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Lajeado, quarta-feira, 1º de junho de 2016 Ano 13 - Nº 1603

Fundado em julho de 2002

Avulso: R$ 2,00 Fechamento da edição: 21h

ESTRADAS PRECÁRIAS

ENCANTADO

Suinofest finaliza preparativos DIVULGAÇÃO/ARQUIVO

Um dos maiores eventos gastronômicos do RS será atração a partir desta sexta. Dividido em dois fins de semana, a organização pretende superar público de 2015.

Estudo coloca rodovias do RS entre as piores do país P

esquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte demonstra a deterioração das estradas gaúchas. O estado tem a segunda pior malha viária do país, com mais de dois mil quilômetros em más condições, atrás apenas

de Minas Gerais. Em dois anos, o número de rodovias consideradas satisfatórias caiu quase pela metade. Em 2013, mais de 4.035 quilômetros foram classificados como ótimos ou bons, contra 2,6 mil quilômetros em 2015, data do estudo. Página 11

Obras param pela metade RODRIGO MARTINI

SERVIÇO INSUFICIENTE

Audiência discute telefonia

EXÉRCITO NAS RUAS

Operação fiscaliza explosivos Militares do Batalhão de Santa Cruz do Sul vistoriaram ontem o transporte de explosivos. A Operação Dínamo IV ocorreu na estrada gePágina 7 ral de São Jacó, em Estrela.

Comissão de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa promove reunião amanhã em Teutônia. Página 10 A SAÚDE E O CIGARRO

Pesquisa aponta queda no consumo

SEMANA DO AMBIENTE

Cidades promovem consciência

ANDERSON LOPES

Em alusão ao Dia do Meio Ambiente, Lajeado e Estrela realizam ações para alertar sobre a necessidade de cuidar da natureza. Conexão

TEMPO NO VALE Sol aparece com poucas nuvens Mínima: 10°C - Máxima: 18ºC FONTE: CIH/UNIVATES

MAIOR PAVIMENTAÇÃO DA HISTÓRIA SUSPENSA: ação do MPF apontando 11% de sobrepreço Páginas 4 e 5 nas obras de R$ 20,5 milhões do PAC gera incertezas entre moradores

Conforme o Ministério da Saúde, em dez anos, houve redução de 33,8% no número de fumantes no país. Página 8


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A HORA · QUARTA-FEIRA, 1º DE JUNHO DE 2016

Editorial

EXPEDIENTE Diretor Geral Adair G. Weiss Diretor de Conteúdo Fernando A. Weiss Diretor de Operações Fabricio de Almeida

REDAÇÃO Av. Benjamin Constant, 1034/201 Fone: 51 3710-4200 CEP 95900-000 - Lajeado - RS www.jornalahora.inf.br ahora@jornalahora.inf.br

COMERCIAL E ASSINATURAS Av. Benjamin Constant, 1034/201 Fone: 51 3710-4210 CEP 95900-000 - Lajeado - RS comercial@jornalahora.inf.br assinaturas@jornalahora.inf.br entrega@jornalahora.inf.br Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Tiragem média por edição: 7.000 exemplares. Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística)

Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

INDICADORES ECONÔMICOS MOEDA

COMPRA

VENDA

3,6137

3,6142

Dólar Comercial Dólar Turismo

3,5400

3,7600

Euro

4,0202

4,0208

Libra

5,2217

5,2240

Peso Argentino

0,2558

0,2563

Yen Jap.

0,0325

0,0325

ÍNDICE MÊS (%)

ACUMULADO ANO (%)

ICV Mes (DIEESE) 04/2016

0,57

3,56

IGP-DI (FGV)

04/2016

0,36

3,14

IGP-M (FGV)

04/2016

0,33

3,31

INPC (IBGE)

04/2016

0,64

3,58

INCC

04/2016

0,41

2,06

IPC-A (IBGE)

04/2016

0,61

3,25

MÊS

A

s rodovias degradadas do RS têm um impacto que vai além do econômico. Representam perigo para o condutor e os passageiros. No diagnóstico apresentado pela Confederação Nacional do Transporte, a malha gaúcha é a segunda pior do Brasil, perde apenas para Minas Gerais. O erro histórico de adotar o modal rodoviário como principal e quase exclusivo modelo logístico interfere nas condições das estradas. O fluxo intenso de caminhões reduz a vida útil do asfalto. Dividindo espaço com automóveis e motocicletas, também se verifica que acidentes com veículos pesados tendem a ser mais graves. No Vale, as principais rodovias carecem de melhorias. Seja na sinalização, na pista ou no acostamento. Pelo estudo da CNT, as condições da malha estão entre regular e péssimo. Em uma

O motorista paga duas vezes. No licenciamento veicular obrigatório e na tarifa de pedágio. Um escárnio do poder público contra o contribuinte.

Na rede

TAXAS E CERTIFICADOS (%)

MÊS

ÍNDICE MÊS (%)

ACUMULADO ANO (%)

Medida afetaria benefício às famílias de baixa renda do Minha Casa Minha Vida

TJLP

7,5

Selic

14.25%(meta)

TR

05/16

0,1533

0,7303

CDI (Mensal)

04/16

1,0544

3,2513

Prime Rate

04/16

3.25

3,25 (Previsto)

Fed fund rate

04/16

0.50

0,25 (Previsto)

Ouro (dólar) – Onça Troy – USD 1213.8 cotação do dia 31/05/2016

BOLSAS DE VALORES

PONTO

Ibovespa (BRA)

VARIAÇÃO FECHAMENTO (%)

48472

-1,01

Dow Jones (EUA) 16.027

-1,10

S&P 500 (EUA)

1.853

-1,42

Nasdaq (EUA)

4.948

0,29

DAX 30 (ALE)

10.263

-0,68

Merval (EUA)

11.400

0,00

cotação do dia anterior até 17h45min

Petróleo (dólar)/Brent Crude – barril – USD 49,76 em 31/05/2016

A

Paulo Roberto Schneider

No Vale do Taquari, são mais de 215 mil veículos nos 36 municípios. Isso representa em torno de 4% da frota estadual. Nas maiores cidades, chega-se à média de quase um carro por habitante. Frente à popularização dos automóveis, as estradas não seguiram essa expansão. As obras para melhoria das vias se resumem a operações tapa-buracos e, raramente, é feito o recapeamento. A gestão pública mostra incompetência para devolver os serviços dos quais cobra, e muito, da população. Com a incapacidade de garantir vias em condições, mais uma vez se apela para pedágios. O socorro depende do dinheiro do contribuinte. O motorista paga duas vezes. No licenciamento veicular obrigatório e na tarifa de pedágio. Um escárnio do poder público contra o contribuinte. Mesmo assim, não há garantia de qualidade das rodovias.

s restrições no orçamento da União fazem o governo interino rever despesas. Uma das propostas do pacote de ajuste fiscal proposto pelo ministro da Fazenda, Henrique Meireles, seria uma redução drástica no Minha Casa Minha Vida, com o corte de subsídios para as famílias mais pobres. A informação foi divulgada pelo jornal O Globo na sexta-feira, 28, após reunião entre Meireles e empresários do setor de construção civil, mas não foi confirmada pela União. O governo teria intenção de rever todo o programa, inclusive com mudança no nome, considerado uma das marcas da gestão petista. Diante do déficit de R$ 170 bilhões previsto no orçamento, a Fazenda pretende impedir a destinação de verbas do Tesouro Nacional, até o momento repassadas ao programa a fundo perdido. Em 2015, foram empregados R$ 11,8 bilhões do Tesouro em subsídios do Minha Casa Minha Vida. Se for colocada em prática, a medida inviabilizará a construção de conjuntos habitacionais populares semelhantes ao Residencial Novo Tempo, em Lajeado, e ao Nova Morada, em Estrela. Como estão em andamento, os projetos, que juntos beneficiariam 698 famílias, não devem ser afetados. Porém, o corte atingiria projeto da administração de Lajeado de construir outro loteamento por meio do programa. Conforme a Secretaria de Trabalho, Habitação e Assistência Social (Sthas), o governo procura terreno adequado para um conjunto com, no mínimo, cem unidades habitacionais. Para o diretor de construção do Sinduscom-VT, Jairo Valandro, a

THIAGO MAURIQUE

mudança, se confirmada, trará consequências ao setor. Porém, ressalta que o sindicato aguarda um pronunciamento oficial para se posicionar sobre o tema. “Tem muita conversa de bastidores, mas nada concreto.” Segundo Valandro, as restrições nas faixas com menor renda afetariam mais os projetos do poder público do que os empreendimentos privados.

Mudança de vida De acordo com a assistente social do município de Estrela, Tatiane Pereira de Oliveira, as faixas subsidiadas do Programa Minha Casa Minha Vida possibilitam melhorar a qualidade de vida da população de baixa renda. Técnica responsável pelo conjunto habitacional Nova Morada, acredita que o corte nos recursos seria um retrocesso. “É a chance que essas famílias têm de concretizar o sonho da casa própria”, avalia. Segundo ela, a maior parte dos beneficiados vive de favor, em locais insalubres, áreas de risco ou precisa

Quero acreditar que o governo vai repensar o programa para depois ampliá-lo Tatiane de Oliveira Assistente social de Estrela

Se for confirmada, medida inviabiliza conjuntos habitacionais semelhantes ao Novo Tempo, construído em Lajeado

pagar aluguéis caros. “Em Estrela, algumas pessoas com renda mensal de R$ 800 pagam até R$ 600 por mês para moradia, por isso, têm dificuldade para se manter”, ressalta. Para a assistente social, além de assegurar a habitação própria, o programa também garante infraestrutura antes inexistente. Segundo ela, o país passa por um momento importante de análise do programa. “Quero acreditar que o governo vai repensar o programa para depois ampliá-lo.”

Redução sistemática Na prática, o crescente déficit fiscal obrigou a União a reduzir os subsídios já durante o governo Dilma. Na primeira fase, o percentual empregado equivalia a 25% do volume contratado. O índice foi reduzido para 17,5% na segunda fase e para 10% na terceira, anunciada neste ano. Além do Tesouro, os investimen-

tos no setor são complementados com verbas do FGTS. Entre 2015 e 2016, o governo transferiu R$ 8,2

Comentário sobre a matéria “Maioria quer manter salários para 2017” 4

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União deve cortar subsídio habitacional Vale do Taquari

Salário Mínimo/2016 R$ 880,00

Cidades

A HORA · TERÇA-FEIRA, 31 DE MAIO DE 2016

Afeta a construção civil também, por consequência, afeta o Brasil.

região produtora, os caminhões são importantes para levar os bens para os grandes centros consumidores. No entanto, há todo um potencial inexplorado. A ferrovia é pouco usada e a hidrovia está desativada. Muito se fala em aproveitar melhor esses modais, mas pouco se faz. Nem mesmo a duplicação da BR-386 está pronta. Metas e prazos postergados para prejuízo de toda a sociedade. Diante desse quadro de baixa objetividade, urge a necessidade de se estabelecer uma agenda de prioridade de investimentos, na qual esteja definido o que de fato é imprescindível. Tornar a logística mais racional interfere tanto na segurança dos usuários das estradas quando na otimização dos gastos com transporte. Devido à falta de planejamento, verifica-se que a infraestrutura viária está despreparada para a crescente quantidade de veículos.

Comentários postados na página do facebook e no site do Jornal A Hora. Participe e deixe sua opinião.

Comentário sobre a matéria “União deve cortar subsídio habitacional”

Cotação do dia anterior até 17h45min, Valor econômico.

ÍNDICE

Buracos impedem tranquilidade no caminho

bilhões do Fundo para pagar obras atrasadas desde a primeira fase do programa.

SAIBA MAIS O Minha Casa Minha Vida é dividido em três categorias, separadas de acordo com a renda familiar. Caso sejam confirmados, os cortes afetarão as faixas 1 e 2, cujos financiamentos recebem subsídios com recursos do Tesouro Nacional. Faixa 1 Inclui empreendimentos habitacionais destinados às famílias com renda mensal bruta de até R$ 1,8 mil. Os valores dos imóveis variam de acordo com a localidade e o subsídio do governo pode chegar a até 90% do total. Pagamento ocorre em até 120 prestações mensais, com valor máximo R$ 270. Faixa 2 Destinado a famílias com renda mensal de até R$ 3,6 mil, tem subsídios que variam de acordo com os rendimentos e saldo do FGTS do beneficiário. Abatimento pode chegar a R$ 27,5 mil, e financiamento tem taxas que variam de 5,5% a 7% de juros ao ano. Faixa 3 Para famílias com renda bruta mensal entre R$ 3,6 mil e R$ 6,5 mil, não tem subsídios e oferece taxas de até 8,16% ao ano.

Me surpreende ter vereador(a) que não é capaz de opinar sobre algo de tamanha importância sem ter que consultar suas “bases” antes. Será que faz isso com tudo que tem relevância para a comunidade? É esse tipo de representante que não pode ou quer opinar conforme o que pensa que precisamos? Guilherme Cé

A HORA · TERÇA-FEIRA, 31 DE MAIO DE 2016

LEGISLATIVO DE LAJEADO

Maioria quer manter salários para 2017 Comissão de Finanças estuda projeto de lei para reajuste nos vencimentos dos agentes públicos. As primeiras conversas extraoficiais falam em aumento para R$ 9,4 mil, representando cerca de 35% a mais em relação ao valor atual. No entanto, maioria dos 15 vereadores diz ser contrária a qualquer acréscimo para a próxima legislatura. Desde 2004, salário aumentou 323% Lajeado

O

pagamento de salários a vereadores começou em 1977. Antes, só parlamentares das capitais recebiam subsídios mensais. Naquele ano, o então presidente da República, o general Ernesto Geisel, sancionou decreto estendendo o benefício para as demais cidades. A medida, que teria sido tomada para amenizar o fechamento do Congresso por meio do AI-5, gera polêmica até hoje. Em Lajeado, desde 2004, quando os vereadores recebiam R$ 2,1 mil mensais, o vencimento deles aumentou 323%, chegando aos atuais R$ 6,9 mil por mês. O maior acréscimo foi aprovado pela câmara em 2008, chegando a 55% de aumento. O valor pulou de R$ 2,9 mil para R$ 4,6 mil. Naquele ano, o reajuste do dissídio – referente aos vencimentos de todo

quadro do funcionalismo público municipal – foi inferior a 6%. Em 2016, os vereadores vão encaminhar, no terceiro trimestre, uma proposta para definir os vencimentos da próxima legislatura. Membro da Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara, Ildo Salvi (REDE) confirma ter sido procurado por colega da base da oposição lhe sugerindo reajuste para R$ 9,4 mil. Ele reitera não se tratar de proposta oficial, e se posiciona contrário ao valor. Presidente da comissão, Waldir Gisch (PP) não confirma o valor de R$ 9,4 mil, mas volta a ressaltar a necessidade de mudanças. Cita como exemplo o município de Estrela, cuja população não chega à metade de Lajeado, e onde os vencimentos dos vereadores são próximos aos dos lajeadenses – R$ 6,6 contra R$ 6,9 mil. Para ele, é preciso maior valorização dos parlamentares.

Creio que uma redução de 20% ou 30% seria viável. Só não dá para baixar a R$ 1 mil ou R$ 1,5 mil” Heitor Hoppe Presidente da câmara

“Não há qualquer valor definido. Ainda estamos analisando”, sustenta Gisch. Ainda de acordo com o presidente da Comissão de Finanças, a lei permite que cada vereador receba 40% dos vencimentos de um deputado estadual, cujo salário hoje é de R$ 25,3 mil. Com isso, os parlamentares poderiam ganhar até R$ 10,1 mil. “Mas não é preciso chegar a isso”, garante.

Maioria é contra o aumento Entre os 15 vereadores lajeadenses, 11 se posicionaram contra qualquer acréscimo salarial. Só dois declararam apoio a uma possível proposta de aumento. Além de Gisch, Círio Schneider (PP) tam-

bém se manifestou favorável ao reajuste. “Desde que seja algo pouco significativo. De acordo com os índices de inflação, por exemplo.” Eloede Conzatti (PT), não soube precisar se é contrária ou favorável. Diz apenas que consultará a bancada do partido antes de qualquer decisão. “Não tomarei nenhuma decisão antes de consultar minha base e a nossa bancada”, reitera. Sérgio Kniphoff, líder da bancada petista, foi o único a não responder à reportagem.

Só três apoiariam uma redução Apenas três parlamentares demonstram apoio a um pos-

AUMENTOS NOS ÚLTIMOS ANOS Aumento em relação ano anterior

Ano

Salário

2004

R$ 2,1 MIL

--

R$ 2,4 MIL

11,90%

2005 2006

R$ 2,6 MIL

9,00%

2007

R$ 2,8 MIL

2008

R$ 2,9 MIL

5,00%

2009

R$ 4,6 MIL

55,60%

2010

R$ 4,8 MIL

8,00%

5,00%

2011

R$ 5,2 MIL

7,00%

2012

R$ 5,5 MIL

6,50%

2013

R$ 5,7 MIL

2,80%

2014

R$ 6 MIL

6,00%

2015

R$ 6,4 MIL

6,00%

2016

R$ 6,9 MIL

8,00%

De 2004 até 2016, os aumentos dos vencimentos para os parlamentares lajeadenses alcançam um percentual

Erramos Diferentemente do publicado no dia 26 de maio, na matéria “Município transfere inauguração de creche ”, foi divulgado que a inauguração estava marcada para o dia 1° de junho. Na verdade, a abertura da escola será em julho, em dia ainda não agendado.


Opinião

A HORA · QUARTA-FEIRA, 1º DE JUNHO DE 2016

Fernando Weiss fernandoweiss@jornalahora.inf.br

A miséria do machismo

O

estupro coletivo da jovem de 16 anos, confirmado no Rio de Janeiro, é repugnante. Mais de 30 ‘marmanjos’ comemorando a desgraça alheia após deixarem “uma mina amassada”, como os próprios classificaram a selvageria. O vídeo que circulou pelas redes sociais, mostrando alguns dos estupradores se “gabando” em frente à jovem ferida e ensanguentada, provoca uma mistura de raiva e impotência. Raiva desse bando de homem insano, nojento que, se não bastasse abusar da moça, posta vídeo na internet para escancarar a desgraça. Impotência nasce da estatística nacional: a cada 11 minutos, uma mulher é violentada no Brasil. Significa dizer que, enquanto você está lendo este jornal, provavelmente uma mulher está sendo espancada ou estuprada em algum dos recantos deste Brasilzão. A reação da sociedade, expressa em protestos e manifestações pelas ruas do país no fim de semana, é alento diante das estatísticas que não podem ficar assim. Os números são aterradores. Cada um deles embute uma pequena tragédia. A do Rio de Janeiro chocou o país. Tomou proporções nacionais e mundiais após a

“A barbárie, como bem notamos, está presente no inconsciente coletivo das sociedades machistas que culpam as vítimas. Quem usa saia curta, decote ou namora traficante se sujeita a ser estuprada. Uma lógica perversa e deturpada.”

jovem ter coragem de contar a barbaridade aos pais – um funcionário público e uma pedagoga – e à polícia. Infelizmente nem sempre é assim. Pelo contrário. Premidas pelo choque e pela vergonha, apenas 35% das vítimas levam os casos às autoridades. Sofrem quietas, engolem a dor e deixam impunes esses criminosos que deveriam ser enjaulados. No caso do Rio de Janeiro, punidos com prisão perpétua.

Ainda bem que o feminismo é o maior movimento social do século XX, e cumpre uma função civilizatória. A evolução conquistada nas últimas décadas é fruto dessa inquietação, mas ainda distante do ideal, como bem comprova a estatística da violência contra a mulher, que não se limita ao estupro. A barbárie, como bem notamos, está presente no inconsciente coletivo das sociedades machistas que culpam as vítimas. Quem usa saia curta, decote ou namora traficante se sujeita a ser estuprada. Uma lógica perversa e deturpada. Se isso explicasse o abuso, não haveria estupros em câmpus de universidades, em festinhas da elite ou dentro de casa. Resta fortalecer os movimentos feministas e apostar na educação, de casa e das escolas, como forma de reduzir os índices em médio e longo prazo. Mas o investimento em educação precisa ser acompanhado do rigor da lei. A impunidade gritante encoraja outros a se sentirem mais machos com os estupros. Tanto quanto a luta pelos direitos civis e o combate a todas as formas de violência, o feminismo é uma causa que envolve valores essencialmente humanistas. Ou seja, é uma causa de todos nós, assim como tantas outras.

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Recuo inteligente A decisão dos vereadores de Lajeado, conforme reportagem publicada ontem pelo A Hora, de negar aumento no salário, é uma resposta às críticas que inundaram as redes sociais no fim de semana. Bem que declinaram dessa

ideia louca de elevar salário para R$ 9,4 mil. Era só o que faltava. Resta uma pergunta: não fosse a imprensa antecipar o assunto e dar luz enquanto ainda corria nos bastidores, os vereadores teriam tido a mesma reação a respeito?

RODRIGO MARTINI

Cercadas de polêmicas e suspeitas de irregularidades, as obras do PAC são o retrato de como o serviço público insiste em atrapalhar a vida das pessoas

PAC empacou Desgraça anunciada. Essa ação civil pública, ajuizada pelo Ministério Público Federal contra o governo de Lajeado, Caixa Federal e a empresa Giovanella, fora premeditada. As obras do PAC empacaram de vez. A polêmica e os indícios de irregularidades se espalham desde a abertura do processo, firmado em maio de 2015. O prejuízo estimado pelo MPF em virtude dos erros soma R$ 2,6 milhões. Segundo aponta a promotoria, houve “irregularidades em todas as fases do programa, desde o edital, contrato, identificação de sobrepreço, fiscalização das obras, alteração e omissão de itens do projeto executivo – sem justificativa –, indícios de direcionamento da contratação do consórcio vencedor do processo

licitatório e desembolsos de serviços desnecessários ou que não seriam executados”. Será que agora o governo de Lajeado continuará mirando a imprensa – leia-se jornal A Hora – de produzir conteúdo sensacionalista e parcial? Nada melhor que o tempo e os órgãos de Justiça para mostrar o valor do jornalismo de qualidade, sem rabo preso e nem a serviço de partido, governo ou instituição. Só penso nos moradores destes bairros contemplados com as obras. Alimentaram sonho de ter asfalto em frente às casas e agora se veem iludidos por governantes que não souberam – ou não quiseram – conduzir as coisas dentro das regras e das leis vigentes. Em alguns momentos, parece que Lajeado é Brasília.


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A HORA · QUARTA-FEIRA, 1º DE JUNHO DE 2016

Na rua Pedro Petry, calçada está incompleta e buracos surgem na via. Lá, MPF aponta mais de R$ 20 mil de cobrança indevida com “transporte de material escavado”

OBRAS VIÁRIAS DO PAC

Moradores cobram explicações sobre a suspensão A ação ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) gera incertezas. Proprietários de imóveis localizados em vias com obras inacabadas se queixam dos serviços parados e questionam o governo de Lajeado. Assessoria jurídica encaminhará defesa contra o pedido do procurador-geral da República, que sugere a suspensão do contrato por suposto superfaturamento Lajeado

“I

sso aqui está uma vergonha. Um caos.” É assim que Erni Verruck, 76, define a situação da rua Pedro Petry, no bairro Universitário, onde as obras de pavimentação pelo PAC estão paradas faz quase meio ano. Buracos, desníveis, erosões e calçadas inacabadas geram série de reclamações por parte dele e de vizinhos. Lá, o MPF aponta pelo menos R$ 22,5 mil em valores pagos indevidamente às empresas. A rua é uma das principais ligações entre a ERS-130 e a av. Benjamin Constant, e segundo o morador, o fluxo de automóveis e caminhões é grande. Conforme Verruck,

O que foi feito é de boa qualidade. [...] Mas, não sei o que fizeram de errado que parou. Erni Verruck Morador da rua Pedro Petry

o governo não estaria cobrando nada pelas obras. Nada foi assinado, diz ele. Diante disso, sugere uma união entre outros moradores para, ao menos, finalizar os serviços inacabados. “O que foi feito é de boa qualidade. Os pré-moldados, os bueiros. Foi tudo muito bem conduzido na minha opinião. Mas, não sei o que fizeram de errado que parou. Estamos acostumados a sofrer e esperar.” Outro morador daquela via, Pedro Künzel, lembra das promessas feitas pelo governo no início das obras, ainda em 2015. “Prometeram que ela estaria pronta em outubro. Mas no fim do ano já estava parado. Agora fica água parada e esses buracos todos. É falta de vontade e de trabalho. E no

fim do ano vem o carnê do imposto para eu pagar”, comenta. Assim como na rua Pedro Petry, as obras também estão incompletas na rua Arnoldo Uhry, no bairro Jardim do Cedro. Moradores próximos reclamam da insegurança da via, cuja camada de brita solta já teria causado acidentes entre veículos. “Meu marido precisa passar por ali todos os dias para ir ao trabalho. É um risco. E quando chove fica ainda pior. Muita lama e buracos”, reclama Jacira da Silva Pereira. Já em um pequeno trecho da av. Amazonas, próximo ao entroncamento com a rua Bento Rosa, no bairro Carneiros, as obras sequer iniciaram. Morador daquela via faz 50 anos, Elemar Reckziegel não acredita


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A HORA · QUARTA-FEIRA, 1º DE JUNHO DE 2016

Reportagem e fotos: Rodrigo Martini

no fim das obras em 2016. “Fui em duas ou três reuniões em casa. Com secretários, como Auri Heisser (Governo) e Nelson Noll (ex da Administração). Não deram prazo. Mas disseram que esse ano era certo. Agora já foi.” A ação civil pública ajuizada pelo procurador da República, Cláudio Terre do Amaral, pede o rompimento do contrato firmado com as empresa Construtora Giovanela e Coesul, e ainda a anulação do edital de licitação. As suspeitas são de superfaturamento no valor de R$ 20,5 milhões das obras e direcionamento da concorrência pública ao consórcio vencedor. Além das empresas, a ação também é contra o Executivo e a Caixa Econômica Federal (CEF), essa, responsável pelo financiamento dos recursos federais. O MPF, após trabalho pericial, aponta uma série de irregularidades no projeto e ainda na execução dos serviços. O possível prejuízo aos cofres do município ultrapassa a cifra de R$ 2,6 milhões, segundo Amaral. Se a Justiça acatar o pedido do procurador-geral, as obras sob responsabilidade do consórcio serão suspensas definitivamente. Após, será necessário um processo de licitação para firmar novo contrato de serviços. Na inicial do MPF, Amaral também exige a condenação do governo municipal e das empresas, solicitando que ambos restituam os cofres públicos.

Acarretará em dano ao erário que ultrapassará R$ 2,6 milhões

Obras na av. Amazonas são prometidas desde 2012, afirma o morador Elemar Reckziegel

apreciação do prefeito de Lajeado, não há nos autos documentos que expresse a manifestação do chefe do Executivo municipal acerca da questão. Contudo, interfere-se, com certeza, que a decisão do prefeito não foi pela correção do edital, uma vez que o certame prosseguiu até a celebração do Contrato nº 054-03/2015

O que cita a defesa da CEF Na íntegra da ação civil pública, a CEF se defendeu por meio de ofício. Argumentou que as obras do contrato firmado com Lajeado “são financiadas com recursos do FGTS, constituindo recursos de fonte onerosa, e que obras e serviços financiados por essa fonte não são afetados pelos limites e/ ou critérios da LDO, aprimorados no Decreto no 7.983/2013, razão pela qual não seria aplicável para o caso a metodologia utilizada pelo serviço pericial do MPF no laudo técnico e no parecer récnico, com preços referencias da tabela Sinapi, na apuração do percentual de sobrepreço no referido contrato. Ademais, finaliza destacando que

o percentual de 10% adotado pela Caixa nas operações FGTS é resultado de décadas de experiência daquela instituição e do ex-BNH nas análises de orçamentos de obras de saneamento e infraestrutura urbana.”

O que diz a administração municipal Questionada sobre as ações a serem tomadas, o Executivo encaminha nota citando que “desde o final de 2015, o município de Lajeado busca uma alternativa à paralisação das obras do PAC 2. Neste

processo, o MPF havia alertado para possível judicialização da matéria, visto que há interesses defendidos pelo próprio órgão (no exercício de suas atribuições), pelo município (para a execução da obra), pela CEF (que financia) e pelo próprio Consórcio (que executa a obra). Uma vez proposta a Ação Civil Pública, é nela que o município fará a defesa da necessidade do prosseguimento dos trabalhos, bem como do prejuízo crescente com a paralisação. Será apresentada defesa escrita, acompanhada de análise técnica sobre os pontos questionados pelo MPF na inicial.”

ALGUNS ITENS COM SOBREPREÇO, SEGUNDO O MPF

o qual apresenta a possibilidade de cobranças e pagamentos que somam R$980.676,59 (novecentos e oitenta mil, seiscentos e setenta e seis reais e cinquenta e nove centavos) por serviços de transporte não executados, ou seja, indevidos:

Item do contrato

Preço unitário do contrato

Total do contrato

Preço unitário para o MPF

Total para o MPF

Concreto betuminoso usinado a quente

R$ 532,26

R$ 3,2 milhões

R$ 483,89

R$ 2,9 milhões

Execução de base brita graduada

R$ 110,18

R$ 2,5 milhões

R$ 100,18

R$ 2,3 milhões

Calçada de concreto

R$ 76,61

R$ 2,4 milhões

R$ 66,19

R$ 2 milhões

Limpeza final da obra

R$ 1,70

R$ 147,5 mil

R$ 1,36

R$ 117,9 mil


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A HORA · QUARTA-FEIRA, 1º DE JUNHO DE 2016

Vereadores convocam beneficiários do Nova Morada

Política

ESTRELA – O sorteio da localização das famílias selecionadas para os loteamentos Nova Morada I e II foi o principal tema abordado pelos vereadores na sessão de segunda-feira, 30. Os parlamentares lembraram que os beneficiários precisam estar

presentes durante a atividade, que ocorre na sexta-feira, 3, a partir das 8h. Antes da reunião, a tribuna livre foi ocupada por representantes da Cruz Vermelha, que falaram sobre as atividades desenvolvidas pela entidade na região.

Vereadores recebem proposta da LDO Secretário da Fazenda do município encaminhou projeto de lei ao presidente Câmara de Lajeado

RODRIGO MARTINI

PAC e ação do MPF

O

governo municipal encaminhou, nessa terça-feira, o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) referente ao ano de 2017. A matéria foi entregue pelo secretário da Fazenda (Sefa), José Carlos Bullé, e recebida pelo presidente do Legislativo, o vereador Heitor Hoppe (PT). A proposta sugere um orçamento de R$ 291,6 milhões. A matéria apresenta as metas para o ano de 2017, com a inclusão das despesas de capital para o exercício financeiro do próximo ano e orienta a elaboração da Lei Orçamentária Anual (LOA). “Vamos encaminhar este importante projeto, que sabemos ter sido elaborado por profissionais competentes e qualificados, para análise dos vereadores”, ressalta Hoppe. A tramitação dentro do Legislativo pode levar até 30 dias, conforme a Lei Orgânica Municipal. Bullé destaca que o projeto foi entregue dentro do prazo legal e é um “rascunho” para a produção da LOA. “Os vereadores devem analisar e podem fazer emendas, mas sempre observando os critérios técnicos para não comprometer a viabilidade do

Adi Cerutti (falando) critica o secretário de Governo, Auri Heisser, e garante haver mais indícios de sobrepreço no PAC

projeto”, afirmou. O projeto será encaminhado para a Comissão de Justiça e Redação e, após, para Comissão de Finanças e Orçamentos. Ambas terão que respeitar prazo de 30 dias para colocá-lo em votação no plenário.

Projetos aprovados Três propostas de lei foram

aprovadas na sessão de ontem. O primeiro deles autoriza o Executivo a abrir crédito especial de R$ 74 mil. O valor servirá para a compra de um veículo de sete lugares para o Conselho Municipal de Entorpecentes (Comen). Outro projeto, de autoria do vereador Carlos Ranzi (PMDB), altera o mapa do uso de solo de uma área do bairro Moi-

nhos d'àgua. Por fim, os vereadores aprovaram, mediante acordo entre líderes de bancada, o projeto que autoriza convênio com a Apae. Com isso, a entidade receberá recursos oriundos do Fundeb, na ordem de R$ 234 mil, em doze parcelas, para manutenção e custos necessários para o funcionamento da instituição de saúde.

Parlamentares debateram a ação do Ministério Público Federal (MPF) contra o município, que cobra a anulação do contrato e do edital das obras de pavimentação viária de 14 ruas por meio do PAC. Sérgio Knipoff (PT) fala sobre os valores já pagos ao consórcio de empresas. “Até o momento foram pagos R$ 4 milhões dos R$ 20,5 milhões.” Para ele, os responsáveis precisam ser punidos. Adi Cerutti, responsável pelas denúncias que culminaram com a ação do MPF, respondeu ao secretário de Governo, Auri Heisser, que lhe criticou em programa de rádio. “Ele diz que tenho pouca inteligência. Mas certas pessoas consideradas muito inteligentes estão presas hoje”, comenta, se referindo aos políticos e empresários presos na Operação Lava-Jato, da Polícia Federal. Já Djalmo da Rosa (PMDB) critica a suspensão das obras, defende o governo municipal e lamenta possíveis prejuízos aos moradores das ruas onde as obras estão inacabadas. Por fim, Antônio Schefer (PMDB) rebate o colega de partido. “A culpa é do chefe. De quem assim. E o povo vai pagar por essa roubalheira.”

Senado aprova aumento de pena para estupro coletivo País O plenário do Senado aprovou ontem, por unanimidade, projeto de lei que tipifica os crimes de estupro coletivo e de divulgação de imagens desse tipo de crime. A decisão ocorreu uma semana após a divulgação de caso envolvendo uma adolescente de 16 anos estuprada por 33 homens no Rio de Janeiro. Pela proposta, de autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), a pena para o cri-

me de estupro praticado por duas ou mais pessoas será aumentada de um a dois terços. Relatora da matéria, a senadora Simone Tebet (PMDB-MS) afirma que o crime é mais em relação aos demais praticados contra a dignidade sexual. “A pluralidade de agentes importa, além da covardia explícita e da compaixão inexistente, em ainda mais sofrimento físico e moral, medo e humilhação para a vítima”, argumenta. Uma emenda da relatora

transforma em crime, com pena de reclusão de dois a cinco anos, oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de estupro. “A divulgação do estupro e sua virtual e eterna permanência na internet não gera apenas prejuízos morais à vitima”, avalia. Segundo ela, a divulgação perturba o convívio familiar, desestabiliza as relações sociais, deixa seque-

las em futuros relacionamentos amorosos e na imagem que a vítima buscará construir a respeito de si mesma. A matéria estava na pauta da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, mas o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), propôs a apresentação de um requerimento assinado pelos líderes para que a votação fosse levada diretamente ao plenário. O texto segue agora para apreciação da Câmara dos Deputados.

De acordo com o Artigo 213 do Código Penal, constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a praticar sexo ou a praticar ou permitir que com ele se pratique está sujeito à prisão de seis a dez anos. Se da conduta resultar lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 anos ou maior de 14 anos, a pena passa a ser de oito a 12 anos. Se da conduta resultar na morte da vítima, passa a ser de 12 a 30 anos de prisão.


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Exército reforça fiscalização de explosivos Operação Dínamo IV teve participação de 45 militares de Santa Cruz do Sul MARCELO GOUVÊA

Estrela

U

m grupo de 45 militares do 7º Batalhão de Infantaria Blindado, sediado em Santa Cruz do Sul, iniciou a Operação Dínamo IV, ontem, em dois pontos da estrada de São Jacó. Ação, coordenada pela Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC) e pelo Comando da 3ª Região Militar, deve se estender até amanhã. As atividades dos pontos de controle de tráfego desenvolvidas em Estrela foram encerradas no fim da tarde. Eles foram escolhidos pela existência da fabricante de explosivos Dinacon, anexa à Conpasul. No município, assim como nas outras 74 cidades, as ações foram feitas pelo Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados (SFPC) e outras 14 unidades militares. Os

militares atuaram em parceria com fiscais fazendários estaduais e órgãos de segurança pública locais. Durante a ação, foram fiscalizados veículos com a identificação de transporte de explosivos ou itens relacionados. Neles, os militares confrontavam os itens descritos na nota fiscal com a carga transportada. Além de possíveis irregularidades, a medida tentava identificar possíveis sobras dos produtos e mapear o fluxo dos materiais no estado. O comandante da 3ª Região Militar, general Valério Stumpf Trindade, salienta a importância da ação para a segurança dos Jogos Olímpicos deste ano, no Rio de Janeiro. Em nota, destaca o papel da operação no aprimoramento da mobilização industrial, assim como qualidade da produção nacional de explosivos, proteção dos interesses nacionais em áreas como economia, defesa militar, ordem, segurança e

nante no estado. Também foram recolhidos 178 metros de estopim e 57 retardadores. O material estava sendo vendido de forma irregular ou armazenado de maneira imprópria.

Saiba mais

Transportadores passaram por vistoria em dois pontos em São Jacó

tranquilidade pública. Por lei, a fiscalização de explosivos e produtos correlatos é atribuída ao Exército. O uso é restrito a pessoas ou empresas habilitadas. Os veículos que transportam o ma-

terial precisam ser identificados. Durante a Operação Dínamo III, em novembro de 2015, foram apreendidas mais de 2,6 toneladas de explosivos, além de 679 espoletas e 3,2 mil metros de cordel deto-

Segundo a 3ª Região Militar, no RS, atuam um fabricante de material explosivo e dois distribuidores. Pelo histórico de atuações, entre as irregularidades mais comuns constatadas, estão materiais armazenados acima da quantidade autorizada, condições de segurança deficientes dos depósitos (paióis), desacordo entre quantia de material estocado em desacordo ou sem documentação. Itens como data de validade expirada, armazenamento inadequado, produtos transportados sem a guia de tráfego expedida pela fiscalização militar também foram constatados.


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Cidades

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Total de fumantes reduz 33,8% em dez anos Pesquisa mostra que campanhas e leis antitabaco diminuem riscos do tabagismo ANDERSON LOPES

País

cido, ampliando ações educativas de prevenção.

L

evantamento realizado pelo Ministério da Saúde aponta redução no número de fumantes. Divulgada ontem, no Dia Mundial Sem Tabaco, a pesquisa aponta redução de 33,8% no número de fumantes adultos entre 2005 e 2015. Entre os motivos para a mudança do hábito, estão a criação de campanhas antitabagismo e as leis que restringiram o fumo em locais públicos. A proibição das propagandas e o aumento progressivo no preço dos cigarros também contribuem para a redução. Natural de Progresso, Ercílio Vedoy, 54, fumou por mais de 25 anos e, há cinco, decidiu parar. A mudança resultou melhor qualidade de vida. “A principal diferença é que me sinto mais tranquilo”, alega. Mesmo sem fumar, Vedoy convive diariamente com o tabaco. Trabalhador na linha de produção de uma fumageira no Vale do Rio Pardo, considera a cultura importante para a economia regional. Além disso, tem quatro filhas fumantes. “Sou favorável à produção, pois muitos agricultores e trabalhadores dependem da atividade. Mas como faz muito mal à saúde tento convencer minhas filhas a parar”, afirma. Ele também defende a lei federal antifumo, aprovada em 2011 e sancionada em 2014, que proíbe fumar em locais públicos. “Não tenho nada contra o vício de cada um, mas não é certo que outras pessoas respirem fumaça”, pontua. A opinião é a mesma de Natália Furtado, 40. Moradora de

Maior índice na adolescência

Política de preços mínimos, proibição de propaganda e leis restritivas resultaram na redução dos índices de tabagismo

Boqueirão do Leão, considera que a lei ainda é branda em caso de descumprimento. “As restrições são importantes, mas é preciso estipular alguma punição”, considera. Conforme a lei, pessoas flagradas fumando em local proibido recebem apenas uma advertência verbal. Apesar disso, Natália percebe aumento no número de amigos e parentes que deixaram de fumar após a determinação.

Ambientes fechados Se a proibição do hábito de fumar em locais públicos, mesmo em áreas abertas, vigora desde 2014, no caso dos ambientes fechados, a restrição começou em 2009. Em outubro daquele ano, foi aprovada lei estadual impedindo o fumo em locais de trabalho, restaurantes, bares, hotéis, bancos, supermercados e casas noturnas.

Proprietário de uma casa especializada em rock and roll, TJ Kuhn afirma que o ambiente no bar melhorou muito após a proibição. Segundo ele, alguns clientes ainda tentam burlar a regra, principalmente no fim da noite. “Muitos rockeiros fumam, talvez a maioria, e isso me deixava de cabelos em pé quando tinha que pedir para o pessoal não fumar. A lei me deu uma forcinha”, avalia. O tabagismo também fez parte da vida de Kuhn, que deixou o vício faz sete anos, depois de várias tentativas. “O corpo vai melhorando aos poucos. No início não sentia a melhora. Mas quando voltava a fumar percebia a diferença”, lembra. A restrição em locais fechados também é defendida pela estudante Jéssica da Silva, 25, que sofre de rinite. “Já fumei quando era mais

nova e sei o quanto o fumo passivo prejudica pessoas que têm problemas respiratórios”, ressalta. Para ela, seria importante também proibir que adultos fumem perto de crianças, por serem altamente influenciáveis.

Políticas de restrição Além de impedir o tabagismo em locais públicos, a União estabeleceu outras medidas para desestimular o vício. Uma delas foi a política de preços mínimos, aumentando impostos e o valor de venda dos artefatos de tabaco. O Ministério da Saúde também ampliou ações de prevenção com atenção especial aos grupos mais vulneráveis, que incluem jovens, mulheres, população de menor renda e escolaridade, indígenas e quilombolas. O Programa Saúde na Escola (PSE) também foi fortale-

Os dados do Ministério da Saúde mostram que o número de adolescentes que experimentaram o cigarro é maior em relação à população adulta. Enquanto 18,5% dos brasileiros de 12 a 17 anos afirmam terem fumado pelo menos uma vez, o índice cai para 10,4% na população com 18 anos ou mais. O estudo ouviu 74.589 adolescentes de 1.251 escolas em 124 municípios. A Região Sul foi a que apresentou os maiores índices de tabagismo antes da maioridade. Conforme a pesquisa, 23,3% dos adolescentes do RS, SC e PR já experimentaram cigarro.

Consequência do tabagismo •23 pessoas morrem por hora em decorrência do cigarro •O fumo é responsável por 25% das mortes por doença coronariana

•85% das mortes são causadas por bronquite e enfisema

•90% dos casos de câncer no pulmão

•30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer •25% das doenças vasculares

Prevenção ao câncer marca Maio Vermelho SMEC contrata professor Encantado de Educação Física Uma equipe da Secretaria da Saúde e Meio Ambiente realizou ontem atividade em alusão ao Dia Estadual da Prevenção ao Câncer de Boca. A ação, que ocorreu no centro, levou profissionais da área odontológica da secretaria para distribuir panfletos e orientar os

moradores. Também foram entregues 200 flores vermelhas de EVA, semelhantes ao símbolo da campanha estadual Maio Vermelho, confeccionadas pelos integrantes das oficinas terapêuticas realizadas nos postos de saúde da Faterco e de Jacarezinho. A campanha Maio Vermelho tem por objetivo a prevenção

e o diagnóstico precoce da doença. Em todos os postos de saúde, as equipes odontológicas realizam avaliações bucais e orientam sobre saúde bucal. Os interessados podem se dirigir aos postos de saúde das 7h30min às 11h30min e das 13h às 17h. A avaliação é rápida e não precisa marcar horário.

Teutônia A Secretaria de Educação (SMEC) abriu inscrições para o processo seletivo simplificado para a contratação em caráter emergencial de professor de Educação Física. As inscrições podem ser feitas

na Secretaria de Educação, sala 7 do Centro Administrativo, até 3 de junho, das 7h30min às 11h30min e das 13h às 17h. Mais informações estão disponíveis em www.teutonia.com.br (Portal da Transparência) ou pelos 3762-7700 e 3762-7770.


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Cidades

A HORA · QUARTA-FEIRA, 1º DE JUNHO DE 2016

Audiência discute carências na telefonia Reunião organizada por comissão da Assembleia Legislativa ocorre em Teutônia Qualidade da telefonia em debate Com o intuito de discutir os problemas em Poço das Antas e na região, uma audiência pública é organizada pela Comissão de Defesa do Consumidor e Assembleia Legislativa. O encontro ocorre às 19h de amanhã, no Colégio Teutônia. De acordo com um dos organizadores, deputado Enio Bacci, o

objetivo da audiência pública é mapear as áreas com problemas em todo o RS. Posteriormente, esses dados serão cruzados com o Procon. “Depois disso vamos trabalhar questões relacionadas à legislação.” Para a audiência pública em Teutônia, foram convidadas autoridades regionais, representantes das empresas prestadoras de serviço e da comunidade.

PESQUISA EVIDENCIA INSATISFAÇÃO 8

A HORA · SEXTA-FEIRA, 12 DE DEZEMBRO DE 2014

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A HORA · SEXTA-FEIRA, 12 DE DEZEMBRO DE 2014

Reportagem: Renata Agostini

Colaboração: Ezequiel Neitzke

Detalhes do levantamento

investirem em melhorias nos serviços para a região.

Telefonia fixa:

Motorista levava recados

FOTOS RENATA AGOSTINI

Um dos mais afetados pela má qualidade é Poço das Antas. Estima-se que 70% das pessoas não conseguem usar o celular

Vale do Taquari

C

om uma população de dois mil habitantes, Poço das Antas é um dos municípios do Vale do Taquari mais prejudicados com os transtornos na telefonia móvel. Conforme dados do Executivo, 70% da população não consegue utilizar o celular em casa. A maior carência de sinal é registrada nas localidades de Boa Vista, Santa Inês, Frizenberg e Kaisenberg. Para conseguir fazer ligações com o telefone móvel, moradores utilizam

antenas externas. Em 2009, a operadora Claro

A situação aqui é crítica. Se sair do centro, não se pega mais sinal no celular Euzébio Ludwig secretário de Obras de Poço das Antas

instalou uma antena no município, mas os problemas continuaram. “A situação aqui é crítica. Se sair do centro, não se pega mais sinal no celular”, destaca o responsável pela Secretaria de Obras, Euzébio Ludwig. O Executivo se mobiliza e encaminha às operadoras pedidos de melhorias no serviço. Porém, o secretário da Administração, Hilberto Machado, destaca as dificuldades em conseguir um retorno. “As empresas sempre dizem que a demanda não é grande. Teria de ter mais autoridades reunidas para pressioná-las.”

Famílias, como a de Auler, de Marques de Souza, são prejudicadas pela precariedade dos serviços de telefonia e internet. A falta de sinal em linhas móveis dificulta a comunicação e causa incômodos à comunidade. Entidades regionais organizam movimento para cobrar mais qualidade das operadoras

Relatório aponta falhas no sistema de telefonia

A Escola Estadual Severino José Fraire ficou sem telefone fixo por mais de um ano. Segundo a diretora Marlise Becker, a situação mudou graças à doação de rádios transmissores da antiga central telefônica.“Dependíamos do motorista do ônibus escolar para mandar recados ao município, que intermediava a conversa com a 3ª CRE.” O próximo passo é melhorar a internet no laboratório, lenta e com constantes quedas. Outros moradores da localidade de Linha Atalho relatam dificuldades. O suinocultor Nelson Brandt, 64, está sem telefone fixo faz mais de oito anos e a oscilação de sinal do aparelho celular dificulta o contato com os filhos que moram na cidade. Em casos de urgência, precisa recorrer aos vizinhos, a mais de 400 metros de distância. “Eu e a mulher moramos sozinhos, não resta outra saída.” Imigrante. O município estima que menos da metade da área tenha sinal de celular. Há apenas uma operadora na cidade. A constante oscilação de sinal prejudica os usuários. Para melhorar o contato no interior, uma empresa privada substitui as antigas centrais telefônicas por linhas fixas individuais. “O processo é lento e ainda pouco eficiente”, avalia o vice-pre-

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municípios não têm telefonia fixa em localidades rurais (46,4% dos municípios)

Telefonia móvel:

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Oscilação no sinal da internet prejudica o uso do laboratório escolar

feito, Charles Porshe. De acordo com ele, a internet funciona apenas no centro e no bairro Daltro Filho. Apesar dos frequentes pedidos de melhorias às operadoras, o Executivo continua sem respostas. Roca Sales. O presidente do Legislativo, Paulo Koste, salienta

a falta de sinal de celular e internet em quase todas as comunidades. O problema se alastra pelo interior. “O Vale não está sendo tratado da maneira como deveria, pela produtividade que tem”, enfatiza. Para mudar a situação, vê a união dos municípios como principal alternativa.

– municípios têm todas as operadoras (Vivo, Oi, Tim, Claro) – Todas as operadoras têm serviço considerado regular – A Claro teve indicação de melhor qualidade, com cinco respostas positivas, seguida da Vivo, com quatro

81,68%

– consideram o sinal das operadoras regular, ruim ou péssimo – De modo geral, entidades e municípios sugerem a instalação de mais antenas para aumentar a cobertura do sinal

Internet:

Mobilização gera mudanças Encantado. A audiência pública em novembro, com a operadora Vivo, gera os primeiros resultados na cidade. Até o fim do ano, a empresa se comprometeu a instalar um rádio base, na tentativa de melhorar o sinal de telefonia móvel. Na quarta-feira, representantes da prestadora de serviços estiveram na câmara de vereadores para tratar do assunto com os vereadores. O grupo recebeu uma cópia das reivindicações, entregues também para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e Ministério Público (MP). Entre os itens elencados, há falta de sinal, ruídos nas linhas, danos constantes, demora no conserto e falhas na assistência.

28

– Dos municípios participantes, 22 têm internet por cabo, 27, via rádio, 28, por 3G e cinco, via satélite

12% indicam o serviço como ruim, 52,44% como regular e 40,24% como bom –

– O serviço que melhor atende aos usuários é a cabo Não responderam ao questionário: Colinas, Cruzeiro do Sul, Dois Lajeados, Doutor Ricardo, Forquetinha, Nova Bréscia, Roca Sales e Tabaí.

*Fonte: Codevat

Levantamento feito pelo Codevat apresenta resultados preocupantes quanto à prestação dos serviços de telefonia convencional, móvel e celular na região. Metade dos municípios não tem acesso às linhas fixas. Em 23 das 36 cidades, o serviço móvel é considerado regular ou ruim pelos usuários. Vale do Taquari

U

sar o telefone continua uma tarefa difícil para a família de Osmar Auler, 44. Morador de Linha Atalho, em Marques de Souza, ele e a maioria dos vizinhos não têm acesso aos serviços de telefonia móvel ou internet e as linhas fixas são precárias. Em recuperação de uma cirurgia, percorre o pátio de casa na busca por sinal de celular. Os dois aparelhos, dele e da mulher Luciana, 32, dificilmente rece-

bem chamadas. “Nunca tem sinal”, diz Auler. O problema dificulta o contato com familiares e com a empresa, para a qual vendem o leite produzido na propriedade. A falta de internet também afeta os estudos da filha Daiana, 13. Mesmo com o notebook novo, a menina precisa se deslocar por cinco quilômetros até o centro para fazer trabalhos e pesquisas da escola. Na tentativa de melhorar a situação, a família instalou uma antena externa faz dois meses. Esta, porém, serve apenas à tele-

Mais de 80% dos municípios reclamam da qualidade do sinal. Isto é inadmissível.” Cíntia Agostini Presidente do Codevat

fonia fixa e, por vezes, apresenta ruídos. “Estamos sempre lidando com isso. Nada funciona direito”, reclama Auler. A maioria dos municípios da região enfrenta dificuldades semelhantes à da família de Marques de Souza. Para identificar as condições e atendimentos dos serviços de telefonia fixa, móvel e internet pela região, o Codevat realizou um levantamento entre outubro e novembro. Dos 36 municípios, 28 responderam ao questionário. Segundo a presidente do Conse-

lho, Cíntia Agostini, chama atenção a falta de redes fixas de telefonia na área rural. Segundo ela, 46,5% das cidades não dispõem do serviço. Outro resultado alarmante é a avaliação regular ou péssima quanto à linha de celulares. “Mais de 80% dos municípios reclamam da qualidade do sinal. Isto é inadmissível”, enfatiza. Com base no relatório, Cíntia pretende convocar entidades regionais para debater a situação. A partir da mobilização dos municípios e instituições, o grupo pressionará as operadoras para

O debate sobre as falhas no sistema de telefonia é recorrente na região. Em dezembro de 2014, o Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat) divulgou uma pesquisa sobre o assunto. Das 28 cidades que

responderam o questionário, 81,6% apontaram o sinal oferecido pelas operadoras como regular, ruim ou péssimo. Quanto à telefonia fixa, foi constatado que 46% dos municípios não tinha o serviço no interior.


Cidades

A HORA · QUARTA-FEIRA, 1º DE JUNHO DE 2016

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Estradas gaúchas estão entre as piores Estudo mostra mais de 2 mil quilômetros em condições péssimas ou ruins no estado ANDERSON LOPES

Estado

A

Confederação Nacional do Transporte (CNT) lançou na segunda-feira, 30, estudo anual sobre as condições das rodovias brasileiras. A entidade avaliou mais de cem mil quilômetros de estradas e aponta que o RS tem a segunda pior malha rodoviária do país, atrás apenas de Minas Gerais. A constatação da CNT faz parte da realidade do caminhoneiro Valmir Dahmer. Com 59 anos, conhece as estradas brasileiras desde os 14, tendo passado por todos os 24 estados. “As rodovias gaúchas são um caso à parte.” Morador de Araranguá (SC), diz que a diferença é gritante entre os dois estados. “Os perigos são maiores no RS. São muitos buracos, poucas duplicações e existem graves problemas de sinalização.” Dahmer também reclama da falta de locais de descanso para os motoristas e dos frequentes roubos de cargas. Segundo ele, as dificuldades não fazem sentido diante da quantidade de rodovias pedagiadas no estado. “São os pedágios mais caros do Brasil e os que dão menos retorno em termos de conservação das rodovias.” Motorista de caminhão faz 34 anos, Hugo Ulrich diz que a situação das estradas gaúchas piora a cada ano, mesmo com os pedágios. “Só servem para tirar dinheiro, pois muitas estradas sem cobrança estão em melhores condições.” Morador de Teutônia, ressalta que o crescimento na frota de veículos não foi acompanhado por investimentos na malha rodoviária. “São mais carros, motos e caminhões cada vez maiores passando em uma estrutura deficitária. Assim, não tem asfalto que aguente.” A constatação de Ulrich é confirmada pelo estudo da CNT. Conforme o levantamento, nos últimos 15 anos, as rodovias pavimentadas cresceram 23,2%, enquanto o número de veículos aumentou 184%. O deslocamento de pas-

Em 15 anos, frota cresceu 184%, enquanto número de rodovias pavimentadas subiu apenas 23,2%. Entre 2013 e 2015, deterioração do pavimento dobrou

sageiros rodoviários subiu 90% no período, e o de cargas 60%.

Região destoa As estradas do Vale do Taquari tiveram foram melhor avaliadas em relação às demais regiões do estado. A pesquisa incluiu as ERS-128, 129 e 130 e a BR-386. A pior classificação ficou com a ERS-128 (Via Láctea), e a melhor com a ERS-130. Motorista de ônibus faz 21 anos, Emanuel Diel afirma que as rodovias da região destoam das demais. “Em alguns pontos temos problemas de sinalização, mas a malha asfáltica geralmente apresenta boas condições.” Conforme Diel, a principal diferença são os constantes trabalhos de recapeamento realizados no Vale. Segundo ele, em outras regiões, a manutenção demora muito mais para ocorrer. “Aqui é comum vermos equipes fazendo operações tapa-buracos, algo que não ocorre em outros locais.” De acordo com a CNT, mais de dois mil quilômetros da malha viária gaúcha estão em condições ruins ou péssimas. No Vale, apenas os 12 quilômetros avaliados na Via Láctea

ESTRADAS DO VALE

Classificação das estradas do RS (por Km) Avaliação

Estado Geral

Pavimento

Sinalização

Geometria da Via

Ótimo

249

2049

329

243

Bom

2034

1441

2139

1643

Regular

4274

3429

3429

3592

Ruim

1582

1413

1762

1791

Péssimo

529

336

1009

1399

ERS-128 Extensão avaliada – 12 km Estado geral – Ruim Pavimento – Regular Sinalização – Ruim Geometria viária – Ruim

ERS-129 Extensão avaliada – 97 km Estado geral – Regular Pavimento – Regular Sinalização – Regular Geometria viária – Regular

foram considerados ruins pela pesquisa.

Problema crescente O levantamento da CNT mostra que a deterioração das rodovias gaúchas cresce de forma preocupante. No estudo de 2013, o estado tinha 4.035 quilômetros de rodovias em boas e ótimas condições. Em 2014, o número baixou para 2.688 e, em 2015, para 2.283. Por outro lado, a quantidade de trechos ruins ou péssimos dobrou. Em 2013, eram 891 quilômetros, número que passou para 1.288 no ano seguinte. Em 2015, as condições das estradas pioraram significativamente e 2.111 quilômetros foram considerados ruins ou péssimos.

ERS-130

São os pedágios mais caros do Brasil e os que dão menos retorno em termos de conservação das rodovias Valmir Dahmer Caminhoneiro

Extensão avaliada – 25 km Estado geral – Bom Pavimento – Ótimo Sinalização – Regular Geometria viária – Regular

BR-386 Extensão avaliada – 461 km Estado geral – Regular Pavimento – Bom Sinalização – Regular Geometria viária – Regular


12

Cidades

A HORA · QUARTA-FEIRA, 1º DE JUNHO DE 2016

Programas de incentivo serão mantidos Protesto cobra manutenção do modelo atual de Previdência Social para agricultores DIVULGAÇÃO

Estado

repasses às casas de saúde para manter os atendimentos e evitar a falência das instituições. A regional sindical, representada por 19 sindicatos em 27 cidades, reuniu 160 agricultores para participar do Grito da Terra.

N

a 22ª edição do Grito da Terra Brasil, organizado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), cerca de três mil agricultores de todo o estado se reuniram ontem, em Porto Alegre, para apresentar as principais reivindicações da categoria ao governo estadual. O lema deste ano é “Para nossa permanência no meio rural: terra, saúde, educação e previdência social”. Conforme o presidente Carlos Joel da Silva, o governador José Ivo Sartori garantiu a continuação de programas de incentivos à agricultura familiar, o adiamento da cobrança da nota fiscal eletrônica e a possibilidade de isentar do sistema os pequenos produtores. “Entendemos que a saúde e os programas de desenvolvimento da agricultura serão levados pelo governo como prioridades. O que queremos é produzir cada vez mais alimentos de qualidade e a oportunidade de continuar produzindo”, assegurou da Silva. O governador se disse aberto ao diálogo e afirmou que as questões “serão atendidas na medida da disponibilidade dos recursos. Não podemos prometer e não cumprir.”

IMPORTÂNCIA DO SETOR

Durante o Grito da Terra, agricultores protestaram contra o fechamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário

O secretário do Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Tarcísio Minetto, salientou que as respostas que foram entregues às mais de 30 propostas recebidas da Fetag no dia 19 de maio levam em consideração “o que é possível fazer dentro da realidade financeira do Estado.” O encerramento do Grito da Terra ocorreu na Praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini.

“Queremos a volta do MDA” Durante o ato, um grupo de agricultores ocupou o prédio da

superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). A categoria é contra o fechamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário, que foi transformado em uma secretaria especial, vinculada à Casa Civil, pelo presidente interino Michel Temer (PMDB). Segundo coordenador da Regional Sindical Vale do Taquari, Luciano Carminatti, haverá uma mobilização em todo país no dia 16, pedindo a volta do ministério. “Se meia dúzia de artistas conseguiu trazer de vol-

ta o Ministério da Cultura, nós não deixaremos que o MDA seja rebaixado à secretaria, sem direito a administrar recursos.” Destaca a importância da agricultura familiar para a economia do país e a produção de alimentos. As políticas públicas conquistadas precisam ser mantidas e ampliadas, comenta. O sindicalista aponta a necessidade urgente de criar um projeto de lei para qualificar a educação no meio rural. Também foi cobrada do governo estadual a regularização dos

A agricultura familiar é responsável por 84,4% dos estabelecimentos agropecuários do país. Apesar de ocupar apenas 24,3% da área agrícola, gera 15,3 postos de trabalho a cada cem hectares de terras. A categoria produz 70% dos alimentos consumidos e responde por 37% do valor bruto da produção agropecuária brasileira. No RS, conforme dados do IBGE, dos 441.467 estabelecimentos rurais, 86% são destinados a pequenos produtores, que ocupam apenas 30,55% de área, sendo responsáveis por gerar até 1/3 do PIB.

Associação elege nova diretoria Arla realiza simpósio da soja

Vale do Taquari

A Associação dos Médicos Veterinários do Vale do Taquari (Amvet) elegeu a nova diretoria para o biênio 2016/2018. O encontro ocorreu no dia 19. O médico-veterinário Gilberto Moacir da Silva, 70, de

Estrela, assume o cargo. Entre as metas da atual diretoria, estão busca por novos associados, valorização da categoria e a realização de eventos para destacar a importância do trabalho prestado. A entidade foi fundada em 19 de novembro de 1977.

De acordo com Silva, no dia 9 de setembro será realizado um evento alusivo ao Dia do Médico-Veterinário, com ampla programação. “Queremos integrar os profissionais, ouvir suas demandas, fazer parcerias com órgãos públicos e privados para qualificar cada vez mais nosso trabalho.” Silva se formou pela UFRGS em 1970. Foi professor da Faculdade de Medicina Veterinária da UFPEL, integrou a Secretaria Estadual da Agricultura e presidiu a Associação de Criadores de Suínos do RS (Acsurs), entre 1999 e 2005. Hoje é coordenador do pavilhão de suínos na Expointer e diretor-técnico da Central de Inseminação Artificial de Suínos.

Vale do Taquari A Associação Rural de Lajeado e a Cooperval organizam o 3º Simpósio da Tecnologia e Produção. O evento ocorre no dia 16 no Clube dos Quinze, no bairro Montanha, em Lajeado. Serão três palestras. A abertura ocorre às 8h30min, quando será exposto o tema “Produção da cultura da soja em função da qualidade das sementes e da semeadura”, pelo doutor Paulo Dejalma Zimmer. Das 11h30min às 13h, o engenheiro agrônomo Dirceu Gassen ministra a palestra “Pensar como planta e manejar para produzir mais”. Das 14h às 15h30min, será realizada a

palestra “Cenários do milho e da soja com perspectiva climatológica”, por Matheus Almeida. A participação é gratuita. As inscrições precisam ser feitas até o dia 14, na Cooperval ou Arla. Mais informações pelo 3714-8000.

Saiba mais A Cooperativa Rural dos Vales (Cooperval) investiu cerca R$ 6 milhões na construção de silos e demais instalações há seis anos. A iniciativa foi da Associação Rural de Lajeado (Arla). Hoje o empreendimento compreende escritórios, moega, secador e silos para receber soja, milho e trigo.


A HORA · QUARTA-FEIRA, 1º DE JUNHO DE 2016

PATROCÍNIO:

Liga Nacional

Sem pontuar, Alaf retorna de São Paulo Após perder para São José Futsal e Magnus Futsal, equipe é lanterna DIVULGAÇÃO

oportunidades, e Bruno Lambão. O gol de honra da Alaf foi anotado por Pica Pau.

Sequência de jogos em casa A partir do dia 11, a Alaf disputa três partidas em casa. No dia 11, recebe o AFSU, no dia 18, a Assoeva e, no dia 27, o Florianópolis Futsal.

Série Ouro De folga na Série Ouro, a Alaf perdeu uma posição com os resultados do fim de semana. Agora é a quinta colocada, com 3 pontos.

CLASSIFICAÇÃO Equipe

PG

1º – JEC/Krona

16

2º – Jaraguá Futsal

13

Alaf, do capitão Marcelo Giba, perdeu para o Magnus Futsal por 2 a 1 nessa segunda-feira. Próximo jogo é nesta sexta

3º – Atlântico

13

O

4º – São José Futsal

13

5º – ADC Intelli

12

6º – Copagril

12

7º – Assoeva

11

8º – Corinthians

10

9º – Minas Tênis Clube

10

10º – Concórdia

9

11º – Florianópolis Futsal

8

12º – Marreco Futsal

8

13º – ACBF

7

14º – Magnus Futsal

7

15º – Cascavel Futsal

7

16º – AFSU

6

início de temporada não é positivo para a Alaf. Em São Paulo, a equipe perdeu os dois confrontos – contra São José Futsal e Magnus Futsal, e ocupa a lanterna da competição com apenas 3 pontos. O próximo compromisso ocorre nesta sexta-feira, em Tubarão (SC), contra o Unisul. Nas sete partidas disputadas, o time de Lajeado perdeu quatro jogos e empatou três. Marcou oito gols e sofreu 19, saldo negativo de 11 gols. O time é o terceiro que levou mais amarelos na competição – 17 no total, à frente apenas de Atlântico (20) e Marreco Futsal (21). Na segunda-feira à noite, a

Campanha em números 7 jogos Nenhuma vitória 3 empates 4 derrotas 8 gols marcados 19 sofridos -11 de saldo 17 cartões amarelos 1 vermelho

Alaf enfrentou o Magnus Futsal. No início do jogo, Neguinho bateu no canto do goleiro e abriu o placar para os paulistas. No fim do primeiro tempo, Keko fez um giro de pivô e ampliou para 2 a 0. Na segunda etapa, o Alaf descontou em chute cruzado de Carlão. Assim, os visitantes pressionaram nos minutos finais, usaram goleiro-linha, mas não conseguiram empatar. Na sexta-feira passada, o time do Vale do Taquari já havia sido goleado pelo São José Futsal por 5 a 1. Vandinho abriu o placar aos 5 minutos. Logo depois, Rodrigo ampliou. Na segunda etapa, o time paulista marcou mais três gols, com Wilsinho, em duas

17º – CAD

5

18º – Unisul

3

19º – Alaf

3


14

A HORA · QUARTA-FEIRA, 1º DE JUNHO DE 2016

Internacional

Argel esconde time para partida de hoje Vitória sobre o Atlético-PR pode deixar o clube na liderança do Brasileirão

V

ice-líder e com a mesma pontuação do rival Grêmio, o Internacional pode terminar a rodada na liderança do Brasileiro. Para isso, o time vermelho necessita derrotar hoje o Atlético-PR e torcer por um tropeço do Tricolor diante do Palmeiras amanhã. O confronto contra os paranaenses ocorre no Beira-Rio, a partir das 19h30min. A única dúvida do técnico Argel Fucks é manter Ferrareis ou substitui-lo por Anselmo. O restante da equipe deve ser a mesma que venceu o Santos na Vila Belmiro: Danilo Fernandes, Willian, Ernando, Paulão, Arthur, Fernando Bob, Fabinho, Ferrareis, Andrigo, Vitinho e Eduardo Sasha. Os ingressos estão à venda nas lojas Multisom de Porto Alegre

FOTOS DIVULGAÇÃO

Meia-atacante Ferrareis pode sair do time para entrada do volante Anselmo

e na secretaria social no Beira-Rio e bilheteria aos valor de R$ 15 (arquibancada superior e acompanhante de sócios), R$ 10 (arquibancada inferior), R$ 20 (cadeira) e R$ 5 (popular). No Portão 8, apenas sócios com

carteira terão acesso. Sócios, acompanhantes de sócios e sócio com ingresso devem entrar pelo Portão 2. Os portões serão abertos às 14h, e a preliminar será do Rolinho do Inter contra o Taquarense. O estacionamento

(a partir das 10h) custa R$ 6. A direção informa que continua a promoção que brinda três estacionamentos no Beira-Rio com uma cortesia. Adversário do Colorado, o Atlético-PR vem com time misto. O técnico Paulo Autuori apontou o desgaste do elenco como motivo para mudar a equipe. Embora não confirme quem deixará o time, o treinador citou o zagueiro Thiago Heleno, o lateral-esquerdo Sidcley, o volante Otávio e Nikão como os atletas que demonstram cansaço. O provável Atlético-PR para a partida tem: Weverton, Eduardo, Wanderson, Cleberson, Pará, Hernani, Deivid, Vinícius, Ewandro, Pablo (Anderson Lopes) e Walter. Mesmo com as alterações, Paulo Autori garante que o time manterá seu padrão de jogo.

Marcelo Grohe é convocado e desfalca equipe Grêmio

Direção apresenta Wallace

O goleiro Marcelo Grohe, do Grêmio, foi convocado pelo técnico Dunga para a Copa América Centenária, disputada até o dia 26, nos Estados Unidos. Ele substituirá o goleiro do Benfica, Ederson, desconvocado por motivo de lesão. Grohe viajou ontem para se integrar à delegação da brasileira nos Estados Unidos. Se o Brasil chegar até a final, o jogador desfalca o Grêmio nos confrontos contra Palmeiras, Ponte Preta, Fluminense, Chapecoense, Cruzeiro, Vitória e Atlético-PR. Bruno Grassi e Dou-

Enquanto a direção anuncia a saída de Werley para o Figueirense, o Grêmio apresentou ontem à tarde o zagueiro Wallace, vindo do Flamengo. O jogador já treina com o grupo e está à disposição para enfrentar o Palmeiras amanhã, no Pacaembu, em São Paulo. Wallace, 28, assina com o Grêmio por três temporadas. O clube espera um documento do Flamengo para conseguir a publicação do vínculo no Boletim Informativo Diário (BID). O defensor disputa posição com Pedro Geromel e Fred, titulares do time.

Se chegar à final da competição, goleiro desfalcará o Grêmio por sete partidas

glas Friedrich disputam a vaga. O meia Lucas Moura, do Paris Saint Germain, também foi convocado. Ele substitui Rafinha, do

Barcelona, cortado também por lesão. No sábado, os comandados de Dunga estreiam na Copa América Centenária, contra o Equador.

CLASSIFICAÇÃO Clube

PG

1º – Grêmio

10

2º – Internacional

10

3º – Santa Cruz

8

4º – Corinthians

7

5º – Flamengo

7

6º – São Paulo

7

7º – Fluminense

7

8º – Palmeiras

6

9º – Chapecoense

6

10º – Vitória

5

11º – Atlético-MG

5

12º – Santos

4

13º – Botafogo

4

14º – Coritiba

4

15º – Ponte Preta

4

16º – Atlético-PR

4

17º – Figueirense

3

18º – América-MG

2

19º – Cruzeiro

2

20º – Sport

1

AGENDA Série A Hoje 19h30min – Internacional x Atlético-PR 21h – Corinthians x Santos 21h – Coritiba x Chapecoense 21h45min – Botafogo x Cruzeiro 21h45min – Atlético-MG x Fluminense 21h45min – Figueirense x São Paulo Amanhã 19h30min – América-MG x Ponte Preta 21h – Flamengo x Vitória 21h – Palmeiras x Grêmio


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A HORA · QUARTA-FEIRA, 1º DE JUNHO DE 2016

Fábio Kuhn

Fim de um jejum Depois de 24 anos, o Copalto volta a comemorar o título municipal em Roca Sales. Abaixo algumas imagens da partida final e entrega da premiação, realizadas no domingo à tarde. Mais fotos no site e facebook do Jornal A Hora.

Basquete sobre rodas

Blindados festeja o segundo lugar em Campo Bom Time se classificou com três vitórias DIVULGAÇÃO

Grito engasgado: atletas e torcedores de Dois Lajeados voltam a comemorar um título após mais de duas décadas

Equipe do Vale do Taquari teve três vitórias e uma derrota na competição

A

terceira Copa Campo Bom de Basquete em Cadeira de Rodas ocorreu no fim de semana e integrou oito equipes. O representante da região Blindados do Vale, patrocinado pela Unimed VTRRP, foi vice-campeão. Na fase inicial, o Blindados jogou na chave B contra o Adau, de Erechim, Aspede, de Santa Cruz do Sul, e Canoas. A equipe conseguiu a classificação com três vitórias e 100% de aproveitamento. Foram 81 pontos marcados e 39 pontos sofridos (veja boxe com resultados). Apesar de perderem por 33 a 14 na decisão contra o Cidef, de Ca-

Promessa é dívida: presidente do Copalto, Marciano Guarnieri ficou com o título, mas perdeu o cabelo

Guerreiro: Maiquel Spellmeier, do Esperança, se machucou ao fazer uma falta. Mesmo assim, ele retornou a campo. Para sua infelicidade, o time perdeu por 2 a 1 para o Copalto.

xias do Sul, jogadores e comissão técnica do Blindados do Vale comemoraram a segunda colocação.

CAMPANHA Fase inicial Blindados do Vale 19 x 5 Canoas Blindados do Vale 24 x 14 Adau Blindados do Vale 38 x 20 Aspede Final Blindados 14 x 33 Caxias

Competição registra 225 gols em 36 jogos Copa Piá

Click da Semana Na pista de skate dos Dick, em Lajeado, um recado para todos os homens.

fabio@ jornalahora.inf.br

A quarta rodada da Copa Piá foi disputada no sábado. Nas 36 partidas, foram marcados 225 gols, média de 6,25 por confronto. Também foram registrados quatro W.O. O destaque ficou para o ALE/Pumas/Sebben A.E que aplicou 13 a 0 no Fazenda Vilanova na categoria 2001. Pela categoria 2004, a Escoli-

nha do Selo venceu o CFM por 9 a 2. Já na 2006, o CFM goleou o Afab por 12 a 0, mesmo resultado da vitória do Cia da Bola sobre o Estrela FC, na categoria 2007. Na 2008, o CEF aplicou 9 a 0 no CFM. A Sejel informa que, em virtude do Parque do Imigrante sediar o Rodeio Artístico Estadual e o Centro Esportivo Municipal estar em manutenção não haverá rodada neste sábado, 4.


Lajeado, quarta-feira, 1Âş de junho de 2016

Jornalismo / redação: ahora@jornalahora.inf.br Publicidade: comercial@jornalahora.inf.br Assinaturas: assinaturas@jornalahora.inf.br


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