Edição REGIÃO DE LEIRIA
100 Maiores e melhores
100 Maiores e melhores Empresas Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010
2010 Empresas Distrito de Leiria e Concelho de Ourém Agir para Vencer
Esta revista é suplemento integrante da edição nº 3880 de 29 de Julho de 2011 do semanário REGIÃO DE LEIRIA e da edição nº 696 de 29 de Julho de 2011 do diário i, em Lisboa e Porto. Não pode ser vendida separadamente
Apoio:
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Sumário
Sumário Editorial Agir para Vencer .............................................................................................................. 5 Análise Paulo André ...........................................................................................................................6 Entrevista Vítor Bento .....................................................................................................................10 Opinião Joaquim Paulo Conceição .......................................................................................... 14 Análise Comércio ............................................................................................................................... 16 À conversa José Caixeiro, Luís Ferreira e Paulo Pinto .................................................. 18 Perspectiva Joaquim Menezes | José Eduardo Carvalho .......................................... 24 Análise Construção .......................................................................................................................... 26 À conversa Aquilino Carreira, Paulo Gonçalves e Sousa Pereira .......................... 28 Análise Indústria ............................................................................................................................... 36 À conversa José Ribeiro Vieira, Leonel Costa e Teresa Monteiro ......................... 38 Perspectiva Jorge Vieira | Marcelo Sousa ............................................................................ 44 Opinião Jorge Santos ....................................................................................................................... 46 Opinião Carlos Silva ......................................................................................................................... 48
Ficha Técnica Director Francisco Rebelo dos Santos Directora Executiva Patrícia Duarte
Perspectiva Francisco Vieira ...................................................................................................... 49 Perspectiva Carla Carreira | Francisco Alves ....................................................................50 Opinião Rui Pedro Brogueira .......................................................................................................52 Perspectiva Rui Filinto | Jorge Martins .................................................................................. 54 Análise Resultados das 100 Maiores ..................................................................................... 56
Edição e Textos Cláudio Garcia Fotografia Joaquim Dâmaso Sérgio Claro Arquivo Direcção Comercial Alda Moreira
A Maior Lena Construções ...........................................................................................................60 Ranking As 100 maiores empresas ......................................................................................... 62 Baker Tilly Os critérios para apurar as maiores e as melhores ..............................68 A Melhor Thomaz dos Santos .................................................................................................... 70 Ranking As 100 melhores empresas .......................................................................................74 Glossário O que revela cada termo ......................................................................................... 78
Publicidade João Agrela (coordenador) Iris Serrador Márcia Costa Sandra Nicolau Paginação Rita Bernarda Impressão Sogapal Tiragem 36.000 exemplares
Indispensável Os códigos de cada sector ...........................................................................80 Ranking Melhores por indicador ............................................................................................. 84 Ranking Melhores por sector ..................................................................................................... 94 Reportagem A melhor da indústria transformadora ...................................................96 Reportagem A melhor da construção ................................................................................ 100 Reportagem A melhor do comércio automóvel ...........................................................104 Reportagem A melhor do primário e extractivo ..........................................................108 Ranking Melhores por concelho ............................................................................................. 114 Destaque As maiores subidas .................................................................................................. 126 Perspectiva Nicolas Maciel .........................................................................................................127 Ranking Exportação ...................................................................................................................... 129 Reportagem A maior exportadora .........................................................................................134 Opinião Manuel Portugal ............................................................................................................ 136
Esta revista é suplemento integrante da edição nº 3880 de 29 de Julho de 2011 do semanário REGIÃO DE LEIRIA e da edição nº 696 de 29 de Julho de 2011 do diário i, em Lisboa e Porto. Não pode ser vendida separadamente
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Análise Distrito de Leiria ............................................................................................................. 138 Ranking Índice alfabético ............................................................................................................144
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Editorial
Agir para vencer
Francisco Rebelo dos Santos Director do REGIÃO DE LEIRIA
Mais e melhor informação em tempo útil. Este é o grande objectivo da edição 2011 da revista 100 maiores empresas do REGIÃO DE LEIRIA. Só a informação completa e credível pode ser transformada em conhecimento rigoroso, sustentando uma gestão exigente e proactiva. Foi com esta certeza que subimos o patamar da informação que recolhemos, com a introdução de novas rubricas e a adopção de uma nova metodologia. O trabalho que agora publicamos resulta da livre participação das principais empresas do distrito de Leiria e concelho de Ourém, o território que identificamos como a nossa região natural. Num mundo cada vez mais global, é uma prática saudável as empresas divulgarem livremente os seus números e submeterem-se ao escrutínio público. Obrigado às dezenas de gestores que mais uma vez se associaram à nossa publicação, através do envio dos respectivos elementos contabilísticos solicitados, informação que nos permitiu apurar o desempenho individual e o seu enquadramento no contexto da actividade empresarial da região. Em sentido contrário, registamos sem alento o facto de algumas empresas (poucas) terem optado por se esconderem com a não divulgação de dados, o que só por si espelha a forma como (não) se querem relacionar com a sociedade. Em abono da verdade, convirá ainda dizer que em casos pontuais optámos nós próprios por excluir empresas que embora estivessem por direito próprio no ranking das 100 maiores - os dados apresentados são do ano passado - entraram recentemente em processos de insolvência ou mesmo encerramento. As mudanças que se verificam no mundo em geral e na economia em particular deixam as suas marcas na vida das empresas da região. A evidência destas realidades é um denominador ao longo da viagem que fazemos pelas nossas 100 maiores.
A área da construção é a ponta do iceberg da mudança de ciclo que está em curso, alterando os paradigmas com que até agora olhávamos para o “motor” da economia. Mais do que uma tendência, o mercado internacional é um caminho obrigatório para as empresas de construção que querem sobreviver na actual tempestade. Contudo, olhar para o mercado externo sem ter a organização interna devidamente preparada é um acto leviano, uma fuga para a frente, que mais cedo ou mais tarde provocará danos irreparáveis. Este princípio é válido para a construção e para todos os outros. Vivemos um tempo onde é imperioso redescobrir o empreendedorismo, com um horizonte que identifique onde queremos chegar a 10 ou 15 anos. As parcerias, a união de esforços, o agrupamento de empresas, ou até mesmo a fusão, são instrumentos de futuro que permitem entrar em novos desafios correndo menos riscos. Numa era onde a liquidez é escassa e a asfixia de financiamentos é um denominador comum, será mais fácil vencer quando o risco é partilhado. Na revista 100 maiores as assimetrias regionais são mais uma vez sublinhadas com a análise do registo da sede social das empresas, com os municípios do litoral a concentrarem uma dinamização empresarial que não tem paralelo com o interior do distrito de Leiria. O desenvolvimento económico vai cavando um fosso entre os mais desenvolvidos e os mais frágeis, provocando o isolamento, a desertificação e agonia de muitas aldeias e vilas da nossa região. Dentro do combate pela retoma económica é fundamental que a região encontre projectos que permitam ultrapassar esta ameaçadora realidade.
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Análise Faça o seu futuro, agora!
Paulo André Managing partner da Baker Tilly Portugal
Quer empreender? Nunca foi tão oportuno como nos tempos que correm. Uma parte relevante do empresariado português tem idade avançada. Muitas empresas têm negócios viáveis, mas estão endividadas e têm dificuldades financeiras. As oportunidades de aquisição de um negócio, nunca foram tão evidentes. Tem espírito empreendedor? Esteja atento às oportunidades e pense em grande e no longo prazo. Pretende investir, adquirir uma empresa, iniciar um negócio? Nada melhor do que adquirir uma empresa, um modelo de negócio já testado e a operar. Atingirá os seus objectivos com maior rapidez e com menor risco. É também uma oportunidade única de vender o seu negócio. O seu negócio cresceu demais, face à sua capacidade de o gerir? O negócio requer a internacionalização e precisa de um parceiro? Precisa de financiamento e não tem disponibilidade financeira? Já pensou em abrir o capital da sua empresa? Por que é importante envolver uma equipa competente? Estes processos envolvem riscos elevados. Questões subjectivas e a valorização de activos intangíveis. Rodeie-se de uma equipa competente, que o suporte num processo de compra ou venda de capital. Para além do facto destes processos exigirem multidisciplinaridade de conhecimentos, há ainda as seguintes boas razões que o justificam: - Um processo de diálogo construtivo, assente em argumentos técnicos sólidos, pode fazer a diferença, entre um processo vencedor e um processo que aborta a meio, sobretudo em processos que envolvam motivações emocionais, por uma das partes envolvidas no processo.
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- Num processo que requer alternativas criativas, três ou quatro cabeças, são melhores do que uma. E qual deve ser a composição da equipa e qual o seu papel? Consultor Financeiro (especialista em Corporate Finance e Mergers & Acquisitions -M&A) Assiste o vendedor/comprador na avaliação de alternativas e que o processo poderá assumir. Assiste na valorização do negócio, utilizando os métodos considerados adequados (Discounted Cash Flow, Múltiplos Comparáveis, etc.). Também estabelece planos de acção, partilha conhecimento e coordena os membros da equipa. Assiste na preparação de documentos e propostas, nomeadamente propostas vinculativas e não vinculativas. Comprador/vendedor Definir o que pretendem com a operação de compra/venda de capital, e o que precisam de cada membro da equipa. Membros da família e Management Precisam de ter um entendimento sobre a natureza da operação e qual o seu após a sua concretização. Poderão também dar inputs e partilhar as suas preferências, quanto aos contornos da operação. Entidade financiadora (sócio de indústria; banco; capital de risco, etc.) Entidade que financia o comprador / empreendedor e que poderá apresentar ideias criativas de financiamento e continuar a suportar o negócio, como entidade financiadora. Consultor fiscal – assiste os
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Análise
compradores/vendedores, na análise do impacto fiscal da transacção, para a tornar o mais eficiente possível e maximizar os fundos disponíveis. Advogados Assistem em diversos aspectos de natureza jurídica, legal, contratual, nomeadamente relacionados com a estrutura da operação, contratos de compra e venda e definição de cláusulas de responsabilidade. Outras entidades também se envolvem nestes processos: agente imobiliário; entidades governamentais; parceiros contratuais (master franchise; clientes/fornecedores), de quem seja necessário obter consentimento para a operação. É melhor constituir uma equipa no início, de forma planeada, do que a meio do processo perceber que não tem o suporte adequado. Para quê um Consultor de negócios? O consultor de negócios financeiros,
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actua como um verdadeiro trusted business advisor, assistindo os vários intervenientes: 1 - Define os consultores-chave a envolver, para constituir uma equipa eficiente e vencedora. 2 -Define quando e como cada membro da equipa contribui com a sua expertise. É o mediador entre comprador e vendedor, que coordena e potencia a contribuição de cada membro da equipa, assegura a fluidez do processo de negociação, garantindo que os objectivos são atingidos. Deve haver poucos momentos, mais importantes para um empresário/ empreendedor, do que um processo de aquisição/venda de capital. Escolher a equipa certa que o possa assistir num processo deveras complexo, multidisciplinar e também emocional, é a certeza de que a melhor decisão será encontrada, a vários níveis: pessoal, familiar, social e também financeiro.
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Entrevista
Entrevista Vítor Bento “Necessitamos de uma economia menos dependente dos baixos salários” O que é que Portugal mais precisa, neste momento, no plano político, económico e social? A curto prazo precisa de conseguir estabilizar a sua situação financeira, tornando-a sustentável, e de recuperar a competitividade da economia para poder crescer. E, ao mesmo tempo, de preservar a sua coesão social, para o que precisa também de conseguir proteger os mais desfavorecidos. Em Janeiro de 2009, descreveu três saídas para a situação do país: redução concertada de salários e/ou aumento do horário de trabalho, um massivo desemprego, um milagre. Acha que o novo Governo já escolheu o caminho? Se bem me lembro, não considerava que o aumento do horário de trabalho, com desemprego elevado, fosse uma alternativa recomendável. E a questão da redução de salários tem que ser vista na sua devida perspectiva. Temos um sério problema de crescimento, por falta de competitividade. Para melhorar sustentadamente a competi-
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tividade temos que conseguir aumentar a produtividade, para o que são necessárias reformas estruturais e uma reorientação da economia para áreas menos dependentes dos baixos salários. Mas mesmo que tudo isso seja feito de forma adequada, os resultados vão demorar tempo (anos, provavelmente) a manifestar-se na extensão necessária. Pelo que, até lá, ficamos com o dilema: ou reduzimos os custos laborais - salários ou encargos fiscais sobre o factor trabalho, como é o caso da Taxa Social Única (TSU) - ou o desemprego vai continuar a subir para níveis socialmente indesejáveis. Julgo que o Governo ainda está a estudar o assunto. Ficar fora do Euro era positivo ou negativo? A escolha irá sempre depender da ponderação entre os custos de estar dentro e os custos de sair. Tudo devemos fazer para que os custos de estar dentro sejam menores do que os custos de sair e para podermos usar o euro como alavanca do nosso desenvolvimento.
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Há vários anos que o professor Vítor Bento alerta para a necessidade de o país mudar de vida. Com quantos anos de atraso estamos a entrar neste ajustamento? Quais as consequências de não o termos feito mais cedo? Quando decidimos entrar no euro e rigidificar a taxa de câmbio, deveríamos ter tornado a economia mais flexível. Além disso, deveríamos ter prestado muita atenção ao acumular de défices externos, corrigindo rapidamente os desequilíbrios que esses défices traduziam. Estamos a falar, portanto, de
Mudar de vida significa libertar os sectores protegidos da economia, expondo-os à concorrência; racionalizar o Estado, diminuindo a sua dimensão e reforçando a sua eficácia e a sua autoridade; flexibilizar o funcionamento do mercado de trabalho”
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Entrevista
um atraso de 10/15 anos. As consequências são as que estão à vista. O que é mais necessário mudar no caso português: o facilitismo e a desorganização – que já explicou à luz da fábula dos três porquinhos – ou o indevido aproveitamento dos recursos do Estado para interesses particulares? Mudar de vida significa: a) habituarmo-nos a viver dentro dos nossos meios, isto é, dentro da nossa capacidade de redução de riqueza; b) libertar os sectores protegidos da economia, expondo-os à concorrência; c) racionalizar o Estado, diminuindo a sua dimensão e reforçando a sua eficácia e a sua autoridade; d) flexibilizar o funcionamento do mercado de trabalho; só para citar algumas da áreas a que é necessário atender.
Deveríamos ter prestado muita atenção ao acumular de défices externos, corrigindo rapidamente os desequilíbrios que esses défices traduziam. Estamos a falar, portanto, de um atraso de 10/15 anos. As consequências são as que estão à vista”
O homem que conhece o FMI desde 1983 Enquanto quadro do Banco de Portugal, Vítor Bento teve uma participação técnica activa nos acordos com o FMI para o reequilíbrio financeiro do país em 1983 e 84. Foi também este economista nascido em Estremoz há 57 anos que criou o Instituto de Gestão do Crédito Público, a entidade responsável pela gestão da dívida pública. Depois da carreira no Banco de Portugal e no Instituto Emissor de Macau, presidiu à Junta de Crédito Público e liderou a Direcção Ge-
ral do Tesouro. Passou ainda pela administração da Visa (EU), PT Prime e Unicre. Actualmente, como presidente do Grupo SIBS, dirige um conjunto de empresas na área dos pagamentos electrónicos. Desde Dezembro de 2009, pertence ao Conselho de Estado. No seu livro “Economia, moral e política”, Vítor Bento reflecte sobre como a preferência de valores materiais face aos valores intangíveis pode ter precipitado a crise financeira.
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“Os empresários devem virar-se para o mercado externo”
Em % face aos parceiros europeus, qual o défice de competitividade da nossa economia? Segundo o que tem sido referido por vários analistas, será qualquer coisa à volta dos 20%.
impostos sobre o consumo seriam as melhores medidas compensatórias do ponto de vista da receita fiscal. Mas o IVA já está demasiado elevado em termos europeus, o que cria uma dificuldade adicional.
Resolver o problema pela diminuição de custos do factor trabalho, nomeadamente através de uma desvalorização dos salários, significa, de alguma maneira, competir com países asiáticos entre outros competidores de baixo custo? É possível vencer neste tabuleiro, a longo prazo? Não seria preferível apostar na inovação e no valor acrescentado? Não, não é possível. A solução duradoura tem que passar pelo incremento do valor acrescentado através da qualidade. A competição pelos custos, na aflitiva situação actual, só faz sentido como solução transitória para defender o emprego.
Crédito escasso, economia anémica, desemprego galopante – o que deve fazer um pequeno empresário, virado para o mercado interno, num cenário como este? Procurar, na medida do possível, virar-se para o mercado externo; aumentar a eficiência dos seus processos de produção; melhorar a qualidade da sua oferta; inovar.
Em que circunstâncias o desagravamento da Taxa Social Única redundaria num fracasso face aos objectivos iniciais? O IVA é a melhor medida compensatória? Se não fosse possível acompanhá-la de uma redução de preços no sector não transaccionável. Sim, o IVA e outros
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Em quantos anos é plausível que a taxa de desemprego regresse a valores socialmente sustentáveis, pelo menos abaixo dos dois dígitos? Neste momento essa é uma previsão muito difícil. Dificilmente um tal objectivo poderá ocorrer em menos de quatro anos. No seu livro “Economia, Moral e Política” argumenta que um quadro de perda de valores conduziu o fenómeno económico por caminhos errados. Depois desta crise, podemos acreditar que vão emergir comportamentos suportados numa
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ética superior? O que eu escrevi - e a propósito da crise internacional - foi que a perda de importância dos valores intangíveis tinha levado a uma excessiva predominância dos valores materiais, o que, na minha opinião, poderá ter contribuído para o resultado verificado, através do incentivo a comportamentos que conduziam à insustentabilidade. É provável que, em face dos resultados verificados, haja uma reflexão que possa recentrar mais equilibradamente o quadro de valores da moralidade social.
A solução duradoura tem que passar pelo incremento do valor acrescentado através da qualidade. A competição pelos custos, na aflitiva situação actual, só faz sentido como solução transitória para defender o emprego”
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Opinião
Opinião Tudo nas mãos de Deus
Joaquim Paulo Conceição CEO do Grupo Lena
Desemprego, down grade, dívida, default, troika, falências, insolvências, incobráveis, incumprimentos, descobertos….. Parece dramatismo a mais para iniciar um artigo, parece um filme de terror, mas é a triste realidade do contexto em que temos de gerir a nossa vida e as nossas empresas. Neste cenário, vai-se esgotando a criatividade para novos planos de acção, e as receitas para gerir bem nesta altura já parecem exercícios académicos que não são possíveis levar à prática. Enfim, sentimo-nos humanamente impotentes, em desespero, e como sempre que não conseguimos explicar ou fazer algo extremamente difícil, deixamos nas mãos de DEUS. Talvez por isso me socorri de alguns exemplos bíblicos para procurar alguma luz no escuro túnel da gestão que precisamos atravessar. O Conhecimento é que cria riqueza. Salomão, filho do rei David, foi um grande rei, um poeta e um homem muito rico. Em linguagem bíblica um homem abençoado. Deus disse a Salomão que poderia pedir o que quisesse e, em vez de lucros e riqueza imediata, Salomão pediu SABEDORIA. A sabedoria foi concedida e a riqueza apareceu como consequência. A formação adaptada aos novos desafios foi, e será sempre, um dos requisitos para ultrapassar as crises e criar riqueza em contextos difíceis. Podemos ser obrigados a desengordurar as nossas estruturas, mas as competências que permanecem têm de ser robustecidas, sem mão-de-obra qualificada a luz do túnel não acende. Cuidado, não confundir qualificada com cara! Não tem de ser a mesma coisa!
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Não basta ter visão é preciso acção A história de José do Egipto é das mais fascinantes de sempre. O benjamim da família vendido pelos irmãos e dado como morto ao pai, depois de várias outras injustiças chegou à prisão no Egipto. Ali fez bons amigos e revelou-se um homem de visão. O rei sonhou com 7 vacas gordas e 7 vacas magras, José interpretou a visão. Depois de 7 anos de fartura iriam seguir-se 7 anos de fome em toda aquela região. Ora quantos de nós, gestores durante a altura do crédito fácil e das vacas gordas, fizemos algo para salvaguardar tempos piores? Por acaso não sabíamos que também existem tempos maus? Sabíamos mas fizemos pouco, porque a abundância é má conselheira, e todo este desastre nos apanhou desprevenidos. Mais do que interpretar a visão, David foi Vice-Rei do Egipto e durante os 7 anos de fartura implementou um rigoroso plano de prevenção e o resultado foi claro: quando todos estavam em “vacas magras” o Egipto de José era a grande excepção. Ter umas ideias, fazer umas reflexões, escrever uns artigos podem ser boas formas de construir uma visão, mas, neste contexto, é sobretudo de acção que precisamos. Todos mandam umas bocas mas, nas dificuldades, poucos dão a cara agindo com clientes, com fornecedores, com bancos e outros stakeholders. É difícil, mas alguém atravessa um túnel parado? As dificuldades despertam as competências Este subtítulo parece um disparate. Na realidade quando aparecem as primeiras dificuldades são, normalmente as incompetências da gestão que aparecem a nu, aquelas que estiveram escondidas durante a etapa da falsa abundância. Mas as
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dificuldades podem também aguçar o engenho, senão vejamos: O jovem David desceu ao campo de batalha com os filisteus procurando seus irmãos que estavam envolvidos na batalha. O cenário era de desastre, o povo de Israel estava muito próximo de uma derrota que o levaria ao cativeiro. A arrogância do adversário levou a que o resultado da batalha dependesse da existência de um soldado israelita que derrotasse um gigante guerreiro filisteu de nome Golias. Como quase sempre acontece nas dificuldades, a audácia desaparece e o medo instala-se. Só o franzino David se ofereceu para combater com Golias. Era um especialista na utilização da funda, competência adquirida enquanto pastor, muito importante para proteger o rebanho da agressão das outras feras. David encontrou um ponto fraco no adversário, uma parte da cabeça estava desprotegida, quando parecia impossível a vitória sobre o gigante, David usou a funda e o gigante caiu a seus pés. Se David não adaptasse competências existentes às novas realidades, se não tivesse visão e acção, a luz da vitória ao fundo do túnel do desespero jamais acenderia. Salomão, José e David foram homens de Deus que em situações de desespero se recusaram a deixar tudo nas mãos de DEUS. Contaram com a Sua ajuda, nada teriam feito sozinhos, mas nada teria acontecido se não tivessem ousado pensar e agir. Deixei três exemplos inspiradores para a gestão em crise, sabemos que não fazemos tudo bem feito e que os próximos tempos vão ser ainda piores, mas os bons resultados apresentados não apareceram porque os intérpretes desistiram de lutar em momentos adversos, façamos a nossa parte. Mãos à obra e que Deus nos ajude!
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Análise Comércio Depois da internet, nada é como era Metade dos portugueses afirma que pede ajuda a um assistente de vendas sempre que vai a uma loja. O modo como os vendedores são vistos pelos consumidores parece ter-se alterado nos últimos anos. E a principal novidade é que as características mais valorizadas por quem anda às compras são a inteligência relacional e a capacidade de aconselhamento. As mudanças na interacção entre as duas partes resultam em grande medida da explosão da internet. Os vendedores deixaram de ser vistos como comerciais em busca de uma comissão e passaram a ser considerados úteis no processo de compra, pois representam a dimensão humana que falta ao comércio online. A conclusão consta de um estudo do Observador Cetelem, do Grupo BNP Paribas, especialista em crédito a particulares. “A desconfiança dos consumidores face ao comercial que só pensa na sua comissão ainda persiste, mas o vendedor representa a dimensão humana que falta à compra na internet e continuará a ser solicitado”, afirma Conceição Caldeira Silva, responsável pelo Observador Cetelem Portugal. Mas, talvez a principal influência da internet no comportamento dos consumidores
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resida no poder da informação. A web transformou-se numa ferramenta capaz de formar opinião ao longo do processo de compra. Cerca de 91% dos jovens portugueses efectua pesquisas online aquando de uma compra importante e, no caso dos indivíduos com mais de 50 anos, só 14% não o faz.. A internet é principalmente para as gerações mais jovens um meio de automatizar a escolha dos produtos antes da aquisição e de aceder a uma informação mais neutra, em busca do melhor preço e qualidade. “É através da web que o comprador detecta a oferta existente nos sites comerciais ou de fabricantes, se orienta em sites de informação, blogues ou fóruns, selecciona os produtos nos comparadores de preços e compra nos sites de comércio electrónico ou nas
A web transformouse numa ferramenta poderosa, capaz de formar opinião ao longo do processo de compra. Cerca de 91% dos jovens portugueses efectua pesquisas online na tentativa de encontrar o melhor preço e oferta de qualidade
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
Sector pulverizado dificulta projectos em Leiria A reduzida dimensão dos estabelecimentos é uma das fragilidades estruturais do comércio de Leiria, segundo um estudo efectuado pelo investigador Herculano Cachinho, a pedido da autarquia, em 2005. Com menos de quatro pessoas ao serviço em média, as empresas deste ramo resultam da iniciativa de pequenos inves-
tidores e são dominadas por capital familiar, o que constitui um obstáculo a projectos de grande fôlego. Ao mesmo tempo, o aparelho comercial no concelho e na cidade apresenta uma estrutura muito pulverizada. Finalmente, a forte concentração num reduzido número de ramos é outra característica detectada.
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lojas que descobre no ecrã”, defende Conceição Caldeira Silva. “Deste modo, a internet assume um papel de grande importância e torna-se quase imprescindível para o consumidor no início do processo, quando selecciona online os produtos que lhe interessam, os preços mais baratos e até mesmo a loja onde irá fazer a compra”. No entanto, confrontar-se com os produtos a sério, testá-los e efectuar uma última comparação após os procedimentos de pesquisa na internet, continuam a ser reflexos do consumidor. O Observador Cetelem 2011 indica que 43% dos consumidores com menos de 30 anos e 36% dos indivíduos com mais de 50 afirmam privilegiar a loja como local de compra.
Consumo vai diminuir Marcas valem menos na hora de escolher Dados revelados pelo Observador Cetelem mostram que os consumidores estão a modificar o seu comportamento de compra, em função da crise. A mensagem das marcas é a primeira vítima desta nova postura. Apenas 12% dos portugueses se mantém fiel a uma marca e 88% dos jovens com menos de 30 anos acredita que as marcas de vestuário, calçado e acessórios, entre outras, não são muito diferentes entre si. Ou seja, de acordo com o estudo, os portugueses regressaram ao princípio do consumo, em resposta ao contexto difícil que vivem: uma boa compra é antes de
mais uma boa relação de qualidade e preço – 69% dos jovens afirma que antes de efectuar uma compra compara os preços muito atentamente. Para além disso, estão dispostos a passar de um distribuidor para outro e dizem-se muito atentos às promoções. Em Portugal, o preço ainda é o critério mais importante. A tendência para os próximos meses é de diminuição do consumo. A parte do orçamento disponível para a aquisição de produtos, bens e serviços vai ser menor na generalidade dos casos, indica o inquérito do Observador Cetelem 2011. O lazer e as via-
gens mantêm-se na liderança das intenções de compra dos portugueses. No entanto, os consumidores são muito mais moderados e as intenções surgem em claro recuo relativamente às intenções do ano passado (- 10 pontos). Um exemplo dos efeitos da crise: as agências de viagens constatam fenómenos de reservas tardias, caça aos preços baixos, destinos menos longínquos. Metade das viagens vende-se agora no mês da partida.
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100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Fórum
À conversa Comércio “Hoje o consumidor quer preço e comod A pretexto do comércio, falou-se muito da cidade. José Caixeiro, Luís Ferreira e Paulo Pinto só precisaram de uma hora para chegar ao diagnóstico e assinar a receita. Primeiro passo: devolver Leiria aos leirienses, através da reabilitação urbana e de um planeamento cuidado e atempado com foco na zona histórica e no rio. Os três convidados do REGIÃO DE LEIRIA apontam o dedo aos decisores políticos, mas também criticam a falta de união entre comerciantes. Num momento em que os shoppings estão a perder clientes, apresenta-se ao comércio de rua uma oportunidade de ouro para se reinventar e atrair novos públicos. Para tanto, precisa de convergir à volta de lojas âncora com preço atractivo, procurando montar uma proposta de negócio inovadora que vá ao encontro do que o consumidor deseja. Avizinham-se tempos difíceis, mas a criatividade, a iniciativa e a comunhão de esforços podem fazer a diferença 18
Que efeito teve a abertura do LeiriaShopping no comércio de rua? Faz falta um segundo centro comercial mais perto da zona histórica de Leiria? Luís Ferreira – Leiria não tem capacidade humana e de clientes para um novo shopping fora da urbe. Em relação ao LeiriaShopping, podia ser um complemento ao comércio tradicional, os comerciantes é que não se prepararam. Fazem acções desconcertadas e não
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
trabalham em conjunto. Mas houve uma quebra de vendas? Luís Ferreira – Existiu essa quebra, na ordem dos 60%, porque os comerciantes não se prepararam no devido tempo. Há comerciantes que estão com a corda no pescoço e a tendência é fechar as portas. Alguns deles defendem a instalação de um shopping no terminal rodoviário da
Avenida Heróis de Angola. Luís Ferreira – Seria uma âncora, mas se os comerciantes não tiverem capacidade de perceber o que é óbvio em todos os negócios – fazer planeamento, ter acções de conjunto, uma logística diferente – o shopping não resolve os problemas. Se os comerciantes não se prepararem para serem complemento a esse shopping, não resulta. É importante que os comerciantes se unam, nomeadamente nos
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5 ideias-chave
odidade” José Caixeiro (administrador do Grupo Unifato), Paulo Pinto (administrador da Redcats Portugal, que gere a marca La Redoute) e Luís Ferreira (em representação da Associação Comercial e Industrial de Leiria, Batalha e Porto de Mós) aceitaram reflectir sobre o futuro do comércio num encontro informal que decorreu no Palace Hotel de Monte Real
Oferta O consumidor gasta menos e planeia mais. A compra por impulso cai, com as decisões a serem tomadas após comparação. Ajustar a oferta à procura torna-se mais importante que nunca Preço Com a classe média especialmente atacada pelas medidas de austeridade, o mercado do primeiro preço continua a crescer. E o preço, em geral, passa a ser uma prioridade na escolha Comodidade Mais conforto e menos tempo perdido. Num mundo em mudança, são duas armas que alimentam o comércio electrónico Renovação O centro da cidade precisa de empresários jovens, ideias inovadoras e espaços urbanos atractivos Âncoras Lojas de grande tráfego no centro de Leiria funcionariam como locomotivas capazes de gerar uma dinâmica colectiva e positiva
horários, no modo de funcionamento. Não faz sentido, hoje em dia, abrir às nove da manhã e fechar às sete. Há espaço na cidade para um segundo shopping? Paulo Pinto – Antes de mais, uma cidade de porte médio como Leiria necessitava imperativamente de ter maior oferta do que tinha. Mas penso que de facto não há mercado para dois shoppings. A questão é se o shopping ficou colocado
no melhor sítio para servir a cidade. E ficou? Paulo Pinto – Provavelmente não. Todavia, há um problema de fundo, que é a oferta. Hoje em dia aquilo que provoca tráfego nos centros comerciais são conceitos de loja muito específicos. Nós verificamos que o low-cost está a crescer. Ou seja, o mercado do primeiro preço. Se a cidade, qualquer que seja, oferecer mercado de
primeiro preço, ela vai trazer tráfego. Também está aqui um problema de configuração do modelo de negócio. Hoje o mercado está em mutação. Hoje o consumidor quer preço, quer comodidade, são as duas grandes variáveis. E é respondendo a essas duas questões que depois se pode analisar a questão do centro comercial ou a questão da rua. Se no centro de Leiria tivéssemos áreas estruturadas que permitissem vender produtos
com bom preço e permitissem um grande tráfego, isso era positivo para a cidade. Os centros comerciais começam por colocar âncoras, locomotivas, e essa é a questão fundamental. Não há mercado para um segundo centro comercial, isso é evidente, agora, há quiçá mercado para tentar trazer algo, se as lojas âncora forem bem escolhidas. Os centros comerciais estão a perder tráfego, nos últimos dois anos perderam 14% em cada um e vão conti-
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“Comércio no topo Norte mata a zona velha da cidade”
nuar, enquanto muita gente gostava de voltar às cidades. E os “polis” até vieram ajudar. Todavia, a problemática é muito simples: temos de dar aquilo que o consumidor quer. E hoje em dia existe uma dicotomia entre a oferta e aquilo que o consumidor quer. José Caixeiro – Os nossos comerciantes estão velhos e o próprio staff está desajustado. Isto é um primeiro ponto. Em relação ao shopping, eu entendo que Leiria não sustenta dois shoppings, mas o LeiriaShopping é pequeno para Leiria. Devia ter sido feito noutro lado, com outra dimensão, com outras âncoras. Porque eu continuo a encontrar noutros shoppings fora de Leiria pessoas de Leiria. Portanto, isto quer dizer que o mercado tradicional não responde e o shopping também não responde. Mas Leiria tem espaços disponíveis e organização enquanto cidade para receber lojas âncora no centro? José Caixeiro – Aí é que tenho sérias dúvidas. Concordo que precisávamos da rodoviária a funcionar, para trazer tráfego, mas tenho dificuldade em acreditar que colocando lá produtos de baixo custo algum investidor consiga rentabilizar aquele espaço, por ser caro.
lor comercial que tem? José Caixeiro – Vai perdendo. E Deus queira que não vá para o topo Norte nenhuma unidade comercial porque então é que mata mesmo a zona velha da cidade. Ou serviços.
estudantes a viver no centro da cidade vão alimentar a cidade porque são eles que consomem. Vão trazer uma nova dinâmica e refrescar a cidade. E o que Leiria precisa é de vida.
O que falta ao centro histórico para ser mais atractivo? Luís Ferreira – Falta matéria humana e é preciso repensar a cidade. Hoje Leiria à noite é uma cidade deserta, que não tem vida nem pessoas a residir no centro. O que é necessário? Primeiro, uma política de reabilitação urbana, depois dar condições de conforto a quem visite a cidade e a quem viva na cidade. A Rua Direita tem que ser fechada ao trânsito, temos que começar a criar zonas pedonais.
Paulo Pinto – Há duas formas de atrair pessoas: ou residem lá ou há algo que os alimenta para irem lá. O caso dos estudantes pode ser uma excelente ideia. A residência passa também por uma reabilitação e isso subentende investimentos. Como é que se traz pessoas? Houve, a meu ver, uma iniciativa muito positiva com a reabilitação da Praça Rodrigues Lobo. É preciso trazer conceitos inovadores e não haja dúvidas que alguns empresários locais têm tentado. Teria sido interessante uma área comercial a céu aberto dentro da cidade e congregar a parte antiga com a Avenida Heróis de Angola. Infelizmente o caminho não foi seguido por um conjunto de motivos. Ou vivermos mais com o rio.
Criar condições para os estudantes residirem no centro histórico mudaria algo? Luís Ferreira – Sim, nós fizemos essa proposta inclusivamente à Câmara de Leiria. Para nós, era fundamental. Os
Uma das soluções para gerar tráfego em Leiria passa por criar condições para atrair uma fracção dos seis milhões de peregrinos que todos os anos visitam o Santuário de Fátima
Há o risco de a Avenida Heróis de Angola perder o va-
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José Caixeiro – Uma das soluções é esta: temos que tentar, dos milhões de peregrinos que todos os anos vão a Fátima, que um por cento venha a Leiria. Mas não vem ninguém. O que é que temos para trazer gente a Leiria? Ao castelo não se consegue ir, a Senhora da Encarnação recebe quatro carros e fica atulhada, não há onde estacionar um autocarro
Hoje Leiria à noite é uma cidade deserta. O que é necessário? Primeiro, uma política de reabilitação urbana, depois dar condições de conforto a quem visite a cidade” Luís Ferreira ACILIS
A problemática é muito simples: temos de dar aquilo que o consumidor quer. E hoje em dia existe uma dicotomia entre a oferta e aquilo que o consumidor quer” Paulo Pinto Administrador da Redcats Portugal
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Visões convergentes: a reabilitação urbana vai ajudar o comércio tradicional
“Muitos comerciantes não têm visão estratégica, precisam de informação” fora da zona do estádio. Não trazemos ninguém a Leiria porque não temos nada para dar. Temos uma boa restauração, mas não temos mais nada. Só temos dois ex-líbris: o castelo e a Senhora da Encarnação, mas temos que lá ir de helicóptero. Luís Ferreira – Tem que haver políticas estruturais para a cidade. E nós infelizmente em Portugal gerimos o dia-adia, não gerimos a longo prazo. Acontece com o país e com a nossa cidade. Como está a pulsação do comércio neste momento? Luís Ferreira – Uma cidade só tem comércio se tiver pessoas
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e neste momento os comerciantes estão completamente desamparados porque não têm público. E nós somos das melhores cidades em termos de comércio, a seguir a Lisboa e Porto. Temos comerciantes com uma capacidade de inovação tremenda. Temos de unir esforços, todos, desde o pequeno ao grande empresário, desde o Governo às universidades. Temos pessoas válidas em Portugal, falta-nos capacidade de união. Paulo Pinto – O mercado do têxtil em Portugal está em decréscimo há vários anos. E os dados do INE (Instituto Nacional de Estatística) de Maio mostram uma queda forte do
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consumo em geral. As pessoas neste preciso momento estão a comprar de uma forma diferente, é a grande lição dos últimos anos. Há um decréscimo do consumo. As compras planeadas continuam e a compra de impulso está a ser reduzida. Há hoje em dia uma gestão de bom senso muito mais afinada. O mercado vai continuar a decrescer, pelo facto de o consumidor gerir diferentemente a sua forma de consumir. O consumo vai continuar retraído e, como nós vemos as coisas, é tentar dar o produto no melhor momento com o melhor preço. Daí que a nossa aposta é acelerar ainda mais os investimentos electrónicos. O comércio electrónico
60 De acordo com estimativas da ACILIS, a abertura do LeiriaShopping no Alto do Vieiro, na periferia da cidade, provocou uma quebra de 60%, em média, no volume de negócios do comércio tradicional situado na zona histórica, Avenida Heróis de Angola e ruas adjacentes
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continua a crescer por causa de duas variáveis: a oferta é muito grande e as pessoas vão à procura da melhor oferta em termos de preço. José Caixeiro – Toda a economia está a atravessar uma fase complicada e isto reflectese no comércio. E a tendência é para piorar porque o desemprego vai aumentar e vai haver menos dinheiro na carteira das pessoas. Não quer dizer que não haja nichos de mercado, mas no comércio tradicional estamos cada vez mais apertados. Receita para os próximos tempos? Luís Ferreira – Passa por várias coisas, uma das quais tem de ser a capacidade de inovar e de adaptação ao desafio que vem aí. Penso que nós
temos que começar a beber informação e conhecimentos dos empresários mais antigos, com mais experiência, e essa união, no nosso sector, tem que ser fortemente implementada. Temos que passar esta mensagem, temos que mudar culturas, deixar de estar de costas voltadas uns para os outros. Porque há muitos comerciantes que não têm uma visão estratégica e precisam de beber informação. A união e a inovação são os dois pilares essenciais para tentar combater a crise. Temos de estar permanentemente actualizados e ter este espírito de mudança de culturas. Paulo Pinto – No nosso caso, há duas palavras para o futuro: a primeira é inovação e a segunda é qualidade de serviço. Vamos continuar a apostar
nas novas tecnologias, porque o futuro é mobile commerce, facebook commerce e web commerce. Segundo aspecto: existem nichos que podem ser trabalhados e capitalizados de maneira diferente. Nós acabámos de lançar uma marca só para tamanhos grandes e os resultados são muito interessantes. Há segmentos específicos que não se revêem nesta oferta global. José Caixeiro – Eu diria que é o trabalho, de uma maneira geral. Temos que produzir. Nós em Portugal não trabalhamos, somos preguiçosos. Temos que exportar, mas essencialmente temos que trabalhar. Em relação ao comércio, é difícil de prever. Redimensionar, consumir o que é nosso, unir esforços. E tentar de alguma maneira reduzir stocks.
Temos que exportar, mas essencialmente temos que trabalhar. Redimensionar, consumir o que é nosso, unir esforços” José Caixeiro Administrador do Grupo Unifato
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P&R Joaquim Menezes “Os nossos concorrentes são do mundo ocidental”
Portugal tem liderado na indústria de moldes. A evolução tecnológica no sector facilitou algum retorno de encomendas, explica o administrador do Grupo Iberomoldes
A indústria de moldes tem vivido um período de mudança. Que papel cabe a Portugal no futuro? Portugal, enquanto membro liderante da ISTMA, a Confederação Mundial da Indústria de Moldes, tem tido no seu seio e junto das instituições europeias, uma actuação de agente de mudança da sua imagem e de reflexão quanto ao posicionamento infra-estruturante do nosso sector industrial, na cadeia de valor dos produtos e do sistema de inovação. Portugal, no âmbito das suas empresas de moldes, em coordenação com o seu pólo de competitividade (POOL_NET) tem vindo a prepararse e a desenvolver-se para fazer face às transformações em curso, no seu mercado e na economia em geral. A indústria de moldes portuguesa, não só é reconhecida pela sua modernidade, competência, capacidade, flexibilidade e inovação, como também pela posição de liderança que tem vindo a assumir internacionalmente.
O sector vem seguindo há vários anos uma estratégia de desenvolvimento de oferta diferenciadora. Há recuperação de encomendas que estavam colocadas na Ásia, por exemplo? Trabalhando muito em sintonia com o Centimfe e a Cefamol, temos
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sabido reforçar o lugar que nos é devido e estamos empenhados em continuar a fazê-lo, como demonstra a movimentação do sector em volta dos projectos âncora do nosso cluster POOL_NET. São três grandes projectos, orientados para três dos principais vectores diferenciadores do negócio: o mercado, as tecnologias e competências, e a organização das empresas. O retorno deste esforço parece-me evidente; a indústria soube adaptar-se e resistiu, com alguma dificuldade é certo, mas resistiu ao impacto da recessão e transformações ocorridas nos finais de 2008. Recuperou mercados territoriais e em outras áreas de negócio e especialização. Recuperou em termos de competitividade e continua a investir em tecnologia. De uma maneira geral, a actual carteira de encomendas é demonstradora desse retorno e do consequente reconhecimento dos mercados clientes. O meu posicionamento sobre o efeito asiático e de low-cost parece-me ser conhecido… Portugal não poderá ver nessa vertente a sua principal concorrência. Os nossos concorrentes são do mundo ocidental, nomeadamente os alemães e outros cujo desenvolvimento se orienta pela inovação tecnológica, qualidade, engenharia e oferta de serviços diferenciadores.
A legislação laboral em Portugal está desajustada da realidade? Sabemos que a produtividade é uma condição necessária para o aumento da competitividade da economia portuguesa. E o seu incremento não depende só do factor trabalho. Há outros factores que a condicionam: capacidade de gestão, motivação, organização, tecnologia. A responsabilidade de optimização destes factores recai totalmente nas empresas e nas suas associações. Contudo, os resultados seriam diferentes se o enquadramento das relações laborais fosse outro. Qualquer comparação internacional dos factores de competitividade demonstra que a rigidez laboral traduzida nos custos e dificuldades de despedimento, rigidez de emprego, práticas de admissão e despedimento, flexibilidade salarial, constituem um dos factores mais adversos à competitividade da economia e um entrave à gestão dinâmica das empresas portuguesas. Há necessidade de nos envolvermos sem preconceitos na exigência das alterações constitucionais que consagram matérias como garantia de segurança de emprego, despedimentos, direito de exercício de contratação colectiva às
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P&R José Eduardo Carvalho “A legislação limita os despedimentos, mas não impede as falências” O presidente da Associação Industrial Portuguesa (AIP) afirma que a rigidez laboral trava as empresas e a economia. E defende alterações à Constituição
associações sindicais, direito ao controlo de gestão por parte dos trabalhadores. Conhecem-se os limites e a quase impraticabilidade destas alterações. Mas, infelizmente, o que a política não quer ou não tem força para fazer, a economia fá-lo, com as consequências que vemos. A legislação limita os despedimentos mas não impede as falências.
O acordo com a troika prevê a negociação directa de bancos de horas com os trabalhadores. Quais os benefícios para as empresas? Em que sectores pode esta medida ser mais útil? O associativismo empresarial continua incapaz de conseguir alterações significativas no enquadramento das relações laborais. Houve evolução na mobilidade e na organização do tempo de trabalho, mas a única com verdadeiro alcance foi a caducidade das convenções
colectivas de trabalho. Temos de admitir que são resultados escassos para as necessidades de competitividade das empresas portuguesas. Não me parece que as medidas na área laboral, constantes no acordo de ajuda externa à República, possam provocar as consequências que alguns enfatizam. Se se conseguir introduzir os procedimentos que consagram o despedimento por inadaptação, banco de horas negociado e acordado ao nível das empresas e a redução de pagamento de horas suplementares, há uma evolução positiva que se deve registar. Mas que fique claro, que a economia e as empresas portuguesas precisam de um quadro mais alargado e abrangente de alterações.
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Análise Construção Leiria é o terceiro distrito com mais alvarás Se dúvidas restassem, a crise internacional evidenciou que Portugal tem hoje uma capacidade instalada, em termos de construção, que supera largamente a procura. A produção no sector segue com uma quebra acumulada de 35% desde 2002 e o valor dos concursos lançados no ano passado caiu 48,3% para 2.086 milhões de euros. A retracção de vendas e da carteira de encomendas conduziu à inevitável reestruturação, com abandonos, fusões, aquisições, falências. Hoje restam 820 mil empregos na fileira, menos 220 mil do que há 10 anos. Neste cenário, Leiria é o terceiro distrito do país com maior número de alvarás activos, de acordo com o Instituto da Construção e do Imobiliário (InCi). Eram 1.735 em meados de Julho, constituindo um universo que em dimensão só fica atrás de Lisboa e do Porto. No entanto, 60% destas empresas só estão habilitadas a operar na classe 1, não podendo executar obras de valor superior a 166 mil euros. Os números espelham um mercado pulverizado, que coloca dificuldades acrescidas à necessária reestruturação – das organizações e do próprio sector. Em Leiria, o acentuado re-
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cuo na procura de nova habitação tem gerado um acumular de imóveis para venda. A nível nacional, os fogos licenciados passaram de 120 mil para 30 mil entre 2000 e 2009 e os fogos concluídos de 125 mil para 20 mil, no mesmo período, refere o Inci. O abrandamento do investimento público tem tido por consequência um menor número de concursos e a queda do valor facial dos mesmos. Resultado: uma subida exponencial do número de concorrentes, o que conduz a propostas com preços anormalmente baixos, eventualmente abaixo do preço de custo dos materiais e da mão-de-obra, alerta a ARICOP. O caminho? Reabilitação urbana e mercado de arrendamento. Com a AECOPS a prever uma contracção de 5% em termos globais no corrente ano, as perspectivas de futuro passam, em grande medida, pela internacionalização, seja na Europa (especialmente na Europa de Leste), África (designadamente Angola) ou continente americano (Estados Unidos da América e Brasil), refere um estudo recente elaborado pelo InCi. Um desafio exigente tendo em conta a relativa pequena dimensão das empresas portuguesas.
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Oportunidades Ameaças Reabilitação urbana, desde que sejam criados estímulos Internacionalização (para empresas que reúnam os requisitos necessários e que não se encontrem financeiramente fragilizadas) Parcerias interempresas, com vista a um aumento da competitividade e da capacidade negocial
O mercado impõe uma selecção natural, dado o abrandamento da actividade que provoca um ajustamento no número de empresas a operar, conciliando com as actuais necessidades, quer por via da concorrência pelo preço como pela qualidade A economia paralela tem aumentado de dimensão Grandes restrições no acesso ao crédito e aumento do seu custo
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Crise Insolvências contaminam sector marcado pela subcontratação Os números não mentem: construção, promoção imobiliária e mediação têm engrossado o rol de acções de insolvência em Portugal nos últimos anos, surgindo como actividades especialmente fustigadas numa fase de profunda retracção da economia. Só em 2011, já entrou nos corredores dos tribunais um total de 523 empresas, de acordo com os dados do Instituto Informador Comercial apurados até 15 de Julho. Na região, a derrocada arrastou sociedades que até há bem pouco tempo ocupavam lugares de topo em volume de negócios. A Leirislena foi
a primeira a cair, seguiu-se a Bosogol e mais recentemente a Pasolis. Em termos acumulados, tinham facturado 54 milhões de euros em 2009. Por razões diferentes, embora com alguns pontos em comum, estes navios à escala regional cessaram actividade e deixaram para trás um rasto de dívidas que atinge agora largas centenas de micro e pequenas empresas, parte das quais pode também sucumbir. De resto, alerta a ARICOP, o incumprimento dos prazos de pagamento tem causado desequilíbrios de tesouraria que, num sector
caracterizado pela multiplicidade de subcontratações, rapidamente se propagam aos vários agentes. Para a associação, as consequências destes episódios seriam minoradas se a entidade executante assumisse as dívidas, através de um direito de retenção, de forma a garantir que os subempreiteiros viam garantidos os seus créditos, acabando os montantes em causa por serem deduzidos aos empreiteiros. Um dos passos indispensáveis para resolver este nó é, naturalmente, o encurtamento dos prazos de pagamento do próprio Estado.
60 O distrito de Leiria mantém 1.735 alvarás activos, de acordo com os dados do Instituto da Construção e do Imobiliário (InCi) disponíveis em meados de Julho. Acima, só os distritos de Lisboa (4.443) e Porto (2.972). As construtoras de Leiria concentram-se (60%) na classe 1, a mais baixa, que só permite realizar obras até ao valor de 166 mil euros.
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À conversa Construção “A concentração de empresas é um movimento imparável”
Para onde caminha o sector da construção? Pistas pertinentes pela voz de Sousa Pereira (administrador da Lena Engenharia e Construções), Aquilino Carreira (sócio da imobiliária ACI) e Paulo Gonçalves (presidente da ARICOP Associação Regional dos Industriais de Construção e Obras Públicas de Leiria), durante o encontro que os juntou no Hotel Palace de Monte Real
Já ninguém acredita no regresso ao passado recente. A fileira da construção entrou num novo capítulo, cujo enredo se baseia na internacionalização, na reabilitação e manutenção, no arrendamento. Neste movimento de ajustamento da oferta à procura, Sousa Pereira, Aquilino Carreira e Paulo Gonçalves prevêem mais fusões e aquisições entre empresas
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Que diagnóstico faz a Lena Construções do mercado nacional e o que procura ao colocar o seu foco na internacionalização? Sousa Pereira – A Lena Construções é a herdeira da Construtora do Lena e tem uma tradição de dedicação à obra pública. É a partir do 25 de Abril de 74 que o país acorda para as infra-estruturas rodoviárias, de águas, de esgotos, do conforto que os cidadãos
procuravam de vivência nas suas cidades e aldeias. É evidente que as necessidades existiam, mas também tinham uma dimensão. Todas as coisas tendem para um fim ou para uma recessão, quanto mais não seja para introduzir um novo ciclo. A infra-estruturação nova, o investimento novo, tinham que ter um término. Em Portugal instalou-se uma capacidade de resposta superior
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à dimensão do país. As 20 ou 30 maiores empresas do país em termos de obra pública estão hoje a seguir uma estratégia idêntica àquela que o Grupo Lena delineou há 12 anos, que foi antecipar um fim de ciclo. Das duas uma: ou fechávamos a loja porque tínhamos terminado a nossa missão ou teríamos que ir procurar aplicar conhecimentos e equipamentos para os países onde estamos a desenvolver obras. Leiria é ainda o terceiro distrito do país com mais alvarás de construção: cerca de 1.700. O que vai acontecer à maioria destas empresas? Paulo Gonçalves – Não há dúvida que esse número de alvarás vai cair e tem caído nos últimos anos. Cada vez há menos empresas.
Faz sentido incentivar fusões e aquisições? Paulo Gonçalves – Isso já se está a verificar nalguns casos, mas sentimos que na área da construção não é muito fácil. O importante seria as grandes empresas, que se internacionalizam, levarem consigo as pequenas e as micro empresas. Se fossem para uma lógica de grupos formados cá, desde a cofragem ao ferro e à pintura, seria uma estratégia para internacionalizar estas pequenas empresas. Sousa Pereira – Em termos empresariais, a inteligência está em perpetuar o patamar da vida o mais possível, sendo certo que um dia todos desapareceremos. A questão que se coloca quanto à concentração é saber donde é que parte a necessidade.
Nunca nos poderemos esquecer que este sector da construção tem um suporte ancestral na base de empresários e empreendedores do tipo de economia familiar. Isso é um obstáculo a grandes associações e fusões. Já no que toca às grandes empresas, esse é um movimento imparável, mas também porque o destino que lhes está traçado para aí conduz. E quanto a levar as micro empresas para o estrangeiro em subcontratação? Sousa Pereira – Primeiro, há constrangimentos do ponto de vista legal que têm de ser ultrapassados. Por outro lado, há o problema dos recursos humanos e há o problema de ordem financeira. E nós não nos podemos esquecer que o nosso tecido empresarial de
O sector tem um suporte de empresários do tipo de economia familiar. Isto é um obstáculo a associações e fusões” Sousa Pereira Administrador da Lena Engenharia e Construções
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engenharia não é um sector capitalizado para poder investir no exterior. Quem vai à internacionalização sabe quanto tem de consumir - as viagens, os hotéis, a pesquisa comercial, os concursos. A que preço é que essas empresas estão disponíveis para mobilizar os seus quadros, os seus operários e os seus operadores para irem fazer um reboco ou cortar ferro para um hospital na Argélia? Se não formos competitivos, a seguir regressam eles e regressamos nós. O que é que ainda se constrói em Leiria e quem constitui a procura no sector imobiliário? Aquilino Carreira – Neste momento há cerca de 20% de construção daquilo que havia há seis anos, ou seja,
250 fogos em construção actualmente em Leiria e na periferia. Ainda é procurado aquele tipo T1 + 1 por investidores para arrendar, por alguns emigrantes e também para habitação própria. No entanto, existem cerca de 1.000 a 1.200 fogos por transaccionar pela primeira vez, alguns construídos há quatro anos. Há fogos novos com acabamentos antiquados, esses preços terão que ser diminuídos para se poderem comercializar. Depois, na segunda mão, que se está a vender mais ou menos bem, de 60 a 70 mil euros, é capaz de haver o dobro: cerca de 2.000 e tal fogos [no mercado]. O que vai acontecer ao preço dos imóveis de habitação? Aquilino Carreira – Os novos penso que vão ser mais caros
porque as matérias-primas estão mais caras. Descem sim os usados, aqueles que estão construídos há mais tempo. Temos também o mercado de arrendamento, que funciona mais ou menos e temos stock que chegue. O arrendamento pode ser uma solução para o conjunto de fogos por vender? Aquilino Carreira – Alguns
O ritmo de construção de habitação em Leiria abrandou 20% nos últimos seis anos. Há 250 fogos a serem levantados na cidade e na periferia, quase todos com base em capitais próprios dos promotores, dada a dificuldade em obter crédito da banca
proprietários já se viraram para isso, mas temos já uma grande oferta. Penso que deve haver mil fogos para arrendar em Leiria actualmente. As pessoas têm muito por onde escolher. Assistimos que a banca, por aflição própria, coloca no mercado apartamentos a um preço bastante mais baixo. Como é que vê esta realidade? Aquilino Carreira – Penso que é concorrência desleal e devia ser regulamentado. Precisamente por isso é que há muitos construtores que não conseguem financiamento, têm os apartamentos construídos e não os conseguem vender. Têm os bancos a fazer concorrência. Se a fracção vale 100 mil ou 110, o banco vende-a por 80 ou PUBLICIDADE
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90. Enquanto se não esgotar esse tipo de mercado, muito dificilmente esses mil e tal fogos que estão por transaccionar serão vendidos. Os bancos têm vindo a complicar os empréstimos a habitação própria e aos construtores. Actualmente, em Leiria, penso que não há construção nenhuma financiada pelos bancos, o que se está a fazer e vai continuar a fazer é com capitais próprios. O memorando de entendimento entre a troika e o Estado português inclui medidas para agilizar o mercado do arrendamento. É um caminho correcto? Sousa Pereira – Melhor do que qualquer memorando é deixar que o mercado funcione. Primeiro que tudo é necessário que os instrumentos
ao alcance, quer dos promotores quer dos compradores, sejam equilibrados. Este desequilíbrio que foi aqui notado pode inclusivamente levar à compra por parte de alguém fora do sector, na expectativa de um rendimento futuro. É isto uma protecção ou um incentivo a quem produz e a quem está no mercado? Antes pelo contrário. Qualquer dia, os homens da promoção imobiliária olham para o capital próprio e vão aos leilões da banca em vez de estarem a construir. E deixa de ser uma actividade produtiva indutora de emprego e passa a ser uma actividade meramente comercial e financeira. Aquilino Carreira – É o que se está a fazer já.
Sousa Pereira – Ninguém pense que a finança é a panaceia de todos os males, se nós não pararmos para dizer como é que economicamente vamos ser viáveis. O país tem que ser repensado e este sector vive muito em paralelo com o repensar de outros sectores. Quando se fala do mar e da agricultura, a construção civil e a obra pública têm muito a dar, em termos de conhecimentos de engenharia, ao ordenamento do território em termos agrícolas, florestais e em termos da requalificação dos aspectos do mar. Que protecção é que nós temos da nossa costa? Que cais acostáveis, que protecção ao turismo? O que foi feito da via férrea? Que plataformas logísticas foram construídas?
Existem cerca de 1.000 a 1.200 fogos por transaccionar pela primeira vez e no mercado da segunda mão é capaz de haver o dobro” Aquilino Carreira Sócio da imobiliária ACI
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“As empresas vão para os concursos aflitas e os preços vêm por aí abaixo” Paulo Gonçalves – Uma das preocupações da ARICOP tem a ver com os preços anormalmente baixos, que se relacionam com o novo código dos contratos públicos, cuja alteração mais significativa foi a entrega ao mais baixo preço. As empresas vão para os concursos aflitas e a precisar de obra. Mesmo em obras pequenas aparecem 30 ou 40 concorrentes e os preços vão por aí abaixo. Sousa Pereira – O mercado, obviamente que aflito, procura ser o ganhador. Mas ganhador vencedor no fim do campeonato ou ganhador duma parada que é o jogo que se disputa naquele dia da decisão do concurso?
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A ARICOP tem alertado ainda para os prazos curtos dos concursos. Paulo Gonçalves – Sim, o que também limita a possibilidade de o processo ser analisado e estudado convenientemente para apresentar um preço justo. Mas aí às vezes pode haver algum conhecimento [prévio] porque não é fácil apresentar em três ou quatro dias uma proposta para uma obra de grande dimensão. Não é possível, mas as propostas aparecem. Sousa Pereira – Hoje em dia basta colocar 60% do preço, é ali que está a qualificação máxima. Os empresários não estão preocupados em entregar a obra ao cliente com
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qualidade e no prazo, estão preocupados é em alimentar a empresa para ela amanhã não procurar a falência ou a insolvência. Corre-se o risco de ver as obras a pararem? Sousa Pereira – Já não era a primeira vez que neste país isso acontecia. Julgo que vamos ter algumas obras no futuro paradas por incapacidade de quem assumiu a contratação de cumprir com as exigências que lhe venham a ser colocadas de acordo com os cadernos de encargos e programas de concurso. Mas também, provavelmente, algumas pararão por incapacidade dos donos de obra de satisfazerem os compro-
Uma das nossas preocupações tem a ver com os preços anormalmente baixos (...) Mesmo em obras pequenas aparecem 30 ou 40 concorrentes” Paulo Gonçalves Presidente da ARICOP
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missos, nomeadamente os pagamentos just-in-time. Um dos caminhos é a reabilitação urbana. Há mais gente a querer viver no centro das cidades? Aquilino Carreira – Tem-se notado, ultimamente, mais procura. Há muita reabilitação a fazer, o problema é a aprovação dos projectos, que é demorada. Há uma carga excessiva de burocracia. Outro problema grande é o espaço para estacionamento, garagens, que é difícil de obter nas habitações antigas. O primeiro aspecto, o principal, é agilizar a tramitação administrativa e depois criar um IVA mais baixo para a reabilitação, coisa que se faz nos outros países. Há apoio de financiamento para estes projectos?
Aquilino Carreira – Não. Devia criar-se uma linha de crédito bonificado. Paulo Gonçalves – De facto há necessidade de criar esses estímulos à reabilitação urbana, mas isto acaba por estar sempre associado ao arrendamento, em que continua a haver muito para fazer. O que era preciso mudar? Paulo Gonçalves – Por exemplo, agilizar os despejos, era fundamental. Aquilino Carreira – E actualização das rendas antigas, que serão 50%, talvez. Isto também impede a reabilitação das cidades. Já batemos no fundo ou ainda não? Sousa Pereira – Não. Vamos
ter ainda dois a três anos difíceis e vamos assistir a uma reconfiguração profunda do sector. Os principais empresários, a banca e os agentes políticos têm que estar muito atentos e tomar rápidas medidas que impeçam que daqui a uns anos estejamos todos a chorar. Aquilino Carreira – Ainda vai piorar, pelo menos durante dois ou três anos. Paulo Gonçalves – Sinto que ainda não batemos no fundo. Cada vez mais empresas vão a concurso, a luta é grande, significa que ainda há muita gente disponível e não havendo mercado vão continuar a cair.
Paulo Gonçalves – Sim, porque há redução do investimento público, há dificuldade de acesso ao crédito por parte das empresas e dos particulares, o mercado vai retrair ainda mais. Tudo somado, qual é a receita para o sector da construção civil e obra pública? Sousa Pereira – Há ciclos
A curto prazo, algumas obras podem parar. Devido à falta de meios dos empreiteiros para levar por diante os compromissos assumidos, mas também devido à incapacidade dos donos de obra para garantirem pagamentos a horas
Portanto, antevê mais insolvências? PUBLICIDADE
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na vida. Nós estamos num ciclo complicado do ponto de vista nacional, não é só no sector. Mas há esperança para além deste ciclo. Temos é que tentar perceber, com base naquilo que foram os anteriores ciclos, o que poderá ser o novo ciclo, antecipá-lo e perspectivá-lo. O país não fechou. Os cidadãos hão-de querer procurar sempre mais conforto, mais qualidade, mais tempo para viverem, mais tempo para o lazer, para a família, e isso compagina-se com a antecipação de qualidade. Vai ter de haver um ciclo de regeneração urbana. Vamos esburacar novamente as cidades, o que temos é que criar condições no planeamento e reordenamento territorial, inventando construção para satisfazer as necessidades
humanas que aí vêm. Para falar da grande infra-estrutura e da obra pública, eu gostaria de pensar o próximo ciclo mais na manutenção, reparação e conservação das infraestruturas que este país fez. O trabalho que aí temos a seguir é reconfigurar as nossas empresas, algumas delas de engenharia forte e pesada e de tecnologia de ponta, para o sector da conservação, manutenção, reparação. O regresso de emigrantes que estão agora a sair de Portugal pode ter reflexos positivos no mercado a curto prazo? Aquilino Carreira – Sim, eu penso que será a nova clientela para compra de casa. Tem-se verificado nos últimos anos que os profissionais da construção civil, mais
de 50%, tem emigrado, alguns já vieram comprar e pensa-se que mais três ou quatro anos haverá emigrantes que virão à sua terra natal com poder de compra e ajudarão à transacção de alguns imóveis e a dinamizar o mercado da construção civil. O caminho que temos a seguir é a manutenção do que existe, melhorando. Como é que a ARICOP encara o que aí vem? Paulo Gonçalves – Trabalhos de reabilitação, de facto, porque as cidades estão saturadas de apartamentos. Quanto aos empresários, devem colocar de parte a resistência à mudança e à resignação. A construção massificada não é solução e atravessamos um momento em que se impõe a capacidade de adaptação.
5 ideias-chave Concentração Retracção do mercado vai facilitar fusões e aquisições entre empresas Internacionalização A capacidade instalada excede as necessidades do país. Ir para fora é inevitável Reabilitação A reorientação do sector passa pela manutenção e reabilitação Arrendamento Melhores leis iriam dinamizar um segmento que tem procura Financiamento Com as restrições no crédito, promotores têm de recorrer a capitais próprios PUBLICIDADE
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Análise Indústria Somos o maior produtor de louça na União Europeia
Sabia que uma boa parte das casas, restaurantes e hotéis na Europa usam louça de origem portuguesa? Neste sector, o país aproveitou bem a abertura de fronteiras e surge como o maior produtor de faianças domésticas na União Europeia, com uma quota de 10% das exportações mundiais, de acordo com dados da Associação Portuguesa da Indústria de Cerâmica (APICER). Mas, além de ser o maior produtor comunitário de louça de uso doméstico em faiança, grés ou barro comum, Portugal ocupa uma
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posição de destaque no subsector dos pavimentos e revestimentos e também no grupo das pias, sanitários, lavatórios e banheiras. Os exemplos revelam que a cerâmica detém uma vantagem comparativa e um grau de especialização mais intenso que outros sectores da economia nacional, reservando para si um lugar muito acima do que tradicionalmente cabe a Portugal no comércio internacional. Mais: de acordo com a APICER, as empresas do sector apresentam maior contribuição para o valor acrescen-
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tado bruto do que a média da indústria transformadora – 42% do volume de negócios contra 28% – e beneficiam de uma produtividade 16% supe-
O mercado comunitário absorve 75% da produção da fileira da cerâmica. No ano passado, por exemplo, os principais destinos foram França, Espanha, Alemanha e Reino Unido. Só Angola se intromete neste verdadeiro clube do Velho Continente
rior. Depois de Aveiro, Leiria é o distrito mais importante na fileira: vale 26% do emprego e 18% das exportações de um universo que agrupa fábricas de telha, tijolo e abobadilha; pavimentos e revestimentos; conjuntos sanitários; artigos utilitários e decorativos em porcelana, faiança, grés ou terracota; e peças especiais. A nível nacional, o sector é composto por 566 empresas, essencialmente PME, que empregam 16.793 trabalhadores. Em 2009, o volume de negócios ascendeu a 1.050 milhões de euros.
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Cerâmica Saldo de 400 milhões de euros na balança comercial A cerâmica é das indústrias que mais contribui para a balança comercial portuguesa. De facto, no ano passado, obteve um saldo positivo de 400 milhões de euros na relação com o estrangeiro: as exportações ascenderam a 535 milhões de euros, chegando a 145 países, mas as importações quedaram-se nos 135 milhões. Nota a Associação Portuguesa da Indústria de Cerâmica (APICER) que a taxa de cobertura das importações pelas exportações na fileira da cerâmica (395%) é largamente superior à média da indústria transformadora
nacional (122%). Só as pastas de madeira e a cortiça fazem melhor. E em tempos de redução do défice externo são dados relevantes. O sector da cerâmica é tradicionalmente exportador. De um total de 566 empresas, 212 venderam produtos para o estrangeiro em 2009. No ano passado, as exportações cresceram 2,8%. E no primeiro trimestre de 2011, esse bom desempenho manteve-se, com um acréscimo de 8% face ao período homólogo. O mercado comunitário absorve 75% da produção. No ano passado, os principais destinos foram França, Espanha, Alemanha
e Reino Unido e Angola. No que diz respeito a Leiria, as exportações de produtos cerâmicos atingiram em 2010 os 96,1 milhões de euros (8% das exportações totais do distrito), enquanto as importações ficaram nos 5,8 milhões (0,6% das importações totais do distrito). Daqui resulta um saldo positivo de 90,3 milhões. Que corresponde a um terço do saldo de comércio internacional total do distrito. Só o grupo das caldeiras, máquinas e aparelhos mecânicos (onde se incluem os moldes) contribuiu mais para as exportações líquidas do distrito de Leiria.
N.ºs Emprego na indústria no distrito de Leiria 40.697 postos de trabalho 4.600 pessoas na indústria de plásticos e outras tantas nas empresas de cutelarias, ferramentas e ferragens 4.449 trabalhadores na fileira da cerâmica 2.250 empregos nas fábricas de elementos de construção em metal 2.000 operários na indústria vidreira PUBLICIDADE
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À conversa Indústria “Há uma espécie de ditadura do sistema bancário”
O futuro da indústria segundo Teresa Monteiro (directora-geral da cerâmica Umbelino Monteiro), Ribeiro Vieira (presidente da Nerlei - Associação Empresarial da Região de Leiria) e Leonel Costa (presidente da Cefamol - Associação Nacional da Indústria de Moldes), numa conversa informal, promovida pelo REGIÃO DE LEIRIA no Palace Hotel de Monte Real
A relação de parceria entre a banca e as empresas vive um período de intervalo. Ou falta crédito ou é muito caro. José Ribeiro Vieira, Leonel Costa e Teresa Monteiro concordam na preocupação, mas aproveitaram a conversa à mesma mesa para identificar outras necessidades da indústria: maior produtividade e intensidade tecnológica, mais investimento e conhecimento, menos Estado
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O acesso ao crédito é hoje uma das principais preocupações das empresas? Ribeiro Vieira – É, de facto, uma das questões mais colocadas pelas empresas face às restrições que há e face à subida das taxas, ou seja, os spreads têm vindo a subir de forma perfeitamente aleatória e as empresas não podem dizer nada porque estão a precisar de crédito. Para não o perderem têm de aceitar as condições. Neste
aspecto há uma espécie de ditadura do sistema bancário que condiciona sob o ponto de vista psicológico e objectivo a actividade das empresas. A linha de financiamento para os longos ciclos de produção está a funcionar? Leonel Costa – Essa linha, de facto, está aprovada, todavia não está a funcionar como devia por causa dos problemas que a banca tem. É lamentá-
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vel que isso aconteça, sendo ela suportada em 80% com capital do Estado. O financiamento às empresas vai ser muito importante em termos de curto prazo e tem que ser dada uma maior relevância ao papel das garantias mútuas. E devia ser criada uma prorrogação daquilo que são as amortizações sobre os PME Investe, com uma moratória de um ano. Um outro aspecto vai ter que ser considerado: para moderar e alavancar a economia é importante que comece a circular mais dinheiro no mercado e que ele não fique concentrado. Portanto, eu sugeria que empresas de grande dimensão começassem a cumprir com os seus pagamentos aos fornecedores - e posso citar exemplos: Jerónimo Martins, Sonae, etc, que continuam a ter comporta-
mentos de receber ao minuto e pagar aos seus fornecedores com grandes prazos. Teresa Monteiro – Nós acabamos por sofrer com a falta de crédito do lado do cliente porque trabalhamos para um sector que foi considerado agora como uma espécie de sector maldito e sentimos do lado dos fornecedores e dos particulares também uma dificuldade enorme. O que mais preocupa a Nerlei actualmente? Ribeiro Vieira – Preocupa que a maior parte das pessoas ganha o salário mínimo ou à volta disso e um país nunca se pode desenvolver, nem uma região, com esse tipo de solução de remuneração das pessoas, que depois não podem consumir, não podem estudar.
Enquanto nós formos um país carregado de obscurantismos nunca nos poderemos desenvolver. Depois, os portugueses foram habituados a viver acima das suas possibilidades e a produtividade não cresceu praticamente nada nos últimos 20 anos. Teresa Monteiro – Sobre a produtividade, há dois aspectos distintos. Uma coisa é a carteira de encomendas e a que nível estamos a produzir e outra coisa é a questão estruturante da nossa baixa produtividade. E isso está intimamente relacionado com o investimento e com a falta de capacidade de investimento. Porque para se conseguir maior produtividade tem que se ter linhas mais modernas a funcionar, o que não acontece em Portugal. Os alemães têm uma produtivi-
Para moderar e alavancar a economia é importante que comece a circular mais dinheiro no mercado e que ele não fique concentrado” Leonel Costa Presidente da Cefamol
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“A indústria tem de ter maior intensidade tecnológica”
dade muito maior que a nossa, mas tipicamente a indústria deles é muito mais automatizada. Nós temos pessoas com um nível de qualificação muito baixo e temos empresas pouco capitalizadas com dificuldade em prosseguir um caminho de modernização permanente. Aparentemente não vamos conseguir resolver o problema pela via do investimento nos próximos tempos. Teresa Monteiro – Tendemos a recuar em termos de produtividade naquilo que é a indústria que já está instalada porque as empresas estão a gerar margens de tal maneira baixas que vão ter dificuldade nos próximos anos em conseguir acompanhar a modernização necessária e fazer os investimentos necessários para se manterem competitivas no plano internacional. Os moldes têm sido mais procurados por clientes estrangeiros. Porquê? Leonel Costa – Tem havido procura porque os mercados europeus acabaram por perder muitos dos seus fabricantes de moldes com a crise de 2008, em Espanha, França e até na Alemanha e Inglaterra. Isso e os problemas das multinacionais com os subcontratos e as encomendas feitas nos países longínquos acabou por trazer algum benefício, acompanhado de uma pequena
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retoma essencialmente na Alemanha, que é o país para onde nós exportamos mais. Quando olhamos para as estatísticas, percebemos que muito poucas empresas exportam. Como é que se pode alargar esta base? Teresa Monteiro – 60% das empresas portuguesas nem sequer está na internet. Isto é um bocadinho o retrato do tecido empresarial português e embora não seja a razão é o espelho do porquê do estado em que elas estão face à exportação. Ribeiro Vieira – Temos que ter paciência porque temos um atraso histórico brutal. Para mim, o nosso défice de produtividade resulta em dois terços do Estado. Ou se reduz substancialmente e elimina uma série de custos ou então nunca as empresas se vão desenvolver. A outra condicionante é o défice de conhecimento das pessoas em geral, a falta de apetência pelo conhecimento, a
As empresas de moldes nacionais estão a beneficiar da retoma alemã, do abandono da Ásia por parte de alguns clientes europeus e do desaparecimento de concorrentes em Espanha, França e até na Alemanha e Inglaterra, na sequência da crise de 2008
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falta do tempo para pensar. Como é que o sector dos moldes ultrapassou estas barreiras e evoluiu para ser hoje essencialmente exportador e tecnológico? Leonel Costa – Os empresários de moldes conseguiram passar a mensagem ao exterior da sua capacidade e da sua flexibilidade. Aquilo que permitiu, de um conjunto de spin-offs que são a origem da indústria de moldes portuguesa, ter alguma sustentabilidade, foram pessoas com uma formação escolar média, que era a das escolas técnicas comerciais e industriais. Isso acabou por ser transportado para o sector com uma dinâmica profissional. E facilmente esses mesmos empresários, ou alguns deles, perceberam que era preciso saltarem patamares tecnológicos mais elevados. E acabaram a trazer à indústria pessoas com nível académico, formação e capacidade de desenvolvimento. Como nós não tínhamos mercado interno, nada mais aguça a vontade do que a necessidade. As pessoas puseram malas às costas e foram desde o México ao Brasil e aos Estados Unidos. Para além de que continua a ser uma indústria transversal a todas as actividades. Mas, embora nós tenhamos uma vantagem em termos de mercado europeu que é pagar salários medianos, a indústria tem de ter maior intensidade tecnológica, maior
Tendemos a recuar em termos de produtividade porque as empresas estão a gerar margens de tal maneira baixas que vão ter dificuldade em fazer os investimentos necessários” Teresa Monteiro Directora-geral da Umbelino Monteiro
Ou o Estado se reduz substancialmente e elimina uma série de custos ou então nunca as empresas se vão desenvolver. A outra condicionante é o défice de conhecimento das pessoas em geral” Ribeiro Vieira Presidente da Nerlei
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“A qualificação média do nosso tecido empresarial é muito baixa” flexibilidade e rentabilidade. Além de que o sector não pode crescer só pela via do molde, tem de crescer desde o desenvolvimento ao produto final.
É possível alinhavar uma receita para o que aí vem? Ribeiro Vieira – Portugal transformou-se numa mercearia e numa loja chinesa. Como é que saímos disto eu não sei, mas ia dar duas ou três sugestões para a região. Devia haver uma escola superior de ciência e tecnologia, que separasse a gestão da tecnologia, no contexto do IPL. Depois, devia haver um organismo regional que coordenasse a acção industrial. Criar uma marca, que é uma questão fundamental. Portugal só tem uma hipótese:
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olhar para o exterior. O português tem que olhar para o mundo como podendo estar em qualquer parte. Leonel Costa – A definição de uma marca para Portugal é importante e as marcas devem ser criadas por sectores. Estou de acordo que devemos ir para o mundo, mas temos de ir com os pés assentes na terra - com qualidade, com inovação. A Europa será o nosso mercado. Há um outro aspecto que é a ligação das escolas técnicas com os centros tecnológicos. E a justiça, porque para resolver qualquer problema industrial ou comercial a burocracia continua a ser enorme. Teresa Monteiro – O proble-
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ma central prende-se muito com a média. Temos empresas muito boas, mas quando olhamos para a média do nosso tecido empresarial, comparativamente com o resto da Europa, é muito baixa, tanto em termos de qualificação como de técnicas de gestão. É necessário subir essa média. Como? Com uma educação fomentada para que as crianças aprendam a resolver problemas. Depois tem a ver com a formação ao longo da vida. Em termos sectoriais, defendo um retorno à indústria, mas vejo as duas grandes oportunidades em Portugal como sendo o mar e a agricultura. Não vejo outra possibilidade de ocupar os desempregados. É o desafio da ministra da Agricultura.
5 ideias-chave Produtividade Investir para ganhar produtividade nos próximos anos Qualificação Aumentar o conhecimento e a qualificação Marca Promover marcas sectoriais e do país Exportação Colocar o foco do negócio no mercado externo Ciência Ligar as escolas às empresas, subir a intensidade tecnológica da indústria
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P&R Jorge Vieira “Tem de existir espaço para a flexibilidade”
O director-geral da Roca em Portugal salienta que os trabalhadores da empresa são dos mais qualificados no universo da multinacional, mas defende revisão da lei laboral
Quais as condições necessárias, em termos de contexto, para que multinacionais como a Roca mantenham em Portugal o grau de empenhamento que têm tido nos últimos anos? Em épocas como a que atravessamos, dificilmente há receitas para que tudo funcione como um relógio. Isto levanos a dizer que ao nível das empresas tem de existir espaço para que a flexibilidade laboral possa funcionar de forma simples e sem o prejuízo dos trabalhadores, da mesma forma que é necessária uma maior agilidade em tudo quanto são os processos burocráticos aos quais nos temos de sujeitar. Incompreensivelmente, quando necessitamos de uma decisão de um organismo, as decisões tardam, quando se trata de fornecer informação em que muitas vezes os prazos exigidos são curtos face à estrutura das empresas, se não se cumpre, é-se penalizado. Também uma justiça mais célere ajudaria ao bom desenvolvimento da actividade das empresas. Mas, sem dúvida, uma das condições mais importantes prende-se com a excelência dos recursos humanos que temos, estes sim são determinantes, sempre e quando tudo o mais acompanhe. A prova é que
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sistematicamente somos solicitados por outras fábricas do grupo no sentido de obterem a colaboração dos nossos trabalhadores.
A política de formação de preços na energia parece-lhe adequada aos interesses da indústria cerâmica e de outras com peso relevante no emprego a nível regional? O tema é complexo e naturalmente que cada caso é um caso. Nem todas as indústrias cerâmicas têm uma estrutura de custos equivalente. No entanto, todas têm uma componente energética bastante alta e por isso a política de formação de preços está longe de ir ao encontro das necessidades reais da indústria no sentido de manter um nível de competitividade elevado.
A Europa é o principal mercado. Por um lado, trata-de de um mercado maduro e com poder de compra, de menor risco. Por outro, apresenta reduzida natalidade e modestas taxas de crescimento económico. Como é que a indústria olha para esta dicotomia? Diversificando para outros mercados. Como sabemos, por razões óbvias, a maioria do mercado europeu não vai crescer nos próximos anos, mas também não vai deixar de existir, por isso não se deve abandonar este mercado, mas em paralelo têm de ser explorados novos mercados e é isso que já está a acontecer.
Quais são os principais desafios que se colocam às empresas do subsector da cerâmica utilitária e decorativa no curto e médio prazo? Sob o ponto de vista de mercado, continuar a afirmar a qualidade e o design dos seus produtos e diversificar mercados. Sob o ponto de vista industrial, há que optimizar a eficiência operacional.
E quais são os principais constrangimentos? No curto prazo, penso que é o crédito, entre o início de produção de uma encomenda e o seu recebimento
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P&R Marcelo Sousa “Custos energéticos são um factor determinante”
As políticas públicas que definem o preço da energia não têm defendido a indústria, pelo contrário, ameaçam a sua competitividade, alerta o director-geral da Matceramica
medeiam alguns meses, onde é necessário recorrer ao crédito bancário que neste momento está quase a congelar. Os custos energéticos são outro factor determinante, devia haver uma política energética que tivesse em causa competitividade da indústria. As políticas energéticas dos últimos anos alimentam a falsa ideia de que a prazo vamos diminuir a nossa dependência energética, o que não está demonstrado. A única demonstração até ao momento foi a perda de competitividade da indústria.
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Opinião Finalmente parece que nos vamos tratar!
Jorge Santos Director Geral da Vipex SA
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Imaginemos que Portugal é um doente ao qual há muito foi detectada uma doença grave e que os sucessivos primeiros-ministros são os diferentes médicos que o têm acompanhado. Desde 74 até agora, o doente, embora tenha tido a sensação de um bemestar formidável, tem vindo a cometer alguns excessos (deficits sucessivos) e a desenvolver um tumor (dívida pública) ao qual os médicos, embora avisem o doente para a gravidade do problema, não têm dado a devida atenção à sua crescente perda de força (baixo crescimento económico). Por duas vezes (intervenções do FMI), o doente teve crises mas foram-lhe ministrados tratamentos duvidosos (redução do deficit com aumento de impostos sem redução de despesa) e as dietas (austeridade) foram abandonadas assim que aparentemente se começou a sentir melhor. Desde finais dos anos 80, alguns amigos (ex: Medina Carreira) foram avisando que ele não poderia continuar com aquele tipo de vida (gastar mais do que ganhava) e que um dia iria ter graves problemas (excesso de dívida pública). Ignorando a preocupação dos amigos, embora se fosse sentindo com menos forças (crescimento económico), em 2002 começou a tomar uma droga (euro) que lhe permitiu sentir-se aparentemente bem e aumentou o número de excessos (parcerias público-privadas, institutos públicos, empresas municipais) que lhe agravaram o tumor (dívida pública) que já tinha e lhe criaram outro tumor (dívida externa) que rapidamente se agravou. Embora falassem do assunto, nada fizeram para que o cliente fizesse dieta (austeridade) e fosse tratado de forma correcta (redução do deficit
com redução de despesa e sem aumento de impostos). Embora os médicos (governos) anteriores falassem do assunto, na realidade nada fizeram para ajudar o doente. Por volta de 2004, mudou para um médico (Sócrates) que parecia muito competente e convenceu o doente de que estava realmente muito debilitado e que lhe iria ministrar os tratamentos adequados. Embora na fase inicial mencionasse que sabia do problema e até deu sinais de que os iria tratar, a partir de determinada altura e de forma incompreensível, abandonou a prescrição de tratamentos e até aconselhou o doente a cometer novos excessos (ex: TGV) que lhe agravariam os tumores que tinha. Em 2009, o doente teve uma conversinha com o médico e embora desconfiado resolveu não mudar de médico. Como deixou o doente continuar com os excessos, os sintomas de fraqueza (recessão económica) agravaram-se e os amigos foram-lhe sugerindo que, dado o seu estado tão debilitado e sem dinheiro para o tratamento, pedisse quem o ajudasse a fazer um tratamento forte (plano de austeridade com ajuda externa). Inexplicavelmente, o médico recusou que o doente fizesse o dito tratamento. Só que desta vez o doente resolveu seguir o plano de tratamento que lhe propuseram e, por isso, viu-se obrigado a mudar de médico. O novo médico (Passos Coelho) vem cheio de vontade e, embora genericamente esteja consciente da situação, enquanto está a fazer exames para conhecer toda a extensão do problema, está obrigado a aplicar imediatamente os primeiros tratamentos. A primeira sessão do tratamento de choque anunciado,
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Opinião PUBLICIDADE
o imposto extraordinário sobre o Subsídio de Natal, que na prática é sobre 1/14 do rendimento anual, apesar de não ser desejável, é necessário, parece justo e equitativo, porque todos pagam e quem mais pode mais paga. Sabemos que no curto prazo vai debilitar o doente (ex: baixa de consumo), mas se bem articulado com outros tratamentos talvez lhe permita conseguir dentro de 3 ou 4 anos voltar a ter uma qualidade de vida razoável (crescimento económico), apesar da dieta (gastando menos do que ganha) e das limitações (ter de pagar dívidas) que poderá ter devido às lesões sofridas (excessos de dívida). Esperemos que o médico e a sua equipa (Governo) consigam aplicar uma terapia adequada, equilibrada e com poucos erros, e que não haja umas partes do corpo (ex: oposição, sindicatos, associações patronais, ordens profissionais, autarcas, etc.) que resistam e rejeitem os tratamentos, pondo em causa a saúde do doente e o levem a uma situação grave e imprevisível (falência de Portugal).
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Opinião A confiança no sistema e um sistema de confiança
Carlos Silva Director do ISLA - Leiria
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Há cerca de quatro anos Dani Roderick, desenvolveu um teorema, que considerou como impossível, e que de forma simples justificava que democracia, soberania nacional e integração económica global são incompatíveis entre si. Afirmava ele que a história tem demonstrado que podemos combinar qualquer dois dos três, mas nunca todos os três em simultâneo e na íntegra. Trago esta ideia para cima da mesa porque o período que hoje vivemos padece da falta de um outro elemento que nos obriga a afastar a possibilidade de provarmos que Roderick está errado. A ideia da Europa podia ser o palco para provarmos a Roderick que ele estava errado. Mas não seria provar por provar. Teria de ser provar para viver uma experiência de exemplo. E falta-nos esse tal elemento. Esse elemento, que destaco como o cimento inerente a uma construção e estruturação social e económica. Refiro-me à confiança. Desde 2008 que o mercado a viu desaparecer de forma progressiva e ténue até chegarmos aos dias de hoje e percebermos que a maior parte dos nossos problemas socioeconómicos se podem quase todos resumir à ausência de confiança entre os vários agentes. E nesta condição, a maior operação em curso deve ser a que nos conduza a evitar que falemos em confiança. Evitar falar. Sim. Se ela existir, se ela for o elemento lubrificante nas relações entre os vários agentes, então atingimos aquilo a que nos propusemos e os paradigmas do crescimento económico e da coesão social podem de novo ser revisitados. E ela estará lá, mas dela não se fala. A instauração da confiança implica, a meu ver,
que pensemos o sistema de forma diferente. Se estes últimos cinco anos não nos obrigam a crescer e se o que está ainda para vir não nos levar a repensar o sistema de forma diferente daquela que tem sido a sua expressão, então só podemos esperar o mesmo. Os tempos exigem uma maturidade que implica, permanentemente, olhar a árvore e não descuidar a floresta. Em sentido figurado, reconhecer e atender à especificidade, mas dentro de uma estratégia comum que garanta francas possibilidades de aprofundar os mecanismos democráticos, de eficiência na regulação e de integração. E isto requer um entendimento superior, onde os interesses particulares sucumbam a alguns dos interesses colectivos, repensando a forma como os vários agentes e os vários intervenientes se relacionam. Tal evidenciaria a possibilidade da passagem para um patamar francamente mais interessante da resolução de tensões e conflitos, mas determinaria igualmente a criação de um sistema de confiança.
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P&R Francisco Vieira O esforço deve ser público e privado
na sustentabilidade das empresas. Factor igualmente a considerar é a tradicional capacidade de Fátima em conseguir manter ou mesmo aumentar os seus níveis de atracção perante cenários globalmente adversos.
Neste período de menor prosperidade, quais os produtos turísticos que devem ser centrais na estratégia
de Leiria e Fátima? Aqueles que têm demonstrado suficiente capacidade de atracção, de modo singular ou em complementaridade. Referimo-nos ao turismo religioso, cultural, natureza e sol e mar. Com diferentes dimensões e em diferentes estágios de desenvolvimento, todos eles demonstram potencialidades que podem garantir um sustentado crescimento.
Para isso o esforço deve ser concentrado na melhoria das condições de recepção e numa inversão das estratégias promocionais, sustentadas num marketing relacional, numa postura directa de comercialização do produto e na conciliação dos esforços públicos e privados, a par da concentração num número muito reduzido de mercados com inequívoco potencial. PUBLICIDADE
Director executivo da Insignare - Associação de Ensino e Formação
É previsível um aumento da procura interna no turismo com vantagens para a hotelaria de Fátima e da região? Lamentavelmente não nos parece previsível um significativo aumento da procura interna de modo a compensar as quebras ao nível dos visitantes estrangeiros. As razões resultam naturalmente do momento difícil que atravessa a economia portuguesa e do impacto que isso provoca na capacidade financeira das famílias e numa atitude de contenção geral das despesas e da sua orientação para aquilo que consideram essencial. No entanto, a especificidade atractiva de Fátima e os preços muito competitivos que são praticados, ajustando-se às limitações antes referidas, levam-nos a admitir que a presente situação possa ser ultrapassada sem graves impactos 29 de Julho, 2011 | Região de Leiria
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P&R Carla Carreira “Retirada de incentivos está a estrangular o sector”
A compra de sistemas de energias renováveis ressente-se do fim do programa Solar Térmico, avisa Carla Carreira, da Macolis, que comercializa soluções de climatização
Como é que o sector da climatização está a reagir ao arrefecimento do investimento imobiliário? É uma área que está directamente ligada com a construção, tem-se verificado alguma quebra. Temos dinamizado algumas áreas em termos de vendas de soluções integradas. A nossa experiência e consolidação no mercado dá-nos alguma vantagem. Sentimos que a situação não vai melhorar e estamos a tomar medidas para fazer face a um cenário mais pessimista. Racionalizar custos, alocação de meios de acordo com o estritamente necessário, uma gestão diária.
O segmento das energias renováveis também se ressente? Está a ser muito violento. O programa Solar Térmico foi um forte apoio, porque havendo incentivos por trás o consumidor sente-se mais motivado a comprar. A retirada dos incentivos e benefícios fiscais está a estrangular o sector. As pessoas estão muito receptivas e com maior preocupação em termos de consumo, conforto e aquisição de sistemas que proporcionem retorno em termos de poupança e maior eficiência energética. O problema é não haver poder de compra.
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Que perspectivas para o comércio automóvel nos próximos meses? O automóvel é um bem que se vende se houver capacidade de financiar a compra. Os importadores não conseguem definir números, a incerteza é muito grande. Nós sabemos que o investimento, público e privado, vai ter uma retracção muito grande. E o automóvel é um bem de investimento, sempre, seja na óptica empresarial ou particular. Portanto, a evolução do mercado de novos está muito condicionada. Há outro constrangimento, que é a falta de capacidade de endividamento das pessoas e das famílias.
Qual deve ser a postura dos concessionários? O que temos estado a dizer às nossas equipas é que nós vendemos soluções de mobilidade e temos de nos concentrar no cliente e saber servi-lo com alternativas à viatura nova ou com um produto do segmento abaixo. A primeira metade do ano não foi tão má porque houve capacidade no sector de fazer umas matrículas para a prateleira, com as rent-a-car e as gestoras de frota, mas admito que a segunda metade venha a ser pior.
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P&R Francisco Alves “Temos de nos concentrar no cliente”
Com o sector a constipar-se, o director-geral da Sacel alerta para a necessidade de oferecer soluções alternativas a partir do mercado de usados ou de um segmento abaixo
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Opinião Acesso ao crédito pode ser mais fácil
Rui Pedro Brogueira Administrador Executivo da Garval
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Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
Na actual conjuntura, as dificuldades no acesso ao financiamento, que sempre se constituíram como um dos principais constrangimentos com que se defrontam as empresas, encontramse amplificadas pelas alterações ocorridas no mercado e que tornaram o crédito mais escasso e mais caro. Sendo uma economia onde o financiamento da sua actividade empresarial se encontra muito dependente do crédito bancário, que recorre em larga medida a financiamento do exterior, os efeitos da crise financeira a que se juntou mais recentemente a crise da dívida soberana têm afectado particularmente as nossas empresas. Ao mesmo tempo que os bancos nacionais se deparam com severas restrições no acesso a financiamento externo, ainda que a evolução dos depósitos tenha sido positiva (ao contrário do que se verificou na Grécia e na Irlanda), o paradigma regulamentar do sector sofreu várias modificações. Estas alterações vão provocar uma necessidade de ajustamento nos próximos anos que se irão reflectir sobretudo ao nível da diminuição do leverage e da redução do rácio de transformação de depósitos em crédito. Tal significa que, ainda que se ultrapassem as restrições de liquidez e de acesso aos mercados, o nível de concessão de crédito continuará sob pressão. Em suma, é facilmente perceptível que a contracção de crédito a empresas, mas também a desaceleração do crescimento do crédito a empresas, como se tem vindo a verificar em termos agregados desde o início de 2009, colocam desafios de sobrevivência ao sector empresarial. Por um lado as restrições de acesso a
crédito, por outro uma maior e mais aguda percepção de risco no mercado tornaram o crédito mais caro. De entre os mais afectados encontrar-se-ão seguramente as empresas de pequena e média dimensão, responsáveis por mais de 90% do emprego em Portugal. É neste contexto que a intervenção das Sociedades de Garantia Mútua, como é o caso da Garval, assume uma importância redobrada. Actuando como mecanismo facilitador no acesso ao crédito por parte das empresas, assumindo junto dos bancos uma parte do risco (normalmente situada entre 50 e 75% do financiamento), a Garval apresentase como uma forma de mitigação de risco para os financiadores aumentando, por essa via, a sua disponibilidade para a concessão de crédito. No entanto, o âmbito da intervenção da Garval não se esgota no acto de emissão da garantia. O acompanhamento contínuo das empresas apoiadas é um factor de valorização da intervenção, procurando dotar as PME da possibilidade de poderem dispor de um apoio qualificado permanente. A Garval pretende ser um parceiro com quem as empresas podem e devem dialogar no sentido de obterem as melhores soluções de financiamento.
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Perspectiva
P&R Rui Filinto “Sair do Euro significaria falências”
O administrador da Key Plastics Portugal diz que inovação, capacidade técnica e proximidade aos centros de desenvolvimento são essenciais para sair da multidão
O que significaria, para as empresas e famílias, a saída de Portugal do Euro e o regresso a uma moeda nacional como o Escudo? O aumento da dívida total para o dobro ou triplo. A falência dos bancos portugueses e a sua compra por outros estrangeiros. Aumento assustador do desemprego, inflação e falências de empresas. Isolamento internacional ao nível político e económico. Emigração dos mais qualificados. Empobrecimento geral do país .
Sectores como os componentes para automóveis têm condições para se manterem competitivos? Ou a situação no país é uma ameaça à sua projecção internacional? Os factores determinantes no sucesso dos negócios, neste sector de actividade, não têm a ver com a situação do país a não ser na disponibilidade ao crédito. Inovação, globalização, capacidade técnica/engenharia, proximidade aos centros de desenvolvimento e produção dos clientes, qualidade e outros, são factores determinantes. A competitividade nos custos tem de ser obtida por outros factores, tais como os acima referidos, e não apenas os da mão-de-obra barata. Flexibilizar horários, responsabilizar em função dos resultados, aumentar a mobilidade,
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formar/qualificar e motivar são factores que conduzirão ao aumento da produtividade.
Que efeito pode ter o IVA de caixa proposto pelo Governo - na saúde das empresas e da economia em geral? A possibilidade de entregar o IVA ao Estado após a cobrança da factura que lhe deu origem terá um reflexo muito positivo na tesouraria das PME. A fragilidade dos capitais próprios na maioria dessas empresas, onerada com a obrigação de financiar o Estado liquidando o imposto ainda não recebido pelo atraso frequente na regularização de facturas, traz problemas financeiros acrescidos. Do mesmo modo é necessário modificar o processo de reembolso do IVA às empresas exportadoras, cujo fundo circulante é seriamente afectado pelo período de tempo que decorre entre o pagamento das facturas dos seus fornecedores e o prazo que a administração fiscal dispõe para o reembolso.
E a cativação do equivalente a 50% do subsídio de Natal? O imposto especial sobre o subsídio de Natal vai fazer-se sentir de forma dramática no consumo dos portugueses e influenciar muito negativamente a indústria e o comércio nacionais. Muitas outras consequências negativas vão manifestar-se, embora se aceite que a situação requer medidas gravosas.
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P&R Jorge Martins “IVA após cobrança terá reflexo muito positivo”
Aplausos do administrador da Inteplástico para a ideia de permitir às empresas não pagarem IVA ao Estado sobre facturas que ainda não receberam
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Análise
Análise Resultados das 100 Maiores Dois terços aumentaram facturação Depois da conjuntura difícil de 2009, as empresas encontraram no ano passado um balão de oxigénio que lhes permitiu respirar. A economia portuguesa evoluiu positivamente, essencialmente alimentada pela procura externa, que beneficiou uma parte do sector exportador ao longo de todo o ano e em especial a indústria com canais de distribuição fora do país. Na lista das 100 maiores empresas do distrito de Leiria e concelho de Ourém que o REGIÃO DE LEIRIA publica, a partir de dados recolhidos, verificados e ponderados pela consultora Baker Tilly, cerca de dois terços viram o valor das suas vendas e serviços aumentar em 2010. Ainda assim, o volume de negócios acumulado das 100 Maiores diminuiu 155 milhões face à listagem anterior – o equivalente a 5,5% – e situase agora nos 2.558 milhões de euros. A análise destes números e tendência deve ter em conta que, de ano para ano, algumas empresas optam por não divulgar a respectiva informação financeira e outras não têm oportunidade de a enviar atempadamente, ficando assim excluídas do ranking. Em retrospectiva, a facturação global cresceu em 2006, 2007 e 2008, embora sempre em desaceleração, e diminuiu em 2009 e 2010. Quanto às 10 primeiras, valem agora 805 milhões
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Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Análise
de euros. Conseguiram, em conjunto, um acréscimo de 115 milhões relativamente a 2009. Mas, por outro lado, comparando-as com as 10 primeiras do ano passado, evidencia-se uma perda de 116 milhões de euros. Da mesma maneira, os resultados líquidos acumulados revelam um recuo face à listagem anterior, de 72 para 61 milhões de euros, bem como o valor acrescentado, que cai de 576 para 438 milhões. Saliente-se, contudo, que 95 empresas fecharam o exercício com resultados líquidos positivos. O ranking das maiores segundo o volume de negócios continua a ser liderado pela Lena Engenharia e Construções, surgindo a distribuidora de produtos petrolíferos Petroibérica em segundo lugar e o Hospital de Santo André em terceiro – ambas ganharam uma posição, em virtude da CMP – Cimentos Maceira Pataias não ter disponibilizado informação financeira em tempo útil, ficando fora desta edição. Em relação às 10 primeiras, regista-se a entrada da Racentro, Derovo, Metalmarinha, Respol e Cabopol, saindo a Movicortes, Gallovidro, Sotrapex (não forneceu dados) e Sociedade de Construções José Coutinho.
O volume de negócios acumulado das 100 Maiores diminuiu 155 milhões face à listagem anterior - o equivalente a 5,5% - e situa-se agora nos 2.558 milhões de euros. Os resultados líquidos acumulados revelam um recuo de 72 para 61 milhões de euros
Por sectores, o comércio por grosso e a retalho é o mais representado (metade), aparecendo a indústria transformadora em segundo lugar (um terço). Comércio automóvel, plásticos e cerâmica são actividades com expressão na listagem, bem como toda a fileira dos materiais de construção e a construção propriamente dita. Por concelhos, Leiria vale 45%. Segue-se Ourém, no distrito de Santarém: 12%. Marinha Grande e Pombal,
cada qual com oito empresas, surgem a seguir. Quanto ao emprego, 70% contavam mais de 50 trabalhadores em 31 de Dezembro. Do primeiro para o segundo semestre, a conjuntura em que as empresas actuaram evidenciou diferenças relevantes. O ano começou com sinais de recuperação internacional e Portugal a sair de desempenhos negativos sucessivos para um crescimento de 1,8% no primeiro triPUBLICIDADE
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Análise
mestre. Com as exportações e a procura interna a evoluir positivamente, o comércio por grosso e a indústria apareceram como os sectores mais beneficiados. Nos três meses seguintes, a economia nacional continuou a progredir, indiferente aos primeiros indícios das políticas de combate aos défices públicos, que indiciavam uma desaceleração do mundo desenvolvido. Na viragem para a segunda metade de 2010, o aumento do PIB português passou a resultar exclusivamente da procura externa líquida, pois o consumo interno recuou para terreno negativo, com o comércio por grosso e a retalho a retraírem-se. No
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trimestre final do ano, o caso repetiu-se. Portugal voltou a crescer, mas mais uma vez graças às exportações – foi determinante a recuperação de alguns dos principais parceiros comerciais, em particular a Alemanha, Espanha, Reino Unido, Holanda e França. No cômputo geral, 2010 arrancou com um maior optimismo sobre o ritmo de saída da crise por parte da generalidade das economias avançadas e terminou com esse mesmo bloco, o mais atingido pela situação internacional, a prosseguir o processo de recuperação, embora com diferenças substanciais nos níveis da retoma
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
dos vários países e com a crise das dívidas soberanas na zona euro a condicionar a agenda. Durante todo o período, as condições de base em Portugal denotaram uma tendência de agravamento, apesar do crescimento do PIB. A inflação agravou-se, o investimento caiu trimestre após trimestre, o desemprego continuou em expansão e o crédito bancário transitou de um cenário de juros ainda moderadamente baixos para spreads altos e financiamento escasso ou inexistente. Os seis meses inaugurais de 2011 trazem incerteza e receios, com uma boa notícia – a procura externa mantémse em alta.
10 Quanto às 10 primeiras, valem agora 805 milhões de euros. Conseguiram, em conjunto, um acréscimo de 115 milhões relativamente a 2009. Mas, por outro lado, comparandoas com as 10 primeiras do ano passado, evidencia-se uma perda de 116 milhões de euros
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
A Maior Lena Construções Internacional vale 50 milhões A Lena Engenharia e Construções, empresa mãe do Grupo Lena, prosseguiu em 2010 a sua política de posicionamento em grandes obras, tendo centrado a actividade na construção de infra-estruturas, vias de comunicação e obras hidráulicas. A estratégia de expansão e aposta em projectos de dimensão superior continuou a acontecer por via da participação em agrupamentos complementares de empresas e consórcios, com especial incidência nos domínios das acessibilidades, ambiente, educação e saúde. Em 2010, a empresa com sede na Quinta da Sardinha voltou a afirmar-se como a maior do distrito de Leiria e concelho de Ourém, segundo o volume de negócios, que ascendeu a 165,4 milhões de euros. De acordo com o balanço no final de Dezembro, a construtora é também a segunda maior empregadora do ranking, com 873 colaboradores. De entre as principais obras em execução destacam-se as empreitadas de construção do Metro do Porto e da Barragem do Baixo Sabor. Os projectos concluídos em 2010 incluem a Gare Marítima do Porto do Funchal, a EN 351 no troço entre Isna e Oleiros e a Variante da Foz do Arouce (EN 236 – Ligação da EN 17 à Lousã). Quanto ao Metro do Porto, a intervenção decorre em Vila Nova de Gaia e destina-se a expandir a rede com prolongamento da linha amarela. En-
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100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
volve um consórcio do qual também fazem parte a Construtora Abrantina (detida pelo Grupo Lena) e a Bento Pedroso. Com um valor de adjudicação de 24,2 milhões de euros, trata-se de um investimento que melhora a mobilidade dos habitantes da cidade e garante a requalificação urbana da zona de Santo Ovídio e parte da Avenida da República. Mobilizará no seu pico cerca de 230 trabalhadores, aplicará mais de 25 mil metros cúbicos de betão, mais de 2 milhões de quilos de aço e movimentará 82 mil metros cúbicos de terras. O aproveitamento hidroeléctrico do Baixo Sabor, por outro lado, foi baptizado de “Mãe de todas as barragens” pelo anterior primeiro-ministro, José Sócrates. No período de pico, o efectivo em obra deverá atingir mais de 1.500 trabalhadores. O projecto a cinco anos representa um investimento de aproximadamente 250 milhões de euros. A internacionalização mantém-se como uma das escolhas mais fortes na estratégia de crescimento da Lena Construções, que no ano passado realizou cerca de 50 milhões de euros de facturação no estrangeiro, apresentando-se como a segunda empresa do ranking em valor de vendas e serviços fora do país. África,
Europa de Leste e América do Sul são os tabuleiros em que se joga esta aposta. De destacar, em Marrocos a construção da auto-estrada A2 entre Fez e Taza, na Argélia a estrada que liga Tamanrasset a In Guezzam e o Hospital de Tamanrasset. Quanto ao contrato na Venezuela, a iniciar em 2011, consiste na construção de 12.500 casas e duas fábricas. Enquanto motor do Gru-
po Lena, a Lena Engenharia e Construções será o navio- almirante do plano para os próximos anos nas actividades de concepção, construção e gestão de projectos públicos e privados. Além da área internacional, o mote está na concentração em infra-estruturas rodoviárias e da energia, edifícios, indústria de construção, habitação e ambiente.
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De entre as principais obras em execução destacam-se as empreitadas de construção do Metro do Porto e da Barragem do Baixo Sabor. Os projectos concluídos em 2010 incluem a Gare Marítima do Porto do Funchal e dois troços de estradas nacionais
29 de Julho, 2011 | Região de Leiria
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100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Listagem Geral As 100 Maiores Empresas segundo o volume de negócios de 2010 Rnk
Nome da Empresa
Distrito / Concelho
CAE
Designação do Sector (Secção CAE)
Leiria / Leiria
41.200
Construção
Santarém / Ourém
46.711
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
1
Lena Engenharia e Construções, S.A.
2
Petroibérica - Sociedade Petróleos Iberolatinas, S.A.
3
Hospital de Santo André
Leiria / Leiria
86.100
Actividades de Saúde Humana e Apoio Social
4
Racentro - Fábrica de Rações do Centro, S.A.
Leiria / Leiria
15.710
Indústrias Transformadoras
5
Derovo - Derivados de OvoS, S.A.
Leiria / Pombal
10.893
Indústrias Transformadoras
6
Metalmarinha - Comércio Internacional Resíduos Metálicos, S.A.
Leiria / Marinha Grande
46.771
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
7
Respol - Resinas, S.A.
Leiria / Leiria
20.160
Indústrias Transformadoras
8
Auto Júlio, S.A.
Leiria / Caldas da Rainha
45.110
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
9
Roca, S.A.
Leiria / Leiria
23.420
Indústrias Transformadoras
10
Cabopol - Polymer Compounds, S.A.
Leiria / Porto de Mós
20.160
Indústrias Transformadoras
11
Gallovidro, S.A.
Leiria / Marinha Grande
23.131
Indústrias Transformadoras
12
Iber-Oleff - Componentes Técnicos em Plástico, S.A.
Leiria / Pombal
22.292
Indústrias Transformadoras
13
Bomcar - Automóveis, S.A.
Leiria / Leiria
45.110
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
14
Sociedade de Construções - José Coutinho, S.A.
Leiria / Caldas da Rainha
41.200
Construção
15
Suinicomércio - Comércio de Suínos, Lda.
Leiria / Leiria
46.230
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
16
Sodicel - Sociedade de Representações de Leiria, S.A.
Leiria / Leiria
46.341
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
17
Key Plastics Portugal, S.A.
Leiria / Leiria
25.240
Indústrias Transformadoras
18
TS - Thomaz dos Santos, S.A.
Leiria / Caldas da Rainha
46.720
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
19
Redcats Portugal - Vendas à Distância, S.A.
LeIria / Leiria
47.910
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
20
Schaeffler Portugal, S.A.
Leiria / Leiria
28.150
Indústrias Transformadoras
21
Costa & Carvalho, S.A.
Leiria / Alcobaça
41.200
Construção
Leiria / Leiria
45.110
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
Santarém / Ourém
46.720
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
Leiria / Leiria
42.110
Construção
Santarém / Ourém
23.630
Indústrias Transformadoras
Leiria / Leiria
46.331
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
Leiria / Batalha
42.210
Construção
Leiria / Alcobaça
46.731
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
22
A. Braz Heleno, S.A.
23
J. Justino das Neves, S.A.
24
Construções J.J.R. & Filhos, S.A.
25
Lenobetão, S.A.
26
DDO - Derivados de Ovos, Lda.
27
Oliveiras, S.A.
28
Balbino & Faustino, Lda.
29
Leirivending - Comércio, Distribuição e Vending, S.A.
Leiria / Leiria
47.990
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
30
Moviter - Equipamentos, Lda.
Leiria / Leiria
46.630
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Quem está na lista A informação apresentada sobre as 100 Maiores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém é da responsabilidade da Baker Tilly. Esta consultora especializada solicita informação quantitativa. A generalidade das empresas responde atempadamente, permitindo assim a apresentação detalhada e actualizada das 100 Maiores, ordenadas pelo volume de negócios. No entanto, outras mostram indisponibilidade em fornecer elementos ou enviam-nos tardiamente, inviabilizando a entrada no ranking. Por último, às empresas que não tiveram oportunidade de responder ou que, por lapso, não chegaram a ser contactadas, o REGIÃO DE LEIRIA solicita o envio da respectiva informação financeira, que dela daremos conta numa próxima edição.
Total de Vendas 2010 (€)
Total Vendas 2009 (€)
Total Activo (€)
Resultado Líquido Total Capital Próprio do Periodo (€) (€)
Valor Acrescentado Bruto (€)
Nº de Empregados 2010
165.433.938
212.936.996
290.670.862
(4.429.803)
68.323.380
7.376.091
877
137.041.273
100.316.204
33.774.371
1.723.370
8.984.878
4.555.191
81
77.173.716
74.575.651
63.003.846
3.891.270
45.904.744
46.080.469
1.477
76.417.661
70.278.043
17.757.910
573.883
4.225.814
1.850.400
46
66.708.149
34.928.801
90.998.346
1.557.786
26.863.313
8.133.748
182
62.697.939
28.927.024
12.201.339
480.728
1.872.355
4.236.259
11
61.232.549
30.902.276
36.719.122
4.393.420
13.020.061
10.601.357
87
55.496.297
47.391.586
12.058.704
328.228
3.935.201
(252.438)
63
52.388.868
54.901.771
147.982.798
8.732.775
76.217.054
23.085.437
583
51.198.438
34.950.533
41.648.934
4.600.304
18.527.409
11.163.225
72
49.443.585
50.314.999
71.881.089
3.476.785
27.981.280
21.151.815
303
49.056.133
44.429.671
45.216.331
1.543.484
21.953.661
18.736.720
739
46.358.832
23.207.718
13.454.924
466.993
1.612.286
3.727.250
91
46.095.786
48.453.211
71.786.794
60.717
10.677.703
6.895.001
157
41.622.765
44.216.705
13.069.593
713.213
2.876.375
2.299.043
19
40.807.538
40.798.586
28.224.389
713.093
5.015.974
7.103.037
267
40.803.907
35.770.386
25.612.220
81.427
7.516.245
23.500.247
707
39.419.771
42.719.577
33.724.504
1.649.475
30.802.809
3.708.572
125
37.674.581
38.924.116
12.059.785
130.234
2.832.302
(510.527)
170
37.410.384
24.437.377
27.905.610
1.106.238
16.803.149
12.044.212
345
35.690.674
38.276.754
20.838.424
1.072.361
5.006.680
5.211.207
140
34.723.624
24.730.476
12.490.298
445.192
3.643.834
1.460.236
67
34.684.401
35.809.218
54.605.566
1.593.127
24.277.858
4.527.588
33
33.991.078
22.063.136
27.131.802
385.749
8.496.619
8.399.109
260
32.942.226
27.634.320
33.071.548
260.012
9.345.640
2.857.055
44
31.858.861
29.617.608
13.911.036
222.469
968.482
1.600.009
38
31.069.384
35.230.826
27.047.338
3.194.830
12.849.872
11.057.709
245
30.478.674
30.463.198
26.240.628
1.000.292
12.409.295
6.004.272
178
30.217.527
31.950.132
3.073.171
108.790
974.169
732.044
30
29.097.638
34.578.952
28.188.302
937.454
9.174.465
4.251.410
69
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Rnk
Nome da Empresa
31
Aníbal de Oliveira Cristina, Lda.
32
Unifato - Confecções do Centro, Lda.
Distrito / Concelho
CAE
Designação do Sector (Secção CAE)
Leiria / Leiria
41.200
Construção
Leiria / Batalha
47.711
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
Leiria / Porto de Mós
25.110
Indústrias Transformadoras
Leiria / Leiria
45.110
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
Leiria / Marinha Grande
22.220
Indústrias Transformadoras
Leiria / Leiria
45.110
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
Leiria / Marinha Grande
22.292
Indústrias Transformadoras
Santarém / Ourém
8.121
Leiria / Leiria
45.110
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
Leiria / Porto de Mós
23.322
Indústrias Transformadoras
Leiria / Alcobaça
10.912
Indústrias Transformadoras
33
Blocotelha - Construções Metálicas e Autoportantes, Lda.
34
Lizauto, Sociedade Portuguesa de Comércio e Reparação Automóveis, Lda.
35
Iberoalpla Portugal - Embalagens Plásticas Unipessoal, Lda.
36
LPM - Comércio Automóvel, S.A.
37
Inteplástico - Indústrias Técnicas de Plásticos, S.A.
38
Lena Agregados, S.A.
39
Lubrigaz, Lda.
40
CS - Coelho da Silva, S.A.
41
Cooperativa Agrícola dos Criadores de Gado da Benedita, Crl
42
Sacel - Sociedade Auto Central Leiriense, Lda.
Leiria / Leiria
45.110
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
43
Caiado, S.A.
Leiria / Leiria
46.430
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
44
Eureka Plast - Comércio de Matérias Plásticas, S.A.
Leiria / Leiria
46.762
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
45
Caçador Pecuária, Lda.
Leiria / Leiria
1.460
Agricultura, Produção Animal, Caça, Floresta e Pesca
46
Ferrus Materiais Siderúrgicos e de Construção, S.A.
Leiria / Leiria
46.720
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
47
CAC II - Companhia Avícola do Centro, S.A.
Leiria / Pombal
46.331
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
48
Hiperclima - Central de Distribuição Térmica de Portugal, S.A.
Leiria / Leiria
46.740
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
49
Hortapronta - Hortas do Oeste, S.A
Leiria / Peniche
46.311
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
50
Tecnorém - Engenharia e Construções, S.A.
Santarém / Ourém
41.200
Construção
51
Plastidom - Plásticos Industriais e Domésticos, S.A.
Leiria / Leiria
22.292
Indústrias Transformadoras
52
Gramperfil, S.A.
Leiria / Pombal
24.330
Indústrias Transformadoras
Leiria / Leiria
22.292
Indústrias Transformadoras
Santarém / Ourém
41.200
Construção
Indústrias Extractivas
53
Planeta - Plásticos, S.A.
54
Equimetra - Equipamentos, Metalomecânica e Transportes, S.A.
55
Plasgal - Plásticos da Gândara, Lda
Leiria / Leiria
22.220
Indústrias Transformadoras
56
Meigal - Alimentação, S.A.
Leiria / Leiria
46.320
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
57
Lubriflores - Comércio e Reparação Automóvel, Lda.
Leiria / Leiria
45.110
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
58
Asibel - Construções, S.A.
Leiria / Batalha
42.990
Construção
59
Transportadora Ideal de Envendos, S.A.
Leiria / Alvaiázere
49.410
Transportes e Armazenagem
60
Macolis - Materiais de Construção e Climatização, S.A
Leiria / Leiria
46.732
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
61
Intertelha - Construções Metálicas e Autoportantes, Lda.
Santarém / Ourém
25.110
Indústrias Transformadoras
62
Vigobloco - Pré-Fabricados, S.A.
Santarém / Ourém
23.610
Indústrias Transformadoras
63
Luis Silvério & Filhos, S.A.
Leiria / Leiria
46.381
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
64
Ultrapolymers Portugal, S.A.
Leiria / Marinha Grande
46.750
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
65
Umbelino Monteiro, S.A.
Leiria / Pombal
23.322
Indústrias Transformadoras
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Total de Vendas 2010 (€)
Total Vendas 2009 (€)
Total Activo (€)
Resultado Líquido Total Capital Próprio do Periodo (€) (€)
Valor Acrescentado Bruto (€)
Nº de Empregados 2010
25.808.135
22.455.188
18.753.981
246.292
10.669.052
3.802.633
98
25.063.290
26.319.617
11.156.184
897.518
3.168.593
6.636.422
379
23.535.350
22.544.644
40.670.932
2.161.321
14.798.756
6.060.352
124
23.481.345
-
7.279.575
318.242
3.248.610
195.519
81
23.109.383
19.885.668
12.108.108
555.589
5.456.742
4.540.085
64
22.630.017
14.199.990
6.443.467
231.743
1.678.839
2.332
62
21.754.998
19.943.355
16.239.962
1.123.094
9.113.094
6.367.856
247
21.437.779
16.382.528
21.797.038
276.360
4.991.862
4.347.927
52
20.907.952
16.879.049
8.257.575
539.137
3.473.382
1.475.028
65
19.874.666
17.893.654
29.184.373
1.607.881
17.756.326
4.020.861
178
19.770.923
22.697.393
7.354.902
52.221
3.541.391
1.222.540
43
19.686.593
15.031.261
6.917.046
395.343
3.573.756
934.223
55
18.632.001
18.190.143
11.405.947
790.297
6.495.045
3.368.673
84
18.424.739
14.411.154
8.291.553
157.027
1.775.277
905.569
7
18.392.110
17.861.687
19.083.885
384.777
5.060.893
5.546.844
78
17.903.257
20.955.812
14.181.028
(4.694.424)
1.034.461
105.554
62
17.658.411
18.441.435
13.450.481
529.259
5.377.986
1.621.076
66
17.098.348
14.556.494
10.818.860
1.156.871
6.669.627
3.519.500
71
16.882.744
15.638.837
12.131.734
242.534
4.618.798
2.632.047
119
16.055.880
-
18.704.625
453.897
4.206.153
4.417.284
202
15.502.245
16.958.724
18.802.205
357.406
6.394.789
4.339.076
126
15.397.939
13.779.956
18.647.179
210.946
2.550.197
1.298.965
32
15.287.481
11.071.652
6.662.424
966.406
2.920.734
2.761.176
103
15.237.781
2.303.432
14.480.990
45.501
5.534.483
9.722.745
173
14.690.390
13.565.137
12.448.309
(203.682)
5.521.706
2.250.916
114
14.572.054
12.475.113
7.750.007
210.545
1.935.236
1.604.797
86
14.515.855
9.877.072
2.715.470
122.276
1.047.473
(445.902)
4
14.325.878
13.787.701
17.602.907
15.149
3.678.968
4.582.095
161
14.260.574
15.042.253
14.216.225
360.097
4.036.939
3.752.417
204
13.967.188
11.793.610
9.126.885
834.502
5.073.771
2.010.216
48
13.732.139
19.440.676
17.876.960
1.089.611
7.059.193
3.137.660
48
13.603.530
12.224.529
19.250.900
276.364
4.649.610
3.571.658
115
13.460.827
10.986.457
4.465.130
446.493
3.151.631
1.370.514
29
13.405.086
9.854.449
4.411.521
363.649
287.389
597.906
7
13.382.890
11.205.633
19.694.888
(210.246)
9.297.125
621.104
135
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Rnk
Nome da Empresa
Distrito / Concelho
CAE
Designação do Sector (Secção CAE)
Leiria / Óbidos
46.311
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
66
Granfer.com - Importação e Exportação de Produtos Alimentares, Lda.
67
Maurício - L.T.O. Construções, S.A.
Leiria / Bombarral
42.990
Construção
68
Verdasca & Verdasca, S.A.
Santarém / Ourém
23.690
Indústrias Transformadoras
69
Sorgila - Sociedade de Argilas, S.A.
Leiria / Leiria
8.122
Indústrias Extractivas
70
Crigado - Sociedade Agro-Pecuária, S.A.
Leiria / Alcobaça
1.230
Agricultura, Produção Animal, Caça, Floresta e Pesca
71
Lizdrive, S.A.
Leiria / Leiria
45.110
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
72
Propecuária - Veterinária e Farmacêutica, Lda.
Leiria / Batalha
46.460
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
73
José Aldeia Lagoa & Filhos, S.A.
Leiria / Pombal
8.122
74
Americana - Papelarias, Livrarias e Equipamentos, S.A.
Leiria / Leiria
46.491
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
75
Distróbidos - Comércio e Representações, Lda.
Leiria / Óbidos
46.390
Comércio por Grosso e a Retalho; RepAração de Veículos, Automóveis e Motociclos
76
Auto Júlio (Leiria), S.A.
Leiria / Leiria
45.110
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
77
MD Moldes - Manuel Domingues, Lda.
Leiria / Leiria
46.690
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
78
Compogal - Indústria de Polímeros, S.A.
Leiria / Leiria
20.160
Indústrias Transformadoras
79
Balvera - Comércio de Perfumarias, Lda.
Leiria / Pombal
46.450
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
80
Disterm - Distribuição de Equipamentos de Climatização, S.A.
Santarém / Ourém
46.740
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
81
Superóbidos - Supermercados, Lda.
Leiria / Óbidos
47.111
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
82
Madeca - Madeiras de Caxarias, S.A.
Santarém / Ourém
16.101
Indústrias Transformadoras
83
Valco Madeiras e Derivados, S.A.
Leiria / Leiria
16.230
Indústrias Transformadoras
84
Canalcentro - Materiais de Construção do Centro, S.A.
Leiria / Leiria
46.732
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
85
Plimat - Plásticos Industriais Matos, S.A.
Leiria / Marinha Grande
22.292
Indústrias Transformadoras
86
Matceramica - Fabrico de Louça, S.A.
Leiria / Batalha
23.412
Indústrias Transformadoras
87
António Ramos & Costa, S.A.
Leiria / Peniche
46.381
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
88
Monterg - Construções, S.A.
Leiria / Leiria
41.200
Construção
89
Cartonarte - Indústria de Cartonagem, Lda.
Leiria / Marinha Grande
17.211
Indústrias Transformadoras
90
TJ Moldes, S.A.
Leiria / Marinha Grande
25.734
Indústrias Transformadoras
91
Ramecel - Rede Abastecedora de Mercearias do Centro, S.A.
Santarém / Ourém
46.390
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
92
Secil-Martingança - Aglomerantes, Novos Materiais para Construção, S.A.
Leiria / Alcobaça
23.640
Indústrias Transformadoras
93
MTL - Madeiras Tratadas, Lda.
Leiria / Leiria
16.102
Indústrias Transformadoras
94
Alimave - Alimentação para Aves, S.A.
Leiria / Leiria
10.912
Indústrias Transformadoras
95
Teclena - Automatização, Estudos e Representações, S.A.
Leiria / Leiria
46.620
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
96
Construções Júlio Lopes, S.A.
Leiria / Pombal
41.200
Construção
Leiria / Bombarral
45.110
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
Leiria / Batalha
22.292
Indústrias Transformadoras
97
Filipe dos Santos Silva S.A.
98
Simplastic - Sociedade Industrial de Matérias Plásticas, Lda.
Indústrias Extractivas
99
MRF - Manuel Rodrigues Ferreira
Leiria / Bombarral
46.732
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
100
Vepelibérica - Indústria Comércio de Materiais Construção Civil, Lda.
Leiria / Bombarral
47.523
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Total de Vendas 2010 (€)
Total Vendas 2009 (€)
Total Activo (€)
Resultado Líquido Total Capital Próprio do Periodo (€) (€)
Valor Acrescentado Bruto (€)
Nº de Empregados 2010
13.369.679
10.043.587
5.732.405
277.850
784.380
45.637
8
13.345.099
15.689.817
22.679.367
484.524
1.690.856
4.189.882
220
13.090.922
12.029.242
13.574.432
313.527
2.900.023
777.170
73
13.047.394
11.243.666
19.064.458
70.010
5.411.703
4.269.025
116
12.731.015
9.732.650
13.558.916
313.027
6.220.317
5.918.176
47
12.514.309
7.364.155
5.407.775
191.180
287.389
521.517
23
12.233.012
12.642.097
6.886.408
32.980
1.062.133
1.170.932
35
12.153.394
9.742.891
35.000.307
310.227
14.416.279
5.844.483
52
11.734.733
11.596.088
6.050.391
12.637
2.289.280
1.966.942
91
11.638.351
11.593.113
2.161.007
99.742
925.686
625.587
29
11.370.730
8.998.959
3.957.962
165.567
1.443.091
(141.251)
52
11.324.130
8.765.819
8.653.247
837.214
4.738.369
2.056.003
28
11.163.051
8.267.624
7.082.926
738.712
6.262.423
1.576.823
25
11.041.403
7.749.243
7.238.182
179.451
2.387.857
1.903.064
95
10.705.657
8.927.083
8.351.989
296.049
1.084.690
1.663.626
34
10.704.924
10.100.927
2.339.852
7.684
478.904
714.962
45
10.640.960
8.970.919
9.619.763
96.033
3.911.044
2.083.486
126
10.600.549
10.145.844
12.058.704
34.367
7.604.654
3.309.715
157
10.489.946
8.576.718
6.977.113
337.335
3.017.445
1.665.398
43
10.486.687
10.083.724
11.872.728
487.368
4.877.937
3.678.540
85
10.074.096
8.714.957
14.308.799
3.753
4.849.288
3.337.208
222
10.038.088
10.190.277
18.102.165
(194.675)
7.283.830
2.365.010
88
10.006.113
8.644.647
10.620.148
391.642
1.302.069
2.339.345
50
9.950.996
9.028.739
5.433.704
386.964
4.045.046
1.713.047
58
9.835.575
10.213.061
11.715.536
675.621
5.890.490
1.627.573
36
9.829.472
8.970.430
7.628.043
14.742
4.152.111
478.399
31
9.668.229
11.168.644
20.178.797
69.878
12.235.415
4.575.963
64
9.617.125
9.201.399
9.176.228
3.761
3.728.591
3.590.554
82
9.491.867
9.629.254
4.162.956
194.260
1.697.696
744.180
7
9.354.578
9.782.593
6.541.219
152.811
4.063.281
1.684.761
55
9.137.256
12.317.403
19.806.402
329.967
11.139.466
3.060.326
108
8.607.738
8.444.087
3.721.464
60.672
762.151
196.095
25
8.540.598
8.120.134
7.020.187
126.461
2.986.738
1.777.941
106
8.323.678
7.995.402
4.773.315
329.374
3.150.755
960.617
29
8.168.382
7.934.981
10.235.728
65.231
2.659.933
1.635.134
63
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Baker Tilly Os critérios para apurar as maiores e as melhores Leiria ou concelho de Ourém; com unidade a operar no distrito de Leiria ou concelho de Ourém, caso se trate de uma multinacional - Estatutários: empresas individuais, foram excluídas quaisquer contas agregadas ou consolidadas; não foram incluídas holdings/SGPS; apenas consideradas empresas com designações sociais completas. - Dimensão: empresas com maior volume de negócios no exercício de 2010
As 100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém (referentes a 2010) resultam da aplicação rigorosa de uma metodologia de recolha e análise de dados por parte do REGIÃO DE LEIRIA que, em conjunto com a Baker Tilly Portugal seleccionou um conjunto de indicadores e rácios económico-financeiros que permitem avaliar o desempenho destas empresas e identificar as vencedoras. Esta análise incluiu os seguintes indicadores: volume de negócios dos anos de 2010 e 2009, total do activo, total do passivo, total do capital
68
próprio, resultado líquido do período, valor acrescentado bruto, número de empregados, volume de exportações, autofinanciamento sobre volume de negócios, EBIDTA sobre volume de negócios, dívida líquida sobre EBIDTA, rentabilidade líquida do capital próprio, produtividade, contribuição para impostos, rentabilidade líquida das vendas, receitas por trabalhador, solvabilidade, liquidez geral e crescimento de volume de negócios. Critérios para inclusão nas 100 maiores: - Geográficos: com sede ou domicílio fiscal no distrito de
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
Critérios para a análise das melhores empresas: Após o cálculo dos rácios, consoante a sua relevância económico-financeira e a actual conjuntura do mercado nacional o seu peso relativo foi o seguinte: - Autofinaciamento: 100% - EBIDTA sobre Volume de Negócios: 100% - Dívida líquida sobre o EBIDTA: 100% - Rentabilidade líquida do capital próprio: 100% - Produtividade: 100% - Contribuição para impostos: 150% (a) - Rentabilidade líquida das vendas: 100% - Receitas por trabalhador: 150% (b) - Solvabilidade: 200% (c) - Liquidez geral: 100% - Crescimento do volume de negócios: 100% - Percentagem de exportação: 100% (a) Num período de defi-
cit orçamental significativo, pretendeu-se valorizar as empresas que mais contribuíram para o seu equilíbrio. (b) Pretendeu-se valorizar a contribuição dos trabalhadores para a performance da empresa (c) Numa economia fortemente endividada, pretendeuse valorizar as empresas com maior solvabilidade. O apuramento deste valor permitiu identificar o ranking das melhores empresas da região de Leiria. A informação que consta na publicação corresponde à informação que foi prestada pelas empresas, não tendo sido efectuado qualquer ajustamento/reclassificação à mesma, independentemente dos princípios contabilísticos em que as demonstrações financeiras tenham sido preparadas, nem as mesmas foram objecto de qualquer auditoria por parte do REGIÃO DE LEIRIA ou pela Baker Tilly Portugal. Para efeitos da publicação não são tidas em consideração as excepções que possam ter sido incluídas nos relatórios de auditoria ou certificações legais de contas das empresas. A participação da Baker Tilly Portugal consiste em validar que o apuramento das melhores empresas do distrito de Leiria e concelho de Ourém foi efectuado de acordo com os critérios de análise estabelecidos pela publicação.
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02
03
04 01 Carlos e Vasco Santos gerem agora a Guilimpa, o negócio fundado pelos pais, Guilherme e Virgínia Santos 02 Varrimento e lavagem de pavimentos desportivos 03 Limpezas em altura 04 Limpezas de alta pressão
01
GUILIMPA SERVIÇOS DE LIMPEZA EVOLUEM PARA OFERTA CERTIFICADA De pais para filhos, o negócio avança com recurso a métodos científicos e produtos inovadores. A aposta é ganhar outros mercados, mantendo a qualidade do serviço
Os projectos de futuro requerem a garra da nova geração. Carlos e Vasco Santos são os actuais rostos de futuro da Guilimpa o negócio que os pais lançaram há mais de 30 anos. A ideia “do balde e da esfregona”, para caracterizar serviços de limpeza, é de outros tempos. Hoje requerem-se empresas certificadas e uma atitude proactiva que leve à diferenciação. Nos últimos três anos a empresa investiu 150 mil euros em equipamentos. “Já estamos a obter o retorno”, diz Carlos Santos, explicando que estão muito vocacionados para a prestação de serviços em áreas industriais, embora a habitação seja para manter.
No entanto, a grande aposta a médio prazo, passa pelas limpezas ultravioleta, a esterilização: “Estamos a falar da indústria farmacêutica, hospitais e outros serviços de saúde”. Dentro de dois anos, Carlos e Vasco Santos esperam ter entrado nesta área de trabalho. Até lá a empresa precisa de formação especializada que só pode ser obtida fora do país. Passar o testemunho Enquanto se preparam para a nova etapa, os empresários dizem que a sua empresa continua no mercado com “a qualidade de serviço que sempre ofereceu”. Só assim se explica que tenham atingido, no ano
passado, uma facturação superior a 1,3 milhões de euros. Guilherme Santos foi emigrante na Alemanha. Com uma experiência de 15 anos decidiu investir no seu país e regressou a Portugal. Fundou a empresa Guilimpa em 1980, um pequeno negócio, onde a mulher, Virgínia Santos, o acompanhou, desde sempre na administração. Trinta e um anos depois coloca-se na retaguarda, tal como a mulher. Entregam a liderança aos filhos. Certificação A Guilimpa é uma empresa certificada com a norma ISO 9001/2008 que recorre a produtos igualmente certificados. Para lá dos trabalhos mais comuns, utiliza máquinas que fazem a reciclagem da água, métodos de limpeza através de eurospeed, um sistema que reduz o consumo de água e evita o uso de químicos.
SERVIÇOS A Guilimpa está preparada para efectuar serviços de limpeza em escritórios, escolas, centros de saúde, centros comerciais, hotéis, fábricas e todo o tipo de áreas públicas. Está ainda capacitada para fornecer qualquer tipo de trabalhos pontuais a empresas ou particulares, sejam de curta, média ou longa duração como: serviços após obras, inundações e limpezas gerais. Também se responsabiliza pelo fornecimento de todo o tipo de consumíveis, assim como a sua instalação e reposição: papel higiénico, sabonete líquido, toalhetes comuns, desifectantes, ambientadores, entre outro material.
NÚMEROS 1,3 milhões de euros de facturação em 2010 160 funcionários, cerca de 80% pertencentes ao quadro da empresa 9
carros
3
varredoras de operador sentado e várias de operador apeado
4
máquinas de lavar e aspirar de operador sentado.
20 de operador apeado
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
A Melhor Thomaz dos Santos Negócio de família vale 39 milhões
A raiz da melhor empresa de 2010 no distrito de Leiria e concelho de Ourém remonta a 1922, ano em que Thomaz dos Santos se estabelece por conta própria com um estabelecimento comercial misto que vendia ferro, ferragens, solas e cabedais, cordoaria, alfaias agrícolas, carvão de forja e miudezas. Volvido tanto tempo, quase um século, o negócio mantém-se na família, mas foca-se agora no comércio e distribuição
70
de produtos siderúrgicos, ferragens e materiais de construção. Na sociedade anónima convivem hoje três gerações: Joaquim Ladeira Baptista, genro do fundador, que completa 60 anos de serviço em Novembro; Tomás dos Santos Ladeira Baptista, neto do fundador e funcionário há 35 anos; Alberto Quintas Emídio e Ana Maria Ladeira Baptista dos Santos, bisnetos, no activo há 13 e 5 anos, res-
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
pectivamente. “Temos atravessado com êxito algumas gerações em virtude de as mesmas terem sabido com muito trabalho e dedicação seguir os exemplos e os princípios legados pelo fundador”, salienta Tomás Baptista, em resposta ao REGIÃO DE LEIRIA. Com o investimento privado e público a cair, evidenciando-se uma quebra de 40% nos projectos imobiliários, a empresa prepara-se já
Temos atravessado com êxito algumas gerações em virtude de as mesmas terem sabido com muito trabalho e dedicação seguir exemplos e princípios” Tomás Baptista Neto do fundador
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
A Thomaz dos Santos pode orgulhar-se de ter sido fornecedora de ferro para a construção do Estádio José Alvalade. Não do actual, mas do primeiro, cuja inauguração teve lugar em 10 de Junho de 1956. A vida da empresa é longa, tão longa quanto as quatro gerações da família que já deram o seu contributo ao negócio, distribuído entre Caldas da Rainha e a Grande Lisboa
para “adaptar a organização ao mercado”, tentando consolidar o seu posicionamento, “ultrapassar as dificuldades e aguardar activamente por melhores dias”, refere. De resto, a longevidade do negócio deve muito à capacidade de ajustamento demonstrada ao longo dos anos com o intuito de acompanhar as mudanças na gestão e as exigências crescentes em termos de qualidade e serviços, trabalhadores incluídos, salienta
Tomás Baptista: “Contribuiu decisivamente o orgulho por parte dos colaboradores em fazer parte desta equipa empenhando-se todos os dias em marcar a diferença”. A TS –Thomaz dos Santos fechou o exercício de 2010 com um volume de negócios de 39,4 milhões de euros, realizado integralmente em Portugal. Apesar da quebra de 8% na facturação, obteve um resultado líquido positivo de 1,6 milhões de euros. Os 29 de Julho, 2011 | Região de Leiria
71
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
clientes encontram-se nos mais diversos sectores, desde a construção civil e obras públicas à metalomecânica, da serralharia à revenda e indústria, incluindo o consumidor final. A empresa conta com armazéns em Caldas da Rainha e Santa Iria de Azóia que se dedicam aos produtos siderúrgicos, loja de ferragens e loja de sanitários e mate-
Volvido quase um século, o negócio mantém-se na família, mas foca-se agora no comércio e distribuição de produtos siderúrgicos, ferragens e materiais de construção. Na empresa convivem três gerações: o genro do fundador, um neto e dois bisnetos
riais de construção em Caldas da Rainha. As instalações são apoiadas por uma frota própria de distribuição. Com 125 funcionários, a organização tem-se orient a do f u n d a m e nt a l m e nte para o objectivo prioritário de manutenção da solidez e independência. Uma linha de rumo que é reconhecida pela Baker Tilly: a Thomaz dos Santos é a primeira em autonomia financeira, solvabilidade e liquidez geral, indicadores que pesaram na ponderação final para apuramento da melhor empresa do distrito de Leiria e concelho de Ourém segundo o desempenho geral em 2010. Esta postura não tem impedido, no entanto, que a família sinta o pulso do comércio, procurando prestar um melhor serviço com mais
eficiência e acompanhar de perto as exigências de quem compra. “Neste momento, consideramos importante uma cada vez mais atenta gestão de créditos e a adaptação constante às variações do mercado, tentando na medida do possível adaptar os meios tanto humanos como logísticos às necessidades da actividade”, sublinha Tomás Baptista. Porque, afinal, “cada vez há menos segredos nas empresas, longe vão os tempos em que estes eram considerados a alma do negócio”.
Contribuiu decisivamente [para a longevidade da empresa] o orgulho por parte dos colaboradores em fazer parte desta equipa” Tomás Baptista Sócio da empresa
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100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Uma história de 89 anos Thomaz dos Santos nasceu em Caldas da Rainha no ano de 1899. Depois de completar a instrução primária, emprega-se como aprendiz de caixeiro e aproveita as noites para concluir com aproveitamento o curso de Aula Comercial, que mais tarde se viria a revelar muito útil na vida profissional. Com apenas 23 anos, inaugura a sua própria casa de comércio, vendendo ferro, ferragens, solas, cabedais, cordoaria, alfaias agrícolas, carvão de forja e miudezas. Mas depressa diversifica a actividade: o aparecimento de novos materiais convence-o a expandir-se para os concelhos vizinhos de Caldas da Rainha. É o tem-
po em que os vendedores começam a visitar os clientes, valorizando as entregas regulares e em condições competitivas. Na década de 40, o empresário alarga o seu raio de acção a outras zonas do país, incluindo Lisboa, onde a construção de edifícios e obras públicas tinham maior expressão, conseguindo assim cavalgar a utilização crescente de produtos siderúrgicos. A sociedade por quotas é constituída em 1957 e a sociedade anónima nasce em 1988, embora mantendo sempre o cariz familiar, com a entrada de sócios da segunda e terceira geração da família.
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100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Listagem Geral As 100 Melhores Empresas segundo a performance geral em 2010 Rnk
Nome da Empresa
Distrito / Concelho
CAE
Designação do Sector (Secção CAE)
Indicador de Performance Geral
Indicador de Referência
1
TS - Thomaz dos Santos, S.A.
Leiria / Caldas da Rainha
46.720
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
7,49
100%
2
Compogal - Indústria de Polímeros, S.A.
Leiria / Leiria
20.160
Indústrias Transformadoras
7,25
96%
3
Metalmarinha - Comércio Internacional Resíduos Metálicos, S.A.
Leiria / Marinha Grande
46.771
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
6,86
91%
4
Roca, S.A.
Leiria / Leiria
23.420
Indústrias Transformadoras
6,80
90%
5
MD Moldes - Manuel Domingues, Lda.
Leiria / Leiria
46.690
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
6,77
89%
6
Respol - Resinas, S.A.
Leiria / Leiria
20.160
Indústrias Transformadoras
6,44
85%
7
TJ Moldes, S.A.
Leiria / Marinha Grande
25.734
Indústrias Transformadoras
6,19
81%
8
Oliveiras, S.A.
Leiria / Batalha
42.210
Construção
6,07
79%
9
Gallovidro, S.A.
Leiria / Marinha Grande
23.131
Indústrias Transformadoras
5,80
75%
10
Schaeffler Portugal, S.A.
Leiria / Leiria
28.150
Indústrias Transformadoras
5,79
75%
11
Plimat - Plásticos Industriais Matos, S.A.
Leiria / Marinha Grande
22.292
Indústrias Transformadoras
5,73
74%
12
Cabopol - Polymer Compounds, S.A.
Leiria / Porto de Mós
20.160
Indústrias Transformadoras
5,64
73%
13
Inteplástico - Indústrias Técnicas de Plásticos, S.A.
Leiria / Marinha Grande
22.292
Indústrias Transformadoras
5,47
70%
14
Intertelha - Construções Metálicas e Autoportantes, Lda.
Santarém / Ourém
25.110
Indústrias Transformadoras
5,45
70%
15
Hiperclima - Central de Distribuição Térmica de Portugal, S.A.
Leiria / Leiria
46.740
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
5,31
68%
16
Blocotelha - Construções Metálicas e Autoportantes, Lda.
Leiria / Porto de Mós
25.110
Indústrias Transformadoras
5,31
68%
17
Equimetra - Equipamentos, Metalomecânica e Transportes, S.A.
Santarém / Ourém
41.200
Construção
5,21
66%
18
Hospital de Santo André
Leiria / Leiria
86.100
Actividades de Saúde Humana e Apoio Social
5,20
66%
19
Planeta - Plásticos, S.A.
Leiria / Leiria
22.292
Indústrias Transformadoras
5,17
66%
20
José Aldeia Lagoa & Filhos, S.A.
Leiria / Pombal
8.122
Indústrias Extractivas
5,16
66%
21
Macolis - Materiais de Construção e Climatização, S.A
Leiria / Leiria
46.732
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
5,16
66%
22
Cartonarte - Indústria de Cartonagem, Lda.
Leiria / Marinha Grande
17.211
Indústrias Transformadoras
5,06
64%
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Rnk
Nome da Empresa
Distrito / Concelho
CAE
Designação do Sector (Secção CAE)
Indicador de Performance Geral
Indicador de Referência
23
MRF - Manuel Rodrigues Ferreira
Leiria / Bombarral
46.732
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
5,06
64%
24
J. Justino das Neves, S.A.
Santarém / Ourém
46.720
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
4,99
63%
25
CS - Coelho da Silva, S.A.
Leiria / Porto de Mós
23.322
Indústrias Transformadoras
4,95
63%
26
Iber-Oleff - Componentes Técnicos em Plástico, S.A.
Leiria / Pombal
22.292
Indústrias Transformadoras
4,93
62%
27
Granfer.com - Importação e Exportação de Produtos Alimentares, Lda.
Leiria / Óbidos
46.311
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
4,87
61%
28
Caiado, S.A.
Leiria / Leiria
46.430
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
4,86
61%
29
Luis Silvério & Filhos, S.A.
Leiria / Leiria
46.381
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
4,84
61%
30
Construções Júlio Lopes, S.A.
Leiria / Pombal
41.200
Construção
4,83
61%
31
Gramperfil, S.A.
Leiria / Pombal
24.330
Indústrias Transformadoras
4,79
60%
32
Ultrapolymers Portugal, S.A.
Leiria / Marinha Grande
46.750
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
4,71
59%
33
Derovo - Derivados de Ovos, S.A.
Leiria / Pombal
10.893
Indústrias Transformadoras
4,66
58%
34
Plastidom - Plásticos Industriais e Domésticos, S.A.
Leiria / Leiria
22.292
Indústrias Transformadoras
4,65
58%
35
Eureka Plast - Comércio de Matérias Plásticas, S.A.
Leiria / Leiria
46.762
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
4,56
57%
36
Umbelino Monteiro, S.A.
Leiria / Pombal
23.322
Indústrias Transformadoras
4,56
57%
37
Alimave - Alimentação para Aves, S.A.
Leiria / Leiria
10.912
Indústrias Transformadoras
4,50
56%
38
Unifato - Confecções do Centro, Lda.
Leiria / Batalha
47.711
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
4,48
56%
39
Canalcentro - Materiais de Construção do Centro, S.A.
Leiria / Leiria
46.732
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
4,42
55%
40
Secil-Martingança Aglomerantes, Novos Materiais para Construção, S.A.
Leiria / Alcobaça
23.640
Indústrias Transformadoras
4,41
55%
41
Balbino & Faustino, Lda.
Leiria / Alcobaça
46.731
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
4,41
55%
42
Matceramica - Fabrico de Louça, S.A.
Leiria / Batalha
23.412
Indústrias Transformadoras
4,40
55%
43
Crigado - Sociedade Agro-Pecuária, S.A.
Leiria / Alcobaça
1.230
Agricultura, Produção Animal, Caça, Floresta e Pesca
4,39
54%
44
Iberoalpla Portugal - Embalagens Plásticas Unipessoal, Lda.
Leiria / Marinha Grande
22.220
Indústrias Transformadoras
4,38
54%
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Rnk
Nome da Empresa
Distrito / Concelho
CAE
Indicador de Performance Geral
Indicador de Referência
Construção
4,37
54%
Indústrias Extractivas
4,32
53%
Designação do Sector (Secção CAE)
45
Monterg - Construções, S.A.
Leiria / Leiria
41.200
46
Sorgila - Sociedade de Argilas, S.A.
Leiria / Leiria
8.122
47
Teclena - Automatização, Estudos e Representações, S.A.
Leiria / Leiria
46.620
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
4,31
53%
48
Lubriflores - Comércio e Reparação Automóvel, Lda.
Leiria / Leiria
45.110
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
4,31
53%
49
Balvera - Comércio de Perfumarias, Lda.
Leiria / Pombal
46.450
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
4,30
53%
50
Maurício - L.T.O. Construções, S.A.
Leiria / Bombarral
42.990
Construção
4,29
53%
51
Moviter - Equipamentos, Lda.
Leiria / Leiria
46.630
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
4,28
53%
52
Petroibérica - Sociedade Petróleos Iberolatinas, S.A.
Santarém / Ourém
46.711
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
4,25
52%
53
Suinicomércio - Comércio de Suínos, Lda.
Leiria / Leiria
46.230
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
4,24
52%
54
Valco Madeiras e Derivados, S.A.
Leiria / Leiria
16.230
Indústrias Transformadoras
4,23
52%
55
Aníbal de Oliveira Cristina, Lda.
Leiria / Leiria
41.200
Construção
4,22
52%
56
Key Plastics Portugal, S.A.
Leiria / Leiria
25.240
Indústrias Transformadoras
4,22
52%
57
Costa & Carvalho, S.A.
Leiria / Alcobaça
41.200
Construção
4,21
52%
58
Madeca - Madeiras de Caxarias, S.A.
Santarém / Ourém
16.101
Indústrias Transformadoras
4,21
52%
59
Vigobloco - Pré-Fabricados, S.A.
Santarém / Ourém
23.610
Indústrias Transformadoras
4,18
51%
60
Sacel - Sociedade Auto Central Leiriense, Lda.
Leiria / Leiria
45.110
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
4,18
51%
61
Lena Agregados, S.A.
Santarém / Ourém
8.121
Indústrias Extractivas
4,17
51%
62
Construções J.J.R. & Filhos, S.A.
Leiria / Leiria
42.110
Construção
4,14
51%
63
Transportadora Ideal de Envendos, S.A.
Leiria / Alvaiázere
49.410
Transportes e Armazenagem
4,10
50%
64
Lizauto, Sociedade Portuguesa de Comércio e Reparação Automóveis, Lda.
Leiria / Leiria
45.110
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
4,09
50%
65
Lubrigaz, Lda.
Leiria / Leiria
45.110
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
4,08
50%
66
Racentro - Fábrica de Rações do Centro, S.A.
Leiria / Leiria
15.710
Indústrias Transformadoras
4,06
50%
67
Simplastic - Sociedade Industrial de Matérias Plásticas, Lda.
Leiria / Batalha
22.292
Indústrias Transformadoras
4,04
49%
68
Verdasca & Verdasca, S.A.
Santarém / Ourém
23.690
Indústrias Transformadoras
4,03
49%
69
Disterm - Distribuição de Equipamentos de Climatização, S.A.
Santarém / Ourém
46.740
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
4,02
49%
70
Redcats Portugal - Vendas à Distância, S.A.
Leiria / Leiria
47.910
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
4,00
49%
71
CAC II - Companhia Avícola do Centro, S.A.
Leiria / Pombal
46.331
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
3,97
48%
72
Lizdrive, S.A.
Leiria / Leiria
45.110
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
3,93
48%
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Rnk
Nome da Empresa
Distrito / Concelho
CAE
Designação do Sector (Secção CAE)
Indicador de Performance Geral
Indicador de Referência
73
DDO - Derivados de Ovos, Lda.
Leiria / Leiria
46.331
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
3,93
48%
74
Sodicel - Sociedade de Representações de Leiria, S.A.
Leiria / Leiria
46.341
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
3,89
47%
75
Auto Júlio (Leiria), S.A.
Leiria / Leiria
45.110
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
3,86
47%
76
Bomcar - Automóveis, S.A.
Leiria / Leiria
45.110
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
3,83
46%
77
MTL - Madeiras Tratadas, Lda.
Leiria / Leiria
16.102
Indústrias Transformadoras
3,82
46%
78
Tecnorém - Engenharia e Construções, S.A.
Santarém / Ourém
41.200
Construção
3,82
46%
79
Asibel - Construções, S.A.
Leiria / Batalha
42.990
Construção
3,82
46%
80
Hortapronta - Hortas do Oeste, S.A
Leiria / Peniche
46.311
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
3,81
46%
81
Meigal - Alimentação, S.A.
Leiria / Leiria
46.320
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
3,80
46%
82
LPM - Comércio Automóvel, S.A.
Leiria / Leiria
45.110
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
3,77
45%
83
Auto Júlio, S.A.
Leiria / Caldas da Rainha
45.110
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
3,76
45%
84
A. Braz Heleno, S.A.
Leiria / Leiria
45.110
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
3,74
45%
85
Distróbidos - Comércio e Representações, Lda.
Leiria / Óbidos
46.390
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
3,71
44%
86
Vepelibérica - Indústria Comércio de Materiais Construção Civil, Lda.
Leiria / Bombarral
47.523
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
3,69
44%
87
Lenobetão, S.A.
Santarém / Ourém
23.630
Indústrias Transformadoras
3,69
44%
88
Leirivending - Comércio, Distribuição e Vending, S.A.
Leiria / Leiria
47.990
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
3,65
44%
89
Caçador Pecuária, Lda.
Leiria / Leiria
1.460
Agricultura, Produção Animal, Caça, Floresta e Pesca
3,61
43%
90
António Ramos & Costa, S.A.
Leiria / Peniche
46.381
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
3,59
43%
91
Cooperativa Agrícola dos Criadores de Gado da Benedita, Crl
Leiria / Alcobaça
10.912
Indústrias Transformadoras
3,59
43%
92
Americana - Papelarias, Livrarias e Equipamentos, S.A.
Leiria / Leiria
46.491
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
3,55
42%
93
Sociedade de Construções - José Coutinho, S.A.
Leiria / Caldas da Rainha
41.200
Construção
3,55
42%
94
Ramecel - Rede Abastecedora de Mercearias do Centro, S.A.
Santarém / Ourém
46.390
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
3,50
41%
95
Filipe dos Santos Silva S.A.
Leiria / Bombarral
45.110
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
3,48
41%
96
Superóbidos - Supermercados, Lda.
Leiria / Óbidos
47.111
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
3,32
39%
97
Propecuária - Veterinária e Farmacêutica, Lda.
Leiria / Batalha
46.460
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
3,17
36%
98
Plasgal - Plásticos da Gândara, Lda
Leiria / Leiria
22.220
Indústrias Transformadoras
2,99
34%
99
Lena Engenharia e Construções, S.A.
Leiria / Leiria
41.200
Construção
2,95
33%
100
Ferrus Materiais Siderúrgicos e de Construção, S.A.
Leiria / Leiria
46.720
Comércio por Grosso e a Retalho; Reparação de Veículos, Automóveis e Motociclos
0,69
0%
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Glossário
Glossário O que revela cada termo
Para entender cada um dos indicadores que utilizamos neste trabalho, não necessita de um curso de economia ou gestão. Faça a sua leitura dos números com os conceitos que aqui deixamos
78
Activo Valor dos recursos económicos e financeiros à disposição da empresa. Soma disponibilidades de caixa e banco, créditos sobre terceiros, existências, imobilizado, títulos negociáveis e acréscimos e diferimentos.
provisões do exercício.
Autofinanciamento O autofinanciamento num determinado período (coincidente com aquele ao qual o referido mapa se reporta) corresponde aos meios libertos líquidos gerados, ou seja, à soma das rubricas de resultado líquido do exercício, amortizações do exercício e
Capital Próprio Valor patrimonial da empresa. Obtém-se pela diferença entre activo e passivo e engloba o capital social, as prestações suplementares, as reservas e os resultados líquidos.
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
Autonomia Financeira Relação entre capital próprio e activo. Indica o peso dos capitais próprios no financiamento da empresa. Complementa o rácio de endividamento.
Crescimento Variação do volume de negócios entre o exercício em análise e o anterior. Valores positivos indicam crescimento das vendas, dinamismo empresarial e conquista de novos clientes ou quotas de mercado. Contribuição para impostos Imposto do exercício sobre vendas e prestações de serviços do exercício. Dívida líquida sobre EBITDA É uma medida da alavancagem financeira da empresa.
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Glossário
Indica o número de anos de fluxo de caixa requeridos para pagar todas as dívidas da organização. Representa o passivo sobre o cash-flow: o número de anos que a empresa levaria a liquidar a sua dívida servindo-se para isso do dinheiro libertado pela sua actividade. Solvabilidade Determina-se pela relação entre os capitais próprios e o passivo. É a capacidade que a empresa tem em fazer face aos encargos assumidos. Quanto maior for este valor, mais facilmente a empresa lidará com essa situação. Um valor inferior a 1 quer dizer que a empresa terá de gerar no ano seguinte lucros suficientes para repor a sua solvabilidade ou, em alternativa, obter novas prestações de capital dos accionistas. EBITDA Cash–flow operacional, isto é, os recursos financeiros gerados no exercício. O seu cálculo é realizado somando os resultados antes dos impostos, provisões, amortizações e outros impostos pagos.
EBITDA / Volume de negócios O EBITDA é a abreviatura de earnings before interest, taxes, depreciation and amortization, isto é, o resultado antes de juros, impostos, provisões e amortizações. É também outra forma de ver o cash-flow. Dividido pelo volume de negócios serve como indicador da rentabilidade da empresa. Indica, grosso modo, a capacidade das vendas gerarem cash-flow. Liquidez geral Mede a capacidade da empresa de fazer face às suas responsabilidades de curto prazo, constituindo por isso um teste de solvabilidade de curto prazo. Quanto mais baixo, maior a vulnerabilidade. Compara o activo de curto prazo com o passivo de curto prazo da empresa. Um valor normal para este rácio será superior à unidade. Passivo Valor das dívidas da empresa. Soma os débitos, as provisões para riscos e os acréscimos e diferimentos. Pode ser obtido pela diferença entre o capital
próprio e o activo e é utilizado para calcular indicadores como a solvabilidade e o endividamento. Produtividade Valor da contribuição de cada trabalhador para o volume de negócios da empresa. Mede a eficiência da empresa na utilização dos seus recursos humanos, representando os valores mais elevados maior produtividade. Nas comparações entre empresas deve ser ponderado o tipo de actividade. Uma empresa industrial terá à partida menos produtividade que uma empresa de serviços. Receitas por trabalhador Soma das vendas e prestações de serviços sobre o número de empregados no fim do período. Rentabilidade Capital Próprio (ROE) Mede a taxa de retorno dos capitais investidos pelos accionistas ou sócios na empresa, obtida pela divisão dos resultados líquidos pelo capital próprio. É importante para aferir o nível de remune-
ração das acções aquando da distribuição de dividendos. Rentabilidade das Vendas Obtém–se pela divisão dos resultados líquidos pelas vendas. Um valor negativo indica que a empresa perde dinheiro só por vender os seus produtos e serviços. Resultado Líquido Corresponde aos lucros (ou prejuízos) obtidos pela empresa no exercício depois de pagos os impostos. Um valor negativo reflecte prejuízo, ao passo que um valor positivo indica o lucro da empresa. Valor Acrescentado Bruto Soma das vendas líquidas, trabalhos para a própria empresa, variação da produção, subsídios à exploração e receitas suplementares, menos consumos intermédios. O VAB quantifica a contribuição da empresa para a economia do país. Volume de Negócios Ganhos respeitantes a facturação a clientes decorrentes de vendas de produtos e/ou prestação de serviços.
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100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Indispensável
Indispensável Os códigos de cada sector A - Agricultura, produção animal, caça, f loresta e pesca 01+02+03
B - Indústrias extractivas 05+06+07+08+09
19+20+21+22+23+24+25+26+ 27+ 28+29+30+31+32+33
C - I n d ú st r i a s t ra n s fo rmadoras 10+11+12+13+14+15+16+17+18+
D - Electricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio 35 PUBLICIDADE
E - Captação, tratamento e distribuição de água; s a n e a m e n t o, ge s t ã o d e resíduos e despoluição 36+37+38+39 F - Construção 41+42+43 G - Comércio por grosso e a re t a l h o ; re p a ra ç ã o de veículos automóveis e motociclos 45+46+47 H - Transportes e armazenagem 49+50+51+52+53 I - Alojamento, restauração e similares 55+56 J - Actividades de informação e de comunicação 58+59+60+61+62+63 K - Actividades financeiras e de seguros 64+65+66
Nota A Classificação Portuguesa de Actividades Económicas, Revisão 3, abreviadamente designada por CAE-Rev.3, elaborada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) com a colaboração de cerca de duas centenas de entidades, destina-se a substituir a CAE-Rev.2.1. A CAE-Rev.3 estabelece o novo quadro das actividades económicas portugue-
80
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Indispensável
L - Actividades imobiliárias 68 M - Actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares 69+70+71+72+73+74+75
S - Outras actividades de serviços 94+95+96
T - Actividades das famílias empregadoras de pessoal doméstico e actividades de produção das famílias para uso próprio 97+98
U - Actividades dos organismos internacionais e outras instituições extra-territoriais 99
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N - Actividades administrativas e dos serviços de apoio 77+78+79+80+81+82 O - Administração Pública e Defesa; Segurança Social Obrigatória 84 P - Educação 85 Q - Actividades de saúde humana e apoio social 86+87+88 R - Actividades artísticas, de espectáculos, desportivas e recreativas 90+91+92+93
sas, harmonizado com a Nomenclatura Estatística das Actividades Económicas na Comunidade Europeia. As alterações estruturais em relação à CAE-Rev.2.1 são significativas e decorrem da adaptação da NACE-Rev.2 ao Sistema Estatístico Nacional e da necessidade de uma estruturação mais ajustada à actual organização económico-social nacional. 29 de Julho, 2011 | Região de Leiria
81
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Indispensável
Divisões 01 Agricultura, produção animal, caça e actividades dos serviços relacionados 02 Silvicultura e exploração florestal 03 Pesca e aquicultura 05 Extracção de hulha e lenhite 06 Extracção de petróleo bruto e gás natural 07 Extracção e preparação de minérios metálicos 08 Outras indústrias extractivas 09 Actividades dos serviços relacionados com as indústrias extractivas 10 Indústrias alimentares 11 Indústria das bebidas 12 Indústria do tabaco 13 Fabricação de têxteis
19 Fabricação de coque, de produtos petrolíferos refinados e de aglomerados de combustíveis 20 Fabricação de produtos químicos e de fibras sintéticas ou artificiais, excepto produtos farmacêuticos
16 Indústrias da madeira e da cortiça e suas obras, excepto mobiliário; fabricação de obras de cestaria e de espartaria 17 Fabricação de pasta, de papel, cartão e seus artigos 18 Impressão e reprodução de suportes gravados
82
33 Reparação, manutenção e instalação de máquinas e equipamentos 35 Electricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio
51 Transportes aéreos 52 Armazenagem e actividades auxiliares dos transportes (inclui manuseamento) 53 Actividades postais e de courier 55 Alojamento
21 Fabricação de produtos farmacêuticos de base e de preparações farmacêuticas 22 Fabricação de artigos de borracha e de matérias plásticas 23 Fabricação de outros produtos minerais não metálicos 24 Indústrias metalúrgicas de base 25 Fabricação de produtos metálicos, excepto máquinas e equipamentos 26 Fabricação de equipamentos informáticos, equipamento para comunicações e produtos electrónicos e ópticos
14 Indústria do vestuário 15 Indústria do couro e dos produtos do couro
32 Outras indústrias transformadoras
27 Fabricação de equipamento eléctrico 28 Fabricação de máquinas e de equipamentos, n.e. 29 Fabricação de veículos automóveis, reboques, semireboques e componentes para veículos automóveis 30 Fabricação de outro equipamento de transporte 31 Fabricação de mobiliário e de colchões
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
36 Captação, tratamento e distribuição de água 37 Recolha, drenagem e tratamento de águas residuais 38 Recolha, tratamento e eliminação de resíduos; valorização de materiais 39 Descontaminação e actividades similares 41 Promoção imobiliária (desenvolvimento de projectos de edifícios); construção de edifícios
56 Restauração e similares 58 Actividades de edição 59 Actividades cinematográficas, de vídeo, de produção de programas de televisão, de gravação de som e de edição de música 60 Actividades de rádio e de televisão 61 Telecomunicações
42 Engenharia civil
62 Consultoria e programação informática e actividades relacionadas
43 Actividades especializadas de construção
63 Actividades dos serviços de informação
45 Comércio, manutenção e reparação, de veículos automóveis e motociclos
64 Actividades de serviços financeiros, excepto seguros e fundos de pensões
46 Comércio por grosso (inclui agentes), excepto de veículos automóveis e motociclos
65 Seguros, resseguros e fundos de pensões, excepto segurança social obrigatória
47 Comércio a retalho, excepto de veículos automóveis e motociclos
66 Actividades auxiliares de serviços financeiros e dos seguros
49 Transportes terrestres e transportes por oleodutos ou gasodutos
68 Actividades imobiliárias
50 Transportes por água
69 Actividades jurídicas e de contabilidade
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70 Actividades das sedes sociais e de consultoria para a gestão 71 Actividades de arquitectura, de engenharia e técnicas afins; actividades de ensaios e de análises técnicas
86 Actividades de saúde humana 87 Actividades de apoio social com alojamento 88 Actividades de apoio social sem alojamento
72 Actividades de investigação científica e de desenvolvimento
90 Actividades de teatro, de música, de dança e outras actividades artísticas e literárias
73 Publicidade, estudos de mercado e sondagens de opinião
91 Actividades das bibliotecas, arquivos, museus e outras actividades culturais
74 Outras actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares
92 Lotarias e outros jogos de aposta
75 Actividades veterinárias 77 Actividades de aluguer
93 Actividades desportivas, de diversão e recreativas 94 Actividades das organizações associativas
78 Actividades de emprego 79 Agências de viagem, operadores turísticos, outros serviços de reservas e actividades relacionadas 80 Actividades de investigação e segurança 81 Actividades relacionadas com edifícios, plantação e manutenção de jardins 82 Actividades de serviços administrativos e de apoio prestados às empresas 84 Administração Pública e Defesa; Segurança Social Obrigatória 85 Educação
95 Reparação de computadores e de bens de uso pessoal e doméstico 96 Outras actividades de serviços pessoais 97 Actividades das famílias empregadoras de pessoal doméstico 98 Actividades de produção de bens e serviços pelas famílias para uso próprio 99 Actividades dos organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Melhores por Indicador Autonomia Financeira Rnk
Distrito / Concelho
CAE
Total Capital Próprio €
Total Passivo €
Autonomia Financeira
Indicador de Referência
Leiria / Caldas da Rainha
46.720
30.802.809
2.921.695
10,54
100%
Leiria / Leiria
20.160
6.262.423
820.502
7,63
72%
Leiria / Marinha Grande
17.211
4.045.046
1.388.658
2,91
27%
Leiria / Leiria
86.100
45.904.744
17.099.102
2,68
25%
Nome da Empresa
1
TS - Thomaz dos Santos, S.A.
2
Compogal - Indústria de Polímeros, S.A.
3
Cartonarte - Indústria de Cartonagem, Lda.
4
Hospital de Santo André
5
Luis Silvério & Filhos, S.A.
Leiria / Leiria
46.381
3.151.631
1.313.499
2,40
22%
6
MRF - Manuel Rodrigues Ferreira
Leiria / Bombarral
46.732
3.150.755
1.622.560
1,94
18%
7
Valco Madeirase Derivados, S.A.
Leiria / Leiria
16.230
7.604.654
4.454.049
1,71
16%
Leiria / Leiria
46.620
4.063.281
2.477.938
1,64
15%
Leiria / Leiria
46.740
6.669.627
4.149.232
1,61
15%
Leiria / Porto de Mós
23.322
17.756.326
11.428.047
1,55
14%
Leiria / Alcobaça
23.640
12.235.415
7.943.382
1,54
14%
8 9
Teclena - Automatização, Estudos e Representações, S.A. Hiperclima - Central de Distribuição Térmica de Portugal, S.A.
10
CS - Coelho da Silva, S.A.
11
Secil - Martingança - Aglomerantes, Novos Materiais para Construção, S.A.
12
Schaeffler Portugal, S.A.
Leiria / Leiria
28.150
16.803.149
11.102.461
1,51
14%
13
Caiado, S.A.
Leiria / Leiria
46.430
6.495.045
4.910.902
1,32
12%
14
Aníbal de Oliveira Cristina, Lda.
Leiria / Leiria
41.200
10.669.052
8.084.928
1,32
12%
15 16 17
Construções Júlio Lopes, S.A. Inteplástico - Indústrias Técnicas de Plásticos, S.A. Macolis - Materiais de Construção e Climatização, S.A
18
MD Moldes - Manuel Domingues, Lda.
19
Ramecel - Rede Abastecedora de Mercearias do Centro, S.A.
20
Sacel - Sociedade Auto Central Leiriense, Lda.
Leiria / Pombal
41.200
11.139.466
8.666.936
1,29
12%
Leiria / Marinha Grande
22.292
9.113.094
7.126.868
1,28
12%
Leiria / Leiria
46.732
5.073.771
4.053.114
1,25
11%
Leiria / Leiria
46.690
4.738.369
3.914.879
1,21
11%
Santarém / Ourém
46.390
4.152.111
3.475.932
1,19
11%
Leiria / Leiria
45.110
3.573.756
3.343.290
1,07
10%
Autofinanciamento Rnk
Nome da Empresa
1
José Aldeia Lagoa & Filhos, S.A.
2
Gallovidro, S.A.
3
Roca, S.A.
4
CS - Coelho da Silva, S.A.
5
Plimat - Plásticos Industriais Matos, S.A.
6
Plastidom - Plásticos Industriais e Domésticos, S.A.
7
Equimetra - Equipamentos, Metalomecânica e Transportes, S.A.
8
Maurício - L.T.O. Construções, S.A.
9
Blocotelha - Construções Metálicas e Autoportantes, Lda.
Distrito / Concelho
CAE
Autofinanciamento/ VN
Indicador de Referência 100%
Leiria / Pombal
8.122
0,22
Leiria / Marinha Grande
23.131
0,21
95%
Leiria / Leiria
23.420
0,21
94%
Leiria / Porto de Mós
23.322
0,18
84%
Leiria / Marinha Grande
22.292
0,16
77%
Leiria / Leiria
22.292
0,15
74%
Santarém / Ourém
41.200
0,14
72%
Leiria / Bombarral
42.990
0,14
70%
Leiria / Porto de Mós
25.110
0,13
68% 68%
10
Sorgila - Sociedade de Argilas, S.A.
Leiria / Leiria
8.122
0,13
11
Oliveiras, S.A.
Leiria / Batalha
42.210
0,13
67%
12
Leiria / Pombal
41.200
0,12
65%
Leiria / Alcobaça
23.640
0,12
63%
14
Construções Júlio Lopes, S.A. Secil - Martingança - Aglomerantes, Novos Materiais para Construção, S.A. Transportadora Ideal de Envendos, S.A.
15
Cabopol - Polymer Compounds, S.A.
16
Inteplástico - Indústrias Técnicas de Plásticos, S.A.
17
Iber-Oleff - Componentes Técnicos em Plástico, S.A.
13
18
Schaeffler Portugal, S.A.
19
Vigobloco - Pré-Fabricados, S.A.
20
Respol - Resinas, S.A.
84
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
Leiria / Alvaiázere
49.410
0,12
63%
Leiria / Porto de Mós
20.160
0,12
63%
Leiria / Marinha Grande
22.292
0,12
63%
Leiria / Pombal
22.292
0,11
60%
Leiria / Leiria
28.150
0,10
58%
Santarém / Ourém
23.610
0,10
56%
Leiria / Leiria
20.160
0,10
55%
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
EBIDTA sobre Volume de Negócios Rnk
Nome da Empresa
1
Roca, S.A.
2
Gallovidro, S.A.
3
Distrito / Concelho
CAE
EBITDA/VN
Indicador de Referência
Leiria / Leiria
23.420
0,27
100%
Leiria / Marinha Grande
23.131
0,25
96%
José Aldeia Lagoa & Filhos, S.A.
Leiria / Pombal
8.122
0,25
95%
4
Umbelino Monteiro, S.A.
Leiria / Pombal
23.322
0,20
86%
5
Oliveiras, S.A.
Leiria / Batalha
42.210
0,19
84%
6
Plimat - Plásticos Industriais Matos, S.A.
Leiria / Marinha Grande
22.292
0,19
83%
7
CS - Coelho da Silva, S.A.
Leiria / Porto de Mós
23.322
0,18
82%
8
Blocotelha - Construções Metálicas e Autoportantes, Lda.
Leiria / Porto de Mós
25.110
0,17
80%
9
Maurício - L.T.O. Construções, S.A.
Leiria / Bombarral
42.990
0,17
79%
10
Plastidom - Plásticos Industriais e Domésticos, S.A.
Leiria / Leiria
22.292
0,16
77%
11
Equimetra - Equipamentos, Metalomecânica e Transportes, S.A.
Santarém / Ourém
41.200
0,15
77%
12
Sorgila - Sociedade de Argilas, S.A.
Leiria / Leiria
8.122
0,15
77%
13
Transportadora Ideal de Envendos, S.A.
Leiria / Alvaiázere
49.410
0,14
74%
14
Cabopol - Polymer Compounds, S.A.
Leiria / Porto de Mós
20.160
0,14
73%
15
Construções Júlio Lopes, S.A.
16
Intertelha - Construções Metálicas e Autoportantes, Lda.
Leiria / Pombal
41.200
0,13
73%
Santarém / Ourém
25.110
0,13
72%
17
Respol - Resinas, S.A.
18
Secil - Martingança - Aglomerantes, Novos Materiais para Construção, S.A.
Leiria / Leiria
20.160
0,13
72%
Leiria / Alcobaça
23.640
0,12
71%
19 20
MD Moldes - Manuel Domingues, Lda.
Leiria / Leiria
46.690
0,12
71%
Schaeffler Portugal, S.A.
Leiria / Leiria
28.150
0,12
70%
Distrito / Concelho
CAE
NET DEBT/EBITDA
Indicador de Referência
Leiria / Leiria
47.910
-11,25
100%
Dívida Líquida sobre EBIDTA Rnk
Nome da Empresa
1
Redcats Portugal - Vendas à Distância, S.A.
2
Lizauto, Sociedade Portuguesa de Comércio e Reparação Automóveis, Lda.
3
TS - Thomaz dos Santos, S.A.
Leiria / Leiria
45.110
-8,75
92%
Leiria / Caldas da Rainha
46.720
-6,38
85%
4
Compogal - Indústria de Polímeros, S.A.
Leiria / Leiria
20.160
-2,28
73%
5
Aníbal de Oliveira Cristina, Lda.
Leiria / Leiria
41.200
-1,97
72%
6
Simplastic - Sociedade Industrial de Matérias Plásticas, Lda.
Leiria / Batalha
22.292
-1,51
70%
7
Hospital de Santo André
Leiria / Leiria
86.100
-1,42
70%
8
Sacel - Sociedade Auto Central Leiriense, Lda.
Leiria / Leiria
45.110
-1,22
69%
9
MD Moldes - Manuel Domingues, Lda.
Leiria / Leiria
46.690
-1,08
69%
10
Luis Silvério & Filhos, S.A.
Leiria / Leiria
46.381
-1,01
69% 68%
11
Iberoalpla Portugal - Embalagens Plásticas Unipessoal, Lda.
Leiria / Marinha Grande
22.220
-0,63
12
TJ Moldes, S.A.
Leiria / Marinha Grande
25.734
-0,52
67%
13
Oliveiras, S.A.
Leiria / Batalha
42.210
-0,46
67%
14
Auto Júlio, S.A.
Leiria / Caldas da Rainha
45.110
-0,42
67%
15
Unifato - Confecções do Centro, Lda.
16
Cartonarte - Indústria de Cartonagem, Lda.
Leiria / Batalha
47.711
-0,37
67%
Leiria / Marinha Grande
17.211
-0,29
67%
17 18
CS - Coelho da Silva, S.A.
Leiria / Porto de Mós
23.322
-0,28
66%
Schaeffler Portugal, S.A.
Leiria / Leiria
28.150
-0,09
66%
19
Caiado, S.A.
Leiria / Leiria
46.430
-0,08
66%
20
Macolis - Materiais de Construção e Climatização, S.A
Leiria / Leiria
46.732
-0,08
66%
86
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Retorno do Capital Próprio Rnk
Nome da Empresa
1
Ultrapolymers Portugal, S.A.
2
Lizdrive, S.A.
3
Granfer.com - Importação e Exportação de Produtos Alimentares, Lda.
Rentabilidade líquida do capital próprio (ROE
Indicador de Referência
46.750
1,27
100%
45.110
0,67
90%
46.311
0,35
84%
Distrito / Concelho
CAE
Leiria / Marinha Grande Leiria / Leiria Leiria / Óbidos
4
Respol - Resinas, S.A.
Leiria / Leiria
20.160
0,34
84%
5
Planeta - Plásticos, S.A.
Leiria / Leiria
22.292
0,33
84%
6
Monterg - Construções, S.A.
Leiria / Leiria
41.200
0,30
83%
7
Bomcar - Automóveis, S.A.
Leiria / Leiria
45.110
0,29
83%
Leiria / Bombarral
42.990
0,29
83%
Leiria / Batalha
47.711
0,28
83%
Santarém / Ourém
46.740
0,27
83%
Leiria / Marinha Grande
46.771
0,26
83% 82%
8
Maurício - L.T.O. Construções, S.A.
9
Unifato - Confecções do Centro, Lda.
10
Disterm - Distribuição de Equipamentos de Climatização, S.A.
11
Metalmarinha - Comércio Internacional Resíduos Metálicos, S.A.
12
Oliveiras, S.A.
13
Cabopol - Polymer Compounds, S.A.
14
Suinicomércio - Comércio de Suínos, Lda.
15
DDO - Derivados de Ovos, Lda.
16
Costa & Carvalho, S.A.
17
Petroibérica - Sociedade Petróleos Iberolatinas, S.A.
18
MD Moldes - Manuel Domingues, Lda.
Leiria / Batalha
42.210
0,25
Leiria / Porto de Mós
20.160
0,25
82%
Leiria / Leiria
46.230
0,25
82%
Leiria / Leiria
46.331
0,23
82%
Leiria / Alcobaça
41.200
0,21
82%
Santarém / Ourém
46.711
0,19
82%
Leiria / Leiria
46.690
0,18
81%
19
Hiperclima - Central de Distribuição Térmica de Portugal, S.A.
Leiria / Leiria
46.740
0,17
81%
20
Macolis - Materiais de Construção e Climatização, S.A
Leiria / Leiria
46.732
0,16
81%
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100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Produtividade Rnk
CAE
VAB / NT
Indicador de Referência
Leiria / Marinha Grande
46.771
389.035
100%
Santarém / Ourém
46.720
152.714
52%
139.395
50%
Nome da Empresa
Distrito / Concelho
1
Metalmarinha - Comércio Internacional Resíduos Metálicos, S.A.
2
J. Justino das Neves, S.A.
3
Eureka Plast - Comércio de Matérias Plásticas, S.A.
Leiria / Leiria
46.762
4
Respol - Resinas, S.A.
Leiria / Leiria
20.160
123.222
46%
5
Alimave - Alimentação para Aves, S.A.
Leiria / Leiria
10.912
107.960
43%
6
Cabopol - Polymer Compounds, S.A.
Leiria / Porto de Mós
20.160
102.005
42%
7
Ultrapolymers Portugal, S.A.
Leiria / Marinha Grande
46.750
97.382
41%
Leiria / Pombal
8.122
84.308
39%
Leiria / Leiria
46.690
74.852
37%
Santarém / Ourém
23.630
72.184
36%
8
José Aldeia Lagoa & Filhos, S.A.
9
MD Moldes - Manuel Domingues, Lda.
10
Lenobetão, S.A.
11
Intertelha - Construções Metálicas e Autoportantes, Lda.
12
Gallovidro, S.A.
Santarém / Ourém
25.110
70.291
36%
Leiria / Marinha Grande
23.131
70.158
36%
13 14
Suinicomércio - Comércio de Suínos, Lda.
Leiria / Leiria
46.230
69.766
36%
Compogal - Indústria de Polímeros, S.A.
Leiria / Leiria
20.160
64.415
35% 34%
15
Lena Agregados, S.A.
16
Moviter - Equipamentos, Lda.
Santarém / Ourém
8.121
63.702
Leiria / Leiria
46.630
63.003
17
Petroibérica - Sociedade Petróleos Iberolatinas, S.A.
34%
Santarém / Ourém
46.711
60.194
34%
18
Blocotelha - Construções Metálicas e Autoportantes, Lda.
Leiria / Porto de Mós
25.110
53.744
32%
19
Disterm - Distribuição de Equipamentos de Climatização, S.A.
Santarém / Ourém
46.740
53.561
32%
20
Hiperclima - Central de Distribuição Térmica de Portugal, S.A.
Leiria / Leiria
46.740
53.456
32%
Distrito / Concelho
CAE
Contribuição para Impostos
Indicador de Referência
Leiria / Batalha
42.210
0,040
100%
Leiria / Leiria
23.420
0,035
88%
Contribuição para Impostos Rnk
Nome da Empresa
1
Oliveiras, S.A.
2
Roca, S.A.
3
MD Moldes - Manuel Domingues, Lda.
4
Intertelha - Construções Metálicas e Autoportantes, Lda.
Leiria / Leiria
46.690
0,035
87%
Santarém / Ourém
25.110
0,030
5
78%
TJ Moldes, S.A.
Leiria / Marinha Grande
25.734
0,030
6
78%
Gallovidro, S.A.
Leiria / Marinha Grande
23.131
0,027
71% 69%
7
Planeta - Plásticos, S.A.
Leiria / Leiria
22.292
0,026
8
Compogal - Indústria de Polímeros, S.A.
Leiria / Leiria
20.160
0,025
67%
9
Hiperclima - Central de Distribuição Térmica de Portugal, S.A.
Leiria / Leiria
46.740
0,025
66%
10
Macolis - Materiais de Construção e Climatização, S.A
Leiria / Leiria
46.732
0,024
63%
11
Respol - Resinas, S.A.
Leiria / Leiria
20.160
0,023
63%
12
Blocotelha - Construções Metálicas e Autoportantes, Lda.
Leiria / Porto de Mós
25.110
0,022
59%
13
TS - Thomaz dos Santos, S.A.
14
J. Justino das Neves, S.A.
15
Caiado, S.A.
16
Plimat - Plásticos Industriais Matos, S.A.
17
Construções Júlio Lopes, S.A.
18
Monterg - Construções, S.A.
19
Unifato - Confecções do Centro, Lda.
20
Hospital de Santo André
88
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
Leiria / Caldas da Rainha
46.720
0,018
52%
Santarém / Ourém
46.720
0,018
51% 49%
Leiria / Leiria
46.430
0,017
Leiria / Marinha Grande
22.292
0,016
47%
Leiria / Pombal
41.200
0,016
47%
Leiria / Leiria
41.200
0,016
47%
Leiria / Batalha
47.711
0,016
45%
Leiria / Leiria
86.100
0,015
43%
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Rentabilidade das Vendas Rnk
Nome da Empresa
1
Roca, S.A.
2
Oliveiras, S.A.
3
Distrito / Concelho
CAE
Rentabilidade líquida das vendas
Indicador de Referência 100%
Leiria / Leiria
23.420
0,167
Leiria / Batalha
42.210
0,103
85%
Blocotelha - Construções Metálicas e Autoportantes, Lda.
Leiria / Porto de Mós
25.110
0,092
83%
4
Cabopol - Polymer Compounds, S.A.
Leiria / Porto de Mós
20.160
0,090
82%
5
CS - Coelho da Silva, S.A.
Leiria / Porto de Mós
23.322
0,081
80%
6
Intertelha - Construções Metálicas e Autoportantes, Lda.
Santarém / Ourém
25.110
0,079
80%
7
MD Moldes - Manuel Domingues, Lda.
Leiria / Leiria
46.690
0,074
78%
8
Respol - Resinas, S.A.
Leiria / Leiria
20.160
0,072
78%
9
Gallovidro, S.A.
Leiria / Marinha Grande
23.131
0,070
78%
10
TJ Moldes, S.A.
Leiria / Marinha Grande
25.734
0,069
77%
11
Hiperclima - Central de Distribuição Térmica de Portugal, S.A.
Leiria / Leiria
46.740
0,068
77%
12
Compogal - Indústria de Polímeros, S.A.
Leiria / Leiria
20.160
0,066
77%
13
Planeta - Plásticos, S.A.
Leiria / Leiria
22.292
0,063
76%
14
Macolis - Materiais de Construção e Climatização, S.A
Leiria / Leiria
46.732
0,060
75% 73%
15
Inteplástico - Indústrias Técnicas de Plásticos, S.A.
16
Hospital de Santo André
17
Plimat - Plásticos Industriais Matos, S.A.
18
J. Justino das Neves, S.A.
19
Caiado, S.A.
20
TS - Thomaz dos Santos, S.A.
Leiria / Marinha Grande
22.292
0,052
Leiria / Leiria
86.100
0,050
73%
Leiria / Marinha Grande
22.292
0,046
72%
Santarém / Ourém
46.720
0,046
72%
Leiria / Leiria
46.430
0,042
71%
Leiria / Caldas da Rainha
46.720
0,042
71% PUBLICIDADE
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Receitas por Trabalhador Rnk
Nome da Empresa
Distrito / Concelho
CAE
Receita por Trabalhador
Indicador de Referência 100%
1
Metalmarinha - Comércio Internacional Resíduos Metálicos, S.A.
Leiria / Marinha Grande
46.771
5.699.813
2
Lubriflores - Comércio e Reparação Automóvel, Lda.
Leiria / Leiria
45.110
3.628.964
63%
3
Eureka Plast - Comércio de Matérias Plásticas, S.A.
Leiria / Leiria
46.762
2.632.106
46% 38%
4
Suinicomércio - Comércio de Suínos, Lda.
5
Ultrapolymers Portugal, S.A.
6
Petroibérica - Sociedade Petróleos Iberolatinas, S.A.
7
Granfer.com - Importação e Exportação de Produtos Alimentares, Lda.
8
Racentro - Fábrica de Rações do Centro, S.A.
9
Alimave - Alimentação para Aves, S.A.
10
J. Justino das Neves, S.A.
11
Leirivending - Comércio, Distribuição e VendinG, S.A.
12
Auto Júlio, S.A.
13
DDO - Derivados de Ovos, Lda.
14
Lenobetão, S.A.
15
Cabopol - Polymer Compounds, S.A.
16
Respol - Resinas, S.A.
Leiria / Leiria
46.230
2.190.672
Leiria / Marinha Grande
46.750
1.915.012
33%
Santarém / Ourém
46.711
1.691.868
29%
Leiria / Óbidos
46.311
1.671.210
29%
Leiria / Leiria
15.710
1.661.254
29%
Leiria / Leiria
10.912
1.355.981
23%
Santarém / Ourém
46.720
1.051.042
18%
Leiria / Leiria
47.990
1.007.251
17%
Leiria / Caldas da Rainha
45.110
880.894
15%
Leiria / Leiria
46.331
838.391
14%
Santarém / Ourém
23.630
748.687
12%
Leiria / Porto de Mós
20.160
711.089
12%
Leiria / Leiria
20.160
703.822
12%
17
Lizdrive, S.A.
Leiria / Leiria
45.110
544.100
9%
18
A. Braz Heleno, S.A.
Leiria / Leiria
45.110
518.263
8%
19
Bomcar - Automóveis, S.A.
20
Gramperfil, S.A.
Leiria / Leiria
45.110
509.438
8%
Leiria / Pombal
24.330
481.186
8%
Distrito / Concelho
CAE
Solvabilidade
Indicador de Referência
Leiria / Caldas da Rainha
46.720
10,54
100%
Leiria / Leiria
20.160
7,63
72% 27%
Solvabilidade Rnk
Nome da Empresa
1
TS - Thomaz dos Santos, S.A.
2
Compogal - Indústria de Polímeros, S.A.
3
Cartonarte - Indústria de Cartonagem, Lda.
Leiria / Marinha Grande
17.211
2,91
4
Hospital de Santo André
Leiria / Leiria
86.100
2,68
25%
5
Luis Silvério & Filhos, S.A.
Leiria / Leiria
46.381
2,40
22%
6
MRF - Manuel Rodrigues Ferreira
Leiria / Bombarral
46.732
1,94
18%
7
Valco Madeiras e Derivados, S.A.
Leiria / Leiria
16.230
1,71
16%
8
Teclena - Automatização, Estudos e Representações, S.A.
Leiria / Leiria
46.620
1,64
15%
9
Hiperclima - Central de Distribuição Térmica de Portugal, S.A.
Leiria / Leiria
46.740
1,61
15%
10
CS - Coelho da Silva, S.A.
11
Secil-Martingança - Aglomerantes, Novos Materiais para Construção, S.A.
Leiria / Porto de Mós
23.322
1,55
14%
Leiria / Alcobaça
23.640
1,54
14% 14%
12
Schaeffler Portugal, S.A.
Leiria / Leiria
28.150
1,51
13
Caiado, S.A.
Leiria / Leiria
46.430
1,32
12%
14
Aníbal de Oliveira Cristina, LdA.
Leiria / Leiria
41.200
1,32
12%
15
Construções Júlio Lopes, S.A.
16
Inteplástico - Indústrias Técnicas de Plásticos, S.A.
17
Macolis - Materiais de Construção e Climatização, S.A
18
MD Moldes - Manuel Domingues, Lda.
19
Ramecel - Rede Abastecedora de Mercearias do Centro, S.A.
20
Sacel - Sociedade Auto Central Leiriense, Lda.
90
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
Leiria / Pombal
41.200
1,29
12%
Leiria / Marinha Grande
22.292
1,28
12%
Leiria / Leiria
46.732
1,25
11% 11%
Leiria / Leiria
46.690
1,21
Santarém / Ourém
46.390
1,19
11%
Leiria / Leiria
45.110
1,07
10%
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Liquidez Geral Rnk
Nome da Empresa
Distrito / Concelho
CAE
Liquidez Geral
Indicador de Referência
Leiria / Caldas da Rainha
46.720
10,37
100%
Leiria / Leiria
20.160
8,23
79%
Leiria / Bombarral
46.732
4,51
41% 34%
1
TS - Thomaz dos Santos, S.A.
2
Compogal - Indústria de Polímeros, S.A.
3
MRF - Manuel Rodrigues Ferreira
4
MTL - Madeiras Tratadas, Lda.
Leiria / Leiria
16.102
3,75
5
Hospital de Santo André
Leiria / Leiria
86.100
3,68
33%
6
Aníbal de Oliveira Cristina, Lda.
Leiria / Leiria
41.200
2,80
24%
7
Cartonarte - Indústria de Cartonagem, Lda.
Leiria / Marinha Grande
17.211
2,70
23%
8
Secil-Martingança - Aglomerantes, Novos Materiais para Construção, S.A.
Leiria / Alcobaça
23.640
2,60
22%
9
MD Moldes - Manuel Domingues, Lda.
Leiria / Leiria
46.690
2,59
22%
10
Caiado, S.A.
Leiria / Leiria
46.430
2,59
22%
11
Teclena - Automatização, Estudos e Representações, S.A.
12
Madeca - Madeiras de Caxarias, S.A.
13
Luis Silvério & Filhos, S.A.
14
Crigado - Sociedade Agro-Pecuária, S.A.
15
Valco Madeiras e Derivados, S.A.
16
Oliveiras, S.A.
17
Macolis - Materiais de Construção e Climatização, S.A
18
Suinicomércio - Comércio de Suínos, Lda.
19
Hiperclima - Central de Distribuição Térmica de Portugal, S.A.
20
Construções Júlio Lopes, S.A.
Leiria / Leiria
46.620
2,58
22%
Santarém / Ourém
16.101
2,54
21%
Leiria / Leiria
46.381
2,45
21%
Leiria / Alcobaça
1.230
2,42
20%
Leiria / Leiria
16.230
2,24
18%
Leiria / Batalha
42.210
2,22
18%
Leiria / Leiria
46.732
2,22
18%
Leiria / Leiria
46.230
2,16
18%
Leiria / Leiria
46.740
2,06
17%
Leiria / Pombal
41.200
2,06
17%
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29 de Julho, 2011 | Região de Leiria
91
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Crescimento do Volume de Negócios Rnk
Nome da Empresa
Distrito / Concelho
CAE
Crescimento do Volume de Negócio
Indicador de Referência 100%
1
Equimetra - Equipamentos, Metalomecânica e Transportes, S.A.
Santarém / Ourém
41.200
5,62
2
Metalmarinha - Comércio Internacional Resíduos Metálicos, S.A.
Leiria / Marinha Grande
46.771
1,17
25%
3
Bomcar - Automóveis, S.A.
Leiria / Leiria
45.110
1,00
22%
4
Respol - Resinas, S.A.
5
Derovo - Derivados de Ovos, S.A.
Leiria / Leiria
20.160
0,98
22%
Leiria / Pombal
10.893
0,91
20%
6 7
Lizdrive, S.A.
Leiria / Leiria
45.110
0,70
17%
LPM - Comércio Automóvel, S.A.
Leiria / Leiria
45.110
0,59
15%
8
Construções J.J.R. & Filhos, S.A.
Leiria / Leiria
42.110
0,54
14%
9
Schaeffler Portugal, S.A.
Leiria / Leiria
28.150
0,53
14%
10
Lubriflores - Comércio e Reparação Automóvel, Lda.
Leiria / Leiria
45.110
0,47
13%
11
Cabopol - Polymer Compounds, S.A.
Leiria / Porto de Mós
20.160
0,46
13%
12
Balvera - Comércio de Perfumarias, Lda.
Leiria / Pombal
46.450
0,42
12%
13
A. Braz Heleno, S.A.
Leiria / Leiria
45.110
0,40
12%
14
Planeta - Plásticos, S.A.
Leiria / Leiria
22.292
0,38
11% 11%
15
Petroibérica - Sociedade Petróleos Iberolatinas, S.A.
16
Ultrapolymers Portugal, S.A.
17
Compogal - Indústria de Polímeros, S.A.
18
Granfer.com - Importação e Exportação de Produtos Alimentares, Lda.
19
Sacel - Sociedade Auto Central Leiriense, Lda.
20
Lena Agregados, S.A.
Santarém / Ourém
46.711
0,37
Leiria / Marinha Grande
46.750
0,36
11%
Leiria / Leiria
20.160
0,35
11%
Leiria / Óbidos
46.311
0,33
11%
Leiria / Leiria
45.110
0,31
10%
Santarém / Ourém
8.121
0,31
10%
Distrito / Concelho
CAE
% de Exportação
Indicador de Referência
Leiria / Marinha Grande
25.734
1,00
100%
Leiria / Leiria
28.150
1,00
100%
% de Exportação Rnk
Nome da Empresa
1
TJ Moldes, S.A.
2
Schaeffler Portugal, S.A.
3
Respol - Resinas, S.A.
Leiria / Leiria
20.160
0,99
99%
4
MD Moldes - Manuel Domingues, Lda.
Leiria / Leiria
46.690
0,99
99%
5
Gramperfil, S.A.
Leiria / Pombal
24.330
0,98
98%
6
Matceramica - Fabrico de Louça, S.A.
Leiria / Batalha
23.412
0,97
97%
7
Inteplástico - Indústrias Técnicas de Plásticos, S.A.
Leiria / Marinha Grande
22.292
0,91
91%
8
Metalmarinha - Comércio Internacional Resíduos Metálicos, S.A.
Leiria / Marinha Grande
46.771
0,90
90%
Leiria / Marinha Grande
22.292
0,71
71%
Leiria / Pombal
10.893
0,67
67% 57%
9
Plimat - Plásticos Industriais Matos, S.A.
10
Derovo - Derivados de Ovos, S.A.
11
Key Plastics Portugal, S.A.
Leiria / Leiria
25.240
0,57
12
Granfer.com - Importação e Exportação de Produtos Alimentares, Lda.
Leiria / Óbidos
46.311
0,57
57%
13
Iber-Oleff - Componentes Técnicos em Plástico, S.A.
Leiria / Pombal
22.292
0,56
56%
14
Roca, S.A.
Leiria / Leiria
23.420
0,56
56%
15
Cabopol - Polymer Compounds, S.A.
54%
16
Plastidom - Plásticos Industriais e Domesticos, S.A.
17
Balvera - Comércio de Perfumarias, Lda.
Leiria / Porto de Mós
20.160
0,54
Leiria / Leiria
22.292
0,36
36%
Leiria / Pombal
46.450
0,36
36% 34%
18
Madeca - Madeiras de Caxarias, S.A.
Santarém / Ourém
16.101
0,34
19
DDO - Derivados de Ovos, Lda.
Leiria / Leiria
46.331
0,33
33%
20
Lena Engenharia e Construções, S.A.
Leiria / Leiria
41.200
0,30
30%
92
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Maior Empregadora Rnk
Nome da Empresa
Distrito / Concelho
CAE
# de Empregados # de Empregados Diferença em 2009 em 2010
1
Hospital de Santo André
Leiria / Leiria
86.100
1.477
1.491
2
Lena Engenharia e Construções, S.A.
Leiria / Leiria
41.200
877
873
(14) 4
3
Iber-Oleff - Componentes Técnicos em Plástico, S.A.
Leiria / Pombal
22.292
739
687
52
4
Key Plastics Portugal, S.A.
Leiria / Leiria
25.240
707
566
141
5
Roca, S.A.
(2)
6
Unifato - Confecções do Centro, Lda.
7
Schaeffler Portugal, S.A.
8
Gallovidro, S.A.
Leiria / Leiria
23.420
583
585
Leiria / Batalha
47.711
379
364
15
Leiria / Leiria
28.150
345
309
36
Leiria / Marinha Grande
23.131
303
305
(2)
9
Sodicel - Sociedade de Representações de Leiria, S.A.
Leiria / Leiria
46.341
267
268
(1)
10
Construções J.J.R. & Filhos, S.A.
Leiria / Leiria
42.110
260
227
33
11
Inteplástico - Indústrias Técnicas de Plásticos, S.A.
Leiria / Marinha Grande
22.292
247
221
26
12
Oliveiras, S.A.
Leiria / Batalha
42.210
245
245
-
13
Matceramica - Fabrico de Louça, S.A.
Leiria / Batalha
23.412
222
252
(30)
14
Maurício - L.T.O. Construções, S.A.
Leiria / Bombarral
42.990
220
255
(35)
15
Transportadora Ideal de Envendos, S.A.
Leiria / Alvaiázere
49.410
204
201
3
16
Tecnorém - Engenharia e Construções, S.A.
Santarém / Ourém
41.200
202
176
26
17
Derovo - Derivados de Ovos, S.A.
Leiria / Pombal
10.893
182
101
81
18
Balbino & Faustino, Lda.
Leiria / Alcobaça
46.731
178
178
-
19
CS - Coelho da Silva, S.A.
Leiria / Porto de Mós
23.322
178
164
14
20
Equimetra - Equipamentos, Metalomecânica e Transportes, S.A.
Santarém / Ourém
41.200
173
37
136 PUBLICIDADE
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Melhores por Sector Indústria Rnk
Nome da Empresa
Distrito / Concelho
CAE
Indicador de Indicador de Performance Geral Referência
1
Compogal - Indústria de Polímeros, S.A.
Leiria / Leiria
20.160
7,25
96%
2
Roca, S.A.
Leiria / Leiria
23.420
6,80
90%
3
Respol - Resinas, S.A.
Leiria / Leiria
20.160
6,44
85%
4
TJ Moldes, S.A.
Leiria / Marinha Grande
25.734
6,19
81%
5
Gallovidro, S.A.
Leiria / Marinha Grande
23.131
5,80
75%
Leiria / Leiria
28.150
5,79
75%
Leiria / Marinha Grande
22.292
5,73
74%
6
Schaeffler Portugal, S.A.
7
Plimat - Plásticos Industriais Matos, S.A.
8
Cabopol - Polymer Compounds, S.A.
9
Inteplástico - Indústrias Técnicas de Plásticos, S.A.
10
Leiria / Porto de Mós
20.160
5,64
73%
Leiria / Marinha Grande
22.292
5,47
70%
Intertelha - Construções Metálicas e Autoportantes, Lda.
Santarém / Ourém
25.110
5,45
70%
11
Blocotelha - Construções Metálicas e Autoportantes, Lda.
Leiria / Porto de Mós
25.110
5,31
68%
12
Planeta Plásticos, S.A.
Leiria / Leiria
22.292
5,17
66%
13
Cartonarte - Indústria de Cartonagem, Lda.
Leiria / Marinha Grande
17.211
5,06
64%
14
CS - Coelho da Silva, S.A.
Leiria / Porto de Mós
23.322
4,95
63%
15
Iber-Oleff - Componentes Técnicos em Plástico, S.A.
Leiria / Pombal
22.292
4,93
62%
16
Gramperfil, S.A.
Leiria / Pombal
24.330
4,79
60%
17
Derovo - Derivados de Ovos, S.A.
Leiria / Pombal
10.893
4,66
58%
18
Plastidom - Plásticos Industriais e Domesticos, S.A.
Leiria / Leiria
22.292
4,65
58%
19
Umbelino Monteiro, S.A.
Leiria / Pombal
23.322
4,56
57%
20
Alimave - Alimentação para Aves, S.A.
Leiria / Leiria
10.912
4,50
56%
21
Secil-Martingança - Aglomerantes, Novos Materiais para Construção, S.A.
Leiria / Alcobaça
23.640
4,41
55%
22
Matceramica - Fabrico de Louça, S.A.
Leiria / Batalha
23.412
4,40
55% 54%
23
Iberoalpla Portugal - Embalagens Plásticas Unipessoal, Lda.
Leiria / Marinha Grande
22.220
4,38
24
Valco Madeiras e Derivados, S.A.
Leiria / Leiria
16.230
4,23
52%
25
Key Plastics Portugal, S.A.
Leiria / Leiria
25.240
4,22
52%
26
Madeca - Madeiras de Caxarias, S.A.
Santarém / Ourém
16.101
4,21
52%
27
Vigobloco - Pré-Fabricados, S.A.
Santarém / Ourém
23.610
4,18
51%
28
Racentro - Fábrica de Rações do Centro, S.A.
Leiria / Leiria
15.710
4,06
50%
Leiria / Batalha
22.292
4,04
49%
Santarém / Ourém
23.690
4,03
49%
29
Simplastic - Sociedade Industrial de Materias Plásticas, Lda.
30
Verdasca & Verdasca, S.A.
Entendidos desde o fabrico de compostos até à produção de componentes, os plásticos são a indústria transformadora mais representada na lista das 100 Maiores e Melhores. A Compogal lidera. Plimat, Cabopol, Inteplástico e Planeta Plásticos fecham o top-5
94
A Roca é a primeira no conjunto da cerâmica e do vidro, surgindo ainda a Gallovidro, a Coelho da Silva, a Umbelino Monteiro e Matcerâmica
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
Na fileira dos materiais de construção, em termos de indústria, a Intertelha surge na posição cimeira. A segunda é outra empresa do Grupo Meneses: a Blocotelha
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Reportagem A melhor da indústria transformadora Calçado acelera vendas da Compogal
O desempenho da Compogal no ano passado valeu-lhe o estatuto de melhor empresa no sector da indústria transformadora, além do segundo lugar no ranking qualitativo geral. Com 24 anos de actividade, a sociedade fundada por António Viana Moço e Joel Rodrigues evidencia-se pela boa autonomia financeira, solvabilidade e liquidez geral, fruto de uma gestão prudente ao longo do tempo. Em 2010, o volume de negócios cresceu 35% para 11,1 milhões de euros, libertando 738
96
mil euros em resultados líquidos. A produção engordou, mas uma parte do aumento da facturação deveu-se à alta dos preços das principais matérias-primas, tendência que tem vindo a agravar-se em 2011. Com sede em Gândara dos Olivais, Leiria, a empresa dedica-se à transformação de plásticos em compostos de PVC, TR e SEBS que são comercializados em granulado e servem de matéria-prima em diversas indústrias, dos cabos eléctricos aos mate-
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
riais de construção civil, entre outras. Até há três anos, as fábricas de componentes para automóveis em Espanha absorviam uma fatia generosa da produção, mas, com a deslocalização para a Europa Central, a procura esfumou-se. Dado que “o custo de transporte é significativo”, a Compogal está “neste momento mais vocacionada para o mercado interno”, realizando exportações pontuais com destino a países africanos de expressão lusófona, explica Joel Rodrigues. Ao
mesmo tempo, pesquisou novos clientes e encontrou no bom momento do sector do calçado a resposta de que precisava. Não obstante a conjuntura adversa, o exercício de 2010 permitiu melhorar as vendas e os proveitos financeiros, distribuir dividendos e elevar a autonomia financeira até aos 83%, um patamar que, entre outras vantagens, abre caminho a uma política de pagamento a pronto aos fornecedores, o que reduz os custos de aquisição.
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Viana Moço e Joel Rodrigues deixaram os Plásticos Simala para fundar a Compogal. A empresa fornece matérias-primas para diversas indústrias: compostos de PVC e TR em granulado, essencialmente
“A nossa preocupação é de investimento na qualidade e estamos sempre receptivos a estudar qualquer composto que vá ao encontro das necessidades dos clientes”, afirma Joel Rodrigues. A receita não é complicada: “Somos [os principais accionistas] mais dois trabalhadores, tudo a puxar para o mesmo lado”. A “gestão cuidadosa” e preocupada em “reduzir custos ao máximo” faz o resto. Contas feitas, “temos ganho sempre dinheiro”, conclui o administrador.
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Qualidade Laboratório controla rigor e inovação As matérias-primas fornecidas pela Compogal destinamse ao revestimento de cabos, fabrico de componentes, tubos e perfis, calçado e solas, vedantes e utilidades domésticas, entre outras aplicações. A empresa exige certificação de qualidade aos seus fornecedores, tal como garante essa mesma certificação aos seus clientes. Para tanto, possui um laboratório de controlo das matérias-primas, onde também são controlados e sujeitos a aprovação todos os lotes fabricados. É aí que decorre o desenvolvimento de novas formulações. Em instalações próprias desde o arranque da actividade,
a Compogal ocupa actualmente uma área coberta que se aproxima dos cinco mil metros quadrados. A capacidade instalada ronda as 18 mil toneladas anuais – a produção funciona em três turnos e a empresa emprega 26 pessoas no total. Os principais accionistas – e administradores – são António Viana Moço (responsável pela produção, área comercial e compras), de 64 anos, antigo director técnico e comercial da Plásticos Simala. E Joel Rodrigues (departamento financeiro), 72 anos, que passou pela Sociedade Mercantil do Minho, Companhia de Fiação e Tecidos de
Alcobaça e também Plásticos Simala. Constituída em 23 de Junho de 1987, a empresa foi diversas vezes distinguida pelo seu desempenho, por entidades do Estado ligadas à economia e à indústria, com os prémios PME Prestígio, PME Excelência e PME Líder. Passou a sociedade anónima em 1999. Nesse mesmo ano, obteve a certificação do sistema de gestão da qualidade pela norma ISO 9001.
107 Os investimentos prosseguidos pela empresa de Leiria têm tido por finalidade melhorar as condições de trabalho, aprofundar a qualidade da oferta e reduzir custos energéticos. No ano passado, ascenderam a 107 mil euros, totalmente custeados com capitais próprios
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100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Construção Rnk
Nome da Empresa
1
Oliveiras, S.A.
2
Equimetra - Equipamentos, Metalomecânica e Transportes, S.A.
3
Construções Júlio Lopes, S.A.
4
Monterg - Construções, S.A.
5
Maurício - L.T.O. Construções, S.A.
6
Aníbal de Oliveira Cristina, Lda.
7
Costa & Carvalho, S.A.
8
Construções J.J.R. & Filhos, S.A.
9
Tecnorém - Engenharia e Construções, S.A.
10
Asibel - Construções, S.A.
11
Sociedade de Construções - José Coutinho, S.A.
12
Lena Engenharia e Construções, S.A.
Indicador de Indicador de Performance Geral Referência
Distrito / Concelho
CAE
Leiria / Batalha
42.210
6,07
79%
Santarém / Ourém
41.200
5,21
66%
Leiria / Pombal
41.200
4,83
61%
Leiria / Leiria
41.200
4,37
54%
Leiria / Bombarral
42.990
4,29
53%
Leiria / Leiria
41.200
4,22
52%
Leiria / Alcobaça
41.200
4,21
52%
Leiria / Leiria
42.110
4,14
51%
Santarém / Ourém
41.200
3,82
46%
Leiria / Batalha
42.990
3,82
46%
Leiria / Caldas da Rainha
41.200
3,55
42%
Leiria / Leiria
41.200
2,95
33%
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100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Reportagem A melhor da construção Rentabilidade favorece Oliveiras Trabalho, persistência, dedicação e honra de compromissos. Tem sido esta cartilha orientadora do diaa-dia na Oliveiras, que foi em 2010 a melhor empresa de construção no distrito de Leiria e concelho de Ourém, na análise da consultora Baker Tilly. Num contexto hostil para os anseios do sector, a sociedade anónima com sede na Batalha obteve resultados líquidos a rondar os 3,2 milhões de euros. E, apesar de uma descida de 12%, o volume de negócios manteve-se acima dos 31 milhões, exclusivamente angariados no mercado interno. Origem do grupo com o mesmo nome, a Oliveiras desenvolve actividades nas áreas da engenharia e construção e emprega 245 pessoas. Está preparada para conceber projectos de raiz, desde a concepção das especialidades técnicas à execução de obra. No ano passado, destacou-se na rentabilidade das vendas (segundo lugar da listagem) e foi a empresa
Fundada em 1981, actua essencialmente nos domínios do ambiente, aproveitamentos hidráulicos, desporto e lazer, requalificações urbanas, saneamento e águas, vias de comunicação e urbanização
100
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
com maior contribuição para impostos. Actualmente a comemorar os 30 anos de existência, actua essencialmente nos domínios do ambiente, aproveitamentos hidráulicos, desporto e lazer, requalificações urbanas, saneamento e águas, vias de comunicação e urbanização. Um dos momentos mais relevantes no historial da construtora aconteceu em 1990, com a mudança para novas instalações, em Santo Antão, numa área total de 25
mil metros quadrados. Recentemente ampliadas e remodeladas, representaram um episódio de consolidação no percurso de crescimento sustentado iniciado quase uma década antes. E permitiram maior organização e competitividade. Com uma estratégia que incorpora parcerias com outras entidades públicas e privadas, a empresa conta já com uma extensa lista de clientes de referência, em que se incluem câmaras municipais,
a Estradas de Portugal, a Fundação Batalha de Aljubarrota, a Parque Expo 98, a Refer, a Universidade de Coimbra, EPAL - Empresa Portuguesa das Águas Livres (Lisboa), EDIA - Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, várias empresas do Grupo Águas de Portugal, Frente Tejo (requalificação e reabilitação urbana da frente ribeirinha de Lisboa), DGADR - Direcção-Geral da Agricultura e Desenvolvimento Rural, entre outros.
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100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Obras emblemáticas Novo Terreiro do Paço A empreitada de requalificação da Praça do Comércio em Lisboa, a propósito das comemorações do centenário da República, é uma das obras mais emblemáticas no historial da Oliveiras. A construtora da Batalha participou, assim, num esforço colectivo que transformou um espaço nobre da capital e um lugar emblemático na história do próprio país, ao longo dos séculos. Os trabalhos duraram meses e incluíram intervenções com vista a despoluir o rio Tejo, renovar a rede de abastecimento de água e consolidar o Torreão Poente, um edifício notável da cidade. O resultado foi a devolução à cidade de uma Praça do Comércio com menos carros e mais liberdade para as pessoas. O projecto inseriu-se no quadro das medidas de requalificação e reabilitação de
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Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
áreas urbanas em conjugação com as comemorações do primeiro centenário da implantação da República. Neste contexto, o Governo promoveu um conjunto de operações destinadas à valorização da frente ribeirinha de Lisboa. Na Praça do Comércio, as obras realizadas pela Oliveiras prolongaram-se por vários meses e envolveram diversos tipos de trabalho: desde a construção de passeios e vias laterais, execução de troços rodoviários e respectivas infra-estruturas urbanas, saneamento e águas, entre outros. Outras obras emblemáticas no percurso da Oliveiras incluem a construção do reforço de abastecimento de água a Leiria a partir das captações da Mata do Urso e a selagem das Minas de Urânio da Urgeiriça.
2,6 No Terreiro do Paço, a empreitada mais valiosa entregue à Oliveiras ascendeu a 2,6 milhões de euros e visava a construção do espaço público com vias e passeios laterais
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Comércio Automóvel Rnk
Nome da Empresa
Distrito / Concelho
CAE
Indicador de Indicador de Performance Geral Referência
1
Lubriflores - Comércio e Reparação Automóvel, Lda.
Leiria / Leiria
45.110
4,31
53%
2
Sacel - Sociedade Auto Central Leiriense, Lda.
Leiria / Leiria
45.110
4,18
51%
3
Lizauto, Sociedade Portuguesa de Comércio e Reparação Automóveis, Lda.
Leiria / Leiria
45.110
4,09
50%
4
Lubrigaz, Lda.
Leiria / Leiria
45.110
4,08
50%
5
Lizdrive, S.A.
Leiria / Leiria
45.110
3,93
48%
6
Auto Júlio (Leiria), S.A.
Leiria / Leiria
45.110
3,86
47%
7
Bomcar - Automóveis, S.A.
Leiria / Leiria
45.110
3,83
46%
8
LPM - Comércio Automóvel, S.A.
Leiria / Leiria
45.110
3,77
45%
9
Auto Júlio, S.A.
Leiria / Caldas da Rainha
45.110
3,76
45%
10
A. Braz Heleno, S.A.
Leiria / Leiria
45.110
3,74
45%
11
Filipe dos Santos Silva S.A.
Leiria / Bombarral
45.110
3,48
41%
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100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Reportagem A melhor do comércio automóvel O ano em que a Lubriflores surfou a onda
Qual infância precoce, a Lubriflores já alcançou muito em apenas nove anos de vida. Para tanto, beneficiou de um ambiente facilitador do desenvolvimento, fruto de uma estratégia clara dos seus progenitores – a Lubrigaz e a Florescar, com décadas de experiência no ramo, que se juntaram para originar a nova empresa, representante da Audi na região
104
Foi a necessidade de ganhar músculo para corresponder aos investimentos exigidos pela marca alemã que levou à constituição da parceria, que se tem revelado vencedora. Em 2010, a Lubriflores foi a melhor do comércio automóvel no distrito de Leiria e concelho de Ourém. E o importador SIVA considerou-a parceiro do ano, entre todas as concessões do país.
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
De alguma maneira, a Lubriflores antecipou o que pode ser a nova face do sector em Portugal, em função de um mercado que tende a encolher. O futuro passa por fusões e aquisições como forma de dar força e volume aos operadores, partilhando custos não produtivos, acredita Nuno Roldão, gerente da Lubriflores. “Vai ter que haver uma aproximação
O ano positivo - com 122 mil euros de resultados líquidos - deveu-se ainda a três factores adicionais: organização que vem de trás, máquina emagrecida e sem gorduras, métodos de trabalho adequados. Por outro lado, o próprio catálogo da Audi ajudou
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entre empresas do mesmo ramo, seja na forma de joint venture, criação de novas empresas ou agrupamentos complementares. Uma conjugação de interesses e economia de escala porque de outro modo, cada um per si a tentar sobreviver, vai ser muito complicado”, afirma, “dados os investimentos brutais” que têm de ser feitos e “as margens reduzidíssimas” do negócio na actualidade. Em 2010, a Lubriflores vendeu aproximadamente 300 viaturas novas e fechou o ano com um volume de negócios de 14,5 milhões de euros, 47% acima do exercício anterior. Foi um bom ano para o sector, fruto de uma renovação generalizada de frotas e da antecipação de compras que os portugueses fizeram para evitar o anunciado agravamento de fiscalidade. E a empresa aproveitou. “O Estado quase que foi o nosso marketeer. A onda estava formada e nós soubemos surfá-la bem”, afirma Nuno Roldão. O ano positivo – com 122 mil euros de resultados líquidos – deveu-se ainda a três factores adicionais: organização que vem de trás, máquina emagrecida e sem gorduras, métodos de trabalho adequados. Por outro lado, o próprio catálogo da Audi ajudou: além de produto rejuvenescido e com motorizações e emissões de CO2 ajustadas ao quadro fiscal português,
permitindo preços mais favoráveis, os lançamentos ao longo do ano revelaram-se bem sucedidos. Desde o A1, o primeiro pequeno compacto citadino do construtor alemão, até ao novo A8 – o topo da marca – e passando pelo novo A7. A Lubriflores tem afectos 12 funcionários, dois quais em outsourcing, mantendo instalações em Caldas da Rainha (showroom) e em Leiria, na Zona Industrial de Casal do Cego, junto ao IC2. Ali está desde 2007 depois de um investimento de 2,5 milhões de euros. Tem serviço apósvenda (mecânica), lavagem de viaturas, peças e exposição. Fernando Madeira é o director-geral. O futuro? “Se o mercado está em recessão temos que ir buscar a maior rentabilidade possível, se não temos volume temos que ir pela qualidade. Metemos a tónica no processo”, comenta Nuno Roldão. “E não deixar cair um único negócio. Por vezes não é só o preço que está em cima da mesa, o serviço e o acompanhamento do cliente é essencial”.
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Programa Excelência SIVA premeia concessionário Pela segunda vez em seis anos, o Programa de Excelência do importador SIVA distinguiu as empresas Lubriflores e Lubrigaz (concessionário Volkswagen e Skoda) com o troféu de Melhor Parceiro SIVA, numa cerimónia realizada a 29 de Março, no Salão Preto e Prata do Casino do Estoril. Os vencedores foram apurados entre três mil elementos que compõem a organização comercial SIVA nas diferentes marcas. O troféu para o Melhor Parceiro SIVA distingue a concessão com o melhor desempenho global nas di-
106
ferentes áreas de negócio e, simultaneamente, com uma atitude de dedicação e empenho para com a SIVA e com as marcas representadas. Nesta edição dos Troféus de Excelência, a Lubriflores obteve mais três galardões: Melhor Parceiro Audi, Melhor Gestor de Oficina Audi e Melhor Gestor de Cliente Audi. De acordo com o regulamento do Programa de Excelência SIVA, o Melhor Parceiro exibirá o troféu durante um ano nas suas instalações, transmitindo-o na próxima cerimónia ao vencedor seguinte. O Programa de
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
Excelência SIVA reconhece os melhores desempenhos verificados no ano anterior em diferentes funções, numa óptica de criação de valor para o cliente final. Em causa estão a capacidade e a qualidade da gestão, numa avaliação que considera diversos critérios, entre os quais a inovação, o investimento em novas tecnologias, a gestão e motivação de recursos humanos e o grau de satisfação de clientes.
A receita Uma parte do sucesso da Lubriflores alimenta-se do foco na rentabilidade e no serviço. Isto porque o modelo de negócio do concessionário Audi envolve margens fixas e variáveis. E estas, as variáveis, dependem da percepção de qualidade fornecida pelo cliente, em inquéritos regulares. Desta percepção dependem “dezenas de milhares de euros em margens líquidas”, salienta Nuno Roldão.
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Saúde Rnk 1
Nome da Empresa Hospital de Santo André
Distrito / Concelho
CAE
Leiria / Leiria
86.100
Distrito / Concelho
CAE
Indicador de Indicador de Performance Geral Referência 5,20
66%
Sector Primário Rnk
Nome da Empresa
1
Crigado - Sociedade Agro-Pecuária, S.A.
2
Caçador Pecuária, Lda.
Indicador de Indicador de Performance Geral Referência
Leiria / Alcobaça
1.230
4,39
54%
Leiria / Leiria
1.460
3,61
43%
Distrito / Concelho
CAE
Leiria / Alvaiázere
49.410
Distrito / Concelho
CAE
Leiria / Pombal
8.122
5,16
66%
Leiria / Leiria
8.122
4,32
53%
Santarém / Ourém
8.121
4,17
51%
Transportes Rnk 1
Nome da Empresa Transportadora Ideal de Envendos, S.A.
Indicador de Indicador de Performance Geral Referência 4,10
50%
Indústria Extractiva Rnk
Nome da Empresa
1
José Aldeia Lagoa & Filhos, S.A.
2
Sorgila - Sociedade de Argilas, S.A.
3
Lena Agregados, S.A.
Indicador de Indicador de Performance Geral Referência
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100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Reportagem A melhor do primário e extractivo Exportação guia José Lagoa & Filhos A quarta geração da família segue aos comandos da José Aldeia Lagoa & Filhos (JALF) com os olhos postos na exportação. É a principal aposta da empresa, com sede em Roussa, Pombal, que fornece matérias-primas para a indústria cerâmica e inertes para a construção civil e obras públicas. Com um volume de vendas de 12,1 milhões de euros em 2010, o equivalente a um crescimento de 20%, a JALF obtém fora do país mais de um quarto da facturação. Espanha lidera as compras, mas a vontade é ir além. “Vendemos alguma coisa na Turquia e Marrocos, mas pouco. Estamos à procura de novos mercados, penso que nos podemos orientar para o Norte de África e mesmo em Espanha temos algum campo de progressão”, afirma Carlos Alberto Lagoa. Num raio de 1.500 quilómetros, a proximidade aos clientes funciona como vantagem sobre os concorrentes ingleses e ucranianos. Mais
Com um volume de vendas de 12,1 milhões de euros em 2010, o equivalente a um crescimento de 20%, a JALF obtém fora do país mais de um quarto da facturação. Espanha lidera as compras, mas o Norte de África está também na mira dos irmãos Lagoa
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Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
longe e o custo de transporte começa a pesar demasiado. Mesmo assim, a marcha segue célere. “Em 2010 já recuperámos bastante e este ano estamos a subir ligeiramente e tudo indica que vamos fazer um volume de negócios em termos quantitativos semelhante a 2008”, realça o administrador, explicando que o mercado português “está estagnado”, sobretudo devido à “queda muito forte” da construção. F u n d a d a e m 19 8 4 , n o concelho de Pombal, a JALF herdou a experiência do seu sócio fundador, José Aldeia Lagoa. Há décadas a operar no sector extractivo, deu continuidade ao negócio iniciado com o seu avô na madrugada do século XX. Actualmente, a empresa é gerida pelos irmãos Carlos Alberto e Carlos José Lagoa, que já contam com o contributo da geração seguinte da família – a quinta – no quotidiano da actividade. As explorações pelo país e as duas unidades industriais em Pombal e Santa Comba Dão asseguram a extracção, valorização e comercialização de recursos não metálicos – areias, caulinos, argilas, feldspatos, calcites e britas – para a indústria cerâmica de pavimentos, revestimentos, sanitários e faianças, indústria vidreira e construção civil e obras públicas. Com resultados líquidos de 310 mil euros em 2010, a JALF está a colher os frutos dos investimentos realizados em alta tecnologia e laboratórios de controlo de qualidade. A empresa emprega meia centena de pessoas e alimenta um universo de seis sociedades que dão corpo à estratégia de expansão da cadeia de negócio. O grupo está
Energia rende dois milhões por ano As unidades industriais da JALF em Pombal e Santa Comba Dão beneficiam de unidades de co-geração que alimentam as necessidades internas de electricidade e garantem a preço simbólico o vapor necessário para a secagem térmica das matérias-primas. Trata-se de uma
medida que se inscreve num quadro de sustentabilidade e protecção do planeta, através da promoção da eficiência. Mas, ao mesmo tempo, a co-geração possibilita à empresa injectar energia na rede eléctrica nacional, algo que actualmente significa receitas na ordem
dos dois milhões de euros por ano. Ou seja, 17% da facturação global. Para chegar a este ponto, foram investidos 4,5 milhões de euros. Um bom negócio, portanto, que abriu perspectivas totalmente novas na gestão das fábricas do Grupo, incluindo a mais recente, a Unipasta. PUBLICIDADE
29 de Julho, 2011 | Região de Leiria
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100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Soluções ecológicas A José Aldeia Lagoa & Filhos alargou recentemente a sua gama de produtos ao oferecer matérias-primas que incorporam rejeições das fábricas de cerâmica, desde lamas das estações de tratamento das águas residuais até ao próprio caco. “O que fazemos é valorizar os resíduos ligados a esta indústria”, explica Carlos Alberto Lagoa. “É um serviço que prestamos ao cliente: ele livrase dos resíduos e nós valorizamo-los e voltamos a colocá-los no mercado”. A recolha selectiva, tratamento e homogeneização permite desenvolver uma oferta mais ecológica e encontra solução para o caco cru e cozido, as lamas, as partículas de pó e as poeiras, concretizando as políticas de responsabilidade ambiental da JALF. A empresa obteve já a certificação do Sistema Integrado de Gestão, que vem dar resposta a normas de gestão da qualidade, gestão ambiental e gestão da segurança e saúde.
presente nos transportes, nos materiais de construção e nas pastas cerâmicas, procurando seguir uma estratégia de inovação e desenvolvimento de novos produtos com maior valor acrescentado.
110
O futuro da melhor empresa do sector primário no distrito de Leiria no ano passado passa seguramente pela internacionalização. A sua participada no Brasil já entrou na fase de produção e
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
este ano ainda o mesmo deve ocorrer em Moçambique. “Os mercados aqui são limitados e é uma forma de podermos continuar a crescer”, explica Carlos Alberto Lagoa.
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Comércio Rnk
Nome da Empresa
Distrito / Concelho
CAE
Indicador de Indicador de Performance Geral Referência
1
TS - Thomaz dos Santos, S.A.
Leiria / Caldas da Rainha
46.720
7,49
2
Metalmarinha - Comércio Internacional Resíduos Metálicos, S.A.
Leiria / Marinha Grande
46.771
6,86
100% 91%
3
MD Moldes - Manuel Domingues, Lda.
Leiria / Leiria
46.690
6,77
89%
4
Hiperclima - Central de Distribuição Térmica de Portugal, S.A.
Leiria / Leiria
46.740
5,31
68%
5
Macolis - Materiais de Construção e Climatização, S.A
Leiria / Leiria
46.732
5,16
66%
6
MRF - Manuel Rodrigues Ferreira
Leiria / Bombarral
46.732
5,06
64%
7
J. Justino das Neves, S.A.
Santarém / Ourém
46.720
4,99
63%
8
Granfer.com - Importação e Exportação de Produtos Alimentares, Lda.
Leiria / Óbidos
46.311
4,87
61%
9
Caiado, S.A.
Leiria / Leiria
46.430
4,86
61%
10
Luis Silvério & Filhos, S.A.
Leiria / Leiria
46.381
4,84
61%
11
Ultrapolymers Portugal, S.A.
Leiria / Marinha Grande
46.750
4,71
59%
12
Eureka Plast - Comércio de Matérias Plásticas, S.A.
Leiria / Leiria
46.762
4,56
57%
13
Unifato - Confecções do Centro, Lda.
Leiria / Batalha
47.711
4,48
56%
14
Canalcentro - Materiais de Construção do Centro, S.A.
Leiria / Leiria
46.732
4,42
55%
15
Balbino & Faustino, Lda.
Leiria / Alcobaça
46.731
4,41
55%
16
Teclena - Automatização, Estudos e Representações, S.A.
Leiria / Leiria
46.620
4,31
53%
17
Lubriflores - Comércio e Reparação Automóvel, Lda.
18
Balvera - Comércio de Perfumarias, Lda.
19
Moviter - Equipamentos, Lda.
20
Petroibérica - Sociedade Petróleos Iberolatinas, S.A.
21 22
Leiria / Leiria
45.110
4,31
53%
Leiria / Pombal
46.450
4,30
53%
Leiria / Leiria
46.630
4,28
53%
Santarém / Ourém
46.711
4,25
52%
Suinicomércio - Comércio de Suínos, Lda.
Leiria / Leiria
46.230
4,24
52%
Sacel - Sociedade Auto Central Leiriense, Lda.
Leiria / Leiria
45.110
4,18
51%
23
Lizauto, Sociedade Portuguesa de Comércio e Reparação Automóveis, Lda.
Leiria / Leiria
45.110
4,09
50%
24
Lubrigaz, Lda.
Leiria / Leiria
45.110
4,08
50%
25
Disterm - Distribuição de Equipamentos de Climatização, S.A.
Santarém / Ourém
46.740
4,02
49%
26
Redcats Portugal - Vendas à Distância, S.A.
Leiria / Leiria
47.910
4,00
49%
27
CAC II - Companhia Avícola do Centro, S.A.
Leiria / Pombal
46.331
3,97
48%
28
Lizdrive, S.A.
Leiria / Leiria
45.110
3,93
48%
29
DDO - Derivados de Ovos, Lda.
Leiria / Leiria
46.331
3,93
48%
30
Sodicel - Sociedade de Representações de Leiria, S.A.
Leiria / Leiria
46.341
3,89
47%
31
Auto Júlio (Leiria), S.A.
Leiria / Leiria
45.110
3,86
47%
32
Bomcar - Automóveis, S.A.
Leiria / Leiria
45.110
3,83
46%
33
Hortapronta - Hortas do Oeste, S.A
34
Meigal - Alimentação, S.A.
35
LPM - Comércio Automóvel, S.A.
36
Auto Júlio, S.A.
37
A. Braz Heleno, S.A.
38
Distróbidos - Comércio e Representações, Lda.
39
Vepelibérica - Indústria Comércio de Materiais Construção Civil, Lda.
40
Leirivending - Comércio, Distribuição e Vending, S.A.
41
António Ramos & Costa, S.A.
Leiria / Peniche
46.311
3,81
46%
Leiria / Leiria
46.320
3,80
46% 45%
Leiria / Leiria
45.110
3,77
Leiria / Caldas da Rainha
45.110
3,76
45%
Leiria / Leiria
45.110
3,74
45%
Leiria / Óbidos
46.390
3,71
44%
Leiria / Bombarral
47.523
3,69
44%
Leiria / Leiria
47.990
3,65
44%
Leiria / Peniche
46.381
3,59
43% 42%
42
Americana - Papelarias, Livrarias e Equipamentos, S.A.
Leiria / Leiria
46.491
3,55
43
Ramecel - Rede Abastecedora de Mercearias do Centro, S.A.
Santarém / Ourém
46.390
3,50
41%
44
Filipe dos Santos Silva S.A.
Leiria / Bombarral
45.110
3,48
41%
45
Superóbidos - Supermercados, Lda.
Leiria / Óbidos
47.111
3,32
39%
46
Propecuária - Veterinária e Farmacêutica, Lda.
Leiria / Batalha
46.460
3,17
36%
47
Ferrus Materiais Siderúrgicos e de Construção, S.A.
Leiria / Leiria
46.720
0,69
0%
112
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Melhores por Concelho Leiria Rnk
Nome da Empresa
CAE
Indicador de Performance Geral
Indicador de Referência
1
Compogal - Indústria de Polímeros, S.A.
20.160
7,25
96%
2
Roca, S.A.
23.420
6,80
90%
3
MD Moldes - Manuel Domingues, Lda.
46.690
6,77
89%
4
Respol - Resinas, S.A.
20.160
6,44
85%
5
Schaeffler Portugal, S.A.
28.150
5,79
75%
6
Hiperclima - Central de Distribuição Térmica de Portugal, S.A.
46.740
5,31
68%
7
Hospital de Santo André
86.100
5,20
66%
8
Planeta - Plásticos, S.A.
22.292
5,17
66%
9
Macolis - Materiais de Construção e Climatização, S.A
46.732
5,16
66%
10
Caiado, S.A.
46.430
4,86
61%
11
Luis Silvério & Filhos, S.A.
46.381
4,84
61%
12
Plastidom - Plásticos Industriais e Domésticos, S.A.
22.292
4,65
58%
13
Eureka Plast - Comércio de Matérias Plásticas, S.A.
46.762
4,56
57%
14
Alimave - Alimentação para Aves, S.A.
10.912
4,50
56%
15
Canalcentro - Materiais de Construção do Centro, S.A.
46.732
4,42
55%
16
Monterg - Construções, S.A.
41.200
4,37
54%
17
Sorgila - Sociedade de Argilas, S.A.
8.122
4,32
53%
18
Teclena - Automatização, Estudos e Representações, S.A.
46.620
4,31
53%
19
Lubriflores - Comércio e Reparação Automóvel, Lda.
45.110
4,31
53%
20
Moviter - Equipamentos, Lda.
46.630
4,28
53%
21
Suinicomércio - Comércio de Suínos, Lda.
46.230
4,24
52%
22
Valco Madeiras e Derivados, S.A.
16.230
4,23
52%
23
Aníbal de Oliveira Cristina, Lda.
41.200
4,22
52%
24
Key Plastics Portugal, S.A.
25.240
4,22
52%
25
Sacel - Sociedade Auto Central Leiriense, Lda.
45.110
4,18
51%
26
Construções J.J.R. & Filhos, S.A.
42.110
4,14
51%
27
Lizauto, Sociedade Portuguesa de Comércio e Reparação Automóveis, Lda.
45.110
4,09
50%
28
Lubrigaz, Lda.
45.110
4,08
50%
29
Racentro - Fábrica de Rações do Centro, S.A.
15.710
4,06
50%
30
Redcats Portugal - Vendas à Distância, S.A.
47.910
4,00
49%
31
Lizdrive, S.A.
45.110
3,93
48%
32
DDO - Derivados de Ovos, Lda.
46.331
3,93
48%
33
Sodicel - Sociedade de Representações de Leiria, S.A.
46.341
3,89
47%
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Rnk
Nome da Empresa
CAE
Indicador de Performance Geral
Indicador de Referência
34
Auto Júlio (Leiria), S.A.
45.110
3,86
47%
35
Bomcar - Automóveis, S.A.
45.110
3,83
46%
36
MTL - Madeiras Tratadas, Lda.
16.102
3,82
46%
37
Meigal - Alimentação, S.A.
46.320
3,80
46%
38
LPM - Comércio Automóvel, S.A.
45.110
3,77
45%
39
A. Braz Heleno, S.A.
45.110
3,74
45%
40
Leirivending - Comércio, Distribuição e Vending, S.A.
47.990
3,65
44%
41
Caçador Pecuária, Lda.
1.460
3,61
43%
42
Americana - Papelarias, Livrarias e Equipamentos, S.A.
46.491
3,55
42%
43
Plasgal - Plásticos da Gândara, Lda
22.220
2,99
34%
44
Lena Engenharia e Construções, S.A.
41.200
2,95
33%
45
Ferrus Materiais Siderúrgicos e de Construção, S.A.
46.720
0,69
0%
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100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Ourém Rnk
Nome da Empresa
CAE
Indicador de Performance Geral
Indicador de Referência
1
Intertelha - Construções Metálicas e Autoportantes, Lda.
25.110
5,45
70%
2
Equimetra - Equipamentos, Metalomecânica e Transportes, S.A.
41.200
5,21
66%
3
J. Justino das Neves, S.A.
46.720
4,99
63%
4
Petroibérica - Sociedade Petróleos Iberolatinas, S.A.
46.711
4,25
52%
5
Madeca - Madeiras de Caxarias, S.A.
16.101
4,21
52%
6
Vigobloco - Pré-Fabricados, S.A.
23.610
4,18
51%
7
Lena Agregados, S.A.
8.121
4,17
51%
8
Verdasca & Verdasca, S.A.
23.690
4,03
49%
9
Disterm - Distribuição de Equipamentos de Climatização, S.A.
46.740
4,02
49%
10
Tecnorém - Engenharia e Construções, S.A.
41.200
3,82
46%
11
Lenobetão, S.A.
23.630
3,69
44%
12
Ramecel - Rede Abastecedora de Mercearias do Centro, S.A.
46.390
3,50
41%
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100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Intertelha é a melhor de Ourém Melhor empresa do concelho de Ourém, no distrito de Santarém, a Intertelha facturou 13,7 milhões de euros em 2010, quase um quinto na exportação. Os resultados líquidos ascenderam a um milhão de euros. No final de Dezembro, empregava 48 pessoas. Integrada no Grupo Meneses, a Intertelha realiza todo o tipo de construções metálicas cuja cobertura e revestimento assumam um papel primordial. Recentemente, em consórcio com a Blocotelha, também detida pelo Grupo Meneses, foi escolhida pela Embraer SA
para a construção metálica das suas unidades fabris na zona de Évora. Com uma área de construção superior a 60.000 m2, esta adjudicação representa um volume de negócios superior a 7 milhões de euros. No passado recente, a empresa concluiu empreitadas no Aeroporto de Beja e no Estádio do Portimonense. Com uma média de construção de 600 obras por ano, a Intertelha tem-se destacado no mercado ibérico. Das obras executadas, destacamse o Parque Industrial de Loulé, a Medicam (Madeira), a Alstom (Setúbal), o Pavilhão
Multiusos de Torres Vedras, a Setucar (Setúbal), a Estação de Tratamento de Tondela, o DIA – Centro de Distribuição Logística de Torres Novas e o Centro de Estágio e Formação de Alcochete do Sporting Clube de Portugal.
18 No final de 2010, a Intertelha havia acumulado 2,5 milhões de euros de facturação nos mercados externos. Este valor representa 18% do volume de negócios global da empresa, que se tem salientado em Portugal e Espanha através da rapidez de execução
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100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Marinha Grande Rnk
Nome da Empresa
CAE
Indicador de Performance Geral
Indicador de Referência
1
Metalmarinha - Comércio Internacional Resíduos Metálicos, S.A.
46.771
6,86
91%
2
TJ Moldes, S.A.
25.734
6,19
81%
3
Gallovidro, S.A.
23.131
5,80
75%
4
Plimat - Plásticos Industriais Matos, S.A.
22.292
5,73
74%
5
Inteplástico - Indústrias Técnicas de Plásticos, S.A.
22.292
5,47
70%
6
Cartonarte - Indústria de Cartonagem, Lda.
17.211
5,06
64%
7
Ultrapolymers Portugal, S.A.
46.750
4,71
59%
8
Iberoalpla Portugal - Embalagens Plásticas Unipessoal, Lda.
22.220
4,38
54%
Metalmarinha lidera capital do vidro Foi mais um ano de crescimento. Depois de subir as vendas em 20% em 2009 – ano em que obteve 419 mil euros de resultados líquidos – a Metalmarinha acelerou a fundo em 2010: mais do que duplicou a facturação e manteve os lucros em idêntico patamar. Com um volume de negócios de 62,6 milhões de euros, a empresa destacou-se em vários domínios: foi a segunda maior exportadora do distrito, a segunda melhor do comércio na análise qualitativa, a melhor na produtividade e a segunda em crescimento da facturação. A Metalmarinha recolhe, selecciona, valoriza e comercializa resíduos metálicos, entre os quais o cobre, que depois são usados como matérias-primas numa série de
118
indústrias. A valorização dos bens com os quais trabalha, em função da subida da respectiva cotação nos mercados internacionais, tem ajudado à subida de facturação da empresa nos dois últimos exercícios. Das instalações cercadas por pinhais em Brejo d’Água, são transaccionadas em média 10 mil toneladas por mês, dando sequência a um negócio familiar com décadas que se corporiza juridicamente na empresa Alexandre & Filho. Além do cobre, entre os resíduos que a Metalmarinha recolhe e armazena, estão o alumínio, o bronze, o chumbo, o inox, o latão, o níquel e o tungsténio, recebendo ainda electrónica, motores eléctricos e radiadores.
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
62 A empresa mais do que duplicou o valor das vendas de 2009 para 2010, chegando aos 62 milhões de euros. Além da boa penetração no mercado, a Metalmarinha beneficia da subida da cotação das matérias que comercializa
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Pombal Rnk
Nome da Empresa
CAE
Indicador de Performance Geral
Indicador de Referência
8.122
5,16
66%
1
José Aldeia Lagoa & Filhos, S.A.
2
Iber-Oleff - Componentes Técnicos em Plástico, S.A.
22.292
4,93
62%
3
Construções Júlio Lopes, S.A.
41.200
4,83
61%
4
Gramperfil, S.A.
24.330
4,79
60%
5
Derovo - Derivados de Ovos, S.A.
10.893
4,66
58%
6
Umbelino Monteiro, S.A.
23.322
4,56
57%
7
Balvera - Comércio de Perfumarias, Lda.
46.450
4,30
53%
8
CAC II - Companhia Avícola do Centro, S.A.
46.331
3,97
48%
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100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Batalha Rnk
Nome da Empresa
CAE
Indicador de Performance Geral
Indicador de Referência
1
Oliveiras, S.A.
42.210
6,07
79%
2
Unifato - Confecções do Centro, Lda.
47.711
4,48
56%
3
Matceramica - Fabrico de Louça, S.A.
23.412
4,40
55%
4
Simplastic - Sociedade Industrial de Matérias Plásticas, Lda.
22.292
4,04
49%
5
Asibel - Construções, S.A.
42.990
3,82
46%
6
Propecuária - Veterinária e Farmacêutica, Lda.
46.460
3,17
36%
CAE
Indicador de Performance Geral
Indicador de Referência
Alcobaça Rnk
Nome da Empresa
1
Secil - Martingança - Aglomerantes, Novos Materiais para Construção, S.A.
23.640
4,41
55%
2
Balbino & Faustino, Lda.
46.731
4,41
55%
3
Crigado - Sociedade Agro-Pecuária, S.A.
1.230
4,39
54%
4
Costa & Carvalho, S.A.
41.200
4,21
52%
5
Cooperativa Agrícola dos Criadores de Gado da Benedita, Crl
10.912
3,59
43%
CAE
Indicador de Performance Geral
Indicador de Referência
Bombarral Rnk
Nome da Empresa
1
MRF - Manuel Rodrigues Ferreira
46.732
5,06
64%
2
Maurício - L.T.O. Construções, S.A.
42.990
4,29
53%
3
Vepelibérica - Indústria Comércio de Materiais Construção Civil, Lda.
47.523
3,69
44%
4
Filipe dos Santos Silva S.A.
45.110
3,48
41%
MRF lidera no Bombarral A MRF – Manuel Rodrigues Ferreira, melhor no concelho do Bombarral, dedica-se à venda e distribuição de materiais de construção. Fundada em 1982, no ano passado enfrentou, como outros operadores económicos do mesmo ramo, uma procura em contracção fruto de uma
120
tendência de desinvestimento na edificação que se vem agravando de forma acentuada. Ainda assim, a empresa logrou atingir um volume de negócios de 8,3 milhões de euros, com um aumento de aproximadamente 300 mil euros face ao exercício
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
anterior. Contrastando com o ambiente depressivo em que desenvolveu a sua actividade, a MRF obteve ainda resultados líquidos positivos e fechou o ano com 29 funcionários. Com sede no Pó, é desde 2000 uma sociedade anónima. Nos últimos anos, es-
pecializou-se em materiais pesados como cimentos, inertes, pré-esforçados, produtos de impermeabilização, isolamentos térmicos e acústicos, argamassas, colas técnicas e produtos da área de canalização.
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Secil Martingança a melhor em Alcobaça A Secil Martingança, melhor empresa do concelho de Alcobaça, produz aglomerantes e novos materiais para construção civil, designadamente cal hidráulica e argamassas secas. Com 64 trabalhadores, a organização baseia-se em duas fábricas, na Maceira e em Pataias, fazendo parte do Grupo Secil. Em 2010, alcançou um volume de negócios de 9,6 milhões de euros, tendo libertado resultados líquidos positivos. A crise do sector da construção, e em especial a estagnação do segmento da habitação, fez o mercado das
argamassas diminuir pelo segundo ano consecutivo, decrescendo 15%. O mercado da cal hidráulica, por seu lado, registou nova contracção prosseguindo a tendência decrescente verificada nos últimos 12 anos. Entre o portfolio de obras fornecidas pela Secil Martingança, contam-se algumas a nível regional, como é o caso da fábrica da Grandupla na Marinha Grande, do shopping Fátima e do Edfício Millennium, loja Zara, Estádio Magalhães Pessoa e instalações do Politécnico, estas sempre em Leiria. A Secil Martingança de-
tém uma participação maioritária noutra empresa de argamassas na zona de Rio Maior. Embora o núcleo central da sua actividade seja a produção de cimento, o Grupo Secil integra um conjunto de dezenas de empresas que operam em áreas complementares como a produção de betão, prefabricados, cal hidráulica, rebocos, revestimentos, fibrocimentos ou ainda a exploração de pedreiras.
9,6 Com a recessão no mercado das argamassas e da cal hidráulica a condicionar o desempenho, a empresa chegou ao final de 2010 com uma facturação de 9,6 milhões de euros
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100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Caldas da Rainha Rnk
Nome da Empresa
CAE
Indicador de Performance Geral
Indicador de Referência
1
TS - Thomaz dos Santos, S.A.
46.720
7,49
100%
2
Auto Júlio, S.A.
45.110
3,76
45%
3
Sociedade de Construções - José Coutinho, S.A.
41.200
3,55
42%
CAE
Indicador de Performance Geral
Indicador de Referência
Porto de Mós Rnk
Nome da Empresa
1
Cabopol - Polymer Compounds, S.A.
20.160
5,64
73%
2
Blocotelha - Construções Metálicas e Autoportantes, Lda.
25.110
5,31
68%
3
CS - Coelho da Silva, S.A.
23.322
4,95
63%
CAE
Indicador de Performance Geral
Indicador de Referência
Óbidos Rnk
Nome da Empresa
1
Granfer.com - Importação e Exportação de Produtos Alimentares, Lda.
46.311
4,87
61%
2
Distróbidos - Comércio e Representações, Lda.
46.390
3,71
44%
3
Superóbidos - Supermercados, Lda.
47.111
3,32
39%
Granfer à frente em Óbidos Instalações sediadas no coração do Oeste permitem à Granfer todas as condições para desenvolver a comercialização de frutas frescas no mercado português e internacional. No ano passado, o negócio progrediu 33% na facturação, até um patamar de 13,3 milhões de euros. A melhor no concelho de Óbidos destacou-se no retorno dos capitais próprios e chegou ao final de 2010 com resultados líquidos de 277
122
mil euros. Fundada em 1986, assenta a sua produção na Pêra Rocha do Oeste, Maçã de Alcobaça, outras qualidades destes frutos e ainda pêssegos, ameixas e nectarinas. Na campanha finalizada em 2010, a Granfer assumiuse como o terceiro maior exportador de Pêra Rocha do Oeste no país, aproveitando bem o espaço que este fruto resistente e crocante está a encontrar lá fora, nomeadamente nos mercados de
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
Inglaterra, França e Brasil. Uma boa parte deste êxito deve-se à modernização de equipamentos e centrais fruteiras, bem como das técnicas de cultivo, por parte de empresários que souberam unir-se e trabalhar em prol da fileira. Os dados da Granfer apontam para uma facturação de 7,6 milhões de euros na exportação durante o ano passado, o equivalente a 57% das vendas totais.
57 Na campanha que terminou em 2010, a Granfer foi a terceira maior exportadora de Pêra Rocha do Oeste. No total, as vendas para o estrangeiro valem 57% da facturação
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Cabopol foi a melhor em Porto de Mós A Cabopol, melhor em Porto de Mós, dedica-se à produção de compostos termoplásticos e faz parte do Grupo Meneses. Em 2010, deu um salto de 16 milhões de euros na facturação, o equivalente a 46%, para chegar aos 51 milhões. Os resultados líquidos também foram satisfatórios: 4,6 milhões positivos, um desempenho raro na listagem das 100 maiores do distrito de Leiria e concelho de Ourém. Com clientes na indústria automóvel, médico-hospitalar, de embalagem, cablagem, calçado, construção e telecomunicações, entre outras,
a empresa é líder ibérica na produção de termoplásticos e vende para 31 países. No ano passado, 54% da facturação teve origem na exportação. Com 50 anos de história, a Cabopol emprega cerca de 70 pessoas e dispõe de uma capacidade instalada que ronda as 75 mil toneladas anuais, em duas fábricas. Recentemente, iniciouse na comercialização de bioplástico, sob a marca Biomind. Trata-se de um composto produzido a partir de amido de milho que se degrada totalmente em seis meses quando sujeito às condições
adequadas de temperatura e humidade. Esta aposta na inovação e no desenvolvimento de produtos mais ecológicos já valeu vários prémios à organização.
46 Líder ibérica na produção de termoplásticos, a Cabopol vende para mais de três dezenas de países. Em 2010, a exportação significou 46% do volume de negócios
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100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Peniche Rnk
Nome da Empresa
CAE
Indicador de Performance Geral
Indicador de Referência
1
Hortapronta - Hortas do Oeste, S.A
46.311
3,81
46%
2
António Ramos & Costa, S.A.
46.381
3,59
43%
CAE
Indicador de Performance Geral
Indicador de Referência
49.410
4,10
50%
Alvaiázere Rnk 1
Nome da Empresa Transportadora Ideal de Envendos, S.A.
TIEL representa Alvaiázere A TIEL é não só a única empresa do sector dos transportes que acedeu ao ranking, como também constitui o único representante dos municípios do interior norte do distrito. A facturação de 2010 ascende a 14,2 milhões de euros, menos 800 mil euros do que em 2009, mas os resultados líquidos são positivos em 360 mil euros. Com uma estrutura pesada, de 204 trabalhadores, a transportadora fez negócios no valor de 1,3 milhões com o estrangeiro. A TIEL – Transportadora Ideal de Envendos, com sede no concelho de Alvaiázere, posiciona-se no subsector do transporte rodoviário de matérias perigosas. Neste sentido, presta serviço à generalidade dos distribuidores de combustíveis em Portugal.
124
Está ainda nos produtos alimentares, paletizados e em cisterna, perecíveis e em condições de temperatura controlada, cinzas e cimentos a granel. Entretanto, ganhou um concurso de prestação de serviços de transporte expresso em Portugal, entrando no mercado do courrier. A empresa foi fundada em 1968 e nos primeiros anos desenvolvia actividade de transporte rodoviário de mercadorias na área do Alto Alentejo. Em 1980 passou para as mãos de Humberto Fernandes Alves. Em Fevereiro de 2003 passou a sociedade anónima e após o súbito falecimento de Humberto Alves o destino da TIEL foi assumido pela segunda geração.
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
360 Os resultados líquidos positivos de 360 mil euros demonstram capacidade de resistência num sector que tem sofrido com o aumento de custos e vive em concorrência apertada
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Hortapronta destaca-se em Peniche Melhor em Peniche, a Hortapronta subiu o volume de negócios em 2010 para 16,8 milhões de euros – uma variação de 8% – e apresentou resultados líquidos positivos de 242 mil euros, com 1,6 milhões de euros de vendas para fora de Portugal. Batata, cenoura, couve coração, ce b o l a e couve lombarda são as hortícolas mais comercializadas pela empresa da Atouguia da Baleia, com 119 colaboradores e 21 anos de existência. Os produtos chegam de terrenos no Oeste e Ribatejo, fazendo da Hortapronta a maior do seu sector no distrito de Leiria e ainda um dos principais operadores a nível nacional. José Artur Vala fundou a estrutura, que assenta em 180 associados. No ano passado, a Hortapronta prosseguiu um conjunto relevante de investimentos destinados a dotar-se de capacida-
de produtiva superior, bem como a melhorar qualidade do processo. Um total de 3,7 milhões de euros investidos em câmaras frigoríficas, optimização, linhas de normalização e armazéns. Da produção, a maior fatia acaba nos supermercados e hipermercados do Grupo Sonae e a restante é canalizada para os pontos de venda tradicionais através dos mercados abastecedores de Lisboa e Porto.
21 A Hortapronta conta 21 anos de existência e assenta numa estrutura de 180 associados. A produção chega de terrenos no Oeste e Ribatejo
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Destaque As maiores subidas
Maior subida no ranking
Maior subida da facturação
Maior resultado líquido
Maior valor criado
A maior subida no ranking do volume de negócios, de 2009 para 2010, pertenceu à Ultrapolymers, do sector dos plásticos, na Marinha Grande. Galgou 31 lugares graças a um aumento de facturação de 3,6 milhões de euros. Outras empresas apresentaram trajectórias ascendentes interessantes. Foi o caso da representante da Audi Lubriflores e da Planeta Plásticos, que treparam 30 e 28 posições, respectivamente. Bomcar (24), Metalmarinha (28) e Tecnorém (21) também se destacaram.
A empresa com maior progressão do volume de negócios foi a Equimetra, na área dos serviços para a construção civil, que passou de 2,3 milhões de euros para 15,2 milhões. Ou seja, 512%. Na listagem encontram-se mais dois casos em que a facturação passou pelo menos para o dobro: aconteceu com a Metalmarinha, que recolhe, valoriza e comercializa resíduos metálicos, tendo obtido 62,6 milhões de euros, mais 33,4 milhões de euros, ou 117%, o que lhe valeu a subida à sexta posição. No caso da Bomcar, representante BMW e Mini em Leiria, o valor das vendas e serviços duplicou: de 23 para 46 milhões de euros.
A Roca, que em Leiria fabrica louças sanitárias, obteve o resultado líquido mais elevado no período – 8,7 milhões de euros. Ainda longe, mas igualmente bem acima da média, a fábrica de termoplásticos Cabopol, em Porto de Mós, chegou aos 4,6 milhões de euros. Logo a seguir, com 4,3 milhões, sobressai a Respol, que a partir de Leiria fornece resinas para o mundo. Um pouco abaixo surge o Hospital de Santo André, com 3,8 milhões de euros. E o top 5 encerra com a performance da garrafeira Gallovidro, na Marinha Grande, situada nos 3,4 milhões.
Equivale a 46 milhões de euros, o valor acrescentado pelo Hospital de Santo André, em Leiria, durante o exercício de 2010. Nos lugares seguintes surgem quatro empresas de olhos postos no mundo: as duas multinacionais Roca (cerâmica) e Key Plastics (componentes automóveis), do mesmo concelho, atingiram os 23 milhões de euros. A Gallovidro, no vidro de embalagem, na Marinha Grande, apresentou 21 milhões. E a Iber-Oleff, unidade de componentes automóveis instalada em Pombal que pertence ao Grupo Iberomoldes, chegou aos 18 milhões de euros.
126
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Perspectiva PUBLICIDADE
P&R Nicolas Maciel “Temos a equipa certa para enfrentar este período difícil” Administrador da Crisal
Como é que as empresas encaram a subida do IVA, a cativação de parte do subsídio de Natal e outros sacrifícios que as famílias estão a ser chamadas a assumir? Vai trazer obrigatoriamente uma nova forma de actuação, quer para o tecido empresarial quer para os seus colaboradores. As empresas terão de ter capacidade para manter a coesão e a rnotivação do seu principal “activo” que são as pessoas. Por sua vez, as famílias vão ter de alterar os seus hábitos de consumo, onde o recurso ao financiamento deverá ser cada vez mais reduzido e cada vez mais equacionado do ponto de vista da sua real carência.
A Crisal tem conseguido aproveitar oportunidades no mercado internacional, nomeadamente em termos de vendas, provocadas pelos efeitos da crise sobre empresas concorrentes? A difícil conjuntura que actualmente atravessamos obriga-nos a encontrar novas oportunidades de negócio, trabalhando de forma mais rápida e astuta do que os nossos competidores. Até agora estamos a ser bem sucedidos, estamos simultaneamente a atingir um crescimento de dois dígitos e a obter melhores resultados. Todos os dias estamos a alargar a nossa quota de mercado. A chave para o sucesso é flexibilidade, criatividade e eficiência e acreditamos que temos a equipa certa para enfrentar este período difícil.
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Maiores Exportadoras Ovoprodutos com marca portuguesa O Grupo Derovo é um dos aglomerados empresariais com maior projecção no distrito de Leiria. Tendo na génese a capacidade de organização dos produtores de ovos, que souberam associar-se em prol do interesse do sector e de cada um, tem evoluído de ano para ano na comercialização de ovoprodutos. A primeira fábrica arrancou em 1996 e produzia ovo líquido, ovo inteiro, gema e clara, com foco na indústria alimentar. No ano seguinte, começaram as exportações para Espanha. Com uma po-
lítica que bebe na inovação e no desenvolvimento, o Grupo avançou para novas formas de oferta, introduzindo o ovo em spray, o ovo cozido e o conceito Fullprotein. Hoje em dia o Grupo Derovo detém várias fábricas em Portugal e em Espanha, prepara-se para inaugurar uma fábrica de sobremesas em Pombal e emprega directamente 160 pessoas. A Derovo – Derivados de Ovo SA dedica-se à produção de ovoprodutos e foi no ano passado a quinta maior exportadora do distrito de Leiria com vendas no valor
de 44 milhões de euros. No cômputo geral, facturou 66,7 milhões de euros e apresentou resultados líquidos de 1,5 milhões. Quanto à DDO, também parte do Grupo, tem por actividade a comercialização de ovoprodutos. Fez 31,8 milhões de euros em volume de negócios geral, praticamente um terço na exportação.
10 O Grupo Derovo remonta ao ano de 1994. Volvido este tempo, integra uma dezena de empresas em Portugal e Espanha que lhe dão escala para competir a nível europeu
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100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Exportação Rnk
Nome da Empresa
1
Respol - Resinas, S.A.
2
Metalmarinha - Comércio Internacional Resíduos Metálicos, S.A.
3
Lena Engenharia e Construções, S.A.
4
Derovo - Derivados de Ovos, S.A.
Distrito / Concelho
CAE
Valor das Exportações
Leiria / Leiria
20.160
60.777.875
Leiria / Marinha Grande
46.771
56.271.000
Leiria / Leiria
41.200
49.871.107
Leiria / Pombal
10.893
44.788.425
5
Schaeffler Portugal, S.A.
Leiria / Leiria
28.150
37.266.534
6
Roca, S.A.
Leiria / Leiria
23.420
29.317.541
7
Iber-Oleff - Componentes Técnicos em Plástico, S.A.
Leiria / Pombal
22.292
27.675.580
8
Cabopol - Polymer Compounds, S.A.
9
Key Plastics Portugal, S.A.
10
Inteplástico - Indústrias Técnicas de Plásticos, S.A.
11
Gramperfil, S.A.
12
MD Moldes - Manuel Domingues, Lda.
13
DDO - Derivados de Ovos, Lda.
Leiria / Porto de Mós
20.160
27.632.278
Leiria / Leiria
25.240
23.355.200
Leiria / Marinha Grande
22.292
19.767.417
Leiria / Pombal
24.330
15.089.980
Leiria / Leiria
46.690
11.173.922
Leiria / Leiria
46.331
10.422.847
14
TJ Moldes, S.A.
Leiria / Marinha Grande
25.734
9.835.575
15
Matceramica - Fabrico de Louça, S.A.
Leiria / Batalha
23.412
9.778.382
16
Granfer.com - Importação e Exportação de Produtos Alimentares, Lda.
Leiria / Óbidos
46.311
7.625.540
17
Plimat - Plásticos Industriais Matos, S.A.
Leiria / Marinha Grande
22.292
7.444.960
18
Plastidom - Plásticos Industriais e Domésticos, S.A.
Leiria / Leiria
22.292
5.604.729
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Rnk 19
Nome da Empresa Balvera - Comércio de Perfumarias, Lda.
20
Madeca - Madeiras de Caxarias, S.A.
21
Moviter - Equipamentos, Lda.
22
José Aldeia Lagoa & Filhos, S.A.
23
Blocotelha - Construções Metálicas e Autoportantes, Lda.
24
CAC II-Companhia Avícola do Centro, S.A.
25
António Ramos & Costa, S.A.
26
Intertelha - Construções Metálicas e Autoportantes, Lda.
27
CS - Coelho da Silva, S.A.
28
Valco Madeiras e Derivados, S.A.
29
Eureka Plast - Comércio de Matérias Plásticas, S.A.
30
Balbino & Faustino, Lda.
31
Gallovidro, S.A.
Distrito / Concelho
CAE
Valor das Exportações
Leiria / Pombal
46.450
3.929.609
Santarém / Ourém
16.101
3.618.665
Leiria / Leiria
46.630
3.349.298
Leiria / Pombal
8.122
3.170.892
Leiria / Porto de Mós
25.110
2.980.564
Leiria / Pombal
46.331
2.978.261
Leiria / Peniche
46.381
2.835.005
Santarém / Ourém
25.110
2.525.374
Leiria / Porto de Mós
23.322
2.023.163
Leiria / Leiria
16.230
1.848.799
Leiria / Leiria
46.762
1.843.340
Leiria / Alcobaça
46.731
1.808.400
Leiria / Marinha Grande
23.131
1.786.813
32
Hortapronta - Hortas do Oeste, S.A
Leiria / Peniche
46.311
1.633.535
33
Umbelino Monteiro, S.A.
Leiria / Pombal
23.322
1.621.704
34
Sorgila - Sociedade de Argilas, S.A.
Leiria / Leiria
8.122
1.502.795
35
Redcats Portugal - Vendas à Distância, S.A.
36
Transportadora Ideal de Envendos, S.A.
37
Luis Silvério & Filhos, S.A.
Leiria / Leiria
47.910
1.331.829
Leiria / Alvaiázere
49.410
1.302.921
Leiria / Leiria
46.381
887.920
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Rnk
Nome da Empresa
38
MTL - Madeiras Tratadas, Lda.
Distrito / Concelho
CAE
Valor das Exportações
Leiria / Leiria
16.102
842.547
39
Canalcentro - Materiais de Construção do Centro, S.A.
40
Vepelibérica - Indústria Comércio de Materiais Construção Civil, Lda.
Leiria / Leiria
46.732
454.558
Leiria / Bombarral
47.523
427.599
41
Caiado, S.A.
Leiria / Leiria
46.430
387.040
42 43
Verdasca & Verdasca, S.A.
Santarém / Ourém
23.690
382.968
J. Justino das Neves, S.A.
Santarém / Ourém
46.720
348.353
44
Unifato - Confecções do Centro, Lda.
Leiria / Batalha
47.711
339.844
45
Meigal - Alimentação, S.A.
46
Lena Agregados, S.A.
47
Cartonarte - Indústria de Cartonagem, Lda.
48
Ferrus Materiais Siderúrgicos e de Construção, S.A.
49
Hiperclima - Central de Distribuição Térmica de Portugal, S.A.
50
Crigado - Sociedade Agro-Pecuária, S.A.
Leiria / Alcobaça
51
Macolis - Materiais de Construção e Climatização, S.A
52
Monterg - Construções, S.A.
53
Ultrapolymers Portugal, S.A.
54
Plasgal - Plásticos da Gândara, Lda
55
Ramecel - Rede Abastecedora de Mercearias do Centro, S.A.
56
Secil-Martingança - Aglomerantes, Novos Materiais para Construção, S.A.
Leiria / Leiria
46.320
228.172
Santarém / Ourém
8.121
203.036
Leiria / Marinha Grande
17.211
199.380
Leiria / Leiria
46.720
142.363
Leiria / Leiria
46.740
115.532
1.230
104.280
Leiria / Leiria
46.732
101.696
Leiria / Leiria
41.200
87.958
Leiria / Marinha Grande
46.750
81.131
Leiria / Leiria
22.220
70.079
Santarém / Ourém
46.390
62.470
Leiria / Alcobaça
23.640
49.265
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R
Zona Industrial do Casal da Lebre Rua da Alemanha lote 6B 2431-968 MARINHA GRANDE
Telf. +351 244 572 280 Fax. +351 244 572 290 URL. www.al-sa.pt E-mail. geral@al-sa.pt
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Rnk 57
Nome da Empresa Planeta - Plásticos, S.A.
Distrito / Concelho
CAE
Valor das Exportações
Leiria / Leiria
22.292
34.803
58
Oliveiras, S.A.
Leiria / Batalha
42.210
7.500
59
Sacel - Sociedade Auto Central Leiriense, Lda.
Leiria / Leiria
45.110
1.500
60
A. Braz Heleno, S.A.
Leiria / Leiria
45.110
-
61
Alimave - Alimentação para Aves, S.A.
Leiria / Leiria
10.912
-
62
Americana - Papelarias, Livrarias e Equipamentos, S.A.
Leiria / Leiria
46.491
-
63
Aníbal de Oliveira Cristina, Lda.
Leiria / Leiria
41.200
-
Leiria / Batalha
42.990
-
Leiria / Leiria
45.110
-
Leiria / Caldas da Rainha
45.110
-
64
Asibel - Construções, S.A.
65
Auto Júlio (Leiria), S.A.
66
Auto Júlio, S.A.
67
Bomcar - Automóveis, S.A.
Leiria / Leiria
45.110
-
68
Caçador Pecuária, Lda.
Leiria / Leiria
1.460
-
69
Compogal - Indústria de Polímeros, S.A.
Leiria / Leiria
20.160
-
70
Construções J.J.R. & Filhos, S.A.
71
Construções Júlio Lopes, S.A.
72
Cooperativa Agrícola dos Criadores de Gado da Benedita, Crl
73
Costa & Carvalho, S.A.
74
Disterm - Distribuição de Equipamentos de Climatização, S.A.
75
Distróbidos - Comércio e Representações, Lda.
Leiria / Leiria
42.110
-
Leiria / Pombal
41.200
-
Leiria / Alcobaça
10.912
-
Leiria / Alcobaça
41.200
-
Santarém / Ourém
46.740
-
Leiria / Óbidos
46.390
-
76
Equimetra - Equipamentos, Metalomecânica e Transportes, S.A.
Santarém / Ourém
41.200
-
77
Filipe dos Santos Silva S.A.
Leiria / Bombarral
45.110
-
78
Hospital de Santo André
Leiria / Leiria
86.100
-
Leiria / Marinha Grande
22.220
-
Leiria / Leiria
47.990
-
Santarém / Ourém
23.630
-
79
Iberoalpla Portugal - Embalagens Plásticas Unipessoal, Lda.
80
Leirivending - Comércio, Distribuição e Vending, S.A.
81
Lenobetão, S.A.
82
Lizauto, Sociedade Portuguesa de Comércio e Reparação Automóveis, Lda.
Leiria / Leiria
45.110
-
83
Lizdrive, S.A.
Leiria / Leiria
45.110
-
84
LPM - Comércio Automóvel, S.A.
Leiria / Leiria
45.110
-
85
Lubriflores - Comércio e Reparação Automóvel, Lda.
Leiria / Leiria
45.110
-
86
Lubrigaz, Lda.
Leiria / Leiria
45.110
-
87
MRF - Manuel Rodrigues Ferreira
Leiria / Bombarral
46.732
-
88
Maurício - L.T.O. Construções, S.A.
Leiria / Bombarral
42.990
-
89
Petroibérica - Sociedade Petróleos Iberolatinas, S.A.
Santarém / Ourém
46.711
-
90
Propecuária - Veterinária e Farmacêutica, Lda.
Leiria / Batalha
46.460
-
91
Racentro - Fábrica de Rações do Centro, S.A.
92
Simplastic - Sociedade Industrial de Matérias Plásticas, Lda.
93
Sociedade de Construções - José Coutinho, S.A.
Leiria / Leiria
15.710
-
Leiria / Batalha
22.292
-
Leiria / Caldas da Rainha
41.200
-
94
Sodicel - Sociedade de Representações de Leiria, S.A.
Leiria / Leiria
46.341
-
95
Suinicomércio - Comércio de Suínos, Lda.
Leiria / Leiria
46.230
-
96
Superóbidos - Supermercados, Lda.
Leiria / Óbidos
47.111
-
97
Teclena - Automatização, Estudos e Representações, S.A.
98
Tecnorém - Engenharia e Construções, S.A.
99
TS - Thomaz dos Santos, S.A.
100
Vigobloco - Pré-Fabricados, S.A.
132
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
Leiria / Leiria
46.620
-
Santarém / Ourém
41.200
-
Leiria / Caldas da Rainha
46.720
-
Santarém / Ourém
23.610
-
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Análise
Análise A maior exportadora Alemanha e Espanha puxam pela Respol
Quase 100% da produção da Respol destina-se ao mercado externo. Em 2010, o volume de negócios duplicou. São vários os factores que explicam a trajectória ascendente, mas um dos mais importantes é a aquisição de um concorrente em Barcelona, Espanha, operação que já se reflectiu nas contas do ano passado. Localizada em Pinheiros, Leiria, a empresa emprega 90
134
pessoas e dedica-se ao fabrico e comercialização de resinas com aplicação na indústria de tintas de impressão, entre outras. Para acelerar a facturação, investiu forte na ampliação da capacidade instalada e adicionou dois reactores, elevando as possibilidades de produção até às 50 mil toneladas anuais. O acentuado aumento do preço da principal matéria-prima – a colofónia, que chega da China,
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
Brasil e Escandinávia – também contribuiu para inflacionar o valor das vendas. Outra área que vem guiando o interesse da administração da companhia é a investigação e desenvolvimento de novos produtos. Actualmente, a Europa é o território mais relevante para a Respol, com cerca de metade dos negócios a serem realizados com multinacionais cujo centro de
São vários os factores que explicam a trajectória ascendente, mas um dos mais importantes é a aquisição de um concorrente em Espanha, operação que já se reflectiu nas contas do ano passado, ajudando a duplicar o volume de negócios,
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decisão está na Alemanha. “É o principal mercado, tem boa saúde e foi o grande motor”, explicou ao REGIÃO DE LEIRIA o director comercial, João Reis. Em 2010, a exportação chegou aos 60,7 milhões de euros. Sobram apenas 500 mil euros gerados em Portugal. Com a aquisição do catálogo, tecnologia e carteira de clientes do concorrente espanhol, que fazia parte do Grupo Total, abriram-se mercados – Norte de África e Ásia – e caminhos até novos contactos. Também a oferta se diversificou. Além de resinas para tintas de impressão, a Respol passou a fornecer resinas para adesivos e cosméticos. A concorrência chega essencialmente de belgas e chineses. Em 2010, a empresa prosseguiu os investimentos e procedimentos administrativos necessários ao reforço das políticas de segurança e ambiente, tendo vindo a obter o licenciamento ambiental da unidade industrial já em 2011. Operando num sector de capital intensivo e concorrência feroz em preço e padrões de qualidade, a sociedade liderada por Manuel Barbeiro Costa destacou-se no ranking elaborado pela consultora Baker Tilly em indicadores como o retorno dos capitais próprios, a produtividade, a rentabilidade das vendas, a facturação acumulada e o crescimento do volume de negócios. Obteve resultados líquidos positivos de 4,4 milhões de euros.
4,4 A Respol destacou-se em indicadores como o retorno dos capitais próprios, a produtividade, a rentabilidade das vendas, a facturação acumulada e o crescimento do volume de negócios. Obteve resultados líquidos positivos de 4,4 milhões de euros
EN-14351-1
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Opinião
Opinião Que internacionalização?
Manuel Portugal Professor de Estratégia e Negócios Internacionais
136
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
Realisticamente, a larga maioria das empresas portuguesas, incluindo da região, não tem condições de internacionalização, para além de fazer algumas exportações. Mesmo estas, genericamente, de baixo valor acrescentado e que não suportam um processo futuro de aprofundamento da internacionalização. Porquê? Simplesmente porque não têm uma vantagem competitiva que possam explorar nos mercados externos. Em Portugal sobrevivem, talvez até com lucro, mas não competem realmente. O problema é, portanto, de capacidade competitiva. Ora, apenas uma das facetas da competitividade advém dos custos, sendo as restantes suportadas em aspectos como a adequação ao mercado, o segmento de clientes a que se dirige, a inovação, etc. Mas há solução! Importa entender é que não passa por política governamental, mas pelo que cada uma faz. Na génese, é uma solução de alteração do mindset vigente. Entendendo que trabalhadores a quem se paga pouco vão contribuir pouco e que é um falso remédio que baixando os custos do trabalho se reforça a competitividade. Até que ponto teriam os salários de baixar para se conseguir competir com os níveis salariais em países como a Indonésia, China, Vietname, México? É realista os salários dos portugueses baixarem para cerca de 100 euros mensais? Se não, é porque este é um falso remédio. Claro, podemos alegar que as diferenças de produtividade (assumindo que o trabalhador português é mais produtivo) compensam o remanescente diferencial. Mas isso depende da natureza dos produtos e da tecnologia usada. Produções com baixa intensidade de capital tendem a ser mais trabalho-intensivas e a
ter baixos níveis de produtividade. A solução passa, portanto, pela modernização das produções e não por baixar salários. Digo mesmo que os baixos salários são uma das chagas nacionais que a todos prejudica, especialmente às empresas. Outra solução assenta na escolha dos países para onde internacionalizar. Esta é mais difícil porque …exige pensar um pouco. Cada empresário, ou gestor, precisa entender muito bem onde é que realisticamente consegue vender ou produzir. Talvez isto ajude a explicar por que tem havido investimento português em Angola, como tem sido anunciado, e até erradamente encorajado. Angola tem um mercado pequeno, com fortíssimas desigualdades na distribuição da riqueza e um risco político enorme. Mas tem um atraso relativo que tem conferido às empresas portuguesas uma vantagem. De curto e médio prazo, mas uma vantagem. Há países que são potencialmente excelentes mercados. Não são apenas os populosos mercados da China, Índia, Brasil ou Indonésia, embora os níveis de crescimento económico estejam a tornar estes mercados atractivos – uma classe média em forte crescimento encoraja as empresas estrangeiras a entrar. A lógica é simples: se apenas 1% dos chineses comprasse, digamos, uma garrafa de azeite, significaria 140 milhões de garrafas vendidas. A lógica dos grandes números esconde é que cerca de 700 milhões de chineses ainda vivem nos meios rurais e que nas grandes cidades, como Xangai, a larga maioria da população é pobre. Não podem, portanto, comprar essa garrafa. Esconde, também, que até na China os trabalhadores protestam reclamando por maiores salários e melhores condições. No México, por exemplo, para onde foi deslocalizada
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Opinião
muita produção industrial norteamericana, já há um problema sério de competitividade. Porquê? Porque há sempre algum lugar no mundo onde se trabalha ainda mais barato. Outros países, como os EUA, são um óptimo mercado para uma grande variedade de produtos, desde os mais tecnológicos até aos mais tradicionais, como o vinho, por que não?! A dificuldade de entrar nos EUA está em ter dimensão suficiente para entrar no mercado e para competir quer com as empresas americanas, quer com empresas de todo o mundo que procuram o mercado americano. Há, ainda, a dificuldade de não falar inglês e o usual sentimento de inferioridade do empresário português. O mercado
americano parece sempre muito distante. Agora, não há dúvidas é que é um óptimo mercado pela dimensão e pelo poder de compra. Mas podemos começar a pensar em produzir no estrangeiro. No fundo, questionarmo-nos se e o que devemos produzir em Portugal e onde podemos produzir o que decidimos não fazer cá. Penso que é essencial deixar de lado o sentimento patriótico da perda de empregos pela deslocalização da produção, até porque os lucros podem ser reinvestidos em Portugal noutras actividades. As empresas que não pensem a internacionalização, provavelmente, deixarão de aparecer nas edições das MAIORES.
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100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Análise
Análise Distrito de Leiria Vendas concentradas
As exportações de bens do distrito de Leiria para fora do país denotam um alto grau de concentração. Lendo os números de 2010 disponibilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), números que no essencial reflectem a estrutura de anos anteriores no que toca às saídas do comércio internacional nesta região, verifica-se que um pequeno grupo de operado-
138
res, actividades e territórios desencadeia uma porção considerável dos fluxos. Assim, dois concelhos garantem metade das vendas, dois sectores geram um terço e 10 empresas também, enquanto as compras têm origem essencialmente em três países. No conjunto de 2010, as exportações de bens com origem no distrito de Leiria cresceram 14%, em função de
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
uma certa retoma de um dos mais importantes mercados de destino – a Alemanha – e também graças aos primeiros sinais de recuperação económica que emergiram na generalidade das economias avançadas. Os blocos emergentes, esses, continuaram a crescer, mantendo bons níveis de procura quando comparados com a velha Europa. Entretanto, o salto percentual
A Marinha Grande é o grande motor do distrito de Leiria, beneficiando do tecido formado pelos moldes, plásticos e vidro de embalagem
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Análise
atirou o valor absoluto das saídas para os 1.228 milhões de euros, um acréscimo de 263 milhões, que permitiu atenuar os danos provocados por um ano de 2009 em terreno negativo. O que vende a região? Essencialmente, dois conjuntos de produtos. A facturação mais expressiva encontra-se no fornecimento de máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos – o que inclui o sector dos moldes – e significa 18% do bolo total. Junte-se a fileira dos plásticos e chegase a um terço do volume de
negócios. Outros bens com incidência para a entrada de capital estrangeiro são os produtos cerâmicos e o grupo do ferro fundido, ferro e aço. Desta distribuição decorre uma parte da explicação para a representação geográfica no mercado internacional: a Marinha Grande é o grande motor do distrito de Leiria, beneficiando do tecido formado pelos moldes, plásticos e vidro de embalagem. Recentemente, a valorização e comércio de resíduos metálicos – através da Metalmarinha – surgiu como um novo forte con-
tributo para o desempenho comercial do concelho fora do país, ajudando a reforçar a tradicional posição cimeira que detém. Logo depois, aparece Leiria. Os produtos relevantes são praticamente os mesmos, excepto o vidro, com uma novidade: o calçado vale aproximadamente 18 milhões de euros. Em conjunto, os dois municípios garantem mais de metade das exportações do distrito. Se considerados os cinco primeiros – com Alcobaça, Pombal e Caldas da Rainha – a percentagem sobe para 80%. É o espelho
Dois concelhos garantem metade das vendas, dois sectores geram um terço e 10 empresas também, enquanto as compras têm origem essencialmente em três países.
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INJECTION MOLDING PLASTICS
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Análise
da fraca expressão de uma vasta mancha de território, fenómeno que assume especial gravidade no pinhal interior em Alvaiázere, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, penalizados por êxodo populacional, pouco emprego e falta de investimento. Mesmo quando se coloca a análise na perspectiva das empresas enquanto agentes individuais, a ideia de concentração e escassez de actores principais desenha-se com
facilidade. Tomando por base a listagem que publicamos nesta revista, as 10 maiores exportadoras são responsáveis por um quarto dos 1.228 milhões de euros exportados em 2010. Só a Respol e a Metalmarinha, em conjunto, aproximam-se da quota dos 10%. O grande comprador de todos estes bens é Espanha. No ano passado, o país vizinho absorveu 27% das exportações do distrito. Em conjunto
com Alemanha e França, vale mais de metade. De resto, a proximidade ao centro da Europa, a moeda comum, os laços históricos e a abertura de fronteiras alavancam o peso do mercado comunitário: 70%. Nos dez principais compradores, só se intrometem o Brasil, os Estados Unidos e Angola.
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100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Análise
Análise Perfil 90% das PME não exporta
Apenas 10% das Pequenas e Médias Empresas (PME) portuguesas exporta bens e serviços. Eram 33.861, de acordo com um estudo sobre o Perfil Exportador das PME em Portugal entre 2007 e 2009, divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Apesar de
142
constituírem uma minoria, estas empresas mostram um desempenho económico e financeiro claramente superior – assim, cabe-lhes uma fatia de 40% do volume de negócios realizado pelo universo total de PME. Quando se observam os
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
principais rácios económicos, verifica-se para a maioria dos sectores de actividade um desempenho mais favorável das PME exportadoras face ao total das PME. As PME Exportadoras geram mais riqueza, apresentam uma facturação per capita superior, maior produtividade,
menor dependência de credores e maior independência financeira. De acordo com o INE, em 2009, existiam em Portugal 348.552 PME, representando 99,7% do total de sociedades do sector não financeiro e cerca de 59% do volume de negócios gerado nesse ano. As PME exportadoras evidenciam contributos acima dos 30% tanto para o volume de negócios como para o valor acrescentado bruto. Em relação ao volume de negócios per capita, as exportadoras conseguem um rácio 39 mil euros superior ao das restantes, que se ficam pelos 89 mil euros. Situação idêntica ocorreu ainda com a produtividade do factor trabalho, com as PME exportadoras a evidenciarem uma maior eficiência, patente numa média de 27,2 mil euros por pessoa, face aos 22,1 mil euros por trabalhador registados nas PME que não exportam. Relativamente à estrutura financeira, em 2009, os capitais alheios constituíam 72% dos fundos utilizados para financiamento das actividades das PME, denotando um elevado grau de dependência destas empresas face aos seus credores. Mas, ainda assim, este grau de dependência foi menor entre as PME exportadoras. Este grupo que vende para fora do país evidencia um grau de cobertura superior e uma maior independência financeira face aos seus credores.
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Análise
Exportações portuguesas I75 empresas valem 40% O sector exportador português é participado por um reduzido número dos agentes que constituem o tecido empresarial do país. Para se perceber como é decisivo alargar a base exportadora, de maneira a beneficiar a balança comercial nos próximos anos, basta olhar para os números: 75 empresas valem 40% das exportações totais de Portugal, conseguindo facturações acima de 50 milhões de euros. No escalão seguinte, de acordo com um levantamento da AICEP Portugal Global –
Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, encontram-se 123 empresas com volumes de negócios entre 25 e 50 milhões de euros, representando 14% da receita total angariada nas vendas ao exterior. Com desempenhos entre 1 milhão e 25 milhões de euros de exportação por ano, há 2.854 empresas que valem outros 40%. Em resumo, as 3.022 empresas com volume de negócios superior a um milhão de euros significa 94% do total do valor das saídas de bens para o estrangeiro.
40 As 33.861 pequenas e médias empresas exportadoras valem 40% do volume de negócios total das PME, mostrando uma capacidade de gerar riqueza bem superior à média da sua dimensão
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100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Índice Alfabético A posição das empresas no ranking de vendas Nome da Empresa
Rnk
Distrito / Concelho
CAE
A. Braz Heleno, S.A.
22
Leiria / Leiria
45.110
Alimave - Alimentação para Aves, S.A.
94
Leiria / Leiria
10.912
Americana - Papelarias, Livrarias e Equipamentos, S.A.
74
Leiria / Leiria
46.491
Aníbal de Oliveira Cristina, Lda.
31
Leiria / Leiria
41.200
António Ramos & Costa, S.A.
87
Leiria / Peniche
46.381
Asibel - Construções, S.A.
58
Leiria / Batalha
42.990
Auto Júlio (Leiria), S.A.
76
Leiria / Leiria
45.110
Auto Júlio, S.A.
8
Leiria / Caldas da Rainha
45.110
Balbino & Faustino, LDA.
28
Leiria / Alcobaça
46.731
Balvera-Comércio de Perfumarias, Lda.
79
Leiria / Pombal
46.450
Blocotelha - Construções Metálicas e Autoportantes, Lda.
33
Leiria / Porto de Mós
25.110
Bomcar - Automóveis, S.A.
13
Leiria / Leiria
45.110
Cabopol - Polymer Compounds, S.A.
10
Leiria / Porto de Mós
20.160
CAC II - Companhia Avícola do Centro, S.A.
47
Leiria / Pombal
46.331
Caçador Pecuária, Lda.
45
Leiria / Leiria
1.460
Caiado, S.A.
43
Leiria / Leiria
46.430
Canalcentro - Materiais de Construção do Centro, S.A.
84
Leiria / Leiria
46.732
Cartonarte - Indústria de Cartonagem, Lda.
89
Leiria / Marinha Grande
17.211
Compogal - Indústria de Polímeros, S.A.
78
Leiria / Leiria
20.160
Construções J.J.R. & Filhos, S.A.
24
Leiria / Leiria
42.110
Construções Júlio Lopes, S.A.
96
Leiria / Pombal
41.200
Cooperativa Agrícola dos Criadores de Gado da Benedira, CRL
41
Leiria / Alcobaça
10.912
Costa & Carvalho, S.A.
21
Leiria / Alcobaça
41.200
Crigado-Sociedade Agro-Pecuária, S.A.
70
Leiria / Alcobaça
1.230
CS - Coelho da Silva, S.A.
40
Leiria / Porto de Mós
23.322
DDO - Derivados de Ovos, Lda.
26
Leiria / Leiria
46.331
Derovo - Derivados de Ovos, S.A.
5
Leiria / Pombal
10.893
Disterm - Distribuição de Equipamentos de Climatização, S.A.
80
Santarém / Ourém
46.740
Distróbidos-Comércio e Representações, Lda.
75
Leiria / Óbidos
46.390
Equimetra - Equipamentos, Metalomecânica e Transportes, S.A.
54
Santarém / Ourém
41.200
Eureka Plast - Comércio de Matérias Plásticas, S.A.
44
Leiria / Leiria
46.762
Ferrus Materiais Siderúrgicos e de Construção, S.A.
46
Leiria / Leiria
46.720
Filipe dos Santos Silva, S.A.
97
Leiria / Bombarral
45.110
Gallovidro, S.A.
11
Leiria / Marinha Grande
23.131
Gramperfil, S.A.
52
Leiria / Pombal
24.330
Granfer.com - Importação e Exportação de Produtos Alimentares, Lda.
66
Leiria / Óbidos
46.311
Hiperclima - Central de Distribuição Térmica de Portugal, S.A.
48
Leiria / Leiria
46.740
Hortapronta - Hortas do Oeste, S.A
49
Leiria / Peniche
46.311
3
Leiria / Leiria
86.100
Hospital de Santo André
144
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Nome da Empresa Iberoalpla Portugal-Embalagens Plásticas Unipessoal, Lda.
Rnk
Distrito / Concelho
CAE
35
Leiria / Marinha Grande
22.220
Iber-Oleff - Componentes Técnicos em Plástico, S.A.
12
Leiria / Pombal
22.292
Inteplástico - Indústrias Técnicas de Plásticos, S.A.
37
Leiria / Marinha Grande
22.292
Intertelha - Construções Metálicas e Autoportantes, Lda.
61
Santarém / Ourém
25.110
J. Justino das Neves, S.A.
23
Santarém / Ourém
46.720
José Aldeia Lagoa & Filhos, S.A.
73
Leiria / Pombal
8.122
Key Plastics Portugal, S.A.
17
Leiria / Leiria
25.240
Leirivending - Comércio, Distribuição e Vending, S.A.
29
Leiria / Leiria
47.990
Lena Agregados, S.A.
38
Santarém / Ourém
8.121
1
Leiria / Leiria
41.200
Lena Engenharia e Construções, S.A. Lenobetão, S.A.
25
Santarém / Ourém
23.630
Lizauto, Sociedade Portuguesa de Comércio e Reparação Automóveis, Lda.
34
Leiria / Leiria
45.110
Lizdrive, S.A.
71
Leiria / Leiria
45.110
LPM - Comércio Automóvel, S.A.
36
Leiria / Leiria
45.110
Lubriflores - Comércio e Reparação Automóvel, Lda.
57
Leiria / Leiria
45.110
Lubrigaz, Lda.
39
Leiria / Leiria
45.110
Luis Silvério & Filhos, S.A.
63
Leiria / Leiria
46.381
Macolis - Materiais de Construção e Climatização, S.A.
60
Leiria / Leiria
46.732
Madeca - Madeiras de Caxarias, S.A.
82
Santarém / Ourém
16.101
Manuel Rodrigues Ferreira
99
Leiria / Bombarral
46.732
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100 Maiores e Melhores Empresas do Distrito de Leiria e Concelho de Ourém 2010 // Ranking
Nome da Empresa
Rnk
Distrito / Concelho
CAE
Matceramica - Fabrico de Louça, S.A.
86
Leiria / Batalha
23.412
Maurício - L.T.O. Construções, S.A.
67
Leiria / Bombarral
42.990
MD Moldes - Manuel Domingues, Lda.
77
Leiria / Leiria
46.690
Meigal - Alimentação, S.A.
56
Leiria / Leiria
46.320
Metalmarinha - Comércio Internacional Resíduos Metálicos, S.A.
6
Leiria / Marinha Grande
46.771
Monterg - Construções, S.A.
88
Leiria / Leiria
41.200
Moviter - Equipamentos, Lda.
30
Leiria / Leiria
46.630
MTL - Madeiras Tratadas, Lda.
93
Leiria / Leiria
16.102
Oliveiras, S.A.
27
Leiria / Batalha
42.210
Petroibérica - Sociedade Petróleos Iberolatinas, S.A.
2
Santarém / Ourém
46.711
Planeta - Plásticos, S.A.
53
Leiria / Leiria
22.292
Plasgal - Plásticos da Gândara, Lda
55
Leiria / Leiria
22.220
Plastidom - Plásticos Industriais e Domésticos, S.A.
51
Leiria / Leiria
22.292
Plimat - Plásticos Industriais Matos, S.A.
85
Leiria / Marinha Grande
22.292
Propecuária - Veterenária e Farmacêutica, Lda.
72
Leiria / Batalha
46.460
Racentro - Fábrica de Rações de Centro, S.A.
4
Leiria / Leiria
15.710
Ramecel - Rede Abastecedora de Mercearias do Centro, S.A.
91
Santarém / Ourém
46.390
Redcats Portugal - Vendas à Distância, S.A.
19
Leiria / Leiria
47.910
Respol - Resinas, S.A.
7
Leiria / Leiria
20.160
Roca, S.A.
9
Leiria / Leiria
23.420
Sacel - Sociedade Auto Central Leiriense, Lda.
42
Leiria / Leiria
45.110
Schaeffler Portugal, S.A.
20
Leiria / Leiria
28.150
Secil - Martingança - Aglomerantes, Novos Materiais para Construção, S.A.
92
Leiria / Alcobaça
23.640
Simplastic - Sociedade Industrial de Materias Plásticas, Lda.
98
Leiria / Batalha
22.292
Sociedade de Construções - José Coutinho, S.A.
14
Leiria / Caldas da Rainha
41.200
Sodicel - Sociedade de Representações de Leiria, S.A.
16
Leiria / Leiria
46.341
Sorgila - Sociedade de Argilas, S.A.
69
Leiria / Leiria
8.122
Sunicomércio - Comércio de Suínos, Lda.
15
Leiria / Leiria
46.230
Superóbidos - Supermecados, Lda.
81
Leiria / Óbidos
47.111
Teclena - Automatização, Estudos e Representações, S.A.
95
Leiria / Leiria
46.620
Tecnorém - Engenharia e Construções, S.A.
50
Santarém / Ourém
41.200
TJ Moldes, S.A.
90
Leiria / Marinha Grande
25.734
Transportadora Ideal de Envendos, S.A.
59
Leiria / Alvaiázere
49.410
TS - Thomaz dos Santos, S.A.
18
Leiria / Caldas da Rainha
46.720
Ultrapolymers Portugal, S.A.
64
Leiria / Marinha Grande
46.750
Umbelino Monteiro, S.A.
65
Leiria / Pombal
23.322
Unifato - Confecções do Centro, Lda.
32
Leiria / Batalha
47.711
Valco Madeiras e Derivados, S.A.
83
Leiria / Leiria
16.230
Vepelibérica - Indústria Comércio de Materiais Construções Civil, Lda.
100
Leiria / Bombarral
47.523
Verdasca & Verdasca, S.A.
68
Santarém / Ourém
23.690
Vigobloco - Pré-Fabricados, S.A.
62
Santarém / Ourém
23.610
146
Região de Leiria | 29 de Julho, 2011
Edição REGIÃO DE LEIRIA
100 Maiores e melhores
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Esta revista é suplemento integrante da edição nº 3880 de 29 de Julho de 2011 do semanário REGIÃO DE LEIRIA e da edição nº 696 de 29 de Julho de 2011 do diário i, em Lisboa e Porto. Não pode ser vendida separadamente
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