A Hora - 17/08/2023

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ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR

OPINIÃO | FILIPE FALEIRO

Sensação incômoda e danosa

Estudos mostram que o Brasil está entre as nações mais estressadas e ansiosas do mundo.

VIVER CIDADES

OPINIÃO | RODRIGO MARTINI

Protagonismo no Piratini

Mariela Portz aceitou convite e vai de mala e cuia para compor equipe do governo Leite.

Por um Vale mais sustentável

Iniciativas unem a prática e a educação para auxiliar na preservação do ambiente

A região observa um salto na geração de energia solar nos últimos anos, como alternativa às fontes convencionais. Dos seis maiores municípios do Vale, Lajeado tem a maior potência instalada, seguido por Estrela e Teutônia. Em crescimento, Encantado se destaca. Na cidade do Cristo Protetor,

projetos sustentáveis também ganham forma. Mais do que resolver um problema atual, as iniciativas buscam criar consciência ambiental. Um exemplo é o Grupo de Escoteiros, que tem por base o respeito à natureza e a trajetória dedicada à formação de crianças e adolescentes. NESTA

CCR antecipa obra de acesso

EXPORTAÇÃO GAÚCHA

Prêmio estadual contempla duas marcas locais

Docile e Bebidas Chiamulera estão entre as 69 empresas destaque. Cerimônia ocorre hoje em Porto Alegre. A presença no exterior, as vendas e os resultados de 2022 estão entre os critérios avaliados.

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FOODTECH SUMMIT

Evento debate inovação no setor de alimentos

Programação em Lajeado reúne hoje empreendedores de todo o RS. Oficinas e palestras buscam aproximar empresas e especialistas para tratar sobre tendências e o futuro do segmento.

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LAJEADO

Pacto pela Paz é apresentado em Manaus

Passagem para o bairro Pinheiros, em Estrela, será feita em uma alça sobre a BR. Cronograma previa construção para o 13º ano da concessão

Será anunciada hoje a implementação de um viaduto para destravar um dos principais gargalos na área urbana de Estrela. Negociação para modificar calendário de serviços iniciou a partir dos transtornos causados pelo fechamento do retorno pelo bairro Imigrantes. Concessionária prevê entrega da nova estrutura em fevereiro de 2024. PÁGINA | 5

Primeira edição do Seminário sobre Segurança Inovadora expõe iniciativa. Prefeito Marcelo Caumo e secretário de Segurança Pública, Paulo Locatelli, palestram sobre estratégias do projeto.

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Quinta-feira, 17 agosto 2023 | Ano 20 - Nº 3389 | R$ 4,00 (dia útil) R$ 7,50 ( m de semana) grupoahora.net.br
51 99253.5508 51 3710.4200 FAÇA SUA ASSINATURA
JHON WILLIAN TEDESCHI

ABRE ASPAS

Inovação para produzir

Discutir o futuro do mercado de alimentos e bebidas. Esse é o propósito da primeira edição do Foodtech Summit, evento que ocorre hoje em Lajeado. A iniciativa por meio do Sebrae e do arranjo produtivo do setor busca aproximar empresas para fortalecer e desenvolver soluções inovadoras.

Muito mais que um novo conceito, o termo foodtech representa uma tendência de mercado com oportunidades para empresas de todos os portes e nichos de atuação. A partir da proposta, a intenção é discutir as novidades e as tendências de comportamento do consumidor.

PormeiodaAssociação

de Skatistas e Similares deLajeado,oskate tem cado cada vez mais em evidência na região.Vivianedos Santos Damaceno, 25, éumadasprofessoras queorientamosnovos praticantes.Paraela, oesportedálições à vida e funciona como ferramenta de transformaçãosocial

é

chettin, que estava criando a associação. De primeiro momento queria aprender, mas comecei a me envolver e ver que podia ajudar. Principalmente as crianças. Não sabendo andar 100%, mas segurando a mão delas, dando confiança, orientando. Pego mais a turma dos iniciantes, que não sabem andar e começam do zero. Conforme vão evoluindo, passam para professores mais experientes e que vão ajudar a desenvolver melhor. Na própria aula nós já vemos crianças que nunca subiram no skate e em questão de duas horas já fazem manobras até complexas.

Como estão as aulas?

Foodtechs e startups ganham importante espaço para compartilhar os exemplos de sucesso e conquistar parceiros. Abrir esse debate para a comunidade regional torna-se essencial diante do propósito de consolidação de um “Vale dos Alimentos.”

Os conteúdos que serão vistos podem e devem servir como uma ferramenta para tomada de decisão aos negócios que compõem a cadeia produtiva. Demanda que mobilizou grupo de empresários a criarem o Arranjo Produtivo Local (APL), oficializado em 2021.

Além disso, a programação atrai para Lajeado participantes de outras partes do país. Esse fluxo não apenas enriquece o município, mas também catalisa o turismo de eventos, assim, transforma a cidade em um núcleo de conhecimento e intercâmbio.

Filiado à

Fundado em 1º de julho de 2002 | Vale do Taquari - Lajeado - RS

Quando começou a andar de skate?

Comecei a andar com 17 anos, quando comprei o meu primeiro skate. Não tive apoio da minha família antes disso, então quando consegui, eu mesmo comprei. Saí andando e caindo bastante, mas nunca desisti.

Qual a melhor forma de iniciar?

Não é recomendado começar com aqueles skates “de brinquedo”, principalmente que se acham nas lojas infantis. Mas também não precisa ser aquele produto caríssimo. Tem que ser um skate que supra as necessidades da criança ou do praticante que está iniciando. As aulas também são super

recomendadas.

Como se tornou professora? Sempre tive o skate na veia, só demorei a começar a andar. Logo que comecei caí, quebrei o pé. Certo dia estava correndo no Parque dos Dick e encontrei o Samuel Zan-

Estamos trazendo cada vez mais alunos. Temos atletas do Vale do Taquari com projeção estadual e até nacional. Já quebrei o pé por não ter alguém me orientando. Não tinha um professor para segurar minha mão, dizer qual era a melhor maneira de andar ou fazer as manobras. É algo fundamental para a iniciação neste esporte. Hoje a grande diferença é ter isso. Tu aprende a andar, começa a gostar, quer aprender mais, e aí tu segue no skate.

As famílias ainda apresentam resistência?

As coisas estão mudando, o skate não é só andar sobre quatro rodinhas. Tu aprende a ter respeito, a ser resiliente, aprende a não desistir, pois tu tem um objetivo e vai até o final. É um paralelo bom a se traçar com a vida. O skate ensina muita coisa.

O que a associação representa para ti?

A gente faz com muito amor, é por isso que estamos tendo toda essa visibilidade. É com o coração, porque amamos mesmo o skate e vemos ele como ferramenta de transformação social.

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Editor-chefe da Central de Jornalismo: Felipe Neitzke

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Impressão Zero Hora Gráfica

Diretor Executivo: Adair Weiss

Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss

Diretor de Conteúdo Editorial: Rodrigo Martini

Sistema de vigilância é inaugurado no RS

O novo sistema de Vigilância

Aduaneira Inteligente (VAI) foi inaugurado na terça-feira, 15, em Uruguaiana, na fronteira do estado. A Receita Federal passa a scalizar por QR Code as cargas, sem necessidade de documento físico. O processo agiliza em 25% o uxo.

FOI NOTÍCIA

Novo ciclone deve se formar nesta semana

Segundo o Climatempo, na próxima sexta-feira, 18, novo ciclone extratropical deve se formar entre a região sul do país e a fronteira com o Uruguai. O evento também poderá ser sentido no sudeste e centro-oeste. Ainda na sexta-feira temporais podem ocorrer nas regiões.

Alemanha libera Cannabis para consumo

Reforma Tributária deve ser votada em outubro

Em reunião na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ontem, 16, o senador Eduardo Braga apresentou cronograma de trabalho para debater a reforma tributária e ainda incluiu audiência pública para discutir a formatação e o funcionamento do Conselho Federativo.

2 | A HORA EDITORIAL
“O skate não
só andar sobre quatro rodinhas”
“Muito mais que um novo conceito, o termo foodtech representa uma tendência de mercado com oportunidades para empresas de todos os portes e nichos de atuação”
17 agosto 2023
Quinta-feira,
Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br DIVULGAÇÃO ARQUIVO PESSOAL

Vale aumenta representatividade no Piratini

de Inovação.

“Não foi algo de um dia para o outro. Então, estamos avaliando nomes para me substituir. E, mesmo em Porto Alegre, vou dar suporte para que a transição no cargo ocorra de maneira eficiente e colaborativa”, relata.

Nomeada nesta semana, após publicação no Diário Oficial do Estado, Mariela Portz é mais uma agente pública da região a assumir um cargo de relevância no governo estadual. A ex-vereadora de Lajeado e atual diretora de Inovação do município passa a atuar na Secretaria da Casa Civil do RS, em cargo antes ocupado por Cláudio Gastal.

Mariela se junta a outros nomes do Vale que ocupam funções estratégicas dentro do Palácio Piratini.

Mariela assume novo desa o na gestão pública, após dois anos no governo de Lajeado va concluir alguns projetos que foram iniciados e estruturar aqueles que estão vindo”, comenta.

Três deles – Marjorie Kauffmann, Rafael Mallmann e Simone Stülp – atuam no secretariado do governo de Eduardo Leite. Outros estão em diretorias, no segundo escalão das secretarias ou ocupam cargos de assessoria. Não foi a primeira vez em que

Mariela recebeu convite para atuar no governo do RS. Tentativas ocorrem desde o primeiro mandato de Leite. “No começo da nova gestão, havia sido convidada novamente. Mas decidi ficar na ocasião. Agora, após conversar com o prefeito Marcelo Caumo, decidi aceitar o desafio”, frisa.

Um dos motivos que fez Mariela declinar do convite anterior foi a estruturação do Laboratório de Inovação Governamental e Social (LabiLá), que hoje funciona a pleno na Praça do Chafariz. “Precisa-

Transição

Mariela deve se apresentar em definitivo para a nova função ainda esta semana. O comunicado ao prefeito foi feito há cerca de 20 dias e, desde então, o Executivo têm trabalhado na busca de um substituto para atuar na diretoria

A vice-prefeita de Lajeado, Gláucia Schumacher, comentou sobre a ida de Mariela para o governo do RS durante entrevista à Rádio A Hora, na Feira do Livro. “Para nós é um grande orgulho, porque vai desenvolver projetos semelhantes aos daqui. É o nosso case no governo estadual”, enaltece.

Trajetória

Aos 43 anos, Mariela Portz é Relações Públicas e possui pós graduação em Branding e Business. Filha do ex-vereador Delmar Portz, se elegeu para a câmara de Lajeado logo em sua primeira eleição, em 2016, pelo PSDB, com 1.681 votos. Abriu mão de disputar a reeleição em 2020 e, no ano seguinte, assumiu cargo no governo de Lajeado, no departamento de Inovação.

A HORA | 3 Quinta-feira, 17 agosto 2023 VALE DO TAQUARI
Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br
Atual diretora de Inovação de Lajeado, Mariela Portz assume cargo na Casa Civil do RS e se torna mais um nome da região com posição estratégica no governo gaúcho
MARIELA PORTZ NOVA SECRETÁRIA DA CASA CIVIL DO RS
“Mesmo em Porto Alegre, vou dar suporte para que a transição no cargo (diretoria de Inovação de Lajeado) ocorra de maneira e ciente e colaborativa”
DIVULGAÇÃO

Protagonismo e representatividade

rodrigomartini@grupoahora.net.br

- O governador Eduardo Leite (PSDB) encaminhou ofício à câmara de Lajeado para informar que “as condições técnicas necessárias para o funcionamento do Laboratório da 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), baseadas no parecer técnico, não foram atendidas”.

- A administração municipal de Estrela anuncia para o dia 19 de setembro, às 9h, na sala de licitações da prefeitura, a abertura das propostas referentes à contratação de empresa para executar a pavimentação asfáltica na Estrada Fridolino Wietholter, em Linha Geraldo, conforme contrato de financiamento firmado entre o Badesul e o município.

- Em Lajeado, o vereador Waldir Blau (MDB) encaminha requerimento ordinário ao Secretário da Fazenda, Rafael Spengler. Em suma, ele pede ao Executivo a realização de um novo Programa Municipal de Regularização Fiscal, o popular Refis.

- Vereadores de Teutônia, Neide Schwarz (PDT) e Hélio Brandão (PTB) viajam a Brasília entre os dias 20 e 24 de agosto. Na justificativa, “solicitar emendas parlamentares”, é claro.

Ex-vereadora em Lajeado e agora ex-Coordenadora de Inovação da prefeitura, Mariela Portz (PSDB) já havia sido convidada outras vezes para compor o cobiçado quadro do alto escalão do governo de Eduardo Leite (PSDB). Desta vez, e diante

de um projeto inovador e ainda mantido em sigilo pelo governador, a agitada e inquieta tucana aceitou o convite e vai de mala e cuia para a capital gaúcha. Por lá, além de ser mais um dos jovens agentes de transformação e provocação do Executivo estadual, a filha do expe-

Agentes da inovação se movimentam

A Agência de Desenvolvimento e Inovação Local (Agil) anuncia a nova direção. Tiago Guerra (à direita na foto) será o novo diretor-executivo, assumindo a função exercida por Cristiano Zanin desde a criação oficial da Agil. Guerra terá ao seu lado a velocidade de Bruno Büttenbender, anunciado como o “analista de inovação”, e Victoria Anchau, como a gestora de comunicação. Zanin, por sua vez, atuará como consultor da Agil até outubro, e assume um projeto junto à empresa Ano3 Viagens na área do turismo de experiência. Outro movimento que influencia o contexto das quatro hélices do Pro_Move Lajeado é a saída de Mariela Portz do governo municipal. Já nesta semana, ela deixa a função de Coordenadora de Inovação da prefeitura e assume como Secretária Executiva na Casa Civil do Estado. Antes de sair, ela conversou e indicou duas sucessoras ao posto aberto no município. Mas não obteve sucesso. Ou seja, as movimentações persistem no badalado mundo da inovação.

riente ex-vereador Delmar Portz será mais um dos tantos elos construídos entre o Vale do Taquari e o Palácio do Piratini. Já são três secretários estaduais e ao menos uma dúzia de agentes públicos e políticos lotados em cargos estratégicos e próximos a Leite. E é bom aproveitarmos.

Calvi e Toldi buscam recursos ao turismo

Novas pontes em Brasília

Os prefeitos de Colinas, Sandro Hermann (PP), e de Arroio do Meio, Danilo Bruxel (PP), viajaram a Brasília nesta semana para apresentar projetos e buscar recursos junto aos parlamentares ligados ao Estado. Na foto, eles estão ao lado do senador Luís Carlos Heinze (PP). E, entre as demandas apresentadas pelos gestores públicos, destaque para a proposta de uma nova ponte sobre o Rio Taquari, interligando as duas cidades. A dupla solicitou apoio financeiro ao empreendimento.

Rigotto, Amat e Amvat

Jonas Calvi (PSDB), prefeito de Encantado e representante da Amat, e Odacir Toldi, Secretário de Turismo, Cultura e Esporte de Guaporé, participaram de um ato junto à bancada gaúcha no congresso. Eles buscam recursos na área do turismo regional. Calvi aproveitou a viagem para retificar o apoio parlamentar ao projeto do Jardim do Acolhimento, no entorno do Cristo Protetor. Já o representante guaporense busca cerca de R$ 5 milhões para melhorias nos boxes do Autódromo Internacional de Guaporé, e assim garantir mais provas de circuitos e campeonatos nacionais.

A palestra do ex-governador Germano Rigotto no Café Empresarial da Cacis, em Estrela, chamou a atenção pela quantidade e representatividade do público presente. Lá estavam diversos empresários, líderes regionais, e muitos prefeitos ligados à Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) e à Associação dos Municípios do Alto Taquari (Amat). Em debate, a reforma tributária e os impactos para a sociedade civil e às gestões municipais. Aliás, a impressão é que ainda sobram dúvidas e faltam certezas acerca do futuro tributário da nação e das administrações públicas.

4 | A HORA Quinta-feira, 17 agosto 2023
TIRO
RODRIGO MARTINI

CCR ViaSul antecipa construção de novo acesso ao bairro Pinheiros

Sobre a obra

A interconexão do tipo trombeta é um tipo de passagem em desnível, onde o retorno é feito sobre a pista principal, em uma espécie de alça. No acesso ao bairro Pinheiros, a alça vai partir do sentido interiorcapital, e será incorporada à rua João Fell, que liga a BR-386 à RSC-453.

Fonte da imagem: Manual de Projeto de Interseções do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

Anúncio oficial com detalhes sobre a obra ocorre nesta quinta-feira, em entrevista coletiva. Primeiras intervenções iniciaram ainda no mês de julho. Estrutura constava no cronograma para o 13º ano de concessão da BR-386

ESTRELA

Uma possível solução para um dos pontos que mais preocupa os usuários da BR-386 está prestes a ser apresentada à comunidade. Nesta quinta-feira, 17, ocorre o anúncio e ordem para início da obra de melhoria no trevo de acesso ao bairro Pinheiros, pela rua João Fell, junto à Fábrica

de Rações da Languiru. A construção de uma nova passagem estava prevista para o período entre 2032 e 2034.

O fluxo aumentou a partir do fechamento do retorno no bairro Imigrantes, em setembro de 2021, considerado o principal ponto de escape à saída da cidade pelas imediações da rodoviária. Desde então, a sobrecarga tornou o atual retorno um dos principais gargalos do trecho urbano da rodovia, além dos riscos apontados por usuários e líderes locais.

Por outro lado, o plano de concessões assinado junto à CCR ViaSul em 2019 previa melhorias na região, com a implementação de interconexão do tipo trombeta, programada para o 13º ano do contrato. Conforme os relatórios de cronograma divulgados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a obra deve ser concluída até fevereiro de 2024.

O formato da mudança no planejamento não foi confirmada pela concessionária e pelo governo de Estrela, no entanto a deman-

Os trabalhos junto ao acesso para o bairro Pinheiros iniciaram no m de julho

Foto aérea do local está em relatório mensal de obras da CCR ViaSul

da pela antecipação vinha em negociações com a empresa gestora da rodovia federal. Mais detalhes serão divulgados na entrevista coletiva junto ao canteiro de obras no quilômetro 352 da BR-386, com a presença da diretora de engenharia e implantação da CCR Rodovias, Thaís Borges.

O prefeito Elmar Schneider destaca a importância da obra, dentro de um processo de evolução na estrutura rodoviária que inclui, entre outras situações, a municipalização da Transantarita, cujo acesso fica cerca de dois quilômetros dali. “Vai ser um momento muito importante na busca por melhorias nos acessos a Estrela”, diz. Outra situação que segue em compasso de negociação é o projeto de um túnel que liga os bairros Imigrantes e Pinheiros, apresentado em março.

Máquinas no trecho

Os primeiros trabalhos de preparação da área para construção do viaduto iniciaram no fim de julho, de acordo com relatos de trabalhadores que atuam no local. O relatório de obras da CCR ViaSul também menciona o início das intervenções, inclusive com percentual de avanço dentro do cronograma – o documento indica que 2,94% do serviço foi concluído.

A HORA | 5 Quinta-feira, 17 agosto 2023
REPRODUÇÃO
JHON WILLIAN TEDESCHI ELMAR SCHNEIDER PREFEITO DE ESTRELA
Vai ser um momento muito importante na busca por melhorias nos acessos a Estrela”

Evento em Manaus exalta ações do Pacto

Lajeado pela Paz

Primeira edição do Seminário sobre Segurança Inovadora apresenta iniciativa como exemplo de melhores práticas. Prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, e o secretário de Segurança Pública, Paulo Locatelli palestrarão sobre estratégias adotadas no projeto

LAJEADO

Implementado em 2019, o Pacto Lajeado pela Paz será uma das iniciativas apresentadas entre hoje e amanhã, na primeira edição do Seminário sobre Segurança Inovadora, em Manaus, capital do Amazonas. O projeto consta como um case de melhores práticas no setor.

Promovido pela Assembleia Legislativa do Amazonas, o seminário conta com diversos palestrantes. Entre eles, estão o prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, e o secretário de Segurança Pública, Paulo Roberto Locatelli. Os dois vão apresentar a palestra “O Pacto Lajeado pela Paz e seus impactos na prevenção da violência no município”.

Locatelli comenta que a palestra será voltada para enaltecer e potencializar as práticas executadas, mostrando o que o município pode fazer para fortalecer e ajudar na segurança e aplicação da lei.

“Nossa fala apontará a importância da atuação de todas as partes da sociedade para uma segurança efetiva”, detalha.

O objetivo, segundo o secretá-

rio, é que representantes dos municípios presentes no evento se atentem e ajudem nas forças de aplicação da lei para melhorar a qualidade de vida de toda a população.

Indicadores

O Pacto Lajeado Pela Paz atua no estímulo da criação de uma cultura de paz na cidade. Dentro do projeto, dois eixos de atuação são trabalhados. O eixo da prevenção social visa estimular a convivência e dialogar com a comunidade sobre a paz. Já o eixo de aplicação da lei possui iniciativas na área de segurança pública, como as operações integradas.

Entre o início do projeto, em 2019, e 2022, a iniciativa apresentou uma queda de 61% nos homicídios, 34,8% em crimes violentos letais intencionais, 55% em roubos a pedestre e 49% no furto de veículos.

6 | A HORA Quinta-feira, 17 agosto 2023
Ana Lorenzini* analorenzini@grupoahora.net.br *Estagiária. Texto sob supervisão de Mateus Souza PAULO LOCATELLI SECRETÁRIO DE SEGURANÇA PÚBLICA DE LAJEADO
Nossa fala apontará a importância da atuação de todas as partes da sociedade para uma segurança efetiva”
JÚLIA AMARAL Ações de scalização e conscientização integram projeto local

Empresas do Vale recebem prêmio Exportação RS

Docile e Bebidas

Chiamulera estão entre as 69 marcas destaque. Cerimônia ocorre hoje em Porto Alegre

Vale do Taquari

Na 51ª edição do prêmio Exportação RS, as indústrias de Lajeado, Docile e Bebidas Chiamulera, estão entre os destaques. A presença no exterior, as vendas e os resultados de 2022 estão entre os critérios avaliados pela comissão organizadora.

A Docile recebe a distinção pela sexta vez seguida. “É um marco para nós. O prêmio é um reconhecimento dos esforços de todos. Não só da área de exportação. Sentimentos muito orgulho e nos motiva a seguir nos esforçando para fazermos cada vez melhor”, diz o gerente de Exportação, Cristian Frederico Ahrlert.

Em 2022, a indústria teve um faturamento de R$ 580 milhões.

Deste total, 35% representa a venda para o exterior. Percentual que triplicou nos últimos cinco anos.

A marca Docile está presente em mais de 60 países. “Estamos em todos os continentes. Faz parte do nosso planejamento estratégico seguir expandindo mercados. Hoje estamos em toda a América do Sul e do Norte, no Oriente Médio, na Ásia e na Europa.”

um dos maiores eventos do segmento no país. São premiadas as empresas que obtiveram os melhores resultados mercadológicos e desenvolveram estratégias inovadoras para expor e comercializar produtos no mercado internacional.

Customizar produto com olhar no cliente

De acordo com o gerente de Exportação da Docile, consolidar a marca tanto no Brasil quanto para os mercados internacionais passa por uma análise de marke-

embalagens e customização dos produtos.

“Conseguimos adaptar isso e entrar em novos mercados. Cada país tem critérios e legislações específicas. Aprofundamos o conhecimento sobre esses aspectos e ficar mais próximo dos consumidores.”

Hoje a Docile conta com cerca de 1,6 mil funcionários.

Quarto prêmio

Quanto a indústria de bebidas Chiamulera ganha pela quarta vez seguida o mérito no setor. Para a diretora Comercial, Monica

Chiamulera, o reconhecimento é resultado da determinação e engajamento de toda a equipe.

A empresa tem 150 funcionários e um portfólio com cerca de 200 itens. Destes, 70 são destinados para venda externas. São licores, vodka, whisky, tequila, Gin, entre outros.

De acordo com a diretora, a exportação hoje representa 15% do faturamento. “Nosso plano é chegar a 25%, consolidar a marca nos países que já negociamos e ampliar os destinos em termos de mercado.”

Hoje, os produtos Chiamulera são vendidos em todo o Brasil, além de serem exportados para 21 nações. A trajetória no mercado internacional começou em 2011, pelo Paraguai. Cinco anos depois, foi iniciada a expansão para outros países. Hoje, os principais mercados no mundo estão na América Latina e no continente Africano.

Potencial do Vale

De acordo com o coordenador do Exporta RS, programa da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, Silvio Andriotti, o Vale do Taquari está entre as regiões com mais potencial para o mercado externo.

Muito disso pela localização, próxima dos principais polos econômicos gaúchos. “São empresas de muita qualidade, que ingressaram no mercado internacional e mudaram de patamar.”

Entre elas, destaca marcas como Fruki, Florestal, Dália Alimentos, Sorvebom, Salva Craft

Beer, Girando Sol e Baldo SA. O dirigente esteve em Lajeado nessa segunda-feira, em Seminário promovido Acil.

A estratégia do programa Exporta RS é proporcionar para pequenas e médias empresas conhecimento, processos e planos para ingressar no mercado exterior. Pelos indicadores, negócios deste porte representam 40,9% das exportações nacionais. A plataforma está disponível no portal da Secretaria de Desenvolvimento Econômico na internet. É possível cadastrar empreendimentos para receber diretrizes sobre exportações.

O prêmio

A homenagem ocorre hoje, na Casa NTX, em Porto Alegre. Foi criada na década de 1970, pela Associação dos Dirigentes de Marketing e Vendas do Brasil (ADVB-RS), com o intuito de estimular exportações gaúcha.

De lá para cá, mais de 700 empresas foram reconhecidas pelo prêmio. Os selecionados são escolhidos por um conselho de diversas instituições, tais quais a ApexBrasil, Fecomércio, Federasul, Fiergs e Sebrae.

A HORA | 7 Quinta-feira, 17 agosto 2023
MONICA CHIAMULERA DIRETORA COMERCIAL DA BEBIDAS CHIAMULERA
CRISTIAN AHLERT GERENTE DE EXPORTAÇÃO DA DOCILE
Nosso plano é chegar a 25% (faturamento com exportação), consolidar a marca nos países que já negociamos e ampliar os destinos em termos de mercado”
É um marco para nós. O prêmio é um reconhecimento dos esforços de todos. Não só da área de exportação”
Bebidas Chiamulera em exposição em Paris, capital da França. Indústria recebe hoje quarto prêmio exportação Docile está presente em mais de 60 países. Exportação representa hoje 30% do faturamento da indústria FOTOS DIVULGAÇÃO/ARQUIVO

Evento debate tendências, inovações e perspectivas ao futuro dos alimentos

Programação

8h30min – Abertura

9h10min – Palestra “O futuro no presente – inovação em Foodtech”, com Demétrio Teodorov

10h10min – Painel

“Foodtechs gaúchas e o futuro dos alimentos”

11h20min – Painel

“Ajudando a transformar a indústria alimentícia”

12h – Intervalo

13h30min – Painel

“Inovando o ecossistema varejo e indústria através da Cultura de Dados

14h30min – Painel

“Ecossistemas de apoio à foodetch no RS”

15h30min – Painel “O futuro dos alimentos no Brasil e no mundo”

17h – Palestra magna

Foodtech Summit traz ao Vale

empreendedores de todo o RS. Programação inicia às 8h30min, e contará com palestras e painéis voltados ao setor

LAJEADO

Um evento inédito deve reunir quase 300 pessoas hoje, no auditório do Sicredi Integração RS/MG. A primeira edição do Foodtech Summit debaterá o uso da tecnologia e inovação para aumento da eficácia do mercado da alimentação. A programação ocorrerá ao longo do dia e conta com palestras e painéis.

Idealizado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae RS) e pelo APL Alimentos e Bebidas Vale do Taquari, o evento é fruto de um trabalho iniciado há pelo menos dois anos, quando foi feito um estudo sobre o futuro da economia gaúcha. Novas tendências surgiram no radar e, neste campo, o ramo alimentício despon-

É um evento focado nas tecnologias de alimentos. O objetivo é olhar para essas tendências de consumo, formas de alimentação e olhar para a questão do aumento populacional no mundo, do quão desafiador será alimentar essa população”

ta com potencial para a inovação.

“Isso ocorre justamente quando começamos a fazer projetos-piloto pensando em 2030, se antecipando ao que vem por aí. Nos unimos ao APL, que já estava constituído, e entendemos que Lajeado seria o local ideal para rodar estas iniciativas”, frisa a gerente regional do Sebrae, Liane Klein.

O Foodtech Summit é uma des-

sas ações previstas em nível estadual para debater as tendências ao setor. “É um evento focado nas tecnologias de alimentos. O objetivo é olhar para essas tendências de consumo, formas de alimentação e olhar para a questão do aumento populacional no mundo, do quão desafiador será alimentar essa população e trabalharmos de forma assertiva”, argumenta.

Inúmeras possibilidades

Conforme Liane, a programação foi pensada para mostrar o que acontece em nível de Brasil e de mundo para que as empresas tradicionais do ramo no Vale possam se abrir às inúmeras possibilidades de negócios ao redor.

“É uma programação bem interessante, com várias questões que impactam o setor. Trazemos universidades para falar da estrutura de apoiar empresas que queiram desenvolver novos produtos. A Sicredi também vai trazer um case, que é o lançamento de uma linha de crédito com juro diferenciado ao setor, o próprio governo estadual, com os editais para fomentar a inovação”.

Até o fim da manhã de ontem, o número de participantes confirmados passava de 270. As inscri-

Empresas serão desa adas a buscarem inovação constante em seus processos produtivos

ções para o evento são gratuitas.

Fortalecimento

Conforme a coordenadora do APL Alimentos e Bebidas, Aline Eggers, um dos principais objetivos da organização é fortalecer as indústrias por meio do aumento da competitividade. Para que isso ocorra, salienta ser importante estar atento às inovações e novas tecnologias disponíveis para o setor.

“O Foodtech é uma excelente oportunidade para acompanhar o que está acontecendo no mercado, e buscar insights e oportunidades e que possam contribuir para o crescimento das empresas. Também um momento de networking e troca de ideias”.

As empresas que participam do APL, lembra Aline, buscam crescer, se atualizar e inovar, sempre em busca do melhor para os clientes. “Por isso, tomaram a decisão de participar do APL, onde o

“Uma viagem ao futuro das foodtechs”, com Ligia Zotini 18h – Encerramento do evento

18h15min – Reunião plenária do movimento Foodtech Alliance RS, no Vibee Unimed VTRP

18h30min – XHour especial, no Pê05 Terrazza Di Primo Camilo

O Foodtech é uma excelente oportunidade para acompanhar o que está acontecendo no mercado, e buscar insights e oportunidades e que possam contribuir para o crescimento das empresas”

ambiente é propício para trocas, busca de conhecimento e muita novação”.

8 | A HORA Quinta-feira, 17 agosto 2023
LIANE KLEIN GERENTE REGIONAL DO SEBRAE
ALINE EGGERS COORDENADORA DO APL ALIMENTOS E BEBIDAS VT DIVULGAÇÃO

Otradicional evento Queijos e Vinhos arrecadou R$ 187,3 mil neste ano. Valor esse repassado pelo Imec Supermercados aos clubes de serviço parceiros, que atendem projetos sociais em cada uma das nove cidadessede da programação. Montante superior ao arrecadado em 2022, que foi de R$ 123,3 mil.

O Queijos e Vinhos é um evento com participação de fornecedores e parceiros, solidários ao impacto social, que oferecem produtos do portfólio de forma gratuita para os eventos. O mesmo ocorre em relação aos clubes de serviço que, com o apoio dos seus participantes, auxiliam na organização, venda dos ingressos e consequente indicação das entidades e projetos para receberem o valor arrecadado.

Para o diretor-presidente do Grupo Imec, Eneo Karkuchinki, a troca com as comunidades é um dos valores da empresa. Segundo ele, esse resultado é fruto da dedicação e empenho de todos. Ressalta a participação de funcionários, integrantes dos clubes de serviço, fornecedores e a comunidade de forma geral pela compra dos ingressos.

FELIPE NEITZKE

felipeneitzke@grupoahora.net.br interino

Cidades e beneficiados

– Lajeado: Rotary Club, Liga Feminina de Combate ao Câncer e Vovolar;

– Santa Cruz do Sul: Rotary Club, Copame, projeto Elevar e projeto Todas as Mulheres;

– Candelária: Mandala Associação Pró-Autismo;

– Cachoeira do Sul: Rotary Club e Liga Feminina de Combate ao Câncer;

– Montenegro: Rotary Club e Grupo de Escoteiro Acácia Negra;

– Rio Pardo: Lions e Asilo São Vicente de Paulo;

– Vacaria: Rotary Club (Projeto Cegonha);

– Farroupilha: Rotary Club, Amafa e CTG Aldeia Farroupilha;

– Dois Irmãos: Rotary Club, Apae e projeto Os Tigres.

Imec doa mais de R$180 mil para clubes de serviço Compras públicas e o comércio local

O Sindilojas do Vale do Taquari e a CDL Lajeado promovem workshop com o procurador-geral do município Natanael Zanatta. A atividade traz como tema “Compras públicas e o comércio local”.

Programação ocorre na quarta-feira, 23, às 19h, na sede do sindicato (rua Borges de Medeiros, 475). Momento em que serão prestadas orientações e esclarecimentos sobre os processos de vendas para o

governo, com o objetivo de ampliar a participação das empresas locais nas concorrências públicas. As inscrições ao workshop são gratuitas e devem ser feitas pelo WhatsApp (51) 99997-5676.

FRASE DO DIA

“O mercado das foodtechs no RS está crescendo com a combinação da tradição agrícola do estado e os investimentos e as inovações desenvolvidas por startups”

A tradicional churrascaria Fogo de Chão, com filiais espalhadas pelo mundo, foi comprada por grupo norte-americano por US$ 1,1 bilhão (cerca de R$ 5,5 bilhões). Criada pelos irmãos Arri e Jair Coser, no fim da década de 1970, a rede já era controlada por investidores estrangeiros desde 2012.

Agora, com a negociação, passa para as mãos de empresários que já apoiaram marcas como Burger King, Domino’s Pizza, entre outras. Enquanto isso, Arri Coser se dedica a outros empreendimentos. Ele é dono de 12 unidades da pizzaria Maremonti e das oito da rede NB Steak, dedicada às carnes.

Os irmãos Coser com infância na microrregião de Encantado abriram a primeira churrascaria em Porto Alegre em 1979. Fruto

do sonho de Arri que aos 14 anos deixou a cidade com o desejo de um dia ter uma lancheria. Depois da capital gaúcha, mudou-se para Aparecida, em São Paulo, e mais tarde para o Rio de Janeiro.

Ainda menor de idade, trabalhou como garçom e churrasqueiro. Com a experiência alçou voo para o próprio empreendimento, ao lado do irmão e de outros sócios. Ali surgia a Fogo de Chão.

A HORA | 9 Quinta-feira, 17 agosto 2023
Empresa criada por churrasqueiros de Nova Bréscia é vendida por R$ 5,5 bilhões
BIBIANA MATTE PESQUISADORA DA CELLVA E PALESTRANTES DO FOODTECH SUMMIT, QUE OCORRE AMANHÃ EM LAJEADO
DIVULGAÇÃO
DIVULGAÇÃO

Feira espera vender mais de 10 mil livros

boa. Esta é a terceira vez que integra o evento e espera vender mais de mil exemplares neste ano.

No primeiro dia de programação, ela conta já ter recebido muitas escolas no estande da livraria.

A maior procura é por obras infantis e infanto-juvenis. “É o público que a feira atrai. Mas a ideia é atrair outros públicos também. A gente trouxe variedade de títulos para conseguir atender o maior número de pessoas”, destaca.

Destaques da programação

Quinta-feira (17/8)

8h30min e 14h– Encontro com escritora Deborah Finocchiaro

10h – Encontro com o patrono Álvaro Santi

16h – Encontro Poético com Rotary Club Lajeado Engenho

18h – Posse do Conselho Municipal de Política Cultural

19h30min – Show Tributo Tim Maia com Vagnotreta

Sexta-feira (18/8)

8h30min e 15h – Encontro com escritora Eleonora Medeiros

9h – Oficina de Cinema e Literatura com Univates

18h – Grupo Vocal Univates

19h30min – Bate-papo com o patrono Álvaro Santi e escritores

Rosane Cardoso, Ivete Kist e Jandiro

Koch

Sábado (19/8)

10h – Hora do conto com o grupo Vivandeiros da Alegria

Programação da 17ª

Feira do Livro de Lajeado iniciou ontem e segue até domingo, 20. Além da comercialização, evento conta com shows, oficinas e encontro com escritores

Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br

LAJEADO

Alunos, professores, pais e crianças movimentaram o primeiro dia de Feira do Livro, em Lajeado. A programação iniciou na manhã de ontem, com apresentações artísticas e encontro com o músico Thedy Corrêa. As atividades da 17ª edição do evento seguem até domingo, 20, na Praça da Matriz. Expectativa é vender mais de 10 mil livros.

Outro destaque da abertura foi a apresentação do Hino de Lajeado pelos músicos Solon Chaves e Vicente Breyer. A letra foi escrita em 1996, pelo patrono da Feira do Livro deste ano, Álvaro Santi, que também participou de um encontro com a comunidade.

A tarde seguiu com contação de histórias pelo grupo Música e Cena, da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), e hora do conto com o grupo Vivandeiros da Alegria. Além disso, a programação contou com um encontro com a escritora homenageada Rosane Cardoso.

Foco na educação

Coordenadora de Cultura da

Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer, Talita Fracalossi destaca o foco do evento voltado à educação, com a participação das escolas do município.

Entre os alunos que frequentaram a feira na manhã de ontem, estava Julia Klaus de Souza, 14, estudante do 8º ano da Escola Universitário. Ela visitou a praça com a turma, e diz gostar de eventos como este, que possibilitam conhecer diferentes gêneros literários. Entre os preferidos dela, estão as fantasias e histórias de terror. “Já vim na feira algumas vezes, e sempre são experiências ótimas”, destaca.

Além de ler, Júlia também gosta de escrever, em especial, poesias, e se inspira, inclusive, em artistas como Van Gogh e Monet. “Na minha família, muita gente é artista, ligada à arte. Acho que pode ser uma coisa de família que foi me tocando com o tempo”, acredita.

Incentivo à leitura

O comerciário Fabrício Leonhardt, 40, também aproveitou a quarta-feira para levar a filha Luísa, de 7 anos, para conhecer novos livros da feira. Em período de alfabetização, a menina se interessa por livros de histórias infantis, para colorir, além dos didáticos, para treinar a leitura. É a primeira vez que ela participa do evento, e já se interessou por diferentes títulos expostos pelas livrarias.

O pai considera a oportunidade positiva para tirar as crianças das telas. “É importante estimular, sair um pouco do eletrônico. Hoje, as crianças estão muito no eletrônico. Está muito fácil, mui-

to na mão. Temos que estimular o gosto pela leitura. Essa é a principal importância de trazer minha filha na feira”.

Bons negócios

Além das atividades culturais e envolvimento das escolas, dez livrarias participam da feira. Entre elas, a Vitrola, que possui uma loja do Shopping Lajeado. Proprietária do estabelecimento, Simone Camara diz que a expectativa para o evento é

Simone também ressalta a possibilidade que a feira oferece de divulgar o trabalho da livraria, que possui mais de 14 mil títulos na loja. “Uma oportunidade de mostrar para o público que estamos em Lajeado também”.

Grupo A Hora na praça

Durante os dias de evento, a Rádio A Hora 102.9 também tem programação especial direto da Praça da Matriz. Na quarta-feira, o programa Frente e Verso foi ao vivo do espaço. Até sexta-feira, o programa Vale em Pauta também é transmitido da feira, a partir das 10h. Nesta quinta, o Fora de Hora segue recebendo os convidados na praça, às 16h. O Pratas da Casa, na noite de hoje, também foi apresentado no lugar, assim como o programa Nossos Filhos, na noite

14h – Clown Univates – “E seu sorrir!?” com Miss Goela e Dr. Pierrê 15h30min – Companhia Aprendiz

17h – Lançamento do livro “Os Tons de Tudo”, de Álvaro Santi

18h – Banda Rosas

Domingo (20/8)

13h – Espetáculo teatral “Romeu e Julieta”, com alunos de teatro da Secel

14h – Roda de conversa “Patrimônio, cultura e identidade: um olhar sobre nossa história”; Hora do Conto com a escritora Léia Cassol 15h30min – Show em comemoração ao aniversário da Casa de Cultura, com Zoca Jungs Quarteto: a guitarra brasileira 17h – Apresentação da Orquestra Gustavo Adolfo Univates

desta quinta-feira. No fim de semana, a programação segue com o Pra Você, no sábado, a partir das 10h.

10 | A HORA Quinta-feira, 17 agosto 2023
Fabrício levou a lha Luísa, que está aprendendo a ler, para conhecer a feira
Proprietária da Livraria Vitrola, Simone espera vender mais de mil livros durante o evento na Praça da Matriz BIBIANA FALEIRO JULIA KLAUS DE SOUZA ESTUDANTE DA ESCOLA UNIVERSITÁRIO
Já vim na feira algumas vezes, e sempre são experiências ótimas”

Moradores do bairro São Bento aprovam projeto de retirada das lixeiras

ÁRIES: Redobre a atenção com projetos muito arriscados ou com promessas que não são tão confiáveis.

TOURO: Tente ser mais flexível mesmo que não concorde com alguns pontos de vista ou atitudes de outras pessoas no trabalho.

GÊMEOS: Administrar melhor a sua impaciência, principalmente no trabalho, também será mais complicado do que o normal.

CÂNCER: Você pode e deve traçar metas mais ambiciosas, mas também precisa fazer ajustes e rever o impulso consumista pra não estourar o orçamento.

LEÃO: Faça um esforço para não bater de frente com a chefia e, em troca, pode surfar nas boas energias do resto desta quarta e até encher o bolso!

VIRGEM: Trabalhar a sós pode ser a melhor pedida, mas se não for possível, tenha cautela redobrada nos estudos ou no contato com quem está longe.

Termo que indica quem atua (Gram.)

Inseto que, em bandos, destrói plantações

HORÓSCOPO

LIBRA: Se você anda procurando um emprego ou se precisa de apoio para encarar qualquer dificuldade, melhor não esperar uma ajuda dos amigos.

ESCORPIÃO: Tire proveito disso no serviço e coloque as mãos na massa, porque nada vai cair de brinde no seu colo.

SAGITÁRIO: Além da dificuldade para se concentrar nas tarefas de rotina, viagem ou pessoas de fora também pede cuidado extra.

CAPRICÓRNIO: Mas pode faltar diplomacia na hora de lidar com as pessoas, por isso, exercite a paciência se não quiser comprar briga com os colegas.

AQUÁRIO: Se quiser fugir de problemas, tente ceder em algumas coisas para manter a harmonia.

PEIXES: A convivência com os outros também ganha proteção dos astros, o que deve facilitar bastante a convivência com os colega.

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS

CRUZADAS

Estado dos EUA do qual Charlotte é a maior cidade Endireitar

Elementos da frota de cruzeiros

Espaços turísticos de cidades litorâneas

Chegou ao Brasil em 1808 (Hist.) Tata Amaral, cineasta paulista

Decisão foi unânime entre os moradores durante reunião nessa terça-feira, 15. A remoção dos equipamentos deve iniciar em 20 dias e será gradual

LAJEADO

Os moradores do São Bento aprovaram o projeto de retirada das lixeiras no bairro. A decisão foi tomada na noite dessa terça-feira, 15, durante reunião organizada pela Associação de Moradores.

O projeto “São Bento Limpo - Lixo Zero” sugere que as pessoas armazenem dentro de casa os resíduos produzidos e apenas nos dias da coleta coloquem para o lado de fora. Assim, o lixo não fica armazenado por muito tempo a céu aberto na rua. As sacolas poderão ser colocadas nas próprias calçadas, ou ainda penduradas em lugares mais altos como nas grades de portões ou em galhos de árvores, para evitar que animais tenham contato com os resíduos. No bairro São Bento, a coleta é feita nas terças, quintas e sábados.

Participaram da reunião cerca de 25 moradores e a decisão foi unânime entre os presentes. Com a aprovação, o próximo passo será entrar em contato com a Secretaria do Meio Ambiente para comunicar o que ficou decidido e solicitar o serviço de retirada das lixeiras. Nos próximos dias também inicia o trabalho de comunicar os moradores do bairro e passar orientações sobre o novo sistema.

A retirada das lixeiras será gradual e deve iniciar em 20 dias. O projeto começará a ser aplicado de maneira experimental em alguns pontos e será expandido a cada semana para mais ruas. Além de diminuir o acúmulo de lixo e o tempo que ele fica jogado na rua, de terminar com o mau cheiro e a poluição visual, o grupo também busca conscientizar a comunidade a fazer a separação dos resíduos da maneira correta.

O presidente da Associação de Moradores do São Bento, Marcos Aurélio Flores Linke, enfatiza que a decisão não será imposta à comunidade. Aqueles que não estiveram na reunião e não concordarem com o projeto, poderão solicitar uma lixeira. “Eles terão este direito, não vão ser impedidos disso. Mas estas pessoas precisam estar conscientes de que estas lixeiras serão colocadas na frente das suas propriedades. E pode acontecer de outras pessoas

Nota; percebe

Acúmulo de resíduos nas lixeiras causa diversos problemas, como o mau cheiro

passarem lá e colocarem o lixo naquele local, gerando mau cheiro e sacolas jogadas no meio da calçada”, diz Marcos.

Exemplo

O São Bento vai ser o segundo bairro de Lajeado a implantar o projeto. Desde 2020, o bairro Centenário não tem mais lixeiras. O acúmulo de lixo nas ruas era um problema constante, já que o recolhimento de resíduos não era diário. Por isso a Associação de Moradores criou um projeto de conscientização chamado de “Centenário 100 – Lixo 0”.

O presidente da entidade, Rodrigo Henicka, foi uma das pessoas à frente do projeto na época. Ele conta que logo no início a aceitação foi de cerca de 90% da comunidade.

“Esses problemas com o lixo é em todos os bairros, não é um problema de um bairro específico. Já faz três anos que não temos lixeiras no bairro Centenário e funciona muito bem. Acredito que aqui também vai dar certo e pra isso tem que ter a conscientização e apoio de todos os moradores, cada um cuidando do seu lixo”, diz Rodrigo.

Forma de circuitos da Nascar (Autom.)

Extensão de arquivos compactados

"A (?) do Lotação", filme brasileiro

O erro na frase "Cheguei em Belém"

Época presente Alvorecer em inglês

Bochechar "Programa", em PAC (Econ.)

(?) Dias, navegador português Pedra, em inglês

Desgastar ou polir

Whoopi Goldberg, atriz dos EUA

Ser não humano, no Budismo (?) de Aquino, Doutor da Igreja

Adoçante natural de ação antimicrobiana

Tecla do televisor estéreo Carrego

Componente de circuitos elétricos

Fruto da família da goiaba e da pitanga

Torre (?), postal de Paris

Grande, em inglês Tudo, em francês

Queijo produzido da soja

Estado de Ijuí e Bagé (sigla)

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A HORA | 11 Quinta-feira, 17 agosto 2023
21/03 a 19/04 20/04 20/05 21/0520/06 21/0622/07 23/07 22/08 23/0822/09 19/0220/03 20/01 18/02 22/1219/01 22/11 21/12 23/10 21/11 23/09 22/10
Construtora e Incorporador Realização
BIANCA MALLMANN

REFORÇO AGREGA EXPERIÊNCIA PARA O ELENCO DA ALAF

DIVULGAÇÃO

Felipe Manfroi tem mais de dez anos de atuação na Europa e atualmente estava no futsal francês

Enquanto a temporada afunila com a reta final da fase classificatória do Gauchão de Futsal e a Copa dos Pampas, a Alaf anuncia um reforço experiente. Com passagens pelo futsal da Bélgica, Espanha e Itália, o ala Felipe Manfroi, de 37 anos, chega para somar qualidade ao elenco do técnico Leandro Luciano.

Natural de Garibaldi, Manfroi atua na Europa há mais de dez anos. Atualmente, estava no Bé-

FUTEBOL AMADOR

thune Futsal, da França. “É um jogador com características interessantes, um ala finalizador e de boa marcação. Tem saída qualificada e de destacou por onde passou. É

um jogador que vem para agregar”, destaca o técnico.

A equipe lajeadense não vive boa fase no Gauchão de Futsal, ocupando a 15ª colocação, com 9 pon-

tos. Ao mesmo tempo, a chegada do reforço indica as pretensões da Alaf. “Não queremos apenas lutar contra o rebaixamento, mas sim classificar e ainda fazer boas dis-

Natural de Garibaldi, Manfroi atua na Europa há mais de dez anos e hoje estava no Béthune Futsal, da França

putas no mata-mata.”

Depois de voltar às atenções à Copa dos Pampas, a Alaf tem disputa importante pelo Gauchão neste fim de semana. No sábado, às 20h, recebe a AGE, de Guaporé, em jogo válido pela 12ª rodada. Se for regularizado até lá, Manfroi já poderá estrear.

DIGUINHO JOGARÁ O REGIONAL PELO RUDIBAR

Volante bicampeão brasileiro se soma à lista de atletas renomados que disputarão à competição

Multicampeão com o Fluminense, o volante Diguinho é mais uma atração da categoria Veteranos do Regional Aslivata. O jogador é um dos destaques do Rudibar para a disputa da competição.

O atleta tem no currículo passagem marcante pelo Fluminense. No time carioca disputou 220

jogos, sendo campeão Brasileiro em duas oportunidades. Além disso jogou no Botafogo e Vasco da Gama. Seu último clube foi o São José, de Porto Alegre, em 2020. Além de Diguinho, o Rudibar terá um elenco recheado com jogadores com passagem marcante pelo futebol brasileiro. Entre eles está o meio-campista Preto, campeão Goiano em 2011 com o Atlético Goianiense e campeão Gaúcho com o Novo Hamburgo em 2016.

Já Vinícius Conceição, lateral-esquerdo revelado pelo Internacional, foi campeão português com o Sporting na temporada

1998/99. Além disso foi vice-campeão Brasileiro com o Internacional em 2005. No Colorado, disputou 152 jogos entre 2002 e 2005. O atleta também teve passagem por Standard Liége (Bélgica), Ulsan Hyundai (Coréia do Sul), Atlético Mineiro, Bahia e Náutico.

Atleta tem no currículo passagem marcante pelo Fluminense. No time carioca disputou 220 jogos, sendo campeão Brasileiro em duas oportunidades

12 | A HORA Quinta-feira, 17 agosto 2023
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FUTSAL
Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br

Hoje é

Dia do Patrimônio

Histórico

Dia Nacional da Construção Social

Fiéis recebiam asfalto até Santuário em Taquari

O município de Taquari finalizava o asfaltamento da estrada até a localidade de Rincão São José. A obra, paralisada desde 2000, facilitava o caminho dos fiéis até o Santuário Nossa Senhora de Assunção. O asfaltamento foi retomado em junho de 2003 e a comunidade recebeu a visita do governador do estado, Germano Rigotto, para a inauguração. Com Rigotto, vieram o então secretário estadual dos Transportes, Jair Foscarini, diretor de operações do Daer, Adroaldo Conzatti, e deputado federal Elmar Schneider. Todos foram recepcionados pelo prefeito de Taquari, Claudio Laurindo dos Reis Martins. Esta era a primeira de uma série de obras que seriam concluídas no Vale do Taquari.

Rádio da Uambla completava

um ano

Uma das poucas rádios comunitárias legalizadas do Rio Grande do Sul completava um ano. Com sede em uma residência no Universitário, os comunicadores se revezavam nos microfones da Rádio Comunitária da União das Associações de Moradores de Bairros de Lajeado (Uambla).

Embora a iniciativa tenha sido fundada em 2003, ela foi ao ar pela primeira vez em 2002, como uma experiência.

A programação se estendia das 8h às 24h, com gêneros que passavam pelo sertanejo, tradicionalismo, romântico, rock e pelas trilhas dos bailes. O pico de audiência era registrado aos domingos, durante o programa Show de Bandas, apresentado por Roberto Kohn.

Asfalto facilitava o caminho dos éis até o Santuário Nossa Senhora de Assunção

Ponte entre Lajeado e Estrela

Estava em construção a nova ponte que ligaria Lajeado ao entroncamento rodo-hidroferroviário, no prolongamento da rua Rio Branco, em Estrela. Antes, a travessia sobre o Rio Taquari era feita com barcas, balsas e canoas.

A comunidade também

esperava, até 1974, a conclusão do armazém graneleiro no Porto de Estrela, espaço onde ficavam armazenados os grãos, assim como a parte do silo e cais. Para 1975, estava prevista a conclusão do porto de carga geral na localidade.

14 | A HORA Quinta-feira, 17 agosto 2023
Santo do dia: São Jacinto
(INTERINA)
Local onde estava prevista a
A Rádio da Uambla era uma das poucas iniciativas comunitárias legalizadas do Rio Grande do Sul ponte
ARQUIVO nova
sobre o Rio Taquari

Quinta-feira, 17 agosto 2023

Fechamento da edição: 19h

Cinco dias de festa à literatura

FEIRA DO LIVRO

O sol predomina em boa parte do dia. Mas, da tarde para a noite, instabilidades se deslocam sobre o Estado e provocam o aumento da nebulosidade.

Programação da 17ª edição do evento iniciou na quarta-feira, 16. Atividades seguem até domingo, 20, com shows, apresentações teatrais e hora do conto. Com dez livrarias presentes na Praça da Matriz, a expectativa é vender mais de 10 mil livros durante os dias de feira.

MÍN: 17º | MÁX: 34º
PÁGINA | 10 BIBIANA FALEIRO

Guaporé apresenta em Brasília projeto de reforma e ampliação do autódromo

Primeira etapa da obra é estimada em R$ 5 milhões. Objetivo é atrair competições de nível nacional e potencializar o turismo regional

GUAPORÉ

Angariar parte dos recursos financeiros para dar melhores condições e conforto para quem frequenta e utiliza a área esportiva do maior cartão-postal de Guaporé. É com essa finalidade que o secretário de Turismo, Cultura e Esporte, Odacir Toldi, e o presidente da Associação Guaporense de Automobilismo (AGA), Silvio Borges, estiveram em Brasília nesta semana para apresentar à Bancada Gaúcha o projeto de revitalização do Autódromo Internacional Nelson Luiz Barro. A obra prevê a construção dos novos boxes, torre de controle/administração, camarotes e área de pit lane.

O secretário Toldi apresentou os objetivos e a finalidade para a aplicação de recursos federais aos deputados e senadores gaúchos.

Construída entre 1960 e 1970, a praça automobilística necessita, para novamente receber provas de expressão nacional, adequar-se às normas de segurança estabelecidas pela Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA) e às exigências de equipes e pilotos. Segundo o agente público, a infraestrutura do autódromo apresenta-se fora dos padrões exigidos para o recebimento de

provas. “Está obsoleta e ultrapassada. Para continuarmos proporcionando aos apaixonados pela velocidade boas provas e alavancar o turismo, movimentando economicamente a cidade, região e o estado, necessitamos investir em melhorias. Requeremos entre R$ 5 milhões e R$ 6 milhões de investimentos para essa primeira parte para a reforma completa dos boxes”, pontuou Toldi, enquan-

Requeremos entre R$ 5 milhões e R$ 6 milhões de investimentos para essa primeira parte para a reforma completa dos boxes”

to no telão eram reproduzidas imagens do projeto da AGA, das provas realizadas no circuito serrano e dos atrativos turísticos de Guaporé.

Em meio à apresentação, o secretário enfatizou a importância

de manterem o espaço como um dos grandes destaques do turismo regional. “Se não fizermos as reformas, ficaremos fora do circuito nacional do automobilismo e, consequentemente, perderemos turistas. Estaremos eliminando um dos grandes equipamentos turísticos do Estado”, ressaltou. As reformas para maior segurança aos pilotos, como ampliação das áreas de escape das curvas 1, 2 e do Radiador, foram executadas pela AGA com a parceria do Poder Público.

MICRORREGIÕES | ARROIO DO MEIO • ENCANTADO • TEUTÔNIA • TAQUARI
CIDADES Quinta-feira, 17 agosto 2023 R$ 4,00 (dia útil) R$ 7,50 ( m de semana)
• ESTRELA
ODACIR TOLDI SECRETÁRIO DE TURISMO, CULTURA E ESPORTE Nova estrutura proporcionará a disputa de provas de âmbito nacional. Investimento inicial é estimado em R$ 5 milhões Secretário de Turismo, Odacir Toldi, solicitou apoio de deputados e senadores gaúchos FOTOS DIVULGAÇÃO

Missas e Cultos Coral celebra 137 anos de atividades

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO PERPÉTUO SOCORRO DE ARROIO DO MEIO

Dia 17 - Quinta-feira

18h – Missa na casa das Irmãs no Navegantes

19h30min – Encontro de Formação das Catequistas da Paróquia – ECOANDO – na Sala de Catequese

Dia 18 - Sexta-feira

8h30min – Atendimento do padre na Casa Paroquial

19h30min – Missa na Matriz presidida por Dom

Aloísio Dilli com a Admissão dos novos Ministros não-ordenados e a renovação dos já atuantes na Paróquia

Dia 19 – Sábado

16h – Missa em Arroio Grande Superior

18h – Missa na Matriz e na Bela Vista

19h30min – Missa na Navegantes

19h30min – Celebração de casamento de Wagner

Berwanger e Diane Gra na Rui Barbosa

Dia 20 – Domingo

8h30min – Missa na Matriz e em Palmas

10h – Missa em Forqueta e festa da comunidade

Celebração da Palavra:

8h30min – São Caetano, Rui Barbosa e Arroio

Grande Central

8h45min – Linha 32

9h – Loteamento Glória e Arroio Grande Superior

Dia 22 - Terça-feira

14h – Missa no Hospital

18h15min – Missa na Matriz

19h30min – Encontro de Formação Litúrgica em Rui Barbosa com as Comunidades de Rui Barbosa, Forqueta, Picada Arroio do Meio e Linha 32

Dia 23 - Quarta-feira

19h30min – Encontro de Formação Litúrgica no Seminário com as Comunidades Matriz, Tiradentes, Navegantes, Bela Vista e Loteamento Glória

Dia 24 - Quinta-feira

15h30min – Missa na AMAI

17h – Missa no Seminário

19h30min – Encontro com as catequistas da Eucaristia e Crisma na Sala de Catequese

COMUNIDADE LUTERANA SÃO PAULO DE ARROIO DO MEIO

Dia 17 - QUINTA

14h30min – Reunião do Departamento Feminino da Comunidade Luterana São Paulo

Dia 18 – SEXTA-FEIRA

19h - Culto na Congregação Luterana Bom Pastor em São Caetano com Santa Ceia

Dia 19 – SÁBADO

14h – Encontro de Jovens Mirins e crianças na Congregação Bom Pastor. Logo após, piquenique.

19h - Culto na Comunidade Luterana São Paulo, no centro, com Santa Ceia.

Dia 20 – DOMINGO

9h – Culto em Encantado na Ruas Severino Augusto

Pretto 535, Bairro Santa Antão.

Dia 24 - QUINTA

19h – Encontro de Famílias em Capitão.

Dia 25– SEXTA-FEIRA

19h - Culto em linha Cairú com Santa Ceia.

Dia 26 – SÁBADO

14h – Culto em Picada Arroio do Meio com Santa Ceia.

19h - Culto na Comunidade Luterana São Paulo, no centro, com Santa Ceia.

Dia 27 – DOMINGO

8h30min - Culto na Congregação Luterana Bom Pastor em São Caetano com Santa Ceia.

8h30min - Congresso Distrital de Jovens em Conventos/ Lajeado.

PARÓQUIA SÃO GABRIEL ARCANJO DE CRUZEIRO DO SUL

Dia 21 – Segunda-feira

19h – Matriz – Terço dos homens

Dia 22 - Terça-feira

20h – Matriz – Grupo de Oração Renovação em

Cristo

Dia 23 – Quarta-feira

19h – Matriz – celebração com ministros

Dia 24 - Quinta-feira

14h30min – Clínica Bom Samaritano – Celebração com ministros

19h30min – Matriz – Adoração ao Santíssimo

Dia 25 – Sexta-feira

Matriz – Novena de São Gabriel

Dia 26 – Sábado

15h – Com. São Sebastião Mártir – Celebração

17h30min – Núcleo Santo Anjo da Guarda –Celebração

17h30min – Com. N. Sra. de Fátima – Missa

19h – Núcleo N. Sra. Aparecida – Missa

Mais antigo coro de homens do estado festeja o aniversário neste domingo com festival

MARQUES DE SOUZA

Ocoral mais antigo em atividade do Rio Grande do Sul completa 137 anos. Fundado em 15 de agosto de 1886, a Sociedade de Cantores Apollo prepara no domingo a festa alusiva ao aniversário.

A programação ocorre no domingo, 20. As apresentações dos 11 corais convidados inicia as 10h, na Igreja Evangélica. O almoço será servido na União Centenária e o baile tem a animação da Banda Genial.

Atual presidente do grupo, Dauri Klein, ingressou no coral em meados de 2015. Segundo ele, o coral mantém uma tradição antiga iniciada em Marques de Souza. “A festa é um momento de integrar as pessoas e também outros grupos da região e estado”.

O Coral Apollo conta com cerca de 20 cantores. Sócios também compõe a entidade. Os ensaios ocorrem semanalmente sob a regência de Paulo Roberto Haas.

Conforme Klein, o desafio na gestão é de renovação, mas mesmo diante das dificuldades o grupo ainda mantém uma rotina de saídas e apresentações em festivais e eventos culturais.

História do grupo

Fundado em Nova Berlim da Forqueta, hoje Marques de Souza, o grupo foi idealizado pelos imigrantes alemães em 1886.

Na época, a Sociedade de Canto de Homens Apollo era uma das referências sociais da comunidade, sendo fundada antes da igreja e da escola.

Desde 2015, o Apollo é considerado um patrimônio imaterial do município.

Os primeiros integrantes da entidade foram Wilhelm Closs, Jacob Closs, João Heineck, Carlos Jaeger, Georg Heinrich Becker, Wilhelm Appelt, Jacob Scheuermann, Gustaf Diesel, Wilhelm Diesel, Heinrich Becker Filho, Josef Forscter, Carl Kral, Nicolaus Justen, Johann Pottr, Peter Andrés, Bernhard Busch, Valentin Busch, Phillip

Gross, Friederich Becker, George Becker, Cristian Becker, Phillip Essig, Frederich Jaeger, Luis Jaeger, Ferdinand Bechlin, Wilhelm Foltz e Friederich Heineck.

Só homens

Não é preconceito nem machismo. O coro é formado por homens desde a fundação porque naquela época eles saíam de casa e as mulheres ficavam cuidando das crianças. Os tempos mudaram, mas o coro preservou a tradição.

A entidade se mantém com a promoção de festas e bailes. Na regência atua Paulo Haas, de Arroio do Meio. Além de integrar festas de corais e eventos em todo o Estado, o Apollo participa de enterros de membros da comunidade.

Audiência debate plano de saneamento

FORQUETINHA

Durante reunião no auditório da prefeitura, foi apresentado o diagnóstico preliminar do Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). Conforme a bióloga Camila Doebber, a etapa teve como objetivo buscar o cenário atual observado no município, quanto aos serviços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, manejo de resíduos sólidos e drenagem das águas pluviais.

“Foram apresentados os pontos positivos e negativos relacionados ao saneamento básico municipal, os quais possibilitam a identificação das carências e potencialidades, possibilitando o estabelecimento de metas e ações que venham melhorar e aperfeiçoar os serviços prestados.”

A atualização do PMSB busca aten-

CIDADES

MICRORREGIÕES : ARROIO DO MEIO, ENCANTADO, TEUTÔNIA e TAQUARI

Arroio do Meio

Reportagem: Gabriel Santos gabriel@grupoahora.net.br

der os parâmetros legais estabelecidos pelo Novo Marco do Saneamento, Lei nº 14.026/2020, que possui diretrizes a serem atendidas como a adesão a adequação dos sistemas de abastecimento de água, estratégias para redução de resíduos, bem como melhorias no destino dos efluentes sanitários.

Além do atendimento a parâmetros legais, o PMSB é mecanismo essencial na busca de recursos e investimentos a serem aplicados nos eixos do saneamento, tendo em vista a qualidade dos serviços e a garantia do cumprimento das metas estabelecidas pelo Novo Marco, destaca o prefeito Paulo Grunewald.

A fase do diagnóstico contemplou o levantamento de dados em plataformas digitais, realização de visitas técnicas aos sistemas, estudo gravimétrico, check-list de informações disponibilizado para o Comitê

e também a aplicação de formulários junto a população do município.

Para saber

Este estudo visa relatar no PMSB a realidade atual do município, atuando como ferramenta para um planejamento metodológico por meio de metas e ações a serem estabelecidas com foco na melhoria dos serviços prestados.

Posterior a apresentação do diagnóstico, o município realizará a audiência pública, que terá como objetivo a apresentação das informações para a população. Destaca-se que o PMSB possui um horizonte temporal de 20 anos, e a participação dos servidores públicos e atores sociais se faz imprescindível dentro deste processo, finaliza Camila. Todo trabalho é coordenado pela Lógica Assessoria Ambiental Inteligente.

Diretor Executivo: Adair Weiss

Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss

Diretor de Conteúdo Editorial: Rodrigo Martini

Teutônia

Reportagem: Jhon Wiliam Tedeschi jhon@grupoahora.net.br

Encantado

Reportagem: Diogo Daroit Fedrizzi diogo@grupoahora.net.br

2 | A HORA cidades Quinta-feira, 17 agosto 2023
GIOVANE WEBER/DIVULGAÇÃO
Grupo musical promove evento no domingo com a presença de pelo menos 11 corais

Gestores pedem incentivos à cadeia leiteira

DIVULGAÇÃO

Prefeitos pedem

governo federal.

ARROIO DO MEIO

Frente as dificuldades enfrentadas pelos produtores de leite no Vale do Taquari, gestores municipais participam em Brasília do Encontro Brasileiro dos Produtores de Leite. A reinvidicação é que o governo anuncie incentivos para minimizar a crise do setor.

Conforme o prefeito Danilo José Bruxel, muitos municípios estão

preocupados com o cenário atual e muitos produtores cogitam deixar a atividade devido a alta nos custos, e baixa no valor pago por litro.

O encontro em Brasília, no qual

participaram Bruxel e Sandro Herrmann (prefeito de Colinas), reuniu produtores de todo o país e

solicita o apoio na sensibilização à cadeia produtiva. O evento foi organizado pela Frente Parlamentar de Apoio aos Produtores de Leite (FPPL).

Os municípios tentam sensibilizar o governo federal a incluir incentivos aos produtores como ocorre em outros países. Outra alternativa é de frear a importação de leite que entra no Brasil por um preço mais acessível, e que desagrada muitos produtores locais.

O retorno de Bruxel está programado para a quinta-feira. Na quarta-feira, ele teve audiências com o FNDE tentando a liberação de recursos para uma nova escola de Ensino Fundamental.

Dificuldades

Uma carta divulgada pela FPPL aponta que no Brasil são mais de

1,1 milhão de produtores de leite, presentes em 99% dos municípios. A maior preocupação é com a geração de emprego e renda.

No total são mais de 4 milhões de famílias e com 81% pertencentes à agricultura familiar.

Entre as dificuldades apontadas em uma carta divulgada aos prefeitos está a importação do produto da Argentina e do Uruguai. “O cenário desleal de ampliação de oferta, somado à retração do consumo interno e aos preços praticados pelos países sul-americanos, até com subsídio à produção, provocou e continua a acentuar o abrupto recuo dos preços do leite, impactando sobremaneira o produtor, sobretudo o pequeno e o médio, o agente inicial da cadeia, já fragilizado pela ausência de segurança jurídica de precificação, de políticas públicas”, destaca o documento.

Hospital vai receber R$ 610 mil para o pagamento de servidores

O montante repassado pela União contempla o período de maio a dezembro de 2023. O projeto para a abertura de crédito e autorização do repasse foi aprovado pela câmara de vereadores.

crédito

ARROIO DO MEIO

Com recursos aportados pelo Ministério da Saúde, o governo municipal confirmou o repasse de R$ 610 mil ao Hospital São José. O valor contempla o pagamento do piso nacional da enfermagem e 13° salário.

No total serão R$ 853 mil. Além do hospital, serão contemplados com recursos profissionais prestadora de serviço da Univates. O governo e a universidade possuem convênios para a prestação de serviços de saúde na área da ginecologia e obstetrícia.

O piso salarial nacional da enfermagem estabelece, por meio da Constituição o pagamento de R$ 4,7 mil para enfermeiros, R$ 3,3 mil para técnicos em enfermagem, R$ 2,3 mi para auxiliares de enfermagem e parteiras. No sistema público de saúde (SUS), do Minis-

tério da Saúde a orientação é que pagamento seja efetuado até 21 de agosto.

A data foi definida após um acordo com estados, municípios e o Distrito Federal. Conforme o secretário da Administração, Aurio Paulo Scherer a União já havia conformado o repasse e com isso o governo municipal encaminhou a autorização legislativa para o pagamento.

Novo poço artesiano

No mesmo projeto de lei, o governo solicitou a autorização para encaminhar investimentos em Forqueta Baixa, na perfuração de um novo poço artesiano.

A obra é financiada na maior parte pela Secretaria da Agricultura do Estado que aportou R$ 82 mil. O município dará uma contrapartida de R$ 30 mil.

Conforme Scherer, o recurso foi

Casa de saúde recebeu a con rmação de recurso após a aprovação legislativa

anunciado no início do ano como medida emergencial para amenizar os impactos da estiagem.

A HORA cidades | 3 Quinta-feira, 17 agosto 2023
apoio ao
A reivindicação é por mais incentivos e restrições na importação
Gabriel Santos gabriel@grupoahora.net.br
Recurso foi encaminhado pela União ao município e câmara aprovou abertura de
Danilo Bruxel e Sandro Herrmann
GABRIEL SANTOS

Projeto identifica patrimônios do Vale

Iniciativa é da Univates, por meio do curso de Arquitetura e Urbanismo. Ações foram desenvolvidas em Progresso, Cruzeiro do Sul e Bom Retiro do Sul com o objetivo de orientar a comunidade sobre a restauração e preservação

VALE DO TAQUARI

Ocurso de Arquitetura e Urbanismo da Univates e o projeto de extensão Patrimônio Vivo desenvolveram ações em diferentes cidades do Vale do Taquari. As atividades estiveram vinculadas à disciplina Arquitetura e Patrimônio, ministrada pela professora Jamile Weizenmann.

Progresso, Cruzeiro do Sul e Bom Retiro do Sul foram as ci-

dades que receberam o projeto. Atividades voltadas à educação patrimonial e ao reconhecimento do patrimônio edificado na região estão entre as ações desenvolvidas. Além disso, foram abordados temas como restauro e orientações quanto aos processos de intervenção em edifícios históricos.

A iniciativa contou com a participação de estudantes e voluntários, assim como professores, com o objetivo de promover a valorização da cultura local, o desenvolvi-

No interior de Progresso, os participantes conheceram a iniciativa de restauro da Igreja Católica

mento do turismo e dos potenciais de desenvolvimento econômico sustentável.

Pelo Vale

No interior de Progresso, os participantes conheceram a iniciativa de restauro da Igreja Católica Alto Tamanduá. O trabalho está sendo conduzido por Leniro Giovanella, filho de um dos fundadores da comunidade. A intenção é recuperar também a Gruta de Nossa Senhora de Caravaggio.

Já em Cruzeiro do Sul, a visita da turma de Arquitetura e Patrimônio à propriedade foi à propriedade de Heidi Collischonn Biehl, que restaurou o lugar. Hoje, a residência, que existe há pelo menos 150 anos, serve como moradia para Heidi. O Sítio das Camélias possui edificações construídas com a técnica enxaimel.

Sebrae e governo renovam ciclo do programa Cidade Empreendedora

VENÂNCIO AIRES

Uma comitiva liderada pelo prefeito Jarbas da Rosa participou em Porto Alegre de encontro dos municípios integrantes do programa Cidade Empreendedora, promovido pelo Sebrae/RS. Além de assinar novos termos de participação dos municípios no projeto, a Capital do Chimarrão foi a primeira do RS a renovar seu ciclo no programa, com a implantação de ações estratégicas e políticas de desenvolvimento nos eixos de Gestão Municipal, Desburocratização, Compras Governamentais, Valorização das Empresas Locais, Turismo e Inovação.

A cerimônia de adesão dos no-

vos planos e o lançamento do Prêmio Sebrae Prefeituras Empreendedoras ocorreu no Salão Nobre da Catedral Metropolitana. Além do prefeito Jarbas da Rosa, estiveram presentes o secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Nelsoir Battisti e o assessor da Pasta, Marcos Hutmann.

Hoje, 85 municípios participam do programa Cidade Empreendedora e Venâncio Aires recebeu destaque por ser o primeiro a concluir seu primeiro ciclo e renovar suas metas pelos próximos dois anos. “Nesse novo ciclo fizemos um contrato totalmente moldado às nossas necessidades e interesses de desenvolvimento. Focamos

na qualificação das nossas lideranças e na desburocratização dos processos públicos”, explica o secretário Nelsoir Battisti.

O programa Cidade Empreendedora estrutura suas ações com base em dez eixos, que atuam no aperfeiçoamento da Gestão Municipal e visam promover engajamento, qualificação e capacitação dos gestores públicos municipais a fim de fortalecer a agenda do desenvolvimento econômico dos municípios e a cultura empreendedora.

O prefeito Jarbas da Rosa destacou que o programa é mais uma forma de aproximação da gestão pública com a privada “Os municípios precisam ser eficientes

Heidi é formada em História, com especialização em Língua e Cultura Alemã pela Unisinos. Ela lecionou por 34 anos, tendo se aposentado em 2019. Estudou sobre a técnica do enxaimel e fez curso sobre bioconstrução antes de iniciar a obra de restauro da casa. A proprietária tem intenção de seguir as obras em outras edificações da propriedade. O local é aberto à visitação com agendamento prévio.

Para concluir as atividades da disciplina, foi feita uma ação no formato de roda de conversa em

No último encontro, integrantes do projeto apresentaram e-book com o relatório final das ações

Bom Retiro do Sul, em junho. O encontro também teve o objetivo de marcar a apresentação de um e-book à comunidade, que contempla o relatório final das ações promovidas pelo projeto Patrimônio Vivo na cidade, incluindo a cartilha de edificações históricas identificadas na comunidade, em conjunto com os participantes.

na gestão dos seus recursos e na oferta de serviços. A iniciativa privada é um excelente exemplo de como fazer mais com menos.

As capacitações e consultorias em

parceria com o Sebrae nos permitirão constante aperfeiçoamento e uma aproximação entre as gestões públicas e corporativas”, resumiu.

4 | A HORA cidades Quinta-feira, 17 agosto 2023
Alto Tamanduá Renovação foi formalizada nesta semana durante evento na capital
FOTOS DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO
Em Cruzeiro do Sul, participantes visitaram o Sítio das Camélias

Visita técnica valoriza empreendedorismo

Iniciativa da CIC Teutônia levou empresários para espaços de inovação

TEUTÔNIA

“Foi uma programação excelente. Possibilitou vermos na prática que quem deseja empreender e tem vontade, mesmo sem muitos recursos financeiros, consegue

fazer um bom trabalho. Especificamente sobre a Quinta da Estância e Estância das Oliveiras, vimos que trata-se de uma empresa que se preocupa com o Meio Ambiente e o que podem passar para as futuras gerações. Além disso, souberam se reinventar na pandemia.” A avaliação é da vice-presidente da Indústria da CIC Teutônia, Mariza Wolf, comentando a retomada do programa de visitas técnicas organizadas pela entidade empresarial.

Grupo de 17 pessoas participou da visitação à Quinta da Estância e Estância das Oliveiras, de Viamão; e ao Instituto Caldeira, de

Porto Alegre, na última sexta-feira, dia 11 de agosto. No case da Quinta da Estância e Estância das Oliveiras os participantes conheceram o modelo de gestão, história de crescimento, inovação, ESG e certificações; já no Instituto Caldeira conheceram o trabalho que promove a conexão entre grandes empresas, startups, universidades e poder público no ecossistema de tecnologia e inovação.

Governo define pontos de videomonitoramento

CANUDOS DO VALE

Com o objetivo de proporcionar mais segurança, a Administração Municipal vai implantar câmeras de videomonitoramento em diversos pontos estratégicos da cidade.

Conforme o prefeito Paulo Bergmann, o projeto busca agilizar o atendimento da segurança pública e promover uma maior integração com a Polícia Militar e Polícia Civil disponibilizando acesso remoto às imagens, dados e informações do sistema.

“A presença das câmeras pela cidade coíbe a prática de crimes. Tudo vem a colaborar na construção de não somente um município mais protegido e referência na segurança, mas também da região como um todo.”

As câmeras serão instaladas em vários pontos, como na entrada da cidade nas imediações do posto de gasolina, Escola Municipal de Ensino Fundamental Frei Vicente Kunrath, praça municipal e Unidade Básica de Saúde.

A HORA cidades | 5 Quinta-feira, 17 agosto 2023
Visitação ao Instituto Caldeira, em Porto Alegre, foi um dos destinos CARINA SCHULTE BOLFE/ DIVULGAÇÃO

Reunião aponta caminhos ao empresariado com a reforma tributária

Ex-governador

Germano Rigotto detalhou pontos críticos sobre o projeto que está em tramitação no Senado Federal. Projeção é que novo modelo de tributação esteja em vigor a partir de 2026

ESTRELA

ACâmara de Comércio, Indústria, Serviços e Agronegócio (Cacis) de Estrela promoveu um café empresarial para debater aspectos referentes à reforma tributária. O encontro ocorreu nessa quarta-feira, 16, e teve como pa-

ENTREVISTA

GERMANO RIGOTTO

lestrante o ex-governador e atual presidente do Instituto Reformar de Estudos Políticos e Tributários, Germano Rigotto.

O principal foco foi o impacto na sociedade a partir da possibilidade de aprovação das mudanças. O projeto foi aprovado pela Câmara dos Deputados em julho e está sob análise do Senado desde então. A projeção é que o texto

Evento reuniu mais de 200 pessoas, entre empresários, políticos e líderes regionais

seja votado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no início de outubro. Cerca de 230 pessoas participaram do evento no Estrela Palace Hotel.

• presidente do Instituto Reformar de Estudos Políticos e Tributários e ex-governador do RS

Após o café empresarial da Cacis, o palestrante concedeu entrevista exclusiva ao programa

A Hora: Como está a tramitação da reforma tributária no Congresso Federal?

Germano Rigotto: As pessoas não se dão conta que passou na Câmara dos Deputados foi apenas uma etapa vencida, mas terá uma segunda etapa no Senado Federal. Durante todo o segundo semestre, provavelmente até outubro ou novembro, teremos um grande debate no Senado para melhorar e aperfeiçoar o que passou na Câmara, então veremos a sociedade se mobilizando. A previsão é que a reforma entre em vigor em 2026 para estar funcionando plenamente em 2032.

Qual a diferença entre reforma tributária e pacto federativo?

Rigotto: Muita gente confunde a distribuição de recursos. Hoje, 64% dos recursos estão concentrados na União, que passa parte disso para estados e municípios. A reforma tributária não resolve isso, ela tem que simplificar o sistema tributário e facilitar que as pessoas saibam o quanto pagam quando compram qualquer bem ou serviço, o que o sistema atual não permite. A revisão do pacto federativo é diferente. Ela define mais claramente o que fazem municípios, estados e União, e quais

os recursos que vão ser canalizados para cada tipo de atribuição. É um movimento muito importante, mais difícil de ser feita que a reforma tributária.

Há uma preocupação de empresários, que se manifestam de forma contundente contra a reforma. Como você vê essa disputa entre indústria, comércio e serviços, e a indefinição quanto às alíquotas?

Rigotto: Havia uma resistência à reforma tributária por parte do agronegócio, que achou que teria aumento na carga tributária. Se existem dúvidas em relação ao comércio e serviços, na indústria não tem dúvida nenhuma. Os setores de comércio e serviços podem dizer que “se a indústria está feliz, talvez sobre para nós”. Mas se analisarmos que 60% da alíquota básica foi reduzida para educação, serviços de saúde, alimentos, entre outros setores de serviços, eles também serão contemplados.

6 | A HORA cidades Quinta-feira, 17 agosto 2023
WILLIAN TEDESCHI
JHON

Encantado alinha ações voltadas ao Pacto Estadual Pela Educação

DIVULGAÇÃO

Município possui

24 iniciativas que atendem eixos do programa

ENCANTADO

Na terça-feira, 15, no Centro Administrativo Adroaldo Conzatti, a secretária de Educação Stéfanie Casagrande se reuniu com representantes do Pacto Estadual Pela Educação para alinhar as ações que Encantado já realiza e que contemplam os sete eixos propostos pelo Pacto.

O CEO do Transforma RS, Ronald Krummenauer, e o head de Inovação do Transforma RS, Leandro Duarte Moreira, ambos integrantes do grupo estratégico do Pacto pela Educação, elogiaram as iniciativas e agradeceram a parceria e disponibilidade de Encantado, que possui 24 iniciativas que atendem o que o Pacto prevê.

Neste encontro, ficou definida a criação de uma página dentro do site do Pacto Estadual com informações do trabalho que está sendo desenvolvido em Encantado para que outras secretarias de Educação se espelhem e possam executar nos seus municípios.

Agora será feito a produção de relatórios e dados para abastecer o site. Em setembro já está marcado um novo encontro, em Porto Alegre. “É cada vez mais importante a sociabilização e divulgação realizada pelos municípios, para que se consiga melhorar e evoluir, replicando o que a gente faz de bom, e essa iniciativa é exemplo disso“, destacou Stéfanie. Também participou da agenda o CEO

da Wise Innovation - empresa que presta consultoria para a secretaria de Educação - Paulo Renato Ardenghi Rizzardi.

O que é o Pacto Estadual pela Educação?

O Pacto pela Educação é um movimento colaborativo formado por representantes da sociedade que compartilham o propósito de transformar o Rio Grande do Sul por meio da educação, desenvolvendo uma nova visão de ensino para uma nova sociedade.

Conscientes da emergência educacional que vivemos, o grupo

No encontro, ficou definida a criação de uma página com informações do trabalho que está sendo desenvolvido em Encantado

propõe um Pacto pela Educação, com o objetivo de construir um futuro melhor. A valorização social da educação é um dos pilares do Pacto, assim como a cocriação de um projeto de Estado que possa tornar o Rio Grande do Sul um ambiente educacional de referência no cenário mundial.

A HORA cidades | 7 Quinta-feira, 17 agosto 2023

Escola homenageia patrono no aniversário de 67 anos

Antônio De Conto foi uma das figuras marcantes na história do município

Matheus Giovanella Laste matheus@grupoahora.net.br

ENCANTADO

Nesta quinta-feira, 17, às 10h, ocorre a cerimônia de entrega do quadro de Antônio de Conto na Escola Estadual de Ensino Fundamental Antônio De Conto, em Linha Jacarezinho. O ato é uma forma de parabenizar e homenagear o colégio pelos seus 67 anos com a exaltação de um de seus primeiros professores.

Criada em 17 de agosto de 1956, a instituição recebeu esta denominação também pelo papel da família de Antônio, que era proprietária do terreno onde está construída a escola. A diretora Vanessa Agostini se sente lisonjeada em poder prestar essa homenagem. “Os familiares tem um grande apreço pelo nosso colégio em reconhecimento a tudo o que ele fez. Tanto pela família, como pela comunidade de Jacarezinho e Encantado. Todos temos muito orgulho dele como ser humano, como patriarca da família e da escola”, ressalta.

A diretora convidou membros da família do professor para participarem da cerimônia. “Alguns já avi-

saram que não poderão vir, mas os familiares estão bem envolvidos. É um ato relativamente simples, mas que se tornou maior. Até estamos apreensivos já que a escola não tem uma estrutura grande, mas certamente vamos conseguir acomodar a todos”, diz Vanessa. Para ela o ato é muito importante também pelo simbolismo que retrata. “Assim exaltamos a união entre a instituição e a família do nosso patrono”, acrescenta.

Quem foi

Antônio De Conto?

Antônio De Conto é uma das figuras mais importantes da história do município. Primeiro morador de Encantado eleito intendente (prefeito) deixou um legado que até hoje é lembrado pelos encantadenses e pela população regional. Nascido

em 3 de julho de 1875 em Campea de Miane, na região de Vêneto, província de Treviso, Itália. Veio ao Brasil aos 4 anos, em 1880, com seus pais e irmãos. Estabeleceram-se em Conde D’eu, hoje município de Garibaldi. Quando tinha 12 anos a família veio para Jacarezinho, Encantado, onde fixou residência. Em 1912, Antônio foi um dos fundadores da capela e do cemitério da localidade. Parte da capela São Carlos foi doada por Antônio, que foi também um dos integrantes do primeiro coral da Capela São Carlos. Ele foi agricultor, professor, inspetor escolar, agrimensor, projetista de rodovias e pontes, fiscal geral de estradas, ajudante do procuradorgeral da República, subprefeito e prefeito. Faleceu aos 57 anos dia 1º de janeiro de 1933.

OBITUÁRIO

8 | A HORA cidades Quinta-feira, 17 agosto 2023
ILAINE KREIN FRITSCH, 62, morreu ontem, 16. O sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal do Florestal, em Lajeado. ROSANI CORREIA, 56, morreu na terça-feira, 15. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Canabarro, em Teutônia. JOSÉ GILBERTO PIES, 58, morreu na terça-feira, 15. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Estrela. ANILDA HENNIG, 90, morreu na terça-feira, 15. O sepultamento ocorreu no Cemitério Evangélico de Estrela.
ARQUIVO PESSOAL
Antônio quando era professor na escola em Jacarezinho

CORRIDA E CAMINHADA

RÚSTICA DE ESTRELA ESPERA MAIS DE 600 PARTICIPANTES

Tradicional prova ocorre no dia 3 de setembro. Inscrições encerram neste domingo

Oterceiro e último lote de inscrições para a 15ª Rústica de Estrela encerra neste domingo, 20. Cerca de 600 pessoas já garantiram presença nas provas de corrida e caminhada que ocorrem no dia 3 de setembro. O evento este ano tem o slogan “Correndo junto pela vida” e busca incentivar a doação de órgãos.

Depois de dois anos de ausência devido à pandemia, a rústica retornou no ano passado e atraiu mais de 400 participantes. Promovida

desde 2006, a prova conta com corridas nas categorias Iniciante (200m), Infantil (2km), Adulto (5 e 10km) e Caminhada (5km).

O atual lote de ingressos é o terceiro. As inscrições para a Corrida Iniciante e Infantil seguem gratuitas. Para a Corrida Adulto 5 km e 10 km tem o valor de R$ 75. Já na Caminhada o valor é de R$ 60. Grupos acima de dez inscritos (corrida 5km e 10km) têm 10% de desconto. Todos os inscritos, com exceção das categorias infantis, têm direito ao kit atleta, que conta com a camiseta e garrafa pet do evento.

Todas as inscrições serão realizadas somente de forma online via link disponível no QR-Code. Mais informações com a Secretaria Municipal de Turismo, Cultura, Esporte e Lazer (Setcel) no 3981-1046.

INSCRIÇÕES

Até domingo, 20 Corrida Iniciante e Infantil: gratuito

Caminhada 5 km: R$ 60 Corrida Adulto 5 km e 10 km: R$ 75

KA MATE! KA ORA!

Não, não se trata de um xingamento, um maldizer, muito menos uma maldição. Ka Mate, que significa “é a morte”, é um Haka, palavra usada para se referir às danças típicas de tribos maoris. Apesar do significado, que explicarei mais adiante, Ka Mate é uma das várias danças praticadas como forma de celebrar a vida, é uma demonstração de força, de orgulho e unidade do povo maori. Não à toa que a conhecemos através da poderosa seleção de rugby da Nova Zelândia, os All Blacks.

Escaneie o QR Code para realizar a inscrição

É bem possível que você já tenha visto o haka feito pelos All Blacks, não? Ora, não é preciso ser um fanático por rugby para já ter ouvido falar da dança feita pelos jogadores dessa respeitada equipe. Caso você não tenha visto ainda, antes mesmo de continuar essa leitura, procure por algum vídeo no youtube e depois volta aqui. É sério, pára um minuto e vai lá. Acredito que a primeira sensação que te ocorreu foi a de intimidação ao oponente. Não é para menos! Ao comando do líder, o jogador de sangue maori mais velho, os demais batem com as mãos nas coxas, estufam o peito, dobram os joelhos, mostram fortes expressões faciais e batem os pés com força. É uma demonstração do poder, bravura, coragem e força da equipe para a disputa que está por ocorrer. Ainda assim, o haka não é, em sua origem, uma dança de guerra como muitos pensam, mas uma dança folclórica que ocorre em situações de celebração ou boas-vindas, e vem sendo praticada pelos All Blacks há mais de 100 anos, antes dos jogos de rugby. Foram eles que tornaram o haka mundialmente conhecido, usando a dança como forma de mostrar e afirmar sua identidade maori quando jogavam fora do seu país. Desde então, o haka se tornou uma tradição da equipe. E por que dançar um haka que fala da morte, antes do jogo? Porque ele também fala da vida. O Ka Mate foi criado em 1820 pelo chefe maori Te Rauparaha, após ter escapado com vida de uma tribo rival. Em resposta aos dizeres Ka Mate eles dizem Ka Ora, que significa “é a vida”. Essa dança é uma história para lembrar: sobreviver aos desafios da vida, superar os adversários em campo.

NÃO, NÃO SE TRATA DE UM XINGAMENTO, UM MALDIZER, MUITO MENOS UMA MALDIÇÃO. KA MATE, QUE SIGNIFICA “É A MORTE”, É UM HAKA, PALAVRA USADA PARA SE REFERIR ÀS DANÇAS TÍPICAS DE TRIBOS MAORIS”

O Ka Mate foi a única dança praticada pelos All Blacks até 2005, quando incluíram em seu repertório um haka criado especialmente para eles, chamado de Ka O Pango, que significa “a equipe de negro”. Eu resumo esse haka como uma mensagem que diz em alto e bom tom: respeitem a nossa história. Faz jus ao que eles são. Recomendo que você assista um jogo desses caras para entender o que eu estou falando.

Eu trouxe esse tema porque não se trata apenas de uma dança ou um ritual. É um fato curioso que serve para mostrar também o comportamento e a mentalidade desses campeões. Não é qualquer um que vive o haka, obviamente, da mesma forma que não é qualquer um que chega à excelência. Para tanto é preciso agir com intensidade, propósito, lealdade, respeito e honra. Assim é o haka, assim é a vida. O rugby, meus caros, é um caminho que nos ensina sobre esses e outros valores que tornam os homens mais hábeis a trilhar uma jornada de sucesso.

A HORA | 13 Quinta-feira, 17 agosto 2023
e presidente do Centauros
psicóloga
JENIFFER HARTH
Após dois anos de ausência devido à pandemia, a rústica retornou em 2022 e atraiu mais de 400 participantes

Energia solar cresce

375,82% em

cinco anos

Percentual refere-se à potência instalada nos seis maiores municípios do Vale do Taquari. Energia limpa e redução no valor da conta são apelos importantes para instalação do sistema em empresas, prédios públicos, propriedades rurais e unidades residenciais.

RESPEITO À NATUREZA E AO PRÓXIMO

Grupo Escoteiro Tibiquari, de Lajeado, conta com mais de cem integrantes e 11 anos de história. A cidadania é passada por meio de atividades lúdicas e em conjunto. Do lobinho ao chefe escoteiro, todos têm estão sempre alertas para ajudar.

PLÁSTICO: ÚTIL, MAS POLUENTE

Do total usado e descartado no mundo, em torno 10% é reciclado. Em cidades do Vale, o reaproveitamento é ainda menor, 3%. Enquanto isso, pesquisas avançam e apontam a possibilidade de acelerar a degradação do material levado a aterros sanitários.

CADERNO ESPECIAL AGOSTO | 2023

Vivíamos em um tempo quando tudo era farto e fácil. A natureza parecia bondosa. Banhos de cascata, árvores frondosas, peixes à vontade nos rios. Nas matas e no ar, os mais diversos animais estavam à disposição para satisfazer o desejo primitivo de caçar. E se precisasse abrir caminho, um facão bem afiado e manuseado dava conta do serviço. O assado no acampamento era a coroação das investidas bem sucedidas. Quem podia, fazia fotografias para registrar e exibir os feitos.

A descrição de práticas típicas do século passado apenas ilustram a falta de cuidado do homem em relação ao meio ambiente. Parece que chegamos ao limite do desconhecimento e da falta de consciência.

Com o passar dos anos, foram surgindo motivos e propósitos para mudança de atitude - legislação, economia, política, evolução e comunicação são apenas alguns exemplos. Vale ressaltar que cada pessoa está em uma fase de evolução nestas questões. Caça e desmatamento, embora sejam proibidos, ainda acontecem. Mas, pelo menos, temos amparo legal para coibi-los.

Agora, o conhecimento e o fácil acesso à informação incentivam a arregaçar as mangas, debruçar-se sobre teses para tentar reverter os processos e atitudes equivocados de um passado recente. Mais que do que isso, usa todos os instrumentos disponíveis para encontrar alternativas sustentáveis para preservar o tanto possível.

Não se trata de discurso vazio ou de plantar uma árvore na calçada. Estamos falando de ações. Pesquisadores, professores, estudantes, poder público, setor privado e tantos outros entes surgem com novas ideias e com o olhar voltado à Terra e à sua preservação. Não há unanimidade. Estamos em fase de processo. É uma longa caminhada

que talvez não tenha fim, mas que tenha cada vez mais adeptos. Do macro ao micro, estamos falando das pequenas e diárias atitudes.

Nesta edição, por meio de entrevistas e pesquisas, apresentamos problemas e indicamos soluções, ou o “caminho” para. Um exemplo é o plástico. Por conta do uso exacerbado e da pouca reciclagem, chega em toneladas aos aterros sanitários. Alguns tipos podem levar até 450 anos para se decompor. O microplástico está no ar que respiramos, na água que bebemos. Sem contar os reflexos nos oceanos. Se tem solução? Não percamos a esperança!

Outro tema importante é a geração de energia. O sol está aí não só para clarear os nossos dias. A geração fotovoltaica tem grande potencial e é limpa. O biogás, assunto de outra reportagem, é capaz de colaborar para uma propriedade rural se tornar autossustentável.

Pessoas dispostas a nos mostrar a importância de cada ser vivo, por meio de suas pesquisas, conceito de sustentabilidade em novo empreendimento e informações úteis sobre os cuidados com de nossas árvores são outros assuntos que ilustram as páginas deste suplemento.

Boa leitura!

TEXTOS Luciane Eschberger Ferreira Grafica Uma/ junto à Zero Hora PRODUÇÃO EXPEDIENTE IMPRESSÃO ARTE E DIAGRAMAÇÃO Lautenir Azevedo Junior COLABORAÇÃO Eloisa Silva Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor de Mercado e Estratégia: Fernando Weiss Diretor de Conteúdo Editorial: Rodrigo Martini Meio ambiente:sobram motivos e propósitos
para mudarmos de atitude
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O conhecimento e o fácil acesso à informação incentivam a arregaçar as mangas, debruçar-se sobre teses para tentar reverter os processos e atitudes equivocados de um passado recente.

PARA TORNAR LAJEADO A CIDADE DO FUTURO, UM EMPREENDIMENTO QUE VALORIZA O ECOSSISTEMA

Com o objetivo de promover um desenvolvimento sustentável, a DNW se empenha na concepção de projetos que valorizem estruturas já estabelecidas e reduzam os impactos negativos para as comunidades e para o ecossistema

Omundo contemporâneo pede por alternativas e empreendimentos que sejam sustentáveis econômica, social e ambientalmente. Ainda mais em um cenário de crescimento e desenvolvimento, como vive a cidade de Lajeado. Por isso, a DNW Empreendimentos Imobiliários pauta sua atuação sob esse princípio. E um bom exemplo é o empreendimento Altos da XV, no bairro Florestal, onde até a estrutura de esgoto está adequada às soluções inovadoras e coletivamente responsáveis.

Segundo o arquiteto Marcos Nesello, sócio da DNW, o Altos da XV está sendo desenvolvido para traduzir o DNA de pertencimento do morador com a cidade, o que inclui um equilíbrio entre as facilidades de um centro econômico e a sensação de “rua do interior”. “Além disso, o processo de sustentabilidade econômica, logística e de infraestrutura passa também pelas questões de esgoto. Afinal, todos os condomínios da cidade precisam desenvolver um sistema de tratamento para o esgoto gerado”, analisa Nesello.

De acordo com Alana Pitol, engenheira civil e sócia da P9 Engenharia de Estruturas, escritório responsável pelos projetos estruturais e de instalações do Altos da XV, o bairro Florestal é atendido com uma estação de tratamento da Corsan, onde o esgoto é canalizado e vai direto para uma estação de tratamento da própria empresa.

“Na época do projeto, solicitamos a autorização da Corsan para atender a demanda do empreendimento. A autorização foi concedida, o que faz com que no terreno não seja necessário nenhum tratamento prévio. Assim, o esgoto vai direto para esta estação e é tratado de forma adequada”, explica.

A correta destinação e o adequado tratamento do esgoto traz benefícios ao meio ambiente, com impacto para o cotidiano da cidade, mas também gera resultados diretos para os próprios moradores.

“Quando o prédio é responsável pelo tratamento, isso sempre gera custos e traz riscos. No Altos da XV, o esgoto é lançado direto para a rede da Corsan, traz economia para os moradores e garante um fim ecologicamente adequado”, analisa Alana.

Desenvolvimento sustentável

Para Leandro Wendt, que também integra a diretoria da empresa, essa decisão ilustra a atenção dada pela DNW ao processo de desenvolvimento sustentável de Lajeado. Tanto é que a empresa tem uma preocupação grande com os resíduos do canteiro de obra e sua correta destinação. “Estabelecemos uma dinâmica de trabalho e organizamos um processo construtivo que tem o objetivo de minimizar a quantidade de resíduos gerados”, conta.

Enquanto isso, André Damiani, também sócio da empresa, explica que até a qualidade do projeto arquitetônico entra no escopo de trabalho desenvolvido pela DNW. Isso inclui, por exemplo, grandes vãos iluminados e ventilação cruzada, o que dá qualidade espacial de vivência às lojas, apartamentos e áreas de uso comum.

“Minimizamos toda a carga energética do prédio, já que não é preciso ligar o ar condicionado desnecessariamente ou recorrer à iluminação artificial antes do necessário. Nós procuramos, então, criar espaços com ‘pulmão’, que sirvam para o ar circular, assim como importantes e completas áreas verdes”, conclui Damiani.

Os empreendimentos da DNW são pensados para existirem dentro de uma lógica de municipalidade já presente no cotidiano. Isso passa pelo fato das áreas descentralizadas não contarem com estrutura, de transporte a serviços e entretenimento. E a DNW busca estar presente onde tem estrutura, o que colabora para os clientes, mas também para o ecossistema.

pelo descentraliza

O Altos da XV foi idealizado no bairro Florestal a partir desses princípios. Além de unir inovação e tradição, foi pensado para atender diversos tipos de públicos. “O empreendimento está conectado com acessos rápidos a ERS-130 e a BR-386 e conta com diversas e excelentes opções de serviço e entretenimento a minutos de distância. Queremos que seja mais do que uma boa casa, e sim, também um ótimo lugar para viver”, explica Nesello.

Conheça o Altos da XV

Projetado para transformar a sua vivência em uma experiência prazerosamente inesquecível, o Altos da XV é um empreendimento com traços e linhas únicas. Localizado no bairro Florestal, o empreendimento conta com:

• Apartamentos de 2 e 3 suítes

• 3 coberturas horizontais

• Box amplo para todas as unidades

• 10 lojas térreas

• 2 elevadores

• Salão de festas Social

• Salão de festas Pub

• Hall de entrada com guarita blindada

• Belvedere

• Playground

• Sala de reuniões/coworking

• Academia

• Bicicletário

3 Apresentado por
Produzido por Rua Bento Rosa, 252, Loja 06, Hidráulica | Lajeado, RS dnw@dnw.com.br @dnw_empreendimentos
UM BAIRRO CONECTADO COM O FUTURO

GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR DÁ SALTO NO VALE DO TAQUARI

Dos seis maiores municípios da região, Lajeado tem a maior potência instalada, seguido por Estrela e Teutônia. Em crescimento, Encantado se destaca

Nas seis maiores cidades do Vale do Taquari (veja quadro), a potência instalada atual energia fotovoltaica é de 12.219,93 kilowatts (KW), dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O crescimento foi de 375,82%, se comparado com os

números de cinco atrás – 2.568,12 KW. Em termos de potência instalada, Lajeado, em 2018, era o município com maior índice, 1.019,88 KW. Cinco anos depois, segue no topo da lista, com 4.163,66 KW. Porém, o maior percentual de crescimento foi registrado em Encantado 1.350,30% - passou de 119,58 para 1.734,28 nos últimos cinco anos.

Os números do Vale contribuem para o status alcançado pelo Rio Grande do Sul - está entre os três estados brasileiros com maior potência instalada de energia solar na geração própria em telhados e pequenos terrenos. Conforme o mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o RS ultrapassou 2,2 gigawatts (GW) em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e

COMO FUNCIONA O SISTEMA DE GERAÇÃO

prédios públicos.

O estado possui mais de 255,7 mil conexões operacionais, espalhadas por 497 municípios, ou 100%.

Atualmente são mais de 341,4 mil consumidores de energia elétrica que já contam com redução na conta de luz, maior autonomia e confiabilidade elétrica.

Segundo dados da Absolar, desde 2012, a geração de energia solar já proporcionou ao Rio Grande do Sul a atração de mais de R$ 11,9 bilhões em investimentos, geração de 68,1 mil empregos e a arrecadação de mais de R$ 3 bilhões aos cofres públicos.

Para a coordenadora estadual da Absolar, Mara Schwengber, o avanço da energia solar no país é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental e ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do país, reduzindo a pressão sobre os recursos hídricos e o risco da ocorrência de bandeira vermelha na conta de luz da população.

“O estado do Rio Grande do Sul é atualmente um importante centro de desenvolvimento da energia solar. A tecnologia fotovoltaica representa um enorme potencial de geração de emprego e renda, atração de investimentos privados e colaboração no combate às mudanças climáticas”, finaliza.

Conta despenca de R$ 4,2 mil para R$ 150

A cada 60 dias, 36 mil frangos saem da propriedade de Inácio Berwanger direto para o abate. Do ciclo de crescimento das aves à limpeza

dos aviários até receber novos lotes demanda muito mais que trabalho. Em todo o processo, que se renova a cada dois meses, a energia elétrica é um insumo fundamental e de valor importante na planilha de custos. Conforme o gerente da propriedade, Paulo Reis, nos primeiros dez dias, os pintinhos precisam do ambiente iluminado 24 horas. A partir de então, 8 horas bastam. No verão, os ventiladores são utilizados dia e noite, também para o controle da temperatura.

Além dos aviários, a propriedade, na Linha São José, em Estrela, tem três residências familiares, a moenda para produção de cachaça, e uso de equipamentos que consomem energia. Segundo Reis, o custo médio mensal da conta de energia era R$ 4, 2 mil. Nos últimos oito meses, esse valor despencou para R$ 150/mês.

Painéis são instalados nos telhados
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Paulo Reis destaca que a economia com a conta de energia

A instalação de um sistema de energia fotovoltaica foi a solução para reduzir a despesa com energia. As placas solares foram instaladas no telhado do aviário, com localização privilegiada, ao norte, para aproveitar o maior período de sol, tanto no inverno quanto no verão. O sistema de captação de energia limpa foi pago à vista. Reis calcula que em 4 anos, com o valor economizado na conta de energia, já terá pago o investimento.

Tarifa é cobrada pelo uso do fio “B”

No sistema fotovoltaico instalado a DIEGO VIVANCO/PEXELS

partir de 7 de janeiro é cobrada a taxa pelo uso do fio “B”. A energia gerada abastece as granjas, residências e empresas, por exemplo, e o excedente é direcionado para as distribuidoras pelo chamado fio B. Quando o sistema não gera (à noite), a residência é abastecida pela concessionária. A diferença (solar – elétrica) volta como crédito na conta de energia. É neste processo que há cobrança.

Geração solar ultrapassa a eólica

No começo deste ano, a energia solar ultrapassou a fonte eólica (gerada pela força do vento), passando a ocupar o segundo lugar na matriz elétrica brasileira. Do total da potência instalada no país, 14,3% vêm da energia solar, perdendo apenas para a hídrica (51%).

Os 2 milhões de sistemas fotovoltaicos instalados no país abastecem 2,6 milhões de unidades consumidoras. Porém, representa menos de 3% do número total de unidades consumidoras existentes no Brasil.

O levantamento da Absolar aponta que a tecnologia fotovoltaica já está presente em 5.530 municípios e em todos os estados, sendo Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul e Paraná com as maiores participações, nesta ordem. Desde 2012, foram aplicados R$ 111,2 bilhões em recursos privados no setor, com geração de quase 700 mil novos empregos e arrecadação para os cofres públicos de R$ 29,8 bilhões.

Sistemas on grid e off grid

O sistema fotovoltaico on grid é aquele conectado à rede de distribuição elétrica da concessionária, por exemplo, no meio urbano. Pode ser instalado em residências e empresas de todos os tamanhos. A principal vantagem é a compensação de energia elétrica, já regulamentada por lei. A energia elétrica gerada é usada pelo próprio imóvel e a sobra é enviada à concessionária, que concede créditos ao consumidor, como força de compensação pela geração de energia. Os créditos são convertidos na conta de luz e podem ser utilizados em até 60 meses, O sistema off grid é totalmente autônomo, ou seja, não é integrado à rede da concessionária. É ideal para locais distantes da rede ou sem acesso à distribuição de energia, como áreas rurais, tanto em ambientes produtivos como residenciais. A energia produzida é armazenada em baterias, garantindo o fornecimento durante a noite ou em períodos sem geração. Assim, dá total autonomia energética à propriedade. O off grid é usado em monitoramento veicular 24h, veículos recreativos, como os food trucks, câmeras e equipamentos de monitoramento e segurança em locais como praças, ruas e fazendas, que necessitam de autonomia energética para não sofrer apagão.

entrevista

Linhas de crédito para o setor agro impulsionam os negócios

Viver Cidades - A Disim iniciou suas atividades com automação industrial em setembro de 2009. O que motivou a ampliação para o setor de energia fotovoltaica, em 2015?

Diego Simonetti - Foi uma oportunidade de negócios. Estávamos inseridos no mercado e percebemos que nossos clientes buscavam eficiência energética e redução de custos. Estudamos bastante o mercado e ampliamos o negócio com a energia fotovoltaica.

lar, nesta jornada de 8 anos?

“Percebemos

clientes buscavam

redução de custos”

Simonetti - Nestes últimos anos apresentou uma crescente considerável, especialmente em 2022 quando se falou em taxação, que, no meu ponto de vista é um termo incorreto. Teve um boom tanto nas vendas quanto na carteira de clientes. Porém, neste ano, teve recuo, pela alta nas taxas de juros e até mesmo por conta da instabilidade política. Este cenário vem se mantendo. Agora, com taxa de financiamento específica pro setor primário, eu acredito que venha destravar este setor.

Quais são os principais clientes: residenciais, empresariais ou do agronegócio?

Simonetti - São clientes do agronegócio (70%), residencial (20%) e empresarial (10%). No entanto, o atual momento apresenta uma tendência de mudança com boa procura pelas empresas.

Há linhas de crédito disponíveis para quem quer investir em sistemas fotovoltaicos?

Simonetti – As linhas disponíveis agora são do BNDES, para o setor agro, que são mais interessantes porque os juros variam entre 5,5% e 10,5% ao ano. E linhas contratadas diretamente com as instituições financeiras, mas que no momento têm juros não muito interessantes, em torno de 1,5% a 2% ao mês.

Como você vê o mercado de energia limpa, especialmente a so-

Em 7 de janeiro de 2023 entrou em vigor o Marco Legal da Microgeração e Minigeração Distribuída. Houve reflexos no setor?

Simonetti - A entrada desta legislação trouxe certa insegurança para o setor, e os reflexos ainda estão este ano. Por isso é importante esclarecer bem ao cliente o que é esta taxa e quanto ela vai impactar no retorno finaceiro. É importante, inclusive, para que o setor continue aquecido.

Mesmo com a taxação, vale a pena investir neste tipo de abastecimento, considerando que é energia limpa e sustentável?

Vale muito a pena investir, até porque os formatos de negócios já se moldaram por um outro caminho. Grandes players e investidores estão trabalhando com usinas formato locação – loca os créditos de geração.

Potência instalada de energia fotovoltaica entre 2028 e 2023

Diego Simonetti proprietário da Disim Gerente da propriedade,
LUCIANE ESCHBERGER FERREIRA
Município Potência instalada em KW - 2018 Potência instalada em KW - 2023 Crescimento Lajeado 1.019,88 4.163,66 308,24% Estrela 613,07 2.258,47 268,38% Teutônia 338,62 1.778,77 452,29% Encantado 119,58 1.734,28 1350,30% Arroio do Meio 362,78 1.378,61 280,01% Taquari 114,49 906,04 691,37% Total 2.568,12 12.219,83 375,82%
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Quanto mais velozes são as inovações, mais rápido é o ciclo consumo e descarte

Resíduos eletrônicos têm diversos contaminantes. Reciclagem é opção para reduzir impactos na natureza

Oprimeiro celular do mundo completou cinquenta anos em abril de 2023. Desenvolvido pelo engenheiro Martin Cooper, o Motorola Dynatac 8000X, também conhecido como ‘The Brick’, ou ‘O Tijolo’, revolucionou os sistemas de comunicação. Foi o próprio engenheiro que fez a primeira ligação em 1973, com o protótipo do aparelho. Foram muitas décadas de estudos até chegar ao dispositivo criado por Cooper, o ‘pai do celular’. E quem pensa que a tecnologia chegou rapidamente ao nosso país, está enganado. O primeiro celular no Brasil só foi lançado em 1990, o Motorola PT-550, conhecido como celular tijolão. De lá pra cá, o número de marcas se multiplicou. E em maior velocidade, os modelos e tecnologias dos aparelhos. A Apple, por exemplo, lança um por ano.

RECICLÁVEL

Jornais e revistas

Folhas de caderno Caixas de papel Cartazes

Garrafas de refrigerantes

Embalagens de produtos de limpezas

Copinhos de café

Embalagem de margarina, canos e tubos Sacos plásticos em geral

Latinhas de aço Latinhas de alumínio

Panelas

Pregos

Arames

Garrafas de todos os tipos

Copos

Potes

Frascos

NÃO RECICLÁVEL

Fitas adesivas

Papel carbono

Papeis sanitários

Papeis metalizados

Guardanapos fotografias

Cabo de panela

Tomadas

Embalagens de biscoito Misturas de papel, plásticos e metais

Pilhas

Esponjas de aço (aquelas usadas para lavar louça) Clips

Grampos

Espelhos Lâminas Porcelana Cerâmica

Além das marcas trazerem novidades, está aí a 5ª geração das redes móveis e de banda larga.

O 5G chegou no Brasil em julho do ano passado, em Brasília. Um calendário, considerando os índices populacionais, vai espalhar o sistema do Oipoque ao Chuí. No Vale, já está disponível.

Uso volátil

O avanço tecnológico contribui para o consumo. Quem usa celulares e notebooks como ferramenta de trabalho, por exemplo, precisa atualizar-se. Cada um, ao tempo de sua necessidade, troca por aparelhos mais modernos e eficientes. Esta prática tem, pelo menos, dois reflexos: movimenta a economia e gera resíduo especial.

Material Tempo para decomposição

Jornais De 2 a 6 semanas

Embalagens de papel De 3 a 6 meses

Fósforos e pontas de cigarros

Chiclete

2 anos

5 anos

Nylon 30 anos

Tampas de garrafas

150 anos

Latas de alumínio De 200 a 500 anos

Isopor 400 anos

Plásticos 450 anos

Fralda descartável comum

450 anos

Vidro 1 milhão de anos

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entrevista

Resíduos especiais não podem ser tratados como comuns

Viver Cidades – O que é resíduo especial?

Luana Hermes - É todo resíduo que não se enquadra na geração diária (restos de alimentos, resíduos recicláveis, lixo de banheiro), ou seja, aqueles que são gerados sem muita frequência no espaço domiciliar, como lâmpadas, óleo de cozinha usado, eletroeletrônico, pilhas, cartela de medicamento e medicamentos - muitos não sabem, mas as cartelas de medicamento não devem ser descartadas no lixo comum. Resíduos especiais são aqueles que precisam ter descarte especial e cuidado diferenciado.

Por que estão classificados como especial?

Luana - Esses resíduos são chamados de ‘especiais’ porque têm tratamen-

to especial, justamente por conterem materiais contaminante ou pesados em sua composição. Os eletrônicos têm em sua composição chumbo, cádmio, antimônio, níquel e mercúrio. São metais pesados difíceis de serem degradados, além de emitirem gases extremamente poluentes para o meio ambiente, seja no solo ou na água.

Celulares e computadores têm metais pesados?

Luana - Celulares e computadores também tem na composição alguns desses componentes. É muito difícil hoje um eletroeletrônico não ter material pesado na sua composição. A pilha, por exemplo, solta ferrugem, que causa contaminação por meio do mercúrio e do chumbo.

Como deve ocorrer o descarte?

Luana - Os resíduos especiais devem ser descartados em locais adequados, como Ecopontos, e em campanhas como os dias ‘D’. Em Estrela, por exemplo, o Dia D Descarte ocorre na Praça Menna Barreto, em sistema drive thru. O material entregue pela comunidade é levado pela empresa recicladora habilitada.

Por que os resíduos especiais não podem ser descartados na coleta convencional?

Luana - Os resíduos especiais não podem ser descartados na coleta convencional e nem na seletiva. O último lugar em que esses resíduos devem chegar é no aterro sanitário. Ao juntar, por exemplo, uma pilha ao resíduo orgânico, esse lixo orgânico será contaminado, porque a pilha vai molhar, gerar um líquido e a partir do momento que chega ao aterro também vai contaminar e gerar gases do efeito estufa, pela decomposição inadequada.

As lâmpadas fluorescentes oferecem quais riscos?

Luana – As lâmpadas fluorescentes têm o mercúrio como componente. É um elemento químico extremamente contaminante. Uma vez inalado, contamina o pulmão. Além do vidro, que quebra, esfarela e pode machucar. Por isso que orientamos substituir por lâmpadas de led.

Quais os impactos do descarte inadequado?

Luana - Todo descarte inadequado de resíduos contamina o solo, afeta diretamente a água que consumimos. Com escoamento, a água chuva vai parar nos arroios e rios, que abastecem os municípios. Com isso é necessário usar cada vez mais produtos químicos nas estações de tratamento para limpar a água para o consumo.

Por que o óleo de cozinha tem descarte especial?

Luana - Quando falamos em óleo de cozinha, estamos falando de gordura que não se mistura com a água, que é densa. São ácidos graxos insaturados. A partir do momento que é despejado na pia, adere nos encanamentos e, com o tempo, essa gordura acumula e gera problemas nas graxeiras e fossas. Além disso, contamina a água e o solo. Para 1 litro de óleo de cozinha usado, 1 milhão de litros de água é contaminado.

O que é logística reversa?

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (instituída pela Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010) prevê a logística reversa, que é devolver ao fabricante/ comerciante os resíduos sólidos especiais. Na região, uma logística que funciona muito bem é a das embalagens de agrotóxicos e a dos pneus. Outras, nem tanto. Tem a lei que defende o consumidor de fazer esse descarte adequado. Então cabe a nós, como consumidores finais, buscar essas informações e fazer valer o nosso direito. Os pontos comerciais que vendem esses produtos deveriam recebê-los de volta, pois está na lei. Infelizmente nem tudo acontece como deveria.

Os resíduos especiais não podem ser descartados na coleta convencional e nem na seletiva, para evitar a contaminação das demais sobras

Luana Hermes engenheira ambiental, coordenadora da Sala Verde de Estrela e embaixadora do Instituto Lixo Zero Brasil, no Vale do Taquari
“Os eletrônicos têm em sua composição chumbo, cádmio, antimônio, níquel e mercúrio.”
Cabe a nós, como consumidores finais, buscar essas informações (sobre logística reversa) e fazer valer o nosso direito.
Todo descarte inadequado de resíduos contamina o solo e afeta diretamente a água que consumimos.
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Aonde vai parar o computador obsoleto?

Dos sete “Rs” da sustentabilidade, quatro são praticados na rotina de trabalho da Moraes e Maia Coleta de Eletrônicos, de Lajeado. Diariamente, o material que chega é triado. Peças com potencial de reutilização vão para o setor de consertos e são reparadas. Prontas, são expostas na loja. Quem compra um computador, por exemplo, vai reintegrá-lo, irá usá-lo novamente. O restante do material é desmanchado e suas peças vão para área do plástico, do vidro, ferro, alumínio, entre outras. Assim são vendidas às empresas recicladoras.

Carlos Henrique Maia e Alfredo Moraes começaram o negócio há 13 anos.

Dar o destino adequado aos resíduos especiais é o propósito do negócio, embora recebam plástico e papelão.

Num passeio pelo pavilhão de 1.200 m² é possível encontrar desde uma máquina com escova giratória para lixar o chão, passando por geladeiras, arquivos de aço e até violão. Peças antigas e novas, em pleno funcionamento ou estragadas ocupam o espaço e deixam apenas um corredor estreito para passagem.

Segundo Moraes, as lâmpadas de led são recicláveis, mas a mão de obra para separar as peças - algumas muito pequenas - é demorada. “Quase não vale a pena.” A empresa também recebe a fluorescente, que contém mercúrio, altamente tóxico, e precisa

entrar na logística reversa.

Pagamento

O serviço de coleta não para. “Mas muitas pessoas nos ligam e querem vender o material”, compartilha Maia. Entretanto, o custo de busca, de funcionários e todas as outras despesas da empresa, inviabilizam o pagamento por peças de descarte. “Em algumas situações, cobramos só o combustível, coisa de R$ 10,00, R$ 20,00”, acrescenta.

A atitude pode parecer pouco amigável, mas justifica-se. A Moraes e Maia é credenciada a receber todos os tipos de eletroeletrônicos entre outros itens. Depois de separados por tipo de material, são vendidos às recicladoras (veja tabela de preços).

A orientação é que as pessoas aproveitem as campanhas de descarte feitas pelas entidades e prefeituras. “Participamos há muitos anos do Arte na Praça, em Lajeado, da ação Viva o Taquari-Antas Vivo, do Arte na Escadaria em Estrela, e tantas outras campanhas”, conta Moraes.

Quanto vale o quilo

Plástico: R$ 0,80

Ferro: R$ 0,30

Cobre: R$ 28,00

Alumínio: R$ 5,00

Os sete R’s fazem parte de um processo educativo com o objetivo de mudar hábitos dos cidadãos e garantir um futuro melhor para humanidade. A chave é repensar valores e práticas, reduzir o consumo exagerado e evitar o desperdício.

Repensar

Repense seus hábitos. Pense bem antes de comprar. Escolha comprar somente o que realmente é necessário. O consumo excessivo causa degradação ambiental.

Recusar

Recuse produtos fabricados por empresas que não respeitam a natureza ou prejudicam o meio ambiente. Opte por comprar de quem produz com baixo impacto no ambiente e beneficia a sociedade.

Reduzir

Usando corretamente produtos com maior durabilidade e com embalagens na medida certa, você vai reduzir o consumo de energia, de água e a quantidade de lixo residual. Assim, quando for comprar alguma coisa, pense em como reduzir a quantidade de lixo que será gerado com aquilo e evite excessos de consumo.

Reparar

Muitas vezes, consertar um produto quebrado sai mais barato do que comprar um novo. Além de ser sustentável, você ainda economiza.

Reutilizar

Com um pouco de imaginação e criatividade podemos utilizar o mesmo produto para outro fim. Um objeto pode ganhar funções totalmente diferentes das originais e ainda continuar muito eficiente. Adote o hábito de adquirir produtos que sejam reutilizáveis como: guardanapos de pano, sacolas retornáveis, fraldas de pano e embalagens reutilizáveis.

Reciclar

Cada material deve ser separado e levado ao coletor específico, como os ecopontos ou, ainda, à coleta seletiva.

Reintegrar

Já aquilo que não pode ser reciclado, como restos de alimentos e outros materiais orgânicos, pode ser reintegrado à natureza. A compostagem orgânica é um exemplo.

Carlos Maia e Alfredo Moraes selecionam os objetos. Caso seja possível consertá-los, colocam à venda na lojinha da empresa
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Os sete “RS” da sustentabilidade
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Plástico: mocinho ou vilão ? ? ou

Material versátil e de baixo custo, é amplamente utilizado. Entretanto, a reciclagem ainda engatinha.

Descartado de forma incorreta pode contaminar o ambiente e levar até 450 anos para se decompor

Você já abservou a quantidade de plástico passa por suas mãos a cada dia? Já contabilizou quanto deste material tem uso único? Quanto você descarta na lixeira comum e na da coleta seletiva?

Neste ano, a “solução para poluição plástica” foi tema central do Dia do Meio Ambiente, na Organização das Nações Unidas (ONU). E não é pra menos. Mais de 400 milhões de toneladas de plástico são produzidas a cada ano em todo o mundo e apenas 10% são reciclados.

Os números mundiais são otimistas se comparados com os locais: apenas 3% dos resíduos sólidos descartados pelos lajeadenses são reciclados.

Neste montante, o plástico se soma a papelão, latas de alumínio e outros recicláveis. Em Estrela, os percentuais são os mesmos.

Avanços tecnológicos

Doutora em química e pesquisadora do programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Univates, Lucélia Hoehne destaca as várias inovações e avanços tecnológicos que o plástico tem passado. “Eles são muito importantes para várias áreas.”

De acordo com Lucélia, pesquisas e desenvolvimentos têm se concentrado na criação de plásticos que se degradam mais rapidamente no meio ambiente. “Isso é importante para reduzir o acúmulo de resíduos plásticos e seus impactos ambientais negativos.”

Outros plásticos estão sendo desenvolvidos a partir de fontes renováveis, como amido, celulose, cana-de-açúcar e outros materiais vegetais. “Estes são conhecidos como bioplásticos e têm um menor impacto ambiental em relação aqueles derivados do petróleo. Degradam mais rápido”, ccompleta.

Outra alternativa é o reaproveitamento, como os recicláveis de alta qualidade. “São plásticos que podem ser reciclados com mais facilidade e resultam em materiais de alta qualidade para uso em novos produtos.” Lucélia reforça

SOBRE A

POLUIÇAO PLÁSTICA

A cada minuto, o equivalente a um caminhão de lixo de plástico é jogado em nosso oceano.

A poluição plástica é um problema global.

Aproximadamente 7 bilhões das 9,2 bilhões de toneladas de plástico produzidas de 1950 a 2017 se tornaram resíduos plásticos, que acabaram em aterros sanitários ou lixões.

No Brasil, O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) criou, em junho, a Comissão Nacional de Incentivo à Reciclagem (CNIR), que será responsável pelo estabelecimento de diretrizes para esta atividade no Brasil.

que é importante notar que as inovações tecnológicas continuam ocorrendo, e o campo dos plásticos está sempre evoluindo para atender

às necessidades crescentes da sociedade. “Ao mesmo tempo, busca minimizar o impacto ambiental associado a esses materiais.”

O trabalho da comissão está previsto na Política Nacional de Incentivo à Reciclagem (Lei nº 14.260/2021), que determina incentivos específicos para a cadeia produtiva de reciclagem no país.

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Menos de 10% dos resíduos plásticos, como garrafas pet, vão para reciclagem
Continua 12
Separação adequada nas residências poderia melhorar o trabalho das cooperativas nos aterros sanitários
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“Unir forças é o melhor caminho”

Viver Cidades - Como você vê esta trajetória de produção e consumo do plástico?

Lucélia - O plástico é um material extremamente versátil e amplamente utilizado em diversas áreas da nossa vida cotidiana. Sua durabilidade, leveza e baixo custo de produção o tornaram uma opção popular para uma ampla gama de produtos, desde embalagens até eletrônicos e equipamentos médicos.

Viver - Em que ponto erramos ou exageramos na produção a partir do petróleo e no consumo do plástico?

Lucélia - Apesar dos benefícios do plástico, exageramos no processo e no excesso, e principalmente na sua disposição inadequada. Muitas vezes, ele é descartado de forma incorreta e acaba poluindo nossos oceanos, rios e terrenos. Ainda, o plástico leva centenas de anos para se decompor naturalmente, o que resulta em acúmulo e contaminação ambiental de longo prazo. Essa poluição também causa danos à vida marinha.

Utilizamos o petróleo como fonte devido à sua disponibilidade e às características favoráveis para a fabricação de materiais plásticos. No entanto, é importante reconhecer que essa dependência do petróleo traz consigo uma série de desafios e impactos am-

NÚMEROS

Mais de 400 milhões de toneladas de plástico são produzidas a cada ano em todo o mundo. Metade deste plástico é projetado para ser usado apenas uma vez. Da produção total, menos de 10% são reciclados.

Estima-se que 19 a 23 milhões de toneladas acabem anualmente em lagos, rios e mares.

Os microplásticos - pequenas partículas de plástico de até 5 mm de diâmetro – acabam em alimentos, água e ar. Estima-se que cada pessoa no planeta consuma mais de 50.000 partículas de plástico por ano - e muitas mais se a inalação for considerada.

bientais significativos, como redução das reservas naturais. Ainda, no refino do petróleo pode ocorrer a poluição do ar, contaminação do solo e vazamento de petróleo, que podem afetar ecossistemas terrestres e aquáticos. Assim, há uma necessidade de buscar outros processos tecnológicos que utilizem fontes renováveis como matéria-prima e que sejam produtos que haja a biodegradação com maior velocidade.

Viver - Quais os danos ambientais provocados pelo descarte incorreto de plástico, como por exemplo ir para um aterro sanitário junto com rejeitos?

Lucélia - Vários. Por exemplo: como já foi mencionado, o plástico leva muitos anos para se decompor naturalmente e pode liberar produtos químicos tóxicos à medida que se degrada, afetando a qualidade do solo e prejudicando a vida microbiana, essencial para a fertilidade do local onde foi depositado.

Além disso, pode contaminar a água, pois como ele se decompõem lentamente, pode liberar substâncias tóxicas e contaminar as águas subterrâneas próximas, afetando a qualidade de vida aquática. Outra prática inadequada que ocorre em aterros é a queima do plástico, isso libera compostos tóxicos que poluem o ar.

Viver - Todos os tipos de plástico são recicláveis?

Lucélia - Infelizmente não. Os plásticos são feitos de diferentes materiais (resinas), como polietileno (PE), polipropileno (PP), policloreto de vinila (PVC), poliestireno (PS) e outros e cada tipo de resina possui características distintas que afetam o seu reuso.

Viver – A reciclagem que temos hoje é representativa?

Lucélia - Quanto à capacidade da reciclagem em relação à produção, ainda estamos longe de reaproveitar a sua totalidade. Alguns plásticos são mais facilmente reaproveitados ou coletados de forma adequada, como por exemplo, o PET usado em garrafas de refrigerante e água, e o PEAD usado em recipientes de produtos de limpeza e detergentes. Esses plásticos têm uma demanda estabelecida no mercado de reciclagem e são amplamente aceitos em programas de coleta seletiva. Mas outros, como por exemplo, o PVC e o PS têm desafios adicionais na reciclagem devido às suas propriedades e composições químicas.

Viver – As campanhas para uso de sacolas de tecido, por exemplo, são um bom caminho ou representam apenas uma gota no oceano?

Lucélia - Com certeza são ótimas

no processo, no excesso

Lucélia Hoehne doutora em Química

iniciativas. Contribuem muito para redução do uso de sacolas plásticas. Essas campanhas podem aumentar a conscientização sobre o problema do uso excessivo de sacolas plásticas e educar pessoas sobre alternativas mais sustentáveis disponíveis. Ao iniciar o hábito de usar sacolas de tecido, as pessoas podem começar a repensar seu consumo de plásticos em outros aspectos, como reduzir o uso de pratos, copos, canudinhos de plásticos, entre outros. Essas ações são muitas gotas no oceano que podem contribuir muito para a conscientização das pessoas.

Viver - O que pode ser feito para melhorar o ciclo de uso, descarte e reciclagem?

Lucélia - Melhorias em políticas públicas, maiores regulamentações, criando ou melhorando a infraestrutura de reciclagem e desenvolvimento de alternativas sustentáveis ao plástico, podem ter maior impacto. E acredito que unir forças é o melhor caminho. Cada um fazendo a sua parte.

Viver – A Costa do Marfim, sede do evento do Pnuma no dia do meio ambiente em 2023, proibiu o uso de sacolas plásticas em 2014 e apoiou a mudança para embalagens reutilizáveis. Medidas como estas são necessárias?

Lucélia - Sim, medidas mais efetivas seriam necessárias. Regulamentos impostos pelo governo, trariam maior eficiência. As indústrias poderiam ter um programa gradual de redução da produção de plásticos e consequentemente um aumento por materiais alternativos, biodegradáveis. Assim, talvez não traria um impacto no quesito de aumento de taxa de desempregos (para que os funcionários que trabalham em fabricação de plásticos),

mas sim, que possam ter a possibilidade de desenvolver materiais do tipo ecofriendly.

A conscientização pública, a pressão dos consumidores e o compromisso do governo em equilibrar os interesses econômicos com a proteção ambiental também desempenham papéis fundamentais nesse processo.

Viver - Microplástico talvez seja o tema mais atual na pauta ambiental. Como se forma e o que causa o microplástico ao meio ambiente, às pessoas e à fauna marítima?

Lucélia – Os microplásticos já existem há mais tempo, mas só agora está se dando maior atenção. São formas de resíduos plásticos que consitem em partículas menores a 5 milímetros. A origem destes pode ser de duas formas: podem ser fabricados diretamente em seu tamanho reduzido, como microesferas presentes em produtos de cuidados pessoais ou podem ser originados da degradação e fragmentação de plásticos maiores, como sacolas, garrafas e embalagens. Seus efeitos são praticamente os mesmos dos plásticos. Quando presente em ecossistemas aquáticos, o microplástico pode ser ingerido por organismos marinhos, desde pequenos organismos até grandes animais. Essa ingestão pode causar danos físicos, fisiológicos e até mesmo a morte dos animais. Ainda, o microplástico pode acumular poluentes químicos em sua superfície, como pesticidas e metais pesados, que podem ser transferidos para os organismos que ingerem, aumentando o risco de contaminação. No caso das pessoas, estudos sugerem que o microplástico pode estar presente na água potável, no ar e nos alimentos que consumimos, embora os impactos à saúde humana ainda sejam objeto de pesquisas.

Viver - Qual seria o caminho para redução do microplástico ou redução do seu impacto?

Lucélia – Os caminhos seriam os mesmos dos plásticos: redução na produção, bem como promover a substituição destes por alternativas sustentáveis. Melhorar a coleta seletiva, ter mais reciclagens e disposição adequada de resíduos plásticos. Ainda, conscientizar a população sobre os impactos negativos do microplástico e incentivar a adoção de práticas mais sustentáveis. Outras alternativas seriam aumentar o uso de tecnologias para filtrar microplásticos em estações de tratamento de água e remoção de plásticos dos oceanos. E por fim, mas não menos importante, regulamentações oriundas de políticas públicas seriam mais efetivas e incentivo ao desenvolvimento de inovação tecnológica.

NÚMEROS
e na disposição do plástico ”
entrevista
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DESCUBRA COMO O VALE COLABORA PARA AUMENTAR

O CONSUMO DE BIOCOMBUSTÍVEIS NO BRASIL

Após o Governo Federal reajustar para 12% a quantidade do biocombustível na composição do diesel, o Grupo FASA, em Cruzeiro do Sul, contribuirá ainda com a busca por alternativas sustentáveis aos combustíveis fósseis

OBrasil se destaca como um dos cinco maiores produtores de biodiesel do mundo. Em 2022, o país produziu cerca de 6,3 bilhões de litros de biodiesel, segundo a Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio). E um dos principais protagonistas neste processo é o Grupo FASA, que desde 2010 atua na transformação de matéria crua em proteínas, gorduras e minerais para diversos fins.

Segundo Robinson Huyer, diretor comercial do Grupo FASA, os óleos produzidos pelo Grupo FASA são fontes de lipídios e podem ser utilizados com os ingredientes na indústria de alimentação animal, higiene, limpeza e, principalmente, biocombustíveis.

“Um quilo de rejeito animal pode gerar, em média, 200 mililitros de biocombustível, uma importante solução para a necessidade de redução dos combustíveis fósseis”, avalia.

Segundo dados da Associação Brasileira de Reciclagem Animal (ABRA), a quantidade de sebo bovino na produção de biodiesel no Brasil varia de 13% a 15% ao longo do ano. Em 2021, a participação média chegou a ser de aproximadamente 13%, maior percentual dentre outros tipos de gordura animal, como as de frango e de porco, que representaram cerca de 1% e 2%, respectivamente.

Hoje, o Grupo Fasa recicla milhares resíduos. 90% da gordura gerada pelo Grupo FASA também é aplicada como ingrediente na procução de biodiesel. “Esse dado é uma grande prova de como colaboramos com os processos de sustentabilidade tão necessários no mundo contemporâneo”, analisa Robinson.

Além disso, até março deste ano o diesel usado no Brasil contava com 10% de biodiesel na mistura. Agora, uma determinação do Governo Federal reajustou para 12% a quantidade do biocombustível na composição.

Isso representa uma redução significativa dos gases de efeito estufa no meio ambiente. O objetivo do Governo é aumentar gradativamente a presença do biodiesel até chegar a 15% até 2026.

A FASA no Vale

Com cerca de 2.200 funcionários em atuação nas 16 unidades espalhadas pelo Brasil, o Grupo FASA concentra cerca de 1 mil pessoas na operação de Cruzeiro do Sul. Essa intensa produção colabora a cada dia com a região e com todo o país.

Para se ter uma melhor noção da proporção da atividade, açougues e supermercados geram milhares de quilos de ossos, gorduras, aparas e produtos vencidos e que podem ser reciclados. Entre os itens produzidos, estão a produção de diversos ingredientes para rações pet, de aves, suínos, peixes, camarões, assim como fertilizantes orgânicos e até sabões e lubrificantes.

Por que a reciclagem animal é importante?

Hoje, são abatidas cerca de 85 milhões de cabeças de bovinos, caprinos, ovinos e suínos;

Enquanto isso, de frangos e perus são 5,9 bilhões de cabeças;

Deste total, 34% em média não esta apto para o consumo humano e segue direto para a reciclagem;

Com a reciclagem, esses resíduos do abate são transformados em fonte de matéria-prima segura para utilização em outras cadeias produtivas;

Assim, a reciclagem animal retira da natureza nutrientes como carbono, nitrogênio e fósforo, que em excesso contaminariam o meio ambiente.

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Rua João Eckert, 1000 - São Rafael – Cruzeiro do Sul (51) 3714-9800
APRESENTADO POR
Produzido por

Crescer como cidadão defensor da natureza

Grupo Escoteiro Tibiquari tem uma trajetória de 11 anos na formação de crianças e adolescentes baseada em valores como, respeito, amizade, fraternidade e amor à natureza.

Osignificado do nome, as cores do lenço e o logotipo indicam a forte ligação com a natureza. Na prática, as atividades ao ar livre e a orientação para deixar o lugar por onde passam em melhores condições das que encontraram confirmam a vocação de cuidado ao meio ambiente.

A escolha do nome Grupo Escoteiro Tibiquari se deu a partir dos primeiros encontros de pessoas dispostas a criar a entidade. “Não queríamos por o

Elementos do logotipo e do lenço

representa o pôr do sol no rio Taquari representa a água do rio, embora ela tenha tom amarronzado

representa as matas representa as colheitas, a geração de riquezas

nome de uma cidade, porque tínhamos integrantes de Lajeado, Estrela e Arroio do Meio”, lembra o chefe escoteiro Luís Machado.

Durante as pesquisas, o grupo verificou que tibiquari era como os indígenas chamavam o rio Taquari. Na língua tupi, taquari significa taquaras pequenas, vegetação abundante nas margens naquela época.

Definidos o logotipo e as cores do lenço (veja quadro), o Tibiquari foi fundado com 60 integrantes. “No domingo chuvoso de 26 de agosto de 2012, no Parque Histórico Lajeado”, recorda Machado. Uma das casinhas em estilo enxaimel foi a primeira sede. A partir de 2014, passou para o complexo da Escola de Ensino Fundamental Porto Novo, no bairro Carneiros.

Famílias participam das atividades

A família Lorenzetti passou a integrar

A Flor-de-lis

A Flor-de-lis é símbolo máximo do movimento escoteiro. Na criação do logotipo, foi estilizada e recebeu elementos representativos locais.

Lambari: peixe que povoa o rio Taquari, se adapta facilmente ao ambiente e vive em cardumes. Adaptabilidade e trabalho em conjunto são características do grupo escoteiro.

Taquara: feixe com dez pedaços da planta, que simboliza os dez artigos da lei escoteira.

o Tibiquari em 2014. O pai Sandro, quando criança, foi lobinho. A mãe, Jorgeana Dalla Costa Lorenzetti, conta que conhecia o chefe escoteiro Luís Machado. A oportunidade para entrar no grupo ocorreu quando o filho Nícolas alcançou a idade mínima para participar do escotismo – 6 anos e meio (veja quadro com as faixas etárias).

O envolvimento da família cresceu, assim como o gosto pelas atividades. Atualmente, Jorgeana é presidente do Tibiquari, e Nícolas segue no grupo.

Jorgeana conta que na fase lobinho, dos 6 anos e meio aos 10 e meio, as atividades são lúdicas. Histórias infantis e seus personagens permeiam os ensinamentos. “Desde cedo, as responsabilidades são passadas aos lobinhos, como guardar seus pertences”, exemplifica Jorgeana. Respeitar a natureza e os animais é quase um mantra para os escoteiros.

Ao avançar da idade, novos desafios são apresentados. A Feira de Especialidades, realizado em julho passado, oportuniza mostrar as habilidades e conhececimentos. “Eles estudam um assunto de seu interesse e, na feira, os chefes conferem estes conhecimentos.” Jorgeana dá o exemplo da culinária mateira. Quando vão acampar no mato, levam o mínimo possível de mantimentos. Lá montam fogão, forno, acendem fogo e preparam o alimento. Também precisam saber como conservar os alimentos em ambiente natural. Estas habilidades e conhecimentos são demonstrados na Feira de Especialidades.

As ações comunitárias são outro destaque entre as atividades do grupo. “Campanha do agasalho e arrecadação de alimentos são exemplos”, destaca Jorgeana. Ainda no segundo semestre ocorrerá a campanha para doação de sangue. “Os integrantes do Tibiquari aptos a doar podem participar. Também convidaremos os pais .”

Desde 2014, as atividades ocorrem junto ao complexo da escola Porto Novo, no bairro Carneiros

Luís Machado começou o movimento para fundação do Tibiquari
Na Feira de Especialidades, integrantes
Jorgeana Lorenzetti Presidente do Grupo Tibiquari
“ 16
Desde cedo, as responsabilidades são passadas aos lobinhos, como guardar seus pertences.”

“É uma fase com mais responsabilidade”

Rian Schuhl dos Santos, 18, entrou no Tibiquari em 2013, a convite de um colega de aula. Estudante administração, na Univates, ele concilia as atividades e mantém todos os compromissos do escotismo.

Ele conta que, geralmente, as pessoas que não conhecem o movimento costumam perguntar: o que vocês fazem lá? Rian revela que é difícil responder a pergunta. E acrescenta que nas inúmeras atividades, o aprendizado que ocorre de forma natural. “No início tudo é lúdico.” Conceitos e habilidades são passados sem que as crianças e jovens se deem conta. “Partimos do micro e não do macro”, observa. É como ser estimulado a plantar uma mudinha de árvore, para mais tarde ter a noção da importância de combater o desmatamento.

Rian está perto de passar de sênior para pioneiro. E define: “É uma fase com mais responsabilidades dentro do grupo.” Rian é sênior, logo passará a pioneiro

Denominações

6 anos e meio a 10 e meio: lobinho de 10 e meio a 15: escoteiro

15 a 18: sênior

18 a 21 pioneiro a partir dos 22 pode se tornar chefe escoteiro

SAIBA MAIS

Ao entrar para o grupo, o jovem participa de uma mística. Suas mãos são lavadas com água doTaquari, para fazer a integração com o rio.

O fogo do conselho representa união. Ao redor de uma fogueira, os integrantes cantam, conversam e celebram a prática escoteira.

Lei escoteira

Os artigos da lei escoteira preveem que:

O escoteiro é honrado, digno de confiança, leal.

Está sempre alerta para ajudar o próximo e pratica diariamente uma boa ação.

É amigo de todos e irmão dos demais escoteiros.

É cortês, obediente e disciplinado.

É bom para os animais e as plantas

É alegre e sorri nas dificuldades. O escoteiro é econômico e respeita o bem alheio.

É limpo de corpo e alma.

CONCEITOS

O escotismo propõe aumentar a integração do jovem ao mundo, voltando-se ao serviço à comunidade e ao exercício da cidadania com base nos valores da Promessa e da Lei Escoteira.

do grupo mostram suas habilidades

Em todo lugar que passa, o escoteiro tem a missão de deixá-lo melhor di que encontrou. Se encontrar lixo pelo chão, por exemplo, vai recolher.

O propósito do Movimento Escoteiro é contribuir para o desenvolvimento dos jovens na conquista de todos os seus potenciais físicos, intelectuais, emocionais, sociais e espirituais como indivíduos, como cidadãos responsáveis e como membros de suas comunidades locais, nacionais e internacionais.

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Trabalho em grupo e divisão das tarefas proporciona troca de conhecimentos e habilidades
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AOS PÉS DO

CRISTO

CRISTO SUSTENTABILIDADE

entrevista

Viver Cidades - O mercado da construção civil, no Rio Grande do Sul, está preparado para fornecer materiais ecologicamente corretos que vão ao encontro da proposta do Boulevard Encantado?

Fábio Vitória - O mercado da construção civil no Rio Grande do Sul tem demonstrado um crescente preparo para fornecer materiais ecologicamente corretos. A demanda por soluções sustentáveis tem impulsionado o desenvolvimento de opções mais ecológicas, inclusive, no mercado local.

O Boulevard Encantado prioriza a busca por fornecedores regionais, a fim de favorecer a economia local e, também, colaborar para a redução do impacto ambiental associado ao transporte de materiais em longas distâncias.

Boulevard Encantado, em construção na Linha Garibaldi, é projetado e fundamentado em materiais e processos ecologicamente corretos

Do alto do complexo do Cristo Protetor, uma das vistas mais impactantes é o verde da mata. Neste ambiente, próximo da Lagoa da Garibaldi, está sendo construído o Boulevard Encantado.

O projeto prevê hotel, centro de compras, espaços gastronômicos, pontos de contemplação, multiverso experience, áreas de lazer, trilha ecológica, rooftop, entre tantos outros espaços e atrações. A estrutura pretende ser referência para os visitantes com as mais diversas motivações: turismo religioso, cultural, rural, de natureza e gastronômico.

Inserido no contexto do ambiente natural, o Boulevard foi projetado para se integrar ao relevo local. A área total é de 36.481 m², sendo 7.233 m² de preservação permanente. O espaço construído somará 11.345,26 m².

Os materiais e processos ecologicamente corretos, primam pela sustentabilidade. Estação de tratamento de esgoto, energia fotovoltaica e aproveitamento de água da chuva são alguns exemplos que compõem o projeto.

A obra começou em setembro do ano passado e durante o período de construção deve gerar cerca de 480 empregos diretos e indiretos.

Espaços com iluminação natural vão ao encontro da proposta de valorizar a contemplação da natureza

O projeto do Boulevard Encantado é fundamentado em processos ecologicamente corretos. São previstos mecanismos avançados e modernos, como estações de tratamento de efluentes, energia fotovoltaica e utilização da água da chuva.

Dezembro de 2023 é o prazo previsto para conclusão das obras. O complexo começa a funcionar quando todos os espaços estiverem prontos?

Ou será entregue em etapas?

Vitória - A previsão de entrega do Boulevard Encantado se mantém para dezembro de 2023, com exceção do Hotel Laghetto Encantado, que

deve ser finalizado em 2025. Todos os espaços estarão prontos na inauguração, que também marcará o início das operações

Como será a ocupação de espaços como lojas e restaurantes, etc? Todos iniciam as atividades junto com a inauguração ou será de forma gradual?

Vitória - Mais de 50% das lojas do Boulevard já estão ocupadas. Há otimismo na previsão de ocupação de 100% dos espaços, já que as marcas parceiras já sinalizaram que pretendem iniciar a operação com a inauguração do Boulevard.

Haverá algum tipo de exigência, do ponto de vista da sustentabilidade, para os estabelecimentos que se instalarem no Boulevard?

Vitória -O Boulevard Encantado, além de oportunizar multiexperiências para diferentes públicos, atuará como um elo entre as empresas e o Vale. Prova disso é a busca por parceiros desde já. No quesito sustentabilidade, a mesma filosofia será aplicada. Como facilitador de boas práticas, o complexo terá serviços que irão possibilitar à estrutura um ciclo de atuação baseado na sustentabilidade, tais como: locais para o descarte correto de resíduos, espaços para coleta seletiva de produtos, tecnologias de tratamento de esgoto, além da geração própria de energia proporcionada por placas fotovoltaicas e armazenamento de água para diferentes aplicações.

Fábio Vitória diretor executivo do Boulevard Encantado sustentabilidade.” Complexo estará integrado ao relevo em uma área total é de 36.481 m², 7.233 m2 de preservação permanente
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FOTOS DIVULGAÇÃO

Propriedade rural está perto de alcançar a AUTOSSUFICIÊNCIA

sustentabilidade é motivo de orgulho para o agrônomo que chegou a cursar Gestão Ambiental.

O projeto não para por aí. “Melhorando a parte da separação dos dejetos, vamos produzir mais gás e gerar mais energia.”

AGranja Reckziegel, em Paverama, está perto de se tornar uma propriedade autossuficiente. Esta é a busca do engenheiro agrônomo e produtor rural, Nestor Reckziegel, 37. Os investimentos nos últimos anos foram direcionados a projetos de geração de energia, produção de bioinsumos, além de silagem e ração para as 200 vacas em lactação e outras 250 novilhas.

Reckziegel tinha alguns problema a solucionar. A destinação de dejetos tinha um custo representativo, e a esterqueira estava próxima demais da estrada – há uma distância mínima exigida pela legislação. O gasto de energia era alto, considerando a necessidade de climatização no ambiente dos animais, o uso do resfriador de leite e das máquinas da fábrica de ração.

A geração de energia por meio do biodigestor resolveu o principal problema: os dejetos passaram a alimentar o sistema. A parte líquida –é necessária a separação do líquido do sólido – agora é um bioinsumo na plantação de milho para silagem. O biofertilizante natural é bombeado e auxilia, ainda, na irrigação.

Reckziegel explica que o biodigestor gera gás. Transformado em energia elétrica limpa, é usado para as diversas necessidades da granja. Atualmente, 60% do consumo é gerado dentro da propriedade. Mais do que reduzir o valor da conta a 40%, a

Jornada

A trajetória da família Reckziegel até chegar a case de sucesso apresentado em evento do setor começou há 28 anos. O pai de Nestor, Enídio, era caminhoneiro. Em 1995, decidiu vender os caminhões e investir no agronegócio – com 40 vacas. Nestor cursou agronomia, em Pelotas. Morou cinco anos na metade sul do estado. Concomitantemente, chegou a cursar gestão ambiental, mas não chegou a concluir.

Formado e de volta a Paverama em 2009, arregaçou as mangas para expandir o negócio da família. Nesta época, os pais foram para Santa Catarina para auxiliar nas atividades do outro filho, também engenheiro agrônomo. “Fiquei dez anos trabalhando sozinho”, lembra Nestor. Os pais voltaram à propriedade e hoje a mãe, Celita, cuida da casa e o pai faz “serviços na cidade.”

Em novembro passado, a usina começou a funcionar. A energia é usada na infraestrutura da granja e a que sobra, injetada na rede. A produção total de energia é de 40 mil kwh, sendo 54% para a demanda da propriedade.

Em março deste ano, Nestor apresentou o case da Granja Reckziegel no 5º Fórum Sul Brasileiro de Biogás e Biometano.

Investimento e atitude

O pesquisador e doutor em Engenharia Ambiental e Sanitária,

Odorico Konrad é enfático ao falar sobre geração de energia e autossuficiência: “É preciso ter recursos e atitude.” Konrad acompanha a caminhada de Nestor Reckziegel na busca pela autossuficiência da granja. “Os investimentos são altos, mas se pagam a médio prazo”, afirma o professor. O apoio técnico também é parte importante do processo. Reckziegel contou com o Centro de Pesquisa em Energias e Tecnologias Sustentáveis (Cpets), no Tecnovates, em Lajeado. O Cepets atua, desde 2009, no desenvolvimento de conhecimento técnico-científico por meio do ensino, projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação, prestação de serviços de análises e consultoria especializada na área de energias e tecnologias sustentáveis, com foco no biogás. A vantagem é que está praticamente no

Reckziegel engenheiro agrônomo e produtor rural

quintal de casa se comparados com os outros dois centros existentes no Brasil: o Emprapa Concórdia (SC) e o CIBIOGAS, em Itaipu (PR). Konrad, que costuma levar seus alunos para visitar a Granja Reckziegel, aposta: “Falta pouco para a propriedade ter o ciclo fechado.”

Odorico Konrad doutor em Engenharia Ambiental e Sanitária
Para chegar à autossuficiência é preciso ter recursos e atitude. Os investimentos são altos, mas se pagam a médio prazo”
Geração de energia é a alavanca para destinação de resíduos e produção de bioinsumo e forragem
As 200 vacas em lactação têm ambiente climatizado por conta da energia gerada a partir dos seus dejetos
Nestor
“Melhorando a parte da separação dos dejetos, vamos produzir mais gás e gerar mais energia.”
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Resultado da separação do sólido e do líquido, biofertilizante produzido com dejetos é bombeado diretamente na lavoura
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desequilíbrio na biodiversidade

em

áreas de cultivo no bioma Pampa

Pesquisadora coletou e analisou amostras de insetos aquáticos em lavouras de arroz, cultivadas nos sistemas convencional e orgânico

Obioma Pampa ocorre em dois terços do território gaúcho, porções do Uruguai e Argentina, e é único no mundo. A região é rica em recursos hídricos, mas está cada vez mais fragmentada por conta da ação humana, como a utilização de áreas para agricultura. Pequenos lagos, naturais ou artificiais, e banhados têm uma biodiversidade muito grande, especialmente de insetos aquáticos, que promovem serviços ambientais extremamente importantes.

Diante deste cenário, surgiu a pesquisa da doutoranda Pauline Amanda Vognach, vinculada ao

Programa de Pós-Graduação em Ambiente e Desenvolvimento (PPGAD) da Universidade do Vale do TaquariUnivates, sob orientação do professor doutor Eduardo Périco. “A pesquisa se deu no bioma Pampa, em áreas

ÚNICO NO MUNDO

úmidas, com cultivo de arroz, para testar se a agricultura está afetando a disponibilidade destes serviços ecossistêmicos”, explica Pauline.

As coletas ocorreram de outubro de 2021 a março de 2022, em lavouras de arroz – cultura altamente dependente de água. “Comparei a cultura convencional, que usa agroquímicos, com a orgânica, que não usa produtos químicos, e ainda, áreas naturais, que não são influenciadas por lavouras”.

Pauline fazia as coletas e levava o

material ao laboratório da Univates para triar, identificar e organizar os dados. “Os resultados já eram perceptíveis em campo”, e as análises estatísticas deixaram bem claro que as lavouras orgânicas estão muito próximas, em termos de biodiversidade, das áreas naturais amostradas, onde não há cultivo ou influência agrícola. As convencionais, por sua vez, estão perdendo estas características, por conta do impacto dos agrotóxicos, que agem como filtros, eliminando os grupos sensíveis. “Eles deixam uma abundância populacional de espécies generalistas e já tolerantes, porém, restrita a poucos tipos”. Os serviços ecossistêmicos estão diretamente relacionados com a variedade de espécies, conforme destaca a pesquisadora. “Os insetos aquáticos são importantes justamente para estabilizar o ecossistema”. Alguns insetos têm uma fase aquática e, depois de saírem desses ambientes, continuam suas funções ecológicas fora dali, realizando controle biológico, polinização, servindo de alimento para outros biocontroladores, e, até, fertilizando os solos agrícolas”, complementa.

Potencial econômico, social e cultural

Os estudos demonstram que

Estudo aponta
Amanda Vognach doutoranda
A pesquisa se deu no bioma Pampa, em áreas úmidas, com cultivo de arroz, para testar se a agricultura está afetando a disponibilidade destes serviços ecossistêmicos”.
Estudo ocorreu no bioma Pampa, que cobre dois terços do território gaúcho e é único no mundo
Parte das amostras foram coletadas em lavouras de arroz convencionais e orgânicas
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Professor doutor Eduardo Périco orientou o trabalho da pesquisadora Pauline Vognach

o conjunto de insetos existentes numa região de água doce tem o potencial de fornecer e melhorar os serviços ecossistêmicos por meio de sua alimentação, movimento, valor nutricional e beleza estética, com benefícios diretos e indiretos.

Decomposição e ciclagem de nutrientes, controle biológico, limpeza da água e rochas, remoção de algas e microrganismos patogênicos e estabilização dos leitos hídricos são exemplos da contribuição dos insetos aquáticos para o ecossistema.

A importância econômica se dá na produção de elementos naturais úteis na indústria cosmética e farmacêutica, por exemplo, assim como na área da biomedicina.

A pesca recreativa e comercial movimenta globalmente cerca de 30 bilhões de dólares ao ano. Há, ainda, potencial solução de desafios nutricionais da alimentação bovina, assim como uma excelente alternativa na dieta de peixes cultivados e controle biológico, polinização e adubação do solo.

Como indicadores ambientais, os insetos aquáticos são uma importante ferramenta de monitoramento da qualidade de água doce. Têm sido usados como ‘biossentinelas’ frente a alguns contaminantes. Por fim, há os serviços intangíveis, como atividades lúdicas/recreativas, educação (estudos biológicos, ecológicos), observação e coleta, fotografia e metáforas visuais, alguns dos quais, explorados pela literatura, arte, cinema, música, poesia, marketing, turismo e cultura popular, que faturam economicamente valendo-se dos

insetos aquáticos.

Produção alimentar

O arroz é um produto agrícola de grande importância para o RS, especialmente para região do Pampa. Pesquisadora e orientador concordam que o cultivo orgânico demanda uma área maior para ter o mesmo volume de produção do sistema convencional. É necessário colocar na balança o quanto é viável, do ponto de vista econômico, social e ambiental, mas sem perder de vista que em lavouras orgânicas, os serviços ecossistêmicos providos pela grupo de insetos aquáticos contribuem para o manejo. “Quando se fala de espécies indesejáveis, ou seja, aquelas que chegaram ao status de praga, o manejo com agroquímicos não atinge apenas as espécies-alvo, mas elimina também os insetos benéficos, deixando as lavouras totalmente dependentes destes pesticidas”.

Mudança de hábito e reflexo econômico

A pesquisadora acredita em mudanças bem expressiva nos próximos anos. “Produtores em regiões próximas ao Uruguai revelaram que os bancos estão restringindo financiamentos e a contratação de seguros da safra por causa da pressão do mercado frente ao uso de agrotóxicos e os impactos

ambientais correlacionados”. Pauline destaca o olhar do mercado para o conceito de ESG, que reúne as políticas de meio ambiente, responsabilidade social e governança nas organizações empresariais. “O ESG precisa estar em toda cadeia, e pode se valer de soluções baseadas na natureza”. Périco acrescenta: “O maior produtor individual de arroz da América Latina é o MST, que pratica o sistema orgânico, sendo a maior parte da produção exportada, com altíssimo valor de mercado, por ter este diferencial”.

Pesquisa é fundamental

De acordo com o professor doutor Eduardo Périco, a pesquisa é fundamental por fornecer informações que subsidiam políticas públicas e tomada de decisões. “Temos poucos estudos sobre a biodiversidade do bioma Pampa. Desta forma, estamos perdendo espécies que nem chegaram a ser estudadas”. Pauline acrescenta: “O que estamos fazendo é demonstrar que esses serviços ecossistêmicos, que são gratuitamente disponibilizados por áreas úmidas conservadas, beneficiam a agricultura, e, por consequência, a economia”.

O Pampa é o bioma menos protegido, com menos áreas de preservação se comparado com os demais biomas brasileiros, alerta Périco. “O próprio gaúcho não sabe o que é o Pampa, não conhece a diversidade dele e não o protege da forma como deveria. Por não ser florestal, as pessoas imaginam que ele tem menor importância, do ponto de vista ambiental, embora ele detenha uma rica biodiversidade”.

O professor lembra o estudo, resultado de um esforço coletivo de mais de 120 pesquisadores, de 70 diferentes instituições de pesquisa, que identificou 12.500 espécies no Pampa ( https://escholarship.org/uc/ item/7tp2k884 ), desde bactérias até mamíferos. “A pesquisa da Pauline atrai a atenção ao bioma Pampa, muito negligenciado, pelos governos, e o que mais perdeu área nos últimos 20, 30 anos”.

Futuro dos estudos

A pesquisa realizada pela então mestranda embasou a dissertação “A disponibilidade de serviços ecossistêmicos da entomofauna aquática adjacente pode variar em diferentes sistemas de manejo agrícolas?”. Agora, no doutorado, vai continuar estudando os serviços ecossistêmicos, desta vez abordando o Pampa e a Mata Atlântica gaúchos, em unidades de conservação, onde se tem uma menor influência antrópica, e comparando com ambientes externos.

OS INSETOS
Fase larval de uma mariposa Larva de um Diptera (mosca) Heteroptera, a subordem dos percevejos
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Fase larval de um libélula, da família Libellulidae

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