Funcionários consolidam trajetória e contrariam a tendência atual de rotatividade
Ilvo Persch, Elmo Fiegenbaum e Suzana Reckziegel aparecem na contramão de dados do Ministério do Trabalho. Eles estão há cerca de cinco décadas no mesmo emprego. Levantamentos indiciam que o tempo médio de um trabalhador na organização não chega a dois anos.
PÁGINAS | 14 e 15
no clássico Gre-Nal
Estádio Beira-Rio recebe o Gre-Nal 446 neste domingo, às 16h. Em vantagem com a vitória na ida, Inter está próximo de voltar a conquistar um título após nove anos. Grêmio busca virada histórica para conquistar o sonhado octacampeonato. Partida tem cobertura especial da Rádio A Hora.
Bairros miram intervenções ao futuro
Americano, Florestal e Moinhos buscam equilíbrio para manter desenvolvimento
Primeira publicação temática de 2025 do projeto “Lajeado - Um novo olhar sobre os bairros” aborda três das localidades mais pujantes da cidade. Com localização privilegiada, necessitam de obras e investimentos, sobretudo no campo da infraestrutura e mobilidade urbana. Município busca tirar projetos do papel.
NESTA EDIÇÃO
RODRIGO MARTINI
Caumo é cotado a cargo no Estado
Ex-prefeito de Lajeado pode assumir a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano.
Diálogo para o desenvolvimento
Amissão técnica do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES) e da Secretaria da Reconstrução Gaúcha no Vale do Taquari representa um canal para repensar alguns princípios do plano de concessão.
Em que pese a característica do Vale do Taquari, de uma urbanização acelerada, com as rodovias usadas como parte da via municipal, todo o planejamento para obras de ampliação no fluxo são complexas e de alto custo.
Neste cabo de força, o mais importante é ter o melhor projeto possível antes de conceder as rodovias”
A duplicação das ERS-130 e 453 servem de exemplo. Ao longo das estradas estão bairros, comunidades e empresas. Muitos acessos feitos sem uma análise criteriosa do ponto de vista técnico.
Junto com isso, uma interferência constante do trânsito de alta velocidade entre regiões e o doméstico, caracterizado por pequenos percursos. O projeto feito pelos técnicos contratados pelo BNDES e dos servidores da Secretaria da Reconstrução Gaúcha, foi elaborado com base no olhar macro.
Com uma análise de deslocamentos maiores, pensado na segurança e na logística entre regiões, desconhecem o histórico da formação dos municípios do Vale do Taquari. De fato, faltou interlocução no momento de elaborar os estudos.
O Estado tenta agilizar o plano para colocar o quanto antes em leilão. O pedágio nunca terá unanimidade, no entanto, sem o investimento privado, as necessárias obras para melhoria da infraestrutura viária não acontecerão. Neste cabo de força, o mais importante é ter o melhor projeto possível antes de conceder as rodovias.
de julho
2002
Av. Benjamin Constant, 1034, Centro, Lajeado/RS grupoahora.net.br / CEP 95900-104
“Psicologia não me impõe limites, ninguém pode dizer que não posso exercer”
CleciAparecidaGomesda Silvaatuacomopsicóloga na rede básica de Saúde domunicípiodeBom Retiro do Sul. Aos 28 anos,eladescobriuque possuiDistrofiaMuscular Progressiva,umadoença genéticaqueprovocaa degeneraçãoprogressiva dos músculos, levando àfraquezamuscular. EncontrounaPsicologia umaprofissãoquenãoa limitasse.Hoje,aos52anos, se sente realizada ao fazer adiferençanavidados pacientes.
Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Impressão Zero Hora Gráfica
Como a Psicologia surgiu na sua vida?
Sou formada há dez anos. Em toda a minha carreira, o único lugar que atuei foi em Bom Retiro do Sul. A Psicologia entrou na minha vida em função dessa patologia. Ao escolher, pensei muito nas minhas condições futuras, porque sofro com limitações físicas. Na verdade, poderia ter sido qualquer outra profissão, mas já existia uma afinidade quando escolhi a área. O concurso no município abriu no mesmo período em que me formei. Passei, fui convocada e estou aqui até hoje.
O que a Psicologia representa para você?
A Psicologia não me impõe limites, ninguém pode dizer que não posso exercer. Ao longo da graduação fui me apaixonando pelo ofício
e a cada dia me fascina mais. Eu gosto de trabalhar com pessoas. Me fascina a história delas, a forma de superação de cada uma, a ressignificação de traumas e dores. É muito lindo ver um paciente contando uma história e perceber toda a força e superação por trás dos acontecimentos. É gratificante poder andar de mãos dadas e oferecer um caminho. Eu também não conheço essa estrada, mas juntos buscamos uma saída.
Como a profissão fortalece você?
É uma troca. Mesmo com as minhas limitações, que podem ser progressivas, consigo fazer a diferença na vida das pessoas por meio do meu trabalho. É importante para mim pois também nutre o
meu impulso de vida. A vida é aqui e agora. Penso que nesse processo de autoconhecimento a pessoa vai fortalecendo suas potências e isso me fortalece também. Dar boas notícias é extremamente gratificante. Ver as pessoas alcançando melhorias na saúde mental vale mais que um salário.
Como você lida com a patologia?
Eu poderia fazer uma análise para compreender o tipo específico de distrofia que possuo. Mesmo com a possibilidade da perda de movimentos, optei por não avançar nestas análises. Nenhuma das características da doença possui cura, somente tratamentos paliativos. Portanto, decidi viver o tempo de vida com o máximo de qualidade possível.
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RODRIGO MARTINI
Caumo é cotado para assumir secretaria estadual
Ex-prefeito de Lajeado e provável candidato a deputado federal em 2026, Marcelo Caumo (ainda no PP) está cotado para atuar na pasta antes comandada por Rafael Mallmann (União Brasil). As negociações para o advogado assumir a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedur) avançaram nesta semana, mas o martelo ainda não foi batido. “Tem especulação, sim. Mas não tem confirmação”, afirma Caumo. “As coisas estão afunilando. E tá na hora de definir as coisas. Semana que vem acho que se avança”, complementa o ex-gestor lajeadense, que também tem conversado com representantes dos partidos Novo e PL. Aliás, Caumo ainda avalia a possibilidade de permanecer no Progressistas. Afinal, uma interessante fatia do eleitorado dele na principal cidade do Vale do Taquari é fruto da ligação
histórica com o PP e do trabalho dos correligionários e apoiadores. E todos os pormenores serão minuciosamente avaliados.
O Vale quer abrir mão dos impostos do pedágio
A maioria dos prefeitos e prefeitas das cidades lindeiras às rodovias estaduais abre mão do ISS a ser gerado pela cobrança dos pedágios e, posteriormente, pelas milionárias obras previstas para os trechos do Vale do Taquari. Alguns ainda estão receosos ou em cima do muro. E isso é compreen-
Lixo em Estrela
O governo de Estrela já alterou a data da sessão pública referente à “à contratação de empresa para prestação de serviço de coleta de resíduos orgânicos e seletivos”. A ideia inicial era realizar no dia 28 de março. Entretanto, a data foi transferida para o dia 31 de março.
sível. Afinal, o movimento precisa contar com 100% de adesão das administrações municipais da nossa região e, também, dos governos das cidades da região norte, que também são integrantes do Bloco 2 da concessão. Não é tão simples, reforço. Mas a tendência em nossa regional
parece bem desenhada. E isso precisa servir de recado e exemplo ao Estado e, principalmente, ao governo federal. Não podemos aceitar a incidência de tantos impostos sobre um serviço pelo qual o Estado como um todo se mostrou incompetente e repassou a conta para o contribuinte.
Avat projeta um “Parlamento do Vale”
Nova presidente da Associação dos Vereadores do Vale do Taquari (Avat), Daia Maria (MDB) quer implantar um “Parlamento do Vale” na região. A ideia é inspirada no já consolidado “Parlamento Re-
Rotativo
gional da Serra Gaúcha”, composto pelos presidentes das respectivas câmaras, e visa aprimorar os debates e as soluções projetadas pelos parlamentares para problemas regionais e microrregionais.
para subsidiar transporte coletivo
O governo de Lajeado concedeu mais 12 meses para a Stacione Rotativo seguir atuando na cobrança do estacionamento público na área azul. E, durante o ano, diversos agentes públicos e privados devem (enfim) se debruçar sobre o modelo para tentar aprimorar o indispensável serviço. E, além de estudar uma forma de evitar multas sem
• Em Estrela, Adiel Alfredo Krabbe assumiu a presidência municipal do PL. E ele terá a companhia do Comandante Cesar como 1º vice-presidente.
• Aliás, agentes do PL da região já se aproximaram da prefeita Carine Schwingel (União Brasil) para trabalhar em prol do desenvolvimento da cidade.
• Ainda sobre o PL, o líder da Bancada Gaúcha no Congresso, o deputado federal Marcelo Moraes (PL), visitou o Vale do Taquari nessa sexta-feira. E, durante entrevista exclusiva no estúdio da Rádio A Hora, ele anunciou Luís Benoitt (PL) e Felipe Diehl (PL) como pré-candidatos a deputado estadual,
• Em Lajeado, moradores do novo bairro Jardim Botânico decidiram, em audiência pública, pela retirada das lixeiras públicas. A partir disso, caberá aos moradores se atentarem ainda mais aos dias e horários das coletas, além de instalarem algumas lixeiras privadas.
• Em tempo, faltam só três semanas para a aguardada inauguração oficial do Cristo Protetor de Encantado.
• Prefeito de Arroio do Meio, Sidnei Eckert (MDB) não acredita na conclusão da ponte da ERS-130 até o dia 29 de março. Eu também não. E tomara que eu queime a minha língua. Bom fim de semana a todos!
que isso atrapalhe a rotatividade – inclusive com a possibilidade de aumentar o tempo máximo de duas horas –, alguns profissionais envolvidos no estudo também sugerem a utilização dos recursos da outorga (paga mensalmente pela concessionária ao governo municipal) para subsidiar a passagem do transporte público coletivo.
Já está disponível na página do Grupo A Hora no Youtube (A Hora TV) o novo episódio do Café com Martini. Desta vez, a conversa é com a presidente da Câmara de Vereadores de Lajeado, Ana da Apama (PP). Ela fala sobre a infância pobre, os problemas familiares que o levaram a dedicar a vida aos animais e também os embates – do passado, do presente e do futuro – na política municipal. Um bate-papo de aproximadamente 40 minutos onde a quarta mulher a assumir o
Legislativo lajeadense em toda a história contou detalhes até então desconhecidos dos eleitores – e dos próprios assessores. Vale a pena assistir. É só acessar o QrCode e preparar a pipoca!
vinibilhar@grupoahora.net.br
VINI BILHAR
Sicredi inaugura centro administrativo em Conselheiro Lafaiete
ASicredi Integração RS/MG inaugurou, na quinta-feira, 13, seu centro administrativo em Conselheiro Lafaiete/MG. O evento reuniu diretoria, colaboradores, autoridades e associados, marcando mais um passo na expansão da cooperativa em Minas Gerais. Durante a cerimônia, também foi entregue o monumento A Força da Cooperação, comemorando os 120 anos da instituição.
O Centro Administrativo, construído com investimento de R$ 25 milhões, possui 2,7 mil m² e abriga a agência Tamareiras, a Agência Empresas & Investimentos, a Superintendência Regional e espaços para inovação e treinamentos. Segundo o presidente Adilson Metz, a estrutura reforça o compromisso da cooperativa com o desenvolvimento regional.
Desde a chegada a Minas, em 2019, a Sicredi Integração RS/MG já conta com 16 agências em 12 cidades, atendendo mais de 30 mil associados. Até 2028, o plano é dobrar a atuação. Para 2025, estão previstas novas agências em Brasília de Minas e Itaverava, além de um Centro Administrativo em Montes Claros.
BNI amplia presença no RS e lança grupo em Lajeado
O BNI, rede global de networking empresarial, segue expandindo no Rio Grande do Sul. Com presença em 161 cidades do Brasil e quase 15
mil membros, a organização gerou
R$ 2,4 bilhões em negócios nos últimos 12 meses.
No Sul do país, a rede movimen-
tou mais de R$ 1 milhão para cerca de 4,7 mil membros no último ano. No RS, onde chegou há pouco mais de dois anos, já conta com seis grupos ativos em Porto Alegre e equipes em cidades como Santa Cruz do Sul, Gramado, Passo Fundo e Gravataí.
Em Lajeado, o evento de lançamento foi ontem pela manhã, contou com 175 participantes e promete impulsionar o ambiente empresarial local. O grupo será liderado por Mauro Heinen (presidente), William Bicca (vice) e Tainá Conzatti (secretária tesoureira). As reuniões ocorrem às sextas-feiras, às 7h, no Tri Hotel São Cristóvão.
FRASE DO DIA
Estamos bem posicionados para todos os cenários. Se Trump fizer a economia dos EUA crescer, está tudo bem.”
• Veículos - A produção de veículos no Brasil atingiu 217,4 mil unidades em fevereiro, alta de 14,6% frente ao mesmo mês de 2024 e de 23,8% em relação a janeiro, segundo a Anfavea. As exportações subiram 56,4% no comparativo anual e 67,4% em relação ao mês anterior. O setor também gerou 528 novos empregos, totalizando 108,7 mil trabalhadores.
• Petrobras - A empresa pagou R$ 270,3 bilhões em tributos e participações governamentais em 2024, representando 7% da arrecadação nacional. O dado, divulgado no relatório fiscal da companhia, equivale a uma média de R$ 1,1 bilhão por dia útil.
Certaja Energia participa de workshop na Expodireto
A Certaja Energia marcou presença no Workshop de Comunicação e Marketing do Sistema Ocergs, realizado em 12 de março na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque. Representaram a cooperativa Deise Ferreira de Araújo e Cristiane Lautert Soares. O evento abordou temas como
marketing estratégico em cooperativas, protagonismo na comunicação e relacionamento com a imprensa. Entre os palestrantes, estiveram Thais Menegat, Cris Porto, Simone Zanatta, Melina Fernandes e Andrea Iorio, que discutiram o impacto da inteligência artificial na comunicação.
ALBERTO KUBA, CEO DA WEG
PLANO DE CONCESSÃO
Técnicos encerram missão no Vale e organizam demandas dos municípios
Equipe do BNDES e da Secretaria da Reconstrução Gaúcha participam de reuniões com prefeitos sobre o plano de obras do Bloco 2. Necessidade de revisão em trechos urbanos, com acessos em pontos que serão duplicados, melhoria nas ligações entre bairros e vias paralelas às rodovias são as principais reivindicações
Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br
Grasi Nabinger grasielinabinger@grupoahora.net.br
VALE DO TAQUARI
Estabelecer as obras prioritárias, rever prazos de intervenções menos urgentes e reposicionar dispositivos como trevos, retornos
e passarelas. Estes foram o propósito das reuniões entre técnicos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), da Secretaria da Reconstrução, com os prefeitos e equipes de engenharia dos municípios.
A missão foi proposta pelo prefeito de Teutônia, Renato Altmann, durante audiência em 16 de fevereiro com o secretário da Reconstrução, Pedro Ca-
peluppi, na Univates. “Cobrei essa aproximação, pois vendo o projeto, parece que não houve um entendimento sobre a região. Como se tivessem feito o estudo de longe, só pensando na rodovia e sem considerar a realidade local”, avalia. Neste sentido, Altmann, considera que a disponibilidade do Estado em ouvir os gestores municipais precisa ser enaltecida. “Tive o sentimento de que as equipes técnicas do Estado começaram a entender o que estamos sugerindo.” O presidente da Associação dos Municípios do Vale do Taquari, e prefeito de Sério, Moisés de Freitas, realça o propósito dos debates. “Foram momentos para falar de obras, de aspectos técnicos. As cobranças para diminuir a tarifa, a pressão
Plano do Estado prevê a concessão de 415 quilômetros, com trechos do Norte e também no Vale do Taquari, nas ERS 128, 129, 130 e 453
por mais investimento estadual ou por revisão nos termos da futura concessão ficam para outra esfera. O que queremos é ter um olhar sobre o plano de obras, sobre como vai interferir no trânsito dos municípios”. Neste sentido, a prefeita de Estrela, Carine Schwingel, frisa a importância da avaliação técnica sobre as obras. “Uma coisa é o que vivemos no dia a dia. O que temos de objetivos, de dificuldades, de realidade e como enfrentar. Outra é o que veio do Estado.”
Segundo ela, inclusive o próprio Executivo gaúcho entende a complexidade do trecho na Rota do Sol, na entrada ao bairro Boa União. “Mesmo o Estado não tem muito claro como será a obra naquele ponto, mas, a partir da discussão que trouxemos hoje (sexta-feira), apresentamos uma ideia de intervenções e alterações no projeto original.”
A missão do BNDES e da Secretaria da Reconstrução começou na quinta-feira, em Encantado. Os engenheiros estiveram com os prefeitos da região alta, dos municípios que estão dentro da área de concessão (Guaporé, Dois Lajeados, Vespasiano Corrêa, Muçum e Encantado). Nessa sexta-feira, os encon-
tros começaram pela manhã na Câmara da Indústria e Comércio de Teutônia, com gestores e servidores de Westfália, Boa Vista do Sul, Estrela, Fazenda Vilanova e Teutônia.
Busca de projetos
A presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento (Codevat), Cintia Agostini, avalia os dois dias de discussão como uma tentativa de tornar as intervenções e obras do plano de concessões mais adequadas frente a visão macro do BNDES sobre as rodovias. “Estamos pensando enquanto municípios, dentro das localidades, da sociedade e obviamente, em uma perspectiva daquilo que nos aconteceu enquanto região. Isso faz com que se mude alguns parâmetros do projeto anterior.”
Para ela, a partir de agora é preciso tabular cada solicitação e aprofundar os diagnósticos. “Tudo o que foi falado precisa retornar, pois temos de ter uma dimensão do que foi apontado, seja quando se retirou obras, se incluiu ou modificou de local, por exemplo. Em cima disso, entender o quanto vai se impactar na tarifa.”
De acordo com Cintia, os encontros foram momentos para pensar nas individualidades. Pelo tamanho do projeto, a presidente do Codevat cobra mais tempo de debate. “Estamos decidindo os próximos 30 anos. Não só para o Vale do Taquari, mas para todos que usam mais de 410 quilômetros de rodovias. É preciso ter maturidade, fazer essa construção sem pressa.”
Próximos passos
Na parte da apresentação das demandas dos municípios, as reuniões foram fechadas para cobertura jornalística. Apenas assessores puderam permanecer. Em média, os debates duraram entre duas até três horas.
O relatório de apontamentos dos municípios não foi disponibilizado pelo Estado. Cada revisão, mudança, acréscimo, postergação ou retirada de investimento será incluída na consulta pública. A consulta pública sobre o modelo de concessão segue aberta até 21 de março. Até lá, os municípios poderão incluir novas demandas em termos de obras. Sugestões podem ser incluídas no portal parcerias.rs.gov.br. De acordo com o Estado, até essa quinta-feira, foram cadastrados 350 participações dentro do Bloco 2.
PEDIDOS DOS MUNICÍPIOS
VENÂNCIO AIRES
Trecho concedido: RSC-453
Apontamento: A duplicação, ligada até o trevo da ERS-287, interfere no deslocamento entre bairros. Barreiras na rodovia modificam o trânsito interno.
Solicitações:
• Rever a possibilidade de quatro passagens entre os bairros, seja por viadutos ou passarelas.
• Ponte sobre o Arroio Castelhano
• Ampliar a largura, a altura e o reforço, devido ao risco de prejuízos em novas inundações.
MATO LEITÃO
Trecho concedido: RSC-453
Solicitações:
• Construção de sete passarelas;
• Instalação de uma via periférica de mão dupla, com pouco mais de um quilômetro.
• Construir uma rótula no Distrito Industrial, com uma pista lateral de mão dupla, ligando ao Loteamento
Amizade;
• Reestruturação do pórtico de acesso principal ao município.
CRUZEIRO DO SUL
Trechos concedidos: RSC-453 e ERS-130
Solicitações:
• Prever na concessão os serviços de manutenção, roçada, limpeza e sinalização da ERS-130, da ligação com a 453 (em Lajeado), até o acesso secundário ao município.
• Com a duplicação da RSC-453, rotatória entre as localidades de Boa Esperança e 25 de Julho.
• Manter as rótulas feitas pela EGR na rua Frederico Germano Haenssgen e no Distrito Industrial
FAZENDA VILANOVA
Trecho concedido: ERS-128
•Ampliar a segurança para áreas rurais, no deslocamento de tratores.
•Uma rótula está prevista, na ERS-128. Para o município, são necessárias mais duas, para evitar retornos pela BR-386.
LAJEADO
Trechos concedidos: RSC-453 e ERS-130
Solicitações
• Manutenção de rótula/trevo no bairro Floresta da RS 453. O projeto proposto acaba com a rótula recém feita e irá gerar um grave gargalo logístico, além de fazer com que usuários de Lajeado tenham que ir até Cruzeiro via ERS para fazer o retorno, inclusive tendo que passar pelo pórtico de pedágio duas vezes.
• Rever o fechamento de acessos relevantes, como nas imediações da Rodoviária.
• Avaliação de passagem inferior entre a Av. dos 15 (Florestal) e o bairro Montanha para reduzir os impactos do fechamento de acessos.
• Passarelas para o deslocamento ao Centro de Distribuições da Imec e o deslocamento de outra prevista próximo ao Posto do Arco.
ARROIO DO MEIO
Trecho concedido: RS-130
• São 18 trechos pontuados.
• O trecho crítico são os dez quilômetros entre a ponte do Rio Forqueta até o Morro São José.
• Neste perímetro, estão indústrias, transportadora, supermercado, bairros, e o acesso principal.
• Foi pedida uma rotatória na rua Nicolau Keffer (há uma obra prevista no local, mas sem a possibilidade de retorno, apenas acesso no mesmo sentido);
• Uma elevada no acesso principal ao município, para que o trânsito interno não tenha interferência sobre o fluxo da rodovia.
• Um trevo diamante nas imediações do Pituca
• Há uma passarela prevista em todo o trecho. São necessárias mais duas, diz o município.
WESTFÁLIA
Trecho concedido: RSC-453
• Instalação de um recuo na descida da Serra, nas proximidades da antiga britadeira.
• Via lateral no futuro Distrito Industrial.
Os técnicos do BNDES e do Estado não tinham autorização para conceder entrevistas e nem repassar informações sobre os pedidos dos municípios. Em contato com equipes das administrações locais e dos prefeitos, A Hora teve acesso a parte desses apontamentos da área de atuação da Amvat. Confira um resumo:
BOA VISTA DO SUL
Trecho concedido: RSC-453
• Rótula no acesso principal;
• Contenção no quilômetro 75 (onde houve deslizamentos em maio do ano passado);
• Mudança no local dos pórticos de pedágio.
TEUTÔNIA
Trecho concedido: ERS-128 (Via Láctea)
• Ampliação da duplicação. O trecho tem 16,8 km, o projeto estabelece 3,7 km de duplicação. • Para o município é preciso alcançar 6,7 km de novas pistas.
• Alterações no trevo do bairro Teutônia e Campo do Gaúcho:
• Evitar que os moradores tenham de percorrer longas distâncias para retornos.
• Minimizar impacto no trânsito interno e evitar o aumento do tráfego em áreas vulneráveis, como a estrada da Várzea.
• Ajustes no trevo da Major Bandeira;
• Garantir acesso ao centro administrativo, importante para as forças de segurança e a mobilidade interna.
• Inclusão de acessos ao distrito industrial;
• Trevo para a Lagoa da Harmonia.
ESTRELA
Trecho concedido:
RSC-453 (Rota do Sol)
• Ponto crítico fica entre os bairros Loteamento Popular, Novo Paraíso, Pinheiros, até a entrada do Boa União. São 12 intervenções, as principais:
• Passarela na Rua João Lino Braun, devido a proximidade a escolas, igreja, creche, ginásio. Retirada de uma passarela em local inadequado. Ajustar outra passagem para pedestres nas proximidades da Rua Adão Fett;
• Revisar necessidade de obra de intervenção, para analisar o formato de elevada, túnel ou trincheira na Boa União;
• Mudar o modelo de retorno nas proximidades da rua Frederico Kich;
• Criar uma elevada, com acessos e retornos no Km 40, perto do Loteamento Popular;
• Retorno nas imediações da Tangará;
• Expandir a rótula prevista nas proximidades da Metanox; Mudar o pórtico do pedágio até a divisa com Teutônia.
PEDÁGIOS E INVESTIMENTOS
Federasul pede proposta do Vale para defender
Entidade defende modelo equilibrado para viabilizar investimentos e garantir avanços econômicos e sociais
Grasi Nabinger grasielinabinger@grupoahora.net.br
ESTADO
Favorável às concessões como “ferramenta de desenvolvimento social e econômico”, a Federasul busca proposta conjunta e tarifa mais competitiva. Atual projeto de concessão prevê custo de R$ 0,23 por quilômetro rodado.
Valor considera investimentos de R$ 6,7 bilhões e aporte de R$ 1,3 bilhão via Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs).
“Sabemos que grandes obras só serão viáveis se colocarmos essa ferramenta [concessão] à disposição do Estado. Não podemos cair em discurso fácil ‘não quero pedágio, não quero obras’. Precisamos que fique razoável: que consigamos obras, mas com tarifa mais baixa do que a proposta hoje”, afirma o presidente da Federasul, Rodrigo Sousa Costa. Municípios têm até dia 24 de março para encaminhar ofícios com reivindicações locais. “Há
margem para dois tipos de discussão: redução de intervenções e o momento de realização das obras”, aponta o Secretário Estadual de Parcerias e Concessões, Pedro Capeluppi. Conforme ele, o desafio hoje é olhar todo o projeto, o ciclo de investimento, quais obras são essenciais, prioritárias, e quais são dispensáveis. Além de debate transparente, a Federasul pleiteia proposta convergente, também com deputados, prefeitos e vereadores. “Não podemos admitir um cenário sem pedágio, sem obras. Assim começamos a perder empregos, o êxodo se confirma e as pessoas vão embora”, complementa Costa.
Padrão da rodovia
Avaliação técnica concluiu que a sociedade gaúcha deseja uma rodovia até nível C. “O que isso significa? Hoje precisa acionar obras de ampliação de capacidade em 43% da malha do Bloco 2. Se fosse admitir nível D, significaria que hoje precisaria ampliar capacidade em 18km”, aponta Capeluppi. Sugere que este ponto, determinante para o preço, pode ser trabalhado. “Partimos da concepção: qual a rodovia que eu quero e qual a que eu preciso?”.
Empresários do Vale do Taquari se reuniram na tarde de sexta com presidente da Federasul e secretário estadual
PONTE DA ERS-130
EGR inicia segunda o içamento das lajes
Nova etapa conta com uso de guindaste para acelerar obras. Estatal mantém prazo para entrega da estrutura no fim do mês
Daniély Schwambach* daniely@grupoahora.net.br
* Estagiária sob a supervisão de Felipe Neitzke
Areconstrução da ponte sobre o Arroio Forqueta, na ERS-130, entre Lajeado e Arroio do Meio, avança para uma nova etapa. A partir de segunda-feira, 17, a empresa Guinchos Sansão será responsável pelo içamento das 36 lajes sobre os pilares da estrutura. Os serviços utilizarão aterros já existentes para apoiar os caminhões e garantir o lançamento
24
12
das peças. A previsão de entrega segue mantida para 29 de março, conforme cronograma da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR). O diretor-presidente da empresa, Luís Fernando Vanacôr,
reforçou que o planejamento está sendo cumprido, com ajustes feitos para garantir eficiência e segurança na conclusão. “Temos feitos alterações neste período, estudando otimizações que possam
dar garantias maiores da conclusão dela.” Segundo ele, a obra está na fase final de montagem. “Agora é somente parte de peças e acabamentos, hoje a concretagem é um volume pequeno”.
Desde o início, a instalação da estrutura passou por mudanças estratégicas. “No início tínhamos a ideia de fazer essa instalação em três partes. Depois mudamos para duas partes e hoje estamos mudando mais uma vez a situação.”
A nova estratégia busca acelerar a finalização da ponte. “Estudamos a possibilidade de a treliça lançar todas as vigas e outra estrutura fazer o isolamento das lajes sobre as vigas com outra equipe.”
O avanço da obra se mantém dentro da expectativa, e até sextafeira, 22, todas as vigas deverão estar instaladas. “Até no meio da semana, estaremos com todas as vigas instaladas e praticamente 50% das lajes, ou até mais”, afirmou Vanacôr. Ele garantiu que o trabalho segue dentro do planejado. “É garantido que até sexta que vem a ponte vai estar metade pronta, com o pessoal trabalhando em cima ou até mais, que é nosso objetivo.”
Das 24 vigas previstas, 12 foram instaladas. “Hoje encerramos metade das vigas, 12 já instaladas, já preparando para o novo vão”, disse Vanacôr. A programação inclui trabalhos contínuos nos próximos dias. “Vamos seguir
sábado, domingo, segunda e terça faremos uma ‘folga’, uma garantia de conclusão das vigas, pois se acontecer algo temos tempo para ajustar.”
O planejamento prevê que, com a montagem concluída, a construção do aterro na margem de Lajeado seja agilizada. “A ideia é lançar todas as vigas, ter a ponte toda montada. Estamos fazendo isso para facilitar a construção do aterro ao lado de Lajeado, onde as vigas ocupam esse espaço.”
Simultaneamente, a instalação das lajes ocorre nos dois lados da travessia. “Faremos essa manobra e, ao mesmo tempo, as lajes estão sendo instaladas. Daqui a pouco estaremos instalando do lado de Arroio do Meio.”
As informações foram repassadas durante uma visita técnica ao canteiro de obras na manhã desta sexta-feira, 14, coordenada pelo Ministério Público. O promotor João Pedro Togni, também presente no momento, destacou que o acompanhamento continuará nos próximos dias. “As visitas continuarão ocorrendo, a próxima está programada para sexta que vem.”
A ponte substituirá a antiga estrutura, destruída pela enchente de 2 de maio de 2024. Para garantir transparência, imagens do local estão disponíveis 24 horas por dia, e novas câmeras serão instaladas nos próximos dias.
Até essa sexta, das
vigas,
estavam colocadas sobre a estrutura da ponte
DIVULGAÇÃO
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
Lajeado registra 210 medidas protetivas em 2025
Dados são do Centro de Referência em Atendimento à Mulher (CRAM). Coragem para denunciar e segurança frente às políticas públicas estão entre os fatores do aumento nos registros
Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br
LAJEADO
Em menos de três meses, 2025 contabiliza 210 medidas protetivas encaminhadas por meio do Centro de Referência em Atendimento à Mulher (CRAM) de Lajeado. Neste ano, também foram 428 atendimentos ao público feminino, entre apoio psicológico, jurídico, assistencial e acolhidas para mulheres vítimas de violência. Os números, apesar de representarem um aumento em relação aos anos anteriores, para as profissionais da área, significam que as mulheres têm, hoje, mais coragem para agir. Assessora jurídica do Cram, Ana Maria Lazzaron Pereira destaca o trabalho da instituição na busca por mulheres em situação de violência, para auxiliar na quebra do ciclo de agressões. Ela afirma que toda mulher que faz
um boletim de ocorrência no município é encaminhada ao centro. Mas nem todas buscam ajuda. Segundo a advogada, muitas vezes existe o medo da denúncia, ou a dependência do parceiro. O lado financeiro, segundo ela, é um dos maiores empecilhos. “Elas dependem do marido e acabam voltando para casa”.
Ana afirma que, além da Casa de Passagem, que abriga mulheres em situação de violência de toda a região, o Cram ainda busca auxiliar as vítimas com aluguel social por um determinado período, para que elas consigam recomeçar em um novo local.
“O recomeço é devagar, um trabalho de formiguinha, mas estamos tendo uma resposta
A medida protetiva é realmente um instrumento que pode prevenir uma ação mais gravosa do autor.”
MÁRCIA BERNINI COLEMBERGUE
DELEGADA ESPECIALIZADA NO
ATENDIMENTO À MULHER DE LAJEADO
muito positiva. Estamos avançando muito em termos de leis de proteção à mulher, agora temos que mudar a mentalidade do homem”, avalia. A advogada destaca a qualificação do serviço do Cram e do papel da instituição na vida de centenas de mulheres que conseguiram romper o ciclo de violência.
Sem perfil
Assistente social do Cram, Rafaela Cardoso reforça que não há um perfil específico da mulher vítima de violência e ela pode apresentar diferentes níveis sociais. “O único pré-requisito para ser vítima de violência doméstica é ser mulher, é o único recorte que a gente tem”, afirma.
Coordenadora do centro, Mara Lucia Crestani Goergen também acredita que as mulheres estão perdendo o medo de denunciar.
“Elas sabem que têm mais leis a favor delas, e isso dá mais segurança”. Mara também cita políticas públicas, como o Conselho Municipal da Mulher de Lajeado, reativado neste mês, que busca dar ainda mais amparo.
Lei do Feminicídio
O mês de março também é marcado pelos 10 anos da Lei do Feminicídio, que define como crime, o assassinato de uma mulher por razões de gênero, em um contexto de violência doméstica ou familiar. Delegada titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Lajeado, Márcia Bernini Colembergue afirma que, na maior parte dos casos de feminicídio da cidade e região de abrangência da delegacia, não havia uma medida protetiva para a mulher.
“A medida protetiva é realmente um instrumento que pode prevenir uma ação mais gravosa do autor”, destaca. Ela ressalta as mudanças na Lei do Feminicídio ao longo dos anos, que também
Defesa da mulher em 30 anos
1996 - Convenção de Belém do Pará: visa prevenir, punir e erradicar a violência contra mulher.
2003 - Notificação compulsória: em casos de violência doméstica, de mulheres atendidas na saúde.
2004 - Protocolo de Palermo: contra tráfico de crianças e mulheres
2006 - Lei Maria da Penha: primeira lei brasileira a reconhecer a desigualdade baseada nos gêneros. Em 2012, foi considerada pela ONU a terceira melhor lei do mundo no enfrentamento à violência doméstica, atrás apenas da Espanha e Chile.
2010 - Criação do canal 180: instrumento específico de denúncia contra violência doméstica.
2015 - Lei do Feminicídio: reconhece o feminicídio como um crime hediondo qualificado. Há aumento de pena de 12 a 30 anos no máximo.
2024 - Alteração da lei do feminicídio: altera o código penal, Maria da Penha e Lei de execução penal. Torna o feminicídio um crime autônomo e hediondo, com pena de 20 a 40 anos. Há o aumento de pena quando há lesão corporal realizado contra a mulher. Há penas mais severas para violência doméstica (lesão corporal), com reclusão de 2 a 5 anos.
pode servir como prevenção. Um exemplo, é o aumento da pena para o autor do assasinato, de até 40 anos. Segundo ela, esta é a maior pena do Código Penal, hoje. “Uma indicação de pena neste nível faz com que a lei já venha como uma prevenção. Temos uma indicação de que a nossa sociedade está clamando para que realmente não exista mais esse tipo de crime”.
Cram de Lajeado é uma das instituições que auxiliam as mulheres vítimas de violência na região
BIBIANA FALEIRO
Profissionais desafiam o paradoxo da rotatividade
Impulsionados por paixão, propósito e senso de pertencimento, funcionários de quatro empresas da região provam que a longevidade profissional existe e também representa uma evolução frente as mudanças do mercado
Jéssica R Mallmann jessica@grupoahora.net.br
As constantes mudanças do mercado e o surgimento de oportunidades e carreiras mais dinâmicas levam muitos profissionais a realizar frequentes transições entre empresas. Dados do Ministério do Trabalho mostram que o tempo médio de um trabalhador no mesmo emprego não chega a marca de dois anos. Ainda assim, algumas histórias seguem na contramão desta tendência. Em meio a uma geração que valoriza novas experiências, há quem trilhe um caminho diferente: consolidar a carreira em um único lugar, somando décadas de dedicação. Prestes a completar 50 anos junto a cooperativa Certel, Ilvo
Eu poderia ter me estagnado em uma situação mais confortável, mas isso não faz parte da minha vida. A exemplo, trabalhar de dia e estudar à noite não foi um transtorno, mas sim uma alegria”
Persch começou sua trajetória em abril de 1975. Na época, a Certel estava em uma fase expansionista, pois havia assumido a distribuição de energia em Lajeado e Salvador do Sul. “Essa fase foi de muito aprendizado para todos, pois era uma empresa que tinha 800 associados e, em um pulo, passou para quatro mil”, lembra Persch, que destaca a importância desse período para o fortalecimento das equipes e o desenvolvimento individual.
A história de Ilvo se entrelaça com a da cooperativa, ambas moldadas por dedicação e transformação. E nestas cinco décadas, o relacionamento com as pessoas e a busca constante por
melhorias foram pilares frequentes na caminhada. “Acredito que sempre podemos evoluir como cidadãos. Eu poderia ter me estagnado em uma situação mais confortável, mas isso não faz parte da minha vida. A exemplo, trabalhar de dia e estudar à noite não foi um transtorno, mas sim uma alegria”, destaca.
Marcos inesperados
Embora tenha acompanhado de perto a evolução da Certel, Persch admite que não imaginou que a empresa alcançaria a potência e influência que possui hoje. Da mesma forma, não imaginava que completaria 50 anos de trajetória. Para ele, o segredo para se manter por tanto tempo em uma única empresa está no cultivo de boas relações e na construção de um ambiente de trabalho saudável. Por isso, a capacidade de se adaptar aos novos desafios do mercado desempenha um papel fundamental nas jornadas, assim como a resiliência da empresa em compreender cada fase de seus colaboradores. Hoje, Persch possui uma rotina de trabalho reduzida,
Prestes a completar 50 anos junto à cooperativa Certel, Ilvo Persch começou sua trajetória em abril de 1975
Eu já circulei por todas as lojas e tenho muito orgulho de ter participado disso. Fico muito feliz de ver o grande grupo que o Imec se transformou”
com a qual planeja seguir até 2026, embora não descarte a possibilidade de continuar por mais tempo na empresa. “Às vezes penso em ficar mais, mas acredito que fiz uma boa caminhada até aqui”, afirma.
Dever cumprido
Orgulho da própria trajetória também tem Elmo Henrique Fiegenbaum, 68. Em 1972, aos 16 anos, ele se mudou para Lajeado a fim de continuar os estudos e trabalhar. Em pouco tempo, recebeu sua primeira oportunidade no Grupo Imec, empresa em que ele consolidou 53 anos de história e pretende permanecer por muito tempo. Na época, o jovem que começou como repositor de mercadorias da matriz em Lajeado, em menos de 30 dias foi transferido para o setor administrativo, onde atua até hoje como analista financeiro da tesouraria. “Foram anos de muito aprendizado e de transformações no comércio varejista. Com muito trabalho enfrentamos períodos de crise, inflação alta e planos econômicos do governo. Mas sempre ajudando uns aos outros e fazendo a empresa prosperar”. Quando iniciou sua trajetória no Imec, Fiegenbaum conta que havia sete lojas do grupo. Hoje, a rede está com mais de 30 unidades, espalhadas em 22 cidades. “Eu já circulei por todas as lojas e tenho muito orgulho de ter participado disso. Fico muito feliz de ver o grande grupo que o Imec se transformou”.
Dedicação e estudo
Para Fiegenbaum, independente do tempo de carreira, consolidar uma trajetória de sucesso em qualquer empresa exige dedicação e constante aprendizado. E para isso, destaca a importância de ter paciência para enfrentar os processos e desafios. “Para quem está entrando no mercado de trabalho: estudem, se qualifiquem para exercer a profissão e escolham uma empresa que atenda aos seus princípios, que seja sólida e ofereça oportunidades de crescimento”, destaca. O analista financeiro reconhece que cada profissional possui um perfil diferente. Alguns são mais aventureiros e dispostos a mudar de emprego em busca de
ELMO HENRIQUE FIEGENBAUM FUNCIONÁRIO IMEC HÁ 53 ANOS
Grupo Imec foi o primeiro e único emprego de Elmo Fiegenbaum
Suzi almeja completar 50 anos na Schumacher Contabilidade. Para ela, nem sempre o objetivo é ganhar mais, mas sim ter um propósito que sustente uma carreira longeva
Mais do que trabalho, uma segunda casa
Rumo aos 50 anos
Comecei do zero, não sabia nem o que era uma nota fiscal. Mas sempre tive muita curiosidade e vontade de aprender”
Cinco décadas em uma mesma empresa pode parecer um longo período para as novas gerações, mas essa é a meta que Suzana Reckziegel (Suzi), 62, deseja atingir na Schumacher Contabilidade. Em fevereiro, ela celebrou 45 anos de uma trajetória repleta de conquistas, desafios e uma constante vontade de aprender.
Suzi iniciou aos 17 anos, em uma época em que o setor era dominado por homens e as mulheres atuavam como auxiliares na contabilidade. “Comecei do zero, não sabia nem o que era uma nota fiscal. Mas sempre tive muita curiosidade e vontade de aprender”, conta. Professora de formação, ela se encantou com a interpretação de leis e construiu sua carreira com cursos, leituras e dedicação. Hoje, é gerente fiscal da Schumacher, onde seu conhecimento e experiência são referenciais.
as inovações tecnológicas. Com humor, ela relembra o receio de ligar o primeiro computador da empresa e a rotina manual de registros. Ao mesmo tempo, se emociona por recordar o crescimento de muitas pessoas, fazendo da Schumacher um cenário de grandes momentos em sua vida. “Sempre foi um lugar de respeito e acolhimento, onde as necessidades pessoais eram compreendidas. Isso fez toda a diferença na minha trajetória”, conta. Ao refletir sobre o que a manteve na empresa por tanto tempo, Suzi destaca o compromisso com os prazos e a preocupação com a saúde mental. “Nunca aceitei uma tarefa sem a intenção de cumpri-la bem e no prazo”, afirma. Embora surgissem oportunidades para novos caminhos, sua decisão de permanecer se deve à compreensão de que todo ambiente de trabalho apresenta desafios. novos desafios, ou mesmo criar novas empresas. O que considera natural. No entanto, reforça que a dedicação deve ser a mesma, independente da escolha. “Se é o sonho, devem realmente investir em suas ideias e apostar no empreendedorismo, pois são estes empreendedores que fazem gerar empregos e dão oportunidades para pessoas como eu, que têm um perfil mais contido e preferem a estabilidade”.
Suzi acompanhou de perto as transformações na contabilidade, especialmente
Com 14 anos, Paulo Batista Hennemann, 61, já iniciava seus primeiros projetos na Lajeadense Vidros. O ano era 1978 e a empresa possuía seis funcionários. “Entrei porque já tinha um irmão que trabalhava lá. Na época, a gente atuava com vidros e borrachas para a linha automotiva, além de vidros simples para a construção”, recorda.
Em 47 anos de trajetória na empresa, Hennemann desempenhou diversas funções, como corte, carregamento, colocação e polimento, e hoje atua como técnico e medidor. Ao longo dessas décadas, ele testemunhou as principais mudanças, como a evolução dos maquinários e a diversificação dos tipos de vidros. “Fomos crescendo e nos adaptando ao mercado atual. Cada novidade era um desafio, e, mesmo sem os recursos de hoje, sempre estávamos dispostos a aprender mais”.
Para Hennemann, crescer junto com a empresa e fazer o que se gosta são as chaves para uma carreira bem-sucedida. O prazer de ver um trabalho finalizado sempre foi um dos maiores motivadores para consolidar sua trajetória na empresa. Assim como o fato de a Lajeadense Vidros ser mais do que seu local de trabalho: é sua segunda casa, onde construiu sua trajetória e fez amizades que duram até hoje. “Tudo o que conquistei foi com muito trabalho aqui. Tenho orgulho da minha história”, afirma.
Ao
Entrei porque já tinha um irmão que trabalhava lá. Na época, a gente atuava com vidros e borrachas para a linha automotiva, além de vidros simples para a construção”
PAULO BATISTA HENNEMANN
TRABALHA HÁ 47 ANOS NA LAJEADENSE VIDROS
O cenário do trabalhador no Brasil
2 anos: é a média de tempo que um trabalhador fica no mesmo emprego;
9 anos: tempo médio que pessoas com mais de 65 anos permanecem na mesma empresa;
9 meses: tempo médio que profissionais de 18 a 24 anos permanecem na mesma empresa.
longo de 47 anos, Paulo Hennemann testemunhou as principais mudanças de mercado
FONTE: MINISTÉRIO DO TRABALHO
Educação da família Koste influenciou liderança e capacidade para empreender
Em 1970, Paulo Germano Koste, um menino do interior, trocou a área rural pelo ambiente de um colégio interno, onde teria acesso a uma educação de qualidade. Ele abriu caminho para filhas e netas, que seguiram na mesma escola
família Koste, reconhecida na parte alta do Vale do Taquari pelo empreendedorismo e liderança comunitária, atua no meio de transportes, saúde e cenário político. O empresário Paulo Germano Koste, detém a direção da Transportes Koste, enquanto age politicamente no Legislativo de Roca Sales, como presidente da Câmara de Vereadores.
Com uma formação diferenciada, “os Koste” desenvolveram habilidades de liderança e empreendedorismo, sobressaindo-se em Roca Sales e também em Arroio do Meio.
De aluno interno à gestor de empresa
Tudo começou com o ingresso de Paulo Germano Koste, em 1970 no internato do Colégio Evangélico Alberto Torres (CEAT). Naquela época, a educação responsável
”Minha família passou a ser o Ceat e até hoje eu trago os princípios basicos de cidadania que aprendi na escola e repassei a família”
Paulo Germano Koste, empresário, tem o Transportes Koste
ajudou-lhe a absorver valores na convivência em sociedade: disciplina, organização e regras. “Eu vim do interior e não tinha noção de regras. Aprendi na escola. O CEAT passou a ser minha família”, relata Koste. Das normas da escola, à capacidade de cumprir responsabilidades na empresa, foi um passo importante. A educação influenciou na liderança como dono de transportadora. Um empresário precisa cumprir metas, gerir o negócio e projetar o futuro do negócio, atento aos colaboradores e às leis. Não é fácil, mas com uma base educacional de qualidade, a disciplina se mantém sólida. “Ser empresário é um desafio, pela cobrança e carga tributária. Mas a
educação, te leva a outros patamares”, acentua Koste. A educação o levou à carreira política. Hoje, Koste é presidente da Câmara de Vereadores e se envolveu diretamente nos problemas pós-enchentes, já que Roca Sales foi devastada pelas
cheias. “A educação impacta na liderança”, afirma.
A formação no CEAT teve um efeito dominó. Depois dele, filhas e netos traçaram o percurso. “O ano de 2025 marca 55 anos da parceria da família Koste com o Ceat”, afirma. As filhas iniciaram os estudos a partir da década de 1990. Hoje, as netas estão no Ensino Fundamental.
Formação adequada fortalece empatia para atender pacientes com excelência
A educação de qualidade contribuiu para Ana Júlia Koste, 43, para desenvolver a empatia e a construção de uma carreira na área da saúde. A fisioterapeuta sentiu o preparo que recebeu no Ensino Médio durante a universidade. “Na faculdade, os professores mantêm uma relação mais distante em comparação com o colégio. Precisamos buscar os complementos das disciplinas por conta própria. O Ceat me preparou para essa autonomia” Em 1994, ainda na sétima série, Ana Julia deu início à sua trajetória educacional no colégio que o pai frequentou. Além das disciplinas tradicionais a gentileza demonstrada pelos professores
Família “Koste”: liderança e empreendedorismo, sobressaindo-se em Roca Sales e também em Arroio do Meio
Primas Luana e Laura: fazendo a história delas no colégio de Roca Sales
FOTOS: ANDRÉIA RABAIOLLI
”O ceat está no sangue”
Ana Julia Koste, fisioterapeuta
”A escola ajudou a ser organizada e resposavel
Ana Paula, administradora
dentro e fora da sala de aula, a escuta ativa que ela observou em suas interações com eles e a importância de ser paciente, coerente e saber se relacionar foram fundamentais para que ela desenvolvesse essas habilidades com seus pacientes na fisioterapia. “O Ceat me ensinou a exercer o respeito pelo outro, a saber ouvir e a atender com dedicação”, compartilha Ana Julia. Essa sintonia com os valores que importam para sociedade moderna, a motivou a matricular as filhas no CEAT. “Optamos pela essa escola porque compartilhamos dos mesmos propósitos que ela defende. O Ceat está no nosso sangue”, destaca.
Construíndo do “Livro da Vida” em família
Uma das memórias marcantes de Ana Paula Koste Piccinini, de 40 anos, durante sua época no colégio, foi a criação do Livro da Vida. Na sétima série, os alunos do CEAT têm a tarefa de registrar sua história de vida, destacando os momentos significativos. Esse projeto estimula a escrita e as memórias, e fortalece os laços familiares, já que muitas vezes a obra é construída em conjunto com os pais.
Ana Paula guarda o livro até hoje com carinho. “Minha família participou da elaboração comigo, foi uma experiência muito legal”, relembra.
Ana Paula atua na empresa de transportes do pai, onde se destaca pela organização e pela capacidade de entregar tarefas antes do prazo. Essas competências foram impulsionadas pela base sólida que recebeu durante sua educação. Mais tarde, se formou em Nutrição e, depois, Administração, o que a habilitou assumir funções estratégicas
na transportadora da família.
Entre as lembranças da escola, a viagem realizada na oitava série com colegas e professores para outro estado. “Foi um grande desafio, pois nunca tinha ficado tanto tempo longe da minha família”, recorda.
Hoje, sua filha está escrevendo a própria história no CEAT. Ana Paula reforça: “A educação ajuda a formar um mundo melhor e nos torna mais fortes”
A vocação começa na escola
Entre as potências do CEAT, a rede de amizades que se forma durante o Ensino Fundamental persiste na trajetória dos exestudantes.
Juliana Koste Volken, estudante de Medicina, é um exemplo dessa conexão. Formada no Ensino Médio em 2018, ela ingressou na faculdade de Medicina em 2020 e mantém vivos os laços criados durante os anos de colégio. “Vou levar para a vida toda o grupo de amigas que formei no CEAT”, destaca. Ela também mantém apreço pela turma de professores da região alta, onde estudou. Foi no colégio de Roca Sales que construiu uma base sólida que a preparou para conquistar uma vaga no curso de Medicina. “Entrei na faculdade com a nota do ENEM”, conta. O estudo facilitou seu comprometimento e proatividade.
Em poucos anos, Juliana vestirá o jaleco branco e dará início à sua carreira como médica. Uma conquista que começou a ser construída ainda na escola. “Fiz o teste vocacional no terceiro ano e escolhi a Medicina pensando em contribuir para a saúde das pessoas. O CEAT contribuiu”, afirma.
Primas no CEAT: um caminho que começa cedo
Luana Koste Volken, 10 anos, e Laura Koste Piccinini, 9 anos, são primas e estudantes do Ensino Fundamental do CEAT, já trilhando um caminho que as levará até a faculdade. Cada uma com suas preferências, elas encontram na escola um ambiente que valoriza e
incentiva o esporte, as artes e a investigação científica. Moradora de Arroio do Meio, Luana frequenta as aulas na unidade do CEAT em Roca Sales. Às sextas-feiras, ela participa das aulas de vôlei, onde fortalece os laços com as amigas e desenvolve suas habilidades no esporte. O teatro também faz parte de sua rotina. “Sempre que vou me apresentar, fico com frio na barriga. Acho um ótimo desafio”.
Laura aproveita as aulas de coral para aprender variações de canções que repete em família. A música a alegra, e uma de suas favoritas é “Deus, eu tenho tantas bênçãos”, de Isadora Pompeo, que sempre rende aplausos dos familiares. A educação é uma oportunidade de explorar habilidades variadas, um aprendizado que prepara para os desafios e facilita o caminho que terão pela frente. Com o apoio dos pais, Luana e Laura estão construindo, desde já, um futuro cheio de possibilidades.
Paulo Germano Koste: do internato no Ceat à empresa de transportes
UMAS & OUTRAS
CARLOS MARTINI Administrador
Áreas de taxação permanente
Já observaram que na maioria dos loteamentos além da obrigatória e razoável área de reserva institucional, também existem as classificadas como áreas de preservação permanente (APPs).
Por razões da legislação ambiental essas não podem ser ocupadas e não tem valor econômico nenhum, mas o IPTU continua a ser cobrado.
Acho um critério meio sem pé nem cabeça, feito as tais reservas florestais de 20%, 40% e até 80% em áreas rurais, onde o INCRA segue sendo cobrado e a responsabilidade continua sendo do proprietário.
Tipo assim um sujeito comprar um apartamento de três quartos na cidade, mas só poder usufruir de dois deles e o terceiro ter que ficar fechado à sete chaves, mes-
Troco versões de tempos idos e narrativas modernizadas por vivências reais e pouco divulgadas. ANÚNCIOS DESCLASSIFICADOS
Pelo jeito descobriram meio atrasado que quase 30% das tarifas cobradas em entradas pedagiadas são pra cobrir impostos e taxas. Apesar dos governos não colocarem mais nem um pila na manutenção e nas melhorias
dessas concessões, a ¨sagrada¨ arrecadação continua de forma direta e indireta. E a parcela de ¨leão¨ nessa partilha não fica a nível estadual, muito menos com os municípios. O buraco no caso pelo jeito é mais encima.
BREVE AQUI
Mais dia, menos dia, vamos ter por aqui o chamado Livre Mercado de Energia. Novidade alvissareira, que vai alavancar a sempre saudável Livre Concorrência. Pelo menos na distribuição e abastecimento finais desse insumo fundamental e absolutamente estratégico.
Junto com centrais geradoras e redes próprias de transmissões ¨de alta¨ tensão melhor ainda. Sem demérito de nenhuma outra operadora de maior envergadura e também necessárias, torço para as cooperativas crescerem nessa parada.
NA PONTA DO LÁPIS
A arrecadação com o IPVA no Rio Grande do Sul é de 5,6 bilhões de reais por ano, dos quais 50% fica com o estado e 50% são repassados às prefeituras.
De acordo com o meu chutômetro de precisão, nas rodovias estaduais e federais pedagiadas
por aqui estão sendo feitos ou projetados cerca de 13 bilhões de reais em investimentos.
É preciso lembrar que há muitas estradas e ruas não pedagiadas, que também consomem impostos pra suas manutenções e melhorias.
mo pagando o IPTU. E se virar um ninho de baratas, cobras e lagartos capaz de levar uma multa no lombo.
Já pensaram se num edifício ou residência urbana a proporção entre área ocupada/construída e área de preservação fosse a mesma? O berreiro ia ser grande...mas pelo menos seria coerente. Quando não é no nosso que a coisa arde, é fácil falar e cobrar.
ENSINO À DISTÂNCIA
Sem dúvidas é uma baita mão na roda pra determinadas cadeiras e cursos específicos. A tecnologia está aí prá facilitar o acesso e à transmissão do conhecimento e é claro que os mais entendidos no ensino sabem muito bem como dosar com equilíbrio esses recursos.
O meu Cumpádi Belarmino já tá pensando em como fazer uns EADs pra jogo de bochas, doma de cavalos e até saltos de paraquedas. Mas ele é meio aloprado das ventas, tem que dar um desconto. Na prática a teoria pode ser meio diferente.
SAIDEIRA
Neto pro nôno:
- Vô, a nona pediu pra cortar a grama...
- Non!
- E capinar a horta...
- Non!
- E dar um banho no cachorro...
- Non!
- E lavar o carro...
- Non e non! Sou um cara decidido!
- Como assim?
- Quando decido não fazer nada, não há o que faça parar!
ARTIGO
MARCOS FRANK
Médico Neurocirurgião
A justiça dos homens
A justiça não é apenas cega; sua balança esta desregulada e a espada sem fio.” Millôr Fernandes
Hybris na mitologia grega é a deusa que personifica a insolência, a violência, o orgulho imprudente e a arrogância.
Ela se caracteriza pelas suas atitudes que passam do limite, aludindo a uma confiança excessiva, um orgulho exagerado, presunção, arrogância ou insolência, que com frequência termina sendo punida.
Na Antiga Grécia, ela se referia a um desprezo temerário pelo espaço pessoal alheio unido à falta de controle sobre os próprios impulsos, sendo um sentimento violento inspirado pelas paixões exageradas, consideradas doenças pelo seu caráter irracional e desequilibrado.
Como a mitologia romana copiou a grega, a versão latina de Hybris se chama Petulantia, espírito da lascívia e orgulho imprudente.
A justiça humana, na visão dos gregos, é conduzida pelos sentimentos e por isso mesmo é parcial e imperfeita”
Essa é a origem histórica da palavra petulante, que vem do latim petulans, ou petulantis, que significa agressivo. Em latim, o adjetivo petulans indica alguém que é provocante, agressivo ou sempre preparado para atacar. O final da história remete novamente aos gregos que consideravam a justiça dos deuses perfeita já que concebida por meio da razão. Já a justiça humana, na visão dos gregos, é conduzida pelos sentimentos e por isso mesmo é parcial e imperfeita. Por isso faz parte do nosso destino trágico ter uma justiça injusta.
COMÉRCIO E MÃO DE OBRA
Sindicato abre campanha salarial e debate jornada de trabalho
Encontro com representantes do comércio e do varejo debate conjuntura econômica, falta de mão de obra e condições de trabalho
OSindicato dos Comerciários de Lajeado (Sindicomerciários) apresenta detalhes sobre a campanha salarial e a adesão ao movimento para estabelecer a jornada de trabalho 5x2. Durante o “Café com Informação”, na manhã dessa quinta-feira, 13 de março, a entidade reuniu dirigentes, trabalhadores e convidados.
Entre os assuntos discutidos, técnicos do Departamento Intersindical de Economia e Estudos
Socioeconômicos (Dieese) abordaram as perspectivas econômicas, custos da cesta básica e a renda média dos trabalhadores. A reunião, diz o presidente do Sindicomerciários, Marco Daniel
Rochemback, é um preparativo para a etapa estadual, marcada para 21 de março. “Apresentamos o início da campanha salarial do ano. Em termos locais, aderimos ao movimento para redução da
jornada de trabalho.”
O dirigente palestrou sobre a escassez de mão de obra no comércio regional, principalmente em Lajeado. “Há diversos fatores. O setor empresarial fala do exces-
so de auxílios governamentais. Esse pode ser um motivo. Mas há outros, temos de falar do nosso transporte urbano, dos salários oferecidos que são poucos atrativos. Tanto que estamos perdendo comerciantes para outros setores, em especial à indústria.”
Para ele, essa falta de trabalhadores é um desafio que exige atenção e soluções conjuntas entre empresas, sindicatos e poder público.
Fim da escala 6x1
No segundo momento do evento, o presidente da Federação dos Empregados no Comércio do RS (Fecosul) e da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Guiomar Vidor, lançou o programa para reduzir a escala dos funcionários do setor.
“Está comprovado por estudos que a jornada excessiva interfere na produtividade, na saúde e na qualificação dos trabalhadores”, realça o sindicalista. De acordo com ele, as representações dos empregados no RS adere ao projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional, para estabelecer jornada de 40h semanais, com cinco dias trabalhados para dois de folga. “Acreditamos que esse é um avanço necessário, como foi anos atrás com a redução de 48 horas para 44 horas. Essa é uma demanda dos trabalhadores de todo o país”, realça Vidor.
VALE DO TAQUARI
Café com Informação abordou condições financeiras dos trabalhadores, escassez de mão de obra no comércio local e adesão do Sindicomerciários ao movimento nacional pelo fim da escala 6x1
365vezesnovaledotaquari@gmail.com
Como está a Cascata da Antiga Usina pós-enchente 365 VEZES NO VALE
A trilha até a famosa Cascata da Antiga Usina de Putinga talvez tenha sido uma das mais modificadas pós-enchente histórica de maio no Vale do Taquari. Estive com um amigo no local essa semana e me surpreendi com o que vi. O destino tem esse nome devido à antiga usina que foi transformada em parque após uma reforma completa inaugurada em 2020. Infelizmente parte da estrutura como a casa de máquinas foi invadida pela água e ainda segue bastante deteriorada.
A trilha até a cascata inicia próximo ao chimarródromo do parque – outro ponto que foi tomado por pedras que estão lá até hoje. O caminho pela mata não existe mais. Pela força da correnteza em maio de 2024, o riacho tomou conta do ambiente e se expandiu. Optamos por seguir o curso da água. Um verdadeiro aquatrekking com cerca de três quilômetros de distância ida e volta. Tirando alguns pontos em que enormes árvores caídas obstruem
o caminho e um trecho passando sobre as rochas, o percurso é todo pelo manancial.
A Cascata da Antiga Usina se caracteriza pelo charme natural. A queda de água de 50 metros cai sob enorme paredões e forma um pequeno poço aos seus pés. A piscina natural já era mais rasa no passado, mas até isso mudou. Portanto, se for se banhar tenha cuidado.
O destino natural também pode ser visto por um mirante que passava pela antiga e gigantesca tubulação. Infelizmente esse caminho está ocupado pela mata atualmente.
Vale ressaltar que essa aventura é indicada apenas para pessoas que já tenham certa experiência em trilhas. O acesso é gratuito, mas com a obrigação de jamais deixar o lixo na natureza.
Cascata de 50 metros está localizada em meio à paredões. Trilha começa no Parque da Usina de Putinga
pela mata foi substituída por um verdadeiro “aquatrekking”. Recomendado só para aventureiros
St. Patrick’s no Boulevard Encantado Lagoa interditada
O Boulevard Encantado celebra o St.Patrick’s Day (Dia de São Patrício) neste sábado. A programação inicia a partir das 16h com o Dj Edson Ferreira. Segue com o melhor do rock com as bandas Classic Masters (19h) e Gramophônica (21h). Além da programação musical, o evento terá cerveja verde, drinks variados e boa gastronomia. Haverá a visita do leprechaun e pintura facial às crianças. Mais informações no @ boulevardencantado no Instagram.
Recebemos a informação que o acesso até as trilhas que circundam a Lagoa do Tico Tico, em Westfália, foram interditados. Agora só é possível contemplar o destino pela estrada da comu-
nidade de Paisandu. O motivo da interdição: bagunça e lixo deixado por visitantes. Mais um destino natural que os amantes do ecoturismo perdem em função dos porcalhões.
Trilha
Patrocínio
Lente Social
Primeira fachada temática do Sul
A parceria entre o Imec Supermercados e a Florestal Alimentos resultou na primeira fachada temática do varejo alimentar do Sul do Brasil. A loja do bairro Florestal, em Lajeado, recebeu a nova identidade visual na noite de quinta-feira, 13, aproveitando o período da Páscoa para reforçar a interação com os clientes. O presidente do Grupo Imec, Fabiano Pivotto, destaca que a colaboração com a indústria traz inovação ao varejo gaúcho, promovendo novidades e renovando o ambiente visual da loja. Já o CEO da Florestal, Maurício Weiand, ressalta que a iniciativa busca proporcionar uma experiência única de compra, valorizando a tradição e a força do Vale do Taquari.
Encontro à mulher
A Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), em parceria com o Fórum da Mulher Empresária, realizou na quarta-feira, 12, um evento especial em
celebração ao mês da mulher.
A reunião-almoço contou com a palestra “Mudança: oportunidade de fazer ainda melhor”, ministrada por Daiane Fontana, diretora
da Di Hellen Cosméticos. Durante o encontro, Daiane compartilhou sua trajetória de vida e experiência à frente dos negócios da família, que já soma 32 anos de história.
Happy Hour para elas
Em comemoração ao mês da mulher, o Sincovat em parceria com o Sescon, promoveu o Happy Hour Dia da Mulher. O evento ocorreu na sede da entidade, no dia 11, e recebeu as mulheres para um fim de tarde com reencontros, coquetel, sorteio de brindes e palestras.
As convidadas foram Francie-
li Dalton Malan, que abordou o tema “As multifunções da mulher nos dias atuais e como gerenciar”. O momento também contou com a presença de Fernanda Cicconi da Motta, que falou sobre a Saúde Integrativa da mulher, equilibrando corpo e mente por meio de hábitos saudáveis.
BNI 386 marca presença no Vale do Taquari
Na manhã de sexta-feira, 14, ocorreu no Centro de Convenções do Tri Hotel, em Lajeado, o lançamento do BNI 386 Lajeado, uma organização de networking e negócios. O BNI é uma rede mundial, já consolidada em diversas cidades do Rio Grande do Sul, e agora chega ao Vale do Taquari com seu primeiro grupo na região. O evento, aberto ao público, serviu para fortalecer a troca de experiências e conexões entre os participantes.
Lisi Costa Leila Franz Bibiana Faleiro
Fabiano Pivotto e Maurício Weiand
Daniele Buzatta, Letícia Linke Mattes, Fernanda Cicconi da Motta, Franciele Daldon Malan, Hedi Lied Gehl e Gisele Hofstetter
Juliana Raguzzoni, Daiane Fontana, Aline Giovanella e Joni Zagonel
Patrícia Oliveira e Cláudia Schmitz
Cassiane Schwarzer, Patrícia Wenzel, Claudia Schmitz e Beatriz Vieira
TÊNIS
CIRCUITO GAÚCHO RECEBE 250 TENISTAS EM LAJEADO
Principal competição infantojuvenil do estado ocorre nas quadras do Clube Tiro e Caça até domingo
Caetano Pretto
caetano@grupoahora.net.br
OClube Tiro e Caça recebe neste fim de semana a primeira etapa do Circuito de Tênis Gaúcho, principal circuito infantojuvenil do Rio Grande do Sul que já inicia com um grande número de inscrições. São mais de 250 tenistas e projeção de um grande evento.
A competição iniciou na sextafeira e segue até o domingo nas sete quadras do CTC. Diferente
do ano passado, quando recebeu a sétima etapa, desta vez Lajeado será a etapa de entrada do circuito. Diretor de tênis do Clube Tiro e
Caça, Samuel Maria enfatiza a importância do torneio para o CTC. “A etapa de Lajeado já é tradicional e firma a cidade no calen-
Competição ocorre no CTC durante todo o fim de semana
dário de eventos de tênis no RS. Reforçamos a manutenção das sete quadras para que tudo esteja em perfeitas condições”, diz.
O diretor lembra ainda a participação dos atletas da casa, que inclusive são cotados a títulos. “A participação de crianças tem aumentado nas escolinhas do clube e teremos uma boa equipe presente. Temos representantes nas categorias 10 anos feminina e 12 anos masculina que já conseguiram pódio no ano passado e a expectativa é muito boa para este ano”, destaca.
O acesso para acompanhar os jogos é gratuito. Aos não sócios, a entrada ocorre na portaria secundária, localizada na Rua 26 de Janeiro. “O CTC estará aberto para que a comunidade possa assistir aos jogos, que também ocorrerão na Soges em Estrela.”
O Circuito de Tênis Gaúcho é realizado pela Associação Leopoldense de Esporte e Cultura (ALEC), com supervisão da Federação Gaúcha de Tênis. É apresentado por Stihl e Banrisul e conta também com o patrocínio de Superlegal Brinquedos, Higra, Tramonto, Nat Alimentos, Agrogen, Rivatti, através da Lei Federal de Incentivo ao Esporte do Ministério do Esporte do Governo Federal. Além disso, o CTG tem o apoio de Água da Pedra da Bebidas Fruki e dos clubes sedes.
CLEON MEDEIROS
GRE-NAL 446 DEFINE O TÍTULO GAÚCHO
Vantagem obtida na ida deixa o Inter próximo da taça. Grêmio se apega na imortalidade em busca de virada histórica. Decisão ocorre neste domingo, no Beira-Rio, com cobertura especial do Grupo A Hora
Caetano Pretto caetano@jornalahora.inf.br
Ogrande campeão do Campeonato Gaúcho será conhecido neste domingo, às 16h, no Beira-Rio. O GreNal 446 define se o Internacional volta a ser campeão após nove anos ou se o Grêmio conquistará o sonhado octacampeonato consecutivo. A vantagem é ampla do Colorado, que venceu a ida por 2 a 0 e pode até perder por um gol de diferença para levantar a taça. O Tricolor recorre à famosa imortalidade em busca de uma virada histórica. O Rádio A Hora prepara cobertura especial para o confronto. Esta é a 16ª vez que os rivais definem quem será o campeão estadual em um duelo particular. O Grêmio tem vantagem mínima, de
oito títulos contra sete do Inter. Na última vez que se enfrentaram, em 2021, o título foi do Grêmio. O Inter conquistou a taça sobre o rival pela última vez em 2015. A boa notícia para o Colorado, que obviamente se torna ruim para o Tricolor, é que nenhum dos dois reverteu uma derrota por dois gols de diferença em uma ida de decisão.
O jogo é importante em especial para os técnicos. Desacreditado após insucessos em equipes de expressão, Roger Machado realiza no Inter um grande trabalho e o título gaúcho pode representar uma guinada na carreira, referendando o técnico como grande nome do projeto atual.
Do outro lado, Gustavo Quinteros não esteve na casamata na partida de ida e, mesmo com pouco tempo em Porto Alegre, já começa a ver seu trabalho questionado. Por mais que o título
Histórico Gre-Nal
445 jogos
165 vitórias do Inter
141 vitórias do Grêmio
139 empates
606 gols do Inter
575 gols do Grêmio
exija uma virada histórica, uma boa partida do Grêmio, mesmo que não venha com a taça, pode significar mais tranquilidade ao treinador.
INTER DEVE
REPETIR TIME
Dentro de campo, Roger Machado teve a semana inteira para descansar e treinar. Por mais que o técnico tenha Rochet, Wesley e
Gre-Nal no Beira-Rio
129 jogos
53 vitórias do Inter
43 empates
33 vitórias do Grêmio
130 gols do Inter
108 gols do Grêmio
Borré à disposição, deve manter a mesma escalação que atuou bem e venceu na Arena.
O provável time do Inter tem: Anthoni; Aguirre, Vitão, Victor Gabriel e Bernabei; Fernando e Bruno Henrique; Vitinho, Alan Patrick e Carbonero; Valencia.
Ao seu lado, o Inter tem a vantagem da vitória, além de um Beira-Rio que deve estar pulsando no domingo. O clube não conquista o título gaúcho desde 2016, e de lá para cá, poucas vezes chegou na
TRANSMISSÃO
O Grupo A Hora prepara cobertura especial com o Concentração iniciando às 14h direto de Porto Alegre na 102.9 e também no youtube A Hora GreNal. A Jornada Esportiva abre às 15h30min e após o jogo, toda a repercussão, entrevistas e festa do título segue no Prorrogação.
partida de volta com a vantagem atual.
GRÊMIO PODE
TER SURPRESAS
Do outro lado, o técnico Gustavo Quinteros tem problemas para escalar o Grêmio e ainda precisa lidar com o desgaste de uma viagem e partida tumultuada no meio de semana contra o Athletic, pela Copa do Brasil. Braithwaite deixou o confronto ainda no primeiro tempo e é dúvida. Cuéllar voltou a treinar e pode ser novidade no meio-campo. Outra possibilidade, mais remota, é Quinteros promover alteração
FOTOS: DIVULGAÇÃO/LUCAS UEBEL/RICARDO DUARTE
Roger Machado pode conquistar o segundo título gaúcho como técnico. Em 2022, foi campeão com o Grêmio. Mesmo que título esteja distante, reação do Grêmio ou boa atuação pode significar mais tranquilidade ao Quinteros
tática na equipe pensando em surpreender o rival.
O provável time titular tem: Tiago Volpi; João Pedro, Jemerson, Wagner Leonardo e Lucas Esteves; Villasanti e Camilo; Cristian Oliveira, Monsalve e Amuzu; Arezo.
ARBITRAGEM
Centro de debates e polêmicas durante a competição, a arbitragem foi anunciada nessa sextafeira. Marcelo de Lima Henrique, árbitro do quadro especial da CBF e que está filiado à federação cearense, apita o Gre-Nal 446. A Federação Gaúcha de Futebol , como já havia antecipado, optou por escalar profissionais de fora do RS para os clássicos das finais do Estadual.
Este será o quarto Gre-Nal de Marcelo de Lima Henrique, de 53 anos. Ele apitou o clássico vencido por 2 a 1 pelo Grêmio, pelo Brasileirão de 2011. Em 2013, esteve no apito do empate em 2 a 2 pelo Brasileirão. Seu último clássico foi em 2021, com vitória do Inter por 1 a 0.
Seus auxiliares serão Bruno Rafael Pires (Fifa-GO) e Nailton Júnior de Souza Oliveira (FifaCE). O VAR será comandado por Rodolpho Toski Marques (Fifa-PR).
PÚBLICO
Todos os ingressos para a partida foram vendidos e a expectativa é de que o Beira-Rio receba mais de 50 mil torcedores em um dos maiores públicos desde a remodelação do estádio.
OPINIÃO DA EQUIPE ESPORTIVA
O título está decidido ou o Grêmio ainda consegue reverter a vantagem colorada?
“Por óbvio o título está muito bem encaminhado para o Colorado que conseguiu uma ótima vantagem jogando na casa do rival, mas quando se trata de Gre-Nal tudo se espera. O momento do Tricolor não é bom, mas é justamente aí que já observamos na história do clássico grandes reviravoltas. A expectativa é de um jogo bem complicado, com poucos espaços em campo e até mesmo quem sabe a técnica fique em segundo plano. O octa tricolor está mais distante, mas o sonho continua até o apito final.”
Daniel Félix, narrador
“Me permito ser taxativo: o título gaúcho de 2025 está decidido a favor do Internacional. O Colorado provou no sábado passado que está em um estágio à frente do tradicional rival. Muitos podem dizer que “é futebol e tudo pode acontecer”. Mas apenas algo muito extraordinário muda o curso das coisas em relação a final do Gauchão. Além da superioridade do Inter, o Grêmio não apresenta desempenho que dê qualquer margem a uma remontada, sem contar o desgaste de ter entrado em campo no meio da semana. Espero mais uma vitória colorada, para chancelar o título na frente do seu torcedor.”
Jhon Willian Tedeschi, repórter
“Só não dá para cravar que o Inter é campeão pois o futebol é um esporte que permite reviravoltas como a que o Grêmio busca. Mas mesmo assim, o título está muito bem encaminhado. Não só pela vantagem de ter vencido a ida, mas pelo que os dois times apresentaram nos dois clássicos e, mais ainda, pelas dificuldades do Grêmio em outras partidas importantes. A semana também foi melhor ao Inter, que ficou em Porto Alegre e viu o Tricolor se complicar na Copa do Brasil, trazendo mais desconfianças e desgaste na bagagem. Todos os prognósticos apontam para um título na prateleira do Beira-Rio após nove anos.”
Caetano Pretto, Comentarista
CRUZADAS
ÁRIES: Você poderá ganhar mais, a semana terminará com boas notícias financeiras e oportunidades que darão uma virada na sorte. 21/03 a 19/04
TOURO: Curta as coisas boas da vida, brilhe, conquiste amizades e fortaleça sua identidade. Autoconfiança e criatividade não faltarão.
GÊMEOS: Máscaras sociais poderão cair, com Vênus retrógrado. Separe o joio do trigo nas amizades.
CÂNCER: Aproveite para esclarecer dúvidas e brilhar nas reuniões de trabalho com ideias originais e inovadoras.
LEÃO: Planejamento financeiro e acerto das contas com a família ou o par. Defina investimentos futuros.
VIRGEM: Caminhos do coração e projeto de vida ficarão iluminados. Jogue a autoestima para cima e faça novas escolhas.
Autoconhecimento e sintonia com sua força interior. Lua cheia que trará revelações e mais clareza sobre os sonhos e ambições.
ESCORPIÃO: Cultive o amor próprio, o que incluirá cuidar da imagem, da saúde e do seu equilíbrio. Invista no seu futuro!
SAGITÁRIO: Encare assuntos delicados com diálogo franco e acolha fragilidades do par ou dos filhos.
CAPRICÓRNIO: Você poderá fazer bom negócio hoje. Ligue o radar nas oportunidades e fique por dentro de novas tendências.
AQUÁRIO: Aproveite para transformar velhos padrões e dar mais leveza à vida. Troque confidências com o par e defina prioridades do orçamento.
PEIXES: Embarque num clima romântico e crie planos a dois. . Impulsione um novo projeto. Poder de conquista em alta!
DOMINGO COM ESTREIAS EM ESTRELA E LAJEADO
Principais cidades do Vale do Taquari promovem os jogos de abertura da temporada 2025
Zique Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br
Ofim de semana que decide o Campeão Gaúcho de 2025 será marcado por estreias no Vale do Taquari. Lajeado e Estrela, principais cidades da região, promovem a primeira rodada dos municipais.
Em Lajeado a competição é dividida nas categorias titular, aspi-
rante e veterano. Neste ano, a Liga Lajeadense de Futebol Amador homenageia Paulinho Vetorello. Os times masculinos confirmados são São José, Guarani, Internacional, Projeto Guarani, AE Montanha, Brasil e Flamengo.
Já no feminino, a disputa será no formato de futsal, com as equipes: Xavantes, Kipoder, Sem Salto, Problemáticas, Águias da Bola, Nacional e Amusa.
ESTRELA
A competição neste ano homenageia Virlei Ribeiro, o “Flecha Negra”. A competição terá oito times que foram divididos em dois grupos que se enfrentam entre eles. Os dois primeiros colocados avançam para Série Ouro e os demais jogam a Prata. A primeira rodada terá Delfinense x Atlético
Estrelense, às 14h, e União x São Luís, às 16h. Os jogos ocorrem na sede do União, atual campeão. Já o complemento da primeira rodada será em Alto da Bronze com Brasil x Arroio do Ouro e Alto da Bronze x Aimoré.
DEFINIÇÕES
O domingo será de definições em três campeonatos. O municipal de Nova Bréscia promove a última rodada da fase classificatória, quatro times brigam pelas duas vagas restantes para semifinal.
A Copa Serrana promove os últimos duelos da Chave A, enquanto que as partidas derradeiras da B ocorrem em 29 de março.
O Municipal de Arroio do Meio terá jogos válidos pela penúltima rodada. Esperança e Cruzeiro
Fim de semana terá 57 jogos. Eles são válidos por 14 competições esportivas
necessitam vencer para seguir na briga por uma vaga na semifinal, qualquer tropeço pode custar a classificação na categoria titular.
TRANSMISSÃO
Em virtude da transmissão da final do Gauchão, o Grupo A Hora transmite no sábado o confronto entre Serrano e União Barrense pelo municipal de Encantado. A partida será disputada em Linha Argola, casa do Guarani. O Concentração inicia às 15h. Já a Jornada Esportiva abre às 15h40min. A transmissão pode ser conferida na página do A Hora Esportes no Youtube e no dial 102.9 FM.
DIVULGAÇÃO
ERS-130 era inaugurada em Lajeado
Autoridades da época inauguravam a então chamada Rodovia RS-11, no trecho de Muçum a Cruzeiro do Sul (hoje, chamada de ERS-130). O ato teve a presença do Secretário dos Transportes do RS, o Coronel Paulo Nunes Leal, e ocorreu nas proximidades do trevo de Lajeado. Na época, eram 48 quilômetros de pavimentação. Em Encantado, também foi inaugurado um acesso à cidade. Pelo meio dia, foi servido um churrasco em Encantado para
comemorar o fim da obra. Restava ainda, no entanto, o trecho até Venâncio Aires.
Pastor Leonhardt eleito presidente do Distrito
O Concílio do Distrito Eclesiástico do Vale do Taquari da IECLB se reunia em Canabarro, Teutônia. Ao todo, o distrito compreendia um total de 12 paróquias: Marques de Souza, Conventos, Sampaio, Lajeado, Arroio do Meio, Arroio da Seca (atual Imigrante), Corvo (atual Colinas), Teutônia, Canabarro, Estrela, Paverama e Taquari.
O momento foi presidido pelo pastor
Hartmut Schiemann de Estrela, então presidente do distrito. A temática do Concílio foi “Discípulos de Hoje” e, na ocasião, foi aprovada a criação da Caixa Central Distrital, no intuito de eliminar as disparidades de recursos financeiros entre as paróquias. A Caixa passaria a vigorar a partir de 1976 e o pastor Walter Schaefer, de Paverama, seria o responsável pela
elaboração do regimento interno e de um orçamento para a organização. Além disso, durante o Concílio foi anunciado que o pastor Schiemann seria transferido para o Rio de Janeiro e, em seu lugar, o pastor Guido Leonhardt, de Arroio do Meio, foi eleito para ocupar o cargo de presidente do distrito. Como vice, foi escolhido o pastor Stumm, de Marques de Souza.
As obras de abertura da Avenida Alberto Müller, de Lajeado, avançavam na divisa entre os bairros Alto do Parque, Universitário e Carneiros. As máquinas trabalhavam no local desde metade de fevereiro e já tinha sido aberto o trecho entre a Avenida Talini e a rua Sabiá. Faltava apenas a parte entre a rua Pedro Osvaldo Dahlen e a Av. Talini. Hoje, esse trecho da Av. Alber-
Enquanto isso…
to Müller concentra o complexo esportivo da Univates e o prédio 16 da instituição. O objetivo, na época, era desafogar o fluxo de veículos da Avenida Senador Alberto Pasqualini que, em 2005, era o único acesso à universidade. Com a extensão da Alberto Müller, os motoristas poderiam chegar à Univates pela BR-386, seguindo pelo Alto do Parque.
Vaticano criticava “O Código Da Vinci” - O Vaticano iniciava uma campanha contra o livro best-seller “O Código Da Vinci”, de Dan Brown. O cardeal Tarcisio Bertoni, cotado para assumir o papado após a morte de João Paulo II, classificou o livro como um “castelo de mentiras” e que os fieis não deveriam ler a obra.
por Raica Franz Weiss
HENRIQUE PEDERSINI
Jornalista
Duas intensas semanas na ERS-130
São várias obras ao mesmo tempo. É içamento/ colocação de vigas, preenchimento de aterro, desmontagem de estrutura e assim por diante. Tudo para cumprir o segundo prazo divulgado pelo estado para entrega da ponte na ERS-130, entre Lajeado e Arroio do Meio: 29 de março. O diretor-presidente da EGR, Luiz Fernando Vanacor, virou um “morador do Vale” nas últimas semanas. Se o mesmo empenho tivesse sido aplicado desde o início, nesta altura a estrutura estaria entregue. Na sexta-feira, 21, será possível caminhar sobre a laje e acessar a metade da tão sonhada ligação. É a promessa. Das 24 vigas, 12 estão posicionadas e o ritmo é
mais acelerado em comparação ao início. Muito pelo desespero em cumprir o contrato. Postos os fatos, vem aí um momento bem mais animador a partir da possibilidade de veícu-
los transitarem pela ERS-130. E claro, poucos dias depois devem ocorrer a retomada do funcionamento da praça de pedágio em Encantado. Eu apostaria que em pouquíssimo tempo.
De olho no Consisa-VT O PP vai tentar de novo?
A recente operação e investigação da Polícia Federal interferiu no conceito do Consórcio Intermunicipal de Serviços (Consisa-VT). Por mais que tenha sido num passado recente e as pessoas sob mira da justiça não são as mesmas, a desconfiança é inevitável. Eleito há algumas semanas para presidência do Consisa, Thiago Michelon determinou a saída de Nilton Rolante do cargo de diretor-executivo do consórcio após 12 anos de atividade. Era previsível! Rolante saiu do MDB e ingressou no PSDB. Concorreu ao cargo de prefeito em Doutor Ricardo. Perdeu, mas promoveu um embate acirrado com Álvaro Giacobbo (MDB) e um dos prefeitos líderes da parte alta. O discurso oficial para troca pode até ser oxigenação, mas o bastidor político é determinante.
Cabe um cuidado especial com a ferramenta usada nas compras coletivas e contratos para prestação de serviço, em especial, na saúde das cidades do Vale. É preciso garantir e evidenciar que o Consisa continua sério, íntegro e alheio a outros interesses.
ARTIGO
JARBAS TOMASCHEWSKI
Coordenador Editorial e de Projetos do Jornal A Hora do Sul
Os 12 anos da decisão monocrática que tirou milhões de Lajeado
Em 15 de março de 2013 a publicação da Lei 12.734 era celebrada por prefeitos e prefeitas do Brasil. A norma mudava a distribuição dos royalties do petróleo entre os municípios, tornando-a mais equilibrada no cenário federativo. Um reforço e tanto às finanças públicas se desenhava. A alegria, porém, durou quase nada. Em decisão isolada (monocrática) três dias depois, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), invalidou a nova lei aprovada pelo Congresso. Posicionamento que barrou R$ 89 bilhões de investimentos abrangentes no país até 2023, em saúde, educação, segurança, infraestrutura e outras áreas estratégicas.
A Lei dos Royalties foi uma reação à desigualdade financeira entre os entes. Reduzia a participação da União na divisão dos lucros e ampliava a de estados e municípios não produtores, partindo do princípio de que o petróleo é do Brasil e não de uma minoria. O Governo Federal deixava de receber 30% do total dos royalties para ficar com 20%. O percentual dos estados produtores caía de 26,25% para 20%, enquanto o dos municípios confrontantes de 26,25% para 15%. Já estados e municípios não produtores subiam suas participações de 7% e 1,75%, respectivamente, para 21%.
A liminar concedida pela ministra Carmem Lúcia atendeu a Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adins) apresentadas por aqueles que não abriram mão da maior fatia do bolo. Com o STF em silêncio há mais de uma década, a distribuição da compensação financeira paga por empresas pelo uso de recursos não renováveis segue até hoje uma relação injusta.
E uma cadeiras da câmara de Lajeado é o alvo. Com a ida de Alex Schmitt e Fabiano Bergmann – Medonho para o secretariado municipal, Lisandra Quinott e Heitor Hoppe assumiram vagas no Legislativo. Não era bem o que a direção do PP queria. O plano incluía uma das cadeiras ser de Mozart Lopes, ex-líder de governo. O empecilho foi que Hoppe e Quinot “bateram o pé” pelos cargos.
No PP, Ana da Apama abriu críticas para a prefeita Gláucia Schumacher no plenário. Hoppe tem cobrado o governo no contrato sobre a coleta de lixo. Lorival assumiu a missão de representar o governo, mas quando entende ser necessário, critica também.
Nesta semana, Lajeado nomeou para um cargo no governo Daiane Bauer. Na eleição ela somou mais votos (757) que Mozart (736). A previsão é que ocorram novas tentativas de abrir espaço para Lopes entrar na casa e fortalecer a base. Ele ficou decepcionado após não ser lembrado entre os secretários municipais.
A Confederação Nacional de Municípios (CNM) é o Robin Hodd dessa história e luta para que os ministros agendem o debate do tema. Ano após ano a entidade bate à porta do Supremo e cobra o fim da espera, que estranhamente segue engavetado e impede o ingresso de novas receitas à maioria das unidades da federação. A tentativa mais recente aconteceu no último dia 26, quando a CNM participou de audiência no gabinete do presidente do STF, ministro Luís Eduardo Barroso, e voltou a pedir a definição de um cronograma pelo Núcleo de Solução Consensual de Conflitos (Nusol) da Corte.
O fato é que, 12 anos depois, a realidade da maioria dos municípios seria outra se a Lei 12.734 estivesse em vigor. É óbvio que quem tem a “galinha dos ovos de ouro” no seu quintal não deseja compartilhá-la, tampouco tem interesse em discutir compensações. Por outro lado, há a necessidade de se refletir a busca pelo equilíbrio do rateio dos lucros, como fizeram à época os congressistas, apesar dos vetos parciais da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que também não aceitou uma partilha mais igualitária e a redistribuição dos contratos já em vigor - e pagou com a derrubada de seus vetos na sequência.
Para se ter uma ideia do quanto isso representa, levantamento da Confederação em 2013 indicou ganhos ao Rio Grande do Sul na ordem de R$ 505,8 milhões - seriam R$ 123,1 milhões para o Estado e R$ 382,7 milhões aos municípios. Enquanto em 2011, antes da mudança, os gaúchos receberam R$ 123,7 milhões de royalties. Apenas Lajeado teria mais de R$ 1,1 milhão com a alteração. Até hoje, portanto, valores acima de R$ 11 milhões deixaram de ingressar nos cofres do município. Tudo porque o voto de uma única ministra do STF sepultou, 12 anos atrás, a decisão de um Parlamento inteiro.
Se na campanha nacionalista da década de 1940 o Brasil gritava “O petróleo é nosso” nas discussões de um modelo exploratório ainda incipiente, hoje o melhor slogan para definir o cenário da partilha é “O petróleo é de poucos”. Os poucos que ganhou muito e os muitos que ganham pouco.