A Hora – 12/07/24

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ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR

Sexta-feira, 12 julho 2024 | Ano 22 - Nº 3607 | R$ 5,00

RECUPERAÇÃO DA LANGUIRU

Plano inclui renegociação, reduzir juros e produzir mais

Estrela registra morte por dengue

Produtores aprovam mais um ano de liquidação extrajudicial e esperam auditoria sobre a gestão de 2020/22

Em uma perspectiva tradicional, seriam necessários 30 anos para resolver os pagamentos dos credores. Caso se garanta condições de produtividade, com continuidade da marca no mercado em aves e leite, poderia cair para 11 anos. Na manhã de ontem com os associados,

a direção da Languiru junto com a consultoria contratada para o Plano de Recuperação, apresentou as diretrizes para estancar a sangria nos cofres da cooperativa. Maior parcela da dívida é com os bancos, são mais de R$ 500 milhões.

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Programação será detalhada em cerimônia três meses antes do início do evento. Governo aguarda habilitação de empresa para início de obra nos pavilhões do Parque do Imigrante, em Lajeado.

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RECUPERA MUÇUM

Movimento projeta uma nova cidade

Grupo busca recursos para comprar terrenos fora das áreas de inundação. Objetivo é doar às famílias para reconstrução. Para implementar nova cidade serão necessários pelo menos 60 hectares.

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OPINIÃO | RODRIGO MARTINI

“Zona Franca” no Vale e RS

Autoridades regionais debateram ontem sobre PEC que busca incentivar novos negócios.

VEÍCULOS HISTÓRICOS

OPINIÃO | THIAGO MAURIQUE

Brasilata adquire Metalgráfica Renner

Empresa com fábrica em Estrela anunciou a aquisição da fabricante de latas das tintas Renner.

OPINIÃO | WALDEMAR RICHTER

O mistério das “Noivas de Preto”

O hábito de se casar de preto foi trazido da Europa. Além de chique, simbolizava respeito.

Empresa de Lajeado recebe automóveis que ficaram longo período submersos. Entre eles, um Jaguar Daimler, semelhante ao usado pela Rainha Elizabeth II, e a manutenção de 16 carros de um colecionador de Cruzeiro do Sul.

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CIDADE EM ALERTA

NESTA EDIÇÃO

ACERVO PESSOAL

EZEQUIEL NEITZKE

Os detalhes da lista de dívidas da Languiru impressionam e dão uma ideia do tamanho do rombo provocado nos anos de 2021 e 2022. Muitas explicações ainda estão no vácuo e os associados merecem saber, de fato, o que aconteceu com a cooperativa.

Uma dívida de mais de R$ 1 bilhão, a ser paga em 30 anos, é um fardo colossal para qualquer organização, ainda mais para uma cooperativa que sempre foi um pilar econômico e social do Vale do Taquari.

Por mais viável que o plano de recuperação possa parecer, ainda há uma negociação em curso e difícil com os credores. A escolha é receber alguma coisa e perdoar parte da dívida. Não há garantias de que todos assinam os acordos.

De fato, a extensão da crise vai além das dívidas da cooperativa. O caminho para a recuperação é árduo e exige mais do que promessas. “

Por isso mesmo, existe muita preocupação com o futuro dos associados. Os produtores alertam para o potencial caos social se a cooperativa falhar, pois muitos estão como fiadores dos empréstimos feitos na gestão passada. De fato, a extensão da crise vai além das dívidas da cooperativa. O caminho para a recuperação é árduo e exige mais do que promessas. É necessário um comprometimento real com a transparência, a eficiência e a sustentabilidade. Os associados precisam estar informados e envolvidos em cada etapa desse processo. Somente assim será possível resgatar a cooperativa, restabelecer a confiança e garantir um futuro mais seguro e próspero para as famílias.

“Fiz a réplica como uma homenagem e um agradecimento à equipe”

Comovidapelatragédia de maio, a artesã Salete Silva,deLajeado,fez umaréplicadaPonte de Ferro sobre o Rio Forquetacomouma homenagemàiniciativa privadaquerestabeleceu aligaçãoentreLajeadoe ArroiodoMeio.Apeça, presenteadaaodiretor daLyallConstrutora,foi feita em biscuit e mostra aestruturaeaequipe responsávelpelaobra.

Por que decidiu fazer esse trabalho?

Fiquei muito abalada com toda a situação da enchente. Tenho amigos em Arroio do Meio e me coloquei no lugar das pessoas de lá, que precisavam vir para Lajeado e não tinham como. Essa conexão entre as cidades é importante para muita gente e se tornou símbolo de reconstrução. Fiz a réplica como uma homenagem e um agradecimento à equipe da Lyall, que ajudou essas pessoas.

Como você fez a obra?

então eu também não poderia desistir aqui. O ventilador funcionou 24h seguidas por esses 14 dias para secar as peças.

Quais são os elementos da ponte?

Representei o encontro do lado da ponte antiga com a nova e me baseei numa foto que fizeram no dia da inauguração, onde está a equipe que trabalhou no projeto. Coloquei o boneco de cada um, sei nomear cada um deles e cuidei dos pequenos detalhes, desde a posição em que estavam, o lugar dos óculos, dos relógios, a marreta. Eu sempre tenho esse cuidado com os detalhes, porque trabalho com personalização.

Tem também a bandeira do Rio Grande do Sul e a faixa da “Ponte da Reconstrução.”

Agora, tem outras pessoas me chamando, porque também querem uma réplica da ponte. Até das passadeiras.

à Fundado em 1º de julho de 2002 | Vale do Taquari - Lajeado - RS

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Editor-chefe da Central de Jornalismo: Felipe Neitzke

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Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Impressão Zero Hora Gráfica

Foram 14 dias de trabalho. Esse foi o trabalho mais desafiador que já fiz, e também o maior. São 25 cm de comprimento por 23 cm de altura. Eu sempre faço tudo à mão, peça por peça, e tive que recomeçar do zero, porque eu não tinha nenhum molde e nem experiência com um projeto tão grande. Eu até pensei em desistir, porque foi um desafio, mas aí eu lembrava que eles não desistiram da ponte real,

Há quanto tempo já trabalha com biscuit?

Fui professora de biscuit, que é um tipo de massa para artesanato, por 20 anos em Novo Hamburgo e há 6 anos me dedico ao meu próprio ateliê aqui em Lajeado. Faço tudo à mão, por encomenda. Percebo que as pessoas têm curiosidade em aprender sobre o biscuit, por isso criei duas páginas nas redes sociais onde mostro um pouco da minha rotina de trabalho. Eu comecei meio ao acaso. Estava em Novo Hamburgo e vi peças em biscuit numa loja e me interessei. Nem sabia do que era feito, tentei inventar uma massa em casa, mas não deu muito certo. Logo depois comecei a fazer um curso e nunca mais parei.

O que te motiva a trabalhar com isso?

Sempre acho que posso aprender mais. Esse projeto da ponte foi um desafio para mim, mas eu superei. Gosto do que faço. Sei que, enquanto estiver trabalhando com biscuit, estarei envolvida num processo de amor, alegria e dedicação. Sou grata a isso.

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RAICA FRANZ WEISS

Líderes debatem uma “Zona Franca” no Vale e

Oauditório do prédio 7 da Univates recebeu um interessante debate na tarde de ontem. Com a presença do senador licenciado Luís Carlos Heinze (PP), de empresários, políticos e líderes regionais, o evento serviu para debater as possibilidades de desassoreamento do Rio Taquari e, especialmente, a implementação da Zona Franca do Rio Grande do Sul (ZF-RS).

Sobre a zona, os representantes do Vale do Taquari foram apresentados a uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que tem por objetivo criar a ZF-RS e incentivar a geração de novos negócios. Provocada pela OAB/RS, a PEC já conta com assinatura de senadores de 17 estados e 10 partidos políticos diferentes, e está sob análise na CCJ. Entre as justificativas, estudos que indicam impactos em 94,3%

rodrigomartini@grupoahora.net.br

RODRIGO MARTINI

da atividade econômica do estado, resultando em prejuízos acima de R$ 500 bilhões.

• O MP/RS, por intermédio do Fundo para Reconstituição de Bens Lesados (FRBL), contratou o Grupo de resgate de Animais em Desastres e vai repassar R$ 999,8 mil para o projeto “Programa de Controle Populacional Ético de Cães e Gatos Vitimados pelos Desastres do RS”, que tem por objetivo a prestação de serviços de transporte, esterilização, microchipagem e cadastro em plataforma oficial definida pelo Governo Estadual. A medida vale para a Região Metropolitana.

No texto da PEC 26, os parlamentares citam que a ZF-RS terá “característica de área livre de comércio, de exportação e importação, e de incentivos fiscais, pelo prazo de 30 anos”. A área abrangida pela proposta é limitada por um raio de 20 quilômetros no trajeto entre o Vale do Taquari e o município de Eldorado do Sul – algumas das áreas mais devastadas pelas inundações, além de estarem próximas ao porto de Rio Grande. Poderão usufruir dos benefícios da ZF-RS os empreendimentos industriais de setores estratégicos que já estão ou que vierem a ser instalados em sua área de abrangência. Entretanto, a instalação de novo empreendimento industrial na área da ZF-RS “não poderá implicar transferência, sob qualquer forma, de empreendimento já instalado em outras áreas do território nacional”. “E precisa atrair novos negócios”, reforça Heinze.

Momento para novos aeroportos

O fechamento temporário do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, despertou diversas oportunidades no interior gaúcho. Alguns pequenos aeroportos já estavam adiantados e angariaram novos recursos com muita mais facilidade. Outros

tantos andavam desacreditados e, a partir da inesperada demanda, passaram a ser vistos com muitos bons olhos pelos setores público e privado e devem receber volumosos investimentos. Da mesma forma, as dificuldades despertaram a imaginação de empreendedores

do Vale do Taquari que, diante do histórico DNA da região para o modal aeroviário, e diante das condições geológicas e financeiras para uma estrutura segura às aeronaves, projetam grandes empreendimentos para um futuro nem tão distante. E a hora é essa.

Marketing e oportunidade

Prefeito de Estrela, Elmar Schneider (MDB) utilizou as redes sociais para celebrar publicamente a instalação de uma nova indústria em solo estrelense. No caso, a Vinagres Prinz, cuja história quase centenária em Lajeado foi encerrada de forma abrupta após a pior e maior enchente já registrada na história do município. A imagem repercutiu. Muitos gostaram, e outros não. Fato é que o município estrelense sofreu e muito com as recentes catástrofes, mas a mesma comunidade soube aproveitar algumas oportunidades com o recente movimento de migração empresarial. E vida que segue.

• O foro da Comarca de Arroio do Meio está fechado para reforma até o dia 21 de julho. O prédio foi atingido com a enchente até o segundo andar. Nesse período, estão suspensos os prazos processuais, e a realização de audiências, ressalvadas as audiências de custódia e aquelas consideradas urgentes, casos em que ocorrerão de forma virtual.

• Em Lajeado, o governo de Lajeado alterou as regras para as casas populares. Com a mudança, que visa desburocratizar o processo, “fica autorizada a utilização de fossa séptica e sumidouro ou filtro anaeróbico como solução para o esgotamento sanitário, dispensada a execução de rede coletora em frente aos lotes”.

RS PDT e PT rompem parceria e buscam novas alianças em Taquari

A parceria entre o PDT e o PT de Taquari na majoritária acabou oficialmente na noite dessa quarta-feira. Atual prefeito e pré-candidato à reeleição, André Brito (PDT) anunciou uma nova coligação com o PP, e confirmou o nome da professora aposentada Rose Campos (PP) como a pré-candidata a vice-prefeita. Com isso, o atual vice-prefeito, Ramon de Jesus (PT) – que celebrou aniversário ontem –, divulgou uma nota oficial para confirmar que não concorrerá ao lado de Brito em outubro. Entretanto, e embora pareça óbvio, nenhum dos agentes públicos cita a visível ruptura entre as siglas. Questionado sobre a relação com os petistas, Brito afirmou que a nova aliança “está aberta ao diálogo com todas as forças políticas”. À coluna, o gestor taquariense preferiu não falar em desunião. “Defendemos a união pela construção”, resume o experiente político pedetista. Ramon também se manifestou de forma subjetiva sobre o futuro. Em nota encaminhada ao colunista, agradeceu “a todos e a todas” que confiam no trabalho dele e “partilharam e ainda vão partilhar gigantes momentos”, e apenas informou que “não será mais candidato a vice-prefeito com o André, que já anunciou outro vice”. Por fim, citou a lealdade e a transparência como qualificações pessoas e profissionais e garantiu que vai continuar trabalhando e se dedicando para a cidade de Taquari, “onde eu estiver”. Questionado sobre eventual pré-candidatura a prefeito, ele preferiu não se manifestar até o momento. Mas, e isso são informações de bastidores, há quem aposte que o PT vai buscar novo parceiro – ou parceiros – para resgatar a principal cadeira do Executivo. E se observarmos o cenário político taquariense, é natural imaginar uma coligação entre o PT e o PSDB.

FEIRA DA RETOMADA

Comissão prepara lançamento da Expovale + Construmóbil

Programação será detalhada em cerimônia prevista para o dia 8 de agosto, três meses antes do início do evento.

Governo aguarda habilitação de empresa para início de obra nos pavilhões do Parque do Imigrante

Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br

LAJEADO

Principal aposta do setor produtivo como símbolo da retomada da economia regional, a 23ª Feira Industrial, Comercial e de Serviços do Vale do Taquari (Expovale) e a 11ª Feira da

Construção Civil, Mobiliário e Decoração (Construmóbil) serão lançadas no dia 8 de agosto, a três meses do início do evento, previsto para novembro.

A cerimônia, que vai reunir autoridades, patrocinadores e expositores, ocorrerá no Espaço de Eventos da Unimed Vales do

Taquari e Rio Pardo, a partir das 19h30min. Detalhes da atividade foram alinhados esta semana, em reunião da comissão organizadora das duas feiras e da diretoria da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil). Confirmados pela Acil e governo de Lajeado mesmo após a

catástrofe climática de maio, os eventos têm como objetivo servir de estímulo e oportunidade para as empresas. O tema deste ano é “Caminhos para o futuro”. A programação ocorrerá durante nove dias, no Parque do Imigrante. O evento de lançamento vai detalhar a programação e as principais novidades para as feiras. Também será apresentado o jingle, que veiculará nos canais oficiais e nas emissoras de rádio da região, bem como o traje oficial da corte de soberanas, formada pela rainha Tainá Eduarda Carvalho e princesas Kailani Barbieri e Vanessa Luise Fell.

Reformas

Um dos temas da reunião ocorrida na quarta-feira, 10, entre a comissão organizadora e o Poder Público foi a reforma dos pavilhões 2 e 3 do Parque do

Imigrante. Cerca de 100 pessoas permanecem abrigadas no local, em virtude da enchente de maio. O governo municipal busca alternativas para realocar as famílias em outros imóveis na cidade.

Em entrevista à Rádio A Hora esta semana, o prefeito Marcelo Caumo mencionou que o Executivo trabalha para encaminhar essas pessoas a locais com melhores condições de abrigo. “Estamos em busca de residências aptas a receberem essas pessoas, seja por meio do aluguel social ou de outras estratégias, entretanto enfrentamos certas adversidades”, frisou.

Outro desafio é a finalização do processo licitatório para reforma. Segundo o coordenador do setor de licitações, Natanael Zanatta, 13 propostas foram apresentadas. Porém, as quatro primeiras colocadas não comprovaram requisitos técnicos.

“Estamos na quinta colocada agora. Aguardamos manifestação do setor de projetos especiais, que avalia a documentação”, afirma Zanatta. Caso seja habilitada nos próximos dias, a obra pode iniciar ainda este mês.

Parte da programação ocorre nos pavilhões 2 e 3 do Parque do Imigrante

ARQUIVO A HORA

REESTRUTURAÇÃO DA LANGUIRU

Dívida de R$ 1 bilhão para pagar em 30 anos

Plano de recuperação da Languiru foi apresentado e consiste na renegociação dos pagamentos e dos juros. Junto com isso, diretoria pretende aumentar os abates de frango e a produção de leite para garantir fluxo de caixa

Filipe Faleiro

filipe@grupoahora.net.br

Colaboração

Ezequiel Neitzke e Henrique Pedersini

“Éhora de todos estarmos juntos em uma direção. Só vamos sair dessa com os associados”. A frase do presidente liquidante, Paulo Birck, foi a tônica do discurso durante a assembleia geral de ontem em Teutônia, na sede da Associação de Funcionários da Languiru.

A maior crise na história da cooperativa ficou evidente durante a apresentação das dívidas. A empresa paulista, Markestrat Group detalhou o estudo de viabilidade financeira e operacional.

Em termos de débitos oficiais computados são quase R$ 945 milhões. Com o acréscimo de outros pagamentos em atraso, passa de R$ 1 bilhão. De acordo com os consultores Tássia Gerbasi e Fábio Delsin, caso se consiga combinar maior fluxo de caixa e renegociação com os credores ainda é possível pagar o saldo negativo. Em cima disso, estima que todos os débitos podem ser quitados em até 30 anos.

O presidente liquidante enfatiza os movimentos para aumentar o fluxo de caixa, como a retomada integral do frigorífico de aves em Westfália. No mês passado, os abates atingiram a capacidade máxima da unidade. Também com a ampliação da produção de leite. Em uma visão otimista, caso se garanta uma presença no mercado da marca e com avanço nas linhas de produto, seria possível reduzir para 11 anos o tempo para quitar os débitos do plano de recuperação.

Na assembleia de ontem, os associados aprovaram prorrogar a

Assembleia na manhã de ontem aprovou continuidade do processo de liquidação da Languiru. Em um cenário otimista, gestão acredita ser possível quitar débitos em 11 anos

liquidação extrajudicial por mais um ano. Essa condição faz com que a cooperativa possa manter autonomia na gestão do fluxo de caixa e do patrimônio.

Detalhes do plano

As propostas que serão levadas aos credores se sustentam no modelo de deságio por cotas. Para credores sem garantias, a cooperativa solicita um perdão de 75% da dívida (pagamento de 25% restantes). Para os débitos com garantia, em especial com os bancos, o pagamento de 50% do débito.

O modelo previsto é para pagamentos trimestrais por meio de um fundo. Do total, 40% serão para credores com garantia real, 25% para quem tem que receber até R$ 1 milhão, outros 15% para aqueles com mais de R$ 1 milhão. Para os 20% restantes, o formato é por meio de um leilão reverso. Neste tipo, a cooperativa oferece valores para o pagamento máximos para ver o quanto de descontos é possível. O credor que oferecer maior desconto recebe o crédito com mais agilidade, indiferente da forma prevista para a classe (banco, fornecedor, terceirizado ou trabalhista).

Explicações sobre motivos da crise

O contrato com a consultoria estabelece com objetivos a apre-

ANDRÉ KICH

EXECUTIVO E ASSOCIADO

Estamos falando, inclusive, de uma geração perdida em termos produtivos e nanceiros. Tendo o CPF cravado com dívidas pelos próximos 20 a 30 anos.”

sentação do plano de recuperação e também um diagnóstico dos últimos dois anos da gestão do ex-presidente Dirceu Bayer. Os resultados da auditoria estão previstos para serem apresentados em nova assembleia, pré-agendada para setembro. Para os associados, essas explicações são fundamentais. “A situação continua crítica. A Languiru só tem dois caminhos. Apresentar um plano operativo realmente viável, com os pés no chão. E mostrar essa auditoria. É preciso saber quais foram as causas dessa catástrofe social, econômica e familiar na cooperativa”, avalia o executivo de multinacionais e associado da

CONTEXTO

Dívida total: passa de R$ 1 bilhão

Prazo de pagamento: 30 anos

Débitos oficiais: R$ 944,9 milhões

Maiores credores

Bancos: R$ 595 milhões

Fornecedores e terceirizados: R$ 349,9 milhões

ESTRATÉGIAS:

• Renegociação de juros com bancos.

cooperativa, André Kich. Produtor de Linha Clara, em Teutônia, Gerson Pott, concorda. Para ele, há uma preocupação quanto ao que o associado terá de pagar caso a cooperativa se torne inviável. “Isso pode virar um caos social aqui no Vale do Taquari. Os agricultores dependem da cooperativa.”

Dívida do produtor

O executivo e associado André Kich contribuiu como um consultor voluntário no ano passado, durante o processo de saída do antigo presidente e a eleição da nova diretoria. Entre os aspectos mais complicados da crise na cooperativa, está uma conta que ainda é desconhecida.

“O valor oficial visto hoje é o que imaginávamos. A presidência tem sido clara em mostrar isso. Além disso, temos de levar em conta a dívida do produtor”, realça. Galpões, propriedades dadas como garantia, financiamentos feitos pela cooperativa que têm os associados como avalistas não estão no cálculo, afirma.

“O caos social dessa catástrofe financeira na Languiru é muito maior do que foi apresentado hoje (ontem). As famílias não sabem o que vai ser do futuro. Estão no escuro. Estamos falando, inclusive, de uma geração perdida em termos produtivos e financeiros. Tendo o CPF cravado com dívidas pelos próximos 20 a 30 anos.”

• Aumento na produção de aves e de leite para gerar caixa e reduzir prazos de pagamento.

DISTRIBUIÇÃO DOS PAGAMENTOS:

• Credores sem garantias

• Perdão de 75% da dívida (pagamento de 25% restantes)

• Débitos com garantia

PAGAMENTO DE 50% DO DÉBITO

Modelo de pagamento Depósitos trimestrais via fundo

DISTRIBUIÇÃO DOS VALORES

• 40% para credores com garantia real

• 25% para credores com até R$ 1 milhão

• 15% para credores com mais de R$ 1 milhão

LEILÃO REVERSO

Para os 20% restantes: credores oferecem descontos para receberem pagamento mais rapidamente.

VALE DO TAQUARI

HENRIQUE PEDERSINI

SEGURANÇA PÚBLICA

Primeiro semestre tem redução nos crimes contra vida e patrimônio

Vale do Taquari segue indicadores do estado e apresenta diminuição da criminalidade em comparação com o mesmo período de 2023

Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

Oprimeiro semestre do ano finalizou com queda nas mortes violentas em todo o estado. Os latrocínios caíram 28% em 2024, na comparação com o primeiro semestre do ano anterior. Em 2023, o RS registrou 25 vítimas de roubo seguido de morte, enquanto em 2024 foram 18. As tabelas foram publicadas

no site da Secretaria da Segurança Pública (SSP).

Entre os maiores municípios do Vale do Taquari, o número de homicídios também foi menor nos seis primeiros meses de 2024, em relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, cidades como Lajeado, Encantado e Teutônia tiveram diminuição de crimes em geral, enquanto Arroio do Meio e Estrela apresentaram aumento de menos de 10% na criminalidade. Em Arroio do Meio, o aumento foi no número de furtos e homicídios. O município passou por um período de maior violência durante os dias após a enchente histórica de maio de 2024, quando houve o pedido de reforço da segurança nas ruas. A cidade ficou dias sem luz, com grande parte dos estabelecimentos do Centro atingidos. No período, foram registrados

Diminuição da criminalidade inclui fatores como a integração entre as forças de segurança

dois homicídios. Já em Estrela, o maior aumento se deu nos furtos e nos crimes relacionados à posse e tráfico de drogas.

Projetos pela segurança

Nos seis primeiros meses do ano, a criminalidade diminuiu cerca de 21,7% em Lajeado. A maior diminuição foi no número de furtos e estelionatos. O número de homicídios baixou de 10 para 9, mas o dado ainda deixa autoridades em alerta, conforme afirma o Secretário de Segurança Pública do município, Paulo Locatelli. Em Encantado e Teutônia, diminuíram os crimes relacionados a estelionatos e posse de drogas ilícitas. Nesses municípios, não houve aumento de homicídios ou latrocínios.

Comparativo nos maiores municípios do Vale

Encantado

Estrela

Lajeado

Teutônia

Delegada regional da Polícia Civil do Vale do Taquari, Shana Luft Hartz comemora, junto às autoridades municipais de segurança pública, a redução dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) de modo geral na região.

De acordo com ela, havia uma preocupação com o período pós-enchente de aumento da criminalidade contra a vida e ao patrimônio. “Tivemos um reforço no efetivo nesse período. Nos preocupamos, em especial, com os CVLI e percebemos diminuição ou controle na maioria dos municípios”, destaca.

A delegada ainda reforça que sedes da Polícia Civil e Brigada Militar de muitas cidades da região também foram atingidas pelas cheias. Mesmo assim, a criminalidade conseguiu ser controlada.

Entre as iniciativas que auxiliam nessa diminuição, estão

programas como o Pacto pela Paz, além de projetos das prefeituras e educação nas escolas e comunidade. Apesar do balanço positivo, Shana garante ser necessário estar sempre atento ao tema.

No estado

No RS, os homicídios reduziram 17,8% em comparação com o primeiro semestre de 2023. No acumulado, foram 726 vítimas em 2024, frente às 883 vítimas deste crime em 2023. Os crimes violentos contra o patrimônio também reduziram no primeiro semestre de 2024, principalmente em razão das ações integradas entre Brigada Militar e Polícia Civil. O roubo de pedestres teve o menor total da série histórica no acumulado do período, com queda de 45% no semestre, em comparação com 2023. O roubo de veículos também foi o menor na série histórica no período.

Arroio do Meio

Furtos Furto de veículos Estelionatos

Homicídio doloso

Latrocínio

ARQUIVO

thiagomaurique@grupoahora.net.br

THIAGO MAURIQUE

Brasilata adquire

Metalgráfica Renner

Empresa com fábrica em Estrela, a Brasilata anunciou a aquisição da Metalgráfica Renner – tradicional fabricante de latas e embalagens metálicas das tintas Renner, fundada em 1933. Em comunicado ao mercado, a Brasilata afirma que a compra inclui máquinas, equipamentos e estoque da planta localizada em Gravataí, que terá suas atividades descontinuada.

A aquisição é considerada a aquisição estratégica para a ampliação da capacidade de produção de embalagens de aço e ampliar a participação junto aos setores de produtos químicos e alimentos em todo o Brasil. Os ativos adquiridos serão instalados nas fábricas de Estrela, Barra do Piraí (RJ), Recife (PE) e Jundiaí (SP).

Além de anunciar novos equipamentos na planta localizada no Vale do Taquari, a empresa ainda

abriu 17 novos postos de trabalho em Estrela – dez para o cargo de operador de produção e sete para áreas técnicas. No ano passado, a unidade foi responsável pela

produção de quase R$ 1 bilhão em produtos linha e R$ 67 milhões em novos produtos, o que representa crescimento de 5,6% em relação a 2022.

Dália inicia exportações para as Filipinas

A Cooperativa Dália enviou o primeiro carregamento de corte suínos congelados para as Filipinas – país do sudeste asiático, um dos maiores mercados consumidores de proteína animal do mundo. O destino também é um dos mais importantes para as exportações brasileiras, tendo recebido aproximadamente 345 mil toneladas de carne suína e de frango no ano passado. Presidente do Conselho de Administração da Dália, Gilberto

Antônio Piccinini, afirma que conquista de um dos principais mercados de proteína animal é um alento em meio às adversidades causadas pelas catástrofes climáticas no RS. Além das exportações efetuadas no início do mês, já estão previstos novos embarques no segundo semestre. Conforme o Presidente Executivo da cooperativa, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, as Filipinas oferecem preços atrativos e a expectativa é de novos negócios com o país.

O mercado imobiliário funciona como um termômetro da economia. Qualquer aumento na carga tributária pode resultar em desestímulo a novos investimentos, impactando diretamente os consumidores finais, que enfrentarão preços mais altos para comprar ou alugar imóveis.”

Simone Stülp na Acil - A Associação Comecial e Industrial de Lajeado (Acil) e a Câmara de Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT) promovem no dia 18 de julho, reunião-almoço com a secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Simone Stülp. O encontro ocorre no Espaço de Eventos da Unimed VTRP, na Avenida Piraí, e abordará o tema “Adaptação e Resiliência: o papel da inovação, ciência e tecnologia na transformação do Estado. As vagas são limitadas e as inscrições estão disponíveis no site acilajeado.com.br ao valor de R$ 80 para associados da entidade e R$ 100 para os demais interessados.

Aporte bilionário – A General Motors anunciou ontem o investimento de R$ 1 bilhão na ampliação da fábrica de Gravataí, na região Metropolitana de Porto Alegre. A cifra integra o novo ciclo de investimentos da companhia norte-americana no Brasil. A promessa é de aplicar R$ 7 bilhões até 2028 nas fábricas do país até 2028. Os recursos vão ser usados para a modernização da planta e desenvolvimento de um novo veículo, a ser lançado em 2026. No ano passado, a planta de Gravataí alcançou recorde de 4,5 milhões de carros produzidos.

RECONSTRUÇÃO

Movimento projeta nova cidade fora da área inundável

Grupo busca por recursos para aquisição de terras a fim de doá-las à população. O município precisa de 60 hectares para iniciar a reconstrução

Jéssica Mallmann jessicamallmann@grupoahora.net.br

MUÇUM

Um dos municípios mais atingidos pelas cheias do Vale, Muçum teve 80% de sua área edificada alagada. Para trazer mais qualidade de vida à população e iniciar o processo de reconstrução da cidade, o Movi-

mento Recupera Muçum criou um projeto que busca por recursos que serão destinados à aquisição de terras não inundáveis. Os terrenos serão doados aos munícipes para construção de moradias e estabelecimentos comerciais. No total, são necessários 60 hectares. A atual parte edificada de Muçum representa apenas 1% do território do município. Hoje, 95,5% das áreas podem ser viabilizadas para o movimento do recomeço. “A intenção da Associação é dar

um lugar seguro para a população, porque eles estão cansados de tanta enchente”, afirma o presidente do Movimento Recupera Muçum, Márcio Delazeri.

A proposta inclui a criação de uma cidade sustentável e modelo, ruas projetadas, sem asfalto e fiação subterrânea. “A gente acredita que muitas pessoas vão querer voltar. Não queremos tirar ninguém do seu lugar, as pessoas têm que ir por livre e espontânea vontade. A gente está dando uma

opção para que eles possam sair da área de alagamento”, destaca Delazeri.

Captação de recursos

Para adquirir a nova área de terra e garantir um futuro estável e seguro a todos, o Movimento faz a captação de recursos. Parte do valor foi conquistado por meio do Instituto Floresta e através da ação do Badin. Outros fundos vêm por meio da doação de empresários. Mas a busca continua. Os interessados também podem auxiliar o Movimento por meio da doação de PIX, para recupe-

ramucum@gmail.com. Todo o valor será destinado à recuperação das famílias e na reconstrução dos lares.

Além das ações do grupo, Delazeri destaca que há loteamentos privados e uma área do governo, onde era o antigo batalhão, que serão usadas para a reconstrução do município.

Proximidade com a comunidade

Outra importante ação do Recupera Muçum é a de aproximação com a comunidade. Segundo o vice-presidente do Movimento, Wagner Capitanio, o grupo faz visitas às famílias para entender as necessidades e buscar apoio na reconstrução.

“Estamos lá mais para ouvir do que para falar. Precisamos entender se as pessoas estão dispostas a nos apoiar, porque precisamos do apoio da população”, afirma. Hoje o grupo possui cerca de 30 integrantes. A expectativa é de que mais pessoas apoiem o movimento e fortaleçam a reconstrução.

MÁRCIO DELAZERI

REPRODUÇÃO

INCENTIVO

Associação comercial lança campanha de apoio às marcas locais

Iniciativa visa destinar valores de adesões de empresas para entidades que auxiliam na reconstrução das comunidades afetadas em Arroio do Meio, Cruzeiro do Sul e Estrela

AAssociação Comercial de Santa Clara do Sul (Acisc) lançou ontem a campanha “Santa Clara Solidário”. O objetivo é de ajudar entidades da região que trabalham no apoio e na reconstrução das famílias do Vale do Taquari. A iniciativa destinará as taxas de adesão das empresas participantes para entidades locais.

O evento ocorreu no salão paroquial da Comunidade São Francisco Xavier, em Santa Clara do Sul.

Cada empresa que aderiu à campanha contribuiu com uma taxa mínima de R$ 100. Toda arrecadação será destinada às entidades. Já aos consumidores, a distribuição será de R$ 10 mil em vale-compras.

Empresário e presidente da Associação Comercial, Eduardo Dessoy, destacou os objetivos da campanha. Para ele a intenção é de movimentar o comércio local em Santa Clara do Sul e ajudar as cidades mais necessitadas. “Entendemos que é um momento importante de recomeço e conscientização. É fundamental valorizar o comércio local sem esquecer da solidariedade”, afirmou Dessoy.

Destinação das doações

A Associação Comercial identificará as empresas participantes da campanha e distribuirá vales-compras entre elas. As doações serão direcionadas para três entidades: Lions de Estrela, Associação de Menores de Arroio do Meio (AMAM) e Rotary Clube de Cruzeiro do Sul. Todas entidades têm desempenhado um papel de apoio às famílias durante o período de reconstrução pós-enchente. Integrantes das associações estiveram no evento e apresentaram informações do trabalho realizado nas cidades. Dessoy destacou ainda o trabalho contínuo da Associação Comercial desde sua retomada em 2021, pós-pandemia, até o presente momento. “Estamos com 70 associados atualmente. No início eram 40. A associação busca fortalecer a união entre as empresas e promover iniciativas que beneficiem a comunidade como um todo”.

SANTA CLARA DO SUL

Evento em Santa Clara do Sul foi realizado no salão paroquial. Associação vai ajudar outras entidades da região

Realização

Problemas no fornecimento de água irritam moradores

Casos de interrupção no abastecimento são frequentes nas últimas semanas, conforme associação que representa a localidade. Governo rebate críticas sobre suposto vazamento, mas reconhece problemas no serviço e no contato com o plantão

Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br

LAJEADO

Problemas com falta de água têm sido recorrentes para moradores do bairro Centenário nas últimas semanas. E dois episódios de suposto desperdício na caixa d’água localizada na rua Frederico Arnoldo Weber deixaram a comunidade ainda mais preocupada. O mais recente ocorreu na manhã de segunda-feira, 8.

Estrutura localizada na parte central do Centenário abastece milhares de pessoas

Problema na bomba

Um novo olhar sobre os bairros

Um novo olhar sobre os bairros

O abastecimento de água no Centenário, assim como em outros bairros da região mais ao norte de Lajeado é de responsabilidade do Poder Público. Mesmo com obras recentes para a melhoria do serviço, as queixas e registros por interrupção no abastecimento de água se tornaram uma rotina desagradável.

Conforme a presidente da Associação de Moradores, Raquel

da Rosa, uma das maiores críticas é quanto a dificuldade de contato com as equipes de plantão, sobretudo aos finais de semana, pois o telefone disponibilizado nem sempre funciona. O serviço é terceirizado.

“Eles precisam de uma equipe mais qualificada para atender toda a demanda dos bairros. Apenas três pessoas não tem como fazer isso. Esse serviço precisa melho-

rar”, comenta Raquel. Na rua Eduardo Teodoro Stroher, foi relatada falta de água durante todo o dia na terça-feira, 9. O fornecimento só foi restabelecido às 22h. Há duas semanas, alguns moradores do bairro relataram falta de água durante todo o fim de semana. “Ninguém nos avisava nada e não nos davam explicações. Estamos buscando soluções para isso há anos”, comenta.

O secretário municipal de Obras, Günther Meyer, nega a existência de vazamentos na caixa. Segundo ele, a água saiu pelo ladrão, pois o reservatório estava cheio e o fio de comunicação com a bomba foi cortado em algum lugar. “Isso (vazamento) não existe. Algumas pessoas, por maldade ou por não saber como funcionam, espalham terrorismo nas redes sociais. O que aconteceu foi isso. O dispositivo que desliga a bomba quando a caixa está cheia é transmitido por fio, e muitas vezes esse fio é cortado por acidente”, explica. Conforme o secretário, eventualmente falta água devido às falhas na caixa, o que é consertado quando detectado. “Nesta semana começamos a trocar o sistema de transmissão da bomba para a caixa via rádio. Também vamos fazer vistoria em todas as caixas e bombas diariamente a partir de agora. Pedimos desculpas pelos transtornos”.

Construtora e Incorporador

MATEUS SOUZA

RAQUEL DA ROSA PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DE MORADORES

VEÍCULOS DE COLECIONADORES

Reparador de Lajeado recupera carros clássicos atingidos pelas cheias

Empresa automotiva de Guilherme

Brauwers tem recuperado automóveis históricos de todo o RS

LAJEADO

Guilherme Brauwers, proprietário da Low Filmes Spa Automotivo, está chamando atenção por sua habilidade em recuperar carros que foram danificados por inundações. Sua oficina, pioneira na região, tem se especializado na restauração de veículos, especialmente modelos históricos e de colecionadores, que sofreram danos devido às enchentes.

Nos últimos dias, Brauwers e sua equipe têm enfrentado um desafio crescente: a recuperação de veículos que passaram horas submersos em água. Esses carros, muitos deles modelos conversíveis e históricos, chegam de diversas cidades e até do aeroporto de Porto Alegre.

“Com a manutenção correta, tudo é possível”, afirma Brauwers, destacando a importância de levar os carros para a assistência, mesmo que aparentemente estejam funcionando bem após uma enchente.

Segundo ele, a demanda aumentou muito nos últimos dias. Ele reforça que problemas de funcionamento podem surgir a longo prazo devido ao contato com a umidade. “É importante fazer essa vistoria porque, mesmo com o mínimo de água na parte interna, pode-se ter problemas.” Desde a enchente de setembro de 2023, a empresa, instalada em Lajeado há seis anos, tem se tornado referência no estado para a recuperação de automóveis atingidos por inundações. Brauwers relata que recebeu veículos de diferentes regiões e até modelos históricos.

Tem carros que camos mais de 30 minutos apenas em uma área. A quantidade de barro que ca na parte interna é imensurável.”

GUILHERME

Entre eles, destaca um Jaguar Daimler, semelhante ao usado pela Rainha Elizabeth II, e a manutenção de 16 carros de um colecionador de Cruzeiro do Sul.

Muito trabalho

Brauwers descreve a complexidade do trabalho. “Tem carros que ficamos mais de 30 minutos apenas em uma área. A quantidade de barro que fica na parte interna é imensurável.”

Além da recuperação dos veículos, Brauwers e a equipe de trabalho, durante a cheia, liderou várias campanhas de arrecadação de alimentos, água e outros materiais para famílias atingidas na região. “Unimos forças num dos momentos mais desafiadores da região e conseguimos ajudar”.

Gabriel Santos gabriel@grupoahora.net.br

Trabalho é minucioso e demorado para preservar características

BRAUWERS REPARADOR AUTOMOTIVO

por Raica Franz Weiss

70 anos do CTG Bento Gonçalves

OCentro de Tradições Gaúchas Bento Gonçalves, de Lajeado, completa hoje, 12 de julho, 70 anos de fundação. O CTG foi criado em 1954 e é um dos mais antigos do estado.

A primeira sede era um galpão, cedido nos fundos da Associação Rural de Lajeado (Arla) e teve como primeiro patrão Luís Carlos Lampert. Em 1958, no Congresso Tradicionalista em Caxias do Sul, o CTG Bento Gonçalves participou com mais de 15 cavaleiros, sob o comando de Ruy Lopes, figura muito lembrada na história do CTG.

Anos mais tarde, o então prefeito de Lajeado, Bruno Born, doou uma área alagadiça, próxima ao atual Parque dos Dick, para a construção da primeira sede social do CTG. O espaço foi inaugurado em 1963 e o destaque ficava para as piscinas, as primeiras de Lajeado.

Em 2013, o CTG Bento Gonçalves inaugurou um novo galpão, no bairro São Bento, e a antiga estrutura foi desativada.

As antigas piscinas do CTG, quando funcionava nos fundos da Slan, perto do Parque dos Dick

Criado o Distrito de Novo Paraíso

A câmara de vereadores de Estrela aprovava o projeto de lei que criava o Distrito de Novo Paraíso na cidade. Na época, um grupo de moradores acompanhou a sessão para garantir que as divisas da antiga localidade fossem mantidas.

Novo Paraíso é uma das comunidades

Fadinha do bairro Florestal

mais antigas de Estrela, foi lá que iniciou a colonização, por volta de 1855. Foi chamada de Novo Paraíso já que em São Leopoldo - de onde vieram muitos imigrantes - existia a Picada Paraíso. O termo “Novo” foi escolhido, na época, para distinguir do “velho” local de onde vieram.

Cinquenta anos atrás, o salão de festas da Comunidade Católica do Florestal era inaugurado. No evento, foi escolhida a Fadinha da Festa. O salão, ao lado da Capela Sagrado Coração de Jesus, existe ainda hoje na rua Duque de Caxias. O concurso Fadinha da Festa reuniu as candidatas Fabiana Spohr, Magda Müller, Maria Cristina Heineck, Maria Inês Rockenbach e Rosvita Klein. Na época, a jovem Fabiana Spohr foi eleita, com 2,8 mil votos, do total de 9,3 mil.

Hoje é

Dia do Engenheiro Florestal

Santo do dia: São João Gualberto

REPRODUÇÃO

Fabiana Spohr

WALDEMAR RICHTER

professor e historiador

O mistério das “Noivas de Preto” nas colônias alemãs

Na colônia alemã, existiam as enigmáticas noivas de preto. Este costume intrigante não estava relacionado à religiosidade, mas sim à cor escolhida.

O hábito de casar-se de preto foi trazido da Europa pelas imigrantes alemãs. O vestido escuro, além de chique, simbolizava respeito às cerimônias religiosas. E, após o casamento, o vestido era reutilizado em outras festividades, tornando-se um traje versátil.

Para as noivas, o vestido preto era motivo de grande orgulho, representando a vestimenta mais importante de suas vidas. Confeccionados com cuidado e esmero, muitos eram feitos pelas próprias noivas ou por costureiras habilidosas da comunidade. Os vestidos eram amplos, permitindo o uso durante a gravidez, e apresentavam detalhes e bordados que realçavam a beleza da vestimenta.

Este seria o vestido mais bonito que usariam em suas vidas. Muitos eram confeccionados mais largos do que o necessário para acomodar a gravidez e receber visitas. A grinalda artificial acompanhava o traje, com detalhes que combinavam perfeitamente.

Uma curiosidade é que muitos desses vestidos, na verdade, eram azul-escuros. Como não existiam fotografias coloridas, as imagens retratavam essas mulheres sempre com vestes pretas, o que deu origem ao nome “noivas de preto”.

Vestidos feitos pelas mães

Há 200 anos não existia tinder, rede social e as festas desempenhavam função de cupido, com a ajuda do principal eletrodoméstico da época: as máquinas de costuras.

Semanas antes do Kerb, as mulheres costuravam seus vestidos. As máquinas alinhavavam vestidos e os sonhos femininos. Eram eletrodomésticos essenciais na casa dos alemães e as marcas Singer ou Kayser eram as preferidas nas mãos de talentosas mães. Mulheres habilidosas costuravam vestidos, fatiotas, bolsas de tecidos e enfeites. As famílias importavam as máquinas da Alemanha por intermédio de comerciantes de Porto Alegre.

A confecção dos vestidos era, muitas vezes, uma tarefa familiar. As mulheres se reuniam para compartilhar conhecimentos, trocar ideias e ajudar umas às outras. Mais do que apenas peças de roupa, esses vestidos representavam o desejo das mulheres de se sentirem bonitas e valorizadas na Neue Heimat.

A primeira costureira

Em 1858, Elisabeth Richter foi registrada como uma das primeiras costureiras de Conventos. Ela costurava para a família Richter da época e para os vizinhos da colônia alemã.

Elisabeth era esposa do marceneiro Johann Kaspar Richter. Em alemão, costureira era chamada (NÄherin). Juntos, eles empreenderam e ajudaram a desenvolver a colônia de Conventos.

IVANOR DANNEBROCK

Gestor Educacional

A amizade é um amor que nunca morre

Quem não tem um amigo de fé, irmão camarada? Ou mais de um, o que é melhor ainda. Embora amizade de verdade, podemos contar nos dedos. Via de regra nos debruçamos sobre assuntos atuais, envolvendo temáticas profissionais, porém assuntos que alimentam nosso espírito são igualmente importantes. Recorrendo a pensadores do início da civilização, como Cícero, Sêneca também acreditava que a amizade é a comunhão de virtudes entre os bons, mas não deixa de advertir que quem é amigo de si nunca estará sozinho. Acredita que, “quem é amigo ama; mas quem ama nem sempre é amigo”. Aristóteles dizia que ninguém escolheria viver sem amigos. Por isso, a necessidade de aprender antes de mais nada amarmos a nós mesmos é essencial, para depois conseguirmos amar outrem. Da mesma forma em relação à amizade. Por isso, quando estamos sozinhos e temos a nossa companhia (pode parecer redundante, mas não é), iremos nos sentir muito bem porque aprendemos a gostar de nós. Isto é solitude.

Mário Quintana, homenageado através do título desta coluna, que é de sua autoria, sempre teve uma forma poética de encarar a vida, ele nos traz reflexões profundas: “Se me fosse dado, um dia, uma oportunidade, seguraria todos os meus amigos, que já não sei onde e como estão, e diria: Vocês são extremamente importantes para mim. Dessa forma, eu digo: não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo. Não deixe de ter alguém ao seu lado, ou de fazer algo, por puro medo de ser feliz. A única falta que terá, será desse tempo que infelizmente… não voltará mais.”

Quando falamos do trabalho, nos preocupamos com os resultados, e conhecemos aquelas pessoas que somente cumprem o protocolo, fazem o mínimo, ou talvez, nem isso. Ficamos incomodados, e com razão, porque os valores, a ética, o respeito, esses trouxemos de casa e nos são muito caros. Fazem parte de nosso ser e por isso multiplicamos os ensinamentos de nossos pais com quem convive conosco. Todos nós aprendemos muito com a convivência humana, lembrando que sempre tem aqueles que se recusam a aprender. Interessante que em cada experiência que vivemos em períodos de nossa passagem terrestre, conhecemos muitas pessoas, dessas, poucos se tornam amigos de fato. Como Quintana já afirmava, fizemos amigos em várias fases da vida: na infância, na adolescência, no seio familiar, nas mais diversas regiões por onde passamos e vivemos uma parcela de nossa existência… Todos continuam lá, alguns já se foram, outros não temos um convívio intenso, porém a importância de cada um para nós, continua inabalável.

Por último, vejo muitos pais se preocupando em ser amigos de seus filhos. Vejo isso com preocupação. Para mim o conceito de ser pai transcende, e muito, o conceito de ser amigo. Conciliar ambos, claro. Sempre! Mas ser pai sempre vem em primeiro lugar. Mês de julho, Dia do Amigo no dia 20, lembre dos teus, homenageio-os, mande uma mensagem, visite se possível, pois um amigo verdadeiro precisa ser cultivado. Não deixe de fazer algo que gosta devido à falta de tempo. Não deixe de ter alguém ao seu lado, ou de fazer algo, por puro medo de ser feliz.”

Sexta-feira, 12 julho 2024

Fechamento da edição: 19h

8º |

13º

Áreas de instabilidade se afastam gradativamente do Estado. O dia começa com abundante nebulosidade e ainda pode chover de forma fraca e irregular nas primeiras horas do dia.

Caminho da municipalização concluído

Trecho de quase quatro quilômetros da ERS-129, em Estrela, passa a ser administrado pelo município

Via carece de reparos na infraestrutura e melhorias de sinalização. Antigo anseio da comunidade, repasse da rodovia permite desenvolvimento urbano na localidade. Empresariado local aposta no crescimento da região e no impulso

Sicredi Ouro Branco inaugura 6ª agência em Minas Gerais Fabiano Petter

Visão Empresarial Os lustres do Santuário

Airton Engster Baú de Memórias

Santo Antônio

ESTRELA

Município registra primeiro óbito por dengue em 2024

Vítima é homem de 84 anos, residente do bairro Auxiliadora. Morte é confirmada em meio ao aumento de casos. São quase mil registros da doença ao longo do ano. Diante do cenário pós-cheia, Vigilância Epdemiológica prevê cenário semelhante em 2025.

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econômico, bem como na instalação de novos empreendimentos. A Transantaria foi uma dos únicos acessos à cidade em meio aos períodos de grandes cheias. Processo de ocupação das margens já ocorria de forma gradual.

TEUTÔNIA

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Feirão do Comércio estima

R$

700 mil em negócios

A quinta edição inicia nesta sexta-feira, 12, e se estende até domingo. O evento ocorre no Pavilhão da Comunidade Católica, no Bairro Canabarro. Com entrada gratuita, são três dias de promoções, descontos, preços e condições especiais de pagamento.

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Andréas Hamester

Coluna do Folclore

Grupos Folclóricos se preparam para recpcionar alemães

Estrela

Teutônia

Retiro do Sul

Fazenda

Colinas

CAFEZINHO COM

Estagiária

Luciane

A edição desta semana do Cafezinho com NG é com Marília Muller Barghouti, 41, diretora na Univale. Com formação em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas e especialização em Finanças e Controladoria na USP, Marília traz uma combinação única de habilidades para a liderança da Univale.

Quando surgiu o seu envolvimento com a Univale?

Marília Barghouti - A Univale surgiu em 2001, por meio da fusão entre as empresas Três Unidas Distribuidora de bebidas Ltda e Arno Muller Comércio de Bebidas Ltda. A Arno Muller foi fundada na década de 70 pelo meu avô. Posteriormente, a gestão do meu pai Nestor Muller, junto ao Rui Grave, consolidou e expandiu a empresa. Hoje, represento a terceira geração da família envolvida no negócio.

Quais foram os maiores desa os que você enfrentou até o momento?

Marília – Entrei na empresa no início da pandemia, enfrentando enormes desa os em um momento de muita incerteza. A resiliência e a simplicidade foram cruciais, focando no essencial e priorizando a segurança do time. Recentemente, as enchentes na região foram outro momento difícil, que novamente vem sendo enfrentado com trabalho em equipe, comunicação aberta e uma abordagem prática para que se possa continuar avançando.

Como você equilibra suas responsabilidades pro ssionais com sua vida pessoal?

Marília – Equilibrar responsabilidades pro ssionais com a vida pessoal é um desa o contínuo, mas também uma fonte de grande realização. Sou casada há seis anos e mãe de um casal de gêmeos de quatro anos. Acredito rmemente que ser mãe me faz uma melhor administradora, assim como ser administradora me faz uma mãe

melhor. Aprendo todos os dias com meus lhos sobre empatia, a importância da escuta ativa e resiliência, habilidades que levo para o negócio. Na empresa, também aprendo como lidar com desa os de maneira proativa, agir com intencionalidade e manter o foco mesmo em momentos de pressão, competências que aplico na educação das crianças em casa. Além disso, ter uma boa rede de apoio é essencial. Conto com o suporte da minha família e de outras pessoas que me ajudam, tornando esta jornada possível e grati cante.

Qual foi o momento mais memorável que teve desde que começou a trabalhar na distribuidora?

Marília – A conquista dos selos de Excelência dos Programas DPO e SPO e recentemente a indicação da Univale como a revenda elegível a Embaixadora da Ambev.

O Cafezinho com NG é publicado toda semana no Jornal Nova Geração. Neste espaço, empresários, lideranças e representantes de comunidades da área de cobertura do semanário destacam experiências e ações nos seus respectivos setores e em benefício de suas cidades.

OPINIÃO

Colonização alemã no sul do Brasil: os ciclos migratórios

Segundo a historiografia, a imigração alemã no Rio Grande do Sul iniciou em 25 de julho de 1824. Nesta data, desembarcou a primeira turma de imigrantes alemães no passo da Real Feitoria do Linho Cânhamo que, tempos depois, passou a ser conhecida como São Leopoldo, sendo rebatizada com este nome em homenagem a Imperatriz Dona Leopoldina, esposa de D. Pedro I. A Imperatriz, que era austríaca, estabeleceu os primeiros laços de intercâmbio entre o Brasil e as regiões de língua germânica da Europa. Os imigrantes haviam chegado a Porto Alegre no dia 18 de julho de 1824 mas somente uma semana depois foram encaminhados para a Real Feitoria do Linho Cânhamo. Receberam lotes de terras de áreas devolutas, medindo em torno de 75 hectares cada um.

O ano de 1824 é considerado como o primeiro ano da imigração, porque foi neste momento que se deu início à imigração de colonos alemães patrocinada pelo governo imperial. No entanto, isso não quer dizer que em períodos anteriores não havia ocorrido a entrada de alemães no Brasil. Antes disso, muitos germânicos já haviam ingressado no país, mas de maneira isolada. Entre 1824 e 1830 (primeiro ciclo migratório), estabeleceram-se na Colônia de São Leopoldo pouco mais de cinco mil imigrantes alemães.

Entre os anos de 1830 e 1845 praticamente não ocorreu imigração, visto que o Brasil estava passando por um período de instabilidade política, econômica e social, que veio acarretar a renúncia de D. Pedro

I, em 1831. Como o herdeiro do trono, D. Pedro II, tinha apenas 5 anos de idade, quem assumiu o poder foram os regentes, e tiveram que enfrentar diversas revoltas provinciais. A maior delas, chamada de Revolução Farroupilha, ocorrida no Rio Grande do Sul, durou dez anos, somente sendo findada em 1845.

Com as revoltas provinciais resolvidas, inicia-se um novo ciclo migratório. Entre 1850 e 1914 entraram em solo gaúcho cerca de 43 mil alemães e, em território brasileiro, estima-se que tenham entrado cerca de 90 mil nesse período. Estes imigrantes do segundo ciclo, no entanto, não receberam lotes de terras do governo. Tiveram que adquiri-las através da compra, visto que a Lei de Terras, datada de 1850, estabelecia que a única forma de adquirir a propriedade seria desse modo. Como os primeiros colonizadores alemães chegaram em Estrela (na época, Taquari) no ano de 1856, época de fundação da Fazenda Estrela, tiveram que adquirir suas propriedades, por força da Lei citada acima.

O último grande ciclo de imigração alemã ocorreu entre os anos de 1914 e 1960. Esses atravessaram o Oceano Atlântico para fugir das Guerras (Primeira e Segunda Guerra Mundial). Em solo brasileiro, durante o período da Primeira Guerra Mundial, trataram de ocupar colônias já existentes, principalmente no oeste de Santa Catarina e no Paraná.

Com o término da Primeira Guerra, a Alemanha estava arruinada, com péssimos indicadores sociais, miséria, inflação e desemprego. Assim, na década de 1920, ocorreu o maior fluxo migratório com um grande número de Alemães vindo para o Brasil (cerca de 70 mil). Estes rumaram para os centros urbanos, tendo a cidade de São Paulo recebido a maior parte deles. Eram operários, professores, refugiados políticos e artífices.

Na década de 1940 também vieram muitos imigrantes alemães por conta da Segunda Guerra Mundial. Se nos dois primeiros ciclos as causas da migração foram econômicas, políticas ou sociais, ao longo do terceiro ciclo pode ser acrescido as razões étnicas, visto que os horrores da Alemanha nazista também ocasionaram processos migratórios.

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Fundado em 13 de janeiro de 1966

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Reportagem: Karine Pinheiro, Ezequiel Neitzke

CIRCULAÇÃO

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semanário do

Daniély Schwambach daniely@grupoahora.net.br

sob supervisão da jornalista

E. Ferreira

Joel Barcelos Mallmann Professor de História

Processo de municipalização da Transantarita é concluído

Trecho fica localizado

dentro da área urbana e possui mais de quatro quilômetros. Empreendimentos às margens da via esperam melhorias na infraestrutura para avançar no desenvolvimento do entorno

Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br

ESTRELA

Em meio a instalações de novas empresas e diante do anseio da comunidade, a Transantarita, em Estrela, foi municipalizada nesta semana. O processo de transferência da rodovia estadual ao município iniciou há cerca de dois anos devido ao objetivo de impulsionar o setor econômico nas proximidades da via. O trecho da ERS-129, agora em administração do Executivo municipal, possui cerca de quatro quilômetros e carece de diversas melhorias, sobretudo de iluminação e sinalização. Além do crescente número de empresas às margens da Transantarita, a rodovia é considerada um dos principais acessos a Estrela. De acordo com o projeto aprovado pela Assembleia Legislativa do RS, a via perdeu as características de estrada estadual, bem como se encontra integralmente

depois de maio. Proprietário da Paladar Refeições, Fábio Heringer destaca o potencial da localidade.

dentro da área urbana do município.

Expectativas

e potencial

A Transantaria foi uma das únicas vias de Estrela que possibilitou a saída a outros municípios em meio às grandes cheias. Um processo de ocupação nas proximidades da via já ocorria de forma gradual. Processo que foi acelerado

“Existem áreas enormes próximas a Transantarita e com grande possibilidades de ampliação. Com certeza novas empresas virão se instalar aqui. Acredito que com a municipalização, as melhorias na sinalização da via serão agilizadas, bem como os reparos que forem necessários”, afirma Heringer.

A sede da Eidt Empreendimentos também deve ser instalada às margens da Transantarita. Pedro Eidt destaca que o local foi escolhido devido ao

potencial de desenvolvimento da localidade. Além disso, ele aposta na migração do segmento comercial para as proximidades da rodovia.

“Enxergamos essa área como o principal acesso de Estrela em um futuro próximo. Existem projetos para melhorias, como duplicação, implantação de ciclovia e melhorias na sinalização”, ressalta o empresário. Ele também aponta os empreendimentos previstos nas proximidades. “Aqui há uma região a ser desenvolvida. Por isso trabalhamos na urbanização dessa área, pois é segura”, afirma.

Enxergamos

essa área como o principal acesso de Estrela em um futuro próximo”

Pedro Eidt proprietário da Eidt Empreendimentos

Condições da via

O Daer repassou a titularidade de parte da ERS-129, entre os quilômetros 26 e 30. Entre a rua Júlio de Castilhos e o acesso à BR-386, a falta de sinalização, seja vertical ou horizontal, é um dos problemas. Para quem trafega à noite pela Transantarita, os desafios são ainda maiores, devido a falta de iluminação. Entre as primeiras intervenções previstas, o governo municipal deve atuar junto à RGE para implantar iluminação no local. O pedido deve ser protocolado na próxima semana. Além de melhorias na via, há projeto que prevê a construção de um pórtico no acesso pela BR-386. Também existe perspectiva de melhorias no acesso a partir da rodovia federal. De acordo com o programa de exploração de rodovias, onde a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a CCR ViaSul definem as intervenções junto à estrada, o acesso à RS-129 será remodelado em 2032, com a construção de uma passagem em desnível.

Trecho da ERS-129, agora em administração do Executivo municipal, possui cerca de quatro quilômetros

KARINE PINHEIRO

Sicredi Ouro Branco inaugura 6ª agência em

solo mineiro

Fabiano Petter comercial@jornalng.net.br

Acooperativa Sicredi Ouro Branco RS/MG entregou, no dia 3 de julho, o 6º ponto de atendimento presencial em Minas Gerais. Esta é a terceira agência entregue neste ano – primeira na cidade de Belo Oriente, município que integra o Vale do Aço. Com o novo ambiente, a Cooperativa alcança o número de 30 agências instaladas nas áreas de atuação de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul, que já reúnem mais de 97 mil associados.

“Quando iniciamos o processo de expansão, estávamos certos de que nossa Cooperativa poderia gerar desenvolvimento e qualidade de vida para

mais pessoas. Ao longo deste ano, comprovamos isto. Fortalecemos o poder de transformação do cooperativismo e, dia após dia, em ambos os estados, cumprimos o papel da nossa cooperativa: impulsionar o desenvolvimento econômico e social, em todos os locais que nos propomos a estar”, afirma o Presidente da Sicredi Ouro Branco RS/MG, Neori Abel.

A previsão é que mais uma agência seja entregue aos associados de Minas Gerais, em Santana do Paraíso, também município do Vale do Aço. Assim, a projeção é que 2024 seja encerrado com 31 agências e mais de 100 mil associados unidos ao propósito da Sicredi Ouro Branco RS/MG.

Aciab lança campanha

“Comprar

A Associação Comercial Industrial e Agropastoril de Bom Retiro Sul (Aciab), em parceria com o município, anunciou o lançamento da campanha “Comprar Aqui É Muito Bom”. A iniciativa visa reestruturar a economia local, que sofreu consideráveis prejuízos. Até o dia 26 de agosto, os consumidores podem concorrer aos prêmios realizando compras nos estabelecimentos de Bom Retiro do Sul e solicitando a Nota Fiscal. Cada R$ 50 em compras dá direito a uma cartela, que deverá ser preenchida com os dados solicitados e depositada nas urnas existentes nos estabelecimentos, na Aciab ou prefeitura. Os sorteios serão realizados nos dias 25 de julho, 2, 14 e 26 de agosto pela Aciab, com transmissão ao vivo pelas redes sociais da entidade.

Aqui É Muito Bom”

AGENDA

12 de julho:

12h: Reunião Almoço da Cacis, em Estrela

17h: 5º Feirão do Comércio, Canabarro, em Teutônia

13 de julho:

20h: Jantar Baile Chopp na Comunidade Glória, em Estrela 20h: 21º Jantar Baile do Colégio Teutônia

EM SINTONIA

Veja as matérias completas no site: jornalng.net.br

- A Cacis Mulher promoveu o encontro mensal do núcleo empresarial, na sede da entidade, durante a noite de segunda-feira, dia 8. Contou com a palestra da engenheira química, Franciele Diehl, sócia-fundadora da Eco Diehl Saneamento e coautora do livro ‘Negócio 360°’.

- A Cacis Estrela realiza a tradicional reunião-almoço nesta sexta-feira, dia 12. Com foco no desenvolvimento empresarial, o destaque do evento será a palestra intitulada ‘Cultura forte e liderança’, conduzida pelos sócios-proprietários da Quiero Café, Matheus Fell e Luis Felipe Wallauer Ferreira.

- A CIC Teutônia promove almoço empresarial no próximo dia 25 de julho, a partir das 11h45min. Contará com a palestrante Cristiane Cunha, com o tema “Desafios e Oportunidades da Jornada Empreendedora.

- A Vida Farmácias na cidade de Estrela foi inaugurada no dia 5 de julho. Anteriormente conhecida como FarmaServe Farmácia, localizada na Rua Coronel Flores, 279, no centro da cidade.

- O Sistema Cresol realizou o 3º sorteio da campanha “Cooperar é Ganhar” no dia 1º de julho. É a maior campanha de prêmios do cooperativismo de crédito nacional. Ao todo, a Cresol já premiou 330 cooperados com o valor R$ 1,5 mil. Até o fim da campanha serão sorteados mais de R$ 6 milhões, contemplando milhares de cooperados.

- O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Teutônia, Westfália e Poço das Antas promove, entre os dias 22 e 26 de julho, o Sabores da Colônia. O evento faz parte da comemoração ao Dia do Colono e do Motorista, da Juventude Rural, Agricultor e os 200 anos da Imigração Alemã. Ele ocorre na sede do sindicato, no Bairro Languiru, em Teutônia.

Movimento do Bem

Contribua com o Conselho da Criança e Adolescente e o Conselho do Idoso de Estrela. Cuidar de nossos entes queridos é desenvolver nosso presente, preservar o futuro e nossa história! Para mais informações (51) 3981-1040.

Construção de 100 moradias deve iniciar no próximo mês

Resultado do chamamento público foi aberto no dia 10 de julho e passa pela análise do setor de licitação. Expectativa é que empresa seja divulgada na próxima semana

Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br

ESTRELA

Oprimeiro passo para construção de novas residências foi dado em Estrela. A empresa selecionada para construção de 100 unidades habitacionais definitivas no município deve ser divulgada na próxima semana. As residências devem ser levantadas na localidade de Nova Morada, em terreno de propriedade da administração municipal.

O edital de chamamento público foi aberto no dia 10 de julho. Os documentos ainda estão em análise do setor de licitação. O espaço deve contar com escolas, uma unidade de saúde e centro de referência de assistência social. Após habilitação da empresa, a tramitação ocorre

por meio da Caixa Econômica Federal. A responsável pela obra deve fornecer o projeto e também executar as intervenções. A expectativa é que a ordem de início das obras seja assinada até agosto.

Os prédios serão levantados de forma vertical e com quatro andares em cada estrutura. As residências aprovadas até este momento contemplam a faixa 1 e 2 do programa Minha Casa Minha Vida Calamidade, com renda familiar de até R$ 4,4 mil.

A preferência para ocupação das moradias devem ser de pessoas que atualmente dependem de aluguel social e que tiveram as casas condenadas. Devido à instalação de novos espaços, os acessos também devem ser construídos. Um dos objetivos é interligar os bairros Nova Morada e Pinheiros.

Com as outras 800 unidades habitacionais aprovadas recentemente, o município contabiliza mais de 900 residências. As casas serão construídas em terreno de oito hectares. Com a aprovação do plano, a prefeitura fica apta a elaborar o edital de chamamento público.

Somente em Estrela, são mais de 2 mil casas destruídas ou danificadas, com prejuízo de aproximadamente R$ 240 milhões.

Somente em Estrela, são mais de 2 mil casas destruídas ou danificadas, com prejuízo de aproximadamente R$ 240 milhões.

Casas no Boa União

As residências anunciadas pelo governo estadual, por meio do programa A Casa é Sua Calamidade, serão construídas no bairro Boa União, com terrenos já em preparação. Ao todo, são 40 unidades residenciais para pessoas atingidas pela enchente no município.

As unidades devem ser construídas em cerca de 120 dias. Com isso, a expectativa da Secretaria de Desenvolvimento Social e Habitação (Sedeh) é que as primeiras famílias sejam contempladas com a habitação definitiva até

o fim do ano.

De acordo com o programa estadual, as casas precisam ter, no mínimo, 40 metros quadrados de área construída e possuir infraestrutura básica, como rede de água, energia elétrica e solução de esgoto sanitário, além de estar fora de áreas de risco.

As residências serão divididas em dois espaços. Vinte casas em frente à Emef Ruth Markus Huber, na Rua Adão Henrique Fett, e o restante na Rua João Crestani. Os terrenos já estão em fase de preparação para receber as obras.

Residências devem car localizadas no Nova Morada em terreno de propriedade do município

EZEQUIEL NEITZKE

Contraturno escolar retoma atividades em agosto

Aulas no turno inverso iniciam no dia 5, após recesso das escolas. Atendimento estava suspenso desde maio. Reforço é direcionado aos alunos dos 1º a 3º anos do Ensino Fundamental

Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br

ESTRELA

As aulas do contraturno escolar estão previstas para recomeçar em 5 de agosto, após o período de recesso nas escolas. O atendimento no turno inverso estava suspenso desde maio devido à destruição de locais necessários para garantir o acolhimento aos estudantes da rede municipal de ensino. Além disso, as alterações de

rota dos transportes escolares impediram o deslocamento dos alunos aos espaços de convivência. Devido ao remanejo de estudantes em escolas

atingidas a outros educandários, também foi necessário fazer um remapeamento da rede de ensino. Mais de 115 alunos foram morar em outras

localidades do município. A partir disso, outros espaços foram organizados para receber as turmas, sobretudo no interior, afirma a Secretaria de Educação. A partir do próximo mês, as aulas do turno inverso ocorrem nos espaços Mais Aprender da Linha Geralda, na Associação dos Servidores Públicos Municipais de Estrela (Aspume), nas dependências do Serviço Social da Indústria (Sesi) e nas Emefs La Salle, Pedro Jorge Schmidt, Arnaldo José Diel. Diante do cenário de mudanças e famílias que ainda estão abrigadas, a secretária Elisângela Mendes aponta o turno inverso como uma iniciativa para manter os alunos em ambiente de aprendizado, principalmente neste período. “O atendimento no contraturno não é obrigatório, mas existe para atender às necessidades da comunidade escolar”,

afirma.

A secretária explica que os ônibus escolares antes direcionados ao contraturno foram deslocados para atender os estudantes da Emef Leo Joas, que precisam se deslocar até a escola Odilo Afonso Thomé. “Foi preciso avaliar o cenário e com o aumento da frota, com três veículos, foi possível organizar a retomada do turno inverso”, ressalta Elisângela. Outro entrave estava relacionado à alimentação. A cozinha central, atingida pela enchente, fornecia refeições a todas escolas da rede municipal. As atividades foram remanejadas para outro espaço para garantir o fornecimento de lanches e almoços aos alunos.

O contraturno é oferecido a todos os alunos matriculados entre os 1º e 3º anos do Ensino Fundamental. São mais de 700 estudantes atendidos e a pasta prepara abertura de mais 80 vagas. Além disso, quase 50 profissionais são direcionados para desempenhar atividades com as crianças. No turno inverso, as crianças têm à disposição atividades de reforço escolar, educação física, música, dança, canto e oficinas de culinária.

Mais de 700 crianças são atendidas no contraturno escolar

ZIQUE NEITZKE

Estrela confirma primeiro óbito por dengue em 2024

Em meio ao crescimento de casos, município se aproxima de mil confirmações da doença e é a cidade mais infestada do Vale do Taquari. Período de cheias e altos volumes de chuva eleva preocupação para o cenário no próximo ano

ESTRELA

Em meio ao aumento expressivo de casos por dengue, Estrela registra o primeiro óbito pela doença em 2024. A vítima é um homem de 84 anos, residente do bairro Auxiliadora. A morte foi confirmada pelo setor de Vigilância Epidemiológica do município nessa quinta-feira, 11. Já são quase mil casos confirmados na cidade. São 988 registros da doença neste ano, afirma a coordenadora Carmem Hentschke. O número é superior ao registrado ao longo de 2023, que foi de 919 casos. Com mais um episódio de inundação em grande parte da cidade, a infestação do mosquito Aedes aegypti deve se agravar. Somente em maio foram quase 200 registros.

Na avaliação da coordenadora, as cheias do ano anterior contribuíram

para o aumento da infestação do mosquito no início de 2024. Com a enchente de maio e a grande quantidade de chuvas, a situação deve se repetir, devido aos entulhos que podem servir como criadouro para larvas do Aedes aegypti. “Apesar do frio, nossos casos não param de subir e continuamos sendo o município com maior número de confirmações na região. Neste momento, temos a preocupação com as casas destruídas, com diversos focos de mosquito. Nosso receio é que no ano seguinte, a situação seja semelhante ou pior que agora”, comenta Carmen. Com as ações de combate

ao mosquito retomadas, a Secretaria de Saúde direciona as atividades na busca de minimizar a infestação pelo inseto. Os agentes de endemias focam neste momento em bairros atingidos pela cheia. Também é feita a aplicação de larvicida e BTI para conter a proliferação do mosquito, sobretudo em piscinas.

Cuidados necessários

A coordenadora destaca que a quantidade de mosquitos em circulação deve aumentar nos próximos meses. Mesmo com as baixas temperaturas, a orientação é o uso de

Município se aproxima dos mil casos da doença. O número é superior ao registrado ao longo de 2023

repelente e roupas longas.

“Percebemos que as larvas do mosquito estão se adaptando ao frio. Mesmo com baixas temperaturas, há a reprodução do inseto. Para tentar minimizar o cenário, também estamos contratando profissional de Biologia para acompanhar os agentes in loco”, explica.

A semelhança de sintomas entre dengue e leptospirose também é uma preocupação

Apesar do frio, nossos casos não param de subir e continuamos sendo o município com maior número de casos na região. Neste momento temos a preocupação com as casas destruídas, com diversos focos de mosquito. Nosso receio é que no ano seguinte, a situação seja semelhante ou pior que agora.”

para a Secretaria de Saúde. Segundo Carmen, grande parte dos pacientes fazem o teste para as duas doenças. No entanto, o número de casos de dengue se sobrepõem.

Testes

No fim do mês de abril, a Vigilância Epidemiológica fez o terceiro “Teste de Ovitrampas” no ano. No entanto, algumas ovitrampas foram levadas pelas águas, sobretudo as instaladas nos bairros mais atingidos. Desta forma, o resultado do levantamento fica comprometido. Além disso, o Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) previsto para maio não pôde ser feito. O próximo está agendado para agosto.

Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br

Carmem Hentschke coordenadora da Vigilância Epidemiológica

ARQUIVO

Índice de vacinação contra influenza segue abaixo do esperado

Cerca de 40% do público-alvo recebeu a dose do imunizante. Diante de baixas temperaturas, baixa adesão à vacina favorece cenário de doenças respiratórias

Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br

ESTRELA

Oíndice de imunização contra o vírus da influenza segue abaixo do esperado em Estrela. A cobertura vacinal dos grupos prioritários, que englobam gestantes, puérperas, crianças até seis anos, profissionais de saúde e professores, contabiliza a aplicação de quase 7 mil doses, que corresponde a 36,7% do público-alvo, conforme dados da Secretaria de Saúde do município.

A campanha de vacinação contra a Gripe Influenza foi ampliada devido à baixa adesão ao imunizante, também em consequência dos eventos climáticos que atingiram o estado. A

aplicação da vacina segue disponível para todas as pessoas acima dos seis meses de idade enquanto houver doses nas unidades de saúde. A coordenadora da Sala de Vacinas de Estrela, Ana Carolina Lopes, diz que a pouca procura pelo imunizante também foi registrada em anos anteriores. No entanto, neste ano, muitas pessoas afetadas pela cheia tiveram dificuldades em se deslocar até as salas de vacinação. “Há pessoas que perderam a caderneta ou que trocaram de endereço, o que limita a busca por parte das unidades de saúde”, explica.

Temperaturas baixas preocupam

A chegada das baixas temperaturas agrava o cenário de doenças respiratórias no município. Na avaliação da coordenadora, a imunização é a melhor maneira de prevenir casos graves contra a gripe. A baixa procura pela vacina impacta no número de atendimentos nas casas de saúde de Estrela. De acordo com a Secretaria de Saúde, nas unidades básicas houve aumento de mais de mil consultas no mesmo período entre junho

e julho, justificado pela maior quantidade de atendimentos às doenças respiratórias. No P.A.+ de Estrela, o cenário crescente é parecido. Foram cerca de 100 atendimentos a mais em relação ao mês anterior.

“Durante o inverno, as pessoas ficam mais vulneráveis, porque muitas delas ficam desprotegidas. Em relação às crianças, percebemos que muitos pais optam por não fazer a vacina, mesmo sendo um imunizante popular e há muito tempo conhecido pela sociedade”, comenta Ana Carolina. Com o objetivo de aumentar a cobertura vacinal, há campanhas em andamento para facilitar o acesso ao imunizante. Na área rural, por exemplo, ônibus se deslocam até as comunidades.

Vacinação nos abrigos, em empresas e também na feira do produtor rural também ocorreram ao longo de junho para alcançar uma parcela maior da poupança do município.

Além disso, a UBS Central abre pelo menos uma vez ao mês para possibilitar que as pessoas possam aplicar a vacina no fim de semana. O próximo dia D de Vacinação ocorre neste sábado, 13, das 8h às 12h.

Campanha de vacinação contra a gripe In uenza foi ampliada devido à baixa adesão ao imunizante

EGR publica edital para construção de rótula no Boa União

Abertura das propostas ocorre em 25 de julho. Além da rotatória, melhorias na RSC453, entre Estrela e Garibaldi, também estão previstas. Período de obras deve durar cerca de 30 dias

Karine Pinheiro karine@grupoahora.net.br

ESTRELA

Com a publicação de um novo edital, a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) renova a promessa para construção de uma rotatória no bairro Boa União, no trecho urbano da RSC453, em Estrela. O ponto é considerado um dos maiores gargalos de trânsito no município. A expectativa é iniciar as obras até setembro, caso o processo licitatório não sofra impedimentos. A demanda é reivindicada pela comunidade há anos devido ao perigo constante no entrocamento entre a rodovia estadual e a Rua João Lino Braun. Um estudo viabilizado pelo Departamento de Trânsito do município aponta que, pelo menos, 22 mil veículos

circulam por dia na Rota do Sol, além de ressaltar o risco de acidentes no local. Após a conclusão, a rotatória deve facilitar o fluxo para garantir a redução de velocidade dos veículos. De acordo com a EGR, o prazo de finalização das obras é de aproximadamente 30 dias após o início das intervenções. A estimativa da estatal é investir em torno de R$ 300 mil exclusivamente na rótula.

A abertura das propostas para contratação de empresa para executar as obras ocorre em 25 de julho. As iniciativas fazem parte de um conjunto de melhorias para melhorar o tráfego entre o município e a rodovia estadual. A rotatória será instalada em área de terra localizada em frente à rua João Lino Braun.

A empresa assumiu a responsabilidade da obra ainda em 2022. Em março de 2023, os gestores garantiram a construção até o fim de junho. Mais tarde, em agosto, a EGR indicou o início para a segunda quinzena de novembro. Com os prazos descumpridos, o primeiro edital foi publicado no fim de abril, mas foi suspenso devido às cheias.

Solução

De acordo com um estudo de trânsito, a construção da rotatória é a principal solução

Rotatória deve ser construída em terreno do município. Obra integra plano de melhorias na Rota da Sol

para melhorar o tráfego e garantir segurança aos motoristas. O projeto prevê a extinção de conversões à esquerda aos veículos que se deslocam do Centro em direção ao Boa União, bem como se direciona à Serra com saída do bairro. As mudanças no acesso ao bairro Pinheiros também estão previstas. A avenida João Fell, entre a Rota do Sol e a BR-386, é uma alternativa para veículos de grande porte circularem entre as rodovias. Para o local, foi sugerida a construção de uma intersecção. Quase 15% do fluxo é composto por veículos pesados.

Na Rota do Sol

A construção da rotatória integra um projeto de recuperação total da RSC453, no trecho entre Estrela e Garibaldi. O cronograma de obras também prevê melhorias na ERS-128, entre Fazenda Vilanova e Teutônia. Conforme a EGR, o objetivo é reduzir riscos de acidentes e garantir um deslocamento seguro para os condutores que circulam pelo local. O investimento previsto nas rodovias é de R$ 13,8 milhões.

KARINE PINHEIRO

Cidade alemã confirma parceria com Teutônia

Ideia é promover intercâmbios entre entidades culturais e educacionais a partir de 2025

Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

TEUTÔNIA

Teutônia e Mengerschied, no sudoeste da Alemanha, celebraram a confirmação de um intercâmbio cultural entre as comunidades. No domingo, 7, uma live oficializou a parceria entre as duas cidades.

A responsável pela Secretaria de Juventude, Cultura, Esporte e Lazer, Glaci Kunzler Dickel, destaca que a relação entre Teutônia e diversas cidades alemãs já é antiga, com inúmeras viagens de grupos folclóricos e orquestras ao longo dos anos.

A confirmação da parceria ocorreu durante uma quermesse em Mengerschied, onde diversas famílias estavam reunidas em uma live. “Foi uma emoção muito grande”, relata Glaci. Ela cita que no ato de assinatura, hastearam a bandeira de Teutônia e do Rio Grande do Sul, bem como decoraram todo o salão com

símbolos do Brasil.

Durante a live, foram apresentadas fotos de Teutônia que mostram a sequência da imigração, bem como orquestras e alunos do Colégio Teutônia que já visitaram Mengerschied.

“Estamos festejando 200 anos da imigração alemã, e nada melhor do que firmar essa parceria este ano. Vamos muito passear para lá, e eles vêm muito para cá.”

A secretária ressalta que as cheias de maio fizeram com que a administração municipal de Teutônia transferisse para outubro a assinatura do contrato de parceria, com isso, ela acredita que neste ano não haverá tempo suficiente para organizar viagens para a Alemanha.

Glaci visitou a cidade alemã no fim da década de 90, quando coordenava grupos de danças folclóricas de cidades vizinhas a Teutônia, e lembra que muitos que participaram desses intercâmbios voltaram para trabalhar nas cidades alemãs.

Projeto aprovado em abril

O projeto de lei que firmou esse convênio entre os dois municípios foi aprovado por unanimidade em abril. O

objetivo da parceria é organizar e subsidiar viagens de intercâmbio de até dez pessoas. O movimento surgiu a partir de uma busca pela origem da família Schaeffer e que foi identificado um antepassado no município da Alemanha. Em julho do ano passado, uma turnê da Orquestra do Colégio Teutônia começou justamente por Mengerschied. Lá, a comitiva brasileira estreitou laços com os alemães, e no fim de 2023 uma indicação de dois vereadores encaminhou a proposta ao Executivo.

A intenção de vínculo entre as cidades não contempla uma situação mais elaborada em um primeiro momento, como formação de profissionais ou algo do gênero, até por Mengerschied se tratar de um município de menor porte. No início serão apenas trocas de visitas.

Conheça a cidade

A cidade está localizada no distrito de Rhein-Hunarück, no estado da RenâniaPalatinado, no sudoeste da Alemanha. A cidade de 9,5 quilômetros quadrados de área e uma população de 728 pessoas de acordo com a última atualização em dezembro de 2022.

Grupos Folclóricos se preparam para receberem os alemães

Estrela recebe, no dia 6 de agosto, mais de 40 integrantes dos grupos de danças alemãs pomeranas que vêm da cidade de Erlangen, do estado da Baviera, na Alemanha. Os dançarinos farão uma linda apresentação, com música ao vivo, no salão social da Soges. O evento inicia às 20h.

Ingressos para assistir ao espetáculo podem ser adquiridos por 2 kg de alimentos não perecíveis. Há limite de público. O evento é uma parceria entre os Grupos Folclóricos, a Comunidade Evangélica, Colégio Martin Luther e Soges. Essa será a terceira vez do Grupo Ihna a se apresentar no município. O grupo ficará hospedado pelos dançarinos estrelenses. Os Grupos Folclóricos de Estrela também estiveram duas vezes se apresentando em Erlangen, localizada na Baviera, sul da Alemanha.

Andréas Hamester

Projeto de lei que rmou esse convênio entre os dois municípios foi aprovado por unanimidade em abril

DIVULGAÇÃO

aepan.ong@gmail.com COM AIRTON

Coro Orfeônico de Estrela

Durante os festejos do Jubileu de Diamante de Estrela, em 1951, o Coro Orfeônico realizou uma apresentação memorável no dia 24 de maio. Nessa ocasião, o coro encantou a todos com a primeira execução do Hino da Festa de Diamante, que logo se tornaria o hino oficial da cidade. A letra foi escrita pelo Padre José Junges, e a melodia composta pelo talentoso maestro Vendelino Deves. Este evento marcou um momento significativo na história cultural de Estrela, pois o hino rapidamente se tornou um símbolo de identidade e orgulho para a comunidade. Ao longo dos anos, o hino foi adaptado para diversas efemérides, recebendo pequenas modificações que o mantiveram relevante e atual. O Coro Orfeônico de Estrela, com sua rica tradição e dedicação, foi um pilar na preservação e celebração das raízes culturais da cidade, perpetuando a herança musical iniciada naquele distante 24 de maio de 1951.

Adolfo Guilherme Frederico Ziebell

Adolfo Guilherme Frederico Ziebell, nascido em 24 de agosto de 1903, em São Lourenço do Sul, foi um destacado professor e musicista em Estrela. Casado com Helga Vier desde 20 de outubro de 1943, Adolfo dedicou sua vida à promoção da música e da dança folclórica alemã. Percorrendo diversas cidades brasileiras, Adolfo ensinou música e dança folclórica, deixando uma marca significativa por onde passou. Ele foi, juntamente de sua esposa, o primeiro casal instrutor de danças do Grupo de Danças Folclóricas Alemãs em Estrela. Além de sua atuação como instrutor, Adolfo fundou o conjunto musical Zíngaros Alegres e foi um dos criadores do tradicional Festival do Chucrute em 1966, evento que se tornou um marco cultural em Estrela. Adolfo Guilherme Frederico Ziebell faleceu em 16 de maio de 1981, em Estrela, deixando um legado duradouro na cultura e na música folclórica da região. Sua paixão e dedicação continuam a inspirar gerações, mantendo vivas as tradições que ele tanto valorizava.

Os lustres do Santuário Santo Antônio

Dragutin Carlos Hirtenkauf, um técnico da antiga Cervejaria Polar de Estrela, deixou um legado luminoso e duradouro no Santuário Santo Antônio. Nascido em 24 de março de 1934, em Mitrovica, Montenegro, na então Iugoslávia, Dragutin era filho de Eva e Petar Hirtenkauf. Em 1957, ele se deslocou para Munique para aperfeiçoar seus conhecimentos na fabricação de cerveja. Casado com Dinah de Azambuja, ele faleceu em 30 de agosto de 1976 e foi sepultado no Cemitério Católico em Estrela. Católico fervoroso, Dragutin demonstrou sua devoção de uma maneira especial antes de sua morte. Ele desenhou e produziu os magníficos lustres que até hoje iluminam divinamente o Santuário Santo Antônio. Esses lustres são fontes de luz, mas também símbolos da fé e do talento de Dragutin, mantendo viva a memória de seu criador e enchendo o santuário de uma beleza eterna que inspira todos os que o visitam.

Rainha do

Centenário de Estrela

Rejane Pochmann de Quevedo teve a honra de ser escolhida como a Rainha do Centenário de Estrela, desempenhando um papel central em todas as solenidades e festividades comemorativas dessa data marcante. Sua presença foi celebrada em inúmeros eventos, onde ela representou com graça e dignidade a comunidade de Estrela. A beleza e o carisma de Rejane foram eternizados em um disco especial, cuja capa destacava a Rainha do Centenário. Este disco que celebrou a efeméride e se tornou um símbolo do orgulho e da alegria da cidade durante as comemorações. Rejane Pochmann de Quevedo, com sua elegância e dedicação, deixou uma marca indelével na história de Estrela, tornando-se uma figura inesquecível na memória coletiva da cidade durante esse período de celebração centenária.

Feirão do Comércio estima mais de

R$ 700 mil em negócios em Teutônia

Programação ocorre no Pavilhão da Comunidade Católica do Bairro Canabarro

Ezequiel Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

Teu T ônia

O5º Feirão do Comércio de Teutônia inicia nesta sextafeira, 12, e se estende até domingo. O evento é uma promoção da CIC Teutônia e ocorre no Pavilhão da Comunidade Católica, no Bairro Canabarro. Com entrada gratuita, são três dias de promoções, descontos, preços e condições especiais de pagamento. A abertura oficial do Feirão está marcada para 17h, com funcionamento até as 22h. No sábado, o horário será das 8h às 19h, e no domingo, das 9h às 18h.

No total, são cerca de 50 estandes de 32 lojas participantes, todas de Teutônia, de diversos segmentos – vestuário, calçado, cama, mesa e banho, bazar, cosméticos, óticas, relojoarias, colchões, vinhos, acessórios de telefonia, livraria, artesanato, produtos de limpeza, informática, produtos coloniais, entre outros. O local também conta com praça de alimentação, chimarrão e espaço para crianças, com brinquedos infláveis. Também ocorre

ação social com feira de adoção de animais (Apante e Patas Solidárias).

Gerente financeiro e de eventos da CIC Teutônia, Alexandre Blömker estima chegar ao mesmo nível da última edição, com mais de R$ 700 mil em negócios. Cita que na última reunião, os expositores se mostraram muito otimistas quanto a isso. “O Feirão do Comércio é uma oportunidade de negociação para empresas e clientes”, afirma.

Blömker comenta que os expositores realmente entenderam que o evento é sinônimo de preço baixo, de giro de estoque e, por isso, ele se torna atrativo. “Esperamos grande público nos três dias, clientes de Teutônia e também de municípios vizinhos”, destaca.

Edições anteriores

A primeira edição do Feirão do Comércio de Teutônia ocorreu em 2017, no Ginásio Ernani Júlio Sippel, no Bairro Canabarro. Contou com 32 expositores em 41 estandes e registrou cerca de R$ 200 mil em vendas.

Entre eles estava a empresária Marla Bornholdt Teifeld, da Lojas Márcia. Ela destaca que a participação sempre foi muito positiva. “É um momento de tirar itens do depósito, que estão parados. Girar o estoque e apresentar a empresa.”

Para o fim de semana, a expectativa é muito boa.

“Devido ao clima de frio e ao cenário de muitas pessoas estarem procurando peças de melhor preço, acredito que teremos ótimas vendas”, projeta a lojista.

Desde a segunda edição, o evento ocorre no Pavilhão da Comunidade Católica do Bairro Canabarro e apresenta registros crescentes em vendas. No ano passado, nos 50 estandes foram registrados R$ 700 mil em comercialização.

É um momento de tirar itens do depósito, que estão parados. Girar o estoque e apresentar a empresa.”

Marla Bornholdt Teifeld empresária

Esperamos grande público nos três dias, clientes de Teutônia e também de municípios vizinhos.”

Alexandre Blömker

Gerente financeiro e de eventos da CIC Teutônia

DIVULGAÇÃO

Espaço no Pavilhão da Comunidade Católica terá

Imigrante participa do Projeto Rota dos Capitéis

Roteiro varia de 330 a 866 quilômetros. Passa também por oito municípios da Serra Gaúcha

IMIGRANTE

Carregado de simbolismo, o projeto “Rota dos Capitéis – Caminhos da Imigração e da Fé” começa a sair do papel. A iniciativa, criada em 2020 e em execução desde então, oficializou o início da etapa de sinalização do roteiro em ato na sexta-feira, 5, em Bento Gonçalves. O local escolhido para celebrar o marco foi em frente à Igreja Santo Antônio, ponto que determina o início e o fim do percurso.

Imigrante, participante do roteiro, esteve representado pelo Secretário de Cultura,

Desporto e Turismo Charles Porsche, da servidora da pasta Mariane Wahlbrinck Fischer, da sócia-proprietária da Agência de Viagens Imitur e do Frei Blásio Kummer, que também fez a benção do roteiro.

A Rota dos Capiteis integra Imigrante e mais nove municípios – Bento Gonçalves, Boa Vista do Sul, Carlos Barbosa, Coronel Pilar, Farroupilha, Garibaldi,

Expectativa é que rota esteja pronta em 2025 para receber o público

Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira e Santa Tereza em um roteiro regional de 330 quilômetros. Há, também, 33 rotas circulares, que somam 866 quilômetros. Ao todo, são 468 construções

Informações

9 cidades

468 construções religiosas

252 capitéis

175 capelas

23 grutas

16 igrejas

2 ermidas

religiosas (252 capitéis, 175 capelas, 23 grutas, 16 igrejas e duas ermidas) mapeadas e que receberão sinalização indicativa de pertencimento ao roteiro, com painel cultural trazendo informações sobre o local.

O percurso poderá ser feito pelos visitantes por meio de veículos motorizados, por ciclovia ou caminhada. Os caminhos estão sendo desenvolvidos segundo normas ABNT/ISO, pela empresa Nomas. A previsão é de que até o início de 2025 a “Rota dos Capitéis” esteja pronta para receber o público.

Jovem lança e apresenta primeiro livro

Camily Micaeli Moura é a primeira escritora da cidade. O livro, com 145 páginas, narra a história de uma garota de 19 anos que se torna historiadora

Apresentação da obra, com uma sessão de fotos e autógrafos, ocorreu no sábado passado no Restaurante Meneguini

Gabriel Santos gabriel@grupoahora.net.br

FAZENDA VILANOVA

Intitulado “Um amor florescente”, o livro da escritora Camily Micaeli Moura, 16, foi apresentado para a comunidade em um dia de autógrafos, em Fazenda

Vilanova, no sábado passado, 6.

A obra, com 145 páginas, narra a história de Park Sodam, uma garota de 19 anos que se torna historiadora e embarca em uma aventura para encontrar seu irmão desaparecido. Em sua jornada, ela conhece o príncipe herdeiro do palácio de Joseon, conhecido como “Príncipe de Gelo”, e enfrenta

desafios que mudarão sua vida para sempre.

A descoberta do talento de Camily para a escrita ocorreu durante um café literário, onde foi incentivada a continuar com as habilidades. Em uma Feira do Livro de Fazenda Vilanova, o proprietário da Editora e Livraria Kadernu’s, Carlos Jacó Hollmann, leu um trecho do rascunho do livro e se interessou em publicá-lo. Esse encontro foi o ponto de partida para o processo de finalização da história, revisão, editoração e impressão.

O evento de lançamento oficial ocorreu ainda em junho. Nesse sábado, familiares organizaram um momento de apresentação da obra com uma sessão de fotos e autógrafos no Restaurante Meneguini.

Conforme Camily, desde pequena houve o interessa pela leitura e pela criação de histórias. “O incentivo dos professores e da família me motivou a continuar escrevendo. Em fevereiro de 2023, ‘O amor florescente’ começou a tomar forma e hoje se torna realidade por meio deste livro”.

O livro “Um amor florescente” pode ser adquirido ao valor de R$ 30,00 junto à Editora e Livraria Kadernu’s, em Arroio do Meio. Também é possível adquirir o seu exemplar com a família, pelo WhatsApp da mãe da autora, Daniele: (51) 98541-0634.

“Ela não tinha computador”

A mãe de Camily, Daniele Luciane Moura, foi uma das incentivadoras e ressalta a importância do livro. “Quando ela começou ela não tinha computador. Tudo foi escrito no celular. Para nós é um orgulho muito grande. Desde o início acreditamos nela e ver ela desde cedo se interessando pela leitura é motivo de muita alegria”

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EZEQUIEL NEITZKE

ezequiel@grupoahora.net.br

Mercado do Regional

O meia Felipe Gedoz (foto), ex-Defensor (Uruguai), Brugge (Bélgica) e Seleção Brasileira acertou com o Juventude, de Guaporé.

O time da Serra também será o destino de outros três ex-atletas profissionais, o goleiro Vinícius Parise, o meia Marquinhos Guevedi e o atacante Lucas Fontanelli. Atual campeão, Estudiantes reforçou ainda mais o elenco. Jogadores como Romano e Zé Matheus, que estavam no Brasil, de Marques de Souza, na temporada passada, acertaram o clube de Lajeado. Campeão e uma das

principais lideranças do Juventude, de Westfália, o volante Joãozinho deixa o time alviverde e acerta com o Estudiantes para disputa da categoria titular.

O técnico Juliano Kern, o “Maninho”, está confirmado no Nova Berlim, de Canudos do Vale. Ele substitui Rogério Lourenço, o “Rocha”. Os primeiros pedidos do novo treinador foram as contratações do polivalente Cisso e do atacante Schmia. Um dos professores responsáveis pela escolinha CFM, Fernando Radaelli deve ser o treinador do 7 de Setembro, de Capitão.

OBITUÁRIO

GONDA GERHARDT, 79, faleceu ontem, 11. O velório ocorre na Capela Morro Vermelho, em Arroio do Meio. O sepultamento ocorre hoje, 12, às 15h, no Cemitério de Arroio do Meio.

ROMEU STEFFLER, 88, faleceu ontem, 11. O velório ocorre na Capela Mortuária de Travesseiro. O sepultamento ocorre hoje, 12, às 9h30min, no Cemitério Católico de Forqueta, em Arroio do Meio.

ELOI JOSÉ FEYH, 67, faleceu na quarta-feira, 10. O sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal de Taquari.

JOVANA BITENCOURT DE LIMA, 50, faleceu na quarta-feira, 10. O sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal de Roca Sales.

ALDIVA FONTANA, 61, faleceu na quarta-feira, 10. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico de Canjerana, em Canudos do Vale.

História mantida

Desde que foi rebaixado, o Lajeadense sempre conseguiu a classificação para as quartas de final da Divisão de Acesso. Muitas vezes, essa vaga veio no sofrimento, como na quarta-feira, quando nos instantes finais, o time marcou o gol da vitória. Para domingo, a torcida prepara uma grande festa para apoiar o clube na busca por uma vaga à semifinal.

Velhos

conhecidos

O adversário do Lajeadense tem no elenco dois jogadores com passagem pelo Lajeadense. O volante/meia Maylon, que foi revelado por Serginho Almeida nas categorias de base, e o atacante Dionas Bruno, que é natural de Teutônia.

CRUZADAS

Diz-se

Ter medo de Situação que estimularia a prática de crimes no Brasil Gravidez

Digno de recompensa "Equivalente" brasileiro do porquinhoda-índia

Leva o sangue ao coração

Pessoa que guia visitantes ou turistas

Expõe com palavras

Preguiçoso

Subir o tom de (a voz) Air Force (?), avião presidencial dos EUA Substâncias dadas a pessoas desfalecidas

(?) Lanka, o antigo Ceilão (Ásia)

A região do Acre Flocos de gelo (Met.)

Bigorna" (MPB)

e ele: nós

Corrida, em inglês Dois mais um (Mat.)

Morrer, em inglês

Anaïs Nin, escritora francesa feminista O ser que não tem partes (Filos.)

E, em inglês

Utiliza; emprega

Corpúsculos que gravitam em torno do Sol (Astr.) O primeiro viticultor

Não, em francês Feitio do ancinho

HORÓSCOPO

ÁRIES: As nanças estão protegidas, mas o dinheiro depende diretamente do seu esforço, tá? A paquera ganha impulso e ca mais animada do que esperava.

TOURO: A dois, você vai cobrir o par de carinho e viver momentos super românticos, especialmente em casa!

GÊMEOS: A conquista conta com excelentes energias e você tem tudo pra arrasar. Se tem compromisso, reforce os laços com o par.

CÂNCER: O astral segue perfeito na vida amorosa. Invista em uma conversa sincera para esclarecer um mal–entendido e melhorar ainda mais o romance.

LEÃO: Você e o mozão podem fazer planos para o futuro e até melhorar as contas do casal, mas invista também no romantismo.

VIRGEM: Um astral descontraído ajuda a sgar alguém interessante. Você e o love também estarão mais a nados e buscando segurança.

LIBRA: A química com o love tem tudo para crescer. Agir de maneira mais descontraída deixa os momentos a dois muito melhores.

ESCORPIÃO: Mantenha a paz com o mozão e aproveite para fazer algo mais animado junto com os amigos do casal.

SAGITÁRIO: Mostre mais dedicação ao relacionamento e faça a sua parte para manter o astral leve.

CAPRICÓRNIO: Uma dose extra de animação no romance ajuda a afastar a rotina. Com bom humor e descontração, você vai colecionar novos admiradores se está só.

AQUÁRIO: No trabalho, talvez tenha que ser mais exível para se adaptar a alguns imprevistos.

PEIXES: Um lance recente pode se rmar, mas se ainda não tem alguém em vista, isso tem tudo para mudar rapidinho.

Primeiro tópico da data, em português

Oersted (símbolo)

(Bíblia)

dos americanos cujos ancestrais foram escravos negros Droga, em inglês

Vitamina antigripal Eu, (?)

CORRIDA DE RUA

Circuito Dos Vales registra recorde de inscrições para etapa em Teutônia

Evento marcado para 28 de julho contabiliza 1,6 mil pessoas aptas a participar das modalidades de corrida, caminhada e ciclismo. É o maior público entre todas as edições da história da prova

Não há mais vagas para participar da etapa de Teutônia do Circuito Dos Vales/Omega Construtora. A prova ocorre no dia 28 de julho e representa o retorno do calendário após a enchente do início de maio. Foram registradas 1,6 mil inscrições para as corridas de 3, 5 ou 10 quilômetros, caminhada e ciclismo, o que representa um recorde histórico do evento em termos de público credenciado a participar de

uma edição específica. Conforme o integrante da comissão organizadora do Circuito dos Vales, Deivid Tirp, o número demonstra que a enchente não desmobilizou os participantes do circuito, considerado o maior de corrida de rua do interior do estado. “A volta do esporte também é importante e ficamos muito contentes pela procura das pessoas e especificamente com um lote solidário que criamos com 100% do valor revertido para uma ação voltada a enchente, o que representa cerca de R$ 9 mil”, especifica.

A prova ocorre no dia 28 de julho com largadas no pavilhão multiuso, junto ao prédio da prefeitura.

A organização do Circuito dos Vales prepara o calendário para o restante da temporada. O impasse são os estragos causados pela enchente. Depois da programação em Teutônia, serão mais três datas até o final no ano.

Após a suspensão da segunda etapa, o Circuito dos Vales/Omega Construtora retoma as provas de corrida, caminhada e ciclismo neste mês de julho

Projeto “Cultura em Movimento”

O projeto “Cultura em Movimento” no Circuito dos Vales 2024 apresenta diversas atrações artísticas ao longo de 2024. Em Teutônia, o show ficará por conta da Orquestra Henrique Uebel.

O Circuito dos Vales conta com o patrocínio de Omega Construtora e Incorporadora, Mega Compra, Do Estoque, Imec Supermercado, Uninter, Unimagem, Brasrede, Unimed e Óticas Carol. O apoio é de Divine Chocolates, Padaria Bruxel, Importados da Laura e Valecross. O projeto cultural conta com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura e patrocínio de Fasa, Metanox, Goemil, Girando Sol e Baldo. É uma realização do Jornal A Hora e do Ministério da Cultura – Governo Federal –União e Reconstrução.

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