A Hora – 28/08/24

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ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR

Quarta-feira, 28 agosto 2024 | Ano 22 - Nº 3637 | R$ 5,00 (dia

9,00 ( m de semana)

Ideias diferentes para a reconstrução

Debate com candidatos de Encantado tem como pontos centrais moradia, logística e incentivo às empresas

Jonas Calvi (PSDB), Luciano Moresco (PT) e Paulo Costi (PP) apresentam projetos para a cidade polo da região alta. Adversários do atual prefeito cobram mais protagonismo para

ENCONTRO COM CANDIDATOS

Com mais de 100 mil refeições servidas desde o ano passado, espaço solidário depende de apoio para ser definitivo. Investimento é estimado em R$ 50 mil.

PÁGINA | 10

Propaganda gratuita começa na sexta-feira

Na primeira reunião-almoço da Associação Comercial e Industrial de Lajeado com os postulantes ao Executivo municipal, Sérgio Kni-

resolver déficit habitacional e atenção para manter empresas. Por parte da situação, frisa resultados da educação e afirma que modernização contribui com setor produtivo.

PÁGINAS | 6 e 7 OPINIÃO

phoff (PT), apresentou o plano de governo. Entre os temas centrais, melhoria na mobilidade urbana, em especial para o transporte coletivo.

PÁGINA | 5

Jô sai de cena por cinco dias e eleva suspense OPINIÃO FABIANO CONTE

Inovação e prêmios na ida ao supermercado

Feiras reforçam poder da leitura

AFeira do Livro de Lajeado começa nesta quarta-feira, 28, com o tema “Entre páginas e emoções”. Mais do que incentivar o comércio local e valorizar as marcas e livrarias da região, o evento tem um objetivo ainda maior. A cultura fica evidente e faz um velho hábito se tornar presente na vida de crianças, jovens e adultos. A leitura vem se transformando ao longo dos anos. A leitura ficou digital e, por vezes, mais dinâmica. As tecnologias até tornam a leitura mais acessível e a evolução dos meios digitais não é a vilã. Ler, da forma que for, continua sendo essencial. Mas, nesse mundo digitalizado, procurar o lazer da leitura nas páginas impressas também traz um certo conforto e remete àqueles primeiros contatos com a literatura.

Mas, nesse mundo digitalizado, procurar o lazer da leitura nas páginas impressas também traz um certo conforto”

O Vale do Taquari também percebe esse movimento de valorização do meio. Uma prova disso são os tantos novos escritores que surgem a cada ano. Nesse assunto, a Academia Literária do Vale do Taquari (Alivat), tem papel importante. A cada Feira do Livro, são dezenas de obras lançadas por meio da instituição.

O movimento visto na região é de valorização da arte e da cultura que é daqui. E cabe a nós, leitores, entrarmos nessa ideia. A leitura, que inicia na família e passa pela escola, deve ser cultivada na vida em sociedade.

Eventos como as feiras do livro nos fazem recordar da importância do hábito. Para além do lazer, ler significa se desenvolver e contribuir para o desenvolvimento em comunidade. Que o movimento se perpetue, se modifique e se intensifique, mas que nunca deixe de existir.

Contatos eletrônicos: Av. Benjamin Constant, 1034, Centro, Lajeado/RS grupoahora.net.br / CEP 95900-104 assinaturas@grupoahora.net.br comercial@grupoahora.net.br faturamento@grupoahora.net.br financeiro@grupoahora.net.br centraldejornalismo@grupoahora.net.br atendimento@grupoahora.net.br

Editor-chefe da Central de Jornalismo: Felipe Neitzke FAÇA

“Tentei expor a paixão que tenho pelo campo e pela lida dos gaúchos”

Umdosdestaquesda programaçãodeexposições daExpointernesteanoéo projetoEstânciadaArte,que chegaasuaquartaedição. Eumadasintegrantesda exposiçãoéaartistaplástica LaurenDeBacco,42.Natural deSãoVicentedoSul,ela resideemWestfáliaháquase uma década. Junto com outrasseispessoas,expõe seustrabalhosnamostra, quetemcomotema“Sem Fronteiras”.Noanopassado, a mostra bateu recorde de público,com40milvisitantes

Quando começou o teu envolvimento com a arte?

Desde que me conheço por gente a arte me rodeou. Minha avó era uma artista incrível mesmo nunca tendo

reconhecimento algum. Desde as bonecas de pano e porongo, ela me apresentou cera de abelha para escultura e muitos materiais com os quais eu podia fazer meus boizinhos de brinquedo e do mundo do campo. Quando eu não estava lá, o refúgio era desenhar e moldar o que vivia no campo, e ela está presente na exposição na obra “Além da janela”, pois foi assim que ela me ensinou a ver o mundo.

Como surgiu o convite para participar da Expointer?

A equipe do Estância da Arte entrou em contato comigo no início do ano. Foi uma surpresa muito gratificante, pois jamais imaginei participar de algo grande, um tanto por ser reclusa e porque sempre vivi meio à margem desses eventos como a Expointer.

O que as tuas obras expostas no evento irão retratar?

Tentei expor a paixão que tenho pelo campo e pela lida dos gaúchos, o amor pelos cavalos que sempre foram presentes na minha vida, a fibra da mulher no campo que lida com o gado e cavalos e não só com as panelas e horta, a garra dos negros velhos esquecidos nos fundões

de campo, coisas que não quero deixar se perderem no tempo como os arados puxados a bois, as quitandeiras e os alambradores que fizeram nossa história atrás dos holofotes.

E do que fala a exposição temática “Sem Fronteiras”?

É um espaço que convida o público a explorar novos olhares sobre a vida no campo. São 48 obras disponíveis na exposição, entre pinturas, esculturas e desenhos que retratam desde o dia a dia do gaúcho até paisagens, tradições e a riqueza cultural dos pampas. Esperamos receber até 50 mil pessoas para conhecer as obras.

Qual a importância, para o teu trabalho, de integrar uma mostra dentro da maior feira do setor agropecuário da América Latina?

É uma grande honra participar de um evento exclusivo para a arte campeira de tamanha magnitude, creio que visualização de minhas obras vai ser a maior que já tive até hoje, e estar entre tão bons artistas que retratam nossa cultura é algo único.

Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Impressão Zero Hora Gráfica

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ACERVO PESSOAL

CULTURA

Cinco dias para celebrar a literatura

18ª Feira do Livro de Lajeado inicia nesta quarta-feira, 28, e segue com programação diversificada até domingo, na Avenida Piraí

Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br

LAJEADO

AAvenida Piraí, no bairro São Cristóvão, em Lajeado, recebe a partir desta quartafeira, 28, a 18ª Feira do Livro do município. Para celebrar a cultura, o evento leva ao espaço uma programação diversificada, com hora do conto, teatro e música, além de incentivar a comercialização de livros até domingo, 1º de setembro.

Nesta edição, a feira tem como tema “Entre páginas e emoções”, com a abertura oficial marcada para esta quarta-feira,

às 9h. Apesar da feira ser sediada tradicionalmente na Praça da Matriz e utilizar prédios públicos próximos à área, neste ano, o evento precisou ser transferido em razão dos estragos da série de cheias que o local enfrentou nos últimos meses.

No novo espaço, os visitantes encontram quatro livrarias locais, que estão em fase de recuperação

A livraria Kadernu’s, de Arroio do Meio, está entre os expositores e levou cerca de 7 mil exemplares para a feira

da catástrofe climática. Para os encontros, a organização construiu um auditório móvel que comporta 500 pessoas, além de utilizar o auditório e o espaço Vibee da Unimed.

Homenagens

Nesta edição, o patrono da feira é o médico neurocirurgião e escritor, integrante da Academia Literária do Vale do Taquari (Alivat), Marcos Frank. A escritora homenageada é Dirce Becker Delwing.

Os escritores participam de momentos de conversa com o público durante a programação.

Entre os temas, está o debate sobre a habilidade cerebral que os humanos têm de fala, escrita e leitura e como a escolha de uma simples palavra pode modificar a percepção de um texto colocando nele sarcasmo, ironia, crueza ou lirismo.

“Será uma mescla de literatura, neurociências e psicanálise e tenho grande expectativa para o resultado disso”, destaca Frank. Os escritores também participam de debate com a Alivat. O patrono ainda destaca a importância da feira para trazer visibilidade à literatura e aos profissionais que ingressam nessa área.

Recomeço

Entre as livrarias que participam da feira, está a Kadernu’s, de Arroio do Meio. Colaborador da empresa, Alan Diego Stevens diz que a feira é uma oportunidade de vender livros e divulgar a marca, mas também transformar o Vale do Taquari em um vale literário. Para o evento, a livraria levou 7 mil exemplares de diferentes gêneros, com expectativa de boas vendas. De acordo com Stevens, historicamente a feira traz bons resultados para a empresa.

Entre as obras, as infantis são as de maior sucesso. “A criança tem essa fantasia e acaba gostando e convencendo os pais a comprarem”, comenta.

Para a equipe, o momento também é de recomeço, já que a livraria foi atingida pelas cheias. O estoque foi salvo, mas foram perdidos móveis e danificadas paredes. A loja já foi reformada e voltou a funcionar.

BIBIANA FALEIRO

Jonatan para por um

tempo. Mas não desiste da candidatura

Arodrigomartini@grupoahora.net.br

manhã de terça-feira foi agitada em Teutônia. E eu explico. Com problemas de saúde, o candidato a prefeito Jonatan Brönstrup (PSDB) passou os últimos dias em repouso, não participou de eventos cruciais à campanha eleitoral e, por orientação médica, deve permanecer assim por mais algum tempo. Neste intervalo, diversos atores da política naturalmente ventilaram a possibilidade de uma renúncia por parte do jovem tucano. E isso gerou expectativa em outros partidos, que ainda sonham com apoio –discreto, é claro – dos tucanos no disputado pleito eleitoral. Entretanto, e após uma importante e derradeira reunião no fim da manhã de ontem, a coligação “Teutônia Para Nossa Gente” emitiu nota oficial. O grupo formado pelo PSDB e o União Brasil garantiu a sequência da campanha, e atestou que Brönstrup segue na luta pela prefeitura e não vai apoiar outro candidato. “Nossa coligação segue firme, mobilizando nossa equipe e apresentando propostas concretas para o futuro de Teutônia, sempre com foco no diálogo e no bem-estar de nossa comunidade”. A partir de tudo isso, e de alguns desencontros de informação, é preciso aguardar cenas dos próximos capítulos.

TIRO

- Errata. Na edição de ontem, escrevi que “três candidatos de Arroio do Meio” participariam do debate de amanhã na Rádio A Hora. Mas não se assustem. Foi só um erro grosseiro de escrita de minha parte. Por ora, todos os quatro postulantes estão confirmados no embate.

Kniphoff promete uma “Cidade Saudável”

Sergio Kniphoff (PT) foi o primeiro candidato a prefeito de Lajeado a ser sabatinado pela Acil. O encontro ocorreu ontem, na belíssima sede da Unimed, no bairro São Cristóvão. E o petista se saiu bem. Diante do setor empresarial da cidade, cuja ideologia não costuma “casar” bem com o Partido dos Trabalhadores, Kniphoff foi sensível ao pedir, no início da apresentação, que todos deixassem as prévias aversões de lado para um melhor entendimento das propostas. Além disso, ele soube falar, também, a língua do empresariado. Projetou austeridade nas finanças públicas, compliance

na gestão com um secretariado técnico, garantiu que não vai inflar a máquina pública com “companheirada”, e foi maduro ao elogiar as políticas públicas assertivas do atual governo. Tudo isso sem esquecer o principal propósito da campanha: a atenção às pessoas. Sobre isso, citou a necessidade de valorizar os agentes de saúde, prometeu “tarifa zero” no transporte público, ventilou a construção de uma UPA Municipal, e anunciou a intenção de constituir um “Conselho Político” e um “orçamento participativo”. Por fim, uma curiosidade. Ele finalizou a apresentação às 13h13min.

Debate em Encantado

O primeiro debate entre os candidatos a prefeito de Encantado teve momentos de cordialidade e, também, algumas alfinetadas entre os três postulantes ao cargo máximo da prefeitura. E todas as provocações estavam relacionadas ao passado. Um fato preocupante e que vai de encontro às expectativas de muitos eleitores, ávidos por propostas assertivas e estruturantes para o presente e o futuro. E, entre os fatos e atores do passado, o apoio – ou não – dos partidos ao modelo de pedágio no milênio passado e a simpatia – ou não – ao início da construção do Cristo Protetor. Fatos que já ficaram para trás e cujos contextos mudaram e muito nos últimos quatro anos, especialmente.

Debate em Encantado II

- O promotor de Justiça Sérgio Diefenbach, designado para atuar nas questões relacionadas aos impactos dos desastres climáticos no Vale do Taquari, foi o entrevistado do terceiro episódio da série “Inesquecível”, promovida pelo Gabinete de Comunicação (GabCom) do Ministério Público do RS. E o interessante vídeo está disponível nas plataformas digitais do MPRS.

- O governo de Lajeado anuncia para o dia 11 de setembro a sessão pública da licitação para contratar “empresa para execução de obras no setor 1 do Parque Linear do Engenho”.

- Em Estrela, o Secretário de Administração e Segurança Pública, Marcelo Abreu, designou a instauração de um Processo Administrativo Especial com a finalidade “de apurar possível danos a moveis da Comunidade Católica São José Operário em decorrência da utilização para abrigar as famílias atingidas pelas enchentes ocorridas em maio de 2024”.

As trágicas enchentes de setembro de 2023 e maio de 2024 pautaram o embate entre Jonas Calvi (PSDB), Luciano Moresco (PT) e Paulo Costi (PP). E não poderia ser diferente. O problema, no entanto, foi a falta de propostas e ideias consideradas “fora da curva” para solucionar, a curto ou médio prazo, os principais impactos das inundações. Ao menos foi este o meu sentimento. Sobre isso, aliás, tenho tido a mesma sensação em outros debates e, também, nos mais diversos planos de governos apresentados pelos candidatos das principais cidades atingidas pelas catástrofes naturais dos últimos meses. O que só reforça a necessidade de um Plano Regional de Contingenciamento.

Debate em

Encantado III

Por fim, algumas curiosidades sobre o primeiro encontro “ao vivo” dos três concorrentes a prefeito. Calvi, o atual prefeito, chegou à sede da Rádio A Hora na companhia de um experiente profissional de marketing político, que já atuou em diversas campanhas pelo Rio Grande do Sul afora. Já os outros dois candidatos estavam acompanhados dos respectivos candidatos a vice-prefeito (a), e também de correligionários locais do PP e do PT. Para muitos, isso não representa nada na ordem do dia. Mas, e isso precisa ficar registrado, as companhias e os profissionais envolvidos nas campanhas costumam ser determinantes para avaliar as pretensões de quem põe o nome nas urnas.

“Tarifa zero” é aposta de Kniphoff para minimizar gargalo do trânsito

Candidato a prefeito pelo PT participou de reuniãoalmoço e destacou proposta para eliminar tarifa do transporte coletivo. Entre outros temas, também defendeu maior integração regional no combate às cheias

Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br

LAJEADO

Ônibus gratuitos para solucionar, no curto prazo, o tráfego intenso de veículos nos horários de pico em Lajeado. Este é um dos planos de Sérgio Kniphoff (PT) para minimizar um dos principais gargalos da cidade, que é a mobilidade urbana. A proposta de “tarifa zero” foi um dos destaques

do plano de governo da coligação “Lajeado pode mais”, apresentado ontem, ao empresariado local.

Kniphoff abriu a rodada de reuniões-almoço com os candidatos a prefeito e vice de Lajeado, promovidas pela Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), em parceria com o Fórum das Entidades. O evento ocorreu no auditório de eventos da Unimed VTRP, no bairro São Cristóvão. Acompanhado do candidato a vice na chapa, Mateus Selke (PDT), Kniphoff trouxe o caso de Parobé, no Vale do Paranhana, como exemplo de cidade gaúcha que implementou a gratuidade na tarifa de ônibus urbano. Cita ser possível replicar em Lajeado, com a criação de um fundo municipal para gerenciar o custeio e investimentos para melhorar o serviço. “Não é um projeto do PT ou uma proposta assistencialista. São cerca de R$ 200 mensais que o trabalhador poderá gastar com alimentação, consumir no

Candidato

Próximas reuniões

12 de setembro

Gláucia Schumacher (PP) e Guilherme Cé (Novo)

Coligação: Pra frente Lajeado

26 de setembro

Carlos Ranzi (MDB) e Márcio

Dal Cin (MDB)

Coligação: Olhos no futuro, mãos à obra

“Lajeado pode mais” abriu série de reuniões-almoço

comércio local ou em serviços. É um dinheiro que fica aqui, não vai embora da cidade”, realça. No campo da mobilidade, frisa o impacto positivo, com a diminuição de veículos em circulação nas ruas. “A curto prazo, não dá para alargar todas as ruas e tirar as vagas de estacionamento. O transporte coletivo é uma saída rápida

para diminuir os gargalos”.

Visão diferente

Ao se apresentar à plateia, Kniphoff mostrou a trajetória pessoal e profissional, com quatro décadas de atuação como médico pediatra em Lajeado, e pediu para o público “se despir de qualquer

preconceito”, numa referência à rejeição do empresariado ao PT, partido pelo qual sempre militou. “Vim aqui para trazer uma visão diferente para Lajeado. Tenho um nome que não posso jogar fora”. Valores como honestidade, transparência, austeridade e democracia irão permear uma futura gestão, pontua. “E vamos manter o mesmo custo-cidade. Não vamos sair contratando vários CCs. Mas algumas áreas, como a saúde e educação, precisam de mais atenção”.

O candidato do PT também defendeu a criação de um consórcio intermunicipal entre as cidades banhadas pelo Rio Taquari.

da coligação
MATEUS SOUZA

Habitação, logística e economia norteiam debate em Encantado

Adversários do atual prefeito direcionam críticas nos temas de urbanismo e mobilidade, enquanto candidato à reeleição sustenta superávit e desempenho na educação como diferenciais da gestão

ENCANTADO

Jonas Calvi (PSDB), Luciano Moresco (PT) e Paulo Costi (PP), fizeram o quarto debate do Pensar Eleições, promovido pelo Grupo A Hora. Com duração de duas horas, o encontro foi transmitido ao vivo do estúdio da 102.9 em Encantado. Dividido em seis blocos, a sistemática do programa começou com uma pergunta geral, voltada para projetos sobre prevenção e como mitigar os efeitos das enchentes. Na sequência, interagiam a partir de temas prédefinidos. Também responderam questões dos jornalistas do A Hora. Nas três últimas partes, dois blocos de perguntas diretas com tema livre e, por fim, considerações.

Os projetos para garantir moradias às pessoas atingidas pelas grandes inundações foi uma das tônicas do embate. Paulo Costi, ex-prefeito de Encantado durante quatro gestões, e também

pelo que consideraram demora por um plano mais efetivo do atual governo.

Luciano Moresco, ex-vereador, ex-presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento (Codevat) pela primeira vez como postulante ao Executivo, mantiveram uma postura crítica,

Temas sorteados

Jonas Calvi, eleito vice-prefeito no pleito passado, assumiu a função principal do município após a morte de Adroaldo Conzatti. Frente aos apontamentos dos adversários, atribuiu a demora aos trâmites burocráticos, desde

Candidatos perguntam entre si, a partir de assuntos relacionados por área

Habitação

“No tempo em que estive na prefeitura, mesmo sem enchente, fizemos mais de 60 moradias. Naquele período, foi um avanço, até porque já tínhamos tido cheias. Havia um histórico de que as pessoas não queriam sair do seu local. Escolhemos o Vale do Pinheiros, teve quem achou ruim, pois não queriam ficar longe do centro. Agora, não cabe mais para Encantado. A água chegou aqui. Temos de pensar adiante. Já estamos vendo áreas para investirmos em habitação.”

Paulo Costi, em resposta a Luciano Moresco

SAÚDE

“Não consigo ver na prática essa afirmação de que Encantado é um polo em saúde. Para os pacientes fazerem exames básicos para um tratamento, eles precisam se deslocar. Estamos fazendo um trabalho junto ao governo federal para busca de recursos para o hospital. Entre os projetos está a hemodiálise. Temos cerca de 18 pacientes que precisam ir três vezes por semana para Lajeado. Para sermos referência, temos de ter os serviços aqui.”

Luciano Moresco, em resposta a Jonas Calvi

SANEAMENTO

“O tratamento do esgoto é um problema não só de Encantado. Então, a gente tem projetos para dar seguimento a esta demanda. Estamos com a canalização de uma galeria que sai da estação Rodoviária e passa por trás da Fontana. Também há execução no Porto 15. Temos um olhar sobre o saneamento, pois, a partir do marco regulatório, precisamos atingir as metas do tratamento de esgoto até 2033.”

Jonas Calvi, em resposta a Paulo Costi

a aprovação dos projetos até a compra de áreas.

Como trunfo, apresentou a gestão financeira, a partir do superávit de R$ 15 milhões. “Isso deve ser motivo de orgulho, pois é compromisso com o dinheiro público”. Também defendeu como diferencial o relacionamento com empresas e os resultados positivos do ensino municipal no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

O debate completo está disponível no A Hora TV no Youtube. Este foi o quarto programa da série Pensar Eleições 2024. Até outubro, serão 45 transmissões. A próxima está marcada para amanhã, 29 de agosto, com os candidatos de Arroio do Meio. Para as maiores cidades do Vale, estão programados dois debates. O segundo com postulantes ao Executivo de Encantado ocorre em 30 de setembro.

Embate sobre o setor empresarial

As perguntas livres entre os candidatos mostrou as diferentes visões sobre o momento de Encantado. Na abertura do bloco 4, o atual prefeito, Jonas Calvi, perguntou para Paulo Costi. A questão se sustentou em índices

de exportação. “Não podemos deixar as empresas sair. Precisamos encontrar áreas. O município precisa ajudar”, diz Costi. De acordo com ele, a inundação fez com que os negócios deixassem Encantado. Por isso, avaliar ser importante adotar uma estratégia para retomada desses empreendimentos. “Precisamos dar a atenção devida. Por isso me chamaram para ser candidato de novo.”

A visão de que Encantado tem perdido negócios desagradou Jonas Calvi. “O município encontrou o caminho da retomada econômica. E, sim, isso é fruto de trabalho. De uma administração que se modernizou, que investe em tecnologia e inovação para atender o nosso empresário.” Conforme Calvi, a afirmação do adversário de que é preciso apresentar área não procede. “Já fizemos isso. Estamos construindo um Distrito Industrial. Nenhuma empresa saiu de Encantado por falta de atenção. Sim pelas situações das enchentes.”

Educação

O resultado positivo no Ideb foi uma das bandeiras do candidato Jonas Calvi. No 5º bloco, em pergunta de Luciano Moresco, sobre transporte

Debate ocorreu na manhã de ontem, no estúdio da Rádio A Hora 102.9 em Encantado. Programa está disponível no A Hora TV, no YouTube
Filipe Faleiro filipe@grupoahora.net.br
BRYAN BICCA

Perguntas dos jornalistas

Os candidatos a prefeito também responderam a uma série de perguntas elaboradas de forma conjunta pela Central de Jornalismo do Grupo A Hora. Confira:

Diante dos deslizamentos registrados na enchente de maio, quais são suas propostas concretas para garantir uma ocupação urbana segura e sustentável?

“Volto a falar sobre o desassoreamento. Sabemos que é caro, mas, vamos ao exemplo do Guaíba, não consegue mais receber embarcações de grande porte. Não há solução mágica, mas, agora, se apresentarmos vantagens, a iniciativa privada vai assumir. A enchente e os deslizamentos deram prova de que precisamos de pessoas qualificadas. O senhor mesmo (direcionado ao Jonas Calvi), falou que a água não chegaria ao Jacarezinho. Então, temos de ter um profissional na Defesa Civil.”

Paulo Costi (PP)

As enchentes evidenciaram a fragilidade da infraestrutura logística. Como prefeito da maior cidade da região alta, quais ações pretende implementar para fortalecer a logística regional?

“Precisamos olhar para além do nosso território. Enfrentamos essa questão junto com outras lideranças e entidades. Discutimos a duplicação das rodovias 130 e 129 e a criação de novos acessos e pontes, especialmente após as catástrofes que nos deixaram isolados. Encantado precisa liderar esse movimento, e temos feito isso. Precisamos manter esse protagonismo, lutar por recursos e obras essenciais para não ficarmos encurralados.”

(PT)

Em um cenário de pós-enchentes, agravado por problemas na logística regional, quais são suas estratégias para motivar a permanência de empresas e atrair novos negócios para Encantado?

“Esse é um dos grandes desafios que já estamos enfrentando. Nos últimos anos, Encantado conseguiu retomar a credibilidade e a confiança das empresas. Com muito trabalho e esforço, demos a segurança necessária para que as pessoas invistam no município. No contexto da mobilidade, precisamos garantir a manutenção da ponte da 129 e melhorar os acessos. Encantado, com suas economias e superávit, tem condições de investir em obras e reconstruções necessárias.”

Calvi (PSDB)

Inundação de maio deixou a cidade ilhada. Queda de pontes, acessos dani cados e deslizamentos di cultaram serviços de socorro

escolar e alimentação com produtos orgânicos, o atual prefeito aproveitou para enaltecer o destaque em nível estadual.

“Investimos não só em infraestrutura, mas principalmente nos nossos alunos e professores. A valorização se reflete no desempenho das escolas. Hoje nossos alunos estudam robótica, usam laboratórios e aprendem com drones. Acredito que essas ações mostram que estamos no caminho certo.”

Para Moresco, é fundamental ir além do que está sendo feito. De acordo com ele, falta garantir que todas as crianças tenham o mesmo acesso “sem depender de programas que não alcançam todos”.

Na avaliação dele, o transporte escolar precisa resolver o problema das famílias e, um programa de merenda escolar com produtos da agricultura familiar, são cruciais. “Essas são ações concretas”, resume.

Mitigar prejuízos das inundações

Pergunta geral:

Encantado foi uma das cidades mais impactadas pelas enchentes de setembro e de maio. Ciente dos desa os que o próximo gestor terá pela frente, o que leva o senhor a acreditar que é o nome ideal para liderar o processo de reconstrução?

“Temos 37 projetos em andamento e, por isso, temos a convicção de que estamos no caminho certo. Estamos fazendo todas as obras que precisam à reconstrução. Hoje, Encantado é um polo de Saúde e de Educação. Somos destaque no turismo. De todos os candidatos, eu, literalmente, acompanhei de perto a comunidade nas inundações e nos deslizamentos. Eu estive lá, com as botas no barro, trabalhando junto. A partir do momento em que está ali, presenciando tudo, conseguimos compreender cada vez mais a necessidade do que precisamos fazer durante estes eventos.”

Jonas Calvi (PSDB)

“Como prefeito, também enfrentamos enchentes, é bem verdade que menores, mas temos noção do trabalho que precisa ser feito. Tenho ‘batido’ e existe até uma resistência. Venho percebendo que em qualquer chuva, o rio sobe rapidamente. Nosso rio está assoreado. Quando se fala em dragagem, parece que não é possível ser feito. No passado, tínhamos navegação. Tanto comercial quanto para turismo. Se tem alto custo, vamos buscar a iniciativa privada. Também precisamos respeitar os moradores. Eles querem voltar para casa. Terei uma equipe qualificada para resolvermos o que for preciso.”

Paulo Costi (PP)

“Este momento exige ações diferenciadas. Por isso entendo que somos a melhor opção. O volume de recursos que Encantado precisa não comporta no orçamento do município e nem do Estado. É preciso buscar dinheiro do governo federal e até de institutos internacionais. A minha experiência no Codevat mostra que precisamos de um olhar regionalizado. Tínhamos o hábito de considerar a enchente a partir do Rio Taquari. Então, é fundamental que a gente se envolva em um grande projeto. Com as relações políticas que temos, vamos buscar recursos para fazer esse enfrentamento.”

Luciano Moresco (PT)

Costi acredita que dragagem reduz força das cheias. Para Calvi, trabalho durante catástrofes serve de experiência e Moresco defende um projeto regional para mitigar efeitos das inundações
ARQUIVO
ARQUIVO

Entre os dias 26 de agosto e 29 de setembro, no mesmo período das comemorações Farroupilha, o Imec Supermercados comemora o Baita Aniversário Imec Mais. A promoção terá sorteio de prêmios todos os dias em todas as lojas! De forma instantânea, serão mais de 500 prêmios! Para preparar a bebida dos gaúchos serão sorteadas Térmicas Stanley, kits de Cuia e Bomba Stanley e vales-compra de R$150. O cliente vai estar participando toda vez que comprar produtos das marcas patrocinadoras. A cada compra, irá receber “Cupons Raspáveis Virtuais” em dobro! São patrocinadoras do Baita Aniversário Imec Mais as marcas Above, Ambev, Baly, Bonare, Coca-Cola, Colgate, Embalixo, Girando Sol, Glade, Heineken, Hersheys, Lacta, Mili, Nestle, Petra e SBP. Podem

vinibilhar@grupoahora.net.br

Prêmio todos os dias no “Imec Mais”

participar da promoção pessoas maiores de 18 anos e com CPF válido. A promoção visa comemorar o aniversário de 69 anos do Imec Supermercados. Para concorrer aos prêmios instantâneos, os clientes precisam ter o aplicativo Imec Mais baixado em seus celulares, que está disponível na App Store e

Google Play, realizar o cadastro e informar o CPF no início das suas compras. Cupons fiscais a partir de R$100,00 dão direito ao “Cupom Raspável Virtual” direto no aplicativo. A contemplação é instantânea, ou seja, assim que o participante raspar o cupom no aplicativo Imec Mais, saberá se tem direito ao prêmio ou não.

Mochilas novas para alunos de Estrela

Na quarta-feira passada, 21, a Cooperativa Unicred Premium e Instituto Unicred, realizaram a doação de 150 mochilas para a

Secretaria de Educação em Estrela. As mochilas serão destinadas a estudantes da rede de ensino que se encontram em maior

dificuldade, assim proporcionando-lhes um recurso essencial para o dia a dia escolar.

Na oportunidade a Gerente da agência Unicred Premium, Estrela, Paula Amanda Primaz Bordim, acompanhada pelos colegas de equipe, Eduardo Felippe Dall Acqua e Marciane Cardoso Machado, Gerentes de Relacionamento da agência, realizaram a entrega para a Coordenadora Débora Zorzan e Elis Mendes da Secretária de educação do município. Para a Unicred Premium, ações como essas fortalecem a importância da educação como um caminho para o desenvolvimento e a transformação social.

Estrela confirma “Inspiração 2024”

A Cacis anunciou na sexta-feira, 23, as atrações do evento “Inspiração 2024”. Em reunião-almoço, para empresários, as atrações que foram confirmadas são Alice Bastos Neves e Marcos Piangers. Todo o resultado da venda de ingressos será destinado à Associação Reconstroi Estrela. “Estamos muito felizes em anunciar este evento que vem sendo preparado com muito carinho, e mesmo depois das enchentes conseguimos dar continuidade graças ao bom senso dos palestrantes que estão vindo em uma condição especial para Estrela. São dois grandes nomes e queremos ter um grande público em outubro”, manifestou o vice-presidente de Eventos da Cacis, Leandro Kremer. Esse ano, o evento ocorre dia 22 de outubro no Parque Princesa do Vale, que está sendo preparado para receber grande público.

FRASE DO DIA

Nós sabemos que o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tem data hora para sair: 31 de dezembro de 2024. Seria útil para esse debate da sucessão e para evitar ou dissipar especulações ou para que não haja qualquer dúvida sobre o perfil do novo presidente do Banco Central, que o presidente da República exercesse a sua prerrogativa e fizesse essa indicação”

Dívidas - Consumidores com dificuldades de chegar com salário ao fim do longo agosto e para marcar o mês da Independência Financeira, 700 empresas e a Serasa se uniram para disponibilizar 125 milhões de dívidas que podem ser quitadas com até R$100. A campanha começou dis 26 de agosto. 57 milhões delas não chegam sequer a R$ 50,00.

Mais rico - Segundo a Forbes, Eduardo Saverin, 42 anos, é o brasileiro mais rico da história. Nunca um nascido no país acumulou um patrimônio superior a R$ 150 bilhões. Saverin foi sócio de Mark Zuckerberg desde o início. O primeiro servidor do Facebook foi instalado na garagem da casa dos pais de Saverin enquanto ambos estavam estudando em Harvard.

“O ponto fundamental do HBB é a transparência”

Presidente e diretor executivo do Hospital Bruno Born contam como a clareza nas práticas e a melhoria nas relações com pacientes e familiares foram fundamentais para a evolução

LAJEADO

OHospital Bruno Born (HBB), de Lajeado, se firmou como pilar da saúde no Vale do Taquari e uma referência em diversas especialidades médicas. Entre os marcos de sua história, que iniciou em 1931, o HBB se destaca pelo compromisso com o bem-estar da comunidade e pelos investimentos constantes no aprimoramento dos recursos físicos, técnicos e humanos. Hoje, o hospital se revela não apenas como uma instituição que avança em suas estruturas, mas que também preza pela transparência e pelo cuidado com a vida. De acordo com o diretor executivo do HBB, Cristiano Dickel, por muito tempo o hospital enfrentava uma série de desafios com o judiciário e a promotoria. No começo, havia uma cultura interna diferente para resolver certas questões e, muitas vezes, os pacientes não eram direcionados de maneira adequada para os serviços de saúde fora do hospital. Fato que gerava um desgaste tanto para os pacientes quanto para a instituição.

Hoje, essa realidade ficou para trás e o Bruno Born tem um papel social. “Se a gente não consegue

resolver todas as coisas que são do paciente aqui, internamente, nós temos que dar o encaminhamento a ele de onde encontrar a busca pela saúde”, afirma. “Eu acho que o ponto fundamental do Bruno Born foi a transparência”.

Presidente do HBB, Marcos Frank, conta que hoje a equipe diretiva trabalha para que o hospital esteja cada vez mais centrado no paciente, em vez de focar exclusivamente na figura do médico. Para ele, é essencial que o paciente e seus familiares sejam informados, de maneira clara e compreensível, sobre tudo o que está acontecendo. Esse tipo de comunicação não só tranquiliza, mas também humaniza o atendimento, criando um ambiente mais acolhedor e menos estressante para todos.

“O paciente fica no centro de tudo e a experiência dele é o importante para nós. Vai ser a medida do nosso trabalho”. Medida esta que foca não apenas no fato do paciente ter conseguido uma solução para o seu problema, mas também na resolução “em um ambiente em que ele foi bem tratado, onde não precisou sofrer mais do que a doença já tirou dele”, explica Frank. Na prática, isso significa que o hospital agora mede o sucesso não apenas pela cura dos pacientes, mas também pela qualidade da experiência durante o tratamento. A meta é oferecer um atendimento onde o paciente seja bem tratado e respeite a dignidade humana.

ENTREVISTA

• Marcos Frank - Presidente do Hospital Bruno Born

• Cristiano Dickel - Diretor executivo do Hospital Bruno Born

Da base familiar à formação profissional

Wink - Frank, tu tens o título de cidadão Lajeadense, mas tu vens de que lugar do estado?

Frank - Sou natural de Ijuí, uma cidade que lembra um pouco Lajeado, mas tem imigração mais Polonesa. Saí da cidade para estudar. Primeiro fui a Porto Alegre e depois a Santa Maria. Voltei para Porto Alegre para fazer a residência e, ao final dela, fui convidado para vir a Lajeado.

Wink - O que te motivou a ser um profissional da medicina?

Ação Humana: Um tratado de economiaLudwig Von Mises

Para Ludwig Von Mises, os eventos econômicos são resultado de ações concretas dos homens, que estão em busca de um estado de maior satisfação. Para ele, o homem racional sempre calcula quais são os melhores meios para atingir os fins que deseja. Ou seja, o ser analisa os valores internos e racionais para fazer escolhas. O que para Mises, é a base do cálculo econômico. “Ação humana” é sua principal obra, escrito em 1940 e, desde então, se estabeleceu como o principal tratado econômico da modernidade.

Frank - Não tenho ninguém da minha família que seja médico. O primeiro curso que eu comecei foi ciências da computação na UFRGS e vi que aquilo não era para mim. Comecei a fazer algumas disciplinas de Curso II e fiz uma de anatomia, junto com a odontologia. Então percebi que ‘opah, isso aqui fala mais comigo’. A partir disso, resolvi fazer medicina. Mas queria fazer alguma coisa de residência que pudesse reunir a parte clínica com a cirúrgica e comportamento. Achei isso na neurocirurgia.

Wink - Tu fostes pioneiro neste trabalho aqui na região. Como é trabalhar nesta especialidade?

O que houve de mudança nestes últimos anos?

Frank - Quando eu cheguei aqui, vim para estabelecer o que se chamava na época de microneurocirugia, que era o tratamento cirúrgico de patologias cerebrais e de coluna usando microscópio. Naquela época, o hospital tinha um microscópio muito precário, os anestésicos para neurocirurgias eram complicados. Então teve um trabalho, primeiro, de convencer a diretoria do hospital de que tinha que investir nessa área e que podia dar retorno. Naquela época, não era comum os médicos falarem com a diretoria em termos de retorno.

Wink – Para se envolver na comunidade e se tornar presidente do Bruno Born, tem que ter uma visão de negócios. Isso veio da tua natureza ou do relacionamento com outros empreendedores?

Frank - Eu tive um avô materno muito empreendedor, que sempre foi de fácil comunicação e envolvimento com a comunidade em

que vivia. Lembro que ele tinha um caderninho onde anotava o quanto as pessoas deviam para ele. Era um comerciante de Erva Mate. Quando eu fui estudar fora, não tinha muitos recursos para me manter. Se quisesse fazer alguma coisa fora do comum, tinha que fazer algum trabalho extra. Descobri isso comercializando qualquer coisa, fui para a Argentina buscar roupa, fiz livro e vendi. Isso foi ao natural, uma veia comerciante. Depois, aprendi na vida em Ijuí o quanto a cidade é forte se a comunidade for forte, e o quanto a gente tem que se doar para uma comunidade. Eu acho que o que estou fazendo em Lajeado, quando faço um trabalho comunitário ou assumo um cargo diferente, é devolver a comunidade um pouco do que ela me deu.

Wink - Cristiano, és natural de Teutônia. O que tu fazias antes do Bruno Born?

Dickel - Comecei a trabalhar com 13 anos, no Grêmio Recreativo Canabarrense, que é o clube da cidade. Eu cuidava da tesouraria do clube na manhã e, na parte da tarde, auxiliava na escolinha de futebol. Ali fiquei por quatro meses e então fui trabalhar no escritório de contabilidade, onde fiquei por sete anos. Foi quando eu ingressei no curso de ciências contábeis da Univates e depois disso trabalhei na indústria calçadista.

Wink - A tua formação em contabilidade é um espelho do que acontece na organização. A gente percebe que tu tens um papel muito importante dentro do HBB, onde tu desenvolveu essa capacidade de relacionamento?

Dickel - Na verdade, 50% das minhas cadeiras na faculdade foram feitas dentro de ciências contábeis e as outras 50% em administração. Sempre tive ciência de que não queria ser um contator, mas queria poder entender os números e enxergar para onde estou levando uma empresa. A questão institucional foi no hospital mesmo, na época do Dr. Bender, teve um período lá, por volta de 2008, em que todo mês eu ia a Brasília, no Ministério da Saúde. Lá eu aprendi muito da parte técnica operacional e conseguimos vários recursos ali. A oncologia nova, a hemodiálise, a UTI adulta…

DEIVID TIRP
Jéssica
Mallmann centraldejornalismo@grupoahora.net.br
Marcos Frank e Cristiano Dickel participaram do programa “O Meu Negócio” desta segunda-feira, 26

Voluntários buscam apoio para cozinha comunitária permanente na região

Custo estimado com equipamentos para a instalação de cozinha profissional gira em torno de R$ 50 mil. Além disso, precisam de estrutura adequada

Maira Schneider mairaschneider@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

No Vale do Taquari, um projeto de grande impacto social está em busca de estabilidade e expansão. A cozinha solidária, que desde setembro do ano passado já serviu mais de 100 mil refeições, enfrenta desafios significativos para se estabelecer como uma solução permanente e eficiente.

A iniciativa, que surgiu da união de esforços da comunidade e de empresas locais, visa fornecer alimentação a preço de custo para as famílias mais necessitadas e preparar a região para futuras emergências. Iniciada em um restaurante no bairro São Bento, a cozinha rapidamente ganhou força. Com a cessão da estrutura pela Univates, o projeto produziu mais de 25 mil marmitas em apenas 22 dias, contando também com o apoio da Marinha para a

distribuição dos alimentos. Atualmente, a cozinha solidária enfrenta a necessidade urgente de encontrar um espaço adequado e de adquirir equipamentos profissionais para operar de forma eficiente. Conforme o coordenador da cozinha, João Gabriel Müller e o presidente, Eduardo Strohschoen, o custo estimado para a instalação de uma estrutura profissional gira em torno de R$ 50 mil.

“Esse recurso inclui a compra de

itens essenciais como sistemas de refrigeração, bancadas de inox, fogões industriais e coifas, dentre outros itens”. Além disso, a aquisição de um CNPJ e a contratação de mão de obra são passos necessários para garantir a formalização e a continuidade do projeto.

Representantes do projeto buscam parcerias para aquisição de equipamentos pro ssionais e espaço para instalação da cozinha comunitária permanente
DIVULGAÇÃO

Produtores rurais têm até sexta para se inscrever em auxílio

VENÂNCIO AIRES

A Secretaria de Desenvolvimento Rural, por meio do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural (Conder), segue com inscrições abertas para agroindústrias familiares, afetadas pela enchente, receber auxílio financeiro. O prazo encerra nesta sexta-feira, 30. O recurso municipal é destinado a aquisição de materiais de construção, máquinas e equipamentos, insumos, utensílios e outros materiais necessários à produção agroindustrial.

A liberação de recursos financeiros no valor é de até R$ 50 mil, será dividido entre as agroindústrias habilitadas. Considerando a ordem dos recursos financeiros disponibilizados e o número de agroindústrias familiares que poderão se habilitar, a definição do valor do auxílio financeiro a ser liberado para cada agroindústria familiar chega a R$ 5 mil.

OBITUÁRIO

ADALBERTO CEZAR MARQUES, 67, faleceu ontem, 27. O velório ocorre na Capela Safira do Memorial e Crematório Jardim Montanha dos Vales, em Santa Cruz do Sul. Os atos fúnebres ocorrem hoje, 28, às 10h, no Memorial e Crematório Jardim Montanha dos Vales.

NELSI NABINGER KLOCK, 68, faleceu ontem, 27. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico do bairro Alesgut, em Teutônia.

ZOLEIDE DA COSTA RAMALHO LUCAS, 70, faleceu ontem, 27. Os atos fúnebres ocorreram no Crematório Regional de Venâncio Aires.

ARACY DA ROCHA PEREIRA, 90, faleceu ontem, 27. O sepultamento ocorreu no Cemitério dos Almeida, em Taquari.

ALDA HOFFMEISTER BRASILEIRO, 97, faleceu na segunda-feira, 26. Os atos fúnebres ocorreram no Memorial e Crematório Jardim Montanha dos Vales, em Santa Cruz do Sul.

ROQUE DANILO BERSCH, 83, faleceu na segunda-feira, 26. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Bela Vista, em Arroio do Meio. Bersch foi um dos principais protagonistas para a implantação e consolidação da educação superior no Vale do Taquari.

www.coquetel.com.br

Orientações de trabalho de estilistas

Estudo das correntes elétricas (Fís.)

Introduzir algo original na produção

Cálculo inicial, por alto

Torpor pelo uso de drogas

Flácido, em inglês

Que faz graça de forma inteligente

Cortesã que traiu Sansão (Bíblia)

Adam Smith: o Pai da Economia

CRUZADAS

Placa de ardósia em salas de aula

Eliseu Visconti, pintor brasileiro

Plano de jogo de um time (esportes)

Estado do que não pode ser deslocado

Cidade de exilados cubanos nos EUA

Alvos do tratamento de limpeza de pele Amolada (a faca)

Guia de tributos federais (sigla)

Empresa de aviação extinta em 2013

Maio, em francês Cabeça, em francês David Nasser, jornalista brasileiro

Emite um canto

Produtos do trabalho do cartógrafo

Nabi (?) Chedid, político brasileiro

Árido, em inglês

Esticada (a corda) Steve (?), guitarrista

Matemático grego do teorema do triângulo retângulo

Telefone (abrev.)

Apartamento (abrev.) "Abelha", em "apiário"

Fale Sabor não detectado por gatos

Rio mais longo do Paquistão Mamífero oceânico em risco de extinção

Medida de intensidade sonora (Fís.)

Sucesso de Milionário & José Rico

Tecido fino e transparente, de seda

CAETANO PRETTO

caetano@grupoahora.net.br

DINHEIRO, GESTÃO E ATÉ IDENTIDADE. DUPLA GRE-NAL ESTÁ PARA TRÁS

Ofutebol brasileiro vive uma importante mudança de forças e isso deveria estar no escopo de torcedores e da Dupla Gre-Nal. Estamos em agosto, quase setembro, e Grêmio e Internacional sabem que só tem o

Palavra temida pelo procrastinador

Uso de substâncias proibidas por atletas

Verbo odiado pela pessoa egoísta Único tipo de cerveja até o século XIX

Aquela que lança o buquê no casório

BANCO 62 3/abi — ale — mai — vai. 4/arid — limp — trip. 6/decida — doping.

HORÓSCOPO

ÁRIES: O astral melhora aos poucos e você pode organizar o orçamento e até rever alguns compromissos nanceiros que já assumiu.

TOURO: Redobre o cuidado para não se distrair com tanta facilidade e con ra duas vezes uma tarefa antes de partir para a próxima, evita problemas.

GÊMEOS: Seu lado prático ajuda a encarar esses desa os e ainda vai sobrar pique para cuidar do serviço

CÂNCER:No trabalho, explore sua criatividade e faça o possível para manter o foco no que importa.

LEÃO: O desejo de fazer só o que tem vontade pode crescer, mas aos poucos as coisas melhoram e você vai ter tempo de nalizar o serviço.

VIRGEM: Agir em equipe será a melhor maneira de conseguir o que deseja, Áries, seja no trabalho ou na vida pessoal.

Solução

LIBRA: Bom humor e animação ajudam a movimentar a paquera, mas a distância talvez vire um problema.

ESCORPIÃO: Há sinal de novidades na conquista e pode até se envolver com alguém de outra cidade.

SAGITÁRIO: Se tem planos para viajar não deixe nada ao acaso e tenha um plano B para driblar os imprevistos que podem surgir pelo caminho.

CAPRICÓRNIO: Seja paciente para lidar com as críticas e veja se você não está exagerando na hora de cobrar os colegas também.

AQUÁRIO: Não deixe a descon ança esfriar o romance, porque seu ciúme pode fazer hora extra e estremecer os laços com o mozão.

PEIXES: No trabalho, trace metas mais ambiciosas e con e na sua capacidade para atingir seus objetivos!

Brasileirão para jogar até dezembro. Até pior, são coadjuvantes na competição. Já brigaram contra o rebaixamento, no momento vivem no meio da tabela. São times que trocam pontos, mas que não assustam nenhum adversário no momento.

Outros clubes, na teoria menores em grandeza, vivem fases melhores e dão indícios de que não é um momento passageiro. O líder do Brasileirão é o Fortaleza, equipe que ainda disputa a Sul-Americana. O vice-líder é o Botafogo, que também está nas quartas de final da Libertadores. Bahia está na sexta colocação, e ainda disputa o título da Copa do Brasil. Isso só para ficar em clubes que disputam de igual ou tem menor relevância no cenário nacional em relação a Inter e Grêmio. E onde está a dupla mais querida do Rio Grande do Sul nesta briga? Para mim, só tem perdido espaço. O investimento que aqui é exorbitante, é só mais um gasto para os ricos do país. A gestão que aqui é tida como boa, é ruim perto do que faz o Fortaleza. Até as torcidas do estado têm ficado para trás com as chatas vaias a qualquer oscilação na temporada.

Tem faltado até identidade para os rivais gaúchos, que poderiam explorar muito melhor a sua marca e se posicionar de forma mais acertiva e agressiva. Estamos no Sul do país, distante de quase todo o resto do Brasil, próximos de Uruguai e Argentina, com cultura única frente a outros estados. Essa é uma briga que poderia ser comprada.

Se não há dinheiro, se falta qualidade de gestão, por que não se posicionar de forma diferente e chamar atenção a partir da cultura e identidade de clube? No mundo não faltam exemplos de clubes que brigam com gigantes assim.

Na Espanha há o Athletic Bilbao e sua política única de só usar atletas bascos. O Sevilla e a grande galeria de títulos da Liga Europa a partir de uma política de contratações centrada no diretor esportivo Monchi. Na Inglaterra, clubes emergentes e que figuram bem na Premier League como o Brentford e o uso sem igual da ciência de dados, ou o Brighton e a ascensão a partir de apostas em mercados emergentes.

Inter e Grêmio tem possibilidade de “não serem só mais um” no futebol brasileiro. Mas para isso, precisam repensar profundamente o que querem e como querem se posicionar. O debate sobre virar SAF já deveria ter sido aberto. Mas não é a única possibilidade. Achar uma identidade de clube, e acreditar nela acima de qualquer troca de gestão, também pode ser uma saída.

ReencontRo

ROGER busca primeira sequência de vitórias

Colorado recupera

partida atrasada e repete jogo do fim de semana, contra o Cruzeiro, desta vez no Mineirão

Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br

Avitória na rodada passada recobrou um pouco da confiança colorada, que agora busca a primeira sequência positiva sob comando de Roger Machado. Hoje à noite, o Inter recupera uma das partidas atrasadas que foram adiadas devido às enchentes de maio. O adversário é o mesmo do fim de

semana, o Cruzeiro, mas desta vez no Estádio Mineirão. A bola rola às 19h30min com transmissão da Rádio A Hora.

A boa atuação que garantiu os três pontos dá esperança para que o Inter possa vencer o Cruzeiro novamente. O

adversário está desgastado devido a compromissos pela Copa Sul-Americana, enquanto que o Inter teve três semanas com dias livres para treinar antes dos dois confrontos.

Para o jogo, Roger sabe que terá de fazer uma mudança significativa. Rochet recebeu o terceiro cartão amarelo e está suspenso. O jovem Anthoni atua em seu lugar. O restante do time tem duas dúvidas. As entradas de Alan Patrick e Valencia.

O provável Inter que inicia a partida tem: Anthoni; Bruno Gomes, Rogel, Mercado e Bernabei; Fernando e Thiago Maia; Gabriel Carvalho (Alan Patrick), Bruno Tabata e Wesley; Rafael Borré.

Matheus Pereira, jogador de maior destaque do elenco, está de volta. Por outro lado, o lateral William

O Cruzeiro não vence no Brasileirão há um mês. Para fazer valer o fator local,
Rochet recebeu o terceiro cartão amarelo e está fora da partida. Anthoni atua em seu lugar
RicaRdo duaRte

Hoje é

Dia

Dia

Diploma de Mérito a um produtor lajeadense

O Diploma de Mérito da Produção Agropecuária do Estado era entregue a dez produtores gaúchos que eram referência no segmento. A solenidade ocorreu na Expointer e a entrega foi feita pelo então governador Germano Rigotto.

Na época, a Emater/Ascar indicou dois dos vencedores e, entre eles, estava o lajeadense Décio José Mallmann. Produtor de leite em Alto Conventos, também tinha um pomar de figos e lavoura de milho e soja. A propriedade dos Mallmann foi a segunda de Lajeado a ter ordenhadeira mecânica e era a única no município com produção de figos.

Protesto nos Correios

Cerca de 20 funcionários da empresa brasileira de Correios e Telégrafos protestavam contra os baixos salários e o excesso de trabalho. A manifestação percorreu as principais ruas de Lajeado e aconteceu em outras cidades do estado. Em Santa Cruz do Sul e em Cachoeira do Sul, por exemplo, mais de 40 carteiros participaram do ato. Em Lajeado, um dos manifestantes dizia que a categoria enfrentava excesso de trabalho já que muitos funcionários dos Correios estavam afastados por questões médicas. Conforme o depoimento,

havia um carteiro para 22 distritos de Lajeado, o que deixava os funcionários sobrecarregados. A unidade do município distribuía mais de 15 mil objetos simples por dia e outros 700 especiais. Na época, o salário dos 42 mil trabalhadores dos Correios de todo o Brasil era de até R$ 510, com um salário inicial de R$ 395 e jornada média diária de 12 horas. Em 2004, o salário mínimo era de R$ 260. Esse valor, se corrigido para 2024, conforme cálculo do Banco Central do Brasil, seria de R$ 945.

Nova diretoria para a Apae Lajeado

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Lajeado elegia a nova diretoria e Rubem Neitzke era escolhido como presidente da entidade. Os vices eram Egidio Dexheimer e Paulo Lauxen.

Conforme os jornais da época, “a primeira ação seria buscar o

reconhecimento da Apae como uma instituição de utilidade pública frente aos governos estadual e federal”.

Outra pauta era a construção de um novo prédio para a escola, que funcionava numa sala cedida desde sua fundação em 1971 na cidade. O projeto saiu do papel

Diretoria

Presidente – Ruben Neitzke

1º Vice-presidente – Egidio

Dexheimer

1º Vice-presidente – Paulo Lauxen

Secretário Geral – Walter Thomas

Secretário Adjunto – Cláudio

Schumacher

Tesoureiro – Ruy Rieth

Tesoureiro Adjunto – Constantino

Chiarelli

Conselho Deliberativo – Paulo Enger, Albano Mallmann, RubenZart, Arno Kielling e Reni Ely

Conselho Fiscal – José Heberle, Sérgio Creide e Osmar Berwing

dos Bancários
da Avicultura
Dia Nacional do Voluntariado
Santo do dia: Santo Agostinho de Hipona
e, em 1974, foi adquirida a área onde a Apae funciona até hoje.
Ali, um antigo chalé passou a servir de sede para a associação.

FABIANO CONTE

Jornalista e radialista

No AR a oportunidade para avaliar candidatos

Apartir da sexta-feira, começa oficialmente a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. Para os aficionados por política e comunicação, como é o meu caso, essa é uma oportunidade única de observar os candidatos sob uma nova ótica. A propaganda eleitoral permite avaliar não apenas o conteúdo das promessas de campanha, mas também a desenvoltura dos candidatos diante

das câmeras e microfones. Mesmo em programas gravados, onde há a possibilidade de regravações e apoio técnico especializado, é possível discernir o preparo dos candidatos para enfrentar futuras entrevistas, debates, e eventos como gestores. Além de conferir a viabilidade das promessas apresentadas, separando as propostas realistas das mirabolantes, a programação eleitoral na TV também revela figuras icônicas e, às vezes,

hilárias, que acabam se tornando inesquecíveis no imaginário popular. Para aqueles que, como eu, gostam de explorar diferentes canais e até acompanhar a programação de outras cidades e estados, a propaganda eleitoral é um prato cheio. Esperamos que os candidatos façam bom uso deste espaço gratuito, contribuindo para o esclarecimento do eleitor e fortalecendo o processo democrático.

Buraqueira entre Cruzeiro e Lajeado

O estado de conservação da estrada que liga Cruzeiro do Sul a Lajeado é um tormento. Desde maio, apresenta problemas e está repleta de buracos, representando um grave risco de acidentes. Há algum tempo, uma operação de tapa-buracos foi realizada no local, mas o serviço não foi suficiente para garantir a segurança dos condutores. Com o agravamento da situação, motoristas relatam frequentes problemas, como pneus furados e danos ao rodado dos veículos. A responsabilidade pela manutenção da via é do Estado, que, até o momento, não apresentou soluções definitivas para o problema.

Preparado para tal

Estar mentalmente preparado para enfrentar uma campanha eleitoral é essencial para manter o equilíbrio e a eficácia durante todo o processo. As pressões são intensas, exigindo resiliência emocional, capacidade de lidar com críticas e manter o foco em seus objetivos. Cultivar o autocuidado, buscar apoio de uma equipe confiável e lembrar-se do propósito que o move são fundamentais para atravessar os desafios da campanha com confiança e determinação. Boa parte não está preparado para esta vida.

Fenômeno

Pablo Marçal

Pablo Marçal, conhecido como coach e influenciador digital, está se tornando um fenômeno na política brasileira e deve mudar os rumos da eleição em São Paulo. Com uma abordagem ousada e linguagem direta e ofensiva, conquistou milhões de seguidores, transformando sua popularidade online em um movimento político robusto e que tem importunado muitos. Marçal se destaca por questionar o status quo e propor soluções inovadoras, atraindo principalmente os jovens e aqueles insatisfeitos com a política tradicional. Sua trajetória, marcada por polêmicas e crescimento meteórico, simboliza a nova era do ativismo digital no Brasil?

ARTIGO

ROCHELI

OAB/RS 81.795 rocheli@ndkr.com.br

Assédio Eleitoral no Ambiente de Trabalho

Com a aproximação das eleições municipais, a polarização política volta a ganhar força, invadindo diversos espaços, incluindo o ambiente de trabalho. Nessa conjuntura, surge uma prática preocupante: o assédio eleitoral, que consiste na tentativa de empregadores de influenciar o voto de seus empregados, violando assim o direito fundamental à liberdade de escolha. O assédio eleitoral no trabalho pode ser definido como um abuso de poder patronal, onde o empregador utiliza coação, intimidação ou ameaças para direcionar o voto de seus funcionários. Isso pode ocorrer por meio de promessas de benefícios, como aumentos salariais ou promoções, ou através de ameaças de demissão e perseguição. Essa prática é ilegal e vai contra os princípios básicos de um Estado Democrático de Direito.

A Constituição Federal de 1988 garante o direito à liberdade de voto e de consciência, assegurando que ninguém pode ser obrigado a adotar determinada postura política ou religiosa. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) tem sido claro ao condenar práticas de assédio eleitoral no ambiente de trabalho. Em decisões recentes, o TST afirmou que o assédio eleitoral é uma forma de abuso de poder que visa influenciar ou coagir o voto dos trabalhadores, impondo pesadas indenizações por danos morais coletivos às empresas envolvidas.

Além de ser uma violação dos direitos trabalhistas, o assédio eleitoral também configura crime eleitoral, conforme previsto no Código Eleitoral (Lei nº 4.737/65). O artigo 301 da referida lei tipifica como crime o uso de violência ou grave ameaça para coagir alguém a votar, ou não votar, em determinado candidato ou partido, com penas que incluem reclusão de até quatro anos. A Resolução 23.610/19 do Tribunal Superior Eleitoral também proíbe a veiculação de propaganda eleitoral em empresas, o que inclui a imposição de uso de material de campanha pelos empregados.

Embora a legislação trabalhista não tenha normas específicas para regular o assédio eleitoral, a prática é considerada uma espécie de assédio moral. O TST tem tratado o assédio eleitoral como uma violência moral e psíquica que atinge a integridade do trabalhador e sua cidadania. A Justiça do Trabalho tem sido rigorosa na aplicação de penalidades contra empresas que praticam o assédio eleitoral, impondo indenizações significativas em favor dos trabalhadores prejudicados.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) têm trabalhado em conjunto para combater essa prática, especialmente durante os períodos eleitorais. Em 2023, um Acordo de Cooperação Técnica entre o TSE e o MPT definiu o assédio eleitoral como “qualquer ato que represente uma conduta abusiva por parte dos empregadores que atente contra a dignidade do trabalhador, submetendo-o a constrangimentos e humilhações, com a finalidade de obter o engajamento objetivo da vítima em práticas políticas durante o pleito eleitoral”.

Diante desse cenário, é crucial que os empregadores compreendam a gravidade do assédio eleitoral e adotem medidas preventivas para garantir um ambiente de trabalho livre de pressões políticas. Respeitar a escolha política de cada trabalhador é não apenas uma questão de cumprimento legal, mas também de promover um ambiente de trabalho justo e equilibrado, onde os direitos individuais são respeitados.

Concluindo, o assédio eleitoral nas relações de trabalho representa uma ameaça à democracia e aos direitos fundamentais dos trabalhadores. A prática deve ser fortemente combatida para assegurar que o ambiente de trabalho seja um espaço de liberdade, respeito e equidade, livre de qualquer tipo de coação ou intimidação política. As empresas que desrespeitarem essas normas estarão sujeitas a severas penalidades, tanto na esfera trabalhista quanto na criminal, destacando a importância de uma gestão ética e responsável nas relações de trabalho.

DIVULGAÇÃO

Quarta-feira, 28 agosto 2024

Fechamento da edição: 18h

CULTURA EM LAJEADO

Av. Piraí é palco da Feira do Livro

A 18ª edição da Feira do Livro inicia nesta quarta-feira, 28, e segue com programação diversificada até domingo, 1º de setembro. Evento destaca importância da leitura e significa recomeço para livrarias atingidas pelas enchentes de maio deste ano.

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