AH - Principal | 04 fevereiro de 2016

Espero que as denúncias sejam sérias.

Sob risco de pena por calúnia

Fundado em julho de 2002 Lajeado, quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016 Ano 13 - Nº 1523 Avulso: R$ 1,00 Fechamento da edição: 21h

RODRIGO MARTINI

DO EDITAL ATÉ A CONSTRUÇÃO

Luiz Antônio de Abreu Johnson,

juiz de Lajeado, sobre a fala de Delmar Portz na câmara de Lajeado Página 4

DUPLICAÇÃO DA BR-386

Deputados prometem continuação ANDERSON LOPES

Com a redução de verba para a duplicação, bancada gaúcha transfere repasse de emenda Página 6 para manter a obra.

Lista de problemas marca as obras do PAC em Lajeado ANDERSON LOPES

Os repasses para obras de infraestrutura urbana, orçadas em R$ 20,5 milhões, estão suspensos desde o dia 15 de janeiro, após a Caixa Econômica Federal acatar a recomendação do MPF. O órgão finalizou, em 14 de dezembro, um laudo que atestou 17,6% de superfaturamento em 80% da obra.

A discrepância entre a análise da engenheira do MPF e o contrato entre município e consórcio de empresas chega a R$ 2,4 milhões. O Executivo foi notificado em 27 de janeiro pelo MPF e afirma já ter recebido a confirmação da CEF sobre a retomada dos repasses. Páginas 8 e 9

PARADO: a suspeita de sobrepreço do PAC de Lajeado faz com que o MPF solicite a suspensão das obras viárias

Sob chuva, Município Alviazul inaugura perde a 1ª academia primeira SANTA CLARA DO SUL

Espaço público para prática de exercícios será apresentado para a comunidade amanhã. Conexão

TEMPO NO VALE Quinta-feira no Vale: nublado com chuva Mínima: 20°C - Máxima: 27°C FONTE: CIH/UNIVATES

O começo do Lajeadense no Campeonato Gaúcho deixou a torcida preocupada.

Ontem à noite, o representante da região perdeu para o Juventude por 3 a 1. Destaque para o atacante Brenner, autor dos três gols.

CARLOS FLORES

FÁBIO KUHN

ESTREIA NO GAUCHÃO

SIMULADOR DE DIREÇÃO

MPF questiona uso do aparelho Obrigatório em todo o país desde o início deste ano, uso do aparelho é avaliado pelo MiPágina 7 nistério Público Federal (MPF).

CRUZEIRO DO SUL

Produtores reduzem área O trabalho árduo na colheita de aipim ocasiona diminuição de 100 hectares no plantio da cultura tradicional do município. Página 10

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A HORA · QUINTA-FEIRA, 4 DE FEVEREIRO DE 2016

Ideias

EXPEDIENTE

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Tiragem média por edição: 7.000 exemplares. Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística)

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assado o fim de ano e o período de maior movimento no comércio, é tempo de refazer as contas e programar os gastos para 2016. Embora muitos se esqueçam, os primeiros meses também são responsáveis por boa parte dos nossos vencimentos, com o pagamento de impostos como o IPVA, para os que têm veículos, ou a rematrícula e a compra de material, aos que têm filhos em idade escolar.

Impulsionados pelas facilidades de crédito e pela “reserva” obtida com o 13º salário, muitos fizeram dívidas que irão perdurar

pelos próximos meses e aumentaram a coleção de boletos ou de faturas do cartão de crédito.

A esses, o ideal é que atividades supérfluas no ponto de vista das finanças – como uma viagem não planejada com antecedência ou as comemorações excessivas de Carnaval – deixem de ser realizadas, para que o orçamento mensal não seja comprometido totalmente e os gastos não sejam “perdidos de vista”.

Já que despesas como IPVA, IPTU, matrícula e material escolar são inadiáveis, é indispensável que seja feita uma progra-

mação desde os primeiros meses.

Muitas vezes, simples medidas nos trazem consequências imensamente benéficas e garantem um ano muito mais tranquilo para o bolso. Um exemplo é dedicar alguns minutos para fazer contas e colocar “na ponta do lápis” quantos por cento do salário serão destinados às compras parceladas – dessa forma, o consumidor já impõe um limite aos próximos gastos e passa a saber o que é possível ou não de ser realizado.

Para evitar complicações financeiras, é fundamental que os con-

Dora Ramos Educadora financeira e especialista em contabilidade e controladoria

sumidores menos prevenidos se programem e mantenham o foco em gastos realmente imprescindíveis. Afinal, manter as contas em dia e o nome limpo é um fator importantíssimo para a felicidade de qualquer um.

Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

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INDICADORES ECONÔMICOS MOEDA

COMPRA

VENDA

Dólar Comercial

3,9159

3,9170

Dólar Turismo

3,8400

4,1000

Euro

4,3594

4,3610

Libra

5,7611

5,7640

Peso Argentino

0,2796

0,2798

Yen Jap.

0,0333

0,0334

Cotação do dia anterior até 17:45h, Valor econômico.

ÍNDICE MÊS (%)

ACUMULADO ANO (%)

ICV Mes (DIEESE) 01/2016

0,77

12,57

IGP-DI (FGV)

01/2016

0,44

10,68

IGP-M (FGV)

01/2016

0,49

10,54 11,28

ÍNDICE

MÊS

INPC (IBGE)

01/2016

0,90

INCC

01/2016

0,12

7,22

IPC-A (IBGE)

01/2016

0,96

10,67

Salário Mínimo/2016 R$ 880,00

TAXAS E CERTIFICADOS (%)

MÊS

ÍNDICE MÊS (%)

ACUMULADO ANO (%)

TJLP

7,5

Selic

14.25%(meta)

TR CDI (Mensal)

0,2250

1,7954

01/2016 1,1613

13,2386

Prime Rate

01/2016

3.25

3,25 (Previsto)

Fed fund rate

01/2016

0.25

0,25 (Previsto)

Ouro (dólar) – Onça Troy – USD 1127.9 cotação do dia 2/2/2016

BOLSAS DE VALORES

PONTO

VARIAÇÃO FECHAMENTO (%)

Ibovespa (BRA)

39637

2,70

Dow Jones (EUA)

16.154

-1,80

S&P 500 (EUA)

1.903

-1,87

Nasdaq (EUA)

4.453

-1,41

DAX 30 (ALE)

9.435

-1,53

Merval (EUA)

10.973

-0,92

cotação do dia anterior até 17h45min

Petróleo (dólar)/Brent Crude – barril – USD 34.24 em 02/02/2016

A

alta tecnologia é a principal característica da nossa geração pós-moderna do século XXI, fizemos parte de um grande movimento multicultural, em que o acesso às informações e a comunicação entre as pessoas é inevitável. Vivemos em tempos em que as imperfeições são escondidas, os sorrisos são forçados e as falas treinadas, pôr a cara ao sol torna-se perigoso.

Somos considerados os seres humanos mais intercomunicativos que viveram sobre a face da terra, tudo isso à custa da crescente explosão tecnológica financiada por nós mesmos, consumidores ferrenhos de tudo que prometa felicidade mesmo que momentânea.

Os avanços tecnológicos proporcionam muitos benefícios

nunca antes imaginados em sociedades anteriores, como a que inventou a máquina a vapor dando a largada à Revolução Industrial. Se as criações humanas ao longo de toda evolução sociocultural almejavam uma comunidade próspera e unida, a atual busca compartilhar o individualismo, o status de felicidade e a beleza intransponível.

Em uma sociedade onde tudo é programável, retocado e manipulável seríamos os seres humanos perfeitos como aqueles que demonstramos ser?

Uma reflexão acerca disso é feita pelo cantor Tiago Iorc, na música Sol que Faltava, do álbum Troco Likes lançado no ano passado.

Iorc nos lança em seu primeiro refrão a pergunta “onde foi a última

vez que você se deixou livre sem se retocar, sem se instagramear?”

O toque pessoal da frase combinado ao trocadilho atual das redes sociais faz parar e pensar, se estamos buscando a nós mesmos ou assumindo características de um ser que não existe, mas que é “aceito” pela sociedade.

A tecnologia que foi criada para agilizar o trabalho e facilitar a convivência com amigos e familiares conecta cada vez mais às rotinas exaustivas e nos distancia das pessoas a quem gostaríamos de estar junto. Estamos escravizados por aplicativos de mensagens instantâneas que substituíram a conversa olho no olho, criamos um mundo perfeito e fizemos questão de mostrar.

Que insanidade a nossa! Esta-

Luis Felipe Pissaia lpissaia@univates.br graduando em Enfermagem na Univates

mos perdendo momentos incríveis da nossa vida! Em outro refrão da música Iorc impacta com, “mar de tanta indiferença” referindo-se à nossa sociedade. Percebe-se que na verdade por traz de todos esses artifícios o que queremos na verdade é atenção, reconhecimento e amor. A indiferença dos outros nos faz persuadir a nós mesmos em busca do impossível.

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A HORA · QUINTA-FEIRA, 4 DE FEVEREIRO DE 2016

Aedes aegypti

Rodrigo Martini martini.jornal@gmail.com lentem.wordpress.com

Não caia em conversa fiada.

Há dinheiro sobrando no país

O

s últimos meses foram de “cortes” por parte dos governos federal, estaduais e municipais. Escrevo a palavra cortes entre aspas para deixar exposta minha insatisfação com tais medidas. Pois, como é de praxe entre políticos e demais agentes públicos brasileiros, o corte nunca ocorre na própria carne.

Nossos agentes públicos são campeões em demagogia. Cortam recursos de obras de infraestrutura, cortam recursos da educação, da saúde e da segurança pública. Mas são incapazes de interagir com tal realidade. No bolso deles, nada deixa de entrar. Mesmo que isso alimente ainda mais as piores mazelas nos já deficitários serviços públicos básicos. É muito simples. Ao contrário do que se propaga, não faltam recursos no Brasil. Pelo contrário, há dinheiro sobrando no país.

Qualquer tese contrária não passa de mera conversa fiada.

Vamos aos fatos. Não há falta de dinheiro, pois em 2014 foram gastos quase R$ 4 bilhões só com os benefícios e penduricalhos disponíveis a magistrados e servidores do Judiciário, tais como auxílio-alimentação e auxíliomoradia, só para citar alguns. E se contarmos os salários em todos os tribunais do país, o montante gasto no ano foi de quase

R$ 70 bilhões, enquanto a saúde recebeu R$ 106 bilhões.

O orçamento destinado ao Judiciário brasileiro é, muito provavelmente, o mais alto por habitante entre todos os demais países federais localizados no hemisfério ocidental. Em 2014, representou o equivalente a 1,2% das riquezas produzidas pelos brasileiros no período. Naquele mesmo ano, os Estados Unidos gastaram 0,14% do PIB, a Alemanha, 0,32%; a Inglaterra, 0,14%; e a vizinha Argentina, 0,13%.

O Ministério Público (MP) não fica atrás. Também em 2014, o orçamento total destinado ao órgão, incluídos todos os seus “ramos” e todos os vários níveis hierárquicos, foi de R$ 15,4 bilhões. É o equivalente a 0,32% do PIB. No mesmo período, países como Alemanha e Espanha gastaram, igualmente, 0,02% do PIB com o MP deles.

Esses todos são dados de dois anos atrás, que já foram nocivamente reajustados desde então.

Ou seja. A farra e a gastança com o dinheiro do contribuinte, hoje, é ainda maior.

Se os gastos com o Judiciário e o MP são exorbitantes, o que falar das gastanças cometidas impiedosamente pelos agentes públicos, eleitos “democraticamente” pelo voto popular. Como exemplo, os 515 deputados federais com suas vantagens quase

Politicagem barata na câmara de Lajeado O vereador Antônio Schefer (SDD) mostrou as garras. Foi o escolhido da oposição para atacar Sérgio Kniphoff (PT) por um atestado médico apresentado para justificar ausência na sessão extraordinária, e que não garantiu qualquer benefício ao petista. Schefer diz que o colega estava em uma praia catarinense durante o período de cinco dias de repouso domiciliar previsto no documento.

Deu um tiro no pé. Ele mesmo foi visto na praia em ano anterior, enquanto deveria estar se recuperando de uma hérnia, conforme descrevia um atestado médico que lhe garantiu remuneração de R$ 1,3 mil.

Ademais, vale lembrar que o plenário não é palanque para denúncias pessoais. Vereadores não são pagos para isso. Na câmara, devem avaliar ações para o bem da comunidade.

infinitas. Cotas parlamentares, dezenas de assessores, aposentadorias especiais, auxílio para comprar roupas, para a saúde.

Diárias.

No ano passado, a Câmara Federal custou aos brasileiros a colossal cifra de R$ 85 milhões por mês. Além do salário de R$ 33,7 mil, os parlamentares têm direito a ajuda de custo, cotão, auxílio-moradia, e verba de gabinete para até 25 funcionários.

Isso que o 14º e o 15º salários foram extintos em 2013. Mas as mulheres dos deputados podem viajar com passagens pagas pela câmara. Uma desonra.

Para ficarmos mais próximos, não é possível acreditar em falta de recursos com tantos contratos suspeitos de superfaturamento aqui mesmo no Vale do Taquari.

A última suspeita recai sobre as obras de pavimentação do PAC, em Lajeado, cujo sobrepreço pode chegar a R$ 2,4 milhões.

Dinheiro suficiente para manter, por exemplo, todos os postos de saúde da cidade atuando em horário normal, e não só até 13h30min, como está posto hoje.

Mas enfim. São as prioridades dos nossos agentes.

Por essas e outras, e também por você trabalhar quase meio ano apenas para quitar os tributos compulsórios, não há como faltar dinheiro no Brasil. O que falta é vergonha na cara.

O governo de Lajeado pode aproveitar a aptidão com contratos emergenciais para o bem comum, e garantir mais agentes epidemiológicos. O Ministério da Saúde cobra, de municípios não infestados, um para cada 6,7 mil imóveis. Lajeado tem cinco profissionais – uma sexta está de licença-médica –, e mais de 50 mil imóveis, sem contar terrenos baldios, áreas verdes e afins. É preciso mais para evitar desvio de função de outros servidores. A Sesa já anuncia a contratação de três.

Tiro Curto – Os vereadores de Lajeado já decepcionaram seus eleitores – não todos, claro – ao rejeitarem a CPI do Cartel do Lixo, em 2015. Agora, emerge o suposto superfaturamento nas obras de pavimentação do PAC. E aí?

– Prefeito de Estrela impressionou pela quantidade de contratações emergenciais durante seus três primeiros anos de governo. Em 2016, inicia novamente escolhendo a dedo os pedreiros, marceneiros, enfermeiros, operadores de máquina, entre outros. Todos cargos próprios de concurso público; – Novo capítulo na novela envolvendo o ex-presidente Lula e um triplex construído pela OAS. Conforme palavras do vereador de Estrela, Paulo Floriano Scheeren, durante a sessão de segunda-feira, o imóvel fica no Rio de Janeiro, e não no Guarujá, em São Paulo; – Sobre atrasos nos pagamentos de contas de água, luz e telefone, o governo de Lajeado informa: “O principal problema ocorre com a telefonia. Dia 2 de fevereiro, por exemplo, chegaram os boletos vencidos em 25 de janeiro. Em várias ocasiões, os Correios foram informados. Como não houve solução, especialmente dos boletos de telefone, Secretaria de Administração e Assessoria Jurídica avaliam como proceder”; – São tantos investimentos no modal hidroviário da região que eu esqueci que o diretor de Hidrovias da Superintendência de Portos e Hidrovias do Estado (SPH) é do Vale do Taquari; – Barrigada: na semana passada, afirmei que o atendimento na prefeitura durante o turno único em Lajeado vai até as 14h.

Cobrei, de forma injusta, a falta de suporte entre 13h30min e 14h. De fato, o expediente interno acaba às 13h30min. Boa quinta a todos!

“É muito mais honesto estar nu do que usar roupas transparentes.”

Erasmo de Roterdã

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A HORA · QUINTA-FEIRA, 4 DE FEVEREIRO DE 2016

Município organiza doação de sangue

Cidades

COLINAS – Em apoio à campanha de doação de sangue, a Secretaria da Saúde pretende levar um grupo de moradores ao Hemovale para fazer o procedimento.

Pessoas interessadas em doar podem se in-

screver na Unidade Básica de Saúde, onde receberão tas recomendações necessárias.

Assim que o número de interessados for suficiente, a secretaria levará os doadores a Lajeado.

Juiz impõe investigação sobre denúncias MP e PF apuram suposta propina oferecida por ex-secretário municipal RODRIGO MARTINI

Lajeado

O

Ministério Público Eleitoral (MPE) da Comarca de Lajeado foi intimado pelo juiz eleitoral a abrir uma investigação para apurar as denúncias feitas pelo vereador, Delmar Portz (PSDB), durante a sessão da câmara de vereadores realizada nessa terça-feira.

Segundo o parlamentar, um ex-secretário do governo municipal teria oferecido R$ 10 mil para que um candidato tucano desistisse de concorrer em outubro.

Um ofício em nome do parlamentar foi encaminhado ao Judiciário lajeadense, solicitando ainda a atuação da Polícia Federal (PF) durante as eleições. O documento ainda não foi entregue ao juiz eleitoral. Mesmo assim, ele determinou abertura do processo investigatório. “Não é preciso chegar esse ofício. Pelo conhecimento do fato, exposto na mídia, posso determinar a investigação”, comenta o magistrado.

Segundo Johnson, o trabalho dos investigadores será o de buscar

Juiz Johnson alerta para a gravidade das denúncias de Delmar Portz (PSDB) e comenta. “Espero que sejam sérias”

indícios e elementos que possam comprovar ou não os fatos denunciados pelo vereador. “Eu espero que sejam denúncias sérias, caso contrário, o parlamentar corre risco de pena por denunciação caluniosa”, adianta o juiz eleitoral.

Para ele, a participação do MPE, sob coordenação do promotor de Justiça, Carlos Fioriolli, e da PF tem como objetivo garantir “a igualdade e o equilíbrio nas eleições.”

O magistrado reitera a gravidade das denúncias. Lembra que fa-

tos semelhantes já ocorreram em pleitos anteriores, e culminaram na prisão de agentes públicos. Alguns deles cumprem pena, hoje, no Presídio Estadual de Lajeado.

Responsável pela denúncia, Portz não cita o nome do suposto

ex-secretário que teria aliciado com propina um correligionário do PSDB. Na sessão de terça-feira, disse apenas “não se tratar de Adi Cerutti”, ex-secretário de Obras (Sosur). Além dele, Eduardo Gomes, Marquinho Lang, Jolci Bolsi, Nelson Noll e Ricardo Giovanella também deixaram a administração durante a atual gestão.

Portz disse apenas que, além de um ex-secretário, duas pessoas teriam ido junto até a residência do futuro candidato tucano para oferecer propina de R$ 10 mil em troca da desistência do pleito.

Para ele, o fato teve como principal objetivo enfraquecer o PSDB. A partir da determinação do juiz, e com prazo inicial de 30 dias para conclusão, o MPE e a PF serão responsáveis pelo processo.

O vereador será ouvido, assim como as prováveis pessoas indicadas pelo denunciante. O juiz não soube precisar em quais crimes os supostos envolvidos podem ser enquadrados. Diz apenas que podem ser configurados, entre outros, crimes eleitorais e de corrupção ativa.

CPI das próteses pede o indiciamento de sete pessoas Estado Depois de seis meses de trabalho, os parlamentares da CPI das Próteses aprovaram por unanimidade o relatório final da Comissão, elaborado pelo deputado Enio Bacci (PDT). O deputado pediu o indiciamento de sete pessoas: a advogada Nieli de Campos Severo, os médicos Ernani Vianna de Abreu, Evandro Bastianello Porto, Antônio Carlos Marques Castilho e Fernando Sanchis, e os empresários, Larson Hermílio Strehl, proprietário da Prohosp, e Luiz Souza Fidelix, proprietário da Intelimed.

Os suspeitos foram enquadra-

EVELYN BERNDT

dos pela prática de crimes como estelionato, fraude ao Judiciário, falsificação de documento, falsificação ideológica, lesão corporal grave, além de falsificação e adulteração de produtos com fins terapêuticos, esse considerado crime hediondo, que prevê pena de dez até 15 anos.

Para o relator, pelo artigo 273 muda totalmente a situação dos envolvidos. “Até hoje em nenhum momento houve o enquadramento neste artigo, de falsificação ou adulteração de produtos com fins terapêuticos, considerado crime hediondo. Como consequência, dificilmente o instituto da prescri-

ção vai ser empregado para que haja impunidade”, destaca Bacci.

Além dos pedidos de indiciamento, o relatório recomenda uma série de iniciativas, como: mudanças no Código Penal para a criminalização da prática de corrupção no setor privado; um projeto de lei estadual que obrigue as empresas da área da saúde a adotarem um programa de revisão fiscal, garantindo assim ações em conformidade com as leis.

Após a aprovação do relatório pelo Plenário da Assembleia Legislativa, o documento será encaminhado para o Ministério Público e Polícia Federal.

Relatório final sobre a CPI das próteses foi aprovado por unanimidade

A HORA 路 QUINTA-FEIRA, 4 DE FEVEREIRO DE 2016

Cidades

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Bancada gaúcha tenta retomar duplicação Parlamentares prometem transferir recursos para impedir suspensão da obra LUÍS HENRIQUE KITTEL/DIVULGAÇÃO

Vale do Taquari

D

eputados e senadores gaúchos decidem intervir nas obras de duplicação da BR-386. Em reunião com prefeitos da região e representantes do Dnit, os parlamentares levantaram a possibilidade de realocar uma emenda de R$ 25 milhões para assegurar o término da construção.

A reunião ocorreu ontem à tarde, em Brasília, com a presença do diretor-geral do Dnit, Valter Casemiro Silveira, e do superintendente do órgão no estado, Hiratan Pinheiro da Silva.

O presidente da Amvat e prefeito de Westfália, Sérgio Marasca, expôs a situação da rodovia aos presentes. “A necessidade é urgente e o valor é irrisório diante do que já foi gasto na obra”, alega. Antes da reunião, Marasca visitou os gabinetes dos representantes gaúchos para pedir apoio à demanda.

Os representantes do Dnit informaram que apenas R$ 2 milhões estão previstos para a obra no orçamento deste ano. Para completar os cerca de dez quilômetros restantes, seriam neces-

Emenda de R$ 25 milhões assinada por deputados e senadores gaúchos pode assegurar conclusão da obra

sários R$ 19 milhões.

Diante da negativa de recursos por parte da União, a bancada gaúcha tentará realocar uma emenda de R$ 25 milhões que seria utilizada na segunda fase da obra, no trecho entre Carazinho e Iraí. De acordo com o líder da bancada, Giovani Cherini (PDT), o objetivo é retomar os trabalhos o quanto antes para evitar a desmobilização do canteiro de obras.

“Se o maquinário chega a ser retirado, além de ser mais difícil

de reiniciar os trabalhos, também haverá aumento nos custos”, afirma. Segundo ele, caso a medida seja possível, uma nova emenda deve ser elaborada para abranger o trecho entre Carazinho e Iraí.

Emendas para 2016 Composta por 31 deputados federais e três senadores, a bancada gaúcha apresentou 20 emendas para o exercício deste ano.

As áreas beneficiadas são saúde,

infraestrutura, educação e segurança pública.

Entre as medidas, estão a alocação de recursos para o fortalecimento da UERGS e apoio aos polos tecnológicos das universidades gaúchas e para a elaboração de projeto para a construção da Ferrovia Norte Sul.

Problema antigo A duplicação de 33,4 quilômetros da BR-386 iniciou em novembro de 2010, com previsão de

término para julho de 2013. Na época, a obra foi orçada em R$ 150 milhões, mas atrasos e um impasse com a Funai ampliaram o valor.

Para que a obra fosse autorizada, o Dnit se responsabilizou pela remoção de famílias caingangues que viviam em um trecho de 1,3 quilômetro às margens da rodovia. A Funai condicionou a duplicação à construção de uma nova aldeia. O acordo foi determinado em julho de 2010 pelo Plano Básico Ambiental (PBA).

Orçada na época em R$ 462 mil, a aldeia deveria ser entregue em julho de 2013, mas ainda não está concluída. O edital para a obra foi finalizado em novembro daquele ano, alcançando um valor total de R$ 8,5 milhões. Mesmo assim, em novembro do ano passado, a Funai liberou os trabalhos da duplicação no trecho.

O corte de recursos do PAC anunciado em janeiro pelo governo federal paralisou a obra novamente, 91,6% concluída.

Ao todo, 22 dos 33,4 quilômetros previstos, entre Bom Retiro do Sul e Tabaí, estão prontos e liberados desde 2014 para o tráfego de veículos.

Municípios alteram atendimento no feriado de Carnaval Vale do Taquari Os Executivos de Estrela, Santa Clara do Sul e Colinas confirmam ponto facultativo nas próximas segunda e terça-feira. O retorno do atendimento ocorre na

Quarta-Feira de Cinzas. Em Estrela, os postos de saúde também estarão fechados na segunda e terça, mas voltam com o atendimento normal na quarta-feira de manhã.

Na rede municipal de ensino, as escolas também atendem normal-

mente a partir de quarta-feira de manhã. A Secretaria da Agricultura manterá plantão de veterinário e inseminador durante todo o período de Carnaval. Os chamados devem ser feitos até as 9h pelo 3981-1055. O recolhimento de lixo

doméstico será normal durante todo este período, obedecendo ao cronograma estabelecido.

Colinas. Para atendimento de urgência ou emergência em saúde, os moradores poderão contatar os plantões da Unidade

Básica de Saúde pelos 9987-6701 ou 8334-4020.

Santa Clara do Sul. A Unidade Básica de Saúde estará fechada até quarta-feira. Haverá plantão para casos de emergência (fones 99718595 e 8918-6089).

Cidades

A HORA · QUINTA-FEIRA, 4 DE FEVEREIRO DE 2016

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MPF questiona exigência de simuladores Inquérito apura criação de norma por parte do Conselho Nacional de Trânsito ANDERSON LOPES/ARQUIVO

País

a 66%. No ano passado, atingiu o maior índice já verificado no estado, alcançando 70%.

O

brigatórios no país desde janeiro deste ano, os simuladores de direção são alvos de investigação do Ministério Público Federal (MPF).

A promotoria verifica as circunstâncias para criação da regra, que obrigou as autoescolas a comprar equipamentos com custo estimado em R$ 40 mil e encareceu o valor das CNHs. A medida estabelecida pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) é alvo de diversas ações judiciais por parte dos CFCs. Para a promotoria, houve flagrante inconstitucionalidade e ilegalidade na exigência. O MPF agora quer saber as motivações da decisão do Contran.

No RS, os simuladores são exigidos desde 2014. Desde então, mais de 1,3 milhão de aulas no equipamentos ocorreram. Conforme o Detran, todos os 273 CFCs do estado têm ao menos um aparelho.

O auxiliar de produção Maicon de

Abuso de competências

Desde 2014, o uso de simuladores de direção é obrigatório nos CFCs do RS

Castro, 20, tirou a carteira de motorista em 2014, ano em que a norma se tornou obrigatória. Para ele, o equipamento eletrônico serviu apenas para aumentar os custos do documento.

“Não ajudou em nada, pois é muito diferente da vida real”, aponta. Segundo Castro, o equipamento mais parece um vídeogame do que um simulador de direção, devido à falta de conexão com sensações de dirigir um carro.

Após a instituição da medida, o preço para obter a CNH na categoria B, para carros, passou de R$ 1.131 para R$ 1.611. Hoje, o valor chega a R$ 1.959. Apesar de representar mais aulas, a exigência não alterou os níveis de aprovação nos exames de direção.

Em 2013, 65% dos cerca de 19 mil candidatos que realizaram o teste no Vale do Taquari foram reprovados no exame. Em 2014, o percentual de reprovações chegou

Para o MPF, a determinação do Contran extrapola a competência do órgão, discriminada no Código de Trânsito. Para a promotoria, houve abuso do poder de regulação e violação dispositivo constitucional da legalidade estrita, segundo a qual ninguém é obrigado a fazer ou deixar de fazer algo não previsto em lei.

O MPF diz ainda que o tema já foi discutido e rejeitado no Congresso Nacional. Projeto enviado para a Câmara em 2014 foi considerado inconstitucional pelos parlamentares. Segundo o órgão, faltam estudos para sustentar a alegação do Contran de que os simuladores contribuem para reduzir o número de acidentes.

Conforme a promotoria, não é a primeira vez que o Contran extrapola suas atribuições. Um dos ca-

sos apontados foi a obrigatoriedade dos kits de primeiros socorros, determinada em 1998 e abandonada em abril do ano seguinte.

O MPF enviou ofício ao presidente do Contran, Alberto Angerami, pedindo explicações sobre as informações utilizadas para editar a resolução. A resposta deve ser encaminhada no prazo de dez dias úteis.

Sindicato aprova medida Para o presidente do Sindicato dos CFCs, Edson Luís da Cunha, os equipamentos permitem simular situações de trânsito adversas impossíveis de reproduzir nas aulas práticas. Para ele, o ambiente controlado do aparelho representa menos risco aos alunos iniciantes.

Governo decide desligar termelétricas e tarifa reduz em março País O governo federal decidiu ontem desligar as usinas térmicas com custo de geração acima de R$ 420 por megawatt-hora (MWh). O fato permite que, a partir de março, seja adotada a bandeira amarela no sistema de tarifas, o que significa acréscimo de R$ 1,5 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

Hoje, a bandeira aplicada é a vermelha, com acréscimo de R$ 3 a cada 100 kWh. A decisão permite

o desligamento de sete usinas térmicas com capacidade de geração de cerca de 2 mil megawatts em geração térmica a partir de março.

Segundo o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, a medida ocasiona uma redução do custo do setor elétrico de R$ 720 milhões por mês em 2016. Ele disse que é possível ser adotada em abril a bandeira verde, na qual não é cobrado nenhum adicional na conta de luz. “Essa decisão é absolutamente segura para que possamos

chegar em novembro com uma capacidade de armazenamento de energia bem melhor do que em novembro de 2015.”

Segundo Braga, a queda da tarifa neste ano deve ser de, pelo menos, 7%, levando em conta também a redução do valor da Conta de Desenvolvimento Energético, aprovada nessa terça-feira pela Aneel.

Em agosto, o CMSE já tinha determinado o desligamento de usinas térmicas com custo de

geração acima de R$ 600 MWh. A medida permitiu que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) reduzisse o valor da bandeira tarifária vermelha de R$ 5,50 para R$ 4,50 para cada 100 quilowatts-hora consumidos.

A decisão foi tomada após análise do comitê de que a situação dos reservatórios das hidrelétricas está mais favorável. De acordo com dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o nível dos reservatórios do Subsiste-

ma Sudeste/Centro-Oeste, que é responsável por cerca de 70% do armazenamento de água para geração de energia no país, está em 45% hoje. Em fevereiro do ano passado, o nível estava em 20,5%.

Segundo O CMSE, o risco de déficit de energia no país é zero nos subsistemas analisados.

Com a falta de chuvas registrada nos últimos anos, o governo vem mantendo a maior parte das usinas termelétricas acionadas para garantir que não falte energia

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2011

2013 Quase dois anos se passaram quando, em março de 2013, o governo federal confirmou Lajeado como uma das contempladas pelo PAC 2. Em 21 de agosto daquele ano, a câmara de vereadores aprovou lei autorizando o convênio para financiamento com a CEF. Na época, a contrapartida do município estava orçada em R$ 980 mil.

O então secretário de Obras (Sosur), Mozart Lopes, encaminhou proposta para habilitar o município a receber R$ 15 milhões do governo federal, dentro do PAC 2, para pavimentação de vias de acesso aos bairros de Lajeado. Na época, o município havia custeado todo o projeto técnico necessário para realização das obras.

OBRAS DE R$ 20,5 MILHÕES DO PAC

MPF pede a suspensão.

Caixa pode rever decisão

Em jane rem aut para a r crédito. de licita

A pavimentação de trechos em 14 vias municipais corre risco de suspensão. O relatório da engenheira do Ministério Público Federal (MPF) aponta sobrepreço de 17,6% em parte dos valores repassados pela União. Procurador da República pediu, em janeiro, suspensão temporária dos serviços. Administração municipal contesta suposto superfaturamento dos serviços, e CEF poderá retomar os repasses ao consórcio de empresas Lajeado

A

Superintendência de Negócios de Governo da Caixa Econômica Federal (CEF) suspendeu, no dia 15 de janeiro, os repasses destinados às obras de pavimentação pelo PAC. Decisão amparada pela divergência demonstrada em um laudo realizado pela engenheira civil do MPF, Elza Conrado Jacintho. No documento, finalizado em 14 de dezembro, aponta superfaturamento de, pelo menos, R$ 2,4 milhões.

No dia 27 de janeiro, a administração foi notificada pelo MPF para que, em um prazo de até dez dias úteis, se manifestasse a respeito das incongruências verificadas no laudo pericial. O prefeito ainda não se manifestou. No entanto, já encaminhou defesa junto à CEF. Extraoficialmente, o Executivo informa ter recebido, em 29 de janeiro, a confirmação de que os repasses serão normalizados em breve.

Hoje, as obras estão paradas. Con-

forme o laudo da engenheira civil, foram verificados 28 itens com sobrepreços na planilha de custos do contrato firmado entre município e o consórcio Construtora Giovanella – Coesul. A análise verificou os itens mais caros, de maneira decrescente, até atingir 80% do total do orçamento. A técnica de avaliação é conhecida como “diagrama de pareto”.

Todos os valores foram comparados com a tabela do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), divulgada todo mês no site da CEF. Entre os 28 itens verificados, estão o concreto betuminoso usinado, a execução de base de brita, a calçada de concreto, o meio-fio, o transporte de brita, a escavação mecanizada, reaterro de valas, assentamento de tubulação, pintura de ligação e compactação de aterro.

O relatório da engenheira civil avaliou R$ 16,3 milhões – ou 80% – do total de R$ 18,5 milhões de repasses da União previsto para

a obra. Para o MPF, esse montante poderia ser reduzido a R$ 13,9 milhões. A análise coordenada pelo procurador da República e responsável pelo MPF em Lajeado, Cláudio Terre do Amaral, não levou em conta os quase R$ 2 milhões de

Pedi para não assinar empenho, e o prefeito assinou por conta dele.

Adi Cerutti Ex-secretário de Obras

contrapartida do município.

Hoje, cerca de 32% do total de R$ 20,5 milhões previstos para a conclusão das obras em 14 vias municipais já foi repassado ao consórcio.

Além dos valores, o MPF questiona a forma de fiscalização dos serviços. Pelo edital, o pagamento deveria ocorrer por item unitário. No entanto, a administração municipal estaria insistindo em pagar por preço global.

O laudo pericial do MPF também vai investigar se há, no projeto executivo, qualquer indício de direcionamento da contratação para o consórcio vencedor do processo licitatório. Desde a assinatura do convênio entre município e CEF, ainda em 2013, a licitação para os serviços foi suspensa por três vezes antes da homologação.

Demais apontamentos O relatório do MPF aponta uma série de outros problemas nas obras.

Além do suposto sobrepreço, a perícia verificou diversos serviços que

não estavam sendo realizados em conformidade com o contrato. Entre eles, ausência de equipe de topografia para quantificação de volumes de terra, “de modo que não tem sido realizada qualquer medição dos volumes de terraplenagem.”

Também consta no documento que as soluções previstas no contrato “têm sofrido alterações sem formalização dessas por meio de aditamentos ao contrato.” Ainda, não estaria sendo exigido do consórcio “ a execução de controle tecnológico para liberação de serviços executados, em especial, a verificação da densidade dos aterros.”

A engenheira civil cita algumas possíveis omissões verificadas no projeto executivo. Entre elas, ausência de previsão de quais tipos de solo e rochas seriam encontrados nas escavações das valas para as redes de drenagens, e “com quais materiais deveriam ser realizados os reaterros dessas valas.” O MPF verificou ainda trechos de obras sem sinalização, e funcionários sem EPIs.

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Reportagem: Rodrigo Martini ANDERSON LOPES

2014

eiro, Executivo e CEF recebetorização do Tesouro Nacional realização da operação de . A previsão era lançar o edital ação em maio daquele ano.

Parecer do MPF sobre interrupção das obras foi confirmado nessa terça-feira.

2015

Superfaturamento O ex-secretário de Obras, Adi Cerutti, foi o responsável pelas denúncias encaminhadas ao MPF em setembro. Segundo ele, na época, a empresa contratada estaria cobrando mais de R$ 1 milhão em serviços não realizados.

“Entre eles, implosões de rochas, onde nenhum tiro foi dado.” Cerutti questionava o conteúdo de cinco notas fiscais apresentadas pela empresa. Uma reunião foi realizada no gabinete do prefeito, onde fiscal da prefeitura e empresário quase teriam brigado. Após, em novo encontro realizado na sede da CEF, em Novo Hamburgo, três engenheiros da Caixa teriam pedido para ele pagar, independente dos questionamentos. O ex-secretário então se negou a assinar tais empenhos. “O prefeito assinou por conta”, sustenta.

Ainda de acordo com Cerutti, a administração, a pedido dos empresários, teria retirado o fiscal indicado por ele das obras.

No dia 20 de fevereiro, a licitação para contratar a empresa responsável pelas obras foi suspensa pela segunda vez em menos de quatro meses. Mais de 15 empresas estavam previamente habilitadas. Na ocasião, as razões do Executivo foram diferentes das justificativas apresentadas em novembro. O deferimento parcial atendeu três pedidos de impugnação, solicitando reequilíbrio das planilhas orçamentárias e readequação do cronograma de execução dos serviços. Antes, a razão teria sido a implantação do turno único.

Em 30 de abril, após a terceira licitação, o edital foi homologado, e o Executivo assinou contrato com o consórcio formado pelas empresas Construtora Giovanella e Coesul. O valor ficou 8% acima do preço referência do edital.

Apenas o consórcio participou do processo licitatório.

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A HORA · QUINTA-FE

IRA, 17 DE SETEMBRO

Cidades

No dia 17 de setembro, em matéria publicada pelo jornal A Hora, o então secretário de Obras, Adi Cerutti, reclamou de cobranças indevidas por parte do consórcio. Segundo ele, notas fiscais estariam superfaturadas.

Antes disso, ele havia avisado o prefeito, que teria insistido para que os pagamentos fossem efetuados. Duas semanas depois, o MPF abriu inquérito para investigar as denúncias.

DE 2015

Canalização é substitu ída na

LAJEADO – A Sosur iniciou a canalização pluvial na rua Dona Leopoldina, no Florestal. O serviço deve levar cerca de 20 dias.

Cerca de 200 canos de concreto armado com 30 cm de diâmetro substituirão os

Secretário question

a empenhos do PAC

Notas cobram traba Lajeado

rua Dona Leopoldina

antigos, dessa vez, sob a via de rolamento, no trecho entre a av.

BR-386. A etapa seguintedos Quinze e a se dará com a reposição dos paralelepíped os por onde a canalização passar.

lhos ainda não realiz ados em asfaltamen

to, diz Adi Cerutti

A

s obras de R$ 23 RODRIGO MARTINI milhões do PAC em isso na usina.”

14 vias municipais Uma notificação gefoi encamiram divergências nhada ao setor jurídico do gointernas na administração verno para cobrar, municipal. Responsáve da empresa, o envio das informaçõe l calização, o secretário pela fiss referentes aos serviços de Obras, Adi Cerutti, não prestados. “A assinou a autoGiovanella está rização de pagamento executando, fiscalizando, e e suspeicobrando ta de superfatura mento das plaobra.” Para o secretário, pela nilhas de gastos a emapresentadas presa contratada pela Construtora descumpre o Giovanella. contrato firmado.

De acordo com levantamento apresentado por Cerutti, a empresa contratada estaria cobrando mais de R$ 1 milhão em serviços previstos em diversas Acompanhado do vias do município. fiscal desig“Alguns sernado para a obra, viços nem serão Carlos feitos”, afirma do prefeito Luís Fernando Jaeger, o secretário. Entre Schmios itens quesdt, do vice-prefeito tionados, implosões , Wilson Jacde ques, e do secretário escavações, transporte rochas, Secretário de Governo, de Obras, Adi Cerutti Auri Heisser, Cerutti de carreitera que não autorizará gas e assentamen participou to de canos. pagamentos por serviços de reunião na sede Cerutti questiona não realizados pelo da CEF, em consórcio o conteúdo Novo Hamburgo. pelo preço global, e não de cinco notas fiscais pelo ser- asfáltico Três auditores da viço já realizado. na av. Benjamin tadas pela empresa apresenCaixa tamSe for assim, no tant, entre a Padaria Cons- bém estavam presentes. então não precisamos deste mês. “As planilhas dia 3 “Lá, me Suíça e disseram fiscalizar. a agência estão Entrega logo os que é preciso pagar do Sicredi do superfaturadas, R$ 20 milhões o com itens que Florestal, foi aplicado bairro preço global, e não os para a empresa”, sequer foram feitos”, serviços já desabafa o sereitera o calização municipal. sem fis- realizados. Nunca vi cretário, reiterando secretário. isso. Saí de “Não sa- lá antes que não as- bemos sinará a liberação mesmo do fim da sequer quantas Cita como exemplo dos recursos. das reutonela- nião”, as obras comenta. “Não vou de asfalto foram A reportagem encaminhou na rua Romeu Júlio utilizadas. assiques- Não há Scherer, entões ao gerente ninguém verificando nar. É dinheiro do nosso impostre os bairros Planalto da Construtora to. Só pago por serviço e Olarias.

Giovanella, mas “Cobram R$ 80 mil feito.” até o fim desta por detonaedição não houve ções, mas nenhum resposta. tiro foi dado lá. Basta perguntar para EXECUTIVO MINIMIZ quer morador próximo.” qualA Conforme o secretário, O secretário também há pelo menos 12 dias as Em nota encaminha senta supostas incongruênapreobras da se a empresa foi cias à reportagem, faltamento em algumas de asnas notas fiscais notifio governo dos cada após a reclamação municipal argumenta município são realizadas vias do realizados nas ruas serviços que apresentad sem a a única mudança Linus Lotpresença de um fiscal termann, Wilma ocorrida Executivo a pela Sosur. O do municífoi a designação Gertrudes também não espio. “Quero ver quem de outro Lottermann , ambas clarece o motivo vai assinar engenheiro para no bairro da ausênesses pagamentos fiscalizar Bom Pastor, Pedro cia de fiscal monitorand ”, questiona. as obras. Segundo Petry, no o o texto, as obras Cerutti afirma que Universitár io, e o profissional em setembro. o gerente Eugênia Melo indicado da empresa “não Conforme a nota de Oliveira Kirchein, inicialmente “não aceita encaestava também indicado pela Sosur. o fiscal minhada pela conseguindo efetivar no Bom Pastor. assessoria “Indiquei o de comunicaçã pois é da minha trabalho a contento.”

Nessas vias, os o, “tudo confiança, valores suvem sendo feito para buscar economicid Questionado sobre postamente cobrados dentro do o ade no que estabelecem a mais pagamento, o processo.” o procespela empresas ultrapassam governo so licitatório e o não soube precisar R$ O secretário reclama contra100 mil. se to, e todas as planilhas da falta pretende pagar de informaçõe os serviços “Dizem que devemos Adi Cerutti s relacionadas aos passaram pela não realizados. análise da pagar Da mesma CEF, serviços prestados.

Secretário de Obras que também fiscaliza forma, não respondeu De acordo com ele, todo o as obras.” recapeamento

Reunião em Novo Hamburgo

Dizem que devemos pagar pelo preço global [...].

Se for assim, então não precisamos fiscalizar. Entrega logo os R$ 20 milhões para a empresa.

Obras sem fiscalização

“HÁ EQUÍVOCO NO ENQUADRAMENTO DA TABELA SINAPI” De acordo com o assessor jurídico, Juliano Heisler, há um equívoco no enquadramento feito pela perita em alguns itens da tabela do Sinapi.

Segundo ele, o valor contratado está 8,81% acima dos valores previstos no sistema nacional. “Mas a técnica considerou, em seu laudo, as regras de repasse da União. E elas não se

aplicam a financiamentos do FGTS, que é o caso, que aceita diferença de até 10%.”

Conforme o advogado, as questões relativas à fiscalização serão ajustadas pelo município, como os questionamentos sobre a topografia das obras, e a notificação sobre EPIs. “Além disso, a administração reco-

nhece a execução por empreitada individual, e não global.” A reportagem tentou contato com o secretário de Governo, Auri Heisser. De férias, ele deve retornar ainda nesta semana. A reportagem tentou contato com o responsável pelo consórcio, Nilson Giovanella, mas não obteve resposta até o fim desta edição.

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Cidades

Município divulga calendário Estrela Os talões de produtor rural devem ser apresentados na Secretaria da Agricultura a partir do próximo dia 11.

Entre os dias 11 e 17, serão atendidas as localidades de Arroio do Ouro, Chacrinha, Linha Figueira, Linha Delfina, Linha São Luiz e São João do Bom Retiro. De 18 a 26, será a vez dos produtores de Glória, Porongos, São Jacó e Santa Rita.

Dos dia 29 de fevereiro até 8 de março, as datas são reservadas para Linha Wink, Novo Paraíso e Linha Lenz. De 9 a 17 de março, para Linha Geraldo Alta, Linha Geraldo Baixa, Costão, Linha Wolf, Linha Beija-Flor, Linha Santo Antonio, Roncador e Linha São José.

Entre 18 e 25 de março, os produtores da sede e os que ainda não tiverem apresentado talão serão atendidos.

De acordo com a secretaria, os produtores rurais sem movimentação devem comparecer para verificar a situação perante a Receita Estadual.

A secretaria atende no prédio onde estava localizado o Centro de Distribuição da prefeitura, rua 13 de maio. O horário de atendimento é das 8h às 11h30min e das 13h30min às 17h.

A HORA · QUINTA-FEIRA, 4 DE FEVEREIRO DE 2016

Plantação de aipim diminui 100 hectares em apenas um ano Referência regional, município percebe queda anual na produção GIOVANE WEBER

melhorar a estabilidade econômica das propriedades. “Diversificar ajuda a incrementar o lucro.” No caso do aipim, para garantir melhor preço ao produto, aconselha o beneficiamento da raiz ou a venda para agroindústrias instaladas na cidade. Antoniolli destaca a dificuldade de organizar grupos para buscar novas tecnologias, negociar preço mínimo e abrir no-

Família Diehl diminui o cultivo devido à dificuldade de fazer a colheita

Cruzeiro do Sul

A

falta de mão de obra, instabilidade no preço e a ausência de máquinas para auxiliar no serviço da lavoura refletem na diminuição da área plantada.

Conforme dados da Emater, dos 700 hectares plantados no ciclo anterior, o espaço destinado para a raiz encolheu para 600 nesta safra. “A idade avançada, a falta de sucessores, queda na produtividade devido ao ataque de pragas e o valor baixo pago pelo quilo desmotivam o produtor a seguir na atividade”, comenta o técnico em Agropecuária Maurí-

cio Júnior Antoniolli.

Com a oferta menor, produtores preveem aumento no preço pago pela caixa de 22 quilos. A estimativa é de chegar a R$ 35 na Ceasa, destino de 80% da matéria-prima colhida na cidade – a quarta maior fornecedora da raiz no estado à central de abastecimento.

Segundo Antoniolli, a soja, produção leiteira e hortigranjeiros são alternativas que ganham espaço no meio rural. Com boa valorização no mercado e relevo plano, ideal para uso de máquinas, a soja saltou de 3,1 mil hectares para quatro mil.

Para ele, a rotação de culturas é essencial para preservar o solo e

vos mercados.

Além da área reduzida, a produtividade para esta safra foi comprometida pela atuação do fenômeno El Niño. O excesso de umidade favoreceu o aparecimento de pragas e doenças como a bacteriose, que faz as plantas murcharem. A estimativa é de colher até dez toneladas por hectare.

“A saída é diversificar” Após 17 anos, a lavoura de aipim deixará de ser a principal atividade econômica na propriedade da família Diehl, em Linha Sítio.

No próximo ciclo, iniciam o cultivo de repolho, abóbora e milho-verde. “Reduziremos em 50% a área”, projeta Marinês.

Com problemas na coluna, provocados pelo trabalho braçal, ela e o marido Ireno investem em culturas em que a necessidade de mão de obra é menor. “De nada adianta o preço chegar aos R$ 35, se colhermos menos por hectare e se não tivermos opção de maquinário para a colheita, etapa

mais judiada.”

Nesta safra, a cultura ainda ocupa oito hectares. As primeiras raízes começam a ser colhidas em março. O excesso de umidade prejudicou o desenvolvimento das plantas. “Por pé, serão aproveitadas apenas três raízes.

O normal seria sete.”

O beneficiamento da raiz estava entre os projetos da família, no entanto, esbarrou no alto investimento para legalizar o empreendimento.

Para Marinês, os produtores deveriam se unir e criar uma associação, uma das saídas para negociar preço, buscar novos clientes e tornar a cultura mais rentável.

Licitação define empresa para asfaltamento de rua no centro RAFAEL SIMONIS/DIVULGAÇÃO

Santa Clara do Sul A rua Silvestre Adolfo Gregory, uma das vias secundárias mais movimentadas do centro, entre as avenidas 28 de maio e Emancipação, será asfaltada. O investimento alcança R$ 573 mil. A Construtora Giovanella venceu a licitação.

A pavimentação será realizada por meio do sistema comunitário, no qual o município custeia 30% do valor da obra e o restante é de responsabilidade dos moradores. O asfaltamento terá 401 metros de extensão e 14 metros de largura. O projeto

também prevê a construção de calçada em ambos os lados da via.

De acordo com o prefeito Fabiano Immich, com mais essa obra o Executivo somará quase R$ 4 milhões de investimentos em pavimentação nos últimos três anos, tudo com dinheiro próprio.

“Essa é uma das prioridades do nosso governo: levar qualidade de vida tanto ao centro quanto ao interior.” Ele salienta que a Silvestre Adolfo Gregory é a única rua que dá acesso ao primeiro loteamento regularizado do município, o Santa Clara, que ainda não tem pavimentação.

Moradores comemoram Berenice Schwertner, 45, é uma das moradoras mais entusiasmadas com o asfaltamento. Ela reside na rua faz cerca de oito anos e prevê vários benefícios a partir da obra. “Não terá mais barro nem poeira. A pavimentação é muito bem-vinda, pois trará mais qualidade de moradia a todos nós.” Nos próximos dias, os proprietários de lotes situados na Silvestre Adolfo Gregory serão chamados para assinar o contrato de adesão com a empresa executora da obra para que, após isso, seja dado início à pavimentação do trajeto.

Além dessa obra, o Executivo

Berenice realça a melhoria na qualidade de vida com o asfaltamento da via

trabalha no asfaltamento de um trecho de 1,7 quilômetro em Picada Santa Clara, entre o Monumento dos Maragatos e a residência de

Edolar Luft, interior do município.

Nova Santa Cruz é outra comunidade a ser beneficiada com pavimentação ainda neste ano.

Cidades

A HORA · QUINTA-FEIRA, 4 DE FEVEREIRO DE 2016

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Reunião expõe fragilidade do policiamento Moradores reclamam de arrombamentos e Brigada Militar realça falta de efetivo CARLOS FLORES

Lajeado

REDE DE MONITORAMENTO

M

oradores do bairro Universitário e autoridades participaram de uma reunião com o intuito de discutir a segurança pública no Loteamento Verdes Vales. O encontro ocorreu na terça-feira à noite, 2, no espaço onde está sendo construído o Salão Comunitário da Igreja Nossa Senhora de Lurdes.

De acordo com o presidente da associação de moradores local, Adão Nunes, um dos motivos do encontro é a série de arrombamentos que ocorreram na região. Nos últimos três meses, indica, mais de dez casas foram invadidas. “As casas estavam sempre vazias ou em horário de trabalho, ou em férias, algumas pessoas tiveram muito prejuízo”, lamenta.

Uma das reivindicações populares é a intensificação da Brigada Militar nas ruas. Segundo Nunes, os vizinhos querem saber o que de fato está sendo feito para garantir a segurança das famílias, e coibir os atos criminosos.

Conforme o comandante da 1ª Companhia da Brigada Militar, capitão Luciano Johann, as dificuldades enfrentadas pelo policiamento são visíveis. Para ele, a atual realidade da corporação é preocupante, em função do

Moradores do Loteamento Verdes Vales cobram patrulhamento, investigação e políticas públicas para garantir segurança

baixo número de viaturas e da diminuição gradativa do efetivo. “Estamos fazendo o máximo que podemos diante desse quadro”, comenta.

Johann revela que em janeiro foram feitas cerca de 27 prisões no município, por crimes como furto, roubo e tráfico de drogas.

E aponta a redução no número de policiais, que se deslocaram para o litoral em função da Operação Golfinho, como fator agravante ao policiamento ostensivo nos bairros.

Para ele, apesar de a cidade contar com três grupos de poli-

ciamento comunitário, um deles cobrindo a região do Verdes Vales, o déficit de pessoal impõe adaptações. Dessa forma, reconhece, os quatro homens que atuam naquela região são deslocados e por vezes não sobra tempo hábil para patrulhamento de rotina. “Eles continuam atendendo as ocorrências nos bairros, a situação voltará ao normal entre o fim de fevereiro e começo de março”, declara.

Investigações Conforme o delegado da Polícia Civil de Lajeado, Juliano Stobbe,

a investigação de crimes graves, como assassinatos, é priorizada.

De modo que os 11 policiais que trabalham hoje no município ficam sobrecarregados.

Para Stobbe, a redução, que fez com que o número de agentes passasse de 104 em 2011 para 54 em 2016, não é o único problema.

A sensação de impunidade, expõe, causada pelo medo que a vítima tem de prestar depoimento, faz com que o número de crimes aumente e menos prisões sejam efetuadas. “Para agora o que pode ser feito é a comunidade se ajudar e nos procurar”, sugere.

Os moradores também cobraram maior clareza e definição com relação ao conjunto de políticas públicas sobre segurança no município.

Ao que o secretário de Segurança Pública e Cidadania (SSPC), Gerson Teixeira, apresentou um sistema de monitoramento comunitário.

Segundo ele, o Programa Vizinho de Olho, que consiste na formação de uma rede de cuidado entre moradores de uma mesma localidade, já foi implantado com sucesso. A ideia é criar uma célula colaborativa, padronizando maneiras de agir evitando que as residências se tornem vulneráveis.

Conforme Teixeira, a fragilidade da legislação também contribuiu para o aumento da criminalidade. Para ele, enquanto a polícia prender e a Justiça soltar o único meio de evitar se tornar uma vítima é a prevenção. “É preciso pressionar o governo para mudar as leis”, conclui.

Inscrições para seleção de servente vão até amanhã Santa Clara do Sul A administração municipal realiza processo seletivo simplificado para contratação temporária de

servente. Os interessados podem se inscrever até amanhã, 5, no Centro Administrativo. O horário de atendimento é das 8h30min às 11h30min e das 13h30min às 16h30min, de se-

gunda a quinta-feira, e das 8h30min às 13h30min na sexta-feira.

O trabalhador contratado terá carga horária de 44 horas semanais e atuará em diversos setores do mu-

nicípio, conforme demanda. É exigida escolaridade até, no mínimo, a 6ª série do Ensino Fundamental.

Caso haja mais de um candidato inscrito, a classificação será

feita por sorteio público, que ocorrerá em 10 de fevereiro, às 10h, no saguão do Centro Administrativo.

Mais informações no Centro Administrativo ou pelo 3782-2250.

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A HORA · QUINTA-FEIRA, 4 DE FEVEREIRO DE 2016

Polícia

Criminosos obstruem ponte e roubam veículo VALE DO TAQUARI – Uma caminhonete, placa IOJ-6869, foi roubada na Ponte de Ferro, ligação entre Lajeado e Arroio do Meio. O crime ocorreu por volta das 21h30min dessa terça-feira. Os ladrões

obstruíram a passagem com pedaços de madeira. Ao parar, a vítima foi surpreendida por dois homens, um deles armado com um revólver. Os ladrões fugiram e não foram mais encontrados.

Polícia investiga abuso contra menores Três casos aconteceram na semana passada, dois cometidos pelo mesmo suspeito FELIPE NEITZKE

BOQUEIRÃO DO LEÃO

A

Polícia Civil (PC) apura três casos de estupro de vulneráveis. Os fatos aconteceram em menos de um mês, segundo relatado pelas vítimas menores de 14 anos.

Um dos casos envolve duas meninas de apenas 5 anos, que foram vítimas de abuso cometido por um homem com idade média de 30 anos. Os atos deixaram a comunidade perplexa.

Segundo o agente de polícia, João Fontela, o primeiro abuso re-

velado por uma das vítimas ocorreu há duas semanas. O Conselho Tutelar foi comunicado e encaminhou o caso à polícia. Durante as investigações, foi descoberta a possibilidade de outra menina também ter sido abusada pelo mesmo homem. Ela foi ouvida pelas conselheiras e contou uma versão semelhante dos fatos apresentados pela primeira vítima.

Segundo o agente policial encarregado do caso, as meninas relataram que o suspeito as tocava nos órgãos genitais. Conforme o testemunho, não houve pene-

tração. Conforme a PC, o suspeito foi ouvido e negou as acusações.

“Nos chama a atenção o fato das duas meninas apresentarem versões muito semelhantes.” O homem é vizinho das vítimas e mantinha convívio com as crianças. “Geralmente o crime de abuso de vulnerável acontece com pessoas próximas do relacionamento familiar. Não posso revelar detalhes”, diz Fontela.

A Polícia Civil não descarta a possibilidade do mesmo homem ter cometido o ato com outras meninas, e alerta as famílias para redobrarem a atenção com seus filhos.

Agente alerta famílias. “Na maioria das vezes são pessoas próximas”

Abuso e maus-tratos Outro caso de abuso e maus-

-tratos é investigado. Segundo a polícia, o pai da vítima bebia muito e deixava a filha em condições desumanas. O Conselho Tutelar recebeu denúncia vindo a interferir no caso. Em conversa com as conselheiras, a vítima relatou ter sofrido com gestos que remetiam ao abuso sexual.

O crime de abuso sexual de vulnerável considera não somente o ato libidinoso e, sim, o fato do toque e insinuações íntimas com menores de 14 anos. A pena para quem pratica esse crime é de reclusão que varia de oito a 14 anos.

A HORA · QUINTA-FEIRA, 4 DE FEVEREIRO DE 2016

PATROCÍNIO:

Gauchão

Lajeadense estreia com derrota Na noite chuvosa de ontem, equipe alviazul perdeu por 3 a 1 para o Juventude

C

erca de mil torcedores estiveram no Estádio Alviazul e viram o Lajeadense perder de virada a primeira partida válida pelo Campeonato Gaúcho 2016. Realizado na noite chuvosa de ontem, o confronto terminou em 3 a 1 para o Juventude.

Brenner foi o destaque da equipe caxiense ao marcar três gols e se isolar na artilharia do campeonato estadual. Erik fez o de honra do Lajeadense ainda no primeiro tempo.

Com a vitória, o Juventude chegou aos seis pontos e é um dos líderes da edição 2016. Lajeadense ficou na zona de rebaixamento.

Em busca de recuperação, a equipe comandada por Rodrigo Carpegiani volta a campo no próximo domingo. Em São Leopoldo, encara o Aimoré, às 18h. Partida era válida pela primeira rodada, mas foi adiada para este domingo devido a estragos no Estádio Cristo Rei.

Derrota na largada O jogo começou com o Lajea-

FÁBIO KUHN

Lajeadense começou na frente, mas sucumbiu ao ataque do Juventude. Brenner foi o destaque, com três gols marcados

dense pressionando o Juventude.

Aos 12 minutos, as chances resultaram no primeiro gol. Depois de passe preciso de Diego Miranda, Erik recebeu de frente para o goleiro e, com estilo, o encobriu. Três minutos depois, o Lajeadense teve a chance de marcar o segundo em cobrança de escanteio.

Quando a equipe de Lajeado estava melhor no jogo, aos 30 mi-

nutos, o Juventude conseguiu o empate. Em bate-rebate na área, o camisa 9 do Juventude Brenner teve apenas o trabalho de colocar a bola no fundo da rede.

Na etapa complementar, logo aos 6 minutos, o Juventude conseguiu a virada. Dieginho cruzou para a área e Brenner aproveitou para fazer o segundo. Atrás no marcador, o alviazul pressionou e

teve chances de empatar.

Aos 15 minutos, a situação complicou ainda mais. Brenner recebeu de frente para o goleiro e foi derrubado. O próprio Brenner foi para a cobrança e fez o terceiro para a equipe de Caxias do Sul. Com a vitória, o Juventude se colocou no setor defensivo. O Lajeadense tentou reagir, mas não conseguiu balançar a rede.

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A HORA · QUINTA-FEIRA, 4 DE FEVEREIRO DE 2016

Amador Santa Clara do Sul

Cinco clubes disputam os títulos em 2016 Primeira rodada será no dia 6 de março. Tabela de jogos será divulgada nos próximos dias FÁBIO KUHN

O

Os demais passam à fase semifinal.

Pela categoria titular, cada clube poderá ter 17 jogadores que moram, votam ou trabalham no município.

Outros três atletas são de fora.

Na aspirante, 15 jogadores devem de ter até 23 anos e os demais cinco não têm idade estipulada.

s detalhes da edição 2016 do Campeonato Municipal de Futebol Reunião foram definidos na reunião realizada pela Liga Santa-Clarense de Futebol Amador (Lisafa) na quarta-feira à noite. Primeira rodada será no dia 6 de março.

Clube Esportivo, Cruzeiro, São José, Sercha e Sampainho são os participantes nas duas categorias.

Na titular, todos os 21 atletas deverão ser do município. Pela aspirante, 13 jogadores devem ter até 23 anos e outros oito com idade livre.

Na fase classificatória, todos os clubes jogam contra todos. Um é desclassificado e os demais seguem à fase eliminatória. Tabela de jogos será divulgada nos próximos dias.

Paverama com cinco clubes Competição municipal de Paverama inicia no dia 28. Cinco clubes disputam os títulos nas categorias

BOM RETIRO DO SUL

Atual campeão, o São José, de Nova Santa Cruz, confirma participação no campeonato deste ano de Santa Clara do Sul

aspirante e titular. Entre eles, o atual campeão Internacional de Santa Manuela. Sete de Setembro de Mor-

ro Azul retorna neste ano. Demais clubes são: Guaíba, Morro Bonito e União Boa Esperança.

Na fase classificatória, as cinco equipes jogam entre si em turno e returno. Apenas um time é eliminado.

Reunião foi realizada na terça-feira com a presença de dirigentes de cinco equipes: Grêmio, Aecosajo, Palmeiras, Floriano e Rudibar. Presidente Eloar Vieira acredita que quatro clubes devem participar da edição 2016.

Detalhes do campeonato devem ser definidos na próxima semana. Previsão é que inicie ainda neste mês.

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A HORA · QUINTA-FEIRA, 4 DE FEVEREIRO DE 2016

ASTF

Mais quatro atletas são apresentados

Click da semana Luís Carlos Flores com a filha na entrega da premiação da Copa Verão, de Encantado. Mais imagens no Facebook do Esportes A Hora.

Pré-temporada começa na segunda quinzena de março FÁBIO KUHN

A

diretoria da Associação de Futsal de Teutônia (ASTF) anunciou, na terça-feira, mais quatro atletas para a temporada 2016. Dois são remanescentes da temporada passada e renovaram os contratos – o ala Dionízio e o pivô Éverton.

Novidade é a contratação de dois alas. Bruno Reis chega à equipe de Teutônia depois de passar cinco temporadas na Assaf, de Santa Cruz do Sul. O atleta natural de Caxias do Sul tem 27 anos.

Outra contratação é de Fabinho. O atleta de 30 anos tem passagem pela Liga Nacional – ficou vice-campeão com o Copagril, do Paraná.

Ele atuava na AGSL, de São Luiz Gonzaga.

Agora o elenco da ASTF soma 13 jogadores. Conforme o diretor de esportes Valdair Kliks, há possibilidade de mais contratações.

Evolução do rugby O ala Dionísio é um dos atletas que renovou contrato com a equipe teutoniense

A pré-temporada da equipe inicia na segunda quinzena de março.

Aniversário Na terça-feira, a ASTF completou sete anos. Foi fundada no dia 2 de fevereiro de 2009 por 22 pessoas. Entre as evoluções da equipe, está a transferência para o ginásio da Sociedade da Água da Languiru e o acesso à primeira divisão estadual em 2013.

PLANTEL Goleiro Lucas Bastian Rafael Danrlei Ala Dionízio Bruno Reis Fabinho Lelê Feijão

Pivô Éverton Humberto Biel Fixo Karoki Nícolas

Elogiável o trabalho do Centauros na busca por novos talentos para o rugby. Nas últimas semanas, o clube pioneiro no Vale do Taquari realizou treinos demonstrativos em Estrela, Arroio do Meio e Teutônia. No dia 20, fecha o ciclo em Lajeado – programação ocorre às 17h no Parque dos Dick. Vale lembrar que a modalidade esportiva já é uma das que mais cresce no país.

Peneirão da Alaf Quem também busca novos talentos é a Alaf. Nos dias 16, 17 e 18, a equipe de futsal lajeadense faz um peneirão para jovens de 16 a 19 anos. Custo é de R$ 20.

Mais informações pelo 37482351.

Programe-se Nova Berlim, em Canudos do Vale, programa, para a segunda quinzena de março, o 3° Campeonato Aberto de Bocha na modalidade trios. As vagas são limitadas para 20 equipes. Fichas de inscrição e mais informações pelo 8464-0631 (com Pimbe). Em 2015, a campeão foi o Quebra Gelo.

Em setembro, Nova Berlim programa torneio de pênaltis em dupla. Vencedor ganha uma motocicleta. Aguardem.

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Lajeado, Quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

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