AH - Principal | 03 fevereiro de 2016

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DIVULGAÇÃO

Fundado em julho de 2002 Lajeado, quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016 Ano 13 - Nº 1522 Avulso: R$ 1,00 Fechamento da edição: 21h

PRESÍDIO DE VENÂNCIO AIRES CTC estuda manter evento cultural O Clube Tiro e Caça promove hoje mais uma edição do Happy Hour Cultural. Avaliação positiva dos espectadores faz diretoria pensar em manter atração.

Juiz critica Susepe e quer devolver presos da capital

A

presença de detentos integrantes de facções criminosas gera aumento da violência. É o que afirma o juiz da Vara de Execuções Criminais de Venâncio Aires, João Francisco Goulart Borges. Ontem, durante visita

de autoridades ao presídio da cidade, inaugurado no fim de 2014, o consultor em segurança pública e direitos humanos, o jornalista Marcos Rolim, também criticou o complexo. Segundo ele, o prédio é pior do que um canil. Páginas 4 e 5 ANDERSON LOPES

LAJEADENSE

Noite de estreia no Gauchão Torcedores do Alviazul acompanham hoje a primeira amostra da reformulação no Lajeadense. A equipe joga contra o Juventude, a partir das 19h30min, em Lajeado. Esperando repetir os resultados positivos da temporada passada, o novo técnico, Rodrigo Carpegiani, aposta na mescla entre a experiência do goleiro Lauro e a juventude dos atacantes Murilo e Juninho Pavi. Os portões do Estádio Alviazul abrem 45 minutos antes da partida. Os ingressos mais baratos custam entre R$ 30 e R$ 40.

VALE DO TAQUARI

Lajeado arrecada mais de 85% do IPTU Do total de R$ 19,5 milhões previstos de IPTU, o governo de Lajeado arrecadou em um mês R$ 16,7 milhões. O montante representa 85,6% do previsto para todo o ano. Principal motivo para o resultado positivo

TEMPO NO VALE Nublado com chuva de tarde Mínima: 20°C - Máxima: 25ºC FONTE: CIH/UNIVATES

está no desconto de 15% para o pagamento à vista. Em Estrela, os contribuintes repassaram aos cofres municipais cerca de R$ 537 mil. Já em Arroio do Meio, foram arrecadados R$ 634 mil. Página 7

CÂMARA DE LAJEADO

Portz solicita PF durante eleições O vereador Delmar Portz (PSDB) denuncia oferta de propina feita por um ex-secretário de Lajeado a um correligionário tucano. Seriam R$ 10 mil Página 6 para que ele desistisse de se candidatar. Ele não citou nomes.


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A HORA · QUARTA-FEIRA, 3 DE FEVEREIRO DE 2016

Ideias

EXPEDIENTE

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Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

INDICADORES ECONÔMICOS MOEDA

COMPRA

VENDA

Dólar Comercial

3,9808

3,9814

Dólar Turismo

3,9200

4,1700

Euro

4,3463

4,3082

Libra

5,7523

5,7547

Peso Argentino

0,2822

0,2823

Yen Jap.

0,0332

0,0332

Memórias I: as camisetas

N

o mês passado, acompanhei certa turbulência gerada nas redes sociais pelo ator e comediante Bruno Mazzeo ao divulgar uma foto usando uma camiseta com a frase “Ninguém precisa ser gay para lutar contra a homofobia”. Nada mais óbvio. Não é preciso ser negro para enfrentar o racismo nem mulher para negar o machismo histórico. Embora muitos afrodescendentes, homossexuais, indígenas e mulheres, dentre outras “minorias”, peleiem pelo “lugar de fala” – as mulheres, por exemplo, negam que exista um homem ou gay feminista –, apoiar as causas não exige pertença aos grupos. Até há pouco não havia contestações em relação a isso, tanto que Carlos Reverbel se sentiu bastante à vontade para escrever, em Um Capitão da Guarda Nacional, que o escritor regionalista João Simões Lopes Neto era “um feminista da primeira hora entre nós”. Sinceramente, eu preferiria ver as militâncias de mãos dadas com sujei-

tos ciborgues: homens feministas, brancos pretos, heteros gays. Mas se não pode, paciência. Havia mes-

Não é preciso ser negro para enfrentar o racismo nem mulher para negar o machismo histórico.

mo certa falta de espaço devido a usurpações. Voltando ao protagonista da versão atual da Escolinha do Professor Raimundo, a atitude me fez recordar tempos idos, quando eu era mais ousado (mas nem tanto, porque já não usava batom azul). Lembro-me de ter pedido ao proprietário da empresa Camisetas Schwaty, sediada em Teutônia, na época namorado de uma amiga minha, para serigrafar baby looks com o dizer “gay com orgulho”. Alguns dias depois, recebi várias unidades em azul-escuro, preto, rosa, verde-escuro e vermelho. A frase vinha em cores diferentes. Passei a usá-las no dia a dia, inclusive no trabalho. Houve bastante repercussão, mesmo porque era senso comum que eu, no íntimo, queria ser mulher. E que era frustrado por ser apenas “quase”. Uma grande inverdade. Alguns comentaram que não havia necessidade de tanta exposição, ficaram incomodados e mal conseguiram disfarçar o

Jandiro Adriano Koch Estudante de História da Univates jandirokoch@gmail.com

preconceito. Outros revelaram entusiasmo, mas até hoje não sei se os elogios eram sinceros ou se as pessoas queriam ver o “circo pegando fogo”. Tenho certeza somente do apoio de uma amiga heterossexual, que saracoteava de lá pra cá vestindo a camiseta em franco amparo. Nunca mais vi indumentária parecida made in Vale do Taquari. Quanto a Mazzeo, ele é benquisto por milhares de seguidores, que prestaram seu apoio nas trincheiras virtuais. Eu era visto como um Quixote, ou melhor, como um doidivanas no “exército de um homem [?] só”.

Cotação do dia anterior até 17h45min, Valor econômico.

Fazer o bem sem olhar a quem ÍNDICE MÊS (%)

ACUMULADO ANO (%)

ICV Mes (DIEESE) 01/2016

0,77

12,57

IGP-DI (FGV)

01/2016

0,44

10,68

IGP-M (FGV)

01/2016

0,49

10,54 11,28

ÍNDICE

MÊS

INPC (IBGE)

01/2016

0,90

INCC

01/2016

0,12

7,22

IPC-A (IBGE)

01/2016

0,96

10,67

Salário Mínimo/2016 R$ 880,00

TAXAS E CERTIFICADOS (%)

MÊS

ÍNDICE MÊS (%)

TJLP

ACUMULADO ANO (%)

7,5

Selic

14.25%(meta)

TR CDI (Mensal)

0,2250

1,7954

01/2016 1,1613

13,2386

Prime Rate

01/2016

3.25

3,25 (Previsto)

Fed fund rate

01/2016

0.25

0,25 (Previsto)

Ouro (dólar) – Onça Troy – USD 1127.9 cotação do dia 2/2/2016

BOLSAS DE VALORES

PONTO

Ibovespa (BRA)

40372

VARIAÇÃO FECHAMENTO (%)

-0,08

Dow Jones (EUA) 16.466

2,47

S&P 500 (EUA)

1.940

2,48

Nasdaq (EUA)

4.620

0,13

DAX 30 (ALE)

9.758

-0,41

Merval (EUA)

11.189

-1,04

cotação do dia anterior até 17h45min

Petróleo (dólar)/Brent Crude – barril – USD 34.24 em 02/02/2016

O

voluntariado é uma das formas de trabalho que mais cresce no cenário atual. Cada vez mais, as pessoas estão dedicando-se a fazer algo a mais por indivíduos que talvez nem conheçam. Trabalho esse, sem remuneração financeira, mas que compensa todo o esforço realizado. Se assim não fosse, não teríamos tantas pessoas dedicando-se a pensar projetos, ações e atividades para melhorar a vida dos sujeitos. Geralmente, esse trabalho tende a beneficiar os grupos considerados vulneráveis pela sociedade. Vulnerabilidade essa que pode ser longeva ou momentânea. As pessoas se unem em grupos para auxiliar outras que perderam tudo em enchentes, incêndios, assaltos... Ou ainda se organizam para auxiliar pessoas de forma constante, adotando uma instituição, realizando atividades regulares naquele lugar. Aliás, instituições relacionadas a ani-

mais e plantas também contam com voluntários, demonstrando que quem quer fazer o bem não

[...]provando que o tempo, ou a falta dele, é algo relativo.

olha a quem. As redes sociais auxiliam muito nesse processo. Ações são divulgadas e extrapolam fronteiras na busca de parceiros para fazer a diferença. E encontrar pessoas afins significa mais gás para a realização da atividade. Em uma sociedade conhecida pelo individualismo, uma pessoa que se une a outras e dedica seu tempo extra ao trabalho voluntário não passa despercebida. As empresas estão de olho nelas, pois no tempo livre que dispõem organizam-se para fazer a diferença, provando que o tempo, ou a falta dele, é algo relativo. Que quem quer, faz. Além disso, essas demonstram empatia, pois preocupam-se em fazer algo para melhorar a qualidade de vida de outras pessoas. Fazer o bem a algo ou a alguém desperta um sentimento bom de cumplicidade. Como se estivéssemos todos no mesmo barco. Na-

Graziela C. Ely Psicóloga CRP 07/13718 psicologagrazielaely@gmail.com

quele instante, somos todos um. Numa única energia, numa única vibração. Eu tenho a graça de participar de um grupo de trabalho voluntário. E digo que muitas pessoas as quais auxiliei, apesar de nem saber seus nomes, me acrescentaram grandes doses de emoção e aprendizado. O sorriso tímido, o olhar cúmplice, o abraço apertado de gratidão, compensaram todo o esforço empreendido, o que garantiu, a cada projeto realizado, a persistência nesse trabalho. E ao final de cada ação, percebi que a pessoa a quem mais fiz o bem, foi a mim mesma.


Opinião

A HORA · QUARTA-FEIRA, 3 DE FEVEREIRO DE 2016

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Fernando Weiss fernandoweiss@jornalahora.inf.br

Período atemporal para elaborar plano

N

o jornal A Hora de ontem, um assunto comum do dia a dia, não fosse a recorrência que se torna irritante. As praças de Lajeado, com brinquedos mal cuidados, bancos quebrados e capoeira alta, são notícia repetida nos últimos anos. Um passeio pelos espaços da cidade basta para ratificar o que reclamam e cobram os moradores Kátia e Ricardo, citados no texto. Como eles, têm muito mais. Faz anos, as promessas do governo não saem do papel. O problema também denuncia outro agravante do serviço público. A falta de planejamento dos governos. Explico: de janeiro de 2013 a novembro de 2015, o responsável por cuidar das praças de Lajeado era Ricardo Giovanella (PMDB). Com a saída do partido do governo, trocou de secretário. Bem ou mal, Giovanella estava no cargo por quase três anos, tinha uma noção das necessidades e repetia formas de atender os pedidos da comunidade – mesmo que em muitas nunca tenha passado da promessa. Lendo a reportagem, a qual me refiro no início do texto, o novo secretário Marcos Salvatori, conhecedor das necessidades dos bairros – ele é presidente da União das Associações de Bairros de Lajeado – fala em fazer um plano sobre as praças e, a partir

dele, projetar soluções. Por mais que a ideia de Salvatori possa parecer assertiva, ela soa inócua e atemporal. Plano se faz no início, e no caso do setor público, ele deve – ou ao menos deveria – estar pronto antes de começar o mandato. Outro agravante em propor plano a esta “altura do campeonato” é que trata-se de uma urgência. Aqueles bancos quebrados e mal cuidados representam perigo constante às crianças que frequentam as praças. Com todo respeito ao Salvatori, mas as praças de Lajeado não precisam de plano, precisam de reformas. E já! A inoperância dos últimos três anos, traduzida na troca de secretários por questões político-partidárias e não por desarranjo administrativo, não pode se perpetuar no último ano da legislatura. Culpar Salvatori seria leviano e injusto, pois está no cargo há menos de dois meses e sequer conseguiu se inteirar de todas as situações. Mesmo assim, ouso discordar de

EM TEMPO: esse banzé sobre as praças mal conservadas e depredadas em Lajeado completa década. Lembra bem a jornalista Laura Peixoto, numa postagem na rede social Facebook, ontem, de reclamações idênticas em 2009, quando outro grupo de políticos administrava Lajeado. Diante disso, conclui-se que trocam os partidos e o governantes, mas não troca a eficiência. Ao menos, em relação às praças.

O preço da ineficiência O governo gaúcho chegou ao teto máximo permitido com gastos em funcionalismo. O porcentual orçamentário que vai para pagamento de servidores atinge 49,18%. A situação é trágica. Faltam profissionais na maioria das áreas, em especial na segurança pública. Mas, pelo exposto, o governador Sartori está impedido de fazer qualquer contratação, sob pena de ferir ainda mais a Lei de Responsabilidade Fiscal, que estabelece limite em 49%. Sucessivos governos negligenciaram reformas necessárias para regulamentar e acabar com os benefícios e vantagens exageradas sobre uma parcela dos servidores e que agora, praticamente, inviabiliza o poder de investimento do Estado. Se somar todos os gastos que envolvem servidores (salários, encargos sociais, pensões e aposentadorias), o número aumenta para 74% da receita líquida do RS.

Enquanto isso sua decisão em fazer plano sobre as praças e sequer prever prazo para as reformas. O tempo para fazer plano se esgotou. Agora, a população quer obras e ações. É para isso que ela paga impostos. E por falar em plano, estamos em ano eleitoral e prestes a definir os novos candidatos. Será que, além de ambicionar o poder, os propensos candidatos a prefeito de Lajeado estão construindo planos de governo?

Municípios da região, que conseguem apresentar índice de desenvolvimento e evolução contumaz, não gastam 40% em funcionalismo. Arroio do Meio é um caso. Reside nesse tocante uma das explicações para os repetidos investimentos anunciados por aquele governo. Agora, nas cidades onde o “cabide de emprego” também rola solto, a capacidade de investimento está cada vez mais reduzida e os “turnos únicos” viram uma falsa e ilusória solução para os problemas financeiros.


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A HORA · QUARTA-FEIRA, 3 DE FEVEREIRO DE 2016

Desde a abertura do presídio, já passaram mais de 250 presos da Região Metropolitana. Hoje, o número não chega a 70. Apesar da redução, juiz da Vara de Execuções Criminais, quer garantia da Susepe que o restante dos criminosos cumprirão pena na nova casa prisional de Canoas.

PRESÍDIO DE VENÂNCIO AIRES

Presença de facções criminosas motivam reação Construída para receber detentos da região, penitenciária abriga grupos formados no presídio central de Porto Alegre. Judiciário aponta aumento da violência na região e pede apoio do especialista em segurança pública e direitos humanos, Marcos Rolim, para devolver condenados à região metropolitana. Vale do Taquari

A

utoridades dos Vales do Taquari e Rio Pardo exigem a transferência de integrantes de facções criminosas no maior presídio da região. A demanda motivou a visita do ex-deputado federal Marcos Rolim, à casa prisional ontem. Uma das maiores autoridades da área no país, Rolim tem mais de 30 anos de experiência em segurança pública e direitos humanos. De acordo com o juiz da Vara de Execuções Penais de Venâncio Aires, Juiz João Fran-

cisco Goulart Borges, o pedido de apoio ao ex-deputado visa rever a política prisional adotada pelo governo do Estado. Conforme o magistrado, os presidiários do Central foram aceitos de forma emergencial. “Concordamos porque acreditávamos que não seria uma mudança permanente.” Borges afirma que a presença das facções resultou no aumento da violência na região. De acordo com o magistrado, os grupos dominam as galerias e acabam cooptando novos detentos, elevando conexões entre criminosos.

“É uma política equivocada, pois qualquer um que entra no presídio se torna integrante dessas facções, aumentando o poder dos grupos”, ressalta. Conforme Borges, essa forma de inserção é comum no Central, onde os criminosos determinam as regras. “Não queremos esses grupos aqui, pois prejudicam qualquer atuação pública voltada aos detentos”, sentencia. Segundo ele, a preocupação aumenta pelo fato da Susepe não demonstrar interesse em transferir esses integrantes de facções. De acordo com Borges, quando

os presidiários de Porto Alegre foram trazidos para Venâncio Aires, a promessa do Estado era enviá-los à nova penitenciária de Canoas.

Recuperação prejudicada Acompanhado do juiz Borges e do prefeito de Venâncio Aires, Airton Artus, Marcos Rolim passou cerca de uma hora entre as galerias da unidade prisional. Após visita, criticou o complexo. Para ele, o prédio não permite espaço para atividades laborais e de estudo, além de ter problemas de segurança. Com isso, inviabi-

liza a principal função de uma prisão, a de permitir um reintegração adequada à sociedade, diz. Segundo ele, as altas taxas de reincidência no país ocorrem devido ao tempo ocioso dos presos. Trancafiados por mais de 22 horas em locais inadequados, acabam se organizando em facções, alerta. “É um sistema muito bom para o crime, mas péssimo para a sociedade.” Para o consultor, a sociedade precisa compreender que o investimento correto nos presídios resulta em benefício para a segurança pública.


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A HORA · QUARTA-FEIRA, 3 DE FEVEREIRO DE 2016

Reportagem: Thiago Maurique

Fotos: Anderson Lopes

“O espaço para os presos é menor do que exigido para os cachorros em um canil” A Hora – Após a visita às galerias, qual sua avaliação sobre a penitenciária? Marcos Rolim - Recentemente fiz uma visita no complexo penitenciário de Canoas, ainda não inaugurado e construído pela mesma empresa. Ambos sem licitação e a um custo muito elevado. Fiquei muito impressionado na ocasião, pois é um dos piores presídios que já visitei. Custou R$ 120 milhões e é uma arapuca onde não há espaço para os presos trabalhares ou estudarem. A planta de Venâncio Aires é rigorosamente igual.

– Há perigos estruturais? Rolim – É uma planta que oferece riscos de segurança enorme. Se ocorrer um incêndio, as pessoas não conseguirão tirar os presos de dentro da cela, porque as aberturas são individuais e funcionam no segundo piso. A fumaça vai para lá e impede os agentes de entrar e abrir as celas. Para colocar o scaner de revista, foi preciso derrubar a porta e a parede. O prédio também tem graves problemas ambientais, porque a vazão e o tratamento do esgoto não foram planejados.

– Quais os principais problemas? Rolim – Cada cela tem 15 metros quadrados e oito camas. O espaço para os presos é menor do que exigido para os cachorros em um canil. São oito homens em uma cela desse tamanho, com dois sanitários, trancados por 22 horas. É uma aposta no crime. Estamos contratando a violência para o futuro. O que o preso depois de anos nessa situação vai fazer? Volta para o crime, agora organizado em uma facção. Os presídios brasileiros, por essas condições, estão ampliando o crime.

– Os espaços são inadequados? Rolim – As áreas para aula e trabalhos são minúsculos. Menos de 20% está em alguma atividade. Deveríamos que garantir que os presos trabalhem e estudem. Isso é obrigação, conforme a lei de execução penal. Mas o Estado constrói esses elefantes brancos, enterra as pessoas aí dentro e depois reclama que a violência está muito alta lá fora. – A penitenciária foi concebida para ser regional, mas hoje recebe detentos oriundos do Presídio Cen-

tral. Qual reflexos isso pode trazer para a região? Rolim – Esse é um dos problemas mais graves. O que havia sido negociado com a prefeitura, quando da cedência do terreno, não foi cumprido pelo governo. É lamentável, pois o presídio, ao invés de ser regional, está servindo para ocupar presos de outras localidades. Isso é péssimo para a segurança pública. Primeiro porque o detento que vem para cá, vem sem visita. Eles ficam longes de suas famílias, sem qualquer tipo de apoio. A tendência é que se rebele. E, como são presos ligados a uma facção criminal, já organizada no Central, o risco é que contaminem outros presos. O que poderia ser um presídio tranquilo, se torna perigoso pela presença das facções. – Existe alguma forma de adequar o presídio às exigências de lei de execução penal? Rolim – Da forma como foi construído não. Podemos diminuir a capacidade e fazer algumas pequenas reformas, como a construção de pavilhões para trabalho prisional dentro da área cercada. É uma

mão de obra lucrativa, pois a lei estabelece o trabalho do preso em dois terços do salário mínimo, sem nenhuma obrigação trabalhista. Não haveria nenhum problema de segurança, por estar dentro do complexo. O que é impossível é ver 500 pessoas trancadas e ociosas por 22 horas. - Esta construção é resultado da forma como o sistema prisional brasileiro está constituído? Marcos Rolin – É reflexo da incompetência dos gestores e da cegueira pública com relação à segurança. Fazem as plantas sem discutir com o poder judiciário, prefeituras ou defensoria pública. Como se constrói uma obra dessas, sem licitação, pagando um preço extraordinariamente alto, sem debater com nenhuma autoridade pública?


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A HORA · QUARTA-FEIRA, 3 DE FEVEREIRO DE 2016

Bancada gaúcha debate interrupção na BR-386

Política

VALE DO TAQUARI – Reunião hoje em Brasília trata sobre a duplicação da BR-386, interrompida pelo governo federal. Está confirmada a presença do diretor-geral do Dnit, Valter Casemiro Silveira. A reunião da bancada que é coor-

denada pelo deputado Giovani Cherini (PDT). O valor estipulado no orçamento de 2016 para a duplicação da rodovia é de R$ 2,3 milhões, mas somente o saldo do contrato da construtora é superior a R$ 18,9 milhões.

Vereador pede apoio da PF nas eleições Portz afirma que ex-secretário ofereceu R$ 10 mil para filiado desistir do pleito RODRIGO MARTINI

Lajeado

A

primeira sessão do Legislativo ficou marcada por uma denúncia do vereador Delmar Portz (PSDB). Segundo ele, um ex-secretário do governo municipal, acompanhado de outras duas pessoas, teria oferecido R$ 10 mil para um correligionário tucano desistir de concorrer no pleito de outubro. Um ofício em nome do parlamentar foi encaminhado ao Judiciário lajeadense, solicitando atuação da Polícia Federal (PF) durante as eleições. “Isso é corrupção eleitoral. Poderia citar nomes, mas não vou porque tenho o direito de não citar. Quem não se sente atingido, não vai se ofender.” O vereador diz não se tratar de Adi Cerutti (PMDB), que era responsável pela Secretaria de Obras (Sosur). Cerutti, inclusive, reclama a falta de detalhes da denúncia. “Gostaria que você dissesse quem era o ex-secretário. O caso é grave. É assim que começa a corrupção”, alerta. Portz não detalha. Diz apenas que, além de um ex-secretário, outras duas pessoas teriam ido até a residência do correligionário para oferecer propina em troca da desistência. “Já há indícios de

junto ao BRDE. “O projeto de lei veio sem planilhas. Sem taxas de juros. Rejeitei após avaliar bem a proposta.” Segundo ele, discrepâncias em outros financiamentos precisam ser avaliadas. “Nas obras de pa-

vimentação do PAC o preço do metro quadrado de asfalto é de R$ 200. Pelo Badesul, ele é de R$ 120. Isso está muito estranho.” Para Salvi, essa também foi uma das razões para que ele optasse pela rejeição.

ATESTADOS MÉDICOS

Vereador denuncia ex-secretário e outras duas pessoas por oferecer propina

desvio de conduta por líderes de siglas neste processo eleitoral. Por isso encaminho ofício ao juiz, solicitando apoio da PF nas eleições.” Para o tucano, o fato tem como objetivo enfraquecer o PSDB. Além de Cerutti, há outros cinco ex-secretários de governo na atual legislatura. Eduardo Gomes, Marquinho Lang, Jolci Bolsi, Nelson Noll e Ricardo Giovanella também deixaram a administração durante esses três primeiros anos de gestão do prefeito Luís Fernando Schmidt.

Empréstimo com BRDE A rejeição, pela câmara, da autorização de financiamento com o Banco Regional de Desenvolvimento (BRDE) para pavimenta-

ções foi debatida na sessão de ontem. Antônio Schefer (SDD) afirma que o valor de R$ 3 milhões não seria investido nas ruas descritas no projeto de lei. “Esse dinheiro servirá para pagar a Construtora Giovanella pelas obras do PAC.” Ernani Teixeira (PDT) rebate. “Isso é uma leviandade. A administração municipal jamais poderia utilizar esse recurso para outras obras.” Para o pedetista, Schefer não estaria falando a verdade. “Tem que ver da boca de quem sai algumas ‘verdades’”, dispara. O vereador Ildo Salvi (REDE) critica a postura do governo municipal, que encaminhou o projeto faltando poucos dias para vencer o prazo de inscrição

A ausência de Sérgio Kniphoff (PT) na sessão extraordinária de 22 de janeiro foi comentada por Schefer. Segundo o vereador do Solidariedade, o petista teria apresentado atestado médico de cinco dias de repouso para não comparecer ao plenário e, no mesmo período, estaria em uma praia em Santa Catarina. “O senhor foi visto em Garopaba naqueles dias”, acusa. Kniphoff se defende, e afirma “ser impossível” que tenha sido visto em Garopaba nos dias 25 ou 26 de janeiro. “Essa sessão a qual eu faltei não era remunerada. Eu não recebi nada pela apresentação do atestado.” Em Lajeado, não há remuneração extra para sessões extraordinárias. O petista lembra fato

semelhante ocorrido em 2012 com o próprio Schefer. Na época, o vereador do Solidariedade apresentou atestado de um médico de Arvorezinha, para justificar ausência em uma sessão em que foi votada, entre outras, mudança na livre movimentação de recursos de gabinete da então prefeita, Carmen Regina Cardoso. “Ele estava aqui até as 15h30min. E ele sumiu e voltou no outro dia. Esse atestado lhe rendeu R$ 1,3 mil pela sessão que ele faltou.” Kniphoff lembra outro caso em que Schefer teria apresentado atestado de saúde, mas que de fato teria dirigido até Arroio do Sal. “Você também recebeu por essa sessão. O senhor não tem moral para falar do meu atestado.”

Vereadora Mareli Vogel quer autonomia para a câmara Teutônia A terceira mulher a comandar o legislativo teutoniense, Mareli Vogel, tem como principal objetivo estudar as possibilidades para garantir maior autonomia aos parlamentares. A ideia é preservar a independência financeira. “É preciso avaliar os custos. Pois seria necessário um contador concursado próprio. Mas a

independência poderia agilizar uma série de processos administrativos básicos. Hoje, a câmara acaba sendo analisada depois de todas as secretarias.” Mareli cita que essa discussão será realizada em conjunto com todos os vereadores, e com a assessoria jurídica da câmara. “Também queremos chamar a comunidade, para que ela opine e saiba, exatamente, qual é a

nossa função.” Ela fala ainda da importância do trabalho da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) no município. Para 2016, a progressista estuda formas de divulgar melhor os serviços prestados pelo Legislativo. Diz ter visitado outras câmaras, para averiguar as formas de televisionamento das sessões. “Estamos avaliando a melhor forma para isso. É im-

portante para a comunidade ter acesso, seja por vídeo na internet ou pela TV.” Sobre a construção da nova sede, informa que há cerca de R$ 500 mil previstos para este ano, valor referente a mais uma etapa das obras iniciadas ainda em 2009. “Não servirá apenas para as sessões. Haverá auditório para 250 pessoas, podendo ser utilizado para diversas ações, apresen-

tações e até exposições.” Mareli foi eleita presidente com oito votos favoráveis e uma abstenção. Ela divide a mesa diretora com André Cristiano Böhmer (PT), vice-presidente, e Gilberto Antônio Frigo (PP), secretário. A vereadora, que concorreu ao cargo de deputada federal em 2014, substitui Pedro Hartamnn (PMDB), que esteve à frente do Legislativo em 2015.


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A HORA · QUARTA-FEIRA, 3 DE FEVEREIRO DE 2016

Município recupera estradas nos bairros

Cidades

LAJEADO – A Secretaria de Obras e Serviços Urbanos (Sosur) iniciou nesta semana a recuperação de estradas não pavimentadas dos bairros Igrejinha e Imigrante. Ontem os serviços se concentraram na rua Wilibaldo

Eckhardt. Foi realizado o patrolamento com limpeza de valetas e colocação de brita nos trechos mais avariados. Segundo o titular da Sosur, Osmar Rossner, os serviços prosseguem na rua Henrique Otto Scherer.

IPTU gera quase R$ 18 mi só em janeiro Contribuintes pagam à vista para aproveitar descontos oferecidos pelos municípios RODRIGO MARTINI

Vale do Taquari

EM ARROIO DO MEIO, R$ 634 MIL

E

m um mês de cobranças, três dos cinco maiores municípios da região já arrecadaram mais de R$ 17,8 milhões com o IPTU. Lajeado, Estrela e Arroio do Meio divulgaram números parciais da campanha que prevê descontos aos contribuintes que pagarem à vista o tributo. Em outras cidades, como Teutônia e Encantado, os dados não foram divulgados, pois as campanhas e a própria cobrança são recentes. Elas iniciaram, respectivamente, nos dias 25 de janeiro e 1º de fevereiro. O município de Lajeado teve uma arrecadação recorde no primeiro mês do ano. Até dia 29, 85,6% do montante previsto para todo o ano havia sido quitado. Dos R$ 19,5 milhões almejados em 2016, R$ 16,7 milhões foram pagos pelos contribuintes que aproveitaram o desconto de 15%. Desde o dia 29 de janeiro, quem quitar à vista o IPTU pode obter 7,5% de desconto, desde que pague até o dia 29 de fevereiro. A partir de então, o pagamento à vista até 31 de março terá desconto de 5%. Quem optar pelo parcelamento pode fazer em até oito vezes, a partir de maio. Para isso, o contribuinte deve procurar a Secre-

Em Lajeado, 85,6% dos contribuintes já quitaram o IPTU 2016. Montante gerou R$16,7 milhões aos cofres do município

taria da Fazenda (Sefa). Para a secretária adjunta da Secretaria da Fazenda (Sefa), Daniela Matter, o desconto de 15% para o pagamento antecipado foi um dos motivos para a arrecadação recorde. Além disso, segundo ela, “isso também é reflexo da aprovação da comunidade ao atual governo municipal”. Em 2016, o reajuste do IPTU foi de 9% em relação aos valores cobrados em 2015. Conforme a Sefa, o boleto para pagamento pode ser acessado pelo site da prefeitura. Para isso, é preciso acessar o

www.lajeado.rs.gov.br, pelo link Cidadão e, na sequência, na aba Serviços, onde consta atalho para a Sefa. Na parte de serviços, é necessário preencher o espaço com o CPF ou CNPJ do requerente.

R$ 537 mil em Estrela De acordo com a Secretaria da Fazenda de Estrela, até dia 31 de janeiro, foram arrecadados R$ 536 mil. Cerca de cinco mil contribuintes anteciparam o pagamento com desconto. O valor representa 12,2% do previsto para 2016. Quem de-

Avenida recebe pavimentação Estrela Estão em andamento as obras de terraplenagem, para posterior pavimentação da avenida que ligará Rota do Sol aos loteamentos Nova Morada I e II, em

Novo Paraíso. Os trabalhos são executados pela empresa Treviplam Engenharia, vencedora de processo licitação para a execução da obra, que inclui também a drenagem e sinalização. O investimento supera R$ 1

milhão no asfaltamento dos 11 mil metros quadrados da avenida. A construção das 250 unidades habitacionais está 80% concluída, segundo informaram os responsáveis pela obra.

seja pagar até dia 11 de março terá um desconto de 14%, sendo 7% de abatimento e mais 7% para quem estiver em dia com os demais tributos municipais. Para pagamento em cota única a partir do dia 11 de março até dia 8 de abril, o desconto será de 3%, mais 7% se não houver débitos. O imposto também pode ser parcelado em 12 vezes, desde que a mensalidade não seja inferior a R$ 30. Para este ano, a estimativa é de que o município arrecade R$ 4,4 milhões com o IPTU. No ano passado, foram R$ 4,2 milhões.

Os contribuintes de Arroio do Meio já pagaram cerca de 27,60% do montante previsto para 2016 com o IPTU. Foram R$ 634,9 mil até o dia 2 de fevereiro. Hoje, o imposto representa 3,84% do orçamento anual do município. A cidade tem 9.537 imóveis, e desses, 2.174 mil já foram quitados pelos proprietários, o que significa 22,80% do total. A previsão é arrecadar R$ 2,3 milhões. Até dia 12 de fevereiro, os contribuintes têm os mesmos 10% de desconto recebidos pelos munícipes que já pagaram o tributo. A partir dessa data, e até dia 14 de março, o desconto será de 5%. O parcelamento poderá ser feito a partir do dia 12 de abril, em até seis vezes.


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Cidades

A HORA · QUARTA-FEIRA, 3 DE FEVEREIRO DE 2016

Volta às aulas movimenta creches do Vale Escolas realizaram manutenção de rotina e ampliações para começar o ano letivo MACIEL DELFINO

ATENDIMENTO PELA REGIÃO

Estrela

Em Teutônia, parceria entre município e comunidade possibilitou atendimento de crianças durante o período de férias

Vale do Taquari

L

impeza, desinsetização, manutenção de rotina e contratação de pessoal estão entre as atividades realizadas durante as férias nas escolas municipais de Educação Infantil de Lajeado. De acordo com a secretária de Educação, Eloede Maria Conzatti, as equipes diretivas retomaram as atividades ontem. Hoje, complementa, ocorrem encontros de formação pedagógica para os professores e conclusão da limpeza das salas. Amanhã, iniciam as aulas para crianças de até 5 anos. Conforme Eloede, serão abertas 13 novas turmas, com ca-

pacidade para atender mais de 200 alunos. A equipe docente

Só saberemos do déficit depois que todas as matrículas estiverem feitas e confirmadas. Eloede Conzatti Secretária de Educação de Lajeado

recebeu reforço, com a nomeação de 24 professores. Ela também prevê a contratação de 24 estagiários, além da ampliação da equipe de monitores. Segundo a coordenação das escolas infantis, o déficit de vagas, que no ano passado chegou a 600, será reduzido para 400. Segundo Eloede, ainda não é possível antecipar como se organizará a espera. “Só saberemos depois que todas as matrículas estiverem feitas e confirmadas”, comenta. Além das manutenções citadas, mudanças estruturais e ampliações devem ocorrer neste ano. “Estamos reestruturando as escolas, começando algumas reformas”, conclui.

As escolas infantis retomam as atividades amanhã, 4, quando cerca de 1.330 crianças voltam às aulas. Hoje os professores se reúnem para preparar a recepção aos alunos. À noite, às 19h, ocorre a abertura oficial do ano letivo na Soges. Conforme o secretário de Educação, Marcelo Mallmann, durante o evento, ocorre a apresentação da peça teatral Labirinto de Sentimentos. O espetáculo conta a história de um profissional de 45 anos, que conversa com o neto sobre a saudade que sente da juventude. A nova escola do bairro Pinheiros deve começar a funcionar assim que forem concluídos trâmites legais. Com capacidade para atender 120 crianças em turno integral, recebeu o nome de Espaço de Sonhos. De acordo com Mallmann, um estudo do Tribunal de Contas do Estado (TCE) indica que a Educação Infantil de Estrela ocupava a 58ª posição no RS em relação ao atendimento. Em 2014, devido à ampliação na oferta de vagas, o município ficou na 38ª posição. Ele observa que as inscrições de novos alunos serão recebidas a partir do dia 11, na sede da Secretaria de Educação, rua Pinheiro Machado, 343.

Encantado As escolas infantis do município utilizam o regime de revezamento de férias, em que ao menos metade delas mantém as atividades. De dezembro a janeiro, o grupo A fez um mês de recesso. O dia 22 de fevereiro marca a volta às aulas do grupo B. De acordo com a secretária de Educação Roseli Mottin Soares, a modalidade foi adotada em benefício dos pais. “Muitos trabalham e não têm onde deixar as crianças, essa é uma opção”, comenta.

Teutônia As aulas das escolas infantis começaram no dia 20 de janeiro. A Caminhos do Saber já iniciou as atividades e houve a nomeação de novos professores e monitores. Um acordo com a comunidade garantiu a antecipação do ano letivo e as atividades começaram no dia 4 de janeiro. Toda a rede passou por manutenção de rotina e desinsetização. Segundo a coordenadora pedagógica, Suziane Elise Drehmer, ainda há vagas na nova escola, e os pais de novos alunos serão notificados até o fim de fevereiro.


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Para secretário Dalpian, diversidade é um benefício do condomínio industrial

das empresas já instaladas, o condomínio deve contar com empreendimentos nos setores moveleiro, calçadista, transporte, metal-mecânico, pedras e de serviços. A característica de contar com empresas de pequeno porte é outra vantagem, segundo o secretário. “Temos uma proximidade com empreendimentos de maior porte e isso gera oportunidade para diferentes negócios. Esse era um dos nossos critérios, além da diversificação.” De acordo com ele, caso não haja pedidos de recurso, a ocupação dos lotes deve iniciar em até cinco meses. Pelo edital, os empreendedores têm prazo de

18 meses para começar a utilizar a área cedida. Com a instalação das novas empresas, o local chega na capacidade máxima. A tendência, afirma, é de um novo edital ser aberto para os lotes restantes. Dados da Secretaria de Indústria e Comércio indicam a existência de 1,3 mil empresas no município. O setor de serviços, com 615 estabelecimentos comerciais, é o mais numeroso. Ele é seguido do comércio, com 458, e da indústria, com 251. Essa última lidera a participação na economia local, com 56,88%. Agricultura, com 17,54%; Comércio, com 16,35%; e serviços com 9,23% aparecem na sequência.

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O

número de empresas no condomínio industrial deve dobrar com a instalação de mais sete empreendimentos. Desde a abertura do edital, em dezembro, haviam dez empresas disputando os lotes de terras na localidade de Morro Vermelho. Hoje, encerra o prazo para possíveis pedidos de recursos solicitados pelos participantes do processo. A área de cerca de mil metros quadrados para uso de micro e pequenas empresas era projetada desde 2009, segundo o secretário de Indústria e Comércio, Norberto Dalpian. Na época, o Executivo ficou responsável pela elaboração da infraestrutura da área com 19 lotes. Foram investidos R$ 300 mil no local. Hoje, ela conta com sete empresas instaladas desde o ano passado. Juntas, geram mais de 40 empregos. Sorveteria, serralheria, tornearia e indústria de secadores, venda de maquinários e equipamentos agrícolas e uma empresa de brindes já compõem o condomínio. De acordo com Dalpian, a diversidade de segmentos gerada no local é positiva para a economia do município. A realidade contrasta com a existente há 15 anos, quando havia dependência do setor calçadista. Além

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Cidades

A HORA · QUARTA-FEIRA, 3 DE FEVEREIRO DE 2016

Cotistas desconhecem direito ao Pis/Pasep Mais de 15 milhões de trabalhadores não sabem que têm direito ao abono salarial ARQUIVO A HORA

País

M

ais de 15 milhões de trabalhadores não sabem que têm créditos a receber do Programa de Integração Social e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep). Os números foram divulgados pela Controladoria-Geral da União (CGU), após uma auditoria que identificou falhas na comunicação. Quem contribuiu com os programas até 1988 tem direito ao recebimento anual do rendimento de suas cotas, além de poder sacar todo o crédito em caso de aposentadoria, doença ou se tiver mais de 70 anos. Em caso de morte, os herdeiros diretos podem requerer o benefício do PIS, pago pela Caixa Econômica Federal, e o Pasep, pelo Banco do Brasil. De acordo com Antônio Carlos Bezerra Leonel, coordenador-ge-

Auditoria aponta falhas na comunicação como empecilho aos trabalhadores

ral de auditoria da Área Fazendária da CGU, até 1988, os programas PIS/Pasep eram geridos por um fundo de participação. A partir desse ano, o fundo parou com a arrecadação para contas individuais e os recursos provenientes das contribuições passa-

ram a ser destinados ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Custeando o seguro-desemprego, o abono salarial e o financiamento de programas de qualificação. A auditoria realizada analisou o período de julho de 2013 a junho de 2014, assim como dados

de 31 milhões de cotistas. Nesse período, o Fundo de Participação do PIS/Pasep, que tinha as contribuições feitas até 1988, contava com aproximadamente 31 milhões de cotistas, sendo 26 milhões do PIS e cinco milhões do Pasep. Os valores chegavam a R$ 37,5 bilhões. As dificuldades na identificação e na comunicação com os trabalhadores, seja por mudança de domicílio ou por morte, já foram tema de discussão no Tribunal de Contas da União (TCU). A entidade determinou aos gestores uma ampla publicidade sobre o direito que os trabalhadores têm a esses créditos. “É um dinheiro que não pode ser entendido como pertencente à União. O objetivo principal do Fundo é pagar o cotista. Se ele deixou lá sem movimentar, ele pode ter uma agradável surpresa”, afirma Bezerra. Ele disse que a CGU não teve

acesso a todos os dados necessários para afirmar com exatidão quantos desses trabalhadores morreram e quantos já se aposentaram. Por isso, após a auditoria, o órgão sugeriu a inclusão do número do CPF no sistema da Caixa Econômica para não gerar mais de uma conta por cotista. O coordenador afirmou que, na década de 1980, o CPF não acompanhava o cadastro do PIS/Pasep, dificultando o cruzamento de dados. Hoje, o abono salarial do PIS é pago pelo FAT àqueles trabalhadores que recebem até dois salários mínimos mensais. O valor corresponde a um salário mínimo por ano. Para ter direito ao benefício, o trabalhador que contribuiu até 1988 deve procurar uma agência do Banco do Brasil, para o Pasep, ou da Caixa Econômica Federal, para o PIS. No caso de morte do trabalhador, a solicitação pode ser feita por um herdeiro direto.

Matrículas para cursos técnicos seguem até início das aulas

Entrega da declaração do IR começa em março

Lajeado

País

Interessados nos curso técnico na Univates podem se matricular para as vagas remanescentes até o início do semestre letivo. A inscrição deve ser feita no Atendimento Univates (Prédio 9). Alunos que ainda estejam cursando Ensino Médio estão aptos a participar São 15 opções: Auxiliar de Saúde Bucal, técnicos em Administração, em Automação Industrial, em Comunicação Visual, em Edificações, em Eletroeletrônica, em Enfermagem, em Informática, em Manutenção Automotiva, em Manutenção e

Suporte em Informática, em Química, em Segurança do Trabalho, em Serviços Jurídicos, em Transações Imobiliárias e em Vendas.

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Documentos necessários – Comprovante de matrícula no Ensino Médio (para alunos que ainda não concluíram o 3° ano) ou Histórico Escolar/ Certificado de Conclusão original ou cópia autenticada em cartório (para egressos do Ensino Médio); – Fotocópias: carteira de identidade, CPF, certidão nascimento ou de casamento, título eleitoral + quitação da última eleição (2014) e documentação militar (interessados do sexo masculino). Menores de 18 anos devem estar acompanhados de representante legal.

Os prazos para a entrega da Declaração do Imposto de Renda Pessoas Física (IRPF) foram publicadas ontem no Diário Oficial da União. Pessoas que receberam rendimentos superiores a R$ 28.123,91 precisam declarar a renda entre o dia 1º de março e 29 de abril. Contribuintes que receberam rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, cuja soma foi superior a R$ 40 mil, também devem declarar, as-

sim como produtores rurais com receita bruta superior a R$ 140.619,55. Para elaborar a declaração, o contribuinte deverá usar o programa gerador específico para o ano de 2016 que estará disponível na página da Receita Federal. A declaração poderá ser feita ainda mediante o acesso ao serviço Declaração IRPF 2016 on-line. Aplicativos disponíveis nas lojas google play e app store permitem o preenchimento da declaração por meio de dispositivos móveis, tablets e smartphones.


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A HORA · QUARTA-FEIRA, 3 DE FEVEREIRO DE 2016

Unidade local retoma emissão de documentos Poupa Tempo e FGTAS passaram a atender nesta semana MARCELO GOUVÊA

Estrela

A

s emissões de carteiras de trabalho (CTPS) e de identidade (RG) foram normalizadas nesta semana no município. Elas haviam sido suspensas por férias ou licença médica dos servidores desde o início deste ano. Sem disponibilidade do serviço na unidade da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS) em Lajeado desde julho de 2015, a agência de Estrela é um dos principais destinos para quem precisa da primeira identificação profissional na região. Ontem, a estudante Glaucia Marques, 17, tentava pela terceira vez encaminhar a carteira de identidade. Há duas semanas, a moradora de Putinga havia procurado a agência de Lajeado e a própria de Estrela como alternativas mais rápidas à disponível na cidade. No município, há 93 quilômetros de Estrela, são necessários até 90 dias para conseguir a carteira. O município chegou a ficar dois dias sem o serviço devido a atestado médico de um dos três servidores do local. Além de Estrela, a agência de Arroio do Meio tem absorvido a demanda por confecção de CTPS. A maior agilidade da unidade estrelense fez aumentar a procura pelo serviço no município. Pelas estimativas do coordenador da agência, Gabriel Martins, são mais de 50 atendimentos diários para emissão de carteiras de trabalho. Com o quadro completo, afirma, os documentos costumam ser encaminhados em até 15 minutos. Para emissão, são necessários 15 dias úteis. Hoje, o município conta com cerca de 50 vagas em aberto, principalmente no setor industrial. No mês passado, a atuação rendeu à unidade a indicação de melhor desempenho em ocupação de vagas na região. Uma das mudanças deste ano da agência é quanto aos serviços de seguro-desemprego. Ele passa a operar por agendamento prévio, pelo site

Sem serviço em Lajeado, unidade de Estrela registra aumento na procura

da fundação (http://www.fgtas. rs.gov.br).

Sem atendimento em Lajeado A pane em um equipamento utilizado para coleta de assinatura e foto digitais tem interrompido o serviço na agência de Lajeado desde julho. O aparelho, emprestado pelo governo do Estado, precisou ser descartado para compra de um novo. Apesar de estarem comprados desde janeiro, eles aguardam trâmites burocráticos para serem instalados. A tendência, como publicou o A Hora, em janeiro, é de uma resolução até o fim deste mês.

Carteiras de identidade Os serviços no Posto de Identificação foram retomados no início desta semana em novo endereço. Ele havia ficado indisponível por cerca de 18 dias, durante as férias do servidor responsável pela emissão. No período, a coordenação regional do órgão, em Lajeado,

era a alternativa para os serviços. Pelas estimativas do responsável pelo posto, Sílvio Schilling, a primeira semana de atendimentos após o período inativo registrou a média de 20 encaminhamentos diários. Segundo ele, para evitar novos problemas do tipo e ampliar o atendimento, um servidor público está sendo avaliado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública para começar o treinamento necessário para ser incluído na repartição. O resultado da análise deve ser emitido até o fim do mês. Após o aval da secretaria, ele deve começar os treinamentos necessários. Além do aumento da equipe, o recebimento de máquinas fotográficas próprias deve agilizar o processo. Criada há nove meses, a unidade aguarda a entrega dos equipamentos do Estado e contabiliza mais de 1,5 mil encaminhamentos de RGs. Até o momento, para confecção dos documentos, depende de foto 3x4 do requerente.

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A HORA · QUARTA-FEIRA, 3 DE FEVEREIRO DE 2016

Período de serviços de urgência e emergência ARROIO DO MEIO – As secretarias de Obras e Agricultura e o Departamento de Serviços Urbanos reforçam que, nos meses de janeiro e fevereiro, serão executados apenas serviços de urgência e emergência

em vias e espaços públicos. A prioridade se deve ao período de férias da equipe de servidores, manutenção do maquinário e demanda de fechamento de silos – cerca de dois mil até abril.

Com incentivos, jovens retornam ao campo Produções de leite e suínos são alternativas DIVULGAÇÃO

Arroio do Meio

P

ara incentivar o aumento da produção no setor primário, a Secretaria da Agricultura desenvolve programas como o de terraplenagem para construção de novos aviários, chiqueiros e galpões leiteiros. Segundo o secretário Paulo Heck, são realizadas melhorias nas estradas, telefonia, internet, energia elétrica como forma de incentivar a permanência ou até o retorno do jovem ao campo. Das 900 propriedades existentes, 10% tem sucessão garantida. “Temos 92 jovens na gerência dos negócios com os pais. Com projetos, orientação técnica, oferta de crédito e parcerias com integradoras garantimos o crescimento da renda tanto do município como dos produtores.” Depois da indústria, a agricultura apresenta a maior contribuição para o valor adicionado fiscal do município. Em 2013, atingiu R$ 115 milhões, com um acréscimo de 21,31% em relação ao ano anterior. O setor primário representa 17,5% na economia. O destaque é para a suinocultura – em primeiro lugar no valor adicionado. São 120 suinocultores que geraram R$ 37 milhões ao município, com 106 mil cabeças abatidas. A avicultura ocupou o segundo lugar em retorno de valor adicionado gerando R$ 24 milhões para o município em 2013. Entre 2013 e 2014, foram construídos cinco aviários, sendo três para ovos férteis e dois para aves de corte. A perspectiva de crescimento para os próximos anos é grande, considerando o investimento da

Rohenkohl triplicará produção de suínos com investimento superior a R$ 1 mi

Dália Alimentos, que deve necessitar de 150 novos aviários para seu empreendimento. Na cadeia leiteira, são 460 produtores. O setor ocupa o terceiro lugar em retorno para o municí-

pio e crescendo 5% anualmente, considerado os últimos quatro anos. A produção chega a 24 milhões de litros. “Nos últimos cinco anos, o setor cresceu 10% ao ano”, finaliza.

DE INDUSTRIÁRIO A DONO DO NEGÓCIO Até março, mais dois mil suínos (terminação) serão alojados na propriedade de Rafael Rohenkohl, 34, na localidade de Passo do Corvo. Com isso, a capacidade produtiva será triplicada. O investimento supera R$ 1 milhão na construção de dois pavilhões e sistema de compostagem dos dejetos. O jovem retornou à propriedade da família há quase quatro anos, após trabalhar por uma década como industriário. Flexibilidade de horários, melhor remuneração, incentivos concedidos pelo Executivo e a possibilidade de ser dono do negócio foram

decisivos. “Recebi de graça 180 horas de serviço de máquina e isso me proporcionou uma grande economia.” Lucas Käfer, 21, de Linha 32, investiu R$ 130 mil na construção de um free stall com capacidade de alojar 66 vacas. A produção chega a 700 litros diários. Recentemente foi liberada a licença ambiental para iniciar a construção de mais dois chiqueiros com capacidade para mil suínos. O valor a ser aplicado supera os R$ 300 mil. “Precisamos modernizar a estrutura, melhorar o bem- estar e facilitar o trabalho.”


A HORA · QUARTA-FEIRA, 3 DE FEVEREIRO DE 2016

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Corrida e Caminhada Só Elas

Inscrições promocionais vão até sexta Segunda edição do evento para mulheres ocorrerá no dia 6 de março FÁBIO KUHN

A

s mulheres interessadas em participar da segunda edição da Corrida e Caminhada Só Elas podem se inscrever pelo preço promocional até esta sexta-feira. Custo é R$ 39 (corrida) e R$ 24 (caminhada). Depois, o valor aumenta R$ 5 para corrida e R$ 2 para caminhada. Inscrições podem ser feitas no www.valedoesporte.com.br até 1o de março. Grupos a partir de dez integrantes têm desconto de R$ 5 e espaço no local do evento (contato pelo francis@valedoesporte. com.br). Prova ocorrerá no dia 6 de março a partir das 9h15min no Parque Princesa do Vale, em Estrela, e faz parte da programação especial do Dia da Mulher. É organizada pela Secretaria de Esportes e Lazer de Estrela (Smel). Parte do valor arrecadado com as inscrições será revertida à Liga Feminina de Combate ao Câncer. Primeira edição do evento ocorreu no dia 8 de março de 2015. Participaram 300 mulheres.

Primeira edição, disputada em março de 2015, reuniu 300 mulheres na corrida e caminhada

Sobre as categorias Na corrida, as atletas podem optar pelas distâncias de três quilômetros, recomendada para quem está começando ou recomeçando os treinos, ou cinco quilômetros. Será dividida nas seguintes faixas etárias: 16 a 19 anos, 20 a 24 anos, 25 a 29 anos, 30 a 34 anos, 35 a 39 anos, 40 a 44 anos, 45 a 49 anos, 50 a 54 anos, 55 a 59 anos e 60

anos ou mais. A caminhada terá distância única de três quilômetros. Uma das novidades deste ano será a categoria kangoo jumps, também com distância de três quilômetros.

Premiação As cinco primeiras colocadas gerais na corrida (três quilômetros

e cinco quilômetros ) e categoria kangoo jump receberão troféus. Já as cinco primeiras colocadas nas faixas etárias da corrida receberão medalha especial. Todas as participantes, incluindo as da caminhada, ganham medalhas de participação. Haverá prêmios para a maior academia ou grupo de corrida, o maior grupo de kangoo jumps e troféu para a participante mais velha.


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A HORA · QUARTA-FEIRA, 3 DE FEVEREIRO DE 2016

ANDERSON LOPES

CONFIANÇA: mesmo com as mudanças na comissão técnica e plantel, diretoria e torcedores do Lajeadense acreditam na repetição de uma boa campanha no campeonato estadual

De cara nova, Lajeadense estreia hoje Juventude é o primeiro desafio da equipe alviazul no Campeonato Gaúcho. Partida de estreia ocorre às 19h30min, no Estádio Alviazul

O

Clube Esportivo Lajeadense mudou para a temporada 2016 do Campeonato Gaúcho. Se comparado ao elenco que estreou contra o Internacional em fevereiro de 2015, apenas nove atletas permaneceram. Além das diferenças no plantel, a equipe alviazul também está com um novo comandante: Rodrigo Carpegiani. “Começamos um trabalho em dezembro, treinando e trabalhando forte. Sinto que estamos preparados”, destacou o técnico. Às 19h30min de hoje, o Lajeadense estreia contra o Juventude, em casa. Os portões do Estádio Alviazul abrem às 18h45min. O ingresso na hora custa R$ 40 (cadeira), R$ 35 (arquibancada coberta) e

R$ 30 (arquibancada geral). Carpegiani faz mistério quanto ao time que inicia o confronto, mas pretende se basear na formação que derrotou o Glória por 3 a 2 no último amistoso da pré-temporada. Os prováveis titulares são: Lauro, Vareta, Léo, Higor, Marabá, Diego Hoffmann, Reinaldo, Erick, Juninho, Diego Miranda e Murilo. Mesmo “de cara nova”, os torcedores acreditam em mais uma boa campanha da equipe alviazul. Alguns até imaginam um possível título do interior ou conquista da vaga para a Série D (veja no boxe). Na diretoria, a confiança no novo plantel e comissão técnica também é grande. “Os jogado-

res compraram a ideia. Acredito que vamos representar bem o Lajeadense de novo,” destaca o gerente de futebol, Tales Cabeceira. Ele classifica o elenco como “competitivo”.

Sobre o Gauchão Quatorze equipes jogam pelo título da edição 2016. Na primeira fase, todos se enfrentam em turno único. Os oito melhores passam à fase eliminatória, enquanto os três últimos são rebaixados para a divisão de acesso.

Sobre o adversário O Juventude disputa a competição com 60% do plantel formado pela base. Na terça-feira, a direção anunciou o meia Hugo – atle-

ta de 35 anos com passagem pelo Corinthians, Grêmio e São Paulo. Entretanto, ele não poderá atuar no jogo contra o Lajeadense.

A equipe de Caxias do Sul estreou na competição estadual no sábado, comvitória de 2 a 1 contra o São Paulo.

ALVIZUL NA PRIMEIRA FASE CONSELHOS Lajeadense x Juventude (19h30min de hoje) Aimoré x Lajeadense (7 de fevereiro) Lajeadense x São Paulo (10 de fevereiro) Passo Fundo x Lajeadense (14 de fevereiro) Lajeadense x Brasil de Pelotas (21 de fevereiro) Lajeadense x São José (24 de fevereiro) Cruzeiro x Lajeadense (28 de fevereiro) Lajeadense x Glória (6 de março) Novo Hamburgo x Lajeadense (13 de março) Lajeadense x Internacional (20 de março) Grêmio x Lajeadense (27 de março) Lajeadense x Veranópolis (30 de março)


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A HORA · QUARTA-FEIRA, 3 DE FEVEREIRO DE 2016

Reportagem: Fábio Kuhn

Jornal A Hora – Na sua opinião, como será a campanha do Lajeadense no Campeonato Gaúcho 2016? A meu ver, o Lajeadense está no top 6 do estado junto com a dupla Gre-Nal, Brasil de Pelotas, Juventude e Ypiranga. Acredito que chegará, no mínimo, às quartas de final e, por que, não acreditar em sair campeão? Temos um fator casa muito forte, o que com certeza é um diferencial a nosso favor. Temos um goleiro experiente e campeão por grandes times, o que dá uma tranquilidade na defesa. Vale lembrar que já temos histórico de vencermos adversários mais tradicionais e erguer taças. Que venha a próxima.

Na minha opinião, será muito boa, pois, tirando a dupla Gre-Nal, os times estão muito equilibrados. O Lajeadense perdeu o treinador e alguns jogadores importantes da temporada passada, mas conseguiu montar uma equipe competitiva para tentar brigar lá no topo, rumo ao campeão do interior.

Kraiton Kramer, 27, Arroio do Meio Dieges Gottems, 24, Lajeado

Eu acredito no time, mas o Gauchão deste ano será muito disputado. Tenho, inclusive, medo de ser rebaixado.

Esperamos que a equipe faça uma ótima campanha. Temos um plantel qualificado com jogadores diferenciados. Esperamos que neste ano a comunidade de Lajeado e região se engaje com o clube, pois não adianta só ir nos jogos contra a dupla Gre-Nal. Tenho confiança nesse grupo que faremos um excelente Campeonato Gaúcho, e vamos classificar para a Série D. Estevão Seltenreich, 33, Lajeado

Desde que o Lajeadense voltou à elite do Campeonato Gaúcho, sempre existiu muita desconfiança com o time, comissão e jogadores. Sempre é apontado como sério candidato ao rebaixamento e este ano não é diferente. Acredito muito no trabalho do presidente Everton Giovanella e toda a diretoria. Do gerente Tales, do nosso treinador Rodrigo Carpegiani, toda a comissão técnica e jogadores. Iremos classificar entre os oito. Precisamos que a torcida também faça sua parte indo aos jogos e jogando junto.

Giovane Marasca, 23, Lajeado Rodrigo Sivinski, 32, Cruzeiro do Sul


ESPORTE

Lajeado, quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Jornalismo / redação: ahora@jornalahora.inf.br Publicidade: comercial@jornalahora.inf.br Assinaturas: assinaturas@jornalahora.inf.br

Abertão Languiru

CORRIDA E CAMINHADA SÓ ELAS

Equipes balançam a rede em 27 oportunidades

Inscrição promocional se estende até sexta

Dez partidas foram disputadas, na sexta-feira à noite, pelo Campeonato Aberto da Languiru. Maior goleada ocorreu na força livre. Riograndense aplicou 4 a 0 no Baile de Munique. Os demais resultados da categoria foram: Juventude 1 a 3 Kaxa Baxa, Bola Cheia 1 a 3 ASDP e Morro do Alemão 2 a 1 Cristal Joias. Na categoria master, BB Contabilidade e Frigorífico Angus ficaram no 1 a 1. No outro jogo, São José perdeu para o AJUPA por 3 a 0. Os demais resultados foram: Eletro Diesel Hirt 0 a 1 Tangerina (feminino), 11 Amigos 0 a 2 Rudibar, Karandiru 1 a 2 Rudibar (sub-20) e Amigos do Queiroz 0 a 1 Taquariense. Hoje à noite, a partir das 19h45min, ocorrem mais quatro partidas pelas categorias master e força livre. São elas: São José versus Frigorífico Angus (master), Amigos do Elizeu versus A.A.B.B (master), Seven Eleven versus Saidera e Amigos do Leo versus Coorevat.

Pituca

Oitava rodada ocorre amanhã Quatro partidas da Copa Pituca, de Arroio do Meio, ocorrem amanhã à noite pela oitava rodada. Iniciam às 19h15min com o confronto veterano entre ACN x Galáticos. Às 20h, Amigos do Shrek busca recuperação contra um dos líderes da chave B da força livre, Esbornia. Pela categoria veterano, às 20h45min, Estrela e Trans Café jogam pela liderança. Na última partida, às 21h30min, SER Porque Nós e Pânico se enfrentam – ambos têm 4 pontos.

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