A Hora – 04/09/24

Page 1


Os dias 4 e 5 de setembro precisam ser para sempre lembrados. A inundação que atingiu nove cidades deixou a comunidade regional atônita. Passado um ano, as memórias da destruição foram revividas em maio, quando todo o Brasil conheceu a fúria da natureza e o quanto o país está atrasado em relação ao preparo para episódios climáticos extremos.

Em oito meses, do episódio do ano passado até maio, o Vale do Taquari teve três das quatro maiores enchentes do século. Neste período de tempo se redefiniu os patamares das catástrofes ambientais em todo o país. É neste contexto que ocorre o 2º Seminário Pensar o Vale Pós-Enchentes, reunindo especialistas, autoridades e líderes locais para debater os erros do passado e traçar novos caminhos para enfrentar os desafios impostos pelos eventos climáticos extremos.

Em oito meses, do episódio do ano passado até maio, o Vale do Taquari teve três das quatro maiores enchentes do século. Neste período de tempo se redefiniu os patamares das catástrofes ambientais em todo o país.”

Revisitar momentos tão dolorosos e tentar aprender com eles. Esse é o objetivo. De nada adianta sofrer sem agir. As lições precisam ser postas em prática, e essa é uma decisão coletiva.

Trata-se de esperar um novo evento extremo, fazendo tudo como antes e contar os corpos depois. Ou o contrário, ter no comportamento social, dos poderes públicos e da ciência, voltados para uma cultura direcionada à resiliência, ao preparo e à preservação da vida. Está aí o desafio que se impõe para o Vale do Taquari, para o Rio Grande do Sul e para o Brasil.

Av.

Constant, 1034, Centro,

grupoahora.net.br / CEP 95900-104

FAÇA SUA ASSINATURA 51 3710-4200

Editor-chefe da Central de Jornalismo: Felipe Neitzke

assinaturas@grupoahora.net.br comercial@grupoahora.net.br faturamento@grupoahora.net.br financeiro@grupoahora.net.br centraldejornalismo@grupoahora.net.br atendimento@grupoahora.net.br

Os artigos e colunas publicados

necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Impressão Zero Hora Gráfica

“Visitei cem cemitérios buscando a genealogia das famílias”

Orestes Mallmann, de 32,éespecialistaárvores genealógicaseemcidadania alemã. Nascido no bairro SãoBento,emLajeado,ele começouatrabalharcom pesquisashá16anos.Visitou mais de cem cemitérios brasileiros em busca de informaçõesimportantes quecompõemahistória das famílias. Colheu curiosidades nestes locais, comoo túmulodejovem mortoquelevanalápideo nomedopróprioassassino. Asepulturaestálocalizada noCemitérioEvangélico Luterano de Estrela

Andreia Rabaiolli centraldejornalismo@grupoahora.net.br

Como você começou a frequentar cemitérios?

No Vale do Taquari, há inúmeros cemitérios de imigrantes alemães. Visitei-os para buscar dados como datas de nascimento e falecimento, além de fotos dos antepassados. O objetivo das visitas e fazer a árvore genealógica de famílias alemãs, que apresenta uma demanda crescente no Brasil.

Você tem ideia da quantidade de cemitérios que visitou?

Devo ter visitado mais de cem cemitérios no Brasil. As pesquisas para realizar a genealogia das famílias começam nestes locais. . Antes da Segunda Guerra Mundial, as inscrições nas lápides ainda eram feitas em alemão. Durante o conflito, essas inscrições passaram a ser realizadas

em português. Cemitérios antigos de Lajeado, situados nos Bairros da Hidráulica, Conventos, São Bento e Olarias abrigam sepulturas de imigrantes. Nas cidades vizinhas, em Estrela e Cruzeiro, também têm cemitérios históricos onde cada colônia cuidava de seus mortos com grande reverência.

Que tipo de curiosidade você encontra nos cemitérios?

Uma curiosidade é o antigo cemitério desativado em São Bento, bairro onde nasci. Localizado nos fundos da escola municipal, o cemitério agora se encontra em uma área de loteamento, e futuramente, residências serão construídas no local onde imigrantes alemães foram sepultados

O cemitério católico São José, em Conventos abriga a maior quantidade de imigrantes alemães. O local se destaca por não ter sofrido tanta depredação, mantendo intactos os antigos hábitos de veneração aos mortos.

Talvez a mais notável seja um túmulo que de um jovem morto há quase cem anos,

em Estrela. Na lápide deste jovem que foi assassinado, há também o nome do assassino.

Esse fato, registrado em alemão, me chamou atenção. Naquela época, eram comuns os desentendimentos entre vizinhos. Nos registros de óbitos que investiguei, as desavenças eram usuais, mas os assassinatos não, embora há registros de mortes por espingardas.

Qual a sepultura mais antiga do Vale?

Em 2020, mapeei o Cemitério Evangélico de Olarias, em Lajeado, um dos cemitérios mais antigos da região e que recebeu muitos imigrantes. Uma sepultura catalogada por mim no local é de um bebê. Trata-se de Friedrich Christian Philipp Scherer, nascido 08.11.1867, falecido 08.08.1869 (há 155 anos). Faleceu com menos de dois anos de vida.

não traduzem
Filiado à Fundado em 1º de julho de 2002 | Vale do Taquari - Lajeado - RS
Diretor Executivo: Adair Weiss
Diretor Editorial e de Produtos: Fernando Weiss
Contatos eletrônicos:
Benjamin
Lajeado/RS
FOTOS ACERVO PESSOAL

HABITAÇÃO

Segundo diretor da EGR, empresa trabalha nas fundações e em breve na produção das peças para a nova ponte

Estado promete desapropriar área para 220 moradias definitivas

Governador Eduardo Leite admitiu que município encontram dificuldades em encontrar terrenos para construção e relocação das famílias

CRUZEIRO DO SUL

O governo do Estado anunciou a desapropriação de um terreno em Cruzeiro do Sul, onde serão construídas 220 moradias definitivas. Após o encaminhamento do processo, será feita a preparação da área para o início das construções que poderá ser realizada com recursos provenientes de programas estaduais ou federais, como o Minha Casa Minha Vida.

O anúncio foi feito pelo governador Eduardo Leita na tarde de ontem, durante a entrega de 28 moradias temporárias na área do XV de São Gabriel. Além disso, o estado atua junto com o município na identificação de outros terrenos para agilizar a construção de mais moradias. Em Cruzeiro do Sul, conforme a Assistência Social, são necessárias a reconstrução de 1,2 mil casas. Leite destacou que os municípios enfrentam dificuldades para encontrar terrenos adequados e que o governo estadual está comprometido em auxiliar as cidades para que as construções ocorram o mais rápido possível.

“Em gestões anteriores, o governo não se envolvia na construção de moradias, mas agora está atuando nessa área, aprendendo a operar como uma máquina pública eficiente. O objetivo é entregar essas moradias antes mesmo do governo federal. Nossa preocupação não é em ser protagonistas e sim em atender a demanda”

50 moradias temporárias

No âmbito do programa “A Casa é Sua Calamidade”, o estado também confirmou a construção de mais 50 módulos temporários, atendendo a uma solicitação do município feita pelo prefeito João Henrique Dullius.

Esses novos módulos serão construídos no mesmo estilo das moradias anteriores, com 27 metros quadrados cada, incluindo um dormitório, um banheiro, sala e cozinha conjugadas. Além disso, os módulos serão equipados com mobiliário sob medida e eletrodomésticos como fogão e geladeira.

PONTE NA ERS-130

“Deus queira que seja até o Natal”, afirma diretor da EGR

Luís Fernando Vanacor afirma que cronograma de obras da nova travessia sobre o Rio Forqueta é cumprido de forma rigorosa

Maira Schneider maira@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

Odiretor-presidente da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), Luís Fernando Vanacor assegura que o cronograma para a construção da nova ponte sobre o Rio Forqueta, na ERS-130, é cumprido de forma rigorosa, com o objetivo de finalizar a obra até fim do ano. “Deus queira que seja até o Natal.”

A estrutura, que visa substituir a ponte danificada em maio, está

e em breve na produção das peças para a nova ponte

em estágio avançado, conforme declara Vanacor em entrevista.

“Não há nenhuma situação que tira essa perspectiva a respeito do tempo. O parque fabril está estruturado, toda a sua área para a execução das partes pré-moldadas já está preparada.”

Desde o incidente, segundo Vanacor, a EGR agiu de forma rápida para iniciar a contratação e assinar a ordem de serviço, no início de junho. Os estudos topográficos e levantamentos foram concluídos em agosto, com a definição final do projeto que contempla agora sete pilares e seis vãos, com um comprimento estendido de 172 metros.

“Antes, o projeto determinava oito pilares e sete vãos e, agora, teremos sete pilares e seis vãos com distâncias maiores. Antes com 129 metros, agora 43 metros de comprimento a mais.”

Vanacor destaca a adapta-

ção da estratégia da obra após sondagens, resultando em uma combinação de fundações com estaca cravada e estaca raiz, otimizando tanto a agilidade quanto a estabilidade da estrutura. “Todo o processo de construção será realizado no local, com áreas de plataformas concretadas especificamente preparadas para os pilares e lajes.”

Sobre o cronograma, o diretor-presidente afirma que a desocupação da área do canteiro de obras está prevista para meados de outubro, permitindo o início da construção do aterro em novembro. “Todas as etapas estão sendo meticulosamente planejadas para evitar atrasos, com uma avaliação contínua dos desafios que possam surgir.”

Canteiro de obras

Em relação aos prazos contratuais, Vanacor enfatiza que a empresa está empenhada em cumprir o prazo estabelecido de seis meses, aumentando significativamente o quadro de funcionários para garantir a execução dentro do prazo. “Medidas contratuais estão previstas em caso de descumprimento, incluindo indenizações e multas, conforme as cláusulas estabelecidas.” Apesar da aparente ausência de operários visíveis no local, Vanacor tranquiliza a população garantindo que os trabalhos estão em andamento e que a entrega da ponte está no centro das prioridades da EGR.

Além da ponte sobre o Rio Forqueta, outras obras em execução na região, incluindo quatro interseções em Lajeado e Cruzeiro do Sul, estão programadas para serem concluídas até o final de setembro pela EGR.

Famílias atingidas pelas cheias agora terão um novo lar temporário para recomeçar

Segundo diretor da EGR, empresa trabalha nas fundações
GABRIEL SANTOS
GABRIEL SANTOS

Parabéns, partidos e candidatos!

Ébem verdade que ainda falta mais de um mês até o aguardado dia de ir às urnas. Mas até o momento o comportamento dos partidos e candidatos é exemplar na principal cidade do Vale do Taquari. Neste ano, o eleitor não tem sido ofendido com a poluição visual gerada pelo excesso de wind banners colocados em canteiros de vias públicas. É um

avanço e tanto para uma mesma cidade que, em anos anteriores, não verificava tal respeito por parte de quem se oferece para bem cuidar do município. Portanto, é mais do que justo elogiar a atitude dos partidos e dos candidatos. Que sirva de exemplo a outros municípios. Afinal, há outras várias formas de divulgar campanhas de forma física e virtual, e sem poluição visual.

Ponte até o Natal, “se deus quiser”

Diretor-presidente da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), o engenheiro Luis Fernando Vanacor voltou a demonstrar otimismo com o andamento das obras da nova ponte sobre o Rio Forqueta, na ERS-130, entre Lajeado e Arroio do Meio. E reforçou a possibilidade real de finalizar a construção até o período natalino de 2024. Segundo ele, a empresa Engedal precisa de 24 vigas para instalar nos seis vãos da futura travessia. E a previsão é construir quatro vigas por semana. “Esse serviço deve perdurar até o dia 15 de outubro”, informa. A partir disso, a EGR deve realizar uma nova licitação para a implantação das novas cabeceiras da ponte, que será cinco metros mais alto. “Se deus quiser, será a primeira ponte inaugurada após as enchentes”, acredita ele. Vamos torcer!

rodrigomartini@grupoahora.net.br

O “tapetão” e o papel do MP

O Ministério Público tem sido demandado com diversas denúncias, “notícias de fato” e polêmicas acerca de movimentos realizados pelos candidatos nos últimos meses. E os promotores de justiça terão um papel crucial no pleito municipal que se avizinha. Afinal, e isso não é novidade para ninguém, há muitos partidos e partidários que, sabedores da inevitável derrota nas urnas, vão tentar de tudo para levar a vitória no “tapetão”. Portanto, e por isso a importância dos agentes do MP, é preciso um olhar ainda mais dedicado a cada denúncia para não incorrer em injustiças contra candidatos e, ao mesmo tempo, evitar que a impunidade prevaleça às vésperas do pleito.

Compra de casas em Arroio do Meio?

Um internauta questionou o artigo de ontem, cuja manchete era: Um ano da tragédia, e nenhuma casa definitiva no Vale. Segundo ele, eu criei uma “fake news”, porque “casas já teriam sido compradas em Arroio do Meio por intermédio do programa Compra Assistida”, do governo federal. Mas eu sinto (mesmo) em informar que, embora 49 famílias estejam aptas a adquirir o imóvel por meio do interessante movimento da União, apenas 5 casas de até R$ 200 mil foram ofertadas à Caixa Econômica Federal, e até o momento nenhuma família recebeu a nova casa. E a previsão é que essas pessoas recebam o novo imóvel por meio do programa Minha Casa Minha Vida.

Diretora pede telhado a Leite

Diretora da Escola Estadual de Ensino Fundamental Itaipava Ramos, da localidade de São Miguel, no interior de Cruzeiro do Sul, Maria Elisa Schossler de Freitas aproveitou a presença do governador para reforçar um pedido daquela comunidade escolar. “Neca”, como popularmente é conhecida na cidade, pediu um telhado novo para o prédio do educandário, que foi duramente atingido pela enchente. Leite ouviu atentamente ao pedido e deve ter levado a pauta até os responsáveis. Em tempo, a escola toda já foi limpa e reformada por voluntários.

Mateus Selke (PDT) pede exoneração

Candidato a vice-prefeito de Lajeado na coligação com o Partido dos Trabalhadores, Mateus Selke (PDT) pediu exoneração do governo de Estrela, onde ainda atua no Cargo em Comissão de Coordenador Adjunto da Secretaria de Administração e Segurança Pública. De acordo com a portaria divulgada nessa segunda-feira, no Diário Oficial do Município, ele permanece na função até o dia nove de setembro. Em tempo, o PDT faz parte do governo de Elmar Schneider (MDB).

“Meu

corpo e minha mente pediram descanso”

Após os fortes rumores sobre uma possível renúncia da candidatura a prefeito de Teutônia, o ex-prefeito e ex-chefe de gabinete da Casa Civil se manifestou nas redes sociais. “Eu precisei de uma pausa”, resume Jonatan Brönstrup (PSDB). “Meu corpo e minha mente pediram descanso”, acrescenta o candidato tucano. Segundo ele, o cansaço é fruto do intenso trabalho dos últimos anos. Por fim, e além de elogiar a postura da candidata a vice, Sandra (União Brasil), ele convocou os apoiadores e garantiu presença nas ruas até o fim da campanha. “Os adversários espalharam mentiras sobre mim e minha família. Isso dói. Mas isso é medo”, afirmou.

FINANÇAS PÚBLICAS

Projeção indica orçamento de R$ 664,9 milhões para 2025

Lei de Diretrizes

Orçamentárias foi protocolada na câmara de vereadores para análise e apreciação. Saiba o que os três candidatos a prefeito pensam sobre investimentos caso sejam eleitos

Secretarias

Saúde:

R$ 186,6 milhões

Educação:

R$ 184 milhões

Obras:

R$ 65,7 milhões

Desenvolvimento social:

R$ 26,2 milhões

Meio ambiente:

R$ 25,3 milhões

Administração:

LAJEADO

Tramita na câmara de vereadores o projeto de lei que estabelece a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2025. A proposta foi encaminhada para análise após ser apresentada pela Secretaria Municipal da Fazenda. O documento, que estabelece prioridades e metas da gestão, estima um orçamento de R$ 664,9 milhões para o próximo ano. Se comparado com o orçamento aprovado para 2024, o aumento é de 11%, conforme cálculo da pasta. Já nos últimos cinco anos, a alta é de 81,5%, mesmo com o município tendo enfrentado, neste período, a crise sanitária decorrente da pandemia de covid-19 e também três grandes enchentes, sendo a de maio deste ano a maior da história.

Para 2025, o governo manteve a mesma estratégia da projeção anterior, sem deixar de lado o perfil da atual gestão, em fazer estimativas realistas. É feita análise, tributo a tributo, do quanto é esperado de arrecadação e também das projeções do Produto Interno Bruto (PIB) municipal e da inflação.

O secretário da Fazenda, Rafael Spengler, salienta que, mesmo com as dificuldades pós-cheia, o município nota avanços em determinados setores, que contribuem para um aumento da arrecadação. “Percebemos um aquecimento do mercado imobiliário, por exemplo”, pontua.

A projeção orçamentária de 2025, lembra ele, não traz a possibilidade de algum repasse especial por conta da enchente. A arrecadação do município é formada, sobretudo, por transferências e pagamento de impostos, taxas e contribuições de melhoria.

R$ 20,8 milhões

Fazenda:

R$ 19,7 milhões

Segurança pública:

R$ 18,2 milhões

Desenvolvimento econômico:

R$ 8,7 milhões

Cultura, esporte e lazer:

R$ 7,2 milhões

Planejamento, urbanismo e mobilidade:

R$ 6,9 milhões

Procuradoria jurídica:

R$ 6,7 milhões

Gabinete do prefeito:

R$ 5,3 milhões

Outros

RPPS: R$ 67,9 milhões

Câmara de Vereadores:

R$ 9,1 milhões

Reserva de contingência:

R$ 5,9 milhões

FONTE: PREFEITURA DE LAJEADO

Valor expressivo

Três secretarias representam mais de 70% do total do orçamento de Lajeado, considerando também os recursos destinados à câmara de vereadores e o Regime Próprio de Previdência Privada (RPPS). “É a tendência dos últimos anos. Temos os limites constitucionais, mas na educação, por exemplo, projetamos mais de 27%, sendo que o mínimo exigido é 25%”, frisa.

A previsão para 2025 é de um orçamento próximo de R$ 665 milhões, a partir da estimativa da LDO divulgada semana passada. Considerando essa projeção, quais áreas você pretende priorizar nos próximos anos, caso eleito(a)?

LDO é um dispositivo legal que tem em si projeções de investimentos feitas pelo governo vigente. Entretanto, podem existir alterações nela, visando adequá-la ao novo governo. Em que pese que na mensagem justificativa do projeto existam alguns erros, os investimentos para sanar a gigantesca fila de exames e consultas que somam hoje mais de 6,8 mil pessoas devem compor com o quadro de falta de atendimento nas escolas infantis, com mais de 550 crianças na lista de espera. Também frisamos que a manutenção e pavimentação de ruas será foco de nosso trabalho. E, ainda, deverão ser resolvidas com urgência as novas residências para aqueles que foram atingidos pelas enchentes. Há diversos pontos a tratar, mas que poderão resultar em alterações na LDO apresentada”.

Desde 2017 vemos uma destinação de mais de 75% do orçamento paras as áreas essenciais de saúde, educação, obras e segurança. Nos próximos anos manteremos esse foco orçamentário, sempre com responsabilidade fiscal e buscando ter capacidade de investimentos com recursos próprios, tornando possível, por exemplo, a construção de escolas e postos de saúde sem depender de recursos federais ou de termos recursos para momentos de emergência, como na pandemia e nas cheias. É fundamental termos um bom controle orçamentário tanto da receita quanto da despesa, evitando que município venha a ter desequilíbrio nas finanças como já observou no passado, tendo que apelar para medidas extraordinárias como o turno único nos serviços municipais”.

GLÁUCIA SCHUMACHER (PP)

Essa previsão nos compromete a cumprir com as metas que previmos no nosso plano de governo. Vamos trabalhar intensamente nos temas que melhorem rapidamente a vida das pessoas e, em parceria com os governos federal e estadual e a iniciativa privada, construir casas dignas para as famílias e ajudar as médias e pequenas empresas drasticamente atingidas pelas enchentes. Também vamos melhorar a questão da fila de cirurgias eletivas e reduzir o sofrimento de milhares de pessoas. Também vamos implantar a tarifa zero, que vai melhorar a renda das famílias, estimular a economia local e melhorar de forma mais rápida a mobilidade na cidade. E preparar as escolas de ensino fundamental para iniciarmos de forma gradativa e planejada a adoção do turno integral”.

SÉRGIO KNIPHOFF (PT)

Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br
CARLOS RANZI (MDB)

Os erros e os aprendizados depois das catástrofes

Seminário reúne especialistas, autoridades e líderes locais para melhorar a resposta após eventos climáticos extremos. Programação hoje (a partir das 13h30min) e amanhã na Univates marca um ano da catástrofe de setembro

Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br

Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br

Um ano. Os dias 4 e 5 de setembro trazem à memória da comunidade regional uma inundação sem precedentes. A força do Rio Taquari destruiu cidades e mostrou lacunas no monitoramento, no socorro e na recuperação.

Justo para rever equívocos e conseguir traçar planos para melhorar a resposta em cada uma das etapas em caso de novos eventos climáticos extremos, ocorre o 2º Seminário Pensar o Vale Pós-Enchente, marcado para hoje (a partir das 13h30min) e amanhã no auditório do Prédio 7 da Univates.

Com participação do Comitê Estratégico Multissetorial da região, a programação terá

a presença de autoridades, pesquisadores e líderes do Vale, do RS e do país. O evento é gratuito.

Para a presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento (Codevat), Cintia Agostini, a enchente de setembro passado alterou os paradigmas do Vale e do RS sobre a forma de lidar com as crises provocadas pelo clima. Depois disso, foram duas outras grandes inundações. Em novembro (4º maior desde 1941) e, em especial, a de maio (maior já registrada na história). “O Vale sempre viveu com enchentes e com secas. Mas ela atingia uma parcela pequena da população. A partir de setembro, mas, principalmente, em maio, atingiu muita gente de maneira direta e toda a comunidade de forma indireta. Isso exige outro tipo de resposta”.

O Seminário Pensar o Vale PósEnchentes se sustenta em três eixos (prevenção, enfrentamento e reconstrução). Serão cinco painéis temáticos, com assuntos que vão desde o entendimento sobre eventos climáticos adversos, atendimento às populações atingidas, até o acesso a programas de financiamentos internos e externos.

Na abertura de cada debate, estão previstas apresentações de experiências em outras regiões atingidas por catástrofes climáticas e movimentos

As grandes inundações de setembro para cá desnudaram problemas de diversas ordens. Para proteger as pessoas e mitigar os prejuízos, precisamos reunir forças para além do Vale”

ADAIR WEISS

DIRETOR-EXECUTIVO DO GRUPO A HORA

regionais voltados à retomada logística e produtiva do Vale. As atrações são organizadas pelo Grupo A Hora, em parceria com as entidades locais, como do Conselho Regional de Desenvolvimento (Codevat), Univates e associações dos municípios, do Turismo e dos

vereadores (Amvat, Amat, Amturvales e Avat), Câmara da Indústria e Comércio (CIC-VT). O patrocínio é da Corsan e do BRDE.

Orientado às soluções

“O Vale precisa decidir o que deseja para o futuro. As grandes inundações de setembro para cá desnudaram problemas de diversas ordens. Para proteger as pessoas e mitigar os prejuízos, precisamos reunir forças para além do Vale do Taquari”. A afirmação do diretor-executivo do Grupo A Hora, Adair Weiss, serve de ponto de partida frente aos objetivos da segunda edição do seminário. “Temos fragilidades históricas. As autoridades, os líderes e a própria comunidade precisam superar os traumas e garantir que não aconteçam de novo.”

Neste sentido, Weiss realça o propósito do encontro. De acordo com ele, os debates e as decisões dos dois dias de evento precisam servir de orientação na busca de soluções.”

Para Cintia Agostini, é preciso urgência. “Mais uma vez, a nossa região foi o epicentro da catástrofe. É com essa seriedade que devemos encarar as três inundações em oito meses. Estamos lidando com o maior evento climático da história do Brasil.”

Na avaliação da presidente do Codevat, o compromisso em melhorar a resposta para tais

acontecimentos deve ser divida com os entes públicos. Isso requer, afirma, mais participação do Estado e do governo federal. Em 14 de novembro do ano passado, no primeiro Seminário Pensar o Vale Pós-Enchentes, o comitê regional elaborou um documento com iniciativas de curto, médio e longo prazo. Para esta edição, um segundo texto será redigido no encerramento do segundo dia de programação. A nova carta será entregue para autoridades do Estado, do país e aos candidatos a prefeito dos municípios do Vale do Taquari.

Educação ambiental

Amanhã, no fim do primeiro dia de seminário, uma das ações estipuladas no ano passado será apresentada. Trata-se do projeto de Educação Ambiental das Escolas (Educame). Serão lançados o livro e a cartilha de atividades para os alunos. O livro consiste em uma série de informações sobre natureza, ambiente e relação humana. Traz consigo a exclusividade e o ineditismo de pormenorizar aspectos regionais, tais como o detalhamento da bacia hidrográfica do Taquari/Antas. Segundo o diretor editorial e de produtos do A Hora, Fernando Weiss, o intuito é fazer com que os alunos sejam multiplicadores da cultura da prevenção nas famílias.

VALE DO TAQUARI

Um ano: da tragédia à reconstrução

4 e 5 de setembro de 2023

O nível do Rio Taquari alcançou 29,53 metros em Lajeado e 29,62 metros em Estrela (pelas medições oficiais). A força da água resultou em uma destruição nunca vista. Foram confirmados 51 óbitos e ainda há quatro pessoas desaparecidas. Estima-se que os prejuízos foram de R$ 15 bilhões até R$ 20 bilhões. Mais de 2,7 mil casas foram destruídas ou condenadas.

6 de setembro de 2023

Tragédia deixou cidades como Muçum, Encantado, Roca Sales, Arroio do Meio, Colinas, Lajeado, Estrela, Cruzeiro do Sul e Venâncio Aires devastadas e comprometeu acessos.

10 de setembro de 2023

O vice-presidente, Geraldo Alckmin, esteve no Vale do Taquari liderando a comitiva do governo federal com anúncios em

28 de setembro de 2023

A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, integrou a comitiva de ministros que visitou o Vale. Os ministros e secretários abordaram pautas e anúncios já feitos para garantir que as medidas fossem implementadas com agilidade e eventuais pendências solucionadas, com menos burocracia.

28 de setembro de 2023

A Caixa Econômica Federal disponibilizou um espaço da agência Lajeado para instalação de um escritório do Governo Federal para atuar na reconstrução da região atingida pelas enchentes. No local, as equipes do banco, de ministérios e órgãos federais atuaram nas ações de reconstrução do Vale do Taquari.

14 de novembro de

2023

Grupo A Hora promoveu o 1º Seminário Pensar o Vale Pós-Enchente, na Univates. Objetivo era debater estratégias e soluções em face das cheias recorrentes da bacia Taquari/Antas.

29 de abril a 5 de maio de 2024

A região enfrentou um dos maiores desastres naturais da história. O rio alcançou os 33,35 metros em Lajeado no dia 2 de maio, e superou a marca histórica de 1941, de 29,92 metros. Na tragédia, 49 pessoas foram mortas e 16 ainda estão desaparecidas.

18 de novembro de

2023

Depois de uma semana de chuvas, o nível do Rio

Taquari passou dos 28,94 metros. Terceira maior marca desde 1941. Chuva uniforme em diversos pontos da bacia hidrográfica trouxe uma enchente mais lenta e gradual. Como já havia um alerta de cheia, não houve perdas humanas e os prejuízos materiais também foram menores, mas cerca de 1,5 mil pessoas ficaram desalojadas.

19 de agosto de 2024

Governo do Estado entregou primeiras 30 casas provisórias para moradores de Encantado. Módulos foram instalados no bairro São José. Outras 28 casas provisórias foram entregues no dia 3 de setembro, em Cruzeiro do Sul.

6 de junho de 2024

Lula visita o bairro Passo de Estrela, em Cruzeiro do Sul, e o bairro Navegantes, em Arroio do Meio. Nas cidades, Lula se reuniu com os prefeitos para alinhar a situação de urgência para construção de casas, tendo em vista o déficit imobiliário para aluguel social.

16 de janeiro de 2024

Forte tempestade atingiu o Vale do Taquari. Rajadas de vento causaram danos e prejuízos na região. Motoristas relatam quedas de árvores na Rota do Sol, trecho de Westfália. Outras rodovias da região apresentam obstáculos por conta dos temporais, que também causou destelhamento e queda de árvores em Mato Leitão, Santa Clara do Sul, Venâncio Aires e outros pontos do Vale.

2º Seminário Pensar o Vale PósEnchente, organizado pelo Grupo A Hora e Comitê Estratégico e Multissetorial do Vale do Taquari, na Univates.

9 de junho de 2024

Por um projeto estruturado pela Lyall

Construtora com o apoio de outras empresas e profissionais voluntários, a Ponte de Ferro foi reconstruída em menos de 15 dias, e proporcionou a ligação entre Lajeado e Arroio do Meio depois de mais de um mês da enchente.

15 de março de 2024

Pela primeira vez após as duas enchentes de 2023, o presidente Lula visitou o Vale do Taquari, para apresentação de um relatório das entregas feitas pelo governo federal para atendimento às vítimas das catástrofes.

Serviço

2º Seminário Pensar o Vale Pós-Enchente

Organização: Grupo A Hora e Comitê Estratégico e Multissetorial do Vale do Taquari

Data: 4 (às 13h30min) e 5 de setembro Local: Auditório do prédio 7 da Univates

Inscrições

A entrada é gratuita Para garantir lugar, basta fazer a inscrição pelo QR Code

7 de agosto de 2024

Uma ponte alternativa foi inaugurada pelo Exército, com construção feita em menos de 10 dias, entre Lajeado e Arroio do Meio. No lado de Arroio do Meio, a estrada fica em Forqueta Baixa, e de Lajeado, no bairro Planalto.

Mais uma vez, a nossa região foi o epicentro da catástrofe. É com essa seriedade que devemos encarar as três inundações em oito meses. Estamos lidando com o maior evento climático da história do Brasil”

4 e 5 de setembro de 2024
CINTIA AGOSTINI
socorro às vítimas.

vinibilhar@grupoahora.net.br

Cooperativas de crédito alertam associados

YURIARCURSPEOPLEIMAGES/DIVULGAÇÃO

As cooperativas de crédito com sede na região, Sicoob, Cresol e Sicredi, estão preocupadas com o aumento dos pedidos de informação sobre fraudes, envolvendo seus associados. Os golpes bancários têm gerado perdas financeiras e grandes transtornos para um número crescente de pessoas. É importante distinguir que há uma diferença entre fraudes e golpes. Quando as operações são realizadas sem o conhecimento da vítima, a exemplo da clonagem de cartões, se caracteriza por fraude. Já com transações legitimadas pelas vítimas e realizadas de forma espontânea, se caracteriza um golpe.

A Instituições ainda lembram que elas jamais entram em con-

tato solicitando dados pessoais, senhas ou transferência de valores, e que não enviam links, retêm cartões ou enviam aplicativos para

Endividamento dos gaúchos recua

mesmo no pós-enchentes

Embora as notícias ruins causadas pelas enchentes de maio tenham ganhado destaque no cenário nacional, a economia do Rio Grande do Sul recebe um alívio com o mais recente Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas da Serasa.

O estado registrou menor volume de inadimplentes em relação aos quatro primeiros meses do ano. Atualmente, o território gaúcho registra 3.486.075 consumi-

dores em situação de inadimplência. Eles representam 38,32 % da população gaúcha e juntos devem mais de R$ 19 bilhões. Enquanto nos demais estados, os débitos com as contas básicas representam mais de 21% no bolo da inadimplência, no Rio Grande do Sul o atraso no pagamento de água, energia e gás, consideradas essenciais, têm uma parcela de apenas 11,56% no total do endividamento da população.

serem baixados. A dica é desconfiar sempre e buscar a informação direto com seu gerente de contas ou da própria agência.

FRASE DO DIA

“Moraes deve estar muito irritado com a situação, pois nenhuma de suas ferramentas usuais conseguiu abalar o bilionário. Pelo contrário, ele parece ter renovado a disposição de continuar a discussão pública.”

• Franquias - O ambiente propício aos investimentos, contribuiu para que o setor de franquias registrasse um crescimento nominal de 15,8% no semestre. O valor significa um faturamento equivalente a R$ 121,8 bilhões, segundo pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF).

• Contratações - Segundo o projeto de lei do Orçamento de 2025, serão contratadas 57.814 pessoas para o setor público no próximo ano. Desse total, 53.599 correspondem ao Poder Executivo, dos quais 46.882 comporão o banco de professores para as universidades e institutos técnicos federais.

No final de outubro, entre os dias 30 a 2 de novembro a CIC Teutônia realiza missão empresarial para Minas Gerais. A programação conta com visitação à Associação Comercial de Ipatinga (Aciap), Parque Ipanema, Usiminas, Grupo Emalto, agências Sicredi de Ipatinga, Timóteo e Coronel Fabriciano e Parque das Cachoeiras. A missão visa integrar as regiões e também conhecer a área de atuação do Sicredi Ouro Branco no estado mineiro. O pacote inclui voos com mala de mão Canoas/São Paulo/Belo

Horizonte/Ipatinga, transfers de deslocamento, visitação e acompanhamento de guia local, três noites de hospedagem em apartamento duplo com café da manhã, ingresso para o Parque das Cachoeiras e jantar oferecido pelo Sicredi, apoiador do evento. O investimento é de dez parcelas de R$ 350,00 por participante associado à CIC e de cinco parcelas de R$ 900,00 para os demais interessados. Mais informações e inscrições pelo WhatsApp (51) 99250-1992. As vagas são limitadas.

ALUIZIO FALCÃO FILHO, COLUNISTA DO BM&C NEWS

Experiência conecta raízes locais ao sucesso no setor imobiliário

Fundada em setembro de 2021, Persch Imóveis se consolida como uma das empresas referência em compra e venda de imóveis

LAJEADO

Ao completar três anos de atuação no mercado, a Persch Imóveis se consolida como uma das imobiliárias referência em compra e venda de imóveis.

Fundada em setembro de 2021, a empresa é fruto da experiência de Paulo Persch, que já acumula mais de 15 anos no setor imobiliário, e do desejo de oferecer um serviço diferenciado à região.

Localizada em Conventos, em Lajeado, a sede da Persch Imóveis não foi construída no bairro por acaso. Paulo cresceu na região e sempre acreditou em seu potencial de desenvolvimento. Com a expansão constante do bairro, o empresário viu ali uma oportunidade estratégica para sediar a imobiliária. “Um dos motivos por que fui para lá é que nasci e me criei a vida toda. E não pretendo sair. A cada dia

que passa, Conventos cresce mais”, comenta. Mesmo com o espaço físico, Paulo conta que boa parte das negociações começam pelo meio digital. “A maioria dos nossos clientes chega até nós por indicação, site ou Instagram. A pessoa olha os produtos, faz a simulação online e só depois marca uma visita”, explica. Para ele, a tecnologia é uma grande aliada das vendas, mas o contato físico e a proximidade com os clientes fazem a diferença no momento da negociação. Para o corretor Everton Eckhardt, o papel da imobiliária vai além de simplesmente vender imóveis. “Nosso objetivo é ajudar o cliente a tomar a melhor decisão, mostrar para ele as melhores oportunidades e esclarecer todas as dúvidas antes da compra”, ressalta. O bate-papo completo com Paulo César Persh e Everton Eckhardt pode ser conferido no QR Code desta página. O programa “O Meu Negócio” é transmitido ao vivo nas segundas-feiras, na Rádio A Hora 102.9 e nas plataformas digitais. Tem o patrocínio de Motomecânica, Kappel Imóveis, Black Contabilidade, Marcauten, Grupo Zagonel, A Mobília Lajeado, Dale Carnegie, Sunday Village Care, 3F1B Móveis Estratégicos e STW Automações.

ENTREVISTA

EVERTON ECKHARDT - Corretor de imóveis

“Realizamos o sonho das pessoas”

Wink - Everton tu também te criou no bairro Conventos? Nos conta tua trajetória. Everton - Eu nasci no bairro Olarias e já aos 16 anos fui trabalhar no setor alimentício. Na Florestal Alimentos trabalhei 32 anos e, no momento em que eu saí da empresa, procurei o Paulo, pois estava procurando uma oportunidade diferente. Não apenas ficar dentro de uma empresa. Eu sempre lidei com pessoas e gosto. Claro que agora é totalmente diferente, pois estamos realizando o sonho das pessoas.

Wink - O que tu te lembra de um grande aprendizado da Florestal?

Isso é MarketingSeth Godin

“Grandes profissionais de marketing não usam os consumidores para resolver o problema da empresa. Eles usam o marketing para resolver os problemas de outras pessoas”. Este é o centro da abordagem do livro de Seth Godin. Na obra, o autor ensina a identificar o menor público viável, construir a confiança do mercado, adotar as narrativas que os fãs usam e encontrar coragem para criar, com ferramentas e histórias únicas.

Everton - As histórias das pessoas. Pessoas não são fáceis de conduzir e cada uma tem sua história e dificuldades. Como fui para o ramo imobiliário, a gente também escuta muitas histórias, então ficou muito mais fácil entender o que elas estão procurando e querem para conquistar a casa própria.

Wink - Paulo, como é tua história profissional, o que tu fazia antes de abrir a imobiliária?

Paulo - Sempre trabalhei no setor de vendas. Empregos fixos eu tive dois. O primeiro na Farmácia Popular, onde trabalhei desde os 14 anos. Depois de lá fui para a Retoque, uma loja de materiais de construção. Querendo ou não, muito daquele conhecimento eu uso hoje em dia. Depois disso, fui meio ano para a Alemanha, onde tentei uma vida no futebol. Voltei e trabalhei com o meu sogro em um frigorífico. Então veio o convite para trabalhar na Morar Bem. Muito do que eu sou e sei hoje, aprendi com eles, foram meus professores. Depois trabalhei na Diamond, por três anos, e aí meu sogro teve o câncer e me pediu para ajudá-lo. No fim, tive que sair da Construtora Diamond para ajudar a família e fiquei dois anos sem atuar no ramo imobiliário. No momento em que consegui

alugar o frigorífico, fui trabalhar na Omega Construtora.

Wink - Tu teve diversas pessoas e empresas em sua experiência. Isso te ajudou a formar a personalidade profissional?

Paulo - Com certeza e todos bons professores. Eles me ensinaram muita coisa e a gente vai pegando um desse, outro daquele e nesse somatório vai se aperfeiçoando.

Wink - Everton, onde tu fizestes tua formação de corretor?

Everton - Eu fiz online, mas a experiência em lidar com pessoas conta muito. Eu também estou tendo um baita professor. Tudo que é tipo de negócio eu troco uma ideia com o Paulo, pois ele que orienta como fazer, a maneira mais correta. O Paulo é muito ético, então eu sempre tinha isso na minha cabeça. É isso que estou levando para mim e está dando muito certo nestes dois anos.

Paulo - Quando o Everton veio me pedir a oportunidade, eu sempre dizia para ele que queria alguém que trabalhasse comigo, mas pessoas que tenham o perfil parecido ao meu. Me preocupo em fazer o negócio bem feito, para poder fazer um, dois, três, quatro negócios com a mesma pessoa. E isso não é do dia para a noite, é uma construção que, ao longo do tempo, vai se melhorar cada vez mais.

PAULO CÉSAR PERSCH - Diretor da Persch Imóveis
Paulo César e Everton Eckhardt participaram do programa “O Meu Negócio” dessa segunda-feira, 2
DEIVID TIRP
Jéssica R Mallmann

Habitação e desenvolvimento pautam debate entre candidatos

O que os candidatos falaram sobre determinados temas:

DEMANDA HABITACIONAL

"Temos quatro projetos. O primeiro foi encaminhado ao governo federal, ainda antes da enchente, mas foi priorizado o "Calamidades". Agora, protocolamos duas propostas, pois abriram para municípios com menos de 50 mil habitantes. E também, junto ao governo do Estado, encaminhamos projeto para 25 casas. Esperamos que venham a contemplar nossos

Amarildo da Silva, em resposta a João Fernandes

Atual prefeito e dois ex-vice-prefeitos confrontaram projetos para o futuro do município. Temas como saúde e educação também marcaram encontro

Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br

FAZENDA VILANOVA

Com população crescente e localização estratégica, às margens da BR-386, Fazenda Vilanova vê crescer a demanda por novas habitações. A chegada de novos moradores exige investimentos para garantir dignidade a essas pessoas. E essa foi a tônica do debate eleitoral ocorrido na tarde

de ontem, promovido pela Rádio A Hora 102,9. Amarildo da Silva (PDT), João Fernandes (Republicanos) e Roque Vargas (PT) apresentaram seus planos e projetos para o futuro da cidade que, conforme a estimativa populacional mais recente, conta com 4.399 habitantes. O debate foi dividido em cinco blocos e possibilitou aos oponentes perguntas entre si com tema livre e assuntos sorteados. Silva, atual prefeito, teve embates mais fortes com Fer-

nandes, que já foi vice-prefeito e hoje é vereador em segundo mandato, sobretudo nos questionamentos sobre o setor habitacional. Vargas, também ex-vice-prefeito do município, optou por não partir para o ataque em suas falas. Esse é o sétimo de uma série de encontros com candidatos aos executivos municipais que o A Hora promove ao longo das próximas semanas. Ao todo, são mais de 40 debates previstos conforme cronograma divulgado pela emissora. Também estão previstas entrevistas com os postulantes a prefeito nas cidades mais populosas, além de pesquisas de intenção de voto.

Quais são seus planos para explorar e desenvolver as áreas ao longo da BR-386 e outros pontos estratégicos de Fazenda Vilanova, com objetivo de atrair novas empresas, gerar empregos e impulsionar economia local. Como pretende equilibrar desenvolvimento econômico com sustentabilidade e qualidade de vida?

Possuímos hoje uma das melhores vitrines do nosso Estado. Temos uma grande preocupação para desenvolver e atrair novas empresas. Mas antes precisamos resolver alguns problemas. Ainda não contamos com um código de obras, só o Plano Diretor para regulamentar"

Estamos bem localizados e temos que vender bem isso, mas já desperdiçamos muito tempo. Contamos com uma elevada onde foi proposta a revitalização e nada foi feito. Temos que fazer algo diferente, uma entrada nova, sinalizando que aqui é Fazenda Vilanova".

JOÃO FERNANDES (REPUBLICANOS)

Temos a lei que trata sobre o desenvolvimento econômico e podemos dizer que a cidade já está fazendo o seu tema de casa. São vários empreendimentos que aconteceram agora, nessa gestão. Temos ciência e consciência do potencial de publicidade que a BR oferece".

QUALIDADE

DOS SERVIÇOS PÚBLICOS

"Temos o compromisso em aumentar o horário de atendimento no posto de saúde, até meia noite. Outra questão é o nosso plantão, que atende de madrugada. O motorista vai atender as pessoas sozinho. Se tem um problema mais grave, não tem habilidade para isso. Vamos fazer um plantão com uma ambulância mais equipada para prestar um atendimento melhor às pessoas".

João Fernandes, em resposta a Roque Vargas

EDUCAÇÃO

"É a parte mais importante de um administração. Se ganharmos as eleições, vamos lutar para melhorar a educação. No nosso plano de governo, identificamos a necessidade de uma nova creche. Vamos buscar junto ao governo federal e também buscamos melhoria do nosso colégio estadual. E também nos preocupamos com os cursinhos, para preparar nossos jovens".

Roque Vargas, em resposta a Amarildo da Silva

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

"Vamos trabalhar nesse sentido, olhando para todos. Fizemos isso já na pandemia e criamos a lei do desenvolvimento econômico. A agricultura hoje representa 83% da nossa arrecadação, e temos empresas se instalando. É desenvolvimento e trabalho. É isso que estamos fazendo aqui. E gastamos muito menos com funcionalismo, por isso sobra recursos".

Amarildo da Silva, em resposta a Roque Vargas

CASAS POPULARES

"Quando o Cenci (ex-prefeito) se elegeu e eu era vice, nem havia área. O Pedro (ex-prefeito) comprou uma área em 2014. Em 2016, não era uma das promessas de campanha do Cenci e nem prioridade, pois a demanda era pequena, havia mais pedidos por reformas de moradia. Foi a partir de 2020 que isso cresceu. E o seu governo não mexeu nenhum dedo para isso". João Fernandes, em resposta a Amarildo da Silva

DIGNIDADE

"Há casas onde eu não tenho coragem de pedir voto. É criança pequena com fome, habitação sem telhado, algumas sem forro. Isso é muito triste. A gente vai ter que resolver esse problema, pois é inaceitável uma pessoa não ter o que comer e nem onde morar. A moradia é uma das primeiras coisas com que me preocupo. Vamos buscar mais casas populares" Roque Vargas, em resposta a João Fernandes

ROQUE VARGAS (PT)
AMARILDO DA SILVA (PDT)
FOTOS: MATEUS SOUZA

Compositor de "Grito de Alerta"

Sufixo de "crueza" Influenciada pela mídia, interfere nas decisões políticas

Indica a repetição, na letra de música

Resposta enganosa do traidor

Cruzadas

Confusões; fuzarcas (?) de pólen, elemento masculino da flor

Substância resinosa usada na impermeabilização de lajes

Norte (abrev.) Cebola, em inglês Pelo da escova

"Trabalho", em OIT Ilha de (?), possessão dos EUA Satélite vulcânico de Júpiter (Astr.)

Elemento predominante na atmosfera (?) de vedação, peça de torneiras

Órgão que controla a pressão arterial

Balão em forma de nuvem nos gibis

Máquina do beneficiamento do milho

Automóvel, no jargão policial

Revolução (?): a 1ª a abolir a escravidão

Terrífico; horrendo Cidade em cujos subúrbios nasceu o tango

Letras fundidas em "à" (Gram.)

A decisão com que todos concordam

Taxa do rendimento da poupança

Formato clássico do ímã

Trazer para si; aproximar

Transparente (fem.)

Átomo que possui excesso ou déficit de elétrons

Enrico Fermi, físico italiano

Dia da (?): 22 de abril

OBITUÁRIO

SEMILDA STÖLBEN, 87, faleceu ontem, 3. O velório ocorre na Capela Velatória de Boa Esperança Alta, em Cruzeiro do Sul. O sepultamento ocorre hoje, 4, às 9h30min, no Cemitério Católico de Boa Esperança Alta.

MIRCON PEDRO LEIDENS, 69, faleceu ontem, 3. O velório ocorre na Igreja Católica de Linha Bicudo Alto, em Capitão. O sepultamento ocorre hoje, 4, às 16h, no Cemitério Católico de Linha Bicudo Alto.

Labareda (?) 1980: a Década Perdida 3, em romanos O solo ideal para o cultivo do arroz

Formação comum no rejunte de boxes

Moeda do Japão Precursor da mala

"Top (?), ranking dos dez mais

Ampère (símbolo)

Rapaz, em inglês

Vitamina chamada tocoferol

Horós C opo

ÁRIES: Se não sabe por onde começar, priorize a saúde. O trabalho terá andamento positivo, mesmo que alguns processos sejam lentos.

TOURO: O dia será mais produtivo nas atividades criativas, nos assuntos dos filhos e nas reorganizações da casa. Evite gastar dinheiro por impulso.

GÊMEOS: O foco na família, conforto e fortalecimento das bases afetivas continuará hoje. Jogue a autoestima para cima, tome decisões e vá para a ação.

CÂNCER: Pense a longo prazo e não desamine se tudo estiver meio parado hoje. Aproveite para estudar, rever estratégias e cultivar a serenidade.

LEÃO: Harmonia nas relações cotidianas, proximidade com irmãos e amizades especiais manterão a tranquilidade.

VIRGEM: Dedique tempo ao autocuidado e dê crédito aos sonhos. O projeto de vida ficará mais definido, a partir de hoje.

Solução

LIBRA: Um pouco de preguiça será inevitável hoje, intercale os compromissos do dia com momentos de relaxamento.

ESCORPIÃO: Encontre amigos, ou faça amizades num novo grupo. Você está precisando de um respiro para aliviar angústias.

SAGITÁRIO: Assuma uma posição profissional de destaque e decida mudanças. Investimentos poderão mudar com uma proposta atraente.

CAPRICÓRNIO: Você poderá planejar uma viagem ou entrar com uma ação na Justiça e conquistar seus direitos.

AQUÁRIO: Discuta ideias com alguém da sua confiança. A fase será bastante criativa, enriqueça seus projetos com soluções originais

PEIXES: Dê mais atenção aos relacionamentos próximos e aprenda com novas referências. O trabalho ganhará velocidade, com inovações e contratos claros.

CLAIA SCHWARZ MICHEL, 78, faleceu ontem, 3. O sepultamento ocorreu no Cemitério Evangélico de Pontes Filho, em Teutônia.

ADÃO MARQUES PEREIRA, 79, faleceu ontem, 3. O sepultamento ocorreu no Cemitério dos Almeida, em Taquari.

CLEMENTINA BAGATTINI, 94, faleceu na segunda-feira, 2. O sepultamento ocorreu no cemitério de Coqueiro Baixo.

ANA ROSA BRESOLIN, 75, faleceu na segunda-feira, 2. O sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal de Guaporé.

Contrato renovado

Dal Pian Permanece no CSA em 2025

Boa temporada faz o clube alagoano da Série c do Brasileirão renovar com atleta de encantado

Olateral-esquerdo Guilherme Dal Pian, 25, natural de Encantado, celebra um ano muito positivo. A temporada iniciou com um bom Gauchão pelo São Luiz, e encerra com renovação de contrato com o CSA, equipe que é uma das principais de Alagoas e do Nordeste, e que está na Série C do Brasileirão.

O lateral disputou 25 jogos em 2024. Pelo São Luiz, foram 14 partidas, duas assistências e o título da Recopa Gaúcha sobre o Grêmio. A boa campanha no Estadual chamou a atenção do CSA. Pela equipe de Maceió, disputou 11 jogos e contribuiu com uma assistência. O time encerrou a campanha na Série C na 10ª colocação.

Dal Pian comemora a boa temporada. “Eu tive uma crescente muito boa. Fiz um bom Gauchão, depois fui para um clube de tradição e expressão dentro do seu estado e região. O mais importante foi ter deixado o CSA na Série C, um clube dessa grandeza não pode cair.”

Lateral natural de Encantado teve boa temporada em 2024 e renovou contrato com o CSA, de Alagoas, para 2025

Temporada 2024

São Luiz 14 jogos 2 assistências Título da Recopa Gaúcha CSA 11 jogos 1 assistência Permanência garantida na Série C do Brasileirão Contrato renovado para 2025

Projeção PArA 2025

O atleta do Vale do Taquari foi o 12º jogador confirmado para a próxima temporada. De férias em Lajeado, ele diz que o pensamento já está em 2025. “A renovação é importante e fruto do trabalho mostrado, tive a confiança da comissão técnica e da diretoria. Teremos um ano de calendário cheio e não faltará oportunidade para eu novamente me destacar”, diz. Ele elenca os principais desafios da próxima temporada. “Ser campeão estadual de Alagoas e fazer um grande ano nas demais competições. Tem Copa do Nordeste, Copa do Brasil e, se tudo der certo, conquistar o acesso à Série B do Brasileirão.”

Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br
Divulgação

Hoje é

A rodada de abertura do campeonato de futebol amador de Lajeado em 2004 envolvia dez times da cidade. A equipe vencedora de 2003, União Campestre, enfrentou o SER São Cristóvão no campo do Campestrão. O time do São Cristóvão saiu vitorioso por 3x1.

Outros jogos que ocorriam pela cidade eram entre o AA Montanha e Clube Esportivo Olarias, em que o Olarias venceu de 3x2. Em Conventos, jogou o Juventude contra o União de Carneiros, único jogo que terminou empatado em 0x0. O Estudiantes venceu de 2x1 o Corinthians de Carneiros. Já o Internacional de Conservas venceu o União Santo André por 3x1.

Olimpíada em Estrela

No espírito das Olimpíadas de Atenas, em 2004, a Creche Colmeia, da Comunidade Evangélica, organizava atividades esportivas para os alunos de 5 e 6 anos. Foram três dias de competições com 66 estudantes, divididos em quatro equipes. Ao fim, todos receberam medalha de ouro (um pirulito enrolado em papel dourado reluzente).

As estagiárias Vanir Käfer e Luci Vogel organizaram as atividades

Além dos jogos e brincadeiras, as crianças estudaram sobre as Olimpíadas de Atenas, fizeram trabalhos com tintas, quebra-cabeças e outros. A atividade foi desenvolvida pelas estagiárias Vanir Käfer e Luci Vogel, estudantes do Instituto Estrela da Manhã.

Início do Amador de Lajeado

Novos canteiros por Lajeado

O Lions Club da cidade realizava uma campanha para colocar canteiros de flores nas Avenidas Alberto Pasqualini e Acvat. A ação era coordenada pelas domadoras Gessy Gravina e Ilse Petter. Foram plantadas cerca de 500 mudas de rosas nos canteiros centrais dessas duas avenidas, que eram a entrada principal para Lajeado.

Dia Mundial do Taekwondo Dia Mundial da Saúde Sexual Santo do dia: Santa Rosália
Em jogo em Conventos, o Estudiantes venceu o Corinthians de Carneiros

FABIANO CONTE

Jornalista e radialista

Lembranças e marcas profundas

Há um ano, a enchente do Rio Taquari deixou um rastro de destruição e dor que ainda ecoa na memória de todos que viveram aqueles dias sombrios. As águas levaram consigo lares, sonhos e, em muitos casos, vidas. O cenário de devastação, com ruas submersas e famílias desalojadas, permanece vivo nas lembranças, uma ferida aberta que o tempo luta para cicatrizar. Em novembro mais uma e em maio deste ano a maior de todas. As marcas deixadas por essa tragédia não são apenas físicas,

como as casas que ainda precisam ser reconstruídas ou as pontes a serem refeitas, mas também emocionais. Cada família atingida carrega consigo a dor da perda, seja de entes queridos, de bens materiais ou da sensação de segurança em suas próprias comunidades.

COLUNA DO MUSEU

Por, Sérgio Nunes Lopes Kelly Lavall da Silva

As controvérsias de uma cultura elitizada

São muitos os preconceitos que circunscrevem os museus e que, gradativamente, precisam de tratamento para que a democratização do acesso à cultura saia do discurso e gere resultados sociais mais contundentes. Uma década de funcionamento do Museu Público Municipal de Arroio do Meio - Casa do Museu já gerou movimentações interessantes, mas ainda não amadureceu plenamente na comunidade e na própria mantenedora, os aspectos que o justificam socialmente, tampouco os imperativos técnicos para o seu funcionamento autônomo. A construção exaustiva das condições institucionais de funcionamento e a articulação em rede estimulada pela Lei 11.904 de 14 de janeiro de 2009, que institui o Estatuto de Museus, não está a contento em muitos lugares, incluindo a realidade regional que compomos.

A lei de 2009 que orienta o funcionamento dos museus acena com uma série de possibilidades, mas infelizmente ainda há ideias pré-concebidas que tardam a serem desconstruídas. Entre tantas dessas ideias está a perspectiva de museus como lugar de culto às elites e a personalidades. Uma abordagem sedimentada sobre os preceitos filosóficos, sabidamente ultrapassados, do positivismo.

A interconexão entre museus, História enquanto ciência e a produção do conhecimento historiográfico é imanente. A partir dos anos 1930, uma perspectiva diferente em relação à produção historiográfica se fez sentir. Intelectuais franceses começaram a chamar a atenção para outras narrativas possíveis que não apenas as que têm como artífices os atores políticos ou a luta pelo poder e pelas riquezas produzidas em cada contexto. Aqueles historiadores deram origem ao que ficou conhecido como a Escola dos Annales.

Se no período anterior se utilizava exclusivamente os documentos escritos e oficiais e colocava-se como grande objetivo uma verdade única sobre a escrita da história, isto passou a ser veementemente contestado. Os intelectuais do movimento dos Annales, com razão, chamaram a atenção para o fato de que, ao considerar apenas os documentos oficiais, tinha-se uma história elitizada. Ou seja, só é capaz de produzir documentos escritos quem sabe escrever. Desta perspectiva já se exclui as pessoas analfabetas e todas as civilizações de tempos anteriores à convenção dos códigos de escrita que se consegue significar contemporaneamente.

Fiquei indignado ao encontrar, essa semana, uma propaganda eleitoral colocada no para-brisa do meu carro. Era de uma candidata a vereadora na cidade de Lajeado. Olhei ao redor e constatei que os carros estacionados à minha frente e atrás também tinham essa mesma propaganda. Em vez de atrair votos, essa prática tem o efeito contrário. Duvido que alguém vá apoiar uma candidata que invade o espaço pessoal dos eleitores de forma tão desrespeitosa.

A recente briga entre Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, e Elon Musk, dono da rede social X (anteriormente Twitter), evidencia o crescente conflito entre a regulamentação judicial e a liberdade nas plataformas digitais. Esse embate nos mostra um cenário onde as redes sociais terão que escolher entre se submeter às leis de cada país ou enfrentar sanções, o que pode moldar o futuro da liberdade de expressão online. Neste caso, há exageros de ambos os lados.

Se antes o historiador apenas reproduzia o documento com o objetivo de conferir uma validade comprobatória à sua produção, agora ele interpreta os documentos e questiona as muitas possibilidades de visualizar um mesmo episódio histórico. Com esta postura, por óbvio, o historiador não está ausente da sua produção ou escondido atrás de uma suposta isenção. Assim como a verdade irrefutável deixou de ser o grande objetivo, as fontes também se ampliaram e isto diz respeito aos museus. Se antes a documentação oficial dava acesso apenas a uma “história vista de cima”, nas palavras dos próprios historiadores dos Annales, agora, mesmo o conceito de documento se amplia, assim como as motivações para a sua abordagem.

Na perspectiva anterior contaminada pelo positivismo, ao documento era atribuída a função de prova, tal qual em um júri cuja sentença verdadeira era única e irrefutável. Agora o documento volta ao axioma de sua origem etimológica. Conforme o integrante da terceira geração dos intelectuais dos Annales, o historiador francês Jacques Le Goff o termo latino documentum, deriva de docere, que significa “ensinar”.

Pablo Marçal é um exemplo de como o marketing pessoal e a presença nas redes sociais podem impulsionar uma carreira de forma rápida e impactante no Brasil. Entretanto, o futuro de sua trajetória, especialmente no campo político, ainda está em aberto, dependendo de como ele será capaz de equilibrar sua imagem pública com a credibilidade e as demandas da vida pública. Até agora, sua presença tem sido marcada por inúmeras polêmicas. Está na hora de virar a chave e partir para propostas.

Dentro dos espaços que o Grupo A Hora abre para os candidatos a prefeito, a tradicional “Sabatina” ocorrerá na próxima semana com os de Lajeado. No programa Frente e Verso, apresentado por Fernando Weiss e Rodrigo Martini, os candidatos de Lajeado terão a oportunidade de expor suas propostas. As entrevistas serão realizadas nas seguintes datas: Glaucia Schumacher no dia 9, Carlos Ranzi no dia 10 e Sérgio Kniphoff no dia 11. Sempre a partir das 9h15.

Portanto, todo o acervo de um museu precisa ser encarado como um documentum, ou seja, precisa cumprir a função de ensinar. Ao ensinar, é salutar que seja capaz de compor discursos mais inclusivos e democráticos. Não se pode continuar propagando, a partir dos museus, a perspectiva da história vista de cima. Dessa perspectiva, não nos servem os modelos dos grandes museus europeus, muitos deles com acervos decorrentes dos processos violentos de colonização de outros lugares no mundo. É preciso romper com as ideias de museu como lugar de discursos elitistas e nacionalistas que discriminam ao invés de incluir e fazer pensar.

ARQUIVO AHORA

Quarta-feira, 4 setembro 2024

Fechamento da edição: 18h

MÍN: 13º | MÁX: 25º

O sol até pode aparecer, mas, ainda no período da manhã, uma frente fria avança sobre o território gaúcho.

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.