A Hora - 13 e 14/05/2023

Amor e cuidado de todos os jeitos

Conciliar o trabalho, tarefas domésticas e cuidados com os filhos são obstáculos superados todos os dias. Conheça a história de três mulheres que compartilham as alegrias e desafios da maternidade.

Do cheque ao Pix

OPINIÃO | FERNANDO WEISS

A paciência foi para o espaço Ninguém mais suporta a EGR. Governador, cumpra sua promessa e acabe com a estatal.

| RODRIGO MARTINI Vítimas do descaso Funcionários da EGR não podem levar a culpa por inoperância do governo.

FORMAS DE PAGAMENTO

A espera acabou. Após vácuo sobre quem continuaria as intervenções na BR-386, CCR ViaSul e Eurovias elaboram novo contrato à prestação do serviço. Sem detalhes sobre o formato, a responsável pelos pedágios informa que a retomada

deve ocorrer até o fim do mês. O primeiro trecho de duplicação prevê 20 quilômetros de novas pistas. Na próxima semana, a diretora de Investimentos do Grupo, Thais Borges, apresenta cronograma em assembleia da Amvat.

permanecem entre as opções. Em alguns bares e restaurantes, o uso de cédulas e moedas pode resultar em descontos. Por outro lado, bancos digitais ganham popularidade e o Pix se torna o modelo utilizado para transações de baixo valor

ABRE ASPAS

Entender para auxiliar

Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), a adolescência corresponde à segunda década da vida (de 10 a 19 anos), e a juventude à faixa dos 15 aos 24 anos. Esses conceitos comportam desdobramentos: pré-adolescência (dos 10 aos 14 anos), adolescência (dos 15 aos 19 anos) e juventude (dos 15 aos 24 anos).

Estas definições impactam, por exemplo, programas de governo, mas não só. O viés comportamental é um exemplo. E aí começam os desafios da faixa adulta mais “madura”.

Paidejovemcomparalisia, Marco Antonio Moresco, 51,conheceuaAssociação dePaiseAmigosdos Excepcionais(Apae) quandoofilhopassou afrequentaraentidade. Depoisdesededicar comovoluntário,hoje,o advogadoépresidente dainstituição,coma vontade de retribuir todo oacolhimentoqueofilho recebeunoespaço.

Pesquisa encomendada pelo Grupo

A Hora apresentou contraposição nas informações dadas pelos adolescentes/ jovens que cursam o Ensino Médio e os representantes (adultos) das empresas. Os futuros profissionais sentem-se preparados e comprometidos, os empresários não concordam que estejam.

O fato é que os adolescentes/jovens da atualidade têm interesses, visões, valores, objetivos diferentes das gerações passadas.

Diante deste cenário, o Grupo A Hora e parceiros, por meio do projeto “Rumo: o futuro da mão de obra na região”, oferecem capacitação a estudantes de escolas públicas. A formação pretende reduzir as diferenças, para que jovens profissionais e empresas sigam juntos e alinhados rumo ao crescimento regional.

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Impressão Zero Hora Gráfica

Diretor Executivo: Adair Weiss

Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss

Diretor de Conteúdo Editorial: Rodrigo Martini

Como é sua relação com seu filho?

Meu filho tem 15 anos. Nossa relação sempre foi muito especial. Por ter nascido de forma prematura e ser muito frágil, os cuidados com ele sempre foram muito intensos e foram se fortalecendo com o passar do tempo, à medida em que a sua deficiência ficava mais evidente. Nos tornamos próximos, gerando um vínculo afetivo muito grande. Quando se tem um filho especial, você se doa muito, dá muito amor, mas recebe muito mais.

Como encaram a deficiência dele e como vocês têm estimulado o seu de -

senvolvimento?

A deficiência é para a vida toda, então quando você recebe um diagnóstico de que teu filho possui uma deficiência, você fica sem chão. Mas é necessário encarar a realidade antes, porque o filho precisa de todo o seu apoio, da aceitação da sua deficiência, independente do tipo e do grau. É muito importante que se busque tratamentos necessários em idade precoce, quando a criança ainda está em desenvolvimento e os ganhos cognitivos são maiores. As terapias não podem parar. Muitas vezes elas vão acompanhar a pessoa com deficiência por toda

a sua vida, mas é muito importante que a família busque o acompanhamento do filho com equipe multidisciplinar e sempre sob a orientação médica.

Como começou o seu envolvimento com a Apae?

Meu filho frequentava a instituição como usuário dos serviços da clínica e, depois, da escola. Ele ingressou na Apae aos 4 anos e, como era eu quem geralmente o levava, em uma oportunidade fui convidado pelo então presidente a participar das reuniões da diretoria. Fui participando, me envolvendo com a causa e isso acabou por se tornar uma paixão. Assumi a entidade por entender que após um período na diretoria, e por ter um filho com deficiência, eu estava capacitado para dirigir a instituição.

O que o trabalho na entidade significa pra você?

Dirigir a Apae significa uma forma de devolver à entidade tudo aquilo que ela me ofereceu quando meu filho foi acolhido. É gratidão. É poder auxiliar outras famílias, outros pais e mães que vivem a mesma situação de ter um filho com deficiência.

Quais os principais desafios da instituição hoje?

Talvez o maior desafio seja torná-la autossustentável, que ela possa depender menos das políticas públicas, às vezes, um tanto vulneráveis. Não é uma tarefa simples, mas com coragem e determinação, podemos dar os primeiros passos. Fazer, também, com que os pais participem de forma mais ativa dentro da instituição, dando sua opinião, dando sugestões para o aperfeiçoamento dos serviços, para que todos juntos, possamos cuidar da Apae a trabalhar à caminho de seu centenário.

FOI NOTÍCIA

Saúde libera vacinação da gripe para todos os públicos

O Ministério da Saúde ampliou a imunização contra a gripe para todos acima dos seis meses. A recomendação vale a partir desta segunda-feira, 15. Antecipada, a decisão visa aumentar a cobertura vacinal em todo o Brasil. Das 80 milhões de doses fornecidas, apenas 21 milhões foram aplicadas.

Moraes abre inquérito contra big techs

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, abriu inquérito para apurar a conduta de dirigentes do Google e Telegram em relação ao PL das Fake News. Nas últimas semanas, as plataformas divulgaram mensagens contrárias à matéria, com uso de termos como “ataque à democracia”.

Morre a ex-jogadora de vôlei da Seleção, Ana Paula Borgo

Lula sanciona novo piso da enfermagem

O presidente Lula sancionou a Lei que garante R$ 7,3 bilhões para o pagamento do piso nacional da enfermagem. A medida foi publicada no Diário Oficial da União. A previsão é que enfermeiros recebam R$ 4.750; técnicos de enfermagem, R$ 3.325; e auxiliares de enfermagem e parteiras, R$ 2.375.

“Você se doa muito, dá muito amor, mas recebe muito mais”

“A formação pretende reduzir as diferenças, para que jovens profissionais e empresas sigam juntos e alinhados rumo ao crescimento regional.”

Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br

ARQUIVO PESSOAL

DIVULGAÇÃO

fernandoweissahora@gmail.com

Ninguém mais suporta a EGR Eurovias,

Governador Eduardo Leite, cumpra sua promessa de 2018. Acabe com a EGR e repasse as rodovias à iniciativa privada. Mas faça logo e bem feito

ombeiros, por favor, peguem um balde com terra e fechem as crateras na Rota do Sol, em Teutônia”. Esse foi o pedido dos policiais rodoviários aos bombeiros voluntários, diante do permanente risco que os buracos na pista ofereciam aos usuários. Com toda a boa vontade e presteza, os bombeiros foram lá, cavoucaram terra e capim as margens da rodovia e despejaram nos buracos.

É o fim da picada. Não estamos falando de uma rua sem fim, no cafundó onde o diabo perdeu as botas. É a RSC-453, que a cada 50 quilômetros tem uma praça de pedágio. Pior que isso foi ouvir o diretor técnico da EGR dizer, na rádio A Hora, que essa parceria com bombeiros é importante para essas horas. What? É inacreditável.

Onze motoristas furaram pneu num mesmo dia, enquanto uma motociclista ficou com ferimentos graves após sofrer acidente em decorrência do acúmulo de buracos na mesma rodovia, entre Lajeado e Venâncio Aires.

Transitar neste trecho é um teste de nervos. Na hora de pagar pedágio, você precisa cuidar para não cair num buraco. Sim, meus prezados leitores, têm buracos na pista onde está a praça de pedágio, se é que podemos classificar assim. Penso ser mais correto dizer, praça de assalto.

o retorno

Já que falamos de rodovias, ao menos da BR386 vem uma notícia boa. CCR Via Sul anunciou ontem o acerto de negociações com a Eurovias e, até o fim deste mês, as obras de duplicação devem recomeçar.

Vejamos o ridículo: você transita numa rodovia que tem 27 buracos por quilômetro rodado, pista simples, mal sinalizada, fura pneu, cai de moto, se acidenta e ainda é obrigado a pagar um pedágio de R$ 6,30. Olha, se isso é pedágio, o que é assalto?

Manda levantar as cancelas, governador. O senhor prometeu, em repetidas vezes, lá em 2018, acabar com essa excrescência da EGR. Lá se vão quase cinco anos e nada mudou. O desrespeito com os gaúchos é sem precedentes. O caso não seria tão trágico se fosse uma exceção. Mas virou a regra. Entra e sai ano, as coisas só pioram e se multiplicam. A arrecadação se dá em milhões e os serviços voltam em centavos.

Ninguém mais suporta a EGR. A paciência de todos foi para o espaço. Não resta nada capaz de justificar os 10 anos de existência dessa estatal criada por Tarso Genro e mantida por José Ivo Sartori e por Eduardo Leite. Até quando teremos que engolir essa excrescência chamada EGR?

Já faz 30 dias que os serviços foram suspensos – mas o pedágio não – entre Marques de Souza e Estrela. A Eurovias recolheu todas as máquinas, demitiu trabalhadores e desmobilizou todas as frentes de trabalho. Ao que informa a CCR, tudo voltará ao que era antes. Ainda bem, pois os prazos das obras correm e a região tem pressa.

132 anos de Venâncio Aires

Quando policiais se socorrem dos bombeiros para fechar buracos em rodovia pedagiada (acima) e cones são necessários para orientar motoristas a desviar das crateras (ao lado), passamos de todos os limites. O desrespeito com o contribuinte chegou ao seu ponto máximo

A hora de falar de enchente é agora

Pode até ser estranho, mas é isso mesmo. No fim de semana passado, o Vale do Taquari registrou um volume médio de chuva na casa dos 300 milímetros. Foi água para encher rios e arroios, lotar açudes e ainda inundar ruas e pontilhões.

Atravessamos, no fim de 2022 e nos primeiros meses deste ano, mais uma severa estiagem, cujos prejuízos ainda são contabilizados. A meteorologia indica muita chuva para os próximos meses e uma possível falta no verão seguinte. Nada de novo no front. O que

nos cabe diante destes prognósticos é criar políticas públicas e projetos que permitam armazenamento deste volume de água que deveremos receber nos próximos meses. Não adianta falarmos de estiagem quando tudo está seco. A hora de criar alternativas é agora.

Faz trinta anos, mais de 80% da receita de Venâncio Aires dependia do tabaco. Hoje, a partir dos projetos de diversificação da economia, a dependência veio para menos de 50%. Com detalhe: não significa redução de produtividade ou do tamanho da indústria fumageira, mas sim, crescimento de outras culturas que foram introduzidas no âmbito local.

Essa semana, a Capital Nacional do Chimarrão completou 132 anos e vive um dos seus melhores momentos. Já vê sua população passar dos 70 mil habitantes. Por falar em chimarrão, vale visitar a praça da Matriz, em frente a Igreja São Sebastião Mártir, que recebeu faz poucos meses, um calçadão que embelezou ainda mais o principal cartão postal da cidade.

Respeito aos funcionários da EGR

rodrigomartini@grupoahora.net.br

RODRIGO MARTINI

As fakenews, os exemplos e a imparcialidade

O debate sobre o chamado “projeto das fakenews” é mais do que necessário. O crescimento exponencial das redes sociais em nossas vidas já tomou proporções incontroláveis. É de fundamental importância debater modelos e ferramentas idôneas – a todos os lados e ideologias ou crenças – para mitigar a pulverização de informações falsas ou criminosas. Além de tratarmos da verdadeira e justa liberdade de expressão ou pensamento, estamos tratando da saúde mental da nossa população. Há, sim, o risco de um grande colapso nas informações, com potencial para gerar ainda mais atrocidades ou ataques terroristas dentro dos nossos ambientes públicos ou privados. Combater tudo isso me parece que é consenso entre as pessoas de bom senso. O problema, e esse não é simples, é a forma de controle. Ou seja, descobrir – ou criar – uma forma saudável para censurar ou mitigar as informações maléficas. Uma função que, de forma alguma, pode atender às pressões políticas e ideológicas. E acreditar em um modelo imparcial em terras tupiniquins, por ora, é uma utopia. Mas há bons exemplos mundo afora – inclusive em países conhecidos pelo aspecto liberal – com capacidade para contribuir e muito com o propósito. Basta pesquisar. E sem filtros.

Piso dos professores na justiça?

TIRO

• O MDB está muito disposto a atrair Marcelo Caumo (PP) para o partido. Aliás, e por meio de um ou dois agentes, eles já estão próximos. A informação divulgada em primeira mão pela coluna virou notícia regional e tem pautado os debates nas esquinas democráticas da cidade. E o prefeito de Lajeado sabe disso. Por óbvio, ele não define (ou anuncia) nada antes do fim do mandato. Isso seria um terrível tiro no pé. Mas é inegável que as especulações agradam e muito o gestor lajeadense.

• Aliás, e antes de qualquer mudança partidária ou não, Marcelo Caumo (PP) precisa exigir uma melhor iluminação na pista de caminhada/corrida no Parque dos Dick.

• Ex-vereador e advogado, Darlã Bellini (PSD) deixou a função de Diretor da Câmara de Vereadores de Estrela e vai assumir como Chefe de Gabinete do prefeito Elmar Schneider (MDB).

• A Diretora Nacional de Investimentos da CCR Rodovias, Thais Borges, confirmou presença na Assembleia da Amvat, que ocorre no dia 18 de maio, no Estrela Palace Hotel. Na ocasião, ela vai detalhar o novo cronograma de obras na BR-386.

• Ainda sobre a aguardada assembleia, também participam do encontro o Secretário Estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, Rafael Mallmann (União Brasil), e a Secretária Estadual Adjunta de Educação, Stefanie Eskereski. Ah, e ao meio dia será servido um almoço típico alemão para os festejos de 147 anos de Estrela.

• Em tempo, o dia 18 de maio também foi a data escolhida pela CIC/VT e o Codevat para o seminário “Free Flow: o modelo para o desenvolvimento”, que ocorre a partir das 16h, na Univates.

As necessárias e duras críticas à ineficiência da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) precisam persistir. O governador Eduardo Leite (PSDB), que nessa semana experimentou o conforto e a agilidade dos metrôs e das inovações nova-iorquinas durante viagem oficial aos Estados Unidos, não tem outro caminho a não ser a extinção da estatal criada há uma década. Não há razões para manter em pé um organismo que não devolve o suficiente ao povo gaúcho, e cuja eventual atuação fiscalizatória junto à futura concessionária pode muito bem ser suprida por outras estruturas do Estado. Mas é preciso esclarecer o óbvio: as críticas e protestos não podem ser dirigidas aos funcionários e servidores da EGR. Terceirizados ou não. Acima de tudo, e o óbvio precisa ser dito e repetido, é necessário manter o devido respeito aos trabalhadores que atuam na reparação das pistas, nos setores administrativos e, o mais importante, nas praças de cobrança. Eles não têm culpa sobre a inoperância da empresa pública e do governo estadual. Pelo contrário. Eles também são vítimas.

A indefinição sobre o pagamento ou não do piso nacional aos professores da rede de ensino pública em Estrela pode parar na justiça. Eu explico. Na quarta-feira passada, ocorreu uma reunião entre integrantes da associação responsável pela classe. Não há definições sobre o fato. Há, sim, a intenção por parte de muitos integrantes de ingressar com uma ação judicial para garantir o pagamento do piso. Segundo alguns integrantes do grupo, o diálogo com o governo municipal restou prejudicado nas últimas semanas. Por outro lado, o Executivo já apontou o provável impacto financeiro: R$ 3,6 milhões por ano. Mas não há prazo ou data para divulgar a decisão.

• Voltando ao solo estrelense, a Empresa Pública de Logística Estrela (E-Log) republicou o edital de licitação para concessão de uma área de 17,3 mil metros quadrados do porto fluvial. O espaço é plano e não possui benfeitorias. A concorrência busca “operacionalizar atividade industrial”.

• O tempo passa, o tempo voa, e a votação do projeto de financiamento de R$ 15 milhões segue em banho-maria em Teutônia.

• Os responsáveis pela 20ª Mostra Guaporé também pretendem realizar um evento de lançamento em Encantado. O objetivo é cada vez mais integrar a cidade das joias e lingeries ao Vale do Taquari.

• Sobre Encantado, estou curioso para saber quais vereadores serão contrários ao regramento mais justo – e moral – das diárias, que deverá ser proposto em breve pela Mesa Diretora. Bom fim de semana a todos!

Diferentes formas de fazer o dinheiro circular

danças nos talões, que devem ocorrer em outubro. Entre elas, a inclusão de um código de segurança no local onde está o dado da agência da conta do cliente.

Banco Central anunciou mudanças nos talões de cheques. Popular até os anos 2000, o meio de pagamento, aos poucos, perdeu espaço para a tecnologia, como o cartão de crédito e o Pix. Mesmo assim, ainda há quem veja no analógico mais segurança

Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br

Julia Amaral juliaamaral@grupoahora.net

ESPECIAL

Vales ou cheques eram as principais formas de pagamento utilizadas por Jorge Luís Kappler, 58, entre 1989 e 2009. Por 20 anos, ele manteve um mercado em Lajeado e tinha, ainda no analógico, os

meios para cobrar clientes e pagar fornecedores.

Naquela época, quem andava com talões tinha grande prestígio na comunidade. Mas, apesar da popularidade, o meio nem sempre era seguro. Nas duas décadas do mercado, Kappler estima a perda de R$ 20 mil com os chamados borrachudos: cheques sem fundo, ou pré-datados.

Para evitar que problemas como esse perdurem, o Banco Central anunciou na sexta-feira, 5, mu-

Até então, Kappler sempre deu um jeito de evitar os golpes. “Como se fazia, a gente tentava sempre negociar, mas às vezes era de terceiros, o cliente sumia, tu vai fazer o quê? Dava muito certo, mas a gente também perdia muito”. Outra troca comum na venda era o caderninho, onde os clientes anotavam as compras e pagavam no fim do mês. Muitos clientes em débitos Kappler conseguiu cobrar, mas diz ter sido necessário paciência, diálogo e compreensão.

Mudanças

“Com os cheques a gente também sabia fazer dinheiro”, conta. Kappler lembra que tinha cheque liberado, ou seja, o pagamento à vista do valor depositado no banco, e deixava o dinheiro aplicado.

“A gente fazia a troca de cheques de terceiros, acumulava e aplica-

va o dinheiro. Deixava lá por um, dois, três dias, quem podia deixava 30 dias aquele dinheiro extra e ia rendendo”.

Kappler só deixou a forma de pagamento de lado quando vendeu o mercado e passou a trabalhar na lancheria na rodoviária de Arroio do Meio. Agora, utiliza boletos, cartões e Pix. Vez ou outra ainda tem o cheque para algum pagamento pessoal. “Hoje tenho talão mas uso em extrema necessidade. Ele dura um ano ou até mais”.

“O caderninho não sai de moda”

Os moradores do bairro das Indústrias sabem que faça chuva ou faça sol, o Mercado Noeli estará aberto. Lá, todas as formas de pagamento são aceitas: Pix, dinheiro, cartão, vale alimentação, cheque e o “caderninho”. Nas

A evolução das formas de pagamento no Brasil

Século 17

No período colonial, a principal forma de pagamento no Brasil eram as moedas de ouro e prata trazidas de Portugal.

Século 19

Com a independência do Brasil, foram emitidas as primeiras cédulas de dinheiro pelo Banco do Brasil, tornandose uma forma comum de pagamento.

1853

O Banco do Brasil introduziu o primeiro cheque no país, facilitando transações comerciais e substituindo em parte o uso de dinheiro em espécie.

1943

Foi criada a primeira instituição financeira do país, exclusivamente voltada para o processamento de cheques, chamada de Central de Compensação de Cheques (hoje denominada de Compe).

Década de 1960

A utilização de cartões de crédito começou a se popularizar no Brasil, com o lançamento do Cartão de Crédito Nacional pelo Banco do Brasil.

Década de 1970

Os cartões de crédito se tornaram mais acessíveis à população, com o lançamento de novas bandeiras, como a Visa e a Mastercard, que passaram a ser amplamente

Década de 1980

A expansão das redes de caixas eletrônicos permitiu o saque de dinheiro em espécie usando cartões de débito, proporcionando maior conveniência aos clientes bancários.

Década de 1990

O Internet Banking ganhou popularidade, e permitiu que os clientes fizessem transações bancárias online, como transferências e pagamentos.

2009

O Banco Central do Brasil lançou o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), que trouxe mais eficiência e segurança para as transferências bancárias e pagamentos eletrônicos.

Novembro de 2020

O Banco Central do Brasil lançou o Pix, um sistema de pagamentos instantâneos que permite transferências e pagamentos 24 h por dia, todos os dias, de forma rápida e segura.

NOELI ALF CAIO PROPRIETÁRIA DO MERCADO

O caderninho não sai de moda. Mas esse a gente faz para os mais chegados, como se diz. São clientes de anos”

No negócio de Jorge Luís Kappler, o cheque era comum e, hoje, é utilizado para transações específicas no dia a dia

BIBIANA FALEIRO

anotações, os clientes registram o valor da compra e pagam no dia ou no mês seguinte.

“O caderninho não sai de moda. Mas esse a gente faz para os mais chegados, como se diz. São clientes de anos”, conta a proprietária do estabelecimento, Noeli Alf Caio. Hoje, cerca de 20 consumidores ainda mantêm uma das mais antigas formas de pagamento do mercado, que completa 27 anos em maio.

Por vezes, o pagamento é atrasado por um ou dois dias. Conforme Noeli, na compra “fiado” as chances de calotes são as mesmas de outras formas de pagamento.

“Isso de não pagar tem até nas lojas grandes. Não tem comércio que consiga cobrar 100%”, comenta. Noeli conta também que existem clientes que permanecem fiéis ao cheque e não conseguiram se adaptar aos cartões.

5% de desconto no dinheiro

A utilização de cartões de crédito começou a se popularizar no Brasil na década de 1960, com o lançamento do Cartão de Crédito Nacional pelo Banco do Brasil e passaram a se tornar mais acessíveis à população nos anos de 1970. Neste período, em especial os estabelecimentos comerciais, tiveram que se adaptar tanto aos pagamento no crédito quanto no débito, que exigiu a aceitação da taxa cobrada pelo uso da máquina. Conforme o proprietário do restaurante Primus, Airton Camini, a cobrança pode variar de 1% até 10% do valor da compra. “Oferecemos 5% de desconto para o cliente que pagar em dinheiro. É que às vezes a pessoa até tem o valor em dinheiro, mas prefere passar no débito por ser mais

ferências e pagamento de contas. Nesta época, também começaram a surgir os bancos digitais, que não precisavam mais de uma agência física para funcionar. Hoje, Fábio Ricardo Ritter, 41, é um dos adeptos do sistema. O analista administrativo corporativo utiliza, em especial, o Banco Inter, um dos mais antigos do país, que também não cobra taxas para os serviços.

Este é um dos benefícios, mas ainda há outros como a rapidez e a praticidade do acesso na palma da mão ou na tela do computador.

“Se eu precisar de alguma coisa específica, tenho um atendente no banco digital que me tira todas as dúvidas e me dá toda informação que preciso”, destaca.

Além das transferências, do uso de cartão de débito e crédito e do Pix, Fábio destaca a possibilidade de investir e fazer financiamento também por meio do banco digital. Com a facilidade, hoje, é difícil o morador de Lajeado andar com dinheiro físico no bolso. Ele só toma precauções quando visita cidades do interior que podem não aceitar cartões ou o Pix. Nestes casos, o saque é feito em caixas multibancos.

fácil. Só que todo mundo gosta de desconto, né?”, conta Camini. Conforme o empresário, essa também é uma forma de fidelizar novos clientes que, sabendo que podem ter uma refeição 5% mais barata, optam por ir até o Primus.

Na palma da mão

Por outro lado, para os consumidores, os cartões facilitaram os pagamentos e, a partir de 1990, os brasileiros passaram por outra inovação com a popularidade do Internet Banking. O serviço permitia que os clientes fizessem transações bancárias online, como trans-

Dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban)

Em 2022, quase 203 milhões de cheques foram compensados no Brasil;

O número representa uma queda de 7,3% em relação a 2021;

Em 1995, quando a série histórica teve início, 3,3 bilhões de cheques foram compensados;

Hoje, o Pix predomina em operações de baixo valor.

Por outro lado, Fábio destaca a impessoalidade dos serviços dos bancos digitais e acredita que este seja o principal motivo de não ser totalmente aceito na região. “Ainda não estamos prontos para que todos tenham essa funcionalidade. Hoje, os bancos físicos são muito úteis, principalmente para pessoas de mais idade que precisam de algum auxílio para fazer as transações”. O Pix é a forma de pagamento mais recente no país, criada em 2020, mas é ele que lidera as transações de baixo custo no Brasil.

ENTREVISTA “O ‘dinheiro tradicional’ ainda tem importância”

SAMUEL MARTIM DE CONTO • professor de economia da Univates

A HORA - Existem chances do cheque desaparecer? Por quê?

DE CONTO - O cheque está “desaparecendo” aos poucos. Alguns anos, era útil para realização de transações ou pagamento aos funcionários. Com a ampliação do atendimento bancário, o aparecimento dos bancos digitais, bem como o surgimento de outros mecanismos de pagamento que a internet possibilitou, o cheque foi perdendo importância.

AH - Em geral, qual o público que ainda utiliza o cheque?

DE CONTO - São situações bem específicas. Por exemplo, a compra parcelada de algum bem, na qual o vendedor utiliza o recebimento dos cheques para ter uma certa garantia no recebimento do valor.

AH - Como fica a produção e circulação de cédulas com o avanço da tecnologia e surgimento de meios como o Pix?

DE CONTO - Ainda há grande circulação de dinheiro físico (cédulas e moedas) no país. Há um ano, havia 326 bilhões de reais em circulação e agora 328 bilhões de reais. Então, mesmo com todo o volume que as pessoas estão utilizando o Pix, o “dinheiro tradicional” ainda tem importância.

AH - É possível apontar se as formas de pagamentos digitais são mais ou menos seguras que as “analógias”?

DE CONTO - Primeiramente, é preciso ter conhecimento do banco digital que será utilizado. Ou seja, pesquise sobre o banco. Antes de abrir uma conta em bancos digitais, o ideal é pesquisar bastante e de maneira aprofundada as várias opções disponíveis. Quanto à segurança, sempre suspeite de contatos “não oficiais” realizados fora do aplicativo. Também é importante usar a biometria nas operações e regularmente trocar as senhas.

Airton Camini é proprietário do restaurante Primus. Os 5% de desconto para quem paga com cédulas ou moedas é também uma forma de fidelizar clientes

Noeli Alf Caio mantém o “caderninho” como uma das formas de pagamento para clientes antigos

365 VEZES NO VALE

Surge uma nova cabana turística em Arroio do Meio

ACabana Bela da Montanha se estrutura entre os morros Gaúcho e São José. Será mais uma hospedagem sofisticada em meio à natureza no interior de Arroio do Meio. A previsão é finalizá-la até outubro.

O 365 vezes no vale acompanha a obra desde a colocação do primeiro tijolo, em outubro de 2022. O novo empreendimento turístico será construído nas belas terras da família Kerbes, idealizado pelo dentista Estevan, o “Tetê”.

No formato A-Frame, a cabana contará com o telhado descendo

próximo à base da construção. Será envidraçada, possibilitando o contato maior com as paisagens ambientais. Na parte interna, terá sala com churrasqueira e lareira, cozinha, dois quartos (um deles com banheira) e dois banheiros. Na parte externa, destaque para a mata nativa, açude para pesca e um riacho com água cristalina e piscina natural. A família instalou um deck de frente ao pôr do sol, proporcionando um entardecer colorido.

Conforme Tetê, a construção da cabana surgiu das boas experiências na natureza com os pais. O

@firpereira

O Felipe Pereira se hospedou em outra pousada muito famosa no Morro São José, em Arroio do Meio. É a Morada dos Anjos, com ambientes cuidadosamente decorados e um entardecer imperdível.

Projeto da arquiteta Joana Dalpian apresenta como ficará a Cabana Bela da Montanha concluída. Obra deve ser finalizada em outubro

nome Bela da Montanha é uma homenagem à filha Isabela e referência à beleza natural encontrada na elevação arroio-meense. Futuramente, a cabana será alugada por aplicativos como o Airbnb. Para além da hospedagem, haverá uma atração temática. Mas isso logo será divulgado na página oficial @cabanabeladamontanha (página oficial no Instagram).

@lauramarruda

Outra dica de hospedagem vem da Laura Arruda. É a Pousada Rural Alto Arroio Alegre, em Santa Clara do Sul. Destino ideal para casais que buscam privacidade, contato com a natureza e boa gastronomia.

Os ambientes em meio à mata e com visão panorâmica são diferencial no topo dos morros Gaúcho e São José

UMAS & OUTRAS

CARLOS MARTINI Administrador

Buracômetro da RSC-453

Novo recorde: estamos há seis horas sem um buraco novo.

Campanha de utilidade pública: ajude a proteger os

Penalidade máxima

pneus carentes, adote um buraco. Às vezes tenho a impressão que a estatal EGR tem por objetivo ganhar um tópico no Guinness Book: a rainha da buraqueira!

SPACEADVENTURES

Novidade muito interessante inaugurada nessa quarta-feira, em Canela: uma espécie de franquia do museu espacial da NASA, a agência espacial norte-americana.

O acervo inclui mais de trezentos equipamentos utilizados na impressionante história da chamada Conquista do Espaço, incluindo alguns remanescentes das viagens à lua.

O astronauta aposentado Charles Duke, de 87 anos, esteve presente na cerimônia de abertura do já popularmente conhecido como Parque da Nasa.

Duke foi um dos últimos humanos a colocar os pés na lua, na missão 13 do programa Apollo.

Vale conferir as atrações no site spaceadventures.com.br e... boa viagem!

Esse é o nome da operação da Polícia Federal que investiga suspeitas de fraudes em jogos de futebol que podem ter influenciado em resultados de partidas cotadas em casas de apostas.

Aí incluídos alguns pênaltis cometidos em momentos decisivos, uns frangos de última hora, uns passes errados aparentemente infantis, e por aí afora. Pelo número de mandados de busca e apreensão expedidos, dá para inferir que as suspeitas recaem sobre uma ínfima minoria de profissionas que atuam no esporte.

LIVRE PENSAR

Só quem carrega o próprio balde sabe o valor de cada gota de água. (autoria incerta)

MARCOS FRANK ARTIGO

Médico Neurocirurgião

Rumo ao absurdo

“É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.”

Constituição Federal, artigo V

“Quando certa manhã Gregor Samsa acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso. Estava deitado sobre suas costas duras como couraça e, ao levantar um pouco a cabeça, viu seu ventre abaulado, marrom, dividido por nervuras arqueadas, no topo do qual a coberta, prestes a deslizar de vez, ainda mal se sustinha. Suas numerosas pernas, lastimavelmente finas em comparação com o volume do resto do corpo, tremulavam desamparadas diante dos seus olhos. “O que aconteceu comigo?”, pensou

Não era um sonho...”

Assim começa o livro “A Metamorfose”, escrito por Franz Kafka em 1915. O autor nascido em Praga e que nos deixou precocemente aos 40 anos, vítima de tuberculose, narra a história de Gregor, que acorda transformado em um inseto, mas com a mente e os pensamentos humanos preservados, ao menos no início.

complicadas e sistemas que não fazem sentido.”

Algo muito parecido com o sistema judiciário brasileiro, senão vejamos:

1. Afastamento do governador do Distrito Federal por decisão monocrática de Ministro do Supremo Tribunal Federal.

2. Bloqueio de perfis de políticos e cidadãos comuns nas redes sociais, como o ex-secretário da Receita, Marcos Cintra, que após publicar manifestação online pedindo esclarecimentos a respeito das urnas eletrônicas, teve suas redes rapidamente derrubadas por decisão judicial.

3. Prazo de uma hora para que o Telegram exclua mensagens enviadas aos seus usuários a respeito do Projeto de Lei 2630. Em caso de descumprimento, as atividades da empresa serão suspensas pelo prazo de 72 horas, com aplicação de multa de R$ 500 mil por hora.

Hoje em dia, para alguns por aqui, uma meia dúzia de meses parece uma vida inteira, mas na real não é bem assim.

Fico pensando em quem tem que administrar e estruturar também uma Via Dutra de cabo a rabo, entre São Paulo e Rio

de Janeiro (ainda hoje a mais importante do país), mais uma Bandeirantes (SP-348), e outra Anhanguera (SP-330). Sem falar nos quatro principais eixos de logística de transportes rodoviários aqui pelo sul (BRs 101, 290, 116 e 386).

CCR AEROPORTOS

Para quem não sabe, a CCR também atua em aeroportos. E não é café pequeno. Vários dos mais importantes terminais do país são administrados por ela, que fez importantes investimentos na infraestrutura aeroportuária nos últimos anos.

Agora projeta alavancar alguns aqui do interior do sul, tipo Uru-

guaiana, Bagé e Pelotas. E quem sabe, em um futuro não muito distante, também por aqui?

Já tive algumas vivências no ramo em tempos idos. Conheço um pouco da complexidade dessas estruturas de logística de transportes de passageiros e cargas. Acreditem: não é tão fácil quanto parece.

Dia das mães, instruções da nona:

- Quando chegarem no edifício, cutuquem o controle da campainha do prédio com o cotovelo. Quando chegarem no elevador, apertem o andar com o cotovelo e quando chegarem na porta do apartamento, apertem a campainha com o cotovelo.

- Tudo bem, vó. Mas por que sempre com o cotovelo e não com o dedo?

- Mas vocês vão vir com as mãos vazias. Porcco Zío! Sem uma porção de polenta brustolada, uma salada de radiche, um galeto al primo canto ou um matambre recheado?

Sua única preocupação é não conseguir sair da cama devido à sua forma e se atrasar para trabalhar. Só que a situação começa a ficar complicada quando Gregor tem de se explicar à família e para o patrão.

Ou seja, Gregor não se rebela, nem se pergunta o porquê de tudo aquilo, apenas se adapta passivamente e vai se transformando em alguém que ele não queria ser e que acaba aos poucos a ser desprezado por todos. A família, aos poucos, se acostuma, e passa a tratar Gregor como um assunto rotineiro, uma questão logística.

Um dos efeitos criados pelo livro foi a disseminação do termo “kafkiano”, para designar, de uma forma geral, situações absurdas que intrigam e perturbam a mente humana. O dicionário Oxford assim define kafkiano: “Usado para descrever uma situação que é confusa e assustadora, especialmente envolvendo regras

4. A Defensoria Pública da União teve direito a um período de menos de 24 horas para apresentar a sustentação oral da defesa de parte de mais 250 denunciados nas manifestações de 8 de janeiro, antes do início do julgamento no STF

5. Sentenças antes consideradas definitivas em disputas sobre pagamento de impostos podem ser alteradas. A Corte também decidiu contra a chamada modulação. Ou seja, sem essa modulação, tributos que não foram recolhidos no passado poderão ser cobrados retroativamente, inclusive com juros e multa.

6. No Brasil temos o sistema acusatório aonde o Ministério Público é o órgão acusador e não o judiciário. Em um STF tomado por ministros indicados por políticos vemos decisões absurdas da Corte que se diz vítima, investiga, processa e julga.

Ao nos acostumar com tais decisões e arroubos autoritários nos igualamos a Gregor Samsa, o trágico personagem que transformou Kafka em sinônimo de absurdo.

Da raiz no campo à vida pública

Em pelo menos quatro municípios da região, parlamentares conquistam mandatos desde a primeira eleição. Para especialista, casos em Forquetinha, Capitão, Progresso e Westfália também indicam dificuldades de renovação

Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br

Gabriel Santos gabriel@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

Foi na tranquilidade de Vila Prass, à época interior de Lajeado, onde Henrique Frederico Krüger iniciou seus primeiros passos na vida pública. De coordenador da Secretaria de Obras local, foi alçado à câmara de vereadores do recém-criado município de Forquetinha. Eleito pela primeira vez em 2000, já soma seis mandatos no Legislativo.

Krüger é um dos exemplos na região de vereadores que exer-

cem mandatos desde a emancipação. Algo comum em cidades de pequeno porte. Todos os casos do Vale são em municípios de população inferior a 7 mil habitantes. Outro fator em comum é que são todos homens, com origens no campo. Aos 61 anos, Krüger sempre esteve nas fileiras do PP, desde os tempos do antigo PDS. Considera a fidelidade partidária importante nos dias de hoje, onde ocorrem sucessivas trocas de legenda por interesses eleitorais. “Sou da época em que o Cláudio Schumacher e o Erni Petry eram os principais líderes da sigla em Lajeado”, recorda. Embora tenha recebido convites para concorrer ainda no período em que Forquetinha pertencia a

Lajeado, ele só aceitou disputar uma eleição no novo município. Mesmo receoso, acabou eleito com 128 votos. Desde então, sempre esteve pelo menos entre os cinco vereadores mais votados. Em 2020, mesmo em meio à pandemia, obteve sua maior votação: 166 votos. “Foi um período difícil. Era recebido por quem me

conhecia bem. Já em outros locais, era mais difícil. As pessoas estavam receosas. Mas consegui me eleger com um bom desempenho”.

Receptividade e permanência

Mesmo com reduto eleitoral em Vila Prass, Krüger tem boa aceitação em praticamente todas as localidades de Forquetinha. Fruto também do período como servidor. “Eu fiquei quase 40 anos em cima de uma patrola. Só parei há dois anos. Era muito conhecido por conta disso na comunidade. As pessoas se lembram do meu trabalho”, recorda.

Durante os mais de 20 anos no Legislativo, Krüger também se licenciou do mandato em quatro oportunidades para atuar no alto escalão do Executivo. Foi secretário de Obras nas gestões de Waldemar Richter e do atual prefeito, Paulo Grunewäld. Na nomeação mais recente, permaneceu por pouco mais

Krüger exibe, com orgulho, a trajetória no Legislativo de Forquetinha. São seis mandatos consecutivos

de um ano e saiu em 2022. Embora acredite ter condições para seguir no Legislativo, Krüger entende que chegou a hora de “pendurar as chuteiras”. Ainda que líderes do partido tentem o convencer do contrário, seu desejo é se aposentar da política. “Quero me dedicar à família, passar mais tempo com os netos”.

Busca pelo conhecimento

Aires Daldon é agricultor, morador de Alto Palmas, no interior de Capitão. Tem 62 anos, sendo 32 deles dedicados ao Legislativo. Eleito pela primeira vez em 1992, ano da emancipação do município, participou de todos os processos eleitorais e sempre se saiu vitorioso. São oito mandatos seguidos como vereador, pelo MDB. O convite para ingressar na política chegou logo após a emancipação. Foi o então presidente da

HENRIQUE FREDERICO KRÜGER VEREADOR EM FORQUETINHA

Eu fiquei quase 40 anos em cima de uma patrola. Só parei há dois anos. Era muito conhecido por conta disso na comunidade”

Daldon acumula oito mandatos consecutivos em Capitão e admite disputar mais um pleito em 2024

GABRIEL SANTOS

comissão emancipacionista, Eloi Matte quem fez o convite. “Nem sabia o que era política. Num primeiro momento, falei que não seria candidato. Ele voltou na minha casa e me convidou novamente. Eu tinha um envolvimento comunitário e decidi concorrer”, lembra. Daldon foi eleito com 88 votos, o segundo mais votado do partido. Assumiu a cadeira em 1993 e per manece até hoje. Na última eleição, recebeu 141 votos. Para manter a

sequência de vitórias, acredita que o diferencial é a humildade no trabalho e a confiança conquistada pelos moradores. “Desde que me elegi pela primeira vez, até hoje faço visitas constantes nas comunidades. Ouço as demandas de cada um e analiso projetos sem olhar partido ou ideologias”, destaca.

Nestes mais de 30 anos no Legislativo, Daldon foi presidente em 1996 e 2020. Tornou-se figura conhecida dentro do partido e com isso conseguiu avançar bastante na busca por recursos junto aos deputados e na capacitação. “A cada ano, preciso me atualizar. As leis mudam toda hora e novas tecnologias surgem para auxiliar no trabalho”.

No ano que vem, Daldon quer buscar a nona eleição consecutiva, mas antes de tomar a decisão vai ouvir as lideranças do partido e avaliar o cenário municipal. “Temos novas lideranças que pedem espaço. A renovação é necessária, mas se o partido e meus simpatizantes entenderem que devo concorrer, meu nome estará à disposição mais uma vez”.

Atenção integral

O caso de Marino Bozzetti se difere um pouco dos demais vereadores citados na reportagem. Eleito vereador na primeira eleição municipal, em 1988, ele chegou a concorrer a vice-prefeito em determinado momento da trajetória política, mas acabou derrotado. Porém, em todos os pleitos ao parlamento, se saiu vitorioso.

Mais votado na primeira disputa, Bozzetti atribui o sucesso ao trabalho incansável e à simplicidade “O mandato de vereador não é uma coisa só do último ano. Eu procuro dar atenção às demandas da população nos quatro anos.

Seja na busca por recursos, emendas, em acompanhar projetos ou cobrar da administração. E conta muito não ser diferente. Ser sempre a mesma pessoa ”, frisa.

Outro fato que Bozzetti entende ser fundamental nas suas eleições é o bom desempenho em Xaxim – onde reside –, uma das localidades mais populosas do interior.

“Eu sempre arranco com uma boa votação por lá. Mas faço votos em todo o município. E tenho eleitores que votam em mim desde 1988”.

Para o futuro, o parlamentar, perto de fazer 70 anos, ainda mantém mistério. Já havia pensado em parar no último pleito, mas acabou se candidatando e foi o mais votado no município. “Ainda não discuti isso. É algo que será decidido só em 2024”.

O mandato de vereador não é uma coisa só do último ano. Eu procuro dar atenção às demandas da população nos quatro anos”

ENTREVISTA

Desde que me elegi pela primeira vez, até hoje faço visitas constantes nas comunidades. Ouço as demandas de cada um e analiso projetos sem olhar partido ou ideologias”

A Hora: É comum, nos pequenos municípios, vereadores se reelege rem para sucessivos mandatos. Isso indica que são bem avaliados pela comunidade ou ocorre pela dificuldade de renovação?

Fredi Camargo: que os dois fatores podem causar essa situação. Primeiro, muitos políticos, principalmente em pequenos municípios, têm ligação direta com a história do local e vêm de uma representatividade social familiar grande, se apegando ao cargo e não dando muita brecha para a entrada de novas lideranças. Nesses casos, há uma permanência no poder pela fidelidade dos eleitores para com os nomes e com as famílias. Mas também é explicada porque os vereadores atenderam bem aos anseios das comunidades. Por mais que não tenhamos muito espaço para re-

novação política, se o detentor do cargo público não corresponde, a sociedade troca.

AH: O excesso de mandatos legislativos é um alvo frequente de críticas. Essa “eternização” contribui para uma visão negativa da sociedade frente aos vereadores?

Camargo: Em termos gerais, a política é “criminalizada”, e isso cobra um preço. O problema disso é o efeito colateral de não encorajar novos atores e pessoas realmente engajadas no desenvolvimento comunitário a entrar na política. Mas com as redes sociais temos visto mudanças. Muitos tiveram possibilidade de manifestação social por esse canal de comunicação comunitário e isso fez com que surgissem novos atores na política, complicando inclusive a vida de velhos políticos que ainda não

entenderam as novas ferramentas de comunicação com a população e perdem terreno.

AH: Limitar o número de mandatos legislativos seria uma saída para minimizar essa descrença com a política?

Camargo: É uma saída muito simplória que tem duas consequências a serem refletidas: se o mandato do vereador estiver dando bons resultados, é justo perdermos essa representatividade? Segundo, se eu limitar o vereador mas esse colocar o filho, a mulher ou o irmão a concorrerem, estarei realmente limitando seu poder? Vemos inúmeros casos históricos dessa perpetuação familiar paternalista e até mesmo coronelista na política brasileira. Saídas mais democráticas, com possibilidade de realmente mostrar capacidade de representatividade, ao meu ver seriam melhores.

AIRES DALDON VEREADOR EM CAPITÃO

MARINO BOZZETTI VEREADOR EM PROGRESSO

“Se o detentor do cargo público não corresponde, a sociedade troca”

FREDI CAMARGO • cientista político

VALÉRIO DA FONSECA VEREADOR Bozzetti sempre se elegeu vereador quando concorreu em Progresso. A primeira eleiçaão foi em 1988

(*) EM 2000, CONCORREU A VICE-PREFEITO

Fim da novela: CCR ViaSul e Eurovias chegam a acordo

Empresas haviam rompido contrato em 26 de abril. Após um mês sem obras na BR-386, duplicação será retomada até o fim do mês

Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

Areconciliação entre CCR ViaSul e Eurovias foi confirmada na manhã dessa sexta-feira. Com isso, ambas preparam um cronograma para volta das equipes e das máquinas ao trecho da BR-386 entre Marques de Souza e Lajeado.

Sem detalhes quanto ao novo contrato, a concessionária responsável pela rodovia informa que a retomada das obras devem ocorrer até o fim do mês. O primeiro trecho de duplicação prevê 20 quilômetros de novas pistas.

As intervenções na pista começaram em julho de 2021. O prazo previsto pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para liberar a primeira etapa da duplicação encerra em julho.

Qualquer mudança neste aspecto precisa de aprovação da agência. Em cima disso, a concessionária mantém conversas para revisar os termos do contrato e prorrogar a liberação do trânsito no trecho duplicado.

Sem a entrega da obra na data definida, a concessionária pode ser multada ou mesmo ter de reduzir a pedágio. Essa decisão perpassa o detalhamento sobre as intervenções feitas até então, argumentos sobre os motivos do atraso e diretrizes plano de retomada da obra.

A CCR Viasul venceu o leilão para gerir as BRs 386, 101, 290

Cronograma da duplicação

O contrato firmado com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) estabelece melhorias na infraestrutura. Ao todo, serão seis etapas

1º trecho:

Marques de Souza a Lajeado 20 km

Prazo: início em 2021 entrega no primeiro semestre de 2023

2º trecho

Soledade a Fontoura Xavier 25,6 km

Prazo: 2023 até 2024

3º Trecho

Soledade a Tio Hugo 30,5 km

Prazo: 2024 até 2025

4º Trecho

Marques de Souza a Fontoura Xavier 54,9 km

Prazo: 2026 até 2028

e 448 em novembro de 2018. O contrato faz parte do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), e a empresa terá que investir mais de R$ 7,8 bilhões durante os 30 anos de concessão. Nos primeiros 20 quilômetros de novas pistas, o montante investido se aproxima dos R$ 230 milhões.

Expectativa na linha de frente

Após mais de 100 demissões, funcionários da Eurovias, comemoram a retomada. Sem se identificar, um operário afirma que já havia um indicativo de acordo. A espera chegou ao fim. “Pelo ritmo de trabalhos que tivemos antes da suspensão das obras, acho que podemos terminar tudo antes do fim do ano”, estima.

A interrupção dos serviços na rodovia completou um mês nessa sexta-feira. Em 12 de abril, os funcionários tiveram uma reunião com os encarregados, na qual foi informado que a empresa se reti-

raria da duplicação. Na ocasião, foi dada a ordem para organizar o canteiro de obras, recolher equipamentos e guardar materiais.

Já havia uma redução gradual nas intervenções. A última atividade de mais impacto foi a detonação de rochas em 14 de março. Desde então, menos operários foram deslocados para dar continuidade à duplicação.

Pela listagem das obras, há 14 quilômetros de novas pistas finalizados, mas sem liberação para o tráfego. Dos 13 quilômetros de vias às margens da pista, há três concluídos. Os trabalhos mais atrasados são duas passarelas, interseções e as passagens inferiores e superiores.

Sobre a ampliação da pista entre Lajeado e Estrela, o prazo de realização encerra entre agosto e setembro de 2024.

Nota da ANTT

“A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) conduz vistorias para verificar o progresso das obras estabelecidas nos contra-

tos de concessão. Essas inspeções são feitas pela equipe técnica, com o apoio da empresa Supervisora Imtraff, contratada pela ANTT. Os percentuais de avanço das obras são avaliados por mês e também por ano. Onde é feita uma análise do cumprimento das obrigações contratuais. Caso seja constatado o descumprimento do cronograma anual, são aplicadas reduções tarifárias conforme previsto no contrato, além de penalidades (multas), se a inexecução for responsabilidade da concessionária. É importante ressaltar que, ao longo de cada período contratual, a responsabilidade pela execução das obras nos percentuais estabelecidos é exclusiva da concessionária. Portanto, quaisquer atrasos ocorridos em um determinado período, como um mês, por exemplo, devem ser compensados nos períodos subsequentes, a fim de garantir o cumprimento adequado do avanço anual estipulado no Contrato de Concessão. Assim, caso ocorra alguma paralisação no andamento das obras, a con-

5º Trecho

Tio Hugo a Carazinho 34,6 km

Prazo: 2029 até 2030

6º Trecho

Lajeado a Tabaí Trecho já duplicado. Haverá adaptações para aumento na capacidade de fluxo 59,3 km

Prazo: 2034 até 2036

cessionária é a única responsável e deve posteriormente realizar a devida compensação.”

Assembleia da Amvat

A diretora Nacional de Investimentos do Grupo CCR, Thais Borges, participa de reunião com os prefeitos da região. A assembleia da Amvat ocorre na próxima quinta-feira 18, no Estrela Palace Hotel. Na ocasião, ela apresenta o plano de retomada das obras na BR-386.

Concessionária responsável pelos pedágios contabiliza 14 quilômetros de novas pistas concluídos. Nenhum foi liberado

FILIPE FALEIRO

EGR admite problemas na 453 e promete ressarcir prejuízos

Diretor técnico da autarquia, Luis Fernando Vanacor, afirma que reforma total em trecho crítico de Cruzeiro do Sul a Lajeado será feita após conclusão de quatro interseções. Uma delas será finalizada em agosto

VALE DO TAQUARI

Aprecariedade da RSC453 gera críticas de condutores, empresários e autoridades locais. O pior trajeto fica em oito quilômetros, da praça de pedágio de Cruzeiro do Sul até o acesso ao parque de eventos de Lajeado.

“Estamos com equipes para trabalhos pontuais de tapa-buracos. É um serviço de emergência para garantir a trafegabilidade aos motoristas”, afirma o diretor técnico da Empresa Gaúcha de Rodovias,

Luis Fernando Vanacor.

Acompanhado pelo prefeito de Estrela e presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), Elmar Schneider, o dirigente concedeu entrevista à Rádio

A Hora nessa sexta-feira. “Para nós, funcionários, é com muita tristeza que acompanhamos essa situação da rodovia. Nunca foi nossa intenção sermos relapsos ou irresponsáveis. Todos que tiveram prejuízos podem reclamar os danos e a EGR vai ressarcir.”

A autarquia mantém um canal de comunicação com os usuários, por meio da ouvidoria (pelo telefone 0800 648 3903 ou pelo e-mail ouvidoria@egr.rs.gov.br). O motorista fará um protocolo de atendimento. Depois ocorre uma análise, caso comprovado que foi devido às condições da pista, recebe os valores.

Nessa segunda-feira, a reportagem do A Hora percorreu o trecho de Lajeado até Mato Leitão. No trecho mais crítico, foram contabilizados 222 buracos. Uma média de 27,7 por quilômetro. Conforme Vanacor, há um plano de investimentos em vigor à rodovia até Venâncio Aires. Pela praça localizada em Boa

Na segunda-feira, reportagem flagrou dois motoristas que tiveram problemas mecânicos devido aos buracos. Pedido de ressarcimento deve ser encaminhado à ouvidoria da EGR

Esperança, Cruzeiro do Sul, passam cerca de 2,5 mil veículos por mês. Em termos de arrecadação, a média mensal é de R$ 500 mil.

Justificativa da EGR

Por meio de nota encaminhada à imprensa na tarde de ontem, a autarquia detalha os serviços

emergenciais para retomar a trafegabilidade nas rodovias concedidas. De acordo com a EGR, há equipes contratadas e serviços terceirizados mobilizados para reparos emergenciais e tapa-buracos. A empresa alega que investiu R$ 59 milhões desde em serviços de manutenção no trecho de Lajeado/ Venâncio Aires da RSC-453 e R$ 27 milhões no trecho de Estrela/ Garibaldi. “Além disso, está em andamento o plano de recuperação da RSC-453, com um investimento total de R$ 35 milhões, sendo que

mais da metade desse valor já foi aplicado.”

Afirma que a primeira etapa desse plano foi concluída, abrangendo o trecho do quilômetro zero, em Venâncio Aires, até o quilômetro 20, em Cruzeiro do Sul. “Nessa fase, foram realizadas a recuperação das camadas profundas, solucionando problemas estruturais, reparos superficiais em pontos específicos, além da pavimentação e sinalização vertical.”

A EGR explica que a recuperação do trecho entre o quilômetro 20, em Cruzeiro do Sul, e o quilômetro 29, em Lajeado, ocorrerá após a implantação das quatro rotatórias planejadas. A construção da rotatória no quilômetro 27 da RSC-453, em Lajeado, já está em andamento desde fevereiro.

“A empresa prioriza a construção das rotatórias antes da recuperação asfáltica, a fim de otimizar os recursos e executar a manutenção do pavimento apenas nos segmentos restantes. Isso ocorre porque a construção das rotatórias irá modificar o traçado da rodovia, afetando a estrutura e o pavimento.”

Após a conclusão da rotatória no quilômetro 27, a EGR dará início à construção da segunda intervenção, no quilômetro 29. Essas obras têm como objetivo melhorar o fluxo de veículos em direção ao perímetro urbano do município, proporcionando mais segurança para a comunidade do bairro Floresta e arredores.

Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br

FILIPE FALEIRO

Governo avança na criação da Guarda Municipal

Projeto de lei está em fase de verificação do impacto orçamentário. Intenção é que órgão conte com novos servidores a serem chamados em concurso público, além dos fiscais de trânsito que farão exames de qualificação

pal e farão um processo de qualificação para mudança de função.

Atribuições da Guarda Municipal

– Zelar pelos patrimônios públicos;

– Ações ostensivas para prevenir e inibir infrações;

– Atuar na proteção da comunidade e bens públicos;

– Colaborar com demais serviços de segurança;

– Garantir o atendimento de emergências;

– Auxiliar na segurança de eventos;

– Promover ações junto da comunidade escolar.

LAJEADO

Oprojeto de lei que cria a Guarda Municipal em Lajeado está praticamente finalizado. Após mais de três anos de discussões, a proposta deve ser encaminhada à câmara de vereadores nas próximas semanas para análise e votação. A expectativa é de que o serviço seja implementado ainda este ano, caso seja aprovado no Legislativo. Inspirado no formato adotado em Santa Cruz do Sul, o projeto prevê a realização de concurso público para contratação de agentes que atuarão no futuro órgão. Além disso, servidores do Departamento de Trânsito vão migrar para a Guarda Munici-

A secretária municipal de Administração, Elisangela Hoss, esclarece que o projeto está na fase de verificação do impacto orçamentário. “Primeiro vai ao gabinete para indicação dos recursos e depois vai à Secretaria da Fazenda. Por fim, eu faço uma nova revisão e alguma adequação orçamentária, se necessário”, explica.

Elisangela diz que ainda não há como precisar uma data certa para envio do projeto à câmara, mas deve ocorrer neste mês. Além disso, o Executivo não vai pedir urgência na votação. “Naturalmente, haverá discussão e é preciso tempo para análise. Então é complexo prometer também uma data para que a Guarda inicie as atividades”, frisa.

Concurso e qualificação

A Guarda Municipal será preenchida com a contratação de novos profissionais e também por fiscais de trânsito. “Nós vamos fazer essa alteração no cargo de fiscal. Se o servidor que atualmente ocupa o cargo passar nos exames e qualificações, vai atuar de guarda. Caso não seja aprovado, continuará apenas com atribuições de trânsi-

Importância

to”, comenta Elisangela. Ao todo, Lajeado conta com 36 fiscais de Trânsito, todos servidores de carreira. A intenção também é fazer, no segundo semestre deste ano, um concurso público para preencher outras 13 vagas à Guarda Municipal.

O secretário de Segurança Pública de Lajeado, Paulo Locatelli, é um dos principais defensores da proposta. Para viabilizar a iniciativa no município, ele visitou outras cidades e conheceu exemplos de Guardas Municipais. Esteve em Santa Cruz do Sul e Gravataí –onde ocorre a formação de agentes –, por exemplo. “Esperamos que o projeto seja aprovado. Será muito importante para a cidade contar com mais um órgão de segurança. É um importante complemento ao trabalho desenvolvido hoje pela Brigada Militar e Polícia Civil”, argumenta o secretário.

Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br

Unidade de Santa Cruz do Sul serve de referência para iniciativa de Lajeado

DIVULGAÇÃO

Painel em Lajeado debate futuro do país

Evento organizado pela Fecomércio ocorre na terça-feira, 16, às 18h30min no teatro do Ceat. Mudanças no governo, momento econômico e relações sociais impactadas pela internet sustentam edição do “Giro pelo Rio Grande”

Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br

ENTREVISTA

VALE DO TAQUARI

Um novo governo, um novo cenário político-econômico. Com o tema “Brasil 2023: para onde estamos indo”, o Giro Pelo Rio Grande, evento promovido pela Fecomércio, debate os rumos do país.

O evento ocorre na próxima terça-feira, 16 de maio, no teatro do Colégio Evangélico Alberto Torres (Ceat), a partir das 18h30min. Os participantes serão: o cientista político Fernando Schuler e o consultor econômico Marcelo Portugal.

O painel terá na mediação o presidente da entidade, Luiz Carlos Bohn, e o economista e gerente de Relações Governamentais da Fecomércio, Lucas Schifino.

No debate, serão tratados temas como: liberdade de expressão, relação entre poderes e a montagem da base de apoio do governo no Congresso. Os painelistas avaliam ainda cenários econômicos, tendências da reforma tributária, o combate à inflação e o fim das privatizações. A inscrição é gratuita pelo portal “Giro pelo Rio Grande”.

PROGRAMAÇÃO

18h30min – Recepção

19h – Abertura

19h40 – Painel: Brasil 2023: para onde estamos indo?

21h – Encerramento

FERNANDO SCHULER • doutor em loso a, especialista em políticas públicas e gestão governamental

“A sociedade é um con ito permanente”

A Hora – O debate da próxima terça faz um paralelo sobre as mudanças no país e o que se pode esperar. Em cima disso, o que podemos esperar do futuro governo?

Fernando Schuler – O Brasil é um país do zigue-zague, como costumo dizer. Nos últimos anos, houve uma orientação mais neoliberal e reformista, com medidas como a autonomia do Banco Central e reformas. A da Previdência, a Trabalhista e a Lei do Teto de Gastos. Essas políticas foram apoiadas pelo Congresso e tinham como premissa melhorar a regulação das políticas.

Nas últimas eleições, houve uma mudança de direção. O governo atual contesta a privatização da Eletrobras, por exemplo. Pretende rever o marco do saneamento e anunciou a intenção de rever a reforma trabalhista e o teto de gastos. Também houve alterações na lei das estatais, diminuindo as restrições para ingresso de políticos nessas empresas. Essas mudanças indicam uma nova visão política e econômica, que dá mais espaço para as empresas estatais.

É necessário um debate claro e técnico para entender o que está acontecendo e avaliar os diferentes modelos e direções que estão

sendo propostos.

– Na eleição do ano passado, o debate ficou mais em valores do que no entendimento sistêmico dos modelos políticos e da gestão pública. Até que ponto as paixões ideológicas interferem as a escolhas na política?

Schuler – O tempo inteiro. Esse é um tema da democracia em todo o mundo. Hoje, há muita informação e agora com a inteligência artificial, nem sabemos onde isso vai parar. Isso trouxe uma ampla possibilidade às pessoas se expressarem. Isso é positivo, pois democratiza a informação, mas também gera um aumento no barulho, no ruído e nos embates.

As redes sociais e as plataformas online permitem que milhões de pessoas expressem suas opiniões de forma imediata e superficial, muitas vezes sem tempo para uma análise aprofundada dos assuntos. Além disso, o uso de algoritmos pelas grandes empresas de tecnologia pode direcionar as pessoas para conteúdos que reforçam suas próprias visões e opiniões.

– A proposta de regular, no chamado projeto das fake news, contribuiu ou atrapalha?

Schuler – Ter uma comissão para analisar e definir o que é ver-

dade, o que é discurso de ódio e o que pode ou não é muito subjetivo e perigoso. Essa tentativa de regrar os discursos e controlar o que as pessoas podem ou não expressar gera mais polarização. Quando se entra nestes aspectos, é perigoso, pois pode soar mesmo como censura. No fundo é uma discussão de valores, do tipo de sociedade que queremos, do tamanho da liberdade que vai vigorar no país. Como as pessoas divergem, consideram algo inaceitável, como não há acordo, querem regular. A sociedade é um conflito permanente. Isso não tem solução. Ou nós vamos aceitar a ideia de que vivemos em um mundo onde as pessoas pensam de maneira diferente, e temos de aprender a conviver com isso, com um pouco mais de cortesia, de elegância e tolerância.

Projeto Rumo prepara jovens para o mercado de trabalho

Programa

desenvolvido pelo Grupo A Hora beneficia 20 estudantes de Lajeado e Estrela

Um grupo de 20 estudantes do Ensino Médio tem a oportunidade de se qualificar para iniciar a sua vida profissional. Os jovens, selecionados pelas escolas públicas, participam do Rumo – Programa de Preparação de Jovens para o Mercado de Trabalho. A turma é formada por 11 alunos de Estrela e nove de Lajeado.

A primeira reunião, com o coordenador do projeto e professor responsável, Fabiano Conte, na terçafeira, ajustou documentação, tirou dúvidas e tratou da logística. Os encontros estão agendados para as segundas-feiras à tarde, a partir de 22 de maio, em sala da Faculda-

de La Salle, em Estrela. Conte apresentou o programa e a dinâmica das aulas, que prevê visitas a empresas e a participação de especialistas convidados para abordar determinados temas. “A cooperativa Sicredi vai trabalhar a questão financeira.”

A capacitação abordará, por exemplo, comunicação, comprometimento, controle emocional, ética e respeito ao meio ambiente.

“É uma oportunidade ímpar de ter qualificação e possibilidade de se inserir no mercado de trabalho”, destacou Conte. Com exceção de uma aluna que participou do programa Jovem Aprendiz, os demais não têm qualquer experiência de trabalho.

Os jovens terão transporte, lanche, materiais de apoio e outros custos subsidiados pelo Projeto Rumo. O cronograma prevê o recesso de uma semana em julho, para acompanhar as férias escolares, e se encerra em setembro.

Pesquisa embasa conteúdo programático

Os conteúdos foram elaborados

tendo como base as demandas apontadas na pesquisa Rumo – o futuro da mão de obra na região. O levantamento, realizado ano passado pela empresa Macrovisão, ouviu 206 empresários e 604 estudantes do Ensino Médio. Entre os dados apurados, destacam-se os temas aptidão para o trabalho e comprometimento. A contraposição é clara quando os estudantes dizem que estão aptos a trabalhar, e os empresários, que não estão. Da mesma forma, os jovens consideram-se aptos para vida profissional, enquanto os gestores entendem que falta preparo.

Oportunidade

Thueicy Soares, 17, é estudante do 3º ano do Colégio Estadual Presidente Castelo Branco. Ela tem objetos claros: “quero aprender, ter oportunidade de emprego e juntar dinheiro para fazer CNH categorias carro e moto.” A participação na rádio da escola despertou em Thueicy o interesse na área da comunicação.

A estudante do 2º ano Manuela Freitas, 17, quer iniciar a vida profissional tão logo complete a maioridade. Acredita que o curso vai prepará-la para iniciar sua carreira.

Primeiro encontro com os jovens ocorreu na sede do Grupo A Hora, em Lajeado

Projeto também inicia atividades com estudantes em Estrela

LUCIANE ESCHBERGER FERREIRA

FABIANO CONTE COORDENADOR DO PROJETO

É uma oportunidade ímpar de ter qualificação e possibilidade de se inserir no mercado de trabalho”

Luciane Ferreira lucianeferreira@grupoahora.net.br

Coordenadoria busca apoio para reabertura de laboratório

Unidade para análise de amostras da 16ª CRS está fechada desde

2017. Receio é de que serviço seja transferido em definitivo para Santa Cruz do Sul

Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br

Colaboração

Henrique Pedersini

LAJEADO

Fechada desde 2017, a unidade regional do Laboratório Central de Saúde Pública pode ser transferida para Santa Cruz do Sul. A possibilidade de desativação completa da estrutura preocupa autoridades. A 16ª Coordenadoria Regional de Saúde busca apoio para que os trabalhos sejam retomados no Vale do Taquari.

O serviço na região foi interrompido após a aposentadoria do técnico responsável pela unidade. Desde então, o profissional jamais foi substituído. Aos poucos, os equipamentos do laboratório foram encaminhados para outras centrais do RS. Nem a mudança de sede da 16ª CRS para um prédio no bairro Florestal, em 2021, modificou o cenário.

Atualmente, todas as amostras coletadas na região são encaminhadas ao Laboratório Central do Estado, em Porto Alegre. A coordenadora regional de Saúde, Rafaela Fagundes, comenta que a possibilidade de reabertura da unidade foi discutida a partir da troca de endereço, mas sem sinalização positiva do Estado.

“Alegaram que não temos capacidade física nem pessoal para

reabrir o laboratório. Então seguimos mandando para Porto Alegre e agora há essa ideia de direcionamento do fluxo para Santa Cruz. A região é uma das maiores em número de municípios. Precisamos priorizar o que é mais viável para a população e lutar, dentro das nossas possibilidades”, frisa.

Facilidade

Para Rafaela, ter o laboratório em Lajeado facilita o acesso às amostras e testes de doenças como a dengue. “Fazemos testes para diversas doenças. A capacidade do laboratório vai muito do olhar técnico. Se necessitam de adequações, só o olhar técnico vai saber responder. Eu acredito que podemos sim, reabrir. Seria muito importante parao Vale”.

Caso não seja possível retomar os trabalhos na unidade de Lajeado, Rafaela entende que o mais viável seria manter o fluxo de envio ao laboratório de Porto Alegre. “Somente nas próximas conversas é que vamos poder definir os alinhamentos e, quem sabe, lutar com toda força para que possamos ter nosso laboratório novamente”.

Auxílio de entidades

No próximo dia 25, às 13h30min, ocorre uma reunião da Comissão Intergestores Regionais, no auditório da 16ª CRS. Um dos assuntos em pauta deve ser a transferência do laboratório para Santa Cruz do Sul. Por isso, a coordenadoria espera apoio de entidades na defesa da reabertura.

O prefeito de Estrela e presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat), Elmar Schneider foi procurado pelo

vereador Deolí Gräff (PP) para se somar à luta.

No laboratório, são feitas análises de amostras de sangue, água e catarro para identificar a presença de doenças como dengue, leptospirose, hepatite, rubéola, sarampo, entre outras.

Laboratório está desativadohá seis anos. Na época, órgão regional ainda funcionava no Centro de Lajeado

Município retoma licitação para construir ponte no Boa União

Etapa de credenciamento

ocorreu nessa sexta e teve cinco empresas interessadas.

Técnicos analisam a documentação

Jhon Willian Tedeschi jhon@grupoahora.net.br

Oprocesso para definição da empresa que irá construir a nova passagem sobre o Arroio Boa Vista apontou os interessados em assumir a obra. A licitação avançou para a fase de credenciamento, que ocorreu nessa sextafeira, 12. Na tentativa anterior, em 29 de março, nenhuma construtora compareceu à prefeitura para entregar documentação.

Desta vez, cinco empresas ingressam na concorrência: FG Engenharia, de Lajeado; a Traçado Construções, de Erechim; a Sogel

Construtora, de Porto Alegre; a Engedal Construtora, de São José, em Santa Catarina; e a Lavoro Engenharia, de Porto Alegre. A etapa seguinte será a análise dos documentos financeiros, pelo setor de Contabilidade, e das especificações técnicas, pelo setor de Enge-

nharia.

Em ata, consta que a FG Engenharia não cumpriu com os requisitos para ser credenciada, por falta de autenticação no documento apresentado, além de não ter representante presente. As outras quatro interessadas estavam

Destino da antiga passagem

A antiga ponte foi interditada no dia 13 de março e removida ao longo do mês de abril. Uma situação chama a atenção de quem transita pela BR-386, uma vez que parte da passagem está posicionada às margens da rodovia e deve ser levada para a área do Porto de Estrela nos próximos dias. A pendência é a emissão de uma nota de transporte para autorizar o manejo da estrutura.

Da antiga ponte sobre o Arroio Boa Vista, sobraram apenas as fundações que não poderão ser reutilizadas na nova construção

representadas na concorrência.

Houve um pedido anterior pela impugnação do processo, feita pela Lavoro Engenharia, o qual foi negado pela assessoria jurídica.

A verificação documental não tem um prazo estabelecido pela comissão de licitação, que destaca o processo como “a licitação mais importante do ano”. A expectativa dos integrantes é concluir a etapa até o início da próxima semana, para abrir prazo para eventuais recursos e chamar as empresas para apresentar as propostas financeiras.

Existe a possibilidade de reutilização da parte de ferro da ponte, após reparos em partes desgastadas pelos quase 70 anos de uso. Por outro lado, as fundações existentes não poderão ser mantidas, uma vez que a empresa responsável pelo projeto apontou que elas apresentam características incompatíveis com as exigências da nova passagem.

Características da nova ponte

A travessia construída em concreto terá passagem para pedestres e ciclistas, uma vez que será o ponto inicial da ciclovia intermunicipal, que vai até Imigrante. Serão duas faixas com largura de 3,5 metros, com uma barreira rígida para proteção dos automóveis, pista específica para ciclistas com largura de 3 metros e calçada de passeio com 1,2 metro.

ESTRELA

Estrutura está armazenada junto ao trevo de acesso à Linha São José e aguarda por autorização para ser levada ao complexo do porto

FOTOS JHON WILIAM TEDESCHI

GAUCHÃO SÉRIE A2

AGENDA

CAETANO PRETTO

Partida na Arena

Alviazul tem promoção

especial

de Dias das Mães para as torcedoras e transmissão da Rádio A Hora

Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br

Com duas semanas completas de preparação, o Lajeadense volta a campo neste sábado em um dos desafios mais complicados da primeira fase. Em casa, na Arena Alviazul, recebe o líder e ainda invicto Guarany de Bagé. A partida às 15h30min tem promoção especial de Dias das Mães para as torcedoras e transmissão da Rádio A Hora 102.9.

Com o cancelamento do jogo diante do Inter em Santa Maria no fim de semana passado, o time

FUTEBOL AMADOR

de Serginho Almeida teve um bom tempo de preparação para recuperar jogadores após o empate com o Guarani de Venâncio Aires e realinhar as estratégias após a largada do Gauchão Série A2.

Como notícia ruim, Serginho perdeu um de seus principais atle-

tas. Referência do time nos últimos anos, o zagueiro Vitor Dadalt rescindiu contrato com o Alviazul e assinou com o Anápolis, de Goiás, para a disputa da Série D do Campeonato Brasileiro. Diego Clemente será a reposição no time titular. O provável time do Lajeadense

LINHA BERLIM RECEBE O JOGO DE IDA DA FINAL

Partida entre Juventude e Canabarrense ocorre neste domingo, a partir das 13h30min

Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

Depois de um fim de semana com tempo instável, a decisão da Taça Intermunicipal inicia neste domingo. O jogo de ida ocorre em Linha Berlim, Westfália, às 13h30min.

O primeiro jogo é pelo aspirante. Esperança e União, ambas equipes de Teutônia, disputam o título. No único encontro entre os times, os times empataram em 0 a 0.

Pela categoria titular, o Juventude aposta no bom momento vivido pela equipe para largar em vantagem. O time terminou a fase classificatória com a primeira colocação e venceu o 11 Amigos nos dois jogos semifinais.

Já o Canabarrense vem embalado após eliminar o EC Poço das Antas nos pênaltis. A equipe decidirá em casa o título da competição. No único encontro entre as equipes, no dia 12 de março, o Juventude jogou em casa e venceu por 1 a 0.

DOMINGO para o jogo diante do líder Guarany tem: Igor; Camargo, Pedro, Clemente e Alan Bald; Sampson, Júlio César e Marquinhos; Ramon, Patricão e Maycon Bamberg.

O Dense entra na rodada ocupando a terceira colocação, com 5 pontos, e um jogo a menos que a maioria dos adversários. Vitória pode colocar a equipe na vice-liderança. Empate ou derrota podem tirar o time da zona de classificação ao mata-mata.

PROMOÇÃO DE DIA DAS MÃES

O segundo jogo do Lajeadense em casa tem promoção especial alusiva ao Dia das Mães. São três modalidades de ingressos. De maneira antecipada, os ingressos custam R$ 20 a arquibancada e R$ 30 a cadeira. Os bilhetes podem ser comprados nas lojas DMF Esportes do Shopping Lajeado e Centro, na Cascão Esportes e também no Mercado do João, no Bairro das Nações.

LAJEADENSE RECEBE O LÍDER GUARANY NESTE SÁBADO AGENDA

Para o dia do jogo, a mãe que levar o filho para o estádio não pagará ingresso. Além disso, os valores na hora ficam R$ 15 a geral, R$ 30 a arquibancada e R$ 40 a cadeira.

O Grupo A Hora transmite a partida ao vivo na Rádio A Hora 102.9. O Concentração abre às 14h30min e a Jornada Esportiva inicia às 15h15min. Após o jogo, as entrevistas, análises e o panorama da rodada do Gauchão Série A2 seguem no Prorrogação.

ARROIO DO MEIO

A competição conhece o segundo finalista. No Bairro Rui Barbosa, o Rui Barbosa joga pelo empate para se classificar. Já o Palmense tem que vencer no tempo normal e nos pênaltis para chegar na decisão. O jogo tem transmissão do Grupo A Hora, a partir das 14h30min, em live no Youtube do A Hora Esportes e na 102.9.

OUTROS DESTAQUES

Além da Taça Intermunicipal, Roca Sales inicia os jogos finais. A partida de ida será disputada em Fazenda Lohmann. Já Boqueirão do Leão e Copa Serrana também conhecem os finalistas neste domingo.

SEM FUTEBOL

Em virtude do Dia das Mães, Bom Retiro do Sul, Encantado e Estrela não terão rodada neste domingo.

SÁBADO

Travesseiro – última rodada

GE União x Ser Juventude

DOMINGO

Taça Intermunicipal –final/jogo de ida

Juventude x Canabarrense

Roca Sales – final/jogo de ida

Juventude x Copalto Série Prata

Esperança x Gaúcho Série Ouro

Arroio do Meio –semifinal/jogo de volta

Rui Barbosa x Palmense

Copa Serrana – semifinal/jogo da volta

São Luiz x Santo Antônio

Lajeado – semifinal/jogo de ida

Internacional x Brasil

Delfino Costa x Projeto Guarani

Taquari – final/jogo de ida

Furacão x Taquariense

Copa Integração –partida extra/jogo de ida

Minuano x Bragantino

São Rafael x Bom Fim

Travesseiro – última rodada

Ser Cultural x Guarani

Fim de semana do Dia das Mães terá futebol em nove cidades do Vale

EZEQUIEL NEITZKE

Serginho Almeida teve duas semanas para preparar a equipe

OPERAÇÃO PENALIDADE MÁXIMA

FRAUDES EM APOSTAS EVIDENCIAM O SUBMUNDO DO FUTEBOL

Investigação do Ministério Público de Goiás descobriu envolvimento de atletas das Séries A e B em manipulações de apostas esportivas. Jogadores da região dizem que a prática é comum nas séries inferiores.

Lajeadense e Sindicato dos Atletas trabalham para coibir aliciamentos

Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br

Pouco menos de vinte anos depois da Máfia do Apito, fato que mudou os rumos do futebol brasileiro em 2005, outro escândalo toma proporções inimagináveis e cai como uma bomba no esporte nacional. A investigação do Ministério Público de Goiás denominada de Operação Penalidade Máxima trouxe na última semana informações sobre o envolvimento de atletas das Séries A e B do Campeonato Brasileiro em um esquema de manipulação em jogos ocorridos no ano passado.

Atletas de clubes tradicionais da elite do futebol foram denunciados e alguns já afastados do campo. O temor é que centenas ou milhares de jogadores ainda possam ser desmascarados e o futebol brasileiro paralisado.

PRÁTICA COMUM

Para atletas que vivem o dia a dia do futebol, a fraude não é novidade. Conforme um jogador aposentado que reside na região e prefere não ser identificado, era comum ver colegas de time serem aliciados por apostadores nos últimos anos em que atuou. “A maioria não dava conversa, eu nunca cheguei a conversar com ninguém,

No esquema de manipulação, jogadores foram aliciados e receberam dinheiro para, entre outras possibilidades, ganharem cartões durante a partida

mas isso acontece em todas as categorias de todos os escalões do futebol”, diz.

Atletas com salários milionários da elite aceitaram receber dinheiro em troca de manipulações. No interior, em divisões inferiores, a prática acaba sendo mais fácil. “A grande maioria dos atletas ganha salários ínfimos, não tem estrutura, então se recebem uma proposta dessas, acabam aceitando.”

Outro atleta que prefere não ser identificado por ainda atuar, passou por vários estados do Brasil e viu diversas práticas. “Nunca fui procurado pois quem me conhece sabe que eu não daria essa brecha.

É comum até vários atletas do mesmo time aceitarem um pouco de dinheiro em troca de situações simples como escanteios”, diz.

Os dois jogadores afirmam que

nunca aceitaram dinheiro por manipulação e que não vivenciaram nenhuma situação em clubes da região.

“ATLETAS

Ex-atleta e gerente de futebol do Lajeadense entre 2018 e 2021, Thiago Matos é atual diretor financeiro do Sindicato dos Atletas Profissionais do Estado do Rio Grande do Sul (Siapergs), órgão responsável por defender e lutar pelos direitos dos atletas no RS. Para ele, são lamentáveis as denúncias envolvendo atletas profissionais. E elas devem estar só no início. “Era previsível que chegaríamos neste momento, investi

gações que transparecem na elite do futebol, mas que se tornaram recorrentes em divisões inferiores, principalmente nos campeonatos estaduais.”

Matos enfatiza que o sindicato tem contribuído com as investi-

gações até antes das denúncias virem a público. “Num curto período de tempo fomos chamados diversas vezes pelo setor de investigação da polícia em Porto Alegre. Sempre deixamos claro que espírito e ética esportiva são princípios inegociáveis. Os manipuladores precisam ser punidos. Os atletas precisam ter a dimensão da gravidade desta prática e compreender os riscos profissionais e esportivos da situação.”

Matos lembra que qualquer de-

núncia sobre aliciamento por parte dos atletas pode ser feita no site www.siapergs.com.br

LAJEADENSE ALERTA ELENCO

As recentes denúncias e a Operação Penalidade Máxima alertaram o Lajeadense. Nessa semana, a direção do Alviazul conversou com o elenco e deixou clara a posição do clube frente a possibilidade de esquemas. Os atletas foram avisados que a tolerância é zero e que não devem dar seguimento a nenhuma conversa suspeita.

CONSEQUÊNCIAS DA OPERAÇÃO

Nessa sexta-feira, 12, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva informou que jogadores condenados no esquema de apostas poderão sofrer punições duras na esfera esportiva. O STJD projeta suspensão de até dois anos, multa de R$ 100 mil e até o banimentos de competições.

O STJD informou também que está investigando e apurando todos os casos deflagrados na Operação Penalidade Máxima, em contato próximo com o Ministério Público de Goiás e a CBF. O tribunal deve começar a tomar decisões na próxima semana sobre os jogadores denunciados pelo MP. Alguns poderão sofrer suspensão provisória de 30 dias.

A CBF, por outro lado, não alega nenhuma hipótese de paralisação de qualquer competição ou anulação de partidas, pois não há indícios de participação dos clubes e das casas de apostas no esquema.

Em sua segunda fase, a Operação Penalidade Máxima denunciou 14 jogadores à Justiça nessa semana. Outros atletas foram apenas citados em documento do MP, sem acusação formal. Alguns atletas já foram afastados dos seus clubes nos últimos dias.

PRECISAM TER A DIMENSÃO DA GRAVIDADE”

-

Sempre deixamos claro que espírito e ética esportiva são princípios inegociáveis. Os manipuladores precisam ser punidos.”

DIVULGAÇÃO

MINIFUTEBOL

FUTEBOL RETORNA NOS TRÊS CLUBES SOCIAIS

Jogos iniciam às 12h30min. Grupo

A Hora transmite duas partidas no Clube Sete de Setembro

Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

Depois de um fim de semana de tempo instável e sem futebol nos clubes sociais, a bola volta a rolar neste sábado. Os confrontos iniciam às 12h30min.

No Clube Sete de Setembro os jogos são os mesmos que ocorreriam na semana passada. Destaque para o clássico entre JéDuCa e Arranca Toco/Valecar. Os times decidiram o título da segunda divisão da temporada passada e agora se enfrentam pela primeira vez na elite do Sete. Já na segundona as atenções se voltam para o jogo entre Coringa e Smoke, agendado para às 16h10min.

O Grupo A Hora transmite os jogos entre Reis/UFC x Renegados e Pânico x Cataluña, ambos pela primeira divisão, a partir das 13h40min.

REGIONAL ASLIVATA

CTC

Os jogos do fim de semana serão pela segunda e terceira divisões. O destaque fica para o confronto entre Tocafogo e Lesionados B, ambas as equipes retornaram para o CTC neste ano e buscam galgar as melhores divisões nas próximas temporadas.

SOGES

Pela primeira divisão, a diferença entre os primeiros colocados pode ser zerada neste sábado. Líder com 13 pontos, o Só Pela Cerveja está de folga. Segundo colocado, o Só Resenha enfrenta o Brocadores, e uma vitória coloca os dois times dividindo a primeira

AGENDADO AGENDADO

colocação.

Fim de semana será de 32 jogos nos três clubes sociais do Vale do Taquari

Já na segunda divisão, o Barcabier, líder com 13 pontos, pode se isolar ainda mais na liderança com uma vitória sobre o Manguaça.

PRÓXIMA EDIÇÃO COMEÇA A SER DEFINIDA

Encontro ocorre na sede da Aslivata, neste sábado.

Clubes, ligas, atletas e treinadores são convidados

A Aslivata começa a preparar a próxima edição do Regional neste sábado, às 10h30min. O encontro irá ocorrer na nova sede da Aslivata, localizada na Avenida Benjamin Constant, nº 2.718, sala 203, no Bairro Florestal, em Lajeado.

O convite foi encaminhado para clubes interessados, ligas, treinadores e atletas. No encontro, o pre-

sidente Vianei Hammes apresenta a proposta de um campeonato com Séries A, B e Veteranos. A intenção da diretoria é mostrar propostas de formatos diferentes e ouvir sugestões, além de alinhar as demais competições do segundo semestre. Após a primeira reunião, novos encontros serão marcados para cada categoria.

No encontro, o presidente Vianei Hammes apresenta a proposta de um campeonato com Séries A, B e Veteranos

EZEQUIEL NEITZKE

por Raica Franz Weiss

130 anos de ensino em Roca Sales

Foi no ano de 1891, que 14 famílias da Linha 21 de Abril se uniram para organizar uma comunidade escolar. O antigo Colégio Sinodal de Roca Sales iniciou as aulas em 1893, na casa da família Koste, tendo como professora Elisa Koste. Com o tempo, mais alunos começaram a se interessar pelos estudos e, em 1895, foi necessário construir uma escola, que serviu também como capela para a comunidade.

Por volta de 1909, a pequena escolinha na Linha 21 de Abril foi transferida para o centro de Roca Sales, e foi instalada na esquina das ruas 31 de Março e General Daltro Filho. Na década de 1960, foi construída uma nova estrutura, também na Av. Gen. Daltro Filho, ao lado da atual Igreja Evangélica.

Desde 2011, o antigo Colégio Sinodal de Roca Sales é uma unidade do Colégio Evangélico Alberto Torres (Ceat) de Lajeado, chamado de Ceat Região Alta.

Na principal cidade do Vale do Taquari, Ceat surgiu um ano antes, em 1892, também organizado pela comunidade.

135 anos da Lei Áurea

O ano de 1888 é um dos mais significativos na história do Brasil. Nesse dia, há exatos 135 anos, a então Princesa Isabel, filha do Imperador Dom Pedro II, assinou a lei de libertação dos escravos. Os registros falam que, na época, eram cerca de 720 mil escravizados no Brasil, o último país do Ocidente a abolir a escravatura.

Em Lajeado, Lilian Ruwer, moradora do bairro Americano, guarda uma antiga cópia de um jornal da época. Publicado no dia 14 de maio, o periódico Diário Popular, de São Paulo, trazia na capa um resumo da aguardada lei. “Desde hontem nos transmitiu o telegrapho a integra do decreto que sancionou a lei da extincção dos escravos”.

Aqui no Vale, o jornal O Taquaryense, de Taquari, então recém fundado, também noticiava a abolição da escravatura.

A Igreja Evangélica ca ao lado da escola e ostenta uma placa em homenagem ao centenário da escola e da paróquia, celebrado em 14 de maio de 1993

Baile do Gato em Teutônia

Sábado é

Dia Abolição da Escravatura

Dia do Automóvel

Dia do Zootecnista

Dia da Fraternidade

Dia Nacional do Chefe de Cozinha

Dia Mundial do Coquetel

Santo do dia 13:

Nossa Senhora de Fátima

Domingo é

Dia das Mães

Santo do dia: São Matias

Enquanto isso…

Roubo de cérebros - O inspetor real de anatomia do Reino Unido, Jeremy Metters, divulgava que médicos e coveiros britânicos removeram ao menos 20 mil cérebros de cadáveres sem a autorização das famílias. A maioria dos cadáveres era de pessoas com algum transtorno mental e o cérebro era utilizado para pesquisas médicas. Conforme Metters, os

eram comuns entre 1970 e 1999, quando

episódios

passou a ser ilegal.

O Grêmio Estudantil do Colégio Teutônia (Gect) organizava o 48º Baile do Gato. O evento ocorria no ginásio do SER Gaúcho. Naquele ano, Vanessa Musskopf, de 16 anos, foi eleita Rainha do Gect. Para Princesa, foi escolhida Jéssica Dickel, de 15 anos, e como Miss Simpatia, Édina Ahlert, de 14 anos, foi eleita.

ADILAR SIGNORI/REPRODUÇÃO

ARQUIVO MUNICIPAL DE LAJEADO/O INFORMATIVO

FABIANO CONTE

Jornalista e radialista

Orgulho além da maternidade

ODia das Mães é especialmente lembrado pelos filhos na hora de dar presentes. Mas para além da data comercial, cuja importância no calendário de varejo é estratégica, alcançando o segundo lugar em vendas no ano - só perde para o Natal -, é preciso lembrar da mulher e da profissional que existem em paralelo à maternidade. O Brasil tem mais de 20 milhões de empresas ativas e apenas 25 mil delas têm a possibilidade de obterem benefícios fiscais por concederem licença-maternidade além do prazo de praxe. No entanto, a procura é muito baixa. O impacto do nascimento de um filho também reflete no desemprego. Dados do IBGE apontam que a taxa de desocupação de mulheres chegou a 9,8%. E boa parte disso é atribuída à

necessidade de cuidar dos filhos. As empresas precisam entender que contratar uma mulher é, na maioria das vezes, a contratação de uma mãe, de uma chefe de família. Por mais que tenhamos garantias constitucionais, ainda

Atritos

Deu treta a ida dos integrantes do Conselho Municipal de Saúde de Lajeado para a conferência estadual na próxima semana em Porto Alegre. Pelo regimento do conselho, todos os integrantes (são 12), teriam direito de participar. Mas a

secretaria da Saúde aceitou liberar a inscrição de apenas quatro, gerando assim descontentamento dos demais. Como não ocorreu entendimento entre SESA e Conselho, Lajeado não terá representante no encontro estadual.

Despedida do Bispo

O Bispo da Diocese de Santa Cruz do Sul, Aloísio Dilli, deve deixar o cargo nos próximos meses. Bispos e responsáveis da Cúria devem apresentar renúncia ao atingir 75 anos. Dom Aloísio ficará no Bispado até a nomeação do substituto e depois segue como Emérito.

Tudo dependerá das determinações do Papa Francisco. O pontífice pode decidir, inclusive, por prolongar o cargo depois de analisar o caso. Nesta semana, Dom Aloísio visitou o coração do Cristo Protetor de Encantado, conforme foto postada em suas redes sociais.

A experiência de estar na ONU e as novas perspectivas

Já tive diversas experiências profissionais e pessoais durante toda minha vida, viajei para lugares incríveis, conheci diversas pessoas e tive contato com culturas diferentes das quais me possibilitaram aprender e desenvolver. Tudo isso me marcou de maneira memorável.

No último mês, tive mais uma dessas experiências, essa ficará marcada em todos os âmbitos de minha vida. Fui para Nova Iorque, desta vez para participar da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), a convite da Câmara Internacional da Indústria de Transportes (CIT) e da Federação das Empresas de Logística e Transportes do Rio Grande do Sul (Fetransul).

existem mulheres ganhando menos do que homens nas mesmas profissões. Minha homenagem vai para estas mães, mulheres, trabalhadoras, guerreiras e tão dedicadas por fazerem sempre o melhor para seus filhos. Parabéns.

Foi uma grande oportunidade de discutir o transporte de cargas, a nível mundial, com representantes de diversas empresas, entidades e órgãos governamentais do mundo, de fato foi uma cooperação multilateral. Tudo feito sob um olhar diferenciado para as preocupações que cada país tem, como: alcançar uma integração benéfica no sistema de comércio internacional, diversificar as economias para torná-las menos dependentes de commodities, limitar sua exposição à volatilidade financeira e dívidas, atrair investimentos e torná-los mais favoráveis ao desenvolvimento e outros pontos de interesse.

Eduardo Leite foi um dos sete governadores convidados a palestrar no evento Lide Brazil, realizado nesta semana no Harvard Club, em Nova York. O tucano foi aplaudido pelos participantes ao ligar sua reeleição - a primeira de um governador gaúcho - à efetivação de reformas estruturais no Estado e reforçou que o êxito se deu a partir do diálogo mantido com os mais diferentes segmentos. Leite fala em ambiente favorável, mas as empresas continuam reclamando que levam mais de um ano para conseguir passar pela burocracia gaúcha para se instalar no RS.

A experiência de pisar na ONU, lugar onde as decisões que são tomadas impactam todo o mundo, foi surpreendente, desde a recepção, como toda a estrutura imponente e pensada pelo nosso famoso arquiteto, Oscar Niemeyer, digna de receber chefes de estado e diplomatas e para tratar dos assuntos tão relevantes que ali permeiam diariamente. Tudo isso me proporcionou a possibilidade de realizar network de qualidade e que, com certeza, vou levar para vida e utilizar nos mais diversos projetos que realizo nas empresas do Grupo Scapini.

E a passagem pela ONU, marcou um dos maiores reconhecimentos que já tive na minha caminhada profissional, com o diploma de Coordenador Nacional de Trânsito pela CIT - ONU - UNCTAD. Essa honraria foi muito importante, existem apenas 62 diplomas como este no mundo. Ele foi fruto de um trabalho que realizei com a CIT e fica aqui minha gratidão pela oportunidade de alcançar essa posição. Na ocasião também visitei empresas de renome mundial como a Fedex e, uma das maiores empresas de transporte dos Estados Unidos, a UPS. Foram visitas importantes e que propiciaram trazer de lá, uma bagagem de conhecimento, além de uma perspectiva de um país para o outro.

Foi possível notar o gap burocrático entre nossos países. A menor burocracia do mercado americano faz com que a documentação seja menor, além disso, a infraestrutura é outro ponto forte que favorece o país. Em pontos estratégicos, há locais de carga e descarga de produtos de last mile, uma dinâmica completamente diferente da que há no Brasil, onde esses locais ainda não existem.

O Senado já gastou R$ 14 milhões, este ano, para ressarcir despesas, inclusive pessoais, dos

Exagero Outro rumo

81 dos senadores. Inclui passagens aéreas, aluguel, água/luz/telefone, combustível, etc, etc e etc.

Em campanha

Vereador de Encantado, Cris Costa (PSDB) afirmou em recente sessão da Câmara que a campanha de 2024 já começou. Os bastidores da política encantadense fervem. Líderes do PSDB e do PP estariam conversando sobre uma possível coligação. E se isto ocorrer, o vereador Marino Deves migraria

para o MDB já que seu desejo é de concorrer a prefeito. Mesmo que ocorram conversas entre as duas siglas, tem quem diga que já existe uma chapa formada do PP para a majoritária do ano que vem, com Enoir Cardoso para prefeito e Paulo Costi de vice. Atual prefeito, Jonas Calvi, vai a reeleição, pelo PSDB.

Vereador e atual secretário da Saúde de Teutônia, Juliano Körner, não concorrerá à reeleição em 2024. Um irmão do secretário buscará a vaga. Quanto ao futuro político de Körner, nada ainda decidido, mas especula-se uma possibilidade de ser candidato a vice-prefeito. Do atual prefeito.

A palavra-chave é: produtividade. A otimização do tempo, causada pela menor burocracia, somada com a estrutura oferecida pelo poder público, faz com que as empresas consigam produzir mais, em menos tempo. Um sonho para qualquer empresário do transporte brasileiro.

Fazer trocas como essas, engrandecem e muito as pessoas, principalmente empresários como eu, que está sempre atento às novas tecnologias, o que há de novo no mercado e também a maneira de desenvolver e aprimorar os negócios. É algo que eu gosto, o constante aprendizado nunca é demais, uma boa parte da minha vida profissional é na busca pelo conhecimento e novas experiências, só assim eu acredito que podemos evoluir.

Quero finalizar meu texto neste espaço tão importante cedido pelo A Hora, para agradecer a oportunidade de estar com os representantes da Câmara Internacional da Indústria de Transportes e da Federação das Empresas de Logística e Transporte de Cargas do Rio Grande do Sul, além dos profissionais do setor e colegas empresários que tiveram essa experiência tão enriquecedora.

CEO do Grupo Scapini e diretor da Fetransul

Uma massa de ar seco e frio atua sobre o Estado e proporciona um dia ensolarado na região.