Suplemento - Formação: Competências com futuro

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F O R M A Ç Ã O competências com futuro Este suplemento é parte integrante da edição nº 3820 de 4 de Junho de 2010, do semanário Região de Leiria. Não pode ser vendido separadamente.

Nos últimos 21 anos, o ensino profissional ganhou o seu lugar no panorama educativo português. Conheça as escolas e os cursos com maior sucesso na região. Para os activos, também existem sugestões para triunfar no mercado de trabalho.


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SUPLEMENTO

Região de Leiria

| FORMAÇÃO - COMPETÊNCIAS COM FUTURO

4 | Junho | 2010

Ensino profissional como alternativa

Educação para a vida A primeira escola profissional do país nasceu no distrito de Leiria, precisamente em Pombal, em 1989. Coube à ETAP – Escola Tecnológica, Artística e Profissional de Pombal abrir caminho a um novo modelo de ensino, hoje frequentado por cerca de um terço dos alunos do ensino secundário. O sucesso deste novo sistema junto dos alunos e os resultados obtidos levaram o Governo a estendê-lo às escolas públicas onde a oferta de cursos profissionais têm vindo a aumentar, embora conciliado com o sistema de ensino regular. Segundo o Ministério da Educação, 91 mil alunos estavam inscritos em cursos profissionais (escolas públicas e profissionais) em 2009. O triplo do número registado em 1999. Ainda assim, as estatísticas da frequência do ensino profissional em Portugal estão muito longe da realidade de alguns países do Norte da Europa onde 70 a 80% dos alunos do secundário enveredam por aquela via. Tanto nas escolas profissionais como nas escolas públicas, a oferta de cursos tem procurado responder ao aumento da procura, mas também às necessidades do mercado do trabalho. Em Portugal, o número de turmas dos cursos profissionais mais do que triplicou em dez anos, passando de cerca de 1.400 para 4.500. São cerca de cem os cursos disponíveis, cujas variantes dão origem a mais de 120 saídas profissionais. Para este quadro, contribuíram as escolas profissionais que registaram nos últimos três anos um crescimento de 30 mil para 40 mil estudantes. Segundo o presidente da Associação Nacional de Escolas Profissionais, José Luís Presa as escolas profissionais voltaram a crescer depois de um período de estagnação, fruto em parte da aposta

do Governo em colocar 50% dos alunos do ensino secundário em percursos de formação profissional. “O número de alunos deve continuar a aumentar porque os países mais desenvolvidos da Europa são aqueles que mais apostam na formação profissional”, sustentou em declarações recentes, considerando “muito positivo” o balanço dos 20 anos de experiência das escolas profissionais. Tem dúvidas? Peça ajuda. A escolha da via a seguir é decisiva no final do 9º ano de escolaridade. E o momento é ideal para pedir ajuda para quem têm dúvidas quanto ao seu futuro. Os gabinetes de orientação profissional são uma opção a não descurar, estando disponíveis na maioria dos estabelecimentos de ensino. A realização de provas de orientação vocacional, também conhecidas como testes psicotécnicas, permite aferir dos interesses e aptidões dos jovens. “Escolher uma área de estudos ou um curso de carácter técnico-profissional nem sempre se afigura uma tarefa fácil, pelo que é natural e frequente existirem indecisões, angústias e receios”, refere a psicóloga Ana Rita Reis, num artigo dedicado à temática no site www. psicologia.com.pt. Existem vários factores a ponderar entre o aluno e o psicólogo na entrevista de orientação. “A discrepância entre as aptidões e os interesses, as expectativas do aluno, os desejos mais ou menos explícitos dos pais que podem gerar ambivalências no jovem, a falta de informação relativamente aos cursos e à relação destes com o mercado de trabalho, a consciência de que é difícil perceber o que realmente gostará de fazer daqui a uns anos” são alguns dos aspectos a ter em conta, sublinha a especialista

Os cursos de ensino profissional conferem… 3 equivalência ao 12º ano; 3 certificado Profissional Nível III da União Europeia; 3 acesso ao mercado de trabalho ou ao ensino superior.

Os candidatos a cursos profissionais devem ter… 3 9º ano de escolaridade completo; 3 menos de 25 anos

O que oferecem as escolas profissionais? 3 Após a conclusão dos cursos, no prazo de três anos, os alunos estão preparados para ingressar no mercado de trabalho ou prosseguir estudos superiores. 3 Além das disciplinas científicas e socioculturais, os cursos têm uma forte componente prática e disciplinas técnicas de especialização. 3 Proporcionam a realização de estágios em contexto laboral e competências para a vida activa. 3 A criação dos cursos pretende responder às necessidades do tecido empresarial, de modo a garantir uma elevada taxa de empregabilidade dos formandos. 3 Os protocolos estabelecidos com várias entidades possibilitam ainda o envolvimento dos alunos e escolas na vida da comunidade, actividades e estágios, permitindo aos alunos pôr em prática os conhecimentos adquiridos.

FICHA TÉCNICA DIRECTOR

EDITOR COORDENADOR

DIRECÇÃO COMERCIAL

PAGINAÇÃO

TIRAGEM

Francisco Rebelo dos Santos

João Paulo Silva

Alda Moreira

Departamento Gráfico do REGIÃO

15.000 exemplares

DE LEIRIA DIRECTOR EXECUTIVO

FOTOS

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João Carreira

Joaquim Dâmaso

Alda Moreira, João Agrela,

IMPRESSÃO

Luis Vieira

Imprejornal, SA


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Escola Profissional de Ourém

“Adaptamo-nos melhor às mudanças” Apesar de “todas as críticas e das mais hilariantes acusações”, o ensino profissional conseguiu “aguentar-se e afirmar-se” nestes últimos 21 anos em Portugal. De tal modo “que hoje é copiado e disponibilizado nas escolas secundárias”. Francisco Vieira, director executivo da Insignare e responsável pelas escolas Profissional de Ourém (EPO) e de Hotelaria de Fátima (EHF), considera, no entanto, que o ensino profissional, “parente pobre do ensino em Portugal”, ainda não granjeou o lugar que merece no panorama nacional. Ainda assim, “acreditamos plenamente na capacidade de sobrevivência” deste sistema, sustenta Francisco Vieira, que enaltece quer a resposta dada “às necessidades de mão-de-obra qualificada das empresas e aos legítimos anseios dos jovens” quer a capacidade de adaptação às mutações do tecido económico. “Somos geneticamente mais ágeis e mais rápidos perante cenários de mudança e isso proporciona-nos uma melhor capacidade de adaptação e resposta.

Somos melhores”, explica. Com a capacidade de recepção de novos alunos esgotada ano após ano, as duas escolas da Insignare estão preparadas para acolher no próximo ano lectivo 230 novos alunos e atingir os 600 alunos em formação/ano. “O objectivo é confirmar a posição de maior e melhor escola profissional do centro do País”, defende Francisco Vieira. De entre a oferta formativa dos dois estabelecimentos, os cursos de hotelaria, particularmente na variante de cozinha, têm suscitado maior procura por parte dos alunos, logo seguidos pelos cursos de energias renováveis, design, informática e animação sociocultural. A recuperação dos cursos de gestão e de construção civil é esperada no próximo ano, sendo que a organização de eventos surge como novidade. A taxa de empregabilidade dos alunos formados na EPO e EHF nos últimos três anos ronda os 83% enquanto a do ingresso no ensino superior situa-se nos 12%, revela ainda o director da Insignare.

EPO - Escola Profissional de Ourém Rua Santa Teresa de Ourém Apartado 107 2494-909 Ourém Telf. 249 540 390 Fax: 249 540 399 e-mail: epo@insignare.pt site: www.epo.pt

Escola de Hotelaria de Fátima Rua do CEF – Planalto do Sol 2495-651 Fátima Telf. 249 530 630 Fax: 249 530 639 e-mail: ehf@insignare.pt

Cursos Profissionais 2010/2011 Técnico de Construção Civil – variante de Medições e Orçamentos Técnico de Gestão Técnico de Energias Renováveis Técnico de Design Técnico de Restauração – variante Cozinha/Pastelaria (Fátima) Técnico de Restauração – variante Restaurante/Bar (Fátima) Técnico de Turismo (Fátima) Técnico de Organização de Eventos (Fátima)


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Escola Tecnológica e Profissional da Zona do Pinhal

Educação profissional ajuda a combater abandono escolar

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A capacidade das escolas profissionais para gerar dinâmicas de empregabilidade tem sido enaltecida por António Figueira, director da Escola Tecnológica e Profissional da Zona do Pinhal (ETPZP), nomeadamente por responderem aos desafios do combate ao abandono escolar. Com uma duração de três anos, os cursos profissionais representam 3.100 horas por ciclo de formação, que incluem uma formação prática em contexto de trabalho de 420 horas. Todos os cursos dividem-se em três áreas de formação. A sócio-cultural possui uma carga de mil horas, a científica 500 horas e a técnica 1.600 horas. De cariz eminentemente prática, este tipo de formação não descura, segundo este responsável, as outras vertentes fundamentais à formação global dos jovens, preparando-os, enquanto cidadãos, para um futuro desempenho profissional e individual. Preferindo a designação de “educação profissional” ao “ensino profissional”, António Figueira considera não se tratar de “uma alternativa menor”. Antes pelo contrário. O modelo prevê a realização de estágios em empresas, que se traduzem em valor acrescentado à formação adquirida na escola além de despertarem nos jovens uma atitude de responsabilidade e participação activa. A taxa de empregabilidade dos alunos diplomados tem rondado os 85% na ETPZP, enquanto apenas 10% dos for-

mandos têm optado por seguir outros estudos. O curso com maior saída profissional tem sido o de Restauração, o mesmo que tem colhido a preferência de grande parte dos candidatos ao ensino profissional. Mas nem tudo são rosas. Segundo já referiu o director da ETPZP, os docentes e formadores das escolas profissionais continuam “a viver situações de extrema precariedade e instabilidade”, nunca tendo obtido a devida valorização por parte dos sucessivos governos e equipas ministeriais. Segundo António Figueira, um dos problemas mais comuns das escolas profissionais passa pela “inexistência de um contrato colectivo de trabalho que preveja, entre outros aspectos de âmbito sócio-profissional, regras relativas a horário de trabalho, organização das diversas componentes das funções docentes e as condições de progressão na carreira”. Outro passa pela ausência de um modelo de financiamento, lacuna que conduz a situações de estrangulamento para muitas escolas.

ETPZP - Escola Tecnológica e Profissional da Zona do Pinhal Avenida 25 de Abril 3270-067 Pedrógão Grande Telf. 236 486 341/236 485 175 Fax: 236 486 334 e-mail: geral@etpzp.pt site: www.etpzp.pt

Cursos Profissionais 2010/2011 Restauração - variante de Cozinha/Pastelaria ou Restaurante/Bar Construção Civil - variante de Desenho, Topografia ou Condução de Obra Gestão Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade Informática Energias Renováveis - variante de Energia Solar Telecomunicações


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Escola Profissional de Leiria

“Ensino profissional ocupa cada vez mais o lugar que merece” Falta de espaço. É esta a “maior e única dificuldade” com que se debate a Escola Profissional de Leiria (EPL). A obtenção de outro espaço “para que a escola possa crescer e oferecer mais e ainda melhor formação” constitui nesse sentido o grande desafio do estabelecimento, adianta Susana Nogueira, presidente da direcção da EPL que perfaz 21 anos de actividade. Tantos quanto o ensino profissional em Portugal que, segundo a responsável, “ocupa cada vez mais o lugar que merece no panorama do ensino nacional”. “A melhor prova de que o ensino profissional afinal não era tão desprestigiante como algumas pessoas pensavam” é o facto de as escolas secundárias terem adoptado este tipo de ensino, defende Susana Nogueira, que rejeita liminarmente a ideia de que a via profissional constitui um caminho mais fácil para alunos com menos sucesso escolar. Segundo a directora da EPL, os candidatos à frequência dos cursos profissionais ministrados em Leiria são cada vez mais jovens, não sendo raro terem 14 e 15 anos. “Não são alunos que tenham ficado retidos nalgum ano escolar ou que tenham abandonado durante algum tempo a escola”, esclarece, referindo o interesse manifestado pelos candidatos que

“sabem previamente que irão ser seleccionados através da realização de vários testes”. Apenas os 23 melhores entrarão, para cada curso, pelo que “alunos com fracos resultados nos testes de Matemática, Português e psicotécnicos não terão essa oportunidade”. A EPL lança no próximo ano lectivo dois novos cursos - Técnico de Recepção e Técnico de Energias Renováveis/Sistemas Solares –, na sequência de estudos realizados junto do tecido empresarial da região para aferir das necessidades actuais. E cria novas turmas para técnicos de Cozinha/Pastelaria e de Electrotecnia, áreas que têm registado as melhores taxas de empregabilidade. Garantir a empregabilidade dos formandos é aliás um dos grandes objectivos das escolas profissionais. E que tem sido reforçado pela necessidade manifestada por muitas famílias para que os jovens ingressem no mercado de trabalho o mais cedo possível. Segundo Susana Nogueira, “necessitam de ajudar ao sustento da família ou dos próprios”, fruto da conjuntura sócio-económica que afecta todo o país. A taxa de empregabilidade em 2009 atingiu os 84% na EPL. Já a taxa de alunos que optam por prosseguir estudos tem rondado os 10%.

EPL - Fundação Escola Profissional de Leiria Rua da Cooperativa – S. Romão Pousos Apartado 2819 2414-019 – Leiria Telf. 244 848 610 Fax: 244 848 611 e-mail: epleiria.f@mail.telepac.pt site: www.epl.pt

Cursos Profissionais 2010/2011 Técnico de Recepção Técnico de Energias Renováveis/Sistemas Solares Técnico de Cozinha/Pastelaria Técnico de Electrotecnia

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Escola Profissional Agricultura e Desenvolvimento Rural de Cister

“É da máxima importância a preparação de técnicos intermédios” A procura dos cursos profissionais da EPADRC tem duplicado nos últimos três anos, “fruto das boas condições de aprendizagem que a escola oferece e dos elevados índices de empregabilidade dos seus alunos”. Esta é a opinião de João Raposeira, director da escola, que sublinha a preferência dos alunos em integrar o mercado de trabalho no final do curso, em detrimento do ingresso no ensino superior. “Até ao final do ano lectivo passado, os alunos finalistas eram praticamente todos de cursos da área de Ciências Agrárias, onde se regista uma grande procura de técnicos por parte das empresas e a empregabilidade ronda os 100%”, adianta, referindo que serão apenas um ou dois por turma os alunos que quiseram seguir para o ensino superior. O director da escola de Cister não duvida das vantagens do ensino profissional, nomeadamente “numa sociedade em que predominam licenciados com uma formação excessivamente teórica e empresários esforçados mas que não tiveram acesso à PUBLICIDADE

escolaridade”. “É da máxima importância a preparação de técnicos intermédios”, assegura, convicto de que os cursos profissionais estão vocacionados para integrar os jovens mais cedo num contexto profissional garantindo ainda aos alunos uma formação diversificada nos diversos campos do saber. Duas décadas depois da entrada em funcionamento das primeiras escolas profissionais em Portugal, João Raposeira admite que já houve tempos em que imperava o preconceito e “o ensino profissional era visto como uma formação menor”. Hoje, porém, “é reconhecido o trabalho feito pelas escolas profissionais” e a prova está nos índices de empregabilidade. Mas ainda subsistem obstáculos para as escolas profissionais, “sobretudo as públicas com uma exploração agrícola”, sustenta o director da EPADRC. A falta de funcionários, “para poderem implementar um modelo formativo mais evoluído e dar resposta aos novos desafios”, a falta de autonomia e a burocracia poderão, no seu entender, condicionar o êxito futuro destas escolas.

EPADRC - Escola Profissional Agricultura e Desenvolvimento Rural de Cister Rua Costa Veiga Apartado 211 2460-997 Alcobaça Telf. 262 596 844 Fax: 262 596 734 e-mail: esc.cister@mail.telepac.pt site: www.epadrc.pt

Cursos Profissionais 2010/2011 Técnico de Apoio à Infância Técnico de Produção Agrária Técnico de Turismo Técnico de Restauração (Cozinha/Pastelaria ou Restaurante/Bar) Técnico de Protecção Civil Técnico de Construção Civil (Condução de Obras/Medições e Orçamentos) Técnico de Gestão Técnico de Organização de Eventos


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Escola Técnica Empresarial do Oeste

Novas modalidades de formação no horizonte A crescente procura do ensino profissional e o seu alargamento às escolas públicas são prova de que este sistema se impôs como “modalidade há muito desejada pelas dificuldades que o ensino tradicional ia sofrendo”. Luís Sá Lopes, director pedagógico da Escola Técnica Empresaria do Oeste (ETEO), recorda que a ETEO começou a funcionar em 1990, nos degradados pavilhões do parque D. Carlos I, o que terá motivado porventura “uma certa desconfiança quanto ao seu sucesso”. A má qualidade das instalações foi contudo relegada para segundo plano dada a qualidade da equipa de professores contratada. Há quatro anos que ocupa instalações próprias, com um número de alunos correspondente ao limite da sua tipologia. Actualmente com 13 turmas, irá, no futuro, acolher mais duas. O sucesso dos alunos tem sido uma prioridade para a ETEO, que lhes faculta a possibilidade de recuperar módulos que eventualmente fiquem em atraso. “Não há repetições de ano estando os alunos num projecto de três anos, podendo concluir por vezes mais tarde, sem custo para o Orçamente de Estado”, esclarece o mesPUBLICIDADE

mo responsável. Até à data, a ETEO contabiliza 764 alunos já diplomados. Destes, 78% estão empregados, e 15% optaram por continuar a estudar. Para Luís Sá Lopes, a diminuição do número de horas dos planos de estudo de 3.600 para 3.100 criou contudo alguns problemas na qualidade da formação. Ainda assim, a procura continua a ser elevada, com destaque para os cursos de Técnico de Comunicação/Marketing, Relações Públicas e Publicidade, Animador Sociocultural e Técnico de Multimédia. Com maior saída profissional estão os de Técnico de Hotelaria /Recepção e Atendimento, de Animador Sociocultural, e de Técnico de Comunicação/Marketing, Relações Públicas e Publicidade. Assumindo-se como “instituição virada para o futuro”, a ETEO pretende apostar em mais formação em Cursos de Especialização Tecnológica e noutras modalidades de formação, como o e-learning, associando-se a outras instituições.

ETEO – Escola Técnica Empresarial do Oeste Rua Cidade de Abrantes, nº 8 2500-146 Caldas da Rainha Telf. 262 842 247/ 262 877 928 Fax: 262 842 275 e-mail: geral@eteo-apepo.com site: eteo-apepo.com

Cursos Profissionais 2010/2011 Técnico de Energias Renováveis Técnico de Higiene e Segurança do Trabalho e Ambiente Técnico de Multimédia Técnico de Fotografia Técnico de Turismo Técnico Auxiliar de Acção Médica (aguarda homologação do Ministério da Educação)


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Escola Profissional da Nazaré

“Uma instituição de ensino deve fazer algo mais que ensinar”

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Consideradas profissões de sucesso, muito apelativas aos jovens nomeadamente por lhes proporcionar uma plena integração no mercado de trabalho, as áreas da Hotelaria e Restauração têm sido muito procuradas por quem envereda pela via profissional após o 9º ano de escolaridade. Com apenas dois anos de actividade, a Escola Profissional da Nazaré (EPN) volta a apostar no próximo ano lectivo nestas áreas, criando mais três turmas em restauração e organização de eventos. Mas não só. Ana Paula Reis, directora financeira do estabelecimento, entende que “uma instituição de ensino deve fazer algo mais que ensinar”, tendo em conta o papel que desempenha na educação e formação dos jovens. A criação de condições apelativas e de uma ligação próxima aos alunos e às famílias tem sido, nesse sentido, um dos objectivos da EPN. “Para além das aulas, esta escola oferece aos seus alunos a possibilidade de frequentarem a título gratuito as actividades extracurriculares. Uma tarde por semana é reservada para a participação facultativa dos alunos nas actividades de Bodyboard, Espanhol e Alemão”, explica a responsável, acrescentando que a EPN também disponibiliza alojamento em residências escolares “em condições económicas favoráveis” aos alunos com dificuldade de transporte e deslocação.

Determinada em encontrar “para cada aluno um posto de trabalho”, a escola da Nazaré aposta, à semelhança das suas congéneres, “na integração das componentes técnica, teórica e prática dos cursos, no regular contacto com o tecido empresarial e no olhar atento às necessidades de formação, de modo a responder rápida e adequadamente a essas necessidades”. E isto no prazo de três anos. Não obstante a sua curta experiência, a escola reforçou as suas relações “com a comunidade local e regional, através de parcerias, protocolos e realização de estágios”, o que, segundo Ana Paula Reis, ajuda a identificar as necessidades de formação do tecido social e empresarial. Quanto às dificuldades com que se debate a EPN, a responsável frisa apenas o elevado investimento necessário à construção de uma nova escola “em termos de financiamento, aquisição de equipamentos, material didáctico e recursos humanos qualificados”.

EPN – Escola Profissional da Nazaré Praça Pintor Mário Botas, 7 2450-284 Nazaré Telf. 262 182 107 Fax: 262 182 242 e-mail: epn@epnazare.eu site: www.epnazare.eu

Cursos Profissionais 2010/2011 Técnico de Restauração – variante Cozinha/Pastelaria Técnico de Restauração – variante Restaurante/Bar Técnico de Organização de Eventos


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Escola Tecnológica, Artística e Profissional de Pombal

“A primeira empresa onde o aluno ‘trabalha’” “A escola é, no nosso entender, a primeira empresa onde o aluno ‘trabalha’”, e “os pilares do nosso projecto educativo assentam na trilogia “escola/empresa/comunidade”. Manter os laços entre a escola, o mercado empresarial local e regional e a comunidade envolvente é, segundo a directora pedagógica da Escola Técnica, Artística e Profissional de Pombal (ETAP), um dos grandes objectivos do estabelecimento que foi pioneiro no ensino profissional em Portugal. Isabel Arrais acredita aliás que este modelo tem vindo a ser reconhecido, nos últimos 20 anos, como “um investimento e uma mais valia na aquisição de competências para ingressar no mundo do trabalho”. Ainda assim, refere, persiste “algum preconceito associado aos cursos profissionais, fruto sem dúvida da falta de conhecimento”. Quanto à grande diferença entre os cursos profissionais e o ensino regular, a responsável considera prender-se “com essa aquisição de competências, que darão aos alunos uma ferramenta de trabalho”. “Os jovens que optam por esta via de ensino vêem garantida uma qualificação profissional que lhes pode PUBLICIDADE

abrir as portas do mundo do trabalho como técnicos intermédios qualificados”, acrescenta Isabel Arrais. Mas há quem opte por continuar a estudar, o que também garantem as escolas profissionais. A percentagem de ingresso na universidade depende dos cursos mas também com a conjectura económica actual, explica a directora pedagógica da ETPA. “Por exemplo, nos últimos anos a percentagem de alunos do curso de Construção Civil que ingressam na universidade é de cerca de 90%, nos restantes cursos rondará os 25%”, explica Isabel Arrais, embora acrescente que “muitos destes alunos optam por continuar a estudar à noite e ingressam nos CET, nível IV, ao mesmo tempo que se iniciam no mercado de trabalho”. Quanto aos cursos com maior procura na ETAP, são actualmente os de Técnico de Electrónica, Automação e Comando, Apoio à Infância, Técnico de Marketing e Manutenção Industrial/ Mecatrónica Automóvel.

ETAP – Escola Tecnológica, Artística e Profissional de Pombal Parque Industrial Manuel da Mota Apartado 165 3101-902 Pombal Telf. 236 200 810 Fax: 236 217 122 e-mail:info@etap.edu.pt site: www.etap.edu.pt

Cursos Profissionais 2010/2011 Técnico de Manutenção Industrial/Mecatrónica Automóvel Técnico de Electrónica, Automação e Comando Apoio à Infância Animador Sociocultural Técnico de Marketing Comércio Construção Civil


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Escola Tecnológica e Profissional de Sicó

“Há necessidade de mão-de-obra qualificada” Ilídio Baptista, director geral da Escola Tecnológica e Profissional de Sicó (ETP Sicó), destaca a preparação de quadros técnicos intermédios como a maior vantagem do ensino profissional. “Há necessidade de mão-de-obra qualificada com escolaridade de nível secundário” e “com algumas competências técnicas e profissionais, preparada para usar as novas tecnologias e se adaptar a uma realidade em constante mudança”, defende o responsável, para quem o ensino profissional constitui “uma alternativa para os jovens com menos interesse” pelo ensino tradicional e mais teórico. Fazendo a apologia do ensino profissional, Ilídio Baptista considera ter sido experimentado com êxito nas escolas profissionais como “modelo diferente, inovador, assente no saber fazer e numa relação de proximidade com o mundo laboral”. Quanto à procura dos cursos oferecidos pela ETP Sicó, “tem oscilado”, com tendência “para uma ligeira redução”, a que não são alheios o facto de estar inserida numa região com características de interioridade e de baixa natalidade e a elevada oferta disponível. Ainda assim, “a boa imagem da escola e o sucesso dos nossos diplomados contrariam essa tendência”, sublinha o director da escola, lembrando a necessidade de rejeitar candidatos em alguns cursos por insuficiência de vagas.

E se há uns anos apenas 10% dos diplomados da ETP Sicó prosseguiam estudos, esta taxa tem aumentado para os 25%. Segundo Ilídio Baptista, “o aumento da frequência do nível superior, como consequência da introdução do modelo de Bolonha e resultado duma política apostada no aumento do nível de qualificação”, tem contribuído para esta evolução. O mesmo responsável ressalva, por outro lado, o facto de todos os formandos que optaram pelo mercado de trabalho estarem empregados. Resultado que o leva a acreditar que o ensino profissional tem hoje o devido reconhecimento por parte do Governo, que tem apostado nos cursos de dupla certificação, e do tecido empresarial. “Mas falta um reconhecimento essencial: o das famílias e o das pseudo-elites culturais e académicas, que continuam a ver o ensino profissional como ensino de segunda, para os ‘coitadinhos’ dos alunos com dificuldades”, denuncia o director, que lembra as vantagens dos cursos profissionais. Além de conferirem uma dupla certificação, escolar (12º ano) e profissional (nível 3 de qualificação), proporcionam “uma formação equilibrada entre as componentes sociocultural, científica e tecnológica”, preparando os formandos para o mercado de emprego ou prosseguimento de estudos. Apostam ainda num ensino mais prático, assegurando elevadas expectativas de empregabilidade.

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ETP Sicó – Escola Tecnológica e Profissional de Sicó Rua 5 de Outubro 3240-312 Avelar Telf. 236 620 500 Fax: 236 620 509 e-mail: sico@etpsico.pt site: www.etpsico.pt

Pólo de Alvaiázere Rua do Hospital 3250-100 Alvaiázere Telf. 236 650 000 Fax: 236 650 009 e-mail: sicoalvaiazere@etpsico.pt

Pólo de Penela Rua do Brasil 3230-255 Penela Telf. 239 560 250 Fax: 239 560 259 e-mail: sicopenela@etpsico.pt

Cursos Profissionais 2010/2011 Técnico de Informática – Gestão e Programação de Sistemas (Avelar) Técnico de Electrónica, Automação e Comando (Avelar) Técnico de Electrónica de Telecomunicações (Avelar) Técnico de Gestão (Avelar) Técnico de Análise Laboratorial (Penela) Técnico de Energias Renováveis (Penela) Técnico de Construção Civil (Alvaiázere)


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Escola Profissional e Artística da Marinha Grande

As escolas profissionais inovaram no panorama educativo português Quando surgiu em Portugal, em 1989, o ensino profissional propôs “um modelo profundamente reformista e inovador” com o objectivo de responder às crescentes necessidades de empregabilidade e de qualificação de jovens. Para Piedade Panta, directora geral da Escola Profissional e Artística da Marinha Grande (EPAMG), a ligação escola/ empresa permite “a valorização e o reconhecimento dos diplomados através dos estágios nas empresas que clarificam a correspondência entre o currículo e o mundo laboral”. A implantação das escolas profissionais representou significativas inovações no panorama educativo português, lembra Piedade Panta. “A modularização de um currículo de formação profissional nas escolas profissionais” tem, segundo a responsável, implicações ao nível da concepção, atendendo aos “princípios psicopedagógicos estruturantes” que prossegue; ao nível da realização, com a “implementação das estratégias/actividades de ensino aprendizagem”; e ao nível do contexto por constituir “uma nova forma de pensar, organizar e administrar a escola” mas também “uma nova forma de se estar na escola”. Contudo, e apesar dos bons resultados obtidos com a formação dos seus alunos, o ensino profissional “não tem tido da parte do Governo o reconhecimento a que tem direito”, sustenta Pie-

dade Panta. No entender da directora da EPAMG, o Governo ainda não atribui o devido respeito ao trabalho desenvolvido ao longo dos anos pelas escolas profissionais. Em contrapartida, acusa, “aproveitou-se dele começando, indiscriminadamente, a abrir cursos profissionais nas escolas secundárias, sem respeitar a oferta formativa já existente”. Piedade Panta afirma não entender por que se alarga essa oferta formativa, quando as estatísticas apontam para uma redução do número de alunos. E garantem prosseguir um princípio fundamental: a prestação de um serviço público. Criada em 1990, a EPAMG iniciou a sua actividade com 54 alunos distribuídos por três cursos. E apesar da elevada oferta formativa na região, garantiu a frequência de 530 alunos este ano lectivo. Desde 1994, data em que se diplomaram os primeiros formandos, até 2009, saíram da EPAMG cerca de 1.400 diplomados. Nos últimos quatro anos, 58% dos alunos diplomados encontramse empregados, estando 41% a trabalhar na sua área de formação, revela Piedade Panta. Já 14% dos diplomados optaram por seguir a via do ensino superior, não havendo informação quanto aos restantes 28%.

EPAMG - Escola Profissional e Artística da Marinha Grande Praça Stephens, 2 Apartado 355 2430-904 Marinha Grande Telf. 244 560 193/244 560 407 Fax: 244 504 704 e-mail: geral@epamg.pt site: www.epamg.pt

Cursos Profissionais 2010/2011 Técnico de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade Técnico de Restauração – Restaurante Bar Técnico de Higiene e Segurança do Trabalho e Ambiente Técnico de Desenho de Construções Mecânicas Técnico de Apoio Psicossocial Técnico de Electrónica, Automação e Comando Técnico de Turismo – Informação e Animação Turística Técnico de Transformação de Polímeros

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“Formação e tem elevadas

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ontinuar a apostar na melhoria dos níveis e padrões de qualificação e preparar os activos desempregados para uma situação de mercado

de emprego mais favorável são dois dos principais objectivos que o Centro de Formação Profissional de Leiria (CFPL) tem pela frente, num ano em que “crise” alcançou o número 1 no top das palavras mais utilizadas. Paula Gonçalves, directora do CFPL, acredita que os recursos humanos estão a começar a ficar “mais aptos e motivados para responder aos desafios colocados às empresas” e que a formação profissional pode ser um ponto de partida para o sucesso.

Paula Gonçalves, directora do CFPL PUBLICIDADE

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m áreas mais técnicas taxas de empregabilidade” Num ano de crise, o Centro de Formação Profissional de Leiria regista uma procura maior? Sim. Tem-se verificado uma maior adesão às acções de formação profissional. Para esta afluência contribui não só o acréscimo de públicos desempregados, como também a dificuldade que outros operadores de formação estão a sentir na aprovação das suas candidaturas ao financiamento pelo Programa Operacional de Potencial Humano (POPH, do QREN). Quais os cursos mais procurados? Neste momento verifica-se uma grande afluência de candidatos a todos os cursos existentes no Plano de Actividades do Centro de Formação Profissional de Leiria. No entanto, as áreas dos cuidados de beleza, bem como as de gestão e administração foram, até ao momento, as que angariaram mais candidaturas. Qual o número de formandos que

passaram pelo Centro, em 2010? Desde Janeiro de 2010, integrámos 1.565 formandos em acções de formação de curta e longa duração, dos quais 593 transitaram de acções iniciadas em 2009. Os 972 formandos que ingressaram em novas acções reportam, sobretudo, à oferta formativa dirigida a adultos, isto é, acções de Educação e Formação de Adultos de nível básico e secundário, bem como formações modulares de menor duração. As acções dirigidas aos jovens, através das modalidades Educação e Formação e Aprendizagem, só iniciarão a partir de Setembro. Qual a taxa de sucesso/empregabilidade do Centro de Formação? Este factor está dependente quer das áreas profissionais, quer da capacidade económico-financeira das empresas. As áreas mais técnicas – soldadura, electricidade, técnico de manutenção industrial, técnico de maquinação e programação

– têm elevadas taxas de empregabilidade. Seguem-se os cursos da área social, cuidados de beleza, comércio e hotelaria, que possibilitam aos ex-formandos o desenvolvimento de actividade profissional independente ou em nome individual. Qual a faixa etária mais comum nestas acções de formação? Dependendo da modalidade de formação, podem aceder candidatos com a idade mínima de 15 anos. No entanto, a faixa etária mais expressiva situa-se entre os 30 e os 40 anos. Actualmente, não temos em plano acções de formação dirigidas especificamente a públicos licenciados. Qual o impacto da formação profissional ministrada pelo Centro de Leiria no mercado de trabalho? Os contextos formativos permitem o desenvolvimento de competências técnicas, pessoais e sociais, essenciais à

melhoria das condições de empregabilidade dos activos empregados e desempregados. Esta constatação tem vindo a mobilizar uma crescente procura de formação, sustentada na relevância da aprendizagem contínua ao longo da vida, que permite a aquisição e actualização de competências certificadas e reconhecidas pelo meio empresarial. Este novo modo de perceber a realidade disponibiliza recursos humanos mais aptos e motivados para responder aos desafios tecnológicos colocados às empresas. Que desafios se colocam no campo da formação nos próximos meses? Continuar a apostar na melhoria dos níveis e padrões de qualificação dos cidadãos em geral e preparar os activos desempregados para uma situação de mercado de emprego mais favorável, contribuindo deste modo para o desenvolvimento económico e social da região.

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Quando, como e para quem A

s modalidades são distintas e para diferentes públicos. Mas o objectivo é comum. Obter mais conhecimentos, aperfeiçoar ou melhorar as habilitações literárias e adquirir uma formação tecnológica específica. A população portuguesa tem aderido em grande número aos cursos de formação, de acordo com as suas características, e os resultados têm sido positivos. Crescer profissionalmente e integrar a competitividade existente no mercado de trabalho é o principal objectivo. As opções são muitas e dependem sempre do objectivo fi nal dos interessados. RVCC, EFA, CEF, CET ou UFCD pretendem o mesmo: ajudar a construir pequenos e simples passos que podem modifi car todo um futuro profi ssional que têm pela frente.

RCVV

EFA

CET

UFCD

O Sistema de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC) é destinado a todos os adultos que durante o período em que frequentaram a escola não tiveram oportunidade de concluir o estudo. O principal objectivo desta formação pretende ver reconhecidas e validadas as competências pessoais e profissionais dos adultos. Assim, acções do dia a dia, como ligar e desligar uma máquina, conduzir uma retroescavadora ou instalar um quadro eléctrico num prédio são operações tidas em conta para avaliar e certificar as competências. O processo é desenvolvido ao longo de um conjunto de sessões durante as quais os candidatos são apoiados, por técnicos e formadores, na identificação e reconhecimento das respectivas competências escolares, na recolha de evidências que as comprovem ou na respectiva demonstração, nas áreas de comunicação, matemática, tecnologias e cidadania. Caso se verifique que os candidatos têm competências em falta serão desenvolvidas formações de curta duração ajustadas às necessidades dos adultos. O processo termina com a apresentação do candidato perante um júri que valida as competências detidas e formaliza a certificação escolar, atribuindo o 4º, 6º, 9º ou 12º ano de escolaridade.

Os cursos de Educação e Formação de Adultos (EFA) são uma oferta integrada de educação e formação para públicos adultos que possuam baixos níveis de escolaridade e de qualificação profissional. O princípio base é semelhante ao processo de RVCC, contudo as formações têm uma especialização numa determinada área profissionalizante e permitem auxiliar os indivíduos para efeitos de inserção no mercado de trabalho.

O Curso de Especialização Tecnológica (CET) consiste numa formação póssecundária não superior que visa conferir qualificação profissional de nível 4, sendo uma alternativa válida para a profissionalização de técnicos especializados e competentes. Este tipo de qualificação profissional é obtido através da conjugação de uma formação secundária, geral ou profissional, com uma formação técnica póssecundária. Resulta numa qualificação que inclui conhecimentos e capacidades de nível superior, não exige o domínio dos fundamentos científicos das diferentes áreas e permite adquirir capacidades e conhecimentos que permitam, de forma geralmente autónoma ou independente, responsabilidades de concepção, direcção e gestão. Podem frequentar estes cursos os titulares de um curso secundário ou de habilitação legalmente equivalente, quem não completou o 12º ano de escolaridade, os titulares de qualificação profissional do nível 3 e os titulares de um diploma de especialização tecnológica que pretendam a sua requalificação profissional.

As Unidades de Formação de Curta Duração (UFCD) são uma acção complementar à formação tecnológica de um curso EFA, e destinam-se sobretudo a adultos com níveis de habilitação escolar inferiores ao 3º ciclo do ensino básico. Cada UFCD é definida e codificada no Referencial de Formação em vigor à data de saída do curso em causa e poderá ter a duração de 25 ou 50 horas. Os critérios de avaliação da EFCD da componente tecnológica assentam na participação, motivação, aquisição e aplicação de conhecimentos, mobilização de competências em novos contextos, relações interpessoais, trabalho em equipa, adaptação a uma nova tarefa, pontualidade e assiduidade. Para efeitos de conclusão da formação modular com aproveitamento e posterior certificação, a assiduidade do formando não pode ser inferior a 90% da carga horária total. A conclusão de um percurso, que permita a obtenção de uma qualificação constante no Catálogo Nacional de Qualificações, exige a realização de formação prática em contexto de trabalho, isto é, um estágio, sendo este de carácter obrigatório para quem não exerça actividade correspondente à saída profissional do curso frequentado ou uma actividade profissional numa área afim.

CEF Outra das modalidades do ensino profissionalizante que pretende contrariar o abandono escolar entre os jovens diz respeito aos cursos de Educação e Formação (CEF). Pretendem proporcionar aos jovens um conjunto de ofertas diferenciadas que permitam o cumprimento da escolaridade obrigatória, através de um percurso flexível e ajustado aos seus interesses e às necessidades do mercado de trabalho local, ou a prossecução de estudos ou formação que lhes permita uma entrada qualificada na vida activa. São destinatários desta vertente os jovens com idade igual ou superior a 15 anos, em risco de abandono escolar ou que já abandonaram antes da conclusão da escolaridade de 12 anos. No final do CEF, o estudante obtém uma qualificação escolar e profissional que lhe permite laborar no mercado.


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são as acções de formação

Mais informações: www.novasoportunidades.gov.pt www.iefp.pt www.poph.gren.pt

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O sucesso da formação Empregados, desempregados, empresários, jovens, adultos e até reformados. Todos mas mesmo todos procuram soluções para saber mais e melhor. Não existe nenhuma fórmula secreta para alcançar uma formação e obter o sucesso. O mercado está em constante transformação e todos os anos surgem novos cursos e diferentes modalidades de aprendizagem. Com a taxa de desemprego a crescer todos os meses, alcançando níveis históricos em Portugal, e atravessando uma crise económica sem precedentes, a aposta em acções de formação pode ser uma saída para muitos trabalhadores, empresários e activos. Se por um lado, Cristina Silva, da CPS – Consultores Informática, assinala que “é visível a dificuldade económica dos interessados” em frequentar acções formativas, por outro, regista que o nível etário dos participantes está a aumentar. “Hoje verificam-se mais formandos seniores do que em anos anteriores”, afirma e, maioritariamente, “o formando pretende entrar no mundo da internet”, acrescenta. Para Ana Paula Santos, da APS Consultores, hoje em dia, existe “ uma maior PUBLICIDADE

ção não co-financiada. Os cursos com início marcado para o mês de Junho já têm todas as turmas preenchidas há algum tempo, o que representa um pouco daquilo que tem sido a actividade da empresa na região. Serviço de Apoio a Crianças e Jovens, Trabalho Social e Orientação, Contabilidade e Fiscalidade, Secretariado e Trabalho Administrativo, Enquadramento na Organização/Empresa e Segurança e Higiene no Trabalho são as acções mais procuradas, enquanto Team Building, Liderança, Atendimento, Gestão, Contabilidade e Fiscalidade têm menos procura.

Crise não fermenta formação preocupação na qualificação profissional, na aquisição e no desenvolvimento de competências” e a empresária faz um balanço positivo da actividade. Os cursos têm uma procura bastante elevada, por parte dos activos, empregados e desempregados, no que respeita a co-financiados, e de empresas e empresários, em formação de formadores, quanto à forma-

A Securiform, empresa sedeada na Marinha Grande, iniciou a sua actividade em 2001, na área da segurança, venda de equipamentos, prestação de serviços, consultoria e formação. A entidade é acreditada pela Direcção Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (DGERT) e a oferta formativa centra-se nas áreas de Higiene e Segurança no Trabalho, Incêndios, Primeiros Socorros, Ambiente e Qualidade. PUBLICIDADE

Destinadas maioritariamente a empresas, as formações têm como objectivo colmatar necessidades de competências específicas e apoiar as empresas no cumprimento da legislação na área de Segurança, Higiene e Saúde no trabalho. Deparados com uma lacuna na oferta formativa nacional, a empresa procurou ministrar formação teórica e prática a técnicos de manutenção de extintores para solucionar esta falha. Até ao momento, mais de 500 técnicos partilharam experiências e saberes. Também na CF Consultores, o curso de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho é dos mais procurados. Os formandos procuram adaptar-se às novas normas legislativas e aprofundar conhecimentos sobre as áreas onde trabalham. O panorama actual também tem tido reflexos na actividade da CF Consultores. A procura de acções formativas tem diminuído, contudo, Cristina Ferreira faz um balanço positivo da participação de pessoas activas nas diferentes acções. Técnico de Vendas e Negociação, Primeiros Socorros ou Combate a Incêndios e Equipas de Intervenção são dos cursos mais procurados.


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Os empresários também têm formação As Unidades de Formação de Curta Duração (UFCD) ganharam entretanto uma nova fronteira. Resultado do Acordo para a Reforma de Formação Profissional, entre parceiros e Governo, agora a Iniciativa de Formação também atinge os empresários. O objectivo passa por elevar os níveis de qualificação da população portuguesa, incluindo a elevação da formação dos empresários, através da promoção de uma oferta formativa ajustada às suas necessidades específicas, podendo os respectivos perfis de competência e referenciais de formação integrar o Catálogo Nacional de Qualificações. A formação passa por reforçar o desenvolvimento das competências dos empresários de micro e pequenas e médias empresas (PME), através da realização de acções de formação e de aconselhamento que respondam às suas necessidades, visando a melhoria da sua capacidade de gestão e o aumento da competitividade, modernização e capacidade de inovação das respectivas empresas. A acção desenvolve-se em duas tipologias: Competências em gestão - nível base, e Competências em gestão - nível avançado. Ambas integram uma formação teóricoprática com a duração de 75 horas e uma componente de aconselhamento individual, directo e personalizado com uma duração de 50 horas. Quanto às “Competências em gestão - nível base”, estão disponíveis UFCD em Liderança e organização do trabalho, Estratégia e Instrumentos de apoio à gestão.

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Centros de Novas Oportunidades na região Centro de Formação Profissional de Leiria

Morada: Rua São Francisco, 32 - 2.º Esq. 2400-230 LEIRIA Telefone: 244849870 Fax: 244849871 Site: www.iefp.pt / Email: paula.a.goncalves@iefp.pt NERLEI - Associação Empresarial da Região de Leiria

Morada: Av. Bernardo Pimenta - Edifício NERLEI 2404-010 LEIRIA Telefone: 244890200 Fax: 244890210 Site: www.nerlei.pt / Email: cno@nerlei.pt

Agrupamento de Escolas Fernão do Pó

Morada: Av. Dr. Joaquim de Albuquerque2540-004 BOMBARRAL Telefone: 968439515 Fax: 262609139 Site: www.aefp.pt / Email: cno@aefp.pt Escola Secundária de Peniche

Morada: Av. 25 de Abril 2520-202 PENICHE Telefone: 262780340 Fax: 262780342 Site: www.es-peniche.net Escola Secundária Rafael Bordalo Pinheiro

ADAE - Associação de Desenvolvimento da Alta Estremadura

Morada: Av. Dr. José Jardim, 18 - Apartado 4065 2410-124 LEIRIA Telefone: 961036726 Fax: 244822796 Site: www.adae.pt / Email: adae@adae.pt CERCIPENICHE - Cooperativa de Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Peniche, CRL

Morada: Rua Adelino Amaro da Costa2520-268 PENICHE Telefone: 262780080 Fax: 262789963 Site: www.cercipeniche.pt/cno / Email: cno@cercipeniche.pt POMBALPROF – Sociedade de Educação e Ensino Profissional Lda.

Morada: Apartado 165 3101-902 Pombal Telefone: 962038810 Fax: 236217122 Site: www.etap.edu.pt / Email: dir.geral@etap.edu.pt Agrupamento de Escolas de Ansião

Morada: Av. Coronel Vitorino Henriques Godinho3240-154 ANSIÃO Telefone: 236670103 Fax: 236670101 Site: http://cnoansiao.blogspot.com/ Email: cnoansiao@ mail.telepac.pt PUBLICIDADE

Morada: Rua Dr. Leonel Sotto Mayor 2500-227 CALDAS DA RAINHA Telefone: 262838089 Fax: 262838089 Site: www.crvcc-bordalo.pt.vu Email: crvcc.bordalo@gmail.com Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico de Pombal

Morada: Rua da Escola Técnica 3100-487 POMBAL Telefone: 236212169 Fax: 236217277 Site: http://cnodaespombal.blogspot.com/ Email: espombal@mail.telepac.pt Escola Secundária Eng. Acácio Calazans Duarte

Morada: Rua Alberto Nery Capucho 2430-231 MARINHA GRANDE Telefone: 244575146 / Fax: 244575142 Site: www.esec-eng-a-calazansduarte.rcts.pt Email: ce.es.acduarte@leirianet.pt CRISFORM - Centro de Formação Profissional para o Sector da Cristalaria

Morada: Zona Industrial Casal da Lebre, Rua da Alemanha, Lote 18 - Apartado 393 2431-905 Marinha Grande Telefone: 244570070 / Fax: 244570071 Site: www.crisform.pt / Email: geral@crisform.pt

SICÓ Formação - Sociedade de Ensino Profissional, S.A.

Morada: Rua 5 de Outubro, Apartado 47 3240-312 AVELAR Telefone: 236628355 Fax: 236628357 Site: www.etpsico.pt / Email: sico@etpsico.pt BARAFUNDA - Associação Juvenil da Cultura e Solidariedade Social

Morada: Rua Heróis do Ultramar, 34 2475-150 BENEDITA Telefone: 262186000 Fax: 262186000 Site: www.barafunda.net / Email: geral@barafunda.net CERCINA - Cooperativa de Ensino e Reabilitação de Crianças Inadaptadas da Nazaré, CRL

Morada: Rua Manuel Jacinto, lote 31, 1º Dto, Bairro Salvador, Buzina, Sítio da Nazaré 2450-065 NAZARÉ Telefone: 262180403 Fax: 262562596 Site: www.cercina-nazare.com Email: cercina.rvcc@gmail.com

Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico da Batalha

Morada: Rua da Freiria 2440-062 BATALHA Telefone: 244769180 Fax: 244768346 Site: esbatalha.ccems.pt / Email: esbatalha@ccems.pt CENCAL - Centro de Formação Profissional da Indústria da Cerâmica

Morada: Rua Luís Caldas - Apartado 39 2504-909 Caldas da Rainha Telefone: 262840110 Fax: 262842224 Site: www.cencal.pt / Email: cno@cencal.pt Escola Secundária com 3.º Ciclo do Ensino Básico de Figueiró dos Vinhos

Morada: Rua Madre de Deus 3260-426 FIGUEIRÓ DOS VINHOS Telefone: 236559170 Fax: 236559178 Site: www.esfv.edu.pt / Email: cap@aefv.edu.pt Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos com Ensino Secundário de Maceira

Morada: Rua das Tílias 2405-025 MACEIRA Telefone: 244770120 Fax: 244772347 Site: www.eps-maceira.rcts.pt Email: cno@eb23s-maceira.edu.pt Escola Profissional de Leiria

Morada: Rua da Cooperativa 2414-019 LEIRIA Telefone: 244820123 Fax: 244820124 Site: http://www.eplcno.com.pt Email: cno@eplcno.com.pt CENCAL - Centro de Formação Profissional

da Indústria da Cerâmica II - Alcobaça Morada: Av. Eng. Joaquim Vieira Natividade - n.º43 2460-071 ALCOBAÇA Telefone: 262185812 Site: www.cencal.pt / Email: cno.alcobaca@cencal.pt


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Escola Secundária com 3º Ciclo do Ensino Básico D. Inês de Castro de Alcobaça

Morada: Rua Costa Veiga 2460-028 ALCOBAÇA Telefone: 262505170 / 962 097 175 / 913 617 444 Fax: 262 596 460 Site: www.esdica.pt / Email: luis.anabela@gmail.com Agrupamento de Escolas de Mira de Aire e Alvados Morada: Rua Constantino Laureano Duque, Apartado 22 2485-095 MIRA DE AIRE

Telefone: 244447150 / 912532754 Fax: 244449407 Site: www.miral.ccems.pt / Email: info@esec-mira-aire. rcts.pt Instituto Politécnico de Leiria

Morada: Rua das Olhalvas 2414-016 LEIRIA Telefone: 244 845 050 Fax: 244 845 059 Site: www.ipleiria.pt / Email: isabelbeato@ipleiria.pt AICP – Associação de Industriais do Concelho de Pombal

Morada: Centro de apoio à indústria, Parque Industrial Manuel da Mota, Lote 33 3100-354 POMBAL Telefone: 236207752 Fax: 236218438 Site: aicp.pt / Email: cno.aicp@mail.telepac.pt

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INSIGNARE - Associação de Ensino e Formação Morada: Rua Santa Teresa de Ourém, 13

2490-242 OURÉM Telefone: 249540397 Fax: 249540399 Site: www.insignare.pt / Email: cno@insignare.pt

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ISLA – Instituto Superior de Línguas e Administração de Leiria

Morada:: Rua da Cooperativa, S. Romão 2414-017 Leiria Telefone: 244 820 650 Fax: 244 813 021 Escola Secundária Domingos Sequeira

Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos de D. Afonso Conde de Ourém

Morada: Rua Comandante Joaquim da Silva - Apartado 20 2490-529 OURÉM Telefone: 249540785 Fax: 249540789 Site: http://www.eb23-4condeourem.edu.pt/ Email: escola@eb23-4condeourem.edu.pt Escola Secundária com 3º ciclo do Ensino Básico de Pombal

Morada:: Rua da Escola Técnica 3100-487 Pombal Telefone.: 236212169 Fax: 236212167 Email: espombal@mail.telepac.pt EPAMG – Escola Profissional e Artística da Marinha Grande

Morada:: Praça Stephens, 2 , Apartado 355 2430-904 Marinha Grande Telefone 244 560 193 / 244 560 407 Fax: 244 50 47 04 E-mail: geral@epamg.pt

Morada:: Largo Dr. Serafim Lopes Pereira 2400-250 LEIRIA Telefone: 244848250 Fax: 244848259 Site: www.esds.edu.pt/ / Email: serv.admin.esds@gmail. com Escola Secundária Rodrigues Lobo

Morada:: Rua Afonso Lopes Vieira2400-082 LEIRIA Telefone: 244890260 Fax: 244890269 Site : www.es-frodrigueslobo.edu.pt / Email: sec.esfrlobo@mail.telepac.pt Centimfe - Centro Tecnológico da Indústria de Moldes, Ferramentas especiais e Plásticos Morada:: Rua de Espanha, Lote 8, Zona Industrial, Apartado 313 2431-904 Marinha Grande

Telefone: 244 545 600 Fax: 244 545 601



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