do orçamento. Essa crença, como todas as místicas do campo económico, pode tornarse muito perigosa. Não há dúvida que as grandes obras têm grande impacto económico. Em primeiro lugar, independentemente da sua utilidade, beneficiam o sector da construção que as edifica. Quando ao efeito sobre a economia e a sociedade, ele varia com a qualidade desse investimento, com resultados que vão do ruinoso ao essencial, passando por todos os casos intermédios. Do complexo de Sines ao Alqueva e aos estádios do Euro 2004, temos a nossa bela colecção de «elefantes brancos» para nos lembrar os cuidados a ter com essa opção. Pelo menos desde o «fontismo» de meados de oitocentos que a política portuguesa vive o mito das infra-estruturas milagrosas que criam um progresso fácil. Cem anos depois os «planos de fomento» de Salazar seguiram o mesmo rumo que, com os dinheiros da Europa, os últimos 20 anos retomaram. Foram épocas áureas de crescimento económico e sucesso político, graças à calma

social e à abertura da economia. Mas tudo foi atribuído apenas à capacidade de liderança dos governantes com rasgo para lançar grandes obras. Agora perdeu-se o rasgo, o optimismo, o interesse externo e a dinâmica económica mas conservam-se as obras. Estamos seguros que, se ao menos fizermos mais uma auto-estrada e um pavilhão polidesportivo, o país arranca. O que nos faz falta para sermos ricos e felizes é mesmo mais um aeroporto e uma linha de comboio. Isto é bastante tonto. Um investimento em si não é bom nem mau. É bom se for bom, útil e adequado. Mas após décadas de intensa construção, Portugal tem hoje mais densidade dessas edificações que muitos dos nossos parceiros. Passámos da falta para o excesso. Apesar desta inversão da situação, os ministros e autarcas continuam a identificar o sucesso com a inauguração de quilómetros de auto-estrada. Os hábitos antigos custam a morrer. Pior de tudo, alimentam a mística do investimento público, sem se darem conta que, se ela fosse verdadeira, nunca teríamos caído nesta crise, que não foi evitada pelas maciças inaugurações dos seus antecessores. Está na altura da nossa economia se deixar de dopings e esquecer soluções milagrosas, para se concentrar em ganhar as batalhas no mercado internacional. Não é o TGV nem o aeroporto que nos vão fazer crescer. Pelo contrário, a necessidade de os pagar vai atrasar a dinâmica. •



MAIS OBRA PÚBLICA? Não, obrigado

Henrique Neto Empresário

Depois do relativo sucesso do período após a entrada de Portugal na EFTA e depois da adesão à União Europeia e ao euro, a economia portuguesa não parou de perder competitividade e nos últimos nove anos o crescimento económico foi inferior em Portugal à média da União Europeia.

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Nos últimos quatro anos assistimos à queda do investimento estrangeiro e, pior do que isso, à saída de muitas empresas estrangeiras instaladas em Portugal, muitas delas desde a fase da EFTA. A somar a tudo isso, temos agora os reflexos da crise financeira e económica mundial. Pensar que todos estes problemas se resolvem com o investimento do Estado, como se quer fazer crer, não passa pela cabeça de alguém em seu pleno juízo. Ainda que, naturalmente, alguns candidatos a receber fundos públicos, ou a participar na construção de mais obras públicas, queiram fazer pensar o contrário. Acresce ainda que o investimento público em Portugal é errático e feito sem qualquer coerência estratégica, mudando ao sabor das pressões da sociedade e da relação de forças dos grandes poderes económicos, isto é, não é fiável como instrumento de politica económica. Por isso, o melhor que o Estado pode fazer é aquilo que lhe cabe fazer: (1) educação de qualidade e desenvolvimento de uma cultura cientifica na sociedade portuguesa; (2) Justiça atempada e justa; (3) fiscalidade competitiva; (4) descentralização e efectiva organização da administração pública; (5) ambiente de elevada responsabilidade ética e cívica. Estou convencido que no dia em que

o Estado Português conseguir realizar bem estes objectivos, com competência e seriedade, Portugal terá condições para ter uma economia dinâmica e moderna. Na medida em que os portugueses já demonstraram, em inúmeras ocasiões e oportunidades, que sabem responder adequadamente a ambientes mais exigentes e mais rigorosos. Os nossos emigrantes provam-no diariamente em muitas partes do mundo, como nos Estados Unidos, França ou Suíça. O investimento público, nas actuais circunstâncias politicas, não é pois a chave para recuperar a procura, para mais porque sendo procura interna não é a solução mais desejável, na medida em que conduz a mais importações e ao crescimento da dívida externa, que já é excessiva. Por outro lado, os últimos governos, incluindo o de José Sócrates, já demonstraram não serem capazes, ou não terem a vontade, de gerir com seriedade e competência os investimentos públicos. Projectos insuficientes ou simplesmente preparados para permitir as famosas revisões de preços, concursos feitos à medida, ou mais simplesmente ausência de concursos, falta de controlo técnico e financeiro, tem sido o pão nosso do investimento público dos últimos vinte anos. Por todas estas razões, gastar dinheiro em mais construção civil e mais obras públicas, não é a solução. •



Análise | Visto de cima, é assim: a concessão Pinhal Interior rasga a região Centro no eixo TomarCoimbra, a concessão Litoral Oeste aproxima drasticamente o Interior e o Litoral na faixa de território entre Ourém e Nazaré. Totalizam mais de mil milhões de euros

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de investimento em novas estradas, grande parte das quais inseridas no distrito de Leiria.

Concessões Rodoviárias

NOVAS ESTRADAS para velhas ambições

O contrato da concessão Litoral Oeste foi assinado no Castelo de Leiria em Fevereiro. E bem a propósito, pois desbloqueia um conjunto de novas vias que respondem a anseios antigos das populações da região. O consórcio AELO, de que faz parte o Grupo Lena, garantiu a adjudicação. Um dos traçados esperados há mais tempo é o IC 36: entre Leiria Sul e Leiria Nascente, com 6,3 km de extensão perfil de auto-estrada, irá permitir o fecho da ligação entre a A8 e a A1, desviando 10 mil veículos por dia da rede urbana de Leiria. Mas há mais. A velhinha estrada nacional 1, hoje designada IC 2, vai finalmente ter alternativa, entre S. Jorge e Leiria (12,5 km

em perfil de auto-estrada). Consequências, de acordo com o Ministério das Obras Públicas: redução de 46 por cento na taxa de vítimas mortais e feridos graves em acidentes, diminuição de 25 por cento no tempo médio de percurso entre Alcobaça e Leiria, diminuição de 50 por cento na deslocação entre Porto de Mós e Leiria.

Avança o IC 9

A concessão prevê ainda o avanço do IC9, com a construção de novo lanços entre Nazaré e Ourém, estimando-se uma poupança de 38 por cento no tempo médio de percurso entre Nazaré e Tomar. Também está agendada a construção da Variante da Nazaré e da Variante de Alcobaça, esta importante para minimizar


os impactos da circulação rodoviária junto ao Mosteiro. No total, o pacote Litoral Oeste contempla a construção, conservação e exploração de 85 km de novas estradas, bem como a conservação e exploração de outros 24 km. A conclusão das obras deve acontecer em 2011. O investimento é 260 milhões de euros, beneficiando 391 mil habitantes de nove concelhos: Alcobaça, Nazaré, Porto de Mós, Batalha, Leiria, Marinha Grande, Ourém, Tomar e Torres Novas.

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Já este mês, foi adjudicada a concessão Pinhal Interior. No que diz respeito ao distrito de Leiria, são contemplados os seis concelhos mais a Norte. A construção, conservação e exploração de 94,5 km do IC3 entre Tomar e Coimbra, no valor de 579 milhões de euros, com portagem isenta ao tráfego local, atravessa os concelhos de Alvaiázere, Ansião, Figueiró dos Vinhos. Depois, está planeada a construção da Variante do Troviscal à EN 236-1 no concelho de Castanheira de Pêra e a requalificação de 18 km do IC8 nos concelhos de Pombal e Ansião e de outros 15 km entre Pedrógão Grande e Sertã. Finalmente, a EN 347 entre Penela e Castanheira de Pêra será beneficiada ao longo de 25 km. A Concessão Pinhal Interior terá uma extensão total de 567km, entre lanços para construção (173km), para requalificação (135km) e para exploração (229km), a que corresponde um investimento de 772 milhões de euros. É o empreendimento rodoviário mais ambicioso lançado pelo anterior executivo. Pretende promover o desenvolvimento da região Centro, ligar o Centro ao futuro Aeroporto Internacional de Lisboa, permitir que as sedes de concelho da região Centro fiquem mais próximas das redes viárias de qualidade elevada (IC3 e IC8), com níveis superiores de comodidade e segurança. A concessão abrange os distritos de Coimbra, Leiria, Castelo Branco e Santarém, num total de 400 mil pessoas em 22 concelhos. •

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Norte do distrito ganha


DAR PRIORIDADE ao fundamental

Almeida Henriques Presidente do CEC

Conselho Empresarial do Centro

Quando confrontado com estas questões importa dar prioridade ao que é fundamental, desde logo a necessidade de boas infra estruturas que potenciem o desenvolvimento, e se afigurem adequadas e que diminuam os custos de instalação, deslocação de pessoas e expedição de mercadorias e matérias-primas.

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Assim, a primeira decisão deverá ser de custo benefício, de modelos adequados que articulem as diferentes formas de transporte e que permitam colocar as nossas mercadorias ao preço mais baixo no centro da Europa e nos diferentes mercados em que nos encontrarmos. Esta deve constituir a prioridade. Quando falamos de ferrovia, o importante é dispor de uma rede adequada, a pensar nas pessoas e nas mercadorias; é inadmissível que num transporte de futuro não se sirva o País com equidade e combatendo as assimetrias. Ao litoral, designadamente nos territórios que são servidos pela linha do Norte, encontramos um bom serviço; no interior a resposta não é claramente adequada. Assim, antes de pensar em TGV, há que encontrar um modelo que seja eficiente e que sirva bem todos os Distritos do País. Conforme se tem dotado o País de uma rede adequada de auto-estradas, devia-se seguir o mesmo padrão para a ferrovia. Prioridade à ferrovia, com toda a certeza que sim; já quanto à opção TGV permanecem dúvidas fortes, designadamente quando olhada enquanto estratégia para combater a crise. A estratégia anti-crise deve ser alicerçada em três pilares, constituídos pela melhoria da liquidez das empresas, promoção das exportações e actividades de proximidade

que dinamizem o mercado interno. No campo da liquidez tenho defendido o pagamento a tempo e horas por parte do Estado, a institucionalização do IVA com recibo, a extinção do pagamento especial por conta e a possibilidade de efectuar compensações de créditos com o Estado. Na promoção das exportações deve ser dada prioridade a uma boa articulação entre as diferentes entidades que trabalham para o seu incremento, adoptar medidas que permitam a aprovação dos seguros de crédito à exportação e a constituição de um fundo de capital de risco que apoie as empresas com capacidade exportadora. No domínio das acções para dinamizar o mercado interno, a promoção de obras de proximidade, ao invés de grandes projectos, devidamente disseminados pelo País, com enfoque na requalificação das zonas históricas, que trariam pessoas a viver nos centros das cidades, requalificação urbanística e dinamização do conceito de centro comercial de ar livre; outra medida, sendo o Estado um dos motores da economia, seria proporcionar um melhor acesso das empresas mais pequenas enquanto suas fornecedoras, designadamente através da Central de Compras. •



UM AEROPORTO ao centro

David Catarino

Presidente do Turismo Leiria-Fátima

Apesar de haver hoje uma grande diversidade de produtos turísticos que vão resultando de novas realidades, de diferentes interesses e de uma mobilidade cada vez mais facilitada, é inegável que normalmente se associa o produto turístico ao lazer.

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Quem vende um determinado produto turístico, disponibiliza sobretudo prazer, conforto, bem-estar, sensações diferentes, enfim, tudo aquilo que possa ser satisfação. Em sentido lato, os diferentes interesses, gostos, mesmo extravagâncias, humanos encontram resposta na oferta turística através de operadores que se vão especializando nos mais diversos sectores. É certo que, quem faz um safari, está mentalmente disponível para encontrar caminhos difíceis, situações inesperadas, enfim, vai imbuído de um espírito de aventura. Quem procura um destino turístico como Leiria-Fátima necessita de um outro tipo de resposta. Desde logo, quando prepara a sua viagem, necessita de ter uma boa opção para chegar. A acessibilidade adequada é assim importante. Quem vem do exterior chega normalmente por via aérea, através de Lisboa. Interessa claramente à economia de Lisboa que todos os que visitam o país o façam através da capital. Interessar-nos-ia a nós, para que os turistas ficassem mais tempo na região, que houvesse acessibilidade aérea mais adequada aos nossos interesses, considerando o peso que hoje têm as companhias low-cost e os voos charter. O acesso ferroviário, podemos dizê-lo, não existe. Aliás, o nosso país tem investido

fortemente na rodovia, esquecendo completamente a ferrovia. A nossa região tem todo o interesse na ligação ferroviária à Europa, criando uma alternativa à acessibilidade aérea. Chegados à região, os turistas deslocam-se, isoladamente ou em grupo, para visitarem os inúmeros locais de interesse que vão desde as paisagens serranas às costeiras, dos monumentos património da humanidade a um vasto património construído, nomeadamente os castelos, as casas senhoriais, as quintas apalaçadas, dos pontos de interesse gastronómico aos diferentes locais que são repositório etnográfico de uma tradição multi-secular de ocupação humana. Também ao nível interno, as boas condições de acessibilidade são fundamentais para melhorar a qualidade da visita e para potenciar investimento estruturado no sector. Em resumo, os investimentos públicos programados e outros a que aspiramos são fundamentais para a qualificação do destino turístico que somos e certamente contribuirão para aumentar a nossa competitividade e atractividade, ao nível interno, mas também ao nível externo. Por tudo isto, somos defensores do IC 9, do TGV, da ligação da linha do norte à linha de alta velocidade, de um aeroporto que sirva a região centro do país e não fique a mais de meia hora de Fátima. •


Saber sonhar. Saber fazer. Saber construir. É preciso saber ter força, ter determinação e muita técnica, para comemorar vinte anos de construções. Boas construções. Saber que chegámos aqui, desta forma, é um enorme motivo de orgulho e que nos enche de energia para agarrar os grandes desafios. Com segurança, com responsabilidade, dia a dia, todos os dias.

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O MODO como se faz

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Penso que não é necessário fazer muitos investimentos para incentivar a economia, coisas simples como eliminar a dupla tributação automóvel, ajustar os preços da energias consoante os custos dos nossos concorrentes europeus, mudar o pagamento do IVA para ser efectuado quando a empresa recebe, pagar o subsídio de desemprego às empresas para manter os postos de trabalho; Estado, entidades públicas e câmaras municipais pagarem o que devem às empresas.

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São acções que pouco têm a ver com investimentos megalómanos e sim com o bom funcionamento e competitividade do país, que ajudariam e muito a melhorar as condicões das empresas e dos portugueses. Relativamente aos grandes investimentos. É muito complicado definir qual será a melhor aposta, não só pelo impacto que tem na economia, mas pela forma como são feitas as coisas em Portugal. Amesterdão, Barcelona, Berlim, Bruxelas, Copenhaga, Dublin, Edimburgo, Genebra, Helsínquia, Londres, Madrid, Milão, Paris, Roma, Estocolmo, Haia e Viena, Budapeste, Istambul, Moscovo, Praga e Varsóvia. Que têm em comum estas cidades? Quando se fala de competitividade da região centro é difícil de comparar como outras regiões e cidades europeias, na compactação de investimento, turismo e reconhecimento internacional. Um dos principais entraves é o acesso as cidades. O não ter um aeroporto regional pode ser substituído por uma paragem do TGV, que será a nossa única alternativa de estar ligados a Europa, embora por outro lado seria mas rentável ter um aeroporto de voos low-cost. Uma viagem Madrid-Barcelona ida e volta fica pelos

200€, uma viagem Leiria-Madrid ficará no melhor dos casos também pelos 200€, mas uma viagem Leiria-Barcelona fiaria pelos 400€, o que significa que é mais rentável viajar num voo low-cost até Barcelona por 120€ ida e volta. Desde Lisboa. O aeroporto de Beja e da Badajoz é um caso de dois aeroportos com um mesmo objectivo, mas com duas formas de implementação diferentes, enquanto o espanhol já tinha companhias low-cost prontas para entrar em actividade antes de ser inaugurado, o português ainda não tinha vias de acesso e já tinha sido inaugurado. Qual é o melhor investimento para o país e a economia? A minha conclusão é que não interessa o QUE, o mais importante é o COMO. A sua integração estratégica no desenvolvimento do país, adequada implementação e operação rentável e competitiva. Podem existir outras alternativas de investimento? Podem mas isso não garante que ajude mais a economia. A sua integração estratégica no desenvolvimento do país, a sua adequada consignação para construção, adequada implementação e operação rentável e competitiva. •



EDUCAÇÃO é o factor chave

Nuno Mangas Presidente do IPL

Instituto Politécnico de Leiria

Tenho vindo a acompanhar com todo o interesse, ao longo dos últimos tempos, o debate em torno do lançamento ou não dos grandes investimentos públicos: nomeadamente do novo aeroporto internacional de Lisboa e da rede ferroviária de alta velocidade, vulgo TGV.

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Muitos têm sido os que defendem a necessidade absoluta desse investimento como forma de relançar a economia nacional num contexto de estagnação e recessão económicas, tantos quantos aqueles que consideram a aposta nessas infra-estruturas uma aventura perigosa que deixará às gerações futuras uma pesada factura sem que daí tenham resultado benefícios evidentes. Compreendo a dificuldade da decisão política, pois pesados os prós e os contras são imensas as dúvidas suscitadas. Um poder político responsável tem de assumir em permanência uma postura equilibrada entre o que é vantajoso para a geração actual e as consequências que isso trará para os nossos descendentes. Ponderados esses factores, defendo, quanto ao investimento público, uma aposta que dê primazia à melhoria e ao desenvolvimento de infra-estruturas e acções sistemáticas, mas arrojadas, na área da Educação. A aposta na formação dos nossos jovens, alargando-se a base social da sua proveniência, mas também uma aposta na formação de activos, numa perspectiva de aprendizagem ao longo da vida, é, em meu entender, o factorchave que contribuirá decisivamente para conferir a Portugal a competitividade necessária para vencer os desafios que a actual situação tem vindo a colocar. O caso concreto da construção do

novo aeroporto de Lisboa merece a ponderação que um investimento dessa natureza impõe. A opinião de que o actual aeroporto de Lisboa se encontra no limite de exploração, sem margem para ampliações ou reestruturações, recolhe um amplo consenso. Por outro lado, não é negligenciável o risco permanente a que são sujeitas amplas zonas urbanas da capital que são diariamente sobrevoadas por dezenas de aeronaves. Acresce a estes motivos um previsível aumento de tráfego decorrente, entre outros factores, do seu papel crescente de plataforma, nomeadamente entre a Europa e origens ou destinos africanos e sul-americanos. A construção do novo aeroporto da capital, a situar na margem sul do Tejo, embora não seja esta, em meu entender, a melhor solução em termos regionais, deveria ser iniciada desde já mas de um modo faseado. Essa decisão da sua construção por etapas permitiria colmatar sucessivamente as deficiências do aeroporto da Portela, permitiria a realização de investimento público com a consequente contribuição para o relançamento económico mas sem a assunção dos riscos inerentes a um investimento megalómano e eventualmente sobredimensionado para as necessidades a curto e médio prazo. Relativamente à rede ferroviária de alta velocidade, defendo uma lógica


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idêntica mas sustentada em argumentos diferentes. Nas últimas décadas tem sido evidente o desinvestimento nacional no tráfego ferroviário. Paralelamente a esse desinvestimento, assistimos à construção de uma rede rodoviária, principalmente vias rápidas e autoestradas que provocam alguma surpresa e despertam até sentimentos de alguma inveja por parte de estrangeiros, nomeadamente visitantes oriundos de outros países da Europa. Independentemente dos benefícios daí decorrentes e que têm facilitado as comunicações entre as diversas regiões nacionais e internacionais, vivemos agora num outro enquadramento. Nesta nova ordem é necessário o recurso a meios de transporte que reduzam sucessivamente a nossa dependência do petróleo, por um lado, e que, ao mesmo tempo, contribuam para a redução das emissões de dióxido de carbono e de outros elementos poluidores. É neste contexto que a rede ferroviária deverá ser chamada a intervir em benefício colectivo. Não só para o transporte de passageiros mas sobretudo para o tráfego de mercadorias em território nacional e aquele resultante das nossas trocas comerciais com outros destinos. Assim, defendo uma construção em duas fases: primeira Lisboa Badajoz e seguinte Lisboa - Porto, com eventual posterior construção da ligação a Vigo. Finalmente, devo acrescentar que acredito no investimento público como meio para alavancar a economia, assim venha a existir nesses projectos uma forte incorporação de recursos humanos e know-how nacionais. Creio também que com um planeamento ponderado dessas infra-estruturas se dará aos investidores um sinal de optimismo, elemento esse que de modo evidente e justificado tanto nos tem faltado. •

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Análise | Treze municípios do distrito de Leiria, mais Ourém, viram aprovados projectos QREN para a reabilitação das cidades e sistemas urbanos. No âmbito do programa operacional Mais Centro, os incentivos comunitários para este

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fim totalizam 44 milhões de euros e suportam um investimento global de 93 milhões de euros.

Reabilitação Urbana

O QUE ESTÁ A MUDAR nas nossas cidades?

As parcerias para a regeneração urbana contemplam os concelhos de Leiria, Marinha Grande, Batalha e Porto de Mós, Alcobaça, Bombarral, Caldas da Rainha, Peniche e Óbidos, Ourém, Alvaiázere, Ansião e Pedrógão Grande. O maior investimento, no valor de 20,6 milhões de euros, com apoio do FEDER no montante de 18,7 milhões, está previsto para Fátima. A realizar num período de 3 anos, os projectos incluem a requalificação da Avenida Dom José Alves Correia da Silva, a Loja de Reabilitação Urbana e ainda um plano de divulgação e marketing. Com “um impacto profundo na organização” da cidade, os efeitos

mais visíveis estão “ao nível do ordenamento do território, qualificação paisagística, ordenamento do trânsito e estacionamento, harmonização de usos e fluxos pedonais e automobilísticos e ganhos substanciais para a qualidade de vida da população, coesão social e competitividade territorial”, refere o Nuno Palma Nobre, administrador da Sociedade de Reabilitação Urbana de Fátima. Tais pretensões implicam uma transformação radical: na dimensão da área destinada aos peões e aos automóveis; na disposição do estacionamento, no relacionamento com a frente construída já existente. E, sublinha Nuno Nobre, no


COMPETE

PROGRAMA OPERACIONAL FACTORES DE COMPETITIVIDADE


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Em Leiria, o Programa de Acção Local para Regeneração Urbana do Centro Histórico, designado PALOR, vem completar os objectivos do Polis. Trata-se de 14 acções que buscam qualidade ambiental, espaços verdes, valorização das frentes ribeirinhas e melhoria visual da paisagem. Ao mesmo tempo, procuram enriquecer a oferta turística e desenvolver o comércio tradicional.

relacionamento com elementos especiais: “o enquadramento da nova Igreja, a introdução de elementos artísticos”. Em Leiria, o Programa de Acção Local para Regeneração Urbana do Centro Histórico, designado PALOR, vem completar os objectivos do Polis. Tratase de 14 acções que buscam qualidade ambiental, espaços verdes, valorização das frentes ribeirinhas e melhoria visual da paisagem. Ao mesmo tempo, procuram enriquecer a oferta turística e desenvolver o comércio tradicional. “Permitirá completar um ciclo determinante na história urbanística de Leiria”, refere Fernando Carvalho, engenheiro e ex-vereador na Câmara Municipal de Leiria. O que está no interior desta caixa de 9,6 milhões de euros, então? Em primeiro lugar, a requalificação da margem direita do Rio Lis entre Santo Agostinho e a ponte Afonso Zúquete. Implica o nascimento de um jardim na plataforma entre o leito do Rio Lis e a Rua Conde Ferreira. E, ainda, a construção de uma ponte pedonal de ligação da Rua Tenente Valadim ao futuro Jardim da Vala Real e ao Largo da antiga Ponte dos Três Arcos. A extensão do parque verde na encosta do castelo: é fomentado o crescimento de modo a promover a ligação com a Avenida 25 de Abril, cumprindo-se a função de ‘ponte’ entre a cidade antiga e a cidade nova. O conjunto de intervenções abrange, ainda, a reorganização do espaço público em diversos pontos, com melhoria dos pavimentos, eliminação de barreiras arquitectónicas, novo mobiliário urbano, ordenamento viário e paisagismo. Trata-se, na opinião de Fernando Carvalho, de criar “um espaço público de excelência” e um “terreno fértil para a constituição de parcerias”. Muito aguardada é a construção do Centro Cívico e respectiva Praça Pública: num quarteirão de ruínas entre a Rua Direita, a Rua Manuel António Rodrigues e a Travessa da Tipografia, o edifício destina-se à instalação de funções sociais e culturais, privilegiando a terceira idade e a juventude. Entretanto, o Convento de Santo Agostinho irá acolher um Museu de Arqueologia, dos serviços de arqueologia

e património da Câmara Municipal, bem como as reservas de arqueologia do IGESPAR. E há ainda guias urbanos: novas tecnologias permitem ao visitante percorrer o centro histórico recebendo toda a informação num equipamento.Um ambiente interactivo que junta elementos reais e virtuais. De acordo com Fernando Carvalho, todos estas acções constituem um “elemento essencial na estratégia de transformação da cidade”. Para este plano com incidência na zona antiga da cidade e no sistema rio, a Câmara Municipal celebrou protocolos com a Associação Comercial e Industrial de Leiria, Batalha e Porto de Mós (ACILIS), o Instituto Politécnico de Leiria (IPL) e o Turismo de Leiria / Fátima. O desenvolvimento do comércio tradicional, com a implementação de uma marca associada ao centro histórico, é uma das prioridades. •



HÁ HOJE outra solução?

José Ribeiro Vieira Presidente da NERLEI Associação Empresarial da Região de Leiria

Por muito que se possa dizer mal dos governos que administraram o país nos últimos anos não se pode esquecer, em nome da justiça e da verdade, que uma tempestade financeira com origem no coração do sistema capitalista provocou na generalidade dos países do globo uma enorme crise com especiais incidências negativas nos do chamado Ocidente, onde Portugal se inclui.

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ONVIDADO

Basta reparar que os baixos défices públicos registados em 2007 na maioria das economias mais desenvolvidas da Europa, subiram com a crise para valores acima dos 5% mesmo quando falamos da próspera Alemanha e da vizinha França industrializada, ou ainda da Atlântica Inglaterra. Isto para não falar dos países mais débeis como são os casos da Irlanda, da Grécia, de Portugal e também mesmo da Espanha. Valerá a pena recordar que o défice das contas públicas rondará este ano em Portugal os 8% e que na invejada Espanha esses valores são superiores, como o são na Grécia e na Irlanda onde o défice vai atingir este ano cerca de 12%. Tudo países que tinham crescimentos do PIB acima dos 3%. Alguns até bem mais. A crise internacional fez baixar o consumo interno e o investimento privado, gerando em contrapartida um crescimento do desemprego para valores impensáveis. As receitas do Estado baixaram em virtude de serem reduzidas as contrapartidas do IVA, do IRC e de outros impostos directamente relacionados com o abrandamento da actividade económica. Para 2010, apesar de se esperar alguma recuperação, já evidenciada nas últimas análises da União Europeia e da OCDE, recuperação essa

também sentida de forma satisfatória em Portugal, não será de prever que esse fenómeno virtuoso atinja uma dimensão capaz de inverter ou de anular mesmo o que de pior se passou em 2008 e durante boa parte deste ano. O desemprego continua a crescer ou pelo menos a não diminuir. Neste contexto, e apesar de ter uma leitura prudente e reservada sobre os sortilégios da intervenção do Estado na economia real e nas empresas, não me parece possível que os governos do país possam deixar de estar particularmente activos no que respeita ao investimento público e no apoio financeiro fundamentado às empresas, através de medidas que lhes permitam recorrer a crédito beneficiado de forma a ultrapassarem alguns constrangimentos de tesouraria e a evitarem mais despedimentos ou mesmo mais insolvências. Parece-me que neste domínio, o governo português tem actuado bem. É verdade que essas medidas poderão fazer crescer ainda mais a dívida externa, não impedindo que se consiga reduzir também o défice das contas do Estado mas, na circunstância, não vejo outra solução. Até que a economia venha a estimular o investimento privado e o crescimento do emprego. Nessa altura o Estado deve regressar à sua função de regulador social. •

O


Fernando Carvalho

Engenheiro Civil, ex-Vereador da CM Leiria

CONCLUIR ciclo urbanístico O PALOR (Programa de Acção Local para a Regeneração Urbana do Centro Histórico de Leiria) insere-se no Programa Operacional Regional do Centro 2007-2013, destinado ao desenvolvimento das cidades e dos

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motor da reabilitação do edificado degradado, promovendo a circulação de pessoas e a sua confluência ao centro histórico, a instalação de âncoras funcionais, de iniciativa pública ou privada, que permitirá melhorar a coesão e a inclusão social, a integração e a igualdade de oportunidades e a renovação do tecido comercial. Esta nova forma de entender o esforço de regeneração urbana formará um terreno fértil para a constituição de parcerias com os diversos agentes da sociedade e proporcionará o estabelecimento de estratégias de desenvolvimento participativas, que poderão ser potenciadas com a introdução do reconhecimento e apropriação da marca “Centro Histórico” e a capacidade de transmitir os seus elementos diferenciadores. •

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ONVIDADO

Trata-se de promover iniciativas de requalificação e regeneração intra-urbana dirigidas a espaços distintos da cidade de Leiria, dotando-a globalmente de capacidade inclusiva, de poder de atracção, de meios para o crescimento sustentável, de ordenamento e de qualidade de vida. Pretende-se o desenvolvimento de quadros de vida que promovam a mobilização e a qualificação dos cidadãos, criem inovação social e gerem mecanismos urbanos complementares que tenham capacidade de impulsionar o emprego e a inserção das pessoas. A oportunidade que o QREN (através do PALOR) vem agora criar, permitirá completar um ciclo determinante na história urbanística da cidade de Leiria. O PALOR virá materializar a estratégia do município de Leiria para a regeneração urbana, com a manutenção do esforço de requalificação e criação de um espaço público de excelência, como elemento

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sistemas urbanos.


Análise | Um novo hospital, novos centros de saúde, mais camas para cuidados continuados. É isto que está previsto para o Oeste até 2017, com o projecto do Hospital Oeste Norte à cabeça, para substituir os hospitais de Alcobaça, Peniche e Caldas da

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Rainha.

Programa de Acção

SAÚDE LIDERA intervenções no Oeste

A área da saúde, com investimentos de 145 a 165 milhões de euros, é especialmente contemplada no Programa de Acção para o Oeste e Lezíria do Tejo, o plano de compensações acordado com o Governo devido ao abandono da solução Ota no processo do novo aeroporto internacional. Além do Hospital Oeste Norte, foi incluída na negoiação com as autarquias uma nova extensão de saúde em S. Martinho do Porto, obras para uma unidade de saúde familiar na Benedita, um novo centro de saúde na Nazaré e outro em Caldas da Rainha, obras no centro de saúde de Peniche, e ainda, fora do distrito de Leiria, novos centros de

saúde em Sobral de Monte Agraço, Cadaval e Alenquer e novas unidades de saúde familiar em Santarém. No âmbito da Rede de Cuidados Continuados Integrados, de forma a dar resposta a necessidades de saúde e sociais a pessoas idosas com dependência funcional, doentes com patologia crónica múltipla e pessoas com doença incurável e na fase terminal de vida, estão previstas uma série de intervenções de adaptação de instalações, de modo a garantir mais 99 camas de convalescença, mais 98 camas de média duração, mais 259 camas de longa duração e mais 41 camas de paliativos.


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O Programa de Acção para o Oeste contempla mais de meia centena de projectos com impacto no distrito de Leiria. No total, o acordo de cooperação entre o Governo e os 16 municípios do Oeste e da Lezíria do Tejo prevê a conclusão de 120 projectos até 2017, como forma de minimizar os “prejuízos” pelo abandono do aeroporto da Ota. O investimento totaliza 2,1 mil milhões de euros, dos quais 1,4 mil milhões são da responsabilidade directa da administração central. O orçamento distribui-se por inúmeras áreas de actividade: património, vinha, segurança, turismo, paisagismo e ambiente, inovação nas empresas, regeneração urbana, desporto (por exemplo, centros de alto rendimento em surf ), cultura, comércio, estradas, ferrovia, ensino, tratamento de efluentes, agricultura, saúde, defesa costeira, apoio social, novas tecnologias, ciência. O uso do comboio como meio de transporte privilegiado será mais fácil graças à modernização da Linha do Oeste, a qual vem acompanhada de um novo corredor ferroviário entre Caldas da Rainha, Rio Maior e Santarém, estando ainda pensada uma estação de ligação à rede de alta velocdade. No âmbito da rodovia, os investimentos

mais avultados incluem o IC 11 entre Peniche e Torres Vedras e as variantes de Alcobaça e Nazaré na concessão Litoral Oeste. Ambiente e criatividade Há acções estruturantes ao nível ambiental, como as que visam reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e retenção de dióxido de carbono ou as parcerias no domínio do ciclo urbano da água. Do ponto de vista dos municípios, Óbidos quer propõe um pólo dedicado às indústrias criativas, e também um centro de estúdios e equipamentos de produção para cinema e televisão. Na Nazaré, pode nascer um complexo turístico com marina de recreio, campo de golfe e hotelaria, entre outras infra-estruturas. Em Alcobaça, o destauqe é a valorização do património histórico e cultural da Ordem de Cister (mosteiros de Alcobaç e Cós). •

O Programa de Acção para o Oeste contempla mais de meia centena de projectos com impacto no distrito de Leiria. No total, o acordo de cooperação entre o Governo e os 16 municípios do Oeste e da Lezíria do Tejo prevê a conclusão de 120 projectos até 2017, como forma de minimizar os “prejuízos” pelo abandono do aeroporto da Ota. O investimento totaliza 2,1 mil milhões de euros, dos quais 1,4 mil milhões são da responsabilidade directa da administração central.



PRÓXIMOS ANOS, desafios exigentes

Licínio de Carvalho Administrador do Hospital de Santo André

Nos últimos anos, através de reformas no sector que têm sido transversais às flutuações de natureza política, foi possível melhorar significativamente os indicadores que reflectem a maturidade e a estabilidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) enquanto pilar fundamental do nível de desenvolvimento do nosso país.

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ONVIDADO

Melhorou-se a acessibilidade aos cuidados com correcção das desigualdades geográficas. Melhorou-se a produtividade, permitindo prestar mais cuidados aos utentes, aspecto crítico de todo o modelo social e económico nacional, enquanto condição para o aumento da competitividade geral. Melhorou-se, ainda, a gestão do SNS, afastando do horizonte, próximo, a nuvem da insustentabilidade do sistema (gratuito) com ameaças à sua desestruturação e consequente financiamento alternativo através de seguro de saúde ou de co-pagamento directo pelos utentes. O SNS manteve-se e mantém-se ainda forte, com capacidade de adaptação às novas exigências da comunidade (às novas doenças, ao envelhecimento, às novas formas de doença – particularmente às dependências) e ao seu “novo” perfil – acentuadamente urbano, consequente da concentração da população nas áreas urbanas. Os próximos anos trarão desafios exigentes como os que marcaram os 30 anos desde a fundação do SNS. Num contexto fortemente condicionado pela crise que está a comprometer o desenvolvimento do nosso país (actual e nos próximos 2 ou 3 anos; isto é, ao que se espera, no período pós-crise…,

como adverte recentemente as “Previsões de Outubro” da Comissão Europeia) é necessário prosseguir o caminho reformador: a) a nível geral do sistema (consolidação da reforma dos cuidados de saúde primários; a consolidação da rede de cuidados continuados integrados e continuação da reforma dos Hospitais, através da concentração, constituição de Unidades Locais de Saúde ou empresarialização dos restantes). b) na reorganização interna dos hospitais, no sentido de melhorar os respectivos níveis de desempenho, combatendo o desperdício e melhorando a qualidade. Para isso, duas vias afiguram-se essenciais e pela nossa parte procuraremos corresponder às mesmas no próximo exercício:

1. O reforço do investimento estrutural

O Hospital de Santo André (HSA) tem um plano de investimentos para 2010 que atinge cerca de 12.500.000 € (40% em edifícios e 60% em equipamentos) e espera concretizar até final do corrente ano quase 10.000.000 € (23% em edifícios e 77% em equipamentos) valores muito expressivos atendendo à dimensão do hospital e à origem dos meios (auto – financiamento).


Mas esta questão é crítica para que os nossos profissionais disponham dos meios necessários e adequados a cumprir a sua missão e, por isso, a missão do hospital: prestar cuidados de saúde em qualidade e quantidade e com custo apropriado às necessidades expressas pela população, assegurando-se, ainda, níveis de satisfação compatíveis com o serviço prestado.

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Para 2010, o HSA prevê uma aposta clara na qualificação dos profissionais, a desenvolver através de acções de formação, sob a forma de incentivo, proporcionando-lhes a participação em acções em serviços de referência, através da promoção de um programa de formação em gestão, a desenvolver numa Escola de Gestão destinado a todas as chefias do hospital e que atingirá um investimento de cerca de 100.000 €. Segundo cremos, esta estratégia proporcionará as condições necessárias à qualificação da prestação e ao desenvolvimento interno do HSA, garantindo a sua manutenção e crescimento enquanto hospital de referência na rede nacional de cuidados diferenciados. •

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2. O reforça da formação.


UMA DOSE DE ESPERANÇA e outra de cepticismo

José Alves

Secretário-Geral da AIMC Associação das Indústrias de Madeiras do Centro

A indústria da fileira da madeira ressente-se e muito da conjuntura actual, nacional e internacional, já que se encontra interligada com a indústria da construção civil e com o grau de consumo em geral, sendo que ambos estão reduzidos ao seu nível mais baixo dos últimos anos.

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ONVIDADO

Na verdade, grande parte da produção das serrações e carpintarias incorpora os seus produtos na fase de construção de obras públicas e particulares e a indústria dos móveis vive em grande parte da pós-construção de habitações e de alguns edifícios públicos, já que grande parte dos móveis são adquiridos para construções (habitações) novas, designadamente os móveis de cozinha. Deste ponto de vista, o incremento das obras públicas pode ter dois efeitos benéficos na indústria da madeira: - A aquisição, ainda que temporária, de mais produtos deste sector - A injecção no mercado de mais meios financeiros que possibilitem o aumento do consumo e por esta via também o incremento das vendas da nossa indústria. Contudo, não serão as grandes obras públicas que potenciarão este desiderato mas também uma quantidade enorme de obras menos vultuosas que vão desde a reparação de escolas, construção de hospitais, recuperação de zonas habitacionais, designadamente os centros das cidades, etc., que se vêem com mais potencialidades de ajudar tal objectivo por três ordens de razões: a) Pela sua proximidade das indústrias instaladas; b) Pela sua maior rapidez no arranque e execução; c) Porque não agravam significativamente

a dívida pública e não esgotam o crédito bancário e são indispensáveis a vida quotidiana dos nossos concidadãos. O apoio à indústria das madeiras passa pela concretização do PASIM (programa de apoio a esta indústria subscrito pelo Governo e pelas associações do sector entre as quais a AIMC) com apoios directos ao investimento, à modernização, à criação de postos de trabalho e às exportações. O que o Governo tem de fazer é criar em Portugal um clima favorável ao empreendorismo, eliminar os problemas ditos de contexto, criar de linhas e seguros de crédito (que ora estão inoperantes atento o risco), proporcionar os mesmos custos dos factores de produção dos nossos concorrentes europeus, não esquecendo que acrescem sempre os custos inerentes à nossa situação periférica, e requalificar os nossos recursos humanos. Há, contudo, certas obras públicas que seriam bem vindas designadamente em portos e aeroportos e plataformas logísticas do transporte de mercadorias. Hoje é incomportável o custo de utilização dos nossos portos, a sua incerteza e inoperância. É um paradoxo que passem ao largo de Portugal os navios carregados de mercadorias que vão descarregar a Roterdão ou a outros portos a mercadoria destinada ao nosso país. É


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e legislativa, a diminuição do custo dos factores de produção designadamente a energia, a requalificação dos recursos humanos, sejam também uma prioridade do executivo de apoio às PME’s, política muito mais eficaz e prioritária à sobrevivência do sector. •

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combustível. Ora, nada disto vai resultar dessas novas vias que obviamente se situam em regiões que não são a origem nem o destino das nossas produções industriais. Daí que se olhe para o programa de investimento do Governo em obras públicas com alguma esperança mas com muito cepticismo, até porque o investimento público tem decaído o mesmo acontecendo ao PIDDAC afecto ao distrito de Leiria. Espera a AIMC que a politica florestal, o combate ao nemátodo do pinheiro e o apoio ao tratamento da madeira, o apoio directo às empresas, a obtenção de crédito interno e às exportações, a diminuição da carga fiscal, burocrática

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um paradoxo que os industriais do sector tenham de recorrer a portos espanhóis para o mesmo efeito. Portugal poderia ser o porto de entrada de tais mercadorias na Europa assim tivesse portos bem geridos e tivesse a adequada componente da ferrovia. A ligação de localidades pouco habitadas por auto-estradas pode ser uma questão de justiça social mas não é um empreendimento justificado por razões económicas. Para as empresas, e retirando o tempo que tais vias demoram a ser construídas com o consequente acréscimo de consumo, só podem vir benefícios se houver uma diminuição de custos no transporte, se houver maior rapidez, maior segurança e menor consumo de



distribuídos por 51 mil pequenas e médias empresas no âmbito da iniciativa Ambição PME XXI, destinada a atenuar os efeitos da crise económica e financeira internacional.

intt plá tico

para uma intervenção coordenada dos Estados-Membros, a partir do final de 2008. A meta era restabelecer a confiança dos agentes económicos através de um estímulo à actividade económica e ao emprego. Como pano de fundo, os fortes efeitos recessivos da crise internacional e as restrições ao crédito associadas. •

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de euros tinham sido

As medidas de relançamento da economia visaram criar condições para o financiamento e internacionalização das PME, reforçando, de permeio, a competitividade do tecido económico nacional. Através dos incentivos previstos no QREN (competitividade e internacionalização), e dos programas PME Investe (linhas de crédito), PME Consolida (capital de risco, fundo imobiliário, apoio à concentração) e PME Segura (seguro de crédito à exportação), a iniciativa Ambição PME XXI introduz medidas transversais, aplicáveis à generalidade das empresas. Ao mesmo tempo, foram desenhados planos sectoriais, com medidas adicionais para sectores específicos. Neste último caso, estão as indústrias automóvel, têxtil, cortiça, turismo, madeira e mobiliário. O plano Ambição PME XXI resulta da Iniciativa para o Investimento e o Emprego, aprovada pela Lei n.º 10/2009, de 10 de Março. Que, por sua vez, consagra a proposta da União Europeia

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cerca de 7,3 mil milhões

APOIO ÀS EMPRESAS totalizam 7,3 mil milhões

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Análise | Até meados de Outubro,

Iniciativa Ambição PME XXI


UM PAPEL preponderante

Paulo Gonçalves Presidente da Direcção da ARICOP

Associação Regional dos Industriais de Construção e Obras Públicas de Leiria

Em particular, entendo que os investimentos públicos de proximidade que garantem direitos elementares dos cidadãos, nomeadamente saneamento básico, fornecimento de água e electricidade, beneficiação de vias de circulação, reabilitação de edifícios afectos a serviços públicos, não devem de modo algum ser descurados.

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Este tipo de investimentos, em geral mais vocacionados para pequenos e médios empresários, constituem forma de garantir melhores condições de vida e, simultaneamente, a criação de oportunidades para o sector da construção, ávido por novas obras, com vista à viabilização de inúmeras empresas e à desejada manutenção de postos de trabalho. Por outro lado, na minha opinião, estes investimentos de menor dimensão apresentam sempre inúmeras vantagens positivas que superam claramente o agravamento do endividamento público que possam provocar. Pela sua dimensão e recursos envolvidos, projectos mais ambiciosos como o novo aeroporto e a rede de alta velocidade são obras de grande importância cuja viabilidade deverá, no entanto, ser inequivocamente fundamentada pelos estudos prévios. Deste modo, conseguir-se-á esclarecer definitivamente a opinião pública acerca do resultado de uma equação que deverá comparar endividamento público com o desenvolvimento que o país poderá conhecer com esses investimentos. Apesar do tecido empresarial do sector da construção na nossa região ser na sua

generalidade constituído por pequenas empresas, este tipo de obras poderá sempre contribuir para um aumento da procura dos seus serviços e assim permitir contrariar a tendência imposta pela actual conjuntura. Sabendo que o mercado habitacional não conhecerá nos próximos anos o dinamismo de um passado recente, independentemente da sua dimensão, os investimentos públicos revestemse de importância estratégica para as empresas de construção e obras públicas e para todos os profissionais que nelas operam. Se o actual Governo encarar o investimento público como incentivo decisivo para a retoma deste sector, conseguirá por certo que a retoma se propague à economia em geral, por força da multiplicidade de relações que estabelece com as restantes empresas do tecido empresarial do nosso país. •



MAIOR VALOR acrescentado

Basílio Horta

Presidente do Conselho de Administração da AICEP - Portugal Global

O Programa Ambição PME XXI integra um conjunto de medidas e de soluções para as PME portuguesas que tem por objectivo central estimular a actividade económica e o emprego.

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ONVIDADO

A recente crise económica e financeira internacional tornou prioritária a adopção de medidas que colmatassem as dificuldades das empresas, em particular nas vertentes do financiamento, da gestão de risco e da internacionalização. Do ponto de vista do financiamento, destaco as Linhas de Crédito PME Investe, que permitiram apoiar já mais de 47.000 empresas, e mais recentemente os novos Fundos criados para apoio à concentração e consolidação de empresas e para operações de reestruturação. Ao nível da gestão do risco, foi extremamente importante o lançamento das novas Linhas de Seguros de Créditos à Exportação, para países OCDE e Fora da OCDE, no valor global de 3.000 milhões de euros, que possibilitaram a muitas empresas retomarem as suas operações internacionais. A expectativa é de que este conjunto de medidas permita às PME portuguesas resistir ao período que atravessamos e estar em condições de aproveitar o relançamento económico subsequente à crise.

O desafio para as empresas, é potenciar estes instrumentos e orientar os seus negócios para produtos e serviços de maior valor acrescentado e para novos mercados internacionais, na consciência de que a internacionalização crescente das PME portuguesas é a única via para o crescimento económico sustentado de Portugal. •



Análise |

Redes de nova geração

META: 25 mil empregos

Em torno das redes de nova geração (RNG) pode vir a nascer uma indústria responsável por 25 mil empregos. O objectivo, na primeira fase, é ter um milhão de portugueses ligados à fibra óptica de alto débito. Mas não só.

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Até ao final do ano que vem, todas as escolas do ensino básico e secundário, hospitais públicos e centros de saúde, serviços da Justiça, universidades e politécnicos, museus e bibliotecas vão

ter acesso à infra-estrutura e tecnologia que garante a transferência de dados em menos de nada. Descarregar um filme da internet, por exemplo, será coisa para demorar não mais de cinco a sete minutos num futuro próximo, graças à oferta já anunciada: 100 Mbps de débito. Numa medida pioneira na União Europeia, Portugal avançou este Verão com cinco concursos públicos para o investimento em RNG em meio rural (Norte, Centro, Sul, Açores e Madeira). As concessões prevêem a instalação das infra-estruturas e o fornecimento de conteúdos. Com incentivo público. A ideia é colmatar falhas de mercado, evitando o fosso digital entre zonas urbanas e rurais. Trata-se de promover

a expansão da rede nos locais que em circunstâncias normais seriam ignorados pelos operadores privados, por apresentarem baixa densidade populacional e fraca economia de escala. No distrito de Leiria, são abrangidos os concelhos de Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande. Uma empresa de Leiria, a Triplenet, concorre a três concursos. Telemedicina e outros mundos As RNG proporcionam serviços de telecomunicações mais rápidos, tanto no domínio da internet como da televisão e outros. Telemedicina, jogos em rede, ambientes virtuais, partilha de vídeos,


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serviços de backup e computação remotos, educação, mobilidade, segurança e televigilância, turismo, cultura e lazer – as possibilidades são imensas. Será possível levar serviços médicos a populações remotas, facilitando o combate a doenças crónicas; conferir maior autonomia às populações seniores; fazer do televisor uma extensão dos serviços púbicos, permitindo atendimento personalizado à distância. Em relação ao cluster das RNG, espera-se que venha a puxar pela indústria portuguesa, nomeadamente nas tecnologias de informação e comunicação. As necessidades em termos de desenvolvimento de componentes de rede, físicos e imateriais, ligados à infra-estrutura e ao serviço, justificam as expectativas. O cluster envolve um protocolo entre o Estado, o Banco Europeu de Investimentos e quatro bancos portugueses para uma linha de financiamento de 800 milhões de euros, destinados a projectos de operadores de comunicações. Também o programa Compete (do QREN) disponibiliza 41,7 milhões de euros em incentivos para o investimento em RNG. Neste quadro, a Cisco já se comprometeu a incorporar tecnologia nacional nos seus produtos e a Ericsson anunciou a criação de um Centro de Integração de Sistemas com 300 postos de trabalho altamente qualificados. •

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No distrito de Leiria, são abrangidos os concelhos de Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande.


OR DENTRO

TRIPLENET quer agarrar uma parte do futuro Criada com as redes de novas geração no horizonte, a Triplenet, de Leiria, apresentou-se em quatro concursos

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públicos: Norte, Centro, Sul e Açores.

O Governo considera prioritário o investimento em redes de nova geração, como estímulo ao emprego, à economia e à info-inclusão. Nesta perspectiva, lançou cinco concursos para as zonas rurais que pretendem corrigir uma falha de mercado, contemplando municípios que por razões económicas seriam ignorados pelos operadores privados, dadas as baixas densidades populacionais e o limitado rendimento per capita. Nesta corrida aparece então a Triplenet, de Leiria, uma empresa com ligações à IPTV Telecom e liderada por quadros que estiveram recentemente na Pluricanal, entretanto adquirida pela Zon. José Oliveira, director-geral da Triplenet, considera que o desenvolvimento das redes de nova geração pode “ter relevância” em volume de emprego e contribuir para desencadear “uma dinamização da indústria”. “Na fase inicial, há a empregabilidade que estas redes podem desenvolver em termos de instalação. No futuro, há toda uma área de negócio que se cria, que inclui conteúdos, serviços e telecomunicações”, afirma o responsável. Os concursos a que a Triplenet se

apresentou – Norte, Centro, Sul e Açores – têm em vista a instalação, gestão, exploração e manutenção de redes de comunicações electrónicas de alta velocidade. Só o referente ao Centro está avaliado acima de 30 milhões de euros e pode gerar 80 postos de trabalho no primeiro ano de actividade. O prazo para a construção da infra-estrutura, em 43 concelhos, é de 24 meses. Contempla cinco concelhos do distrito de Leiria (Alvaiázere, Ansião, Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande) e outros 38 municípios nos distritos de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Lisboa, Santarém e Viseu. A população residente neste território é de 387 mil pessoas. A candidatura da Triplenet tem a Oni como parceiro utilizador. A operadora compromete-se a usar as redes que vão ser construídas para fazer chegar serviços de televisão, internet e voz. •



FUNÇÃO ESSENCIAL do Estado O investimento público, pela sua natureza, deve ter um contributo importante para o crescimento sustentado da economia. O investimento público é a tradução de uma função tradicional e essencial do Estado de criar infra-estruturas públicas essenciais à actividade económica em vários domínios – transportes, energia, comunicações,

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educação, saúde...

Rocha de Matos Presidente da AIP

Associação Industrial Portuguesa

O investimento público pode ainda, em épocas de recessão, constituir um estímulo do mercado, antecipando / criando procura com efeitos multiplicadores na evolução da economia a curto prazo. É nosso entender que as opções de investimento público devem ser tomadas tendo prioritariamente como objectivo a criação e manutenção de infraestruturas necessárias para a melhoria da competitividade da economia. A importância do investimento público não pode alhear-se do modo do seu


ONVIDADO

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haver uma visão comum, um programa estratégico de desenvolvimento baseado na generalização de uma boa articulação e complementaridade entre as áreas pública e privada, envolvendo os agentes económicos, políticos e sociais. •

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externo a que se tem recorrido. Neste sentido, as opções de investimento público que sempre devem ser objecto de análises de custo-benefício rigorosas e transparentes, tornam-se mais exigentes face à necessidade de articular o estímulo imediato à economia, e o papel do investimento público no aumento da capacidade produtiva nacional no actual contexto em termos de financiamento. Uma palavra final para a necessidade imperiosa de, nomeadamente quando se fala de opções de investimento público,

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financiamento. Várias vezes, ao longo dos últimos anos, a AIP-CE salientou a necessidade de uma efectiva consolidação das contas públicas através da necessária redução das despesas correntes e melhoria dos níveis de despesa em investimento. A actual situação de crise, exigindo uma resposta orçamental excepcional, mostra bem a importância destes aspectos. No caso português, para além dos desequilíbrios em termos orçamentais, existem também restrições financeiras a ponderar face aos níveis de financiamento


Análise |

Modernização das escolas

UMA REVOLUÇÃO do básico ao secundário

Lena Construções, Aníbal Cristina e Sociedade de Construções José Coutinho, todas com sede no distrito de Leiria, são construtoras contempladas no programa de modernização do parque escolar, uma iniciativa que no segundo trimestre deste ano já tinha tocado a mais de um milhar de

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empresas.

No distrito de Leiria, sabe-se neste momento que são abrangidas as escolas Rodrigues Lobo e Domingos Sequeira (Leiria) e outras em Alcobaça, Pombal, Marinha Grande, Caldas da Rainha e Bombarral, além de Ourém, no distrito de Santarém.

De facto, o mais recente balanço oficial indica que a 31 de Maio a intervenção já valia 6.543 postos de trabalho em 1.149 empresas, segundo dados do Ministério da Educação. Considerando tanto o ensino secundário como o segundo e terceiro ciclos do ensino básico, está em causa um investimento de 2,6 mil milhões de euros em 255 estabelecimentos. No distrito de Leiria, sabe-se neste momento que são abrangidas as escolas Rodrigues Lobo e Domingos Sequeira (Leiria) e outras em Alcobaça, Pombal, Marinha Grande, Caldas da Rainha e Bombarral, além de Ourém, no distrito de Santarém. O programa do ensino secundário é o mais ambicioso. Gerido pela Parque Escolar EPE, tem como objectivo a intervenção em 330 escolas até 2015. Até agora iniciaram-se procedimentos avaliados em 2,4 mil milhões de euros para um total de 205 edifícios. Há obras concluídas, outras em curso, outras lançadas e adjudicadas. A estimativa é de 5.100 empregos e 900 empresas envolvidas. Ao mesmo tempo, o Governo assinou um conjunto de acordos com autarquias, com vista à requalificação do parque escolar do segundo e terceiro ciclos do ensino básico, que prevê a intervenção em 50 escolas identificadas como sendo as mais degradadas no país. Os contratos representam 175 milhões de euros, 1.453 postos de trabalho e 249 empresas em actividade.

Auto-suficiência energética

No caso do secundário, foi desenvolvido

um modelo de contratação que associa ao contrato de empreitada das obras um contrato de manutenção para 10 anos. Após a selecção das escolas, é suposto existir um trabalho conjunto com os responsáveis locais. Objectivo: a transformação de edifícios-tipo em edifícios ajustados ao projecto educativo e ao contexto social onde se inserem, procurando que as respectivas comunidades educativas se revejam nas soluções propostas. E de permeio garantir a eficiência e a auto-suficiência energética dos mesmos. De acordo com o Ministério da Educação, o programa tem em vista requalificar e modernizar os edifícios, abri-los à comunidade e instaurar um sistema de gestão garante de uma manutenção eficaz. Na primeira vertente, as metas são corrigir problemas construtivos, melhorar a habitabilidade (com foco na acústica, qualidade do ar, segurança, acessibilidade), adequar os espaços e modernizar os equipamentos dos laboratórios e oficinas, bibliotecas e centros de recursos, redes e salas de tecnologias de informação e comunicação, secretarias e zonas de recepção ao público em geral; garantir espaços de trabalho e de pausa para o corpo docente, bem como para convívio e trabalho informal de alunos. Em segundo lugar, é pretendida uma aproximação à comunidade, recentrando a escola nos meios urbanos em que se insere, criando de segurança para que, nos horários pós ou extra-escolares, os edifícios possam ser utilizados pela comunidade no âmbito das actividades


O programa do ensino secundário é o mais ambicioso. Há obras concluídas, outras em curso, outras lançadas e adjudicadas. A estimativa é de 5.100 empregos e 900 empresas envolvidas.

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Para garantir eficácia na coordenação, evitando uma dispersão excessiva de contratos, o modelo de contratação prevê que as empresas são seleccionadas para lotes de obras com valor global estimado de 25 a 30 milhões de euros. O financiamento do programa é assegurado pela União Europeia, pelas comparticipações do Programa de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC), por financiamento bancário (nomeadamente do BEI – Banco Europeu de Investimento), e por outras comparticipações do Estado, que asseguram o financiamento da prestação de serviços da Parque Escolar, o serviço da dívida da operação de financiamento bancário e a componente de contrato com o exterior relacionado com a conservação e manutenção. •

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Modelo de financiamento

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associadas à formação pós-laboral, aos eventos culturais e sociais, ao desporto e ao lazer. Finalmente, a terceira vertente implica a criação de um sistema após a conclusão das obras garanta a a correcta utilização das instalações e uma resposta eficaz às necessidades de reparação, conservação e manutenção.


A BOLA E A RODA que giram sem parar

Paulo Fernandes Gestor de empresas

O mundo só consegue rodar e girar se tiver energia. Nos últimos anos, não nos preparámos para tudo aquilo a que estamos a assistir. Coloca-se a hipoteca do futuro em parangonas e não se percebe que o presente já está hipotecado. Não temos de viver amedrontados com isso.

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ONVIDADO

Muitos de nós hipotecam as casas, as instalações fabris e as sedes das organizações, confiantes na capacidade de produzir e de gerar riqueza no futuro. Infelizmente, e porque nos últimos anos não investimos em sectores capazes de gerar riqueza, continuamos dependentes do factor Estado e de uns quantos empresários audazes, que sobrevivem a ambientes adversos. A actual situação económica do País conduz-nos à necessidade de gerar riqueza por meios próprios. Dispomos desses meios. Basta pensar na extraordinária localização do nosso País e na nossa atitude humana. Temos empresários exemplares, com saber saber e saber fazer, gente que não aposta na sorte, mas que de uma forma séria, honesta, planeada e rigorosa investe e se prepara para todos os cenários. Ainda assim, neste momento, estamos a ser incapazes de estimular a nossa economia. Potenciar os principais sectores de actividade, como comércio, indústria, energia, serviços e

turismo, é um processo longo, que demora a concretizar-se em qualquer país. E tempo é o recurso de que já não dispomos! Se nos mantivermos passivos não vamos alterar o rumo das coisas. Por outro lado, guerras internas, nesta altura, não nos favorecem. Todos devemos participar unidos na reconstrução do nosso tecido empresarial. É preciso agir e fazer agir. Nos próximos anos não me parece que existam alternativas à enorme dependência que temos do factor Estado. É urgente apostar no investimento público, na poupança, no controlo rigoroso e assíduo do défice e, em paralelo, de uma forma séria, no planeamento de acções que nos conduzam, nos sectores mais importantes, a políticas sustentáveis de geração e importação de riqueza. O desenvolvimento das infra-estruturas de um País que aposta num futuro sério, planeado e organizado, nunca poderá ser um erro. O investimento público, se for articulado

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ainda uma especial valia na estratégia de desenvolvimento regional e de crescimento e modernização do País. Após a tempestade vem a bonança, mas a história diz-nos que as recuperações só se conseguem com todos: com o Estado, com as organizações, com os empresários e com cada um de nós. Este mundo deve ser observado como uma bola e não apenas uma roda, que todos nós temos obrigação de fazer girar sem parar. •

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com o desenvolvimento de diversos sectores de actividade, se for dirigido a um leque de iniciativas estratégicas, trará, no curto prazo, alívio e, no longo prazo, capacidade de gerar riqueza. Os grandes projectos de investimento público constituem, assim, um importante factor de dinamização da economia. Contribuem de modo acrescido para a diversificação do tecido empresarial, criam e mantêm emprego qualificado, acrescentam valor. Apresentam


Análise | Liderar a revolução energética. Será ambição demasiada? A estratégia assenta na eficiência e no reforço das renováveis. Para combater o aquecimento global e reduzir a dependência do exterior, atenuar a dependência do petróleo, menorizar os impactos no endividamento do país,

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incentivar a economia.

Energias renováveis

VENTOS de mudança

Eólica, hídrica, solar, ondas, biomassa -- o objectivo geral é duplicar, até 2020, a capacidade de produção em Portugal de energia eléctrica a partir de fontes renováveis, eliminando importações. Há projectos símbolo: a maior central fotovoltaica do mundo no Alentejo, as zonas piloto de aproveitamento das ondas, a futura fábrica de baterias para veículos eléctricos da Renaul-Nissan. Mas também há conquistas. O país ocupa o quinto lugar europeu nas energias renováveis e está nos primeiros dez do mundo em potência eólica instalada. Em 2020, cerca de 60 por cento da electricidade produzida em Portugal terá fontes renováveis, sobretudo água e vento. Uma parte do esforço prende-se com aumento da eficiência no consumo, modernização dos transportes e aposta nos biocombustíveis. O restante é investimento

no sector eólico (aumentando para 8.500 MW a potência instalada), no solar (multiplicando por dez a meta actual) e na hídrica (o plano nacional de barragens prevê dez novos aproveitamentos). De permeio, à volta da energia, pretendese alimentar o crescimento da economia através de projectos com elevada intensidade tecnológica e apetência exportadora, que permitam a Portugal ser um dos líderes da fileira no plano internacional. Para já, o lançamento de barragens promete dinamizar engenharia e construção, a produção de painéis solares e aerogeradores justificou novas unidades industriais, o solar térmico tem animado a distribuição e instalação.

Recurso naturais únicos

No eólico, a capacidade instalada em Portugal vai crescer 65% nos próximos

No eólico, a capacidade instalada em Portugal vai crescer 65% nos próximos quatro anos, atingindo 5.400 MW em 2013, contra os actuais 3.400 MW. Hoje, esta fonte vale oito minutos em cada hora de energia consumida. Ou seja, representa 13% do total do consumo energético.


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anualmente o equivalente ao consumo de 30 mil famílias, ocupando uma área de 250 hectares composta por 2.520 seguidores solares e 262.080 módulos fotovoltaicos. É operada pela empresa espanhola Acciona. Mais conhecido é o programa Solar Térmico 2009, que permite ao consumidor adquirir uma solução chave-na-mão de painéis solares paga em parte a fundo perdido pelo Estado. O Governo definiu como objectivo para 2009 a instalação

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O potencial de 2.200 a 3.000 horas de Sol por ano, um dos melhores índices na Europa, encontra-se subaproveitado. Em dez anos, o Governo quer chegar aos 1.500 MW - dez vezes mais do que existe hoje - através do fotovoltaico, térmico, CSP e filmes finos. A maior central fotovoltaica do mundo fica na Amareleja, Alentejo, e entrou em funcionamento em Dezembro após um investimento 261 milhões de euros. Produz

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quatro anos, atingindo 5.400 MW em 2013, contra os actuais 3.400 MW. Hoje, esta fonte vale oito minutos em cada hora de energia consumida. Ou seja, representa 13% do total do consumo energético. Em 2020, a meta são os 8.500 MW de potência, incluindo o aproveitamento de zonas marítimas em regime off-shore e a produção por minieólicas. Outra área em que Portugal beneficia de recursos naturais privilegiados é a do solar.


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de 250 000 metros quadrados de painéis em mais de 65 000 habitações, o que é equivalente a cerca de quatro vezes mais a área anual instalada em 2007 e 2008. Estima-se a criação de 2.500 postos de trabalho e o investimento chegará aos 225 milhões de euros, cabendo ao Estado uma comparticipação de 100 milhões. Ao mesmo tempo, a adesão à microgeração, que possibilita a venda de electricidade produzida em casa à rede nacional, tem sido um sucesso e até 2015 há intenção de licenciar um total de 150 MW, o equivalente à capacidade da central hídrica do Baixo Sabor. Até 2020, o Governo quer também reforçar o potencial hídrico de 46 para 60 por cento. Está sobre a mesa um investimnto de 2,6 mil milhões de euros, com 20 mil empregos e dez novas barragens. Mas um relatório da Comissão Europeia conhecido esta semana considera que os impactos negativos do plano afectam gravemente a qualidade da água dos rios, ao ponto de impedir o cumprimento da directiva europeia da água até 2015. A Quercus pediu a suspensão do programa. O plano nacional de barragens visa atingir uma capacidade instalada hidroeléctrica superior a 7.000 MW em 2020 e contempla, além de novos aproveitamentos, o aumento de potência em seis empeendimentos já existentes e o desenvolvimento de mini-hídricas para o dobro da capacidade actual. Entretanto, no domínio dos recursos florestais, o Ministério da Economia apostou na criação de uma rede de centrais termoeléctricas a biomassa, tendo lançados concursos para atribuição de capacidade de injecção de potência na rede para 15 lotes correspondentes a um total de 100 MW, que somam aos 150 MW de potência já atribuídos.

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O novo automóvel

Uma das bandeiras da mudança é a fábrica de baterias para automóveis eléctricos que a Renault-Nissan vai instalar em Portugal. Desenvolve-se em simultâneo com a criação de uma rede piloto de abastecimento deste tipo de veículos, no âmbito da estratégia para a mobilidade eléctrica. Prevê 320 locais de

Em 2020, cerca de 60 por cento da electricidade produzida em Portugal terá fontes renováveis, sobretudo água e vento. Uma parte do esforço prende-se com aumento da eficiência no consumo, modernização dos transportes e aposta nos biocombustíveis. O restante é investimento no sector eólico (aumentando para 8.500 MW a potência instalada), no solar (multiplicando por dez a meta actual) e na hídrica (o plano nacional de barragens prevê dez novos aproveitamentos). abastecimento em 2010 e 1300 em 2011. Além disso, está pensada a introdução de pontos de carregamento em edifícios em espaços privados para permitir aos utilizadores o carregamento lento. A fábrica de baterias de iões de lítio destinadas ao abastecimento de carros eléctricos pode criar 200 postos de trabalho e representa um investimento de 250 milhões de euros, com capacidade para 60 mil unidades anuais, devendo encontrar-se operacional em 2012. A intenção, anunciada pela Nissan em Julho, é criar dentro do país um mercado de carros movidos a electricidade que servirá de teste para o mercado mundial. O programa do Governo propõe-se assegurar que, até 2015, 50% dos veículos comprados pelo Estado sejam híbridos

A fábrica de baterias de iões de lítio destinadas ao abastecimento de carros eléctricos pode criar 200 postos de trabalho e representa um investimento de 250 milhões de euros, com capacidade para 60 mil unidades anuais, devendo encontrar-se operacional em 2012.


ou eléctricos e que, até 2020, 750.000 dos veículos em circulação sejam veículos híbridos ou eléctricos.

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Mais atrasado está o projecto da energia das ondas. Os três dispositivos Pelamis instalados na Aguçadoura, na Póvoa de Varzim, foram retirados do mar. O investimento de 8,8 milhões de euros está parado devido a problemas técnicos. Vale 2,25 Mw e pode voltar a funcionar em 2011. Numa segunda fase, o objectivo é crescer para 20 MW, com a instalação de 25 máquinas, o que implica 60 a 70 milhões de euros e permitirá responder à procura média anual de electricidade de 15 mil famílias. No ano passado, havia 0,4 MW em operação na central do Pico, nos Açores. Em Portugal, há ainda outro projecto de energia das ondas, uma zona-piloto ao largo da costa de Peniche, que tem a participação do Grupo Lena, de Leiria, através da Eneólica. •

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Sem ondas


ONVIDADO

A LÓGICA do aeroporto de Fátima O Investimento Público na Expansão da Rede de Estradas e demais Vias de Comunicação. Que benefícios para o Turismo? O Caso do

Pedro Marto Pereira

Presidente da Direcção da ACISO

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Associação Empresarial Ourém-Fátima

Aeroporto na Região Centro.


Inves�mento Público na Dinamização da Economia

Económica no País, há muito que justifica a concretização, no seu território, de um Aeroporto Regional, até porque ainda é, na franja atlântica da Península Ibérica que se estende da Corunha até ao Algarve, a única Região com expressiva concentração Populacional e de Actividade Económica, que o não possui. E a existir, pela sua (maior) capacidade de geração e sustentação de tráfego aeroportuário, Fátima seria a mais lógica das suas (possíveis) Localizações. •

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deverá ser sempre atribuída, quanto mais não seja, ao nível do contributo que poderão dar ao Desenvolvimento Sócio-Económico das Populações. E a razão fundamental para que isso aconteça, prende-se com o facto de actualmente o principal e mais significativo fluxo de turistas utilizar, nas suas deslocações, a via aérea, o que, desde logo, faz condicionar o surgimento e crescimento – e, por consequência, também o desenvolvimento - de qualquer Destino / Oferta Turística, à existência (ou não), na sua proximidade, de uma eventual Infra-estrutura Aeroportuária, ainda que apenas capacitada para poder vir a receber voos civis de médio porte, charters ou regulares (incluindo os de “Low-cost”). A Região Centro por tudo aquilo que já hoje representa, quer em termos de Turismo, mas igualmente em termos de Actividade

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À semelhança do que acontece em relação às demais Actividades Económicas, também, para o Turismo, todo o Investimento Público que possa e venha a ser efectuado na Expansão e Desenvolvimento de Estradas e demais Vias de Comunicação se revela de enorme importância. Ainda assim e no que respeita, em concreto, à Actividade Turística - e, sobretudo, àquela que resulta do movimento de Visitantes Estrangeiros que se deslocam ao nosso País e, não raras vezes, à nossa Região -, é, hoje em dia, por todos reconhecido, que os efeitos induzidos pela existência e funcionamento, por perto, de uma qualquer Infraestrutura Aeroportuária, se sobrepõem, largamente, à extensão e qualidade das vias de comunicação terrestres que aí se possam encontrar, independentemente da importância estratégica que lhes será e


OR DENTRO

ENEÓLICA acolhe ventos e ondas do mar A produção de energia a partir de fontes renováveis é o objectivo da actividade da Eneólica, uma empresa

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Inves�mento Público na Dinamização da Economia

integrada na subholding Lena Ambiente e Energia, do Grupo Lena, com sede em Leiria.

O posicionamento da Eneólica tem em consideração a aposta na diversificação de mercados, de fontes de energia e de tecnologias para o seu aproveitamento. Daí que, para prosseguir a missão de produzir energia a partir de fontes renováveis, desenvolver tecnologias limpas de sequestro de carbono fóssil e criar produtos de valor acrescentado, a empresa defina mercados tão diferentes como o eólico, o solar, a bioenergia, as ondas e a mini-hídrica. O potencial de energias renováveis em Portugal é mais do que suficiente para satisfazer as necessidades do país em matéria energética, existindo, ao mesmo tempo, o conhecimento e capacidade tecnológica para converter os recursos em favor das comunidades. Falta, isso sim, o desenvolvimento em grande escala do negócio. No sector eólico, a empresa do Grupo Lena concluiu já o investimento de 17,2 milhões de euros no parque de Marvilha, no concelho da Batalha, em exploração desde Janeiro de 2008, com 12 MW de potência instalada. E em Dezembro do ano passado arrancou com a operação no parque de Sicó, onde detém

uma participação de 47,6 por cento. A capacidade instalada é de 20 MW. Um dos emblemas da Eneólica é, em parceria com a finlandesa AW Energy, o projecto de demonstração de produção de energia a partir da força das ondas, cuja fase piloto, a concluir até Setembro do ano que vem, prevê a demonstração à escala comercial de 300 kw de electricidade. Ao largo de Peniche, o projecto vai recorre ao sistem Wave-Roller, desenvolvido pela AW Energy, um sistema que aproveita ondas de fundo próximo da costa para converter energia das ondas em electricidade. O primeiro protótipo foi instalado e testado com êxito. Recentemente, ambas as empresas assumiram o compromisso de financiar uma central com a potência de 1 MW. •


Publireportagem

Modernização tem sido uma das apostas da empresa de Monte Real

Guilimpa quer diversificar serviços para garantir crescimento A pensar no ambiente

Inserida no sector de limpezas, a Guilimpa, Lda é uma empresa familiar que irá comemorar 30 anos de actividade em 2010. O capital de experiência angariado ao longo de três décadas, permite à empresa ser uma referência no sector das limpezas. A Guilimpa encontra-se certificada há um ano, o que levou a profundas transformações, que resultaram num alargamento dos sectores de actividade para os quais a empresa presta serviços, “desde o sector público ao privado, passando por sectores como a saúde, a indústria automóvel, moldes, vidreira, turismo, recintos desportivos, entre outros”, explica Carlos Santos, um dos responsáveis pela empresa. Com uma equipa de 130 trabalhadores e uma frota de 9 veículos, a Guilimpa presta um conjunto vasto de serviços, como são o caso de trabalhos em altura, todo o tipo de tratamento de pavimentos ou limpeza. A nível industrial, a desengorduração de paredes e pavimentos são alguns dos serviços prestados. A modernização da empresa tem sido uma aposta da Guilimpa, “nos últimos dois anos”. Investimos cerca de 100 mil

euros em equipamentos de limpeza”, refere Carlos Santos. A Guilimpa procura actualmente apostar em três frentes, como refere Virgínia Santos, sócia-gerente da empresa: “máquinas mais sofisticadas e produtos de limpeza certificados, os quais já estamos a utilizar; renovação da frota e formação dos trabalhadores.” Se o presente é auspicioso para a empresa, tendo este ano crescido “mais de 40 por cento”, segundo Carlos Santos, o futuro reserva vários projectos para tornar a Guilimpa ainda mais moderna e competitiva. Uma co das medidas é d a adopção de algumas políticas relatip vas à norma ISO 1 4 0 0 0 . Outra ambição para 2010 é chegar a outros sectores de actividade, como é o caso da hotelaria e serviço a lares, onde a empresa já tem alguns clientes. Para tal, os responsáveis da empresa tiveram formação em Itália “onde pudemos observar como os italianos estão a trabalhar nesse sector, porque em Portugal ainda não existe, em termos de hotelaria, o conceito de outsorcing, pelo menos no sector da limpeza.”

A Guilimpa tem uma crescente preocupação com o ambiente. Para tal, utiliza métodos de trabalho certificados e que procuram a poupança de água. Na limpeza de pavimentos, a implementação do sistema Eurospeed que permite poupar água e químicos, optimizando o tempo de trabalho dos colaboradores da empresa. O mesmo vai acontecer quando a empresa investir, dentro de algum tempo, em máquinas ecológicas, que fazem a renovação da água. Carlos Santos explica que este investimento “implica um pequeno esforço financeiro no momento, mas vamos poupar mais tarde, porque diminuímos custos nos químicos e na água.”

BI Foi fundada em 1980, por Guilherme Sousa Santos, mantendo-se até 1993 como empresa em nome individual. Começou com serviços domésticos e hoje é uma empresa virada para o sector industrial e de serviços. Tem já uma carteira de clientes vasta, desde Tróia, a Pedrógão Grande e Figueira da Foz. Apesar da aposta ser regional, “ a visão é global”, como explicam os responsáveis da empresa. Telefone: 244 566540 E-mail: geral@guilimpa.mail.pt


ONVIDADO

É DECISIVO estimular as exportações O investimento público português na dinamização da actividade económica revela-se, neste momento de particular e decisiva importância para o País,

Leonel Costa

Presidente da CEFAMOL

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Associação Nacional da Indústria de Moldes

essencialmente por três razões.


Em primeiro lugar porque Ê decisivo estimular as exportaçþes contrariando a actual tendência de fragilização e reforçando a importância de internacionalização das nossas indústrias. Tarefa que Ê especialmente dificil num contexto concorrencial em mudança que, entre outros aspectos, tem sido palco da valorização do euro face ao dólar restringindo a Europa quase ao seu próprio mercado. Portugal terå em termos individuais um papel muito pouco relevante na recuperação internacional da crise, mas Ê dela que depende a nossa própria recuperação. Em segundo lugar, porque o País estå a viver uma acelerada reestruturação em que se torna vital evitar grandes rupturas, substituindo velhas actividades por novas actividades com maiores potencialidades

de futuro. Estamos confrontados com profundas alteraçþes dos modelos de negócio, o que exige respostas adequadas tanto em termos do peso financeiro e económico como na composição dos capitais sociais das empresas, sendo assim necessårio uma maior facilitação de acesso ao crÊdito para o bom funcionamento do sistema. A ultrapassagem das dificuldades actuais exige, ainda, dar prioridade à disponibilização de meios para investimento: em conhecimento, economicamente valorizåvel; em promoção comercial externa; e em cooperação orientada para a adequação quer das competências disponíveis quer das capacidades produtivas instaladas. Em terceiro lugar, pensamos ser preciso revigorar o poder de compra da nossa

classe mĂŠdia (especialmente atravĂŠs da oferta de emprego) componente essencial do crescimento que o paĂ­s necessita. Sendo tambĂŠm importante que os grandes investimentos pĂşblicos em infraestruturas privilegiem a componente nacional a neles integrar, tanto em trabalho como noutro tipo de bens e serviços. Toda esta intervenção pĂşblica, incluindo o seu investimento, deverĂĄ ter em vista a preservação e o robustecimento de trĂŞs vectores: competitividade, inovação e produtividade. ProblemĂĄtica que tem de ser complementada com o fortalecimento da posição na UniĂŁo Europeia para que paĂ­ses com moedas artificialmente baratas as valorizem, em especial, face ao euro. •

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Inves�mento Público na Dinamização da Economia

Invista no futuro da sua empresa.


PAGAR a intervenção com a inovação 1. Marx enganou-se!!?

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ONVIDADO

O muro de Berlim caiu há 20 anos. A queda significou que o pensamento base, da evolução das economias previsto por Marx, estava errado. Em vez da evolução do capitalismo para o socialismo e deste para uma sociedade perfeita comunista, pareceu existir uma marcha atrás. Afinal depois da sociedade socialista regressava o capitalismo… Quem acreditava que o bem-estar e a riqueza resultavam de um estado super interventor e colectivista viu a sua fé abalada pelos resultados atingidos: uma sociedade oprimida e desigual com uma riqueza anexada ao aparelho político e a maioria da população num estado de pobreza e enorme desigualdade de oportunidades. No entanto, o “pós muro” revelou uma transição dolorosa para as populações e o questionar dos benefícios relativos de uma “economia de mercado” assente num estado “quase não interventor” e na iniciativa privada. Essa questão levantou-se também na década de 30.

2. Os clássicos liberais enganaram-se !!?

A célebre crise de 29, que em muitos aspectos se parece com a crise que passamos, revelou também que os economistas clássicos, que defendiam um estado não interventor, se enganaram. A “mão invisível” de Jean Batiste Say que se encarregaria de restabelecer o equilíbrio na economia pela liberdade plena dos agentes de mercado, afinal não actuou quando a sobre produção e a anemia da procura apareceram. Os resultados foram: crash bolsista, desemprego, deflação, falências e quebras de rendimento das famílias. O capitalismo ultra liberal faliu e a figura do estado “quase espectador” faliu também. O pensamento e a prática económica adaptaram-se e é certo que os extremos provaram não resultar. A riqueza e uma sociedade com rendimentos não

Joaquim Paulo Conceição

Administrador do Grupo Lena e Docente no IPL Instituto Politécnico de Leiria

brutalmente assimétricos, não se constroem com muita ou com nenhuma intervenção do estado. Alguma intervenção se requer.

3. Keynes acertou!!?

A partir da década de 30 Keynes lançou a proposta que salvou o capitalismo com alguma intervenção do estado. A sua proposta simples foi que o estado deveria ser o dinamizador de uma procura anémica, apostado na realização de grandes obras públicas, assim a procura pública dinamizava a privada e o equilíbrio obter-se-ia pela razoável intervenção do estado. Esta abordagem resultou na altura e, seguramente resultará hoje. O aumento da despesa pública será algo natural numa postura Keynesiana para vencer a crise. O estado deve dar o primeiro sinal forçando o acréscimo da produção inicialmente a partir da procura pública e, depois, impulsionando os agentes privados (empresas e famílias) a maiores investimentos e consumo. Além disto o estado social deve ser equilibrador e as situações de desemprego e pobreza devem ser atenuadas, isto significa mais despesa pública. Como se financia essa despesa pública numa economia que não cria riqueza? Quais os limites para os acréscimos de despesa pública?

4. Pagar a despesa, eis a questão.

Sem crescimento económico os impostos não podem financiar os acréscimos de despesa pública, o endividamento externo do país é inevitável. Existe uma referência para os países da CE de 3% do seu PIB que, naturalmente nesta fase, todos ultrapassam. Quais são então os limites para o papel interventor do estado tendo por base a despesa pública e o endividamento que implicam? Como gestor não posso dar uma resposta diferente da requerida às empresas


melhoria da produtividade. As empresas libertarão mais meios se se diferenciarem, se inovarem, se mudarem, se procurarem a proximidade à investigação e ao ensino. O Estado deve ser o líder na definição de um posicionamento estratÊgico diferenciador do nosso país, baseado na inovação, e o principal dinamizador de uma investigação útil (serå que não deveria ser obrigatório, para obtenção de apoio a projectos de investigação nas universidades, a presença de empresas???). Assim, mais facilmente venceríamos os limites ao endividamento porque nos posicionavamos em negócios de maior valor acescentado.

5. Moral da histĂłria

se gasta muito ou pouco mas se gasta bem! Tal como nĂłs temos de demonstrar que pagamos os nossos salĂĄrios Ă s empresas onde trabalhamos, o estado deve ter a prudĂŞncia de se questionar se rentabiliza aquilo que custa racionalizando e deve “gastarâ€? bem, direccionando os investimentos pĂşblicos nĂŁo em função de “comissĂľes individuaisâ€? ou financiamentos partidĂĄrios, mas em função de uma economia colectivamente mais moderna, posicionada na inovação e em investimentos que nĂŁo comprometem o futuro mas geram meios para pagar o esforço de divida que agora temos de fazer para retomar o crescimento e assegurar o desenvolvimento econĂłmico. •

O estado tem de intervir na economia como dinamizador e na sociedade com equilibrador. A questĂŁo principal nĂŁo serĂĄ

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que passam por situação idĂŞntica. HĂĄ famĂ­lias que gastam hoje sem pensar como pagar amanhĂŁ, hĂĄ empresas que investem hoje por impulso e endividam-se por improviso. O problema fundamental estĂĄ em escolher racionalmente onde investir e assegurar o maior esforço possĂ­vel PRÉVIO para garantir que os empregos ou os projectos libertam os meios necessĂĄrios para pagar as dĂ­vidas. Ă€s famĂ­lias e Ă s empresas ĂŠ requerido fazer mais com menos-racionalizar e fazer as opçþes de investimento que assegurem a libertação de meios para pagar divida. Ă€ intervenção do estado nĂŁo se pede menos. Que poupe e racionalize as despesas nĂŁo produtivas sĂŁo enormes precisam baixar, neste caso precisamos menos estado e melhor estado. A administração pĂşblica tem de melhorar a sua produtividade. O estado tem de ser o primeiro exemplo de


OR DENTRO

MARMALCOA projecta fábrica na China A exportação tem sido desde o início o espaço privilegiado de actuação da Marmalcoa, empresa que comercializa

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aplicações de pedra calcária para exteriores e interiores.

A partir de Cadoiço, Alcobaça, tem passado ao lado da recessão que, no plano interno, atrasa a actividade da construção e obras públicas, assim como os sectores que gravitam à sua volta, como é o caso da extracção e transformação de inertes. Pelo contrário, a Marmalcoa espera aumentar o volume de negócios em 2009, reforçando o crescimento obtido em 2008, que fechou com cinco milhões de euros, mais 65 por cento do que em 2007. Fundada em 2001, a empresa tem no mercado francês (60 por cento) o principal canal de vendas, tendo realizado até ao momento várias obras com impacto, sempre no domínio da reabilitação urbana: é o caso da Place Paul Lendrin em Toulon, da Place du Palais em Bordéus, da loja Louis Vuitton em Paris e da linha de eléctrico de Marselha, a maior, que justificou em 2006 a saída de 700 camiões de carga. Outros países da Europa, Estados Unidos e Ásia completam os mercados externos, que valem 90 por cento da produção. O Médio Oriente é agora uma aposta.

Segmento alto

Privilegiando o fornecimento para

exteriores, a Marmalcoa compra a matéria-prima em blocos, que transforma em chapa ou à medida desejada e aplica pedra calcária de várias tonalidades. Faz reciclagem das lamas resultantes do processo. Fornece pavimentos, revestimentos, mobiliário urbano, marcos, fontes, escadarias, lancis, cantarias e – ao nível de interiores – lareiras, lava-mãos e banheiras. Em 2009, Teresa Sofia Carlos tornou-se sócia única, dirigindo com entusiasmo um negócio em que já foram investidos mais de quatro milhões de euros acumulados. A empresária de 35 anos considera que a aposta na exportação tem vantagens, como a segurança de pagamentos, a protecção da situação difícil em Portugal e o facto de tornar a empresa “conhecida a nível mundial”. A Marmalcoa tem a patente do produto Óptimo – pedra calcária a imitar calçada à portuguesa, sem necessidade de calcetar para aplicar. E dirige os fornecimentos de interiores para os segmentos mais altos do mercado. Em 2007 ficou concluído um investimento de 1,5 milhões de euros em novas instalações, uma etapa importante no percurso. “O que nos distingue de


muitas empresas é o prazo de entrega e a qualidade. É o ponto essencial para satisfazer o cliente. É o rigor que leva a que a Marmalcoa continue a crescer”, diz Teresa Sofia Carlos. Com 30 trabalhadores, não há planos para aumentar a dimensão em Portugal. “Hoje em dia ter uma empresa é muito difícil, só se vê impostos”, afirma a empresária. O Estado devia apoiar mais as pequenas e médias empresas, reforça. Como? Baixando o IRC, abolindo o pagamento por conta, aceitando o IVA com recibo, concedendo mais financiamento e ajudas à exportação. “Há muitas empresas de construção que fecharam as portas precisamente por causa dos atrasos nos

pagamentos por parte das instituições públicas”, acusa Sofia Carlos.

China no horizonte

Neste momento, o projecto mais importante que a Marmalcoa tem em mãos é a análise da viabilidade de abrir uma unidade em Xangai, cidade agregadora de uma população de 20 milhões, na China. Seria uma fábrica de dimensões consideravelmente superiores, comparando com a do Cadoiço, e cuja produção se iria dirigir para o mercado de interiores. Teresa Sofia Carlos estima ser necessário um investimento de cinco milhões de euros. Quer arrancar a actividade em Dezembro do próximo ano.

“Em tudo o que faço tenho os pés bem assentes no chão”. A escolha de Xangai – a maior cidade chinesa, no litoral do Oceano Pacífico – prende-se com ser “uma zona muito rica”, “com uma classe alta que não olha a preço”, permitindo aproveitar mãode-obra barata e apoios à instalação, além de possibilitar contornar os direitos aduaneiros 25 por cento que incidem sobre as importações de pedra calcária. “A China tem grande potencial”, resume a empresária de Alcobaça. •

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Sistemas solares para realidades severas


Publireportagem

Cordeuropa

A projectar negócios de sucesso As pessoas são o elemento central da Cordeuropa, empresa de execução de interiores de escritórios, com sede em Cortes, Leiria. Uma equipa de profissionais especializados “que gosta muito do que faz, compreende os clientes e sabe que as suas necessidades têm de ser satisfeitas a 100 por cento, faz toda a diferença”, refere o sócio-gerente Rui Cordeiro. Em cada projecto há a preocupação de adequar o lay-out às necessidades, permitindo aumentar a produtividade até 30 por cento, garante Rui Cordeiro. A empresa é representante de várias marcas internacionais, não estando ligada a uma fábrica, o que, para o administrador, dá toda a liberdade para conceber os melhores projectos. “O nosso compromisso é encontrar a melhor solução para o cliente”, afirma. Para que a satisfação seja máxima, a Cordeuropa tem uma carpintaria associada que faz

mobiliário por medida. Uma preocupação que, para o empresário, é o grande elemento diferenciador da empresa. “Desenvolvemos um projecto desde a ideia global, até à personalização da chávena do café”, exemplifica. Uma aposta na qualidade e flexibilidade de serviços que permitiram à Cordeuropa “passar de uma empresa que vendia mesas e cadeiras, para uma referência regional em interiores de escritórios”, defende. Para o sócio-gerente, o segredo do sucesso da Cordeuropa é simples. “Somos bons no que fazemos e fazemo-lo com responsabilidade”, afirma. Empresa quer ser referência nacional em 2015. A Cordeuropa foi criada em 2001, vocacionada para a venda de mobiliário de escritório. A preocupação em acompanhar a evolução do mercado levou à comercialização de Sistemas

integrados de Divisórias, iniciando uma parceria com a empresa Divilux. Com o aumento da rede comercial, houve a necessidade de alargar a oferta de serviços. “Sentimos a necessidade de criar projectos globais, que oferecem uma solução a 100 por cento ao cliente”, refere Rui Cordeiro. Nesse sentido, nasceu a associação com a empresa Omicom, que conta com 20 anos de experiência, na execução de obras em interiores. A Cordeuropa assume o papel central de uma rede de empresas, de forma “a garantir a máxima fiabilidade dos projectos”, afirma. A empresa está agora empenhada em conquistar o mercado nacional. O administrador assume que o objectivo é ser referência nacional no sector de interiores de escritórios. Paralelamente, a empresa quer ainda dirigir 20 por cento da área de negócios para a exportação.

O


PRIORIDADE à eficiência

Mário Barreiros

Director-Geral da Sodicentro Leiria

Numa altura em que a palavra crise é o denominador comum da população mundial pensar-se em soluções a curto ou médio prazo sem que haja prejuízo para benefício de outros é inevitável. O Investimento publico pode ser disso exemplo, no entanto com a cautela de ser bem direccionado para que as empresas portuguesas, e não outras, possam

UNIÃO EUROPEIA Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional

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Nova Linha de Crédito PME INVESTE IV - Barclays

enquadrado no cenário que atravessamos com objectivos possíveis de se alcançarem. Só munidas com elementos diferenciadores, ao nível da qualidade dos nossos serviços, produtos e ou preço é que conseguiremos captar o interesse de investidores do sector privado e estrangeiro. Para ultrapassar este cenário não deveremos concentrar apenas nas questões financeiras mas sobretudo na forma mais eficaz e eficiente de gerir as nossas empresas. •

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ONVIDADO

No mercado automóvel, por ex., com a prática da dupla tributação do IVA sobre o ISV estamos claramente a ser prejudicados. Nós concessionários, mas acima de tudo enquanto consumidores finais. Numa fase inicial o investimento público pode evitar ou adiar alguns dos problemas das empresas que se encontram a atravessar dificuldades, essencialmente vítimas de uma gestão ineficiente, contudo, se não houver controlo e uma supervisão dos fundos injectados nessas estruturas esse esforço público não repercutirá o efeito desejado. O investimento público deve ser equacionado paralelamente com a agilização de decisões que ajudem à dinamização de factores como a formação dos quadros das empresas, um planeamento estratégico perfeitamente

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usufruir dessas iniciativas.


OR DENTRO

JOSÉ COUTINHO estuda mercado internacional Criada a 2 de Abril de 1985, a Sociedade de Construções José Coutinho SA (designação actual) temInves�mento Público na Dinamização da Economia

se afirmado como uma das maiores empresas de construção civil e obras públicas no distrito de Leiria, tendo fechado o ano passado com um crescimento de 39 por cento no volume

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de negócios.

Com génese na construção e promoção imobiliária própria de edifícios de habitação, comércio e serviços, a sociedade anónima agregou desde a década de 90 o mercado de obras públicas e empreitadas para particulares. Em 2008, facturou 45,4 milhões de euros, mais 12,8 milhões do que havia feito no exercício anterior. Bem posicionada no segmentos dos equipamentos - exemplos: piscinas, escolas, quartéis, bibliotecas, instalações militares, unidades de saúde, infra-estruturas de água e saneamento - a empresa de Caldas da Rainha já garantiu trabalho ao abrigo do programa de modernização do parque escolar e vê oportunidades no programa de acção para o Oeste, a ser lançado e concretizado até 2017. Para Bruno Coutinho, adjunto da administração e representante da segunda geração da família, a modernização do parque escolar constitui mesmo “uma excelente medida do Governo no sentido de promover a economia no âmbito nacional e local”. Foi em Dezembro de 1990 que a designação jurídica mudou de Construções Paulino & Coutinho Lda para Sociedade de Construções José Coutinho SA, no quadro do processo de transformação do negócio em sociedade anónima. José Feliciano Coutinho

é o presidente do conselho de administração. A implantação na região Oeste é uma evidência. O portfólio de obras concluídas no segmento de promoção imobiliária comporta casos em S. Martinho do Porto, Caldas da Rainha, Rio Maior, Ericeira, Foz do Arelho e Bombarral. Em relação às obras públicas e privadas, os distritos de Lisboa, Leiria e Santarém são as zonas preferenciais de actuação. Em breve, Bruno Coutinho considera que “os mercados da reabilitação urbana e do arrendamento vão crescer”, sendo aconselhável que as empresas do sector saibam posicionar-se para aproveitar oportunidades. Mas é na área internacional que pode estar terreno fértil para o crescimento da José Coutinho. “É um objectivo da empresa. Não temos data, não estão definidos prazos. Inevitavelmente, as empresas com dimensão, estrutura e consistência no mercado nacional têm tendência para procurar mercado noutros países. Não vamos fugir à regra”, defende Bruno Coutinho. Enquanto o momento não surge, outra frente pode abrir-se: o investimento no turismo, no Oeste, através da rentabilização de património que já pertence à sociedade anónima. •



DECIDIR e executar

Ana Maria Carneiro Pacheco Presidente da AIRO Associação Industrial da Região Oeste

O Investimento Público tem indiscutivelmente um papel fundamental para alavancar a actividade económica, criar emprego e ajudar ao lançamento de empresas e actividades privadas que sem ele teriam poucas oportunidades de mercado.

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ONVIDADO

É na escolha dos investimentos e na eficácia dos seus efeitos, nos custos de exploração depois do investimento, que se centra a discussão. Mais um dos muitos campos em que a tendência é discutir, discutir, comentar os comentários dos comentadores num círculo vicioso muito pouco produtivo e que se arrasta há tempo demais! É é também um cenário ideal para se aplicar aquela conhecida história “do velho, do rapaz e do burro”... Mas perante a inevitabilidade de desagradar sempre a alguém, aos governos compete governar e isso implica decidir e executar sem tibiezas. Apesar de muito se falar em inovação e criatividade há uma muito pouco inovadora tendência para no capítulo investimento público ler obras públicas e betão novo. Mas há tantos edifícios históricos degradados em todo o país a necessitar de intervenções várias que além de os reabilitar, seriam também um

investimento gerador de mais receitas via turismo? E será que, por exemplo, campanhas de divulgação da rica oferta do acervo museológico nacional conjugadas com orçamentos compatíveis que permitam aos museus o pessoal para estar abertos o maior número de horas possível não configuram investimento público criador de emprego e produtivo? O mesmo comentário se aplica a cuidadas campanhas de formação ambiental tendentes à sustentabilidade global, a evitar o desperdício, combatendo dessa maneira o próprio deficit. Não esqueçamos a importância paralela do investimento privado, da iniciativa e empreendedorismo. O nosso papel como empresários é fundamental, assumindo riscos e avançando e mantendo a estabilidade e a motivação das equipas quando tantos factores parecem configurar-se contra nós. À maneira coordenada, diria mesmo que em equipa, como os motores de


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compete agilizar a resposta a quem quer investir e acarinhar os verdadeiros parceiros de desenvolvimento que foram, são e serão os empresários. Seria bom que a comunicação social entrasse neste task force, focando os bons exemplos que por aí andam e diversificando as atenções para além dos escândalos, discussões e afins! E como este depoimento é para o Guia do Empresário 2009 aqui fica o mote: persistência e confiança! •

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desenvolvimento (investimentos públicos e privados) podem e devem funcionar não é alheio um factor fundamental: a existência de um ambiente amigo da actividade económica! Numa cultura de proactividade com responsabilidade social que certamente não passa a existir de um dia para o outro, mas que é fundamental para o espírito e a prática de empreendedor e acção, de riscos e recompensas, do “vale a pena tentar”! Ao Estado que consome tantos recursos,


NÃO ME TIRES o Sol

Natália Canadas

Coordenadora do Departamento de Gestão e Economia da ESTG-IPL

Em artigos de opinião recentes constantes da imprensa escrita portuguesa são recorrentes afirmações como: “O objectivo traçado para 2009, investimento público equivalente a 3% do PIB, seria uma forma de compensar a perda do investimento privado”. “Consolidação orçamental e investimento público para recuperar a crise”.

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ONVIDADO

As opiniões parecem convergir. Para além do mais, Paul Krugman sanciona a ideia de que o investimento público pela via do chamado efeito multiplicador keynesiano, em sistema de câmbios fixos (a Eurolândia seria um caso extremo destes) poderia ser uma boa estratégia para gerar um aumento mais do que proporcional do rendimento relançando a procura. Mas…. Investir em quê? Pode o investimento público ser um subrogado do investimento privado? O mercado, as instituições públicas, a que chamamos governo, as empresas, são meras instituições, isto é, conjuntos de regras que governam a interacção humana. A eficiência relativa do Governo e das empresas, não só para facilitar a produção e a troca, mas também para as possibilitarem, depende (diz Williamson, prémio Nobel da Economia, 2009) do tipo de transacções e da maior ou menor facilidade de uma ou de outra destas estruturas de governo económico para resolver os conflitos de interesses. Ora, a empresa hoje mais do que uma ficção legal, uma instituição que economiza custos de transacção porque os conflitos são resolvidos pelas hierarquias, é um actor económico e um actor do conhecimento. Na produção e na disseminação do conhecimento radica, hoje em dia, o

carácter distintivo da empresa. De facto, a empresa não é mais um mero local de afectação de recursos, mas é sobretudo um local de produção e desenvolvimento de competências dinâmicas incorporadas nas rotinas organizacionais. O conhecimento estrutura-se na partilha, na utilização, ou seja, nos termos de Williamson: há hoje uma cada vez maior dependência mútua dos agentes económicos. Como tal, somos cada vez mais levados a conduzir as transacções dentro das fronteiras da empresa. Podemos até postular que uma explicação para as falências resulta da não adequada internalização dos factores críticos, da não adequada delimitação das suas fronteiras. Estradas, TGV, …. podem ter o efeito acelerador keynesiano, num cenário de excesso de capacidade? Ou, um maior efeito acelerador resulta do investimento público em mecanismos de regulação e de transparência do mercado, em instituições como a justiça e actividades de prevenção da corrupção, e da …no investimento em bens públicos? As alavancas do desenvolvimento devem ser elas próprias as promotoras da saída da crise, ou não? Trabalho: know-how, edução/formação, disciplina, motivação, valores éticos e morais, responsabilidade pessoal e social; Capital como sinónimo


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de tecnologia e inovação: ciência, engenharia, gestão, iniciativa empresarial? Afinal de contas as competências dinâmicas, determinantes da capacidade de absorção, isto é, da aprendizagem organizacional e da competitividade, são elas próprias função do conhecimento base e da capacidade para resolver problemas, ou não é assim? “Não me tires o Sol” pedia Diógenes a Alexandre Magno quando este lhe foi oferecer ajuda... Investimento público, sim, em facilitadores de bom vento, de sóis radiosos, …. para acelerar a vinda e sustentar os dias que amanhecem esplendorosos e que no ocaso são ainda uma promessa. •


ELEMENTAR, meu caro Watson

Carlos Silva

Direcção do ISLA – Leiria

Confiança. É este o fluído fundamental de qualquer relação ou parceria, mesmo comercial. Ética. Está na base do que se exige a quem estabelece relações ou parcerias comerciais.

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ONVIDADO

No meu entender, foi isso que se perdeu. Foi isso que deixou de existir. Foi isso que esteve na base dos sucessivos ganhos especulativos ao ponto de não se saber o que se ganhava, onde, como, e a custo de quê. E ao ponto, também, de não interessar saber porquê, não fosse o tamanho do escândalo com repercussões mundiais. E hoje pede-se e exige-se a contabilização das medidas adoptadas. Assim à priori, têm todas algo de positivo. Podemos considerar que revelaram alguma expectativa no mercado, revelaram o regresso do Estado com um papel um pouco mais interventivo, e que procuraram segurar o desemprego em valores que, ainda que altos, têm garantido uma certa paz social, mantém uma relativa actividade económica, levaram as pessoas a colocar na ordem do dia a palavra poupança. Mas pede-se mais. Pede-se a preparação para o pós crise. E aí, serão as medidas já tomadas as mais indicadas, as mais acertadas e as desejadas? Não sei. Talvez. E apetece-me mesmo utilizar a expressão futebolisticamente famosa de que prognósticos só no fim do jogo. Mas arrisco ainda mais. Penso ser útil falar em persistência. Persistência na decisão, no ajustamento estratégico, persistência na implementação, persistência na forma como se desenham as organizações num mapa onde os mercados também mexeram muito e onde a palavra do dia é a geometria variável. A minha tónica assenta então nesta trilogia que não tem nada de mítico, exotérico ou

mesmo simbólico. É o que é. Vale pelo que vale. Confiança, ética e persistência. É o refundar das relações e parcerias entre as entidades e a constante necessidade de as alicerçar bem e em fundamentos e princípios éticos alimentados com provas constantes de confiança apostando em fortes doses de persistência na implementação das estratégias desenhadas. Entendo a persistência naquele seu sentido mais lato, e que coloca de parte a teimosia dogmática de quem sempre pensou dominar o mercado e portanto sempre agiu no sentido de o dominar. Por outro lado evidencia, isso sim, uma cultura de envolvimento, de compromisso com a decisão e com a sua implementação, e uma visão que vai para além do dia de amanhã. Numa lógica de pensar as medidas que nos possam colocar no outro lado da barreira, errado seria da minha parte soltar umas quantas ideias ou frases feitas sem ir ao essencial. E o essencial, respeitando todas as ideias, passa grandemente por uma alteração de atitude no mercado. Um mundo com empresários, gestores, empregados e empregadores, instituições e cidadãos com atitudes fundadas em princípios mais éticos, gerando relações mais genuínas, produzindo laços comerciais mais fortes, só podem criar condições para vencermos as adversidades do futuro com mais confiança. Tal levarnos-á a responder “presente” quando o mercado chamar por nós e nos solicitar que cumpramos a nossa missão e as nossas funções enquanto pessoas e organizações. •



CENÁRIO tem de ser alterado Artur Ferraz

Consultor em Recursos Humanos

ONVIDADO

A crise que o nosso país atravessa não pode ser só analisada do ponto de vista

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financeiro.


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nos mais diversos sectores, para economias em crescimento, exactamente pela falta de oportunidades que existem. Este cenário tem de ser alterado e, para tal, o investimento público pode ser importante, mas tem de ser acompanhado pela definição de qual o papel de Portugal dentro da união europeia e no mundo, sob pena de irmos aumentar o endividamento do país e não gerar riqueza suficiente para o pagar. •

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do que esta crise. Estão relacionados com opções estratégicas, ou melhor dizendo, com alguma falta dessas mesmas opções e que contribuem fortemente para os nossos problemas crónicos a vários níveis: dificuldade em captar investimentos estrangeiros; dificuldade em criar empresas competitivas; dificuldade em gerar quadros que desenvolvam as organizações e que promovam inovação e desenvolvimento. Actualmente, estamos a assistir a uma “fuga” generalizada de quadros técnicos,

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Muitas têm sido as vozes que têm alertado para os problemas estruturais do nosso país, problemas esses que não estão directamente relacionados com esta crise financeira, eles já existiam e continuarão a existir depois da crise passar, a não ser que todos os actores contribuam, na medida das suas possibilidades, para a sua resolução. Esses problemas estruturais têm contribuído para a nossa crónica posição de país periférico e são muito mais profundos


MUDAR mentalidades

António Mendes Lopes Administrador da Vidigal Wines

O Portugal moderno deve muito ao investimento público que reconfigurou o País; gasolinado pelas injecções de capital da União Europeia, os nossos políticos e empresários confundiram euforicamente investimento público com obras públicas - as inaugurações sucederam-se.

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ONVIDADO

Já temos muito melhores estradas e pontes que a Noruega, a Suécia, a Irlanda e a Finlândia e nem por isso nos levaram mais longe. Depois da crise arriscamonos a ter um TGV, que nos vai levar vaidosamente e a alta velocidade a lado nenhum! Enquanto isso insiste-se na necessidade de um ordenado mínimo nacional que nos envergonha, convivendo despreocupadamente com ordenados máximos que nos deviam envergonhar também. Entretanto os índices de pobreza enraizam-se e a dívida pública cresce com justificativas. Está na altura de pensar alto: o investimento público tem de se desmaterializar, convertendo betão, aço e alcatrão em “investimentos imateriais”, no fomento agressivo, monocórdico mesmo, de novas infraestruturas mentais, na qualificação a fundo do nosso capital humano e na criação de um meio acolhedor para esse tipo de importação. A meta será uma economia nacional baseada na educação, no conhecimento, na ciência, na pesquisa, na criatividade, na alta tecnologia... energias alternativas, design, visões, artes, “medico”, “nano”, “bio”, “robo”... dizer que é sonhar alto demais faz parte da construção mental a demolir. É uma estratégia visionária, que não dá mais demonstrações que votos. Não cria emprego e implica portanto uma

dimensão social. É a estratégia a longo prazo... e enquanto isso? ...vai doer. Aperte o cinto quem ainda pode e deve, até os resultados da reestruturação mental começarem a fazer efeito. A doutrina do investimento público continua a ser ferramenta de ajuste à ciclicidade das crises, adiando o resto para um “próspero depois”...só que nem a crise financeira, nem a crise portuguesa tem a ver com a ciclicidade. O que é ciclico é a doutrina. Simplificando: Portugal tem neste momento, no mínimo duas crises, a de sempre e a financeira internacional. De forma cinicamente pragmática: esqueçam a crise financeira. Não a provocámos nem a vamos resolver. É da nossa secular crise portuguesa, pela qual eu desconfio, que já nutrimos um carinho especial, que temos de nos desprender. É uma verdadeira lavagem ao cérebro colectiva, onde vamos ensaiar novas aptidões. Como não temos feitio nem nos podemos dar ao luxo de esperar de braços cruzados, vamos preparando entretanto um oferta competente, que consiga fazer cócegas na curiosidade dos mercados internacionais - aqui está uma situação que estica as nossas capacidades até ao limite. Sabemos que Portugal


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não é marca, que não temos marcas e que nem sequer temos produtos apetecíveis. Não se iludam, marketing e incentivos à exportação, pouco vão ajudar, pois o que nos falta é oferta. Interessa com urgência definir nichos e sectores específicos, que se deixem estimular a produzir uma oferta competente. Incentivar a oferta em vez de estimular a procura, diversificar, inovar, fazer bem, marcar-se e fazer-se notar. O futebol conseguiu! •


ADEUS aos campeões do liberalismo “Na economia o que conta são as pessoas”. Princípio, durante décadas reiterado em todas as conferências ou seminários, foi recente e subtilmente substituído por outro - “Na economia o que conta são os resultados” - e

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os ditos resultados começam a aparecer.

Avelino Sousa Lopes Director do Crisform

Centro de Formação Profissional para o Sector da Cristalaria

O abandono da economia social, por troca pela economia do lucro, levou ao aproveitamento das oportunidades abertas pela globalização, criando uma dinâmica de migração sistemática do trabalho em busca do custo mínimo, drenando o emprego dos países ricos para o terceiro mundo. O imperativo - Liberalismo transformou os governos em meros espectadores das transformações em curso, e em paramédicos das


ONVIDADO

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negócio, o segundo entrou em colapso, abanando o terceiro. Entalado entre a espada da perda de regalias ou a parede da deslocalização, o trabalho na Europa caminha ao encontro do terceiro mundo. E nessa inversão de percurso, nós Portugueses, que íamos atrás, passámos a estar na frente. A Economia mudou. As regras terão de mudar, mas isso significa… intervir. Adeus ao título de Campeões do Liberalismo. •

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sucessivas doenças sociais. Subsídios ou investimentos públicos, comprimidos ou em dose de cavalo, são paliativo que atenua a crise, mas que, só por si e sem nova regulação, arrisca não resolver nem curar. Dos três pilares em que assentou a sociedade da facilidade e abundância - iniciativa privada produzindo riqueza crescente, sindicalismo gerindo a distribuição dessa riqueza, e optimismo acelerando consumos e oportunidades de


Fórum | Paulo Sousa

Presidente da ACILIS

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Inves�mento Público na Dinamização da Economia

Associação Comercial e Industrial de Leiria Batalha e Porto de Mós No primeiro semestre de 2010, Leiria vai triplicar o seu comércio. Com o modelo português de expansão comercial há muitos negócios das localidades em causa que irão sofrer sérios danos, e alguns infelizmente irão mesmo desaparecer. Virão ao fim de semana talvez o dobro dos consumidores a Leiria. Cabe aos empresários dentro e fora do centro comercial captar estes clientes excedendo as expectativas desses clientes para que “repitam” a visita ao seu espaço. Durante a semana haverá muitos consumidores que já não ficarão em casa a “ver televisão”, e sairão para “viver” as “novidades” de Leiria. Cabe à ACILIS, aos comerciantes e às outras entidades continuarmos a criar apelos que consigam “cativar” clientes a vir à cidade durante a semana e também ao fim de semana. Como felizmente Leiria já tem um “casco” comercial com oferta de elevada qualidade, tem a melhor “noite” da zona centro e faz inveja a muitas cidades maiores, basta que além do que já se faz, se consigam “coordenar” alguns esforços para o objectivo de continuar a ter e desenvolver na “baixa” de Leiria um Centro Comercial a “Céu aberto”.

Luís Febra

Administrador da Socem A indústria de moldes e plásticos, tem nas últimas décadas sofrido uma enorme

PERSPECTIVAS para 2010

evolução. Os momentos que atravessamos são particularmente difíceis, mas o dinamismo demonstrado, pelas empresas ao longos dos anos, permite encarar o futuro com algum optimismo. As empresas de moldes sempre leram o livro “Quem Comeu O Meu Pedaço de Queijo” e assim sempre que o mercado apresentou retracções em algumas partes do globo, muito rapidamente, soube ir buscar outras fontes desse trabalho. Na minha opinião é isso que estamos a assistir hoje. O mercado europeu apresenta grandes índices de retracção e sem encomendas, e as empresas procuram trabalho em países como o Irão, a Russia, o Mexico, o Brasil entre outros. A vida industrial, tal como a vida humana, é constituída de mudanças, e aí reside o factor crítico de sucesso das organizações. Em 2010, as empresas tal como em outros momentos difíceis saberão adequar os seu recursos e inovar nos seus negócios para que seja já um ano de franca recuperação, quer dos índices de produção das suas empresas, quer nos seus rácios de rentabilidade. A chave estará na agilidade racional das organizações.

pela desorientação a todos os níveis. As expectativas para 2010 são naturalmente optimistas, embora com moderação, como resultado da mudança do clima económico a que começamos a assistir e, das actuais condições de taxas de juro, que estão a um nível, historicamente baixas e, da resposta adequada dada à crise, com as profundas reestruturações dos vários sectores de actividades. Há no entanto que reflectir na actuação da nossa banca, que tanto foi ajudada pelo governo. Aumentou de modo exagerado todos os spreads e está ainda a fazê-lo! Os custos financeiros de financiamento para as empresas são infelizmente por esta razão, um autêntico abuso e um sufoco. As prestações mais baixas do crédito na compra de casa, com a euribor a contribuírem e, os actuais preços reduzidos das casas, permitem que muitos particulares possam decidirse a aproveitarem as actuais e em certa medida únicas circunstâncias. O sector da construção e em particular das vendas de habitações, têm assim melhores expectativas para que o próximo ano.

Diamantino Caçador Mário Matos

Administrador da Caçador Pecuária

Utilizando a comparação do clima económico com o clima meteorológico, constatamos que neste final de 2009 começam a aparecer algumas boas “abertas” depois dum prolongado, intenso e cerrado nevoeiro, que se instalou a nível global, como se de um capacete se tratasse, com viseira opaca, responsável

São vários os indicadores que apontam para que o ano 2010 seja um ano positivo para o sector suinícola. O elevado preço da globalidade das matérias-primas verificado em 2007 e 2008 levou a que sector suinícola sofresse perdas de tal forma significativas que provocou um decréscimo importante na produção mundial de suínos. Esta diminuição na

Sócio da Imobiliária IMA


oferta perspectiva preços pagos ao produtor para 2010 e 2011 acima dos verificados nos últimos anos. Por outro lado, as matérias-primas apresentam hoje preços mais baixos, ao nível dos que se verificavam antes da bolha especulativa de 2007 e de 2008. Quanto aos principais condicionalismos, a nível económico a maior ou menor recuperação da economia mundial condicionará o consumo mundial de carne e por sua vez uma melhor ou pior evolução do nível de preços. A nível nacional, a difícil aplicabilidade do novo REAP – Regime de Exercício da Actividade Pecuária, e a situação financeira débil em que se encontram grande parte das empresas do sector. A nível regional, é fundamental a resolução definitiva do problema do tratamento dos efluentes.

Jorge Vieira

GUIA DO EMPRESÁRIO '09

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Na minha condição de recém-regressado, encontro um país relativamente parado, com muitas incertezas, se bem que se vê pelo caminho que há gente com algum optimismo e que acredita existirem condições para uma evolução lenta. Anima-me, por exemplo, ouvir alguém da área bancária dizer que os candidatos a crédito têm aumentado. É um bom sintoma. Queremos acreditar, pelo menos, que a situação não vai piorar. A redução dos níveis de obra leva a que os proprietários de habitações tenham de substituir equipamentos, o que acabará por trazer consumo. Tem sido uma área de mercado. Na Europa, a reabilitação representa uns 70 por cento de um sector como o nosso. Em resumo, 2010 será um ano para manter a actividade e o emprego, à espera da retoma. •

Inves�mento Público na Dinamização da Economia

Administrador da Roca SA


Directório

QUEM É QUEM

nas maiores e melhores empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém

A. BRAZ HELENO Sector: Comércio

Concelho: Leiria

Mário Assunção

Inves�mento Público na Dinamização da Economia

44 anos, director-geral Mário Jorge Alves da Piedade Assunção é director-geral da A. Braz Heleno desde 27 de Dezembro de 2006, na sequência da aquisição da empresa pelo grupo Auto-Industrial. Natural de Santarém, nasceu a 15 de Maio de 1965. Tem 2 licenciaturas, em gestão de empresas e gestão de recursos humanos e carreira no Exército, onde esteve dois anos nos Rangers de Lamego e oito em Santa Margarida como oficial contratado, chegando a Tenente com funções de Capitão. Passou alguns meses pelas lojas DIA e posteriormente foi Administrador da Sousa S.A. com o pelouro do após venda das marcas Opel e Peugeot em Santarém. Em 2000 passou para o Grupo Auto-Industrial na concessão Opel de Lisboa, tendo desempenhado funções de gerente após venda, chefe de vendas e director geral, das marcas Opel, Chevrolet e Isuzu Casado com Cristina Assunção, tem um filho e uma filha. Gosta de ler, de viajar e do Benfica.

ADELINO DUARTE DA MOTA Sector: Indústria

Carlos Mota 52 anos, administrador executivo Carlos Adelino Cardoso Mota é o administrador executivo da Adelino Duarte da Mota, detendo 5% do seu capital. Nasceu a 18 de Novembro de 1957 em Meirinhas, Pombal, é casado com Isabel Maria Caetano Pinto e tem um filho e duas filhas. É ainda administrador das empresas Felmica, WBBMota Pastas de Cerâmica, Argigal, Motamineral e Sorgila.

ÁGUAS DO OESTE

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Sector: Distribuição

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Concelho: Pombal

Concelho: Óbidos

Arnaldo Lobo Moreira Pêgo 62 anos, Presidente do Conselho de Administração Nasceu a 20 de Dezembro de 1946 e é natural de Matosinhos. Arnaldo Lobo Moreira Pêgo é Presidente do Conselho de Administração da Águas do Oeste SA desde Julho de 2007. Licenciado em Engenharia Químico-Industrial, pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, em 1971, tirou um curso de pós-graduação em Engenharia Sanitária pela Universidade Nova de Lisboa em 1977 e o curso de Alta Direcção de Empresas (AESE) em 1993.


Iniciou a sua actividade em 1972 como Técnico-Investigador da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, ingressando em 1977 para o então Grupo Hidroprojecto. Entre 1988 e 2000 exerceu as funções de membro do Conselho de Gerência da Hidrocontrato. Em 2000 ingressou no Grupo Águas de Portugal onde tem vindo a assumir cargos de Administração como executivo e não executivo, nomeadamente nas empresas Águas do Minho e Lima SA, Águas do Douro e Paiva SA, Águas do Cávado SA, Águas de Portugal Serviços Ambientais SA, Águas de Portugal Internacional e Reciclamas SA. Actualmente é Gestor da UNA-PD acumulando este cargo com o de Presidente não executivo do Concelho de Administração das empresas: Águas do Oeste SA, Aquasis, Sistemas de Informação SA, Sanest, Saneamento da Costa do Estoril SA, Simarsul, Sistema Integrado Multimunicipal de Águas Residuais da Península de Setúbal SA, e Simtejo, Saneamento Integrado do Tejo e Trancão SA.

AMERICANA Sector: Comércio

Concelho: Leiria

António Sousa

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Inves�mento Público na Dinamização da Economia

45 anos, Presidente do Conselho de Administração Executivo António Carlos Santos de Sousa é Presidente do Conselho de Administração Executivo da Americana SA, com participação em 9% do capital. Nasceu a 6 de Janeiro de 1964, em Leiria. Ao nível académico tem o PAGE da Universidade Católica. Fora da sua actividade empresarial, António Sousa gosta de futebol, pesca e squash.


Manuel Sousa 40 anos, Vice-Presidente do Conselho de Administração Executivo Manuel José Santos de Sousa , é administrador da Americana SA desde 1998, e vice-presidente desde 2001, com participação em 9% do capital.

Laura Esperança 51 anos, vogal do Conselho de Administração Laura Maria Santos de Sousa Esperança é vogal do Conselho do Administração da Americana SA, desde 1992, com participação em 9% do capital. Nasceu a 19 de Fevereiro de 1958 em Leiria. Casada com Jorge Fernandes Esperança, tem dois filhos e uma filha. Formação académica e profissional, é Licenciada em Relações Humanas e Comunicação Organizacional, pela Escola Superior de Educação de Leiria. Possui Certificado de Aptidão Profissional de Formadora, pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional e o Curso de Formação Pedagógica Continua de Formadores, com a classificação final de 19 valores. É Presidente da Junta de Freguesia de Leiria, desde 2002. Gosta de leitura, música, actividades ao ar livre, associativismo e solidariedade social, conversar com amigos e viajar.

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Inves�mento Público na Dinamização da Economia

Paulo Sousa 49 anos, vogal do Conselho de Administração Paulo Manuel Santos de Sousa é vogal do Conselho de Administração da Americana SA, com funções na área financeira, informática e marketing, tendo participação em 9% do capital. Nasceu a 24 de Julho de 1960 em Leiria, é casado com Maria de Lurdes Neto Cordeiro Sousa e tem um filho. É licenciado em Engenharia Electrotécnica pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra e tem pós graduação (MBA) em Marketing pela Universidade Católica Portuguesa. Obteve ainda formação em: F. Pedagógica de Formadores, Global Project Management e Cisco Networks. Foi conferencista na ESEL, ESTG, Nerlei e na Microsoft (Microsoft Business Solutions). É presidente da ACILIS e membro do Lions Clube. Nos tempos livres gosta de viajar, praticar badminton, mergulho e desportos de neve. Aprecia literatura técnica e bricolage.

Pedro Sousa 38 anos, vogal do Conselho de Administração Pedro Miguel Santos de Sousa é vogal do Conselho de Administração da Americana SA, com participação em 9% do capital. Nasceu a 11 de Novembro de 1971 em Leiria e é casado. Formação académica e profissional: Curso profissional de Informática de Gestão na Escola Profissional de Leiria. Fora da sua actividade empresarial, Pedro Sousa gosta de leitura, pesca, conviver com amigos e está a iniciar-se em Aeromodelismo.

ANÍBAL OLIVEIRA CRISTINA Sector: Construção

Concelho: Leiria

Aníbal Oliveira Cristina 45 anos, sócio-gerente Aníbal Oliveira Cristina é sócio-gerente da empresa de construção com o seu nome, que fundou em 1990 com Idalina Pereira Rodrigues, detendo ambos 50% do capital. São casados e


têm duas filhas. Os tempos livres são aproveitados para viajar em família, ler, e fazer desportos, tais como, jogging, karting e esqui.

ASIBEL Sector: Construção

Concelho: Batalha

Álvaro Jacinto

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Inves�mento Público na Dinamização da Economia

49 anos, presidente do conselho de administração Álvaro Monteiro Pedroso Jacinto é administrador desde 1979 da Asibel Construções, SA, detendo 72,8% do capital. Nasceu a 3 de Setembro de 1960, na Batalha, e tem um filho e uma filha. É Técnico de Obra desde Dezembro de 2006 e ainda sócio-gerente da Vitermaco (70% do capital), da Asibel Turismo (95% do capital) e da Const 91 (33%,3).


Isabel Pereira 47 anos, vice-presidente conselho de administração Maria Isabel da Silva Pereira é Vice-Presidente Conselho Administração desde 1992 da Asibel Construções, SA, detendo 25% do capital. Nasceu a 9 de Novembro de 1962, na Maceira, e tem um filho e uma filha.

AUTO JÚLIO Sector: Comércio

Concelho: Caldas da Rainha

António Guedes 59 anos, presidente do conselho de administração António Júlio Guedes de Sousa é presid. do Conselho de Admin. da Auto Júlio (Leiria), de que detém 5% do capital desde Maio de 1995. Nasceu a 9 de Novembro de 1950 na Guarda, é casado com Luisa Maria Correia Fonseca de Sousa, tem um filho e três filhas. É presid. do Conselho de Admin. da Auto Júlio SA (29,5% do capital) e A. Júlio Investimentos SGPS (0.05%), Auto Júlio (Pombal), Auto Júlio (Peniche), Auto Júlio Rent, Auto Júlio Imobiliária, A.J. Ocasião.

Bruno Guedes 34 anos, administrador Bruno Júlio de Sousa Guedes é administrador da Auto Júlio (Caldas). Nasceu a 17 de Março de 1975 nas Caldas da Rainha, é divorciado e tem dois filhos. É ainda administrador da Auto Júlio SA, A. Júlio Investimentos SGPS, além de gerente das empresas Auto Júlio (Peniche), Garagem Caldas, Auto Júlio Rent, Auto Júlio Imobiliária e A.J. Ocasião.

Catarina Sousa 26 anos, administradora Ana Catarina Fonseca de Sousa é administradora da Auto Júlio (Leiria). Nasceu a 28 de Novembro de 1982 nas Caldas da Rainha, é solteira. É ainda administradora da Auto Júlio (Pombal).

Inves�mento Público na Dinamização da Economia

BALBINO & FAUSTINO Sector: Indústria

Concelho: Alcobaça

José Coelho Faustino 59 anos, sócio-gerente Detém 16.66% do capital, é sócio-gerente desde a fundação e nasceu em 27/04/1949. Natural da Nazaré, casado com Maria Idalina Baptista da Graça Faustino, tem um filho.

Maria Idalina Baptista da Graça Faustino 60 anos, sócia-gerente Natural da Alcobaça, casada com José Coelho Faustino, tem um filho. Nasceu a 9 de Dezembro de 1947 e detém 16,66% do capital. É sócia-gerente desde a fundação.

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GUIA DO EMPRESÁRIO '09

Maria Madalena Coelho Faustino Balbino 55 anos, sócia-gerente Detém 22.21% do capital. Natural da Nazaré, viúva, tem dois filhos e uma filha. Nasceu a 13 de Março de 1953.

António Oliveira Balbino 59 anos, sócio-gerente Sócio-gerente desde 1984, detém 16.66% do capital. Nasceu a 03/03/1949. Natural da Nazaré, é casado com Maria Elisa Rodrigues Balbino e tem duas filhas.


Maria Elisa Rodrigues Balbino 58 anos, sócia-gerente Sócia-Gerente desde 1984. Natural de Alcobaça, é casada com António Oliveira Balbino e tem duas filhas. Nasceu a 30 de Agosto de 1950. Detém 16,66% do capital.

BLOCOTELHA Sector: Indústria

Concelho: Porto de Mós

Artur Meneses

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Inves�mento Público na Dinamização da Economia

58 anos, sócio-gerente Artur Alves da Silva Meneses é sócio-gerente da Blocotelha. Nasceu a 15 de Fevereiro de 1951, em S. João Batista, Porto de Mós. Casado com Maria Filomena Meneses, tem um filho, Luís Meneses e uma filha, Rita Meneses. Formação académica e profissional: Curso Geral de Comércio. É também presidente do Conselho de Administração da holding Grupo Meneses e gere as empresas Intertelha - Indústria de Coberturas Autoportante, Binário – Transportes, Meneses & Filhos, Poligreen- Gestão e Investimentos, Poligreen- Engenharia, Blocotelha Maroc, Cabopol- Indústria de Compostos, Cabopol – Ibérica, Infusion - Gestão de Projectos Energéticos, Infusion Polska, Infusion Romania, Blocotelha Espanha e Blocotelha France. Artur Meneses é um apaixonado por carros topo de gama, com a marca Mercedes no topo das preferências. Não abdica do desporto diariamente. E adora viajar, optando normalmente por países tropicais, com sol, praia e mar, nos quais se refugia quando o frio aperta. Apreciador de boa cozinha, não dispensa a degustação de vinhos de excelente qualidade à refeição, sendo proprietário de uma garrafeira particular digna de referência.


BOLLINGHAUS PORTUGAL Sector: Indústria

Concelho: Marinha Grande

Hartwig Hartel 62 anos, presidente do conselho de administração Hartwig Hartel é o presidente do Conselho de Administração da Bollinghaus Portugal, situada em Vieira de Leiria, desde 16 de Agosto de 2004. Nasceu a 19 de Fevereiro de 1947 na Alemanha, é casado com Marion rsula Ana Hartel e tem uma filha. Desde 1977 anos que é administrador da Bollinghaus, a empresa alemã que tem a empresa participada em Portugal.

BOMCAR Sector: Comércio

Concelho: Leiria

Álvaro Pires 78 anos, presidente do Conselho de Administração Álvaro Bonita da Costa Pires é presidente do Conselho de Administração da Bomcar - Comércio Automóvel SA, empresa concessionária de carros BMW e MINI e também de motos BMW , Husaberg e E-max. Nasceu a 4 de Abril de 1931 na Marinha Grande, é casado com Maria Judite Lopes Cantante Pires e tem dois filhos.

João Pires 45 anos, administrador João Paulo Cantante Costa Pires é administrador da Bomcar - Comércio Automóvel, SA. Nasceu a 6 de Maio de 1964 em Leiria e é casado com Ana Isabel Pires. É ainda administrador das empresas Inipol, Ambiente e da Leiriense Holding SGPS e gerente da Volta, Lda empresa importadora da marca E-max. Os seus hobbies dividem-se entre o judo, o ski e o Enduro. É licenciado em Engenharia Electrotécnica, área de Informática, pela Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra.

Inves�mento Público na Dinamização da Economia

Luís Porém 48 anos, administrador Luís Filipe Pereira da Silva Porém é administrador e Director Comercial da Bomcar - Automóveis, SA. Nasceu a 3 de Maio de 1961 em Coimbra, é casado com Ana Paula Marques de Varela Dias e tem dois filhos. É um amante dos desportos motorizados e também tem o gosto pela caça.

BOSOGOL Sector: Construção

Concelho: Leiria

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António Vieira 49 anos, presidente do Conselho de Administração António Alberto Lopes Vieira é presidente do Conselho de Administração da Bosogol Construções e Obras Públicas, SA., desde 1989, detendo 90% do seu capital. Nasceu a 2 de Julho de 1959 em Maceira, Leiria, é casado com Guida Maria de Castro e Sousa Vieira e tem duas filhas. É também administrador das empresas Sagrec Construções, SA., Bosogol Constructii, SRL. (Roménia), Lusitanosparque, SA., Projecto Verde, SA., Euroleva, SA., Duque dos Frangos - Churrasqueira, Lda., Ambilei, SA. e Projecto 99, Lda. Fora da sua actividade empre-


CABOPOL Sector: Indústria

Concelho: Porto de Mós

Artur Meneses 58 anos, sócio-gerente

CAC II Sector: Agro-Pecuária

Concelho: Leiria

Manuel Sobreiro Ferreira 49 anos, administrador Manuel Sobreiro Ferreira é administrador da CAC II desde 1986, detendo 8,94% do seu capital. Nasceu a 21 de Dezembro de 1959, em Vermoil, Pombal, É casado com Ondina Ferreira e tem um filho e uma filha. Tem o Curso Complementar do Liceu e é técnico oficial de contas. É também administrador da Derovo.

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Inves�mento Público na Dinamização da Economia

64 anos, administrador Manuel Domingos Ferreira é administrador da CAC II desde 1992, detendo 20,16% do seu capital. Nasceu a 11 de Fevereiro de 1945, em Souto da Carpalhosa, Leiria, é casado com Maria Mendes Duarte e tem três filhas.


Manuel Oliveira Ferreira 62 anos, administrador Manuel Oliveira Ferreira é administrador da CAC II desde 1992, detendo 17,18% do seu capital. Nasceu a 16 de Março de 1947 em Souto da Carpalhosa, Leiria, é casado com Maria da Conceição Mendes Ferreira e tem três filhos.

CAÇADOR PECUÁRIA Sector: Agro-Pecuária

Concelho: Leiria

Luís Cordeiro Caçador 69 anos, sócio-gerente Luís Cordeiro Caçador é sócio-gerente da Caçador Pecuária, detendo 55% do seu capital. Nasceu a 10 de Setembro de 1940, é natural de Regueira de Pontes, Leiria, e é casado com Maria Júlia Duque Caçador, tendo dois filhos e uma filha. Luís Caçador é vice-presidente da Assembleia Geral da Associação de Suinicultores de Leiria e da Assembleia Geral da Ambilis SA. É ainda administrador da empresa Agrisal, SA, e gerente da Susalva, Lda, e Sagrimonte, Lda.

Luís Manuel Duque Caçador 45 anos, sócio-gerente Luís Manuel Duque Cordeiro Caçador é sócio-gerente da Caçador Pecuária, detendo 15% do seu capital. Nasceu a 7 de Setembro de 1964, é natural de Regueira de Pontes, Leiria, é casado com Aida Maria de Sousa Monteiro Caçador e tem um filho e uma filha. É ainda administrador da empresa Agrisal, SA, e gerente da Susalva, Lda, e Sagrimonte, Lda.

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Inves�mento Público na Dinamização da Economia

Maria Isabel Caçador 43 anos, sócia-gerente Maria Isabel Duque Cordeiro Caçador Monteiro é sócia-gerente da Caçador Pecuária, detendo 15% do seu capital. Nasceu a 10 de Março de 1966, é natural de Regueira de Pontes, Leiria, é casada com Carlos Manuel de Sousa Monteiro e tem um filho e uma filha. É ainda administradora da empresa Agrisal, SA, e gerente da Susalva, Lda, e Sagrimonte, Lda.

Diamantino Manuel Caçador 36 anos, sócio-gerente Diamantino Manuel Duque Cordeiro Caçador é sócio-gerente da Caçador Pecuária, detendo 15% do seu capital. Nasceu a 15 de Dezembro de 1972, é natural de Leiria, é casado com Dora Margarida Claro da Silva Rocha e tem um filho. É licenciado em Gestão pela Universidade Autónoma de Lisboa e pós-graduado em Gestão de Transportes e Logística pelo ISEG. Frequentou durante o ano 2008 o PAGE- Programa Avançado de Gestão para Executivos da Universidade Católica Portuguesa. É ainda administrador da Ambilis SA e Agrisal, SA, e gerente da Susalva, Lda, e Sagrimonte, Lda. É também director da Associação de Suinicultorees de Leiria , presidente da Assembleia Geral da FPAS - Federação Portuguesa das Associações de Suinicultores e presidente do Conselho Fiscal da Recilis, SA.


CAIADO Sector: Comércio Concelho: Leiria

José Carlos Caiado 50 anos, administrador José Carlos de Sousa Caiado é administrador da Caiado, SA, desde 1996. Tem um filho e duas filhas. Formação académica e profissional: Curso Superior de Contabilidade e Administração, pelo ISCAC. Outras funções: Administrador da Imobilei, da Leiriclínica, da Fegime Portugal e da Ibermédia.

Ana Paula Caiado 45 anos, administradora Ana Paula Sousa Caiado é administradora da Caiado, SA, desde 1996. Tem duas filhas. Outras funções: Administradora da Imobilei e da Fegime Portugal.

CENTRO HOSPITALAR DE S. FRANCISCO Concelho: Leiria

Fernando Roda Pereira 66 anos, administrador Fernando Roda R. Pereira é administrador do Centro Hospitalar São Francisco, SA, desde 1989. Nasceu em 1943 em Santa Eufémia, Leiria. Divorciado, quatro filhos.

GUIA DO EMPRESÁRIO '09

47 anos, presidente do conselho de administração VitorFernando da Veiga é pdo Conselho de Administração desde Julho de 2009 e nasceu em Janeiro de 1962 em Santa Maria da Feira. Divorciado, tem quatro filhos.

Inves�mento Público na Dinamização da Economia

Vitor Castanheira

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Sector: Saúde


José Carlos Tomás 55 anos, administrador O administrador José Carlos Tomás nasceu em Fevereiro de 1964, em Aveiro. Casado, duas filhas.

CMP - CIMENTOS MACEIRA PATAIAS Sector: Indústria

Concelho: Leiria

Carlos Eduardo Coelho Alves 60 anos, administrador e presidente da Comissão Executiva Carlos Eduardo Coelho Alves é administrador da CMP - Cimentos Maceira Pataias, SA. Nasceu a 16 de Agosto de 1949 em Lisboa e é casado. Formação académica: Engenharia Mecânica, pelo Instituto Superior Técnico.

COMPOGAL Sector: Indústria

Concelho: Leiria

António Viana Moço 61 anos, administrador António Manuel Viana Moço é administrador da Compogal - Indústria de Polímeros, SA, desde 1987, detendo 50,25% do seu capital. Nasceu a 1 de Fevereiro de 1948, é natural da Figueira da Foz, casado e tem duas filhas. É licenciado em Engenharia Química, pelo Instituto Superior Técnico. Até 1987 foi Director Técnico e Comercial da empresa Plásticos Simala, Lda.

Joel Rodrigues

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Inves�mento Público na Dinamização da Economia

70 anos, administrador Joel Artur Rodrigues é administrador da Compogal - Indústria de Polímeros, SA, desde 1987, detendo 49,75% do seu capital. Nasceu a 22 de Fevereiro de 1939, no Funchal, e tem um filho. É licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Foi administrador da Sociedade Mercantil do Minho, SA, da Companhia de Fiação e Tecidos de Alcobaça e, até 1987, Director Financeiro da Plásticos Simala, Lda.

CONSTRUÇÕES J.J.R. & FILHOS Sector: Construção

Concelho: Leiria

José Rodrigues 72 anos, presidente do conselho de administração José de Jesus Rodrigues é o presidente do Conselho de Administração da Construções J.J.R. & Filhos, desde Setembro de 2000, detendo 30% do seu capital. Nasceu a 5 de Fevereiro de 1937 em Santa Catarina da Serra, Leiria, é casado com Clementina Carreira dos Santos e tem dois filhos e duas filhas. Nos tempos livres, gosta de caçar e de se dedicar à apicultura.

CONSTRUÇÕES JÚLIO LOPES Sector: Construção

Concelho: Pombal

Eduardo Ferreira Lopes 50 anos, Administrador


CONSTRUÇÕES PRAGOSA Sector: Construção

Concelho: Batalha

João Pragosa 52 anos, Presidente do Conselho de Administração João Cerejo Pragosa, casado, pai de duas filhas e um filho, é Presidente do Conselho de Administração da holding Pragosa SGPS, S.A. que detém a totalidade do capital das empresas: Construções Pragosa S.A., Pragosa Betão, S.A., Pragosa Imobiliária, S.A., Pragosa Transportes, S.A., Pragosa Ambiente, S.A., Pragosa Romania, S.R.L., Pragosa Concessões, S.A., Ecobrejo, S.A. e participações nas empresas: Pralimarte, S.A., Nascimento, S.A., Águas de Alenquer, S.A., Águas de Azambuja, SA e Ambibatalha, SA

COSTA & CARVALHO Sector: Construção Civil e Obras Públicas

Concelho: Alcobaça

Joaquim da Silva Costa

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Inves�mento Público na Dinamização da Economia

53 anos, administrador Joaquim da Silva Costa é administrador da empresa Costa & Carvalho SA, desde 1982, detendo 40% do capital. Nasceu a 24 de Agosto de 1956, é natural de Turquel, é casado com Alda do Nascimento Plácido Costa e tem três filhos e uma filha. É ainda sócio-gerente da Imobiliária Costa & Carvalho II, com 42,5% do capital.


Alda do Nascimento Costa 49 anos, administradora Alda do Nascimento Plácido Costa é administradora da Costa & Carvalho, SA, desde 1985, detendo 40% do capital. Nasceu a 21 de Maio de 1960, é natural de Évora de Alcobaça, é casada com Joaquim da Silva Costa e tem três filhos e uma filha. É ainda sócia-gerente da Imobiliária Costa & Carvalho II, com 42,5% do capital.

CRISAL LIBBEY PORTUGAL Sector: Indústria

Concelho: Marinha Grande

Sérgio Sousa

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38 anos, administrador Em Agosto de 2008 assumiu as funções de Administrador Delegado da Crisal – Libbey Portugal. Casado, com dois filhos, tem o curso superior de gestão de empresas e é pós-graduado por uma universidade britânica. Tem uma carreira de 17 anos na Heinz, 11 dos quais em funções no estrangeiro. Antes de entrar na Crisal – Libbey Portugal, desempenhava as funções de chairman da Heinz Japan. Fala cinco idiomas e gosta de trabalhar em equipa.


DEROVO Sector: Indústria Concelho: Pombal

Leitão Amaro 58 anos, Presidente do conselho de administração José António Leitão Amaro é Presidente do Conselho de Administração da Derovo desde 2007. Nasceu a 26 de Novembro de 1950, é natural de Coimbra, casado e tem quatro filhos. Tem o curso de Engenheiro Electrotécnico e de Alta Direcção de Empresas. Foi para além destas habilitações académicas presidente do Conselho de Administração do Grupo Derovo SGPS, Gemadouro, Eggmas, SL, DDO, Grupo Nutroton SGPS, Iberfer SA, Criterium – Sistema Inf. Lda, Nutroton Energias, Desafios Caramulo.

Sector: serviços Concelho: Leiria

Mário Rodrigues sócio-gerente Natural da Argentina, Mário Rodrigues é presidente da Junta de Freguesia da Boa Vista, onde preside, também, ao Grupo Desportivo e Recreativo. Casado com Lina Fernanda Ferreira Cardoso Rodrigues, têm duas filhas. Tem participação na escola de línguas Linécole.

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EST

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39 anos, Administrador Executivo Amândio da Costa Santos é Administrador Executivo da Derovo desde Outubro de 2009. Nasceu a 22 de Agosto de 1970, é natural de Pombal, casado e tem duas filhas. Frequência no Bacharelato de Contabilidade e Administração do ISCA; representante de Portugal na EEPA (European Egg Procession Association); Representante de Portugal na EEPTA (European Egg Packers and Traders Association). É também Administrador da Gemadouro e Gerente da DDO. É Conselheiro Delegado das empresas de Direito Espanhol do Grupo Derovo SGPS: Ovofoods (Oviedo -Asturias ) e Eggmax (Segóvia – Castlla y Leon).

Inves�mento Público na Dinamização da Economia

Amândio Santos


Lina Fernanda Ferreira Cardoso Rodrigues sócia Detentora do Diplóme Supérieur d’Etudes Françaises Modernes e DHEF, gere a escola de línguas Linécole. É membro da Associação Portuguesa de Professores de Francês.

Ana Carolina Cardoso Rodrigues

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GUIA DO EMPRESÁRIO '09

Inves�mento Público na Dinamização da Economia

26 anos, sócia Nasceu em 13 de Abril de 1983 e é licenciada em gestão de empresas e está a concluir o mestrado na mesma área. Tem participação na Linécole.


Tânia Andreia Cardoso Rodrigues 20 anos, sócia Frequenta o terceiro ano do curso de marketing da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria.

EUREKA PLAST Sector: Comércio grosso Concelho: Leiria

Adelino Ferreira Carvalho

Maria Francisco 58 anos, sócia-gerente Maria Alice Ferreira Francisco é sóciagerente da empresa Gui - Combustíveis Guilherminos, desde 1993, deten-

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Sector: Comércio a realho Concelho: Leiria

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GUI - COMBUSTÍVEIS GUILHERMINOS

Inves�mento Público na Dinamização da Economia

71, Administrador Nasceu a 26 Abril de 1938, é casado e assumiu as funções de administrador em 1993.


do 33,33% do capital. Nasceu a 11 de Junho de 1951, é natural de Caldelas, Leiria, e é casada com António Marques da Silva Mota, tendo duas filhas. Nos tempos livres gosta de fazer renda e de fazer caminhadas a pé.

Fernanda Francisco 51 anos, sócia-gerente Fernanda Ferreira Francisco é sócia-gerente da empresa Gui - Combustíveis Guilherminos, desde 1993, detendo 33,34% do capital. Nasceu a 3 de Abril de 1958 em Caldelas, Leiria, e é casada com Carlos Manuel Ferreira Rosário, tendo duas filhas. Nos tempos livres gosta de viajar, ler e fazer ginástica.

Maria de Fátima Francisco sócia-gerente Maria de Fátima Ferreira Francisco é sócia-gerente da empresa Gui - Combustíveis Guilherminos, desde 1993, detendo 33,33% do capital. É natural de Caldelas, Leiria, e é casada com Eliseu dos Santos Pereira Ruivo, tendo um filho e uma filha. Nos tempos livres gosta de viajar e de ver televisão.

HIPERCLIMA Sector: Comércio por grosso Concelho: Leiria

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GUIA DO EMPRESÁRIO '09

Inves�mento Público na Dinamização da Economia

Victor Almeida 48 anos, administrador Victor Manuel Vieira da Silva Almeida é administrador da Hiperclima, com participação em 12% do capital. Nasceu a 28 de Março de 1961 em Angola, é casado com Maria Teresa da Silva Ferreira e tem um filho e duas filhas.

Agostinho da Ponte 53 anos, administrador Agostinho da Ponte é administrador da Hiperclima desde a sua fundação, com participação em 12% do capital. Nasceu a 9 de Junho de 1956, é casado com Maria Encarnação Pereira Faustino e tem uma filha. Formação académica e profissional: Bacharelato em Electrotecnia. Gosta de ténis e de golf.


Joaquim Meneses 51 anos, administrador Joaquim Meneses Almeida da Silva é administrador da Hiperclima desde Março de 1992, com participação de 12% no capital. Nasceu a 7 de Dezembro de 1957 e é casado com Luciane Manfroi. Tem dois filhos.Preside à AFIQ - Associação de Fabricantes e Importadores de Equipamentos de Queima e é vice-presidente da Apisolar para o sector térmico. Fora da actividade profissional gosta de actividades desportivas, nomeadamente futebol, ténis, ciclismo, mergulhos e viagens como lazer.

David Bento Vieira

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GUIA DO EMPRESÁRIO '09

Inves�mento Público na Dinamização da Economia

54 anos, administrador David Bento Vieira é administrador da Hiperclima, SA, desde 1992, com participação de 12% do capital. Nasceu a 26 de Abril de 1954, é casado com Isabel Vieira e tem duas filhas.


HORTAPRONTA Sector: comércio por grosso

Concelho: Peniche

José Artur de Jesus Vala 68 anos, presidente do conselho de administração José Artur de Jesus Vala é presidente do Conselho de Administração da empresa Hortapronta – Hortas do Oeste, SA, desde Novembro de 1999 detendo 16,96% do capital. Nasceu a 17 de Outubro de 1941, é casado com Maria José Chagas Vala e tem duas filhas. É sócio gerente da empresa TECNIPEN – Construções e Urbanizações, Lda, com 50% do capital, sócio da empresa Artur dos Santos Silva & Irmão, Lda, detendo 18% do capital e da empresa ALHOESTE – Comércio, Produção e Serviços de Hortofrutícolas, Lda, detendo 10% do capital. Nos tempos livres gosta de caçar e de futebol.

Celestino Santos Marques 62 anos, administrador Celestino Santos Marques é administrador da Hortapronta desde Novembro de 1999, detendo 16,96% do capital. Nasceu a 4 de Junho de 1947, é casado com Maria Lisete Pereira Vala Marques e tem dois filhos e uma filha. É sócio gerente da empresa Celestino Marques & Filhos, Lda, com 58% do capital e da empresa Artur dos Santos Silva & Irmão, Lda, detendo 18% do capital, é ainda sócio da empresa Alhoeste - Comércio, Produção e Serviços de Hortofrutícolas, Lda detendo 10 % do capital. Nos tempos livres, gosta de caçar e aprecia o futebol.

Carlos Miguel Vala Marques 40 anos, administrador Carlos Miguel Vala Marques é Administrador da Hortapronta, desde Janeiro de 2009, detendo 7,14% do capital. Nasceu a 18 de Agosto de 1969, é casado com Fernanda Maria Rodrigues Chagas Marques e tem dois filhos. É sócio gerente da empresa Artur dos Santos Silva & Irmão, Lda, detendo 7,15% do capital, é sócio da empresa Alhoeste – Comércio, Produção e Serviços de Hortofrutícolas, Lda, detendo 10 % do capital e da empresa Celestino Marques & Filhos, Lda, com 14% do capital. É Presidente da Direcção do Grupo Desportivo Atouguiense e membro do Conselho Fiscal da FNOP (Federação Nacional das Organizações de Produtores de Frutas e Hortícolas). Nos tempos livres gosta de futebol e desportos motorizados.

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Inves�mento Público na Dinamização da Economia

Alice Maria Chagas Vala 38 anos, administradora Alice Maria Chagas Vala é Administradora da Hortapronta, desde Novembro de 1999 detendo 7,14% do capital. Nasceu a 23 de Março de 1971, é casada com Paulo Jorge Correia Bombas Pereira da Silva e tem um filho e uma filha. Como habilitações académicas tem licenciatura em Organização e Gestão de Empresas. É ainda sócia da Alhoeste - Comércio, Produção e Serviços de Hortofrutícolas, Lda, detendo 10% do capital e da empresa Artur dos Santos Silva & Irmão, com 7,15% do capital.

Carlos dos Santos Amaro 52 anos, administrador Carlos dos Santos Amaro é Administrador da Hortapronta, desde Janeiro de 2009, detendo 7,14 % do capital. Nasceu a 27 Julho de 1957, é casado com Ana Paula Chagas Vala Amaro e tem um filho e uma filha. É sócio da empresa Alhoeste – Comércio, Produção e Serviços de Hortofrutícolas, Lda, detendo 10 % do capital e da empresa Artur dos Santos Silva & Irmão, Lda com 7,15 % do capital.


HOSPITAL DE SANTO ANDRÉ Sector: Saúde

Concelho: Leiria

Helder Roque 54 anos, presidente do conselho de administração Helder Manuel Matias Roque nascido a 15 de Outubro de 1955, em Portimão, é casado e tem três filhos. Presidente do Conselho de Administração do Hospital de Santo André, EPE desde Julho de 2005. É licenciado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra; Consultor da Carreira Médica de Clínica Geral com o grau obtido em 1995; Pós – Graduado em Medicina do Desporto em 2000 pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, tem competência em Gestão de Serviços de Saúde concedida em 2003 pela Ordem dos Médicos. De 1990 a 1994 e de 1998 a 2001 foi presidente da Direcção do Centro de Saúde de Leiria Dr. Gorjão Henriques, e ainda presidente da Ordem dos Médicos no Conselho Distrital de Leiria por dois mandatos seguidos, nos triénios de 1987/89 e 1990/92. Foi vereador na Câmara Municipal de Leiria de 1994 a 1997 e 2002 a 2005. Vice–presidente e presidente da Associação de Futebol de Leiria no quadriénio de 1996/99.

Licínio Carvalho

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Inves�mento Público na Dinamização da Economia

43 anos, administrador executivo Licínio Oliveira de Carvalho nasceu na Figueira da Foz em 25 de Dezembro de 1965 e é casado. Tem licenciatura em Direito pela Universidade de Coimbra em 1984/1989, e pós-graduação em Administração Hospitalar pela Escola Nacional de Saúde Pública, em 1989/1991. Tem ainda aprovação na parte escolar do Curso de Mestrado em Ciências Jurídico-Políticas, na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, nas cadeiras de Direito Administrativo


e de Direito Constitucional. Desde 2005 é Administrador Executivo do Hospital de Santo André, E.P.E.. Em 1995/2001 foi Administrador Delegado do Hospital Distrital de Pombal; em 1994/1995, Administrador Delegado do Hospital Distrital de Lagos e Assessor do Presidente do C.A. da ARS do Algarve; em 1991/1994, Administrador Hospitalar do Hospital Distrital de Leiria, e em 1992/2002 foi docente do Instituto Superior de Humanidades e Tecnologias, pólo da Marinha Grande. Fez ainda estágio de advocacia, integrou diversas Comissões e Grupos de Trabalho em diferentes áreas da Saúde e desenvolveu como monitor acções de formação. Desde Junho de 2009 é o representante do Hospital de Santo André no Conselho Empresarial da NERLEI.

Fernanda Pinhal 53 anos, directora-clínica Fernanda Maria dos Santos Pinhal Baeta da Veiga nasceu em Torres Vedras em 17 de Junho de 1957 é casada e mãe de três filhos. Exerce o cargo de Directora Clínica do Hospital de Santo André, EPE desde Fevereiro de 2007. Licenciada em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra; Consultora em Medicina Interna; Codificadora Clínica do HSA; Coordenadora do Grupo Português de Triagem do HSA; Membro da Equipa de Gestão de Altas do HSA, Pós-Graduada em Gestão de Serviços de Urgência pelo ISCTE; Membro de várias Sociedades Médicas. Foi responsável pelo Serviço de Urgência do HSA de Setembro 2005 a Fevereiro de 2007.

Mª Emilia Fael

Inves�mento Público na Dinamização da Economia

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EXPERIÊNCIA E INOVAÇÃO

48 anos, enfermeira-directora Maria Emilia Silva Fernandes Fael, nasceu a 27 de Janeiro de 1961 em Pombal, é casada e exer-

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16:43

Com 50 anos, orgulhamo-nos de fazer parte da lista das maiores empresas do distrito de Leiria, e tudo graças à investigação e desenvolvimento de novos produtos, à inovação, à capacidade de ver mais além, para continuar a oferecer especialização, qualidade e confiança. Fazemos parte da história do mundo dos moldes, fazemos parte do futuro.

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1959 > 1969 > 1979 > 1989 > 1999 > 2009

www.lismoldegroup.pt

T 244 499 190 | Zona Industrial “A Amarela” | 2480-051 Porto de Mós | PORTUGAL



ce o cargo de Enfermeira Directora desde Setembro de 2005. É licenciada em Enfermagem, especialista em Enfermagem Médico-Cirúrgica desde 1995 e tem a categoria de enfermeira chefe. Membro da Equipa de Gestão de Altas do HSA.

IBER-OLEFF Sector: Indústria

Concelho: Pombal

Joaquim Menezes 63 anos, presidente do conselho de administração Joaquim Menezes nasceu a 9 de Novembro de 1946 em Sé Nova , Coimbra, e é solteiro. Cofundador, com Henrique Neto, em Setembro de 1975 do Grupo IBEROMOLDES detém, desde Abril deste ano, 100% do capital e é actualmente seu Presidente. É accionista fundador da Iber-Oleff e preside também à filial brasileira desta empresa. A educação situa-se na esfera do que mais privilegia e dentro desse espírito é accionista fundador e presidente do CLIC – Colégio Internacional do Centro, na Marinha Grande. É ainda, Presidente do CENTIMFE – Centro Tecnológico da Industria de Moldes, Ferramentas Especiais e Plásticos e da incubadora OPEN na Marinha Grande, foi por três anos Presidente da ISTMA EUROPA a secção Europeia da International Special Tooling and Machining Association, e actualmente Presidente da ISTMA World. Engenheiro técnico de Electrotecnia e Máquinas, frequentou o Programa de Alta Direcção de Empresas da AESE em Lisboa, na Harvard Business School em Boston/USA o Owner President Management Program, o “Innovation Management Program” no EU-Japan Business Center” em Tóquio/Japão.

INTEPLÁSTICO Sector: Indústria

Concelho: Marinha Grande

Jorge Martins 64 anos, presidente do conselho de administração

Inves�mento Público na Dinamização da Economia

Jorge Manuel Pedroso de Oliveira Martins é o Presidente do Conselho de Administração da Inteplástico desde Março de 1999. Nasceu a 22 de Novembro de 1944, é natural da Marinha Grande e é casado, tendo um filho e uma filha. Desenvolve ainda actividades ao nível do associativismo.

INTERTELHA Sector: Indústria

Concelho: Ourém

Artur Meneses 58 anos, sócio-gerente

J.JUSTINO DAS NEVES Sector: Metalomecânica

Concelho: Ourém

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GUIA DO EMPRESÁRIO '09

António Vieira 58 anos, presidente do conselho de administração António dos Santos Vieira é administrador da J. Justino das Neves, SA, desde 1997. Nasceu a 3 de Janeiro de 1951, em Fátima, é casado com Maria Natália H. Neves Vieira e tem três filhas. É licenciado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior Técnico. Nos tempos livres António Vieira gosta de passear.

Maria Natália Henriques Neves Vieira Nasceu a 16/12/1949, é licenciada em Geografia, casada e tem três filhas.


Rosa da Fátima Henriques Neves Nasceu 8/05/1954, é licenciada em Matemática e tem dois filhos.

JP CAETANO Sector: Máquinas e equipamentos

Concelho: Pombal

Paulo Caetano 42 anos, presidente do conselho de administração José Paulo Antunes Caetano é o Presidente do Concelho de Administração da Holding – JP GLOBAL SGPS – que congrega participações nas empresas de que é Administrador – J.P. Caetano, SA; JPC Trucks Comércio Automóvel, SA; Imomarés – Imobiliária; Centro Rent a Car; RentaTrucks – Aluguer Operacional de Camiões, JP Hotéis, RICEL – Pré Esforçados e Clinisis – Serviços de saúde. Nasceu em 16 de Outubro de 1967 e é natural de Ourém. Tem duas filhas. É apaixonado por automóveis desportivos.

Jorge Caetano

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GUIA DO EMPRESÁRIO '09

Inves�mento Público na Dinamização da Economia

46 anos, administrador Jorge Antunes Caetano é administrador da JP GLOBAL SGPS. Nasceu em 5 de Outubro de 1963 e é natural de Ourém. Tem um filho e uma filha. Fora da sua actividade profissional, privilegia o contacto com a natureza, ocupando os seus tempos livres na sua Quinta.


JPC TRUCKS Sector: Comércio

Concelho: Leiria

Paulo Caetano 42 anos, presidente do conselho de administração

Jorge Caetano 46 anos, administrador

KEY PLASTICS PORTUGAL Sector: Indústria

Concelho: Leiria

Rui Filinto Ramos Stoffel Fernandes presidente do conselho de administração

LAMÁQUINA Sector: Comércio a retalho

Concelho: Leiria

Carlos Lalanda 53 anos, administrador Carlos Alberto do Espírito Santo Lalanda é administrador da Lamáquina - Comércio de Máquinas e Veículos, SA. Nasceu a 14 de Maio de 1956 no Reguengo do Fétal, Batalha, é casado com Maria José dos Santos Ribeiro Lalanda e tem um filho e uma filha.

Fernando Pinheiro

Inves�mento Público na Dinamização da Economia

52 anos, administrador Fernando Pinheiro Gomes Prior é administrador da Lamáquina - Comércio de Máquinas e Veículos,SA. Nasceu a 22 de Novembro de 1956, é natural de Porto de Mós e é casado com Maria Isabel Alves Bento Prior, tendo um filho e uma filha.

LEIRIVENDING Sector: Comércio

Concelho: Leiria

Filipe André Marques 33 anos, administrador Filipe André Pereira Marques nasceu a 4 de Novembro de 1976. É casado e tem 1 filho. É administrador da Leirivending desde 1998 e administrador das empresas MoonHouse, SA e Yourtel, Lda. É practicante e adepto de desportos motorizados e BTT. Leitura, e descobrir Portugal estão entre os seus principais gostos pessoais. É membro da Direcção da Associação Nacional de Grossistas de Tabaco.

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Maria Lurdes Marques 57 anos, administradora Maria de Lourdes Fernandes Pereira Marques. Nasceu a 12 de Abril de 1952, é viúva e tem dois filhos. É administradora da Leirivending desde 1998 e da MoonHouse, SA. Privilegia nos tempos livres a leitura e as viagens.


Duarte Marques 28 anos, administrador Duarte Nuno Pereira Marques é administrador da Leirivending desde 2006. Nasceu a 10 de Julho de 1981 e é solteiro. Licenciado em Design Industrial, gosta de cinema, de BTT e de sair com os amigos.

LENA ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES Sector: Construção

Concelho: Leiria

Joaquim Barroca Vieira Rodrigues 47 anos, presidente do Conselho de Administração Joaquim Barroca Vieira Rodrigues é presidente do Conselho de Administração da Lena Engenharia e Construções, SA. Nasceu a 17 de Março de 1962 em Santa Catarina da Serra, Leiria, é casado com Ana Maria Jorge de Abreu Rodrigues e tem duas filhas. Formação académica e profissional: Curso Complementar, frequentado na Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, em Leiria.

LENA AGREGADOS Sector: Comércio a retalho

Concelho: Leiria

Administrador Casado com Hélia da Conceição Ferreira Filipe dos Reis, tem uma filha e um filho. É natural de Santa Catarina da Serra e completou o ensino propedêutico, equivalente ao 12º ano.

Paulo Primitivo Pereira 42 anos, Administrador Nasceu em 30/06/1967, em Santa Catarina da Serra, sendo casado com Irene Santos Oliveira Pereira. Um filho e uma filha.

LENOBETÃO Sector: Indústria

Inves�mento Público na Dinamização da Economia

José Manuel Oliveira Pereira Reis

Concelho: Leiria

Paulo Primitivo Pereira Administrador

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Administrador

GUIA DO EMPRESÁRIO '09

José Manuel Oliveira Pereira Reis


LPM Sector: Comércio a retalho

Concelho: Leiria

Joaquim Paulo Conceição 44 anos, administrador Joaquim Paulo Cordeiro da Conceição é administrador da Lena Automóveis, SGPS, em que se engloba LPM - Comércio Automóvel, SA, detendo 10% do capital social. Nasceu a 16 de Março de 1965, é casado com Maria Filomena Pinheiro Pinto e tem dois filhos e uma filha. É licenciado em Economia, pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, pósgraduado em Economia Europeia também pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, e frequenta o doutoramento em Marketing e Comércio Internacional, na Universidade da Estremadura. De 1990 a 1992 foi Gerente de Conta do Banco Comercial Português em Leiria; de 1992 a 1996 foi Director Regional do Banco Comercial de Macau em Leiria; de 1996 a 1998 foi Director de Empresas do Banco Português do Atlântico; desde 1990 é docente (equiparado a professor-adjunto) nas áreas de estratégia e marketing na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria, do Instituto Politécnico de Leiria. Desde 1998 é administrador da LPM - Concessionário Peugeot; desde 1999 é administrador da empresa de mediação imobiliária Medilena; desde 2000 é Presidente do Conselho de Administração da Lena Automóveis, administrador da Rentlei – Gestão de Frotas, da Servilena e da LizDrive. É ainda administrador da Biocodex desde 2002, é membro da Conselho Geral do Grupo Lena, presidente do Conselho de Administração da Lenaparts, da Imunostar e da Genetest. Desde 2005 é presidente do Conselho de Administração da Bioteca, desde 2006 é presidente do Conselho de Administração da Biocodex Spain e Bioteca Spain. É administrador da Ecochoice e da Escola de Negócios do Grupo Lena desde 2007. A partir deste ano de 2009, é ainda administrador da Lena SGPS. Nos tempos livres aprecia música e desporto.

LUBRIGAZ Sector: Comércio a retalho

Concelho: Leiria

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GUIA DO EMPRESÁRIO '09

Inves�mento Público na Dinamização da Economia

Frederico Ferreira 76 anos, sócio-gerente Frederico Manuel Brazão Ferreira é sócio-gerente da Lubrigaz, Lda, desde 1965. Nasceu a 5 de Setembro de 1933, é casado com Isabel Rivera Martins de Carvalho Rodrigues e tem três filhos e duas filhas. É igualmente gerente da Lubriflores.

Nuno Roldão 46 anos, gerente Nuno Miguel da Costa Morais Roldão é gerente da empresa desde Junho de 2003. Nasceu em Maio de 1963, em Lisboa, é casado com Suzana Ferreira Morais Roldão e tem três filhos, um rapaz e duas raparigas. É gerente da Lubriflores. É igualmente gerente da Lubriflores.


MACOLIS Concelho: Leiria

Sector: Comércio por grosso

Luís Carreira 60 anos, presidente do conselho de administração Luís dos Moinhos Carreira é o presidente do Conselho de Administração e Director Geral da Macolis - Materiais Construção e Climatização, com participação em 40% do capital. Nasceu a 20 de Novembro de 1949 em Bidoeira de Cima - Leiria, é casado com Deolinda Vieira Dionisio Carreira e tem um filho e uma filha. Tem o curso de Desenhador Civil e fora da sua actividade empresarial, Luís Carreira gosta de participar em associações de âmbito social, de viajar, de jardinar e do convívio familiar. Reserva algum tempo para se dedicar á escrita e leitura.

Deolinda Carreira

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GUIA DO EMPRESÁRIO '09

Inves�mento Público na Dinamização da Economia

58 anos, administradora Deolinda Vieira Dionisio Carreira é Directora Financeira e administradora da Macolis - Materiais de Construção e Climatização, com participação de 20% do capital. Nasceu a 26 de Junho de 1951 em B idoeira de Cima , Leiria, é casada com Luís Moinhos Carreira e tem um filho e uma filha. Integra um grupo coral e gosta de dar passeios a pé e bicicleta. Gosta de participar em actividades sociais.


Bruno Carreira 31 anos, administrador Bruno Alexandre Dionisio Carreira é Director Comercial e administrador da Macolis - Materiais Construção e Climatização, com participação em 20% do capital. Casado Mónica Oliveira Carreira , nasceu a 18 de Agosto de 1978 em Leiria. É sócio-gerente da DCC. Nos tempos livres gosta de todo-o-terreno.

Carla Carreira 35 anos, administradora Carla Cristina Dionisio Carreira é Directora da Qualidade Comunicação e administradora da Macolis - Materiais Construção e Climatização, com participação de 17,50% do capital. Nasceu a 16 de Junho de 1974 em Milagres, Leiria, é casada com Vasco Carreira Caetano e tem um filha. É licenciada em Gestão de Empresas e tem um curso de Direcção de Empresas Familiares e encontra-se a frequentar um mestrado em controlo de gestão. É sócia-gerente da DCC. Fora da sua actividade empresarial, Carla Carreira é dirigente do Corpo Nacional de Escutas e pratica ginástica.

MATCERÂMICA Sector: Indústria

Concelho: Batalha

José Monteiro 52 anos, administrador José Luís Ferraria Monteiro é administrador da Matcerâmica - Fábrica de Louça SA, desde 2000, detendo 50% do capital. Nasceu a 31 de Março de 1957, é casado com Isabel Maria Neves Vieira Monteiro e tem três filhas. Do currículo profissional, consta como sócio-gerente das empresas Investourém Lda., Ruralinveste Lda., Futuroalgar Lda. e Fozlena, Lda. Gosta de caçar e é apreciador de boa cozinha e de bons vinhos.

Inves�mento Público na Dinamização da Economia

Isabel Monteiro 52 anos, administradora Isabel Maria Neves Vieira Monteiro é administradora da Matcerâmica - Fábrica de Louça, SA, desde 2000, detendo 50% do capital. Nasceu a 1 de Novembro de 1957, é casada com José Luís Ferraria Monteiro e tem três filhas. Do currículo profissional, consta como sócia-gerente das empresas Investourém, Lda., Ruralinveste, Lda., e Equipamentos Industriais Ganita, Lda. Nos tempos livres, pratica ginástica.

MATERLIS Sector: Indústria

Concelho: Leiria

João Alberto Amado Bartolomeu presidente conselho de administração

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GUIA DO EMPRESÁRIO '09

Deolinda Rosa Malhado Amado Bartolomeu vogal do Conselho de Administração

Maria João Malhado Amado Bartolomeu vogal do conselho de administração

Catarina João Malhado Amado Bartolomeu presidente da assembleia geral


MOVICORTES Sector: Comércio por grosso

Concelho: Leiria

José Ribeiro Vieira presidente do conselho de administração José Ribeiro Vieira é presidente do Conselho de Administração da Movicortes - Serviços e Gestão SA, desde a fundação. Nasceu em Cortes, Leiria, e tem duas filhas. É licenciado em Engenharia Electrotécnica, pelo Instituto Superior Técnico de Lisboa. Preside à NERLEI – Associação Empresarial da Região de Leiria e à ADLEI. Fora da actividade empresarial, José Ribeiro Vieira gosta de ler e de viajar.

MTL Sector: Indústria

Concelho: Leiria

António Ramalho 57 anos, sócio-gerente António Manuel Pedrosa Ramalho é casado, tem duas filhas e além da MTL gere também a Transportadora Central de Monte Redondo, a Sefoeste e a SIP, entre outras empresas. É natural de Monte Redondo, Leiria.

Manuel Pedroso

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GUIA DO EMPRESÁRIO '09

Inves�mento Público na Dinamização da Economia

60 anos, sócio-gerente Licenciado em Engenharia, Manuel Joaquim Godinho Pedroso é natural de Vale Cavalos, no distrito de Santarém. Casado, tem dois filhos. É sócio-gerente da MTL.


OLIVEIRAS Sector: Construção

Concelho: Batalha

Joaquim da Silva Oliveira presidente do conselho de administração Joaquim da Silva Oliveira é Presidente do Conselho de Administração desde 1981 e tem uma participação no capital de 50%. É também Presidente do Conselho de Administração da Gestoliva, S.A. com a uma participação de 50%.

Carlos da Silva Oliveira administrador Carlos da Silva Oliveira é administrador da Oliveiras, S.A. desde 1981 com 50% de participação no Capital. É também Administrador da Gestoliva, S.A com 50% de participação.

PLASGAL Sector: Indústria Concelho: Leiria

António da Silva Nogueira 81 anos, gerente Participação no Capital de 61.4%. Nasceu a 17/12/1927. Casado com Maria Idalina Rodrigues Oliveira Felizardo, tem dois filhos. Completou o 1º Ciclo do Ensino Básico. António Augusto Rodrigues Nogueira 54 anos, gerente Nasceu a 15/11/1955. Divorciado, tem duas filhas. Completou o Ensino Secundário Técnico Complementar. Tem uma participação no capital de 18,6%. José Carlos Rodrigues Nogueira 46 anos, gerente Participação no Capital de 18.6%. Nasceu em 28/11/1962. Tem o Ensino Secundário Complementar. Casado com Célia Maria Marques de Almeida Nogueira. Um filho e uma filha.

PLASTIDOM Inves�mento Público na Dinamização da Economia

Sector: Indústria

Concelho: Leiria

Ilídio Rufino 76 anos, administrador Ilídio do Livramento Rufino é administrador, detendo 67,8% do capital da empresa. Nasceu a 31 de Janeiro de 1933, é natural de Alfeizerão, é casado com Adelaide Câncio do Livramento Rufino e tem um filho e três filhas. Tem o Curso Geral de Comércio e é ainda administrador da empresa Plastidom Euro-Ibéria, detendo 66,7% do capital.

PETROIBÉRICA Sector: Comércio a retalho

Concelho: Ourém

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GUIA DO EMPRESÁRIO '09

Francisco de Mascarenhas 53 anos, presidente do Conselho de Administração Francisco Manuel de Magalhães Castel Branco de Mascarenhas é presidente do Conselho de Administração da Petroibérica - Sociedade de Petróleos Ibero Latinos, SA, desde Janeiro de 1993. Nasceu a 13 de Janeiro de 1956 em Lousã, é casado com Maria Isabel Albuquerque Carreiras de Mascarenhas e tem dois filhos e uma filha. Formação académica e profissional: Gestão e Marketing. Outras funções: Gestor Comercial da Fina Portuguesa, SA, durante cinco anos. Actualmente, é ainda administrador dos Transportes Petroibérica. Fora da sua actividade empresarial, Francisco Mascarenhas gosta de cinema e de viajar.


REDCATS PORTUGAL Sector: Comércio a retalho

Concelho: Leiria

Paulo Pinto 40 anos, Director-Geral Paulo Jorge Mateus Pinto é director-geral e Administrador da Redcats Portugal empresa que gere as marcas Redoute e Vertbaudet. Casado com Alcina Teresa Gaspar Fereira, tem um filho. Licenciado em Economia pela Universidade de Coimbra, foi director internacional da marca Vertbaudet, que ajudou a lançar em Portugal, Espanha, Suíça, Bélgica e Alemanha.

REDEVIAS Sector: Construção Concelho: Pombal

José Rosa França Diogo 49 anos, Presidente do Conselho de Administração José Rosa França Diogo foi o sócio Fundador da Redevias, S.A. É natural de Alvega – Abrantes e neste momento reside em Pombal. Nasceu a 29/09/1960, é casado e tem duas filhas. Gosta de cavalos e nos tempos livres pratica ténis.

REYNAERS ALUPOL Sector: Indústria Concelho: Pombal

Sector: Indústria Concelho: Leiria

Jorge Vieira 47 anos, director-geral Com uma experiência de 18 anos no

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ROCA

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Administrador

Inves�mento Público na Dinamização da Economia

Valdemar Paixão


grupo Roca, o engenheiro electrotécnico de Ourém anos liderou durante os últimos três anos a subsidiária da Argentina. Antes, Jorge Vieira, que também tem um curso de Marketing, já esteve na Roca, S.A., onde iniciou a carreira como Delegado de Vendas, evoluiu para Chefe de Vendas e se tornou Director Comercial, cargo que desempenhou durante uma década. Para além do português fala inglês, espanhol e francês.

SACEL - AUTO CENTRAL LEIRIENSE Sector: Comércio a retalho

Concelho: Leiria

Francisco Rocha Marques 87 anos, sócio-gerente Francisco Henrique da Rocha Marques é sócio-gerente da Sacel - Sociedade Auto Central Leiriense, Lda, com participação em 50% do capital. Nasceu a 1 de Agosto de 1922 em Leiria, é casado com Maria João Froes Almeida da Rocha Marques e tem um filho e duas filhas. Ao nível da formação académica tirou o antigo Curso Geral do Liceu. É também sócio-gerente das empresas F. H. Rocha Marques, Lda; da Ondal - Comércio Automóvel, Lda; e da Imauto, Lda. Fora da sua actividade empresarial, Francisco Rocha Marques gosta de leitura, de filatelia, numismática e de aviação civil.

Rui Tomás Marques 45 anos, sócio-gerente Rui Tomás Gomes Pereira Marques é sócio-gerente da Sacel - Sociedade Auto Central Leiriense, Lda, representando 50% do capital. Nasceu a 28 de Julho de 1964 em S. Jorge de Arroios, é casado com Maria Luísa Nunes Branco Pereira Marques e tem um filho e uma filha. É licenciado em Recursos Faunísticos e Ambiente e pós-graduado pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos da América. É professor convidado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, pós-graduado em Ordenamento do Território e membro do Conselho Nacional da Água. É ainda sócio-gerente das empresas Tomaz Marques, Lda. e da Blue Earth Europe. Leitura, viajar em Portugal e no estrangeiro, cinema, desportos automóveis, fotografia, ténis, futebol e golfe são área de interesse a que procura dedicar os tempos livres.

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GUIA DO EMPRESÁRIO '09

Inves�mento Público na Dinamização da Economia

António Rocha Marques 58 anos, gerente António Manuel Almeida Rocha Marques é gerente da Sacel - Sociedade Auto Central Leiriense, Lda., desde 2 de Janeiro de 1996. Nasceu a 29 de Agosto de 1951 em Leiria, é divorciado e tem um filho e uma filha. Ao nível da formação académica tirou o antigo Curso Geral do Liceu É também gerente das empresas F. H. Rocha Marques, Lda e da Ondal Lda.

SARRAIPA Sector: Comércio por grosso

Concelho: Leiria

José Sarraipa 71 anos, presidente do conselho de administração José Pereira Sarraipa nasceu a 15 de Março de 1938. Casado com Odete Maria Moreira Rodrigues Sarraipa, tem dois filhos. É presidente do Conselho de Administração desde 1982, detendo 56% do seu capital.

Odete Sarraipa 72 anos Odete Maria Moreira Rodrigues Sarraipa nasceu a 7 de Agosto de 1937. Casada com José Pereira Sarraipa, tem dois filhos. É presidente da Assembleia Geral da empresa desde 1982, detendo 20% do seu capital.


Pedro Sarraipa 45 anos, administrador Pedro José Rodrigues Sarraipa nasceu a 16 de Agosto de 1964, na Alemanha, e tem nacionalidade portuguesa. Casado com Teresa Margarida Rodrigues Sarraipa tem dois filhos, um rapaz e uma rapariga. Licenciado em Gestão de Empresas, é administrador e director-financeiro da empresa desde 1982, detendo 11,5% do seu capital.

Paulo Sarraipa

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GUIA DO EMPRESÁRIO '09

Inves�mento Público na Dinamização da Economia

47 anos, administrador Paulo José Pereira Rodrigues Sarraipa nasceu a 4 de Outubro de 1962. Divorciado, tem dois filhos, um rapaz e uma rapariga. É administrador e director comercial da empresa desde 1982, detendo 11,5% do seu capital.


SCHAEFFLER PORTUGAL Sector: Indústria

Concelho: Caldas da Rainha

Carlos Gouveia da Silva 54 anos, Administrador Delegado Carlos Manuel Rodrigues Gouveia da Silva é Administrador Delegado Schaeffler Portugal SA, (ex-ROL - Rolamentos Portugueses) de que era Director Geral desde Outubro de 1999. Nasceu a 26 de Agosto de 1955 em Caldas da Rainha e tem duas filhas. Licenciatura em Engenharia Electrotécnica, pelo Instituto Superior Técnico; Pós-Graduado em Gestão de Empresas, pela Universidade Católica. Outras funções: Três anos de estágio profissional na Alemanha; Chefe de Serviços da ROL durante sete anos; Director fabril da ROL durante nove anos. Fora da sua actividade empresarial, Carlos Gouveia gosta de viajar, de ler e pesca no mar.

SILVA & SANTOS Sector: Comércio a retalho

Concelho: Pombal

Manuel Santos 58 anos, sócio-gerente Manuel da Silva Santos é sócio-gerente da empresa concessionária da Renault nos concelhos de Pombal e Ansião desde 1980, detendo 63,75% do capital. Nasceu a 26 de Novembro de 1950, é casado com Maria Celeste Matias Santos e tem um filho e duas filhas. É ainda sóciogerente da Ansiauto (50%).

SIMPLASTIC Sector: Indústria

Concelho: Batalha

Inves�mento Público na Dinamização da Economia

José Monteiro 53 anos, sócio-gerente José Cerejo Monteiro é sócio-gerente da Simplastic, detendo 50% do capital social. Nasceu a 19 de Setembro de 1956, é natural da Batalha, casado com Colette Pedrosa Sousa e pai de quatro filhos. É ainda sócio-gerente da empresa Bagatela e da empresa StarPark, SA, de que detém 50% do capital, e da Officepack e da Investforma, detendo a totalidade do capital. Nos tempos livres gosta de viajar, fazer circuitos pedonais e futebol.

Arsénio Silva 56 anos, sócio-gerente Arsénio do Nascimento Pereira da Siilva tem 50 por cento do capital social da Simplastic, da qual é sócio-gerente. Natural de Pinheiros, Leiria, nasceu a 14 de Janeiro de 1953, é casado e tem dois filhos.

SIVAL Sector: Indústria

Concelho: Leiria

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Pedro Faria 56 anos, sócio-gerente Abandonou recentemente a presidência da NERLEI – Associação Empresarial da Região de Leiria, liderando agora a mesa da Assembleia Geral. Pedro Lopes Pereira Faria é natural de Leiria, nasceu a 21 de Março de 1953 e tem duas filhas. É sócio-gerente da Sival desde 1976 e detém 16% do seu capital social. Licenciado em Engenharia Mecânica, é vice-presidente da Associação Portuguesa da Indústria de Plásticos (APIP) e vice-presidente da AIP – Associação Industrial Portuguesa. É ainda gerente da empresa Ibertools, detendo 50% do seu capital. Viajar, jardinagem e moto-turismo são os seus principais gostos para ocupar os tempos livres.


SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES JOSÉ COUTINHO Sector: Construção e Obras Públicas

Concelho: Caldas da Rainha

José Feliciano Coutinho administrador

Maria da Luz de Sousa Nunes Feliciano Coutinho administradora

Maria do Livramento Feliciano Coutinho Bento administradora

SODICEL Sector: Comércio por grosso

Concelho: Leiria

Vítor Marques

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Inves�mento Público na Dinamização da Economia

46 anos, administrador Vítor Manuel Lopes Marques é administrador da Sodicel desde Abril de 2005. Nasceu a 10 de Outubro de 1963, em Freixianda, é casado com Maria Antónia Mendes de Oliveira e tem dois filhos. É licenciado em Economia e tem um Master em Gestão Comercial e Marketing. Nos tempos livres privilegia o convívio com os amigos, de preferência à mesa e com bons vinhos, a prática desportiva e as viagens.


Júlio Jesus 44 anos, administrador Júlio Paulo Videira de Jesus é administrador da Sodicel, desde Abril de 2005. Nasceu a 24 de Maio de 1965 em Leiria. É casado com Sofia Oliveira e tem duas filhas. É Técnico Oficial de Contas e tem o PAGE – Programa de Gestão Avançada para Executivos da Universidade Católica. Viajar, música e desporto estão entre as prioridades para os tempos livres.

SPAL Sector: Indústria

Concelho: Alcobaça

José António Paiva administrador

TECLENA Sector: Comércio por grosso Concelho: Leiria

António Correia Madeira Machado

Inves�mento Público na Dinamização da Economia

62 anos, presidente do conselho de administração António Correia Madeira Machado é administrador da empresa Teclena, SA, desde 1980, detendo um capital no valor de 250 mil euros. Nasceu em 11 de Abril de 1947, em Odeleite. É casado com Eugénia Ilda Albino Lopes Machado e tem duas filhas. Licenciou-se em Engenharia Electrotécnica, pelo Instituto Superior Técnico, em 1974. Iniciou a sua carreira na Direcção da Aviação Civil e antes de ingressar na Teclena, SA, passou por uma fábrica de embalagens metálicas.

Madail Mendes 62 anos, administrador Madaíl Mendes, natural de Penela, nasceu a 8 de Março de 1946, é casado com Ausenda Luís Avelar Mendes e tem um filho. É administrador da Teclena - Automatização, Estudos e Representações SA, detendo 50% do capital. É gerente da Aplindustria onde detêm um terço do seu capital. É licenciado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior Técnico. Nos tempos livres, gosta de ler e viajar.

TIEL Sector: Transportes

Concelho: Alvaiázere

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Jorge Humberto Mendes Alves 41 anos, Presidente do Conselho de Administração Participação no Capital de 16,22%. Nasceu a 30/08/1968. Casado com Maria Lurdes Mendes Alves, tem dois filhos. Completou o 12º ano de escolaridade e outras formações académicas e profissionais. Nos tempos livres gosta de ler e de praticar golfe.


TRANSAIRE Sector: Logística

Concelho: Porto de Mós

David Alexandre Neves de Oliveira Amaro 38 anos, sócio- gerente Nasceu em 19-06-1971 em S. Sebastião da Pedreira – Lisboa. Casado com Elsa Cristina Fernandes Querido Amaro, tem um filho e duas filhas. A sua participação no capital da Transaire é de cinco por cento. Licenciado em gestão pela Universidade Autonoma de Lisboa, é ainda sócio-gerente da Joaquim Jorge & Filhos, Lda. (com 13% do capital) e administrador da D.E.R.A. SGPS, S.A., onde detém 50%.

TRANSPORTES BROLIVEIRA Sector: Transportes

Concelho: Leiria

Boaventura Verdasca administrador

TRANSPORTES CENTRAL POMBALENSE Sector: Transportes

Concelho: Pombal

Gumerzindo António

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Inves�mento Público na Dinamização da Economia

66 anos, sócio-gerente


Gumerzindo Pereira António 66 anos, sócio-gerente

Virgílio Pereira António 64 anos, sócio-gerente

Maria Odete Pereira António 54 anos, sócia-gerente

TRANSPORTES MACHADO & BRITES Sector: Transportes

Concelho: Leiria

Manuel Brites 74 anos, sócio-gerente Manuel Oliveira da Costa Brites é sócio-gerente da Transportes Machado & Brites, Lda, com participação em 70% do capital. Nasceu a 2 de Julho de 1935 em Arrabal, Leiria, é casado com Arminda Carvalho Pereira da Quitéria e tem um filho e uma filha. O tempo livre é dedicado a viajar.

Arminda Quitéria 73 anos, sócia-gerente Arminda Carvalho Pereira da Quitéria é sócia-gerente da Transportes Machado & Brites, Lda, com participação em 10% do capital. Nasceu a 16 de Janeiro de 1936 em Arrabal, Leiria, é casada com Manuel Oliveira da Costa Brites e tem um filho e uma filha. O tempo livre é dedicado a viajar.

Maria Manuela Brites

Inves�mento Público na Dinamização da Economia

43 anos, sócia-gerente Maria Manuela Carvalho de Oliveira Brites é sócia-gerente da Transportes Machado & Brites, Lda, com participação em 10% do capital. Nasceu a 19 de Novembro de 1966 em Moçambique. É licenciada em Informática de Gestão. Viajar e mergulhar estão no topo das actividades a que se dedica fora da actividade profissional.

Armindo Brites 49 anos, sócio-gerente Armindo Manuel Carvalho Pereira de Oliveira Brites é sócio-gerente da Transportes Machado & Brites, Lda, com participação em 10% do capital. Nasceu a 9 de Julho de 1960 em Moçambique, é casado com Maria Clara Branco da Silva Brites e tem um filho e uma filha. O tempo livre é dedicado a viajar, a praticar e a assistir a desportos motorizados e tem um gosto muito especial por relógios.

UMBELINO MONTEIRO Sector: Indústria

Concelho: Pombal

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Teresa Monteiro 42 anos, directora eral Teresa Alexandra Costa Monteiro, neta do fundador e Directora Geral da Umbelino Monteiro, S.A. empresa que este ano comemora o seu cinquentenário. Nasceu em 26 de Outubro de 1967, natural de Leiria. É licenciada em Gestão de Empresas e tem um MBA em Marketing. Esteve sempre ligada á indústria, tendo iniciado a sua actividade profissional no ministério da Industria, a que se seguiu a entrada na Umbelino Monteiro, S.A. para criar o departamento de Marketing da empresa. Acompanhou e participou na evolução da empresa, tendo assumido a direcção geral em 2005, sucedendo ao seu pai, Joaquim Umbelino. Manteve-se no cargo


quando a empresa foi adquirida pelo grupo Belga Etex em 2007, ano em que a família cedeu 100 por cento do capital. Vice-presidente da AICP – Associação Industrial do Concelho de Pombal. Nos tempos livres gosta de viajar, de fotografar e de conhecer outras culturas. Pratica actividade física regular e sempre que tem oportunidade pratica desportos de natureza, como treckking, esqui alpino e mergulho com escafandro. A música está sempre presente no seu diaa-dia. A leitura em geral, mas cada vez mais centrada em temas de Gestão e de actualidade, económica e politica internacional.

Alfons Peeters presidente do conselho de administração Casado, residente na Bélgica.

UNIFATO Sector: Comércio a retalho Concelho: Batalha José de Jesus Fétal Caixeiro

66 Anos, sócio gerente

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Inves�mento Público na Dinamização da Economia

José de Jesus Fétal Caixeiro é sócio Gerente da Unifato, Lda., desde 1974. Nasceu a 24 de Junho de 1943, em Reguengo do Fétal, Batalha, é casado com Maria Teresa Ribeiro Inácio Caixeiro e tem dois filhos. Também é Sócio Gerente da Unilopes, Lda., Lizauto, Lda. e Limurbe, Lda. Fora da sua actividade empresarial, José Caixeiro gosta de actividades ao ar livre, leitura e é um bom apreciador de vinhos.


Carlos Ferreira Gonçalves de Carvalho 65 anos, sócio gerente Carlos Ferreira Gonçalves de Carvalho é sócio Gerente da Unifato, Lda., desde 1974. Nasceu a 15 de Abril de 1944, em Reguengo do Fétal, Batalha, é casado com Maria de Lurdes Reis do Fétal e tem um filho. Também é Sócio Gerente da Unilopes, Lda. e Limurbe, Lda. Fora da sua actividade empresarial, Carlos Carvalho gosta de se dedicar a actividades agrícolas.

José Augusto Carvalho 66 anos, sócio gerente José Augusto Carvalho é sócio Gerente da Unifato, Lda., desde 1974. Nasceu a 26 de Maio de 1943, em Reguengo do Fétal, Batalha, é casado com Ana dos Santos Vieira Carvalho e tem três filhos. Também é Sócio Gerente da Unilopes, Lda. e Limurbe, Lda.

Jorge Manuel Caixeiro da Costa 62 anos, sócio gerente Jorge Manuel Caixeiro da Costa é sócio Gerente da Unifato, Lda., desde 1974. Nasceu a 15 de Janeiro de 1947, em Reguengo do Fétal, Batalha, é casado com Adília de Oliveira Alves da Costa e tem dois filhos. Também é Sócio Gerente da Unilopes, Lda. e Limurbe, Lda. Fora da sua actividade empresarial, Jorge Manuel Caixeiro da Costa gosta de praticar BTT.

José do Fétal Ferreira 70 anos, sócio gerente José do Fétal Ferreira é sócio Gerente da Unifato, Lda., desde 1974. Nasceu a 25 de Julho de 1939, em Reguengo do Fétal, Batalha, é casado com Ivone Botelho Ferreira da Silva e tem uma filha. Também é Sócio Gerente da Unilopes, Lda. e Limurbe, Lda. Fora da sua actividade empresarial, José do Fétal Ferreira gosta de praticar actividades cinegéticas.

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GUIA DO EMPRESÁRIO '09

Inves�mento Público na Dinamização da Economia

Filipe Carreira dos Reis 71 anos, sócio gerente Filipe Carreira dos Reis é sócio Gerente da Unifato, Lda., desde 1974. Nasceu a 01 de Novembro de 1938, em Reguengo do Fétal, Batalha, é casado com Ermelinda Vigário Gomes dos Reis e tem dois filhos. Também é Sócio Gerente da Unilopes, Lda. e Limurbe, Lda. Fora da sua actividade empresarial, Filipe Carreira dos Reis gosta de se dedicar a actividades agrícolas e cinegéticas. Leonel Rebelo Rodrigues 71 anos, sócio-gerente Leonel Rebelo Rodrigues é sócio-gerente da Unifato, Lda, desde 1972. Nasceu a 22 de Novembro de 1937 em Reguengo do Fetal, Batalha. Casado com Maria do Fétal Espírito Santo Cunha e tem um filho. É também sócio-gerente das empresas Unilopes, Lda, Limurbe, Lda, faz parte também, da direcção do Centro Social e Assistência do Reguengo do Fétal. Fora da sua actividade empresarial, Leonel Rodrigues gosta de leitura.

António Luis das Neves Rosa 63 Anos, sócio gerente António Luis das Neves Rosa é sócio Gerente da Unifato, Lda., desde 1974. Nasceu a 04 de Maio de 1946, em Reguengo do Fétal, Batalha, é casado com Ângela Paula dos Santos Figueira das Neves Rosa e tem dois filhos. Também é Sócio Gerente da Lizauto, Lda., Unilopes, Lda. e Limurbe, Lda. Fora da sua actividade empresarial, António Luis das Neves Rosa gosta de ler, praticar actividades desportivas e fazer voluntariado.


VALCO Sector: Indústria

Concelho: Leiria

Gabriel Oliveira 75 anos, presidente do conselho de administração Gabriel de Jesus Oliveira é Presidente do Conselho de Administração da Valco desde 2003, detendo 71% do capital. Nasceu a 27 de Fevereiro de 1934 em Caranguejeira, Leiria, é casado com Felismina Pereira Henriques e tem um filho. as muitas actividades que tem desempenhado, destacam-se os vários cargos públicos, como Presidente da Junta de Freguesia e deputado municipal; a fundação de empresas (Emprimade, S.A., de que é Administrador) e ainda outras organizações regionais de cariz cultural, social ou desportivas de que foi Presidente, tais como: Filarmónica de Caranguejeira; Lar S. Cristóvão e União Desportiva de Caranguejeira. Actualmente éPresidente do Lar de S.Cristóvão, Caranguejeira. Nos seus tempos de lazer aprecia uma boa e enriquecedora leitura, conviver com a família e os amigos, viajar e envolverse em actividades e obrassolidariedade e desportivas.

Rui Oliveira 52 anos, administrador Rui Henriques de Oliveira é administrador da Valco desde 2003, detendo 6% do capital. Nasceu em 1956, na Caranguejeira, é casado com Maria de Fátima Ferreira e tem dois filhos. o curso geral dos liceus, é Presidente do C.A. da empresa Emprimade, S.A., de que detém 75% do capital e ainda ex-presidente da Associação dos Industriais de Madeira do Centro. Actualmente é membro da Assembleia Geral do NERLEI. Nos poucos tempos livres de que anunGAPI_180x136_ve.fh11 11/7/09 5:57 PM Page 1dispõe, dedica-os sobretudo à família, leitura, viagens e desporto. CM

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Inves�mento Público na Dinamização da Economia

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VIGOBLOCO Sector: Indústria Concelho: Ourém

Manuel dos Santos 61 anos, presidente do conselho de administração Manuel Saraiva dos Santos, é presidente do Conselho de administração da Vigobloco – Préfabricados, SA, desde Setembro de 2002, com a participação de 54,5% do capital. Nasceu a 19 de Outubro de 1948, é casado e tem dois filhos: um rapaz e uma rapariga. Ao nível académico, frequentou o 1º Ciclo do Ensino Básico. É também presidente do Conselho de Administração na empresa Manuel Saraiva, SA com participação em 54,5 % do Capital, administrador na SATEPOR, SA, detendo 7 % do capital.

Nélia Saraiva 34 anos, administradora Nélia Fernanda das Neves Saraiva é administradora da Vigobloco – Pré-Fabricados, SA, desde Setembro de 2002, detendo 22% do capital. Nasceu em 1 de Dezembro de 1974, em França. É casada com Nuno Miguel Duarte Sousa e tem três filhos, um rapaz e duas raparigas. É licenciada em Gestão de Empresas. Detém ainda 22% do capital da Manuel Saraiva, SA, onde é administradora da empresa.

Filipe Saraiva

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GUIA DO EMPRESÁRIO '09

Inves�mento Público na Dinamização da Economia

37 anos, administrador Filipe Manuel das Neves Saraiva é administrador da Vigobloco – Pré-Fabricados, SA, desde Setembro de 2002, detendo 22% do capital. Nasceu em 23 de Julho de 1972, em França. É casado com Isabel Fernandes Ribeiro e tem dois filhos. É licenciado em Arquitectura. É ainda administrador da empresa Manuel Saraiva, SA, onde detém 22% do capital.

VMF PETRÓLEOS Sector: Comércio

Concelho: Leiria

Amílcar Lagoa 52 anos, Gerente Tem uma participação de 50%. Nasceu a 23/10/1957, em Raposeira – Colmeias. Um filho. Completou o Curso Complementar de Contabilidade e Gestão e vários cursos curriculares em Gestão. Foi gerente na Leiricol com 50% de participação e gerente da Onzenas – Silvicultura, também com 50%.




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