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Quem se lembra da Gilda da Rua XV? Quem circulava pela Rua XV de Novembro em Curitiba nas decadas de 70 e 80, com certeza se deparou com uma das personalidades mais estranhas da cidade, Gilda, um travesti que usava barba, mas se vestia de mulher. Era uma figura alegre que dançava sozinha na frente de alguma loja com música, usava roupas estravagantes, e com certezqa, foi um dos grandes responsáveis por quebrar a seriedade do curitibano. Ele - ou ela - fazia rir a todos que cruzavam seu caminho no pequeno universo da icônica Rua XV. Para ganhar alguns trocados, e sobreviver, Gilda descobriu uma artimanha infalível. Se aproximava do pedestre e fazia a seguinte proposta: “Me dá uma moeda ou ganha um beijo”. E como ninguém se aventurava a ganhar um beijo de um travesti barbudo, Gilda ganhava sua moeda e saia toda contente dançando pelo calçadão. Algumas pessoas davam dinheiro para que Gilda beijasse alguma pessoa, por brincadeira ou sacanagem. E como ela era honesta, corria atrás do infeliz até conseguir beijá-lo. Dizem que Gilda (Rubens Aparecido Rinke) trabalhou em um circo mambembe onde fazia o papel de mulher barbuda, e durante uma passagem pelo circo em Curitiba, Gilda teria escolhido trocar o circo pelas ruas da cidade. Nos movimentos estudantis comentavam que para voce descobrir se a pessoa era de direita ou de esquerda, bastava observar a reação ao se deparar com Gilda. Se ficasse enojado, era de direita. Se sorrisse, era de esquerda. Recentemente criaram uma página no facebook com o título “Gilda Revista”. Existe um ótimo
documentário sobre ela que pode ser visto no youtube: Beijo na Boca Maldita (2008), de Yanko Del Pino. Gilda morreu em 1983. Foi encontrada morta em um casarão abandonado. Seu caixão foi lacrado e os pais se recusaram a comparecer ao enterro. Uma travesti, Márcia, cedeu um jazigo no cemitério Bom Retiro para que Gilda fosse sepultada. E uma multidão acompanhou o enterro. Além de documentários, peças de teatro, textos e artigos, Gilda ficou na história da cidade como uma figura que alegrava as pessoas na Rua XV. Um ano após sua morte, a escola de samba Embaixadores da Alegria foi às ruas com um enredo de homenagem à Gilda. Gilda sem nome (1984) Ai que saudade, que me veio! Das brincadeiras que Gilda aprontava 50 mangos para beijar certo alguém Descontraída Gilda ia... e beijava Beijou doutor... o senador... Falou de amor; brincou... brincou... Gilda, o seu bom humor deixou um oceano de saudade Gilda, o seu carnaval marcou por muito tempo a rotina da cidade Da melindrosa, de princesa oriental Da avenida faz seu palco natural e de repente transforma-se o artista De Carlitos, a vedete ou passista Ai que saudade
EXPEDIENTE O Jornal da Rua XV é uma publicação mensal. Distribuição gratuita na rua XV e região. www.ruaxv.com.br Email: midiabairros@gmail.com Telefone 99946.1233 Editores José Gil - Carla Regina - Velho Antero Filiado a Associação dos Jornais de Bairros do Paraná
EDITORES DO JORNAL DA XV
Carla Regina José Gil
Velho Antero
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A programação do Natal de Luz Curitiba volta a ter atrações para o turismo nacional e internacional com o Natal de Luz. Na administração passada, “não havia dinheiro” para as festividades natalinas, o que acabou desviando parte do turismo para outras capitais e cidades da Serra Gaúcha. PRINCIPAIS ATRAÇÕES Auto de Natal O Auto de Natal vai acontecer no Reservatório da Sanepar no Alto de São Francisco todas as terças-feiras, de 28 de novembro e 19 de dezembro, às 20h. Feira Especial de Natal A tradicional Feira Especial de Natal reúne artesãos nas praças Osório e Santos Andrade e oferece produtos com o tema. A feira começa na quinta-feira (23/11) e vai até 23 de dezembro, de segunda à sábado, das 10h às 22h, e aos domingos, das 14h às 19h. Natal no Paço Nos dias 5, 6 e 7 de dezembro, a fachada do Paço da Liberdade receberá projeções de luz de temática natalina para contar a história de Natalia, uma menina que não vê a hora de se tornar adulta para fazer o que quiser. O evento começa às 20h30. O Palácio Encantado O espetáculo de Natal do Palácio Avenida está na 27ª edição – a segunda sob o comando do banco Bradesco. O tradicional coral se apresentará de 1 a 17 de dezembro, às sextas, sábados e domingos, sempre às 20h15, no Palácio Avenida, na Rua Luiz Xavier, no Centro.
Capela Santa Maria Espaço destinado à música erudita, a Capela Santa Maria será palco do Concerto Natalino Camerata Antiqua de Curitiba, nos dias 15 e 16 de dezembro, às 18h30, e a apresentações da Opera Orchestra Curytiba, de 19 a 22 de dezembro, às 20h. Memorial de Curitiba Além da cerimônia de Proclamação do Natal, o Memorial será ornamentado com uma árvore étnica, que vai mostrar a cultura das etnias que formaram Curitiba. O programa Pavilhão Étnico terá apresentações de dança folclórica. O Memorial também vai receber a Exposição Oficina Itinerante de Mini Presépios, até 6 de janeiro. Mercado Municipal O Mercado terá programação especial até 5 de janeiro, com apresentação de coral, aulas de culinária, uma feira especial com produtos natalinos e ainda uma visita do Papai Noel, com distribuição de frutas da época. Nataleluia Há 20 anos na programação natalina de Curitiba, o Nataleluia é um espetáculo que apresenta a mensagem de Natal com performances ao vivo e com o apoio de mais de 700 voluntários. Reúne orquestra, teatro,
dança, um grande coral e efeitos especiais. Ingressos e informações pelo site: www.nataleluia.com.br Feira de Santa Rita Evento tradicional promovido pela Associação e Oficinas de Caridade Santa Rita de Cássia. A feira é a principal fonte de recursos para atender as mais de 168 entidades carentes cadastradas na associação. São três dias de apresentações musicais e folclóricas em uma grande praça de alimentação e estandes com venda de enfeites, artesanato, roupas, brinquedos, bijouterias. O evento será dia 1 de dezembro,
da 14h às 22h, e nos dias 2 e 3 de dezembro, das 10h às 22h, no espaço Expo Renault. Orquestra no Jardim Botânico A Orquestra Filarmônica Unicesumar vai se apresentar no Jardim Botânico, ao pôr do sol. Sob a coordenação do Maestro e Diretor Artístico Davi Oliveira, a Orquestra executa um programa de concerto diversificado, constando obras sinfônicas, populares e trilhas sonoras. Conta com 65 músicos que estão organizados entre as sessões das cordas, sopros e percussão sinfônica. A apresentação será no dia 26 de novembro às 19h30.
Mensagem de Natal do Papa Francisco O Natal costuma ser sempre uma ruidosa festa; entretanto se faz necessário o silêncio, para que se consiga ouvir a voz do Amor. Natal é você, quando se dispõe, todos os dias, a renascer e deixar que Deus penetre em sua alma. O pinheiro de Natal é você, quando com sua força, resiste aos ventos e dificuldades da vida. Você é a decoração de Natal, quando suas virtudes são cores que enfeitam sua vida. Você é o sino de Natal, quando chama, congrega, reúne. A luz de Natal é você quando
com uma vida de bondade, paciência, alegria e generosidade consegue ser luz a iluminar o caminho dos outros. Você é o anjo do Natal quando consegue entoar e cantar sua mensagem de paz, justiça e de amor. A estrela-guia do Natal é você, quando consegue levar alguém, ao encontro do Senhor. Você será os Reis Magos quando conseguir dar, de presente, o melhor de si, indistintamente a todos. A música de Natal é você, quando consegue também sua harmonia interior.
O presente de Natal é você, quando consegue comportar-se como verdadeiro amigo e irmão de qualquer ser humano. O cartão de Natal é você, quando a bondade está escrita no gesto de amor, de suas mãos. Você será os “votos de Feliz Natal” quando perdoar, restabelecendo de novo, a paz, mesmo a custo de seu próprio sacrifício. A ceia de Natal é você, quando sacia de pão e esperança, qualquer carente ao seu lado. Você é a noite de Natal quando
consciente, humilde, longe de ruídos e de grandes celebrações, em silêncio recebe o Salvador do Mundo. Um Feliz Natal a todos que procuram assemelhar-se com esse Natal. Papa Francisco
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Natal iluminado voltou a Curitiba Com o tema Luz dos Pinhais: Natal de Curitiba, a temporada natalina na capital paranaense terá espetáculos, apresentações e atividades diárias e gratuitas. A programação começou quarta-feira (22/11) e vai até 24 de dezembro. A decoração especial vai embelezar a cidade até 6 de janeiro. O Natal é um momento importante para o fomento do turismo local, disse o prefeito Rafael Greca, na apresentação da programação de Natal para imprensa e influenciadores digitais, no Salão Brasil da Prefeitura. “Nada me traz mais alegria do que a fotografia que eu vi ontem à noite que mostrou o centro de Curitiba com o calçadão limpo, a árvore de Natal iluminada e os lampadários republicanos com luz amarela para permitir que as Estrelas de Belém brilhem azuis”, afirmou Greca. Nesta quarta, todas as árvores de Natal das dez regionais da cidade serão iluminadas simultaneamente, às 19h. Nos dias seguintes, apresentações musicais ocuparão diversos pontos na cidade, em todas as regionais. As calçadas do Centro Histórico e da Rua XV de Novembro serão os núcleos das festividades durante o mês do Natal. Decoração
A decoração estará presente nos parques Barigui e Tanguá, que receberão árvores iluminadas de Natal. No parque Lago Azul, um presépio iluminado celebrará o nascimento de Jesus. O Jardim Botânico, por sua vez terá decoração especial, com a iluminação da Estufa e da Árvore da Vida, composta por flores vermelhas. A Árvore da Vida também poderá ser vista na Rua XV de Novembro. Composta por sálvias vermelhas e com iluminação especial a árvore vai compor o cenário do centro. Em frente aos imóveis históricos da cidade, uma brilhante estrela iluminará a memória da cidade. O Memorial de Curitiba terá uma árvore especial e será decorado com temas natalinos e referências às etnias que formaram Curitiba. A decoração também terá flâmulas nas cores – verde e vermelho – do Natal na Igreja do Rosário, no Solar do Rosário, na Igreja Presbiteriana Independente, no Palacete Wolf, na Cinemateca, na Catedral de Curitiba, na Capela Santa Maria, no Mercado Municipal e nas Ruas da Cidadania e Regionais. Feira Especial de Natal A tradicional Feira Especial de Natal reúne artesãos nas praças Osório e Santos Andrade e oferece produtos com o tema. A feira come-
ça na quinta-feira (23/11) e vai até 23 de dezembro, de segunda à sábado, das 10h às 22h, e aos domingos, das 14h às 19h. Natal no Paço Nos dias 5, 6 e 7 de dezembro, a fachada
do Paço da Liberdade receberá projeções de luz de temática natalina para contar a história de Natalia, uma menina que não vê a hora de se tornar adulta para fazer o que quiser. O evento começa às 20h30. O Palácio Encantado O espetáculo de Natal do Palácio Avenida está na 27ª edição – a segunda sob o comando do banco Bradesco. O tradicional coral se apresentará de 1 a 17 de dezembro, às sextas, sábados e domingos, sempre às 20h15, no Palácio Avenida, na Rua Luiz Xavier, no Centro.
Capela Santa Maria Espaço destinado à música erudita, a Capela Santa Maria será palco do Concerto Natalino Camerata Antiqua de Curitiba, nos dias 15 e 16 de dezembro, às 18h30, e a apresentações da Opera Orchestra Curytiba, de 19 a 22 de dezembro, às 20h. Memorial de Curitiba Além da cerimônia de Proclamação do Natal, o Memorial será ornamentado com uma árvore étnica, que vai mostrar a cultura das etnias que formaram Curitiba. O programa Pavilhão Étnico terá apresentações de dança folclórica. O Memorial também vai receber a Exposição Oficina Itinerante de Mini Presépios, até 6 de janeiro. Mercado Municipal O Mercado terá programação especial até 5 de janeiro, com apresentação de coral, aulas de culinária, uma feira especial com produtos natalinos e ainda uma visita do Papai Noel, com distribuição de frutas da época. Nataleluia Há 20 anos na programação natalina de Curitiba, o Nataleluia é um espetáculo que apresenta a mensagem de Natal com performances ao vivo e com o apoio de mais de 700 voluntários. Reúne orquestra, teatro, dança, um grande coral e efeitos especiais.
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Os sírios na história de Curitiba O sírio Youssef H. Mousmar é escritor, tradutor juramentado, diretor da Associação Cultural Sírio Brasileira, muito conhecido por sua grande cultura, simpatia e excelente educação. É visto quase que diariamente no Café da Boca, na Boca Maldita, conversando com sírios e brasileiros. Esta edição é o início de uma série de reportagens com o título de "A história dos primeiros sírios em Curitiba". Nas próximas edições daremos continuidade publicando a história de outros pioneiros, imigrantes e personalidades sírias que tanto contribuiram e contribuem com o progresso do nosso país. Ele é o nosso entrevistado.
patrício que era muito brincalhão. Esse amigo se ofereceu para ensiná-lo a vender frutas na praça Zacarias. Disse: - Você fica na frente do carrinho gritando “Turco sujo”, “Turco sujo”, e as pessoas vão comprar as suas frutas. Como ele não sabia o que estava
caram um pouco alterados, houve uma discussão e o comerciante fraturou a perna do subtenente. Estava iniciado o conflito que ficou conhecido como “A Guerra do Pente”, tendo originado filmes e livros. Cento e vinte lojas de sírios cristãos,
Fale sobre sua memória dos primeiros sírios no centro de Curitiba. Youssef - No início da Primeira Guerra Mundial, em 1914, um dos primeiros imigrantes sírios a chegar a Curitiba e se estabelecer no ramo de importação e exportação de frutas foi Kassen Iskandar, com uma loja no centro da cidade, na praça Tiradentes, que ficou conhecida como a loja Coração da Cidade. Ele era um homem muito bom e generoso. Acolhia os imigrantes Youssef H. Mousmar, escritor, tradutor, diretor da Associação Cultural Sírio que chegavam e tentava ajuda-los de alBrasileira, com a obra prima de Antoun Saade, “Gênese das Nações” guma forma. Identificava a profissão do imigrante e procurava ajudar na montagem um estabelecimento no qual ele falando, encostou o carrinho de fru- muçulmanos e judeus , italianos e bratas e começou a gritar “Turco sujo”, sileiros, mas todos conhecidos como pudesse trabalhar. “Turco sujo”. "turcos" foram depredadas. Algumas Um dos relatos Numa época em delas totalmente destruídas. comoventes que me foi contado trata da Alguns anos depois, conversei com “A questão de comunicação que sírios cristãos, muçulmavinda de um sírio o Ahmed Najar e perguntei o motivo - diferenças de idiomas nos e judeus da briga com o subtenente. Ele me excamponês que não causou muitos problemas eram todos cha- plicou com as seguintes palavras: falava português. para os imigrantes”. mados de “turKassen Iskandar o re- Eu estava no balcão e chegou o cos”. cebeu e viu pelas suas subtentente. Ele pediu a nota fiscal. Eu As pessoas paravam para ver aque- falei para a funcionária fazer a nota fisroupas que era um homem muito humilde, muito pobre. Trocaram algumas le estranho espetáculo, sorriam a aca- cal para ele. Mas não sei o que acontepalavras e o senhor Kassen perguntou: bavam comprando. ceu, ele não entendeu e começou a me - Como você deixou sua família na No primeiro dia ele vendeu três car- xingar, e acabamos brigando. Síria? Deixou alguma ajuda para que rinhos cheios de maçãs. Outro caso que aconteceu com o eles sobrevivessem enquanto você está O senhor Kassen perguntou a ele Ahmed Najar, ele foi a uma lanchono Brasil à procura de trabalho? como conseguia vender tantas maçãs. nete onde havia uma moça e um jo- Somos muito pobres, senhor. Ele respondeu que ficava gritando vem. Estava com fome e decidiu faNão deixei nada porque não havia o “Turco sujo”. O senhor Kassen sorriu zer um lanche. que deixar. e contou a ele que não deveria gritar A moça perguntou o que ele deO senhor Kassen Iskandar pegou o aqueles palavras, e explicou o que sig- sejava. Ele respondeu: - Por favor, homem pelas mãos e disse: nificavam. Ele ficou muito bravo e quero um pão com beijo. - Vamos até uma agência bancária. quase bateu no patrício brincalhão. A moça ficou alterada e chamou o Vou transferir 200 dólares para a sua Essa questão de comunicação cau- jovem. Ambos reclamaram porque não esposa. Depois você me paga. sou muitos problemas. No dia 8 de era certo pedir beijo a uma moça que Era assim o relacionamento entre os dezembro de 1959 o subtenente An- ele nem conhecia. Foi quando entrou sírios naquela época, de muito respei- tonio Tavares da Polícia Militar do Es- na lanchonete outro patrício que sabia to, amizade e confiança. tado do Paraná comprou um pente falar português corretamente. Ele exUma situação engraçada, foi quando pelo valor de quinze cruzeiros e exi- plicou em árabe o que estava acontechegou outro imigrante que não falava giu o comprovante do comerciante cendo e as coisas foram aclaradas: ele uma palavra em português. Ele procu- libanês Ahmed Najar. Havia na época queria pão com queijo, mas na pronúnrou o senhor Kassen Iskandar que para uma campanha do governo que dava cia do árabe saiu “pão com beijo”. ajuda-lo forneceu um carrinho de mão prêmios e todos pediam notas fiscais. Outro pioneiro na cidade foi Hussein com maçãs para ele vender na praça Diante da falta de comunicação entre Zraik, pai do Zak Zraik , dono da CalZacarias. Mas ele fez amizade com um eles, que não se entendiam porque fi- çados Glória na Praça Tiradentes. Ele
tinha uma loja bem grande, o primeiro supermercado de Curitiba que se chama Armazém Damasco. A solidariedade era uma marca dos árabes. Eles chegaram também como refugiados durante a Primeira Guerra Mundial. Os primeiros que chegaram ajudavam os que chegaram depois, que chegavam sem nada. Fale sobre a festa em que você discursou para o então governador Ney Braga. Youssef – Foi numa grande reunião na Sociedade Muçulmana do Paraná, durante o governo Ney Braga. Quando eu cheguei ao Brasil, em dezembro de 1969, eu cheguei da Síria falando português. Meu pai havia passando um tempo no Brasil e ao retornar eu estudei português. Em meu discurso falei que nós imigrantes somos como uma árvore, e nossas raízes se entrelaçam com as raízes de outros povos. Quando você retirar a raiz de uma árvore, ela morre. Mas quando a raiz se entrelaça e se mantem unida e forte, a árvore dá frutos e flores, e tem vida. O mesmo acontece com as casas. Quando fechamos todas as portas e janelas, estragamos o ar e as pessoas adoecem. Nós somos um povo histórico e civilizado. Não podemos cortar nossas raízes com a nossa terra, e não podemos deixar nossas raízes se perderem. E assim, se nós queremos viver entre os brasileiros, devemos nos misturar com o povo brasileiro e entrelaçar nossas raízes da pátria mãe (Síria) com a nova pátria. E a nossa terra mãe é uma continuidade no Brasil. Devemos entrelaçar nossas raízes. Por isso devemos abrir nossas portas e janelas, abrir nossa casa para os brasileiros. E sendo assim, não podemos nos fechar em clubes ou organizações, mas entrar e participar dos clubes e sociedades brasileiras. Não podemos trair a nossa primeira pátria porque aquele que trai a sua primeira pátria vai também trair a segunda pátria, o Brasil. E nós não somos traidores. Foi então que o Ney Braga se levantou e me abraçou. Naquela época – década de 60 - o clima era de muita harmonia, não havia brigas, divisões de seitas, religiões, etnias, ideologias. Todos aqueles que vivem aqui são sírios, falam árabe, mas não são da Arábia. A palavra árabe, para definir todos os povos de algumas regiões, foi estabelecida pelos colonizadores e imperialistas. Aqueles que se dizem libaneses, palestinos, iraquianos, e muitas outras nacionalidades são sírios. Esta afirmação provoca discussões, mas vou explicar a razão. A Síria é um ambiente geográfico distinto do ambiente geo-
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gráfico da Arábia. Antes da Síria, aquela região que compreendia dezenas de países se chamava Aram, o centro de uma região estendida por três continentes, e ligada aos 5 continentes através da África, Europa, Ásia, mar Mediterrâneo e Golfo. Quando Jesus Cristo chegou à região, há mais de 2 mil anos, ele chegou falando aramaico. Ele chamou a região de “Síria”, que significa luz, terra da luz, porque foi onde aceitaram seus ensinamentos. O nome Síria significa “terra da luz”. Sírio significa “iluminado, instruído”. Arábia vem da palavra araba, que significa deserto. Quem vive na Araba se chama árabe, e quem vive na Síria, se chama sírio. Quem nasce no Brasil é brasileiro, quem nasce no Paraná ou no Nordeste, é brasileiro. E quem nasce na região da antiga Aram, hoje Síria, é sírio. Naquele tempo o alfabeto não tinha as letras “c” e “s”. Era uma letra só. A palavra para o mundo ocidental foi divida na tradução. No Brasil quando falamos sírio com “s” é nacionalidade. Mas círio com “c” significa vela. Esta vela vem do tempo em que Jesus Cristo falou que não se pode colocar a vela embaixo da mesa, mas em cima da mesa para que ela ilumine o ambiente. A luz deve iluminar o caminho das pessoas. Por isso Jesus disse “Eu sou a luz”, e veio ao mundo para iluminar os caminhos dos homens. Quem nasceu no deserto nasceu na Araba, ou na Arábia, é árabe. Quem nasceu no Aram, na Síria é sírio. Sírio significa iluminado, instruído. Sírio é aquele que nasceu na terra da mãe da civilização humana, local de nascimento do alfabeto, primeira nota musical, primeiras ciências, primeiras leis do mundo, primeira roda, instrumentos de navegação, por isso a Síria é também chamada de Crescente Fértil. Fale sobre a divisão da Síria desde a Primeira Guerra Mundial. Youssef – Depois da Primeira Guerra Mundial os ingleses, franceses e norte-americanos se uniram para dividir a Síria, praticando a velha máxima de “dividir para dominar”. Havia um estado sírio onde havia uma montanha chamada Monte Líbano, era um estado
da Síria. Primeiro anunciaram a declaração do estado do Pequeno Líbano. Mas uma montanha não pode ser um estado. Então aumentaram quatro distritos para criar o Líbano: Beirute, antigo Porto de Damasco, sul do Líbano, vale de Beka e norte do Líbano, e assim criaram um estado de 10.452 km2. No Brasil tem muitas fazendas que são maiores que o Líbano. E nas imediações do Rio Jordão os ingleses criaram um principado e depois o Reino da Jordânia. Ora, não existia Jordânia, era tudo Síria. A Palestina era a costa ocidental da Síria. Iraque é uma palavra que significa “leste do Irã”, e lá fizeram um reino também. A Síria atual só conservou o nome porque seu território foi divido para a criação do Líbano, Palestina, Iraque, Jordânia, Kuwait e agora Israel. Nesse ambiente geográfico chamado Síria nasceu a primeira civilização do mundo. A maioria dos imigrantes são da Síria. Eles falam árabe porque o idioma foi difundido com o surgimento do islamismo. O árabe é a língua do profeta Mohamad. Ele criou este idioma. Antes do profeta Mohamad havia milhares de línguas e idiomas naquela região. Cada tribo falava um idioma e não se entendiam. Então chegou o profeta Mohamad e criou essa língua que estamos falando hoje, que foi disseminada na expansão do Islã. Quando se fala de 22 países árabes com a mesma língua e a mesma tradição, estamos falando da Síria? Youssef – A Síria levou o árabe para o Egito, para o ocidente árabe com a mensagem islâmica. Mas desde a morte do profeta Mohamad (Maomé), a Península Árabe não produziu nenhum grande filósofo ou escritor, pelo contrário, regrediu no tempo em termos culturais com as monarquias instaladas pelos imperialistas. A maioria dos intelectuais árabes de hoje estão fora da Península Árabe. Estão na Síria dividida (pequena Síria, Líbano,Iraque, Jordânia, Palestina e Kuwait), Egito no ocidente árabe (Tunísia, Líbia, Argélia e Marrocos), mas na Península Árabe que foi chamada depois da Segunda Guerra Mundial de Arábia Saudita, criada pelos ingleses, é um reino das trevas. Os ingleses criaram o Reino da
Arábia Saudita, e colocaram para governar um membro da família Saud. E todos aqueles que nascem na Arábia Saudita são chamados de sauditas. Ora, as pessoas não são da família Saud, mas são sauditas. É o mesmo de que chamar todos os brasileiros de Silvas ou Bragança, ou da família de Fernando Henrique Cardoso ou de Lula. Os brasileiros acei-
tuais, de artes, ciências, movimentos civilizados. O movimento Nacionalista Social Sírio foi fundado por um filósofo que viveu no Brasil, estudou em São Paulo, chamado Antoun Saadeh. Quando os colonialistas e imperialistas (ingleses, franceses e norte-americanos) começaram a dividir a Síria, ele fundou o Partido da Unidade da Nação. Ele foi o único líder que
85 anos do Partido Nacionalista-Social-Sírio
Dia 16 denovembro de 2017 Foto da comemoração em Beirute, capital do Líbano
tam ser chamados de outro nome que não seja brasileiros? Todos os movimentos políticos sírios ou árabes de hoje são religiosos? Youssef – Os colonialistas e imperialistas (ingleses, franceses e norte-americanos) tentaram dividir tudo, dividir a terra e dividir a mentalidade dos povos, por isso você encontra muitas seitas religiosos, muitos grupos étnicos. Os imperialistas dividem para dominar, fomentam os conflitos e guerras. Mas, além disso, existe na Síria movimentos culturais, intelec-
recusou a divisão do país, enquanto muitos políticos aceitaram a divisão do país porque foram subornados pelos estrangeiros. Após regressar à Síria de seu período de estudos em São Paulo, ele não aceitou a divisão da pátria e fundou um partido, um movimento que sempre trabalhou e trabalha pela unificação do país. Ele queria fazer o renascimento, resgatar uma vida civilizada, de progresso, e não o retrocesso religioso medieval das monarquias árabes. Ele fundou uma filosofia nova chamada Nacionalismo Social. É um termo
composto por duas palavras: Nação e Social. Nação significa todo o povo que vive no meio ambiente. Social abrange toda a sociedade, por isso Nacionalismo Social é muito diferente do nacionalismo racista (nacional-socialismo ou nazismo), nacionalismo sectário, nacionalismo religioso. De acordo com o nacionalismo religioso podemos falar de muitos movimentos e seitas, por exemplo, nacionalismo católico, nacionalismo ortodoxo, nacionalismo judaico etc. Nacionalismo-Social abrange todas as religiões, seitas, raças, origens, etnias, cores etc. Por isso não podemos falar de nacionalismo racista, étnico ou sectário, de um grupo qualquer. Quando falamos de Nacionalismo-Social brasileiro significa que engloba toda a nação brasileira, toda a terra brasileira, independente de religião. E quando uma nação se desenvolve, progride, com união do povo, pode apoiar e ajudar outras nações. Mas se ficar fracionada, dividida em seitas ou religiões, será sempre fraca. Por isso esse nacionalismo social é uma filosofia nova, uma nova teoria, uma doutrina de progresso que prega o respeito à integridade de cada país, o fortalecimento de cada nação para que todos se unam, se ajudem e se fortaleçam a fim de “realizar uma vida nova melhor num mundo novo mais avançado com belos valores humanos mais elevados e mais civilizados” como disse o fundador do Movimento Nacionalista-Social, o sociólogo e filósofo sírio Antoun Saadeh, que foi assassinado sem julgamento por causa de sua doutrina Nacionalista-Social-Síria, que ainda vive e continua brilhando através do Partido Nacionalista-Social-Sírio que comemorou o seu aniversário de 85 anos em 16.11.2017 em Beirute, capital do Líbano. E assim como Jesus Cristo falou que todos os homens são irmãos, podemos falar também que todas as nações são irmãs, e quando falamos que são irmãs, devem colaborar para construir uma nova humanidade, baseada na verdade, na beleza, na justiça, no respeito mútuo, na colaboração entre todos, e assim podemos criar um novo ser humano que respeita e trabalha em unidade para beneficiar de todos, buscando o progresso mundial, e não apenas o de uma nação.
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Consumidores bebem cerveja ou xarope de milho? Bom, para começar vamos falar um pouco sobre o que é cerveja, que segundo o Wikipédia, além de ser a provável mais antiga bebida alcoólica que se tem conhecimento, mais especificamente a cerveja Pilsen, é a bebida mais popular do mundo ficando atrás apenas de água e chá. Existem diversos tipos de cervejas que trazem métodos diferentes de fermentação e composição, mas a Pilsen que corresponde a maior e mais popular produção, tem ou deveria ter a seguinte composição: Água; malte de cevada; levedura de cerveja para produzir a fermentação, e o lúpulo. Essa é a composição do que é aceito como Cerveja. Dentro do processo de fermentação espera-se, que uma bebida tão antiga quanto a civilização tenha seu próprio método de conservação, o lúpulo exerce essa função e algumas outras na Cerveja. Ou seja, a Cerveja (com ‘C’ maiúsculo) tem em sua fórmula um conservante natural e nesse tempo todo de simbiose entre ela e o homem, estão os dois mais que adaptados um ao outro, tornando-a verdadeiramente saudável (ou o mais perto possível disso). Todo mundo sabe que ingerir bebidas alcoólicas demais faz mal, existem limites nisso, o problema é quando qualquer quantidade faz mal. Por isso resolvi escrever esse post, pois hoje em dia percebo que pouca gente sabe o que está bebendo de fato. A grande maioria das cervejas no mercado não são cervejas, a formula delas difere muito do que é conhecido milenarmente. Na minha opinião nem deveria ser permitido por lei chamar o que tem se vendido no país de cerveja. Vou dar um exemplo prático: se pegamos leite de vaca, misturamos nele 40% de leite de soja, podemos ainda chamar esse produto de ‘leite de vaca’? Mas não para aí, mistura ainda ao leite, conservantes industriais, corantes, essências e mais uma boa quantidade de químicas. Isso é mesmo leite? Isso é o que aconteceu com as cervejas populares no Brasil. Para entender melhor vamos voltar ao título do post.
boa cerveja que foi estragada pela sede de lucro), Skol e provavelmente em todas as outras cervejas de boteco, seja Ambev ou não.
Desculpa Ambev,
Por que você deve beber cervejas artesanais ou Heineken Lembrando do que foi exposto acima vamos agora olhar para as mais populares marcas de cerveja. Selecionei alem da Heineken, a Antárctica e a Stella Artois. Apenas essas duas pois Antárctica, Skol, Brahma, Kaiser e outras da mesma faixa de preço tem mais ou menos a mesma fórmula, já a Stella Artois se difere um pouco na formula e no preço e assim como a Heineken custa em média R$1,00 a mais, sendo que no caso da Stella Artois, se não me engano, vem 100mls a menos. Stella Artois é das cervejas fabricadas pela Ambev a que concorre, ou deveria, com a Heineken, por isso mais a frente vou fazer um comparativo exclusivo entre as duas. Acontece que tirando a Heineken e as cervejas artesanais, todas as cervejas pilsen de preços populares no Brasil não são feitas de cevada e lúpulo, oficialmente elas tem (se não me engano) 40% de ‘cereais não maltados’, que pode ser traduzido como ‘milho’. Essa é a quantia que a lei brasileira permiti para que continue sendo vendida com o nome de cerveja. E pasmem: legisladores que defendem interesses da industria em questão, estão querendo mudar a lei para que os cereais não maltados possam representar 60% da fórmula!!! Isso não é cerveja, não importa se a lei permite que essa bebida de milho leve o nome de cerveja na prateleira do mercado, mas não é cerveja. Não é a bebida milenar ao qual nosso cor-
po já está ‘geneticamente’ adaptado e que se conserva por conta própria. O sabor não é o único a ser prejudicado com essa ‘nova’ formula, para ser comercializável é adicionado também conservantes artificiais para essa bebida de milho não estragar, o que é MUITO prejudicial a sua saúde. Acredite a Heineken tem APENAS água, malte e lúpulo, nada mais… Pode se dizer que ela é um produto natural. Já na formula da longNeck Antártica você vai encontrar: Água, Malte, Cereais não maltados, Carboidratos, Lúpulo, Antioxidante INS 316 e Estabilizante INS 405. Essa fórmula se repete nas cervejas como Antártica Original (que eu não sei o que tem de original nela), Bohemia (uma
MAS ISSO NÃO É CERVEJA! A Stella Artois que seria a cerveja da Ambev produzida para concorrer com a Heineken tem a formula um pouco melhor: Água, Malte, Cereais não maltados, Lúpulo, Antioxidante INS 316. Aparentemente um conservante a menos, entretanto ela custa mais ou menos o mesmo que a Heineken, sendo que a unidade tem apenas 275mls, enquanto a Henineken tem 355mls. Nos países da Europa é impensável produzir alguma cerveja com milho. Em alguns países existe, inclusive, proibição pura e simples. O milho na cerveja pode ser considerado um “xarope de milho”, que engorda e estufa o estômago. Conclusão - Se você quer beber Cerveja, pague a mais e peça cervejas artesanais nacionais, importadas da Europa e México ou Heineken; quer beber um composto de milho e outras coisas OK, mas acho que é valida a reflexão sobre saúde e canibalismo de mercado. Porque além de prejudicar o sabor, essas ‘cervejas’ de milho põe em risco a sua saúde. Tudo bem, todos sabemos que é bebida alcoólica e faz mal, mas a fórmula original está a tanto tempo acompanhado a humanidade que o simples consumo esportivo não deve causar maiores danos do que a embriagues (é bom conferir com um médico), por outro lado já está muito bem difundido os prejuízos causados pelos conservantes industriais. Leon Prado com redação
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Em um mês, Richa paga três folhas aos servidores e injeta R$ 5,1 bilhões na economia do Paraná profissionais no Paraná e mais de um milhão no Brasil – também foi bastante atingido pela crise nacional. “Agora pode se beneficiar com a retomada da atividade econômica”, afirmou. Richa lembrou que, em função da melhoria na atividade econômica e do ajuste fiscal do Estado, os investimentos públicos também aumentam e fecham 2017 em R$ 7,8 bilhões. “Enquanto os outros estados estão com dificuldade até para pagar os servidores, nós estamos com as contas em dia. O Paraná foi o primeiro a sair da crise e, hoje, todos os paranaenses podem colher os frutos do ajuste fiscal”, reafirmou Richa. Já o orçamento de 2018 projeta o montante de R$ 8,4 bilhões, incluindo os aportes da Copel e da Sanepar.
O governador Beto Richa destacou o pagamento dos salários de novembro, dezembro e do 13º para os servidores estaduais injetará R$ 5,1 bilhões na economia do Estado. “Isso sem dúvida se refletirá em mais vendas, contribuindo para movimentar o comércio no final do ano, o que beneficia lojistas e comerciários e também o setor de serviços”, disse Richa a um grupo de empresários reunidos na comemoração pelos 75 anos do Sindicato dos Representantes Comerciais do Paraná. “Com equilíbrio nas contas, o Governo do Paraná pode manter em dia o compromisso com seus servidores, o que ajuda diversos outros setores”, completou Richa. Ele lembrou que o setor de representação de vendas – que reúne 40 mil
Caputo Neto lança programa de entrega de medicamentos em casa O suários da Farmácia do Paraná, em Curitiba, contam com uma nova alternativa para ter acesso a medicamentos de alto custo e uso contínuo pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Através de uma iniciativa inédita do Governo do Paraná, pelo menos 10 mil pacientes poderão receber os remédios em casa - pelos correios, sem a necessidade de se deslocar à unidade da farmácia do Estado, no centro da cidade. De acordo com o secretário Estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, que foi o idealizador do projeto, a medida facilita a vida de grande parte dessas pessoas que muitas vezes são idosos e tem dificuldades de locomoção. “Estamos dando uma atenção especial à esses usuários. Além disso, reduzimos o fluxo de pessoas na farmácia, diminuindo também o tempo de espera dos pacientes”, relatou. Para participar do programa de entrega de medicamentos as pessoas devem seguir os seguintes critérios: ter cadastro ativo no Programa Farmácia do Paraná; utilizar os medicamentos do Serviço de Entrega em Casa; ter 60 anos ou mais; e obter uma autorização formal para entrega em casa e ser morador de Curitiba. Para viabilizar as entregas, o Estado formalizou um convênio com os Correios. “As pessoas que atendem aos critérios do serviço deverão autorizar a entrega em seu domicílio, manter o endereço atualizado e retornar à far-
plicado pegar ônibus para vir até a farmácia retirar os medicamentos. Agora, com a entrega em casa, o governo está facilitando muito as nossas vidas”, contou.
mácia para levar os documentos de renovação a cada três meses.”, disse o secretário. Caputo Neto lembra ainda que, a qualquer momento, o paciente também pode agendar uma consulta farmacêutica na Farmácia do Estado para tirar dúvidas sobre o seu tratamento. “Esse acompanhamento é essencial para garantir a eficácia do medicamento e o sucesso do tratamento”, ressaltou. COMODIDADE - A Farmácia do Paraná, localizada no centro da capital paranaense, é responsável por distribuir 232 tipos de medicamentos para o tratamento de 82 doenças, como diabetes tipo 1, hepatites, Alzheimer, Parkinson,
doenças renais, entre outras. Atualmente, 29.426 pacientes recebem seus medicamentos na unidade. A aposentada Anita Gomes Ignácio, 77 anos, moradora do bairro Xaxim, foi a primeira a receber o medicamento em casa. Ela retira remédios para colesterol desde 2005, ano em que passou por uma angioplastia. “Desde que tive o problema no coração, não posso andar sozinha. Então, sempre dependi da minha filha para me acompanhar até a Farmácia. Mas agora, com a entrega em casa, está uma maravilha”, disse. Outra beneficiada, Edi Grossete Klenk, de 67 anos, também ficou contente com a comodidade. “Às vezes, em dias de chuva ou temporais, era com-
FARMÁCIA - O Governo do Estado investiu R$ 4,6 milhões na nova sede da Farmácia do Paraná, inaugurada em 2015 no centro de Curitiba. Cerca de 72% dos usuários são da capital e 28% municípios da região metropolitana. A cada mês, por volta de 1100 novos pacientes passam a usar o serviço. “O prédio estava abandonado, mas nós o reestruturamos. Hoje, talvez seja a maior farmácia pública do Brasil”, disse Caputo Neto. A unidade funciona com 24 guichês para o atendimento de 1,3 mil a 1,6 mil pacientes diariamente, mas, em alguns dias, chega a dois mil. Para suprir a demanda, a unidade conta com o apoio de 106 colaboradores, entre servidores, estagiários e terceirizados. Na solenidade de lançamento, o governador Beto Richa fez questão de destacar que o serviço de entrega é só mais um dos avanços na saúde do Estado. “De 2011 para cá, também conseguimos reduzir a mortalidade infantil, que chegou aos menores índices da nossa história, e aumentamos os atendimentos a pessoas em situação de urgência e emergência com o resgate aéreo, presente em todas as regiões do Estado”, afirmou ele.
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Lançado em Curitiba o livro "Visconde de Souto: Ascenção e ‘Quebra’ no Rio de Janeiro Imperial" Francisco Souto Neto foi crítico de arte e militante das artes plásticas no Paraná, fundador do Museu Banestado, um importante centro de apoio aos artistas plásticos paranaenses. É escritor e jornalista. Autor, em coautoria com sua prima Lúcia Helena Souto Martini, da biografia de seu trisavô, o Visconde de Souto (1813-1880), ele é o nosso entrevistado deste mês Durante muitos anos Francisco Souto Neto participou como diretor ou conselheiro de órgãos oficiais ligados à Secretaria de Estado da Cultura. Nessa época chegou a assinar textos para a página dos editoriais da Gazeta do Povo, graças ao apoio do diretor do jornal, o saudoso Dr. Francisco Cunha Pereira Filho, de quem foi par de diretorias e de conselhos de algumas instituições, tais como o Conselho de Cultura da Telepar, a Sociedade dos Amigos dos Museus de Curitiba, e outras. Em 2014 Francisco Souto Neto recebeu o título de Comendador. É membro da Academia de Letras José de Alencar, a cuja diretoria pertence, e onde ocupa a cadeira patronímica nº 26, de Emiliano Perneta. Nos últimos anos Francisco Souto Neto escreveu artigos para o Jornal Água Verde, Folha do Batel e Jornal do Centro Cívico.
Lúcia Helena Souto Martini e Francisco Souto Neto. Entre os autores, em pé, Rubens Faria Gonçalves, o revisor da biografia.
cermos as fontes primárias nos registros das instituições que guardam a memória do Brasil, tais como Arquivo Nacional, Biblioteca Nacional, Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e diversos o u t r o s , pesquisamos na internet e consultamos o impressionante número de Como foi o tra620 livros graças a balho de pesquisa “Livros de que resultou no liGoogle”. Também vro "Visconde de compramos mais Souto: Ascenção de uma centena de e ´Quebra´ no Rio livros em sebos, alde Janeiro Imperiguns editados no al". século XIX, atraFrancisco vés da Estante VirSouto Neto – Eu tual, que são parte e minha prima Lúdos alicerces da bicia Helena Souto ografia do VisconMartini, que resi- Após onze anos desde o início das de de Souto. Após de na cidade pesquisas, finalmente a biografia do uns sete anos de paulista de Visconde de Souto com quase 600 trabalho intenso, páginas, pela Editora Prismas. Paulínia, iniciacontratamos uma mos as pesquisas ONG para enquasobre nosso trisavô em 2006 e no ano drar a obra à Lei Rouanet e publicar seguinte começamos a escrever a bi- o livro através da sua própria editoografia. Além das viagens que fize- ra. O enquadramento foi feito, com mos ao Rio de Janeiro para conhe- publicação no Diário Oficial da
União. Essa ONG, entretanto, dissenos não ter conseguido patrocínio de empresas, e que o livro não seria publicado. Sentimo-nos lesados pela tal ONG, e frustrados, pois tivemos só prejuízo e decepção. Até que surgiu uma editora de Curitiba, a Prismas, que no começo deste ano de 2017 se interessou pela obra e editou o livro com quase 600 páginas. Fale sobre esse seu parente distante que foi o primeiro banqueiro particular do Brasil. Francisco Souto Neto – O português António José Alves Souto, o Visconde de Souto, meu trisavô, veio para o Brasil em 1828 aos 15 anos, criou a primeira casa bancária particular do Brasil, conhecida popularmente como Casa Souto, que chegou a rivalizar com o Banco do Brasil. Fundou a Junta de Corretores que se transformou na Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, fez parte da primeira diretoria da Caixa Econômica e presidiu a Beneficência Portuguesa. Através de decreto, tornou-se o banqueiro oficial da Casa Imperial do Brasil. Por volta de 1850 formou um jardim zoológico em sua chácara, importando animais de três continen-
tes; foi a primeira vez que os brasileiros viram leões, ursos, elefantes. Aos domingos ele abria o zoológico ao público, sem nada cobrar. Abolicionista, comprava escravos para alforriá-los. Sustentou creches, amparou crianças órfãs e asseguroulhes a educação. Sua casa bancária faliu em 10 de setembro de 1864, acontecimento noticiado até em países remotos como Nova Zelândia e Austrália. Esse episódio, registrado na História como “Quebra do Souto”, é tratado na segunda metade do livro biográfico. Quais as diferenças entre o banqueiro do Rio de Janeiro Imperial e os atuais? Francisco Souto Neto – O que realmente surpreende até a nós, que somos os autores do livro, é que a inculpabilidade e a probidade do Visconde no episódio da “Quebra do Souto” foram enaltecidas pela Comissão de Inquérito, que o inocentou, e confirmadas através de centenas de autores que escreveram sobre o assunto. Nosso livro não teve o propósito de defender o Visconde de Souto, mas apenas tirar do esquecimento um dos mais importantes
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Continuação personagens do Brasil Imperial. Daí, lendo os editoriais dos três jornais do Rio de Janeiro que funcionavam na década de 60 do século XIX, bem como as revistas da época, podemos ter uma certeza: o Visconde de Souto e os outros banqueiros, tais como os Gomes & Filho, Montenegro, Lima & Cia., Oliveira & Bello – que foram de roldão nas mais de cem falências arrastadas pela “Quebra do Souto” – eram extremamente honestos e entregaram à suas respectivas massas falidas todos os seus bens, até mesmo as alianças de casamento, para pagamento aos credores. As diferenças daqueles banqueiros com os atuais “banqueiros usurários” e alguns corruptos, denunciados pela mídia nacional, são de tal modo ululantes que nem precisarei me estender nesta reflexão; basta procurar na internet por “10 banqueiros que se
mia de Letras José de Alencar, da qual sou membro, onde ocupo a cadeira patronímica nº 26, de Emiliano Perneta.
Lúcia Helena Souto Martini e Francisco Souto Neto na noite de autógrafos.
enrolaram nos últimos 15 anos”. Fale sobre o lançamento do livro no Palácio dos Leões em Curitiba. Francisco Souto Neto – Graças às gentilezas do BRDE, proprietário do Centro Cultural que funciona no his-
tórico e belo Palacete dos Leões aqui em Curitiba, eu e minha prima tivemos uma notável noite de autógrafos. Foi um sucesso, graças à presença de muitos amigos que lá estiveram e participaram do coquetel. Referido palacete é sede da Acade-
Onde encontrar o livro à venda? Francisco Souto Neto – Como transferimos os direitos autorais à Editora Prismas para que publicasse o livro, por exigência do contrato nós tivemos que comprar muitos exemplares para revendê-los na noite de autógrafos. Para evitar que faltassem livros naquela ocasião, compramos um número bem grande de exemplares... e grande parte dos que sobraram continuam em minhas mãos. Ainda por exigência do contrato, somos obrigados a revender os livros por no mínimo R$98,00. Se alguém tiver interesse em conhecer a obra, poderá entrar em contato comigo através do Facebook “in box”, que ficarei muito grato. A editora também o vende pelo mesmo preço.
Mateus Leme e Nilo Peçanha passam a ter sentido único na terça-feira, dia 28 A Prefeitura de Curitiba implanta o binário entre as ruas Mateus Leme e Nilo Peçanha na próxima terça-feira (28/11). A partir das 9h, a Rua Nilo Peçanha passará a ter sentido único em direção ao Centro de Curitiba. Já a Rua Mateus Leme terá fluxo viário somente em direção aos bairros. Esta é a primeira fase de implantação do projeto, que começa na Rua Treze de Maio, no Centro da cidade, e segue até a Evaldo Wendler, no bairro São Lourenço. Agentes de trânsito e guardas municipais estarão nos cruzamentos ao longo de toda a extensão do binário para fazer a orientação aos motoristas. Esse trabalho seguirá pelas primeiras semanas após o início da implantação do binário. “A Prefeitura de Curitiba está atendendo a uma demanda antiga da população que mora na região. O binário Mateus-Nilo trará maior fluidez de veículos para as vias e uma solução para o tráfego inchado verificado há tempos na Mateus Leme”, argumenta a superintendente de Trânsito, Rosângela Battistella. Diariamente, passam pelas duas ruas, nos dois sentidos, cerca de 35 mil veículos. Ao longo dos dez primeiros meses de gestão, ocorreram diversas reuniões com os principais geradores de emprego e economia da região para avaliação dos impactos de implantação do binário.
“Após análise dos pontos de gargalo da cidade, as equipes técnicas do Ippuc e da Superintendência de Trânsito de Curitiba têm certeza de que o binário é a melhor solução para proporcionar maior fluidez e segurança no trecho, tanto para veículos quanto para pedestres”, afirma Battistella. A melhor organização do fluxo na região inclui o trânsito dos veículos oriundos da Região Metropolitana de Curitiba. “É uma solução urbana do prefeito dentro da proposta de integração com municípios da RMC, no caso: Almirante Tamandaré, Itaperuçu e Rio Branco do Sul”, explica a superintendente de Trânsito.
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O bebâdo estava na ilha deserta correndo com uma garrafa de pinga na mão quando tropeça em uma lâmpada mágica. Sai um gênio e fala: - Você tem 2 pedidos meu amo. O bêbado não acreditando fala: - Já que você é um gênio, enche essa garrafa de pinga que está na minha mão, até nunca mais acabar. E o gênio: - Sim mestre. E encheu a garrafa. O bêbado começa a rir, e não acreditando começou a beber. Passaram horas e horas e o bêbado bebendo (e a garrafa não acabava), até que ele fico mais bêbado e o gênio cansado de esperar disse: - Mestre você ainda tem um desejo. E o bêbado0: - Me dá outra dessa que é da boa. -o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-oRacismo Numa escola norte-americana a professora diz aos alunos: - A partir de hoje não há mais racismo na minha sala de aula! Agora já não há mais brancos e negros. Passamos a ser todos azuis! E prosseguiu: - Agora vamos todos sentar. Os azuis clarinhos aqui na frente e os azuis escuros lá no fundão! -o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-oO Jacob estava em casa, trancado, com medo de gastar seu dinheiro. De repente um mendigo bate à porta e pede: - Esmola, esmola. O Jacob não vacila e responde: - Põe por baixo da porta! -o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-oUm menino foi comprar sorvete na sorveteria. Ao chegar lá perguntou: - Tem sorvete de jiló? - Não. - Olha aquiii. E mostrou cinquenta reais. No outro dia repetiu a mesma cena, e não tinha sorvete de jiló. Então o menino falou: - Olha aquiii. E mostrou cem reais. No outro dia repetiu novamente a mesma cena, mas não tinha sorvete de jiló. Então o menino falou: - Olha aquiii. E mostrou 200 reais. E o sorveteiro pensou: - Bom se eu fizer sorvete de jiló vou ganhar muito dinheiro. Então no outro dia o menino perguntou: Tem sorvete de jiló? O sorveteiro respode: - Tem - Credo. Que nojo! – e saiu correndo.
Um dia a professora pediu para os alunos fazerem uma redação com o titulo “Mãe, só tem uma”. No dia seguinte, a professora pediu para os alunos lerem as redações. - Mariazinha, leia sua redação! E a Mariazinha: - Minha mãe é uma pessoa muito boa, me trata bem e gosta muito de mim, por isso eu digo: Mãe só tem uma! - Muito bem Mariazinha - Voce Juquinha: - Eu gosto de minha mãe, pois ela faz comidas gostosas para mim e para o meu pai, e me deixa sempre muito limpinho para que eu possa vir a aula, por isso digo: Mãe, só tem uma! - Obrigada Juquinha, agora é você Joãozinho; - Ontem, depois que cheguei da aula, minha tia estva em casa, e a minha mãe pediu que eu fosse buscar duas latinhas de guaraná na geladeira. Eu fui e quando olhei, gritei: Mãe, só tem uma! -o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-oO pai do menino estava indo para o trabalho, quando o menino pergunta: - Pai você é o diabo? - Claro que não meu filho, de onde você foi tirar essa idéia? - Porque todo o dia quando você vai para o trabalho a mamãe abre a porta para o vizinho e fala: - Pode entrar, o chifrudo já foi. -o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-o-oJoãozinho está sentado na 1ª fila. O professor pede aos alunos para darem exemplos de excitantes: - O café! - responde a Fernanda. - Muito bem - diz o professor. - O álcool! - responde o Antonio. - Muito bem - diz o professor. - Uma mulher nua! - responde o Joãozinho. O professor, num tom de voz severo, diz: - Vai dizer ao teu pai para vir falar comigo amanhã; tenho duas palavrinhas para lhe dizer. No dia seguinte o professor repara que o Joãozinho está sentado na última fila. Pergunta: - Joãozinho, deste o recado ao teu pai? - Sim, senhor professor. - E o que foi que ele te disse? - Ele me disse: - Se o teu professor não fica excitado com uma mulher nua, é porque é viado! Fica longe dele, meu filho.
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População defende floreiras na frente do comércio Moradores e pedestres da avenida República Argentina estão se mobilizando em defesa da manutenção das floreiras instaladas na frente do número 1.115, que trazem beleza para a arquitetura da avenida e propiciam o lazer, uma vez que alguns bancos foram colocados para o descanso e lazer dos moradores e pedestres. No sábado passado centenas de moradores deram as mãos para manifestar apoio à manutenção das floreiras. Apesar das fortes chuvas, moradores da região participaram do ato público convocado por comerciantes e empresários da região. O conceito de embelezamento urbano é adotado na maioria das grandes cidades. Em São Paulo, por exemplo, o telhado verde é beneficiado com desconto nos impostos, assim como muros arborizados que impedem as pichações. Em Curitiba uma lista de abaixoassinado de moradores da região e pedestres está circulando, pedindo aos membros do Conselho Municipal de Urbanismo a preservação desse espaço que beneficia toda a comunidade, uma vez que se transformou em ponto de encontro dos moradores e pedestres. Até o momento mais de 3.600 moradores e pedestres que circulam pela região assinaram os abaixo-assinados, mostrando a efetiva mobilização da coletividade. Melhorou a segurança Outro fator importante é coibir a ação criminosa das chamadas gangues da “marcha ré”, que invadem estabelecimentos com veículos furtados para roubar mercadorias. As floreiras impedem esse tipo de ação. Na avenida República Argentina diversas lo-
comodidade, como floreiras e bancos para livre utilização. A situação de moradores de rua em Curitiba chegou “ao limite”, diz a Associação Comercial do Paraná que pede que o poder público e demais entidades representativas concentrem esforços para solucionar o problema. Entretanto, este caso repercutido pela mídia não tem nada a ver com a situação existente na Avenida República Argentina, 1.115, porque a existência das floreiras e dos bancos em nada afetam a livre circulação de pedestres; ao contrário, beneficia a todos com investimentos realizados em benefício dos moradores e transeuntes, que comemoram um espaço democrático que valoriza a região. jas sofreram esse tipo de roubo. Uma das lojas no local das floreiras sofreu diversos roubos até que as floreiras foram instaladas, impedindo que veículos destruissem os portões de entrada. Além disso, foram instaladas mais de 100 lâmpadas de led, mantendo o local iluminado durante toda a noite e a madrugada, afugentando os ladrões. Nada contra os moradores de rua Para os organizadores dos abaixoassinados, esta ação cívica não tem nada a ver com a matéria divulgada recentemente pela RPC, tratando de alguns estabelecimentos comerciais que instalaram grades, ferros e canos que esguicham água para impedir a circulação dos moradores de rua. O local é amplo e permite o livre acesso de pessoas, sem discriminação, sendo, portanto, um espaço democrático, que favorece a coletividade com instrumentos de beleza e
Antes e depois Na foto acima, lado esquerdo, como era o local antes das floreiras. Na foto acima, lado direito, como ficou após a instalação das floreiras. Na sua opinião, a avenida ganhou ou perdeu com a construção das floreiras?