AH - Principal | 6 de abril de 2016

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ANDERSON LOPES

Fundado em julho de 2002 Lajeado, quarta-feira, 6 de abril de 2016 Ano 13 - Nº 1565 Avulso: R$ 1,00 Fechamento da edição: 21h

RISCO IMINENTE

PLANTAS MEDICINAIS

Índio dissemina cultura O caingangues da aldeia de Miraguaí reproduzem conhecimentos ancestrais. Até domingo, índios vendem ervas e plantas na Praça da Matriz, em Lajeado. Conexão

Sequência de fugas mostra fragilidade de penitenciária

E

m 11 horas, sete detentos tentaram fugir do presídio de Lajeado. Recolhidos em uma mesma cela, provocaram tumulto e ameaçaram servidores. Superlotação, deficiência estrutural e pouco efetivo de agentes da Susepe deixam

local suscetível a risco de rebelião. Para tentar acalmar os ânimos, direção da casa prisional solicitou reforço da BM e transferência de presos. Ontem, 18 internos foram encamiEditorial e páginas 4 e 5 nhados para Venâncio Aires.

Crise econômica atinge supermercados

ANDERSON LOPES

PESQUISA AGAS: um dos setores mais estáveis sofreu redução nas vendas no ano passado. Apesar da retração, Rede Imec, com sede em Lajeado, tem o maior crescimento no RS

TEMPO NO VALE Dia abafado com chance de chuva forte Mínima: 24°C - Máxima: 35ºC FONTE: CLIMATEMPO

Página 8

LAJEADO

Governo ocupa pavilhão fechado há dez meses Imóvel está alugado desde junho de 2015, mas só agora a administração municipal anuncia instalação de um almoxarifado no local.

Preço é considerado acima da média por vereadores. Após polêmica, Executivo afirma reduzir aluguel. Página 10


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A HORA · QUARTA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2016

Editorial

EXPEDIENTE Diretor Geral Adair G. Weiss Diretor de Conteúdo Fernando A. Weiss Diretor de Operações Fabricio de Almeida

REDAÇÃO Av. Benjamin Constant, 1034/201 Fone: 51 3710-4200 CEP 95900-000 - Lajeado - RS www.jornalahora.inf.br ahora@jornalahora.inf.br

COMERCIAL E ASSINATURAS Av. Benjamin Constant, 1034/201 Fone: 51 3710-4210 CEP 95900-000 - Lajeado - RS comercial@jornalahora.inf.br assinaturas@jornalahora.inf.br entrega@jornalahora.inf.br Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Tiragem média por edição: 7.000 exemplares. Disponível para verificação junto ao impressor (ZH Editora Jornalística)

Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

INDICADORES ECONÔMICOS MOEDA

COMPRA

VENDA

Dólar Comercial

3,6826

3,6832

Dólar Turismo

3,6000

3,8300

Euro

4,1923

4,1930

Libra

5,1776

5,1795

Peso Argentino

0,2497

0,2499

Yen Jap.

0,0332

0,0332

Cotação do dia anterior até 17h45min, Valor econômico.

Doenças, superlotação e fugas. &HQiULR GH XP VLVWHPD GHÀFLHQWH

E

m pouco mais de 11 horas, sete presos escaparam do presídio de Lajeado. O complexo é um retrato da falência do sistema prisional gaúcho. Somado a isso, outros setores públicos sucumbem. A Brigada Militar com efetivo defasado, a Polícia Civil com menos investigadores do que na década de 80 e a Defensoria Pública quase inexistente. A ineficiência do setor público provoca avanço da criminalidade. A sociedade assiste perplexa e inerte. Mitiga pela ação da polícia e do Judiciário e quer criminosos na prisão, numa hipotética ideia de que ali está a solução. Eis que nasce um novo problema. Enclausurar os bandidos não é sinônimo de redução dos assaltos, do tráfico de drogas e dos homicídios. Mesmo nas penitenciárias, os detentos mandam e desmandam. Consomem entorpecentes, planejam crimes.

“Enclausurar os bandidos não é sinônimo de redução dos assaltos, do tráfico de drogas e dos homicídios. Mesmo nas penitenciárias, os detentos mandam e desmandam.” É como uma graduação à bandidagem. Infelizmente é nisso que se transformou boa parte dos presídios gaúchos. Nas últimas horas, as notícias do presídio de Lajeado aumentam o alerta e o risco. As fugas

dessa segunda e terça-feira inflaram os ânimos dos presos. A Susepe pediu reforço para a BM. Vizinhos da casa prisional relataram troca de tiros na tarde de ontem. Detentos forçavam as barras das celas tentando sair para o pátio. O problema também é de saúde pública. Primeiro, pelas más condições sanitárias dentro das celas. Há uma disseminação de doenças, entre as quais, tuberculose, HIV e até mesmo sarna. Em um espaço para seis pessoas, chega a ter 17. A omissão do Estado vai além de não garantir presídios que ofereçam condições para ressocialização. As construções do poder público não respeitam as leis. Em Lajeado, o vazamento de esgoto na av. Benjamin Constant é uma mostra do colapso. Os efluentes do presídio vão direto para a rede pluvial sem qualquer tratamento. Entra e sai governo sem que

Na rede

haja sinal de recuperação. Ainda assim, representantes políticos agem como “czares”. Para inaugurar três quilômetros de uma rodovia em Cruzeiro do Sul, a comitiva do chefe do Piratini veio de helicóptero. Atitude deslocada da realidade. Um luxo desnecessário na conjuntura atual. Sartori dá de ombros às críticas. A consequência desse Estado falido recai sobre a população. Em meio a tantas informações negativas, a atuação do Conselho da Comunidade Carcerária, da Alsepro, da Justiça e do município de Lajeado merece elogios. Não fosse a união dessas instituições, o presídio estaria ainda pior. Por meio de uma mobilização singular e inédita no RS, arrecadam dinheiro para construir um novo albergue e presídio feminino. Mais do que nunca, é hora de apoiar a iniciativa e agilizar as obras capazes de amenizar a tensão em Lajeado.

Erramos

Comentários postados na página do facebook e no site do Jornal A Hora. Participe e deixe sua opinião. ÍNDICE MÊS (%)

ACUMULADO ANO (%)

ICV Mes (DIEESE) 01/2016

1,80

10,95

IGP-DI (FGV)

01/2016

1,53

11,62

IGP-M (FGV)

02/2016

1,29

12,09

INPC (IBGE)

02/2016

0,95

11,08

INCC

02/2016

0,52

6,83

IPC-A (IBGE)

02/2016

0,90

10,36

ÍNDICE

MÊS

Salário Mínimo/2016 R$ 880,00

TAXAS E CERTIFICADOS (%)

MÊS

ÍNDICE MÊS (%)

ACUMULADO ANO (%)

TJLP

7,5

Selic

14.25%(meta)

TR

03/2016 0,2168

0,4451

CDI (Mensal)

02/2016 1,0014

2,0669

Prime Rate

02/2016

3.25

3,25 (Previsto)

Fed fund rate

02/2016

0.25

0,25 (Previsto)

Ouro (dólar) – Onça Troy – USD 1218.0 cotação do dia 05/04/2016

BOLSAS DE VALORES

PONTO

Ibovespa (BRA)

VARIAÇÃO FECHAMENTO (%)

49050

0,56

Dow Jones (EUA) 16.027

-1,10

S&P 500 (EUA)

1.853

-1,42

Nasdaq (EUA)

4.844

-0,98

DAX 30 (ALE)

9.563

-2,63

Merval (EUA)

11.400

0,00

cotação do dia anterior até 17h45min

Petróleo (dólar)/Brent Crude – barril – USD 37.69 em 05/04/2016

Sobre matéria “Justiça condena ex-prefeito Brönstrup” 10

Pois até surpreende o que vejo na matéria – ex-prefeito sendo condenado a proceder a devolução de valores pagos a CCs contratados irregularmente. Isto é procedimento recorrente em todos os municípios.

Norberto Luiz Fell

Sobre matéria “Professores organizam ato contra novo parcelamento”

Cidades

A HORA · TERÇA-FEIRA, 5 DE ABRIL DE 2016

Justiça condena ex-prefeito Brönstrup Ressarcimento pode chegar a R$ 590 mil, além da suspensão dos direitos políticos ARQUIVO A HORA

Teutônia

O

ex-prefeito Ricardo Bronstrup (PSDB) sofre nova derrota referente aos apontamentos de irregularidades durante o exercício de 1999 do seu mandato frente à prefeitura. A juíza da 1ª Vara Judicial daquela Comarca, Ângela Lucian, acatou parte das denúncias encaminhadas pelo Ministério Público Estadual (MPE), e condenou o tucano por improbidade administrativa. Esse processo foi baseado na reprovação das contas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), confirmada em 2006, após votação favorável na câmara de vereadores.

Além de nova suspensão dos direitos políticos por oito anos – ele foi punido da mesma forma em 2006 –, Bronstrup pode ser obrigado a devolver R$ 590,7 mil aos cofres do município. Desse montante, R$ 200,5 mil são valores pagos por serviços de pavimentação asfáltica não prestados, e R$ 390,2 mil pela manutenção de servidores considerados irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Pelo relatório do TCE, referente ao exercício de 1999, ele ainda teria que devolver outros R$ 700 mil por cinco apontamentos: contratação sem processo licitatório de serviço de transporte de saibro, aquisição de produtos agrícolas, serviços de zeladoria de estradas com so-

brepreço, superfaturamento em construção de ginásio e nomeação irregular de CC. No entanto, o MPE avaliou como improcedente esses indícios, decisão que foi corroborada pela Justiça. Mesmo assim, Bronstrup rechaça a condenação e afirma que já esperava por uma decisão contrária a ele. “É uma decisão de primeira instância. Já esperávamos por essa decisão, baseado no resultado de outras sentenças locais”, afirma. O ex-prefeito critica também o valor da ação imposta a ele pela Justiça. “É um exagero. A obra em questão iniciou na gestão anterior à minha. Eu só conclui o contrato”, defende-se. Ele garante que irá recorrer da decisão inicial da magistrada, e reclama que os apontamentos sobre os CCs não foram investigados pelo MP em gestões anteriores. “São fatos que aconteciam com prefeitos anteriores, e que também ocorrem com os atuais.”

“Saí da política por essas injustiças” Novamente punido com a suspensão dos direitos políticos, o que lhe impede de concorrer a qualquer cargo público ou mesmo firmar qualquer contrato de serviços com órgãos públicos, Bronstrup afirma que desistiu da política. “Saí desse meio faz tempo justamente por essas injustiças. Por fatos como esse, em que prefeito que cumpre contrato acaba punido.”

Pavimentação confusa O primeiro apontamento contrário à gestão de Bronstrup é referente ao asfaltamento de uma estrada municipal em Linha Paissandu, realizada pela Construtora Giovanella, entre 1996 e 2000. O acordo entre empresa e Executivo foi assinado na gestão anterior a dele, mas o MP e a Justiça o condenaram pela assinatura de termos aditivos ao contrato. Para a promotoria responsável pela denúncia, Bronstrup teria atendido um pedido de aditamento contratual feito pela empresa no percentual de 22% sobre o valor original global de R$ 911,5 mil, totalizando assim um acréscimo de R$ 200,5 mil no contrato. De acordo com o MP, tal medida careceu de estudos técnicos para comprovar a

Brönstrup (PSDB) tentou se candidatar em 2012, mas foi impedido pela Justiça

É um exagero. A obra em questão iniciou na gestão anterior à minha [...] RicardoBrönstrup Ex-prefeito

real necessidade. Ainda conforme o promotor, os 600 metros de pavimentação previstos no aditamento não teriam sido concluídos na sua totalidade. Cita o inquérito que Bronstrup “violou as regras estabelecidas e causou prejuízo ao erário e enriquecimento ilícito à Construtora que executou a obra”. A reportagem questionou os diretores da empresa, mas não houve resposta até o fechamento desta edição.

MANUTENÇÃO DE CCS IRREGULARES A outra ação imposta ao ex-prefeito diz respeito à manutenção de servidores cujos registros de admissão foram negados pelo TCE. Entre eles, auxiliares, pedreiros, serventes, telefonistas, operadores de máquina, motoristas, eletricistas, carteiros e motoristas. Para o MP e a Justiça, esses contratos “ferem o princípio constitucional da impessoalidade”. Diante disso, Bronstrup foi responsabilizado pelos

pagamentos indevidos durante o exercício de 1999, no montante de R$ 390,2 mil. Ele foi condenado a devolver tais valores aos cofres do município, pois, de acordo com a decisão judicial, “mesmo após ter sido notificado pelo TCE das contratações irregulares, o réu manteve os referidos servidores em seus postos funcionais”. Pelo fato, ele também foi julgado por improbidade administrativa.

Cidades

A HORA · TERÇA-FEIRA, 5 DE ABRIL DE 2016

Concordo com o pedido do sindicato, mas tenho uma dificuldade tremenda em entender por que defendem este governo corrupto do PT, que esmaga o governo estadual do RS.

Regis Viña

Professores organizam ato contra novo parcelamento

VEÍCULOS

CARLOS FLORES /ARQUIVO

IMÓVEIS

O

8º núcleo do Cpers realiza manifestação nesta sexta-feira, 8, em Lajeado. De acordo com a conselheira, Luzia Herrmann, os professores da rede estadual no município se deslocam pelas ruas principais até o posto Faleiro, onde está previsto o encontro, a partir das 10h, com os demais docentes de outras cidades. Entre as reivindicações, estão a contrariedade do magistério com o parcelamento dos salários dos servidores públicos, críticas ao aumento de carga horária dos professores e cancelamento de contratos. O núcleo do Cpers de Estrela, que representa 80 escolas de 30 municípios do Vale do Taquari, não tem previsão do número de participantes. A manifestação do dia 8 segue a orientação definida em assembleia da categoria no dia 18 de março, quando foram determinados diversos atos caso o governo anunciasse um novo parcelamento dos salários, o que se confirmou no dia 30 de março. Entretanto, o núcleo de Estrela não fará bloqueio de rodovias, contrariando em parte a orientação da diretoria estadual. De acordo com a vice-presidente do Cpers, Solange Carvalho, a

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VEÍCULOS No mês passado, professores fizeram manifestação em frente ao Castelinho

ideia é realizar o bloqueio das rodovias por oito minutos e 13 segundos. O número representa o reajuste pedido pelo Judiciário de 8,13%, aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa no dia 15 março. Conforme Solange, o sindicato exige que o governo estadual apresente uma proposta de reajuste “no mínimo” igual ao do Judiciário. A manifestação desta sexta-feira não é única programada pela entidade em protesto contra o governo. O Cpers também orientou seus núcleos a, ao menos uma vez por semana, reduzir os períodos das aulas. O núcleo de Estrela ainda não tem dados sobre o

cumprimento dessa proposta, porém, Luzia defende medidas mais drásticas em relação à redução do tempo de aula. “A gente acha que deveria ser mais. Redução de períodos todos os dias até que ele (Sartori) regularize a situação.” Ela afirma que não haverá paralisação do trânsito, pois o objetivo é o maior engajamento na manifestação. “Estamos querendo a participação da comunidade escolar, então nossa ideia não é paralisar o trânsito com os alunos”, afirma. Outro protesto está agendado para o dia 13, em Porto Alegre, no denominado Ato em Defesa do IPE. O núcleo de Estrela enviará representantes.

Dinheiro arrecadado é doado à escola RAFAEL SIMONIS

Santa Clara do Sul O proprietário da Loja Moda e Esporte, Marcos Wolschick, doou R$ 1.244 à Escola Municipal de Educação Infantil Pequeno Mundo. O dinheiro foi arrecadado em uma rifa alusiva aos dez anos da loja completados em 11 de março.Foram sorteadas uma camiseta oficial do Grêmio e uma do Internacional, autografadas pelos principais jogadores. O sorteio ocorreu no dia 14 de março e a doação foi entregue no dia 31 de março. Os premiados foram Solange

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Protesto contra governo ocorre nesta sexta-feira Vale do Taquari

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Diferentemente no publicado na edição de ontem, na matéria “Eleição obriga mudanças nos governos locais”, em Encantado, Roberto Pretto (PT) assume apenas pasta da Agricultura. A Assistência Social fica sem um responsável nomeado. Já Anapaula Gotardi pertence ao quadro do PTB e não do PDT, como noticiado.


Opinião

A HORA · QUARTA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2016

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Fernando Weiss fernandoweiss@jornalahora.inf.br

Ninguém vive em masmorras

E

screver sobre o sistema penitenciário brasileiro nos conduz a repetições inevitáveis. O “foge e prende” no presídio de Lajeado desde a tarde dessa segunda-feira não surpreende quem acompanha as masmorras penitenciárias estado afora. Superlotadas e imundas na maioria das vezes, as celas viram depósito de pessoas, onde os presos criam as próprias leis, sem que haja domínio ou controle da polícia. A possibilidade de ressocialização dos apenados cai a zero em meio a um ambiente nefasto e precário. Faz tempo o presídio de Lajeado é uma “bomba-relógio”. Não faltaram, e não faltam, alertas dos órgãos de segurança e do Judiciário quanto ao risco iminente de motim ou de fuga em bloco. Se a capacidade do regime fechado é abrigar 120 presos, como pode o Estado enfiar mais de 300, como se gente fosse entulho. O descaso – e não há melhor definição para o momento – com o sistema penitenciário completa

Falta comprometimento e bom senso em torno de um problema eloquente, que alimenta o tráfico, favorece milícias e representa perigo constante à sociedade.”

décadas e perpassa governos. Falta comprometimento e bom senso em torno de um problema eloquente, que alimenta o tráfico, favorece milícias e representa perigo constante à sociedade. Mesmo que seja papel do Estado oferecer presídios decentes e

suficientes, não merece alimentar esperança em vão. Quem sabe, depois dos últimos acontecimentos, os órgãos públicos da região atendam ao chamado do conselho carcerário de Lajeado, e auxiliem com repasse financeiro capaz de concluir a ampliação do presídio lajeadense o quanto antes.

Em tempo Sem tirar o mérito do governo lajeadense quanto à relevância das câmeras de videomonitoramento, que flagraram a fuga dos presos, chega a ser deprimente ver, pelas redes sociais, comemorações a respeito das filmagens. Como se essas fossem fórmulas contumazes de segurança. Não são! As câmeras são ferramenta importante para a polícia. Ponto. Filmagens não resolvem a superlotação do presídio. Não diminuem a desigualdade social. Não estancam a criminalidade. Mais do que câmeras, os presídios precisam de estrutura, policiais, e política de ressocialização eficaz para mudar o cenário desolador.

Boas notícias Paverama continua em festa depois da Fruki confirmar instalação da nova fábrica no município. Cumprimentos a Nelson Eggers, por apostar no Vale mais uma vez e dar novo entusiasmo à comunidade de Paverama.

Em meio a tanta desconfiança e lamentação, faz bem ver a Girando Sol abrir moderno e ousado parque industrial. O tamanho e o prestígio da inauguração dimensionaram a força da marca.

Três vias em Teutônia Os nomes para a corrida majoritária em Teutônia apontam para três vias nas eleições de outubro. Dinarte Brandão (PDT) oficializou a pré-candidatura no fim de semana. Jonathan Brönstrup (PSDB) já está definido há mais tempo, enquanto Evandro Biondo (PMDB) completa o trio de pré-candidatos à prefeitura de Teutônia. Resta definir quem serão os nomes a vice.

Jornalismo de opinião Um fato incomum ocorreu no jornalismo impresso no fim de semana. A Folha de São Paulo, um dos três principais jornais do Brasil, estampou, na capa, editorial sobre o momento político do país. Nos outros dias, o editorial ocupa espaço nas páginas internas. Apenas quando o assunto é de alta relevância e gravidade o jornal publica na capa. De forma clara e direta, sugeriu renúncia à presidente Dilma Rousseff (PT) e ao vice-presidente Michel Temer (PMDB). Também propõe afastamento de Eduardo Cunha (PMDB) da presidência da Câmara dos Deputados, por ser réu na Lava-Jato e que jamais poderia dirigir o Brasil em caso de saída de Dilma e Temer. “Dada a gravidade excepcional desta crise, seria uma bênção que o poder retornasse logo ao povo a fim de que ele investisse alguém da legitimidade requerida para promover reformas estruturais e tirar o país da estagnação”, cita parte do texto.

O posicionamento da Folha traduz o quanto a imprensa comprometida e responsável tem o dever de emitir opinião (sem perder a imparcialidade e a isonomia na reportagem) e posicionar-se acerca dos fatos e temas. Num momento nebuloso, alimentado por desgovernos, tramoias e manobras, é crucial que a imprensa abasteça a sociedade com conteúdo que lhe permita melhor compreensão e entendimento sobre a realidade. Se vier com opinião, melhor ainda.


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A HORA · QUARTA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2016

SEGURANÇA PÚBLICA

Fugas expõem a fragilidade do presídio Sete detentos escaparam do Presídio Estadual de Lajeado em um intervalo de 11 horas. Foram duas fugas entre o fim da tarde de segunda-feira e a madrugada de ontem. Todos foram recapturados. A situação traz à tona discussões sobre a superlotação das celas, a falta de infraestrutura e o baixo número de agentes penitenciários. Lajeado

A

primeira fuga ocorreu às 16h30min de segunda-feira. Os detentos do regime fechado estavam no chamado banho de sol quando quatro deles conseguiram escalar os muros e dar início a uma das tardes mais tumultuadas dos últimos meses na penitenciária. Tiros de calibre 12 antimotim foram disparados para conter os criminosos, que acabaram presos minutos depois nas proximidades. O detento Alexsandro Leal da Silva, natural de Santa Maria, foi localizado pelos agentes ainda nas imediações do presídio. Entre as ocorrências na ficha criminal, responde por homicídio, porte de arma de fogo e tráfico de drogas. Fernando Pablo Alves, natural de Brusque/SC, e Lucas Ismael da Silva, de Lajeado, foram encontrados perto do viaduto sobre

ANDERSON LOPES

a ERS-130. Ambos têm mais de uma página de ficha criminal, em especial por furtos e roubos. Joílson Diego da Rosa, de Bom Retiro do Sul, foi recapturado próximo ao depósito do Imec. Com mais de uma página e meia de ocorrências, responde ainda por homicídio. Quando a situação parecia controlada, nova fuga. Às 3h30min de ontem, Jean Carlos dos Santos Bitencourt, de Cruz Alta, Maurício Brambati, de Jaraguá do Sul/ SC, que responde por homicídio cometido no ano passado em Lajeado, e Matheus Henrique Voigt, de Lajeado, escaparam da cela por um buraco feito na parede, escalaram a parede até o telhado e pularam o muro situado de frente para a rua Waldemar Ely – via da rodoviária. A ação foi acompanhada pela câmera de videomonitoramento instalada na esquina com a av. Benjamin Constant. Ao pular o

Direção da penitenciária recebeu, ontem à tarde, autorização para transferir 18 detentos ao presídio de Venâncio Aires

Uma década de problemas 2006: no dia 21 de julho, o Governo do Estado anunciou a construção de um novo presídio. O Executivo municipal disponibilizara terreno no Santo Antônio. Teria capacidade para 500 apenados e estava orçado em R$ 9 milhões. A previsão era finalizá-lo até 2008; 2007: em março, presos incendiaram albergue e foram transferidos para Salão Paroquial da igreja Santo Inácio de Loyolla, onde ficaram por mais de um ano.

Conselho da Comunidade e prefeitura uniram verbas e construíram um novo albergue, inaugurado em abril de 2008;

Dessa vez, orçado em R$ 16 milhões e com capacidade para 672 apenados. A previsão era conclui-lo até 2010;

2009: BM realiza intensa 2008: houve uma tentativa de resgate de presos com troca de tiros entre presidiários e BM. Após, juiz mandou interditar parcialmente algumas galerias;

revista e encontra drogas, celulares e armas brancas. Poucos dias depois, agentes encontraram explosivos em uma cela;

2009: ação do MPF 2008: no dia 21 de janeiro, o governo estadual anunciou pela segunda vez a construção do novo presídio.

barrou o início das obras do novo presídio pela falta de estudos de Impacto Ambiental e de Vizinhança. Meses

depois, Estado anuncia que verba de R$ 16 milhões caducou;

2009: direção do presídio decide aceitar só apenados nascidos e residentes na Comarca local. Com isso, diversos presos foram liberados por falta de vagas; 2011: em julho, após a Susepe descobrir plano de fuga em massa, oito presos perigosos foram transferidos para outras casas prisionais em Bagé, Caxias do Sul e

Passo Fundo;

2011: em agosto, Cheular Bergmeier, 33, que cumpria pena em regime fechado por roubo e tentativa de homicídio, recebeu 20 golpes de uma faca artesanal feita com arames. A cela onde ele foi morto estava lotada com 17 presos, sendo que cabiam só seis; 2012: Estado desiste de construir novo presídio em Lajeado, e verba antes garantida é realocada para


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A HORA · QUARTA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2016

Reportagem: Estevão Heisler e Rodrigo Martini

Colaboração: Anderson Lopes REPRODUÇÃO

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Segunda fuga ocorreu às 3h30min de ontem. Presos escaparam por buraco na cela, escalaram telhado e correram pela rua Waldemar Ely em direção à rodoviária. Na ação, um deles quebrou a perna

muro, dois dos detentos se machucaram. Mesmo assim, o trio correu em direção à rodoviária e se escondeu. Todos foram presos instantes depois nas redondezas. Um deles fraturou a perna com a queda e precisou passar por cirurgia. De acordo com dados da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), ocorreram três tentativas de fuga e 12 fugas neste ano, sendo que 11 detentos foram recapturados instantes depois de deixar o presídio e o outro, encontrado duas semanas depois.

contra o grupo para acalmar os ânimos. “Só assim eles pararam de chutar tudo e foram para o fundo da galeria”, aponta o chefe de segurança, Éberson Bonet. Em virtude da agitação, aulas e audiências foram suspensas. Ainda à tarde, a direção da penitenciária recebeu autorização da Vara de Execuções Criminais

Recapturados causam tumulto Os sete detentos foram encaminhados para uma cela isolada no presídio e, embora alguns estivessem machucados, passaram a madrugada e o dia de ontem causando tumulto. Além de ameaçar os agentes penitenciários, inclusive de morte, chutavam as paredes no intuito de derrubá-las e tentar nova fuga. Por volta das 14h15min, os agentes precisaram efetuar disparos de calibre 12 antimotim

construção de casas prisionais em Arroio dos Ratos e Venâncio Aires;

Triplo da capacidade Mas reduzir a superlotação é a nossa principal estratégia para manter a ordem.” Eugênio Ferreira Delegado regional da Susepe

rede social, Facebook, de dentro do presídio;

2013: também em 2013: em setembro, o então chefe da Casa Civil do Estado, Carlos Pestana, anunciou repasse de R$ 480 mil para construção da ala feminina do presídio, com uma contrapartida de R$ 120 mil do município. Esse repasse do governo estadual não se confirmou; 2013: no fim do ano, presos postaram fotos na

(VEC) para transferir 18 detentos ao Presídio Estadual de Venâncio Aires (Peva). Tais transferências haviam sido solicitadas há mais tempo e não têm relação com as fugas. “Mas reduzir a superlotação é a nossa principal estratégia para manter a ordem”, destaca o delegado regional da Susepe, Eugênio Eliseu Ferreira. A transferência ocorreu entre 17h30min e 18h. Foi necessário apoio de equipe do presídio de Santa Cruz do Sul. De acordo com Bonet, 12 detentos foram encaminhados à Peva. Os demais devem ir hoje. A direção ainda aguardava, até ontem à noite, autorização para transferir os sete presos que tentaram fugir.

dezembro, um apenado do regime semiaberto tentou entrar com arma de fogo. Flagrado na revista íntima, atirou contra um agente penitenciário, mas não acertou;

2014: em 31 de janeiro, Alcir José da Silva, 36, apenado do regime semiaberto, foi morto a tiros pela manhã, quando deixava o presídio para ir ao trabalho;

O presídio de Lajeado compartilha a caótica situação enfrentada em outras penitenciárias: a superlotação. Com capacidade para 122 detentos em regime fechado, tem 362. A condição, associada ao baixo número de agentes, motivou dois pedidos de interdição desde o ano passado. O primeiro foi protocolado pelo Ministério Público, mas negado

2014: no dia 28 de abril, o apenado Leandro Camiccia da Rosa, 24, foi encontrado morto dentro da cela. Ele foi morto por outro preso, que dividia o mesmo espaço no local. Morreu após ter a cabeça batida contra a parede e ser estrangulado com uma corda pequena; 2014: uma agente penitenciária é presa acusada de tráfico de drogas. Ela teria facilitado a entrada de 4,8 quilos de maconha dentro

pelo então juiz da Vara de Execuções Criminais (VEC), Luís Antônio de Abreu Johnson. O outro pedido é elaborado pelo Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado. De acordo com o presidente do sindicato, Flávio Berneira, o presídio está com o número de presos três vezes acima da capacidade e necessita ser interditado “urgentemente”. Com a aceitação da medida, nenhum novo detento seria destinado a Lajeado. Reivindica ainda, com a mesma pressa, o dobro de servidores para a cidade.

ta da demanda. Construído e projetado para a demanda de 68 presos, o esgoto é ligado diretamente na rede pluvial, que tem 40 polegadas. Para o profissional, é preciso trocar toda a rede. Caso contrário, outros problemas de entupimento surgirão em breve. A demanda é muito maior do que a capacidade de escoamento.

DIVULGAÇÃO

Esgoto entope e invade avenida As deficiências da penitenciária vão além da superlotação e do baixo número de agentes. No início desta semana, a tubulação de esgoto da casa prisional entupiu, pela terceira vez nos últimos seis meses, e os dejetos escorreram pela av. Benjamin Constant. Equipes do município identificaram o local do problema e abriram um buraco para o conserto. Segundo pedreiros que trabalharam na reparação, os canos de PVC de 30 polegadas não dão con-

do presídio;

2014: m outubro, apenados colocam fogo no albergue, desalojando 27 detentos do regime semiaberto. Houve apenas danos materiais; 2015: um apenado morre após passar mal dentro de uma cela. Segundo familiar, Hélvio Roberto de Almeida, 50, tinha três pontes de safena e uma válvula no coração;

Presos fizeram buraco na parede da cela, por onde fugiram na madrugada

2015: com o triplo da capacidade de presos, MP pede, em junho, interdição do presídio. Justiça volta a negar o pedido; 2015: é inaugurado o novo albergue, a um custo de R$ 220 mil, valor rateado entre Judiciário, MP, Comunidade Carcerária, Alsepro, governo de Lajeado, e doações. São sete celas; 2016: entre os dias 4 e 5 de abril, sete detentos fogem e são recapturados.


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Política

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Situação questiona gasto com TV Câmara Parlamentares governistas criticam acordo firmado em 2015 por Carlos Ranzi (PMDB) RODRIGO MARTINI

Lajeado

a “dispensa de licitação” pelo fato de a contratação estar “sob abrigo” do acordo firmado com a agência Happynet. O advogado cobrou, apenas, que fossem apresentados três orçamentos, o que foi realizado pelo então presidente.

O

contrato de três anos firmado entre agência de publicidade terceirizada e uma produtora de vídeo gera polêmica entre os vereadores de situação e oposição. O acordo assinado em setembro de 2015 pelo ex-presidente Carlos Ranzi foi firmado sem processo licitatório, diferente de outros legislativos do estado. Ernani Teixeira (PTB), suplente de vereador que deixou a cadeira para que a ex-secretária de Educação, Eloede Conzatti (PT), voltasse ao plenário, já havia reclamado do contrato. Há duas sessões, ele criticou o valor mensal acima de R$ 4 mil e o fato de o atual presidente não ter condições de romper. Na sessão dessa terça-feira, foi a vez de Sérgio Kniphoff (PT) alertar para o que ele considera excesso de gastos. Segundo ele, além do contrato valer para três exercícios, inclusive da próxima legislatura, o fato de o gerente da empresa contratada ser filiado ao PMDB é outro ponto controverso. O contrato firmado por Ran-

Canal 16 da Net Lajeado

Contrato de transmissão, assinado no fim da gestão de Ranzi, vira alvo de críticas de vereadores da situação

zi recebeu aval da assessoria jurídica da câmara de vereadores e também da administração municipal. Essa última, representada pelo advogado e procurador do município, Juliano Heisler. Segundo o parecer, assinado em 9 de outubro de 2015, o Legislativo consta como “anuente” ou “co-responsável” no acordo. Isso porque o contrato foi as-

sinado com a empresa Happynet Propaganda, responsável pelos acordos de publicidade firmados pelos poderes Executivo e Legislativo. É ela quem assinou contrato com a produtora de vídeo, sendo também a responsável pelo intermédio nos repasses de valores.

Dispensa de licitação Diferente de outros municí-

pios, como Novo Hamburgo, Bagé, Passo Fundo e Uruguaiana, o Legislativo lajeadense optou por não fazer licitação. Segundo a assessoria de Ranzi, isso gerou economia. Cita o contrato licitado em Passo Fundo, onde a transmissão das sessões custará R$ 49,8 mil. Pelo parecer assinado por Heisler, sequer foi necessário processo administrativo para

Pelo contrato, as quatro sessões ordinárias realizadas às terças-feiras são transmitidas na íntegra pelo canal 16 da Net Lajeado. Dois cinegrafistas atuam em todos os encontros dos vereadores. O acordo prevê a possibilidade de transmissão de até duas sessões extraordinárias por mês. As negociações teriam sido realizadas também com a presença do atual presidente. Gerente da produtora, Ismael Salvatori diz que está cumprindo o contrato e que investirá mais de R$ 50 mil – de recursos próprios -- na instalação de equipamentos para as transmissões, além de custear a multa contratual da prestadora anterior. “Por isso são três anos de contrato. É preciso segurança para investir.” Por fim, afirma que pediu desfiliação do PMDB antes de firmar o acordo.

Vereadores arquivam pedido de redução dos salários Estrela O presidente do Legislativo arquivou o projeto de iniciativa popular que pedia a redução dos salários dos vereadores. A proposta sugeria R$ 1,1 mil de vencimentos aos parlamentares que hoje recebem em torno de R$ 6 mil. Os novos valores foram baseados nos

THIAGO MAURIQUE/ARQUIVO

ganhos iniciais dos professores graduados da rede municipal que trabalham 20 horas semanais. De acordo com o parecer jurídico assinado pelo advogado, Erni Lindolfo Iser, a proposta popular “desrespeita” a esfera de competência da câmara. No parecer, ele cita que é “competência exclusiva da câmara dispor acerca da remu-

neração dos agentes públicos municipais”, e argumenta ser “inadmissível a iniciativa popular”. Iser juntou ao processo a íntegra do artigo 40 da Lei Orgânica, cujo conteúdo reitera a independência do Legislativo para fixar as remunerações de vereadores, prefeito, vice-prefeito, secretários e demais servidores públicos mediante projeto encaminhado pela mesa diretora da câmara. A proposta fora encaminhada pelo grupo social Cidadão Convicto. Segundo integrantes, um levantamento realizado em 2014 mostrou que os contribuintes gastaram mais de R$ 700 mil com os vereadores e, nesse mesmo período de um ano, eles apresentaram 23 projetos, sendo a maioria de denominação de ruas.

Cidadão Convicto angariou assinaturas para propor redução dos subsídios

Projetos aprovados Três projetos foram aprovados. Um deles autoriza a contratação emergencial de um técnico em enfermagem e dois serventes.

Outro autoriza convênio entre Executivo e Univates. Por fim, foi aprovada a contratação de dois CCs para atuar no Programa Vida Saudável.


Cidades

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Polícia Civil determina estado de greve Parcelamento e falta de efetivo ocasionam reação. Agentes prometem reduzir serviços CARLOS FLORES/ARQUIVO

Vale do Taquari

ximas semanas. Sem sinalização por parte do governo do Estado em colocar os vencimentos do

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s policiais civis do Vale decidiram entrar em estado de greve e suspender operações especiais até que o governo do Estado regularize o pagamento dos salários. A decisão foi tomada ontem à tarde, em assembleia que reuniu cerca de 35 servidores, representando 16 municípios da região. O atendimento à população seguirá normal nas delegacias, entretanto, operações especiais e ações fora do horário não serão realizadas. De acordo com a vice-presidente regional do Sindicato da Polícia Civil (Ugeirm), Magda Lopes, além do parcelamento do salário em nove vezes, o que atingiu todos os policiais da região, o governo ainda deve as horas extras. Afora os atrasos nos pagamen-

funcionalismo em dia, a possibilidade de uma paralisação se torna bastante plausível.

CATEGORIA CONTRA O PIRATINI

Policiais, professores e demais servidores mobilizam forças contra Sartori

tos, o sindicato ainda reclama do déficit no efetivo policial. Magda ressalta que, das 16 cidades com delegacia, nove têm apenas um policial. Em todo o estado, segundo o Ugeirm, 650 policiais aprovados no concurso de 2014 ainda esperam por nomeação.

Uma grande mobilização está prevista para ocorrer em Porto Alegre, mas ainda não há data marcada. Com a definição do estado de greve, não será necessária uma assembleia da categoria para que a Polícia Civil pare totalmente as atividades nas pró-

Desde o primeiro anúncio de parcelamento de salários ainda em 2015, o governo do Estado enfrenta a resistência dos servidores públicos. A informação de que a folha de março seria paga em nove parcelas causou uma série de reações por parte dos setores públicos. A decisão tomada pelos policiais civis ontem vai ao encontro das manifestações previstas pelo Cpers sindicato. Tanto professores como policiais já preparam protestos em Porto Alegre para cobrar do governo o paga-

mento integral dos salários. Como resposta, o governo deve anunciar medidas e novos cortes nesta sexta-feira, 8. O Piratini busca uma economia de R$ 4 bilhões para os próximos meses, já que o aumento do ICMS, aprovado no ano passado, não resolveu a saúde financeira dos cofres públicos. Os professores do Vale realizam uma caminhada e protesto em Lajeado nesta sexta-feira, 8. A concentração ocorre a partir das 10h em frente ao Posto Faleiro e deve reunir representantes de 30 cidades da região.


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Cidades

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Supermercados apresentam queda em 2015 Apesar da crise no setor, rede Imec, de Lajeado, teve maior crescimento no RS ANDERSON LOPES

Vale do Taquari

Aumentamos o nível de eficiência operacional e reduzimos despesas não essenciais”

P

esquisa realizada pela Agas evidenciou os primeiros efeitos da crise econômica no setor supermercadista. Divulgado ontem, o estudo mostrou queda de 1,91% nas vendas em 2015. Entre os motivos, estão a diminuição do poder de compra dos consumidores, o crescimento do desemprego, maior endividamento e aumento dos preços. As dificuldades do segmento não impediram a empresa Imec de se destacar no cenário. Com mais de R$ 476 milhões de faturamento no ano passado, a empresa lajeadense, presidida por Leonardo Taufer (entrevista ao lado), aparece em quarto lugar entre as maiores do estado. Entre as redes com faturamento anual entre R$ 400 milhões e R$ 1 bilhão, o Imec apresentou o maior crescimento na comparação de 2014 para 2015, com 12,3%. O resultado rendeu à empresa o prêmio da Associação. O reconhecimento ocorre na próxima quarta-feira, 13, em Porto Alegre. Além do Imec, também aparecem no ranking da Agas o STR Lajeado, em 27º, e a Cooperativa Dália, de Encantado, em 55º. Ao todo, a Associação avaliou o desempenho de 14 redes em 2015. Juntas, elas compreendem 673 lojas e 12.956 pessoas empregadas.

Tendências do mercado A pesquisa apontou as mudanças no comportamento do consumidor. Uma das características

A Hora – Quais mudanças são percebíveis no setor diante da crise? Leonardo Taufer – Os clientes estão mais sensíveis aos preços. Desde o início do ano passado, temos um aumento na inflação, que no caso do setor de alimentos ficou ainda mais alto em relação ao índice oficial. Com menos recursos, os clientes precisam fazer escolhas na hora de gastar. Ele também está mais informado e busca mais alternativas antes de fazer uma compra. Quais as ações do Imec para fidelizar os clientes neste novo cenário? Taufer – Nós redirecionamos nossos esforços internos para aumentar o nível dos serviços nas lojas. Ao contrário de alguns segmentos afetados pela crise, que reduziram pessoal, nós aumentamos o número de funcionários nas áreas de contato direto com o cliente. Para não perder essa pessoa que está mais suscetível a trocar de supermercado, pensamos em formas diferentes de trabalhar. Juntamos isso a investimentos maiores na área comercial, para trazer preços competitivos. Também aumentamos nossas ações de mídia.

Pesquisa da Agas avaliou 14 redes de supermercados em um total de 673 lojas

foi o crescimento no pagamentos em dinheiro. Pela primeira vez em cinco anos, as compras com cartão de crédito registraram queda. Já o gasto médio por compra aumentou, passando de R$ 40,49 em 2014 para R$ 44,02 em 2015, em média. Conforme o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, a elevação no tíquete acompanha a inflação no período.

Segundo ele, o enxugamento nas gôndolas também chamou atenção. Enquanto em 2014 as empresas tinham média de 15.088 produtos disponíveis aos consumidores, em 2015 o número caiu para 12.540 itens. “Devido à falta de tempo, o cliente não fica mais de 40 segundos em frente à gôndola procurando seu produto.”

A diversificação econômica do Vale favorece a atividade na região? Taufer – Nós somos privilegiados por estarmos geograficamente localizados em municípios com atividades diversificadas. Não temos a dependência em apenas um setor da economia, como verificamos em algumas regiões. Mas tomamos medidas para não esperar a crise chegar, porque ela afeta de alguma forma a região. Que medidas são essas? Taufer – Aumentamos o nível de eficiência operacional e reduzimos despesas não essenciais. Desde o ano passado, revisamos todos os gastos e investimos nossos recursos onde teremos retorno. Tentamos dar leveza para a operação e por meio disso não depender de medidas como demissões ou outras ações que acabassem impactando no serviço. Dentro do negócio dos supermercados, a folha de pagamento é um dos maiores custos. Mas demitir pessoas representa reduzir o nível do serviço e essa não é a nossa proposta. As crises são extremamente benéficas para quem está disposto a sair melhor desse momento.


Cidades

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Universitário recebe academia ao ar livre

Executivo autoriza obra em Linha Geraldo

Lajeado

Investimento será feito com verba do Badesul JÉSSICA TAÍS SCHEEREN/DIVULGAÇÃO

Estrela

U

ma das obras mais aguardadas pela comunidade tem data para iniciar. O governo realiza amanhã a assinatura da ordem de serviço da pavimentação da Estrada Municipal Fredolino Wietholter, entre Costão e Linha Geraldo. O evento ocorre às 11h30min, na sede do Geraldense. Orçada em R$ 2.994, a obra inclui a pavimentação, drenagem e sinalização da via e será executada pela empresa Conpasul. Serão pavimentados quatro quilômetros, em trecho que começa na Estrada Otto Osterkamp, em direção à ERS-129. Os recursos são provenientes do Badesul. De acordo com o prefeito Rafael

A academia ao ar livre do bairro Universitário foi entregue na noite dessa segunda-feira pela administração municipal. A área está situada ao lado da escola municipal, na rua Edwino Henrique Becker. De acordo o prefeito Luís Fernando Schmidt, a instalação de academias nos bairros é uma forma de incentivar a comunidade a adotar um estilo

Comunidade aguarda desde 2008 melhoria na estrada entre as localidades

Encantado

Mallmann, a pavimentação era uma das metas do governo municipal para o fortalecimento do setor rural. Segundo ele, o asfaltamento vai melhorar as condições para o escoamento da produção de leite, suínos e frangos, das agroindús-

O ponto de atendimento do Sebrae promove o curso Gestão de não-conformidade de produtos e serviços. A qualificação ocorre no dia 27, das 19h às 22h, e é destinado ao ramo da indústria. O treinamento prevê exposi-

trias localizadas na comunidade. Moradores de Costão e Linha Geraldo cobram pela obra desde 2008. Em 2012, agricultores incomodados com a poeira protestaram usando placas em frente às casas com os dizeres “Sem asfalto, sem voto.”

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Cidades

A HORA · QUARTA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2016

Após dez meses, município ocupa pavilhão Desde junho do ano passado, governo gastou R$ 40 mil com aluguel de prédio vazio RODRIGO MARTINI

garagem, “tendo em vista o aumento da frota municipal nos últimos anos”.

Valor alto de aluguel Responsável pela denúncia de mau uso do espaço, Silveira também reclama do preço pago pelo Executivo. Para ele, está acima do valor de mercado. Em uma rápida pesquisa por sites de imobiliárias de Lajeado, é possível perceber que existem pavilhões com dimensões superiores aos 576 metros quadrados do novo almoxarifado que são oferecidos por valores menores. Em um dos casos verificados pela reportagem, um pavilhão

Pavilhão pertence ao ex-coordenador do Departamento de Gestão Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente (Sema)

Lajeado

A

Secretaria de Administração anuncia a transferência do almoxarifado central para prédio no bairro Montanha. O contrato de aluguel está vigente desde junho de 2015. O valor da locação do imóvel de 576 metros quadrados é de R$ 8 mil e o proprietário é um ex-CC que atuava na Secretaria de Meio Ambiente (Sema). O imóvel está instalado na rua Paulo Schlabitz, quase em frente ao Parque de Máquinas da Secretaria de Obras (Sosur). No início de março, vereadores denunciaram que o local estava vazio e, mesmo assim, o proprietário recebera R$ 40 mil pela locação. Depois disso, o Executivo agilizou a ocupação. Quem respondeu naquela oca-

sião sobre o polêmico aluguel foi a secretária de Administração (Sead), Ana Cristina Mallmann. Disse que a intenção inicial era utilizar o pavilhão como um centro de triagem de lixo seco, mas que essa decisão foi alterada após discordância de vizinhos. No entanto, o contrato assinado em junho já previa, desde o início, a instalação do almoxarifado. Há duas semanas, o vereador Lorival Silveira (PP) formalizou denúncia de mau uso dos recursos públicos junto à Procuradoria Criminal dos Prefeitos, órgão ligado ao Ministério Público Estadual (MPE). Para ele, os argumentos apresentados demonstram que o governo tinha como objetivo primordial alugar aquele imóvel, “e que só depois veio o pretexto da efetiva necessidade pública”.

O vereador disse ainda, durante sessão plenária, que o proprietário do imóvel seria um “laranja” atuando em nome do prefeito Luís Fernando Schmidt. Na denúncia, o parlamentar citou que o dono do pavilhão não teria condições financeiras para adquirir aquele espaço.

Aumento da garagem Conforme texto encaminhado pela assessoria de imprensa do governo, o almoxarifado central será transferido em função do pouco espaço na área atual, localizada no subsolo da prefeitura. De 230 metros quadrados, o depósito passa a ter 576 metros quadrados. Além disso, cita a matéria que a área antiga servirá para ampliação do Arquivo Central e da

com 1.038 metros quadrados, área de estacionamento e pátio de 2.060 metros quadrados, acesso de frente e fundos, piso bruto, seis banheiros, portão com acesso para caminhão, pé-direito de cinco metros e escritório custa R$ 7,1 mil mensais. Ele também se localiza no bairro Montanha. A reportagem também questionou a secretária de Administração a respeito dessas possíveis discrepâncias de valores. Foi solicitado o documento em que constam as pesquisas de preços realizadas pelo governo para a escolha do imóvel. No entanto, também não houve resposta por parte do Executivo.

VALOR DEVE BAIXAR, DIZ GOVERNO Após toda a polêmica e as denúncias encaminhadas ao MP, o Executivo anuncia nova justificativa para os dez meses sem utilização do prédio. Agora, cita a secretária de Administração, o governo afirma que um engenheiro teria vistoriado o imóvel após assinatura do contrato e verificado que o mesmo não teria estrutura necessária para a imediata mudança do almoxarifado. A secretária comenta ainda que o proprietário foi então notificado a realizar melhorias no local, e que o pagamento do aluguel foi suspenso até janeiro, quando a admi-

nistração teria vistoriado o imóvel e confirmado a realização das reformas solicitadas, entre elas, instalação de divisórias, de rede elétrica e limpeza. Por fim, Ana Cristina anuncia que o proprietário foi notificado sobre uma possível redução do valor do aluguel para R$ 6 mil mensais. Segundo a secretária, os novos valores foram definidos pela Comissão de Avaliação de Imóveis da prefeitura. Diante disso, anuncia ela, os repasses acima de R$ 6 mil realizados antes da polêmica serão abatidos nos próximos aluguéis de 2016.

Evento esclarece funcionamento da Lei Maria da Penha GISELE FERABOLI

Encantado A conscientização sobre a violência contra a mulher marcou o aniversário do município, no dia 31 de março. Pouco mais de 30 mulheres acompanharam a equipe do Centro de Referência de Assistência Social (Cras). As pa-

lestrantes abordaram medos e barreiras enfrentadas pelas mulheres, destacando os ciclos de violência doméstica, que inicia com xingamentos e acaba em agressões físicas. As participantes ainda puderam esclarecer dúvidas a respeito da Lei Maria da Penha e de mecanismos de defesa

contra os agressores. Além da equipe do Cras, o evento contou com a presença das representantes da Brigada Militar, capitã Karine Pires Soares Brum e da soldado Daiane Conte. Ambas fazem parte da Patrulha Maria da Penha e esclareceram as o funcionamento das medidas protetivas.

Policiais militares relataram quais crimes se enquadram na Lei Maria da Penha


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A HORA · QUARTA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2016

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Texto permite à comunidade gerir canteiros Projeto possibilita que empresas, moradores e entidades investam em locais públicos EZEQUIEL NEITZKE

Marques de Souza

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aprovação de uma lei no Legislativo pode possibilitar que pessoas ou entidades privadas assumam a manutenção de canteiros públicos. A avaliação em plenário pode ocorrer na próxima semana. De acordo com o autor da proposta, o vereador Lairton Heineck (PP), a iniciativa surgiu devido à falta de manutenção nos espaços e nas praças do centro e demais localidades. Na avaliação dele, a regulamentação tem o papel de conscientizar e envolver a comunidade na preservação. Mesmo com a delimitação do projeto para canteiros de ruas e avenidas, Heineck defende a possibilidade de expansão do benefício para outros espaços públicos, como praças, áreas de esporte e lazer. A medida, afirma, serviria para incentivar o uso. Para o parlamentar, o ideal se-

tural São Roque, apesar de uma boa apresentação de jardinagem, bancos e brinquedos necessitam de reparos. Apesar da limitação, afirma, o espaço costuma ser ponto de encontro das famílias, com destaque para a quadra esportiva. De acordo com a moradora, a instalação de brinquedos é uma demanda frequente entre os habitantes do local.

Proposta detalhada Comunidade realça necessidade de melhorias nas praças da cidade

ria o desenvolvimento de ações conjuntas entre poder público e comunidade para a preservação das áreas. “Não vamos transferir a responsabilidade, mas abrir a possibilidade de um exercício de cidadania.”

Deficiência Em diferentes pontos do mu-

nicípio, reclamações quanto à preservação de espaços públicos ganham repercussão. No centro, faltam banheiros públicos e os brinquedos estão em situação precária. O cenário não é muito diferente em localidades como Bela Vista do Fão. No local, segundo Aline Groff, 27, integrante do Conselho Cul-

O texto abre a possibilidade de empresas privadas, entidades não governamentais, famílias ou pessoas assumirem a manutenção de espaços públicos. A validade do processo é por um ano. Ao aderir à iniciativa, o responsável deve manter o local limpo e bonito. Para preservar as características dos espaços, placas publicitárias são proibidas. A exceção fica com o indicativo do respon-

sável pelos locais. Moradores ou estabelecimentos próximos aos espaços terão preferência nas solicitações no período de 60 dias após a aprovação do projeto. O benefício também é válido em casos de desistências.

Iniciativa bem vista Apesar de desconhecer o teor do projeto, o secretário de Administração, Alécio Weizenmann, diz que essa é uma iniciativa interessante. “Acho que nunca teve algo neste sentido, é uma forma de cooperação.” Hoje, cerca de quatro profissionais trabalham na manutenção e roçadas dos espaços públicos, de acordo com o secretário. Na estimativa dele, até oito locais necessitam dos serviços. Até o fechamento da edição, representantes da Secretaria de Obras, repartição responsável pela atividade, não haviam respondido os contatos.


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Cidades

A HORA · QUARTA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2016

Alta nos remédios preocupa aposentados Reajuste de 12,5% é válido desde o fim de março e abrange cerca de 19 mil itens MARCELO GOUVÊA

Vale do Taquari

Evolução dos reajustes

C

om pouco mais de um salário mínimo, Eracy Azambuja, 81, e a mulher Adelina, 76, mantêm a casa e destinam cerca de 16,6% do orçamento familiar para compra de remédios. Os medicamentos são para diabetes, pressão e coração. São gastos cerca de R$ 150 mensais, faz cerca de 20 anos. O índice pode aumentar com o reajuste de 12,5% nos medicamentos autorizado pelo Ministério da Saúde. Conselheiro de Saúde faz 9 anos, Azambuja vê o aumento com preocupação. Mesmo com o uso de genéricos e com o recebimento de remédios gratuitos, a variação deve ser significativa no orçamento. Na avaliação dele, com o aumento do custo de vida, muitos idosos já apresentavam dificuldades financeiras. De acordo com ele, é comum os medicamentos passarem por revisão de preços, mas o deste ano causou surpresa pela disparidade em comparação aos benefícios. O controle do aposentado é rigoroso. Em uma pasta, guarda receitas, exames e recibos das compras. Já os medicamentos são separados em caixas individuais, com o nome do casal. “Tu tem que ser um administrador ou não dá. Sempre tentar economizar em algum remédio.” Azambuja ressalta a contribuição

2011 – 6% 2012 – 5,8% 2013 – 6,3% 2014 – 5,6% 2015 – 7,7% 2016 – 12,5%

Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV), pessoas com mais de 60 anos movimentam R$ 1,8 bilhão na economia do estado.

Entidades preveem impacto

Azambuja ganha pouco mais de um salário e gasta R$ 150 com remédios

dos aposentados para o desenvolvimento regional e a participação da renda gerada pela categoria no

comércio local. A constatação fica exposta em levantamentos sobre o tema. De acordo com matéria publicada no jornal A Hora em julho do ano passado, 25,2% dos idosos do Vale do Taquari são responsáveis por custear as despesas familiares. Já segundo dados da Associação

A fixação de 12,5% no reajuste do preço dos medicamentos aos fabricantes deve ter impacto em diferentes setores da economia, queda no consumo e na qualidade de vida dos idosos. Essa é a projeção dos representantes da Federação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas do estado (Fetapergs). O posicionamento surgiu após a confirmação do reajuste por publicação no Diário Oficial da União (DOU) no início do mês. O índice foi proposto pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) e abrange cerca de 19 mil itens. Apesar de oficializar a medida, o reajuste deve ser implantado conforme os estoques de cada item. A lista com os novos preços deve ser divulgada no dia 10.

Segundo resolução da CMED, de março deste ano, o reajuste leva em consideração o acumulado do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 10,36%, além de produtividade e custos. Pelo documento, a compensação pela elevação do dólar e eletricidade foi fixada em 2,14%. Na avaliação do presidente da Fetapergs, José Pedro Kuhn, a medida terá influência direta na economia gaúcha. Para ele, a necessidade de investir mais na saúde deve diminuir a circulação de dinheiro no comércio.“Medicamento não deveria ser comércio. Estes 12,5% não são brincadeira. Vemos isso com preocupação. O benefício das famílias começa a ficar esgotado e isso muda a rotina do aposentado.”

Preocupação com a saúde Pelas estimativas do presidente, os aposentados gaúchos gastam até 25% do orçamento familiar com a compra de remédios. Com o aumento da expectativa de vida, afirma, a tendência é de elevação nos índices. A categoria, de acordo com ele, costuma priorizar a saúde pessoal e os recursos gerados têm papel importante na economia. No país, cada aposentado sustenta até três pessoas, em média. Kuhn classifica a falta de investimentos no setor da saúde como um agravante da situação. Na avaliação dele, é necessária uma maior atenção com a pesquisa e desenvolvimento de medicamentos nacionais como forma de baratear a produção. Assim como ele, a presidente da Associação dos Trabalhadores Aposentados e Pensionistas de Lajeado e Região (Atapel), Sílvia Kuhn, é pessimista quanto aos impactos da medida na rotina das famílias. A tendência, segundo ela, é de adaptação na compra de alimentos, além de maiores índices de endividamento. “As pessoas vão ter que optar e abdicar de outros produtos ou serviços. Isso deve ter resultado direto na qualidade de vida.” Para ela, o aumento neste ano foi considerável e deve ter reflexos entre os aposentados da região. Entre os 1,3 mil sócios da entidade, a maioria se mantém com cerca de um salário mínimo.


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PATROCÍNIO:

Eisstocksport

Copa mista prepara para o Gauchão Anfitrião do evento CC 25 de Julho ficou com as primeiras colocações no torneio

O

domingo foi de movimentação nas canchas de eisstocksport do Centro Cultural 25 de Julho, no Parque da Oktoberfest, em Santa Cruz do Sul. A 8ª edição do Campeonato Misto de Eisstocksport reuniu mais de 60 atletas de quatro clubes filiados à Federação Gaúcha Desportiva de Eisstocksport (FGDE). Além do 25 de Julho, a Associação Esportiva 15 de Agosto, de Linha Áustria, o Centro de Cultura Alemã, de Lajeado, e a Associação Esportiva e Cultural Linha Santa Cruz, fundada recentemente, participaram das disputas em duas chaves. De manhã jogaram sete equipes sorteadas na chave A. Uma equipe do 25 de Julho e uma de Lajeado se classificaram nas primeiras posições e disputaram as finais com outras duas dos mesmos clubes, classificadas entre as sete que jogaram à tarde pela chave B. (veja os vencedores no box). O domingo também foi de assembleia da FGDE. A diretoria se reuniu para acolher a filiação da nova entidade: a Associação

JOSILÉRI LINKE / DIVULGAÇÃO

paço para construir nossas canchas ainda em 2016”, projeta Noeli. Neste fim de semana, ocorre a primeira etapa do campeonato gaúcho, em Lajeado. As disputas iniciam no sábado com a modalidade individual. No domingo, ocorrem as competições por equipe, pelas categorias masculino e feminino.

VENCEDORES Centro Cultural 25 de Julho, de Santa Cruz do Sul, sediou os jogos no domingo

Gauchão inicia neste fim de semana em Lajeado.

Esportiva e Cultural Linha Santa Cruz – Eisstocksport Alt Pikade. Conforme o estatuto, com a entrega da documentação e pagamento da anuidade, o clube já faz parte da FGDE. Conforme a presidente da Alt Pikade, Noeli Paulus, o grupo está feliz em engrandecer a federação e seguir praticando eisstocksport, já que a maioria era integrante de outra entidade. “Vamos iniciar treinando nas pistas do 25 de Julho, mas nossa meta é conseguir um es-

1º lugar: equipe 3 do 25 de Julho (Laura, Lori, Marcos, Jackson e Sergio B.) 2º lugar: equipe 2 do 25 de Julho (Rosângela, Jutta, Julio, Marcio e Roque) 3º lugar: equipe 2 do Centro de Cultura Alemã (Ana, Luís, Teresinha e Cristiano) 4º lugar: equipe 3 do Centro de Cultura Alemã (Adriana G., Adriana B., André e Edson)


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A HORA · QUARTA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2016

Juventus forma craques há mais de duas décadas Com mais de 300 títulos conquistados, a Juventus, de Teutônia, se consolida como uma das principais escolinhas de base do RS. Em abril, os atletas se preparam para estrear no Estadual da Noligafi 2016 FÁBIO KUHN

A

história da Juventus iniciou em 1994 com a mobilização de Gilmar Wiethöter e um grupo de empresários das cooperativas Languiru, Certel e Sicredi. O convidado para coordenar as atividades da escolinha recém-criada foi o professor de Educação Física e ex-militar de Santa Maria, João Bandeira. Primeiro treino ocorreu na sede do Esperança, no dia 31 de julho de 1994. Até aquele momento, a escolinha não tinha nome. Foi batizada pelos 85 alunos que participaram da atividade inaugural. “Fizemos uma votação. No fim, a Juventus ganhou com oito votos”, lembra Bandeira. De lá para cá, passaram-se 21 anos e a Juventus se consolida como uma das principais formadoras de base do RS. Na sede da entidade, estão expostos cerca de cem troféus. Outros 200 ficam na casa de representantes da diretoria. “Não tinha espaço para tudo”, justifica Bandeira. Logo na primeira competição que disputou, em 1995, a Juventus já levantou uma taça. Foi a conquista da Copa Piá de Futsal com os atletas da categoria sub-15. Três anos depois, em 1998, a Juventus surpreendeu ao ganhar o Campeonato Regional de Base promovido pela Aslivata em todas as três categorias (83/84, 85/86 e 87/88). “A partir daí essa parte competitiva se desenvolveu muito.”

Nós só podemos dar certo. Se der errado é a nossa vida”

Em 2015, Juventus foi campeã estadual da Noligafi na categoria sub-15

Uma das principais conquistas foi registrada no ano passado, quando a equipe sub-15 se sagrou campeã da Nova Liga Gaúcha de Futebol Infantil (Noligafi). Na decisão, o time juventino derrotou o Vila Nova, de Passo Fundo, por 3 a 1. Em 2016, 15 agremiações disputam a competição estadual. Elas são divididas em três grupos com cinco times cada. Juventus está na chave A com Grêmio, Ypiranga, Novo Hamburgo e Gramadense. A estreia ocorre no dia 10 contra o Novo Hamburgo, em Novo Hamburgo.

Dificuldades no meio do caminho Nos anos 2000, uma crise atingiu dois patrocinadores da Juventus. A situação, que poderia prejudicar as atividades, serviu para a entidade se unir às escolinhas do Gaúcho e Canabarrense. Des-

sa forma, a Juventus começou a receber auxílio da administração municipal.

PRINCIPAIS TÍTULOS 2004 •Campeão da Brasil Cup

2005 •Campeão da Brasil Cup

2009 •Campeão da Copa Teutônia (cat. 1994) •Campeão Copa SulBrasileira de Colinas (cat. 1992, 1994 e 1995)

2010 •Campeão da Copa Teutônia (cat. 1994) •Campeão da Copa Teutônia (cat. 1995) •Campeão Copa SulBrasileira de Colinas (cat. 1994)

2011 •Campeão da Copa Teutônia (cat. 1994) •Campeão da Taça Saudades (cat. 96/97) •Copa Internacional de Flores da Cunha (cat. 1999)

2012 •Campeão da Copa Teutônia (cat. 2001)

2015 •Campeão estadual da Noligafi (cat. sub-15)

A Hora – Por que o nome Juventus? João Bandeira – Foi uma iniciativa dos próprios alunos. A gente queria evitar dar o nome de um clube amador para não criar uma situação de meninos de outras comunidades não virem para cá por causa disso. Então sugerimos uma votação. Pegamos uma caixa de papelão, distribuímos um pedaço de papel em branco e cada um escreveu o nome que gostaria. Três grupos se organizaram melhor. Teve votação para Arsenal, para Dínamo e para Juventus. No fim, a Juventus ganhou com oito votos. A escolha desse nome foi por causa do time italiano. Lembro que na época o campeonato italiano era muito forte. A Juventus chamava a atenção. Ficou um nome bom. Qual foi o momento mais marcante nos 21 anos de atividade? Bandeira – A Juventus trabalha com futebol, mas tem um slogan que foge um pouco disso. A gente insiste em dizer que o futebol é uma ferramenta. A prioridade é a educação. Tenho inúmeros títulos para destacar, mas uma coisa que me chamou muito a atenção ocorreu na semifinal do Campeonato Regional Juvenil do ano passado. Nós estávamos no vestiário e percebemos que, dos 18 atletas, cinco tinham sido aprovados na semana anterior em vestibulares. Naquele momento comprovamos que dá para levar esporte com o estudo e formação pessoal. Tenho boas lembranças do passado, mas estou muito orgulhoso do que temos hoje. Não só a nível de resultado dentro de campo, mas também pelos profissionais que temos e meninos que passam por seis anos de aprendizado e têm condições de seguir a vida, seja ela dentro do campo ou não. O que faz a Juventus ser tão forte na formação de base? Bandeira – Em uma outra entrevista, me pediram por que havia tantos projetos de futebol que iniciavam e não tinham sequência e o nosso dava certo. Eu disse que é simples, pois temos um grupo de trabalho que não tem outra alternativa. Nós só podemos dar certo. Se der errado é a nossa vida. Não é só um emprego. Montamos um grupo de trabalho com profissionais da área de Educação Física. Nós não temos um plano B. Ninguém aqui tem um emprego na padaria ou no posto de gasolina e dá um treino porque é apaixonado por futebol. Todo mundo estuda, bota dinheiro e tempo. É cada um dando o seu melhor.


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A HORA · QUARTA-FEIRA, 6 DE ABRIL DE 2016

EZEQUIEL NEITZKE

Fábio Kuhn

Lajeadense rebaixado No fim das contas, quem sofre mesmo é o torcedor. Competições de futsal iniciam na segunda quinzena deste mês

Futsal

Inscrições para copas encerram hoje

Gaúcho de bicicross Dois atletas de Encantado e três de Estrela participaram da etapa de Bagé do Campeonato Gaúcho de Bicicross, no domingo. Aluno da escolinha municipal estrelense, Davi Balus conseguiu a segunda colocação na categoria boys 14 anos. Na categoria expert 25/29 anos, Paulo Daltoé estava na segunda colocação até a última volta, quando ultrapassou o adversário e venceu a etapa. Lucas Maciel Pach

teve problemas na disputa e ficou com o sétimo lugar na categoria expert 17/24 anos.

A próxima etapa ocorrerá em Campo Bom no dia 8 de maio.

Consulado de Teutônia visita a Arena Programada para o dia 16 mais uma visita do Consulado Tricolor de Teutônia à Arena do Grêmio. A atividade ocorre às 15h. Inscrições podem ser realizadas no Restaurante Nüscke, em Teutônia. O ingresso custa R$ 20 e contempla visita guiada por setores internos do estádio e pelo museu. Crianças de até 5 anos não pagam. A passagem do ônibus custa R$ 30. Os valores devem ser quitados antecipadamente até o dia 14. Mais informações pelo 8270-5524. Durante o passeio de uma

hora e 30 minutos, os visitantes verão locais restritos da nova casa dos gremistas. O roteiro inclui visitação às cabines de imprensa, zona mista, vestiários, sala de aquecimento e gramado. Após, os torcedores pode-

fabio@ jornalahora.inf.br

rão relembrar conquistas do clube e rever lances de jogadores consagrados no Museu Hermínio Bittencourt. Ainda poderão fazer fotos personalizadas com a réplica da Taça da Libertadores por R$ 15.

Copa Piá e Abertão realizam reuniões

A

s equipes interessadas em participar do 28º Campeonato Piá de Futsal, de Lajeado, e do III Aberto de Futsal, de Marques de Souza, podem se inscrever até hoje. Em Lajeado, as inscrições podem ser feitas na Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer (Sejel) ou pelo sejel@lajeado.rs.gov.br. O campeonato inicia no dia 16,

com jogos aos sábados. A competição abrange escolinhas de futsal, projetos sociais e ONGs de toda a região, sendo uma dos maiores do estado na categoria. Mais informações pelo 3982-1140. Pelo III Abertão de Futsal, ocorre hoje à noite o congresso técnico, no Ginásio da Sociedade Escolar. Serão entregues as fichas e feito o sorteio das chaves. A competição inicia no dia 15.

Lajeadense busca primeira vitória Juniores Após estrear com empate, o Lajeadense busca hoje a primeira vitória no Estadual de Juniores. A partida ocorre no Estádio Cristo Rei, em São Leopoldo, às 15h30min. A rodada também terá Passo Fundo versus Novo Horizonte, Juventude versus Sapucaiense

e Apafut versus Osoriense. A liderança está dividida entre Internacional, Cruzeiro e Juventude, todos com 6 pontos. Em seguida vêm Santa Rosa, Aimoré, Apafut, Passo Fundo e Osoriense, todos com 3 pontos. Com apenas 1 ponto estão Veranópolis e Grêmio. Lajeadense, Rio Grande e Novo Horizonte ainda não pontuaram.


Lajeado, quarta-feira, 6 de abril de 2016

Jornalismo / redação: ahora@jornalahora.inf.br Publicidade: comercial@jornalahora.inf.br Assinaturas: assinaturas@jornalahora.inf.br


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