Revista Made In Encantado

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ENCANTADO & REGIÃO DOS VALES

A FORÇA EMPREENDEDORA da nossa gente TEM HISTÓRIA!

Série multimídia produzida pelo Grupo A Hora apresenta histórias inspiradoras de empresas e marcas que representam o potencial econômico da Cidade do Cristo Protetor. Participantes são agraciados com o Troféu Adroaldo Conzatti, empresário e político reconhecido por seu perfil visionário e empreendedor.

Histórias de gente

Até 31/03/24, o município possuía mais de 3,1 mil empresas registradas ENCANTADO

Desenvolver a região é o propósito do Grupo A Hora. Esse compromisso se materializa em ações como o Made In Encantado & Região dos Vales, série multimídia que publicou 72 histórias de empreendedores locais, com ampla divulgação nos canais do A Hora, desde abril do ano passado. O conteúdo segue disponível no portal do grupo A Hora e no Instagram @madeinencantado.

Os entrevistados foram homenageados com o Troféu Adroaldo Conzatti, empresário e político reconhecido pelo perfil visionário e empreendedor, que deu luz à ideia de construir o Cristo Protetor.

Mais do que contar histórias, o Made in Encantado & Região dos Vales possibilitou aos líderes empresariais uma pausa em suas rotinas frenéticas para relembrar cenas marcantes da trajetória pessoal, desde a infância, o convívio com os pais, até entrar de fato no desafiador ambiente dos negócios. E nesse bate-papo “mais tranquilo” surgiram revelações impactantes.

Como não se emocionar com o relato do Volmir Beneduzzi, dos tempos em que ele e a então namorada Suzi usavam a tábua de passar roupa como apoio para os pratos na hora das refeições na fase inicial das Lojas Beneduzi; ou com a ousadia do Fernando Radaelli, que resolveu vender seu Chevette para comprar sete motos e iniciar a Fernando Multimarcas na garagem da casa da mãe; ou com a determinação da Renata Galiotto, que optou em sair da casa dos pais em Vespasiano Corrêa com uma mochila nas costas para buscar novas oportunidades em Porto Alegre até fundar a Ciamed; ou com as experiências da Raquel Cadore e da Paula Garibotti, que ressignificaram suas escolhas profissionais a partir de dramas familiares; ou com o Seu Arlindo Baldo, que perdeu a mãe aos 3 anos e desde menino buscou sua independência para transformar a modesta fábrica de erva-mate do pai na poderosa Baldo SA. E assim poderíamos citar outros tantos exemplos que demonstram que, muito mais do que feitos empreendedores, tratamos aqui de histórias de gente. Desde pequenos negócios familiares até grandes empresas, cada relato carrega em si um exemplo de dedicação e visão de futuro.

Ao preservar essas vivências, a Revista Made in Encantado & Região dos Vales garante que as experiências e aprendizados dos empreendedores de hoje sejam acessíveis para as próximas gerações. Que sirvam de inspiração para todos nós!

EXPEDIENTE

Edição: Diogo Daroit Fedrizzi

Comercial: Rejane Bicca

Arte e editoração: Lautenir Azevedo Junior

Apoio: Matheus Laste, Brayan Bicca e Tatiane Becker Fleig

Uma produção do

Fotos: Aldo Lopes, Grupo A Hora, Agência Konce, Acervo Empresas e Acervo Pessoal

Impressão: Gráfica Serafinense

Data da publicação: 4 de julho de 2024

População: 22.962 habitantes (IBGE 2022) Área Territorial: 140 mil km2

Os participantes

• Fontana SA

• Machado Agropecuária

• AGF Supermercados

• Dália Alimentos

• Imobiliária Conzatti

• Ciamed

• Tabacaria Encantado

• Bratti Supermercado

• Clínica Novo Começo

• Lorenzon Plásticos

• Jay'luc Cosméticos

• Churrascaria e Paradouro Cristo

• Sicredi Região dos Vales

• Katz Equipamentos

• LK Peças

• Espaço Flores.Ser

• Pretto Veículos

• Vini Lady Cosméticos

• Gelo São José

• Hotel Turatti

• Lojas Beneduzi

• Clínica de Oftalmologia Castoldi

• Técnica Nardini

• DB Advogados

• Bocatto Lanches

• Funerária Mazzarino

• CFC Casaril

• Solar Sul

• BSW Gestão Ambiental Integrada

• Malaggi Contabilidade

• Autoelétrica Boaro

• Casa Bertozzi

• Agraz Refrigeração

• Rabaiolli Centro Integrado de Odontologia

• Fernando Multimarcas

• Clínica Eni & Duda Ciceri

• Hotel Di Marco

• Rafael Fachini Decorações

• Têxtil Ipê

• Lumecep

• Hospital Beneficente

Santa Terezinha

• BIOhiit Academia

• Farmácia Central

• Barbearia Pasetti

• Padaria Dal Pizzol

• Casa Jamile

• Joalheria e Ótica Cover

• Hemoanálises Laboratório de Análises Clínicas

• Chapeação e Pintura Chanan

• Campo & Lavoura

• Beta Tecnologia

• STR Encantado e Doutor

Ricardo

• Divine Chocolates

• Loja Estampa Gaúcha

• Lume Eventos

• Mezzomo Advogados

• Cia do Jardim

• Conzatti Contabilidade

• Di Hellen Cosméticos

• Helena Fontana Doces & Salgados

• Hot Dog do Charles

• Ana Bergamaschi

Arquitetura

• Só Escritório

• Casa do Real

• ACI-E

• Granja Santo Antônio

• Casa Le Chiavi

• Construsul

• Boulevard Encantado

• Giordani e Cia Ltda

• Sandri Imóveis

• Baldo SA

elevam Encantado de patamar Boulevard e Cristo Protetor

Embora as dificuldades devido aos recentes eventos climáticos, dois dos maiores empreendimentos dos últimos anos na região mantêm a previsão de inauguração para 2024

Projeto idealizado pelo médico e empresário Fábio Brum Vitória, 42, o Boulevard Encantado é um complexo multiexperiência que está em construção nas proximidades da Lagoa da Garibaldi, no caminho ao Cristo Protetor, numa área de 36 mil metros quadrados. As obras iniciaram em janeiro de 2023. O empreendimento já conta com espaços comerciais contratados

por marcas renomadas e de diferentes segmentos, entre gastronomia, cultura e lazer, além do Multiverso Experience, ambiente altamente tecnológico, que mistura cinema, galeria de artes e área para eventos festivos, corporativos e educativos. O investimento total supera os R$ 50 milhões.

“Não sou do ramo, por isso me cerquei de profissionais especialistas que fizeram estudos de como o mercado

turístico estava sendo visto, do que era necessário fazer para receber bem os visitantes, para que eles ficassem por mais tempo na nossa cidade”, explica Vitória. “O Boulevard é um espaço extremamente democrático. Foi desenhado para receber todas as pessoas, independente de idade, credo e estrato socioeconômico. É um complexo de experiências. Os turistas vão experimentar, desde a boa gastronomia, estar no meio da natureza, a nossa cultura, um lazer diferente e um modelo de entretenimento que não existe na região”.

Um dos principais parceiros é a Laghetto, maior rede de hotéis do Rio Grande do Sul, que projeta a construção do Hotel Laghetto Encantado.

Complexo multiexperiência está em construção nas proximidades da Lagoa da Garibaldi

“Os turistas vão experimentar, desde a boa gastronomia, estar no meio da natureza, a nossa cultura, um lazer diferente e um modelo de entretenimento que não existe na região”.

Fábio Brum Vitória

Monumento do Cristo Protetor transformou a área do Morro das Antenas

Cristo Protetor intensifica obras do entorno

Após um período com os trabalhos suspensos e o acesso fechado aos turistas devido às inundações de maio, o Cristo Protetor retoma as atividades. As obras do entorno são intensificadas para possibilitar a inauguração oficial do complexo ainda este ano.

“Desde 6 de abril de 2021, quando os braços e o rosto do Cristo foram içados, houve uma transformação muito significativa em vários setores da cidade”, comenta o presidente da Associação Amigos de Cristo, Robison Gonzatti, que aponta melhorias na rede hoteleira, a abertura de restaurantes aos finais de semana e os investimentos em novos empreendimentos. “São negócios que fortalecem a matriz econômica do turismo, principalmente, o religioso. É um setor com amplo desenvolvimento em toda região”, acrescenta.

As obras são custeadas com recursos da associação, cujo

investimento fica na casa dos R$ 15 milhões. O projeto ocupa uma área de 14,3 mil metros quadrados no Morro das Antenas.

Até hoje, mais de 270 mil visitantes, oriundos de 59 países diferentes, viram de perto a estátua de 43,5 metros de altura. “As pessoas reconhecem a importância desse projeto. Isso nos deixa com mais vontade para

chegarmos ao objetivo que é entregar uma obra do tamanho do nosso Cristo Protetor”, acrescenta Robison.

Entre as principais obras estão a capela de vidro, a Fonte dos Apóstolos, as áreas de bilheteria, sanitários e espaço para os funcionários, lojas de souvenirs e praça de alimentação, escadaria, além do elevador que leva ao coração da estátua.

Encantado projeta construção de Centro de

Resiliência Climática

Projeto é inspirado em experiências bem sucedidas de Santa Catarina e ganha atenção do governo local após série de destruições provocadas pelas inundações do Rio Taquari e de arroios, dos episódios de deslizamentos de encostas, associada à imprecisão nas informações meteorológicas

Desde setembro de 2023, quando Encantado foi atingido pelo primeiro da série de eventos climáticos que impactaram o município e a região, o governo municipal estuda medidas para criar soluções preventivas de médio e longo prazo, a fim de minimizar os impactos de futuras tragédias.

Como parte dessas

iniciativas, o projeto do “Centro de Inovação” voltado para a Educação foi ampliado para incluir um núcleo especializado em soluções para prever e atuar em desastres climáticos.

O projeto, inicialmente lançado no começo do ano, agora se tornará também um ponto crucial no enfrentamento dessas situações.

O plano é inspirado em uma iniciativa similar desenvolvida

em Santa Catarina, sobretudo, em Florianópolis e Blumenau, cidades que ficaram conhecidas pela expertise no enfrentamento a enchentes.

A ideia também ganhou força após previsões imprecisas dos órgãos oficiais sobre a quantidade de chuva e a elevação do nível do Rio Taquari registradas no mês de junho.

“Os equívocos no sistema estadual nos fazem entender a necessidade de buscarmos alternativas que considerem a nossa realidade e nos permitam tomar medidas assertivas diante de uma eventual catástrofe”, avalia o prefeito Jonas Calvi.

O Centro de Resiliência Climática deverá oferecer um Laboratório de Inteligência e Dados para Previsão de Desastres Naturais, com o uso

de tecnologias avançadas e análise de dados para prever desastres climáticos com maior precisão na Bacia Taquari-Antas. O projeto já garantiu R$ 500 mil da iniciativa privada para iniciar a reforma do prédio localizado no Bairro São José, cedido pela Universidade do Vale do Taquari (Univates) que, durante anos, sediou o campus Encantado. Para o prefeito, a iniciativa deve transformar a capacidade de resposta e adaptação da comunidade regional frente aos desafios climáticos.

“Precisamos de soluções concretas e mais precisas em nível regional, conforme a realidade da parte alta do Vale. Por isso, em breve, pretendemos nos reunir com prefeitos de cidades vizinhas para detalhar mais a ideia”, acrescenta o gestor.

“Precisamos buscar soluções concretas e mais precisas em nível regional, conforme a realidade da parte alta do Vale”

Jonas Calvi prefeito de Encantado

“A união entre educação e inovação é essencial para criar uma cultura resolutiva e minimizar os impactos desses eventos na nossa comunidade”

Stefanie Casagrande gestora de Inovação de Encantado

União entre educação e inovação

A gestora de Inovação de Encantado, Stefanie Casagrande, entende que a inclusão do Centro de Resiliência Climática ao já anunciado Centro de Inovação confirma a decisão assertiva do governo em ocupar o espaço ocioso da Univates para essas iniciativas. “O Centro cumpre seu papel ao se adaptar às necessidades da região, que atualmente se concentram na geração de soluções para os problemas climáticos que vêm devastando a comunidade. A união entre educação e inovação é essencial para criar uma cultura resolutiva e minimizar os impactos desses eventos na nossa comunidade”, afirma Stefanie.

Especialistas apontam sugestões

Com o objetivo de ouvir diferentes ideias e propostas para encontrar o modelo ideal para o Centro, o governo de Encantado tem se reunido com profissionais que podem colaborar com a iniciativa. Em um dos encontros, o prefeito Jonas Calvi e a gestora de Inovação, Stefanie Casagrande participaram de uma conversa no formato online com Santiago Uribe, representante de uma das experiências mais bemsucedidas da América Latina. Uribe, natural de Medellín, Colômbia, participou da transformação

que tornou a segunda cidade mais populosa do país em uma referência em inovação, após duas décadas.

Também participaram da conversa o CEO da Wise Innov, Paulo Ardenghi, e Rodrigo Dalla Vechia, proprietário da startup EVCOMX, especializada em inovação. Ardenghi tem colaborado em vários projetos de desenvolvimento em Encantado através da educação, enquanto Dalla Vechia tem ajudado na busca por soluções para atingir os objetivos do projeto.

Estrutura do Centro de Resiliência Climática será incorporada ao espaço do Centro de Inovação, no antigo campus da Univates em Encantado

“É um projeto complementar e essencial”

Com quase 20 anos de trajetória como pesquisador universitário e docente nos cursos de Graduação e PósGraduação em Matemática e Engenharia de Produção, o professor encantadense Rodrigo Dalla Vecchia destaca-se por sua atuação em Modelagem Matemática e Tecnologias. Com foco especial em Indústria 4.0, Inteligência Artificial, Big Data e Pesquisa Operacional, ele agora direciona os esforços para a Transformação Digital por meio da inteligência de dados. Seu currículo alia experiência acadêmica e inovação, colaborando para transformar o cenário educacional e industrial com iniciativas de impacto. Atualmente é CEO da startup EVCOMX.

Como você recebe essa proposta de Encantado instalar um “Centro de Resiliência Climática”?

Dalla Vecchia - Sou totalmente a favor e gosto muito do nome. Acho que é importante entendermos o conceito de resiliência, que é a capacidade de nos adaptarmos a situações difíceis. Diante de uma dificuldade, utilizamos toda a força que temos para nos recuperar. Só o nome já mostra para o que viemos e reflete o que as cidades da região estão fazendo. Vemos as cidades buscando força de onde não têm para superar adversidades, não só no momento atual, mas também se preparando para futuros desafios.

Qual sua percepção para a preparação das cidades para situações adversas como as catástrofes climáticas?

Dalla Vecchia - No ano passado, visitamos algumas cidades de Santa Catarina

que hoje são referências em resiliência. Elas nos ensinaram que, às vezes, é preciso ser mais independente, ter autonomia em tomar decisões e buscar dados significativos. Quem mais conhece a região é quem vive nela, quem sente a dor das movimentações. Então, a autonomia em buscar e interpretar informações é crucial. O Centro de Resiliência deve buscar essa autonomia e utilizar conhecimentos acadêmicos e locais para interpretar as informações de maneira adequada.

Qual a importância da educação e inovação no contexto da resiliência?

Dalla Vecchia - A educação e inovação são fundamentais quando falamos de resiliência. Isso envolve ações antes, durante e depois das adversidades. Precisamos informar e educar crianças, adultos e comunidades sobre como lidar com novas realidades, como deslizamentos, doenças, locomoção e até mesmo identificar fake news. Existem ações burocráticas, como a recuperação de documentos perdidos, que também são importantes. Então, um centro de inovação em educação adaptado à nova realidade ambiental e um centro de resiliência são complementares e essenciais. A resiliência reflete a capacidade de superação diante das dificuldades e é algo que apoio totalmente.

“Um centro de inovação em educação adaptado à nova realidade ambiental e um centro de resiliência são complementares e essenciais. A resiliência reflete a capacidade de superação diante das dificuldades e é algo que apoio totalmente.

Rodrigo Dalla Vecchia

O exemplo catarinense

de R$ 38 milhões.

No final de 2023, uma comitiva do Vale do Taquari esteve em visita técnica em Santa Catarina, em busca de conhecer possíveis soluções para o enfrentamento de enchentes. O grupo que partiu de Encantado, esteve no Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres (CIGERD), em Florianópolis, além de conhecer a estrutura e organização do município de Blumenau, case de sucesso no que se refere ao enfrentamento de cheias. Blumenau se notabiliza pelo investimento em infraestrutura, adoção de medidas de redução de impacto e coordenação entre setores.

O CIGERD, além de uma estrutura tecnológica, conta com meteorologista 24 horas e, durante o dia, uma equipe pesada, formada por profissionais como engenheiros, meteorologistas, geólogos e hidrólogos. Ao todo, mais de 200 servidores estão ligados ao órgão, analisando dados de satélites, fazendo estudos e projetando cenários. A edificação de quatro pavimentos, foi inaugurada em 2018 e teve um investimento

Em Blumenau, o grupo conheceu as estruturas de retenção em pontos estratégicos para controlar o fluxo de água durante eventos de cheias, o que contribui para a redução da intensidade dos alagamentos. Os representantes do Vale também tiveram conhecimento das ações educativas e ferramentas tecnológicas, como o AlertaBlu, plataforma digital que concentra informações sobre riscos hidrológicos e geológico, total de chuvas, curvas sobre a elevação do nível da água e de avanço em áreas vulneráveis, além do Plano de Contingência utilizado pelo município catarinense.

“Em Florianópolis foi possível ver o quanto o Estado de Santa Catarina tem se preparado para enfrentar as adversidades naturais. Em Blumenau, vimos alternativas que nos chamaram atenção, pelo preparo, eficácia e coesão. Com certeza, vamos implantar ações a curto, médio e longo prazo, pensando no futuro de Encantado e de nossas gerações”, comenta o prefeito Jonas Calvi.

Comitiva conheceu o Centro Integrado de Gerenciamento de Riscos e Desastres em Florianópolis

Unidade de Encantado fortalece a atuação do A Hora na Região Alta

Estúdio panorâmico localizado no centro da cidade gera conteúdo diário com informações dos municípios da Amat

OGrupo A Hora supera a marca de um ano de forte atuação na Região Alta do Vale. Desde a instalação do estúdio panorâmico em Encantado, localizado na Galeria Peretti, na Rua Júlio de Castilhos, número 1235, em 27 de março de 2023, a equipe de jornalistas e repórteres gera conteúdo multimídia no rádio 102,9 FM, no jornal impresso e nos canais digitais.

Nesse período foram realizadas mais de 300 entrevistas ao vivo com agentes públicos, lideranças políticas e empresariais, dirigentes e representantes de entidades e associações. Também foram transmitidos mais de 700 boletins de rádio, com pautas de Encantado e da Região Alta, além de participações diárias dos profissionais na programação da emissora. A apresentação de programas externos ao vivo foi ampliada, com a presença do A Hora nas principais feiras e eventos dos municípios e com a cobertura jornalística de reuniões empresariais e de assembleias dos prefeitos da Associação dos Municípios do Alto Taquari (Amat).

Desde fevereiro, ganhou espaço no impresso do Jornal A Hora um caderno especial de oito páginas, produzido semanalmente, com pautas exclusivas dos municípios da Amat. Ao mesmo tempo, o portal de notícias passou a

Marcamos nossa presença e investimos aqui para conectar Encantado e toda essa região com o Vale, o Estado e o Brasil”

Adair Weiss

diretor-executivo do Grupo A Hora

concentrar essas informações em um link específico da Região Alta (www.grupoahora. net.br/regiao-alta).

Nas históricas enchentes, no momento em que milhares de pessoas ficaram sem comunicação, o A Hora

manteve-se conectado com Encantado e região, garantindo o acesso a informações precisas e importantes, sobretudo, nas situações mais tensas, de elevação rápida do Rio Taquari. Em momentos pontuais, o estúdio de Encantado transformou-se em um QG, em que recebeu autoridades para transmitir as orientações às comunidades e a própria população em busca de notícias. Programas de rádio foram apresentados ao vivo e por live (YouTube e Facebook) dos escombros em Roca Sales e Muçum, tão logo o acesso a essas cidades foi liberado, e também direto da Prefeitura de Encantado, sede do Gabinete de Crise.

“Vez e voz

à Região Alta”

O diretor-executivo Adair Weiss destaca que o movimento do Grupo A Hora na Região Alta tem como propósito transformar a região, a fim de torná-la mais forte

Equipe da unidade de Encantado produz conteúdo diário com notícias da Região Alta para os canais do A Hora

e capaz de ser ouvida para ter voz e vez em decisões estruturais e estruturantes no Vale do Taquari. “É para isso que marcamos nossa presença e investimos aqui. Para conectar Encantado e toda essa região com o Vale, o Estado e o Brasil”, diz.

Para o diretor editorial e de produtos, Fernando Weiss, Encantado e a Região Alta precisavam ocupar cada vez mais o espaço que lhe é de direito. “O A Hora se propõem a fazer essa ponte, ou seja, dar eco às demandas dos municípios que integram a Amat”, acrescenta. “São temas que precisam ter visibilidade e alcançar, sobretudo, quem tem o poder de decidir e trazer soluções”, reforça o jornalista e coordenador da unidade de Encantado, Diogo Fedrizzi.

Troféu Adroaldo Conzatti

Distinção foi entregue às empresas e entidades que participaram da série

Made In Encantado & Região dos Vales

Oprojeto Made In Encantado & Encantado, idealizado pelo Grupo A Hora em parceria com a Administração Municipal de Encantado e a empresa Fernando Multimarcas, homenageou 72 empresas e entidades com o Troféu Adroaldo Conzatti. A distinção reconhece o protagonismo de Conzatti, que está marcado na história encantadense pelo seu perfil empreendedor e visionário. “O meu pai sempre trabalhou com as comunidades”, orgulha-se o filho Gilson Conzatti.

Prefeito de Encantado por quatro mandatos, marcou suas ações pelo sentimento de que o espírito público deve se sobrepor aos interesses individuais. “Ele se doava por Encantado. Era um empresário, não vivia da política, ele se entregava para a política. Para

Família de Adroaldo Conzatti também foi agraciada com um troféu. Na foto, o diretor do Grupo A Hora, Adair Weiss, o filho de Adroaldo, Rogério Conzatti, a companheira Ilani Bagatini, o filho Gilson Conzatti, o prefeito de Encantado, Jonas Calvi, e o empresário Fernando Radaelli

ele, as pessoas tinham que ter espírito público para estar na política. Não era se beneficiar da política, mas fazer da política um instrumento para beneficiar o povo. Ele fazia isso, era uma entrega diária”, salienta.

Conzatti foi o mentor do Cristo Protetor, uma obra que transformou a realidade de Encantado e da região. Um verdadeiro legado para a eternidade. “Meu pai sempre dizia que, com a união, tudo é possível. Foi com esse pensamento que ele fundou a Associação Amigos de Cristo, uma iniciativa que transformou a realidade do município”, acrescenta Gilson.

Trajetória

Adroaldo Conzatti nasceu em Roca Sales no dia 5 de março de 1940. Na juventude, morou na Linha Bento Gonçalves e todos os dias atravessa o Rio Taquari de caíque para estudar no Colégio Madre Margarida (hoje Monsenhor Scalabrini)

em Encantado.

Estudou, trabalhou, viveu nas comunidades de Palmas e Barra do Jacaré, constituiu família. Participou de diretorias de entidades e clubes, como o Esporte Clube Encantado. Em 1971, fundou o Escritório Conzatti. Foi vereador por duas vezes e eleito prefeito para quatro mandatos.

Faleceu em 2021, aos 81 anos. Como marcas, deixou o empreendedorismo, o espírito público e a visão de futuro.

Legado e ações

- Construiu pavilhões comunitários, conseguiu 100% de eletrificação rural e abastecimento de água a todo o interior do município. Além disso, incentivou agroindústrias, projetos avícolas e suinícolas e implantou o projeto do Asfalto Comunitário

- Idealizou o Centro Administrativo Municipal

- Revitalizou da Rua Júlio de Castilhos

- Fundou a Associação PróMenor Encantado (AME)

- Idealizou os projetos de moradias no Novo Navegantes, Jardim do Trabalhador, Nova Morada e Barra do Guaporé

- Criou o Festival de Música Canto da Lagoa, a Suinofest e a Settimana Italiana.

- Criou a Associação dos Municípios de Turismo da Região dos Vales (Amturvales) e foi três vezes presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat).

O troféu

O layout do troféu destaca a imagem do Cristo Protetor e o desenho de um coração. Além de ser um dos principais atrativos do monumento, o símbolo também marcou a trajetória de Conzatti.

Fernando Multimarcas: de 7 motos a mais de 200 veículos no estoque

Há mais de 30 anos, Fernando Radaelli lidera a mais tradicional revenda de Encantado e região

Nos mais de 30 anos de trajetória da Fernando Multimarcas, o empresário Fernando Radaelli, 52, não abre mão da estratégia de reinvestir a maior parte do lucro na própria empresa. “Se você ganha dez mil, separa quatro mil para você e o restante aplica no teu negócio. Assim, você vai ter condições de oferecer produtos novos e melhores para o teu cliente. Isso também vai gerar mais lucro para a empresa”, explica o proprietário da mais tradicional revenda de Encantado e região, que iniciou as atividades em 1993.

Com duas unidades, uma na rodovia 130, ao lado do posto da Polícia Rodoviária Estadual, e outra na 129, próximo ao Trevo do Peteba, a empresa conta com mais de 200 veículos no estoque, entre automóveis e caminhões. A estrutura também tem oficinas para carros e caminhões, estufas de pintura e estofaria

própria, além de veículos para locação.

A empresa conta com mais de 30 colaboradores diretos, e a equipe é um motivo de grande orgulho para o empresário.

“Costumo afirmar que nossos funcionários são meus colegas. Sem uma boa equipe, não se vai a lugar algum. A média de tempo de casa dos nossos colaboradores é de cerca de 15 anos. Não gosto de revezar nem de contratar profissionais já formados. Prefiro promover internamente, pois são pessoas que já foram moldadas ao estilo da empresa”, explica. Fernando é encantadense

Com duas unidades, empresa conta com mais de 200 veículos no estoque, entre automóveis e caminhões

favoritas: “Carrinho de lomba, bolinha de gude e brincadeiras de rua.” Com 10 anos, perdeu o pai e saiu de casa para trabalhar com um dos irmãos, que era proprietário de lancherias de cachorro-quente. “Não gostava de estudar. Tenho o primeiro grau incompleto, mas sempre tive vontade obter conquistas, e a certeza de que precisava ter dinheiro para sustentá-las”, afirma.

Com 20 anos, vendeu seu Chevette e a moto RD 350 para comprar sete motos. A primeira revenda instalou na garagem da casa da mãe. “Eu corria atrás do negócio, ia nas casas, insistia na venda. Tinha muita força de vontade, chegava a vender até duas motos por semana”,

Fernando viveu a infância no bairro Planalto, em Encantado

lembra. Em seguida, numa casa ao lado da residência da mãe, Fernando montou uma oficina de motos. Depois construiu um ‘puxadinho’ e começou a colocar carros à venda. “E assim fui evoluindo. Quando decidi fechar a tenda/bar que eu cuidava para me dedicar ao negócio das motos e carros, meus amigos diziam que não ia dar certo. Mas já conseguia lucrar uns R$ 1 mil por veículo. Era um bom dinheiro para quem estava começando”, recorda. Quando olha para a sua trajetória como empreendedor, Fernando entende que as decisões que tomou valeram a pena. “Claro que foi muito difícil, por vezes apavorante, mas conseguimos criar uma estrutura bem montada. Gosto de investir em Encantado, porque minhas raízes estão aqui. Pretendo trabalhar até o último dia de vida, diz o marido da Angela e pai do Leonardo e da Manuela. “A Angela foi a primeira pessoa que acreditou na empresa. Quando vi, ela estava trabalhando comigo”, orgulha-se.

Fontana SA preserva valores dos fundadores para se fortalecer entre as líderes

Determinação e comprometimento marcam a trajetória da Ciamed

Com 90 anos, empresa familiar faz parte da história e do desenvolvimento de Encantado

Seriedade, honestidade, espírito colaborativo e confiança são qualidades que marcam a trajetória da Fontana SA desde quando o casal Pedro e Laura Fontana começa a fabricar e comercializar sabão artesanal em 1934. Passados 90 anos, a empresa encantadense conta com duas unidades de negócios, uma de produtos de higiene e limpeza e outra de oleoquímicos. O quadro de funcionários tem cerca de 300 pessoas.

No final da década de 1950, Cezário e Dinarte, dois dos quatro filhos de Pedro e Laura, assumiram a gestão. Anos depois, as famílias seguiram caminhos diferentes. Enquanto Cezário permaneceu em Encantado responsável pela indústria, Dinarte mudouse para Concórdia do Pará, no Pará, para assumir outro negócio do grupo no setor da madeira e pecuária. Os irmãos voltaram a se unir para administrar a fábrica em

Os primos Ricardo e Maurício Fontana administram uma das mais tradicionais empresas de Encantado

Encantado no fim dos anos 80.

“Tanto nossos avós, Pedro e Laura, como meu pai Cezário e o tio Dinarte foram grandes mentores para nós. Eram pessoas dedicadas, batalhadoras, éticas e corretas. A Fontana se mantém no mercado com base nesses valores”, afirma Ricardo, 54. Nos anos 2000, após várias experiências e formatos de administração, ele e o primo Maurício, 54, foram galgados ao cargo de diretores e compuseram a terceira geração de líderes da organização.

Com o objetivo de internacionalizar a marca, a Fontana conta com uma unidade de negócios estrategicamente instalada na cidade de Minga Guazú, no Paraguai. Há mais de 25 anos envia seus produtos para o Uruguai, se posicionando como a 56ª maior exportadora para o país vizinho. No segmento, a empresa só fica atrás das multinacionais em território uruguaio. “O CNPJ da Fontana é o mesmo desde que a empresa foi registrada”, orgulha-se Maurício.

Distribuidora de medicamentos, liderada por Renata Casagrande Galiotto, está entre as maiores empresas de Encantado

“ACiamed foi construída com palavra, determinação, foco e muito trabalho”. A frase é de Renata Casagrande Galiotto, 56, CEO da empresa de distribuição de medicamentos que completa 21 anos de atividades em 2024. Com uma equipe de quase 100 colaboradores, além da matriz em Encantado, a Ciamed possui dois escritórios no Rio Grande do Sul, nas cidades de em Porto Alegre e Santa Cruz do Sul. E conta com mais três unidades de negócios em operação em outros estados, com filiais em Santa Catarina, Espírito Santo e São Paulo. A empresa, que atende licitações públicas, hospitais públicos e privados, operadoras de saúde e clínicas médicas, trabalha com indústrias farmacêuticas multinacionais e distribui itens de alto custo.

Renata nasceu na então vila de Vespasiano Corrêa, hoje município. Cursou magistério e chegou a lecionar por um período. Também trabalhou de empregada doméstica em casa de família para garantir o quarto e a comida enquanto frequentava as aulas em Guaporé. Mais tarde mudouse para Porto Alegre com uma amiga. Na capital, foi funcionária de uma empresa que vendia lentes de óculos de grau para óticas. Anos depois, Renata abriu uma ótica própria. Depois, voltou para Muçum

Renata teve a inspiração para criar a Ciamed durante a faculdade

para trabalhar na Prefeitura e resolveu empreender com outra ótica, até se mudar para Encantado.

A inspiração para criar a Ciamed surgiu no curso de Optometria, na Ulbra, em Canoas. Casada, mãe de duas filhas e apreensiva com o futuro profissional, ela ouviu do professor orientador do trabalho de conclusão a sugestão para abrir um “atacado” de medicamentos. O primeiro escritório da Ciamed foi instalado no Prédio Beneduzi, no centro de Encantado, em 2003. “Era uma área que eu não dominava, mas estudei muito para aprender”, ressalta Renata, que até hoje agradece aos colegas pela trajetória que construiu e se orgulha dos valores que recebeu dos pais, de fazer o que é justo, com ética, e de vencer por meritocracia.

Adroaldo Conzatti O legado empreendedor de

Conhecido por seu perfil visionário, o ex-prefeito de Encantado e mentor do Cristo Protetor, também construiu uma trajetória de sucesso no meio empresarial, ao fundar a Conzatti

Contabilidade e a Imobiliária Conzatti. Após sua morte, em março de 2021, a família e os sócios preservam seu legado à frente dos negócios.

Conzatti Contabilidade, referência há mais de 50 anos

“Fazer parte da Conzatti Contabilidade sempre foi um orgulho para mim”, afirma Ilani Bagatini, 73. A empresária tem propriedade para falar do escritório, pois desde a fundação, em 2 março de 1971, ela acompanha a evolução da empresa e participa das decisões estratégicas. Atualmente, são 17 unidades que atendem clientes dos Vales Taquari e Rio Pardo, região metropolitana de Porto Alegre e, desde o ano passado, se instalou na cidade de Gramado. A equipe conta com 250 profissionais.

Bacharel em Ciências Contábeis pela Univates, Ilani nasceu na Linha Auxiliadora, hoje bairro de Encantado.

Quando ela tinha 3 meses de vida, os pais abandonaram a roça e se mudaram para a cidade, onde instalaram uma madeireira. “Somos cinco irmãos. Nossa família sempre foi muito unida, até hoje. Isso é uma graça divina”, destaca. Para Ilani, ao lembrar a trajetória da Conzatti Contabilidade é fundamental citar o mentor da organização, Adroaldo Conzatti. “O sucesso do escritório se dá porque tivemos o privilégio de ter o nosso grande mestre Adroaldo Conzatti. Ele sempre nos apoiou, acreditou na nossa equipe. Era um líder focado no crescimento pessoal dos colaboradores, parceiros e da organização. Perdemos o nosso mestre, mas ele nos deixou um grande legado, que

“Sempre pensamos em gerar emprego, em fazer o jovem trabalhar, para que cresça, se desenvolva e usufrua um mundo melhor amanhã”.

Ilani Bagatini sócia e diretora na matriz em Encantado

é a Conzatti Contabilidade”, orgulha-se Ilani, que durante anos foi companheira de Adroaldo. “Vivemos uma história de cumplicidade, de muita felicidade, do nosso jeito. Jamais vou esquecer”.

As mais de 50 décadas de atuação tornaram a Conzatti Contabilidade uma marca consolidada e de credibilidade, que presta serviços para clientes e empresas de qualquer porte. “Ser empresário

no Brasil, principalmente do setor contábil, é ser herói, pelos desafios constantes que temos todos os dias”, constata. Além disso, a preocupação com o social é outra característica do escritório. “Sempre pensamos em gerar emprego, em fazer o jovem trabalhar, para que cresça, se desenvolva e usufrua um mundo melhor amanhã”, observa Ilani.

Além da dedicação profissional, a empresária também é conhecida na região pelo envolvimento com as causas sociais e comunitárias. Atualmente, Ilani é presidente do Clube Recreativo Encantado (CRE) e integra o Coral Vida e Canto. No passado foi presidente da Associação PróMenor Encantadense (Ame), tesoureira da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), fundadora da Liga Feminina de Combate ao Câncer, presidente da Associação Encantadense do Idoso (Assedi), delegada do Conselho Regional de Contabilidade e diretora do Sindicato dos Contabilistas do Vale do Taquari.

Para quem tem o sonho de empreender com sucesso, ela considera fundamental fazer o que gosta. “Assim, a pessoa vai estudar, se dedicar e se aprofundar sobre o seu negócio”, garante Ilani.

O Adroaldo foi meu mestre. Copiei muitas coisas dele para a minha vida. O ensinamento que nos deixou foi de fazer as coisas corretas, em planejar, buscar conhecimento, pesquisar e até copiar o que deu certo para os outros. Ele era diferente. Eu via na forma com que ele planejava os negócios. Procurava explicar, demonstrar o que ele queria fazer.”

Roque Bonfadini

sócio e administrador da filial de Nova Bréscia, a primeira da rede

Nas cinco décadas que trabalhamos juntos nunca tivemos uma divergência ou discordância no nosso dia a dia. Presávamos pelo diálogo. E assim era com todos os funcionários. O Adroaldo sempre confiou em mim e correspondi com lealdade essa nossa parceria. Ele era um visionário, tinha uma capacidade invejável de ver as coisas com antecedência”.

Nédio Bagatini

sócio e administrador da filial de Porto Alegre

Há 45 anos, Imobiliária

Conzatti contribui para o desenvolvimento

Trabalhar com honestidade para conquistar a confiança do cliente e ajudá-lo a concretizar seus sonhos e desejos ou atender suas necessidades é o ponto-chave para a Imobiliária

Conzatti se manter no mercado há 45 anos. “É uma relação que não é feita de um dia para o outro, leva tempo”, ressalta o diretor Rogério Conzatti, 60, orgulhoso por manter o escritório no mesmo prédio, na Rua Padre Anchieta, desde que a empresa iniciou as atividades em setembro de 1979. “O sentimento de entregar a chave do imóvel para o cliente é gratificante. Para famílias que sempre pagaram aluguel é a conquista de uma vida”, observa.

de Encantado

Entre as primeiras urbanizações realizadas estão o Parque Perolim, o Planalto, o Lago Azul e o Jardim da Fonte. Um dos diferenciais da Conzatti era construir os loteamentos com água, energia elétrica e esgoto pluvial, mantendo o alinhamento e a largura das ruas conforme o plano diretor. “Foram milhares de lotes e de terrenos, muita gente atendida”, salienta.

“O sentimento de entregar a chave do imóvel para o cliente é gratificante. Para famílias que sempre pagaram aluguel é a conquista de uma vida”

Rogério Conzatti

diretor da Imobiliária Conzatti

Outros negócios

Antes de obter o registro no Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci), ele concluiu graduações em Ciências Contábeis e Administração de Empresas. “Teve um período em que vendíamos, no mínimo, dois terrenos por dia”, conta

de bicicleta até a localidade de a de três aviários. “Foi o primeiro vendido com 72 dias. Dava

as portas, ele passou a ter em uma Encantado que já para e estudar. “A Conzatti surgiu em disponibilizar terrenos e empreendimentos, tudo muito rápido”, diz terrenos por dia”, conta Rogério.

O ramo da construção civil também chamou atenção de Adroaldo Conzatti, que criou construtora que atendia só obras públicas e uma loja de materiais de construção. Hoje, um dos filhos, o engenheiro Luiz Henrique Conzatti, é o proprietário da Conzatti Engenharia.

Rogério seguiu a orientação dos pais e começou a trabalhar cedo. Aos 13 anos se deslocava de bicicleta até a localidade de Palmas para ajudar a cuidar de três aviários. “Foi o primeiro aviário de Encantado. Na época era tudo braçal. O frango era vendido com 72 dias. Dava muita mão de obra”, recorda. Quando a imobiliária abriu as portas, ele passou a ter contato com os negócios em uma Encantado que já percebia o intenso movimento de saída de pessoas do interior para a cidade para trabalhar e estudar. “A Conzatti surgiu pela necessidade da época em disponibilizar terrenos e moradias para essa gente. Fizemos loteamentos, empreendimentos, desmembramentos. Foi tudo muito rápido”, diz Rogério. Hoje, são nove colaboradores na equipe.

Adroaldo Conzatti faleceu aos 81 anos, quando exercia o quarto mandato como prefeito de Encantado

Arlindo Baldo, uma referência empreendedora à frente da Baldo SA

Empresário de 86 anos lidera a maior exportadora de erva-mate do Brasil

“Sou um cara comum, dei um pouco de sorte”. A frase sintetiza o comportamento humilde e discreto do empresário Arlindo Plácido Baldo, 86, presidente da Baldo SA, Comércio, Indústria e Exportação. A empresa, cuja matriz se localiza em Encantado, é a maior exportadora de erva-mate do Brasil.

A origem volta à década de 1920, quando os irmãos João (pai de Arlindo), Antônio e Luiz Baldo eram proprietários de uma fábrica de produção artesanal da folha no interior de Vespasiano Corrêa, na época distrito de Guaporé. “Desde jovem entendi o processo da erva-mate, sabia como fazia, o gosto que tinha, qual o tipo preferido nas diferentes regiões, os melhores locais para se comprar matéria-prima, a

mescla que se deve fazer. É um know-how nosso de décadas”, explica Arlindo.

Passados mais de 100 anos, a Baldo administra unidades em Encantado, onde também atua na industrialização da soja, Canoinhas-SC, São Mateus do Sul-PR, onde opera a fabricação da linha Chá Mate, Prudentópolis-PR e Palmeira de Goiás-GO. São mais de 500 colaboradores diretos. A organização ainda tem o comando acionário da renomada marca Canárias, no Uruguai, um dos maiores mercados da Baldo.

Caçula de uma família de 11 filhos, sete mulheres e quatro homens, Arlindo nasceu no dia 31 de julho de 1937 na comunidade de Linha Alegre, interior de Vespasiano Corrêa. A perda precoce da mãe, quando ele tinha 3 anos, transformou a rotina da casa. João, o pai, era proprietário de um grande armazém, referência na localidade, pois vendia de tudo, desde balas, cachaça, roupas, sapatos, chapéus, tecidos, alimentos e até produtos farmacêuticos.

“Desde jovem entendi o processo da erva-mate, sabia como fazia, o gosto que tinha, qual o tipo preferido nas diferentes regiões, os melhores locais para se comprar matériaprima, a mescla que se deve fazer.

Arlindo Plácido Baldo

Arlindo passou a ter uma relação cada vez mais próxima com Seu João, atitude que lhe serviu de inspiração para almejar um futuro de sucesso como empreendedor. O empresário brinca que a primeira promoção que recebeu do pai foi aos 12 anos, quando passou de madrinheiro para motorista de caminhão, um Ford 1946.

Além do armazém, a fábrica de erva-mate era outro negócio importante da família. E Arlindo, ainda adolescente, ia a Porto Alegre acompanhado de um motorista para comercializar o produto. Ao perceber que a fábrica não conseguia mais produzir o suficiente para atender a demanda dos clientes, que aumentava consideravelmente, Arlindo propôs ao pai investir na reforma da indústria com a aquisição de equipamentos novos. A resposta negativa de Seu João fez com que o filho colocasse uma condição: ou o pai lhe vendia a fábrica, ou ele ia estudar e desistir da ervamate. O pai aceitou. Com 17

Ainda criança, Arlindo auxiliava o pai nas tarefas da propriedade, no interior de Vespasiano Corrêa

anos, emancipado, assumiu o comando da sua primeira firma individual, Arlindo Plácido Baldo. “Fabricava a erva-mate chamada pura folha. Logo reformulei as embalagens e fui tocando o negócio”.

Após um tempo, Arlindo transferiu a indústria de Linha Alegre para a área central de Vespasiano Corrêa, onde construiu uma estrutura nova. Com uma filial instalada em Carazinho, expandiu os negócios para os mercados de

Santa Catarina e Paraná. Mais tarde, já como presidente do Sindicato da Indústria do Mate (Sindimate-RS), ele também pleiteou com sucesso que a indústria gaúcha tivesse cota de exportação para o Uruguai. Na década de 1970, após avaliar a movimentação do mercado ervateiro, Arlindo mobilizou familiares e constituiu a Baldo Sociedade Anônima (SA), já com a sede principal da indústria em Encantado.

“Começamos com sete acionistas. Hoje são 30. Temos uma harmonia fantástica, o que me deixa muito feliz”, diz o empresário, ao mesmo tempo em que revela três valiosas dicas para quem tem o sonho de empreender. “Não se endivide, não tenha pressa para aumentar o patrimônio e não sonegue impostos”, sugere.

Casa do Real, um negócio de família

Há 15 anos, empresa é administrada pelo casal Marilda e José Wanderlei

“Ne o cunhado de Marilda, que já administravam lojas do segmento Um Real, sugeriram que eles investissem no mesmo ramo.

osso negócio vai bem porque temos ao lado funcionários que participam, ajudam e são fundamentais no crescimento da empresa. Sempre digo, temos 32 famílias conosco”. O reconhecimento ao empenho da equipe de colaboradores é da empresária Marilda Silva dos Santos, 39, que, ao lado do marido José Wanderlei Rosa dos Santos, 46, administra a Casa do Real. O casal tem dois filhos, Sabrina, 19, e Erick, 11 Fundado há 15 anos, o estabelecimento comercializa ampla variedade de produtos, desde alimentos, utilidades domésticas, brinquedos, artigos de floricultura e jardim, entre outros. São três unidades, duas em Encantado e uma em Roca Sales. Marilda é natural de Paverama, filha de agricultores. Logo que concluiu o Ensino Médio, com 17 anos, casouse com o José Vanderlei, então colega de fábrica. O casal decidiu se mudar para Encantado depois que a irmã

A primeira sede da Casa do Real ocupou uma pequena sala alugada na Avenida Antonio de Conto. “Naquele tempo, tudo custava R$ 1, feijão, açúcar, refrigerante. E nós conseguimos vender R$ 6 mil no dia da inauguração”, recorda. Hoje, a matriz segue na Antonio de Conto, instalada em prédio próprio e maior. A primeira filial foi aberta na Rua Duque de Caxias, ao lado da atual sede da Sandri Imóveis, e depois se mudou para um espaço mais amplo, na Rua Júlio de Castilhos, vizinho ao Hotel Di Marco. A terceira unidade foi aberta em Roca Sales. O estabelecimento foi destruído na enchente do ano passado. Apesar do prejuízo milionário, o casal deu andamento às obras de construção da nova loja em outro terreno. Para quem tem o sonho de empreender, persistência é o segredo, na visão de Marilda.

Erick, Marilda, Sabrina e José Wanderlei

Lojas Beneduzi, um grande sonho que se tornou realidade

Funerária Mazzarino completa 50 anos de atividades

Com unidades em Encantado e Serafina Corrêa, empresa administrada por Volmir José Beneduzi chega aos 32 anos de atividades

“Apessoa que sonha se dedica mais do que você imagina para conquistar seus objetivos”. É com essa convicção que Volmir José Beneduzi, 59, buscou ter o próprio negócio e construir a trajetória da Lojas Beneduzi, empresa fundada em 1992 e especializada em moda masculina, feminina e infantil. Hoje são duas unidades em Encantado e Serafina Corrêa e 30 colaboradores envolvidos. Filho de Arnildo e Irma, casado com Suzana Sangalli e pai de dois filhos, Heloísa, 29, e Henrique, 25, Volmir nasceu em Jacarezinho, interior de Encantado. A família de oito filhos vivia da agricultura. Com 12 anos, foi estudar nos seminários de Casca e Guaporé, onde a disciplina, o caráter e a fé se consolidaram como seus pilares mais importantes, ao lado da família e trabalho.

Quando desistiu da ideia de ser padre, trabalhou no comércio em Porto Alegre e Encantado, e também em funções administrativas em Lajeado.

Em 1991, ele e seu irmão, Edemar, decidiram abrir uma loja de confecções em Guaporé. No ano seguinte, Volmir optou por investir em sua loja própria, em Serafina Corrêa. Apesar das dificuldades, a perseverança e o foco no trabalho fez com que conquistasse seu espaço. “Eu e a Suzi, que era minha namorada, morávamos numa peça minúscula que ficava nos fundos da loja. A gente sentava na cama para almoçar e usava a tábua de passar roupa como mesa”, conta.

Em 1992, o casal abriu uma unidade em Encantado e, em 1997, construiu o prédio onde funciona a loja atual, na esquina das ruas Júlio de Castilhos e Padre Anchieta. Ao longo desses 32 anos, a Beneduzi se consolidou como uma das principais marcas da região em calçados e confecções.

Hoje a filha Heloísa, que é formada em Moda, assumiu posições estratégicas nos setores de compra e marketing, e promete continuar inovando.

Empresa criada por Talis Mazzarino hoje é administrada pelo

filho Ramon

Oempresário Ramon Mazzarino, 49, dá continuidade na administração da Funerária Mazzarino, empresa criada pelo pai Talis há 50 anos. Antes de assumir as funções na funerária, Ramon foi funcionário na Fontana SA, na fábrica de móveis Dalla Lasta, no setor de bilheteria da rodoviária, na Covasa e numa fábrica de calçados.

Desde criança, ele se acostumou a circular pelos ambientes da empresa e, por várias vezes, acompanhou o pai em velórios. Antes de começar com a funerária, em setembro de 1973, o pai de Ramon trabalhou em várias áreas. Tális foi mecânico de caminhão na Ford de Encantado, teve lavanderia em Lajeado, mercearia em Curitiba-PR, serraria em Ponta Grossa-PR e foi ecônomo do antigo Clube Recreativo. Ramon nasceu em Encantado e, desde o tempo do avô, a família mora no mesmo endereço, na esquina

das ruas Tiradentes e Flores da Cunha, onde fica a sede da funerária. Ele estudou nos colégios Farrapos e Scalabrini e chegou a cursar Técnico em Enfermagem e Administração na Univates, mas não concluiu. A Mazzarino procura acompanhar a evolução do mercado funerário, sempre visando trazer mais conforto e tranquilidade para os familiares. Ramon conta que, quando o pai começou, o atendimento era no formato de loja, em que as famílias compravam a roupa, as flores e o caixão e levavam para casa para preparar o velório. Não havia carro fúnebre, por exemplo. Hoje, a Mazzarino presta serviço completo, desde a preparação do corpo, organização do velório até o encaminhamento para sepultamento ou cremação. “Há 11 anos montamos um laboratório de tanatopraxia. Se for preciso, preparamos o corpo para ficar conservado até seis dias”, acrescenta Ramon, que faz questão de agradecer a todas as pessoas que contribuíram para a trajetória de cinco décadas da empresa.

Volmir com a esposa Suzana e os filhos Heloísa e Henrique
Ramon se acostumou com o ambiente da empresa desde criança

Empreender está na essência da Família Hollmann

Dario é o idealizador da Tabacaria

Encantado e da Farmácia Central

Dario Hollmann, 83, não somente celebra a longevidade, mas uma vida dedicada ao empreendedorismo. Desde a fundação da Tabacaria Encantado, há 62 anos, até a criação da Farmácia Central, sua trajetória é um exemplo de dedicação e inovação no comércio de Encantado. “Eu não fui muito de planejar. Fui vendo as coisas crescerem, igual a plantar uma semente. Olho para trás e me sinto gratificado por tudo que construí”, orgulha-se.

Nascido em uma família de

agricultores em Roca Sales, Dario sempre teve o comércio no sangue, vendendo frutas e pipoca durante a infância. A jornada profissional começou em um curtume, mas foi a influência de Otomar Von Müller, proprietário de uma bomboniére em Estrela, que mudou seu destino. A parceria inicial entre os dois culminou na criação da Tabacaria Encantado, inicialmente focada em revistas, jornais, charutos, piteiras e bilhetes de loterias, e gradualmente se transformou num ponto de encontro para os aficionados por tabaco e leitura.

As loterias marcaram história na Tabacaria numa época em que Dario pegava seu Fusca e se deslocava todas as semanas ao aeroporto Salgado Filho para enviar os cartões a São Paulo. Lá, os ‘volantes’ eram perfurados e,

depois, retornavam para serem distribuídos aos apostadores da região. O maior prêmio entregue foi para um amigo que apostou na loteria esportiva. O valor correspondia a 150 carros populares. Outro morador de Encantado levou R$ 1,4 milhão na Dupla Sena.

Atualmente, a Tabacaria integra a rede Clip e oferece ampla variedade de itens, desde utensílios para a casa, escritório e brinquedos, além da lotérica.

de manipulação em 2004, um marco que ela financiou com recursos próprios, vendendo até seu carro para viabilizar o projeto.

Hoje, a Farmácia Central é um símbolo de inovação e atendimento comunitário, com uma equipe de 20 colaboradores dedicados e a parceria de Aline Magerl, que se juntou a Andrea após anos de trabalho como funcionária.

A filha Luciana é a responsável pela gestão, embora Dario permaneça ativo nos negócios. Em 1981, percebendo a necessidade de serviços farmacêuticos na cidade, Dario e o sócio Odilon Gheno fundaram a Farmácia Central. Hoje, sob a liderança da filha Andrea Hollmann, 53, a farmácia não só continua a servir a comunidade de Encantado, mas também inova com planos de expansão para incluir uma farmácia clínica que oferecerá exames laboratoriais.

Andrea, que cresceu auxiliando na Tabacaria, seguiu os passos do pai em espírito empreendedor. Sua formação em Administração e Farmácia impulsionou a Farmácia Central a novos projetos, com a introdução de um laboratório

A história de Dario Hollmann e sua família é um testemunho do poder do empreendedorismo enraizado na comunidade, da capacidade de se adaptar ao mercado e um compromisso contínuo com o serviço ao cliente, traços que definem o sucesso duradouro de seus negócios e seu legado em Encantado.

Olho para trás e me sinto gratificado por tudo que construí”.

Dario Hollmann

Dario e a filha Luciana na Tabacaria Encantado, primeiro negócio do empresário
Andrea seguiu os passos do pai e hoje administra a Farmácia Central

Joalheria e Ótica

Cover preserva legado

familiar há 54 anos

Desde 2020, loja administrada por Alexandra Cover atende em prédio histórico no centro

Aempresária Alexandra Cover, 51, nasceu em Muçum e desde a infância convive no ambiente da loja que abriu as portas em 1970 em Encantado. Formada em Administração de Empresas e Técnica em Óptica, assumiu a direção da Cover em 2005 após o falecimento do pai, Euclides Luiz Cover.

Desde 2020, a Cover ocupa prédio histórico no centro da cidade, estrategicamente localizado na esquina da Júlio de Castilhos com a Padre Anchieta.

Atualmente a loja conta com cinco olaboradores, e a maioria dos clientes é da região alta do vale. O portifólio de produtos conta com jóias em ouro, prata, semi jóias, relógios e ótica.

Alexandra assumiu a direção da Cover em 2005, após o falecimento do pai

Jeferson Rabaiolli, pioneirismo em odontologia digital

Com mais de 30 anos de experiência, profissional lidera a Rabaiolli Centro Integrado de Odontologia

“Tive a sorte de ter uma equipe sempre eficiente, leal e que incorporou a filosofia da clínica, de entender que o bom atendimento ao cliente é primordial”. A afirmação é do cirurgião-dentista Jeferson Luiz Rabaiolli, 54, fundador da Rabaiolli Centro Integrado de Odontologia, empresa com 28 anos de atividades, instalada no bairro Planalto, em Encantado. Desde o início, em 1995, são cerca de 8 mil pacientes cadastrados, a maioria oriunda de cidades do Vale do Taquari. A equipe conta com diversos profissionais, desde odontólogos, protético, enfermeira, auxiliar e recepcionista.

Jeferson chegou a cursar engenharia civil, mas decidiu mudar para a odontologia

Jeferson é encantadense, casado com Carla e pai da Cecília, 20, e Isabella, 18. Ele tem seis irmãos. Quando criança, já auxiliava os pais – que em 1967 deixaram Putinga para morar em Encantado – no armazém de secos e molhados, tradicional estabelecimento que atendia na esquina da Avenida Antônio de Conto, próximo à rótula. Ele estudou nos colégios Érico Veríssimo e Scalabrini. Depois cursou Engenharia Civil, na PUC, em Porto Alegre, até decidir mudar para a Odontologia na UFRGS. Logo após a formatura, começou a atender em Putinga, no consultório do Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Mais tarde, ampliou as parcerias com outros sindicatos da região até que, em 1995, resolveu abrir o

consultório próprio na cidade natal. Por sugestão do pai, o local escolhido foi a sala onde funcionava o antigo mercado da família.

Em 2015, Jeferson investiu na construção de uma moderna clínica no terreno ao lado. “Estamos há 10 anos praticando odontologia digital. Esse é um exemplo que talvez explique porque o paciente decide ficar com a gente. Ele sabe que tem o amparo da tecnologia por trás das decisões clínicas”, afirma.

Bratti Supermercado: uma história de coragem, superação e trabalho

Estabelecimento liderado pela empresária Vânia Pedó é conhecido por oferecer "a melhor carne para o churrasco"

“Nada resiste ao trabalho”. É com essa convicção que Vânia Pedó, 36, tomou coragem para encarar o desafio de assumir a administração do Bratti Supermercado em 2008. Nessa época, o namorado Luciano, que era o proprietário do estabelecimento, tinha outros projetos à vista e sinalizava com a ideia de vender o recém-construído mercado devido a dificuldades financeiras. Ao mesmo tempo, uma lesão na coluna o obrigou a ficar afastado das atividades profissionais.

Mesmo inexperiente no ramo, Vânia optou por manter as portas abertas até o casal definir o futuro. Recuperado da saúde, Luciano decidiu focar

“Eu não entendia nada do negócio. Fui fazendo o que era possível. Cuidava da limpeza, do caixa, sempre com a ideia de dar certo.

O Luciano era muito realista sobre as dificuldades, mas acreditou em mim.”

Vânia Pedó

no confinamento de gado, enquanto ela assumiu a gestão do supermercado. “Eu não entendia nada do negócio. Fui fazendo o que era possível. Cuidava da limpeza, do caixa, sempre com a ideia de dar certo. O Luciano era muito realista sobre as dificuldades, mas acreditou em mim. Eu me apaixonei pelo negócio”, conta a empresária, que ainda

Estabelecimento localizado na Avenida Antônio de Conto conta com 15 colaboradores

hoje demonstra gratidão às pessoas que lhe ajudaram nos piores momentos. “Gente que nem conhecia confiou em mim, até com apoio financeiro. Sempre fui muito transparente e acredito que isso também contribuiu para que tivéssemos credibilidade”.

Filha caçula, Vânia cresceu ao lado dos pais e dos dois irmãos no interior de Coqueiro Baixo. A rotina da família estava envolvida com a produção agrícola. Falar em empreendedorismo era uma realidade distante na época, mas havia a convicção de que poderiam melhorar de vida a partir do trabalho. “Meus irmãos são referência para mim. A resistência para o negócio que tenho hoje é herança deles, e sempre impulsionada pelo meu marido, o Luciano. Desde criança, fui encorajada a fazer as coisas, de compreender que tudo dá”, reconhece Vânia, que saiu de casa para trabalhar numa empresa de costura em Nova Bréscia. Foi o primeiro

e único emprego dela, até se mudar para Encantado e iniciar a trajetória no supermercado. Com uma equipe de 15 colaboradores – a maioria permanece desde o início – o estabelecimento localizado na Avenida Antônio de Conto ganhou fama por oferecer “a melhor carne para o churrasco”. “Essa foi uma estratégia que deu certo. Quando o Luciano investiu no projeto do confinamento de gado, decidimos conciliar com o supermercado, e disponibilizar no açougue apenas a carne produzida por nós. Fizemos o abate uma vez por semana. Assim, garantimos o padrão de qualidade”, explica Vânia, que tem planos para investir em melhorias na estrutura da loja e proporcionar mais conforto aos clientes. “Penso em evoluir com a estrutura que se tem. Hoje trabalhamos em paz, temos o supermercado na mão. Olho para trás e vejo que toda essa caminhada trouxe uma evolução imensa, tanto profissional, quanto pessoal”, orgulha-se a mãe da Manuela, 9, e do Arthur, 5.

Vânia assumiu a gestão do supermercado em 2018

Chapeação e Pintura Chanan Ltda, uma história de 55 anos

Hemoanálises nasce da coragem de Berenice

Formada na UFRGS

Empresa atende na rodovia ERS 130, no bairro Lajeadinho, em Encantado

AChapeação e Pintura Chanan Ltda foi fundada em 25 de abril de 1969, como firma individual de Norberto Manoel Nardini Chanan. Na época em que foi instalada, operava com o nome de Chapeação e Pintura de Norberto Chanan

Beto Chanan, como era conhecido, aos 20 anos já tinha experiência no ramo, pois havia trabalhado na Companhia de Automóveis Guido Cé. Com apenas dois funcionários, o estabelecimento administrado por Beto era especializado no conserto de automóveis.

Em 24 de setembro de 1973, a razão social da empresa foi alterada para Chapeação e Pintura Chanan, sob a gerência do sócio Norberto Manoel Nardini Chanan e a sub-gerência do sócio Normélio Luiz Chanan.

Com o passar do tempo, e tentando inovar e diversificar os serviços, foram transformados Opalas

Família Chanan: Normélio, Gabriel, Fabiano, Aline, Bárbara, Samir e Antônio Luiz

em caminhonetas Pick Up. Porém, pelo alto custo de mão de obra, os proprietários optaram por suspender essa produção, totalizando um lote de 22 caminhonetas.

Com o aumento da procura e a necessidade dos clientes, a empresa começou a trabalhar na recuperação de caminhões acidentados, serviços de chapeação e pintura, serviços de assistência elétrica e mecânica, troca de lona de freio, serviços de embuchamento e molas, venda de peças e acessórios, além de serviços gerais em caminhões multimarcas, ramo em que a empresa atua até hoje.

A Chanan está instalada em uma área de 10 mil metros quadrados. A capacitada equipe de 36 funcionários atende pessoas físicas, jurídicas e companhias de seguro.

há 50 anos, ela abriu o laboratório em 1983

Berenice Conceição Bertozzi Goldoni, 71, faz questão de explicar que o “Conceição” foi escolha da mãe, que se inspirou em Nossa Senhora da Conceição, pelo fato dela ter nascido em 8 de dezembro, data de homenagem à santa protetora dos marinheiros e dos enfermos. Ela viveu a infância em Encantado. Com seis anos, perdeu o pai, vítima de pneumonia, aos 41 anos. Para sustentar os cinco filhos, a mãe começou a trabalhar como merendeira de escola.

Berenice concluiu o antigo segundo grau no Castelinho, em Lajeado, antes de iniciar a graduação em Farmácia e Bioquímica na UFRGS, em Porto Alegre. No ano passado, comemorou 50 anos de formatura. Ela é casada com o médico Sergio Goldoni, mãe de três filhos, Gabriel, Bruno e Marcos, e avó de seis netos.

Assim que concluiu a universidade, mudou-se para Pelotas para ficar mais do Dr. Goldoni, que na época ainda cursava a faculdade de Medicina. Ao mesmo tempo, foi

Berenice é mãe de três filhos e avó de seis netos

contratada por um laboratório e começou a lecionar no curso de Farmácia, na Universidade Católica (UCPEL). Quando Goldoni concluiu a residência médica na capital, o casal decidiu voltar para Encantado, período em que Berenice abriu o Hemoanálises Laboratório de Análises Clínicas, em janeiro de 1983. “Só tinha um laboratório na cidade, e não comportava mais profissionais. Por isso resolvi abrir o meu laboratório para trabalhar”, conta Berenice, que hoje delegou a maior parte da gestão para o filho Gabriel. A atual estrutura do laboratório conta com o apoio de mais três profissionais.

Quando reflete sobre sua caminhada profissional de cinco décadas, Berenice se sente orgulhosa pelo que construiu. “Acredito que fui corajosa por começar o negócio sozinha. Construímos uma relação de confiança muito forte com nossos clientes, e isso não tem preço”, avalia.

“Acredito

que fui corajosa por começar o negócio sozinha.

Berenice Conceição

Bertozzi Goldoni

Clínica Novo Começo é referência na recuperação de dependentes químicos

Empreendimento completa nove anos de atividades em 2024 e projeta ampliar o atendimento

PEduardo Garibotti Kuffel, 32, pediu socorro para se livrar da dependência química. A superação desse drama familiar despertou no jovem a vontade de ajudar outras pessoas que sofrem do mesmo problema. Nesse contexto, no dia 1º de outubro de 2015, nasce a Clínica Terapêutica Novo Começo. “Trabalhar com recuperação de dependentes químicos era o que eu precisava para a minha vida”, revela Eduardo, diretor administrativo. Na época, quando teve apoio e incentivo dos familiares e do médico psiquiatra Fábio Vitória, atual responsável técnico, para tirar a ideia do papel, Eduardo projetava abrir uma comunidade terapêutica. “Não pensávamos em começar

vizinhos.

“Procuramos imitar uma vila, uma pequena sociedade onde os pacientes iniciam o tratamento, com o devido cuidado técnico e médico, mas também há regras e disciplina. Eles têm a rotina organizada das 6h às 22h”, explica Paula, que hoje exerce a função de coordenadora. “O paciente, além de tratar a sua doença, já começa a desenvolver habilidades que depois vão lhe assegurar maior conforto e segurança no processo de ressocialização na volta para casa”. O quadro de colaboradores conta com uma equipe técnica multidisciplinar formada por 60 profissionais, além de outras funções

a clínica como é hoje, até pela infraestrutura que era necessária. Ajustamos com o passar dos anos, sempre pensando em melhorar o

Professora durante 24 anos, Paula decidiu abrir mão da rotina escolar para acompanhar o filho no tratamento e depois seguir ao lado dele na gestão da clínica. “Buscamos conhecimento para colocar à disposição das pessoas o que de melhor a gente tem a oferecer”, afirma. “A clínica é a nossa própria vida, fala da nossa história, do nosso envolvimento com

Eduardo, Dr. Fábio e Paula recebem o Troféu Adroaldo Conzatti

atendimento”, comenta. O sítio da família no bairro Barra do Jacaré, onde Eduardo passou boa parte da infância e adolescência, se transformou no complexo Novo Começo. A estrutura construída ocupa três mil metros quadrados de área em meio à natureza. São 14 prédios e disponibilidade de 72 leitos. Salas de convivência, restaurante, cozinha industrial, academia, salão de beleza, biblioteca, ginásio, cantina, cibercafé, entre outros espaços, completam o empreendimento, que recebe pacientes de cidades gaúchas e de diferentes estados brasileiros, como São Paulo, Maranhão, Tocantins, Santa Catarina, além de países

Eduardo faz planos para ampliar a equipe e, por consequência, o número de leitos, sempre com o propósito de oportunizar uma nova vida aos pacientes. “Ver que a gente pode ajudar outras pessoas a entrar em recuperação, assim como eu entrei, sem precisar de nenhuma substância para continuar a vida, é muito gratificante”, garante.

“Ver que a gente pode ajudar outras pessoas a entrar em recuperação, assim como eu entrei, é muito gratificante"

Eduardo Garibotti Kuffel

Paula e Eduardo: mãe e filho trabalham juntos na clínica

Gustavo Mezzomo, uma história de superação e coragem

À frente do Escritório

Mezzomo Advogados, profissional quase perdeu a vida na infância após sofrer um grave choque elétrico

Para contar a trajetória do advogado Gustavo Mezzomo, 40, é obrigatório lembrar a infância. Aos sete anos, Guto, como é conhecido, sofreu um choque elétrico ao encostar uma barra de ferro na rede de alta tensão e precisou amputar parte dos braços. Ele estava na obra de construção do hotel da família, o Hengu, em Encantado, quando foi atingido por uma descarga elétrica de aproximadamente 40 mil volts e por sorte não morreu.

“Foi no dia 1º de agosto de 1991. Fiquei 33 dias internado no Hospital Pronto Socorro, em Porto Alegre”, relata Gustavo, que naquele período estava na primeira série do Colégio São José, em Roca Sales.

Ao longo do tempo, o encantadense procurou levar a vida com independência.

“Sempre tive uma rotina normal, com algumas dificuldades pontuais. Agradeço pela vida. Minha família e amigos foram fundamentais para superar esse trauma”, conta.

Ele formou-se em Direito pela Univates em 2008 e, ainda na faculdade, foi aprovado em concursos para cargos na Justiça Federal e também no Tribunal de Justiça Gaúcho. Exerceu “Trabalhei aproximadamente cinco anos como oficial escrevente no Fórum de Encantado, depois me exonerei para me dedicar

à advocacia

à advocacia”. Na Comarca encantadense, também exerceu a função de Juiz Leigo do TJRS por diversos anos. Em 2024, o escritório Mezzomo Advogados completa 10 anos de atividade, com atuação na região alta do Vale do Taquari e escritório em Encantado, Roca Sales, Anta Gorda e Arvorezinha. Com especialização em Direito Público, Gustavo prestou e ainda presta assessoria e consultoria jurídica a diversas prefeituras da região, entre elas, Arvorezinha, Anta Gorda, Relvado, Imigrante, Vespasiano Corrêa, além da Câmara de Vereadores de Roca Sales.

Para o futuro, o marido da psicopedagoga Diole Maísa de Siqueira busca continuar escrevendo sua história de conquistas, trabalho e superação, servindo de exemplo e inspiração, especialmente aos seus filhos. “Meu filho Lucas hoje com 18 anos já está na faculdade, optou pela área da tecnologia da informação, cursando engenharia de software. Já a Lavínia, com 5 anos, indica e sinaliza querer ser médica para cuidar das pessoas”, afirma.

Da persistência de Felipe Luiz Klunk, nasce a Beta Tecnologia

Com 440 clientes em seis estados, software de gestão “Zada” auxilia na organização comercial e financeira de diferentes empreendimentos

“No começo ia de porta em porta para conquistar a confiança dos empresários e apresentar um produto novo. Ouvia 10 ‘nãos’ até conseguir um ‘sim’”. A declaração é do empresário encantadense Felipe Luiz Klunk, 38, criador da Beta Tecnologia. O início desafiador foi marcado pela tentativa de convencer os empreendedores acerca das utilidades do software de gestão “Zada”, o principal serviço ofertado pela empresa.

Casado com Priscila, pai de Alice e Luiz, Felipe recebeu sua primeira remuneração por meio da coleta de jornais para vender em fábricas de móveis. Com 14 anos trabalhou na empresa de informática de um familiar. O encantadense formou-se em Telemática na Univates e retornou à cidade natal para seguir carreira. Trabalhou na administração de um frigorífico, onde conheceu a área de software de gestão. A partir dessa experiência, iniciou os estudos em Administração e abriu a Beta Tecnologia em 2009. Até 2011, ele teve dois sócios, depois assumiu a gestão sozinho.

O software Zada é voltado para o mercado de indústria, comércio e serviços. Ele é enquadrado como um planejamento de recursos empresariais (ERP) e é comercializado há 30 anos.

“Fornecemos uma ferramenta informática que roda dentro das empresas para facilitar na gestão e tomada de decisão do empresário, atendendo todos os setores da empresa de maneira integrada, inclusive com aplicativos para uso externo e totalmente integrado com os melhores e-commers”, explica. O serviço é adaptável à realidade dos empreendimentos, desde indústrias, comércio e prestadores de serviço.

Atualmente, a Beta Tecnologia conta com 10 colaboradores e 440 clientes em seis estados. O principal mercado é o Vale do Taquari, embora os maiores clientes sejam de São Paulo. Em expansão, a organização já trabalha com o Zada 7, uma versão aperfeiçoada do aplicativo, desenvolvido com alta tecnologia.

Felipe iniciou a Beta Tecnologia em 2009

Gustavo desistiu da carreira de servidor público concursado para se dedicar

Lorenzon Plásticos, uma empresa que acredita em sustentabilidade

Liderada pelo empresário Cesar Lorenzon, indústria gera mais de 100 empregos diretos e projeta ampliar a produção

Oempresário Cesar Lorenzon, 56, sóciofundador da Lorenzon Plásticos, herdou e seguiu a veia empreendedora do pai. Ainda criança, já prestava atenção na rotina de Seu Eleutério, 85, em diferentes afazeres. “Ele era comerciante, dirigia ônibus, caminhão de leite, e tinha essas casas de comércio no interior de Encantado, os antigos secos e molhados. Ele sempre quis crescer, fazer coisas a mais. Até se estabelecer no centro de Encantado, na década de 70, a família morou em diversos lugares até a vinda para a cidade, que foi motivada pela compra de uma churrascaria, a

“Em toda a cadeia, são cerca de 1 mil empregos indiretos, de pessoas que se beneficiam de nossa atividade”

Cesar Lorenzon

Ouro Branco, nas proximidades da cooperativa Dália. O negócio inseriu os Lorenzon no ramo da gastronomia, que exerce até os dias de hoje com o Restaurante Lorenzon, que é referência regional.

Aos 14 anos, junto com um de seus irmãos, Cesar teve o primeiro negócio profissional: uma lanchonete instalada numa carroceria desativada. Além de preparar os lanches, diariamente saía com a cesta carregada de doces e pastéis para vender nos

estabelecimentos da redondeza. No início dos anos 2000, ao mesmo tempo em que ajudava o pai e a esposa Diana na gestão do restaurante, Cesar começou a investir na área de plásticos, estimulado por um dos irmãos que já trabalhava com recicláveis em Santa Catarina. “Ele teve a ideia, acreditou que tinha futuro e abriu uma empresa em Xanxerê. Mais tarde decidimos abrir uma unidade em Encantado para comprar, industrializar e vender”, explica. A operação iniciou em 1º de abril de 2005, junto com dois irmãos que também são sócios da empresa.

Especializada em sustentabilidade, 90% da produção gerada é destinada para indústrias gaúchas, e o restante para Santa Catarina e Paraná. Os materiais que chegam à Lorenzon

Plásticos são oriundos de cooperativas de reciclagem, de empresas parceiras e de depósitos de sucatas. Na indústria, os resíduos passam pelo processo de separação, classificação, lavagem, moagem, extrusão e transformação em matériaprima para servir às indústrias automobilísticas, moveleiras, higiene e limpeza, embalagens, entre outras.

Além de ampliar a matriz instalada na Rua Coronel Sobral, o empresário projeta aumentar a estrutura da filial construída no Lago Azul. Atualmente, a organização gera mais de 100 empregos diretos. “Em toda a cadeia, são cerca de 1 mil empregos indiretos, de pessoas que se beneficiam de nossa atividade, desde catadores, aparistas, recicladores”, explica Cesar, orgulhoso da trajetória que coloca a Lorenzon Plásticos entre as maiores empresas de Encantado.

Cesar tem 56 anos, é casado e pai de duas filhas
Matriz da Lorenzon Plásticos está localizada na Rua Coronel Sobral, nas proximidades da Rota do Desenvolvimento

Hot Dog do Charles, o sabor que conquistou Encantado

Marca já garantiu

espaço no Boulevard Encantado e projeta o lançamento de franquias

No período da pandemia, o movimento da sorveteria caiu e a alternativa do proprietário Charles Calvi, 60, para evitar o fechamento do ponto no centro de Encantado, foi acionar o plano do filho Charleson: iniciar a venda de cachorro-quente. O lanche rapidamente ganhou fama na cidade do Cristo Protetor pelo farto recheio e sabor inconfundível. Hoje, o cachorro-quente virou uma marca, o Hot Dog do Charles. Além do centro, Charles abriu uma unidade no bairro Santo Antão, no formato de contêineres. O espaço atende de quarta a domingo, das 18h às 23h. Aos finais de semana e em dias de maior clientela, chega a ter 12 colaboradores.

Charles também instalou um quiosque na praia de Capão da Canoa e já garantiu um espaço no Boulevard Encantado. Outra novidade para o futuro é o

Ana Izabel Polesi Bergamaschi, paixão por construir sonhos

“SCharles nasceu no Bairro Santo Antão, em Encantado

lançamento da franquia Hot Dog do Charles.

O empresário nasceu no Bairro Santo Antão, em Encantado. Filho do pedreiro Reinoldo e da costureira Petronilla, ele estudou até concluir o Ensino Médio. O primeiro emprego foi aos 13 anos, como cobrador de uma empresa no bairro Lajeadinho. Depois, trabalhou em escritório, como auxiliar do pai em serviço de obra, motorista da Chevrolet e vendedor de uma marca de materiais de construção. A perda do único irmão, o caçula, vítima de acidente de trânsito em 1986, abalou a estrutura da família. O primeiro empreendimento próprio foi em sociedade, a joalheria Pedra do Sol. Na sequência, iniciou a trajetória no ramo de bar, lancheria e sorveteria. Ele faz questão de agradecer a parceria da esposa Nádia, dos cunhados Luiz e Cátia Vian, dos pais e da Tatiane, responsável pela Sorveteria do Charles, que sempre estiveram ao seu lado nos projetos profissionais.

Referência na arquitetura, profissional comemora 40 anos de trajetória do Antônio e do Pedro. Com escritório em Encantado, trabalha em parceira com arquitetas e engenheiros locais e de Porto Alegre. A profissional já executou mais de 150 mil metros quadrados de obras, entre projetos, execuções e/ ou administrações. Muitos trabalhos são reconhecidos por publicações especializadas, como Visual Design, AAIRS, Hunter Douglas e com nove edições no anuário ARQ, no qual, em 2022, recebeu prêmio por um projeto residencial. A busca por atualização e aperfeiçoamento profissional é constante para Ana Izabel, pois acredita que estar conectada com as inovações, tanto na construção civil quanto na arquitetura de interiores, é seu diferencial.

empre tive gosto pela casa arrumada. Desde jovem, adorava trocar os móveis de lugar, criar cenários diferentes, colocar flor, mexer o sofá, posicionar uma almofada”. O encantamento pela estética e organização de ambientes, naturalmente, aproximou Ana Izabel Polesi Bergamaschi, 63, da arquitetura, embora a psicologia também lhe chamasse a atenção quando ainda pensava sobre o futuro profissional. “A arquitetura me move, me sinto realizada e feliz enquanto estou trabalhando, seja no escritório ou diretamente nas obras. Se olhar para trás, faria tudo de novo”, orgulha-se.

Ana Izabel nasceu em Relvado. Os pais Augusto e Irma eram proprietários da famosa “Esquina da Economia”, loja na qual ela ajudava nas vendas desde a infância. Depois de concluir o ensino médio em Encantado, fez a graduação em Arquitetura e Urbanismo na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), em São Leopoldo, com formatura em 1984. Na época, ainda era comum o uso de réguas T, caneta de nanquim e papel manteiga. Em 2024, ela comemora 40 anos de formação. A empresária, casada com o pediatra Nestor Bergamaschi, é mãe de João Augusto (médico), Maurício (economista) e Isabela (bucomaxilo), e avó da Helena,

Ana Izabel é natural de Relvado e desde jovem gostava de organizar e decorar a casa

Espaço Flores.Ser, um ambiente de desenvolvimento, autocuidado e amor

Idealizado pela advogada Raquel Cadore, local oportuniza diferentes atendimentos e práticas para o desenvolvimento pessoal

Durante 22 anos, Raquel Cadore, 53, trabalhou como advogada em escritórios de Porto Alegre, Novo Hamburgo e Encantado, até decidir ressignificar a trajetória profissional. Casada com Ricardo Baldo, mãe de Gabriela e Antônio, a encantadense passou a infância e a adolescência no centro da cidade com os pais Silvério e Dalva Cadore, e os dois irmãos, Daniel e Rafael. O primeiro emprego foi no Escritório de Contabilidade Conzatti, aos 14 anos.

Após concluir o ensino médio, cursou Direito na PUCRS e formou-se em 1994. “Desde criança, sabia que seria advogada. Depois de um tempo, não estava satisfeita com o resultado pessoal no direito, queria contribuir com algo a mais para meus clientes e para a comunidade, e não somente ganhar um processo, então ressignifiquei o caminho do Direito na minha vida”, comenta.

Nesse contexto, especializouse em Mediações, e hoje atua de forma privada e nos Fóruns de Encantado e Lajeado. Também aprofundou os conhecimentos em práticas baseadas na Justiça Restaurativa, metodologia que trabalha com Círculos de Construção de Paz, atividades

“O Flores.Ser é a realização de um sonho construído com muito trabalho, fé e amorosidade”.
Raquel Cadore

que priorizam o diálogo para prevenir e resolver conflitos, e que podem ser aplicadas, além do judiciário, em escolas, instituições e empresas. “São propostas inovadoras para Encantado. Você começa a mudar paradigmas da própria justiça. Ver as pessoas restaurando vínculos, conversando, se escutando e escutando o outro, tendo um tempo para resolver algo que vai além do processo judicial, é muito gratificante e preserva os vínculos”, observa.

A partir desse olhar e com o objetivo de expandir seu novo propósito de vida, em 2020, durante a pandemia, Raquel idealizou o Espaço Flores.Ser. Com apoio do irmão Daniel, que é psicólogo, a advogada transformou a antiga casa do avô, na esquina das ruas Coronel Sobral e Monsenhor Scalabrini, em um local que oportuniza Meditação, Yoga, Teatro, Mediações, atendimentos com Psicólogos, Psicopedagoga, Médica em Saúde Mental, entre outras atividades multidisciplinares. Hoje, o Espaço Flores. Ser oferece atendimentos em Mediação e Justiça Restaurativa com a advogada Raquel Cadore, psicologia com os profissionais Daniel Cadore, Franciele Grzebielucka,

Presidente da CIC-VT, Angelo Fontana, entregou o troféu Adroaldo Conzatti a Raquel, acompanhada do pai Silvério e da sobrinha Eduarda

Camila Vian e Adriana Pivatto, psicopedagoga Diole Maisa de Siqueira, médica em Saúde Mental Bárbara Zen Fraga, a facilitadora de processos de Inovação Social nas áreas de Educação e Desenvolvimento Humano Ana Fausta Borghetti, o instrutor de meditação e terapeuta holístico Eduardo Finkler, a instrutora de Yoga Jussara Roier, a arte educadora Carmem Moraes, a terapeuta integrativa Erica Ghislene, a massoterapeuta Fabiana Camilotti, e a assistente social e facilitadora em Segurança Psicológica no Trabalho Tania Frölich Rodrigues.

“O Flores.Ser é a realização de um sonho construído

com muito trabalho, fé e amorosidade”, conta Raquel, que ainda se emociona ao lembrar o irmão Rafael, falecido em 2017, vítima de acidente de motocicleta. “Foi um momento muito difícil para mim. Ele morava longe. Então, idealizei esse local também como uma forma de expandir o amor que não tive tempo de dar para ele”, revela. A principal sala que recebe os encontros e oficinas ganhou o nome de “Rafael Cadore”. Além das atividades no Espaço, Raquel e equipe desenvolvem o Projeto Flores. Ser em escolas. “Trabalhamos com oficinas do ser com as crianças, com atendimentos e escutas dos professores, alunos e famílias”, explica. “Esse propósito não tem fim. Tem vários braços. Onde tiver espaço, a gente vai”.Raquel Cadore

Giordani e Cia Ltda, uma trajetória empreendedora centenária

Após o falecimento de três irmãos sócios, Amarílida

Miria Dacroce

assumiu a gestão da empresa mais antiga em atividade em Encantado

“Não vi uma pessoa que trabalhou na Giordani falar contra a empresa. Era uma escola. As pessoas vinham sem nenhum conhecimento e meu pai ensinava. A maioria, depois que saiu da empresa, foi bem sucedida em suas profissões”. É dessa forma que Amarílida Miria Dacroce, 85, refere-se ao pai, Carlos Angelo Giordani, fundador da Giordani & Cia Ltda, que completa 95 anos em 2024. “Mais de 200 pessoas trabalharam na firma. Guardamos o nome de cada funcionário, pois todos contribuíram indistintamente para o desenvolvimento da empresa”, salienta.

Oficialmente, com base nos registros, a data de fundação da Giordani é 15 de maio de 1919. Porém, as primeiras anotações

nos livros, ainda preservados no acervo da empresa, trazem referências de 1915, ano da emancipação políticoadministrativa de Encantado.

A história da família Giordani revive o ano de 1895, quando o avô de Amarílida, Massimino Giuseppe Giordani, veio da Itália, se estabeleceu na comunidade São José, onde fixou residência e montou uma fábrica de utensílios usados no dia a dia e na lavoura,

Amarílida tem 85 anos e mantém uma rotina ativa entre a loja e a casa

além de outros equipamentos. Depois, seu pai Carlos e o avô Massimino, mudaram-se para o centro, onde foi construído um pavilhão de madeira, com o nome de Mecânica Líder, especializada em fundição de metais e conserto de máquinas, motores, ferragens e ferramentas.

“Mais de 200 pessoas trabalharam conosco. Guardamos o nome de cada funcionário"

“Um fato curioso é que a oficina fabricou a cruz da Igreja São Pellegrino, de Caxias do Sul, cujo vigário era meu tio, o padre Eugenio Angelo Giordani. Por ser o primeiro pároco, e pelos serviços prestados à comunidade, está enterrado no interior da igreja”, comenta. Desde a década de 1980, a loja Giordani atende no atual endereço, na Rua Júlio de Castilhos, 1581, em frente à Praça da Bandeira. A loja ficou muito conhecida por ser o estabelecimento mais completo da região, devido à diversidade

de produtos oferecidos, desde ferragens, materiais de construção, caça e pesca, produtos para piscina, entre outros. Tanto que o slogan publicitário reforçava: ‘Se não encontrar em Giordani & Cia Ltda, não adianta procurar’. Amarílida é a terceira de uma família de seis filhos e desde 2023 recebeu a missão de administrar a empresa sozinha. Em três anos, faleceram os três irmãos: Alonso, Ampère e Airton. Desde os 11 anos, a encantadense acompanha a rotina da empresa. Ela foi professora concursada do Estado e, em 1975, licenciou-se da função para morar em Dourados, no Mato Grosso, onde trabalhou no setor administrativo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Após dois anos, retornou a Encantado para reassumir a sala de aula, ao mesmo tempo que exercia funções na empresa. Sua trajetória também é reconhecida pelas ações comunitárias, como integrante do Conselho Fiscal da ACI-E até 2023 e como tesoureira do Rotary Club de Encantado até os dias atuais. Viúva, mãe de três filhos e avó de quatro netos, Amarílida mantém uma rotina ativa entre a loja e a casa.

Familiares receberam o troféu Adroaldo Conzatti no evento do Made In Encantado

Há 30 anos, irmãos Enio e Nelson Dartora lideram a Vini Lady Cosméticos

Empresários planejam transferir a fábrica do centro da cidade para um terreno próximo ao novo centro de distribuição, no bairro

Santa Clara

Os bons resultados obtidos com o trabalho de Nelson João Dartora como representante comercial de produtos cosméticos começaram a chamar a atenção do irmão, Enio Francisco, funcionário do Banrisul, de Encantado, na década de 1990. “Nas nossas conversas, eu provocava o Nelson para a gente montar um negócio próprio”, lembra Enio, 66, bancário por 22 anos. “Um dia, o Enio estava com o braço quebrado e viajou comigo durante uma semana. E aí amadurecemos a ideia”, acrescenta Nelson, 72, que antes de atuar na representação comercial teve experiências profissionais em fábrica de móveis e na empresa Giordani, onde permaneceu por 15 anos.

Humildade, respeito, saber ouvir e muita força de vontade são legados que nossos pais deixaram”.

É a partir desses movimentos entre os irmãos Dartora que tem origem a trajetória da Vini Lady Cosméticos. “Começamos na garagem da minha casa em 1993. Três anos depois, apareceu um sócio que sabia fazer os produtos. Ele trouxe a marca Vini Lady e montamos a fábrica. Dois anos mais tarde, compramos a parte dele”, relata Enio, que hoje se concentra nas funções administrativas. “Quando você é só distribuidor de marcas, há muitos concorrentes. Por isso sempre pensamos em colocar a nossa marca própria.

E aí surgiu a oportunidade de montar a fábrica”, explica Nelson, que mantém a rotina de viagens e contatos com clientes externos. Os filhos dos empresários, Cristiane e Tiago

Enio e Nelson decidiram

Empresa conta com cerca de 100 funcionários e 30 representantes comerciais

(Nelson) e João Francisco e Maria Cecília (Enio), também estão envolvidos na empresa. Atualmente, a Vini Lady conta com 100 funcionários e 30 representantes comerciais. O portfólio de 300 itens chega aos consumidores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Minas Gerais (há estudos para comercializar na região Nordeste), além de exportar para países como Uruguai, Bolívia, Cuba, Equador, República Dominicana, entre outros. A organização possui 20 fornecedores de marcas diferentes e mais de 2,5 mil itens no Centro de Distribuição, localizado no Bairro Santa Clara. Para o futuro, os empresários planejam transferir a fábrica, hoje instalada em um prédio de 4,3 mil metros quadrados, no centro da cidade, para um terreno maior, próximo ao CD, e assim unificar todos os departamentos. O espírito empreendedor vem de berço. Eles viveram a infância com os pais e os outros seis irmãos no interior de Putinga. A família era

proprietária de um moinho e criava suínos. Em 1966, mudou-se para Encantado e abriu um armazém de secos e molhados. “Eu ajudava o pai a empacotar os produtos que vinham a granel”, conta Enio. “Humildade, respeito, saber ouvir e muita força de vontade são legados que nossos pais deixaram”, acrescenta Nelson. Os empresários enfatizam que a Vini Lady está atenta às estratégias de mercado, realiza pesquisa, acompanha as tendências nacionais e internacionais, a fim de desenvolver produtos com excelência para atender e satisfazer as necessidades dos clientes. “Hoje temos uma estrutura moderna e automatizada, uma das melhores em termos de fornecimento de cosméticos”, salienta Enio.

“Começamos

na garagem da minha casa em 1993”.

Enio Francisco Dartora

investir em um negócio próprio em 1993

ACI-E, a força do associativismo

no desenvolvimento de

Encantado e região

Entidade assume papel de protagonismo em um cenário marcado por ações de reconstrução após as grandes enchentes

AAssociação Comercial e Industrial de Encantado (ACI-E) completa 85 anos de atividades em 2024 e tem se caracterizado por assumir um papel de protagonismo nas iniciativas voltadas ao desenvolvimento econômico e social de Encantado e do Vale do Taquari.

Por meio de uma série de ações estratégicas, a entidade tem fomentado parcerias, promovido capacitações e incentivado o empreendedorismo local, aspectos que a consolidam como uma peça fundamental no fortalecimento da economia regional, sobretudo, em cenários desafiadores como os vivenciados nos últimos anos, impactados pela pandemia e pelas catástrofes climáticas recorrentes.

Fundada em 2 de setembro de 1939, a ACI-E conta com cerca de 350 associados,

“Passamos da fase humanitária e entramos na fase da reconstrução. Não apenas recuperar o que foi perdido, mas ter uma economia resiliente e mais sustentável”

Raquel Cadore presidente da ACI-E

entre empresas, empresários, profissionais liberais e empreendedores. O primeiro presidente foi David Pio De Nes e, desde então, mais de 30 nomes assumiram, voluntariamente, a posição de liderança. Em 2009, com a mudança do estatuto, a gestão da Associação passou a ser feita pelo Conselho Deliberativo (11 membros), Conselho Fiscal (4 integrantes)

e Conselho de Núcleos. Neste ano, os conselheiros escolheram, entre os próprios integrantes, o presidente e a vice da diretoria executiva: Angelo Fontana e Raquel Cadore, respectivamente. Porém, com a transição de Fontana para o cargo de presidente da Câmara da Indústria e Comércio do Vale do Taquari (CIC-VT), Raquel assumiu a liderança da ACI-E no final de abril.

Entre as principais conquistas e bandeiras recentes da ACI-E estão a construção da sede própria, inaugurada em 2015; o projeto do videomonitoramento, com a instalação de câmeras de segurança na cidade; as iniciativas de auxílio aos associados durante a pandemia da Covid-19, que resultaram na criação do Programa de Desenvolvimento Econômico Local (Prodel); o forte posicionamento contrário ao modelo de concessão das rodovias estaduais e a defesa pela instalação do sistema de cobrança free-flow; o envolvimento da entidade em busca de incentivos por parte dos governos para as empresas atingidas pelas grandes enchentes; e o plano de prevenção às cheias proposto pelo Comitê da Bacia TaquariAntas.

Eleição dos Conselhos Deliberativo e Fiscal da ACI-E para o período de 2024 a 2027

Serviços

Os associados e a comunidade encantadense e regional têm acesso a uma série de servios oferecidos pela ACI-E.

• Foco na qualificação de mão de obras com o Polo Univates; Cursos, Capacitações, Palestras e Workshops organizados pela ACI-E; e o Programa Jovem Empreendedor em Parceria também com a Univates.

• Bureau de Crédito SCPC Boa Vista Equifax;

• Certificado Digital;

• Plano de telefonia móvel Vivo;

• Locação de salas por turno;

• Plano odontológico;

• Banco de Talentos que promove as vagas de trabalho dos associados;

• E o novo serviço que será lançado em 30 de julho, o Iopoint - Sistema de ponto por reconhecimento facial. (Amturvales) e foi três vezes presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat).

Núcleos mobilizam mais

de 120

pessoas

Uma das iniciativas que tem ganhado força na ACI-E é o trabalho desenvolvido pelos Núcleos do Programa Empreender. Atualmente são seis grupos ativos em que os integrantes discutem seus problemas e buscam soluções conjuntas. São eles Mulheres Empreendedoras SuperAção, Jovens Empreendedores (Ajev), Bem Receber, Turismo

em Ação, Desenvolvimento de Pessoas e o recém-criado

Comércio Varejista. Esses grupos movimentam mais de 120 pessoas que se reúnem quinzenalmente em atividades de qualificação e troca de conhecimento. “É o associativismo na veia. Não enxergo mais a ACI-E sem os núcleos”, destaca a executiva Bernardete Rissi.

ACI-E é agraciada com o Troféu Adroaldo Conzatti no evento Made In Encantado e Região dos Vales. Na foto, Bernardete Rissi (executiva), Angelo Fontana (presidente da CIC-VT), Raquel Cadore (presidente) e Adair Weiss (diretor executivo do Grupo A Hora)

Movimento Esperançar busca caminhos para reconstrução

Núcleo de Mulheres Empreendedoras SuperAção é case de sucesso entre as associações do Estado

Diante da adversidade imposta pelas enchentes, a ACI-E reforça seu compromisso em ser um ponto de referência para a comunidade empresarial de Encantado, demonstrando que a solidariedade e a cooperação são fundamentais para a recuperação e o fortalecimento do tecido econômico local. Nesse contexto, surge o Movimento Esperançar que, conforme a presidente da ACI-E, Raquel Cadore, nasceu nos dias seguintes à enchente, com foco em potencializar o espírito empreendedor e fazer com que Encantado e região retomem o desenvolvimento a partir dos empreendimentos, da manutenção dos empregos e da qualificação da mão de obra. “Passamos da fase humanitária e entramos na fase da reconstrução. Não apenas recuperar o que foi perdido, mas ter uma economia resiliente e mais sustentável”, afirma Raquel.

Associação SOS Habitar busca recursos para construir moradias

Em meio à crise climática em maio de 2024 surge a Associação SOS Habitar Vale do Taquari, que uniu ACI-E, Associação Amigos de Cristo, CIC Vale do Taquari, OAB Encantado, Prodel - Câmara Técnica de Ambiente Empresarial de Encantado, Aseavale e voluntários pessoas físicas, com foco em projetos de assistência humanitária imediata para oferecer moradias dignas e sustentáveis. Motivados pela solidariedade de que “Morar é Existir”, empresários, profissionais liberais e voluntários pretendem,

por meio da Associação, criar um fundo de contribuições privadas, sem recurso público, para edificar residências para

as famílias de trabalhadores que não serão contemplados pelos programas de habitação governamentais.

Associação SOS Habitar cria fundo de contribuições privadas para construir moradias para famílias desabrigadas

Duda Ciceri, 30 anos de experiência em estética

Ao lado da mãe Eni, a profissional está à frente de uma das mais renomadas clínicas da região

“Ecom o corpo”. É com esse entendimento que a esteticista e cosmetóloga Jeruza Ciceri Herold, 51, construiu sua trajetória profissional que supera 30 anos de experiência. Duda, como é conhecida, é especialista em estética avançada e lidera a clínica Eni & Duda Ciceri, localizada na Rua João Monsenhor Scalabrini, 1291, no centro de Encantado. O nome do espaço também identifica a mãe de Duda, a dona Eni, cabeleireira conhecida na cidade e que serviu de inspiração para a filha. “O salão era na sala da nossa casa. Quando criança acompanhei de perto o dia a dia dela, a relação com as clientes”, conta a empresária, casada com o Álex e mãe do Antônio e da Isabela. Duda nasceu no centro de

E logo que se formou, Duda foi convidada pela direção da casa de saúde para retornar à terra natal e coordenar a instalação do serviço de mamografia e auxiliar outros departamentos do setor de imagem. Nesse período, a Univates abriu o curso de Estética e Cosmética

Encantado. O pai tinha uma empresa de móveis. O primeiro emprego foi no Jornal Força do Vale, aos 16 anos. Depois, fez curso técnico na área de estética facial em Porto Alegre e começou a atender em casa

Duda e Eni administram uma das mais reconhecidas clínicas de estética da região

com a mãe. Quando concluiu o ensino médio, resolveu se mudar em definitivo para a capital. Foi morar com o irmão mais velho para se dedicar ao pré-vestibular com o objetivo de cursar tecnólogo em Radiologia. Ao mesmo tempo, começou a trabalhar em uma empresa francesa de estética, que tinha filiais em São Paulo e Porto Alegre. “Tive uma grande oportunidade de ampliar meu conhecimento na área, pois me direcionaram para vários treinamentos na capital paulista”, conta.

O estágio em radiologia foi feito no Hospital Beneficente Santa Terezinha, em Encantado.

mas não tinha nível superior”, argumenta. Duda aproveitava

“ Nós percebemos que poderíamos crescer juntas"
Duda Ciceri

Quando concluiu os estudos em Lajeado, decidiu se focar na área de estética. “Fiz a transição de carreira. Saí do hospital após oito anos de um trabalho muito gratificante”, conta a profissional.

Em 2015, Duda e a mãe idealizaram o projeto da atual clínica, com a construção de um moderno prédio no mesmo terreno onde ficava a antiga casa da família. “Nós percebemos que poderíamos crescer juntas. Vimos a necessidade de evoluir e também de dividir o espaço com outras profissionais que engrandecem o leque de atendimentos. Separamos os ambientes, o salão de beleza da mãe ocupou o térreo e a clínica o segundo andar”, explica. Atualmente, a equipe conta com oito profissionais. “Tenho clientes fiéis há anos”, orgulhase Duda, que se mantém focada em se qualificar e trabalhar. “Agora comecei Biomedicina, porque é importante associar a estética com esses novos estudos”, salienta.

Desenvolvimento por meio de eventos e educação: a essência do Grupo Lume

Empresas Lume

Gestão de Eventos e Lumecep contribuem para o crescimento de Encantado e região

No cenário empresarial de Encantado, o Grupo Lume se destaca em duas frentes principais: eventos e educação. Sob a direção dos irmãos Rafael, 51, e Luciano Fontana, 47, a organização tem contribuído significativamente para o turismo e o setor educacional da região por meio das empresas Lume Gestão de Eventos e Lume Centro de Educação Profissional (Lumecep). A inspiração dos irmãos para o empreendedorismo vem da mãe, Helena, confeiteira reconhecida e responsável pela marca Helena Fontana Doces e Salgados.

Desde a sua criação em 2007, a Lume Gestão de Eventos, liderada por Rafael Fontana, já organizou mais de 150 programações nos Vales Taquari e Rio Pardo e na Serra Gaúcha, estendendo suas atividades recentemente ao Paraná. A empresa começou com a participação em eventos como a Suinofest, de Encantado, a Leitão Fest, de Putinga, e a Turismate, de Ilópolis, que ajudaram a fomentar o comércio e o turismo. “Olhamos para os eventos como um setor que gera desenvolvimento local, potencializa os negócios, movimenta a economia e atrai turistas”, afirma o encantadense Rafael, cujo primeiro emprego foi aos 16 anos no Jornal Força do Vale. Aos 18, ele assumiu a chefia do escritório regional do IPERGS em Encantado e, com 20 anos,

Olhamos para os eventos como um setor que gera desenvolvimento

local, movimenta a economia e atrai turistas”

aceitou o convite do então prefeito Adroaldo Conzatti para ser secretário de Saúde. Por outro lado, Luciano Fontana lidera a Lume Centro de Educação Profissional (Lumecep) e a escola de educação infantil Lume Pais e Filhos, iniciativas que fortalecem a oferta educacional na região. Fundada em 2008, a Lumecep é pioneira em Encantado em disponibilizar cursos técnicos em áreas como Administração, Enfermagem e Informática, respondendo

“à demanda do mercado por formação profissional. Além dos cursos técnicos, a instituição também gerencia um polo EAD em parceria com a Unopar. “O nosso propósito é proporcionar que as pessoas se qualifiquem aqui e mantenham seus negócios aqui. Assim vamos ter uma região forte”, diz Luciano, que é formado em Direito, mas abriu mão da carreira jurídica para empreender na educação. “Nossos planos de expansão estão ligados à melhora constante na qualidade do ensino, principalmente, com avanços no meio digital”, acrescenta.

A gestão dos irmãos Rafael e Luciano Fontana mostra um claro direcionamento para a valorização das potencialidades locais, tanto na organização de eventos que atraem visitantes,

O nosso propósito é proporcionar que as pessoas se qualifiquem aqui e mantenham seus negócios aqui”

Fontana

quanto na formação de mão de obra qualificada que possa contribuir para o crescimento da região.

Com uma equipe dedicada e uma visão clara, o Grupo Lume segue atuante, buscando expandir suas atividades e impactar positivamente a comunidade encantadense e regional. “Escolhemos o nome Lume porque tem relação com fonte de luz, fonte inspiradora e conjunto de princípios que norteiam ações positivas”, ressalta Luciano.

Luciano
Luciano administra a Lumecep
Rafael lidera a Lume Gestão de Eventos

Daiane Fontana inspira-se no pai para liderar a Di Hellen Cosméticos

Empresa projeta o lançamento de novos produtos e aumento no faturamento em 2024

“Muito mais do que vender cosméticos, vendemos uma beleza com propósito: elevar a autoestima e proporcionar o bem-estar às pessoas”. É com esse entendimento que a empresária Daiane Fontana, 39, lidera a Di Hellen, organização pioneira na industrialização de cosméticos em Encantado e que completa 31 anos de atividades em 2024. Atualmente, são 60 colaboradores e um mix de 400 itens, distribuídos nas linhas capilar, corporal, solar, aromatizantes e maquiagem. O mercado de atuação abrange clientes dos três Estados do Sul, além de São

Paulo, com a comercialização dos produtos por meio da plataforma de e-commerce Amazon. No ano passado, o faturamento da Di Hellen cresceu 25% e, para 2024, a meta é alcançar os 30%. Além da gestão, Daiane também assina como farmacêutica técnica responsável, profissão que se interessou ainda criança, quando frequentava a fábrica ao lado do pai, Neuto Fontana, 74, e passava o tempo rotulando produtos. Neuto é a grande inspiração e referência para a filha. Desde menina, ela percebia o esforço e a visão ousada do pai para os negócios. “Ele tinha a convicção de que era imprescindível desenvolver produtos de qualidade por um preço acessível”.

Daiane é encantadense e lembra com alegria da fase de criança, principalmente

das brincadeiras na rua com

inserida na rotina da Di Hellen, fez MBA em São Paulo, na área de cosmetologia com ênfase em desenvolvimento de novos produtos, e permaneceu um mês nos Estados Unidos para se especializar em Business na administravam uma pequena distribuidora de cosméticos que, com o tempo, se tornou uma das maiores revendedoras da marca

cidade de São Leopoldo, fundada por Joselito Paris. “O sonho do pai era ter uma fábrica própria.

E assim, ele, o Fiovo e o Joselito fizeram sociedade e trouxeram a indústria para Encantado, em 1996. Nesse meio tempo, o Joselito saiu, e hoje trabalha conosco novamente”, salienta a empresária.

Casada com Diego Schonhorst, mãe do Theo, 4, e do Caio, 10 meses, Daiane cita a participação do irmão

Cristiano como parceiro fundamental para o sucesso da empresa, embora hoje ele priorize o trabalho em outro segmento. Para quem tem o sonho de empreender, ela sugere escolher um ramo de negócio que tenha aptidão. além de persistência, disciplina, definição de metas e ação como pilares essenciais para o sucesso. “Sempre admirei pessoas que gostam de melhorar o mundo das outras. E eu estou tentando fazer um mundo melhor não só para quem está ao meu redor, mas também para os nossos consumidores. Aqui na Di Hellen formamos um grupo de pessoas que tem o mesmo objetivo: fazer com amor e felicidade cada produto”, afirma.

“Sempre admirei pessoas que gostam de melhorar o mundo das outras"

Daiane Fontana

Daiane também é a farmacêutica técnica responsável da empresa
Di Hellen é pioneira na industrialização de cosméticos em Encantado

Hospital Beneficente Santa Terezinha, compromisso com a saúde regional

Novos projetos elevam patamar da Casa de Saúde encantadense que, desde 1986, integra a Rede São Camilo

OHospital Beneficente Santa Terezinha (HBST), desde sua fundação em 1945, tem sido um pilar essencial para a comunidade encantadense. Sob a gestão da Rede São Camilo desde 1986, a instituição segue em constante evolução.

Com 67 leitos de internação, pronto-socorro 24 horas e 10 leitos de UTI Geral Adulto, o hospital prioriza o atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), atendendo cerca de 80 mil pessoas na região. Especialidades como saúde mental, maternidade, oftalmologia, Urgência/ Emergência e traumatologia são oferecidas, com um corpo clínico composto por mais de 70 médicos e 250 colaboradores.

os locais já estão disponíveis para internações. As obras de revitalização envolvem a estrutura física dos quartos, com nova pintura, iluminação, trocas de mobiliário, piso e revestimentos, recuperação dos banheiros, entre outras. As melhorias contribuem para que o atendimento prestado pelo hospital ao paciente seja ainda mais relevante e auxilie na sua recuperação.

O hospital está passando por uma significativa expansão

com a implantação do serviço de consultas e cirurgias eletivas em traumatoortopedia de baixa e média complexidade e a inauguração de um novo prédio de sete andares que já abriga a farmácia, a UTI adulto e o novo Centro Cirúrgico (com um conjunto de modernidade,

Além de investimentos na estrutura, hospital projeta avanços em novas especialidades

segurança do paciente e hotelaria). O Centro Cirúrgico teve o investimento de mais de R$ 2 milhões e iniciou as atividades em janeiro de 2024. Além disso, outros projetos de modernização estão em andamento, como a ampliação do Pronto-Socorro e o novo Centro Obstétrico. Visando um processo de melhoria contínua no atendimento aos pacientes, um foco especial é dado à hotelaria, com a reforma dos quartos de internação do Posto 3. Todos os 12 quartos, o posto de enfermagem e o corredor passarão por obras para dar mais conforto aos pacientes. Em cinco leitos, os trabalhos já foram concluídos e

O diretor administrativo da Casa de Saúde, Márcio Sottana, destaca que a expansão que vem ocorrendo na instituição elevará o hospital a um novo patamar, possibilitando um aumento considerável no número de procedimentos realizados. Sottana, que está à frente da Casa desde março de 2023, é de Palmeira d’Oeste, São Paulo, e trouxe consigo uma bagagem única de experiências. No Hospital Beneficente Santa Terezinha, o seu compromisso é reforçado em atender à comunidade e a busca pela excelência no trabalho realizado, pautado em protocolos, pensando sempre na qualidade e segurança do serviço prestado.

“Desde o ano passado estamos dando continuidade no processo de transformação e de grandes mudanças para o desenvolvimento do hospital e da região. Além da estrutura, procuramos crescer em outras complexidades, trabalhando para manter o nosso serviço de qualidade, investindo em pessoas, processos e tecnologia. A parceria construída com colaboradores, médicos, comunidade, prefeitos, vereadores, região e Estado para o nosso hospital crescer, assim como a região, é de extrema importância para que o HBST seja ainda mais referência nos serviços disponibilizados”, garante.

Sottana
está à frente da Casa de Saúde desde março de 2023

Dr. Nédio, uma referência à frente da Clínica de Oftalmologia Castoldi

Há 33 anos, médico encantadense retornou à terra natal para ser pioneiro no transplante de córneas

Quando o menino Nédio Castoldi era questionado sobre o porquê queria ser médico, ele não tinha ideia do que responder. “Hoje eu sei: era por uma profunda sede de saber os segredos da vida e uma profunda solidariedade ao sofrimento”, explica o diretor da Clínica Castoldi Oftalmologia, empresa com 33 anos de atividades em Encantado e Porto Alegre

Nédio, 65, nasceu na antiga Linha Santa Clara (hoje bairro). No local ainda residem o pai de 90 e a mãe de 93 anos. Ele tem uma irmã, fisioterapeuta. A família vivia da agricultura e, antes de ser aprovado no vestibular de Medicina da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) em 1975, frequentou a escola da comunidade, depois foi aluno do Farrapos e concluiu o ensino médio no Castelo Branco, em Lajeado. O primeiro emprego foi aos 14 anos, como revisor de textos no Jornal Opinião. Da rotina na faculdade, Nédio não esquece o sacrifício que era a viagem até Santa Maria. Uma das alternativas era o trem que saía de Porto Alegre. “O trem partia à meia-noite e chegava às seis da manhã, conhecido como ‘trem noturno’, mais barato”, relata.

O encantadense formou-se cirurgião geral e chegou a atuar como plantonista em hospitais de São Leopoldo e Porto Alegre, enquanto fazia a especialização em oftalmologia no Banco de Olhos, na capital. Quando concluiu

“Pude cuidar

da

saúde visual da minha parteira, operei professores que me ensinaram no colégio"
Nédio Castoldi

a qualificação, foi convidado a fundar o Departamento de Neuroftalmologia e Eletrofisiologia Visual no Banco de Olhos e, posteriormente, coordenar o laboratório que investiga doenças neurais relacionadas à visão no Mãe de Deus, função que exerce até os dias atuais.

Tão logo iniciou sua trajetória profissional em Encantado, em 1990, Nédio trouxe para a região a cirurgia de transplante de córneas, procedimento que só era comum nas grandes cidades. O impacto dessa iniciativa foi tão expressivo que inspirou o então secretário estadual de Saúde, Germano Bonow, a implantar a descentralização de

especialidades via SUS. Nesse contexto, Encantado recebeu o Centro Regional de Oftalmologia, coordenado por Nédio até 2010. Os transplantes de córneas possibilitaram experiências inesquecíveis. Uma delas envolveu uma senhora de 70 anos, que estava cega há 50. “Quando retirei o curativo, ela olhou para a mão e disse: ‘como

Dr. Nédio foi agraciado com o Troféu Adroaldo Conzatti pela sua contribuição com o desenvolvimento de Encantado

estou velha!’. Depois olhou para as filhas e não as reconheceu, só pela voz. Uma cena antológica”, destaca. Ainda teve o paciente que chegou ao consultório manifestando o desejo de voltar a enxergar, pois sonhava em ser padre. “Este senhor é padre hoje. É uma história especial”, acrescenta Nédio, que mantém em sua rotina a vitalidade para seguir aprimorando os conhecimentos e habilidades. “A vida foi muito dadivosa comigo. Pude cuidar da saúde visual da minha parteira, operei professores que me ensinaram no colégio, escrevi livros reconhecidos pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia e usados pelos médicos especialistas para adquirir e aperfeiçoar os conhecimentos. Sou muito grato por tudo o que a vida me proporcionou, material e espiritualmente”, diz. “Faria tudo outra vez”.

Com 65 anos, Dr. Nédio mantém a rotina de atendimentos na clínica

Sandri Imóveis,

25 anos de dedicação com os clientes

Administrada por Vera Sandri, empresa é referência no mercado imobiliário da região

“Entender o que as pessoas querem e conseguir resolver os seus problemas é o meu propósito”. É com essa compreensão que Vera Lúcia Sangalli Sandri, 57, administra a Sandri Imóveis há 25 anos. A ideia de empreender no ramo imobiliário foi do marido, o advogado Luciano Sandri, com quem Vera é casada há 36 anos. Como não havia curso de corretor de imóveis na região na época, ela buscou qualificação em Curitiba-PR. “Eu já tinha dois filhos pequenos, a condição financeira não era boa, custear as viagens não foi fácil. Mas valeu a pena”, comenta a mãe do Guilherme

(34, advogado), Vitória (28, dentista) e Rafaela (23, estudante de Medicina).

O primeiro negócio foi a venda de um imóvel para um casal de amigos. “Eu me lembro de quase todas as negociações”, afirma. Embora guarde momentos de alegria, a histórica enchente de setembro de 2023 foi o episódio mais triste que vivenciou. Além de ter parte da sede da imobiliária na Rua Duque de Caxias alagada, a equipe precisou se organizar de forma provisória para atender às famílias que perderam as moradias.

Um dos orgulhos é a equipe de trabalho. São cinco funcionárias, as ‘meninas da Vera’, como os clientes carinhosamente se dirigem. O tempo de relação profissional de Renata, Elisiane, Karine, Caroline e Janaína com a Sandri é longo, varia de 13 a 19 anos. “Elas são muito parecidas comigo, porque

Nova sede fica localizada na Rua Duque de Caxias, no centro da cidade
Não perca seus valores em busca do sucesso"
Vera Sandri

fazem com amor, dedicação e disciplina”, acrescenta Vera, que também não esquece da Neodete, a “Táta” como ela chama, que auxilia nos afazeres da casa há 25 anos.

Vera nasceu na Linha Bonita Baixa, interior de Doutor Ricardo. A perda precoce do irmão Airton, com 5 anos, abalou a família de agricultores.

Vera tinha 3 anos quando os pais resolveram se mudar para Encantado e morar na Vila Popular, hoje bairro Nossa Senhora Aparecida. “Eu lembro dessa fase com um pouco

de tristeza, mas também foi quando recuperei a minha alegria naquela simplicidade toda da vila. Até hoje cultivo as amizades da época”, conta a empresária, que mais tarde ganhou uma irmã, a Sandra. Outra lembrança marcante da infância são os almoços na casa do avô, encontros que atraíam parentes e amigos. “Se hoje eu sou uma pessoa forte, devo a essas pessoas. Sou muito ligada a elas. É uma relação feita por muito afeto, confiança e respeito”.

Ela estudou nos colégios Farrapos e Scalabrini antes de cursar Letras na antiga FATES, hoje Univates, em Lajeado. O primeiro emprego foi aos 15 anos, como telefonista e recepcionista na Retificadora Tramontini. Depois, trabalhou no escritório de contabilidade de Ademir Sartori até ser contratada pelo Banco SulBrasileiro, hoje Santander, onde permaneceu por 14 anos, até sair para abrir a imobiliária. Para quem tem o sonho de ter o próprio negócio, ela alerta: “Não perca seus valores em busca do sucesso. Preste atenção na sua vida, regue o seu jardim com amor, dedicação, atenção e responsabilidade”, aconselha.

Vera (2ª da direita para a esquerda) e as funcionárias conhecidas como "As Meninas da Vera"

Dália, 77 anos de desenvolvimento “

Presidentes do Conselho de Administração e Executivo da cooperativa relembram conquistas e evidenciam a importância das mais de sete décadas neste momento de reconstrução do Estado

Diversas conquistas, resiliência e coragem são fatores intrínsecos à história da Cooperativa Dália, que completou 77 anos no dia 15 de junho. Conduzidos pelos princípios cooperativistas, os presidentes citam momentos

marcantes e enaltecem o significado do simbolismo de ultrapassar sete décadas e meia em um período que se busca a reconstrução do Rio Grande do Sul.

Com cerca de 2,6 mil associados, quatro unidades fabris nos segmentos de ração, lacticínios, suinocultura, avicultura e 2,7 mil colaboradores, o presidente do Conselho de Administração, Gilberto Antônio Piccinini, recém reconduzido à presidência da cooperativa, fala sobre as importantes ações realizadas no passado, presente e futuro que mantêm a Dália consistente e bem estruturada.

“No Brasil, historicamente, são poucas as empresas do tamanho da nossa cooperativa que chegam à marca de quase oito décadas. Na verdade, muitas são vendidas ou incorporadas,

Assim como o atual cenário, de extrema dificuldade, esta é a confirmação de que, para sobreviver, uma empresa precisa de uma equipe forte, resiliente e ‘destemida’”

Carlos Alberto de Figueiredo Freitas

presidente executivo

o que não é o caso da Dália, que conta com um quadro social comprometido e bons profissionais empenhados”, salienta Piccinini.

Ele destaca que a cooperativa

enfrentou muitos desafios que requereram a implementação de ações e iniciativas para a expansão dos negócios e a solidez em tempos de crise. “Desafios climáticos, sanitários como a Covid-19 e a elevação dos custos de produção resultaram em uma expressiva crise do setor da proteína animal, levando a direção da empresa a implementar alterações no planejamento estratégico e, assim, viabilizar os negócios e fortalecer a imagem e a marca Dália. Enfrentar essas dificuldades demonstra o trabalho, cooperação, fé, confiança, coragem e resiliência para desenvolver um projeto

Piccinini e Freitas estão à frente da cooperativa desde a década de 1990

cooperativo e assegurar as operações da empresa”, comenta Piccinini, que ainda lembra que, ao remontar a história da Dália, os escritores denominaram “Destemidos"muito bem descritos no livro Dália - todos os envolvidos no crescimento e no cumprimento da missão da cooperativa.

"Em efeito, são os corajosos e responsáveis por permitir a celebração de 77 anos de fundação. Tenho certeza de que os próximos Destemidos continuarão a gestão com excelência e assegurarão o sucesso deste importante projeto cooperativo", diz.

Cenário adverso

Conforme o presidente Executivo, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, as empresas brasileiras enfrentam várias adversidades que impedem sua longevidade devido a questões tributárias e burocráticas.

“Não são muitas as empresas

brasileiras que chegam a 77 anos de fundação, porque em nosso país operamos em um ambiente adverso, com alta taxa de juros, excesso de impostos e burocracia. Além disso, a população tem baixo poder aquisitivo, o que dificulta a absorção dos preços resultantes da complexidade do sistema”, acrescenta. Ele ressalta que essa realidade resulta em baixa rentabilidade das empresas, levando muitas a abandonarem a atividade. Freitas também enfatiza outro problema existente no país: a sonegação de impostos. “Devido à excessiva carga tributária e à burocracia que vigora no Brasil, muitas empresas recorrem à sonegação, criando uma concorrência desleal com as que operam de acordo com a legislação, como a Dália”, salienta. Ele destaca que essa é uma das razões pelas quais os

“Tenho certeza de que os próximos Destemidos continuarão a gestão com excelência e assegurarão o sucesso deste importante projeto cooperativo”

presidente do Conselho de Administração

autores Charles e Tânia Tonet (in memoriam) descreveram a equipe da Dália como “Destemidos”.

Resiliência

Em conformidade com o momento de reconstrução do RS, o presidente Executivo menciona que a história sempre foi pautada por períodos de calmaria e intempéries. “Assim como o atual cenário, de extrema dificuldade, esta é a confirmação de que, para sobreviver, uma empresa precisa de uma equipe forte, resiliente e “destemida” e, dessa forma, conferir-lhe

a continuidade, já que em períodos de dificuldades, o apoio dos governos sempre é ínfimo”, reforça.

Principais conquistas Freitas aponta as maiores conquistas desde que passou a integrar a diretoria da cooperativa. "Desde a década de 90, as principais conquistas foram a implantação dos programas de produção integrada de suínos, seguidos pelos de frangos, e a organização da produção leiteira após um intercâmbio com a região da Galícia, na Espanha. Reconhecida como uma eficiente produtora de leite, essa experiência permitiu o incremento da produção local em escala viável para os produtores, a melhoria da qualidade da matéria-prima, assim como a profissionalização da área técnica e dos produtores associados. A reestruturação do campo trouxe crescimento às indústrias, instalação de novas unidades de negócios e uma ampla modernização do nosso parque industrial. De fato, a Dália cresceu muito, tanto em tamanho quanto na qualificação e profissionalismo de associados e colaboradores", conclui Freitas.

Gilberto Antonio Piccinini
Parque Dália na Matriz em Encantado

Evento Made In Encantado

A entrega do Troféu Adroaldo Conzatti reuniu mais de 200 convidados na noite de 11 de abril de 2024, em evento no Auditório Sicredi, em Encantado. Das 72 empresas e entidades locais participantes da série Made in Encantado & Região dos Vales, 69 estiveram representadas.

Fábio Vitória, Eduardo Kuffel e Paula Garibotti (Clínica Novo Começo), Cesar Lorenzon (Lorenzon Plásticos), Cleberson da Costa, Debora Blau e Carlos Alberto da Costa (Jay’Luc Cosméticos), Sandra Wink e Sabiano Pagliarini (Churrascaria e Paradouro Cristo), Ricardo Cé (Sicredi Região dos Vales), Bernardo Katz (Katz Equipamentos), Ademir Kuffel (LK Peças), Raquel Cadore, Eduarda Cadore e Silverio Cadore (Espaço Flores.Ser)

Ricardo Fontana (Fontana SA), Eloí Machado (Machado Agropecuária), Gilberto Piccinini (Dália Alimentos), Rogério Conzatti (Imobiliária Conzatti), Renata Galiotto (Ciamed), Dario Hollmann (Tabacaria Encantado), Vânia Pedó (Bratti Supermercados)

Romeu Turatti, Ortenila Turatti e Bruno Gonzatti Ost (Hotel Turatti), Arlindo Pretto (Pretto Veículos), Nelson e Enio Dartora (ViniLady Cosméticos), Anderson Capitanio (Gelo São José), Volmir Beneduzi (Lojas Beneduzi), Nédio Castoldi (Clínica de Oftalmologia Castoldi), Almir Nardini (Técnica Nardini)

Roque Malaggi (Agraz Refrigeração), Jeferson Rabaiolli (Rabaiolli Centro Integrado de Odontologia), Fernando Radaelli (Fernando Multimarcas), Duda e Eni Ciceri (Eni & Duda Ciceri), Simone Dal Pizzol (Hotel Di Marco), Rafael Fachini (Rafael Fachini Decorações), Luciano Fontana (Lumecep), Márcio Sottana (Hospital Beneficente Santa Terezinha de Encantado)

Nei Di Domênico e Caroline Bozzetto (DB Advogados), Janaína Bratti e Luciane Vanzetta (Bocatto Lanches), Ramon e Maurício Mazzarino (Funerária Mazzarino), Marcelo Casaril (CFC Casaril), Rafael Maccari (Solar Sul), Marinês Malaggi (Malaggi Contabilidade), Daniel Schmitz (BSW Gestão Ambiental Integrada), Laudinei Boaro (Autoelétrica Boaro)

Marcelo Labres e Monica Cima (BioHitt Academia), Andrea Hollmann (Farmácia Central), Jairo Pasetti (Barbearia Pasetti), Davi Dal Pizzol (Padaria Dal Pizzol), Valquíria Nardini e Urubatan Petrus (Casa Jamile), Alexandra Cover (Joalheria e Ótica Cover), Gabriel Goldoni (Hemoanálises), Aline Chanan (Chapeação e Pintura Chanan)

Priscila e Eduardo Bonfanti (Granja Santo Antônio), Jeanine Sangalli e Deivis Fachi (Casa Le Chiavi), Bárbara Longhi (Construsul), Amarílida Miria Dacroce (Giordani e Cia Ltda), Vera Sandri (Sandri Imóveis), Fábio Vitória (Boulevard Encantado), Lourdes e Antenor Gonzatti (AGF Supermercados), Arlindo Baldo (Baldo SA), Jonas Calvi (Prefeitura de Encantado)

Ilani Bagatini (Conzatti Contabilidade), Daiane Fontana (Di Hellen Cosméticos), Marina Fontana Sangalli (Helena Fontana Doces e Salgados), Charles Calvi (Hot Dog do Charles), Ana Izabel Polesi Bergamaschi (Ana Bergamaschi Arquitetura), Marilda e José Wanderlei dos Santos (Casa do Real), Bernardete Rissi, Angelo Fontana e Raquel Cadore (ACI-E)

Francisca Sangalli (Campo & Lavoura), Felipe Klunck (Beta Tecnologia), Gilberto Zanatta (STR Encantado e Doutor Ricardo), Fabiana Turatti (Divine Chocolates), Rosangela Cornelli (Loja Estampa Gaúcha), Rafael Fontana (Lume Eventos), Gustavo Mezzomo (Mezzomo Advogados), Ediana Sangalli e Mara de Bortolli (Cia do Jardim)

A Câmara de Vereadores de Encantado,

valoriza e apoia, por meio de projetos e ações, os empresários encantadenses e todos que desejarem investir e cooperar com a força econômica do município Exaltamos a determinação, o comprometimento e a ousadia de quem identifica e investe nas oportunidades de negócios, expande a produção local e envolve-se com o desenvolvimento desta cidade pujante.

Parabéns ao Grupo A Hora pela iniciativa de mostrar a força empreendedora da Terra do Cristo Protetor e contar tantas histórias inspiradoras por meio do projeto Made in Encantado & Região dos Vales

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