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EZEQUIEL NEITZKE

Fundado em julho de 2002 Lajeado, sexta-feira, 11 de março de 2016 Ano 13 - Nº 1548 Avulso: R$ 1,00 Fechamento da edição: 21h

TRATAMENTO CONTRA O CÂNCER

COPA SETE

Competição inicia amanhã O Clube Sete de Setembro realiza amanhã, a partir das 12h15min, a primeira rodada da Copa Sete de Minifutebol. Neste ano, 32 equipes disputam os títulos da primeira e segunda divisão.

Liberação da pílula pela Câmara gera controvérsia

P

erto de ter fabricação e distribuição permitidas no Congresso, a fosfoetanolamina sintética é alvo de polêmica. Conhecida como “pílula do câncer”, a substância não é reconhecida pela Anvisa, que alega falta de

comprovação científica. Críticos apontam perigo do uso sem ensaios clínicos. Para entusiastas, além de representar a chance de uma cura, remédio pode reduzir gastos bilionáPáginas 8 e 9 rios com os atuais tratamentos da doença

Chocolates artesanais possibilitam economia ANDERSON LOPES

ÀS VÉSPERAS DA PÁSCOA: alto preço dos ovos industrializados obriga consumidores a pesquisar. Alternativa para quem busca preço e qualidade fica por conta dos produtos artesanais

TEMPO NO VALE Nublado e com chuva Mínima: 17°C - Máxima: 25ºC FONTE: CIH/UNIVATES

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David Orling assume Secultur

Teutônia lança a Festa de Maio

Executivo confirma o professor e teólogo David Orling como novo secretário de Cultura e Turismo. Ele já atuou como assessor parlamentar, e assume vaga de Neca Dalmoro (PDT). Página 4

Programação de aniversário do município será apresentada hoje Conexão

GOVERNO DE LAJEADO


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A HORA · SEXTA-FEIRA, 11 DE MARÇO DE 2016 EXPEDIENTE

Ideias

leitor@jornalahora.inf.br

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Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

INDICADORES ECONÔMICOS

MOEDA

COMPRA

VENDA

Dólar Comercial

3,6400

3,6411

Dólar Turismo

3,5700

3,8000

Euro

4,0763

4,0775

Libra

5,2487

5,2510

Peso Argentino

0,2392

0,2394

Yen Jap.

0,0324

0,0324

A interdisciplinaridade na cultura jurídica sobre drogas

O

termo cultura jurídica vem ganhando destaque nos últimos anos, por resgatar alguns aspectos, dentre eles, a defesa acirrada pelos direitos humanos, até então sublimados pelas revoluções dos séculos XIX e XX. O ressurgimento dessa metodologia simbólica enfatiza a atuação interdisciplinar das equipes de trabalho, e culminou com o enfrentamento ao uso e abuso de drogas no Brasil. Este tema em especial merece uma abordagem holística, desfragmentada e ética, sendo que envolve o usuário e as classes profissionais que atuam diretamente com o indivíduo. As drogas lícitas e ilícitas estão disseminadas em nossa sociedade, e seus usuários são constituídos principalmente pela população considerada jovem, com faixa etária entre os 15 a 29 anos de idade. Coincidentemente os jovens

Cotação do dia anterior até 17:45h, Valor econômico.

MÊS

ÍNDICE MÊS (%)

ACUMULADO ANO (%)

ICV Mes (DIEESE)

01/2016

1,80

10,95

IGP-DI (FGV)

01/2016

1,53

11,62

IGP-M (FGV)

02/2016

1,29

12,09

INPC (IBGE)

02/2016

0,95

11,08

INCC

02/2016

0,52

6,83

IPC-A (IBGE)

02/2016

0,90

10,36

ÍNDICE

Salário Mínimo/2016 R$ 880,00

TAXAS E CERTIFICADOS (%)

MÊS

ÍNDICE MÊS (%)

ACUMULADO ANO (%)

TJLP

7,5

Selic

14.25%(meta)

TR

03/2016 0,2168

0,4451

CDI (Mensal)

02/2016 1,0014

2,0669

Prime Rate

02/2016

3.25

3,25 (Previsto)

Fed fund rate

02/2016

0.25

0,25 (Previsto)

Ouro (dólar) – Onça Troy – USD 1256.6 cotação do dia 10/03/2016

BOLSAS DE VALORES

PONTO

VARIAÇÃO FECHAMENTO (%)

Ibovespa (BRA)

49014

0,72

Dow Jones (EUA) 16.027

-1,10

S&P 500 (EUA)

1.853

-1,42

Nasdaq (EUA)

4.657

-0,38

DAX 30 (ALE)

9.498

-2,31

Merval (EUA)

11.400

0,00

cotação do dia anterior até 17h45min

Petróleo (dólar)/Brent Crude – barril – USD 38.29 em 10/03/2016

são considerados a principal força de trabalho do país e também detentores das maiores taxas de óbitos devido à morte violenta relacionada a drogas. Os motivos

A legislação citada compõe um raciocínio transcultural ao usuário de drogas, uma vez que abandona antigos modelos punitivos, para trazer a prática humanizada[...]

que induzem a sua dependência são indeterminados, pois ocorre uma estreita relação entre os fatores biopsicossociais próprios de cada ser humano. Nesse contexto, uma parcela significativa da população brasileira encontra-se em vulnerabilidade frente aos prejuízos acarretados pelas drogas. A partir dessas afirmações, a comunidade tem o dever de restaurar a população em risco, por meio da integração entre os órgãos do direito e da saúde, por exemplo. Essa aliança é fundamentada pela Política Nacional sobre Drogas, que compartilha e sistematiza a responsabilidade social e efetiva do cidadão. A cultura jurídica enquanto método restaurativo é competência das equipes multiprofissionais atuantes, conforme os parâmetros teorizados e evoluídos socialmente. Verifica-se o constante aperfeiçoamento da

Luis Felipe Pissaia lpissaia@univates.br

legislação, podendo ser citado a Lei 11.243/2006, que personifica uma evolução na legislação brasileira por focar na descarcerização e uso de medidas educativas. A legislação citada compõe um raciocínio transcultural ao usuário de drogas, uma vez que abandona antigos modelos punitivos, para trazer a prática humanizada, educativa e adequada à infração. A cultura jurídica torna-se uma constante reflexão, ao passo que, seu foco está nas interações interdisciplinares como método inovador e democrático de instauração de competências relacionadas à drogadição.

Silêncios

H

á algum tempo li: “Eu não sei ler e interpretar silêncios”. E eu não sei mesmo! Eu sequer gosto deles, vejo-os como fuga, omissão e até covardia! A comunicação é tão rica e cheia de recursos e meios de expressar, que o silêncio – se não for motivado para parada ou reflexão – me parece injustificável. O avanço das tecnologias proporciona infindáveis formas de quebrar o silêncio sem emitir som, despender força ou tempo, que nem damos conta de usá-los. Abomino os silêncios evasivos que ferem, que abandonam, que excluem. Silêncios amparados por egoísmo, comodismo, ou pelo individualismo que se ancora na opção pela solidão ignorando o cunho social que nos compõe, que não sabe construir e comunicar senão de acordo com as próprias vontades. Tampouco suporto polêmicas vazias, aqueles barulhos motivados pelos egos inflados, pelo capricho de alguns em precisar

mostrar o que sabem ou de, simplesmente, chamar à atenção: silêncios de sentido impregnados pelo ruído egocêntrico de quem só sabe ouvir-se e acreditar em si mesmo. Duvido das intenções

Tampouco suporto polêmicas vazias, aqueles barulhos motivados pelos egos inflados[...]

de quem se manifesta para ser notícia, pela necessidade de afirmação implícita num grito ensurdecedor: esse ruído unilateral que, de tão intenso, torna-se, de novo, insuportável silêncio! Pior: o silêncio que só se quebra quando uma das partes manifesta interesse próprio, para pedir um favor, um benefício, uma compensação. Eu aprecio diálogos constantes, consistentes e coerentes, que se apoiem no testemunho e na prática que fundamenta as palavras dos interlocutores. Como sou curiosa, com uma insaciável sede de aprender, encanto-me diante de quem fala com a disposição de ouvir, ante quem se posicione sobre o que digo e faço, com quem expressa o que sente e pensa, sem me delegar o difícil trabalho de intuir ou adivinhar o que se passa. Não me peçam para interpretar silêncios! Conversem comigo, mesmo que o assunto tenha se esgotado, até que surja novo

Evanice L. D. Schroeder Profissional de Educação Física, especialista em Psicopedagogia Institucional, professora estadual, Estrela niceluizinha@hotmail.com

tema e uma nova oportunidade de aprendermos e crescermos juntos. Nessa prática do diálogo constante, o compromisso do construir coletivamente se consolida e vai forjando novas possibilidades. Não deixem para dizer depois! Pode ser tarde! O que é comunicado com o coração, independentemente dos meios utilizados, torna a vida melhor para quem comunica e para o seu entorno. Quem ama não se cala; manifesta e propaga esse amor, seja como for! O silêncio só se justifica se for para ouvir, tentar entender, refletir e, então, deve ser quebrado com o diálogo que edifica e constrói mutuamente.


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A HORA · SEXTA-FEIRA, 11 DE MARÇO DE 2016

Fernando Weiss (Interino) fernandoweiss@jornalahora.inf.br

Não é só pelo cafezinho e os R$ 20 mil. Também pela moral

A

manchete do A Hora de ontem rendeu comentários e reações. Nem haveria de ser diferente. Em plena crise econômica, em que os brasileiros se veem obrigados a ajustar as contas e cortar gastos, a câmara de Lajeado se permite abrir licitação para comprar “café gourmet” e achocolatado no valor de R$ 20 mil. A alegação dos responsáveis pela proeza é oca e contraditória. Dizem que a máquina comprada para fazer o “café gourmet” substituiu o serviço de duas serventes, que custavam, cada uma, R$ 2,6 mil por mês só para preparar o café para os 17 gabinetes e os respectivos parlamentares. Ainda na alegação, o vereador Carlos Ranzi (PDMB) fala o seguinte: “trocávamos de 15 em 15 dias o botijão de gás, e parte do café feito não era consumido e se jogava fora” confessou ao repórter Rodrigo Martini. Desrespeito é o mínimo para classificar o que fazem com o dinheiro público. Se as duas serventes – sem demérito ao trabalho delas – faziam apenas cafezinho, como deixou a entender o vereador Ranzi, trata-se de outro absurdo. Aqui no A Hora, por exemplo, como em tantas outras empresas, não tem

Dizem que a máquina comprada para fazer o ‘café gourmet’ substituiu o serviço de duas serventes, que custavam, cada uma, 2,6 mil por mês só para preparar o café para os 17 gabinetes e os respectivos parlamentares.”

tais regalias e o gasto mensal com café, para mais de 50 funcionários, não chega a R$ 100. É uma desgraça ler e ouvir esse tipo de consideração dos nossos agentes políticos. Façamos justiça com a câmara de Lajeado para dizer que essa farra com café não é façanha exclusiva dos lajeadenses. Sobram exemplos país afora em que o custo para abastecer café nas repartições públicas representa R$ milhões. Pelo levantamento da ONG Contas Abertas, mostrado na mesma reportagem de ontem, o governo federal gastou, em 2014, R$ 81,4 milhões em cafezinho para os 33 ministérios e a presidência da República. Enquanto o país vive em ebulição, a sociedade vai às ruas cobrar decência no serviço básico e mais zelo com o dinheiro público, exemplos desses depõem contra a esperança por dias melhores. Não é só pelo café e o gasto de R$ 20 mil. É pela moral e a necessidade de termos exemplos decentes, que nos permitam comemorar avanços e não lamentar pelos vícios enraizados.

A hora do leite O Instituto Gaúcho do Leite (IGL) lança na próxima quarta-feira, 16, campanha publicitária para a promoção do leite gaúcho. Evento ocorre às 8h, no Palácio Piratini, com a presença do governador José Ivo Sartori. A ideia central da campanha, segundo o presidente do IGL, Gilberto Piccinini, é resgatar a imagem e a credibilidade do leite com os consumidores, abaladas a partir das sucessivas operações Leite Compen$ado. O leite já representa 9% do PIB gaúcho e desponta como potencial econômico e social para milhares de famílias. O RS concentra 198 mil produtores, 250 indústrias de vários portes e está presente em 94% dos municípios gaúchos. O Vale do Taquari concentra uma das mais importantes bacias leiteiras do estado, com destaque para Estrela, Arroio

do Meio, Teutônia, Westfália e Anta Gorda.

A propósito Por meio do projeto Pensar o Vale, o jornal A Hora organiza debate sobre a cadeia produtiva do leite para a Festleite, programada para o fim de abril, em Anta Gorda. Autoridades políticas, técnicos e especialistas do setor em âmbitos estadual e regional discorrem sobre saídas, oportunidades e inovações mercadológicas que cercam a produção, industrialização e o consumo de leite.

Força regional A Girando Sol finaliza os preparativos para inauguração da nova planta indutrial, programada para o dia 1º de abril. A empresa iniciou as atividades no dia 1º de abril de 1991, em um galpão de 24 metros quadrados. O primeiro produto foi o amaciante de roupas, que hoje integra um mix de 12 linhas de produtos de limpeza doméstica com a marca Girando Sol na Região Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e exportação. O novo parque fabril, localizado no bairro São Caetano, em Arroio do Meio, tem 22 mil

metros quadrados e investimento superior a R$ 45 milhões, entre construção e aquisição de máquinas e equipamentos.

Convite ao governador: Sartori, prefeito Eckert e diretor da Girando do Sol Gilmar Bourscheid


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A HORA · SEXTA-FEIRA, 11 DE MARÇO DE 2016

União bloqueia contas do Piratini

Política

ESTADO - Sem dinheiro em caixa para pagar a parcela da dívida com a União vencida desde a virada do mês, o Estado voltou a sofrer o bloqueio das suas contas ontem. Até atingir o valor de R$ 274,9 milhões dos

serviços da dívida de fevereiro, toda receita de impostos que ingressar será repassada para uma conta especifica do Banco do Brasil. É o oitavo bloqueio por conta do atraso no pagamento da dívida.

Administração nomeia o 21º secretário em três anos de gestão Executivo confirma nome do PSB para a Secretaria da Cultura DIVULGAÇAO

Girando Sol faz convite ao governador Arroio do Meio

Lajeado

O

prefeito Luís Fernando Schmidt confirmou, ontem, o novo secretário de Cultura e Turismo (Secultur). O professor de Filosofia do Colégio Madre Bárbara e téologo, David Orling (PSB), assume no lugar de Neca Dalmoro (PDT), que deixa o cargo após o partido anunciar o rompimento com a coligação formada com o PT em 2012. Ele é o 21º secretário nomeado nestes três anos e dois meses de governo. Orling atua também como diretor de televisão, e durante a administração do ex-governador, Tarso Genro, era assessor do vice, Beto Grill. Hoje, ele também integra a equipe de trabalho do ex-deputado federal e possível candidato à presidência pelo PSB, Beto Albuquerque, que também é o presidente estadual da sigla. A data da posse de Orling ainda não foi definida pela administração municipal. Com ele, a Secultur terá um terceiro secretário em menos de três anos e meio. Antes de Neca Dalmoro, a pasta foi coordenada pelo músico, Eduardo Gomes Müller, que deixou o cargo em novembro de 2013, ainda no primeiro ano de governo Schmidt. “Muita coisa boa está sendo feito. Não temos que ser o melhor, mas temos que fazer o possível para melhorar ainda mais”, diz Orling. Ele elogia a antecessora, que agradece pela oportunidade disponibilizada pelo prefeito durante os dois anos e meio em que esteve à frente da Secultur. Antes disso, entre janeiro e novembro de 2013, Neca atuou como secretária de Assistência Social (Sthas) até a saída de Eduardo Müller da Secultur. A Sthas, então,

Ontem à tarde, prefeito Schmidt anunciou David Orling (à esq) como novo titular do setor de Cultura e Turismo

passou a ser coordenada pela candidata à vereadora em 2012, Ana Reckziegel (PT). Ontem, durante reunião no gabinete, Schmidt elogiou o trabalho de Neca. “Ela ainda não está fora do projeto. Vamos fazer uma transição com tranquilidade.” Sobre o novo secretário, o prefeito afirma ter levado em conta o perfil de Orling e “a coalização e sequência do projeto”. Além de Neca, a secretária de Desenvolvimento Econômico e Inovação (Sedei), Ivanete Fracaro, também do PDT, deixará o governo após o rompimento da coligação vencedora do pleito de 2012. Até o momento, o prefeito não definiu quem assumirá a função. Tal decisão deve ocorrer até o dia 1º de abril. Hoje, a mais cotada para assumir o posto de Ivanete é a presidente municipal do PTB, Juliana Baioco, que em 2012 concorreu à prefeita pelo PV, disputando o pleito contra o próprio Schmidt e

o candidato do PP na época, Marcelo Caumo. Baioco vem atuando

como “assessora superior do gabinete do prefeito”.

NOVE TROCAS DESDE 2013 Os titulares no início eram Marquinho Lang (PRB), Meio Ambiente; Jolci Bolsi (PDT), na Sedei; Eduardo Gomes, na Cultura; Nelson Noll (PMDB), na Administração; Ricardo Giovanela (PMDB), na Agricultura; Neca Dalmoro, na Sthas; Glademir Schwingel (PT), na Saúde; Eloede Conzatti (PT), na Educação; José Bullé (PSB), na Fazenda; Marta Peixoto (PT), no Planejamento; Adi Cerutti (PMDB), Obras; Paulo Tóri (PPL), no Esporte; e Auri Heisser (PT), no Governo. Desses primeiros secretários, só ficaram Schwingel, Eloede, Bullé, Marta, Tóri e Heisser, além de Gerson Teixeira, que assumiu a Secretaria de Segurança, criada por Schmidt em meados de

2013. Todos os demais deixaram o governo por conta própria ou por rompimento do respectivo partido com a coligação. Fernanda Cervi (PMDB), que assumiu a Sead no início de 2015, também saiu. O mesmo ocorrerá com Ivanete Fracaro, secretária da Sedei desde março de 2013, quando Bolsi pediu exoneração do cargo. Hoje, além daqueles sete secretários que permanecem desde janeiro de 2013, o quadro está composto por José Antunes, Meio Ambiente; Ana Mallmann, na Administração; Marco Salvatori, na Agricultura; Osmar Rossner, Obras e Serviços Urbanos; e agora David Orling, na Cultura.

O diretor-presidente da Girando Sol, Gilmar Borscheid, foi recebido pelo governador José Ivo Sartori no Palácio Piratini nessa quarta-feira, 9. Na ocasião, Borscheid convidou Sartori a participar das programações em comemoração aos 25 anos da empresa e da inauguração do novo complexo fabril, marcada para o dia 1º de abril. A programação do dia 1º de abril começa às 19h com a bênção da fábrica, seguida pela visitação. Após ocorrem os pronunciamentos e o jantar festivo. O evento ocorre nas novas instalações da empresa e reunirá colaboradores, fornecedores, clientes, líderes empresariais e políticos. A Girando Sol iniciou as atividades no dia 1º de abril de 1991, em um pequeno galpão de 24 metros quadrados. O primeiro produto foi o amaciante de roupas, que hoje integra um mix de 12 linhas de produtos de limpeza doméstica comercializados com a marca Girando Sol na Região Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e exportação. O novo parque fabril está localizado no bairro São Caetano, em Arroio do Meio, tem 22 mil metros quadrados e recebeu um investimento de mais de R$ 45 milhões, entre obra física e aquisição de novas máquinas e equipamentos. A fábrica é uma das mais modernas do setor na Região Sul.


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Enxurradas suspendem serviços a terceiros

Cidades

CRUZEIRO DO SUL – O prefeito Cesar Leandro Marmitt, o “Dingola”, informa que devido às enxurradas da semana passada diversos trechos de estradas ficaram quase intransitáveis. Em função disso, todas as máquinas, caminhões e

material britado disponíveis serão utilizados na recuperação das estradas, começando pelos pontos mais críticos. Diante disso, pelos próximos 15 ou 20 dias, dependendo das condições meteorológicas, não serão prestados serviços a terceiros.

Patronais analisam pedido de comerciários Supermercadistas foram os primeiros a marcar reunião para negociar dissídio ARQUIVO A HORA

Demissões para os empresários sempre foram onerosas”

Primeira rodada de negociações com o Sindigêneros ocorre no dia 18

Lajeado

A

proposta de reajuste salarial com 2% de ganho real começa a ser debatida entre os sindicatos patronais de oito atividades do comércio. O documento foi entregue nessa quarta-feira à tarde, a representantes do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Vale do Taquari (Sindilojas). Diretores do órgão representativo devem se reunir nos próximos dias para debater o tema, antes de um encontro oficial para negociações. Ela foi apresentada pelo Sindicato dos Empregados do Comércio de Lajeado e região (SindiComerciários) no mesmo dia e considera a soma do Índice

Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) dos últimos 12 meses, estimada em 11,8%. O pedido foi feito com base em dados apresentados por técnicos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no Hotel Mariani. O mesmo documento apresentado foi encaminhado por correspondência para outras sete sindicatos patronais como forma de abertura da campanha salarial 2016 da categoria. O Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios (Sindigêneros) regional, com sede em Santa Cruz do Sul, foi o primeiro a marcar a negociação com representantes dos trabalhadores para o dia 18. Ele ocorre na sede do sindicato lajeadense.

Atenção especial A definição de uma data para iniciar as negociações com o Sindigêneros foi bem recebida pelo presidente do Sindicomerciários, Marco Rockembach. De acordo com ele, o setor é um dos com maiores demandas de melhorias. Uma delas, segundo o sindicalista, seria o debate por vencimentos de acordo com a atividade profissional e o estabeleci-

mento de estratégias para redução de acidentes de trabalho. Supermercados costumam apresentar maior rotatividade e carga horária entre as atividades comerciais, além de ter a menor média salarial, alega. “É um setor com uma característica muito forte de primeiro emprego, mas nem por isso deve ser marginalizado.”

Sílvio Henrique Fröhlich é diretor do Conselho de Relações do Trabalho do Sindilojas. A entidade foi a primeira a receber as reivindicações do Sindicomerciários. O documento será debatido pela diretoria antes de uma reunião oficial para as negociações. A Hora – O Sindicomerciários inicia as assembleias para o dissídio do ano. Em evento na manhã de quarta-feira, basearam-se em dados do Dieese para justificar o pedido de 2% de ganho real. Pelos dados apresentados, o setor comercial acumula ganhos acima do PIB estadual. Por se tratar de uma pesquisa oficial, como o Sindilojas se posiciona frente ao pedido do sindicato dos funcionários? Sílvio Fröhlich – O Sindilojas está atento a todos os acontecimentos não só a nível nacional, estadual e regional. Estamos sensíveis a isso e a entidade, que já esteve reunida com o Sindicato dos Comerciários, irá para as negociações embasada em fatos da economia de todos os níveis, sempre buscando a manutenção dos empregos. Vemos na indústria e no comércio argumentos de que não é possível dar um aumento acima da inflação devido ao momento de instabilidade econômica. O Sindilojas pode apresentar que tipo de proposta? Fröhlich – A economia

vem em desaceleração nos últimos anos, culminando em uma recessão em 2015, com um PIB negativo de 3,8% pior resultado desde 1990. A indústria amargou uma queda de 6,2%, puxada pela retração de quase 8% do setor de construção, puxada tanto com a parte de infraestrutura como a parte imobiliária. Além da construção, a indústria de transformação recuou 9,7%, influenciada pela redução, em volume, dos segmentos de veículos, de máquinas e equipamentos e de aparelhos eletrônicos. O recuo poderia ser maior se a indústria extrativa mineral não tivesse colaborado positivamente. O aumento da extração de petróleo, gás natural e minérios ferrosos ajudou a suavizar o tombo. O setor de serviços, que sempre respondeu por boa parte do PIB, recuou 2,7%, a maior baixa desde 1996, porque o comércio, forte em outros anos, mostrou uma diminuição de 8,9%.

A ideia que se tenta disseminar de que os empresários só pensam em se beneficiar com as demissões deve ser revista.

Em relação à rotatividade. Conforme a apresentação dos técnicos do Dieese, as demissões frequentes são benéficas para os empregadores. Segundo eles, a rotatividade leva a uma média salarial menor, devido ao fato de que os recontratados têm vencimentos menores. Como o Sindilojas se posiciona sobre essa análise? Fröhlich – As demissões para os empresários sempre foram algo oneroso. Prova disso é que em 2015 comparado com 2014, segundo dados do Caged para o RS, houve redução nas admissões de em torno de 19% e de demissões de 10%. A ideia que se tenta disseminar de que os empresários só pensam e se beneficiar com as demissões deve ser revista. Nenhum empresário gosta de reduzir as vagas de emprego, pois, em um momento futuro, quando for admitir um novo funcionário, há todo um processo de adequação ao novo emprego. O ano passado teve um saldo negativo entre admissões e demissões. Na opinião do sindicato, quais os fatores que interferiram nessa mudança? Fröhlich – O Sindilojas tem sua base representativa formada basicamente por micro e pequenas empresas, em torno de 95% de seus representados. Todas as nossas atitudes são estrategicamente estudadas para não inviabilizar os pequenos negócios.


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PÍLULA DO CÂNCER

Câmara aprova remédio e reabre polêmica Projeto libera fabricação e distribuição da fosfoetanolamina sintética, composto usado no tratamento do câncer. De exclusividade brasileira, medicamento não é autorizado pela Anvisa, que alega falta de comprovação científica sobre efeitos da substância. Especialistas divergem sobre tratamento. Vale do Taquari

D

ivulgada como a cura para o câncer, a fosfoetanolamina sintética pode ser liberada para uso antes de ser aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Nessa terça-feira, a Câmara Federal autorizou projeto permitindo a fabricação e distribuição do medicamento. A proposta segue para o Senado em meio a divergências sobre a comprovação da efetividade do composto. Criada há cerca de 20 anos no Instituto de Química de São Carlos (IQSC), da Universidade de São Paulo (USP), a substância é fruto de pesquisa realizada pelo professor, hoje aposentado, Gilberto Orivaldo Chierice. No fim do ano passado, o cientista explicou o funcionamento do fármaco em debate no Congresso. Conforme Chierice, o composto químico marca as células cancerosas, fazendo com que sejam reconhecidas pelo sistema imunológico e combatidas pelo próprio organismo do paciente. De forma independente, o professor passou a distribuir pílulas da droga de graça. Segundo ele, mais de 40 mil pessoas receberam o medicamento ao longo dos últimos 20 anos. Produzida pelo laboratório da USP, a droga custa cerca de R$ 0,10 por pílula. Em 2014, uma portaria do IQSC passou a exigir que todas substâncias experimentais fossem registradas antes de serem

disponibilizadas à população. Com isso, o remédio parou de ser distribuído, resultando em uma série de ações judiciais de pacientes que tiveram tratamentos interrompidos. Os processos desencadearam uma enxurrada de liminares exigindo a retomada da distribuição. Em outubro do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) liberou o acesso a um paciente do Rio de Janeiro, que estava na fase terminal da doença. Desde então, a demanda pela substância aumenta, assim como os debates em torno do uso.

Não há todo o processo [...], mas a pessoa com câncer se apega a todo e qualquer recurso [...] Margrit Grave Presidente da Liga de Combate ao Câncer

“Toda esperança é bem-vinda” Presidente da Liga de Combate ao Câncer de Teutônia, Margrit Grave vê a decisão da Câmara como uma esperança para aqueles que lutam contra a doença. Apesar de reconhecer a inexistência de comprovações claras sobre a ação medicamento, defende o direito dos pacientes terem acesso às pílulas. “Não há todo o processo exigido pela Anvisa, mas a pessoa com câncer se apega a todo e qualquer recurso, sejam eles espirituais, químicos ou fitoterápicos”, ressalta. Margrit afirma conhecer poucas pessoas com acesso ao remédio, mas diz que todas relataram melhoras após o consumo. Além disso, destaca a falta de relatos sobre efeitos colaterais causados pela substância. Segundo ela, o principal benefício é a

Se não tem comprovação nenhuma, o que acontece se ela for pior para a saúde? Quem vai pagar esse preço? Leandro Brust Oncologista

melhoria na qualidade de vida. “Nas fases finais da doença, o paciente sofre muito, assim como seus familiares. Por isso, a Liga comemora tudo que pode aliviar a dor e prolongar a vida das pessoas.” Por considerar complexos os mecanismos da doença, Margrit crê em diferentes reações nos pacientes, a depender do tipo e do estágio do tumor. Ressalta que mesmo tratamentos usuais, como a quimioterapia, apresentam resultados diferentes, nem sempre positivos. Para ela, há um monopólio das indústrias farmacêuticas que impede o desenvolvimento de curas para a doença. Traça um paralelo com as dificuldades impostas pelas grandes empresas aos combustíveis alternativos. “Existem muitas opções mais baratas e limpas, mas não são exploradas.” A presidente da Liga de Combate ao Câncer lembra dos altos valores cobrados pelos tratamentos existentes. “Alguns tipos de remédios custam milhares de reais por mês aos pacientes”, afirma. Cerca de 20% de todo o orçamento do SUS é empregado no combate à doença. Existindo ou não resistência da indústria farmacêutica à fosfoetanolamina, o câncer é um dos principais negócios no setor de saúde. Estudo de 2015 do instituto americano IMS Heath apontou gastos mundiais superiores a U$$ 100 bilhões por ano apenas na compra de remédios contra a doença.

Produzida pelo laboratório da USP, a droga custa cerca de R$ 0,10 por pílula. Para entusiastas, a fosfoetanolamina pode representar a cura da doença, cujos tratamentos tradicionais rendem mais de U$$ 100 bilhões ao ano para a indústria farmacêutica. Críticos apontam perigo em liberar a substâncias sem passar por pesquisas e protocolos reconhecidos internacionalmente


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A HORA · SEXTA-FEIRA, 11 DE MARÇO DE 2016

Reportagem: Thiago Maurique USP IMAGENS/DIVULGAÇÃO

substância nunca procuraram estabelecer um processo produtivo em fábrica legalmente estabelecida e certificada para operar com qualidade”, diz a nota. Segundo o texto, qualquer medicamento desenvolvido no Brasil, ou de uso relevante em saúde pública, recebe tratamento prioritário para as análises da Anvisa. “A única coisa inusitada é o fato de que uma substância desenvolvida há 20 anos, usada de maneira ilegal, nunca ter suscitado em seus desenvolvedores a preocupação em realizar ensaios clínicos de acordo com os protocolos.” Por fim, a Agência afirma estar à disposição do Congresso para colaborar com o debate e fornecer todas as informações técnicas possíveis. No entanto, ressalta que liberar medicamentos dessa forma coloca em risco a saúde da população, além de retirar a credibilidade da Anvisa e dos medicamentos fabricados no país.

Criador aponta EM TEMPO má vontade

DECISÃO JUDICIAL EM TEMPO Matéria publicada nos dias 21 e 22 de novembro relata o caso de um paciente de Arvorezinha que obteve na Justiça o direito de receber as pílulas de fosfoetanolamina sin-

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A HORA · FIM DE SEMANA, 21 E 22 DE NOVEMBRO DE 2015

“É a política passando por cima da ciência”

tética. Quarto gaúcho a conseguir acesso ao remédio, Oli Troian Pirovano morreu 20 dias antes da decisão judicial, após lutar por seis anos contra um câncer na próstata.

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A HORA · FIM DE SEMANA, 21 E 22 DE NOVEMBRO DE 2015

Reportagem: Rodrigo Martini

“PÍLULA DO CÂNCER”

Justiça libera tratamento para paciente morto Oli Troian Pirovano, de Arvorezinha, sofria de câncer há seis anos e foi beneficiado com o direito de receber o tratamento com fosfoetanolamina sintética nessa segunda-feira, três semanas depois de morrer em um leito hospitalar. A família critica a demora para ter acesso ao produto, cuja aprovação pela Anvisa ainda carece de estudos com humanos para obter registro de medicamento Vale do Taquari

A

notícia foi divulgada por todo o estado nessa segunda-feira. Um aposentado de Arvorezinha era mais um a conseguir, na Justiça, o direito de receber as chamadas “pílulas do câncer”. O quarto só no RS. Mas a família não teve motivo para festejar a decisão da juíza Aline Lazzaron Tedesco, da 1ª Vara Federal de Lajeado. Oli Troian Pirovano estava morto há 20 dias. “Não entendo por que foi tão difícil. Nem que fosse para ajudar ele por uma semana, por algumas horas. Espero que ninguém tenha que passar por isso”, lamenta a viúva, Zerci Cichelero Pirovano. O marido dela morreu na cama do hospital, no dia 27 de outubro. Viveu seis anos lutando contra um câncer que iniciou na próstata, quando tinha 61 anos. Depois a doença se espalhou. No período de tratamento, fez mais de cem viagens de Arvorezinha a Lajeado. Foram 35 sessões de radioterapia, 24 de quimioterapia e injeções diversas. No início de outubro, os médicos previam pelo pior. Ele perdeu 20 quilos em seis meses. “O doutor me disse, sem o Oli ver: 'Cuidem bem dele, pois não tem mais o que fazer.'” Dia 19 do mês passado, foi internado. Não conseguia mais comer sozinho. “Foi quando minha filha viu uma reportagem na televisão sobre a 'pílula do câncer'”. Sem demora, a família solicitou ao médico a prescrição do produto. “Diziam que os pacientes se sentiam bem com ela.” O advogado, Rodrigo Gomes, de Porto Alegre, auxiliou a família no processo judicial em busca do tratamento. Como a Anvisa não realizou ainda os testes necessários para classificar o produto como medicamento, a disponibilização dele pela Universidade de São Paulo (USP) – única fabricante até o momento – ainda depende de decisão judicial.

“Por que impedir de tentar?”

FOTOS RODRIGO MARTINI

Zerci não se conforma com a dificuldade de acesso ao tratamento. Considera injusta com o paciente. “É muito triste a pessoa querer melhorar e eles não liberarem. Se já não tem mais o que fazer, por que impedir de tentar?” Ela e Pirovano foram casados por 45 anos. Um dia antes da morte do marido, o aposentado estava lúcido durante a manhã. “Ele conversava e dizia: 'Tu aqui me acompanhando, mas quem vai te cuidar?'”, emociona-se. Oli morreu às 4h de uma terça-feira. Estava escorado na cama, posição confortável para ele. A viúva e a filha estavam ao lado. “Era meu companheiro. Agora está cuidando de mim lá de cima. Foi descansar.”

“Ajuizei mais de 100 ações” O advogado responsável pela ação judicial em nome da família conhece bem a luta para ter acesso à chamada “pílula do câncer”. “Meu pai tem um tumor na cabeça e alguns meses atrás foi mandado para casa para esperar pela morte. Consegui o produto para ele e em menos de 20 dias ele melhorou muito. Ficamos impressionados.” Mas a escassez de pílulas mudou o quadro clínico dele. “O normal é dar três cápsulas por dia. Com receio de não conseguirmos mais, ele passou a tomar só uma. E foi notável a piora depois”, lamenta. Segundo o advogado, poucos pacientes conseguem ter acesso a uma segunda remessa da pílula. Gomes diz ter movido mais de cem ações contra a USP nos tribunais de São Paulo. “Tenho cliente que tomava cinco doses diárias de morfina para aliviar a dor. Agora, tomando a fosfoetanolamina sintética, ela não precisa mais e até está praticando Pilates.” No entanto, cita que uma decisão judicial acabou por suspender todos os pedidos naquele estado. O mesmo ocorreu com a família Pirovano. “Eu ganhei a liminar para eles em São Paulo. Mas o Tribunal de lá mandou indeferir todas. Então mudei a estratégia jurídica, e encaminhei na vara federal de Lajeado na semana

Lembrança: ao lado do neto Gustavo, Pirovano (e) aparece antes de descoberta do tumor

Colaboração: Thiago Maurique

passada, e ganhamos a ação em menos de dois dias.” Na região, pelo menos outros dois pacientes também foram beneficiados neste ano. Com a decisão deferida no dia 16, a USP recebeu prazo de cinco dias para iniciar o fornecimento de 90 cápsulas mensais do medicamento para Oli. Mas como ele está morto o processo agora será cancelado e a remessa pela universidade deverá ser suspensa nos próximos dias.

Lafergs surge como esperança O advogado enaltece o fato do RS, por meio do Laboratório Farmacêutico do Estado (Lafergs), ter assinado um termo de cooperação para pesquisa e desenvolvimento de medicamento derivado da substância fosfoetanolamina sintética. Segundo ele, no Instituto de Química de São Carlos da USP, só há um funcionário produzindo a pílula. “Ele atende uma demanda média de cem liminares por semana. Cada uma pedindo 60 cápsulas por paciente. Agora, essas ações poderão ser movidas contra o RS.” O Lafergs firmou, nesta semana, termo de cooperação com os pesquisadores detentores da patente do projeto. Conforme o diretor do laboratório, Paulo Mayorga, não há prazo e previsão orçamentária. “Não sabemos quanto pode custar todo o processo. Hoje não há recursos.” Com o termo, as partes envolvidas pretendem avançar nas etapas legalmente necessárias. Para isso, estão previstas quatro etapas: análises dos documentos e estudos desenvolvidos pelos pesquisadores até o estágio atual; elaboração de estudo clínico; e protocolo de estudo a ser submetido para aprovação da Anvisa. Mayorga pretende deixar de lado toda a polêmica criada sobre o composto. Tem como meta comprovar a possível eficácia ou ineficiência da fosfoetanolamina. “Quero compreendê-la. Hoje são dois lados. Um fazendo apologia ao uso, e outro condenando. Ambos sem as evidências necessárias para tais conclusões.”

Ele conversava e dizia: ‘Tu aqui me acompanhando, mas quem vai te cuidar?’” Zerci Cichelero Pirovano

Sem testes em humanos A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) demonstra receio com o uso da substância. Para o presidente Evanius Wiermann, o fato do produto não ter sido testado em seres humanos impede a comprovação de qualquer eficácia. Segundo ele, os estudos clínicos são essenciais para que a vida dos pacientes não seja colocada em risco. Ele cita que o estudo completo determinará os efeitos colaterais, a melhor administração e as indicações de medicação. Para a Anvisa, a entrega de cápsulas contendo fosfoetanolamina sintética para fins medicinais infringe a lei. A norma impede a entrega, a venda e industrialização. A USP, em nota oficial, informa que a fosfoetanolamina foi estudada de forma independente pelo docente Gilberto Chierice, antes ligado ao Grupo de Química Analítica e Tec-

nologia de Polímeros. Cita que os estudos contaram com a participação de outros pesquisadores, inclusive pessoas que não têm vínculo com a universidade. Sobre a distribuição, a USP reitera não ter dados sobre a eficácia da fosfoetanolamina no tratamento dos diferentes tipos de câncer em seres humanos.

Tratamento surgiu antes da Anvisa Em audiência pública no Senado, realizada em outubro, Gilberto Chierice falou sobre a pesquisa realizada em São Carlos por docentes e alunos da USP e os mecanismos de atuação da fosfoetanolamina no organismo. De acordo com o pesquisador, o composto imita uma substância fabricada pelo corpo humano quando há células modificadas. Com isso, o sistema imunológico percebe a di-

ferença entre o tumor e as células saudáveis, passando a atacar a doença, afirmou. Para o pesquisador, falta vontade da medicina tradicional, porque o composto inverte a lógica dos caros e danosos tratamentos convencionais. Ele afirma que a fosfoetanolamina começou a ser pesquisada no fim dos anos 80, antes da criação da Anvisa, seguindo as regras estabelecidas pelo Ministério da Saúde na época. Os resultados da pesquisa renderam publicações em nove revistas científicas internacionais, mas o convênio não prosseguiu, de acordo com o pesquisador, por interesses financeiros. Nos últimos 20 anos, cerca de 40 mil pessoas teriam usado a fosfoetanolamina. Segundo ele, a fabricação da pílula custa menos de dez centavos. Com relação à Anvisa, ele alega ter solicitado diversas vezes a realização de pesquisas clínicas para liberação da substância no mercado. Para o pesquisador, o câncer tem cura, não apenas por meio da fosfoetanolamina, mas também por outras substâncias que não foram pesquisadas devido à lógica estabelecida pela medicina e os interesses da indústria farmacêutica.

Curiosidades

Mais de 700 liminares já foram concedidas em primeira instância em 2015

Cerca de 40 mil pessoas utilizaram fosfoetanolamina nos últimos 20 anos

O oncologista Leandro Brust classifica a decisão de liberar o uso da fosfoetanolamina como absurda. Segundo ele, o Brasil é considerado um dos piores países do mundo na aprovação de novas drogas com níveis de eficácia comprovados no exterior. “Existem tratamentos revolucionários, desenvolvidos por multinacionais, mas que não conseguem apoio, mesmo no caso de substâncias milhões de vezes superiores à fosfoetanolamina”, aponta. Para ele, a eficácia da pílula é mito criado devido à melhora de alguns pacientes em casos pontuais. “Se dermos placebo para milhares de pessoas, uma parcela delas também vai apresentar melhora”, avalia. Segundo Brust, o Congresso interfere politicamente em uma questão científica ao invés de focar em mecanismos que assegurem agilidade na aprovação de estudos clínicos.

“O Japão demora um mês para aprovar um estudo. O Brasil demora um ano. Por isso temos apenas 3% de participação na pesquisa científica mundial em saúde”, reforça. O oncologista lembra que o Conselho Federal de Medicina orienta os médicos a não prescrever o medicamento. Com isso, o projeto de lei da Câmara não teria finalidade, pois exige a indicação de um clínico para a administração do composto. “Se não tem comprovação nenhuma, o que acontece se ela for pior para a saúde? Quem vai pagar esse preço?”

Agência critica decisão Em nota, a Anvisa declarou preocupação com a aprovação da medida. Conforme a agência, o uso do medicamento sem testes que garantam segurança e eficácia pode representar perigo à população. Conforme a Agência, não há nenhum pedido protocolado para a realização de ensaios clínicos ou solicitação de registro da substância. “Os desenvolvedores dessa

No Congresso, o cientista responsável pelos estudos com a fosfoetanolamina alega que a substância não chegou ao mercado por “má vontade” das autoridades. Ele afirma que o composto começou a ser pesquisado antes da criação da Anvisa, seguindo as regras estabelecidas na época pelo Ministério da Saúde. Os resultados do estudo foram publicados em nove revistas científicas internacionais, mas não prosseguiram, de acordo com o pesquisador, por interesses financeiros. Alega ter solicitado diversas vezes à Anvisa a realização de pesquisas clínicas para liberação da substância. Para o pesquisador, o câncer tem cura, não apenas por meio da fosfoetanolamina, mas também por outras substâncias que não foram avaliadas devido à lógica estabelecida pela medicina e os interesses da indústria farmacêutica.


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Cidades

A HORA · SEXTA-FEIRA, 11 DE MARÇO DE 2016

Falta de credores adia recuperação judicial Laticínios Hollmann apresentará plano de pagamento na próxima assembleia, dia 23 MACIEL DELFINO

Imigrante

tada na quinta fase da Operação Leite Compen$ado, a Laticínios Hollmann entrou em recuperação judicial. Antes da primeira assembleia, um incêndio atingiu a fábrica e 40% da patrimônio físico foi consumido pelas chamas. O seguro havia expirado por falta de pagamento semanas antes. Segundo o Corpo de Bombeiros de Estrela, as chamas iniciaram em paletes que estavam no pátio. O sinistro postergou o encontro para definir a forma de pagamento. Durante o período, os diretores reformaram a fachada da fábrica e iniciaram negociação com cooperativas e investidores. Nada foi firmado.

A

primeira assembleia entre credores e Indústria de Laticínios Hollmann foi adiada por falta de quórum. Menos de 50% dos habilitados no processo compareceram na reunião dessa quarta-feira. No próximo encontro, dia 23, no Centro Comunitário de Seca Baixa, os advogados da empresa apresentarão o plano para quitação de débitos. Entre funcionários, produtores e instituições bancárias, os valores ultrapassam R$ 22 milhões. Só com a administração municipal, a dívida chega a R$ 533 mil, referentes a ISSQN, incentivos e serviços de máquinas. Conforme o advogado da Hollmann, Arvidt Froemming, o plano para quitar os débitos é detalhado conforme prioridade nas três categorias de credores: trabalhadores, garantia real e fornecedores. O objetivo dos proprietários é alugar a fábrica ou vender. “A projeção é de pagamento a longo prazo com um ano de carência.” Segundo Froemming, alguns fornecedores parceiros da empresa participarão de negociação diferenciada, pelo interesse em manter vínculo comercial. O processo de recuperação judicial aponta que a empresa deve mais de R$ 23 mil aos funcionários habilitados, R$ 3,6 milhões

SAIBA MAIS

Negociação foi adiada pela segunda vez. Só com o governo municipal, dívida da empresa chega a R$ 533 mil

de garantia real e R$ 18,8 milhões aos fornecedores. As dívidas com três funcionários, de um total de de 50, somam R$ 90 mil. Evandro Funke, 46, trabalhou na empresa por 31 anos e discorda do valor relacionado. Segundo ele, tem cerca de R$ 30 mil para receber. “Essa situação é traumática. Temos contas para pagar e não conseguimos. É uma decepção.” Mônica Lanazini, 34, foi líder no setor de fatiamento por 15

anos. Quando a quinta fase da Operação Leite Compen$ado denunciou um dos proprietários Sérgio Alberto Seewald, ela estava grávida de sete meses e havia financiado um carro. A demissão ocorreu em janeiro de 2015 e desde então aguarda o recebimento dos direitos trabalhistas. “Além do prejuízo de R$ 30 mil, fica a vergonha moral e emocional. Temos contas a pagar e dinheiro a receber, mas até ago-

ra só enrolação.” Marciano Klein, 40, trabalhou durante o mesmo período e estima R$ 30 mil de crédito. O montante é relativo a FGTS, salário, férias, 13o e duas rescisões. Acredita que as dívidas com todos os trabalhadores cheguem a R$ 500 mil.

Incêndio atrasou a primeira assembleia

A Hollmann foi fundada há 60 anos e processava 60 mil litros de leite em Imigrante. Eram produzidos o tipo UHT e queijos. A empresa iniciou com 80 funcionários. Em maio de 2014, foi acusada de fraudar o leite, adicionando citrato, soda cáustica, bicarbonato de sódio e água oxigenada. Conforme o advogado de defesa, nenhuma amostra confirmou o fato.

Em 2014, depois de ser apon-

Casa pega fogo no Navegantes Produtores participam NORTON MEZZACASA /AGÊNCIA CHINELAGEM PRESS

Arroio do Meio O Corpo de Bombeiros de Lajeado combateu um incêndio na casa de Aladir Rosa, na rua Campos Sales, bairro Navegantes. Conforme o registro, os bombeiros foram chamados por volta das 18h. O sinistro teria iniciado duas horas antes. A residência de aproximadamente 120 metros quadrados foi destruída. O Corpo de Bombeiros conseguiu evitar que as chamas se alastrassem para outras três casas vizinhas. Foram utilizados 15 mil litros de água. As causas do incêndio ainda são desconhecidas. Segundo informa-

de programa nacional Estrela

Residência de aproximadamente 120 metros quadrados ficou destruída

ções de familiares, algumas pessoas residentes da casa foram enca-

minhadas ao Hospital São José em estado de choque.

A Secretaria do Desenvolvimento Social, Trabalho e Habitação (Sedesth) recebeu, nessa quarta-feira, produtos adquiridos por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O município aderiu ao programa, coordenado pela Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), em 2013. Hoje oito produtores participam do PAA, os quais

fornecem alimentos como bolachas, pães, cucas, ovos e outros. Os produtos, conforme o secretário José Itamar Alves, são destinados a entidades cadastradas na Sedesth, como a Vovolândia São Pedro, Pousada da Criança, Apae, Cemai Moinhos e Oriental, Cras Casa da Cidadania Moinhos e Cras Imigrantes. Alves destaca a importância do programa porque, além de beneficiar as entidades e famílias, possibilita a compra direta dos agricultores, gerando renda e garantindo produtos saudáveis.


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C

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A HORA · SEXTA-FEIRA, 11 DE MARÇO DE 2016

Crise aumenta venda de ovos artesanais Enquanto grandes indústrias projetam queda, chocolaterias ampliam produção ANDERSON LOPES

Vale do Taquari

duzir ovos de até quatro quilos, avaliados em R$ 180. Neste ano, os maiores são de 1,8 kg. Em 2016, os ovos de 300 gramas e os biscoitos de mel com chocolates, decorados lideram as vendas. Nesta temporada, Schneider conta com uma produção diária de 300 quilos.

A

indústria gaúcha de chocolate prevê queda de 7,1% nas vendas de ovos de Páscoa em 2016. Ao mesmo tempo, fabricantes artesanais comemoram crescimento de até 30% em relação ao mesmo período de 2015. A comerciante Angela Wink faz pesquisas de preço em grandes supermercados da região duas semanas antes da Páscoa. Para ela, a compra de ovos com brinquedos não vale a pena. “São os mais caros e têm pouco chocolate”. Neste ano, no segundo supermercado que visitou, observou diferenças de até R$ 9 em ovos de 400gr. A montagem das cestas de Páscoa do filho de 5 anos e dos dois afilhados inclui chocolatescaseiros. “Para compras meno-

Expectativa de queda

Fabricantes artesanais projetam crescimento de 30% nas vendas em 2016. Grandes indústrias preveem queda de 7,1%

res, prefiro os ovos decorados”. Neste ano afirma que economi-

zará até R$ 80 ao optar por produtos artesanais.

Opção de economia Fundador de uma fábrica de chocolates artesanais de Estrela, Hari Schneider, credita a crescente demanda por decorados ao desejo dos consumidores por novidades e preço baixo. De acordo com o empresário, neste ano o consumo de produtos de menor valor aumentou, enquanto os presentes mais caros tiveram pequena queda nas vendas. Em 2015, chegou a pro-

Conforme pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), 42% dos supermercadistas esperam vendas inferiores para a Páscoa deste ano. Cerca de 39% deles acreditam em queda no varejo e apenas 18% dos empresários esperam melhora no desempenho em relação ao ano passado. Os produtos de menor valor como bombons e barras são os mais procurados. No início do ano, a alta do dólar provocou aumento nos preços. Os ovos ficaram em média 16,2% mais caros. Os bombons tiveram alta de 15,6% e os chocolates em barra, 13,9%. A pesquisa da Agas foi realizada durante os meses de janeiro e fevereiro e foram ouvidos 20 supermercadistas do estado e de empresas de diferentes portes. A queda no estado segue a tendência nacional.

DECORATIVOS VENDEM MAIS A auxiliar administrativo Ana Cristina Heck começou a fazer chocolates caseiros faz cerca de dois anos, para completar a renda. Em época de páscoa, os ovos de brigadeiro são os principais pedidos. Entre as opções estão recheios de brigadeiro, branquinho, amendoim, coco e maracujá. Neste ano, ela espera um aumento de 30% nas vendas em relação ao ano passado. Segundo ela, muitos clientes passaram a comprar o caseiro para fugir do apelo da publicidade infantil. “Nas vendas casadas, as crianças querem o

brinquedo, e no artesanal, buscam o sabor, o produto em si”. Ana Barth iniciou no ramo de doces faz três anos. Nesta Páscoa, o foco é o ovo de colher, que oferece na mesma embalagem a metade de um ovo recheado e o utensílio. Ela espera um aumento de 25% nas vendas. Antes de entrar a temporada, Ana publica no Facebook o cardápio. Antes dessa publicação, Ana já tinha 20 encomendas de ovos grandes. “O produto foge do convencional. É mais em conta financeiramente e tão saboroso quanto.”


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A HORA · SEXTA-FEIRA, 11 DE MARÇO DE 2016

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Presidente de associação se entrega à polícia Justiça emitiu mandado de prisão pelo não afastamento da direção da entidade MACIEL DELFINO

A primeira audiência ocorreu no dia 2, no Fórum de Teutônia. Foram ouvidas 11 testemunhas diante dos réus. No dia seguinte, Jesus pediu afastamento da associação,

sob orientação da advogada. O vice-presidente no biênio 2014/16 Sidinei Adam assumiu em caráter temporário. As eleições para nova diretoria ocorrerão em julho.

PAGAMENTO SEM NOTA FISCAL

Processo acusa quatro pessoas suspeitas de desviarem mais de R$ 30 mil. Dinherio seria para reformas em creche

Teutônia

O

presidente da Associação de Moradores de Vila Esperança, Sérgio José Tavares de Jesus, se entregou à Polícia Civil de Lajeado na terça-feira. A Justiça determinou que ele se afastasse da diretoria da entidade até finalizar a investigação sobre o suposto desvio de verba. Desde 2012, Jesus permanecia à frente da associação. Com o descumprimento, um mandado de prisão preventiva foi emitido no

dia 4. Desde então, Jesus era considerado foragido. Ele, a mulher, o irmão e uma tesoureira são suspeitos de desviarem mais de R$ 30 mil da instituição. A denúncia chegou ao Ministério Público em 2012, um ano depois de a câmara de vereadores destinar R$ 20 mil para manutenção da entidade. O recurso deveria ser somado a R$ 11 mil de superávit em caixa. A verba seria aplicada na reforma da escola. Pais e professoras da época aguardaram as melhorias. No entanto, o serviço realizado não

condizia com o valor empenhado. Durante reunião com associados, o presidente foi questionado sobre a prestação de contas. Sem respostas convincentes ou provas, a comunidade decidiu ingressar na Justiça. A cobrança motivou o presidente a procurar sócios de loja de materiais de construção para superfaturar notas. O valor gasto foi de R$ 6 mil, mas nos documentos emitidos constavam R$ 13,9 mil. Além disso, os quatro acusados teriam se apropriado de R$ 11 mil em cheques da associação.

O irmão do presidente Sérgio José Tavares de Jesus, Airton, 44, investigado pelo MP por receptar cheques da associação, se defende e relaciona o escândalo a uma sucessão de erros. Ele prestou serviço de reparos na escola e recebeu pelo trabalho, alega. Houve troca de tomadas e torneiras, além do conserto de brinquedos, construção de um galpão e uma fossa e colocação de telhado na entrada do educandário. Por não ter firma registrada não pôde emitir nota fiscal, se defende. “Peguei o cheque nominal e transformei em dinheiro para pagar meus funcionários, como faço com outras empresas. Agora estou sujeito a ser condenado sem dever nada.” Sobre o envolvimento do irmão no possível desvio, Airton acredita que opositores ao cargo de presidente se aproveitaram da inexperiência. Segundo ele, dos R$ 30 mil apontados na

denúncia, apenas R$ 4 mil não foram comprovados. “A realidade é que o Sérgio foi inexperiente e não soube colocar todos os ‘pingos nos is’. Preferiu levar assim, sem esclarecer. O certo é esmiuçar todas as contas e comprovar tudo. O resultado é que os acusados têm que se defender, podem ser presos e marcados por isso”, diz. Além disso, relata que a maioria das creches da cidade tem alguma irregularidade. “O problema é que denunciaram, mas se olhar e o Ministério Público investigar tem problemas na maioria das empresas e escolas”. A mulher do presidente Sérgio, Solange Hennika, acusada por receptar R$ 3,6 mil em cheques nominais emitidos pelo marido e tesoureira, foi procurada pela reportagem, mas não quis se manifestar. “Não tenho nada para dizer a vocês”, disse. A tesoureira Elenita Savian Schneider não atendeu as ligações.

Juros do cartão de crédito atingem maior nível em 20 anos País O consumidor que não paga a fatura integral do cartão de crédito vê a dívida aumentar mais de cinco vezes em apenas um ano. Segundo pesquisa divulgada ontem pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), em fevereiro, os juros médios no cartão chegaram a 419,6% ao ano, a maior taxa desde outubro de 1995. Com esses juros, o consumidor que deve R$ 1 mil no cartão de crédito vê o débito saltar para

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R$ 5.196 ao fim de 12 meses. Em janeiro, os juros médios estavam em 410,9% ao ano. Na comparação mensal, a taxa passou de 14,5% ao mês em janeiro para 14,7% em fevereiro. Em nota, a Anefac informou que a alta dos juros foi provocada pelo crescimento da inadimplência, que faz com que as instituições financeiras reajustem as taxas. O aumento do desemprego, da inflação e de impostos reduz a renda disponível dos consumidores, elevando o risco de calote. O correntista que entra no che-

que especial também não tem alívio e vê a dívida ser multiplicada em quase quatro vezes em um ano. As taxas médias para essa modalidade atingiram 255,9% ao ano (11,16% ao mês), no maior nível desde julho de 1999. Uma dívida de R$ 1 mil aumenta para R$ 3.559,40 ao fim de 12 meses. Os juros médios nas linhas de crédito para pessoa física chegaram a 7,77% em fevereiro (145,76% ao ano), na maior taxa desde fevereiro de 2005. Nesse caso, uma dívida de R$ 1 mil sobe para R$ 2.457,60 em um ano.

Alta dos juros tem relação com o aumento da inadimplência, diz associação


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Município homenageia empreendedoras Referência foi prestada durante evento alusivo ao Dia Internacional da Mulher DIVULGAÇÃO

Marques-Souzenses. A escolha, revela, foi baseada na atuação nas comunidades, capacidade de liderança, espírito empreendedor e dedicação social. Conforme Edelgard, o intuito é que nos próximos anos a comuni-

dade participe mais ativamente da nomeação. “Todas as mulheres são muito importantes, esse foi um reconhecimento extensivo. Por meio da união podemos promover e incentivar a valorização de uma forma geral”, sugere.

REFLEXÃO

Para homenagens e concessão de títulos de empreendedorismo, mais de 120 mulheres se reuniram no CTG Caminhos da Serra

Marques de Souza

O

reconhecimento pelo trabalho comunitário motivou uma homenagem a três representantes do município. Nessa quarta-feira à tarde, 9, Ilse Brandt, Rosane Maria Arend e Lurdes Rabaioli receberam o título de

mulher empreendedora do município. De acordo com a vereadora, Edelgard Luersen (PP), criadora da iniciativa, o objetivo é reconhecer o valor daquelas que buscam o desenvolvimento do município. “Queremos despertar a vontade de fazer mais no contexto empresarial, industrial,

agrícola, de prestação de serviços e principalmente social e comunitário”, comenta. Segundo Edelgard, o título foi consolidado por meio da criação de projetos de lei, sancionados pelo prefeito Ricardo Kich em fevereiro. As primeiras três condecoradas foram sugeridas por representantes da União de Clubes de Mães

A solenidade ocorreu durante a programação do Dia Internacional da Mulher, organizada pelo Centro de Referência em Assistência Social (Cras). As atividades reuniram mais de 120 pessoas no CTG Caminhos da Serra. Entre os destaques, a palestra “Mulher, inspiração para a vida. Infinitas possibilidades”, ministrada pela consultora de Recursos Humanos Sonia Mara do Nascimento. De acordo com a secretária de Assistência Social, Adriana Lucia Bersch, a atividade mostrou vias de melhoria da autoestima e

autoconhecimento. “Foi um momento de bastante interação e emoção”, resume. Segundo Adriana, a data convida a uma reflexão sobre o verdadeiro papel da mulher na sociedade e sugere uma mudança de atitude diante da desigualdade em âmbito social, profissional, político e cultural. “No Cras a ideia é trabalhar com as mulheres atendidas estimulando-as a progredir”, conclui. Outro ponto alto foi a apresentação da cantora Gabriela Castro, que integra a orquestra municipal.

Texto que amplia licença-paternidade de cinco para 20 dias entra em vigor País O governo federal sancionou a lei que cria a Política Nacional Integrada para a Primeira Infância e estabelece marco regulatório com uma série de direitos voltados para crianças de até 6 anos de idade. O texto, aprovado no início do mês passado pelo Senado Fede-

ral, foi sancionado sem vetos pela presidente Dilma Rousseff nessa terça-feira. O principal avanço da legislação é o aumento da licença-paternidade dos atuais cinco dias para 20 dias. Por enquanto, ele não será obrigatório para todos, mas apenas para as empresas que aderirem ao Programa Empresa Cidadã, que também possibilita

o aumento da licença-maternidade para seis meses. A licença-paternidade de 20 dias também valerá para adoção. O marco legal prevê identificação e prevenção dos casos de violência contra gestantes ou crianças, em mecanismo semelhante aos já adotados em outros países, por meio do sistema de saúde.

Abertas inscrições para excursão à Expoagro Afubra, em Rio Pardo Cruzeiro do Sul A Secretaria da Agricultura informa que estão abertas as inscrições para os produtores interessados em visitar a Expo-

agro Afubra, em Rincão Del Rey, Rio Pardo. As inscrições devem ser feitas na secretaria, Emater-RS/Ascar ou Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR). São em torno de 90 vagas, No ato da

inscrição, o agricultor deve trazer a carteira de identidade. O custo será de R$ 10 por pessoa. A excursão ocorre no dia 21, com saída às 7h15min da Praça Dona Laura, no centro.


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Falta de laboratórios prejudica motoristas Testes toxiocológicos passaram a ser obrigatórios Estado

A

falta de laboratórios credenciados para realização de exames toxicológicos em motoristas bloqueia 3.263 carteiras de habilitação (CNHs) em todo RS. O Detran tenta na Justiça a liberação da renovação e adição de categoria sem a realização do procedimento. Três estados já conseguiram liminares: São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás. A Procuradoria-Geral do Estado entrou com pedido nessa quarta-feira. A exigência está em vigor desde o dia 2 para motoristas das categorias C, D e E na renovação e mudança de categoria. O exame toxicológico previsto em lei acusa o consumo de drogas no período de 90 dias e precisa ser feito por laboratórios credenciados pelo Denatran. No Rio de Janeiro e São Paulo, há seis laboratórios habilitados. No entanto, a distância encarece o exame e torna o processo demorado, causando prejuízos para o profissional e a empresa. Em nota, a Associação Brasileira de Provedores de Serviços

Toxicológicos (Abratox) informou que, no estado, dois laboratórios autorizados mantêm 121 pontos de coleta autorizados. Hoje, há no RS mais de 880 mil condutores habilitados nas categorias C, D e E.

Nos últimos 12 meses (fevereiro de 2015 até fevereiro de 2016), foram realizados 178.164 processos de renovação, mudança e adição de categoria (casos que seriam bloqueados sem o exame).

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Vigilância faz varredura em busca de mais mosquitos Cruzeiro do Sul A existência de mosquito aedes aegypti em Cruzeiro do Sul foi confirmada nessa segunda-feira pela 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), por meio de testes. O inseto foi encontrado por um morador do bairro Passo de Estrela na quinta-feira

da semana passada. Nessa terça-feira, iniciaram visitas aos imóveis localizados em um raio de 300 metros do ponto onde o mosquito foi capturado. Em cerca de uma semana, serão visitados 500 imóveis na área delimitada. As coletas são feitas são encaminhadas ao laboratório.


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Logística reversa mobiliza MP e município Palestras sobre o tema ocorrem no próximo dia 29, na câmara de vereadores ARQUIVO A HORA

Estrela

P

romotores de Justiça e Secretaria de Meio Ambiente tratam sobre a logística reversa no dia 29, na câmara de vereadores. O evento também deve reunir comerciantes e recicladores e trazer detalhes sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos. A programação terá a participação da coordenadora do Centro de Apoio Operacional do Consumidor do Ministério Público, Caroline Vaz. Pela legislação, o destino correto de itens como pilhas e lâmpadas é atribuição de fabricantes, distribuidores e comerciantes dos produtos. Segundo um levantamento de 2015, apenas cinco de 45 pontos comerciais do gênero recolhiam esse tipo de material. Desses, dois destinavam corretamente o resíduo. Na avaliação do secretário de

Conselho define compra de maquinário com R$ 150 mil Bom Retiro do Sul O Conselho de Desenvolvimento Agropecuário se reuniu no Centro Administrativo para tratar do projeto para uso de emenda parlamentar. O deputado federal Onyx Lorenzoni destinou R$ 150 mil para a cidade. Na ocasião, ficou definida a aquisição de um trator agrícola, uma plantadeira e uma concha frontal, equipamentos de grande prioridade para o atendimento aos produtores rurais do município. Definidos os equipamentos, o município providenciou o cadastro junto ao Sistema de Convênios (Siconv) para o processo ir para trâmite do Mapa e aguardar empenho do valor da emenda.

Encontro visa debater formas de implementar melhorias no sistema de coleta. Programação foi definida ontem

Meio Ambiente e Saneamento Básico, Hilário Eidelwein, o funcionamento da logística reversa é garantido pelo valor pago pe-

los produtos. Com ela, afirma, seria possível reduzir o descarte irregular dos itens. Pelas estimativas do secretário, cerca de dez

mil lâmpadas são jogadas no lixo todos os anos. Além delas, 310 quilos de pilhas têm o mesmo destino.

Segundo ele, é preciso haver a adaptação do comércio à lei e a conscientização dos consumidores. “Partes dos itens vinham sendo recolhidas pelas secretarias, estamos sendo cobrados, temos uma lei nacional que trata do assunto e devemos seguir.” A programação do evento foi debatida ontem por representantes da secretaria, como a coordenadora da secretaria de Meio Ambiente, Rosângela Johann, e a promotora de Justiça Andrea Almeida Barros. Segundo Rosângela, a atenção da política reversa deve focar o recolhimento de pilhas, baterias, pneus, lâmpadas e embalagens de agrotóxicos e se estender para todos os pontos de venda. De acordo com ela, o funcionamento do sistema seria uma forma de minimizar o impacto ambiental causado pelos produtos, além do risco às pessoas e animais.

Expovale elege corte no Complexo da Univates Vale do Taquari As três mulheres que representarão a 20ª Feira Industrial, Comercial e de Serviços (Expovale) serão conhecidas hoje. O desfile com as 15 candidatas e escolha da nova corte ocorre no Complexo Esportivo da Univates, a partir das 20h. Organizadores aguardam mais de mil pessoas. Os ingressos podem ser adquiridos de maneira antecipada com as candidatas por R$ 5. Na

hora, custam R$ 10. Antes do desfile, as candidatas passaram por entrevista individual com os jurados. As eleitas substituirão a atual rainha Vanessa Salva, princesas Milena Fernandes e Thaís Valer. A escolha das novas soberanas fica à cargo da comissão social da Expovale, composta por Josi da Costa Schmitt, Karin Sommer e Talita Fracalossi. Nos últimos meses, as 15 candidatas tiveram simpatia, co-

nhecimentos e interesse social testados. Elas passaram por sessão de fotos oficiais, prova cultural e tiveram de mobilizar a comunidade para doação de sangue e alimentos. Dos dias 22 de fevereiro a 7 de março, ocorreu a votação popular. Segundo os organizadores, mais de sete mil pessoas participaram. Os resultados serão divulgados hoje, durante o desfile, e na página da Expovale no Facebook. DIVULGAÇÃO

Desfile das 15 candidatas ocorre na noite de hoje. Evento começa às 18h com coquetel entre concorrentes e jurados

CANDIDATAS •Amanda Capponi Abella (Lajeado) •Ana Júlia Berté (Progresso) •Cristine Diana Kuhn (Arroio do Meio) •Daiane Bergamaschi (Encantado) •Danielle Weschenfelder Mallmann (Lajeado) •Gislaine Pezzini (Encantado) •Jéssica Barbieri de Oliveira (Lajeado) •Laura Alexia Träsel (Estrela) •Laura Trentini (Lajeado) •Laura Villa Brust (Lajeado) •Mônica Pimmel (Lajeado) •Nicoly Quadros dos Santos (Teutônia) •Paola Sionara Lagemann (Teutônia) •Pietra Charão Toffani (Taquari) •Vanessa Luise Fell (Estrela)


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ARQUIVO A HORA

Esporte de Aventura PATROCÍNIO:

Aventureiros se reúnem neste domingo Evento vai difundir potencialidades da região

“M

uitas vezes o pessoal sai da região para se aventurar, mas nem sabe as opções que temos por aqui.” Esse é o apontamento feito por Marlon Fagundes dos Santos, proprietário da Public House Adventure, de Lajeado. Para mudar essa concepção, ele organiza o 1o Encontro dos Aventureiros de Lajeado e Região. O evento ocorre neste domingo, no Parque Histórico de Lajeado, das 9h às 17h. Além da Public House, participam a Latitude 29 Escola de Voo Livre, de Lajeado, Off Aventura, de Estrela, V13 Adventure, de Vespasiano Corrêa, e Up Adventure, de Santa Cruz do Sul. Conforme Santos, durante o evento estarão expostos materiais publicitários e equipamentos esportivos. Os aventureiros estarão disponíveis para esclarecer dúvidas sobre rapel, pêndulo e voo livre. Além dos esportes de aventura, o objetivo é destacar o ecoturismo do Vale do Taquari, os pontos turísticos e trilhas disponíveis na região. “Têm pessoas que não conhecem lugares como o Morro Gaúcho ou a Lagoa da Harmonia. Queremos divulgar essas opções.” A entrada é grátis. Santos destaca que esse deverá ser o primeiro de vários encontros para

Vale do Taquari tem condições geográficas favoráveis para a prática de voo livre DIVULGAÇÃO

fortalecer os esportes de aventura e ecoturismo do Vale do Taquari.

GRUPOS PARTICIPANTES Public House Adventure (Lajeado) Passeio de lancha Aulas de stand up Aulas de wake board Passeio com banana boad Caminhadas pelas montanhas do Vale Latitude 29 Escola de Voo Livre (Lajeado) Aulas de voo livre Voo de parapente com instrutores Off Aventura (Estrela) Rapel Pêndulo

Canoagem é um dos esportes que se fortalece nos rios Taquari e Forqueta DIVULGAÇÃO

V13 Adventure (Vespasiano Corrêa) Rapel Trilhas Up Adventure (Santa Cruz do Sul) Rapel

Serviço O quê – 1° Encontro dos Aventureiros Onde – Parque Histórico de Lajeado Quando – Domingo, das 9h às 17h Entrada – Grátis

Cascata do Gamelão é um dos pontos turísticos utilizados para o rapel


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Minifutebol

Copas definem os finalistas Languiru e Forquetense realizam semifinal DIVULGAÇÃO

O que Importa é o que Interessa A é o atual campeão em Travesseiro

O

fim de semana será de decisões no Vale do Taquari. O Abertão da Languiru, em Teutônia, conhece os finalistas hoje. Já a Copa Forquetense define amanhã quem disputa a final. No primeiro jogo do Abertão da Languiru, às 19h30min, Flamengo encara Tangerinas Splash na semifinal feminina. Após, o Viévi Automóveis enfrenta o Ta'Lentos DMF pela master. A rodada de decisões tem ainda Rudibar versus Força Jovem (veterano), Karandiru versus Taquariense (sub-20) e Kaxa Baxa versus Hlera (força livre). Na Copa Forquetense, os jogos ocorrem amanhã, a partir das 13h45min, com Pituca enfrentando o Aven. Depois, o Tomivô encara o Estrelas. Em Colinas, ocorre a última rodada da primeira fase do Torneio de Verão. A Praça dos Pássaros, no centro, sedia os jogos a partir das 20h. No primeiro, pela sub-14, o Iluminatty encara o Nova Geração e o Menudos pega o Colinas da Praia. Na força livre, os confrontos são

Vila FC versus Real Street, Tigers versus Ales Faloa e Tupi versus Alibebeu. As semifinais ocorrem no dia 18 e a final no dia 1o de abril.

Travesseiro realiza primeira rodada Na contramão dos outros municípios, Travesseiro realiza amanhã a primeira rodada do municipal de futsal. A abertura ocorre às 13h no CE Travesseirense. Os jogos serão divulgados durante a cerimônia de abertura. Segundo o presidente da Litrafa, Sidnei Fussinger, a ideia é reunir o maior público possível para prestigiar a primeira rodada. A competição será disputada nas categorias força livre (9 equipes), feminino (3), sub-16 (3) e veterano (3). Na primeira fase, as equipes jogam todas contra todas. Pela força livre, as seis melhores se classificam para as quartas de final. Nas demais categorias, o primeiro colocado se classifica à final e segundo e terceiro jogam a semifinal.

Ezeq ui el N ei t z ke

Vai ou fica? O inciso 1º do artigo 43 do regulamento do municipal de Lajeado/Copa Gastão Valandro vem causando dor de cabeça para treinadores e dirigentes do municipal de Progresso. Ele permite que atletas com vínculo em Lajeado, mas que estejam atuando em outros municípios, disputem o amador da cidade. Para fazer isso, basta o atleta desistir de disputar o campeonato em andamento ou a equipe em que jogava ser eliminada. Com esse inciso, a pergunta que mais se ouviu nos clubes em Progresso nas últimas semanas foi: vai ou fica? Descontente com tal situação, o treinador do Gaúcho Robledo Carissimi se posicionou contra a iniciativa e disse que não liberará as fichas dos atletas que atuam na equipe. “O estatuto da Aslivata diz que jogadores que atuam em campeonatos que são filiados à entidade não poderão jogar em outras competições que também são filiadas, isso é muito ruim para a certame, pois os times começam a perder importantes peças.” Ele acredita que a Lilafa deveria conversar a com a Lifap para entrar em um acordo. “Não queremos ficar com fama de trancar jogadores, mas temos que pensar no nosso lado, pois já investimos para chegar hegar até aqui e não dá para perder atletas as neste momento,” afirma. Com a mesma opinião de Caresidente da Lirissimi, o presidente fap Gilmar Dell'Osbel critica a atitude da Lilafa. “O presidente da Ligaa de Lajeado tá errado. Como mo ele vai liberar os jogadores es para jogar vando os joali? Incentivando gadores a retirar a ficha aqui em Progresuar em so para atuar Lajeado, acho cho que quem

tá fazendo toda essa confusão é o presidente da Liga de Lajeado.” Dell'Osbel orienta aos clubes a não liberar a carteirinha de nenhum jogador “Caso eles queiram jogar em Lajeado, que atuem irregular, se os clubes de lá permitirem isso, então é problemas deles.” Presidente da Lilafa, Danrlei Christ contesta as acusações e relata que a competição de Progresso não poderia ser vinculada à Aslivata por iniciar em um ano e terminar no outro. “Parece a Champions League”, ironiza. O mandatário esclarece que o regulamento foi feito para permitir que os atletas com vínculo em Lajeado possam jogar na cidade. “Não posso impedir que algum atleta, dentro das condições impostas pelo regulamento, jogue aqui. O campeonato começou em dezembro e eles estão buscando jogadores de todos os municípios, nós estamos pegando só os de Lajeado.” Um dos desportistas que abriu mão de atuar em Progresso foi Tiago Nyland. O atacante jogava no Flamengo A e alegou falta de sinceridade dos dirigentes. “Quando assinei, pedi se era para ir a todos os jogos e eles afirmaram que sim, mas me levaram em dois apenas e nos outros tive que ficar em casa, aí pedi minha carteirinha de volta.” Ao contrário do conterrâneo, co o centroavante Alex Espíndola troavant perman permanecerá em Progresso gresso. Ele afirma que fo foi procurado por di diversos times de La Lajeado, mas em to todos os casos a re resposta foi a mesma ma. “Dei minha pa palavra para os dirige gentes de Progresso, qu quando acabar lá, ve vejo se ainda posso at atuar aqui.”

Retornando No domingo, estive no confronto entre Olarias e Estudiantes e registrei o retorno do zagueiro Marlon Gross. O atleta que teve várias lesões em 2015 disputa o amador de Lajeado pelo Olarias. “Espero ter um ano livre de lesões e com muitas conquistas,” afirmou após a partida. O colunista deseja bom retorno e sucesso ao amigo e atleta.

ezequiel@ jornalahora.inf.br


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Informe

www.setelajeado.com.br

Copa de minifutebol inicia com 32 clubes EZEQUIEL NEITZKE/ARQUIVO A HORA

dão a garantia de uma grande competição, em que vencerá a equipe mais competente.”

Os campeões Nos últimos seis anos, o número de equipes quadruplicou – passou de oito para 32 times. Com o aumento, o coordenador de Esportes, Luís Felipe Worm, o “Farelinho”, prevê uma das edi-

ções mais parelhas da história. Desde 2010, quando Farelinho assumiu, três times levantaram a taça de campeão na elite: Tabajara (2010, 2011 e 2014), Real Madruga (2012) e Viracopos (2013 e 2015). Renegados Futebol Show (2011), Polêmicos (2012), Alcatraz (2013), Viracopos (2014) e R7 (2015) foram os campeões da segundona.

Equipes 1ª divisão Viracopos/Lebber, Viracopos/Antares, Alcatraz, Futebar Avaí, Galera, Real Madruga, Polêmicos, Jeduca, R7, Cataluña, Renegados, Mercenários, Tabajara, Tabajara B, Futebolzinho e Dinamite. Viracopos/Lebber Imóveis foi o campeão da edição passada e busca o tricampeonato da elite nesta temporada

D

oze partidas serão disputadas na rodada de abertura da Copa Sete amanhã. Repleta de novidades, a edição 2016 terá recorde de equipes – 32 na primeira e segunda divisões. A premiação com um jogo de uniforme para os campeões, implantada na edição passada, continuará. Na rodada inaugural de amanhã, as equipes Viracopos/ Lebber Imóveis e R7, campeãs da primeira e segunda divisão de 2015, respectivamente, recebem as faixas. O jogo ocorre às 16h15min no campo da primeira divisão. Até a definição dos dois campeões – cada equipe jogará, no mínimo, 22 jogos e serão disputadas 384 partidas. Em ambas as divisões, a competição

será dividida em duas fases. Na primeira, jogaram todos contra todos, classificando os oito primeiros para a Série Ouro e os restantes para a Prata. As duas piores equipes no somatório dos dois turnos da primeira divisão serão

Jogo da entrega das faixas será às 15h15min

rebaixadas e as duas melhores da segunda divisão subirão para a primeira em 2016. Pedro Alex Lenhardt, atacante e um dos líderes do Viracopos/Lebber Imóveis, atual campeão da elite, diz que a equipe está preparada para buscar o bi. Ela manteve o elenco e se reforçou com o goleiro Márcio Sturm, zagueiro Beibe, meia Vanderlei Pech e o atacante Índio. “ O campeonato deste ano promete ser bastante competitivo, difícil apontar um favorito porque serão várias equipes fortes e em condições de conquistar o título.” Lenhardt torce para que o durante o campeonato prevaleçm a disciplina, esportividade e o bom convívio entre todos. “O Clube Sete de Setembro e o seu Departamento de Esportes são conduzidos por pessoas competentes, que nos

2ª divisão Renegados, UFC, SNS, Sópelaceva, Barsemlona, Mercenários, Coringa, Copeiros, Debilitados, Kamikaze, Galáticos, Alcatraz FC, Arranca Toco, Sobras, Cervejetarianos e Dogs United.

Agenda Primeira divisão 12h15min – Renegados FC X Tabajara B 13h15min – Alcatraz X Viracopos/Imobiliária Antares 14h15min – Jeduca X Galera 15h15min – R7 X Viracopos/Lebber Imóveis 16h15min – Real Madruga X Mercenários FC 17h15min – Dinamite FC X Polêmicos Segunda divisão 12h15min – Arranca Toco X Mercenários 13h15min – Debilitados FC X SNS 14h15min – Copeiros FC X Sopelaceva 15h15min – Sobras FC X Barsemlona 16h15min – Dogs United FC X EC Coringa 17h15min – Cervejetarianos X Renegados FC


Lajeado, sexta-feira, 11 de março de 2016

Jornalismo / redação: ahora@jornalahora.inf.br Publicidade: comercial@jornalahora.inf.br Assinaturas: assinaturas@jornalahora.inf.br


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