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FÁBIO KUHN

Fundado em julho de 2002 Lajeado, quinta-feira, 21 de janeiro de 2016 Ano 13 - Nº 1515 Avulso: R$ 1,00 Fechamento da edição: 21h

COMPLEXO INDUSTRIAL RUGBY

Centauros busca atletas Teutônia sedia primeira seletiva de jogadores neste sábado. Atividade ocorre no campo ao lado da Cooperativa Languiru. Outros treinos abertos serão em Estrela, Arroio do Meio e Lajeado.

TROCA DE BISPO

Papa ordena saída de dom Canísio Klaus

Cosuel pretere SP e Paraná e investe em Arroio do Meio

D

ireção da Cosuel e governo municipal anunciaram, ontem à tarde, investimento de R$ 81 milhões em complexo industrial a ser erguido ao lado da fábrica de leite em pó, no distrito de Palmas. Cidades de São Paulo e Paraná ofertaram área e quase levaram o complexo, que, segundo o

superintendente Carlos de Freitas, só irá para Arroio do Meio pela relação, proximidade e raiz cooperativista existente. O investimento contempla fábrica de rações, farinha e um frigorífico para abater até 2,2 milhões de aves por mês. Inauguração está prevista para 2020. Páginas 6 e 7

Obra atrasa e água falta RODRIGO MARTINI

DIVULGAÇÃO

SALDO DE EMPREGO DE 2015

Vale encerra mil postos de trabalho Dados do Caged mostram o fechamento de 1.025 postos de trabalho entre janeiro e novembro do ano passado na região. O número resulta da diferença entre admissões e demissões. Página 4

A pedido do Vaticano, o bispo da Diocese de Santa Cruz do Sul será transferido para Sinop, Mato Grosso. Klaus assumiu o cargo em Conexão julho de 2010.

TECNOLOGIA GANHA ESPAÇO

Uso de cheque diminui 80% em 20 anos THIAGO MAURIQUE

TEMPO NO VALE Quinta-feira no Vale: sol com poucas nuvens Mínima: 20°C - Máxima: 34°C FONTE: CIH/UNIVATES

ABASTECIMENTO: construção de um reservatório para 500 mil litros de água no bairro Jardim do Cedro, em Lajeado, deveria ter sido concluída em agosto de 2015. Obra deve beneficiar mais de Página 8 dez mil moradores daquela região, e nova previsão é entregá-la em até três meses.

Popularização dos cartões e aumento das transferências por meio da internet são os principais fatores para a queda na emissões dos talões. Página 9


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Ideias

EXPEDIENTE

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Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS

#gratidão

O

que se percebe nas redes sociais é um verdadeiro tsunami de #gratidão, os assuntos que acompanham a hasdtag variam entre lindas paisagens, viagens, amores, amigos, brindes, conquistas, emagrecimento, enfim, tudo se tornou motivo de agradecimento. Mas confesso que a dúvida é grande, será que essa explosão de gratidão virou moda ou as pessoas realmente estão experimentando esse sentimento? A única certeza é que a hashtag é pop e não poupa mais ninguém, seja famoso ou anônimo, todos adotaram a gratidão (ou #grateful, em inglês) nas suas redes sociais.

COMPRA

VENDA

Dólar Comercial

4,1018

4,1027

Dólar Turismo

4,0100

4,2900

Euro

4,4740

4,4756

Libra

5,8018

5,8047

Peso Argentino

0,3037

0,3038

Yen Jap.

0,0351

0,0351

Cotação do dia anterior até 17:45h, Valor econômico.

ÍNDICE MÊS (%)

ACUMULADO ANO (%)

ICV Mes (DIEESE) 12/2015

0,77

12,57

IGP-DI (FGV)

12/2015

0,44

10,68

IGP-M (FGV)

12/2015

0,49

10,54

INPC (IBGE)

12/2015

0,90

11,28

INCC

12/2015

0,12

7,22

IPC-A (IBGE)

12/2015

0,96

10,67

ÍNDICE

MÊS

Salário Mínimo/2015 R$ 788,00

TAXAS E CERTIFICADOS (%)

MÊS

ÍNDICE MÊS (%)

ACUMULADO ANO (%)

TJLP

7,5

Selic

14.25%(meta)

TR CDI (Mensal)

0,2250

1,7954

12/2015 1,1613

13,2386

Prime Rate

12/2015

3.25

3,25 (Previsto)

Fed fund rate

12/2015

0.25

0,25 (Previsto)

-Ouro (dólar) – Onça Troy – USD 1089.9– cotação do dia 20/1/2016

BOLSAS DE VALORES

PONTO

VARIAÇÃO FECHAMENTO (%)

Ibovespa (BRA)

37548

-1,34

Dow Jones (EUA)

16.016

0,17

S&P 500 (EUA)

1.881

0,05

Nasdaq (EUA)

4.435

-0,94

DAX 30 (ALE)

9.392

-2,82

Merval (EUA)

9.382

-4,28

cotação do dia anterior até 17h45min

Petróleo (dólar)/Brent Crude – barril – USD 28.76 em 20/01/2016

de bens materiais e de muito dinheiro no bolso eram vistos como os aspectos mais importantes da vida, no entanto, hoje é possível perceber que estamos vivenciando uma busca por outros valores, não que aqueles sejam menos importantes, mas que pode existir uma harmonia, um equilíbrio entre o profissional, material e a vida afetiva e emocional. Sinceramente, desejo que esse sucesso da hashtag gratidão não seja um mero exibicionismo, que o sentimento dessa palavra não se perca em meras fotos bonitas ou momentos de prazer. Anseio que o estado de gratidão seja sentido com a força do coração,

Candida Arend Advogada - OAB/RS 66.950 candida.arend@gmail.com

que seja saboreado e dado o seu devido valor para cada momento da vida, pois quando se é grato automaticamente a preocupação com o que vem depois é menor e se aproveita mais o agora. A #gratidão será passageira para alguns, mas para outros entrará para a vida.

O ano novo já é velho

INDICADORES ECONÔMICOS MOEDA

A questão principal dessa gigante onda de gratidão não é a popularização, mas sim a banalização de uma palavra que carrega um valor sentimental tão profundo. Existe uma grande diferença entre escrever gratidão e realmente senti-la, tanto é que o termo remonta ao sagrado, a um sentimento religioso universal, significando mais uma busca constante e incessante de uma evolução espiritual do que um sentimento constante. Mas penso que nesse emaranhando de #gratidão podemos visualizar um novo movimento de valores. Até então o sucesso pessoal e profissional, a aquisição

O

ano novo nem bem começou e já está ficando velho. Já está sendo usado, usufruído por nós. E as práticas normais de todos os anos já começaram a acontecer. Após a grande virada, tudo agora é Carnaval! O Brasil para, para que o Carnaval possa acontecer. Para que o samba entre na avenida e suas alegorias nos encantem de fantasias e alegrias festivas. E após toda essa folia, daí, sim, o ano começa verdadeiramente de fato. As fantasias carnavalescas retornarão para o armário e o homem e mulher comum retornam ao dia a dia, trazendo junto com ele todos os ‘ismo’ possíveis. Mas até lá vamos curtir dia por dia, afinal de contas, tem muita gente de férias curtindo o verão, ostentando aquela marquinha

tão desejada. Ou ainda tem muita gente contando os dias para que cheguem as tão sonhadas férias. Curtir um bom descanso ou uma boa diversão com os amigos e familiares. Afinal de contas, ninguém é de ferro e descansar é preciso. Como é preciso também recarregar as energias para poder desfrutar de mais algumas centenas de dias que virão pela frente neste novo ano. O ano novo é novo, mas nossas práticas diárias precisam ser renovadas caso tenhamos realizado muitas coisas negativas no ano que passou. Precisamos ser mais humanos neste novo ano. Precisamos ser mais harmoniosos com os outros. Ninguém é melhor do que nós e muito menos nós somos melhores do que os outros. Sempre temos algo a ensinar, mas também

temos muito a aprender. Temos muitas coisas para dizer, mas também precisamos parar para ouvir. É essa troca que fará com que nosso novo ano seja realmente novo e que nossa passagem por ele irá de fato valer a pena. Temos sempre que olhar para trás para que possamos aprender com nossos erros do passado. Pois de nada adianta soltar fogos, pular sete ondas, comer uvas, romãs, se passado o momento seguirmos os mesmo erros. Precisamos mudar interiormente. Pois pular sete ondas, para mim, significa andar para frente, erguer-se. Comer uvas e romãs significa melhor por dentro, alimentar seu eu interior com coisas boas. Esse, para mim, é o verdadeiro sentido, caso contrário, nada terá valido a pena. E como essa é a primeira colu-

Sérgio Rosa, Ator e escritor papelitoler@gmail.com www.papelitoleitura.com.br

na deste novo ano, a entrego para vocês com o objetivo de provocar uma reflexão sobre o que vivenciamos durante o ano que passou e como poderemos fazer, agir, viver diferente o ano novo que está acontecendo. Reflitam. Repensem. Construam. Vivenciem. Sejam mais humanizado, pois o homem ou a mulher que existe dentro de você está precisando urgentemente.


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Contra a CPMF

Rodrigo Martini martini.jornal@gmail.com lentem.wordpress.com

Obra pública dentro do prazo é utopia

A

foto de capa de hoje ilustra uma notícia – tristemente – banal. No Brasil, sempre haverá uma certeza em qualquer anúncio de empreendimento público: ele vai atrasar. E muito. E no Vale do Taquari, claro, não poderia ser diferente. Começamos pelo reservatório da Corsan em Lajeado, anunciado pelos nobres e bem pagos diretores da estatal ainda em dezembro de 2013. Há uma placa bem grande em frente ao canteiro de obras. Os dizeres são claros ao anunciarem o término da obra para agosto de 2015. Mas quem se preocupa com prazos quando falamos de recursos do contribuinte? Caro leitor, essa pergunta foi uma ironia. Embora eu tenha a absoluta certeza que 99% dos gestores definitivamente pensam assim. E tal fato se tornou tão trivial que um dos funcionários da obra, ao ser questionado sobre o atraso, negou. Parado bem em frente à tal placa, ele me disse com todas as letras que os serviços não estavam atrasados. Fiquei confuso. Cheguei a pensar que era eu quem estava baralhado. No fim, acho que entendi. Ela só está cinco meses atrasada. E no Brasil, isso é considerado um êxito. Infelizmente é um desfecho quando estamos cercados de

Agentes públicos se especializaram em uma frase: aumento dos insumos previstos no contrato.

exemplos de inaptidão. Muitos cometidos pela mesma estatal. A rede coletora de esgoto, por exemplo, prevista para ser finalizada em abril de 2013, até hoje segue infernizando moradores dos bairros Florestal e Moinhos, também em Lajeado. O que falar então da estação de tratamento de efluentes de Encantado, iniciada em 2009 e sem previsão de término. São seis anos, 72 meses ou 26.280 dias de espera. E nada. E não há como falar de atrasos sem citar a – por que não – histórica pavimentação asfáltica do acesso a Capitão. Essa, iniciada no distante ano de 1998 e cuja

Sobrepreço do PAC em Lajeado é de 17,67% O relatório técnico realizado pelo Ministério Público Federal (MPF) aponta sobrepreço de 17,67% nas obras de pavimentações pelo PAC em Lajeado, orçadas em mais de R$ 20 milhões. O índice foi baseado em uma comparação com os valores dispostos no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi).

São R$ 3,5 milhões de recursos do contribuinte a mais para uma obra que será, em boa parte, paga novamente pelo contribuinte. No caso, os proprietários dos imóveis instalados nas vias contempladas pelo empreendimento. Hoje, representantes das empresas e do governo municipal se reúnem com dirigentes da Caixa Econômica Federal.

conclusão desafia até os mais otimistas. E estamos falando de pouco mais de 20 quilômetros. Uma verdadeira migalha. Bem atrasada. Fossem só os atrasos e nossa sociedade não estaria sendo tão lesada. Mas não. Agentes públicos se especializaram em uma frase: aumento dos insumos previstos no contrato. Tudo aumenta, e de forma estranhamente rápida e especulativa. Basta ver o caso da derradeira duplicação de 33 quilômetros da BR-386. Os serviços iniciaram em 2010 e todo o empreendimento deveria ter sido finalizado em 2013. Doce utopia. Passados quase três anos do prazo, a obra segue inacabada, sem previsão de término e quase R$ 50 milhões mais cara. Se acabasse hoje, a média seria de cinco quilômetros concluídos por ano. O pior disso tudo é que estamos regredindo. Com tecnologia muito inferior à atual, imensas obras foram finalizadas em prazos muito mais decentes no passado. A construção de Brasília, por exemplo, durou menos de quatro anos na década de 50. E nem vou comparar nosso desempenho atual com serviços realizados por potências como Estados Unidos e Japão. Assim, evito vexame ainda maior. É duro de aguentar. E mais duro ainda é admitir que cinco meses de atraso é pouco.

Boa parte do setor produtivo brasileiro divulgou, em conjunto, um manifesto que busca deslegitimar a tentativa do governo liderado por Dilma Rousseff de recriar a CPMF. O documento foi assinado pela OAB, Confederação Nacional da Indústria, do Transporte, dos Dirigentes Lojistas e da Saúde. Parte dos novos tributos serviria para tapar rombo de R$ 10,3 bilhões do orçamento deste ano.

Tiro Curto – O conselheiro Marco Peixoto é o novo presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE). Ele é réu por estelionato no STJ, acusado de empregar funcionários fantasmas quando ainda era deputado estadual pelo PP, em 2007. Hoje, ele ainda emprega um assessor condenado por desvio de recursos na Assembleia Legislativa; – Todos os lotes da licitação para horas/máquinas em Lajeado orçados em R$ 4,2 milhões – foram vencidos por uma só empresa. De forma ágil, o resultado mudou e outras três concorrentes também foram contempladas; – Em Progresso, 824 eleitores não fizeram recadastramento biométrico e estarão impedidos de votar em outubro. O número representa quase 20% do eleitorado no município; – No dia 10, venceu o contrato com a R. Santana Consultoria, empresa com sede em Belo Horizonte, contratada sem licitação pelo governo de Lajeado. Até o momento, foram pagos R$ 125 mil dos R$ 250 mil acordados. E o resultado desse trabalho é um mistério; – O movimento Vem pra Rua vai solicitar outra vez a abertura da CPI do Cartel do Lixo pela Câmara de Vereadores de Lajeado. O objetivo é investigar o suposto envolvimento de servidores com as fraudes nas licitações para serviços de limpeza urbana. Boa parte da sociedade deu pouco ou nenhum crédito ao arquivamento do processo pelo MP local; – Rui Heinke, o ‘Adriel’, vai deixar o PROS de Lajeado. Ele está à procura de novo partido; – Airton da Costa abriu mão de concorrer a vice-prefeito pelo PT em Travesseiro. O vice de Genésio Hofstetter (PSB) será Sérgio Nied, também do PT; – Em Colinas, a lei que cria cargos de direção, chefia e assessoramento ainda não está disponível no site da prefeitura e tampouco no site da câmara de vereadores. A matéria foi aprovada em sessão extraordinária em dezembro de 2015; – O Ministério Público de Contas segue analisando irregularidades na licitação lançada pelo governo de Estrela para compra de pneus, câmaras de ar e protetores de aro.

“A democracia muitas vezes significa o poder nas mãos de uma maioria incompetente.”

George Bernard Shaw


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AAPOT conscientiza sobre o câncer de pele

Cidades

CRUZEIRO DO SUL – A Associação de Assistência a Pacientes Oncológicos e Transplantados (AAPOT) realiza ações de prevenção ao câncer dérmico em municípios da região. Amanhã, 22, a entidade estará no município, a partir das 9h. Uma equipe orientará sobre

os riscos da exposição ao sol e a importância dos cuidados com a pele. A atividade foi lançada em setembro de 2013 e objetiva informar sobre a doença. Segundo pesquisa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o número de vítimas aumenta a cada ano.

Demissões superam admissões em 2015 Ao contrário de anos anteriores, saldo de emprego ficou negativo em 1.025 Vale do Taquari

D

ados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, mostram redução de 1.025 postos de trabalho entre janeiro e novembro do ano passado na microrregião de Lajeado/Estrela, composta por 31 municípios. No país, o saldo ficou negativo em mais de um milhão. Números relativos a dezembro ainda não foram compilados. Mesmo assim, 2015 deve fechar no vermelho. Com isso, a microrregião termina pela primeira vez desde o detalhamento das informações, em 2007, com a geração de empregos abaixo do saldo de demissões. O setor de confecção de calçados manteve o saldo positivo nos três primeiros meses do ano. Depois disso, de abril a novembro, todos fecharam no negativo (veja detalhes no infográfico). As áreas de vendedor de comércio varejista e preparador de calçados foram as que mais apareceram com saldos no vermelho em 2015. Em Estrela, por exemplo, o número de demissões superou em 791 o de contratações. A maior variação ocorreu nas vagas de auxiliar-geral de conservação de vias, com postos de trabalho a menos. Na sequência, aparece a função de auxiliar de escritório, cujo saldo negativo ficou em 50. Lajeado tem a segunda maior variação. De janeiro a novembro, foram admitidos 13.202 trabalhadores, e demitidos outros 13.691 – saldo de negativo de 489. Cidade com grandes empresas voltadas ao abate de animais, justamente nesse setor acumulou o pior resultado. A função de magarefe contabilizou redução de 102 postos de trabalho. Em seguida, a área de vendedor de comércio varejista, com 89 vagas a menos. Em cenário semelhante está

VARIAÇÃO DE EMPREGO NO VALE DO TAQUARI Maior saldo negativo

Maior saldo positivo

Variação Total

Janeiro

Vendedor comércio varj. (-39)

Trabalhador confecção calçados (251)

588

Fevereiro

Vendedor comércio varj. (-25) e Soldador (-25)

Trabalhador confecção calçados (223)

340

Março

Vendedor comércio varj. (-25)

Trabalhador confecção calçados (96)

592

Abril

Preparador de calçados (-46)

Alimentador de linha de produção (48)

-92

Maio

Servente de obras (-31)

Abatedor (31)

-195

Junho

Preparador de calçados (-57)

Trabalhador confecção calçados (70)

-342

Julho

Auxiliar de escritório (-56)

Preparador de solas e palmilhas (28)

-717

Agosto

Magarefe (-44)

Trabalhador confecção calçados (64)

-63

Setembro

Preparador de calçados (-142)

Servente de obras (42)

-447

Outubro

Mecânico de manutenção de máquinas (-41)

Trabalhador do curtimento de couros e peles (47)

-541

Novembro

Auxiliar de escritório (-81)

Operador de caixa (37)

TOTAL

-148 -1025

não inclui apenas trabalhadores da cidade, mas de diversos municípios da região. Julho foi o mês com maior quantidade de seguros: 644. O número representa quase o dobro da soma de janeiro e fevereiro, meses com menor índice de 2015. Conforme dados divulgados nesta semana pelo governo do Estado, entre 1º de dezembro e a última segunda-feira, foram realizadas 12.483 solicitações de agendamento de seguro-desemprego no RS. O governo destaca que o seguro-desemprego só é encaminhado nos casos em que não são encontradas vagas compatíveis com o perfil do profissional demitido no Sistema Mais Emprego. Ele é concedido aos trabalhadores dispensados sem justa causa, que não recebem qualquer benefício previdenciário de prestação continuada, exceto auxílio-acidente, auxílio-reclusão e pensão por morte; e não têm renda própria.

ESTEVÃO HEISLER/ARQUIVO

Preocupação

Mais de 39 mil empregos foram gerados nos 11 primeiros meses de 2015

Taquari, onde o saldo negativo de empregos ficou em 240. Nesses 11 meses, foram criadas 1.523 vagas e encerradas outras 1.763. Embora o saldo de demissões supere o de admissões em todo o estado, o Sistema Nacional de Empregos oferta 52,9 mil vagas de emprego nas agências gaúchas. No Vale do Taquari, empresas da região buscam por 156 profissio-

nais para diferentes segmentos.

5,6 mil seguros-desemprego Nesse mesmo período, a Agência do Sistema Nacional de Emprego (Sine) de Lajeado, a principal do Vale do Taquari, encaminhou 5.603 seguros-desemprego. De acordo com a agência, o número

É a primeira vez, desde 2007, que as demissões superam as admissões no Vale do Taquari.

Relatório divulgado nesta semana pela Organização Mundial do Trabalho (OIT) aponta que um em cada cinco novos desempenhos do mundo neste ano e em 2017 virá do Brasil. De acordo com a entidade, 700 mil brasileiros se somarão ao contingente de desempregados até o próximo ano, de um total que pode chegar a 3,4 milhões de trabalhadores no planeta. Economias emergentes como a brasileira, destaca o relatório, serão as mais afetadas pelo desemprego neste ano. A OIT alerta para a possibilidade de uma acentuação no problema caso esses países (emergentes) adotem medidas de austeridade. A entidade estima que o desemprego no Brasil será de 7,7% neste ano e 7,6% em 2017, índices abaixo da União Europeia. A média geral dos países emergentes, conforme projeções da OIT, ficará abaixo de 6%.


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Entidade aderem à campanha contra a dengue Ações conjuntas reforçam prevenção Lajeado

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ntidades de classe e sindicatos de trabalhadores são convidados a atuar como multiplicadores da campanha de combate ao mosquito aedes aegypti. Nessa terça-feira, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Inovação realizou reunião de conscientização com representantes da CDL, Acil e do Sindicato dos Salões de Beleza do Vale do Taquari a fim de envolvê-los na divulgação das formas de prevenção e eliminação das larvas do inseto. O supervisor da Sedei, Guilherme Engster, lembrou que todas as secretarias municipais foram convocadas a vistoriar as áreas sob sua jurisdição, além de buscar aliados entre o seu respectivo público-alvo. O biólogo Fernando Diel, coordenador do setor de Vigilância Ambiental em Saúde, reforçou a importância de estabelecer barreiras à proliferação do mosquito, ovos e larvas, para proteger o município de infestações e de uma epidemia. A adesão das entidades empresariais e de trabalhadores permite que os estabelecimentos comerciais e salões de beleza, por exemplo, sejam espaços de distribuição de material informa-

tivo. Participaram do encontro Antonio Juarez Silva, da Acil; Sônia Mara Pereira, do Sindicabes dos Vales e Ademir Kronbauer, da CDL. Por enquanto, a cidade registrou três casos de dengue, sendo um deles autóctone, quando é adquirido na própria região. Em 2013, 2014 e 2015, foram encontrados dois, 25 e 15 focos de larvas do mosquito, respectivamente. Este ano não há registro de casos da doença ou focos. Diel salientou que as mudanças meteorológicas, com elevadas temperaturas no inverno, facilitam a propagação do vetor da dengue. "O frio mata o mosquito e a larva, mas o ovo do mosquito pode sobreviver por mais de 500 dias em estado de quiescência, com o metabolismo zerado.” A maior dificuldade encontrada pelos agentes de vigilância ambiental está na realização de vistorias e medidas preventivas em propriedades abandonas e fechadas. A regulamentação da Lei 9.586, que institui o Programa Municipal de Combate à Dengue e que definirá a aplicação de multas, o valor da penalidade e o responsável por receber recursos às infrações, permitirá ao poder público notificar, advertir e multar os responsáveis.

MEDIDAS Na semana passada, a Secretaria da Saúde de Lajeado reforçou o conjunto de medidas de combate ao aedes. Entre elas, o corte do período de férias dos agentes epidemiológicos por 90 dias, a fim de reforçar a fiscalização durante os meses de verão, e a contratação de mais três profissionais. Além disso, os 86 agentes comunitários de saúde passaram a vistoriar os

imóveis das famílias visitadas, ação prevista pela Portaria nº 2121, editada em dezembro pelo Ministério da Saúde. As residências que estiverem quites com as medidas de prevenção receberão um certificado adesivado comprovando esta situação. Casos de positividade da presença de larvas do mosquito serão encaminhados aos agentes epidemiológicos para averiguação.

Cidades

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Rio Taquari

Arroio do Meio

Encantado

Nova fábrica de farinha Capacidade para fabricar 700 toneladas de farinha por mês. Investimento previsto de R$ 12,7 milhões

Novo frigorífico de aves Capacidade para abater 2,2 milhões de frangos por mês. Investimento previsto de R$ 44,8 milhões

Fábrica de leite em pó, em atividade desde 2012

Nova fábrica de rações Capacidade para fabricar 45 toneladas de ração por hora. Investimento previsto de R$ 23,8 milhões

Cosuel apresenta novo complexo industrial Após tratativas com municípios gaúchos e de outros estados, a Dália Alimentos oficializou a instalação do novo abatedouros de frangos em Arroio do Meio. O investimento previsto supera os R$ 80 milhões e inclui a construção de uma fábrica de rações, uma de farinha, além de um projeto associativo para a produção animal

Arroio do Meio

A

íntegra da proposta foi apresentada ontem, em reunião na prefeitura. A administração municipal empregará R$ 2,2 milhões para a aquisição da área e serviços de terraplanagem. O projeto de lei para o incentivo foi enviado ao Legislativo para análise dos vereadores. A tendência é de aprovação na câmara até o dia 11 de fevereiro. Após, a cooperativa ingressará com propostas de financiamento junto ao BRDE e o BNDES. Caso os trâmites sigam no tempo esperado, as obras devem começar no início de 2017, com previsão de conclusão de três anos. O complexo será construído em duas fases. Ao fim da primeira, a projeção de faturamento anual chega a R$ 128,8 milhões ao ano, somente no abatedouro. Na fábrica de rações, a previsão alcança R$ 61,8 milhões e na de farinha, R$ 12,3 milhões. Na segunda fase do projeto, a pretensão é

ampliar a estrutura e dobrar o número de abates, alcançando um faturamento total de R$ 331,7 milhões ao ano. A capacidade de produção estimada é de 2,2 milhões de frangos por mês. Ao todo, 540 postos de trabalho serão criados com a estrutura.

Negociação De acordo com o secretário de Indústria e Comércio do município, Norberto Dalpian, o processo de negociação com a cooperativa foi longo, devido ao interesse de outros municípios, como Estrela, Venâncio Aires e Cachoeira do Sul. “A logística nos favorecia, mas logo tivemos a concorrência de outros estados, como Paraná e São Paulo, que tem vantagem nesse quesito”, lembra. Para o secretário, a instalação em Arroio do Meio só se concretizou graças à idoneidade da empresa e o histórico relacionamento da cooperativa com o município. Conforme o superintendente da Dália, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, o

agronegócio gaúcho perde em competitividade em relação aos demais estados. “Temos graves problemas de logística, além de desvantagens fiscais em relação aos demais estados.” Segundo ele, o relacionamento histórico com o município foi decisivo para o avanço do projeto. “Se fôssemos uma empresa S.A., talvez a melhor opção seria transferir as operações para outros estados”, avalia. Conforme Freitas, a escolha foi por honrar os acordos estabelecidos e brigar com o governo do Estado por melhores condições ao setor.

Incentivo planejado Prefeito de Arroio do Meio, Sidnei Eckert destacou o planejamento da administração para garantir o incentivo necessário para a instalação do abatedouro. Segundo ele, no início do atual mandato, em 2013, foram estabelecidas metas que assegurassem recursos para


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Reportagem e fotos: Thiago Maurique

um eventual investimento. “Organizamos o caixa para ter entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões reservados para o caso de uma oportunidade como esta”, relata. Para o prefeito, a capacidade de receber um empreendimento dessa magnitude depende das prioridades estabelecidas para a cidade. No caso da atual administração, o desenvolvimento econômico é prioritário por gerar emprego e renda à população, afirma Eckert. “Se a economia estagnar, haverá um momento em que os custos com a saúde, educação e o funcionalismo acabarão absorvendo toda a arrecadação, como ocorre hoje como o Estado.” Ao todo, serão empregados R$ 1,5 milhão na aquisição do terreno e mais R$ 700 mil para os serviços de terraplanagem. Conforme o prefeito, tal investimento é possível graças a uma máquina pública enxuta. Para ele, investimentos como o da Dália e demais empresas instaladas na cidade permitirão o crescimento do município ao longo das próximas décadas. “Todas têm capacidade de crescimento”, assegura.

Projeto ASA Após a aprovação na câmara, a Dália pretende iniciar as tratativas com os associados para dar início ao projeto América Sociedade Agrícola (ASA). A intenção é centralizar a produção com a criação de 14 granjas, em investimento de R$ 42 milhões. Dessas, seis seriam granjas matrizeiras, duas para recria e quatro de produção, e oito para frango de corte, com dez aviários com capacidade para 25 mil frangos em cada. Conforme Carlos Freitas, o empreendimento terá entre 200 e 300 sócios e resultará em redução nos custos de logística. “No sistema convencional, cada produtor tem o seu aviário, o que resulta em grandes distâncias para transporte dos

frangos, insumos ou mesmo da assistência técnica, aumentando os custos”, aponta. Para ele, na segunda fase da implantação do complexo, ou será dobrada a capacidade de produção do ASA ou será iniciado um novo grupo de sócios nos mesmos moldes.

Números Prevista para iniciar em um ano, a construção do novo complexo da Dália alimentos terá um investimento total de

R$ 81,4 mi Sob forma de incentivo, o município adquiriu o terreno e será responsável pelo serviço de terraplanagem, ao custo de

R$ 2,2 milhões Ao fim do projeto, a nova unidade deve gerar

540 empregos diretos E obter um faturamento anual de

R$ 331,7 milhões ao ano

Quem investe nos momentos de crise obtêm melhores resultados” A Hora – Quais as próximas etapas para a instalação do complexo? Carlos Freitas – Hoje demos oficialmente o primeiro grande passo. Levou exatamente 12 meses desde que começamos as tratativas até chegar aqui. Foi difícil encontrar áreas que se adaptassem a um projeto desse tamanho no Vale do Taquari. Achamos o local mais adequado possível. Depois teve o trâmite de liberação da Fepam. Levou 11 meses, tempo considerado rápido para esse tipo de empreendimento. A administração municipal negociou as áreas e agora está tudo discutido e concordado entre as partes. Agora vai para a câmara e, caso aprovado, entraremos com o projeto para buscar o financiamento nos bancos BRDE e BNDES. Esperamos em um ano começar as construções e entre três a quatro anos para iniciar a produção. Como vai funcionar o projeto ASA e quando ele começa a ser montado? Freitas – No dia 12 de fevereiro, temos assembleias da cooperativa para começar a montar o ASA, que é a parte de produção animal. Vamos fazer uma sociedade de produtores para aviários e matrizeiros ao invés de cada família ter o seu aviário. Quando a produção é descentralizada, se gasta muito com fretes, seja da ração, do animal de corte ou da assistência técnica. Um projeto associativo com menor número de granjas, mas concentradas, consegue ganhar competitividade para contrapor projetos de outros estados. Esses por si só já são mais competitivos em relação ao RS por estarem mais próximos dos centros de produção de grãos e de consumo dos produtos. O que esse empreendimento representa para a Dália? Freitas – Será o maior dos últimos anos. A Dália é uma empresa grande, mas construída com tempo. Nosso frigorífico de suínos, se fôssemos construir um novo do mesmo tamanho, seria um valor muito maior em relação a esse do frango. Mas aquele primeiro projeto foi sendo feito ao longo dos anos. O primeiro investimento de uma vez só foi na fábrica de leite em pó. Esse novo projeto é quase duas vezes maior do que a fábrica de leite em pó, portanto, será o

Investimento em Arroio do Meio foi apresentado ontem à tarde pelo governo e a Cooperativa

maior investimento realizado de uma vez só pela cooperativa. Tendo em vista o interesse de outros municípios, o que pesou para a escolha de Arroio do Meio? Freitas – A todos os municípios que conversamos deixamos claro duas coisas fundamentais. A área precisava de um corpo de água consistente nas proximidades. O local que encontramos fica ao lado do Rio Taquari. Também era preciso estar à beira de uma rodovia, no caso temos a ERS-130. Outro ponto importante era não estar atrás de um pedágio, por ser um fator de encarecimento da produção por causa do frete. Mas também é a postura histórica de relação que temos com as diferentes administrações do município. A Cosuel nasce em Encantado, mas logo depois começa a produção de leite em Arroio do Meio. Então temos uma história muito antiga de excelentes parcerias com esses dois municípios. O ano de 2015 foi difícil para a economia e as projeções para 2016 são de manutenção desse cenário. Por que a opção de fazer esse grande investimento neste momento de crise? Freitas – Quem investe nos momento de crise obtêm melhores resultados. Se vamos investir quando a economia está em alta ou crescendo, é mais difícil alcançar linhas de financiamento e tanto o material quanto a mão de obra se tornam mais caros. O grande momento para investir é durante a crise. Após, virá a retomada da economia e estaremos prontos para produzir. Talvez assuste fazer investimentos quando todo mundo fala em crise, mas a história nos mostra que é o mais adequado.


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A HORA · QUINTA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2016

Construção de novo reservatório atrasa Reservatório para cinco mil casas de Lajeado era para estar pronto em agosto RODRIGO MARTINI

Vale do Taquari

A

Corsan anunciou, em dezembro de 2013, a construção de um reservatório com capacidade para 500 mil litros no bairro Jardim do Cedro, em Lajeado. A promessa surgiu após uma série de reclamações de moradores que, durante o Natal daquele ano, ficaram quase uma semana sem abastecimento de água. Dois anos depois, a obra ainda não foi concluída. O edital de licitação para o empreendimento de R$ 866 mil foi homologado só no dia 13 de março de 2014, quase três meses após o anúncio da obra. A desabilitação da Porto Obras Ltda, por ausência de documentos, no dia 5 de fevereiro daquele ano, foi um dos motivos para o atraso. Após o entrave, a empresa regularizou a situação e foi contratada. Mesmo após homologada a licitação, a obra só iniciou efetivamente em 28 de agosto de 2014, com prazo de entrega para agosto de 2015. Cinco meses depois do limite disposto no contrato para finalizar o empreendimento, um dos funcionários que atuavam na obra durante a tarde de ontem afirma que serão necessários, no mínimo, mais três meses para conclusão do reservatório. Enquanto a obra não é concretizada, moradores vizinhos seguem enfrentando problemas de abastecimento. “Nas últimas semanas, houve recorrentes situações nas quais ficamos sem água. Teve semanas que faltava um dia, e voltava no outro. Mas agora não adianta reclamar. Até porque tá quase pronta”, comenta o proprietário de uma residência localizada a pouco mais de 100 metros do reservatório.

Gerente da Corsan em Lajeado, Alexandre Pacico não soube informar a data para o término da obra. “Isso é com o setor de obras e engenharia da empresa. Eu preciso pesquisar antes com a responsável.” Segundo cálculos da estatal, o reservatório de 27 metros de altura por nove de circunferência poderá beneficiar mais de dez mil habitantes.

Mais investimentos em Lajeado De acordo com Pacico, a Corsan finalizou processo licitatório e já contratou a empresa para realizar investimento de R$ 2,5 milhões em substituição de redes em diversos bairros da cidade. Os serviços devem iniciar em fevereiro. Entre as vias públicas contempladas, está a av. Beira Rio, nas imediações dos bairros Conservas, Santo Antônio e Morro 25. Sobre a instalação da nova rede coletora de esgoto nos bairros Florestal e Moinhos, que deveria ter sido concluída em abril de 2013, Pacico também não soube precisar o andamento das obras. Orçadas em R$ 4,5 milhões, ela prevê a instalação de quase 10 mil metros de tubulações com diâmetro de 150 mm, interligados com a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) no bairro Moinhos.

Outras promessas da Corsan Em abril de 2012, o então diretor-presidente da Corsan, Arnaldo Dutra, veio a Lajeado anunciar as obras da nova rede coletora de esgotos. Na ocasião, previu para abril de 2013 o início da construção de uma

Com 27 metros de altura e capacidade para até 500 mil litros, o reservatório abastecerá mais de 10 mil moradores nova estação de tratamento no bairro Alto do Parque. Hoje, sequer existe projeto técnico para esse empreendimento. Além disso, Dutra também prometera tratar 50% dos efluentes domésticos em Lajeado até 2016. Passados quase quatro anos do anúncio, o município trata apenas 0,9% dos dejetos. O contrato com a estatal foi renovado em 2008, pela ex-prefeita Carmen Regina Cardoso, com prazo de 25 anos de vigência.

Interrupções ontem Durante parte do dia de ontem, em Lajeado, a empresa estatal realizou o conserto da rede na rua Sergipe, interrompendo o abastecimento

dos bairros São Cristóvão, Carneiros e Universitário, com retorno do serviço durante a tarde. Em Estrela, problemas no motor

de um dos poços artesianos que atendem a cidade ocasionou interrupção do abastecimento nos bairros Cohab, Imigrantes, Auxiliadora e Cristo Rei.

NOVA LICITAÇÃO PARA ETE EM ENCANTADO Marcada para 17 de fevereiro a abertura das propostas do processo licitatório para a conclusão da ETE em Encantado, que atenderá os bairros São José, Nova Morada, Lambari e Planalto. A sequência da obra, iniciada em 2009, custará cerca de R$ 1,8 milhão. O projeto já trocou

três vezes de empresa e também foi suspenso por decisão judicial, após morador afirmar que paredes da sua residência estariam rachando em função de detonações realizadas durante o empreendimento. Conforme o novo edital, haverá passagens de tubulações sob rodovias.


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Uso de cheques reduz 80% em 20 anos Cartões de débito, crédito e transferências eletrônicas reduzem emissão de talões THIAGO MAURIQUE

Vale do Taquari

N

úmeros da Febraban mostram redução na emissão de talões. Em 1995, 3,3 bilhões de folhas foram compensadas no país. Vinte anos depois, o número diminuiu para 672 milhões. A popularização dos cartões e o aumento das transferências eletrônicas por meio da internet estão entre os motivos para a mudança. “Ainda existem cheques?” Essa foi a pergunta de Marcos Patussi, proprietário de uma loja de roupas de Lajeado, ao ser questionado sobre o uso das folhas para pagamento por parte dos clientes. Patussi lembra da época que guardava pilhas de cheques no cofre da empresa. “Eram mais de cem ou 200, aguardando a data para compensação”, recorda. Para o empresário, a opção por cartões ou meios eletrônicos representa mais tranquilidade aos lojistas. Segundo Patussi, além de evitar incômodos nos casos de falta de fundos, o fato de não manter dinheiro no caixa da empresa, mesmo em forma de cheques, proporciona mais segurança, além de eliminar a necessidade de deslocamento ao banco para fazer as retiradas. Para o contabilista Jandir Dickel, a opção por meios eletrônicos representa segurança não apenas aos lojistas, mas também aos clientes. “Já tivemos vários casos em que utilizaram as informações da folha do talão para fazer cadastro de serviços como telefone e internet, entre outros.” Dickel afirma que os dados dos

usuários ficam preservados com o uso dos cartões, pois têm menos informações impressas. Ressalta que falhas de preenchimento no cheque ou mesmo a perda de folhas podem ocasionar problemas.

Taxas e confiança Conforme o contabilista, nos últimos anos, aumentaram as facilidades para obtenção de crédito nas instituições financeiras. Com isso, também cresceu a emissão de cheques sem fundo, fazendo com que as empresas restringissem o recebimento e apostassem mais nos cartões. “Com o cheque não é possível consultar se tem ou não saldo no momento da compra”, alerta. Para Dickel, mesmo que o estabelecimento precise pagar taxas para as operadoras de cartão, a redução dos riscos compensa. Com relação aos consumidores, a vantagem depende da forma como o cartão ou o cheque são utilizados. Lembra que os cartões têm uma anuidade, com possibilidade de redução de acordo com a frequência de uso. “Com relação aos cheques, o banco geralmente libera um talão por mês e cobra taxas em caso de novas solicitações.” Segundo ele, a emissão de cheques pré-datados aumentou em 2015, após anos de queda, devido às dificuldades da economia. Afirma que o artifício depende da confiança entre as partes envolvidas, pois a data escrita na folha não impede que a compensação ocorra fora do prazo estabelecido.

Conforme Febraban, redução na emissão de talões foi de 11% entre 2014 e 2015 e previsão é continuar em queda

Hábitos distintos

Já tivemos vários casos em que utilizaram as informações da folha do talão para fazer cadastro de serviços como telefone e internet, entre outros Jandir Dickel Contabilista

Aos 23 anos, Aline Bergmann nunca utilizou cheques. Para ela, a opção por outros meios de pagamento ocorre por questões de segurança e por não ver necessidade de usar os talões. Gerente em uma ótica, Aline afirma que a loja deixou de aceitar cheques faz alguns anos. “Os próprios clientes não pedem por esta forma de pagamento.” Já o agricultor Alcione José Zangali, 39, não abre mão dos talões. Morador de Picada Serra, em Marques de Souza, evita manter grandes quantidades de dinheiro em casa e nunca usou cartões de débito ou crédito. Para ele, os cheques facilitam o pagamento das contas e evitam um deslocamento de 16 quilômetros para retirar dinheiro em um dos dois bancos onde tem conta. “É

muito bom para quem sabe usar, pois não tem custo extra.” Segundo o agricultor, o segredo para o uso saudável dos talões é não gastar mais do que o necessário. “Se você não entra no limite da conta, não tem nenhum custo adicional.” Conforme a Febraban, a queda do número de cheques compensados ocorreu num momento de expansão das contas correntes no país. Em 1995, eram 39 milhões contas abertas no Brasil. Vinte anos depois, a quantidade supera os 108 milhões. A federação também aponta crescimento constante no número de transações realizada por internet banking e mobile banking. No fim de 2014, as operações por esses canais somaram 50% do total. Já no primeiro trimestre de 2015, chegaram a 58%.


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A HORA · QUINTA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2016 MARCELO GOUVÊA

Relatório demonstra atuação da Saúde Travesseiro Os serviços prestados pela Secretaria de Saúde superaram as 5,7 mil consultas médicas em 2015. No período, também foram registradas mais de mil consultas com dentista e 29 com a enfermagem. Os dados são do relatório anual apresentado no fim da semana passada pela secretária de Saúde e Assistência Social, Maria Nadir Dertzbacher. De acordo com a apresentação da secretária, 1,7 mil pessoas fizeram exames pelos convênios com laboratórios. Entre aferição de pressão arterial, curativos, injeções, testes, exames e visitas externas, a soma de procedimentos passou os 11,2 mil. Um dos destaques entre os investimentos foi a ampliação em 163,13 metros quadrados do Centro de Saúde Dr. Menandro e aquisição de uma Chevrolet Spin. No relatório, a secretária ainda enfatiza a participação de 200 homens com idade acima de 45 anos durante a campanha contra câncer de próstata, em outubro. No Centro de Referência Assistência Social (Cras), foram

1,2 mil atendimentos individuais, além do encaminhamento de 21 famílias encaminhadas para inclusão no Cad Único. Durante o período de férias de Nadir, a secretaria é administrada pelo prefeito Ricardo Rockenbach. Ele ressalta os resultados da atuação focada na prevenção de casos mais graves. “A saúde básica é uma questão de qualidade de vida.” Segundo o prefeito os trabalhos do setor estão focados na inauguração da academia de saúde, prevista para este semestre. Outra medida importante na avaliação dele é a manutenção dos serviços prestados durante o ano. Segundo Rockenbach, o objetivo para este ano é manter a qualidade do serviço além de qualificação. Indica a contratação de um médico para atuar na Estratégia Saúde da Família (ESF) com uma das principais demandas para o setor. Durante 2015, eles já haviam tentado a contratação por concurso público, mas o processo não teve inscritos. A tendência, indica, é de inscrição no programa Mais Médicos para resolver a situação. MARCELO GOUVÊA

Ampliação do posto de saúde e qualificação dos serviços foram destaque

Falta de pavimentação no perímetro urbano da via gera críticas da comunidade desde a emancipação do município

Moradores pedem, mas pavimentação é incerta Obra na rua Arthur Brenner depende da União Marques de Souza

P

revista para este semestre, a pavimentação da rua Arthur Breno Brenner, no bairro Cidade D'Água, segue indefinida. Para colocar em prática a primeira etapa, o Executivo depende de licitação e de R$ 250 mil oriundos de emenda parlamentar. Ambas decisões tramitam no governo federal. Com o recurso, segundo o secretário de Administração, Alécio Weinzenmann, seriam feitos cerca de 280 metros de pavimento. De acordo com ele, a situação econômica atual dificulta a liberação de verbas para os municípios. “Os contatos são diários, mas com este panorama todo é muito difícil.” A pavimentação, segundo ele, poderia ter sida feita já entre 2011 e 2012, quando o município havia sido contemplado com R$ 250 mil para o projeto. Na época, a propos-

ta era destinada para a criação da avenida Arthur Breno Brenner. De acordo com o secretário, sem a aprovação de transformar a rua em avenida, o recurso não foi liberado pela Caixa Econômica Federal. Apesar da negativa, o resultado foi favorável, segundo ele. O motivo seria o encarecimento gerado pelas desapropriações de área para alargar a via para as medidas legais. “Se tivéssemos que fazer o projeto para a avenida, teríamos um custo muito maior que o recurso que tínhamos.”

Demanda antiga Pedidos para pavimentação do trecho urbano da rua ocorrem desde a emancipação. Comerciantes do local afirmam ter dificuldade em manter o negócio aberto devido ao excesso de poeira. A situação exige maior atenção com a limpeza do espaço e eleva os custos de operação. Próximo ao local, um

cadeirante afirma evitar se deslocar pela rua devido ao risco de quedas e às condições da estrada. As críticas ao trecho não envolvem apenas a sujeira gerada pela falta de pavimentação. O excesso de velocidade e o trânsito intenso de caminhões geram riscos para os moradores. Em alguns pontos da via, mesmo de terra, quebra-molas foram improvisados. Noeli Kramer, 53 convive com a situação todos os dias. A casa da família fica próxima à estrada e precisa de uma rotina de limpeza redobrada. “Tu limpa e em cinco minutos já está tudo sujo.” A moradora critica a execução de serviços de pavimentação em vias com poucas ou nenhuma casa e ressalta a importância da rua para a economia local. Segundo ela, a rua Arthur Breno Brenner serve de rota entre o município e o vizinho, Progresso, além de ser uma área em crescimento urbano.


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Santa Flor negocia 65% dos estandes Evento será realizado em dois meses. Lançamento ocorre na próxima quinta-feira RAFAEL SIMONIS/DIVULGAÇÃO

Santa Clara do Sul

U

ma feira para estimular os setores da economia, promover integração para a comunidade e divulgar o município. Com esse propósito, a cidade se organiza para a terceira edição da Santa Flor. O lançamento da feira, que ocorre entre os dias 17 e 20 de março, está marcado para a próxima quinta-feira, no Salão Paroquial. A solenidade começa às 19h30min. Patrocinadores, expositores, empresários, autoridades e imprensa regional compõem o lançamento, que apresenta a programação completa da feira das flores. De acordo com o diretor comercial da Lume Eventos, responsável pela organização da Santa Flor, Daniel Aires, 70 dos 108 estandes disponíveis estão negociados. O número representa 65% do total. A feira ocorrerá no ginásio de esportes do centro. Serão 7,3 mil metros quadrados de área destinada à locação de estandes, com espaço para 49 expositores no pavilhão instalado no campo do Santa Clara FC, 32 no ginásio, cinco na entrada do evento, 11 para exposição de máquinas, equipamentos e veículos e dez no setor de alimentação. Além disso, aponta Aires, haverá um pavilhão de shows com mil metros quadrados.

inauguração do parque multiesportivo, cujas obras começaram no ano passado. A corte da Santa Flor é formada pela rainha Jenifer Simonis Hermes e pelas princesas Camila Regina Hermes e Luana Beatriz Schorr, eleitas em novembro de 2014.

FEIRA EM NÚMEROS • 70 dos 108 estandes disponíveis estão negociados, total de 65%. • Serão 7,3 mil metros quadrados de área destinada à locação de estandes.

Município reúne 11 estufas de flores, responsáveis pela produção anual de 350 mil vasos de diferentes variedades

Toda a estrutura será coberta. Interessados em participar da Santa Flor podem contatar com a equipe da Lume Eventos pelo 3751-2000. O empresário Gilmar Neumann preside a comissão organizadora, que busca superar os números da edição passada. Realizada em 2013, a segunda Santa Flor atraiu cerca de 40 mil visitantes e contabilizou R$ 1,3 milhão em negócios. O evento tem o patrocínio da Dália Alimentos (master);

Baldo SA e PAP Urbanizadora (ouro); Sicredi, Calçados Beira Rio e BRDE (prata); Morar Bem Imóveis (bronze), além do apoio de Transportes e Serviços Dartora, Languiru, SMB Engenharia e Topografia, Kramer Materiais de Construção e Móveis Planejados, Afubra, Centergraf, Vetor Multimáquinas e Fruki. No mês passado, a Cosuel/ Dália Alimentos oficializou o auxílio de R$ 30 mil para a realização da feira. De acordo com

o presidente-executivo, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, a cooperativa quer ser parceira de Santa Clara do Sul, em especial pela força que a empresa tem no município por meio dos seus associados e delegados.

Saiba mais A feira coincidirá com as comemorações alusivas ao 24º aniversário de Santa Clara do Sul, que será completado em 20 de março. Inclusive, durante o evento, o Executivo projeta a

• O espaço compreenderá 49 expositores no pavilhão instalado no campo do Santa Clara FC, 32 no ginásio, cinco na entrada do evento, 11 para exposição de máquinas, equipamentos e veículos e dez no setor de alimentação. • Lançamento da feira ocorre na próxima quinta-feira, a partir das 19h30min, no Salão Paroquial. • Evento será entre 17 e 20 de março, durante a programação de aniversário do município.


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Posto de saúde amplia horário de atendimento Mudança objetiva facilitar acesso aos serviços DIVULGAÇÃO

Paverama

D

esde segunda-feira, 18, o Posto de Saúde do município está funcionando com horário estendido. A partir das 7h30, são realizadas entregas de exames, agendamentos, distribuição de fichas para consultas com médicos, dentista, fonoaudiólogo e psicólogo. Já os atendimentos começam 8h, sem fechar ao meio-dia. De acordo com a Secretária de Saúde, Vanderlea Machado, desse modo as pessoas que trabalham podem aproveitar o intervalo do almoço para dispor dos serviços. Dessa maneira é possível organizar melhor o fluxo", destaca. Outra novidade é o horário da farmácia da Unidade Básica de Saú-

Unidade abre mais cedo e não fecha ao meio dia para facilitar acesso

de (UBS) e passa a funcionar das 9h às 13h e das 14h às 19h. Vanderlea destaca o convênio com o Hospital Ouro Branco, que oferece atendimentos de alta complexidade sem custo algum para o paciente, como

complemento da atenção em saúde. E sinaliza a possibilidade de adesão a Estratégia de Saúde da Família (ESF), no município, além da inscrição no programa de Qualificação e Melhoria da Atenção Básica.

Ampliação da rede de esgoto começa em bairro Encantado A administração municipal começou as obras do esgoto no bairro Lajeadinho, nesta semana. O trecho que será contemplado com a colocação de 489 metros de tubulação vai do entroncamento da ERS-129 com a ERS-130 (próximo à Polícia Rodoviária) em direção ao Santuário de Nossa Senhora de Fátima. A superfície dessa extensão será adaptada para a circulação de ciclistas e pedestres.

O trabalho é realizado pelas Secretarias de Planejamento e de Obras e Viação, atendendo uma reivindicação dos moradores. Considerada prioridade durante as plenárias do projeto Encantado Participa. A iniciativa é realizada pelo Executivo, por meio da Secretaria da Administração, e objetiva promover a participação efetiva da população nas questões das comunidades e na decisão sobre a utilização de parte dos recursos municipais.


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PATROCÍNIO:

Futebol

Índio Daniel disputa primeiro jogo oficial Time da tribo jogou amistoso contra equipe da Ajes e do bairro Auxiliadora

C

om um tênis All Star e uma camiseta de futebol antiga, Daniel dos Santos de Melo esteve ontem no ginásio de esportes do Colégio Martin Luther, em Estrela. Com 13 anos, foi a primeira vez qu e o menino da tribo caingangue saiu da aldeia na BR-386 para jogar uma partida de futsal. Ele disputou um amistoso contra equipe formada por crianças da Associação dos Jovens Estrelenses (Ajes) e do bairro Auxiliadora. Além de Daniel, outros dez índios estreavam em um “jogo oficial”. Com poucas palavras, Daniel resumiu o sentimento. “É um orgulho estar aqui.” A atividade foi organizada por Flávio Ramos Lopes, 58. De maneira voluntária, ele promove treinamentos com jovens carentes faz cerca de três décadas. Um dia, ao passar pela BR-386, Lopes viu as crianças jogando futebol com uma bola furada no campo de chão batido da aldeia. “Pensei em levar minha escolinha para lá”, recorda. Com o aval do cacique, iniciou os treinos em setembro. Aulas ocorrem no sábado à tarde e reúnem 14 crianças e adolescentes da aldeia.

FÁBIO KUHN

Conforme Lopes, uma das maiores dificuldades é a falta de estrutura. A bola é levada por ele. Sem tênis, os jovens jogam descalços. O campo esburacado precisa de uma terraplanagem. Mesmo com os transtornos, Lopes sonha. “Vai que um dia surge um talento ali.”

É um orgulho estar aqui”. Daniel dos Santos de Melo

Com um tênis All Star, Daniel jogou pela primeira vez fora da aldeia

Integração O índio João Paulo Santos, 28, elogia os treinamentos e destaca que o esporte afasta os jovens da criminalidade e das drogas. “É um futuro melhor para as nossas crianças.” Santos sonha em construir

um campo de futebol 11, formar uma equipe na tribo para disputar as competições amadoras e interagir com as demais comunidades do Vale do Taquari. “É uma oportunidade para todos conhecerem melhor nossa cultura”, finaliza.


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Competição tem jogos hoje e amanhã Copa Pituca As disputas das quarta e quinta rodadas da Copa Pituca de Minifutebol ocorrem hoje e amanhã. Os jogos iniciam às 19h15min na sede da entidade, no bairro São Caetano, em Arroio do Meio. O primeiro embate é entre Galácticos e Estrelas pelo veterano. A rodada segue com Panico versus Cruzeiro do Sul (força livre), Canaro Transportes versus Transmar (veterano) e Só Barulho versus Racen. Amanhã a rodada tem apenas jogos da categoria força livre. Inicia com Só Ceva e Hermanos FC. As partidas seguem com Só Pá Sincomodar versus Esbornia, Terça 7 versus Amigos do Shrek, Taz Mania versus Cruzeiro do Sul e Academia Corpo e Alma versus Atrevidos.

Rodadas passadas Na semana passada, as segunda e terceira rodadas registraram 41 gols em nove confrontos, média superior a quatro gols por embate.

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Rugby

Centauros busca novos atletas Primeira seletiva ocorre, neste sábado, no campo ao lado da Languiru DIVULGAÇÃO

O

Centauros Rugby Clube, de Estrela, inicia a temporada 2016 em busca de novos talentos na região. O clube, que neste ano participa de dois campeonatos estaduais e um nacional, pretende aumentar o quadro de atletas. Para isso, promoverá atividades em diferentes municípios. O presidente Diego Rochinsky relata que o grande número de competições oficiais durante o ano motivou o clube a realizar a busca. “Apesar de ser uma equipe de Estrela, o Centauros tem atletas de praticamente todo o Vale do Taquari”, ressalta. Lembra que em 2015 diversos jogadores foram recebidos no clube, mas que neste ano os novatos terão que passar por uma “peneira” e participarão de uma temporada de formação e testes antes de defender o clube. O primeiro treino preparatório ocorre neste sábado, em Teutônia,

no local do treino com roupas esportivas e tênis (não é necessário usar chuteiras ou outros equipamentos esportivos). Informações pelo diretoria.centauros@gmail. com, 9520-2616 ou na fanpage facebook.com/centaurosrugby

FORMATO

Neste ano, o Centauros participa de dois campeonatos estaduais e um nacional

às 17h, no campo ao lado da Cooperativa Languiru. No dia 30, em Estrela, às 17h, no Parque Princesa do Vale e, no dia 31, às 16h, no campo do Bola Cheia, do bairro Bela Vista, em Arroio do Meio. Em Lajeado, o treino será no dia

20 de fevereiro, às 17h, no Parque dos Dick. O peneirão com todos os atletas ocorre no dia 27 de fevereiro, às 15h30min, em Estrela, no campo de rugby do Parque Princesa do Vale. Interessados devem comparecer

O Centauros Rugby promoverá treinos abertos para novos talentos em Teutônia, Lajeado, Arroio do Meio e Estrela. Todos os atletas que participarem passarão por um peneirão, que selecionará os aptos ao processo formativo. Serão jogadores para as categorias juvenil masculino (entre 15 e 18 anos), feminino (entre 15 e 35 anos) e masculino (entre 19 e 35 anos).


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Campanha

Informe

www.soges.com.br

FOTOS DIVULGAÇÃO

Sem Freio F.B. 0 x 5 Só Migué Sem Freio F.B. 1 X 2 Hooligans Sem Freio F.B. 6 x 0 Donos da Bola Sem Freio F.B. 1 x 4 Al Qaeda Jr Sem Freio F.B. 0 x 3 Xtotz United Sem Freio F.B. 6 x 0 Falcons Sem Freio F.B. 3 X 2 Os Kururus Nc Sem Freio F.B. 8 x 2 Sem Bronca Sem Freio F.B. 3 X 0 Thundercats Sem Freio F.B. 2 X 2 LDU/Peugeot Sem Freio F.B. 6 x 5 Chapolins Sem Freio F.B. 4 x 2 Os Kururus GR Sem Freio F.B. 3 x 2 Patriot’s Sem Freio F.B.1 X 0 Tsunami F.A. Sem Freio F.B. 3 x 0 Donos da Bola Sem Freio F.B. 0 x 3 Al Qaeda Jr Sem Freio F.B. 1 X 1 Patriot’s Sem Freio F.B. 2 X 5 Só Migué Sem Freio F.B. 8 x 4 Só Migué Sem Freio F.B 0 x 0 Xtotz United Sem Freio F.B 3 X 2 Xtotz United Sem Freio F.B 0 x 3 Al Qaeda Jr. Sem Freio F.B 5 X 4 Al Qaeda Jr.

Sem Freio foi vice-campeão na segundona. Equipe perdeu o título para o Al Qaeda Jr

Com 60,89% de aproveitamento, Sem Freio F.B. sobe à elite

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undado em 2013, o Sem Freio concretizou neste ano o sonho do acesso à elite da Copa Soges de Minifutebol. A equipe formada por amigos, a maioria de Teutônia, inicia a montagem do elenco para fazer bonito na principal divisão da entidade. Conforme Edivan Hammes, responsável pelo time, quando iniciou a disputa da competição o objetivo era se manter na segundona. Acredita que a equipe cresceu na hora certa e aproveitou as oportunidades para conseguir o acesso. Sobre a próxima temporada, Hammes relata que o grupo receberá reforços, mas manterá boa base do time. A campanha do acesso foi de altos e baixos. Nos primeiros 18 pontos disputados, a equipe fez apenas três – vitória sobre o Donos

Elenco Carlos Arend, Edivan Hammes, Gean Sulzbach, Giordan Marmitt, Gustavo Radavelli, Ilson Schons, Ismael da Rosa, Jeferson Scaravonatto, João Felipe Maria da Silva, Leandro André Kaefer, Lucas Klein, Lucas Miguel Diehl, Luís Felipe Eidt, Manassés de Souza Moreira, Pedro Augusto Eidt, Rafael Henrique Grave, Rodrigo Henrique Marques, Vandoir Rodrigo Dieger e Vânio Brambilla.

Jogo do acesso

Campanha do acesso teve 13 vitórias, sete derrotas e três empates

da Bola por 6 a 0 na quarta rodada. Depois dos seguidos tropeços, o time permaneceu por dez rodadas invicto. Destaque para duas goleadas: 6 a 0 sobre o Falcons e 8 a 2 sobre o Sem Bronca. Na segunda fase, o Sem Freio começou bem vencendo novamente o Donos da Bola, mas depois vieram dois tropeços. Derrota para o Al Qaeda Jr e empate com o Patriot's. Nas quartas de final, o time se reinventou. Na partida de ida, derrota

para o Só Migué por 5 a 2. No confronto da volta, vitória por 8 a 4 e classificação às semifinais.

Após empatar no primeiro confronto em 0 a 0, o Sem Freio se garantiu na primeira divisão vencendo o Xtotz United por 3 a 2. Ilson Schon (duas vezes) e Ismael Rodrigues da Rosa marcaram os gols. Na decisão, o time perdeu o primeiro jogo para o invicto Al Qaeda Jr por 3 a 0. Na partida da volta, necessitava ganhar por quatro gol de diferença, mas não

conseguiu. Venceu por 5 a 4.

Campanha O Sem Freio F.B. teve uma campanha de 60,89% de aproveitamento dos pontos. Venceu 13 das 23 partidas disputadas. Perdeu em sete oportunidades e empatou em três. Ao todo, balançou as redes em 66 vezes e sofreu 51 gols. Saldo positivo de 15. O artilheiro foi Gustavo Radavelli, autor de 17 gols.


Lajeado, Quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

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