Lajeado, fim de semana, 21 e 22 maio de 2016. Ano 13 - Nº 1597
Fundado em julho de 2002
Avulso: R$ 3,50 Fechamento da edição: 19h
GESTÃO EMPRESARIAL
Pesquisa aponta carências na sucessão das empresas
A
s empresas familiares somam mais de 90% dos negócios no país e alcançam fatia maior na economia regional. Apesar da representatividade, o segmento enfrenta dificuldades no processo de sucessão. De cada cem,
apenas 30 sobrevivem à segunda geração e 15 à terceira. Especialistas, consultores da área e empresários da região apontam os caminhos para o desenvolvimento bem-sucedido da transição no comando das gestões. Páginas 10 e 11
Atos alertam à situação caótica na educação ANDERSON LOPES
ESTRELA
Festejos celebram imigração DILVUGAÇÃO
Jogos Germânicos e show marcam as comemorações de 140 Conexão anos do município.
LAJEADO
Justiça suspende alvará da Central Decisão anula pedidos por alvará e a proibição de internações na Unidade de Desintoxicação Página 8
TEMPO NO VALE Fim de semana no Vale: nublado e com chance de chuva Mínima: 10°C - Máxima: 15°C
MAGISTÉRIO EM CRISE: falta de estrutura, salários baixos e professores desmotivados fazem parte do quadro da educação da rede estadual e afastam o interesse dos jovens em seguir a profissão. Na primeira semana de greve, estudantes protagonizaram movimento para defender interesses dos docentes Páginas 4 e 5
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A HORA · FIM DE SEMANA, 21 E 22 DE MAIO DE 2016
Editorial
EXPEDIENTE Diretor Geral Adair G. Weiss Diretor de Conteúdo Fernando A. Weiss Diretor de Operações Fabricio de Almeida REDAÇÃO Av. Benjamin Constant, 1034/201 Fone: 51 3710-4200 CEP 95900-000 - Lajeado - RS www.jornalahora.inf.br ahora@jornalahora.inf.br COMERCIAL E ASSINATURAS Av. Benjamin Constant, 1034/201 Fone: 51 3710-4210 CEP 95900-000 - Lajeado - RS comercial@jornalahora.inf.br assinaturas@jornalahora.inf.br entrega@jornalahora.inf.br Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Tiragem média por edição: 7.000 exemplares. Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística)
Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS
INDICADORES ECONÔMICOS MOEDA
COMPRA
VENDA
Dólar Comercial
3,5165
3,5171
Dólar Turismo
3,4800
3,6800
Euro
3,9445
3,9452
Libra
5,1381
5,1404
Peso Argentino
0,2515
0,2516
Yen Jap.
0,0320
0,0321
Cotação do dia anterior até 17:45h, Valor econômico.
ÍNDICE
ÍNDICE MÊS (%)
MÊS
ACUMULADO ANO (%)
ICV Mes (DIEESE)
04/2016
0,57
3,56
IGP-DI (FGV)
04/2016
0,36
3,14
IGP-M (FGV)
04/2016
0,33
3,31
INPC (IBGE)
04/2016
0,64
3,58
INCC
04/2016
0,41
2,06
04/2016
0,61
3,25
IPC-A (IBGE)
Salário Mínimo/2016 R$ 880,00 TAXAS E CERTIFICADOS (%)
MÊS
ÍNDICE MÊS (%)
TJLP
ACUMULADO ANO (%)
7,5
Selic
14.25%(meta)
TR
05/16
0,1533
CDI (Mensal)
04/16
1,0544
3,2513
Prime Rate
04/16
3.25 0.50
3,25 (Previsto)
Fed fund rate
04/16
0,7303
0,25 (Previsto)
BOLSAS DE VALORES
VARIAÇÃO PONTO FECHAMENTO (%)
Ibovespa (BRA)
49723
-0,82
Dow Jones (EUA) 16.027
-1,10
1.853
-1,42
Nasdaq (EUA)
4.770
1,21
DAX 30 (ALE)
9.916
1,23
Merval (EUA)
11.400
0,00
E
screver sobre a precariedade dos serviços públicos básicos – a constar, saúde, educação e segurança – é recorrer a um clichê editorial construído nos últimos anos. As críticas e apontamentos sobre a ineficiência multiplicam-se em quantidade e proporções singulares. Os hospitais agonizam, a segurança está cada vez mais capenga e a educação na rede estadual se resume a greves e passeatas. A realidade na qual nos encontramos, mesmo que dramática, fora anunciada em outrora e não é surpresa. Ao menos não deveria ser. Num estado onde se gasta mais dinheiro do que se arrecada, onde as medidas se limitam a financiamentos para pagar outros e as cirurgias efetivas são postergadas ano a ano, o resultado tende a ser esse. Seja público ou privado, do caixa que sai mais dinheiro do que entra, nasce a bancarota. Nessa sexta-feira, em Estrela,
Na rede
O serviço de atendimento móvel de urgência só pelo nome se mostra imprescindível. Em muitos casos, é a única saída para o cidadão ter atendimento emergencial. Mesmo assim, o Estado atrasa os repasses financeiros ao Consisa e não dá sinal para quitar a dívida de quase R$ 1 milhão.” estiveram reunidos os prefeitos da Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat).
Comentário sobre o inquérito da Polícia Civil que apurou problemas nas cirurgias do Instituto Oftalmológico de Encantado
cotação do dia anterior até 17h45min
Petróleo (dólar)/Brent Crude – barril – USD 48,81 em 20/05/2016
Agradeço a Deus que nos orientou a procurar outros especialistas e assim não aconteceu com a minha mãe. Às famílias, desejo muita força e saúde. Que a justiça seja feita.
Andréa Dessbesell
A manutenção do Samu foi o tema central do encontro. O consórcio intermunicipal de saúde (Consisa), mantido e coordenado pelos mesmos prefeitos, é pressionado a assumir uma dívida que é do Estado. O Samu deve cerca de R$ 400 mil para a empresa que prestou serviço até o fim do ano passado e valor igual ou maior para a empresa que assumiu o trabalho no início de 2016. O desfalque superior a R$ 800 mil decorre do não repasse de recursos por parte do Estado, desde o governo de Tarso Genro. Embretados, prefeitos recorrem à poupança da Amvat para quitar parte do valor. Outra parte, buscam de cada município, cobrando o equivalente a R$ 1,6 por habitante. Ao mesmo tempo, anunciam judicialização contra o governo do Estado. Figura uma clara inversão dos propósitos e razões de existirem. Enquanto o Estado deveria dar guarida aos municípios, socorrendo-os em casos mais
urgentes, estabelece-se um conflito que não favorece a sociedade. O serviço de atendimento móvel de urgência só pelo nome se mostra imprescindível. Em muitos casos, é a única saída para o cidadão ter atendimento emergencial. Mesmo assim, o Estado atrasa os repasses financeiros ao Consisa e não dá sinal para quitar a dívida de quase R$ 1 milhão. Ignora o grito dos gestores municipais e insiste no argumento de que falta dinheiro para honrar os compromissos financeiros. Diante do descompasso que se acentua, urgem respostas e medidas mais efetivas por parte do governo do Estado. A reclamação dos prefeitos, que agora parte para o campo jurídica, é justa e assertiva, mesmo que não represente, em curto ou médio prazo, uma solução para os problemas financeiros que enfrentam municípios e Estado. Ainda é preciso bem mais do que isso.
Comentários postados na página do facebook e no site do Jornal A Hora. Participe e deixe sua opinião.
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Ouro (dólar) – Onça Troy – USD 1254.2 cotação do dia 20/05/2016
S&P 500 (EUA)
Prefeitos embretados pelo Estado
A HORA · SEXTA-FEIRA, 20 DE MAIO DE 2016
INSTITUTO OFTALMOLÓGICO DE ENCANTADO
Polícia Civil indicia oito por negligência e lesão corporal Médicos, proprietários e coordenadores do centro especializado vão responder criminalmente por lesão corporal grave. Foram pelo menos 23 pacientes infectados por bactérias durante cirurgias para remoção de catarata realizadas entre 2014 e 2015. Todos perderam a visão de um dos olhos.
Comentário sobre Alunos viram aliados em defesa dos professores Parabéns ao jornal por dar a devida cobertura. Nossa educação está sucateada e todos devemos dar apoio aos alunos e professores. Alex Ribeiro
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A HORA · QUARTA-FEIRA, 18 DE MAIO DE 2016
Em ato em frente à escola, estudantes manifestaram apoio às reivindicações dos professores
EDUCAÇÃO EM XEQUE
Alunos viram aliados em defesa dos professores No estado, cresce o apoio de estudantes à greve do magistério. Apesar da pressão, governo não indica que atenderá as reivindicações apresentadas até agora. Vale do Taquari
C
artazes com palavras de ordem foram usados por estudantes da Escola Estadual Castelo Branco, em Lajeado, durante protesto ontem de manhã. A mobilização ocorreu um dia após alunos da escola Reynaldo Affonso Augustin, de Teutônia, e da também lajeadense Érico Veríssimo manifestarem apoio às reivindicações do Cpers. Um grupo de alunos ficou em frente à escola por cerca de meia
hora, antes do horário das aulas. Além de apoio às reivindicações da entidade sindical, os jovens pediam melhorias na escola e investimentos para modernizar os educandários. Hoje, uma nova mobilização ocorre às 9h na escola Reynaldo Affonso Augustin. Para o aluno Tárlisson Bianchin Silva, 16, o valor repassado para a merenda escolar é absurdo e deveria ser repensado. “Quem come para R$ 0,36? É uma bolacha? Nem isso.” Assim como ele, a estudante
É a primeira vez que os alunos estão na luta conosco. E isso é muito positivo [...] Enio Manica Integrante do Cpers
Sabrina Herrmann, 15, também exige melhorias nos investimentos à escola. Salienta a necessidade de mais verba. A aluna Rafaela Faleiro, 17, considera os professores injustiçados.
Negociações Representantes do sindicato e do Estado fizeram a primeira reunião para tentar encerrar a greve. Após cerca de uma hora e meia, o encontro acabou sem definição. O fim do parcelamento dos salários da categoria,
regularização dos repasses às escolas e o pagamento do piso estavam entre os pedidos do Cpers. Eles também são contra o projeto que muda a classificação de entidades privativas sem fins lucrativas como organizações sociais. Para a entidade, a medida seria uma forma de terceirizar parte do serviço público. Segundo o coordenador de comunicação do Cpers, Enio Manica, a categoria foi desrespeitada pela ausência de secretários do governo Sartori.
Vale do Taquari
O
delegado da Polícia Civil (PC), Silvio Huppes, finalizou o inquérito criminal sobre as cirurgias realizadas no Instituto de Oftalmologia Faxinal Ltda. Oito pessoas foram indiciadas por negligência e respondem por crime de lesão corporal de “natureza grave”, cuja pena de prisão chega a cinco anos. São quatro médicos, dois proprietários e dois coordenadores da instituição. As falhas decorreram de problemas na higienização dos profissionais, ambientes e na esterilização dos materiais. Em fevereiro, o Ministério Público (MP) ajuizou uma ação civil pública para indenização das vítimas. A Justiça já deferiu o bloqueio de R$ 555 mil que a clínica tem por receber do governo do Estado, da União e do Fundo Municipal de Saúde de Encantado. Ontem, Huppes apresentou à imprensa o inquérito criminal com mais de 400 páginas divididas em dois volumes. Para ele, não houve intenção (dolo) por parte dos indiciados. Mesmo assim, cada um responderá 23 vezes pelos crimes. “Os médicos realizaram a cirurgia de forma correta, não houve imprudência ou imperícia. O que houve foi negligência na esterilização dos utensílios e dos ambientes.” A investigação pela PC iniciou em
novembro de 2015, pouco antes da interdição do centro cirúrgico. Todos os 23 pacientes citados no processo foram submetidos a exames corporais no Departamento Médico Legal (DML) de Lajeado. “Os laudos demoram para chegar em função da pouca equipe. Mas já sabemos os resultados”, informa Huppes. Além disso, a PC recebeu análi-
ses coletadas em junho de 2015 por uma empresa de Santa Catarina, que revelaram 40 amostras da bactérias nas dependências do instituto. A maioria foi encontrada em locais de higienização de mãos. Entre eles, os sanitários de recuperação e de uso exclusivo de funcionários. A principal bactéria encontrada nesses ambientes é denominada
pseudomonas aeruginosa. Ela já foi verificada também em hospitais. “Bactérias são encontradas em todos os locais. Mas chamou a atenção a presença de tantas em um só dia, com maior incidência em certos pontos. Principalmente espaços de uso exclusivo de quem atua na clínica.” Diante dessas análises, Huppes
Delegado da PC de Encantado, Silvio Huppes faz questão de enaltecer a importância do instituto. “Foram mais de duas mil cirurgias, e encontramos problemas em 23 processos.”
Essa é parte da milícia criada pelo Cpers. As mafaldinhas do PT e do PSTU só querem confronto político, são sabotadoras dos governos alheios. O próximo passo do Cpers será convidar um bandoleiro do MST para doutrinar os alunos. José Noschang
Opinião
A HORA · FIM DE SEMANA, 21 E 22 DE MAIO DE 2016
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Adair Weiss adairweiss@jornalahora.inf.br
Dívidas dos brasileiros refletem falta de educação financeira
U
m dos maiores problemas dos brasileiros é o endividamento. Ele decorre da simples falta de educação financeira. Assim como as famílias, muitas empresas sucumbem diante da ausência de planejamento, controle e orientação. Cada vez maior é o número de famílias despreparadas para gerir a renda. A falta de educação financeira custa caro também ao país que, diante de uma população inadimplente, não cria terreno favorável para o empreendedorismo e a inovação. Muitos jovens entram no mercado de trabalho sem a mínima orientação de casa e, quando decidem se aventurar em um negócio próprio, padecem no descontrole financeiro, quase sempre reflexo do arruinado modelo de berço. Muitos não conseguem resistir ao consumo. Somado ao cenário
de recessão prolongado, a chance de sair da crise financeira se torna distante e, para alguns, impossível. O currículo escolar aborda quase nada sobre o tema. Aliás, nem os professores são preparados a fazerem boa gestão de seus proventos, o que não é diferente na maioria das outras profissões, exceto aquelas que estudam administração financeira. O Serasa mostrou que 2016 começou com 59 milhões de brasileiros inadimplentes. A soma é de R$ 225 bilhões. Os economistas insistem: o segredo não está em quanto você ga-
nha, mas “como e quanto” gasta. Eis a diferença para alcançar uma vida financeira de sucesso ou não. De olho nesta debilidade brasileira e preocupado com a inadimplência crescente, o Banco Central do Brasil realiza a 3º Semana de Educação Financeira.
Em Teutônia, a Sicredi Ouro Branco é uma das parceiras a desenvolver ações nessa seara. Por meio de ações nas escolas, o tema ganha espaço entre os alunos. Poupança, planejamento, orçamento, consumo e investimento são abordados por meio de atividades simples como gincanas, palestras e outras. Profissionais orientam para a formação de cidadãos mais autônomos e conscientes de sua relação com a economia. A falta de educação financeira também desafia as empresas. Mesmo profissionais maduros e com certa idade revelam descontroles. A queda de produção e a falta de
foco são, via de regra, o primeiro sintoma de quem está encurralado pelas dívidas. Mau humor, isolamento e até mentiras surgem e comprometem o desempenho. A simples tarefa de anotar todos os gastos e fazer uma planilha com as despesas vindouras nos meses seguintes é ignorada. Muitos creditam à memória da cabeça todos os controles financeiros. Mas o erro não termina nessa limitação. A falta de cuidado com os gastos aleatórios ou corriqueiros, mas não contabilizados, como lanches, cafés, pedágios, juros ou mesmo estacionamento, pode fazer diferença no orçamento no fim do mês. É justamente sobre esse enredo de desafios e lacunas que o Banco Central e o Sistema Sicredi se debruçam de 16 a 22 de maio, em 550 escolas do país, entre as quais oito de Teutônia.
Empreendedorismo no currículo escolar Outro é o empreendedorismo. Com premissas cooperativistas, também a Sicredi Ouro Branco desenvolve o Projeto Cooperativas Escolares. Consiste na formação de líderes, gestores, empreendedores e cidadãos, com senso de responsabilidade e participação, por meio da vivência de um modelo
cooperativo sustentável. O objetivo é implantar cooperativas escolares em Teutônia. No segundo semestre, serão fundadas nove delas, com finalidade educativa, e possibilidade de desenvolverem atividades econômicas, sociais e culturais. É pioneiro na região.
O trabalho é dirigido pelo professor e mestre, Everaldo Marini, especialista em Cooperativas Escolares. A imersão ao cooperativismo estimula alunos, mas também professores. Desde a concepção de uma unidade cooperativada até modelos de gestão são ensinados por meio da proposta que adentra
no currículo escolar municipal. Difundir o conceito, os princípios, os valores, os objetivos e benefícios de ser associado de uma cooperativa desafia a rede escolar e a comunidade em si. Segundo Neori Abel, diretor-executivo da Sicredi Ouro Branco, o projeto abre caminho para o mo-
delo cooperativista de futuro, para consolidar Teutônia como Terra do Cooperativismo. Eis um modelo identificado com Teutônia, mas também com o Vale do Taquari, ambos respaldados pelo associativismo que é um meio vital de desenvolvimento regional. Fica a dica!
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A HORA · FIM DE SEMANA, 21 E 22 DE MAIO DE 2016
Realidade das escolas afasta jovens da docência EDUARDO AMARAL
Falta de estrutura, baixos salários e professores desmotivados são o cenário da educação. Como resultado, poucos jovens se interessam em seguir carreira na docência. A atuação do educador ultrapassa a sala de aula. Muitos fazem o papel de pai, mãe, de psicólogo. Para defender mais qualidade na educação, alunos vão às ruas e ocupam colégios.
O
sucateamento da educação pública na rede estadual interfere nas escolhas profissionais dos jovens. Estudos mostram que apenas 2% dos alunos do Ensino Médio demonstram interesse em cursar Pedagogia ou alguma licenciatura, caminhos para a carreira de professor. Os problemas relatados pelos educadores são os mesmos faz, no mínimo, 20 anos. Diante dos insucessos em conseguir atingir as demandas, educadores se desestimulam, e as adesões nos movimentos do Cpers, sindicato que já foi considerado o maior da América do Sul, diminuem. Diversos fatores podem explicar essa tendência, desde a redução na capacidade de representação, até a decepção dos professores
com a profissão. A conselheira do Cpers, Neida de Oliveira, reconhece os entraves para mobilizar os professores para ações do sindicato na região. Na avaliação dela, o Vale tem um histórico de dificuldade na mobilização. Diante do momento atual, com ocupações e maior participação dos estudantes, acredita que a greve deflagrada nessa segunda-feira tende a ganhar proporção.
Novos professores encontram cenário pouco promissor Todo esse cenário cria um clima pouco propício para novos professores, como o caso de Fernanda Klafke, 29. Formada em Ciências Sociais, ela assumiu a vaga de professora em novembro de 2012,
Comecei a dar aula com 25 anos, motivada, querendo mudar o mundo, e a recepção foi ‘nossa, tu é muito nova, não vai aguentar.” Fernanda Klafke Professora
e foi designada para as escolas Castelo Branco e Érico Veríssimo ambas de Lajeado. Além de lecionar em duas escolas, Fernanda ainda precisa dar aulas sobre matérias diferentes da sua formação. “Eu tive que dar aula de História e Ensino Religioso. Cheguei cheia de gás para trabalhar Sociologia e não ministrei essa matéria”, relata. Diante disso, ela precisou encarar a desconfiança dos colegas mais velhos. “Comecei a dar aula com 25 anos, motivada, querendo mudar o mundo, e a recepção foi 'nossa, tu é muito nova, não vai aguentar.’” Na adolescência, Fernanda não imaginava ser professora. As dificuldades aliadas às decepções fizeram pensar em desistir da atividade. “Falta professor, o que
Pesquisa da Fundação Victor Civita aponta que apenas 2% dos estudantes no Ensino Médio desejam seguir a carreira de professor. Baixos salários, pouca perspectiva de crescimento profissional e as más condições de trabalho são os motivos
é comum. Temos de substituir inventando uma aula do nada.” O que a mantém em sala de aula é o “desejo de mudar o mundo.” Colega de Fernanda no Colégio Érico Veríssimo, Magda Jandrey Pereira, 20, afirma enfrentar problemas parecidos, especialmente
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A HORA · FIM DE SEMANA, 21 E 22 DE MAIO DE 2016
Reportagem: Eduardo Amaral e Marcelo Gouvêa ANDERSON LOPES
a desconfiança dos colegas mais velhos. Diferente de Fernanda, que descobriu o interesse pela carreira em meio à faculdade, Magda afirma que sua “paixão” pela sala de aula começou cedo. “Eu fiz o curso do Magistério com 14 anos, na época apenas para ampliar os conhecimentos do Ensino Médio. Mas eu me encantei com a profissão, mesmo sabendo de todos os problemas.” Apesar do encantamento, a escolha de Magda gerou desconfiança dos familiares. “Na época eu e minha mãe brigamos por eu decidir ser professora, e até hoje meus amigos dizem para eu trocar de profissão”. Mesmo jovem, ela afirma já ter passado por diversas outras áreas, e, mesmo assim, não se vê em outra profissão. “Trabalhei em comércio e outras coisas, ás vezes até ganhando mais. Mas não saio da sala de aula, pois é aqui que posso mudar o mundo”, revela.
Carreira não gera interesse de adolescentes Os baixos salários e as condições de trabalho são alguns dos fatores que afastam os jovens de buscar a vida de professor. Segundo a pesquisa da Fundação Victor Civita (FVC) em 2013, apenas 2% dos estudantes do Ensino Médio têm interesse em ser professores. Com isso, a renovação do quadro tende a ficar prejudicada nos próximos anos. Porém, o abandono na educação parece ter chegado ao limite também para os estudantes. Durante a semana, eles ocuparam escolas e protestaram contra o governo do Estado. Além do apoio
CPERS TEM DIFICULDADE EM REPRESENTAR CATEGORIA
Nessa sexta-feira, alunos da Érico e do Castelinho fizeram passeata em Lajeado
aos professores, os alunos gaúchos reivindicam melhorias nos prédios das escolas, mais professores, entre outras reclamações. O movimento tem estimulado a participação do magistério, invertendo assim a lógica. Agora, muito alunos influenciam os professores. O colégio Érico Veríssimo foi ocupado nessa quarta-feira à noite. Além disso, os adolescentes realizaram protestos em Teutônia, Santa Clara do Sul e Lajeado. A última passeata foi registrada nes-
Fomos sendo desvalorizados e isso afeta a dignidade da profissão Neida de Oliveira Integrante do Cpers
sa sexta-feira, quando estudantes do Castelinho se uniram aos colegas do Érico durante protesto.
A semana de protestos no Vale A primeira escola sem aulas na região foi Reynaldo Affonso Augustin em Teutônia, onde alunos realizaram manifestações desde segunda-feira. Mesmo sem a adesão dos professores a greve, o colégio não está tendo dias letivos devido as ações. Além do Augustin, o município também teve manifestação no colégio Gomes Freire de Andrade, na quinta-feira. No mesmo dia, os adolescentes de Santa Clara também protestaram. Nas demais cidades as ações dos estudantes foram crescendo ao longo da semana. Em Lajeado o Érico realizou a primeira atividade na segunda-feira, mesmo dia em que os jovens do Castelinho fez sua primeira atividade. Ontem, os alunos das duas escolas realizaram mais um protesto, bloqueando o trânsito por cerca de meia hora e criticando Sartori.
Com redução drástica no quadro de sindicalizados, o Cpers sente uma grande dificuldade em mobilizar o magistério. Neida de Oliveira atribui a situação à falta de investimentos, desmotivação dos profissionais e o não cumprimento de acordos entre Estado e sindicato. Segundo ela, o problema se agravou há cerca de um ano e meio, quando aumentaram as dificuldades nas negociações com o governo e a pressão sobre a categoria. As cobranças, segundo ela, não restringem à relação com o governo do Estado, mas também dentro das escolas. No caso do Vale, Neida afirma que as dificuldades estruturais são menos graves em relação ao restante do estado, o que também acaba afastando pessoas das greves. Entretanto, ela atribui essa situação melhor à maior participação da comunidade escolar na rotina das escolas. Com um mais envolvimento da sociedade nas discussões por melhorias no serviço prestado, acredita haver um ganho de representatividade para a categoria. De acordo com ela, parte da desmotivação da classe é efeito do histórico de decisões governamentais. “Nossa identidade profissional vem sendo violen-
tada pelos baixos salários e condições de trabalho. Fomos sendo desvalorizados e isso afeta a dignidade da profissão.” Para o coordenador pedagógico da 3ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRE) e professor, Fábio Luís Mallmann, o panorama econômico é outro fator influente na força sindical de diferentes setores. Salienta, no entanto, a importância da representatividade de classes dentro do ambiente democrático. Para ele, a situação encontrada na educação não é exclusividade do estado e demonstra a necessidade de um aprofundamento do debate sobre estrutura e funcionamento do setor no país. Ele reconhece a defasagem salarial da categoria, mas indica situação semelhante em outras áreas de atuação, em referência à média salarial. Mallmann indica andamento dos debates sobre a Base Nacional Comum Curricular e a atuação do Estado na tentativa de reestruturação do Ensino Fundamental e a ampliação das escolas em tempo integral. De acordo com o coordenador, nesse panorama, a atuação do sindicato ganha mais importância como forma de defender melhores condições de trabalho, estruturais e de funcionamento das escolas.
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Cidades
A HORA · FIM DE SEMANA, 21 E 22 DE MAIO DE 2016
Executivos assumem dívida do Samu Prefeitos questionam a falta de repasses do governo estadual que somam R$ 846 mil ANDERSON LOPES
Vale do Taquari
M
ais uma vez, os municípios do Vale da Taquari terão de assumir as obrigações do Estado. Ontem, durante a reunião da Amvat, os prefeitos concordaram em custear as dívidas de Consórcio Intermunicipal de Saúde do Vale do Taquari (Consisa) com o Samu. Valor será rateado de acordo com o número de habitantes (R$ 1,6 por pessoa) e poderá ser parcelado em quatro vezes. O débito referentes ao serviço de atendimento móvel de urgência é de quase R$ 800 mil. Conforme o secretário-executivo do Consisa, Nilton Rolante, há um atraso no pagamento de R$ 480 mil para a Fundação Araucária – empresa que realizou o trabalho até abril de 2016. Com a atual executora dos serviços, Próativa Saúde, a dívida no primeiro mês chega a R$ 250 mil. As despesas do Samu são custeadas entre o Executivo, Estado e União. Entretanto, o governo estadual está atrasando os repasses, situação que gera a dívida. Conforme o secretário-executivo
reunião entre os cinco municípios -base do programa (Encantado, Arvorezinha, Lajeado, Teutônia e Estrela).
Para pagar o aumento do Judiciário tem, mas para a saúde não.”
Consisa deve R$ 480 mil para a Fundação Araucária e R$ 250 mil para a atual executora dos trabalhos, a tercerizada Próativa
do Consisa, Nilton Rolante, o Estado deixou de pagar três meses de 2014, um de 2015 e dois em 2016. Valor chega a R$ 846 mil.
Judicialização em debate Durante a reunião da Amvat, os prefeitos do Vale do Taquari lamentaram a inoperância do Estado. “Não temos como ficar sem
o Samu porque o governo estadual não paga. Se der um acidente e não houver atendimento, nós vamos ser responsabilizados,” relata o prefeito de Encantado, Paulo Costi. Os gestores cogitam a possibilidade de ingressar na Justiça contra o Estado para cobrar as parcelas atrasadas. “Temos de
discutir drasticamente uma ação judicial. Não adianta só puxar o dinheiro e não cobrar do Estado. Assim vamos ter que pagar sempre,” destacou o prefeito de Imigrante, Celso Kaplan. Conforme o presidente do Consisa e prefeito de Westfália, Sérgio Marasca, a proposta será debatida, na próxima semana, em
Chefe do Executivo de Dois Lajeados, Valnei Cover foi aplaudido ao se queixar do distanciamento dos deputados nas causas locais. “Eles vêm aqui nas feiras e falam bonito. Mas quando dá esses problemas não temos representatividade.” Cover citou como exemplo o aumento de 8,13% aos servidores do Judiciário, aprovado pela Assembleia Legislativa neste mês. “Para pagar o aumento do Judiciário tem, mas para a saúde não.” Conforme ele, as cidades deveriam cobrar envolvimento dos deputados na solução dos problemas municipais.
Vereador solicita audiência com concessionária de energia Bom Retiro do Sul A realização de uma audiência pública para debater melhorias no serviço proposto pela AES Sul foi solicitada pelo vereador Alessander Fritscher (PSB). O requerimento foi repassado à mesa diretora e encaminhado para a fornecedora do serviço, como forma de atualizar a po-
pulação quanto aos serviços desenvolvidos e planejados no município. Esclarecimentos quanto às dificuldades no abastecimento também seriam incluído no debate. As solicitações de melhorias no serviço no município são feitas desde 2014. Em novembro, representantes do Executivo e AES Sul tiveram uma reunião
para tratar sobre o tema. Na época, a necessidade de melhorias no fornecimento de energia elétrica era a principal reivindicação local. Um dos pontos mais críticos era o abastecimento em localidades de Cruz das Almas e Pedreira. No encontro, a distribuidora havia se comprometido em desenvolver melhorias até o fim
do ano. Ainda em 2015, uma audiência já havia ocorrido no município, quando foi indicada a necessidade de manutenção de parte da estrutura existente. Durante o ano, equipes da distribuidora trocaram postes, cabos e transformadores. Problemas de abastecimento já levaram a manifestações em
janeiro deste ano. Um grupo de empresários chegou a interromper a ERS-128 por cerca de meia hora como forma de demonstrar o descontentamento com o serviço. Alegavam prejuízos para empresas e agricultores de São João, Nova Real e Pinhal. Eles encaminharam um abaixo-assinado ao Executivo, cobrando atuação da empresa responsável.
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Cidades
A HORA · FIM DE SEMANA, 21 E 22 DE MAIO DE 2016
Justiça suspende processos da Central Decisão anula liminares concedidas em abril e referentes ao funcionamento da UD RODRIGO MARTINI
Lajeado
U
m novo capítulo jurídico volta a movimentar o Centro Regional de Tratamento e Recuperação do Alcoolismo (Central). Nessa quinta-feira, a 2ª Turma Recursal da Fazenda Pública extinguiu a ação que tramitava na Comarca de Lajeado. O processo tinha como intuito obrigar a 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) a conceder alvará de funcionamento para a clínica de recuperação de alcoólicos e usuários de droga. De acordo com o advogado da Central, André Jaeger, a nova decisão derruba todo o processo judicial iniciado em março. “Também anula a decisão do juiz que proibiu novas internações na Unidade de Desintoxicação (UD). Começaremos tudo de novo, partindo do zero”, resume. A assessoria jurídica da clínica pretende encaminhar nova ação. A ideia é solicitar o alvará de funcionamento e seguir a mesma temática de tratamento utilizada faz 30 anos. “O Estado se baseia em uma normativa que proíbe comunidades terapêuticas de manterem UDs. Mas não somos uma comunidade terapêutica, e não será o Estado que definirá o que somos, mas sim nosso estatuto.” Sem o alvará, no entanto, a clínica segue sem receber re-
Unidade de Desintoxicação funciona desde a abertura da clínica, em 1986. Normativa tenta mudar forma de tratamento
cursos de prefeituras. Esse é um importante suporte financeiro da clínica e, desde dezembro de 2015, a direção não recebe valores da administração municipal de Lajeado. Até então, a Central recebia R$ 24,7 mil mensais do governo lajeadense. O secretário de Saúde (Sesa), Glademir Schwingel, demonstra preocupação com a situação da Central, mas reafirma a necessidade de a clínica receber o alvará de funcionamento para só então autorizar o repasse de recursos. “Haverá reunião na semana que vem para tratar
de questões técnicas sobre como funciona comunidade terapêutica.” Esse encontro ocorre na quarta-feira, às 13h. A principal discussão envolve a UD, onde os pacientes passam os primeiros dias internados para desintoxicação. Conforme a normativa apresentada pela 16ª CRS como justificativa para negar o alvará, só instituições hospitalares podem realizar esse tipo de atendimento.
Dificuldades financeiras Desde o fim dos repasses, a direção da Central já realizou pelo
menos dois empréstimos bancários. Um de R$ 120 mil e outro de R$ 15 mil. Um foi em nome
do próprio presidente da clínica, Nadir Malfatti. Os valores foram angariados para fins administrativos, como os gastos mensais da entidade e os salários de funcionários e profissionais da área da saúde. Hoje, os custos mensais giram em torno de R$ 140 mil. A média de internos em 2015 está abaixo de 40 pacientes, diante de uma capacidade para até 85 dependentes. O custo por internação particular é de R$ 3,4 mil. A direção precisou demitir funcionários em abril. Entre eles, alguns da área médica, contratados a partir de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público (MP). Além disso, a instituição gastou com adequações exigidas pelo Corpo de Bombeiros, entre elas, a instalação de detectores de fumaça e número mais expressivo de extintores.
HISTÓRICO DO LOCAL A Clínica Central foi construída com apoio da comunidade lajeadense em maio de 1986. Desde então, foram mais de 19,7 mil internações de pacientes com problemas de abuso de álcool e drogas. O fundador, Roque Lopes, já escreveu inclusi-
ve um livro contando toda a história da instituição. Pelo estatuto, ela é “uma associação beneficente, assistencial e cultural, de direito privado, sem fins lucrativos, com prazo de duração indeterminado, alheia a atividades de caráter político e religioso.”
Serviço de ouvidoria é instalado na UPA Curso aborda ações articuladas na educação Lajeado
O serviço para aproximar pacientes e comunidade da UPA foi instalado nessa quinta-feira. Vinculado ao Ministério da Saúde (MS), o atendimento visa oportunizar aos usuários o registro de sugestões, solicitações, informações, reclamações, denúncias e elogios referentes ao trabalho na unidade. Conforme a coordenadora da UPA Lajeado, Franciele Santos, essa é uma forma de tornar o
serviço mais rápido e eficiente. “Queremos atuar no momento em que recebemos a informação, e esse é o objetivo da ouvidoria. O serviço vem para desburocratizar a resolução de qualquer dificuldade de forma mais ágil e em contato direto com o cliente”, diz. O secretário da Saúde (Sesa), Glademir Schwingel, enaltece o trabalho da equipe. “É uma gratificação muito grande para nós termos recebido avaliações tão boas nestes dois anos de ati-
vidade. A instalação da Ouvidoria visa aumentar o conforto de nossos usuários”, acredita. O serviço será prestado por Márcia Blum, profissional contratada por meio de processo seletivo. A ouvidoria fica aberta de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. O contato pode ser feito pelo 3748-1306 ou ouvidoria.lajeado@fhgv.com.br. A UPA está localizada na rua Carlos Spohr Filho, 3480, bairro Moinhos d'Água.
Mato Leitão O município sediou nessa quarta-feira curso sobre a elaboração do Plano de Ações Articuladas (PAR). Destinado para equipes de educação, o evento teve participação de sete municípios dos vales do Rio Pardo e Taquari (Passo do Sobrado, Pouso Novo, Imigrante, Vale Verde, Rio Pardo, Gramado Xavier, além do município anfitrião). A prefeita de Mato Leitão,
Carmen Goerck, abriu o evento ressaltando a importância de investimentos para formação continuada dos docentes municipais. Para ela, qualificar os professores resulta êxito na execução dos projetos nas escolas. As diretoras das três escolas municipais de Mato Leitão, o assessor de projetos Maico Berghahn e o secretário de Educação, Cultura e Desporto, Diego Konrad, também estiveram no encontro.
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Empresas familiares enfre Principais formas de organização privada no país, as firmas comandadas por uma ou mais famílias representam mais de 90% dos negócios. A modalidade inclui nomes como Itaú, JBS, Gerdau, Votorantin, Tramontina, e outros gigantes da economia nacional, mas a dinâmica baseada na família também traz dificuldades. A principal é a sucessão.
Vale do Taquari
C
onforme dados do Sebrae, de cada cem, apenas 30 empresas do tipo sobrevivem à segunda geração e 15 à terceira. De acordo com a gerente do Sebrae Vales do Taquari e Rio Pardo, Liane Klein, a maior parte dos fracassos ocorre pela falta de planejamento no processo. “É preciso considerar que a mudança pode gerar conflitos. Nem sempre o filho quer cumprir a função desejada pelo pai, por exemplo”, ressalta. Segundo ela, é importante estabelecer momentos de reunião entre os membros da família para definir o futuro da empresa, entre outras medidas capazes de assegurar uma sucessão adequada. Empresa especializada em móveis planejados, a Madetec, de Estrela, aposta na qualificação para assegurar uma transição capaz de garantir a continuidade do negócio. Fundada em 1977, a empresa se tornou familiar quando o primeiro funcionário, Nelson Siqueira, assumiu o controle societário junto com o irmão, Valdir, em julho de 1981. Os dois irmãos eram funcionários da fábrica da Antárctica e passaram a se dedicar só ao novo negócio. A empresa começou a crescer e alcançar novos merca-
dos. Mudou duas vezes de sede para ampliar a produção até se estabelecer, em 2012, no bairro Cristo Rei. O processo de sucessão foi estabelecido de acordo com o interesse da geração seguinte. Os sócios tiveram dois filhos cada, mas só o mais novo de Valdir, Rafael, decidiu seguir o caminho do pai e do tio. “Meu mais velho, Rodrigo, e minha sobrinha Raquel chegaram a trabalhar na firma por um tempo, mão não quiseram continuar, e decidiram seguir outras carreiras”, lembra Valdir. Ciente da responsabilidade, Rafael Siqueira, 28, procura aliar o conhecimento adquirido no dia a dia da firma com a formação no curso de Engenharia de Produção. “Estou faz tempo na empresa e sempre gostei disso, então é um processo natural. Convivo mais com meu pai e meu tio do que com qualquer outra pessoa.” Na opinião dos dois irmãos, o sucessor terá o desafio de se adaptar às novidades do mercado noveleiro. Destacam o aumento da concorrência, das exigências dos clientes e o avanço tecnológico como duas das principais mudanças do setor. Por outro lado, consideram que Rafael terá mais facilidade para tocar o negócio. “No começo, eu e meu irmão éramos jovens, de 26 e 24 anos, sem experiência no setor,
Os irmãos Nelson (d) e Valdir Siqueira (e), preparam a transição do comando para Rafael (c), filho de Valdir. Aos 28 anos, o jovem aposta na formação universitária para ser bem-sucedido.
e demoramos alguns anos para pagar a aquisição da empresa.” Conforme Valdir, quando o filho assumir, terá uma empresa pronta, com estrutura completa, uma carteira de clientes estabelecida e a formação necessária para ser bem-sucedido, acredita.
Planejamento para três gerações Fundada em 1968 por Elvidio Elvino Eckert, a ArcoGás foi a primeira empresa do atual Grupo Charrua, hoje uma das companhias familiares mais bem-sucedidas da região. Filho mais novo do fundador, Elisandro Elvidio Eckert ressalta que o início
da trajetória do pai foi humilde. “Fornecia lenha curta e carvão como fonte de energia para os fogões da época”, ressalta. Com a evolução do mercado, a empresa passou a comercializar gás de cozinha, atividade que mantém faz quase 50 anos. Hoje, o grupo atua com seis empresas, uma distribuidora com rede de 265 postos no RS e em SC, duas fornecedoras de combustíveis a granel para transportadores, indústrias e lavoureiros, uma e uma revendedora de produtos automotivos. Elisandro ressalta que o pai, aos 82 anos, continua na ativa como presidente do grupo, mas destaca o planejamento antecipado do processo de transição. Segundo ele, a empresa tem uma forma de gestão própria. “Na medida do possível, vamos implantando novos sistemas de controles que vão melhorando o processo de gestão”. Ressalta ainda que a terceira geração sucessória encontra-se atuante e participativa nos processos e tomada de decisões, e está sendo
Serviços Bens de consumo e varejo Bens industriais Agronegócios Construção e transporte Materiais básicos
3%
T I/Telecom
3%
Utilidade pública Petróleo, gás e biocombustíveis Financeiro
2% 1% 1%
FONT
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Reportagem: Thiago Maurique
entam desafio da sucessão ANDERSON LOPES
constantemente preparada para dar continuidade ao andamento dos negócios. Segundo Eckert, um dos segredos para evitar os conflitos é estabelecer diálogos baseados no respeito entre os familiares, assim como evitar decisões autocráticas. Dessa forma, a empresa projeta um crescimento duradouro pelas próximas décadas.
Profissionalização necessária Para a psicóloga e consultora Magda Geyer Ehlers, especialista em Gestão de Empresas Familiares, a instabilidade política e econômica tem maior impacto em companhias que centralizam suas tomadas de decisão em uma única pessoa. “A imprevisibilidade gera insegurança na tomada de decisões estratégicas”, afirma. Segundo ela, as empresas familiares profissionalizadas, com um modelo de governança maduro, conseguem prever as variações de mercado e agir a tempo de mitigar os impactos negativos da crise.
Otimismo prevalece
25% 24% 18% 14% 9%
NTE KPMG CONSULTORIA
Conforme pesquisa realizada pela empresa de consultoria KPMG, a preocupação com a continuidade do negócio nas gerações subsequentes se soma a temores quanto ao alto índice de tributos, o aumento no custo como insumos básicos, como energia elétrica, e a incerteza política. Realizada durante o segundo semestre do ano passado, o levantamento ouviu mais de 200 líderes de 16 estados, com destaque para o RS, com a intenção de traçar um perfil do empreendedor familiar brasileiro. As principal constatação do estudo é a tendência das empresas se manterem sob o controle das famílias. Mais de 77% das firmas são comandadas por uma única família, e os líderes pesquisados manifestaram baixo interesse na entrada de novos sócios ou aliança com terceiros.
FOTO CÉSAR TOLEDO/DIVULGAÇÃO
A sucessão não é um evento, é um processo” A Hora – A sucessão geralmente representa um momento difícil para as empresas. Muitas não conseguem sobreviver após a mudança na liderança. Por que isso acontece? Magda Geyer Ehlers – Existem situações distintas. Uma mudança mal sucedida na gestão pode ser ocasionada por fatores como a falta de legitimidade do novo executivo, que passa a não ser bem recebido pela empresa. Também pelo despreparo ou incapacidade de gerenciar e tomar decisões importantes, desalinhamento do novo líder à cultura da empresa e aos valores da família. Esse insucesso pode perdurar a ponto da empresa não sobreviver. A falta de um conselho que supervisione o desempenho desse líder orientando-o quando necessário, cobrando resultados ou até mesmo demitindo-o se necessário, é determinante. Tudo isso pode ser evitado com um trabalho sistêmico junto à família e aos executivos que estão na empresa e conhecem bem o negócio. É possível passar pelo momento de sucessão sem maiores percalços? Magda – A sucessão não é um evento, é um processo. Quanto mais cedo a família pensar nesse tema, mais chance de êxito. É necessário planejar não apenas no curto prazo, pensando da primeira para a segunda geração, mas em um modelo que preveja a continuidade nas próximas transições. Para isso, a família precisa alinhar expectativas com relação ao negócio. Decidir, de maneira antecipada, se seus filhos, netos, genros e noras poderão trabalhar ou não na companhia. Qual o melhor momento para começar a trabalhar a sucessão? Magda – Este assunto é complexo, pois o início deste trabalho depende dos valores da família, do desejo do fundador e do tipo de negócio. De maneira geral, dizemos que quanto antes melhor, inclusive quando as coisas estão bem. É sempre mais fácil chegar a um acordo quando não existe algum conflito ou crise, tanto familiar quanto empresarial. A preparação para a sucessão pode começar desde o nascimento de uma segunda geração. É desde criança que se educa a ter valores consistentes, que serão úteis e necessários na vida adulta e profissional. Uma pessoa bem formada é sempre bem-vinda, não
só na empresa, mas na família, em uma relação societária, em uma estrutura de governança e em todas as circunstâncias que apoiam a sucessão. Quais os erros mais cometidos nesse processo? Magda – Esperar que um filho ou filha seja o mesmo líder e que pense o negócio da mesma forma que seus pais, deixar para que a transição ocorra pela falta ou esgotamento do fundador e perder o timing da transição, fazendo com que uma nova geração perca o interesse pelos negócios ou que a atual gestão esteja indisponível para passar o bastão apropriadamente. Assim como, não entender o interesse das pessoas e avaliar como cada um pode contribuir no contexto da família, seja como acionista, na gestão dos negócios, na gestão do patrimônio ou na governança. Para uma empresa familiar, o melhor é manter o controle sucessório na própria família ou é possível delegar a função a executivos sem perder o controle do negócio? Magda – O controle do negócio (capital) independe da família estar ou não na gestão. A governança corporativa possibilita que os interesses dos sócios estejam devidamente representados e que seus valores sejam sempre respeitados independentemente do CEO ser um membro familiar. Analisar qual é o melhor gestor para a empresa é fundamental pois depende da complexidade do negócio e do perfil da família controladora. Portanto, cada caso é um caso. Qual a importância de separar a convivência familiar da empresarial? Magda – A interferência da família tanto pode ser positiva quanto negativa. O importante é que sejam respeitadas as combinações realizadas e os limites de alçada nas tomadas de decisão, assim como combinar os limites na relação família x empresa para que não hajam interferências inadequadas. A governança permite a criação de fóruns onde a família se sente representada, ouvida e atuante no negócio de forma organizada e sem intervir no modelo de gestão. O conselho de família, conselho de sócios, conselho de administração e comitês são exemplos de espaços que a família poderá ocupar e contribuir nas decisões.
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Cidades
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Parceria garante mobiliário do presídio Comitiva regional tratou da inauguração da ala feminina na penintenciária de Lajeado DIVULGAÇÃO
Vale do Taquari
e alojamentos.
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Demanda Regional
governo do estado assinalou que pagará 50% dos custos de mobiliário do presídio feminino. O restante será comprado com recursos do poder Judiciário de Lajeado em parceria com o Conselho Popular de Assistência ao Preso e Associação Lajeadense de Segurança Pública (Alsepro). Os recursos do estado foram garantidos durante reunião entre os representantes locais e o Secretário da Segurança, Wantuir Jacini. Além da compra de mobiliário, o governo também garantiu que disponibilizará de seis a sete agentes femininas. Na avaliação do juiz Luiz Antônio de Abreu Johnson, essas medidas garantirão a inauguração do presídio dentro de um mês. Segundo o magistrado seriam necessárias 15 agentes femininas para que o local tivesse sua ocupação máxima. Como serão disponibilizadas menos
Reunião com secretário da segurança Wantuir Jacini ocorreu na tarde dessa sexta-feira em Porto Alegre
da metade do necessário, o local começará a operar abaixo do limite. Segundo Johnson, a medida de dividir com o estado os custos de mobiliário foram necessárias para garantir o funcionamento do local. “Caso isso não fosse feito irá demo-
rar cerca de um ano para que todo o processo licitatório para a compra fosse feito”. A falta de recursos para a aquisição do mobiliário era considerado o principal entrave para a inauguração do presídio. Até o fim de abril,
foram investidos R$ 718 mil na construção do local. Desse total, R$ 137 mil foram custeados por ações comunitárias como doações e campanhas de arrecadação. O complexo terá dez celas e um total de 38 ambientes, entre salas administrativas
Apesar de ser uma construção capaz de atender a demanda de municípios da região, o projeto do presídio feminino depende de recursos de voluntários, Judiciários de Lajeado, Estrela e Teutônia. Em março, a situação gerou um impasse entre municípios e os responsáveis pelo projeto. Entre as queixas, estava a falta de participação dos poderes públicos com a iniciativa. Dos 16 municípios da comarca, apenas um colaborou. Além de R$ 120 mil para a obra, Lajeado realizou os serviços de preparo da área para a construção. Com o início das operações do presídio feminino, a transferência de presas da região em cumprimento de pena em outras cidades do estado para o local será prioridade. A medida também possibilita a devolução de presos do Presídio Estadual de Lajeado, em forma de permuta.
Política
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Decisão judicial sobre morte abala amigos e familiares Motorista responsável por acidente em 2011 estaria embriagado RODRIGO MARTINI
Lajeado
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lávio Ruwer, então com 33 anos, morreu de “hemorragia intracraniana difusa por trauma cranio encefálico consecutivo a politraumatismo” após ser atingido às 5h15min do dia 29 de janeiro de 2011. Ele trafegava com uma motocicleta no acostamento da ERS130 quando foi atingido na traseira por um veículo Scenic, dirigido por Maurício Augusto Haenssgen, 20 anos na época. Para o Ministério Público (MP), o condutor do carro estava alcoolizado. Pelo homicídio culposo, Haenssgen foi condenado – inicialmente – à pena de dois anos de detenção. Mas, o juiz, Paulo Meneghetti, substituiu a pena privativa de liberdade por prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período da condenação e pagamento de cinco salários mínimos. Além disso, a habilitação para dirigir foi suspensa por dois meses. De acordo com o inquérito, o réu retornava de uma festa, no Café Virtual, quando no quilômetro 65 bateu na motocicleta de Ruwer. O corpo foi arrastado por 30 metros e a vítima morreu no local. O MP ofereceu denúncia à Justiça em março de 2015, e a defesa solicitou a absolvição “pela ausência de tipicidade, falta de provas, e por culpa exclusiva da vítima”. Para o MP, Haenssgen estava, além de alcoolizado, “conduzindo seu veículo de forma imprudente, eis que imprimiu velocidade excessiva para o local e as condições climáticas, e realizou manobra imperita, conduzindo o veículo pelo acostamento.” O carro parou a cerca de 378 metros do ponto de impacto e o réu permaneceu no local até constatar a presença do policiamento rodoviário. Após a chegada de equipes de socorro e familiares, Haenssgen foi encaminhado ao hospital. Conforme depoimento do médico que o atendeu, o réu se apresentava “em estado avançado” de embriaguez, o que pôde, segundo o pro-
Judiciário substituiu pena de prisão por serviços comunitários e multa
fissional da saúde, ser verificado em função do “odor alcoólico no hálito e no suor, tonturas e descoordenação motora”.
Réu nega ter bebido álcool O réu voltava para casa, em Cruzeiro do Sul, no momento do acidente. Haenssgen nega ter ingerido bebida alcóolica. Segundo disse no inquérito, ele só “bebeu água e energético”. Nega também ter conduzido o veículo em ziguezague e, sobre depoimento do médico, diz
“tremer bastante” e acredita que as alterações registradas na ficha de atendimento “eram decorrentes de seu estado nervoso.” Um amigo do réu, na companhia dele antes e durante a festa, reitera no inquérito a posição sobre a ingestão, tão somente, de energéticos por parte do condutor do veículo. Já o médico garante que “bebida energética não produz odor alcoólico”, e “o odor alcoólico não é alterado pelo eventual consumo simultâneo de bebida energética”. Sobre a manobra considerada “imperita” pelo MP, conta ter percebido, pouco antes do local do acidente, “que havia deixado as chaves da casa com um amigo” e decidiu retornar no trevo de acesso ao bairro das Nações. Foi
quando sentiu, “sem ver”, uma batida. Com o “estouro do air bag e do vidro, “não enxergava mais nada”. Após, manobrou no sentido contrário até sentir um novo impacto, “mais suave”. Haenssgen então fez alguns telefonemas e foi até o local da colisão, onde conversou com um amigo de Ruwer. Ao observar a vítima, teve “quase certeza que estava morta”. O réu falou ainda sobre as condições da pista. Segundo ele, não havia iluminação pública em virtude da obra do novo estádio do Lajeadense. O réu nega ter invadido o acostamento e afirma ter colidido com a vítima na pista. A reportagem tentou contato com o réu, mas até o fechamento desta edição não houve resposta.
Filha sente falta do pai Ruwer mantinha relacionamento de 11 anos com Leonara dos Santos Silveira. Tiveram uma filha, hoje com 8 anos de idade. “Sempre pede pelo pai. Sente muita falta. É triste, difícil de explicar para ela.” A mãe reclama a falta de assistência por parte da família do condutor do Scenic. “Nunca nos procuraram ou ofereceram assistência.” Ela pretende recorrer da decisão judicial. “Pela violência, não esperávamos que fosse tão branda. Vamos recorrer. É muito pouco. Muito injusto.”
DETALHES DO ACIDENTE
A moto ficou presa [...] com o corpo de Flávio entre a motocicleta e o para-brisa frontal Dorval Weber Testemunha do acidente
Ruwer era morador do bairro Cascata, em Cruzeiro do Sul, e voltava do trabalho naquela madrugada. O amigo e colega na empresa Perdigão, Dorval Weber, o acompanhava de bicicleta sobre o acostamento da rodovia. Na denúncia, cita ter visto o Scenic se aproximando. Ele gritou, mas não houve tempo da vítima escapar. “A moto ficou presa no veículo, 'de pé', com o corpo de Flávio entre a motocicleta e o para-brisa
frontal”, conta. Após a batida, Weber viu um “rastro de fogo” e o réu conduzindo o veículo até os cordões do trevo de acesso ao bairro das Nações, colidindo contra o mesmo. Nesse momento, o corpo da vítima caiu de cima do capô do carro e, mais adiante, a moto também se desprendeu do carro. O amigo foi até Ruwer, colocou a mão sobre o corpo e perguntou: “o que é isso?”. A resposta foi um breve “gemido”.
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PATROCÍNIO:
Equipes do Vale entram em quadra em busca da reabilitação Alaf recebe o Marreco Futsal pela Liga Nacional. ASTF encara a ADS pela Série Ouro Alaf busca a zona de classificação
Com retornos, ASTF recebe ADS
Depois de conquistar a primeira vitória em casa nesta temporada, a Alaf busca o primeiro êxito na Liga Nacional. Neste sábado, o time de Lajeado recebe o Marreco Futsal, no Complexo Esportivo da Univates, às 20h15min. Ingressos antecipados estão à venda na sede social do clube, na Bruxellas Esportes, DMF Esportes, Imprimix e Comercial Elétrica São Cristóvão, ao preço de R$ 15. Na hora, custam R$ 20. Estudantes e associados do Sicredi pagam R$ 15. A Alaf está na 17ª colocação com apenas 2 pontos – empatou em casa com Jaraguá e JEC/Krona. Se vencer o time de Francisco Beltrão (PR), a Alaf retorna para a zona de classificação na próxima fase. Para o confronto, o técnico Giba não conta com o ala Didi, que se recupera de lesão no joelho. Em contrapartida, o ala Lucas Selbach retorna após cumprir um jogo de suspensão. Na opinião de Giba, a partida será complicada porque a equipe do Marreco Futsal vem embalada e motivada após vencer o Magnus Futsal, na rodada passada, além de ter atletas experientes e que se entregam em quadra. “Fizemos duas partidas boas em casa e este será um outro jogo de alto nível técnico, por isso, tenho certeza que o torcedor será fundamental para nos ajudar.” O provável time que inicia a partida tem: Chico, Marcelo, Lucas Selbach, Batalha e Rafinha. EZEQUIEL NEITZKE
A Associação Teutônia Futsal (ASTF) estreia em casa pela Série Ouro neste sábado. A partida contra a ADS ocorre às 20h, no Ginásio da Água, no bairro Languiru, em Teutônia. Ingressos serão vendidos somente na hora a R$ 10. Após perder na estreia para a AGF, em Guaíba, o time quer a vitória para não se distanciar dos primeiros colocados. Para o confronto, o técnico Christian Carniel terá o retorno do fixo Karoki, recuperado de lesão. Segundo o comandante, o atleta será aos poucos inserido no time, pois estava há 15 dias sem treinar. O provável time que inicia a partida é: Lucas Bastian, Nicolas, Lelê, Dionízio e Biel. O comandante espera ter o apoio da torcida para sair com a vitória. Para ele, o jogo é importante, pois é um confronto direto por uma das cinco vagas à próxima fase. “Estamos trabalhando bem e os resultados vão aparecer.”
Como vem o adversário A ADS, de Sananduva, vem de goleada sobre a Assaf. Jogando em casa, a equipe aplicou 5 a 0 no time de Santa Cruz do Sul. O destaque da equipe é o ala Pedala.
-RJRV GR ÀP GH VHPDQD
FÁBIO KUHN
Liga Nacional Sábado 20h15min – Alaf x Marreco Futsal 20h15min – Assoeva x Jaraguá
Depois da primeira vitória em casa, a Alaf busca o êxito na Liga Nacional
Série Ouro Sábado 20h – Asif X AES 20h – ASTF x ADS Domingo 18h – Atlântico x AGF Segunda-feira 20h – BGF X Juventude 20h – Assoeva x América
ASTF estreia diante do torcedor na Série Ouro. Partida ocorre sábado, às 20h, contra a ADS
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Categorias de base
Times do Vale jogam neste fim de semana
Campeão do torneio será conhecido neste domingo Taça da Amizade
Lajeadense atua em casa domingo. Encantado viaja sábado EZEQUIEL NEITZKE
E
ncantado e Lajeadense entram em campo neste fim de semana pelas competições de base da Federação Gaúcha de Futebol (FGF). No sábado, o EC Encantado vai a Passo Fundo enfrentar o Gaúcho pelo Estadual Juvenil B. No domingo, o Lajeadense recebe o Osoriense, pelo Juvenil A, e o Veranópolis, pela categoria júnior. A duas rodadas do término da primeira fase, o Lajeadense está próximo da classificação. Neste domingo, o time treinado por Serginho Almeida recebe o décimo colocado Veranópolis. Para o confronto, o comandante não terá o meia-atacante Quaresma, expulso no empate com o Cruzeiro em 1 a 1, na quarta-feira. Outros que desfalcam o time são os meias Índio e João Falcão. Além de Lajeadense e Veranópolis, a penúltima rodada tem EC Passo Fundo versus Grêmio, Novo Horizonte versus Apafut, Cruzeiro versus Rio Grande e Juventude versus Santa Rosa. Classificação: Internacional (30 pontos), Juventude (27), Aimoré (21), Santa Rosa (18), Cruzeiro (17), Grêmio (16), Lajeadense (13), Passo Fundo (13), Apafut (11), Veranópolis (9), Novo Horizonte (7), Osoriense (6) e Rio Grande (1).
Juvenil A Atrás apenas da dupla Gre-Nal, o Lajeadense pode assumir a liderança neste domingo se vencer o
Lajeadense pode superar o Internacional na tabela de classificação no juvenil A
lanterna Osoriense e se o Grêmio tropeçar diante do EC Passo Fundo, isso porque o Internacional está de folga. Além de Lajeadense e Osoriense, a rodada tem Grêmio versus EC Passo Fundo, Ivoti versus Novo Hamburgo, Progresso versus Cruzeiro, Três Passos versus Ypiranga e Juventude versus Caxias.
Lajeadense entra em campo a partir das 13h de domingo.
Classificação: Grêmio (10 pontos), Internacional e Lajeadense (9), Progresso e Ivoti (8), Três Passos, Caxias, Juventude e São José (7), Ypiranga (6), Apafut, Novo Hamburgo e Cruzeiro (5), EC Passo Fundo (3), Esportivo e Osoriense (sem pontuar).
Juvenil B Com 3 pontos em dois jogos disputados, o EC Encantado joga pela terceira rodada. Neste sábado, a partir das 15h, enfrenta o Gaúcho, na recém-inaugurada BSBios Arena. A equipe do Vale do Taquari está empatada na liderança do grupo C com Estância Velha, AGE, União Frederiquense e Gaúcho, todos com 3 pontos. Na lanterna, estão EC Passo Fundo e Ibirubá, ambos sem pontuar. Além de Gaúcho e EC Encantado, a rodada tem Estância Velha versus AGE e Ibirubá versus União Frederiquense.
A competição para atletas sub-15 define os campeões neste domingo. No sábado, ocorrem os jogos das quartas de final no campo do Concórdia. O primeiro será disputado às 9h e o segundo, às 10h30min. O terceiro será às 14h30min e o último, às 16h. As semifinais ocorrerão simultaneamente nos campos do Concórdia e do Copalto, às 9h de domingo. No campo do Concórdia, a disputa do terceiro lugar será às 14h de domingo, e a decisão, às 15h. Das três equipes do Vale do Taquari inscritas na competição, apenas uma se garantiu à próxima fase. Trata-se do anfitrião CTE Roca Sales que venceu o Lajeadense por 4 a 3 no último confronto da chave
A. Na estreia, a equipe perdeu por 2 a 0 para o Novo Hamburgo. Agora, aguarda o adversário das quartas de final. Os outros representantes do Vale do Taquari, EC Encantado e Lajeadense foram eliminados na primeira fase. O EC Encantado terminou a etapa classificatória sem pontuar, com derrotas para o São José por 7 a 0 e para o Juventude por 1 a 0. O Lajeadense também não pontuou. Na partida de estreia, perdeu para o Novo Hamburgo por 1 a 0. Fechou a primeira fase perdendo para o CTE Roca Sales. Após o fim da primeira etapa, classificaram-se à próxima fase Novo Hamburgo e CTE Roca Sales (Chave A), Avaí e Internacional (Chave B), Grêmio e Ivoti (Chave C), São José e Juventude (Chave D).
RESULTADOS DA PRIMEIRA FASE CTE Roca Sales 0 x 2 EC Novo Hamburgo Grêmio 2 x 0 Globalfut/Ivoti Internacional 0 x 0 Apafut/UCS São José 7 x 0 Encantado Apafut/UCS 0 x 5 Avaí Globalfut/Ivoti 3 x 2 Santa Cruz Avaí 2x2 Internacional Juventude 0 x 1 São José Novo Hamburgo 1 x 0 Lajeadense Encantado 0 x 1 Juventude Lajeadense 3x4 Roca Sales Santa Cruz 0 x 4 Grêmio
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CAMPEONATO AMADOR
Fim de semana para dar a volta olímpica Se as condições meteorológicas permitirem, duas competições conhecerão os campeões neste fim de semana – amador de Progresso e Taça da Amizade. Em Santa Clara do Sul, a final ocorre no feriado de Corpus Christi. Cruzeiro e Flamengo disputam a 26ª taça
FELIPE NEITZKE
A
decisão do Campeonato Municipal de Progresso ocorre neste sábado, às 15h30min, em Xaxim. Antes, Cruzeiro e Internacional de Campo Branco disputam uma vaga à final pela categoria veterano. No primeiro jogo, no sábado passado, o Flamengo A venceu por 3 a 1. Agora está a um empate de conquistar a quinta taça. Como não existe a vantagem do saldo de gols, o Cruzeiro precisa de uma vitória simples para levar a decisão aos pênaltis. O Flamengo terminou a primeira fase com a melhor colocação. Nas quartas de final, eliminou o Gaúcho e na semi venceu o Flamengo B. Mesmo sendo o favorito e tendo as vantagens, o treinador Valmor Batistti, o “Jundiá”, prevê um jogo difícil. “A vantagem existe na teoria, temos que fazer valer dentro de campo.” O comandante espera que a equipe repita o empenho e a seriedade do primeiro jogo. O único desfalque para o confronto éo coringa Adriano Martini, suspenso. Já o Cruzeiro é o atual bicampeão. Eliminou o Corinthians, de São Luiz, nas quartas e nas semifinais. Precisando da vitória, para decidir o título nas penalidades, o treinador Rogério Lourenço, o “Rocha”, acredita na força de vontade dos jogadores para levantar a taça. Para ele, faltou atenção dos jogadores no primeiro jogo e agora, com o retorno de alguns atletas que estiveram fora, a equipe reverterá o resultado. “Conversamos durante a semana, sabemos das qualidades do adversário, mas se não errarmos ganharemos esse título.” O comandante terá o retorno do volante Fernando. Em contrapartida, Vermelho, suspenso, está fora.
Flamengo A, do zagueiro Mano, está a um empate de levantar a quinta taça em Progresso. Decisão ocorre em Xaxim neste sábado a partir das 15h30min
Ecas em vantagem nas duas categorias A decisão da Taça da Amizade – competição que integra Colinas, Imigrante, Poço das Antas e Westfália – ocorre neste domingo. A partir das 13h30min, Ecas e Juventude decidem quem fica com a taça na categoria aspirante. Às 15h30min, as mesmas equipes se enfrentam pela categoria titular. Nos dois casos, o Ecas tem a vantagem do empate. O jogo ocorre em Linha Berlim, Westfália. Atual campeão, o Ecas perdeu uma partida em 13 jogos disputados. Empatou quatro e venceu oito. Marcou 32 gols e sofreu 17. Tem a defesa menos vazada. Até o momento, os clubes se enfrentaram duas vezes. Um empate na primeira fase em 1 a 1 e vitória na partida de ida da final por 1 a 0. Na categoria aspirante, as mesmas equipes
fazem a final. Na primeiro jogo, o Ecas venceu por 1 a 0.
Segundo finalistas será conhecido em Marques de Souza O Juventude conhece neste domingo o
adversário na final. Às 14h45min, o Ser Picada Flor necessita vencer o Guarani B para levar a partida à prorrogação, quando joga por um empate. Já o Guarani está a uma igualdade de chegar pela primeira vez à final do municipal. MACIEL DELFINO
Ecas está a um empate de conquistar o título na categoria titular da Taça da Amizade
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A HORA · FIM DE SEMANA, 21 E 22 DE MAIO DE 2016
Reportagem: Ezequiel Neitzke EZEQUIEL NEITZKE
A última rodada da Copa João Manoel Ruschel ocorre neste domingo com partidas em três localidades – Picada Aurora, Linha 22 e Bom Fim. Pela categoria titular, Bom Fim, Canarinho e 25 de Julho já estão matematicamente classificados. O Tamoio não joga na última rodada e torce por uma vitória do Bom Fim sobre o Independente, que disputa por, no mínimo, um empate. Já XV de Novembro e 22 de Novembro não têm mais chances de classificação. Na categoria aspirante, Bom fim, Canarinho e Independente já estão matematicamente classificados. XV de Novembro precisa apenas de um empate para avançar. 22 de Novembro precisa vencer e torcer para o 25 de Julho derrotar o XV de Novembro. 25 de Julho e Tamoio não têm mais chances de classificação.
Atual campeão em Marques de Souza, Juventude aguarda o adversário na final
Semifinais iniciam no bairro Igrejinha As semifinais do amador de Lajeado iniciam neste domingo com jogo entre Guarani e Internacional. A partida ocorre no bairro Igrejinha a partir das 13h30min (aspirante) e 15h30min (titular). O outro confronto entre União Campestre e União Carneiros ocorre no feriado, 26.
Boqueirão do Leão conhece último classificado A última rodada da fase classificatória ocorre domingo, em Linha Data, onde o Esportivo recebe a equipe do São José. Ainda existe uma possibilidade de classificação do time do Matão. Para passar pelo Esportivo, precisa vencer o jogo e esperar por faltas que elevem a pontuação na disciplina do time de Linha Data. A diferença é de 60 pontos. Na categoria aspirante, o Esportivo necessita vencer o
Teutônia conhece os finalistas Neste domingo, o município conhece as duas equipes finalistas. Na Linha Catarina, o Catarinense precisa vencer o Ouro Verde, no tempo normal e nas penalidades, para chegar à final. Mesma situação do Juventude no duelo contra o União. Ouro Verde e União jogam pelo empate. Na categoria aspirante, Ouro Verde e Juventude jogam pelo empate. Atlético Gaúcho necessita vencer o Ouro Verde no tempo normal e nos pênaltis. Já o Ribeirense precisa apenas de um êxito nos 90 minutos, por ter empatado em 0 a 0 com o Juventude na partida de ida.
Última rodada em Cruzeiro do Sul
Final de Santa Clara do Sul está marcada para o dia 26
já eliminado São José para se classificar. A classificação na categoria titular tem o Independente na liderança com 16 pontos, São Brás (11), Grêmio 5 de Junho (10), Esportivo (5), São Roque (3) e São José (2). Na aspirante, quem lidera é o São Roque (13 pontos), Grêmio 5 de Junho (11), São Brás (10), Independente (7), Esportivo (6) e São José (1).
Competição tem três equipes classificadas Na categoria titular, o líder Rudibar segue invicto. A equipe está na liderança isolada com 19 pontos. Neste domingo, faz o último jogo na fase de classificação contra o Palmeiras, no campo do Saca Rolha, no bairro São João. A disputa pela vice-liderança está embolada. Floriano, Palmeiras e Grêmio estão na disputa. Cada equipe ainda tem dois jogos para disputar. Com 9 pontos, o Floriano tem pela frente o Grêmio e o Palmeiras. Com 8 pontos, o Palmeiras encara o Rudibar e o Floriano. Com 6 pontos, o Grêmio enfrenta o Floriano e a Aecosajo. Na lanterna, a Aecosajo tem mais um jogo para realizar. Com 4 pontos, precisa torcer por um resultado negativo do Grêmio neste domingo diante do Floriano e, ainda, vencer o time da Beira do Rio no dia 28 para se classificar à próxima rodada. Um empate do Grêmio neste domingo classifica a equipe e elimina a Aecosajo da competição.
JOGOS DO FIM DE SEMANA Taça da Amizade – Final/Jogo de volta Linha Berlim/Westfália – Juventude x Ecas Progresso – Final/Jogo de volta Xaxim – Flamengo A x Cruzeiro
EZEQUIEL NEITZKE
Marques de Souza – Semifinal/Jogo de volta Picada Flor – Ser Picada Flor x Guarani B Lajeado – Semifinal/Jogo de ida Bairro Igrejinha – Guarani x Internacional Cruzeiro do Sul – Última rodada Picada Aurora – 25 de Julho x XV de Novembro Linha 22 – 22 de Novembro x Canarinho Bom Fim – Bom Fim x Independente Bom Retiro do Sul – 9ª rodada Saca Rolha – Palmeiras x Rudibar Beira do Rio – Grêmio x Floriano Boqueirão do Leão – Última rodada Linha Data – Esportivo x São José União Campestre dos treinadores Mão e Paulinho Vettorello enfrenta o União Carneiros no dia 26
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Grêmio
Time não perde há 21 anos para o Flamengo Última derrota em casa para o clube carioca no Brasileirão foi por 1 a 0, em novembro de 1994 FOTOS DIVULGAÇÃO
O
Grêmio recebe neste domingo, às 16h, o Flamengo, na Arena, pela 2ª rodada do Brasileirão. Em busca da primeira vitória na competição, o elenco de Roger tem a seu favor o retrospecto como inspiração para o duelo. O Tricolor nunca foi derrotado em seu novo estádio por um rival carioca. De quebra, conserva invencibilidade de mais de 21 anos anos sobre o Fla em jogos em casa pelo Nacional – desde os tempos do Olímpico. O Grêmio inaugurou a Arena em 8 de dezembro de 2012. De lá para cá, mandou ao todo 11 jo-
Grêmio recebe o Flamengo na Arena, às 16h, e quer manter o tabu de 21 anos
gos em sua moderna casa contra os quatro grandes do Rio. Foram oito vitórias e três empates entre duelos por Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores. O aproveitamento é de 81,8%. Pelo Brasileirão, o Grêmio não é derrotado pelo Flamengo em Porto Alegre, em confrontos pelo Nacional, há quase 22 anos. Desde 19 de novembro de 1994, na sexta rodada do returno do campeonato daquele ano, ainda dividido em duas chaves de oito participantes. O Tricolor foi derrotado por 1 a 0 pelo Urubu, com gol de Nélio, com uma formação que tinha ídolos
como Danrlei, Arílson e Roger Machado e era comandada por Felipão. A equipe do Flamengo tinha Paulo Nunes, que, um ano mais tarde, rumou ao Tricolor para ser campeão da Libertadores, no bi da América. O provável time que entra em campo neste domingo é: Marcelo Grohe, Ramiro (Edilson), Pedro Geromel (Werley), Fred, Marcelo Oliveira, Wallace, Maicon, Giuliano, Everton (Douglas), Luan e Bolaños. Já o Flamengo deve ir a campo com Paulo Vitor, Rodinei, Léo Duarte, Juan, Jorge, Cuéllar, Willian Arão, Everton, Mancuello, Ederson e Emerson.
Com Anselmo, Argel aponta time que pega o São Paulo Internacional A imprensa não teve acesso ao treinamento do Inter nessa sexta-feira à tarde, no Beira-Rio. Argel Fucks comandou o trabalho que confirmou a equipe para enfrentar o São Paulo neste domingo, às 16h, no Morumbi. Apesar de fechar os portões para a atividade, a escalação colorada no Morumbi deve ser a mesma dos últimos treinos, com a entrada de Anselmo no lugar de Aylon. Com isso, Fabinho deve atuar adiantado na linha de meias do 4-2-3-1 no Morumbi. O provável time titular deve ter: Danilo Fernandes, Willian, Paulão, Ernando, Arthur, Fernando Bob, Fabinho, Anselmo, Vitinho, Andrigo e Eduardo Sasha. Depois de empatar sem gols com a Chapecoense no Beira-Rio na primeira rodada do Brasileirão, o In-
ou não a reforma no estatuto do clube. A principal proposta diz respeito ao modelo de gestão, no qual um Conselho de Administração comandaria o clube com um acréscimo no número de vice-presidentes. Caso seja acatada a medida, presidente, primeiro e segundo vices seguirão indo a pleito. Porém, serão
Volante Anselmo substitui Aylon
ter vai ao Morumbi tentar recuperar os pontos perdidos. O atacante Mike, que teve o nome publicado no Boletim Informativo Diário (BID) da CBF nessa quinta-feira, deve ser a novidade no banco de reservas.
Sócios decidem reforma no estatuto Os sócios votarão para aprovar
incrementados o terceiro e quarto vices, que serão indicados pelo mandatário em um prazo de até cinco dias após a eleição. Para participar da votação, o torcedor fidelizado precisa ser o titular da carteirinha e estar com o pagamento em dia até o dia 20 de abril deste ano, além de ser maior
de 16 anos na data da eleição e ter se associado até 31 de dezembro de 2014. A votação ocorre no Gigantinho ou pela internet no período das 8h às 17h deste sábado. Ao decidir, o sócio tem a opção 1, que aprova as mudanças no estatuto, ou 2, que rejeita a alteração. O site para votar é www.votainter.com.br.
JOGOS Série A – 2ª rodada Sábado 16h – Ponte Preta x Palmeiras 18h30min – Fluminense x Santa Cruz 21h – Cruzeiro x Figueirense Domingo 11h – Santos x Coritiba 11h – Atlético-PR x Atlético-MG 16h – Vitória x Corinthians 16h – São Paulo x Internacional 16h – Grêmio x Flamengo
16h – Chapecoense x América-MG 18h30min – Sport x Bogafogo Série B Complemento da 2ª rodada Sábado 16h – Paysandu x Oeste 16h – Vasco x Tupi 16h – Avaí x Sampaio Corrêa 16h30min – CRB x Ceará 16h30min – Paraná x Bahia
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Informe
www.ctclajeado.com.br ww
Rebordose assume a liderança isolada da elite FOTOS FÁBIO KUHN
segunda divisão. Os gols da equipe, na rodada do sábado passado, foram marcados por Lucas Bublitz, Bruno Führ, Marcell Braun e Daniel Dullius. Quem também venceu na rodada foi o vice-líder Amnésia. O time derrotou o SER Sodabeb por 3 a 1, com gols de Mateus Baum, Ismael Führ e Jean Carlo Gonçalves.
Disputa acirrada na terceira divisão
Primeira, segunda e quarta divisões têm 16 partidas neste sábado. Jogos iniciam às 12h15min
U
m empate em 3 a 3 com o Coroas Mirim/Arco Gás colocou o Rebordose na ponta da tabela da primeira divisão da Copa CTC/Espaço3 Arquitetura. Partida ocorreu no sábado passado pela sexta rodada da categoria. Comandado por Jacy Pretto, o Rebordose chegou a ficar três gols atrás no marcador. Entretanto, conseguiu empatar com gols de Alex Georgen, Pepe Demichei e Bigi Pretto. A equipe do Rebordose está com 13 pontos em seis jogos (aproveitamento de 72%). Para ficar com a primeira co-
Click
Aliança está na sexta colocação da elite com 7 pontos em seis jogos
locação isolada, contou com o tropeço do Dream Team/Marciano Multimarcas – time que perdeu para o EPTG/Tintas Nobre por 4 a 2.
Smurfs se mantém líder da segundona Com uma goleada de 4 a 1 sobre o DK FC, o Smurfs/Kapra Medical garantiu a continuidade da ponta da tabela da
Com 10 pontos em quatro partidas, Galera/Móveis Zagonel e Lesionados FC são os atuais líderes da terceirona. Por ter um saldo de gols melhor, o Galeras fica na frente do adversário.
Segunda divisão (Campo A) 12h15min – Hangover x Executivos 13h15min – Ghost x Metralhas
Primeira divisão
Pontos
Disciplina
1° Rebordose
13
280
2° Dream Team
12
280
3° Banguzinho
11
140
4° Galera
11
300
5° Donos da Bola
9
260
6° Aliança
7
180
7° C. Mirim D
7
200
8° C. Mirim/Charrua
7
240
9° EPTG
7
260
10° Falcatrua
3
160
11° C. Mirim/Arco Gás
1
210
12° Tocafogo
0
200
1° Smurfs
16
180
2° Amnésia
15
40
3° Maragatos
11
290
4° Sodabeb
10
300
5° Hangover
9
290
6° Exxtra Classe
8
220
7° Executivos
8
360
Segunda divisão
8° DK FC
7
240
9° 100 Pressão
7
350
10° Metralhas
6
250
Supérfluos se destaca na quarta divisão
11° Ghost
4
360
12° Bitterflex
1
260
Com 13 pontos e 72% de aproveitamento em seis jogos, o estreante Supérfluos/TPM lidera a quarta divisão. Na última rodada, goleou o Kuasenada por 3 a 0. Gols foram de Felipe Ely, Pulha e Mateus Pedó.
1° Galera
10
100
2° Lesionados
10
100
3° C. Mirim D/Physalis
9
80
4° Pampero
9
140
5° C. Mirim
8
230
6° Four
6
180
7° S.O.S
6
180
8° Descontrole
4
40
9° C. Mirim D
4
60
10° No Migué
4
190
11° Toca Água
3
200
12° ADL 1411
0
120
Agenda Primeira divisão (Campo C) 12h15min – Galera x C. Mirim/ Charrua 13h15min – C. Mirim D x Dream Team 14h15min – Aliança x Rebordose 15h15min – EPTG x Donos da Bola 16h15min – C. Mirim/Arco Gás x Banguzinho 17h15min – Falcatrua x Tocafogo
Classificação
14h15min – 100 Pressão x Sodabeb 15h15min – Exxtra Classe x Maragatos 16h15min – Amnésia x DK FC 17h15min – Smurfs x Bitterflex Quarta divisão (Campo B) 12h15min – Canhão x Dream Team 13h15min – Kuasenada x B.E.C 14h15min – Baile de Monique x Pumas 15h15min – Pampero x Supérfluos
Terceira divisão
Quarta divisão 1° Supérfluos
13
400
2° Pumas
12
160
3° B.E.C
12
400
4° Dream Team
9
140
5° Canhão
9
340
6° Kuasenada
6
240
7° Baile de Monique
5
140
8° Pampero
4
340
9° Aliança
0
400
Lajeado, fim de semana, 21 e 22 de maio de 2016
Jornalismo / redação: ahora@jornalahora.inf.br Publicidade: comercial@jornalahora.inf.br Assinaturas: assinaturas@jornalahora.inf.br
Gaúcho de ciclismo
Encantado sediou terceira etapa do certame Ao todo 131 ciclistas, em 15 categorias, participaram da competição no fim de semana passado
E
ncantado sediou a 3ª etapa do Campeonato Gaúcho de Ciclismo no fim de semana passado. Ao todo, 131 ciclistas participaram da competição em 15 categorias. A realização foi da Federação Gaúcha de Ciclismo e Associação Encantadense de Ciclismo em parceria com os governos de Relvado e Encantado, por meio da Secretaria da Juventude, Desporto e Turismo, Polícia Rodoviária Estadual e Brigada Militar dos dois municípios. A tarde de sábado foi marcada pelo Giro das Montanhas, um percurso aproximado de 45
EMERSON CRONHAL / FOGUINHO FOTOS
quilômetros entre Encantado e Relvado. A concentração e largada foram na comunidade São Carlos – Jacarezinho, em frente à igreja. Os ciclistas passaram também pelas linhas Santa Terezinha, Barra do Coqueiro e São Rafael até chegarem ao centro de Relvado. No domingo, houve a etapa do Desafio da Lagoa com concentração no pé do morro da Lagoa da Garibaldi. A prova de “crono escalada” foi um desafio contra o relógio, pois consistiu na subida do morro até a Lagoa da Garibaldi em menor tempo. Essa etapa contou com premiação para os 20 melhores escaladores. A
O Giro das Montanhas somou um percurso aproximado de 45 quilômetros
Etapa Circuito, na avenida Padre Anchieta, teve que ser cancelada
em função da chuva e do vento. Conforme a secretária da Ju-
ventude, Desporto e Turismo, Caroline Possamai, a participação e a integração dos atletas foram algo marcante. “Estava emocionante ver as pessoas assistindo aos ciclistas no sábado à tarde e ver a paixão pelo esporte estampada no rosto de cada competidor”, mencionou. O presidente da Associação Encantadense de Ciclismo, Leivis Riboldi, destaca que, mesmo com a chuva no domingo, a competição reuniu dezenas de atletas. “A etapa foi muito boa, principalmente o Giro das Montanhas, que foi algo diferente e que agradou a todos os participantes.”