
5 minute read
Pesquisa estima 10 mil pessoas com Transtorno do Espectro Autista na região
Apenas 400 têm carteira de identificação, documento que dá acesso aos direitos de saúde e serviços públicos. Estudo foi apresentado em Bom Retiro do Sul
VALE DO TAQUARI
AFundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas do Rio Grande do Sul (Faders) estima que o Vale do Taquari tenha cerca de 10 mil pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). O cálculo é feito com base na pesquisa do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, uma agência do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos, que aponta que uma a cada 36 crianças têm o espectro.
O número foi apresentado em reunião da Faders, na Câmara de Vereadores de Bom Retiro do Sul.
O evento ocorreu na semana passada, em parceria com o TEAcolhe da Apae do município.
Na mesma noite, houve a entrega oficial de cinco Carteiras de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea). O documento contém informações de identificação, com contato de emergência e informações do representante legal ou cuidador.
A Ciptea busca garantir a atenção integral e a prioridade no atendimento e no acesso aos serviços públicos e privados, em especial nas áreas de saúde, educação e assistência social. Conforme o presidente da Faders, Marquinho Lang, esse é um documento essencial.
“No momento em que tu tens o diagnóstico de autismo, se temos a Ciptea, podemos trabalhar políticas públicas ou atendimentos, acolhimentos, participação e a comunidade como um todo”, explica. Conforme Lang, a região tem cerca de 400 carteiras produzidas, número que poderia ser maior. No Rio Grande do Sul são mais de 300 mil pessoas com autismo e 9.503 carteiras confeccionadas.
Univates recebe certificação nacional de sustentabilidade
Utilização de energia renovável e tratamento de efluentes estão entre as iniciativas adotadas pela universidade
Vale Do Taquari
O empenho da Fundação Univates para reduzir a emissão de gases do efeito estufa resultou à universidade a Certificação de Uso de Energia Renovável, concedida pela Mercatto Energia, no final de março. A instituição divulgou a notícia durante a Semana Municipal do Meio Ambiente.
Emissão da carteira
Melhora no desenvolvimento
Quanto antes for feito o diagnóstico da pessoa com TEA, melhor. Conforme a diretora da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Bom Retiro do Sul, Aline Machado, a intervenção precoce em autistas melhora o desenvolvimento e auxilia nas aprendizagens de novas habilidades.
“Essas habilidades permitem que sejam mais independentes ao longo da vida e que podem minimizar as dificuldades de comunicação e de comportamento social, com impacto positivo no bem-estar e qualidade de vida das pessoas com TEA e suas famílias”, comenta. Na Apae, é oferecido o atendimento pedagógico e suporte técnico de psiquiatra, neuropediatra, psicóloga, fisioterapeuta, assistente social, fonoaudióloga e psicopedagoga.
1) Acessar o site da Faders Acessibilidade e Inclusão;
2) Preencher o formulário disponível e anexar os seguintes documentos:

• Documento de identidade da pessoa com TEA
• Documento de identidade dos responsáveis legais

• Laudo médico com indicação do código da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID) comprovando o transtorno do espectro do autismo devidamente preenchido e com o nome completo da pessoa com TEA
• Fotografia formato 3x4 da pessoa com TEA;
3) Não há custo.
Compra de energias renováveis e utilização de placas solares estão entre as iniciativas da instituição que contribuem para a transformação da matriz energética do país. A Mercatto Energia analisou os dados de janeiro a dezembro de 2022 e constatou que a Univates reduziu a emissão de gases do efeito estufa em 253 toneladas de CO2 equivalente, o que representa o plantio de 1.810 árvores ou a queima de 89,5 mil litros de gasolina pura.

A instituição também já se destacou pelo Inventário de Gases de Efeito Estufa (IGEE) e pelo reconhecimento como a universidade mais sustentável do Sul do Brasil pelo segundo ano consecutivo, segundo o ranking Green Metric 2022.
De acordo com informações da Mercatto Energia, para emitir a certificação, foi considerada a metodologia do Programa Brasileiro GHG Protocol, que também embasa a análise de dados do IGEE da Univates. O protocolo é usado por empresas e governos em todo o mundo.
Em uma década
De acordo com o engenheiro ambiental da Univates e coordenador do Ecovates, Gustavo Schäfer, por ter um consumo superior a 500 kw por mês, a Univates pode comprar energia elétrica no mercado livre regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Desde 2011, quando a instituição começou a utilizar a energia renovável, até 2022, deixou de emitir mais de 4,3 mil toneladas de CO2 na atmosfera. Além disso, a universidade possui a própria Usina Solar, situada no Tecnovates, composta por 912 painéis solares fotovoltaicos instalados em 1,5 mil metros quadrados de cobertura, com geração de 19,2 mil kw/mês.
Outras iniciativas
A Univates também possui quatro sistemas de captação de águas pluviais instalados, o que representa capacidade reservatória de 141 mil litros, utilizados para irrigação, limpeza e sanitários. Além disso, conta com oito estações de tratamentos de efluentes.
Criado em 2019, o Ecovates possui licença da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) para coletar e destinar corretamente os resíduos gerados. “Este trabalho é fundamental para que todos os resíduos gerados pelas nossas atividades tenham a destinação correta e causem o menor impacto ao ambiente”, ressalta Schäfer.
Em 2020, o espaço começou a prestar serviços externos de gerenciamento de resíduos para empresas, administrações públicas e comunidade. O serviço inclui a coleta, quantificação, armazenamento temporário e destinação final ambientalmente correta, conforme a legislação.
Coluna Do Museu
Por Sérgio Nunes Lopes
Passos importantes
Arroio do Meio acaba de criar um Fundo Municipal de Cultura e um Conselho Municipal de Cultura. Estes passos foram necessários para ampliar as possibilidades de acesso a recursos alcançados por outras instâncias estatais e privadas. Está em elaboração, ainda, o Plano Municipal de Cultura, um texto construído a muitas mãos, que será apresentado na Primeira Conferência Municipal de Cultura.

A Conferência está agendada para o dia 13 de junho às 19h e 30min, nas dependências do Seminário Sagrado Coração de Jesus em Arroio do Meio.

A trajetória até a atual etapa seguiu as recomendações do Sistema Estadual de Cultura. A elaboração da minuta do Projeto de Lei, sempre a muitas mãos, e a submissão à apreciação do Poder Executivo, se deu em tempo recorde. A Câmara Municipal de Vereadores também acolheu a demanda. Por fim, a Lei 4.139 de 04 de maio de 2023, criou o Conselho Municipal da Cultura de Arroio do Meio - CMCAM e o Fundo Municipal de Cultura - FMC.
Em âmbito Federal e Estadual estas diretrizes são apontadas há mais tempo. Preocupantemente, entretanto, grande parte dos municípios não têm Conselho Municipal de Cultura e nem Fundo Municipal de Cultura. Conforme notícia publicada no Portal Gazeta de Santa Cruz do Sul no último dia 08 de maio, apenas 28% dos municípios do estado têm Conselhos Municipais de Cultura. Destes, apenas 10% têm a entidade funcionando com a estrutura completa e seguindo as diretrizes nacionais e estaduais. desajuste na estrutura administrativa dificulta sobremaneira o acesso aos recursos de financiamento. Se por um lado pode denotar uma espécie de rebeldia contra a aridez burocrática que tem muito pouco a ver com expressões culturais e artísticas diversas, por outro, atesta a não profissionalização do setor. Outro elemento que esta conjuntura pode revelar é a pouca representatividade política que este segmento tem nas estruturas das administrações.