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Vox Populi: Dilma 38%, Marina 25% e Aécio 17% Nova pesquisa Vox Populi para a eleição presidencial coloca Dilma 13 pontos a frente de Marina. No segundo turno há empate técnico entre as duas candidatas O Vox Populi divulgou nesta quintafeira uma nova pesquisa para a eleição presidencial de 2014. Dilma Rousseff (PT) tem 38% das intenções de voto e segue em primeiro, acompanhada de Marina Silva (PSB), que aparece com 25%. Aécio Neves (PSDB), em terceiro, soma 17% das intenções de voto. O Pastor Everaldo (PSC) tem 1% dos votos, enquanto os outros candidatos não pontuaram. A atual presidente tem agora 13 pontos de vantagem sobre a candidata do PSB. Os números são compatíveis com as projeções do analista político e es-
nário mais próximo da realidade seria Dilma Rousseff (38%), Marina Silva (26%) e Aécio (17%/18%).
critor Luis Soares, colunista de Pragmatismo Político, que traçou ontem um panorama eleitoral a partir dos
Doleiro é condenado à prisão por propina da campanha de Jaime Lerner
levantamentos divulgados por três institutos de pesquisa durante esta semana. Na ocasião, Soares identificou a disparidade entre os dados da última pesquisa Vox Populi em relação aos outros institutos e indicou que um ce-
SEGUNDO TURNO Dilma Rousseff e Marina Silva estão tecnicamente empatadas na simulação de segundo turno. A petista tem 42% contra 41% da pessebista. No cenário em que Dilma enfrenta Aécio, a candidata do PT soma 45%; o tucano teria 37%. A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos. 2 mil eleitores em 147 municípios de todas as regiões do País foram entrevistados entre 23 e 24 de setembro. Pragmatismo Político
Alberto Youssef é condenado à prisão por corrupção ativa; mídia omite que propina foi destinada à campanha de Jaime Lerner (ex-DEM e ex-PSB) O doleiro Alberto Youssef foi condenado nesta quarta-feira a quatro anos e quatro meses de prisão pelo crime de corrupção ativa no caso Banestado. A decisão é do juiz Sérgio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba. Ainda cabe recurso. A ação penal, que também incluía acusação pelo crime de gestão fraudulenta de instituição financeira, foi originariamente proposta em 2003 pelo Ministério Público Federal, mas foi suspensa após acordo de colaboração premiada firmado entre o doleiro, o MPF e o Ministério Público do estado do Paraná. Após a deflagração da operação lava jato, da Polícia Federal, no entanto, o acordo foi suspenso, a pedido do MPF, e a ação foi retomada. Segundo a denúncia, o então diretor de Operações Internacionais do Banco do estado do Paraná, Gabriel Pires Neto, teria recebido propina de US$ 131 mil para conceder, por meio da agência Grand Cayman, nas ilhas Cayman, empréstimo de US$ 1,5 milhão à Jabur Toyopar Importação e Comércio de Veículos, que
tinha o doleiro como sócio. Em sua decisão, Moro chama Youssef de “criminoso profissional”. “[O doleiro] teve sua grande chance de abandonar o mundo do crime com o acordo de colaboração premiada, mas a desperdiçou, como indicam os fatos que levaram à rescisão do acordo”, acrescentou o juiz. Moro afirma, ainda, que o crime trouxe prejuízo considerável ao banco Banestado. “O empréstimo à Jabur Toyopar de US$ 1,5 milhão não foi pago, remanescendo inadimplente o valor de US$ 1,3 milhão desde 29 de março de 1999.” Ainda de acordo com a decisão, o valor entregue a Pires Neto teria sido desviado como “recurso não-contabilizado” para a campanha eleitoral de 1998 do exgovernador do Paraná Jaime Lerner, do extinto PFL — hoje DEM. Para Moro, isso “eleva a gravidade do crime”, pois a “afetação do processo democrático eleitoral viola o direito da comunidade a um sistema político livre de influência do crime”. Processo 5035707-53.2014.404.7000 Fonte: Consultor Jurídico
EXPEDIENTE O Jornal da CIC de Curitiba é uma publicação da Editora Imprensa Comunitária Ltda. Telefone: (41) 8512.6358 Diretora proprietária: Sirlei Krasinski Editor proprietário: José Gil Colaboradores: Paulo Freitas, Fabiana De Mari, Carla Regina, Martha Ribas e Adilson da Costa Moreira.
“Folha” projeta Beto já no 1º turno Em outros nove Estados, os candidatos que lideram estão a poucos pontos de também conseguirem liquidar a disputa na primeira rodada.O mau desempenho de apostas dos grandes partidos e a ausência de um terceiro candidato competitivo contribuem para que nove Estados caminhem para definir as eleições para governador já no primeiro turno. São Paulo e Minas Gerais são exemplos desse quadro… Paulo Souto (DEM), na Bahia; Eunício Oliveira
(PMDB), no Ceará; e Beto Richa (PSDB), no Paraná, onde Gleisi Hoffmann (PT), ex-ministra da Casa Civil do governo Dilma Rousseff, não decolou e está na casa dos 10% nas pesquisas”. A avaliação é do jornal Folha de São Paulo. Esse seria o panorama antes da divulgação de novas pesquisas na entrada da reta final das eleições de outubro, das quais não se espera alguma mudança mais radical.
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Armazém da Família Vila Verde é reaberto para a população da CIC O Armazém da Família Vila Verde, na regional CIC, foi reinaugurado na manhã desta quinta-feira (25). A Prefeitura de Curitiba investiu R$ 60 mil para promover uma reforma completa no imóvel de 230 metros quadrados, que permaneceu fechado durante as obras porque oferecia risco à população devido a problemas na rede elétrica. Aberto há 14 anos, o prédio teve as redes elétrica, hidráulica e de esgoto refeitas. A reforma também incluiu limpeza e manutenção de telhado e calhas, tratamento no piso, reparos nas paredes e pintura interna e externa. “O prédio estava com problemas graves e havia o risco de incêndio por falta de manutenção ao longo desses 14 anos”, explicou o prefeito Gustavo Fruet durante a reabertura do equipamento. Ele afirmou, ainda, que com a reforma os usuários têm garantidos a qualidade dos produtos, com a adequada conservação, comodidade e segurança. “Muitos imóveis da Prefeitura estavam em condições indevidas para utilização em serviços públicos. Desde o início desta gestão, a Prefeitura tem concentrado esforços para recuperar os imóveis para segurança dos trabalhadores e dos usuários em diferentes áreas, seja na saúde, na educação ou nos Armazéns da Família”, ressaltou o prefeito. O aposentado José Zeferino Rosa acompanhou a reabertura, junto com a mulher, Terezinha da Costa André. “Moro a quatro quadras daqui e tinha que pagar carreto pra fazer compra em outro lugar. Agora, está pertinho e qualquer coisa que a gente quiser pegar é só vir aqui. Também podemos comprar aos pouquinhos, quando precisamos, e não comprar tudo de uma só vez, como antes”, destacou o aposentado. Esse armazém realiza cerca de 5 mil atendimentos mensais. “A reabertura vai beneficiar aproximadamente 3,5 mil famílias cadastradas no programa que moram no entorno”, informou o secretário municipal do Abastecimento, Aldo Fernando Klein Nunes. Com uma população bastante adensada, a Regional CIC é atendida por seis unidades do
Armazém da Família.Aregião concentra aproximadamente 34 mil famílias de baixa renda, com rendimento médio mensal de 1,5 salário mínimo. Economia e Comodidade Para comprar nos Armazéns é necessário ter renda mensal de até 3,5 salários (R$ 2.534), considerando a soma de ganhos de todos os membros da família. O programa possui uma pauta de produtos com 220 itens. Os usuários que fazem compras nos armazéns podem ter uma economia de até 30%, em média, se os preços forem comparados aos mercados convencionais. Para demonstrar a diferença, foram selecionados 90 itens oferecidos no armazém e que custariam R$ 211,74. Se os mesmos produtos fos-
sem comprados em um mercado convencional, o preço da conta final subiria para R$ 322,86. “Um dia que eu não pude ir no Mercadão gastei R$ 300,00 e comprei menos da metade do que compro no Armazém. Daqui saio com o carrinho cheio”, disse a aposentada Maria da Penha Lopes Rodrigues, que mora na esquina do Armazém Vila Verde. Ela
estava feliz com a reabertura porque além da economia com os produtos também vai economizar tempo. “Estava indo no armazém do Capão Raso, no Shopping Popular, ou no armazém do Barigui, demorava uns 40 minutos de ônibus só para chegar no Barigui e ainda tinha que pagar carreto”, afirmou Maria da Penha.
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Proposta criação de parques lineares na Região Sul Aliar qualidade de vida à preservação do meio ambiente. Essa é a justificativa de pedidos da Câmara Municipal à Prefeitura de Curitiba para a criação de parques lineares em bairros da Região Sul. Foram apresentados, nesta terçafeira (23), requerimentos para o loteamento Vitória Régia e a Vila Verde, na CIC. A proposição 044.10814.2014 requer a instalação de um parque linear com playground, canchas poliesportivas, pista de caminhada, arborização e paisagismo. A reivindicação é para a área na rua Major Victor Feijó, entre a Doutor Epaminondas Ribeiro e a Ladislau Luka, no loteamento Vitória Régia. Para a Vila Verde, o requerimento 044.10815.2014 também justifica que o parque linear é defendido, há anos, pelos moradores da região. Não foi especificada a rua para a implantação do espaço de lazer. A Câmara de Curitiba enviou à prefeitura, em fevereiro, a proposição 044.01773.2014, para a criação de um parque linear no Tatuquara, no trecho entre as ruas Jovenilson Américo de Oliveira, Juarez Távora e José Mulaski Gebert. Em março, o requerimento 044.02999.2014 pedia a criação de um parque linear às margens do córrego Capão Raso, no loteamento Neoville, CIC. Nos dois
casos, não houve resposta do Executivo. Além dos requerimentos, a implantação de parques lineares foi tema, neste ano, de indicações ao Executivo (um tipo diferente de proposição). As peças legislativas, que também tratam da Região Sul da cidade, podem ser localizadas pelos códigos 201.00148.2014 e 201.00149.2014.
Período eleitoral Durante o período eleitoral, a Câmara de Curitiba não divulgará os autores das peças legislativas nas matérias de requerimentos e projetos. A instituição faz isso em atendimento às regras eleitorais deste ano, pois 37% dos vereadores são candidatos a outros cargos. Para que a comunicação pública do órgão não promova o desequilíbrio do pleito, a autoria ficará restrita ao SPL (Sistema de Proposições Legislativas).
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Parque Mané Garrincha, na CIC, é nova área de lazer em Curitiba No Dia da Árvore, comemorado domingo passado, Curitiba ganhou uma nova área de lazer e preservação ambiental: o Parque Mané Garrincha, no bairro Cidade Industrial. São 120 mil metros quadrados ao longo do Rio Barigui que servirão para a preservação ambiental, para a integração social e o convívio das famílias da região, por meio de práticas saudáveis de vida e valorização da natureza. A cerimônia de inauguração do novo parque contou com a participação de moradores da Vila Barigüi que aproveitaram a manhã de sol para comemorar o novo ponto de diversão e encontro das famílias da região. O parque tem canchas de futebol e vôlei de areia, parquinhos, academia ao ar livre, nova pista de skate, bicicletários e áreas de estar. Toda área ganhou iluminação,quatro quilômetros de pista compartilhada para ciclistas e pedestres, reforma da antiga pista de skate e recuperação da vegetação às margens do rio. Foi um investimento de R$ 9,5 milhões com recursos da prefeitura e do Fundo Francês de Desenvolvimento. “Foi um grande investimento para a cidade, um importante trabalho na área ambiental de habitação social”, disse o prefeito Gustavo Fruet. O novo parque, afirmou, faz parte do Rio Parque, programa que prevê a implantação de áreas de preservação e de lazer ao longo do rio Barigui através da integração dos conjuntos dos parques Tanguá, Tingui, Barigui, Cambuí e Guairacá. Habitação
A implantação do parque vai combater os alagamentos na região. O parque abrange uma área da Vila Nova Barigui, antiga área de invasão, onde a Prefeitura por meio da Companhia de Habitação de Curitiba (Cohab) realocou 220 famílias que viviam em condições de risco às margens do rio. Foram transferidas 150 famílias para o conjunto habitacional Aquarela e 70 famílias para o conjunto habitacional Corbélia. “Buscamos garantir a segurança e colocar em condições decentes de vida para famílias que antes viviam em situação de risco social, além de diminuirmos os impactos ao meio ambiente e transformarmos uma área com um antigo histórico de enchentes em ponto de convívio e ocupação social”, disse Gustavo Fruet. Junto com o secretário municipal do
Meio Ambiente, Renato Lima, e de moradores vizinhos ao novo parque, o prefeito Gustavo Fruet plantou uma muda de Tarumã, planta nativa da região e uma das 3.827 árvores do parque. “Asseguramos à cidade uma série de ganhos a partir deste novo parque que vai ajudar a melhorar a atmosfera com suas novas árvores, dar mais permeabilidade ao solo para minimizar danos e promover práticas saudáveis de vida e contato com a natureza”, disse Renato Lima. Crianças e moradores locais prestigiaram a inauguração. Da sacada de casa, a moradora Doralice Ferreira de Andrade acompanhou com atenção as solicitações feitas pelo administrador regional, Tom Vargas, e de outros representantes da administração para que os moradores auxiliem na manutenção do espaço. “Acordo cedo todos os dias e ve-
nho limpar as áreas de convívio e cuidar das árvores. Esse parque é nosso e é nosso dever zelar para que nós mesmos sejamos beneficiados”, conta Doralice que acompanhou o dia a dia das obras que transformou uma área constantemente afetada pelas enchentes em espaço de preservação, lazer e convívio.
Recém chegado de São Paulo para viver com a família no bairro, Richard Aparecido Nogueira comemora o novo espaço em que vai poder levar os filhos Richard Júlio e Rian todos os dias para brincar. “Curitiba é uma ótima cidade, aonde se vai tem um parque na porta de casa. Estamos muito contentes”, disse Richard.
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O que mata mais: as drogas ou a tentativa de reprimi-las? A situação chegou a tal ponto que essa é a pergunta que deveríamos nos fazer. A repressão caminha paralelamente ao aumento da demanda e do preço das substâncias, criando um mercado bilionário Para a juventude, fazer o que não é permitido, afrontar as regras impostas pelos adultos e pelas “autoridades”, não deixa de se confundir, também, com certo tipo de ritual de passagem. Da mesma forma que o menino, na adolescência, questiona a autoridade do pai, e com ele compete, até certo ponto, na formação e afirmação de sua própria personalidade – e essa conquista de um espaço próprio independe de sexo –, tentar quebrar os limites impostos pelas gerações anteriores tem sido parte, há séculos, da própria evolução da humanidade. Isso talvez explique parte da popularidade das drogas nos últimos 100 anos. Até serem proibidas, a maconha e a cocaína, antes restritas aos consultórios psiquiátricos e gabinetes dentários, como relaxantes e analgésicos, nunca foram vistas como uma forma de transgressão social. Foi justamente a partir da Lei Seca, nos Estados Unidos, que elas
começaram a adquirir um caráter mais contestatório. Na década de 1970, a maconha era a droga da contestação, o LSD, a da criação e do esoterismo, a heroína, a da autodestruição, e a cocaína, ainda, principalmente a das festas e da burguesia. Por um lado, o sistema aumentou a repressão ao seu consumo, como parte de sua reação a uma geração que contestava a Guerra do Vietnã e o complexo industrialmilitar nos Estados Unidos, e tomava as ruas e as universidades em países como a França, o México e o Brasil. Para quem ocupava o poder, era interessante associar a utopia e a luta por um mundo melhor a uma espécie de fuga, de negação ao equilíbrio e à responsabilidade, favorecida pelo consumo de entorpecentes. Por outro lado, apertar a repressão aumentava também a demanda e o preço dessas substâncias, criando um mercado de bilhões de dólares, que favorecia, paradoxalmente, o enriquecimento fácil de parte do próprio sistema. Surgiram os cartéis de produção, transporte e comercialização, a partir da Bolívia, do Peru, da Colômbia e do México, que se transformou em corredor para o acesso ao mercado norte-americano, o maior do mundo. E, como ocorreu na época da Lei Seca, o lobby do proibicionismo como única resposta da sociedade às drogas ilícitas criou, nos países produtores e consumidores, uma rede de milhares de advogados, jornalistas sensacionalistas, deputados e senadores que se elegem sob a égide do “combate à violência”, ONGs de todo o tipo e policiais
corruptos, que sobrevivem, direta ou indiretamente, da repressão vigente.Hoje, no Brasil, a situação chegou a tal ponto que a pergunta que deveríamos nos fazer é a seguinte: o que mata mais, as drogas ou a estrutura do
aparato de repressão a elas?Tivemos, em nosso país, mais de 600 mil homicídios nos últimos dez anos. A população carcerária aumentou exponencialmente, e o número de crimes continua crescendo. Em nome do combate às drogas, morrem, todos os anos, policiais e traficantes, “aviões” e moradores, inocentes, da periferia. As prisões estão se enchendo, dia a dia, de pessoas que, muitas vezes, misturam substâncias
químicas em casa, e que disputam o direito de vender essas substâncias – basicamente anfetaminas – como se fossem derivadas da cocaína.Milhares de brasileiros têm sido assassinados ou roubados, dentro de suas casas, para que viciados possam comprar sua próxima pedra. Esse verdadeiro beco sem saída tem levado países como o Uruguai e alguns estados norte-americanos a mudar, paulatinamente, a forma de se tratar a questão das drogas ilícitas, começando pela maconha, cuja produção e consumo, inclusive para fins medicinais, têm sido progressivamente liberados. As drogas – incluindo o álcool e o tabaco – são um problema de saúde pública e não de polícia. No Congresso, na imprensa, na sociedade, precisamos entender que a repressão, como único caminho, só vai levar a mais mortes, e a cada vez mais violência. Mauro Santayana Revista do Brasil
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A Líbia destruída pelo imperialismo e pelo sionismo O paranaense José Gil foi talvez o brasileiro que mais viajou à Líbia de Kadafi: foram 19 viagens, e a última delas 3 meses antes do início da guerra de ocupação e destruição da Líbia em 2011. A história não pode ser assim, manipulada pelos mais poderosos. Um país foi destruído, seu líder foi covardemente assassinado por mercenários financiados pelas maiores potências econômicas e militares do planeta. Hoje vemos que a Líbia foi destruída. É um país tomado por gangues armadas que saqueiam, roubam, invadem residências e empresas comerciais. O aeroporto de Trípoli está fechado indefinidamente. Nas últimas semanas houve combates que destruiram alguns aviões e parte da estrutura do aeroporto. Para contar essa história, para que não fique no esquecimento, publicamos a seguir relatos de José Gil, um brasileiro que esteve na Líbia por 19 vezes, sendo que a primeira viagem foi quando ele tinha 18 anos, na condição de agitador cultural na cidade de Maringá. Ele organizou um evento com a presença do embaixador da Líbia na época, Ali Far Fer, e a partir de então passou a viajar à Líbia, levando consigo dezenas de paranaenses que se destacavam na militância política ou cultural. O objetivo de Kadafi, conta José Gil, “era mostrar ao mundo a experiência política e econômica da Líbia, um país onde o poder era exercido pelo povo, sem intermediários.” A história real, verdadeira, precisa ser resgatada. As pessoas precisam saber que foram e são enganadas pelos meios de comunicação - afirma Gil. Não se enganem: os noticiários dos jornais e televisões são todos manipulados, forjados pelo governo dos EUA. A imprensa brasileira tem como maiores anunciantes empresas norte-americanas, e por isso os meios de comunicação são controlados e dominados pelas agências de notícias norte-americanas,
que fornecem 90% da informação, via agências de notícias internacionais, para a imprensa brasileira. Portanto, quando se trata de notícias internacionais, recebemos mentiras e mais mentiras, para tentar legitimar as guerras de dominação deflagradas pelos EUA em nome da “democracia” ou “combate ao terrorismo”, mas no fundo, por trás dessas palavras-de-ordem, está o roubo descarado das riquezas naturais dos países menos desenvolvidos pelas potências estrangeiras: EUA, França e Inglaterra. O aeroporto de Trípoli Hoje, após a “democracia” norteamericana, o aeroporto de Trípoli está em escombros. Pela pista diversos aviões incendiados, bombardeados por rebeldes e pela guerra de ocupação do país, liderada pela Otan - pelos governos dos EUA, França e Inglaterra. Mas houve um tempo em que o aeroporto de Trípoli era um dos mais modernos da África, e ainda assim estava se preparando para se transformar em um simples aeroporto de carga, porque ao lado começava a ser construído o aeroporto mais moderno e avançado do mundo, construído pela brasileira Camargo Correa. As primeiras fundações do novo aeroporto ainda podem ser vistas até os dias de hoje, mas o início de sua construção foi interrompida por bombas de países que destruíram a Líbia para roubar petróleo.
Ao ver a fotografia acima eu lembro as diversas vezes que estive no aeroporto de Trípoli, no estacionamento sempre lotado aguardando um carro que nos levaria ao centro da cidade, hotéis ou alojamentos de universidades. Algo que jamais esquecerei: os desfiles de roupas típicas de pessoas de diversos países. Gente vestindo roupas coloridas e exóticas de países como China, Afeganistão, Índia, Tailândia, Tunísia e muitos outros. As pessoas desfilavam sorridentes pelos corredores e saguões do aeroporto. Havia trabalho, bom pagamento (a moeda local, o dinar, valia 2,6 dólar) e conforto para os estrangeiros que trabalhavam na Líbia de Kadafi. Havia lan houses, lanchonetes, joalherias, lojas de presentes, restaurantes. Um mundo mágico com suas cores e perfumes que encantavam os visitantes. Na entrada do aeroporto, diversas palmeiras e um jardim mais ou menos
bem cuidado davam as boas vindas a todos. Os líbios que desembarcavam retornando de países da Europa ou outros países quase sempre vinham com excesso de bagagem, demonstrando que o país era próspero. Em diversos vôos vi camponeses líbios voltando de viagens com novos instrumentos para trabalhar o campo. Anos atrás, vôos que vinham do Marrocos, Argélia e Tunísia, traziam na bagagem pássaros de diversas espécias. Hoje vejo as fotos do que restou do aeroporto de Trípoli e penso que os piores terroristas do mundo são os governantes dos EUA, França e Inglaterra, porque eles não relutam em destruir um país inteiro, em assassinar milhares de pessoas indefesas e inocentes, para roubar petróleo, para ganhar dinheiro na corrupção de compra e venda de armamentos bélicos. São criminosos apoiados pela imprensa mentirosa e corrompida”.
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Sem Kadafi, o mundo ficou mais triste jovem oficial que liderou uma revolução libertadora na Líbia – Al Fateh – deixou o mundo mais triste com sua morte. Ele faz falta nos noticiários internacionais, onde ocupava a cena desafiando as potências imperialistas. Ele faz falta no seu país, hoje tomado por bandos armados sem lei e sem respeito. Ao consolidar o poder popular na Líbia, o pequeno país que se transformou em exemplo para todo o mundo sob sua liderança, ele elegeu os principais inimigos da humanidade: o imperialismo, o sionismo e o racismo. Desta forma mandou uma mensagem clara aos dominadores do mundo, os norteamericanos e sionistas que controlam e manipulam a economia mundial, a mídia e o sistema financeiro internacional. As atenções de todo o mundo se voltaram para aquele pequeno país encravado entre os desertos do Sahara e do Magreb El Arab, e todos se perguntavam, como seria possível um beduíno de Sirte desafiar as maiores potências mundiais e as forças ocultas que conspiram e derrubam impérios ao longo dos séculos? E lá estava ele, um beduíno, magro, de estatura mediana, com seu sorriso radiante, colocando o dedo na ferida dos poderosos, denunciando o processo de colonização europeu na África, exigindo reparação e indenização para os países africanos que foram não colonizados, mas invadidos e saqueados pelos europeus ao longo dos séculos. Na cena seguinte, o beduíno daquele pequeno país estava nas Nações Unidas rasgando a Carta das Nações e denunciando que a ONU não passa de uma marionete nas mãos das potências imperialistas,
levando guerras e destruição aos pequenos povos e países. Ao visitar a Itália em 2010, Kadafi colocou no peito as fotos dos principais mártires líbios durante a colonização – ocupação – italiana na Líbia. Kadafi não apenas denunciava a farsa da democracia ocidental, expondo seus erros e crimes, mas oferecia o próprio exemplo de uma liderança digna e honrada ao construir o maior rio artificial do mundo para irrigar o deserto e as cidades líbias, o Grande Rio Verde, que retirava água dos lençóis subterrâneos do rio Nilo e os levava através de canalizações gigantescas cruzando todo o país para beneficiar o seu povo. As instalações do Grande Rio foram bombardeadas pela Otan a serviço dos EUA. As cidades líbias hoje sem água sentem a falta de Muamar Kadafi, martirizado por traidores e mercenários. As monarquias corruptas árabes, protegidas pelo imperialismo e pelo sionismo, roubam as riquezas do povo para fins egoístas e ditatoriais, e não são incomodadas pela ONU ou pela Otan. A lei maior das Nações Unidas e Otan é proteger governantes corruptos, traidores ou covardes, e assassinar as lideranças autênticas, aquelas que lutam pela libertação dos povos. A determinação das Nações Unidas é transformar o mundo em um governo mundial, dirigido por imperialistas norte-americanos e sionistas, para escravizar todos os povos e nações. É um mundo muito triste este preconizado pelos poderosos, e Kadafi faz muita falta porque ele combatia esses canalhas engravatados que posam de governantes “democráticos” no governo das maiores potências.
EXPEDIENTE Encarte do Jornal Mercosur editado pelo Movimento Democracia Direta do Paraná Presidente: José Gil Vice-presidente: Adilson Moreira. Secretária Geral: Dilma Melo www.marchaverde.com.br
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A Jamahiriya Líbia que não existe mais Todas as vezes que eu escrevo sobre o governo imperialistas norte-americano, não consigo esquecer a frase do Aiatolá Komeini: “O demônio governa os Estados Unidos da América”. E quando ele escreveu demônio, com certeza se referia às estruturas de poder que dominam a economia, os banqueiros, a imprensa, o congresso, a cúpula militar etc. Somente esta afirmação justifica ao longo das últimas décadas a atuação nefasta e perniciosa daquele governo perante a humanidade. O país onde mais se consome drogas no mundo é um país doente. Os imperialistas norte-americanos fomentaram guerras, destruição, sabotagens, terrorismo de Estado, em dezenas ou centenas de países. E tudo isso com o único propósito de dominar econômica e militarmente o planeta, transformar os pequenos povos em escravos fornecedores de matérias primas desperdiçadas no altar do capitalismo selvagem: luxo e riqueza. Os muçulmanos dizem que “o demônio governa os Estados Unidos da América”, e os cristão dizem que “os adoradores do Bezerro de Ouro” governam os EUA. Quando Moisés desceu da montanha onde recebeu a tábua com os 10 mandamentos, encontrou parte do povo judeu adorando o Bezerro de Ouro. Nos dias atuais, esses adoradores são os banqueiros e financistas que controlam e dominam o sistema financeiro mundial, explorando e oprimindo os povos e nações. Após essa introdução, vamos ao tema título desta matéria. Não sei se eu sou o brasileiro que mais viajou à Líbia no período liderado pelo mártir Muamar Kadafi. Dezenove vezes estive na Líbia. Minha primeira viagem foi em 1985. No ano seguinte, na segunda viagem, estava em Tripoli quando começou o bombardeio aéreo norte-americano. E a última viagem foi em dezembro de 2010, três meses antes do início dos ataques terroristas da Otan à Líbia. Feita esta apresentação, vamos ao que interessa: Jamahiriya (em árabe, poder popular, poder do povo) foi a forma de governo encontrada pelo mártir Muamar Kadafi para instaurar na Líbia um sistema de governo realmente democrático, o Poder das Massas. Na Jamahiriya não havia políticos, profissionais aos quais se dá uma carta branca de 4, 6 ou 8 anos para que governem e defendam seus interesses próprios, em nome da maioria da população. Na Jamahirya Líbia o povo governava através dos Congressos e Comitês Populares. As Associações de trabalhadores e profissionais liberais, os sindicatos, as organizações estudantis, os agrupamentos militares, governavam de forma direta, sem intermediários, e o povo atuava livremente, sem representantes. Cada Assembleia popular era um órgão
de defesa da população, e nos Congressos Populares todas as questões administrativas do país eram decididas. A Líbia de Kadafi foi a primeira Jamahiriya do mundo. Foi o berço de um pensamento que incomoda e desmascara a todos os atuais sistemas de governo em exercício, de norte a sul, leste ou oeste, capitalistas ou socialistas. Durante minhas vi-
agens visitei diversos Congressos Populares e vi o exercício do verdadeiro poder popular, onde cada cidadão é igual, onde a decisão do operário ou do estudante tem o mesmo valor da decisão do militar ou do médico, do ministro ou do agricultor. A Líbia de Kadafi estava muito à frente do mundo atual. Estava tão avan-
çada que a própria população encontrava algumas dificuldades em acompanhar o pensamento do líder. E para se contrapor aos ensinamentos de Kadafi, o Livro Verde, havia um bombardeio constante de informações mentirosas pelos meios de comunicação ocidentais. A maioria das residências líbias captava via satélite os canais de televisão da Itália, França, Alemanha, Espanha e Inglaterra, e como se sabe, são monitorados e dominados pelo imperialismo e pelo sionismo, e fomentavam na população árabe líbia os decadentes costumes ocidentais. Frente a uma sociedade conservadora como a islâmica, os meios de comunicação do Ocidente apresentavam a pornografia, a droga e a perversão sexual, durante décadas e décadas, para minar e destruir a resistência cultural árabe e muçulmana. De um lado tínhamos apenas um jovem idealista chamado Muamar Kadafi, trazendo consigo a herança cultural de seus ancestrais, a milenar cultura árabe, a conhecida persistência e determinação dos beduínos. De outro, governos das maiores potências econômicas e militares do planeta, trabalhando e combatendo as ideias do jovem idealista que saiu de uma tenda no deserto de Sirte para conquistar o mundo não pela força das armas, mas pela força do pensamento, através da proposta inovadora de democracia direta, de exercício do poder sem intermediários ou representantes. Nas viagens que realizei à Líbia acompanhei pessoalmente a evolução e transformações que o país sofreu ao longo de duas décadas. Um pequeno país no Norte da África, com pouco mais de 6 milhões de habitantes, se projetou a nível mundial pela grandeza e coragem de seu povo, sob a liderança de Muamar Kadafi. Essa projeção inesperada pelas grandes potências custou ao país um conflito permanente e constantes combates com as potências colonialistas e imperialistas. A Jamahiriya Líbia colocava a riqueza de seu solo a serviço da liberdade, do progresso e da justiça. Promovia justiça social dando aos líbios o melhor IDH da África. Apoiava e financiava movimentos revolucionários que lutavam por libertação em diversas partes do mundo. Denunciava a exploração e a injustiça nos organismos internacionais manipulados pelo imperialismo e pelo sionismo. E por tudo isso o povo líbio pagou um alto preço. O país foi praticamente devastado pela OTAN a serviço dos EUA na guerra de ocupação no início de 2011: toda a infraestrutura foi destruída por bombardeios de aviões norte-americanos, franceses e ingleses, rodovias, viadutos, canais de irrigação, tubulações e centrais de distribuição do maior rio artificial do mundo que estava levando água para cidades, vilas e aldeias. José Gil
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Líbia: um país a beira do precipício Há aproximadamente três anos, forças da Otan (EUA) destruíram o regime liderado por Kadafi. De lá para cá, o país, dividido entre facções rivais, parece cada vez mais distante de alcançar a estabilização política Por Sônia Mesquita - Da Retrato do Brasil A Líbia vive o caos quase três anos após a derrubada e o assassinato de Muamar Kadafi. Combates entre facções rivais antes aliadas tomam conta das principais cidades. O Estado patina amarrado por uma lei que expurgou da administração do país e do Poder Judiciário todos os funcionários que ocupavam os cargos mais altos durante o antigo regime e os proíbe de voltar a ocupar qualquer posto na máquina estatal. O governo ainda não conseguiu reorganizar as Forças Armadas regulares nem constituir uma nova força policial capaz de impor ordem nas ruas. Pior, a força que deveria zelar pela ordem é baseada justamente numa das alianças entre essas milícias, chamada de Escudo da Líbia (EL), uma espécie de guarda nacional que incorporou milhares de milicianos que antes combateram como voluntários o regime de Kadafi. Não há informação precisa sobre o número de membros do EL: podem ser 10 mil, 100 mil, 140 mil ou 200 mil, conforme a fonte. Igualmente confuso é o seu papel: um novo Exército ou polícia comum? O fato é que seus membros são predominantemente fundamentalistas islâmicos que guardam as relações de lealdade que trouxeram das milícias, só obedecem a seus comandantes e não têm nenhum compromisso com o Estado que lhes paga os soldos por meio do Ministério da Defesa. Seu chefe é Salah Badi, originalmente comandante da milícia mais poderosa de Misrata, cidade costeira cerca de 300 quilômetros a leste de Trípoli, a capital líbia. A luta entre as facções armadas atingiu o clímax em consequência da polarização desencadeada pela campanha para as eleições parlamentares realizadas em junho. A posse dos eleitos se deu no início do mês passado, mas o Parlamento foi instalado provisoriamente na cidade de Tobruk, no extremo leste do litoral, perto da fronteira com o Egito, para ficar longe da insegurança dos freqüentes combates em Benghazi e Trípoli. A violência vinha se agravando desde 2012, quando, não por acaso, em 11
de setembro, um ataque ao consulado dos EUA em Benghazi matou quatro pessoas, inclusive o embaixador americano que lá estava para negociar um acordo entre grupos rivais. Dias após, o aeroporto de Benghazi foi fechado quando milicianos atacaram drones de vigilância dos EUA lá estacionados. Em abril do ano passado, um carro-bomba explodiu em frente à Embaixada da França em Trípoli e, uma semana depois, grupos armados ocuparam o Ministério da Justiça exigindo a lei de expurgo dos fun-
cionários públicos da era Kadafi. A lei foi criada. Em novembro passado, em Trípoli, manifestantes se reuniram em frente à sede de uma milícia para pedir que seus membros se desarmassem e deixassem a capital. “Em resposta, os milicianos abriram fogo com tudo o que tinham nas mãos, de fuzis AK-47 a metralhadoras antiaéreas”, relatou o repórter Patrick Cockburn para a London Review of
Books. “Mataram 43 manifestantes e feriram cerca de 400 outros.” Combates eclodiram em 17 de julho deste ano no aeroporto internacional de Trípoli, quando milicianos do EL e outros grupos de Misrata atacaram milícias de Zintan, uma cidade montanhosa a sudoeste da capital, no controle do aeroporto desde quando o capturaram durante as revoltas de 2011. Foram utilizados, inclusive, tanques e metralhadoras pesadas. A torre de controle foi danificada e duas dezenas de aviões foram destruídas. O espaço aéreo foi fechado, companhias aéreas internacionais suspenderam suas atividades no país e os estrangeiros começaram a sair principalmente pela fronteira terrestre com a Tunísia. Na ocasião, Muhammad Abdul Aziz, ministro de Relações Exteriores da Líbia, pediu ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) o envio de assessores militares para reforçar as forças do governo na vigilância de portos, aeroportos e outros locais estratégicos. Aziz advertiu que a Líbia corria o risco de ficar “fora de controle”. Mas ele não obteve apoio da ONU. Diante das inúmeras facções rivais envolvidas no conflito, os diplomatas admitiam estar confusos. “De que lado vamos intervir?”, perguntou um diplomata ocidental em Trípoli, ouvido pela revista britânica The Economist. Em 23 de agosto, uma aliança de milícias islâmicas que inclui o grupo denominado Amanhecer e milicianos de Misrata e de outras cidades do oeste do
país anunciou ter tomado o controle do aeroporto internacional de Trípoli das mãos das milícias de Zintan, depois de três anos. Enquanto isso, posições do Amanhecer, também na capital, sofreram ataques aéreos de aviões não identificados. Segundo informou o diário The New York Times – citando fontes do governo dos EUA –, e de milicianos, haveria envolvimento dos Emirados Árabes Unidos e do Egito, vizinhos preocupados com a situação do país. Ao longo de julho, EUA, França e Reino Unido, as potências estrangeiras que comandaram os ataques contra o governo de Kadafi em nome da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), retiraram ou reduziram ao mínimo seu pessoal diplomático em Trípoli. No mesmo mês, a ONU e a União Europeia fecharam suas missões na Líbia. A embaixada americana também foi fechada. A evacuação do pessoal não foi feita com helicópteros decolando de cima do telhado, como aconteceu no Vietnã, nos anos 1970, mas teve o mesmo significado, conforme avaliou The Economist. Um comboio de veículos saiu pelo portão da frente na manhã do dia 26 de julho. Era o sinal derradeiro do fracasso dos esforços diplomáticos para deter os combates que se alastravam pelo país. Por ironia, diz a revista, a evacuação produziu o cessar-fogo que os diplomatas tanto procuravam, mas somente por curto tempo. Tão logo o comboio saiu de Trípoli, rumo à fronteira com a Tunísia, recomeçou a batalha pelo controle do aeroporto. Nos dois dias seguintes, foguetes explodiram dois tanques gigantes de um depósito com milhões de litros de gasolina, agravando a escassez de combustível na capital. As diversas milícias do país se dividiram em dois grandes campos: de um lado, islamitas; de outro, um balaio contendo adversários diversos. Os islamitas são fortes em Trípoli, no leste e no centro do país; seus adversários também são fortes no leste e dominam o oeste.
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Pesquisas apontam vitória de Beto Richa no 1º turno Beto Richa é líder em todas as pesquisas ao governo do Paraná e a vantagem vem crescendo e está consolidada Nas pesquisas de intenção de voto realizadas desde o início da campanha eleitoral sobre a disputa majoritária no Paraná, o governador Beto Richa (PSDB) lidera em todos levantamentos, segmentos e regiões, com vantagens expressivas sobre seus principais adversários e com consolidação da vitória já no primeiro turno em 5 de outubro. Até o momento, a 13 dias das eleições, foram oito pesquisas (três do DataFolha, três do Ibope e duas do Radar), e Beto Richa aparece como o único candidato em ritmo de crescimento. No Datafolha, Beto Richa foi de 39% para 44%, no Ibope de 43%, para 44% e 47% e no Radar, de 44,3% para 46%. A pesquisa mais desfavorável ao tucano foi o primeiro Datafolha, de 15 de agosto, onde aparecia com 39% contra 33% do senador Roberto Requião (PMDB). Foi a única pesquisa explorada pela oposição no horário eleitoral e única onde Beto Richa não aparece como vitorioso no primeiro turno. Depois de novas pesquisas tanto Requião quanto a senadora Gleisi Hoffmann (PT) dizem não se importar com as pesquisas. Por outro lado, as últimas pesquisas de setembro, dos três instituto, demonstraram um cenário de "verdadeiro pesadelo" aos oposicionistas, pois apresentou Beto Richa com estabilidade, sempre acima dos 44% e com no mínimo 14 pontos de diferença para o segundo colocado, fortalecendo a tese de que Richa tem o maior percentual de voto consolidado. Os principais adversários de Beto Richa apresentaram perfis distintos em relação ao comportamento das intenções de voto nas pesquisas. Governador por três vezes, Requião começou a campanha com vantagem em relação a Gleisi e um potencial relativamente alto de votos, porém já oscilou positivamente e negativamente nas pesquisas, e, com a exceção da primeira pesquisa Radar de 19 de agosto, Requião sempre apareceu com a maior rejeição, variando de 22% a 30%. A maior queda de uma pesquisa para outra também foi de Requião nas pesquisas Datafolha: Na primeira, de 15 de agosto, apareceu com 33% e na segunda, de 10 de setembro, com 28%, queda de 5%, porém, já recuperou 2% no último Datafolha, de 18 de setembro, com 30%. Rejeições - Apesar de um índice de voto consolidado, na casa dos 25%, o principal problema de Requião é de garantir um segundo turno, um cenário improvável em todas as pesquisas. E em caso de segundo turno, Beto Richa continua com uma grande margem de vantagem, com ampla diferença em todas as simulações. Ainda, nas simulações de agosto Richa aparecia em média 15% a frente de Requião, mas nas simulações de setembro, esse vantagem ampliou para 20% em média. Nas poucas simulações realizadas entre Beto Richa e Gleisi (apenas as duas do instituto Radar e o último Ibope), essa vantagem amplia para uma média 28,2% e che-
gando a uma diferença de 33% no último Ibope, onde Richa apareceu com 60% contra 27% de Gleisi. Já Gleisi se encontra estável em todas as pesquisas, com baixos índices, sempre entre 10% e 15% das intenções de voto, o que não agradou a coordenação de campanha petista. Em todos os levantamentos, Gleisi mantém seu percentual ou em queda, mas nunca demostrou qualquer ritmo de crescimento, consolidando-se no terceiro lugar, em média de 16% a menos que Requião. As maiores desvantagem registradas, foi no primeiro Datafolha (15/8), onde apareceu com 11% contra 33% de Requião (porém essa diferença diminuiu por conta de oscilações de Requião no Datafolha, pois Gleisi nunca superou os 11%) e no último Ibope onde pareceu com 12% contra 30% do segundo colocado. A estabilidade de Gleisi não se repete quando se refere a rejeição. A petista já apareceu com a maior rejeição em duas pesquisas, 20% no primeiro Radar (19/8) e 24% no último Ibope (19/9) e já apareceu empatada com Beto Richa no Ibope de 25/8, ambos com
20% contra 30% de Requião. Nunca menos que 16% e chegando ao teto de 24%, a sua média de rejeição é de 20%. Outra desvantagem de Gleisi é ser apoiada e ter o papel de fazer palanque para a presidente Dilma Rousseff (PT), governo da qual foi ministra da Casa Civil. Dilma tem altas taxas de rejeição no Paraná, e míngua em terceiro colocado nas intenções de voto em empate técnico com o senador Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB), primeiro e segundo lugar respectivamente. Todas as pesquisas Datafolha de 18/9 Beto Richa (PSDB): 44% Requião (PMDB): 30% Gleisi Hoffmann (PT): 10% Ogier Buchi (PRP): 1% Segundo turno - Beto Richa: 51% / Requião: 36% Rejeição Requião (25%) Gleisi Hoffmann (20%) Beto Richa (18%) A pesquisa foi realizada entre os dias 17 e 18 de setembro. Foram entrevistados 1.256 eleitores em 46 municípios do estado. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no
Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o protocolo número PR-00035/2014 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob protocolo número BR-00665/2014. Datafolha 10/9 Beto Richa (PSDB): 44% Requião (PMDB): 28% Gleisi Hoffmann (PT): 10% Ogier Buchi (PRP): 1% Segundo turno - Beto Richa: 53% / Requião: 33% Rejeição Requião (27%) Gleisi Hoffmann (19%) Beto Richa (16%) A pesquisa foi realizada entre os dias 08 e 09 de setembro de 2014 com 1.201 eleitores em 46 municípios do Paraná. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos com um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TRE-PR sob o protocolo nº PR-00031/2014 e no TSE sob o protocolo nº BR-00584/2014. Datafolha de 15/8 Beto Richa (PSDB) 39% Requião (PMDB) 33% Gleisi Hoffmann (PT) - 11% Ogier Buchi (PRP) 1% Bernardo Pilotto (PSOL) ? 1% A pesquisa foi realizada entre os dias 12 e 14 de agosto de 2014 com 1.226 eleitores em 46 municípios do Paraná. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos com um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TRE-PR sob o protocolo nº PR-00014/2014 e no TSE sob o protocolo nº BR-00358/2014. Ibope de 19/9 Beto Richa (PSDB) - 47% Requião (PMDB) - 30% Gleisi Hoffmann (PT) - 12% Ogier Buchi (PRP) - 1% Segundo turno - Beto Richa: 54%/ Requião: 36% Beto Richa: 60%/Gleisi Hoffmann: 27% Requião: 51%/Gleisi Hoffmann: 30% Rejeição Gleisi Hoffmann: 24% Requião: 23% Beto Richa: 15% A pesquisa foi feita entre nos dias 16 a 18 de setembro, com 1.204 eleitores em 67 municípios. A margem de erro é de três pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%. Está registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) sob o número 00037/ 2014 . Ibope de 4/9 Beto Richa (PSDB) - 44% Requião (PMDB) - 28% Gleisi Hoffmann (PT) - 14% Ogier Buchi (PRP) - 1% Segundo turno - Beto Richa: 51% /
Requião: 35% Rejeição Requião (22%) Gleisi Hoffmann (21%) Beto Richa (15%) A pesquisa foi realizada entre os dias 01 e 03 de setembro de 2014 com 1.008 eleitores em 58 municípios do Paraná. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos com um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TRE-PR sob o protocolo nº PR-00029/2014 e no TSE sob o protocolo nº BR-00523/2014. Ibope de 25/8 Beto Richa (PSDB) - 43% Requião (PMDB) - 26% Gleisi Hoffmann (PT) - 14% Tulio Bandeira (PTC)- 1% Segundo Turno - Beto Richa: 51% / Requião: 35% Rejeição Requião (30%) Gleisi Hoffmann (20%) Beto Richa (20%) A pesquisa foi realizada entre os dias 21 e 23 de agosto de 2014 com 1.008 eleitores em 59 municípios do Paraná. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos com um nível de confiança de 95%. A pesquisa está registrada no TRE-PR sob o protocolo nº PR-00024/2014 e no TSE sob o protocolo nº BR-00411/2014. Radar de 15/9 Beto Richa (PSDB) ? 46% Requião (PMDB) - 28% Gleisi Hoffmann (PT) - 14% Ogier Buchi (PRP) - 1% Segundo turno: Beto Richa: 57% / Requião: 36% Beto Richa: 59% / Gleisi: 32% Rejeição Requião (25%) Gleisi Hoffmann (16%) Beto Richa (14%) O Instituto Radar entrevistou 1199 eleitores em 45 municípios do Paraná, entre os dias 09 e 13 de setembro. A margem de erro de 2,9 pontos percentuais para mais ou menos. O nível de confiança é de 95,5%. O registro da pesquisa no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) é PR-00034/2014. A pesquisa foi contratada pelo Portal Bem Paraná. Radar de 19/8 Beto Richa (PSDB) ? 44,3% Requião (PMDB) ? 25,4% Gleisi Hoffmann (PT) ? 15,9% Outros ? 1,5% Segundo turno - Beto Richa: 52,3% / Requião: 38,3% Beto Richa: 57,9% / Gleisi: 33,2% Rejeição Requião (16,7%) Gleisi Hoffmann (19,9%) Beto Richa (12,3%) O Instituto Radar Inteligência ouviu 1.199 eleitores nos dias 8 a 13 de agosto, em 45 cidades do Paraná. O intervalo de confiança é de 95,5% e a margem de erro, de 2,9 pontos para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no TRE sob o número 00022/2014.
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Uma em cada três oficiais foi estuprada nas Forças Armadas dos EUA Nas Forças Armadas dos EUA a probabilidade de uma mulher ser estuprada por oficiais militares é maior do que a de sofrer um ataque terrorista. A rotina das mulheres norteamericanas que servem nas Forças Armadas é repleta de perigos: elas têm de enfrentar o risco, diariamente, de atentados contra os seus batalhões e bombas plantadas além de outros desafios intrínsecos aos conflitos armados. No entanto, essas militares também sofrem com a violência dentro dos próprios quartéis e muitas vezes, não tem a quem recorrer. A oficial Rebekah Havrilla conta que já estava preparada psicologicamente para a possibilidade de morrer em um ataque terrorista no Afeganistão, mas não para ser estuprada por muitos de seus colegas e superiores nas bases e campos militares dos EUA. Na primeira vez em que foi assediada, o líder de seu grupo se aproximou por trás, mordeu com força o seu pescoço e disse “Eu quero muito te foder agora”. Dias depois, outro colega a estuprou. Tia Christopher, que se alistou na Marinha em 2000, passou por uma situação muito similar apenas dois meses depois de ter entrado na organização. Em uma noite quando estava entrando em seu quarto para dormir, um companheiro do batalhão militar invadiu o local e a estuprou, batendo sua cabeça várias vezes contra a parede. Assustada e com apenas 18 anos, a aspirante a oficial se livrou de todas as provas contra o companheiro que continuou a assediá-la. O caso dessas duas mulheres norte-americanas não é excepcional nem muito diferente de suas companheiras militares. O jornal norte-americano Huffington Post divulgou essa e outras histórias, além de dados sobre a ocorrência de estupros dentro das Forças Armadas dos EUA, em uma reportagem especial neste sábado. De acordo com dados do Departamento de Defesa, pelo menos uma em cada três mulheres entre as 207 mil do corpo militar norte-
americano já foi vítima de estupro e/ou outros abusos sexuais. O índice de ocorrência é o dobro do que ocorre, em média, na sociedade do país, onde uma em cada seis mulheres já sofreu violência sexual. Entre outubro de 2010 e setembro de 2011, cerca de 3,2 mil estupros dentro das Forças Armadas dos EUA foram denunciados, mas o Pentágono calcula que dentro deste período, pelo menos 19 mil abusos sexuais entre colegas aconteceram. Apesar de autoridades explicarem que a violência não acontece apenas contra mulheres, o grupo feminino representa a grande maioria. Isso significa que o risco de uma militar norte-americana ser estuprada no período de um ano dentro das Forças Armadas é 180 vezes maior do que o de ser morta em combate no período de onze anos no Iraque ou no Afeganistão, informou o Huffington Post. Os dados disponibilizados pelo governo norte-americano também apontam que a maior parte dos estupradores é homem com mais de 25 anos e que possui posição hierárquica mais elevada do que a da vítima. Estas informações
explicitam que o caso de Rebekah e Tia longe de serem exceções, representam o padrão da violência dentro das Forças Armadas. Enfrentando a estrutura Mesmo triste e assustada, Tia decidiu lavar os lençóis, roupas e tudo o que pudesse indicar que havia sido vítima de estupro. A aspirante a oficial decidiu que não levaria essa história adiante, apesar de saber que o seu colega poderia violenta-la novamente. Ela apenas mudou de ideia, de acordo com entrevista ao Huffington Post, quando soube que este mesmo militar estuprava outras garotas. Outra oficial tentou desencorajá-la de denunciar o estuprador para seus superiores, mas Tia foi adiante com o seu plano e acabou por esbarrar na estrutura judicial militar. “Então, me diga mais uma vez, qual era a cor da sua calcinha quando você foi estuprada?”, teria perguntado o oficial responsável pela investigação de acordo com sua entrevista ao Huffington Post. Segundo dados do governo dos EUA do ano 2011, apenas 240 das 3,2 denúncias foram para o tribu-
nal e destas, somente 6% resultaram em sentenças condenatórias. A grande parte dos estupradores condenados teve que pagar multa ou, no pior dos casos, foi rebaixado na carreira. Em muitos casos, a vítima não denuncia a violência sexual porque a pessoa para quem devem denunciar é o próprio estuprador e em outros, a alta patente do agressor impede a continuidade das investigações. O processo de Claire Russo, que envolveu alto grau de violência, foi interrompido porque os Fuzileiros Navais não gostam de “lavar roupa suja em publico”, informou ela ao Huffington Post. Em 2004, Claire foi sedada por um capitão que a violentou brutalmente. Segundo informações de seu processo judicial, a oficial tinha hematomas em suas nádegas, vagina e lábio, além de machucados em seu ânus. “No fim, foi-me dito pelo comando direto que a sodomia – forçada ou não - não é crime segundo o Código Militar de Justiça (UCMJ na sigla em inglês) de modo que eu não poderia prestar queixa”, disse Claire ao Huffington Post. www.marchaverde.com.br
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SAÚDE - Pipoca combate o envelhecimento A pipoca já foi apontada como um bom alimento para a dieta devido a seu baixo teor calórico. Mas agora um grupo de cientistas afirma que ela talvez ultrapasse frutas e vegetais no número de antioxidantes, ou polifenóis, que têm uma série de benefícios para a saúde, inclusive o combate ao envelhecimento, uma vez que ajudam no combate a moléculas danosas que podem prejudicar as células. Especialistas americanos desconfiaram do potencial da pipoca porque é composta de apenas 4% de água, enquanto que os antioxidantes estão mais diluídos em frutas e vegetais, que possuem até 90% de água. Uma porção do alimento tem até 300mg de antioxidantes - praticamente o dobro dos 160mg das porções de frutas. Eles também descobriram que a
casca crocante da pipoca tem a mais alta concentração de antioxidantes e fibra. Os cientistas da Universidade de Scranton, na Pensilvânia, revelaram a sua descoberta em uma reunião da Sociedade Química Americana, em San Diego, nos EUA. “Essas cascas merecem mais respeito. Nutricionalmente, elas são pepitas de ouro”, disse o pesquisador Joe Vinson ao jornal “Daily Mail”. Mas Vinson alertou que as pessoas não devem abrir mão de consumir frutas e legumes para viver à base de
pipoca, que não contém vitaminas e nutrientes vitais encontrados nestes alimentos. No entanto, acrescentou que a pipoca tem muitos outros benefícios para a saúde: “A pipoca pode ser o aperitivo perfeito. Trata-se do único lanche feito 100% de grãos não processados. Todos os outros são processados e diluídos com outros ingredientes. Uma porção de pipoca proporciona mais de 70% do consumo diário de grãos
integrais. Uma pessoa comum costuma receber apenas metade da porção indicada de grãos integrais por dia, e a pipoca pode preencher esta lacuna de uma forma muito agradável”, contou. Os cientistas avisaram que o modo de preparo é a chave para ter acesso aos benefícios da pipoca para a saúde. “Pipoca de panela tem o menor número de calorias enquanto que a de micro-ondas tem duas vezes o número de calorias da tradicional”.
Justiça proíbe propaganda que atribui propriedades curativas a repositor de cálcio Três fornecedoras de produtos para reposição de cálcio, que prometem, indevidamente, “qualidades curativas” no combate a doenças como osteoporose, artrite e artrose, não poderão mais promover propaganda com esse teor em qualquer tipo de mídia e em todo o território nacional. A decisão da 15.ª Vara Cível de Curitiba, que estipula multa de R$ 10 mil em caso descumprimento, atende à ação coletiva de consumo proposta pela Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor de Curitiba. De acordo com a ação, assinada pelo promotor de Justiça Maximiliano Ribeiro Deliberador, as três empresas (uma com sede em São José dos Pinhais e duas em Curitiba) vêm realizando publicidade irregular dos produtos “Cálcio Osteo D Fin” e “Cálcio Ósteo D”, ao prometer “mudança na vida das pessoas” e induzir o consumidor a erro. Na propaganda, prometem o combate a dores e à osteoporose em apenas 20 dias, e afirmam que os produtos recompõem 90% do cálcio no organismo. No entanto, a investigação do MPPR apontou que os produtos não são medicamentos, e sim suplementos
minerais, sem qualquer aptidão para tratamento de doenças, limitando-se a adequar as necessidades diárias de cálcio do organismo. A Promotoria ressalta na ação que, conforme esclarecimentos prestados pela Anvisa, para efetivo tratamento de doenças como artrite, artrose e osteoporose, além da ingestão de cálcio, são necessárias outras terapias multifuncionais, visando retardar ou minimizar seus sintomas. “Tais afirmações [de que haverá melhora na qualidade de vida dos consumidores em razão da simples ingestão do produto] têm o condão de disseminar nos consumidores a ideia de que o produto irá afastar os sintomas das doenças, sem a necessidade do devido tratamento desta, o qual, como já visto, passa por uma série de níveis terapêuticos”, ressalta a decisão, assinada pela juíza Liana de Oliveira Lueders. Defesa do Consumidor – O Código de Defesa do Consumidor, ao considerar publicidade enganosa a simples veiculação de anúncio publicitário que seja capaz de induzir o consumidor a erro, leva em conta apenas a potencialidade lesiva da publicidade, não sendo necessário que o consumidor tenha sido efetivamente enganado. Por conta disso, a Justiça determinou, em caráter liminar, que as três empresas se abstenham de promover, em todo território nacional e em qualquer tipo de mídia, toda e qualquer propaganda que atribua propriedades não estabelecidas pela legislação sanitária vigente aos produtos “Cálcio Osteo D Fin” e “Cálcio Osteo D”. Na ação, o MP-PR requer, ainda, a condenação das empresas por dano moral coletivo, em valor a ser arbitrado pela Justiça.
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Marina – Parte de plano para desestabilizar o Brasil Washington lançou campanha de propaganda em grande escala em apoio a Marina Silva, candidata às eleições presidenciais no Brasil, pelo Partido Socialista Brasileiro. Continuam a repetir que a vitória dela é garantida no segundo turno. As pesquisas não oferecem resultados confiáveis e, até agora, só fala do “primeiro turno” das eleições, dia 5 de outubro. Especialistas nos EUA creem que Marina Silva receberá os votos dos que apoiam Aécio Neves da Cunha, do PSDB, até agora com 14-16% do eleitorado. Se acontecer, a candidata apoiada pelos EUA receberia cerca de 60% dos votos, acabando com as chances de reeleição da atual presidenta Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores, no “segundo turno” das eleições, marcadas para 16/ 10. Analistas independentes absolutamente não levam a sério essas previsões e dizem que esse cenário não passa de ilusão. E há os que começam a alertar contra fraude eleitoral. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do mesmo Partido dos Trabalhadores de Dilma Rousseff, não é candidato e trabalha pela re-eleição da atual presidenta. Para ele, Marina Silva absolutamente não tem chances de eleger-se. Para o presidente Lula, a grande ameaça não é Marina Silva, mas alguns veículos de imprensa impressa e de televisão. Esses veículos usam como bem entendem, para finalidades de propaganda, as muitas dificuldades que brotam do processo em curso de implementar reformas sociais e econômicas, feitas para mais bem servir os interesses dos mais pobres. Seja como for, o país está avançando, com grandes projetos industriais em implementação. Lula tem-se mostrado confiante de que a verdade derrotará a mentira. O apoio do ex-presidente à atual presidenta e candidata à re-eleição, Dilma Rousseff, é importante. Resultado desse apoio, Marina Silva já está perdendo votos. Em recente entrevista a um dos grandes jornais do sul do Brasil, Marina Silva explodiu em lágrimas, aos gemidos de que não podia controlar o que o ex-presidente dizia dela, mas que faria o possível para não ‘se vingar’ dele... O ex-presidente respondeu imediatamente, que aquelas lágrimas nada tinham a ver com o que ele dissera sobre mentiras de Marina. Que, lágrimas daquele tipo, só se a causa fosse completamente diversa. De fato, Marina Silva começa a temer os números que as pesquisas eleitorais lhe trazem. A hoje candidata foi membro do Partido dos Trabalhadores de Lula por mais de 25 anos; fez toda a sua vida política ao lado de Lula. Foi senadora, antes de ter sido ministra do meio ambiente do governo Lula, em 2003. Mas durante todos esses anos, Marina Silva sempre se manteve muito próxima dos EUA. Sempre esteve sob as lentes de inúmeros fundos especiais, dos mais variados tipos, e organizações internacionais que vasculham o mundo à procura de gente com o ‘perfil’ adequado para ser usado como
Mantenha limpo o seu bairro As ruas do bairro não são banheiro. Seja educado. Ao passear com o cão leve uma sacola para recolher as fezes.
instrumento dos interesses de Washington. Basta examinar as medalhas e prêmios que choveram sobre Marina Silva – prêmios que ninguém recebe se não for ‘amigo dos EUA’ –, para confirmar que, sim, pelo menos desde 1980, Marina Silva já estava no campo de considerações dos EUA. Essa ‘seleção’ é prática muito frequente: os EUA mantêm pessoal especializado em analisar traços de personalidade de possíveis ‘candidatos’, dos quais o que mais chamou a atenção, em Marina Silva, foi a inclinação para complementar os próprios atributos físicos, com ‘realizações’ políticas que chamassem a atenção (em entrevista, Marina Silva disse que teria trocado a Igreja Católica na qual fora criada, por um culto neopentecostal, porque aí “teria melhores chances de me destacar”). O Brasil vai-se convertendo em estado soberano, forte e autoafirmativo, com grande influência no Hemisfério Ocidental, em posição de desafiar a influência dos EUA. Os debates em Washington fazem-se por trás dos panos, mas uma coisa é evidente: os EUA querem muito trocar a presidenta Dilma Rousseff por alguém mais servil. Marina Silva parece servir esse propósito. Os serviços especiais dos EUA parecem ter pavimentado o caminho para ela, eliminando outro candidato, Eduardo Campos, do Partido Socialista. O avião Cessna 560?L em que ele viajava sofreu uma pane e caiu, ou explodiu, ninguém sabe. French Slate.fr listou esse caso de queda de avião como um dos cinco eventos mais importantes do verão de 2014, que não estiveram nas manchetes, sobre os quais pouco se fala, mas que pode(ria) mudar o rumo da política mundial. Antes da tragédia, Dilma Rousseff era considerada já vitoriosa. Com Marina Silva, as eleições sofreram, no mínimo, um ‘tumulto’ não previsto. Não há dúvida alguma de que, com Marina Silva na presidência, o Brasil passa a alinhar-se mais decisivamente com os EUA. O escândalo da espionagem e das escutas clandestinas, e declarações da presidenta Rousseff, para quem as escutas ilegais implantadas pelos EUA no Brasil seriam “inaceitáveis” virariam coisa do passado, bem como a Unasur (União das Nações Sul-americanas) – união intergovernamental que integra as duas uniões aduaneiras que há: Mercosul e Comunidade Andina deNações, como parte da continuada integração sul-americana, e o Mercosul (Mercado Comum do Sul, bloco sub-regional que inclui Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela com Chile, Bolívia, Colômbia, Equador e Peru como países associados). O objetivo de todas essas estruturas é promover o livre comércio e o fluxo continuado de bens, pessoas e moeda. Tudo isso deixará de estar no
ponto focal da política externa do Brasil. A reorganização da Organização dos Estados Americanos, OEA, é a questão mais importante para os EUA; e voltará ao topo da lista das prioridades de política externa. O Mercosul talvez até continue a existir, mas não como concorrente contra a ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), que Washington tenta impulsionar desde 2005, quando a ideia foi recusada por Argentina, Brasil, Venezuela e alguns outros países. Marina Silva não é grande entusiasta do futuro dos BRICS. Para ela, a participação nesse grupo não traz dividendos. Já disse que não tem qualquer intenção de estreitar relações com Rússia e China, e a aliança com Venezuela e Cuba deixará de ser efetiva. Tudo que os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff já conseguiram até agora, ir-se-á pelo ralo, só para satisfazer o poder da Casa Branca e do Pentágono. A batalha pré-eleitoral está-se convertendo em batalha feroz. Marina Silva não tem tempo a perder, e a carga está-se tornando pesada. Conforme mudem os números das pesquisas, a candidata Marina muda suas declarações e ‘plano’ de governo. Já teve de explicar o que dissera antes, sobre reduzir a produção de petróleo em áreas chamadas “pré-sal”, abaixo do leito do oceano. Manifestou-se contra casamentos homoafetivos no passado; de repente, virou apoiadora. Marina Silva é hoje evangélica, membro da conservadora Assembleia de Deus. Um dia depois de apresentar seu plano de governo, desdisse o que dissera sobre ser favorável ao chamado ‘casamento gay’. No capítulo “Cidadania e Identidades” de seu programa, incluiu “apoio a propostas que defendam (...) o casamento civil.” Na sequência, a campanha de Marina Silva distribuiu uma ‘correção’. A nova versão defende “os direitos de uma união civil entre pessoas do mesmo sexo”, apagando a palavra “casamento” que incluiria direitos mais amplos para os casados. No segundo debate televisionado entre os principais candidatos, antes do 1º turno das eleições, dia 5/10, Rousseff perguntou a Marina Silva como ela financiaria os cerca de $60 bilhões necessários para cumprir suas promessas. “Onde você propõe buscar esse dinheiro?” – perguntou Rousseff. A candidata respondeu que o dinheiro será obtido porque “nosso país voltará à eficiência no gasto público – poremos fim ao desperdício de recursos públicos”. A presidenta Rousseff acertou quando disse que tinha sérias dúvidas de que uma pessoa com esse tipo de ideia na cabeça e convicções tão instáveis pudesse governar algum país. Mais brasileiros já começam a ver que Marina
Silva mudará todas as políticas dos governos que a antecederam e levará o país ao desastre. E “desastre” é, exatamente, o que mais desejam os ‘artíficies de mudança’ que trabalham em Washington. Marina Silva é pessoa com problemas psicológicos, desequilibrada – e tudo isso pode ser bastante útil para influenciar o processo de decisão para bloquear o desenvolvimento progressista do país e quebrar o equilíbrio social, depois que as forças políticas no país começam a aprender a interagir dentro do que a lei autoriza e determina. O que a missão Washington mais deseja é ver criados os pré-requisitos para que se encene no Brasil uma “revolução colorida”. Quer usar a “quinta coluna” e os veículos de imprensa pró-EUA para provocar “manifestações espontâneas” de cidadãos. Os EUA já enviaram pessoal de alta capacitação e experiência para sua embaixada em Brasília, capital do Brasil. A estação da CIA que ali opera é comandada e operada por gente muito, muito experiente. O ataché de Defesa e principal oficial da Defesa, no Brasil, é o coronel Samuel Prugh. É homem de experiência excepcional na coleta de inteligência humana, com amplas relações pessoais entre os militares brasileiros. O presidente Lula e a presidenta Rousseff têm feito o possível para evitar manifestações públicas de incômodo com as atividades subversivas que os EUA conduzem no Brasil. Quando lhes pareceu necessário, os brasileiros usam os bem protegidos canais diplomáticos, para fazer saber a Washington que identificaram um agente que operava clandestinamente na indústria do petróleo, num gabinete diplomático ou nas forças armadas do país. Esses incidentes jamais chegaram ao conhecimento público. Depois do conhecido escândalo associado aos relatórios de que a Agência de Segurança Nacional dos EUA gravara comunicações pessoais da presidenta e espionara a Petrobras, empresa estatal brasileira de petróleo, o governo brasileiro endureceu e exigiu que os EUA pedissem desculpas públicas. Os EUA recusaram-se a desculpar-se e, mesmo, ampliaram as operações de espionagem no Brasil (enviaram mais gente para os consulados). O consulado dos EUA no Rio de Janeiro destaca-se: ali trabalham mais de 500 norte-americanos. John Creamer, cônsul-geral, diz que 300 daqueles funcionários trabalham no processamento de vistos de viagem, da manhã à noite. Segundo Creamer, o processamento, antes, demorava seis meses; hoje, bastam duas semanas. Se os funcionários dos consulados estão realmente ocupados só com emitir vistos de viagem, ou se só vivem a arquitetar alguma versão de ‘primavera árabe’ ou de “Maidan ucraniana”, no Brasil, sob o alto patrocínio dos serviços especiais dos EUA, só o tempo dirá. Nil NIKANDROV, Strategic Culture
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P I A D A S
Cuidado comigo, meus remédios são faixas preta! Ladrão que rouba ladrão vive no Distrito Federal.
O que escrever em seu túmulo? ALGUMAS DICAS
O problema do gordo é a compunção. Compunção de porcaria e fica gordo!
Se você é... ESPÍRITA: Volto já.
Eu vim do nada e sou fiel as minhas origens.
AGRÔNOMO: Favor regar o solo com Neguvon. Evita vermes.
Na cadeia se dorme com um olho aberto e dois fechados.
ALCOOLATRA: Enfim, sóbrio.
A vida é assim mesmo. Num dia a gente perde, no outro ganham da gente...
ARQUEÓLOGO: Enfim, fóssil. ASSISTENTE SOCIAL: Alguém aí, me ajude!
Pobre não troca de roupa, a roupa que troca de pobre.
BROTHER: Fui. CARTUNISTA: Partiu sem deixar traços.
Se eu for eleito vou melhorar as ruas... Vou tirar as subidas e deixar só as decidas!
DELEGADO: Tá olhando o quê? Circulando, circulando.
Se for eleito prometo que vou tirar os mendigos da rua... e vou colocar na calçada!
ECOLOGISTA: Entrei em extinção.
Tamanho não é documento e dinheiro não traz felicidade. Aprendi essa valiosa lição com um mendigo japonês.
ENÓLOGO: Cadáver envelhecido em caixão de carvalho.
É foda passar dos 70. A coisa que a gente mais ouve é: sabe quem morreu?
FUNCIONÁRIO PÚBLICO: É no túmulo ao lado.
Homem é um pouco mosquito: fala no ouvidinho, pica e depois voa.
GARANHÃO: Rígido, como sempre. GAY: Virei purpurina. HERÓI: Corri para o lado errado. HIPOCONDRÍACO: Eu não disse que estava doente? HUMORISTA: Isto não tem a menor graça. TURCO: O que vocês estão fazendo aqui? Quem está tomando conta do lojinha? PESSIMISTA: Aposto que está fazendo o maior frio no inferno. PSICANALISTA: A eternidade não passa de um complexo de superioridade mal resolvido. SANITARISTA: Sujou!!! SEX SYMBOL: Agora, só a terra vai comer. VICIADO: Enfim, pó.
NÃO ACREDITE NAS PESQUISAS As pesquisas são manipuladas e não refletem a tendência do eleitorado. Realizei um levantamento por conta própria - chamado “trekking”, que é consulta por telefone - e concluí que a próxima Prefeita de Curitiba seria minha mãe. Vejam o resultado: Telefonei para 1.253 pessoas entre duas e quatro horas da madrugada e perguntei: - EM QUEM VOCÊ VAI VOTAR PARA A PREFEITURA? 98% dos entrevistados responderam: - NA PUTA QUE TE PARIU! Somente 2% disseram: - NAQUELE CORNO DO SEU PAI!
Batizar gasolina não é um ato cristão. Crente não vê televisão porque não acredita em imagens. O Ministério da Cultura Adverte: Universitário não é exemplo de inteligência e tampouco exemplo de alguma coisa. Estou mais desconfiado que Noé quando viu um casal de cupins entrar na Arca. Saudade é igual prostituta: dá e vai embora. Sou candidato a governador, meu nome é Ninguém Rodrigues. Prometo que Ninguém vai melhorar a educação e Ninguém vai fazer mais hospitais. Quando somos jovens costumamos fazer caretas em frente do espelho. Quando envelhecemos o espelho se vinga! Você é o que come! E isso explica a cara de bunda de algumas pessoas. Se você pensa em ser atriz pornô, saiba que você pode ganhar muito dinheiro, mas a concorrência é enorme e o caminho é duro.
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Serviços da Setran podem ser solicitados em nova unidade na Cidade Industrial A Secretaria Municipal de Trânsito inaugurou nesta terça-feira um posto de atendimento na Administração Regional CIC. É mais uma etapa da descentralização dos serviços da secretaria, que já tem escritórios nas regionais Boa Vista, Boqueirão, Fazendinha/Portão, Pinheirinho e Santa Felicidade. “Esta descentralização amplia o acesso da população aos serviços da Prefeitura. As cinco administrações regionais que abrigam postos da Setran já realizaram mais de 40 mil atendimentos em um ano de atividades. São cidadãos que antes precisavam se deslocar até a sede da Setran no Centro da cidade e que agora podem resolver questões de trânsito em sua própria região”, destacou o prefeito Gustavo Fruet no evento na CIC, que faz parte da Semana Nacional do Trânsito em Curitiba. Ele também lembrou que a Prefeitura iniciou neste ano uma parceria com a Caixa Econômica Federal para venda e regularizações dos talões do EstaR nas casas lotéricas de Curitiba. Agora, os motoristas têm 160 pontos de lotéricas da Caixa Econômica Federal para regularizar as notificações do EstaR, antes que as mesmas
se transformem em multa de trânsito. Anteriormente eram apenas seis pontos de regularização Setran. “Isso mostra que o objetivo da Prefeitura é primeiro educar o cidadão no trânsito, e não priorizar a cobrança de multa”, disse o prefeito. “A ideia é que os serviços públicos da Prefeitura estejam muito próximos do cidadão. No caso da Setran, os postos nas regionais são a certeza de que o idoso ou a pessoa com deficiência poderão fazer sua credencial de vaga exclusiva mais facilmente e que o cidadão poderá obter informações de mobilidade urbana e de trânsito com mais rapidez”, afirmou a secretária municipal de Trânsito, Luiza Simonelli. O funcionário público David Silveira, de 68 anos, trabalha na CIC e tinha dificuldade de se deslocar até o Centro da cidade para resolver suas questões de trânsito. “O posto da Setran na CIC é um grande benefício para nós, vai facilitar a vida dos moradores da região. Estou fazendo agora minha credencial do idoso para o estacionamento”, disse. O posto da Setran na Administração Regional CIC ficará aberto de segunda a sexta-feira, entre 8h30 e 17 horas.