ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR

Com sintomas que exigem monitoramento diário, a doença representa desafios aos pacientes, além de mudança de hábitos para se manter saudável.
Os R$ 0,23 de tarifa-teto do pedágio free flow para a concessão das rodovias do Bloco 2 serão revistos.
Valor será menor, mas Estado ainda não definiu como vai garantir a redução. Reunião nessa sexta-
feira, no Palácio Piratini, causou misto de frustração e otimismo em prefeitos, empresários e representantes de entidades. Governo fará devolutiva no próximo mês e projeta leilão para outubro deste ano.
Aprendizados do Estado com o Vale
Provocações para implantação do free flow começaram na região.
Emergência não pode virar algo permanente
Assinar um contrato temporário para o lixo em Lajeado precisa ser encarado como um passo para uma solução efetiva. A partir de sábado, 12 de abril, uma nova empresa assume o serviço de coleta e transporte por seis meses, mas o formato pouco difere do atual. O município, reconhecido como cidade inteligente, não pode se contentar com medidas paliativas para um problema estrutural. Ao analisar os números é possível ver a urgência em questão. Houve um aumento de 75,3% na geração de resíduos desde 2022. Ao longo de 2024, 34,9 mil toneladas depositadas no aterro. Hoje, são sete caminhões e 30 funcionários para atender 100 mil habitantes.
Enquanto a população deve fazer sua parte na separação, o governo precisa oferecer condições adequadas para que a coleta funcione de fato.”
Esses dados mostram um sistema operando no limite. O contrato emergencial garante a continuidade do serviço, mas não resolve a equação fundamental: como Lajeado lidará com seu lixo nos próximos anos?
Comprometer-se a apresentar soluções exige mais do que planejamento, demanda ação imediata em três frentes:
1) Redesenhar o modelo de coleta. Incluindo tecnologia para rotas inteligentes;
2) Ampliar a reciclagem. Com investimento em educação ambiental e infraestrutura;
3) Repensar o aterro. Buscando alternativas sustentáveis de destinação final.
A responsabilidade é compartilhada, mas cabe ao poder público liderar essa transformação. Enquanto a população deve fazer sua parte na separação, a administração pública precisa oferecer condições adequadas para que a coleta funcione de fato.
Lajeado tem até outubro para provar que merece o título de cidade inteligente. O lixo acumulado nas ruas e aterros não combina com inovação. O momento é de agir, antes que a emergência vire algo permanente.
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“Transportando universitários, aprendi algo útil de todos os cursos”
NestorLuisReckiegel, 71, é conhecido como o motorista“Coco”. Ele se tornoupopularnaregião porlevaruniversitáriosde Lajeadoàsfaculdadesem SãoLeopoldoeCanoas. Durante 30 anos,“Coco” conduziuestudantesque setornaramarquitetos, médicos,empresáriose políticos.Hoje,aposentado, sedeparacomos antigos “caroneiros” no cotidiano e relembra os momentos da faculdade. Embora não tenhaseformado,ajudou centenasdepro ssionais aconquistarodiploma, transportando-osem segurança.
Qual a diferença entre transportar estudantes e passageiros comuns?
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Como você se tornou motorista?
Nasci em Venâncio Aires e aos 21 anos comecei a trabalhar como motorista de ônibus na cidade. Depois, conquistei uma vaga na empresa Expresso Azul de Lajeado e durante 30 anos conduzi universitários. O Ônibus saía às 17h e voltávamos a meia-noite.
O que você aprendeu com os universitários durante o trajeto até a faculdade?
Éramos como uma família. Além de aprender muito, pude transmitir conhecimento. Aprendi a ouvir e a valorizar a convivência em grupo. Frequentemente, eles me explicavam ideias, eu analisava, percebia que faziam sentido e, assim que possível, já repassava adiante.
É uma experiência completamente diferente. No transporte do dia a dia, as pessoas mudam a todo momento; já com os universitários, construímos uma verdadeira família. Até hoje, muitos me encontram pelas ruas, me reconhecem, e me abraçam. Antes mesmo de começar a levar alunos para a Unisinos, já fazia o trajeto para a Unisc. Ao transportá-los para a faculdade, pude fazer trocas com eles. Aprendi alguma coisa útil de todos os cursos, devido ao convívio pessoal com os universitários. Foi ótimo.
Quantos alunos você levou?
No ônibus cabiam 53 pessoas. Eu fazia 220 km por dia ou 1,1 mil km por semana. Havia alunos mais bagunceiros. Então, no começo do semestre, precisava chamar a atenção, e orientando a eles que não estavam mais no Ensino Médio. Cerca de 80% dos alunos trabalhava de dia e precisava se concentrar à noite. Eles aproveitavam o ônibus pra descansar ou estudar.
Você lembra de fatos curiosos?
Naquela época, o ônibus não tinha ba-
nheiro. Alunos pedia pra parar no caminho. A parada era sempre em Montenegro, onde havia estabelecimento com banheiro. Nos finais de ano, a turma do ônibus planejava os encontros de fim de ciclo. Era divertido.
Lembra de algum perigo que enfrentou na estrada?
Uma noite, voltando da Unisinos, percebi um caminhão que poderia se chocar. O motorista estava dormindo. Eu imaginava que teria de ir para o acostamento, mas ele acordou na última hora. Era um carro tanque, não ia ser nada bom bater contra caminhão-tanque.
A gente vê notícias de acidentes com motoristas de ônibus. O que um bom motorista precisa ter?
Responsabilidade e muita segurança. Tem que estar sempre alerta. Meu jeito era me preparar para uma visão ampla. Eu via cem metros adiante: se um automóvel ligava o freio, já reduzia a velocidade. Direção defensiva e visão longa. Essas são habilidades importantes para uma viagem segura. Há outra questão: nunca reagir a provocações na estrada. A provocação pode vir em forma de ultrapassagem, não reaja. Conduza com segurança.
rodrigomartini@grupoahora.net.br
RODRIGO MARTINI
- A Casa do Governo no RS, núcleo criado pelo governo federal para coordenar a reconstrução do Estado, tem data para ser encerrada. O prazo de funcionamento do grupo coordenado por Maneco Hassen (PT) é 30 de maio. E ele já está na expectativa por uma nova prorrogação deste prazo.
Aimplantação do moderno e justo sistema de free flow no Rio Grande do Sul é uma realidade que nasceu no Vale do Taquari. Antes da provocação dos líderes regionais, que levaram o assunto até a sempre solícita equipe do governador Eduardo Leite (PSDB), o governo estadual não cogitava o uso do modelo de cobrança automática de pedágio nas concessões rodoviárias. Foi um pedido
regional, reforço, que mudou o panorama de pedágios no Estado e hoje já é um caminho sem volta em solo gaúcho e, logo mais, também o será em outros estados brasileiros. Da mesma forma, a qualidade técnica com a qual os líderes regionais tratam o tema da concessão do Bloco 2 com os não menos competentes agentes do governo estadual impressiona o alto escalão de Eduardo Leite. É perceptível a admiração e o res-
O governador Eduardo Leite (PSDB) esteve presente na inauguração do Cristo Protetor em Encantado, no dia seis de abril, na inauguração da nova ponte da ERS-130 entre Arroio do Meio e Lajeado, no dia 10, e poderá retornar ao Vale do Taquari no próximo dia 22. A equipe do governo estadual projeta um roteiro por diversas cidades da região para Leite visitar – e revisitar – os locais mais impactados e vulneráveis às enchentes. E os detalhes da visita ainda não foram divulgados.
peito dos representantes do Estado para com os nossos representantes regionais. E são percepções como essa que me fazem crer em um modelo justo e sustentável de pedágios no futuro, com tarifas baixas, estradas duplicadas, serviços e atendimentos médicos e mecânicos de qualidade e, claro, manutenção contante e muito diálogo entre a futura concessionária e o necessário – e também futuro – Conselho de Usuários, o popular “Conselhão”.
Governo vai reduzir a tarifa. E o leilão sai em outubro
O processo de concessão de rodovias será lançado em 2025 e uma nova concessionária pode assumir o lugar da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) ainda este ano. Ou mais tardar no início de 2026. O governo estadual, reeleito pela maioria dos gaúchos em 2022, está decidido a levar adiante o leilão público –previsto para outubro – e para isso já conta com o aval do parlamento, conforme lei aprovada ainda na década passada. Portanto, é preciso que todos os contribuintes compreendam o
que já está posto na mesa. E não é tão complexo. Hoje já pagamos pedágio à EGR. E sem pedágio não teremos, sequer, manutenção. O que nos cabe neste momento, que é um tanto mais complexo em função dos impactos das enchentes, é compreender a necessidade de lutar – com unhas e dentes – pelo melhor modelo possível de pedágio, capaz de garantir desenvolvimento no futuro sem que isso comprometa a finança de motoristas e empresas. Não há outro caminho, infelizmente.
- Ainda sobre Maneco Hassen, o ex-prefeito de Taquari e ex-presidente da Famurs participou do programa Conexão Regional dessa sexta-feira. E utilizou os microfones para “lançar” o nome de Paulo Pimenta (PT) como pré-candidato a governador.
- A solenidade de posse da nova diretoria da OAB Subseção Lajeado ocorre no dia 23 de abril, às 19h, no Clube Tiro e Caça.
- Em Estrela, é grande a expectativa pela definição do novo comando do diretório do MDB local. De um lado, o vereador Douglas Daroit, que conta com apoio do presidente da câmara, Ernani de Castro. Do outro, a ex-secretária da Saúde, Márcia Scherer, que tem apoio do ex-prefeito Elmar Schneider. As chapas precisam ser inscritas até a próxima quarta-feira. E a convenção é dia 26/04.
- Ainda em solo estrelense, a Empresa Pública de Logística Estrela (Elog) convoca os membros da diretoria e dos conselhos Fiscal, de Auditoria e de Administração para Assembleia Geral Ordinária no dia 23 de abril, às 16h, no Colégio Santo Antônio. Em pauta, as contas da empresa.
- Sobre a concessão dos pedágios, há quem aposte que o governo estadual vai aumentar de R$ 1,3 bilhão para R$ 1,6 bilhão o aporte do Funrigs para “baratear” a tarifa. Aguardemos!
A imagem é simbólica. Em meio aos festejos pela reinauguração da ponte da ERS-130, sobre o Rio Forqueta, um abraço entre os ex-prefeitos de Arroio do Meio e Lajeado, Danilo Bruxel (PP) e Marcelo Caumo (UB), e os novos prefeitos (a) das respectivas cidades, Sidnei Eckert (MDB) e
Gláucia Schumacher (PP). Lado a lado, os gestores que enfrentaram as duas históricas e trágicas enchentes de 2023 e 2024, e os gestores que possuem a dura missão de conduzir o processo de reconstrução dos municípios. É uma harmonia indispensável para o sucesso dessa missão.
vinibilhar@grupoahora.net.br
VINI BILHAR
APlanalto produziu 40 toneladas de chocolates para a Páscoa deste ano, entre ovos, placas, pirulitos e coelhos. A empresa gaúcha soma quase 50 anos de história e se firmou como referência em chocolates finos.
Segundo o gerente de produção, Jaderson Souza, o volume produzido representa um marco de crescimento, sem perder a essência artesanal. O portfólio inclui ovos ao leite, branco, trufados e versões com cookies, avelãs, amêndoas e passas.
A gerente de marketing, Clarí Schneider, afirma que cada item é tratado como uma “obra de arte”, que traduz o carinho da marca com seus consumidores. A fábrica, localizada no bairro Carniel, em Gramado, recebe visitantes de segunda a sexta, e a loja funciona diariamente, das 9h às 17h20. Neste ano, a linha de Páscoa também chega ao varejo.
Aproveitando a homenagem prestada ao empresário de Passo Fundo, Erasmo Battistella na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, pela comemoração dos 20 anos da Be8, proposta pelo deputado Vilmar Zanchin, o diretor executivo do
Grupo A Hora, Adair Weiss, e o gestor comercial Lucas Monteiro fizeram um convite especial: participar como palestrante do EmpreInove 2025. O evento será realizado no mês de novembro, em Lajeado.
Além do convite, Weiss e Mon-
Em fevereiro, o setor de serviços mostrou um crescimento disseminado, com quatro das cinco atividades pesquisadas tendo resultados positivos.
Com o avanço deste mês, houve recuperação da perda verificada em janeiro.”
• Calçados - O Brasil importou mais de 5 milhões de pares de calçados em março, alta de 47,7% em relação ao mesmo mês de 2024, segundo a Abicalçados. A China liderou, com 2,55 milhões de pares, avanço de 51,7%. O setor alerta para o risco de “invasão” antes mesmo da nova tarifa dos EUA entrar em vigor.
• Energia Elétrica - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não há estudos em andamento sobre a ampliação da tarifa social de energia elétrica. A declaração contraria o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que mencionou a possibilidade de beneficiar até 60 milhões de brasileiros.
Empresariado debate concessão da RS e Free Flow em reunião-almoço na Acil
teiro entregaram ao empresário um exemplar do livro que retrata a história, a cultura e o potencial do Vale do Taquari, como forma de apresentar a riqueza da região e fortalecer os laços com lideranças que impactam o desenvolvimento do estado.
A concessão da RS e o modelo de pedágio Free Flow estarão no centro da próxima reunião-almoço promovida pela Acil, em parceria com a CIC-VT. O evento ocorre no próximo dia 15 de abril, a partir das 11h30min, no salão de eventos da Acil, em Lajeado.
A programação terá formato de painel, reunindo cinco representantes de entidades empresariais do Vale do Taquari: Adelar Steffler, Gilberto Piccinini, Ivandro Rosa, Leandro Eckert e Nilto Scapin.
As inscrições estão abertas no site do Sympla. O valor é de R$ 80 para associados da CIC-VT e Acil e R$ 110 para o público geral.
Assembleia na noite da quinta-feira confirma Luiz Mário Berbigier como presidente eleito da cooperativa. Prestação de contas aprova destinação de sobras e anuncia R$ 6,8 bilhões em ativos VALE DO TAQUARI
Os delegados dos núcleos de associados reafirmaram as votações e homologaram a chapa 2, comandada por Luiz Mário Berbigier, como vencedora ao conselho de administração da Sicredi Integração RS\MG.
O atual vice-presidente assume a gestão após o Banco Central oficializar o processo. Estima-se que esse movimento ocorra daqui a 30 ou 60 dias. A assembleia na noite dessa quinta-feira, 10 de abril, teve três momentos: o primeiro para confirmação dos números da gestão. O atual presidente, Adilson Metz, apresentou a prestação de contas, com validação do relatório de gestão, balanço dos dois semestres, demonstrativos financeiros, pareceres da auditoria e do Conselho Fiscal.
Também foi definida a destinação das sobras, no valor de R$ 24,9 milhões, que serão repassadas aos associados no dia 25 de abril – sendo 80% em conta corrente e 20% em conta capital, conforme movimentação individual.
ENTREVISTA
LUIZ MÁRIO BERBIGIER • presidente eleito da Sicredi Integração RS\MG
“É dar continuidade, com responsabilidade, ao que foi construído nesses 30 anos”
À espera da homologação do Banco Central, o presidente eleito da Sicredi Integração RS/MG, Luiz Mário Berbigier, projeta uma transição tranquila. Com mais de 30 anos de atuação na cooperativa, valoriza o diálogo com os associados, a transparência e a confiança como pilares da nova gestão.
A Hora – Quais são os primeiros passos da gestão?
Luiz Mário Berbivier – Nossa cooperativa está muito bem organizada, com uma base sólida construída ao longo de mais de 30 anos. A saúde financeira é muito boa, temos credibilidade com os associados e com as comunidades
em que atuamos. O nosso foco agora é ajustar alguns pontos que falamos ainda durante a campanha. Um deles é iniciar um processo de sucessão dentro da cooperativa. Queremos que esse modelo seja implantado com apoio dos conselheiros, da equipe de gerentes, dos colaboradores e também dos nossos coordenadores de núcleo. Outro ponto importante é a gestão de custos. E, claro, reforçar o senso de pertencimento do nosso associado. Precisamos estar sempre próximos dele, com um olhar humano, nos momentos bons e nos difíceis também. A transparência é um valor que carrego comigo e pretendo fortalecer
ainda mais. Ser honesto e claro com todos que fazem parte da Sicredi Integração é um compromisso meu.
– Como foi o processo eleitoral e o que representa esse resultado tão expressivo?
Berbigier – Foi um processo que começou ainda em dezembro do ano passado, quando decidimos formar uma chapa. Em janeiro nos inscrevemos e, a partir dali, começamos a conversar com os associados.
A gente acreditava, sim, que tinha condições de vencer, mas o tamanho da diferença nos surpreendeu. Houve uma conexão real com o grupo que compôs a chapa. Tivemos o apoio de muitos
Seguimos o compromisso com as comunidades onde atuamos. É resultado de um modelo cooperativo sólido e com propósito.”
ADILSON
Conforme os números, em 2024, a cooperativa destinou R$ 4,48 milhões em programas como o Fazer Juntos, o Fundo Social, ações de educação financeira e o auxílio a famílias atingidas pelas enchentes. “Seguimos o compromisso com as comunidades onde atuamos. É resultado de um modelo cooperativo sólido e com propósito”, afirmou Metz. Os ativos totais da cooperativa somaram R$ 6,8 bilhões, um crescimento de 25,9% em relação a 2023. O patrimônio líquido cresceu 23,1%, alcançando R$ 528 milhões. O resultado final do exercício ultrapassou R$ 112 milhões, o que representa um avanço de 15,5% frente ao ano anterior.
A Sicredi Integração RS/MG encerrou o ano com 33 agências em operação e 445 colaboradores em três frentes geográficas: Vale do Taquari, e nas microrregiões de Minas Gerais, Conselheiro Lafaiete e Montes Claros.
associados, amigos, colegas e de toda a comunidade. Eu vejo esse resultado como reflexo do relacionamento construído ao longo de 31 anos de dedicação ao Sicredi aqui em Lajeado.
– A Sicredi Integração chega perto de 100 mil associados e mantém crescimento expressivo. Para onde a cooperativa vai?
Berbigier – Nossa atuação ainda tem muito potencial. Desde 2019, seguimos um processo de expansão responsável. Temos uma população superior a um milhão de pessoas dentro dessa área, o que mostra o quanto ainda podemos crescer.
A ideia é seguir com os pés no chão, mantendo o que já nos
trouxe até aqui: proximidade com o associado, escuta ativa e entrega de soluções que melhorem a qualidade de vida dele e o desenvolvimento das atividades.
A cooperativa hoje é considerada de grande porte pelo Banco Central. Isso exige de nós ainda mais responsabilidade, mas também mostra a força da instituição. Nosso caminho é continuar sendo uma referência nacional no cooperativismo de crédito.
– Qual o motivo para conseguir tanto apoio?
Berbegier – Só posso agradecer. Não vou citar nomes para não cometer injustiças, mas meu muito obrigado a todos os associados, aos colaboradores, aos conselheiros, aos coordenadores de núcleo, aos amigos e às famílias que nos apoiaram. Esse resultado é coletivo. Podem ter certeza de que vamos honrar essa confiança e trabalhar todos os dias para manter nossa cooperativa forte, humana e sustentável.
Reunião convocada por Eduardo Leite não trouxe as informações esperadas por líderes locais, mas o compromisso pela redução no valor final para o pedágio. Projeção do Estado é fazer leilão em outubro
Garantia da redução na tarifa-teto do pedágio no projeto de concessão das rodovias estaduais do bloco 2, mas sem definição do valor ou detalhamentos das mudanças na proposta. A reunião de ontem, no Palácio Piratini, estava cercada de expectativas, mas causou um misto de otimismo e frustração entre os líderes locais presentes. Embora o governador Eduardo Leite tenha reafirmado que os R$ 0,23 estabelecidos inicialmente para a tarifa serão reduzidos, prefeitos, empresários e representantes de entidades presentes no encontro esperavam por mais informações sobre como o Estado executaria a modificação. O esperado aumento no aporte financeiro não está garantido.
o diálogo com a região e mostrar a disposição do Estado em reavaliar a proposta inicial, bem como em ressaltar a importância da concessão para garantir os investimentos necessários nas rodovias.
como uma “boa notícia”, embora ainda sem os detalhamentos que o grupo esperava ouvir nessa manhã.
– O plano de concessão das rodovias estaduais do Bloco 2 prevê investimentos de R$ 6,7 bilhões, sendo R$ 5,4 bilhões da iniciativa privada e R$ 1,3 bilhão do Funrigs;
– Está prevista a duplicação de 244 quilômetros de rodovias e a construção de 103 quilômetros de terceiras faixas;
– No Vale do Taquari, serão contempladas com obras as rodovias ERS-128, ERS-129, ERS-130 e RSC-453.
Não temos a condição de trazer aqui qual será o valor agora. Pois é esse que vai para a disputa [do leilão] e a partir disso o melhor desconto é que vai obter a concessão.”
Conforme o governador, o Estado vai chamar novamente a região em maio para apresentar a proposta final. Além do valor da tarifa, também será feita a devolutiva do projeto, com os ajustes solicitados na consulta pública e acatados pelo governo, bem como as obras e prazos de execução. A projeção é que o leilão do bloco 2 ocorra em outubro.
“Não temos a condição de trazer aqui qual será o valor agora. Pois é esse que vai para a disputa [do leilão] e a partir disso o melhor desconto é que vai obter a concessão. Existem concessões no país em que o desconto chegou a mais de 50% […] Mas está claro. A tarifa-base será menor do que os R$ 0,23 apresentados inicialmente”, afirmou Leite, em entrevista após a reunião.
Nesse contexto, destacou a participação ativa do Vale do Taquari no processo. “É admirável a demonstração de interesse, de conhecer, entender, se apropriar e contribuir. Isso nos ajuda demais a montar um projeto mais eficaz”.
Em relação ao aumento no aporte, reconhece ser uma das principais demandas de lideranças regionais, mas faz um alerta. “É preciso ter clareza dos limites do Estado. A percepção das pessoas é que há um dinheiro que não é de ninguém para ser colocado ali. Não tem dinheiro guardado em um cofre. Podemos avançar no aporte, mas não é possível fazer isso sem que puna outros serviços”.
A ideia da reunião, conforme o governador foi para intensificar
Para o presidente da ValeLog e vice-presidente da Câmara da Indústria e Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT), Adelar Steffler, o diálogo com o governador foi “positivo” e cita a abertura para redução na tarifa
“Nós queremos tarifa justa e obras. Tem muitas coisas que vão ocorrer daqui para frente, mas sem sombra de dúvidas vamos chegar no melhor projeto. Não vai agradar 100% da população, mas vai agradar a maioria e será bom para todos os setores, empresas e pessoas. Queremos uma rodovia que nos ofereça segurança e fluidez. É tudo o que nós precisamos ao nosso Vale”, frisa.
Já a presidente do Codevat, Cintia Agostini, lembra que havia a dúvida sobre a continuidade do modelo de concessão, com uma possível parceria público-privada para o bloco 2. A dúvida foi sanada durante a reunião. Embora esperasse por mais detalhes, destaca o compromisso de Leite em reduzir a tarifa.
“Nos apresentaram pesquisa e dados, numa defesa do Estado em dizer que, se não houver concessão, não há como avançar. Essa foi a grande questão. O Estado está andando com esse processo. Vai fazer a concessão e se comprometeu, daqui um mês,
a trazer as informações para discutir conosco”, frisa. Apesar da frustração por não ter os números relacionados à tarifa, o prefeito de Muçum e presidente da Associação dos Municípios do Alto Taquari (Amat), Mateus Trojan, entende que o posicionamento do governador é importante. “De fato, esperávamos por uma estimativa para apresentarmos à nossa comunidade. Enquanto lideranças, reforçamos nossos posicionamentos para melhorar o projeto de maneira geral, sem o comprometimento logístico da região”, sustenta.
Pela Associação dos Vereadores do Vale do Taquari (Avat), a presidente Daiani Maria, vereadora em Cruzeiro do Sul, também espera por respostas positivas do Estado em um mês. “Pelo movimento feito, de levar toda a região a Porto Alegre, realmente imaginei que sairíamos de lá com algo mais palpável, o que não ocorreu. Mas temos a afirmativa do governador”, frisa.
Coleturb será responsável por coletar os resíduos comuns, enquanto a GLV fica com a separação do lixo. Centro, Florestal, Americano, Hidráulica e São Cristóvão terão recolhimento noturno
Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br
LAJEADO
Com mudança de horário em cinco bairros, o serviço de recolhimento de resíduos passa a ser feita por novas empresas a partir deste sábado, 12. A Coleturb Soluções Ambientais e a GLV Urbanização e Serviços venceram processo licitatório aberto pelo município há três semanas e assinaram contrato
temporário de seis meses.
Sediada em Porto Alegre, a Coleturb será responsável pela coleta dos resíduos comuns no dia a dia, como os restos de alimentos, papel higiênico e fraldas. Já a GLV, empresa de Estrela, responderá pela coleta seletiva na cidade, que inclui todo tipo de material reciclável, como papel, plástico, vidro e metal.
O contrato emergencial para o recolhimento do lixo foi determinado pela prefeita Gláucia Schumacher, que optou por não renovar com as atuais responsáveis pelo serviço. O governo de Lajeado busca uma nova modelagem, pois o sistema atual não atende às necessidades do município. Para isso, vai contratar um estudo, que
Contrato com a atual prestadora venceu nessa sexta-feira. Serviço emergencial terá duração de meio ano
indicará melhorias no serviço. O contrato temporário prevê a execução de serviços de coleta e transporte de até 2.060 toneladas mensais de resíduos sólidos até o Aterro Sanitário de Lajeado, em
um percurso mensal de 14,5 mil quilômetros. O valor unitário é de R$ 219,95 por tonelada.
Já a coleta seletiva prevê um custo mensal de R$ 60,7 mil e um trajeto mensal de até 2,7 mil quilômetros até a central de triagem de resíduos. O investimento total do município é de R$ 2,7 milhões.
Também a partir deste sábado, a coleta de lixo nos bairros Americano, Centro, Florestal, Hidráulica e São Cristóvão passa a ser feita no período noturno, das 22h às 6h. Nos demais bairros do município, o recolhimento permanece no horário habitual, a partir das 7h.
A mudança ocorre após a celebração do contrato temporário. Conforme o secretário do Meio Ambiente, Saneamento, Sustentabilidade e Bem-Estar Animal de Lajeado, Luis Benoitt, a medida visa otimizar os serviços de limpeza urbana. “Eventualmente, podem ocorrer ajustes durante o período de adaptação”, frisa. Benoit pede a compreensão da comunidade em relação a possíveis contratempos durante o período de adaptação e, em caso de problemas, pede que a população contate o setor de Limpeza Pública pelo WhatsApp, número (51) 99596-9849.
Durante audiências
públicas em Cruzeiro do Sul, comunidade conheceu estudos feitos pela Univates e demonstrou principais preocupações
Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br
CRUZEIRO DO SUL
Áreas próprias à habitação, mobilidade urbana e coleta de resíduos foram algumas das demandas manifestadas pelos moradores de Cruzeiro do Sul, durante audiências públicas sobre o plano diretor do município, tanto da área urbana quanto rural. Na noite de quinta-feira, 10, o terceiro encontro para discutir o assunto ocorreu no Salão da Comunidade Católica, no Centro, com a apresentação do zoneamento de áreas de risco e as diretrizes preliminares de ocupação prioritária da cidade, feitas pela Univates, por meio de contrato com o Estado.
Engenheira ambiental e assessora técnica do município, Tanara Schmidt destaca as três audiências públicas feitas em Cruzeiro do Sul, duas na área rural, nas comunidades 25 de julho e Maravalha, e na área urbana, com encontro na Comunidade Católica, no Centro. “Essa é a primeira fase de diagnóstico. Foram feitos levantamentos
AUDIÊNCIA
ESTRELA: 17/04, às 18h30min, na sede da Cacis, no Centro.
de informações e demandas da comunidade”.
As audiências públicas já ocorreram em Arroio do Meio, Colinas e Roca Sales. Na próxima semana, a agenda é em Estrela. Encantado também integra o projeto e deve ter data marcada nos próximos dias. Ainda, será concluída pela equipe da Univates, a revisão do plano diretor, e elaborada a Lei de Perímetro Urbano, Lei de Parcelamento do Solo, plano de mobilidade, plano de habitação social e código de obras e edificações.
O plano diretor é uma lei municipal que deve ser elaborada com a participação de toda a sociedade. Ele organiza o crescimento e o funcionamento de todo o município, sejam áreas urbanas ou rurais. No plano, está o projeto de cidade para os próximos 20 anos. No documento, é definido o que é permitido em cada parte do município, além de espaços de uso coletivo para todos, locais de circulação e equipamentos públicos.
Após definido o projeto final do plano diretor do município, ele deve ser instituído através de Lei Municipal aprovada na Câmara Municipal
Cruzeiro do Sul foi uma das áreas mais atingidas pelas cheias de maio do ano passado
de Vereadores e sancionado pelo prefeito.
Estado assume moradias
O grupo empresarial Innova Steel, de São Paulo, não vai mais doar as 200 casas prometidas para famílias gaúchas atingidas pela enchente de maio de 2024. No último dia 3 de abril, o parceiro privado comunicou a desistência em reunião com as secretarias estaduais de Habitação e Regularização Fundiária (Sehab) e de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG). O Palácio Piratini informou, em nota, que a Innova Steel alegou di-
- Preservação de matas ciliares e nascentes;
- Criação de rotas alternativas para emergências;
- Definição de áreas seguras para construções.
ficuldades financeiras para honrar o compromisso. A empresa havia anunciado a decisão de entregar cem moradias definitivas em Cruzeiro do Sul, 50 em Igrejinha e 50 em São Sebastião do Caí. Com o impasse, o Estado afirmou que irá assumir a construção e entrega das moradias, em cará-
ter definitivo. O recurso virá do Funrigs, fundo constituído para a reconstrução do Estado pós-enchente, dentro do programa A Casa é Sua - Calamidade.
Serão 97 habitações em Cruzeiro do Sul e as mesmas quantidades inicialmente previstas para Igrejinha e São Sebastião do Caí, com 50 cada.
Evento reuniu líderes e autoridades para apresentar resultados e estratégias de combate à criminalidade no município
Asegurança pública foi o tema central da segunda Reunião-Almoço promovida pela Câmara de Comércio, Indústria, Serviços e Agronegócio de Estrela (Cacis) neste ano. Com o título “Aespro e a segurança em Estrela: um compromisso de todos”, o encontro trouxe à pauta o trabalho desenvolvido pela Associação
Estrelense Pró-Segurança Pública (Aespro), destacando conquistas, desafios e o papel da sociedade civil no fortalecimento das ações de combate à criminalidade no município. As inscrições para o evento seguem abertas.
A palestra contou com a participação de membros da Aespro, além do delegado de Estrela, Márcio de Abreu Moreno, e do comandante da 2ª Companhia do 40º Batalhão da Brigada Militar, capitão Walesko De Val Baroni Gomes, ambos também integrantes da entidade.
A presidente da Aespro, Elaine Strehl, apresentou um panorama das ações desenvolvidas desde a fundação da associação, em 21 de dezembro de 2020. Entre os avanços, ela destacou a compra de equipamentos para estruturar tanto o batalhão da Brigada Militar quanto a Patram, graças às contribuições de associados.
“Nosso objetivo agora é viabilizar a construção de uma sede única para a BM, a Polícia Civil e a Pa-
tram. Já conseguimos a doação de uma área de terra e agora iniciamos o processo de captação de recursos”, explicou.
O delegado Márcio Moreno trouxe dados que demonstram o impacto de uma gestão estratégica da segurança: em 2024, foram realizadas cinco grandes operações, 96 representações por ordens judiciais e 26 prisões. O município registrou apenas três homicídios: um ligado ao tráfico, um passional e um latrocínio.
Moreno também destacou projetos em andamento para o primeiro semestre, como a qualificação do atendimento a grupos vulneráveis, o combate aos crimes ambientais e à corrupção, além da busca por uma nova sede para a Polícia Civil. “A segurança garante qualidade de vida e é um fator decisivo para quem deseja viver ou
Comandante da 2ª Companhia do 40º Batalhão da BM, capitão Walesko De Val Baroni Gomes
investir em uma cidade”, frisou.
Já o comandante da Brigada Militar, capitão Baroni, apresen-
tou números igualmente relevantes: queda de 66,6% nos homicídios, 75% na redução de roubos a veículos e comércios, além de 61 quilos de drogas e R$ 56,8 mil apreendidos. Ele também ressaltou projetos de prevenção como o Proerd, que formou 427 alunos em 14 escolas da cidade, e ações sociais como a Patrulha Maria da Penha e o programa Criança Feliz.
Como parte do compromisso com o associativismo, a Cacis organiza uma ação voluntária no dia 3 de maio, para marcar o Dia Nacional do Associativismo. A iniciativa visa contribuir com a limpeza e revitalização da Escola Colmeia, em Estrela. “Se você acredita que pode melhorar um ambiente, junte-se a essa causa. Não é obrigação, é vontade de fazer a diferença”, convidou o presidente da Cacis, Claus Wallauer.
Série revela a urgência de promover uma nova cultura de paz, escuta e prevenção em saúde mental dos jovens
Jéssica R Mallmann jessicarmallmann@grupoahora.net.br
ESPECIAL
Aadolescência é marcada pela busca por aceitação e pelo desafio de lidar com emoções intensas. É um período de descobertas e inquietações, que muitas vezes são atravessadas por pressões sociais e virtuais. Esse cenário foi trazido à tona na série “Adolescência”, da Netflix, que alcançou projeção mundial ao propor um olhar sensível sobre essa fase da vida, e ressaltou o papel da educação e do acolhimento na formação dos jovens. A assistente social e coordenadora do Pacto Lajeado pela Paz, Tânia Rodrigues, explica que é natural que os adolescentes busquem validação fora do núcleo familiar, explorem diferentes grupos de amigos, redes sociais e outras referências culturais.
“Na infância, costumamos saber quase tudo sobre a criança: seus gostos, medos, músicas e livros preferidos. Mas, à medida que os filhos crescem e buscam sua autonomia, muitos adultos deixam de acompanhar esses aspectos da vida deles”. Esse afastamento de interesses pode acarretar no que a série sugere como um desencontro entre o que as escolas ensinam, o que os pais monitoram e o que os adolescentes realmente vivem. Para Tânia, isso é reflexo de uma crise nas relações humanas.
“Vivemos em um tempo em que muitos estão fisicamente presentes, mas emocionalmente distantes. E é justamente nessa distância que se amplia o abismo entre o que se ensina, o
Essa incapacidade gera sentimentos de revolta, ódio, frustração, baixa estima, vitimização e radicalização, principalmente focado na misoginia.”
que se monitora e o que se vive. Superar esse cenário exige mais escuta, mais presença e, acima de tudo, mais humanidade nas relações”, afirma.
Ao mesmo tempo em que a internet e as redes sociais possibilitam que as pessoas se conectem a partir de interesses comuns, ela faz com que os jovens criem um universo próprio, com códigos e regras nem sempre compreendidos pelos adultos. “O uso de ícones (nas redes sociais), tal como mostra a série, é um dos elementos que podem servir como marca de distinção. Nada que roupas e gírias já não fizessem na vida off-line”, destaca o mestre e doutor em comunicação e informação, Flávio Meurer.
A questão é que as barreiras que naturalmente são colocadas entre adultos e jovens foi potencializada com a internet. Principalmente com o uso de fóruns do tipo 4Chan e Discord, onde essa liberdade autorregulada se torna o espaço propício para ideias radicais, como aquelas apresentadas em “Adolescência” e que fomentam o ódio.
“A série sugere que a escola está despreparada para lidar com isso, e a família – ainda que de um jeito diferente – também. Enquanto a escola parece perder o sentido
para os jovens, a família, por mais atenciosa e funcional que seja, não consegue perceber sinais de que há algo de errado”, ressalta Meurer.
O professor explica que os discursos de ódio, tais como a misoginia - um dos assuntos de destaque da série - movimentam as redes sociais. A fragilidade de tantos adolescentes homens diante das questões que envolvem relacionamentos é um terreno fértil para que tais ideias prosperem.
FLÁVIO MEURER DOUTOR EM COMUNICAÇÃO
E a situação se agrava com a dinâmica de entrega de conteúdos promovida pelos algoritmos e a ausência de regulação das plataformas, que se amparam no discurso da liberdade de expressão.
“Adolescência” aborda o fenômeno Incel, um conceito que surgiu há cerca de 30 anos e se popularizou com a trama. Segundo a psicopedagoga clínica e institucional, Aline Heineck, o termo é uma abreviação para “celibatário involuntário” e representa um movimento composto predominantemente por homens heterossexuais que se consideram incapazes de ter relacionamentos amorosos ou sexuais com mulheres, mesmo desejando tê-los.
O uso de ícones (nas redes sociais), tal como mostra a série, é um dos elementos que podem servir como marca de distinção.”
confiança total nos filhos, a permissividade dos pais no sentido do vocabulário utilizado pelos adolescentes. “Hoje crianças e adolescentes criam mundos dentro do quarto diante de uma tela e sem a supervisão de um adulto, não temos como mensurar em quais comunidades, quais vídeos e leituras que eles acessam”, afirma a especialista. Para ela, é de suma importância olharmos para a educação em um todo e resgatar o que parece que está fora de moda: a hierarquia dentro das famílias, onde pai e mãe são as autoridades e os maiores exemplos dos filhos.
“Essa incapacidade gera sentimentos de revolta, ódio, frustração, baixa estima, vitimização e radicalização, principalmente focado na misoginia. Ou seja, o ódio cultuado pelas mulheres”, explica Aline. “Embora em menor número, mulheres também participam das comunidades incel, compartilhando das mesmas características”. Na série é possível identificar diversas falhas das famílias envolvidas, como o excesso de trabalho dos progenitores,
As temáticas abordadas na série, como a misoginia e o isolamento de jovens, podem parecer distantes à primeira vista, mas refletem questões cada vez mais presentes — inclusive na região do Vales. “Acreditar que ‘isso não acontece aqui’ nos afasta da responsabilidade de agir e compreender o que está, muitas vezes, bem diante de nós, mas de forma silenciosa ou disfarçada”, enfatiza Tânia.
A série mostra que a falta de condução familiar e o desvio de conduta podem ter consequências trágicas. Os pais permissivos em excesso, a escola sem controle e o bullying são alguns dos fatores que contribuem para essa realidade assustadora.
ENTREVISTA • Tânia Rodrigues, coordenadora do Pacto Lajeado pela Paz
O anonimato e a sensação de pertencimento em redes traz riscos? O ambiente digital pode reforçar padrões negativos de pensamento e alimentar sentimentos de rejeição e isolamento?
Para refletirmos sobre isso, vale uma pergunta: como reagimos às curtidas e comentários nas redes sociais? O que nos motiva a postar? Na maioria das vezes, é o desejo de sermos vistos, reconhecidos, aceitos. E essa busca por validação é ainda mais intensa na adolescência, fase em que a identidade está em construção e o olhar do outro tem enorme peso.
Ambientes fechados e anônimos podem, por um lado, ser espaços de refúgio e pertencimento, onde adolescentes encontram pares com interesses em comum. Isso é natural e pode até ser positivo. No entanto, quando essas comunidades reforçam ideias distorcidas, padrões de exclusão, discursos de ódio ou promovem o isolamento como forma de proteção, passam a ser ambientes perigosos — que intensificam
atentos não apenas ao conteúdo que os jovens consomem, mas também às interações que estabelecem e às emoções que esses espaços despertam.
Como os adolescentes manifestam que algo está errado?
Os sinais de sofrimento nem sempre são óbvios. Muitas vezes, os adolescentes comunicam suas dores de forma sutil: por meio de
silêncios prolongados, mudanças repentinas de comportamento, isolamento ou até postagens que parecem inofensivas à primeira vista. E nem sempre o jovem mais "difícil" é o que mais sofre — às vezes, podem ser os mais calados, gentis e retraídos que passam despercebidos.
O desafio dos adultos é estar presente de verdade: com escuta ativa, interesse genuíno e disposição para dialogar sobre o que é importante para ele.
Qual a importância de compreender o bullying/ preconceito não apenas como um ato isolado de agressão, mas como um reflexo de dinâmicas sociais?
Compreendê-los como reflexos de dinâmicas sociais e relações fragilizadas é essencial para romper com a lógica simplista de identificar vilões e heróis. A série Adolescência nos provoca a enxergar além dos rótulos, ampliando o olhar para os contextos que moldam comportamentos. O bullying não é apenas um ato individual de agressão — é um fenômeno coletivo.
O Pacto Lajeado pela Paz é uma iniciativa que visa construir uma cultura de paz no município, abordando temas que representam desafios nas relações humanas — como os retratados na série. Para isso, promove ações integradas baseadas, especialmente, na educação socioemocional, na parentalidade positiva e na Justiça Restaurativa. Por meio dos projetos realizados em sala de aula, conseguem sensibilizar a comunidade escolar para temas como bullying e os perigos das redes.
Como adultos, muitas vezes, acreditamos que, por sermos responsáveis, devemos ser os detentores do saber. No entanto, é essencial reconhecer que os jovens também têm muito a nos ensinar sobre suas experiências e realidades.”
Três gerações dos “Glufke” comprovam: educação fortalecida vai além das salas de aula. A família formou um empresário, uma professora, seus filhos e, agora, os netos, sempre com foco em liderança e formação cidadã
ducação não se limita à sala de aula, mas é alicerce para uma vida na sociedade. A educação integral da família Glufke iniciou nos anos 1950, com o empresário Carlos Alfredo Glufke, e segue hoje, com os netos buscando o aprendizado moderno para o futuro profissional.
O casal Carlos Alfredo Glufke, 75 anos, e Maria Irene Glufke, 68 anos, construiu
uma trajetória que atravessa gerações, das salas à liderança de uma empresa e à docência, passando pelos filhos e, agora, pelos netos.
Do jardim de infância ao comando de uma frota
Carlos Alfredo Glufke ingressou no CEAT nos anos 1950, quando era comum começar pelo jardim de infância. Foram anos assimilando as lições dos mestres, rígidos no conteúdo, afetivos nos relacionamentos. “Os professores eram instrutores. Não existia internet. O saber vinha por intermédio deles”, salienta o empresári Glufke formou-se em contabilidade, estudou na PUC e lecionou por quatro anos no Alberto Torres. Foi neste tempo que assumiu a direção do Expresso Azul, empresa fundada por sua família. “A escola me ensinou disciplina
e organização – até minha ‘bagunça’ é planejada”, brinca A empresa Expresso Azul virou referência em transporte de ônibus. Glufke atuou na administração por 43 anos. Viu os filhos passarem pela
mesma escola. “A educação mudou ao longo dos anos. Meus netos aprendem novas lições. O mundo acelerou.
Nas aulas de alemão, Glufke aprendeu o poder da língua; nas de datilografia,
aprendeu a escrever na tecnologia da época. O jeito de lidar com pessoas está entre as lições poderosas que assimilou na época escolar. Os relacionamentos são fundamentais para conduzir a empresa, a frota e o destino de milhões de passageiros. Para Glufke, aprender é entender o espírito do tempo e acompanhar as lições de um mundo acelerado.
A professora que virou mãe de alunos
Maria Irene Glufke entrou no CEAT aos 4 anos e permaneceu até se tornar professora. Na infância, Maria Irene utilizava as ferramentas do pátio da escola para brincar. Os balanços e a gangorra atiçam a memória afetiva. A casa do jardim de infância hoje se transformou na casa da Liga de Combate ao Câncer, importante referência para sua lembrança.
Maria Irene cresceu e se tornou alfabetizadora no
CEAT. Durante 25 anos, instruiu, conduziu e acolheu. Alfabetizou gerações, incluindo os próprios filhos. “Fui tia na escola e mãe em casa. Meus filhos foram bons alunos, o que facilitou o processo”, salienta a educadora aposentada.
Para Maria Irene, a escola é uma extensão do lar, um espaço onde o afeto e a amizade florescem. “Ensinar é mostrar a dimensão humana, social e generosa do ser humano. Tudo participa da vida”. Construir laços com os alunos fortaleceu o processo de alfabetização. Os alunos vivenciaram fortemente sua casa, onde interagiram com os filhos. Ela mostra, assim, que é preciso estar próximos dos jovens, filhos e estudantes. Como professora, Maria Irene mostrou a importância da parceria entre família e escola. E seu lado mãe evidenciou a escola como alicerce para o futuro. Ela sabe: a educação criativa aumentou o potencial de filhos e alunos. Isso não tem preço, tem valor.
Alessandra: aluna das mil e uma atividades
A filha mais velha, Alessandra Glufke, 45, advogada e líder na OAB, credita ao grêmio estudantil sua veia proativa. “Defender ideias e trabalhar em equipe, isso eu aprendi no colégio. Do primeiro dente que perdeu na aula do pré-escolar às atividades de liderança no Grêmio do colégio, Alessandra interagiu com diferentes grupos e viveu a escola ativa. Além da sala de aula, ela participou de gincanas e ações que a guiaram para o trabalho em grupo. “Foram muitos momentos que contribuíram para quem eu sou hoje.” Das diversas habilidades lapidadas na escola, traz o espírito de trabalho coletivo, a ênfase na liderança e a capacidade de defender ideias. “A educação é a base da sociedade. A formação vai além das matérias. A escola nos ajuda a entender como contribuir em sociedade”, enfatiza Alessandra.
Amigos para a vida
O engenheiro Carlos Guilherme Glufke mantém as amizades que floresceram no colégio. Ainda na
”
As atividades no colégio abriram oportunidades e isso faz a diferença na vida depois”
Alessandra Glufken advogada
”
Os alunos viveram nosso lar.
Na escola eu era profe, aqui em casa, eu fui a tia”
Maria Irene Glufke, professora aposentada
juventude, formou o círculo de relacionamentos que contribui para a vida e o ambiente profissional. Estudou engenharia em Porto Alegre e cultivou o grupo. “Nos tempos de estudo em Porto Alegre, visitava Lajeado duas vezes ao mês. Reunia-me com a turma.”
Em 2024, o grupo de amigos do CEAT celebrou o encontro de 25 anos de formandos. Ele acredita que a educação inspira relações. “Aprender a conviver é essencial para vivermos em sociedade”, destaca.
A vez dos netos
Os filhos de Carlos, Carolina e Carlos Gustavo, agora experimentam o poder das amizades no mesmo colégio que o pai. “A gente prestou atenção nos valores que a escola transmite aos jovens. Isso influenciou para mantê-los no colégio.”
Carolina Mayrhofer Glufke, 10 anos, está na quinta série. Expansiva, faz do atletismo seu cotidiano de exercícios.
A garota divide o tempo apreciando aulas de música. Aprendeu a tocar violoncelo no colégio. “A educação pode ser divertida”, salienta ela.
Carlos Gustavo, 6, está no início do primeiro aprendizado, fundamental para a inserção de valores sólidos que o irão conduzir para a vida cidadã.
A educação da família Glufke continua em evolução: dinâmica, forte e criativa, essencial para um mundo impermanente que exige conhecimento contínuo.
coisas bem pensadas.
A escola auxiliou na disciplina”
empresário
” Os colegas formaram a para o círculo de amizades e negócios”
Carlos Guilherme Glufke, engenheiro
” No futuro, penso em algo que possa ajudar pessoas”
Carolina Mayrhofer Glufke, 10 anos, aluna
A primeira noite de apresentações ocorreu na sexta-feira, 11. Neste sábado, 12, nova sessão ocorre a partir das 19h, em frente ao Convento Franciscano São Boaventura, no Bairro Daltro Filho
Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br
IMIGRANTE
om novidades e cada vez mais profissionalismo, a 19ª edição da Paixão de Cristo de Imigrante iniciou na noite de sexta-feira, e promete emocionar o público ao recontar os momentos finais da vida de Jesus sob a perspectiva de Maria Madalena. O espetáculo também será apresen-
tado neste sábado, 12, a partir das 19h, em frente ao Convento Franciscano São Boaventura, no Bairro Daltro Filho. Com cerca de 60 atores locais, o evento une teatro, música e fé, com recepção da Orquestra Municipal e da Orquestra Jovem. A encenação, que ocorre há 17 anos, se consolidou como uma tradição cultural de Imigrante e do estado, reunindo fiéis e apreciadores da arte cênica para reviver a trajetória de Jesus, da vida à ressurreição. A entrada é gratuita.
A cada edição, o espetáculo se reinventa, trazendo novidades no roteiro, figurino e cenografia. Neste ano, a proposta é entregar ao público uma experiência sensorial e emocional, fortalecendo laços comunitários e a identidade cultural local por meio de uma mensagem de amor, fraternidade e esperança.
Secretário de Cultura, Desporto e Turismo do município, Charles Porsche afirma que o espetáculo consolida seu reconhecimento no estado e até mesmo no Brasil. A expectativa para o
evento deste ano é reunir grande público no município para um momento de reflexão.
Diretor do espetáculo, Pablo Capalonga destaca que esse é o resultado de um trabalho intenso, em especial, nos últimos dois meses. “A história representada é de um trecho de vivência muito pesado, então os atores se envolvem muito com as cenas que acontecem e tem que realmente dispenser uma grande carga dramática para vivenciar aquilo”, reforça.
Segundo Capalonga, o projeto busca sempre contar os momentos principais que antecedem a morte de Jesus, mas também por ter sempre um espetáculo novo e inédito para a comunidade. No elenco, está Alex Possamai, ator que representa o Jesus da peça há dez anos. “Esse papel é muito importante pra mim. Ninguém interpretou Jesus tantos anos aqui em Imigrante. Antes, a
FÁBIO KUHN
cada edição, um ator diferente era convidado, muitos de fora. Desde que eu assumi, o papel passou a ter uma continuidade”, conta Possamai.
O autor afirma que, mesmo representando o mesmo papel, a cada ano o desafio se renova com mudanças no texto, na direção e nos elementos de cena. O espetáculo também vem ganhando qualidade profissional. A cada apresentação, a encenação ganha novos elementos, como fogo, água, novos efeitos e releituras contemporâneas da história bíblica.
“As pessoas já sabem o que vai acontecer, mas a gente quer surpreender. O maior desafio é justamente esse: inovar, emocionar de novo, fazer diferente”, explica.
Possamai relata que há visitantes que assistem ao espetáculo movidos pela fé, pela emoção, ou mesmo para cumprir promessas.
A encenação, que ocorre há 17 anos, se consolidou como uma tradição cultural de Imigrante e do estado
A organização preparou uma estrutura completa para receber o público com segurança e conforto. Haverá praça de alimentação, feira de produtores e artesanato, banheiros autolimpantes, ervateira com distribuição de erva-mate e água quente, além de ambulância para atendimento de saúde. A realização é do Ministério da Cultura – Governo Federal do Brasil – União e Reconstrução, via Lei Rouanet. A produção cultural é da SD Produções. O evento conta com patrocínio da HAVAN e Hassmann S.A (via Lei Rouanet) e patrocínio direto da Sicredi e Gota Limpa.
Esse papel é muito importante pra mim. As pessoas já sabem o que vai acontecer, mas a gente quer surpreender. O maior desa o é justamente esse: inovar, emocionar de novo, fazer diferente”
POSSAMAI
ATOR QUE INTERPRETA JESUS
CARLOS MARTINI Administrador
Foram 11 meses, ou 344 dias, conforme a referência, e a travessia sobre o Rio Forqueta na ERS-130 está restabelecida, até com maiores e melhores dimensões que a anterior.
MARCOS FRANK
Médico Neurocirurgião
Mas não vejo como negar agora os devidos méritos e conceder
A obra deu muito pano pra manga, até em função de cronogramas iniciais meio otimistas demais para uma obra dessa envergadura, nevrálgica e absolutamente prioritária.
Não sei vocês, mas eu achei muito interessante o estudo inicial apresentado em primeira mão nesta semana para a estruturação de um futuro anel rodoviário aqui pelas bandas do Taquari. É um dos principais ¨corações¨ logísticos do estado e uma iniciativa dessa envergadura precisa levar na devida consideração não somente o tráfego local, mas todas as conexões com a malha viária estadual, com ramificações nacionais e até internacionais. Sem falar no aproveitamento de infraestruturas já existentes e as em fase de implantação, topografia e geologia mais adequadas, relativamente distantes de conglomerados urbanos consolidados, e por aí a fora.
elogios pela rápida recuperação dessa importante travessia, fundamental para a região e também para a logística estadual.
Muitas conversas e críticas foram solenemente por água abaixo...
Já especulei em coluna anterior que a opção apresentada poderia ser a mais viável, considerando-se as RSs 130, 453, 129, 287, um ¨braço¨ de conexão com a Rota do Sol e a BR-386 via Transantarita e um outro braço futuro a ser implantado na rodovia federal ¨a cavaleiro¨ da atual travessia, já imaginado desde a década de 70, quando da implantação do chamado entroncamento hidro-rodo-ferroviário. Sujeito a levar chumbo, mas deixo meu pitaco: pro meu gosto e salvo melhor juízo (técnico!), tá no rumo certo. Como diz o meu Cumpádi Belarmino: a bola foi colocada no centro do campo e não é quadrada, é redondinha e tem fundamento.
Não sei vocês, mas eu achei muito interessante o estudo inicial apresentado em primeira mão nesta semana para a estruturação de um futuro anel rodoviário aqui pelas bandas do Taquari. É um dos principais ¨corações¨ logísticos do estado e uma iniciativa dessa envergadura precisa levar na devida consideração não somente o tráfego local, mas todas as conexões com a malha viária estadual, com ramificações nacionais e até internacionais.
Sem falar no aproveitamento de infraestruturas já existentes e as em fase de implantação, topografia e geologia mais adequadas, relativamente distantes de conglomerados urbanos consolidados, e por aí a fora.
Já especulei em coluna anterior que a opção apresentada poderia ser a mais viável, considerando-se as RSs 130, 453, 129, 287, um ¨braço¨ de conexão com a Rota do Sol e a BR-386 via Transantarita e um outro braço futuro a ser
Supremos Protagonismos (duplo com) Descrenças Generalizadas.
implantado na rodovia federal ¨a cavaleiro¨ da atual travessia, já imaginado desde a década de 70, quando da implantação do chamado entroncamento hidro-rodoferroviário.
Sujeito a levar chumbo, mas deixo meu pitaco: pro meu gosto e salvo melhor juízo (técnico!), tá no rumo certo.
Como diz o meu Cumpádi Belarmino: a bola foi colocada no centro do campo e não é quadrada, é redondinha e tem fundamento.
A nona botou uma placa na porta do bolicho:
- Vendemos fiado!
O nôno pragmático escreveu embaixo:
- Somente para pessoas com mais de 90 anos, acompanhadas pelos avós.
“Se os Estados Unidos não lutarem politicamente contra a maior tirania do mundo, então, inevitavelmente, terão que lutar economicamente e, eventualmente, militarmente.”
Wei Jingsheng, dissidente chinês ao congresso americano em 2000.
Em 1976 o então presidente americano Richard Nixon enviou o chanceler Henry Kissinger a China para restabelecer relações diplomáticas e afastar os chineses da influência soviética.
Há muito existia um argumento liberal de que a interdependência econômica diminui a probabilidade de guerra entre países. Durante algumas décadas esse fato foi verdade para as relações ali iniciadas entre EUA e China, até que cinquenta anos depois o recém eleito presidente Donald Trump se aproxima do presidente russo Putin, de maneira aparentemente inexplicável, já que esse havia atacado a Ucrânia. Na verdade, o objetivo seria para afastar dessa vez a Rússia da influência chinesa.
Assim é o mundo e suas voltas. Finda a guerra fria, iniciada na segunda metade do século XX, estamos prontos novamente para outra grande guerra, e ela já iniciou: “China e Estados Unidos não estão apenas em uma guerra comercial. É uma luta pelo século XXI”, escreveram Matt Pottinger e Liza Tobin, ambos especialistas em assuntos chineses e veteranos do primeiro governo Trump.
Há muito existia um argumento liberal de que a interdependência econômica diminui a probabilidade de guerra entre países.”
Silenciosamente e de maneira surpreendentemente ingênua, duas décadas de produtos chineses baratos ajudaram a manter os preços baixos para os americanos, mas também aceleraram a perda de empregos na indústria dos EUA e financiaram uma militarização chinesa em massa que acabou por desafiar abertamente o poder dos EUA em todo o mundo. Essa é a motivação para os acontecimentos atuais, e por isso erra quem tenta entender os atuais acontecimentos apenas pela economia.
Atualmente os produtos chineses estão inseridos inclusive nas cadeias de suprimentos da indústria de defesa americanas. As intenções hegemônicas chinesas já eram percebidas no primeiro governo Trump e também durante a presidência de Joe Biden, tanto que em 2023 as exportações da China para os Estados Unidos caíram para apenas 13% do total em comparação com quase 20% em 2016. De forma similar as importações chinesas também caíram de quase 10% para 7% nesse período.
Ou seja, o afastamento que precede a guerra já havia iniciado, o que mudou nesse ano foi a estridência com que Donald Trump envolveu o resto do mundo na guerra das duas super potências.
Nova agência foi entregue ontem com presença do ministro.
Espaço antigo está de posse do hospital
Durante a entrega da nova agência do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o diretor do Hospital Bruno Born, Cristiano Dickel destacou que a instituição encaminhou projeto junto ao Estado para transformar a antiga agência emum centro regional de cuidados aos idosos.
O imóvel, com mais de 2,3 mil metros quadrados está situado na esquina da Avenida Benjamin Constant com a Rua Saldanha
pronto desde o ano passado
477, no centro da cidade. Participaram também o superintendente regional Sul do INSS, Alberto Alegre e várias autoridades estaduais e regionais.
Orçada em cerca de R$ 4 milhões, a nova agência possui 1.369 metros quadrados de área construída, seguindo padrões de acessibilidade. O imóvel conta com elevador, nove salas para realização de perícias, salas de justificação administrativa, sala de reabilitação profissional, retaguarda para análise de processos, entre outras divisões.
No local são atendidas cerca de 130 pessoas diariamente. Em Lajeado, o INSS é responsável pelo pagamento de mais de 27 mil benefícios que todos os meses injetam cerca de R$ 51 milhões na economia do município.
Cadastramos o projeto no Saúde 60+, do Estado. Nossa intenção é transformar o espaço em um centro especializado para os idosos.”
Marinho. “O investimento integra nosso projeto de expansão”. Conforme o diretor, a ideia de usar aquela área para ampliação do HBB começou a ser discutida há 12 anos em razão da falta de espaço para expansão do hospital, mas tomou forma a partir de 2021, quando o INSS nacional concordou em fazer a permuta com o município.
Com o avanço das negociações, o governo municipal de Lajeado cedeu ao INSS um terreno localizado na rua Cel. Júlio May para a construção da nova sede do INSS. O HBB ficou responsável pela execução da obra do novo prédio do
INSS. O governo municipal então recebeu o terreno do atual INSS em troca, e repassou este terreno ao hospital, que então repassará os valores em serviços de saúde ao município.
O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, e o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, Alessandro Stefanutto, participaram da inauguração oficial
da Agência da Previdência Social (APS) de Lajeado. A solenidade ocorreu nessa sexta-feira na sede da agência que fica na Rua Júlio May,
A inundação atingiu a APS causando a destruição de móveis e equipamentos eletrônicos. Devido aos estragos, a unidade ficou fechada por um período. Em novembro do ano passado houve a retomada dos atendimentos em um local improvisado no Salão Paroquial da Igreja Matriz da cidade até a conclusão da reforma da agência, onde o público voltou a ser atendido no início de janeiro deste ano.
Edital para a obra foi publicado nesta quinta-feira, 10, e permanecerá aberto por 36 dias
Aconstrução da nova ponte entre Travesseiro e Marques de Souza deve começar apenas em novembro, conforme projeção do prefeito de Travesseiro, Gilmar Southier (MDB). Orçado em R$ 13,5 milhões, o projeto prevê a conclusão da obra em 14
meses, restabelecendo a ligação entre os dois municípios.
Embora parte da estrutura antiga ainda esteja de pé, o prefeito destaca que será necessário remover os trechos remanescentes. A empresa vencedora da licitação ficará responsável tanto pela execução da obra quanto pela elaboração do projeto executivo, que deverá ser entregue em até 45 dias e aprovado pela Defesa Civil.
O edital foi publicado nesta quinta-feira, dia 10, e está disponível para consulta no site oficial da prefeitura. A modalidade será por concorrência pública e o processo de licitação ficará aberto por 36 dias. A abertura das propostas ocorrerá no dia 4 de junho, em sessão pública realizada na Câmara de Vereadores, às 9h, com transmissão ao vivo.
A maior parte dos recursos está garantida pela Defesa Civil
Nacional, e a responsabilidade pela fiscalização da obra será do município de Travesseiro. “Este valor representa 45% do nosso orçamento anual”, afirma Southier.
Orçado em R$ 13,5 milhões, o projeto prevê a conclusão da obra em 14 meses, restabelecendo a ligação entre os dois municípios
DADOS SOBRE O PROCESSO DA NOVA PONTE
Data da licitação presencial: 4 de junho, às 9h, na Câmara de Vereadores; Prazos definidos:
• 36 dias para o período de licitação;
• Após a licitação, a empresa vencedora terá 45 dias para apresentar o projeto executivo;
• Até 35 dias após o acordo para iniciar a obra;
• Previsão de início entre outubro e novembro;
• Prazo de conclusão é de 14 meses.
Desde o início da semana, Lajeado recebe o maior evento circense do estado, com a 10ª edição do Sesc Circo. O festival reúne, até o dia 13, artistas do Brasil e da América Latina para espetáculos engraçados e emocionantes. São 22 espetáculos, que totalizam 38 sessões, além de oficinas, cortejo e a Caravana Cedelinho, com atrações gratuitas em escolas, ruas e na Lona Sesc Circo, na Av. Piraí.
O primeiro café da manhã de 2025 do Fórum da Mulher Empresária da Acil ocorreu na manhã desta terça-feira. Para cerca de 90 pessoas, a gestora comercial da Dale Carnegie Vale do Taquari, Cassiane Schwarzer, e a
fundadora da Usté Cosméticos, Josi Richter, falaram sobre os benefícios da comunicação para lideranças empresariais. O próximo evento promovido pelo grupo será no mês de junho, com data e tema a serem definidos.
O Estúdio Alfa inaugurou na quinta-feira, 10, o moderno espaço de estratégia e conteúdo, adaptado tecnologicamente para fortalecer a comunicação das marcas do Vale e do RS. Com a presença de clientes, parceiros e profissionais do mercado da comunicação, do design e do jornalismo, o momento celebrou a nova fase. O diretor Sérgio Ricardo Sant’Anna evidenciou aos convidados, a proposta e o DNA da equipe: conteúdo relevante para tornar marcas ainda mais relevantes. O novo espaço fica no Hickmann Select, no 5º andar.
Areinauguração da ponte da ERS 130 marca a reconexão da região alta e baixa do Vale. Outras ligações do Vale já passaram por esse processo e, além de sua óbvia importância logística, também tem simbolismo turístico.
É o caso da Ponte de Ferro entre Arroio do Meio e Lajeado. A poucos metros da reinaugurada ponte da ERS 130, a estrutura sobre o rio Forqueta foi reconstruída em apenas 15 dias entre os meses de maio e junho de 2024.
Todo o trabalho para recolocar o vão levado pela força das águas foi capitaneado por empresas como a Lyall, Guinchos Sansão e Tintas Nobre. A ação se tornou, talvez, o principal símbolo do recomeço e resiliência regional.
A Ponte de Ferro foi inaugurada em 1939 com as estruturas metálicas vindas diretamente da Alemanha. O ponto serviu até para cenário de filme – Os famosos e os duendes da morte, lançado em 2009. No pilar também ocorreram atividades radicais de pêndulo e rapel.
Outra ligação turística famosa é a Ponte Rodoferroviária Brochado da Rocha, entre Muçum e Roca Sales. A estrutura para veículos foi danificada na enchente de setembro de 2023. A reconstrução ocorreu após 18 meses e inaugurada em março de 2025. A arquitetura chamativa fez a Brochado da Rocha se tornar cartão-postal. Tem longos arcos que permitem no seu topo o trânsito de locomotivas. O passeio do Trem da Imigração passou por duas temporadas na ponte. Com quase 300 metros de largura, a Brochado foi inaugurada na década de 60. Graças a ela Muçum ganhou o apelido de “Princesa das Pontes”.
365vezesnovaledotaquari@gmail.com
A Ponte de Ferro de Encantado foi levada pela enchente de maio de 2024 e não mais recolocada. Por muitos anos foi a única ligação entre as regiões do Planalto Central e Metropolitana. Com a ascensão do turismo na cidade, se transformou num destino popular ao lado do restaurante Moinho 332.
Roberto Carmai
Duarte Alvim Junior já atuou em duas comarcas do Vale e tem experiência com uso de tecnologia nos processos investigatórios
henriquepedersini@grupoahora.net.br
LAJEADO
Assumiu oficialmente a tirularidade da 1ª Vara Criminal de Lajeado o promotor de justiça Roberto Carmai Duarte Alvim Junior. A cerimônia ocorreu nessa sexta-feira, 11, na sede do Ministério Público. Com o reforço, o MP dispõe de sete promotores designados a diferentes atuações na comarca.
Roberto será responsável pela representação do MP no tribunal do júri, em casos de crime
contra a vida, além da tramitação processual nos casos de estupro, roubos, tráfico de drogas e ocorrências similares. “Uma realização profissional atuar em Lajeado, nessa vara especializada. Vai contribuir muito para minha carreira”, especifica. O novo promotor reforçou ainda a integração dos órgãos de segurança pública e o trabalho próximo da comunidade desempenhado pelo judiciário.
Natural de Porto Alegre, ele atuou no Vale nas comarcas de Encantado e Taquari. Ao longo da carreira na justiça pública, passou ainda pelas cidades de São Sepé, Charqueadas, Ibirubá, Parobé e São Jerônimo. Além do trabalho em diferentes regiões do estado, Carmai esteve à frente do CyberGaeco (Grupo de Atuação Especial Ao Crime Organizado na área de Crimes Cibernéticos). Além disso, ele
também integra o Núcleo de Tecnologia e Inovação da Associação do Ministério Público do RS, além de ser professor na área de investigação digital e inteligên-
cia artificial aplicada ao direito. “Ferramentas que podem ajudar muito na rotina de investigação e apuração de aspectos decisivos”, resumiu.
ANTÔNIO TREMARIN, 64, faleceu na sexta-feira, 11. O sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal de Dois Lajeados.
ALMIRO PEREIRA DE VARGAS, 76, faleceu na sexta-feira, 11. O sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal de Taquari.
VALMOR SALTON, 69, faleceu na quinta-feira, 10. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico do Hidráulica, em Lajeado.
CLEUSA TERESINHA ARENHARDT ENDLER, 62,
faleceu na quinta-feira, 10. O sepultamento ocorreu no cemitério de Linha Olavo Bilac, em Santa Emília, em Venâncio Aires.
PEDRO WALDEMAR HUBNER, 64, faleceu na quinta-feira, 10. O sepultamento ocorreu
no cemitério evangélico da Comunidade Evangélica de Forquetinha.
LUIZ VALANDRO, 78, faleceu na quinta-feira, 10. O sepultamento ocorreu no cemitério da Linha Três Reis, em Relvado.
(51) 3710-4200
Jogo duRo
em meio à desconfianças, Grêmio recebe o Flamengo pela terceira rodada do Brasileirão
Caetano Pretto caetano@jornalahora.inf.br
Avitória no meio de semana pela Copa Sul-Americana não serviu para diminuir as críticas ao trabalho do técnico Gustavo Quinteros. O Grêmio teve novamente dificuldade, mesmo que tenha conquistado os três pontos. Neste domingo, a régua de enfrentamento sobe consideravelmente, com o Tricolor recebendo o Flamengo, às 17h30min, na Arena. A Rádio A Hora transmite o confronto.
Mesmo que tenha vencido o Atlético Grau por 2 a 0, a má atuação mais uma vez fez as críticas ao trabalho de Quinteros subirem o tom. Jogadores também falaram após o jogo sobre a dificuldade de entendimento e execução das ideias do treinador.
Contra o forte Flamengo, boa atuação pode significar um recomeço no trabalho, ao mesmo tempo em que há o temor de nova atuação ruim e derrota em casa. Pelo treinos da semana, o Grêmio deve ter novamente o esquema com dois volantes e um meio-campista, mas com mudanças nas peças. O trabalho de sexta-feira mostrou Dodi e Villasanti como dupla de volantes atrás de Cristaldo. No ataque, Amuzu e Braithwaite retornam.
O provável Grêmio para o
Braithwaite está liberado para jogar e deve voltar a ser titular no Grêmio
confronto tem: Tiago Volpi; João Pedro, Rodrigo Ely, Wagner Leonardo e Lucas Esteves; Villasanti, Dodi (Camilo) e Cristaldo; Cristian Olivera, Amuzu e Braithwaite.
Flamengo poupou no meio de semana
O Rubro-negro está com todo foco voltado para o Brasileirão.
Na última quarta-feira, 9, o técnico Filipe Luis preservou titulares diante do Central Córdoba, pelo Libertadores, e acabou derrotado por 2 a 1. A atuação gerou questionamentos dos torcedores.
O lateral Wesley, os meio-campistas Erick Pulgar e Gerson e o atacante Everton Cebolinha
3ª rodada - sÁBado
foram poupados no meio da semana e devem voltar ao time titular. Além disso, o centroavante Pedro, que voltou a jogar diante do Central Córdoba, também fica à disposição.
O provável time titular tem: Rossi; Wesley, Léo Ortiz, Léo Pereira e Alex Sandro; Pulgar, De la Cruz e Arrascaeta; Gerson, Everton Cebolinha e Juninho.
Ainda invicto no ano e líder do Brasileirão e do grupo na Libertadores, o Internacional deve iniciar o rodízio de jogadores pensando na alta carga de partidas. Neste domingo, às 20h, contra o Fortaleza, no Castelão, o time deve preservar alguns atletas. A partida tem transmissão da Rádio A Hora. Campeão gaúcho, o Inter teve dez dias de folga para apenas treinar. Desde então, titulares acumulam alta minutagem nos jogos contra Flamengo, Bahia, Cruzeiro e Atlético Nacional. Assim, os mais experientes, como Fernando, Bruno Henrique e Alan Patrick, podem iniciar a partida no banco de reservas.
Roger Machado, inclusive, falou sobre isso após a vitória no meio de semana. “Com relação ao jogo do Fortaleza, agora a gente começa a medir esses detalhes. Começa a medir a questão das distâncias, de quem está mais desgastado, quem pode ter a vantagem ou não”, disse o treinador, que citou o desgaste dos jogos de Libertadores, principalmente na
parte emocional.
Assim, um provável Inter para o jogo tem: Anthoni; Aguirre, Rogel, Vitão e Bernabei; Ronaldo, Thiago Maia e Alan Patrick (Romero); Wesley, Carbonero (Vitinho) e Valencia (Borré).
Fortaleza vem de jogo inacabado
O Fortaleza vem de uma partida turbulenta no meio da semana. Na quinta-feira, o time nordestino foi até o Chile enfrentar o Colo-Colo e a partida teve de ser cancelada por invasão de torcedores ao gramado. O clube informou que toda a delegação ficou em segurança. Para enfrentar o Inter, o técnico Juan Pablo Vojvoda segue sem poder contar com quatro jogadores: Brítez, Breno Lopes, Tinga e Pochettino.
O time titular deve ter: João Ricardo; Titi, David Luiz e Kuscevic; Pikachu, Lucas Sasha, Zé Welison, Martínez e Bruno Pacheco; Marinho e Lucero.
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Embate numa disputa ou batalha
primeira semana de treinamentos serviu para avaliação de jogadores
Passada a primeira semana de avaliações médicas e físicas, o Lajeadense anuncia a data da apresentação oficial do elenco e também os primeiros amistosos preparatórios à disputa da Divisão de Acesso.
O momento de apresentação do elenco ocorre nesta segunda-feira, 14, às 9h, nas dependências da Arena Alviazul. A partir deste dia, iniciam também os treinos abertos com a presença da imprensa.
Na primeira semana de trabalho, diferente de outros anos, o clube manteve fechado os treinamentos e sessões de avaliação, a fim de garantir a discrição em momentos às vezes delicados. Os atletas passaram por uma bateria completa de avaliações, incluindo exames físicos, cardiológicos, antropométricos, fisioterapêuticos e podológicos. O objetivo é mapear o perfil de cada jogador para um planejamento mais eficaz e individualizado.
Os primeiros treinos de campo focaram em atividades de condicionamento físico e exercícios leves com bola. A comissão técnica adotou uma abordagem gradual para readaptação dos atletas ao ritmo intenso da temporada.
“Nessa primeira semana de trabalho do time, após exames
Os atletas passaram por uma bateria completa de avaliações, incluindo exames físicos, cardiológicos e podológicos
médicos e avaliações dos fisioterapeutas, foram feitos testes de campo, para ter uma análise do nível de condicionamento de cada atleta. Em seguida, os trabalhos físicos já começaram, juntamente com alguns trabalhos com bola, visando sempre o objetivo principal da pré-temporada, que é melhorar o condicionamento físico dos atletas. Com essas ações, os jogadores aprimoram seu condicionamento e jogabilidade”, avalia o preparador físico William Deolindo.
Nos próximos dias, os treinos serão intensificados com foco em trabalhos físicos e táticos. Estão
previstos amistosos preparatórios e novas avaliações para ajustar o desempenho da equipe antes do início oficial do campeonato.
O Lajeadense já confirmou dois amistosos para o próximo mês. O primeiro amistoso ocorre no dia 3 de maio, contra o Aimoré, em São Leopoldo. A primeira partida em casa será no dia 10 de maio, contra o Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado do Rio Grande do Sul.
O C de "ECA" Guia indiano
Estado do maior São João do mundo
Articular; manifestar
Gênero literário de Esopo A fúnebre guarda as cinzas dos mortos
Interjeição gaúcha
Vazia; disponível Célula, em inglês
Tirar do (?): irritar (pop.)
Conjunto de hábitos cotidianos Deus, em inglês
Oficial do condado A tarefa dura
Conveniência Essa coisa
Modelo gráfico
Cereal para mingau
Falha na aeronave Benefício; proveito
"Batman: o (?) das Trevas", filme com Christian Bale
Projétil disparado da arma de fogo
Pesquisar na Internet
Ícone do futebol brasileiro, venceu a Copa de 2002
Apelido do Atlético Mineiro (fut.)
Indicar; deduzir
Adriane Galisteu, apresentadora Mau hálito (gíria)
Susana Vieira, atriz de "Bambolê" Los Angeles (sigla)
3/god — vin. 4/cell — tipo. 7/inferir.
Coq au (?), prato francês com frango
Elétron (símbolo)
ÁRIES: Se estiver só, um romance começará como amizade e poderá produzir mudanças significativas em sua vida. 21/03 a
TOURO: Será bom momento também para ficar por dentro das ferramentas de Inteligência Artificial e desenvolver habilidades.
GÊMEOS: Fertilidade, paixão, prazeres diferentes e entusiasmo com novos projetos darão um colorido especial ao dia.
CÂNCER: Carinho da família, conforto e autoestima afastarão emoções negativas. Ética e integridade contarão pontos na construção de relações de confiança.
LEÃO: Será bom momento também para circular em novos ambientes, descobrir novidades e conferir lançamentos.
VIRGEM: Mudanças virão para melhor nesta fase, comece por ampliar amizades num novo grupo e derrubar barreiras nos relacionamentos.
LIBRA: O dia será gostoso para cuidados corporais, de beleza e de bem-estar. Intercale os compromissos de trabalho com momentos dedicados à você.
ESCORPIÃO: Viajar e se conectar com a natureza será uma ótima opção para restaurar suas energias e fortalecer a saúde.
SAGITÁRIO: Descubra segredos e mistérios guardados pela família ou por alguém do passado e resgate a riqueza cultural das suas origens.
CAPRICÓRNIO: O momento pede flexibilidade para não deixar as oportunidades escaparem. Comece uma fase mais gostosa no amor.
AQUÁRIO: O orçamento ficará mais equilibrado com bons acordos, lançamento de um projeto e início de uma nova atividade.
PEIXES: Mudança de comportamento e atitude produzirão resultados positivos e “cura” na sua área financeira. Crie projetos e se reinvente!
FUTEBOL AMADOR
O Cristal busca a quarta taça, a última conquista foi em 2022. Já o Esperança busca o bicampeonato. O último foi em 2021 justamente em cima do Cristal
Nova Bréscia conhece destaques do anoneste domingo. Final ocorre em Linha Estefânia com transmissão do Grupo A Hora
Ofutebol amador do Vale do Taquari conhece os primeiros campeões da temporada 2025 neste domingo com a grande final do Municipal de Nova Bréscia. Os jogos ocorrem na sede do Cristal, em Linha Estefânia, a partir das 13h30min
No aspirante, Atlético Caçado-
rense e Imigrante decidem a taça.
O Atlético aposta no retrospecto favorável. Nos dois confrontos até aqui, uma vitória por 2 a 0 e o empate em 1 a 1 no domingo passado.
No titular, o jogo é entre Cristal e Esperança. No confronto de ida, as equipes empataram em 1 a 1, quem vencer fica com a taça. Novo empate leva a decisão para os pênaltis.
O Cristal busca a quarta taça, a última conquista foi em 2022. Já o Esperança busca o bicampeonato. O último foi em 2021 justamente em cima do Cristal.
A decisão da categoria titular tem transmissão do A Hora Esportes, no Youtube.
Os primeiros finalistas serão
conhecidos neste domingo. Os jogos ocorrem no Bairro Rui Barbosa. Após ter vencido o jogo de ida, Rui Barbosa (titular) e União (aspirante), jogam pelo empate. Já o Palmense precisa vencer no tempo normal para levar a decisão da vaga aos pênaltis, em ambas as categorias. Os jogos iniciam meia-hora mais cedo. 13h30min e 15h30min.
Encantado inicia no sábado a disputa das semifinais. Os jogos ocorrem na Barra do Coqueiro e em Lambari, a partir das 15h. Taça Intermunicipal e Estrela definem os classificados para a semifinal.
Sábado, 12
Encantado – semifinal/ida
Juventude x Guarani
CAN x União Palmas
Domingo, 13
Nova Bréscia – final/jogo da volta
Cristal x Esperança (titular)
Atlético Caçadorense x Imigrante (aspirante)
Arroio do Meio – semi nal/ jogo da volta
Racen x Forquetense (veterano)
União x Palmense (aspirante)
Rui Barbosa x Palmense (titular)
Imigrante – 3ª rodada
Canarinho x Riograndense
Avante x Ecas
Classificação: Cruzeiro (4 pontos), Riograndense (3), Canarinho (2), Avante (1) e Ecas (sem pontuar);
Lajeado – 5ª rodada
Guarani x Montanha
São José x Flamengo Internacional x Brasil
Classi cação
Titular: Projeto Guarani (7 pontos), Internacional, Guarani, Brasil e Montanha (6), São José (4) e Flamengo (sem pontuar);
Aspirante: Internacional e São José (7 pontos), Guarani e Brasil (6), Flamengo (4), Montanha (3) e Projeto Guarani (1);
Taquari – 6ª rodada
Sâo José x Taquariense
Furacão x Juventude
Classificação titular: São José (10 pontos), Taquariense (6), Juventude (5), Furacão (4), e Colorado (1); Classificação aspirante: Colorado (8 pontos), São José (7), Juventude, Taquariense e Furacão (4);
Boqueirão do Leão – 6ª rodada
São Roque x São José
Classificação titular: Esportivo (13 pontos), Independente (8), 5 de Junho (7), São Roque (6), Juventude (4), São José (2); Classificação aspirante: São Roque (9 pontos),
Independente e Esportivo (8), Juventude (6), São José (5) e 5 de Junho (4);
Bom Retiro do Sul – 7ª rodada
Grêmio x Limitados
Bragantino x Lesionados
Classificação: Aecosajo (15 pontos), Grêmio (9), Lesionados (6), Limitados (4) e Bragantino (1);
Putinga – 7ª rodada
Floresta B x Tamandaré B
Xarqueada A x Rui Barbosa A Classificação
Força A: Tamandaré A (7 pontos), Xarqueada (6), Rui Barbosa (4), Juventude (3) e Palestra (sem pontuar);
Força B: Tamandaré (7 pontos), Rui Barbosa (6), Floresta (4), e Xarqueada (sem pontuar);
Estrela – última rodada
Atlético Estrelense x Alto da Bronze
Brasil x Aimoré
São Luís x Delfinense Arroio do Ouro x União
Classi cação
Chave A: União (9 pontos), Alto da Bronze (7), Delfinense (3) e Brasil (sem pontuar)
Chave B: Arroio do Ouro e Atlético Estrelense (6 pontos), São Luís (3), Aimoré (1);
Intermunicipal – última rodada
Canabarrense x Poço das Antas 11 Amigos x Atlético Gaúcho Ouro Verde x Gaúcho Esperança x Juventude
Classi cação:
Titular chave A: EC Poço das Antas (12 pontos), Canabarrense (10), 11 Amigos (3), Atlético Gaúcho (1); Titular Chave B: Esperança (13 pontos), Gaúcho (7), Juventude (6) e Ouro Verde (3);
Aspirante chave A: Canabarrense (10 pontos), 11 Amigos (9), Atlético Gaúcho (7) e Poço das Antas (sem pontuar); Aspirante Chave B: Juventude (11 pontos), Gaúcho (8), Ouro Verde (6) e Esperança (3).
iniciativa nasceu em 2023 e estima manter sucesso neste fim de semana
Omunicípio de Coqueiro Baixo volta a ser ponto de encontro dos apaixonados por trilhas e aventura. Neste fim de semana, ocorre a 2ª Trilha ExpoCoqueiro, evento que integra a programação oficial da feira e promete reunir dezenas de pilotos de diversas regiões do estado.
A largada está marcada para às 9h30min, com saída do Centro de Coqueiro Baixo. Com inscrição no valor de R$70, os participantes têm direito a café da manhã e apoio ao longo do percurso. É possível escolher entre participar de um ou dos dois dias de trilha. Além da experiência radical, o evento também carrega um propósito solidário. Parte da arrecadação será destinada ao Hospital São João Batista. A trilha será realizada em grupos, conforme a distância e o nível de dificuldade.
Criada em 2023, junto à primeira edição da ExpoCoqueiro, a trilha já estreou com sucesso,
Criada em 2023, junto à primeira edição da ExpoCoqueiro, a trilha já estreou com sucesso
atraindo mais de 100 pilotos de diferentes cidades. A expectativa para este ano é repetir – ou até superar – o feito, consolidando o evento como uma tradição local. Para mais informações, os interessados podem entrar em contato pelo telefone (51) 981986067, com Sekinha, um dos organizadores da trilha.
A 2ª ExpoCoqueiro acontece de 11 a 13 de abril. Além das trilhas, a programação inclui shows nacionais com destaque para as bandas Nenhum de Nós e Traia Véia, exposições, gastronomia e atrações para toda a família.
Dois crimes bárbaros revoltavam as comunidades de Lajeado e de Marques de Souza. Há 20 anos, as adolescentes Ângela Lenhardt, de 17 anos, e Daiana da Costa, de 14 anos, foram abusadas e então mortas com golpes de estilete e estranguladas com as próprias roupas.
O assassino era Cristiano Montiel, de 18 anos. Por meio de denúncia anônima, a polícia prendeu o rapaz na casa de familiares, no bairro das Nações, em Lajeado. Quando capturado, confessou os dois crimes.
Ângela foi a primeira vítima, em 2 de março de 2005. Moradora do bairro São Bento, em Lajeado, era casada e tinha um filho de dois anos. Ela desapareceu de casa durante à noite, enquanto o marido trabalhava.
Ângela foi encontrada 24h depois, a 250 metros de casa, sem roupas, com sinais de estrangulamento e dez perfurações de canive-
te espalhadas pelo corpo. Montiel era conhecido do marido de Ângela e, na noite do assassinato, teria roubado a motocicleta do casal, quando foi visto pela jovem.
O crime contra Daiana foi semelhante, mas ocorreu quase um mês depois. Durante a confissão, Montiel explicou que seguiu a jovem por dois dias antes de abordá-la, na saída da escola. Daiana fazia todos os dias o trajeto de sete quilômetros a pé para estudar e voltava pelas 23h.
O corpo de Daiana foi encontrado em um banhado em Picada Flor, Marques de Souza, a 12 km de casa (foto). Ela estava seminua, vestida apenas com uma blusa e caída dentro de uma vala, parcialmente coberta por água. Montiel admitiu que conhecia a família das duas vítimas. Ele foi preso e, quando chegou ao presídio de Lajeado, teve que ser colocado numa solitária, para não ser atacado pelos outros detentos.
A Câmara Júnior de Lajeado (atual JCI), também conhecida como Cajula na época, concedia a Edmundo Aloysio Thomas o título de Grande Conselheiro em 1975. Nascido em 1904, em Santa Clara do Sul, Thomas recebia o título por sua constante atuação empresarial. Ao longo de décadas, administrou múltiplos empreendimentos. Mesmo em tenra idade, em 1914, Edmundo e o pai, José Thomas, compraram o primeiro moinho de milho e um socador de arroz e de amendoim, para fazer óleo, na localidade.
Conforme os registros, em 1931, Edmundo construiu a primeira rede de luz elétrica de Santa Clara, saindo de São Bento até a vila de Conventos. Na época, Thomas era dono de uma pequena usina de energia por lá.
Por volta de 1927, Thomas comprou um moinho no São Bento e, em 1936, uma fábrica de queijo na mesma localidade. Mais tarde vendeu os empreendimentos.
Em 1942, comprou o Moinho Stangler, em Estrela, que tinha sido destruído por um incêndio na época. Thomas reconstruiu a es-
Daiana da Costa, de 14 anos
Ângela Lenhardt, de 17 anos
trutura e depois vendeu à família Pretto, com quem a estrutura ficou até sua completa destruição, por um outro incêndio, anos mais tarde. Ainda hoje, o prédio do velho moinho continua no cruzamento das ruas Coronel Brito e Olinda Mallmann, próximo à Ponte do Stangler.
Em 1964, Thomas construiu o primeiro posto de gasolina ao longo da Rodovia da Produção (BR-386), da marca Ipiranga. Há 50 anos, Edmundo Thomas morava em Lajeado e era homenageado pelo júnior Walter Thomas (foto).
Jornalista
Durante a reunião da Associação de Municípios do Vale do Taquari (Amvat), em Forquetinha, o presidente e prefeito de Sério, Moisés de Freitas, demostrou insatisfação com a atual direção do Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale (Consisa-VT) presidida pelo prefeito de Vespasiano Corrêa, Thiago Michelon.
O motivo é a falta de um comunicado formal sobre a troca do secretário executivo do consórcio que representa os municípios do Vale e outras regiões. Foi retirado da função Nilton Rolante e assumiu Norberto Dalpian, o Betinho. Ele foi vice-prefeito de Arroio do Meio e também comandou as secretarias da Fazenda, Planejamento e de Indústria e Comércio da mesma cidade. A insatisfação não está na troca do responsável pelo cargo, mas na falta de um aviso. Prefeitos alegam que contataram Rolante e passaram pelo constrangimento de serem avisados pelo próprio servidor do seu desligamento. A saída de Rolante era previsível após o Consisa-VT ter como presidente o prefeito de Vespasiano Corrêa. Nos bastidores a troca era especulada antes mesmo da troca na diretoria.
Reconectado o acesso entre Lajeado e Arroio do Meio pela ERS-130, o assunto “pontes” não encerrou. O objetivo é avançar em outros acessos entre cidades do Vale. A proposta mais recente parte do diretor de logística da Acil e empresário, Nilto Scapin e propõe uma travessia entre Cruzeiro do Sul (ERS-130) e Estrela (ERS-129), na Transantarita.
Conforme Scapin, o projeto agradou o estado que encaminhou a demanda técnica ao Daer e indicou um movimento político da região, por meio dos prefeitos. O investimento de aproximadamente R$ 300
milhões pode ser incluído no Funrigs, fundo da reconstrução do RS. Trata-se de uma proposta arrojada, com uma extensão entre acessos, elevadas e eixo central superior aos três quilômetros. Como tem o aval do setor produtivo, o apoio dos gestores é o que resta para chegar com ímpeto em uma agenda com o estado e avançar com a ideia da ponte. Há ainda outras iniciativas em debate, ao lado da “Ponte de Ferro”, junto a “Ponte do Exército” entre outras. O momento é de discutir e, sobretudo, avançar por uma melhor infraestrutura regional.
- A Amvat ganhará uma nova e definitiva sede. E será em Estrela, conforme votaram os prefeitos nesta semana. A atual prefeita Carine Schwingel doará um terreno para a construção da associação financeiramente superavitária.
- O governo de Lajeado segue com o preenchimento dos cargos em comissão como “CC’s” na estrutura da administração. E a parceria com o PL permanece. Entre os empossados está o suplente de vereador Jovani Barossi (PL), que obteve 510 votos na última eleição e vai atuar na Secretaria de Meio Ambiente, liderada por Luís Benoitt, também do PL.
- Gláucia Schumacher sancionou o projeto de autoria da presidente da câmara, Ana da Apama (PP) sobre a criação de ecopontos em Lajeado. São contêiners espalhados pela cidade onde a população armazena lixo e há a destinação correta. Agora os ecopontos são lei.
Empreendedor e comunicador, apresentador do programa “O Meu Negócio”, da Rádio A Hora 102.9
Ageração que está prestes a ingressar no mercado de trabalho enfrenta um cenário muito diferente daquele encontrado por seus pais. No passado, as oportunidades eram mais acessíveis e menos complexas.
O impacto da automação, da inteligência artificial (IA) e da digitalização já é visível. Muitos empregos tradicionais estão desaparecendo. A grande questão é: como se preparar para este cenário?
Mais do que um bom desempenho escolar, é necessário desenvolver habilidades e competências que permitam adaptação às mudanças. Algumas áreas continuarão sendo essenciais, independentemente das transformações. Pensamento crítico, capacidade de resolver problemas, curiosidade, criatividade e flexibilidade são qualidades cada vez mais valorizadas.
A IA ainda está em estágio embrionário. Segundo Michelle Schneider, professora da Singularity University-EUA (em O Globo – 060425), muitas tarefas serão automatizadas, mas isso não significa o fim do trabalho humano. Ao contrário, a colaboração entre humanos e máquinas deve se intensificar. O profissional do futuro precisará reinventar-se mais de uma vez ao longo da vida. Além disso, certos valores permanecem fundamentais. Honestidade, respeito, empatia e trabalho em equipe são habilidades socioemocionais indispensáveis em qualquer época.
Mais do que um bom desempenho escolar, é necessário desenvolver habilidades e competências que permitam adaptação às mudanças.”
Outro aspecto relevante é o desenvolvimento de competências técnicas. O domínio da matemática fortalece o raciocínio lógico e a disciplina, habilidades úteis na solução de problemas e na compreensão de processos. A interpretação de textos e o domínio da língua inglesa são igualmente importantes, as informações circulam rapidamente — e a capacidade de acessá-las e compreendê-las pode definir o profissional. Diante desse cenário, um fator essencial é investir em uma habilidade profissional valorizada pelo mercado. Problemas sempre existirão, mas para aqueles que possuem competências, cada problema pode se tornar uma oportunidade. Algumas práticas podem ajudar a desenvolver essas competências: Aprendizado contínuo: o mundo do trabalho muda rapidamente. Buscar novos conhecimentos, explorar diferentes áreas e acompanhar tendências de mercado são formas de se manter competitivo. Criatividade e empreendedorismo: desenvolver novas soluções, criar oportunidades e pensar de forma inovadora são diferenciais. Clareza de propósito: muitos buscam mais do que apenas um emprego que pague bem; desejam algo que faça sentido e traga realização. Identificar motivações e alinhar carreira e propósito pode tornar o trabalho mais gratificante.
O futuro do trabalho pode ser incerto, mas com preparo, visão estratégica e desenvolvimento contínuo, é possível transformar desafios em oportunidades — e construir um caminho profissional sólido e bem-sucedido. E você, está pronto para se reinventar?
Fim de semana, 12 e 13 abril 2025
Fechamento da edição: 18h MÍN: 16º | MÁX: 29º O sábado fica parcialmente nublado na região. No decorrer da tarde, pode ocorrer alguma pancada de chuva e há risco de temporais isolados.
Com sintomas que exigem monitoramento diário, a doença representa desafios aos pacientes, além de mudança de hábitos para se manter saudável
PÁGINAS
Controle, informação e consciência são alguns dos principais pilares do diabetes. Doença, muitas vezes silenciosa, a condição tende ao diagnóstico tardio e ao abandono do tratamento pelos desafios enfrentados no dia a dia.
Viver com diabetes não é tranquilo. Exige adaptação, mudança de hábitos e consciência corporal. Mas com acompanhamento médico, medicação e insulina, a qualidade de vida é alcançada.
A tecnologia também ajuda, principalmente, por substituir os medidores normais que exigem um pequeno furo no dedo todos os dias para o controle glicêmico, pelos sensores de medição, que levam a informação direto ao celular.
A vida de uma pessoa com diabetes é sinônimo de alerta para tudo o que é consumido e a aplicação de insulina para equilibrar os açúcares do corpo. Nem mais, nem menos. Pela rapidez com que os sintomas aparecem na hipo ou hiperglicemia, podem surgir emoções como o medo e a preocupação, em especial, das pessoas mais próximas dos pacientes. A rede de apoio ajuda no tratamento. Especialistas ainda alertam para a importância da prevenção. Cada vez mais, a realidade atual nos atenta para uma mudança de hábitos, que não é individual, e sim coletiva e cultural. É preciso mudar, se alimentar bem e se exercitar para garantir saúde. Independente da idade e da condição médica. Para isso, garantir acesso à saúde para todos também é primordial.
Boa leitura!
Viver com diabetes não é tranquilo. Exige adaptação, mudança de hábitos e consciência corporal”
Eliane Brum estará na Univates na noite de segunda-feira, 14, para uma palestra sobre como lidar com questões ambientais. A jornalista e escritora é uma das convidadas do 9º Simpósio Internacional Diálogos na Contemporaneidade, que tem como tema central “Por outros modos de pensar a vida, a terra e o nosso jeito de estar no mundo”. A palestra é gratuita e aberta à comunidade. Além de Eliane, Bettina Martino, Márcio Tascheto da Silva, José Falero e a historiadora Preta Rara também participam do evento.
Neste sábado, ainda ocorre mais uma encenação da Paixão de Cristo, em Imigrante. A 19ª edição do espetáculo ocorre no Convento São Boaventura, em Daltro Filho, com entrada gratuita. O evento inicia às 19h. A encenação conta com dezenas de atores locais e direção de Pablo Capalonga.
Neste mês da saúde, o Fala Aí, Unimed é especial sobre a temática. O evento ocorre no dia 15 de abril, às 18h30min, no auditório da sede Unimed VTRP, Lajeado. A programação inicia com coffee e, na sequência, o batepapo. O ingresso é um alimento não perecível para a campanha Prato Cheio do Instituto Unimed VTRP. As vagas são limitadas e as inscrições devem ser feitas no site unimedvtrp.com. br/falaailajeado. O uso excessivo da tecnologia e os impactos no bem-estar físico e mental, é um dos temas do encontro, que busca refletir sobre como equilibrar essa relação no dia a dia e na família.
Gramado Cultural
Promovido pelo Núcleo de Cultura e Eventos da Univates, o Gramado Cultural do mês de abril ocorre no próximo domingo, 13, das 15h às 19h, no Gramado do Centro Cultural da Instituição. Entre as atrações, estão feira de artesanato, chimarródromo, food truck, palco aberto e caça ao ninho cultural, em parceria com a Florestal Alimentos.
EXPEDIENTE
Textos: Bibiana Faleiro
A programação do Sesc Circo, maior festival circense do Rio Grande do Sul, continua neste sábado, 12, e domingo, 13, na Avenida Piraí, no bairro São Cristóvão, em Lajeado. Neste sábado, as atividades iniciam às 15h, no Parque do Circo
e a programação ainda conta com espetáculos artísticos ao longo da tarde. No domingo, o Parque do Circo também fi ca aberto das 15h às 19h, e as atividades seguem até às 19h30min, quando o “Concerto em Ri Maior” encerra o festival.
Com o objetivo de incentivar as mulheres a se exercitarem, Veridiana Santos e Aline Valandro criaram o projeto “Mãe que Corre”. A primeira edição ocorre no dia 11 de maio, às 9h, no Parque Princesa do Vale, em Estrela. Com apoio da prefeitura, a ideia é reunir, em um domingo do mês, mulheres que correm ou querem começar a correr para se exercitar. O projeto é gratuito e podem participar mulheres de diferentes idades. A iniciativa não é exclusiva para mães.
Diagramação: Lautenir Azevedo Junior Coordenação e edição: Felipe Neitzke
Asaúde não se limita à ausência de doenças, como dizia a antiga definição da Organização Mundial da Saúde. Hoje, ela é entendida como um estado de completo bem-estar físico, mental e social. É o que afirma o médico de família, Juliano Soares Rabello Moreira, Manter-se saudável em meio ao ritmo acelerado da vida moderna é um desafio. O médico alerta que o sedentarismo, a má alimentação, o estresse crônico e a exposição constante às telas são fatores que prejudicam a saúde, especialmente entre os jovens. “Vivemos uma rotina sobrecarregada, com pouco tempo para cuidar do corpo e da mente. Isso tem consequências claras no aumento de doenças físicas e transtornos emocionais”, explica. Moreira também destaca
o impacto dos eventos recentes, como a pandemia da Covid-19 e as inundações em várias regiões, que deixaram marcas profundas na saúde da população, sobretudo na esfera emocional. “O cuidado com a saúde mental ganhou ainda mais relevância. Muitos pacientes ainda apresentam reflexos desses traumas em consultas atuais”, destaca. Entre as recomendações para uma vida mais saudável, o médico ressalta medidas simples e eficazes, como alimentação variada e natural; prática regular de exercícios físicos; sono de qualidade; redução do consumo de álcool e eliminação do tabaco. Além de laços sociais positivos e apoio emocional. Além disso, ele reforça a importância de ações preventivas e exames regulares, com destaque para os rastreamentos de
câncer de mama, intestino e colo do útero. Essas medidas possibilitam diagnósticos precoces, intervenções menos invasivas e maiores chances de cura. Nesse contexto, ele cita iniciativas como o programa Cuida Bem, da Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo (VTRP), como modelos a serem seguidos.
O projeto, iniciado em 2023, oferece uma abordagem integrada de cuidados, com grupos de atividade física, palestras, apoio emocional, gerenciamento de doenças crônicas e acompanhamento de gestantes, sempre com foco na prevenção e no bem-estar. Mesmo para quem já convive com doenças crônicas ou
Entre as recomendações para uma vida mais saudável, estaõ medidas simples e eficazes
condições não preveníveis, Moreira reforça que é possível viver com qualidade. “Com orientação médica adequada e apoio social, é possível adaptar os hábitos e focar no que promove saúde e bem-estar”.
Condição crônica que afeta milhões de pacientes, a doença exige vigilância constante, mudanças de hábitos e acesso à informação para garantir qualidade de vida e autonomia
Alajeadense Cátia Kist, 36, leva sempre na bolsa medidores de glicose, doses de insulina e um doce. Todos os dias, analisa o corpo e mede o quanto de carboidratos pode consumir nas refeições, além de quanta insulina deve aplicar para se manter saudável. Há pouco mais de dez anos, ela foi diagnosticada com diabetes tipo 1 e, desde então, vive os desafios diários da vida com a doença.
Ela é uma das mais de 3 mil pessoas com a condição em Lajeado, somando tanto o diabetes tipo 1 quanto o 2. Diante dessa realidade, Cátia se uniu a um grupo de profissionais para implantar um Centro de Diabetes em Lajeado. Por meio de parceria com o Hospital Bruno Born (HBB), essa demanda é levantada no município. A ideia é também poder ofertar, em especial para crianças e pessoas de baixa renda, os sensores de medição da glicose
modernizados, que auxiliam no tratamento.
A advogada e assessora parlamentar descobriu os primeiros sintomas da doença aos 24 anos, durante um intercâmbio na Irlanda. “Minha visão começou a ficar ruim e comecei a ter uns pontinhos na visão. Eu ia várias vezes ao banheiro e tinha sempre uma sensação de fraqueza”. A partir de exames médicos, ela precisou de assistência urgente.
Quando voltou ao Brasil, Cátia já tinha consulta agendada com endocrinologista. “Tinha muitas incertezas, porque eu não sabia como a doença era tratada aqui”, lembra Há cerca de uma década, ela faz uso de duas insulinas, uma de forma basal, que mantém o corpo dela em funcionamento durante 24 horas, e outra insulina rápida, para combater os carboidratos e gorduras consumidos.
Com o aumento dos índices de obesidade, estamos vendo casos cada vez mais precoces, inclusive em jovens e crianças.”
Fernanda Kieling, endocrinologista
A convivência com o diabetes não é tranquila. Cátia diz ser preciso monitoramento 24 horas por dia. “É como se a gente tivesse que estar dizendo para um órgão a todo momento para ele funcionar. Mesmo dormindo, a gente tem que estar em alerta”.
Atenção diária
Uma das doenças crônicas mais prevalentes no mundo, o diabetes vai além do que
popularmente se associa ao “corte do açúcar”. Envolve um diagnóstico que transforma a rotina do paciente e exige adaptações, compreensão sobre o funcionamento do próprio corpo e, principalmente, educação em saúde.
A médica endocrinologista Fernanda Kieling explica os efeitos da doença no cotidiano e também fala do ponto de vista pessoal, após o diagnóstico de diabetes tipo 1. Segundo a profissional, apesar de haver outros subtipos da doença, os mais conhecidos são o tipo 1 e 2. No primeiro caso, é considerada uma doença autoimune, já que os anticorpos destroem as células responsáveis por produzir insulina.
Sem estoque, o paciente depende da aplicação dessa insulina para que os órgãos funcionem.
No tipo 2, ainda há produção de insulina, mas ela é insuficiente ou ineficaz. Em geral, esse diagnóstico é feito em fases mais avançadas e pode estar relacionado com fatores genéticos e estilo de vida, incluindo alimentação e sedentarismo.
“Com o aumento dos índices de obesidade, estamos vendo casos cada vez mais precoces, inclusive em jovens e crianças. É uma doença silenciosa, com diagnóstico tardio”, alerta Fernanda.
Para quem vive com diabetes, controlar a glicemia é uma tarefa diária. A alimentação não requer restrições, mas sim consciência. “O paciente não é proibido de nada, mas precisa saber como e quanto pode consumir. Comer um doce não é o problema. O problema é não respeitar as quantidades e não entender o impacto glicêmico daquele alimento”, explica a médica.
iniciou a aplicação de insulina
Fernanda defende que a base do tratamento está na educação em saúde. “Nós, médicos, somos coadjuvantes. O paciente é o protagonista. Ele precisa entender o que fazer, como agir, como ajustar sua insulina ou medicação. Isso dá liberdade e segurança.”
Hoje, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece insulinas e medicamentos eficazes, mas a adesão e o entendimento do paciente são fundamentais. Apesar de não haver cura, Fernanda ressalta que há estudos para isso, com terapias gênicas, entre outras estratégias que podem, no futuro, transformar o tratamento da doença.
Se alimentar bem
Para a nutricionista Eveline Bald, educar também é a principal medida para o controle efetivo da doença. “O paciente precisa entender todos os detalhes da doença, porque é a partir disso que ele conseguirá conduzir sua rotina de forma mais segura ao longo dos anos”, afirma.
Informações da Secretaria municipal de Saúde
- Há 674 pacientes com Diabetes Mellitus Tipo 1 no município;
Diabetes Tipo 1: Doença autoimune, geralmente diagnosticada na infância ou juventude.
Diabetes Tipo 2: Associada ao estilo de vida, mais comum em adultos.
Sintomas comuns: sede excessiva, fadiga, visão turva, vontade frequente de urinar.
Tratamento: uso de insulina x controle com dieta/ medicação oral.
Mais de 16 milhões de brasileiros lidam com a doença, segundo o Ministério da Saúde.
Até 2045 a estimativa é de que o número de pacientes chegue a 783 milhões.
- Além de 2.414 pacientes com Diabetes Mellitus Tipo 2;
- O município oferece diversos programas para os portadores de diabetes, incluindo grupo de caminhada, grupo de educação em saúde e grupo de musicoterapia;
- No ano de 2024, foram registradas 13 internações por Diabetes Mellitus e 1 internação por pé diabético, além de 31 procedimentos associados à doença;
- Segundo dados do Sistema de Informações de Mortalidade Base Local, o município registrou 30 óbitos em 2020, 26 em 2021, 26 em 2022, 24 em 2023 e 20 em 2024, sendo que estes últimos ainda estão em revisão.
Eveline destaca que essa condição dos pacientes exige vigilância não apenas em relação ao açúcar, mas a todo o estilo de vida. “A glicose pode ser alterada por diversos fatores: estresse, sono ruim, sedentarismo, alimentação inflamatória, tudo isso entra no pacote”, explica.
O consumo excessivo de alimentos industrializados, ricos em gorduras ruins e aditivos, também é prejudicial. “Muitas vezes, um suco de laranja puro gera o mesmo
pico glicêmico que um doce. Por isso, ensino meus pacientes a combinarem alimentos para diminuir o índice glicêmico”. Para a profissional, o controle do diabetes também está ligado a uma mudança cultural.
Prevenção
“É uma caminhada árdua até chegar ao ponto em que o paciente entenda e aceite que precisa mudar”, afirma a enfermeira Rosana da Rosa
Aponte a câmera para o QR Code e confira o programa Saúde em Dia
Benovit.
A profissional destaca a complexidade do enfrentamento à doença. A resistência ao diagnóstico, a dificuldade de adaptação e o impacto familiar são desafios constantes.
Rosane reforça a importância da prevenção, que deve ser trabalhada com toda a família, para a promoção de hábitos saudáveis.
“Sempre tentamos equilibrar as coisas. Conversamos, combinamos metas pequenas. Se eles entram no acordo, os resultados aparecem. A mudança precisa vir com apoio, não com imposição.”
Outro ponto de alerta é o abandono do tratamento, a partir da falta de conscientização sobre a doença.
Campanha do Dia Mundial da Saúde deste ano, o tema “Inícios saudáveis, futuros esperançosos”, tem o objetivo de reduzir mortalidade materna e neonatal
Saúde da mãe e do bebê são o foco da campanha do Dia Mundial da Saúde deste ano, celebrado no dia 7 de abril. O objetivo é destacar a importância do acompanhamento da saúde feminina antes mesmo da concepção, para garantir uma gestão mais segura e mais saúde no neonatal.
Para debater o tema, os convidados do programa Nossos Filhos foram o ginecologista e obstetra Yuri Ungethuem e a pediatra Simone Reichert, que destacam a importância do planejamento da gravidez para prevenir complicações. Segundo Ungethuem, o avanço tecnológico tem sido um aliado no diagnóstico precoce de doenças e fatores de risco, permitindo intervenções que evitam complicações graves durante a gestação e reduzem, inclusive, a necessidade de internação do bebê em UTI neonatal. Ele destaca que tanto na rede pública quanto na privada, as gestantes têm acesso a exames preventivos que identificam condições como pré-eclâmpsia e parto prematuro, as principais causas de mortalidade materna e neonatal.
O profissional alerta que muitas mulheres chegam à gestação com condições preexistentes como obesidade, sedentarismo e doenças crônicas, fatores que aumentam os riscos durante a gravidez. Ainda, explica que o parto vaginal, quando se enquadra na saúde da gestante, tem menor risco de complicações a longo prazo, melhor recuperação materna e pode ser um aliado ao estímulo à amamentação, quando comparado a uma cirurgia cesariana. No entanto, ressalta que a decisão sobre a via de parto deve ser compartilhada entre médico
e paciente, considerando não apenas fatores clínicos, mas também o bem-estar emocional da gestante. Uma vez com o bebê no colo, Ungethuem afi rma que os cuidados continuam essenciais. “No pós-parto, a mulher está emocional e fi sicamente fragilizada. Isso exige atenção. O puerpério é uma fase delicada”, pontua.
A pediatra Simone afirma que a pediatria também
se beneficia de um olhar antecipado para a saúde materna. Ela observa que, apesar do acesso a exames e cuidados obstétricos de qualidade, ainda são frequentes os casos de préeclâmpsia, indicando que as mulheres estão gestando em condições de saúde fragilizadas.
A médica destaca a importância dos primeiros mil dias de vida, que incluem o período gestacional e os dois primeiros anos do bebê. Mas reforça que, hoje, também se considera os cuidados nos meses anteriores à concepção, como um período importante para a saúde futura da criança.
A especialista afirma que o papel do pai também é fundamental. “A condição de saúde do pai influencia no desenvolvimento do feto, desde o início da gestação”.
Sobre os mitos mais comuns, tanto Simone quanto Ungethuem afirmam a importância de romper com a ideia de que gestação é sinônimo de fragilidade extrema.
“Há um medo generalizado que coloca a mulher dentro de uma redoma de vidro.
Mas gestação não é doença.
A mulher precisa seguir ativa, manter a vida em movimento, inclusive com atividade física, sempre com orientação. O repouso excessivo pode levar a outras complicações, como obesidade e hipertensão”, alerta Simone.
Os médicos afirmam que a realidade do Vale em relação ao assunto é positiva, com a maioria das gestantes em acompanhamento pré-natal e pós-parto.
- Na região de abrangência da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde, em 2023, foram registrados 17 óbitos de bebês entre 0 e 6 dias. Em 2020, o número correspondia a 19 mortes. Nesse período, foram 78 mortes no período neonatal. No mesmo período, foram registradas seis mortes maternas no Vale.
- A taxa de mortalidade neonatal evitável diminuiu de 10,98 por mil nascidos vivos em 2000 para 6,76 em 2018 no Brasil.
- O país registrou em 2023 a menor taxa de mortalidade infantil e fetal por causas evitáveis desde 1996. Na época, foram registradas 20,2 mil mortes.
- A taxa de mortalidade materna no Brasil em 2022 foi de 54,5 mortes por cada 100 mil nascidos vivos.
- O país se comprometeu a reduzir a taxa de mortalidade materna para 30 óbitos por 100 mil nascidos vivos até 2030.
- O governo federal lançou uma estratégia para reduzir as mortes de mulheres pretas em 50% até 2027.
- A falta de assistência prénatal é um dos principais fatores para a morte após a gestação.
- A mortalidade materna é mais elevada entre as mulheres que vivem em áreas rurais e comunidades mais pobres.
Enfermeira e professora @juuthomas5
Você planeja as suas refeições e analisa os grupos alimentares que contém em cada uma delas? Pode não ser o seu caso, mas esta é uma realidade para milhões de brasileiros que convivem com a diabetes e que acordam diariamente com a responsabilidade de cuidar de todas as escolhas alimentares do dia. Mais do que uma condição médica, ela impõe desafios sociais, emocionais, familiares e que muitas vezes passam despercebidos aos olhos de quem está do lado de fora.
Segundo dados recentes da Sociedade Brasileira de Diabetes, estimase que cerca de 17 milhões de brasileiros convivem com a doença, o que representa aproximadamente 10,5% da população do país.
Atualmente, o Brasil ocupa a terceira posição mundial em número de crianças e adolescentes com a diabetes do tipo 1 (condição que organismo produz pouca ou nenhuma insulina). Embora tradicionalmente associado a adultos, a diabetes do tipo 2 (condição de resistência à insulina, e fatores como ganho de peso e avanço da idade) tem aumentado entre o público infantil, impulsionado pelo crescimento da obesidade infantil.
Outro fator preocupante é que 32% dos brasileiros desconhecem que possuem a doença e seguem com uma exposição contínua ao alto nível glicêmico. Esta situação aumenta os riscos de complicações graves da doença, como alterações cardiovasculares, renais e oftalmológicas. Se ficou curioso(a) os principais sintomas do diabetes são: sede e fome excessivos, perda de peso sem causa aparente, vontade frequente de urinar, cansaço e sensação de boca seca.
Diante de tantos casos, vale reconhecermos alguns dos desafios de quem convive com a doença.
O primeiro deles está na alimentação, podemos relacionar com os encontros familiares, os eventos ou até mesmo as refeições diárias. A oferta de alimentos permite o consumo de variados tipos de carboidratos em uma mesma refeição, logo, é preciso equilibrar a quantidade daqueles que contém os farináceos ou alto índice de energia, como bolos, massas, pizza, doces e isso também inclui os sucos naturais e frutas in natura.
Recomenda-se a ingestão de alimentos em intervalos, geralmente de 3h em 3h, evitando que os índices glicêmicos fiquem abaixo do recomendado causando efeitos colaterais indesejáveis, como tontura, mal-estar e desmaio.
O controle glicêmico é outra atividade realizada durante os turnos, isso porque o valor interfere na resposta dos medicamentos que atuam na quebra da molécula de glicose no organismo, conhecida como insulina. Algumas pessoas fazem o uso do comprimido enquanto outras, aplicam diariamente doses no tecido subcutâneo que auxiliam na regulação da glicemia no organismo.
E ainda podem ocorrer as complicações da doença que incluem a dificuldade no processo fisiológico de cicatrização das feridas, fazendo com que algumas se tornem crônicas. Também pode acontecer a perda da sensibilidade nos pés, neste caso a pessoa fica vulnerável a pequenos acidentes justamente por não sentir calor, frio e dor em algumas regiões dos membros inferiores.
Conviver com a diabetes é um desafio diário, mas com informação, apoio e escolhas conscientes, é possível levar uma vida com saúde e qualidade. Mais do que números e dietas, essa jornada envolve batalhas silenciosas e constantes. Por isso, que possamos olhar com mais empatia para essa realidade e fazer parte da rede de cuidado, afinal, saúde se constrói com afeto, conhecimento e respeito às diferenças.
Eveline Bald, nutricionista • Donum Saúde IntegradaNutrição Funcional e Nutrigenética
Devido à alimentação atual de grande parte da população, rica em gorduras, açúcares e alimentos calóricos - que fornecem muita energia ao corpo -, além da baixa atividade física, vida desequilibrada e falta de alimentos saudáveis, cada vez mais os números de obesidade e doenças metabólicas como diabetes crescem no mundo. É o que afirma a nutricionista Eveline Bald. A profissional destaca que os culpados não são os alimentos. E sim um desequilíbrio entre grupos alimentares. “Devemos tirar da nossa alimentação alimentos industrializados, ricos em açúcares e farinhas, mas também aqueles que passam despercebidos, como iogurtes ricos em açúcar e barra de cereal, que podem elevar muito a glicose, e que passam como produtos inofensivos”. Outro ponto destacado pela nutricionista, é incluir alimentos naturais na dieta, como saladas, que devem ser os primeiros itens
1 xícara de farinha de aveia
1 colher de sopa de gergelim
1 colher de sopa de chia
1 xícara de parmesão ralado
2 colheres de sopa de azeite de oliva
6 a 7 colheres de sopa de água
da refeição. Também é benéfico consumir mais verduras cozidas, além de sementes como linhaça, girassol, abóbora e de frutas frescas, evitando as muito maduras. Também é importante evitar sucos em excesso. Ainda, investir em chás, temperos e especiarias que possuem substâncias reguladoras ao corpo e ajudam na glicose. “Incluir canela em frutas ou chás pode ser excelente para isso”. De acordo com Eveline, fazer trocas saudáveis, testar novas receitas, usar alimentos novos ou diferentes pode fazer grande diferença nesse controle da glicose, e, por consequência, no controle do diabetes.
“Lembre-se da importância de ter orientação multiprofissional, de endócrino, nutricionista, entre outros. Busque apoio e viva bem!”
A dica de receita da nutricionista são “palitinhos integrais”, ricos em fibras, que podem ser uma opção saudável de lanche para toda família. A receita também pode ser consumida com patês.
Opcional: Ervas, orégano e cúrcuma em pó.
Modo de preparo
Misture tudo em uma bacia, adicionando a água aos poucos até obter um ponto de uma massa moldável. Amasse em uma assadeira, e corte em tiras finas.
Asse em forno pré-aquecido a 180 graus, por 15 a 20 minutos ou na airfryer por 8 a 10 minutos. Não mude a temperatura para evitar que queimem!
APRESENTA
APRESENTA APRESENTA
desenvolvimento pessoal dos usuários, com aulas de música, dança, teatro e artes plásticas, além de contar com uma galeria, um estúdio múltiplo para apresentações e uma cafeteria.
Projeto busca ampliar visibilidade das marcas e possibilitar maior interação entre público interno e visitantes
riência diferenciada aos usuários, explica a profissional.
para o trabalho de conclusão do curso.
Cbora Caterine Costa, para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). O prédio, pensado como uma nova sede para as três empresas que formam o Grupo Popular, também possui espaço para abrigar outros empreendimentos. Sacadas e visuais foram adotados para garantir uma expe -
Esther afirma que o ambiente ainda conta com atividades relacionadas ao empreendedorismo, salas Maker Space com ênfase em tecnologia e mídias, e cozinha para oficinas de culinária, que também servirá como apoio em períodos de cheias.
Nos espaços internos, cada ambiente foi projetado con forme as necessidades dos usuários, mas a partir da mesma estratégia de cores da área externa.
Esther Piccinini Castoldi Arquiteta e urbanista formada pela Univates em 2024/B Orientador: Cristiano Zluhan Pereira
riar um Centro de Cultura e Apoio
Comunitário para Encantado, foi o objetivo do Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) da arquiteta e urbanista Esther Piccinini Castoldi, formada pela Univates em 2024/B.
A ideia foi inserir o centro na cidade de Estrela, como um espaço adequado para diversas atividades. Assim, o Criar Centro de Desenvolvimento Cultural e Educacional também propõe ofertar eventos e atividades diurnas, para os idosos, crianças e jovens, em especial, no turno inverso escolar. Para os adultos, as atividades serão concentradas nos turnos vespertino e noturno. Além disso, ocorrerão diferentes eventos abertos ao público, como palestras, encontros gastronômicos e pequenos eventos musicais. A ideia é que o espaço se torne referência para os municípios e atraia moradores de toda a região.
A ideia era que o projeto atuasse como um instrumento de desenvolvimento social junto à comunidade do Bairro Navegantes.
A construção busca ampliar a visibilidade e a interação das empresas com a comunidade, por isso, o projeto também prevê uma cafeteria no andar térreo. “A ideia é atrair tanto o público que trabalha e frequenta o prédio, como a comunidade em geral”.
Na parte externa, cores neutras como cinza, preto e tom de madeira foram escolhidas para transmitir sensação de aconchego, destaca Débora.
A cafeteria possui tom de concreto, laje e esquadrias escuras. A madeira, utiliza da tanto nos brises, como no mobiliário, busca proporcio nar um ambiente acolhedor.
escolas públicas. Além de proporcionar apresentações teatrais e músicas por meio de editais e leis de incentivo à cultura.
A ideia é que o espaço também sirva como locação para eventos e palestras de empresas e pessoas interessadas. O centro contará com salas comerciais, cafeteria, e abrigará a biblioteca pública em um ponto de fácil acesso e visibilidade.
O centro ainda oferece atividades para o compartilhamento de conhecimento e experiências entre a população do bairro, workshops e aulas de línguas, assim como uma biblioteca, localizada no segundo pavimento, que poderá receber pequenos grupos escolares e de estudos, com espaço para hora do conto e coworking.
“O propósito do centro cultural é realizar o encontro de pessoas, indiferente de raça, cor e classe”, destaca a arquiteta.
Materiais utilizados
destre e trazer maior aconchego. Como estratégias bioclimáticas criou-se recuos proporcionais a cada incidência solar, bem como a perfuração da laje superior para se ter o efeito chaminé, possibilitando a refrigeração dos ambientes e a entrada de luz natural.
Os demais espaços possuem uma paleta de cores seme lhantes, porém mais claras, o que garante mais conforto
custo-benefício e qualidade acústica e térmica.
grande praça que favorece os fluxos de pedestres, resultando na conexão e aproximação da população com os serviços a serem oferecidos ali.
Além disso, na fachada, foram utilizados painéis em concreto polímero e estrutura metálica para a ventilação, com aumento, também, da inércia térmica e diminuição da entrada de calor.
“Visando o bem-estar da população atingida pelas cheias, há um setor voltado para o acolhimento e o apoio psicossocial que poderá servir como apoio na gestão de cheias durante os eventos climáticos”, reforça.
“Esta materialidade exige pouca manutenção, apenas a sua higienização”, destaca a arquiteta.
de do prédio e garantem mais personalidade ao projeto.
Denise destaca que para a viabilização do projeto, foi pensado em uma parceria público-privada, com o objetivo de ofertar oficinas gratuitas, em especial, às pessoas carentes e alunos de
Segundo a arquiteta, o objetivo principal do trabalho é oferecer para a população um espaço público de qualidade, que promova a cultura e a educação. Além de prestar apoio às comunidades vulnerabilizadas do município, em especial, as que foram atingidas pelas cheias no Vale do Taquari, No espaço, a ideia é oferecer diversas atividades que incentivem a arte, a cultura, e que favoreçam o
Quanto à estrutura, além do uso de Laje nervurada, o projeto optou por deixar os ângulos de 90º arredondados com aplicação de madeira no pavimento térreo, de modo a facilitar o trajeto do pe-
A cobertura conta com a impermeabilização e colocação de argila expandida para uma melhor eficiência térmica. Assim como espelhos d’água e vegetação para o resfriamento evaporativo.
A arquiteta ainda destaca que a edificação é composta por duas barras térreas construídas com blocos de concreto aparente e com brises têxteis que desempenham a função de proteção solar. A barra do segundo pavimento é composta por estrutura metálica e brises têxteis. O uso de cores, pinturas, grafites e vegetação marcam a estética do projeto e trazem maior sensação de acolhimento, fazendo com que a população se aproprie do espaço.
PATROCINADORES REALIZAÇÃO
12 | Você. | FIM DE SEMANA, 12 E 13 FEVEREIRO 2022
12 | FIM DE SEMANA, 30 E 31 DE MAIO DE 2020
12 | Você. | FIM DE SEMANA, 6 E 7 DE FEVEREIRO DE 2021
O terreno escolhido para a implantação do projeto fica no perímetro urbano do município, no Centro. No entorno, serão construídas 80 moradias do programa Minha Casa Minha Vida - Calamidade. Conforme Esther, por meio de estudos do terreno e do entorno, a edificação é implantada gerando uma
O projeto tem como conceito norteador as estratégias de urbanismo social da América do Sul, como os Parques Biblioteca de Medellín e os Centros Comunitários Pilares da
PATROCINADORES REALIZAÇÃO
Cidade do México, oferecendo um espaço de qualidade para o desenvolvimento da cultura e da educação, além de oportunizar as interações sociais e priorizar o ser
humano em todas as esferas. Esther recebeu uma menção honrosa pelo trabalho, com indicação ao Prêmio IAB/ RS - José Albano Volkmer na categoria Arquitetura.