Caderno Você - 29 e 30/04/2023

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Sem empecilhos na vida com TDAH

A partir do diagnóstico do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, é possível iniciar o tratamento adequado, que permite uma vida feliz e saudável. Conversar sobre o assunto e buscar ajuda são pontos fundamentais

Páginas 6 e 7

FIM DE SEMANA, 29 E 30 ABRIL 2023 edição nº 386

Por memórias felizes da infância

Durante a produção da reportagem deste fim de semana, conversamos muito, eu e as amigas do trabalho, sobre a vida escolar. Lembramos dos colegas que não conseguiam ficar quietos, daqueles que odiavam a hora de dormir na creche, dos que tinham a maior dificuldade do mundo para resolver um cálculo simples. E nos identificamos com eles. Volta e meia nos dávamos conta que a conversa era mais sobre nós do que sobre os outros. “Ai, gente, coitada da professora”. Em uma turma de 30 crianças ou adolescentes, prestar atenção nas particularidades de cada é tarefa de super-heroína. Como faz para que todos estejam na mesma página sendo que cada um tem o seu ritmo? Por outro lado, quais sentimentos atravessam aquele que percebe que não tem o mesmo aprendizado que o resto da turma? Da infância e da vida escolar levamos memórias que não se apagam com facilidade. Lembramos dessas vivências até depois de adultos, nos almoços com colegas do trabalho. E crianças podem ser cruéis. A autoestima da criança que

Acreditar que é incapaz de aprender tanto quanto os colegas é cruel e certamente tem consequências na vida adulta”

é eleita a menos inteligente da turma é afetada de forma violenta. Acreditar que é incapaz de aprender tanto quanto os colegas é cruel e certamente tem consequências na vida adulta. Investigar os motivos dessas dificuldades é o primeiro passo para encontrar as soluções.

Nessa busca, o diagnóstico de TDAH pode ser um alívio. Pelo menos foi isso o que me disse uma das entrevistadas desta semana. Além do mais, o tratamento normalmente não se estende pela vida toda. Mas, como já diria o psiquiatra Rafael Moreno, o uso de medicamentos está para o TDAH como os óculos estão para a miopia. Desmistificar o assunto e conversar sobre é uma forma de romper preconceitos. Prestar atenção nas crianças – e não deixar a tarefa toda nos ombros das professoras – é um passo importante para criar adultos saudáveis e cientes de suas competências. Desejo que a reportagem deste fim de semana contribua para o debate.

Boa leitura!

Os “por quês?” que não se calam

Alguém já disse que as perguntas são mais significativas do que as respostas. Perguntas nascem da curiosidade, da dúvida e até do medo. Perguntas pressupõem criatividade, razão por que, às vezes, incomodam. A pergunta, em se tratando de literatura infantil, é especialmente importante. Por essa razão, já vai longe o tempo dos livros com moral da história, mensagens óbvias e linguagem edulcorada. Crianças são exigentes. E gostam de descobrir... A atual literatura infantil é desafiadora e nem sempre traz resoluções explícitas ou respostas únicas. A chave pode estar nas veleidades de uma trama complexa ou num verso que continua sussurrando na cabeça do leitor, mesmo quando se torna adulto, pois um livro a ser experenciado por meninos e meninas precisa ultrapassar, na memória, o tempo da infância, fazendo-os voltar, de vez em quando, para aquele texto que nos encantou, décadas atrás. Por isso, é muito bom ver que novos escritos para a infância estão surgindo em nosso meio e que ultrapassam o imediatismo. Morgana Domênica Hattge lançou, recentemente, Por quê?, livro belamente ilustrado por Oscar Reinstein. Educadora apaixonada por literatura, Morgana enveredou pela escrita e já está em sua segunda criação. A primeira, Maria na janela (2022),

ilustrado por João Alfredo Caberlon, também revela o encanto que a autora sente pela curiosidade das crianças.

Por quê?, Editora Arterinha/Appris, 2023.

Bernardo, o protagonista de Por quê?, é um garoto que pergunta incessantemente e, quando encontra as respostas, em livros, internet ou professores, volta com outras perguntas. O processo, no entanto, se interrompe, na medida que se torna adulto. O homem esquece o menino e não questiona mais. Sua missão no mundo, agora, é seguir a suposta ordem da vida: trabalhar, estudar, progredir, ter coisas.

Por sorte, a existência humana é plena de infância. Bernardo, em dado momento, encontra o seu Oráculo de Delfos e,

possivelmente, o nosso espelho como adultos. Se, por um lado, Por quê? é um livro dirigido a crianças, ele também incita-nos a revisitar o passado e a inquirir sobre por que (e quando) paramos de “curiosear” e de mexer em caixas secretas. Mas, para além das reflexões que provoca, a nova obra de Morgana Hattge é pura leveza e, inclusive, rende boas risadas. Nas páginas finais, encontramos o alarido de um delicioso recreio, formado pelas perguntas feitas por crianças inteligentes e curiosas. “Por onde andará a minha meninice? ” questiona a nossa voz interior. Para saber, pode-se perguntar ao pequeno Martin que, na sabedoria dos seus 3 anos de idade, tem uma resposta na ponta da língua: Sabe por que eu sei? É que eu penso em tudo.

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Julia Amaral
cultural DICA
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EMPODERAMENTO FEMININO

momento é histórico para a entidade, que já tinha esposas de rotarianos como voluntárias não oficiais

Rotary Club de Lajeado empossa primeiras mulheres em 68 anos

Mais de seis décadas de voluntariado

Anoite de quarta-feira, 26, ficou marcada na história do Rotary Club de Lajeado. Depois de 68 anos, é a primeira vez que a entidade aceita mulheres como integrantes oficiais. No encontro, seis voluntárias foram empossadas no clube. Conhecidas pelo tradicional

evento A’gosto Delas, as esposas dos rotarianos já auxiliavam nos projetos. Agora, com mudanças no regimento da instituição, elas podem participar das reuniões e representar o clube na sociedade.

A iniciativa também foi tomada pelo exemplo do Rotary

Internacional que, este ano, tem a primeira mulher como presidente, Jennifer Jones. As mulheres que tomaram posse no clube foram Tânia Vogt, Merluse Shuck, Jaqueline Bum Scussel, Michelle Ravel Simões, Alexia Hentges e Vera Arenhart. “Nossa alegria não se deve

apenas aos grandes momentos de companheirismo que desfrutaremos, mas também ao apoio que prestarão no implemento de projetos que ajudarão a tornar nossa comunidade, nosso país e nosso mundo um lugar melhor para se viver”, destaca o presidente do Rotary, José Arenhart.

Criado em 15 de maio de 1955, o Rotary Club de Lajeado é conhecido pelas ações prestadas à comunidade. Entre elas, campanhas do agasalho, doações de materiais ao Hospital Bruno Born (HBB) e a inauguração do Centro Nora Oderich de Atendimento à Meninas, o Lar da Menina.

Além disso, o clube teve participações em feiras do livro da cidade, fundou o Interact, para jovens menores de 18 anos e o Rotaract, para maiores de 18, além de integrar a Campanha Pólio Plus no Brasil, em 1987, com a finalidade de erradicar a poliomielite.

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Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br
BiBiAnA FAleiRo
Vera Arenhart, Merluse Shuck, Jaqueline Bum Scussel, Tânia Vogt, Michelle Ravel Simões e Alexia Hentges são as primeiras mulheres empossadas no clube

SAÚDE

O diagnóstico tardio é um dos principais problemas de quem enfrenta o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. Com o tratamento adequado, pacientes conseguem recuperar a concentração e seguir a vida sem grandes empecilhos

Um barulho mental que inibe o foco: TDAH a vida com

Falta de atenção e dificuldade em se concentrar e ficar quieto. Esses são os princi-

pais sintomas do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), que atinge cerca de 5,3% das crianças e 2,5% dos adultos no mundo. O diagnóstico é comum e o transtorno pode ser tratado com medicação.

Entretanto, nem sempre é fácil identificar o problema. Para a psicóloga Carolina Berwanger, 32,

o diagnóstico só chegou aos 15 anos, por um psiquiatra de Porto Alegre, depois de uma série de problemas de concentração na escola. A família buscou por soluções como acompanhamento psi-

com psicopedagoga, mas não teve sucesso.

Desde que o TDAH foi identificado, a ritalina passou a fazer parte da vida de Carolina.

“Posso te dizer com certeza que sem o medicamento seria muito mais difícil conseguir me manter focada no trabalho, estudar e fazer o que precisa ser feito no meu dia a dia”, conta

A partir do tratamento, a psicóloga diz que sentiu alívio e percebeu a autoestima melhorar. “Ter o diagnóstico também

me fez entender que o meu baixo rendimento escolar não estava relacionado a uma preguiça ou desmotivação, mas sim a um funcionamento cerebral diferente”, comenta.

Ausência de

Casos como o de Carolina são recorrentes. Conforme o médico psiquiatra Rafael Moreno, a hiperatividade é mais comum em meninos e se torna mais aparente por volta dos seis anos. “As meninas com TDAH tendem a ser mais desatentas. E isso muitas vezes faz com que elas sejam subdiagnosticadas. O menino, que é hiperativo, claramente a gente enxerga na sala de

Ter o diagnóstico também me fez entender que o meu baixo rendimento escolar não estava relacionado a uma preguiça ou desmotivação

Carolina Berwanger

aula, por exemplo”.

Conforme o especialista, 15% das pessoas com TDAH vão desenvolver transtorno bipolar. “É muito comum a criança ou adolescente começar com TDAH e depois evoluir para a bipolaridade. Em geral, no início da vida adulta ocorre essa migração”, ressalta o psiquiatra.

A falta de diagnóstico e de tratamento podem acarretar uma série de problemas no futuro. Conforme Moreno, em 98% dos casos não tratados, outras comorbidades surgem, como ansiedade ou depressão.

Depois da depressão

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Pierre Wulff, 29, só desco- cológico e Carolina. futuro. Conforme Moreno, Psicóloga
JÚLIA AMARAL
A psicóloga Carolina Berwanger recebeu o diagnóstico de TDAH aos 15 anos. Para o tratamento, a ritalina foi incorporada à rotina

briu o TDAH aos 28 anos, quando investigava, junto do psiquiatra, quais eram as origens da depressão que enfrentava. Até então, a vida se mantinha em uma constante bagunça, com dificuldades para manter uma agenda ou uma rotina.

A partir do resultado, o sócio proprietário da Nomaden Bier conseguiu se entender melhor e assimilar que os problemas de foco não eram simples. “O TDAH é um barulho mental. Uma dificuldade de organizar as ideias, de manter focado. Tu é simplesmente taxado como desligado, bagunçado, procrastinador ou preguiçoso. Mas na verdade é tudo uma bagunça mental”.

Desde o ano passado, Wulff faz uso de medicamentos e diz que eles são “a faísca para o foco”. Para ele, a falta de informação sobre o assunto contribuiu para o diagnóstico tardio. “Eu não desenvolvi TDAH agora, eu sempre fui assim. Só meus pais e professores não tinham a informação para me ajudar”, comenta.

Wulff acredita que conversar sobre o assunto e difundir informações ajuda tanto quem tem o transtorno, quanto quem convive com ele. “Tu acaba se sentindo fracassado, porque não consegue realizar algo. Tuas perspectivas de realização bai-

Tu és simplesmente taxado como desligado, bagunçado, procrastinador ou preguiçoso. Mas na verdade é tudo uma bagunça mental”

xam. O bom é que agora está se trabalhando bastante isso”.

Como é feito o diagnóstico

Segundo Moreno, em geral, o indivíduo chega ao consultório com sintomas de falta de atenção, que são comuns. A diferença é que o paciente com TDAH não tem apenas um sintoma e os impactos disso são percebidos em diferentes aspectos, seja no ambiente profissional ou vida pessoal. Além disso, em caso de transtorno, os sintomas duram mais de seis meses e pelo menos um deles deve ter iniciado antes dos 12 anos.

Tratamento

Dois remédios fazem parte do tratamento: ritalina e venvanse. Segundo o psiquiatra Rafael Moreno, os medicamentos são fundamentais, uma vez que a psicoterapia não é o suficiente. Os fármacos ajudam na aceleração da maturação cerebral, mas é preciso avaliar cada caso, já que pacientes com depressão ou ansiedade precisam de cuidados com alguns remédios.

“Os sintomas, com o tempo, vão atenuando. Em cerca de metade dos casos que tratam durante a infância, não tem sintoma de TDAH na vida adulta. Aí para de tomar remédio”, ressalta.

Escala ASRS

A escala de autoavaliação dos adultos é uma lista de sintomas que leva cerca de cinco minutos para ser preenchida. Esse questionário se destina a estimular o diálogo do médico com o paciente e confirmar a existência de sintomas do transtorno. O teste pode ser encontrado na internet, mas deve ser validado por um profissional.

Quais as causas?

O TDAH é 80% genético; A criança prematura tem mais chances de desenvolver;

Criança que a mãe teve diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, ou que passou pela UTI neonatal, também.

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É muito comum a criança ou adolescente começar com TDAH e depois evoluir para a bipolaridade. Em geral, no início da vida adulta ocorre essa migração”
Rafael Moreno Psiquiatra
Metade dos casos de TDAH tratados na infância inibem os sintomas na vida adulta
DIVULGAÇÃO
Foi durante o tratamento para depressão que Pierre Wulff descobriu o TDAH, aos 28 anos. Hoje, o medicamento o ajudam a manter a rotina

movimento ser universidades, não ou uma formação ou área notas ninpreséculo para construir de enser já formação

O uso de injeções na

Nem tudo precisa ser dito

Univates confi rma três destaques do humor nacional no Teatro

Uma das técnicas de reprodução humana assis tida oferecida pelo Centro de Reprodução Hu mana do HBB é a fertilização in vitro. Esta técnica depende da esti mulação ovariana por meio de medi cações específicas.

Para tanto, se utilizam medicamentos que estimulam o crescimento dos folículos ovarianos, que são pequenas cavidades do ovário, preenchidas por líquido, onde cada óvulo se encontra.

Na grande maioria dos ciclos menstruais humanos espontâneos (sem tratamento), o organismo promove o crescimento de somente um folículo e a liberação do seu respectivo óvulo. No entanto, em ciclos estimulados (em tratamento) são prescritas injeções de uso subcutâneo, denominadas de gonadotrofinas.

pam antes do tempo, o que resultaria na liberação dos óvulos antes da sua coleta e, assim, a interrupção prematura do trata-

antes trata

No Centro de Reprodução Humana, através de aulas práticas, ensina-se como aplicar as devidas injeções.

Acomunicação não verbal é aquela que acontece sem o uso de palavras faladas ou escritas. Isso inclui comportamentos como olhares, gestos, toques e posturas. O tema foi abordado pela primeira vez em um artigo de Charles Darwin, de 1872 e, a partir daí, surgiram outros estudos sobre os tipos, efeitos e expressões do comportamento humano. O termo “comunicação não verbal” foi popularizado em 1956 pelo psiquiatra Jurgen Ruesch e o escritor Weldon Kees.

Entre tantos papeis da enfermagem, está o de incentivar as pacientes a serem protagonistas de uma das etapas determinantes para o sucesso do tratamento.

Dentre tantos desafios de estar do “outro lado”, mesmo estando do mesmo lado é: o que dizer em momentos difíceis? Há situações em que não há o que ser dito ou desfechos em que não encontramos as melhores palavras.

Na área da Reprodução Humana Assistida há situações de muita alegria para nós e para os pacientes, mas também há falas difíceis de serem conduzidas. Quem nunca passou por circunstâncias em que, no silêncio, nos foram ditas as melhores falas, mesmo que através daquele abraço firme, do olho no olho ou toque de mão? Aprendi em anos de profissão que há o que não precisa ser dito, mas há o que precisa ser sinceramente transmitido.

Tal estimulação tem como objetivo fazer com que os ovários produzam mais óvulos, aumentando as chances de desenvolver mais embriões e, consequentemente, propiciar maior probabilidade de gravidez. Esta etapa dura entre 8 e 12 dias e, durante a mesma, monitora-se o crescimento dos folículos através de ecografias.

Para que de fato as palavras, ditas ou não, sejam sentidas, há um caminho longo a ser percorrido por nós, profissionais da saúde. É, a meu ver, um dos caminhos mais desafiadores para quem, diante de tantas atividades técnicas diárias, que são o desenvolver da escuta, do bem querer daquele que busca no profissional de saúde a sensação quase que palpável da empatia e o desenvolver de dar-se ao tempo de sentir com o outro. Embora a equipe do Centro de Reprodução Humana do Hospital Bruno Born trabalhe de forma incansável na busca de melhores resultados, nem sempre isso é possível.

Ao alcançar o tamanho adequado, programa-se a coleta dos óvulos, também chamada de aspiração folicular.

Em complemento às gonadotrofinas são associados medicamentos bloqueadores da ovulação, também injetáveis, que têm a função de tentar evitar que os folículos ovarianos rom-

É desafiador e, ao mesmo tempo, gratificante. O desafio é fazer com que as pacientes passem a ter segurança e autonomia na aplicação das injeções, proporcionado um certo “empoderamento” durante essa etapa. Em alguns casos, as pacientes aplicam a primeira dose em conjunto com a equipe e é notório o crescimento da autonomia, bem como o fortalecimento desse papel.

É enriquecedor para nós, enquanto equipe, ver o crescimento delas e a desmistificação desse processo de auto aplicação das medicações. Essa autonomia é positiva por sentirem-se capazes de algo que antes lhes parecia além da sua capacidade. Em alguns casos, esse papel é desempenhado com maestria pelos próprios companheiros. Assim, o binômio se fortalece no apoio durante essa etapa.

O nosso desejo é que possamos aprimorar o melhor dizer aos nossos pacientes, mesmo que no silêncio, indiferentemente se o caminho percorrido com eles tenha sido em curtas ou longas passagens conosco. Se diante de todos os esforços na tentativa de uma gravidez, esta não seja possível, que sintam na linguagem verbal ou não verbal de que não estarão sós.

Bruna Louise, Renato Albani e Afonso Padilha estarão em Lajeado nos próximos meses

Bruna Louise, Renato Albani e Afonso Padilha são mais três nomes confirmados na programação do Teatro Univates. Os três artistas se apresentam em datas distintas: em 25 de junho, 3 de agosto e 8 de setembro. Fenômenos da comédia somam juntos, apenas no YouTube, mais de 1,1 bilhão de visualizações de vídeos em seus canais.

Bruna Louise

Comediante de stand-up, Bruna conta suas presepadas em relacionamentos e acontecimentos inusitados de sua vida. Em suas apresentações, a humorista narra com bom humor as situações estranhas que acontecem com ela. A artista estará no Teatro Univates no dia 25 de junho, a partir das 20h, com o show de humor “Burnout”. Os valores dos ingressos variam, iniciando em R$ 35,00, mais as taxas da operadora de cartões.

Renato Albani

Renato Albani é um comediante capixaba que se tornou famoso por seus shows solo que levam o público a uma viagem pelo tempo, com muitas referências aos anos 1990 e 2000. Em seu último espetáculo, “Me tornei quem eu mais temia”, Albani relata com muito humor sua infância, suas amizades, sua relação com a família e seus programas de TV e desenhos animados favoritos.

Na Univates, ele se apresenta em 3 de agosto, a partir das 20h30min, com o espetáculo “Assim Caminha a Humanidade”. Os valores dos ingressos variam, iniciando em R$ 40,00, mais as taxas da operadora de cartões.

Afonso Padilha

O curitibano Afonso Padilha é uma das referências em stand-up comedy no País. A comédia sempre esteve presente em sua vida, mas foi a partir de 2010 que começou a levar a comédia como trabalho. Além dos shows solo nos principais teatros e casas de shows do Brasil, Afonso faz parte do 4 AMIGOS, maior grupo de stand-up comedy do Brasil.

Padilha tem três especiais de

Fenômenos da comédia somam, apenas no YouTube, mais de 1,1 bilhão de visualizações

comédia no seu canal no YouTube, um na Netflix mundial e está em turnê com seu quinto show solo, “Eu não tenho maturidade”. Na Univates, ele se apresenta no dia 8 de setembro, a partir das 20h30min, com o espetáculo “E agora?”. Os valores dos ingressos variam, iniciando em R$ 40,00, mais as taxas da operadora de cartões.

Ingressos para as novas atrações

Os ingressos podem ser adquiridos no ponto de venda presencial na Univates, na Biblioteca Univates ou no site da instituição. O horário de atendimento da Biblioteca é de segunda a sexta-feira, das 8h às 22h, sem fechar ao meio-dia, e aos sábados, das 8h às 12h. Em caso de dúvidas sobre o evento, contate o Núcleo de Cultura pelo telefone (51) 3714-7000, ramal 5949, ou pelo e-mail cultura@univates.br.

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Patricia Oliveira de Oliveira Coren 127051 Coordenadora Centro de Reprodução Humana
RS FALEIRO
CULTURA

Vozes negras em evidência

Projeto “ialodê” traz a lajeado um repertório de canções de artistas negras da capital

Quatro das principais vozes da música negra do Rio Grande do Sul se unem para dar vida ao projeto “Ialodê”. O grupo de mulheres que se formou na capital vem a Lajeado no dia 5 de maio, para um show no Teatro do Sesc, às 20h.

Durante a performance, as cantoras Loma Pereira, Marietti Fialho, Glau Barros e Nina Fola trazem ao palco também histórias de vida. Nina conta que o projeto surgiu pouco antes do início da pandemia, com a ideia do diretor musical Isaías Luz de fazer um show com artistas negras em Porto Alegre. Ao lado de Luz, está a diretora artística Thayan Martins, responsável por toda a concepção rítmica dos arranjos.

No repertório, elas apresentam músicas autorais de com-

positores porto-alegrenses, em sua maioria, mulheres e pessoas negras. “A intenção aqui é evidenciar essa produção artística que é inviabilizada pelo cenário cultural de massa do estado”, destaca Nina.

De acordo com a cantora, o

público pode esperar um show dinâmico e de muito profissionalismo. O espetáculo também apresenta músicas autorais inéditas. Nina ainda destaca que o projeto é financiado pela Lei Aldir Blanc.

Para este ano, o grupo também viaja pelo estado em uma turnê com shows financiados pelo edital Natura Musical. “Isso vai fazer com que a gente expanda mais o trabalho e mostre para mais pessoas que temos musicistas negras de alta competência”, destaca Nina. Além disso, o grupo também se apresenta em Canoas, Gravataí, Camaquã e Caxias do Sul nos próximos dias.

Sobre as artistas

- No quarteto que compõe “Ialodê”, Loma é considerada a representante máxima do maçambique, ritmo afro-gaúcho do litoral norte do RS. A artista já gravou com nomes como Elis Regina e Gilberto Gil e conquistou dois troféus açorianos.

- Nina Fola é cantora, compositora, percussionista, mestra e doutoranda em sociologia, especialista em debates sobre racismo estrutural e religioso, movimentos de mulheres negras e de terreiro.

- Marietti Fialho, conhecida por composições no reggae, é voz marcante na noite da capital gaúcha desde os anos 1980 e famosa por suas misturas entre jazz e samba.

- Fechando o grupo, está Glau Barros, uma das principais referências em samba contemporâneo no estado, que teve seu primeiro disco solo lançado recentemente.

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As artistas também vão se apresentar em Canoas, Gravataí, Camaquã e Caxias do Sul

Risoto de alho-poró

MODO DE PREPARO

Torta de Limão

INGREDIENTES

½ pacote de biscoito tipo maisena;

3 colheres (chá) de raspas de limão;

1 lata de leite condensado;

½ xícara (chá) de suco de limão;

½ pote de sorvete de creme;

INGREDIENTES (4 porções)

2 colheres (sopa) de cebola picada;

1 colher (sopa) de azeite;

30 ml de vinho branco;

1 xícara (chá) de arroz arbório;

3 xícaras (chá) de caldo de legumes quente;

2 colheres (sopa) de manteiga gelada;

1 xícara (chá) de parmesão ralado grosso; sal; Pimenta-do-reino a gosto; Manteiga para refogar; 50 g de alho-poró em rodelas.

Refogue a cebola picada no azeite e manteiga. Quando estiver translúcida, acrescente o arroz arbóreo e refogue, para que os grãos possam absorver toda a gordura. Acrescente o vinho branco e refogue mais um pouco.

Despeje 1/3 do caldo reservado de legumes, abaixe o fogo e deixe cozinhar em panela sem tampa. Quando estiver quase seco, acrescente a metade do caldo restante. Mexa algumas vezes, para não pegar no fundo da panela.

Acerte o sal e acrescente a pimenta-do-reino. Quando estiver quase seco novamente, acrescente o restante do caldo e mexa um pouco mais. Quando estiver quase seco, retire a panela do fogo e do calor, acrescente a manteiga gelada, o alho poró em rodelas refogado em pouco de manteiga e azeite, e o parmesão fresco.

Mexa bem, tomando apenas o cuidado de não quebrar os grãos. Então é só servir.

MODO DE PREPARO

Bata os biscoitos no liquidificador até obter uma farofa grossa. Misture a farofa de biscoito e duas colheres (chá) de raspas de limão. Misture o leite condensado com o suco de limão até engrossar. Alterne camadas de farofa, creme de limão e sorvete de creme. Finalize com sorvete. Decore com farofas e raspas de limão restantes.

Leve ao freezer por 1 hora e sirva em seguida, se preferir, faça uma porção única.

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“Precisamos de um apartamento aconchegante, elegante, atemporal e, principalmente, que seja adequado para quando ficarmos mais velhos”. Foi com essa frase que os clientes da Ímpeto Arquitetura definiram qual seria o norte do trabalho.

Assim, o apartamento no bairro Americano, em Lajeado, foi pensado para receber amigos e ter ambientes de tranquilidade. O conforto está presente nas escolhas de iluminação, disposição de mobiliário, dimensionamento de alturas e passagens adequadas às futuras limitações de mobilidade.

“Neste apartamento os clientes logo propuseram uma alteração do local da lavanderia, retirando-a do living e realocando-a em uma das três suítes, assim tivemos um enorme ganho de amplitude no living, possibilitando que a cozinha se apropriasse melhor do espaço”, conta o arquiteto Evandro Schneider.

Modernidade e aconchego para vida toda

O projeto se baseou em arquitetura contemporânea, linguagem que o escritório domina e gosta de utilizar. O objetivo é criar ambientes sejam capazes de gerar “conforto subjetivo”, a sensação de tranquilidade e bem estar.

Os arquitetos se inspiraram nas linguagens contemporâneas em destaque no cenário internacional, assim como a arquitetura e o design brasileiro, com elementos curvos, uso de madeira, formas orgânicas e com uso de vegetações.

Também foi utilizada diversas paletas de cores e materiais na elaboração do projeto, partindo de uma paleta básica de tons neutros e escuros alinhados à tons amadeirados. O tempo de projeto foi de cerca de três meses, desde a reunião inicial até a entrega definitiva. A execução durou sete meses.

O projeto contou ainda com produtos da Locatelli Mármores e Granitos como o Ultracompacto Pure White, o Ultracompacto Statuario Fosco e o Quartzito Platinum Escovado.

12 | FIM DE SEMANA, 30 E 31 DE MAIO DE 2020 APRESENTA PATROCINADORES REALIZAÇÃO
Ímpeto Arquitetura Arquiteto Evandro Schneider (51 98127-8616) Arquiteta Danielle Rockenbach (51 99859-4131) impeto.arq@gmail.com @impeto.arquitetura
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Julia Amaral julia@grupoahora.net.br
FOTOS DE ARTUR PRETTO

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