A Hora – 11/07/24

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ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR

Quinta-feira, 11 julho 2024 | Ano 22 - Nº 3606 | R$ 5,00 (dia útil) R$ 9,00 ( m de semana)

FUNDO DE PARTICIPAÇÃO

Cota extra rende R$ 31 milhões ao Vale

Repasse constitucional contempla todos os municípios. Cidade mais populosa, Lajeado recebe maior aporte

Medida constitucional em vigor há uma década no país, a cota extra do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) garante R$ 31 milhões ao Vale do Taquari. Repasse adicional leva em consideração os mesmos critérios estabelecidos para os depósitos mensais

às prefeituras. Cidades mais populosas, como Lajeado, têm direito a um valor maior. Em paralelo, CNM e gestores públicos mantêm mobilização e defendem a necessidade de mais uma parcela a todo o RS, em virtude da queda na arrecadação.

OPINIÃO

RODRIGO MARTINI

Número que justifica a mobilização histórica

Desde o dia 10 de junho, cerca de um milhão de pessoas já utilizaram a Ponte de Ferro.

Dois meses sem respostas

MANANCIAIS DO VALE

OPINIÃO THIAGO MAURIQUE

Escola de qualificação projeta retomada

Aulas da primeira turma de motoristas capacitados pela Vale Log ocorrerão de 19 a 23 de agosto.

OPINIÃO FILIPE FALEIRO

Personagem da novela dos créditos emergenciais

Para uns vilão, para outros herói. Ministro Paulo Pimenta pediu mais rigor para liberação dos R$ 15 bilhões do BNDES.

PÓSCHEIAS

Evento debate intervenções nos rios e medidas econômicas

Reunião com autoridades hoje às 14h, aborda temas como desassoreamento e criação da Zona Franca do RS. Encontro será mediado pelo senador licenciado Luís Carlos Heinze no prédio 11 da Univates.

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A quinta etapa de análise aponta para maior contaminação por esgoto doméstico. Os piores resultados estão no arroio Lambari, em Encantado, e o Saraquá, em Santa Clara do Sul.

NESTA EDIÇÃO

CRÉDITO ÀS EMPRESAS Bancos iniciam operação com fundo social de R$ 15 bilhões

Governo federal aumenta rigor para que financiamentos especiais sejam acessados por empresas atingidas de maneira direta.

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Tragédia que devastou o Vale no início de maio deixa 47 mortos e 18 desaparecidos. Famílias vivem entre o luto e a esperança.

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BRAYAN BICCA
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Orecurso extra do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), anunciado esta semana pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), é uma medida constitucional. Há quase uma década, socorre administrações municipais no mês de julho, tradicionalmente um período complicado no aspecto fiscal. Não chega a ser um valor expressivo, mas é um aporte sempre bem vindo.

Para a região, são cerca de R$ 31 milhões. O valor varia conforme a faixa populacional de cada cidade. É natural que Lajeado, Teutônia e Estrela, por exemplo, tenham repasses superiores aos de Coqueiro Baixo, Canudos do Vale e Sério, por exemplo. Nem por isso as prefeituras de municípios menores se queixam.

“O

recurso [da cota extra do FPM] chega em boa hora, mas ainda é preciso mais”

Mas, por ser um recurso constitucional, também é importante lembrar que já estão previstos nos orçamentos municipais Ou seja, não é um montante que chega para suprir perdas decorrentes da enchente. É não mais do que um alívio momentâneo em meio às dificuldades enfrentadas pelas prefeituras no processo de reconstrução.

O recurso chega em boa hora, mas ainda é preciso mais. A mobilização de gestores em Brasília semana passada teve como uma das principais reivindicações a destinação de mais uma cota adicional do FPM. O governo federal, em maio, destinou um valor extraordinário apenas às cidades em situação de calamidade pública. A reivindicação, agora, é por uma destinação a todos os municípios gaúchos.

É verdade que algumas regiões não foram tão afetadas com a catástrofe climática de maio. Mas o RS como um todo sofre com a perda na arrecadação. Então, um olhar da União para essa demanda faz todo o sentido. O socorro aos municípios ainda não terminou.

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“A música me levou a conhecer lugares que eu nunca imaginei”

O violonista André SchmidtEly,31,percorre o mundo com a sua arte. Em uma recente turnê, comointegrantedogrupo AlejandroBrittesQuartet, fez28showspelolestedos EstadosUnidos.Eemagosto, olajeadensedeveretornarao paísnorte-americano,desta vezrumoàcostaOeste,para uma maratona de 50 shows.

Apaixãopelamúsica, quecomeçouaindana infância,permitiuqueEly viajasseparamaisdedez países,daAméricaLatina eEuropa.Alémdetocar comimportantesnomesda música nativista e brasileira.

Como começou sua paixão pela música e desde quando toca violão?

Desde muito cedo tive contato com a música, através da minha família e, sobretudo, do meu pai, Jair Ely. Ele sempre esteve envolvido com atividades musicais e artísticas regionais, tanto no CTG Bento Gonçalves que foi onde iniciei o aprendizado do instrumento, quanto no Grupo de arte e cultura Os Costeiros do Rio Taquari, onde ele foi um dos fundadores e o primeiro presidente.

Em que momento você resolveu transformar essa paixão em uma profissão? Não foi uma decisão tomada em um momento específico. Sempre digo que nem me lembro de não ser músico, justamente por ter começado desde muito cedo (11 anos). Acho que foi uma

possibilidade natural e que esteve presente constantemente durante a minha vida.

Se tivesse que marcar um fato pontual, eu diria que foi a chegada ao Brasil do acordeonista argentino Alejandro Brittes, quando eu tinha 17 anos. Na época, fui convidado a participar dos seus projetos, os quais participo até os dias de hoje.

O que te inspira para as composições?

Acho que são os mesmos momentos que inspiram uma pessoa no seu cotidiano. Qualquer situação, acontecimento, lembrança que provoque alguma emoção, seja felicidade, tristeza, saudade ou medo. Acho que a música é sobretudo isso, para além dos conhecimentos técnicos e teóricos é uma forma de expressar o que se sente. Uma forma de se comunicar com as pessoas, consigo mesmo, com a natureza, com o universo talvez. É bonito por ser complexo e simples ao mesmo tempo.

Qual o estilo musical com o qual tu te identificas hoje?

Eu gosto de muitos estilos, desde Jazz até música Clássica. Como violonista, escuto e toco muito repertório de violão brasileiro: Choro, Bossa Nova e MPB. Cresci escutando e tocando música Nativista e participando de festivais e concursos pelo CTG Bento Gonçalves. Então, a música do Rio Grande do Sul

sempre esteve presente na minha formação como músico e como pessoa. Hoje, além de gravações e participações em shows com grupos variados, sou integrante do Quarteto de Tango, da cantora Denise Lahude, e faço alguns trabalhos com o cantor Atahualpa Maicá. Mas meu principal trabalho é como violonista do acordeonista argentino Alejandro Brittes. Ele toca Chamamé, um ritmo que tem origem em uma microrregião do nosso estado, assim como Argentina, Paraguai e parte do Uruguai.

Chamamé era o gênero preferido do meu Pai e que profissionalmente também me deu as maiores oportunidades. Diria que é o ritmo que mais me identifico.

Muito se fala que para a música não há limites. Até onde ela te permitiu chegar?

A música me levou a conviver com pessoas e a conhecer lugares que eu nunca imaginei. Dentre os artistas poderia nomear Renato Borghetti; Yamandú Costa; Luiza Possi; Raul Barboza; Os Fagundes; Elton Saldanha e Lucio Yanel. Entre tantos outros que gravei e toquei, seja em um palco, numa roda descontraída de música ou em um camarim. Na América Latina, conheci países como Argentina, Paraguai e Colômbia. Já fui três vezes para a Europa fazendo turnês em Portugal; Espanha, Itália; França; Áustria; Alemanha e República Tcheca, com o Alejandro Brittes.

Filiado à
Fundado em 1º de julho de 2002 | Vale do Taquari - Lajeado - RS
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ACERVO PESSOAL

RECURSO FEDERAL

Repasse extra do FPM garante mais R$ 31 milhões aos municípios do Vale

Cota adicional no mês de julho está prevista na Constituição e completou uma década neste ano. Entidade mantém mobilização por novos aportes

VALE DO TAQUARI

Previsto na Constituição desde 2014, o repasse extra anual do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) vai contemplar a região com mais R$ 31,2 milhões. O recurso adicional será destinado às 38 cidades e segue os mesmos critérios da distribuição mensal, com coeficiente pré-definidos a partir de faixas populacionais. De acordo com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM), todas as cidades do país são beneficiadas com o repasse. Ao todo, o valor repassado pela União chega a R$ 8 bilhões de crédito e é resultado do percentual do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) contabilizados entre julho de 2023 e o junho deste ano. Do montante previsto ao Vale, Lajeado receberá o maior valor, cerca de R$ 3,1 milhões. O município melhorou seu coeficiente ano passado após a divulgação dos dados do Censo 2022, que confirmou o crescimento populacional e a mudança de faixa. Na sequência, aparecem Teutônia e Estrela, que terão um aporte de R$ 1,6 milhão cada.

Taquari, Encantado e Arroio do Meio também receberão repasses em valores acima de R$ 1 milhão, enquanto Arvorezinha, Bom Reti-

Luta histórica

Conseguimos criar uma emenda constitucional fruto de um amplo trabalho e mobilização. Essa contribuição permanente que só nesse período agora representa mais de R$ 8 bilhões aos cofres públicos”

PAULO ZIULKOSKI PRESIDENTE DA CNM

ro do Sul, Cruzeiro do Sul e Roca Sales serão contemplados com R$ 812,8 mil. As demais cidades que estão na menor faixa populacional, ganharão R$ 626,5 milhões de cota extra.

A cota extra surgiu a partir de uma emenda constitucional proposta pela CNM em 2013, num momento onde prefeituras de todo o país relatavam dificuldades fiscais. A iniciativa foi promulgada em julho de 2014, justamente num período do ano conhecido pela queda nos repasses aos municípios.

Mobilizações históricas de prefeitos ocorreram no período, com milhares de gestores municipais indo até Brasília para reivindicar o repasse extra. Na Marcha dos Prefeitos ocorrida naquele ano, foram mais de 5 mil participantes. Presidente da entidade, Paulo Ziulkoski lembrou da luta encampada à época e destaca o apoio recebido dos parlamentares na ocasião. “Conseguimos criar uma emenda constitucional fruto de um amplo trabalho e mobilização. Essa contribuição permanente que só nesse período agora repre-

Lajeado receberá R$ 3,1 milhões de repasse extra. Recurso já estava previsto no orçamento

Quanto cada cidade recebe:

Lajeado

R$ 3,1 milhões

Venâncio Aires* R$ 2,7 milhões

Estrela e Teutônia R$ 1,6 milhão

Taquari R$ 1,4 milhão

Arroio do Meio e Encantado R$ 1,2 milhão

Arvorezinha, Bom Retiro do Sul, Cruzeiro do Sul e Roca Sales R$ 812,8 mil

Demais municípios R$ 626,5 mil

senta mais de R$ 8 bilhões aos cofres públicos”, frisa.

Mais repasses

Em Lajeado, conforme o secretário da Fazenda, Rafael Spengler, o recurso já estava previsto no orçamento por se tratar de um repasse constitucional. A destinação pode variar, sendo mais provável a utilização para obras na cidade.

Além deste, o município recebeu, ainda em maio, uma cota extra do FPM, liberada pela União apenas às cidades que decretaram calamidade pública. “Esse é um recurso de R$ 5,8 milhões. Ele é

Fonte: Confederação Nacional dos Municípios (CNM) (*) Cidade na área de cobertura do A Hora, mas não faz parte do Vale do Taquari

utilizado conforme a demanda”, explica

A CNM pleiteia um segundo repasse extra às cidades gaúchas. O pedido foi reforçado durante a mobilização de prefeitos em Brasília na semana passada. A ideia é que, desta vez, também sejam contemplados os demais municípios do RS, mesmo os que não decretaram calamidade pública ou situação de emergência.

Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br
ALDO LOPES

A história conservada e o primeiro milhão

Areconstrução da icônica Ponte de Ferro entre Lajeado e Arroio do Meio é um dos marcos históricos da retomada do Vale do Taquari pós-catástrofe de maio. Ainda há quem critique tal movimento, é bem verdade, mas a história vai demonstrar quem estava certo e quem estava equivocado com relação à obra. E está tudo certo. É preciso respeitar todas as opiniões em um momento de colapso e fragilidade emocional. É do jogo. E o jogo está aí para ser jogado. Mas, e independente das opiniões diversas, é preciso aplaudir o número divulgado ontem pelos responsáveis pelo histórico movimento voluntário. Desde o dia 10 de junho, quando a primeira ambulância cruzou a travessia sobre o Rio Forqueta, aproximadamente um milhão de pessoas já utilizaram a estrutura de ferro e madeira. Um dado contundente e que justifica todo o esforço das empresas e agentes públicos envolvidos no processo. Mais uma vez, parabéns a todos!

Auxílio Reconstrução e o MPF

O prazo para entrega dos cadastros do programa Auxílio Reconstrução encerra amanhã. Paralelo a isso, o Ministério Público Federal (MPF) recomendou ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) que “adote as medidas necessárias para garantir a transparência em relação ao pagamento do apoio financeiro destinado às famílias desabrigadas ou desalojadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul”. De acordo com o MPF, deve ser publicado na internet, com atualização diária, um painel contendo o número de famílias cadastradas para receber o benefício por município, a quantidade de auxílios deferidos, em análise ou indeferidos em relação a cada uma das cidades afetadas. O apoio financeiro do governo federal prevê R$ 5,1 mil em parcela única.

rodrigomartini@grupoahora.net.br

Novas delegacias

Chefe da Delegacia Regional de Polícia Civil, Shana Luft Hartz trabalha desde a catástrofe de setembro do ano passado para realocar as diversas equipes e delegacias do Vale do Taquari. Na enchente de maio deste ano, por exemplo, as sedes em Lajeado e Encantado foram atingidas, assim como o terreno previsto para a nova delegacia de Arroio do Meio, no bairro Medianeira. Diante dos fatos, a delegada corre atrás das imobiliárias e dos gestores municipais para encontrar novos e seguros espaços para receber a corporação. Em Lajeado, a principal expectativa gira em torno do novo prédio anunciado para o bairro São Cristóvão, mas cuja licitação ainda não está finalizada. Já em Encantado, tudo indica que a delegacia será instalada próximo ao estacionamento do Fórum.

Novo encontro de prefeitos

A Famurs realiza o 42º Congresso de Municípios do RS nos dias 16 e 17 de julho, na Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), em Porto Alegre. No evento, que contará com a presença do presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o gaúcho Paulo Ziulkoski, serão debatidos assuntos referentes ao andamento das principais pautas municipalistas. Com o tema “Reconstruir é acreditar de novo”, a programação é voltada à reconstrução do estado e prevenção de novos eventos climáticos. Com isso, a “Casa Municipalist”a gaúcha visa promover um espaço ideal para buscar soluções que auxiliem os municípios e gestores a atravessarem esse momento desafiador e sem precedentes, considerado a maior tragédia climática da história do RS.

- As municipalizações de estradas estaduais avançam nos vales do Taquari e Rio Pardo. Em Lajeado, por exemplo, o Executivo municipalizou nos últimos anos as estradas de Conventos (ERS-421) e São Bento (ERS-413). Estrela não ficou para trás e resolveu municipalizar a popular “Trans Santa Rita”, no trecho entre a BR-386 e o acesso à área urbana da cidade. E o próximo movimento será em Venâncio Aires, com a VRS-816.

- Muito além de assumir a responsabilidade pela manutenção dessas “estrada urbanas”, a municipalização reduz a chamada “área de domínio do Daer” e permite mais empreendimentos e demais edificações às margens da pista. Ou seja, é mais geração de renda e impostos à comunidade.

- Em Lajeado, o governo municipal vai buscar um Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) para barrar o projeto criado, aprovado e promulgado na câmara de vereadores, e que prevê isenção total de IPTU a todos os imóveis atingidos pelas recentes enchentes. O prefeito poderia ter vetado a matéria, é claro. Mas a manchete seria muito mais danosa junto à opinião popular.

- Já em Arroio do Meio, e para desgosto de muitos ambientalistas e apreciadores da natureza, o projeto de uma estátua e um complexo turístico nos morros Gaúcho, São José e Ventania avançou nos corredores da prefeitura municipal. As críticas são do jogo. Assim como o empreendimento.

Lajeado X Gramado

Não há o que não haja. E a administração municipal de Lajeado se esforçou para criar uma desnecessária polêmica (ou seria uma piada?) na divisa entre os bairros Florestal e Moinhos, mais precisamente na Rua Irmão Emílio Conrado – que passou a ser chamada de “rua torta” por populares, em alusão ao famoso ponto turístico da cidade de Gramado. O fato é tragicômico. Diante da inércia para reestabelecer as condições necessárias de segurança naquela importante via de ligação entre os bairros, que restou muito avariada após as enchentes de setembro de 2023 e maio de 2024, o governo literalmente optou por desviar do problema. E a foto fala por si. Menos mal que o prefeito já mandou os responsáveis corrigirem imediatamente essa verdadeira “patacoada”.

LAJEADO E ARROIO DO MEIO

Exército aponta necessidade de ajustes em cabeceiras

Inclinação das cabeceiras é uma das preocupações de militares antes de iniciar a transferência da estrutura metálica pertencente ao Dnit para o Vale do Taquari

Obatalhão de engenharia do Exército avaliou nessa quarta-feira, 10, os locais que servirão de base para instalação da ponte que permitirá a travessia dos veículos de carga sobre o Rio Forqueta, entre Arroio do Meio e Lajeado. Os militares entregaram ao governo um ofício com apontamentos técnicos a serem analisados pelo setor de obras do município. Ao mesmo tempo, os dois municípios diretamente envolvidos no projeto intensificam a construção das bases e melhorias nos acessos. De acordo com a vistoria feita pelo exército, é preciso considerar a capacidade de suporte da ponte e a pressão dela nas extremidades; outra observação é sobre a inclinação no talude do aterro e ainda projetar o impacto hidráulico com o posicionamento da ponte. “Cabe ressaltar que a natureza emergencial da situação

impede a oportuna execução de estudos e projetos de engenharia para melhor assessorar a tomada de decisão”, complementa a nota. Conforme o prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, está prevista para esta sexta-feira, 12, a concretagem no lado de lado, ponto de partida da instalação da ponte pelo exército. “Vamos responder estes apontamentos técnicos e solicitar o início do deslocamento da ponte para o Vale”, explica.

O coordenador de serviços urbanos de Lajeado, Cassiano Jung, estabelece que as ações de responsabilidade do município estão na fase final e que todos os esforços foram feitos para construir a estrutura com capacidade de suportar o peso da ponte e permitir a passagem de veículos. “Vai ficar um apoio bem distribuído para a ponte estar estabilizada. Todas as observações para dar condições estão sendo observadas”, analisa.

Conforme vistoria feita pelo Exército, é preciso considerar a capacidade de suporte da ponte e a pressão dela nas extremidades

Sobre a ponte do Exército

No lado de Arroio do Meio a estrada em Forqueta Baixa, perto da propriedade de Silvério Gabriel, está próxima de ser concluída. Será o acesso para a travessia dos caminhões e carretas.

Em Lajeado, as intervenções ocorrem a partir da rua Romeu Júlio Scherer, no bairro Planalto. A ligação metálica suporta até 80 toneladas. Será alternativa aos veículos de carga que hoje utilizam a ERS-129.

Vamos responder estes apontamentos e solicitar o início do deslocamento da ponte para o Vale”

Vai car um apoio bem distribuído para a ponte estar estabilizada.”

CASSIANO JUNG

COORDENADOR

VALE DO TAQUARI
HENRIQUE

ÓBITOS E DESAPARECIMENTOS NA CHEIA

“Tentamos encontrar respostas, a gente tem que aceitar, mas é difícil”

Após a enchente histórica de maio deste ano, o Vale do Taquari contabiliza 47 mortes e 18 pessoas ainda estão desaparecidas. Familiares lidam com o luto, a incerteza e a busca por respostas

Mais de dois meses após a tragédia climática que atingiu o estado, famílias ainda vivem o luto ou a incerteza sobre a perda de algum familiar. No Vale do Taquari, as cheias causaram 47 mortes e 18 pessoas continuam desaparecidas. De acordo com dados do Departamento Médico-Legal (DML) de Lajeado, ainda há três corpos de Cruzeiro do Sul que aguardam confirmação da causa da morte e identificação. Caso se confirme, o número de óbitos passa para 50 e o de desaparecidos para 15. Na região, o corpo mais recente foi encontrado no domingo, 8, em Bom Fim, no interior de Cruzeiro do Sul. O corpo foi levado para exames no DML de Lajeado para apurar as causas e fazer a identificação. Nessa quarta-feira, a instituição também divulgou a identidade de dois corpos de Teutônia que estavam sob análise. As vítimas foram identificadas como Danilo e Ondina Sirlei Ferreira, de 45 e 50 anos.

“Rezo para que eles possam descansar”

Muitas das vítimas eram moradoras do bairro Passo de Estrela, em Cruzeiro do Sul. Na localidade, ainda estão desaparecidos Adriana Maria da Silva e o companheiro Jorge Lauri Rodrigues. Os dois moravam em uma casa próxima à igreja da comunidade. A estrutura foi destruída pela força das águas. “Estávamos há dois dias tentando tirar eles de lá, mas já não tinha como chegar”,

Vanessa, lha do casal desaparecido César e Bernardete, foi informada que os pais estavam na residência em Jacarezinho. Casa foi destruída por deslizamento

conta a sobrinha de Adriana, Paloma Gerevini, 31.

As águas atingiram o primeiro andar da residência durante a noite e logo o segundo piso também foi inundado. Adriana e Jorge foram para o telhado, sempre em contato com a família que, do outro lado da linha, buscava ajuda para o resgate. Conforme conta Paloma, a tia e ela ficaram em ligação naquela noite. Adriana contou quando parte da casa dos vizinhos caiu e quando a própria residência começou a se mover com as águas. A sobrinha ouviu a tia chorando quando Jorge foi levado pela correnteza junto com a casa e quando Adriana se segurou em um galho para se salvar.

“Não desliguei em nenhum momento. Ela estava cansada, fraca, com muito frio e já chorava muito”. Com outro celular, Paloma continuava pedindo ajuda.

Ela conta que um helicóptero passou pela localidade e resgatou outros vizinhos. Como ela estava em uma árvore, não a viram e o vento

fez Adriana se soltar. “Ouvi barulho de água, e ela chorando e soluçando. A partir daquele momento, nunca mais soube nada dela”.

Paloma e a família procuraram por Adriana em outros municípios, mas nem ela, nem Jorge foram encontrados. “Foi bem difícil. A gente não dorme, tem pesado, a gente escuta a pessoa te chamando o tempo inteiro, como se pedisse ajuda. A gente se culpa por não ter conseguido ajudar”.

A cada corpo que encontrado e encaminhado ao DML, Paloma vai ao local fazer o reconhecimento. Apesar de ainda viver entre o luto e a esperança, o que ela mais quer é trazer a tia para casa, assim como prometeu por telefone naquela madrugada da tragédia.

“Tentamos encontrar respostas, a gente tem que aceitar, mas é difícil. Rezo para que eles possam descansar e a gente também. Não sei se é mais difícil tu saber que a pessoa morreu ou não ter notícias”.

“É uma tormenta não saber”

Moradores de Linha Jacarezinho, em Encantado, César Gilmar das Chagas, 53, e Bernardete Marques da Silva, 49, também

estão desaparecidos desde o início de maio. Uma das filhas, Gicele Andressa Das Chagas, que reside hoje em Bento Gonçalves, mandava mensagem aos pais todos os dias. O último contato com o casal foi no dia 29 de abril.

“Não consegui contato no dia 30 e no dia 1° de maio consegui entrar em um grupo de moradores de Encantado e região. No dia 2, eu comecei a assistir as lives feitas pelos veículos de comunicação e consegui anunciar o nome dos meus pais ao vivo”, conta. Gicele diz que a polícia informou à irmã Vanessa Aparecida Das

Registros

Óbitos: 47

Desaparecidos: 18

Chagas, 38, sobre o relato de um vizinho confirmando que César e Bernardete estavam na casa, que ficava próxima ao posto do Pedrão e ao lado da residência de Josiane Machado, que morreu durante um deslizamento de terras na localidade durante os temporais. “Consegui falar com os filhos da Josiane. Eles não viram meus pais no momento do resgate da mãe deles”.

A jovem diz ter sido um momento difícil de buscas, em que não tinha muita informação. Ela chegou a vir à região com um grupo de voluntários que trazia mantimentos e ajudava na limpeza, mas não conseguiu acessar o local onde os pais residiam. Ontem, Gicele completou 23 anos, e este é o primeiro ano que passa a data sem os pais. “É uma tormenta não saber onde eles estão”.

No total, 182 óbitos foram confirmados no RS em e ainda há 31 pessoas desaparecidas.

No bairro Passo de Estrela, em Cruzeiro do Sul, Adriana Maria da Silva e o companheiro Jorge Lauri Rodrigues continuam desaparecidos

Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br
BRAYAN BICCA

PÓS-CHEIAS

Evento na Univates debate intervenções em rios e medidas econômicas

Desassoreamento é um dos temas propostos além da criação da Zona Franca do Rio Grande do Sul

Henrique Pedersini

henriquepedersini@grupoahora.net.br

Líderes do Vale do Taquari participam de um encontro na Univates nesta quinta-feira, 11. A reunião é coordenada pelo senador licenciado Luís Carlos Heinze (PP) e propõe um debate sobre desassoreamento de rios além de possíveis ações na área econômica. Com a participação de prefeitos e representantes de associações regionais, serão discutidas intervenções nos rios e arroios do

Evento hoje debate ações pós-cheias no Vale e no RS

Vale como o desassoreamento. A reunião inicia 14h.

Conforme Heinze, trata-se de um tema que recentemente ganhou apoio do Ministério Público e de seis ex-governadores do estado. “Implementei isso no Vale do Rio Pardo, em Candelária,

onde tem cinco municípios e outras três cidades do Vale do Botucaraí. É um projeto que está em andamento, com debates mais avançados e queremos adotar isso também no Vale do Taquari”, complementa.

Durante a programação, a

Emater apresentará dados sobre prejuízos em propriedades rurais na região. Além disso, participa o promotor ambiental Sérgio Diefenbach e o vice-presidente da bacia hidrográfica Taquari-Antas, Julio Salecker.

Zona franca do RS

No encontro também será apresentada a Proposta de Emenda a Constituição (PEC) que cria a Zona Franca do Rio Grande do Sul. O modelo foi apresentado no congresso pelo senador em exercício Irineu Orth (PP). A proposta engloba o Vale do Taquari e a região metropolitana, baseada na Zona Franca de Manaus.

O texto sugere a isenção de impostos federais, como de importação, exportação e

Principais pontos da PEC

- Criação da ZF-RS: Área livre de comércio, exportação, importação e com incentivos fiscais por 30 anos.

- Localização: Área delimitada por um raio de 20 km entre o Vale do Taquari e Eldorado do Sul. Beneficiários

Empreendimentos industriais de setores estratégicos localizados na área abrangente.

- Restrições: Proibição de transferência de empreendimentos já existentes para a nova zona.

- Regulação: A ZF-RS será regulamentada por lei complementar e revisada a cada cinco anos para avaliar impactos econômicos e sociais.

contribuição social. Além disso, a ideia é estabelecer uma área livre de comércio para setores como o de eletroeletrônicos, por exemplo. “É um projeto que busca atrair novos investimentos para o Vale do Taquari e revitalizar a economia afetada pelo desastre. Além disso, há a geração de empregos diretos e indiretos”, especifica Heinze.

VALE DO TAQUARI
ARQUIVO A HORA
LUÍS CARLOS HEINZE SENADOR

Após período sem atividades devido as dificuldades de mobilidade provocadas pelas enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul, a Escola de Qualificação de Motoristas Profissionais da Vale Log definiu o retorno das aulas. A primeira turma já está definida para os dias 19 a 23 de agosto, com participação de alunos de diferentes cooperativas do Estado.

Minuano

thiagomaurique@grupoahora.net.br

THIAGO MAURIQUE

Vale Log retoma aulas na escola de motoristas

As aulas ocorrem no laboratório da Escola, localizado na sede da Vale Log. Por mais de um mês, o espaço foi utilizado pelo escritório de contabilidade Vasconcelos, fortemente atingido pela cheia. Em nota, a empresa afirma que a cedência do espaço foi uma forma de cooperar com os conterrâneos, amigos e parceiros atingidos pela tragédia climática. Focado em desenvolver habili-

dades e competências pessoais e profissionais para o desempenho da atividade de motorista de caminhão, o projeto já certificou mais de 250 motoristas desde 2022. A iniciativa da Vale Log tem parceria com o Sistema Ocergs - Sescoop/RS, Central Rede Transporte e Fecoagro. Interessados em participar podem se inscrever pelo site coopervalelog.com.br.

retoma exportações após enchentes

A fábrica de Arroio do Meio da Minuano embarcou o primeiro container para o mercado externo após as enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul. A carga com

destino à República do Congo, no continente africano, foi enviada na semana passada. Em nota, a empresa afirma que o momento é muito simbólico e

representa a resiliência e determinação em superar desafios. “Continuamos firmes em nossa missão de levar qualidade e inovação para o mundo.”

Cacis Mulher aborda

O encontro mensal do núcleo do Cacis Mulher, em Estrela, teve como atração principal palestra com engenheira química e sócia-fundadora da Eco Diehl Saneamento, Franciele Diehl. Franciele falou sobre o livro “Negócio 360° Tudo o que você precisa saber para transformar suas ideias em lucro”, organizado por Fernanda Tochetto e Isaac Bertuol no qual a palestrante é uma das autoras.

Além da palestra, a noite também foi de troca de experiências e de relatos sobre os impactos da catástrofe climática que atingiu o Vale do Taquari. O encontro também serviu para apresentar novas sócias ao Núcleo. São elas Fernanda Henz, da Cresol, Carla Ropke da Estética Despertar, Beatriz Warken do Salão Bearte e Bruna Germany do Espaço Fluir e Verenice Immich da Rive Representações Comerciais.

FRASE DO DIA

“O frio em julho virou um grande trunfo. É muito importante neste momento de retomada. As pessoas voltam aos centros comerciais para resolverem demandas específicas, desde casacos, blusas, calçados, edredons e até aquecedores. Há demanda reprimida ainda de 2023, que não teve frio típico da estação.”

• Cursos técnicos gratuitos - O Senac-RS está com inscrições abertas para 3.781 vagas gratuitas de cursos técnicos presenciais e EAD e especializações técnicas. As vagas são oferecidas através do Programa Senac de Gratuidade (PSG) para cursos técnicos nas áreas de Ambiente, Comércio, Gestão, Saúde, Segurança, Tecnologia da Informação e Turismo. Para se candidatar a uma vaga, é preciso atender requisitos, como renda de até 2 salários mínimos per capta, idade e escolaridade, de acordo com cada curso. As inscrições podem ser realizadas até o dia 18 de junho no site sencrs.com.br.

• Apoio ao setor elétrico - A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) promove mudanças nas regras do setor para apoiar ações de recuperação do Rio Grande do Sul. A mais recente medida do órgão regulador foi tomada na terça-feira, 9, com a autorização do uso extraordinário dos recursos do Programa de Eficiência Energética (PEE) para iniciativas a serem adotadas em solo gaúcho. As verbas poderão ser aproveitadas para recuperações de redes elétricas, instalações de geradores emergenciais em lugares estratégicos como hospitais e a doação de equipamentos eficientes para consumidores da classe rural, sem a exigência de contrapartida.

365 VEZES NO VALE

365vezesnovaledotaquari@gmail.com

FÁBIO KUHN

Concerto de Inverno evidencia talentos musicais

Cerca de 80 cantores e músicos de Bom Retiro do Sul emocionaram o público na 7ª edição do Concerto de Inverno. Realizado na sexta-feira, o evento reuniu bom público no CTG Querência da Amizade e evidenciou os talentos locais.

A atração principal foi o repertório eclético da Orquestra Municipal de Bom Retiro do Sul. Com 41 anos, os experientes músicos interpretaram clássicos

do samba, rock nacional e até músicas alemãs para marcar o bicentenário da imigração no RS.

A noite também foi de estreia da Orquestra Jovem, grupo criado para renovar a geração de artistas na cidade conhecida como Pesqueiro do Vale. Também se apresentaram o Coral Municipal e o grupo infantil Sementes do Amanhã.

Entre os pontos altos destaque para o momento final quando todos os participantes se uniram

As marcas que apoiam o turismo do Vale do Taquari

Pedra da Tartaruga sobrevive à enchente histórica

Atrativo tem esse nome em

do formato

O 365 vezes no vale recebeu uma foto atual da Pedra da tartaruga intacta. Como esse curioso atrativo turístico de Vespasiano Corrêa fica às margens do rio Guaporé, havia preocupação que a gigantesca rocha de nove metros de altura tivesse sido movida pela força da água, o que não ocorreu.

para cantar “Céu, sol, sul, terra e cor”. Uma forma de confortar as pessoas impactadas pela enchente histórica de maio.

O vídeo com trecho desse momento pode ser visualizado no QR Code abaixo.

Cabana

Bela da Montanha ganhando forma

No alto do Morro São José está sendo edificada a primeira hospedagem com enfoque no universo Harry Potter. A Cabana Bela da Montanha começa a ganhar forma.

bruxo mais famoso do mundo

@douglasterratrips

O Douglas Pereira registrou o pôr do sol no incrível Johannes Fells, em Imigrante. A pedra esculpida pela natureza se transforma num charmoso mirante com as belezas interioranas do Vale.

Use a #365_vezes_no_vale e compartilhe as belezas da região conosco!

função
da rocha semelhante à de uma tartaruga
Nova cabana do Vale terá elementos que farão alusão ao
Em Bom Retiro do Sul, CTG Querência da Amizade lotou em mais uma edição do Concerto de Inverno

ECONOMIA

Bancos iniciam operações com Fundo Social do BNDES

Crédito de R$ 15 bilhões liberados pelo governo federal será destinado para negócios de todos os tamanhos dentro da “mancha de inundação”. Critério federal estabelece mais rigor para liberações

ESTADO

As mais de 40 instituições financeiras autorizadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para firmar contratos com os R$ 15 bilhões do Fundo Social liberados pelo governo federal iniciaram ontem as operações. Foram quase 45 dias desde o anúncio do socorro pelo presidente Lula, feito em 29 de maio, até o início dos contratos. Entre a

Medida Provisória (MP) e portaria de regulamentação, a medida precisou ser refeita. Tudo por conta dos critérios considerados amplos demais.

Como forma de evitar que os financiamentos fossem acessados por empresas com menos prejuízos, o ministro Extraordinário da Reconstrução, Paulo Pimenta, solicitou mudanças nas regras.

Depois de duas semanas, a normativa corrigida foi publicada, isso na sexta-feira da semana passada. Hoje, 10 de julho, os bancos protocolaram os primeiros contratos no sistema.

Criadas para mitigar os prejuízos provocados pelas enchentes no RS, as três linhas de financiamento com condições especiais podem ser acessadas por micro, pequenas, médias e grandes empresas empresas, desde que estejam dentro da “mancha de inundação.”

No Badesul, foram inscritos cerca de 350 projetos, desde maio, quando as linhas emergenciais ainda não tinham sido anuncia-

das oficialmente. “Os clientes já previam essas medidas e apresentaram projetos com valor médio de R$ 3 milhões, o que representa uma captação de R$ 1 bilhão para a instituição”, diz o presidente da agência, Claudio Gastal. O período de solicitação das linhas para reconstrução, compra de máquinas e capital de giro se encerra em 31 de dezembro.

Mais rigor

De acordo com o secretário executivo do Ministério da Reconstrução, Maneco Hassen, o governo federal tem um diagnóstico de todos os CNPJs que estão dentro da mancha de inundação. Essas informações serão disponibilizadas aos agentes financeiros. “Nossa preocupação é fazer com que o recurso vá para as empresas atingidas de forma direta pelas inundações.”

Conforme o Departamento de Clientes e de Relacionamento Institucional do BNDES, os bancos poderão operar contratos com micro, pequenas, médias e grandes empresas, com faturamento de até R$ 300 milhões. Acima disso, o contato é direto com o BNDES. Os juros máximos vão de 0,6% até 0,8% por mês e incluem o spread bancário (lucro do banco). A regra instituída pelo governo federal é inédita no país.

GERCI DA COSTA SILVA, 80, faleceu ontem, 10. O velório ocorre na Capela Velatória da Comunidade Católica de Canabarro, em Teutônia. O sepultamento ocorre hoje, 11, às 9h, no Cemitério Católico de Canabarro.

ANTONIO CARLOS BARRETO MACHADO, 61, faleceu ontem, 10. O sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal de Novo Paraíso, em Estrela.

JOÃO SCHEIDT, 75, faleceu ontem, 10. O sepultamento ocorreu no Cemitério Santo Agostinho, em Encantado.

DENIRO DA COSTA MERENCE, 80, faleceu na terça-feira, 9. O sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal de Teutônia. OBITUÁRIO

RETOMADA PÓS-CHEIAS

Falta de energia trava produção de indústria

Com mais de 20 colaboradores e prejuízos próximos de R$ 4 milhões pelas cheias, empresa cogita sair do município se a situação não for resolvida

ENCANTADO

Originalmente situada na rua Coronel Sobral, a empresa Bom Dia Indústria e Comércio de Alimentos se deslocou para um novo espaço para fugir das enchentes. De setembro de 2023 até agora, o empreendimento foi atingido três vezes pela força da água, o que resultou em quase R$ 4 milhões em prejuízos. Atualmente, o negócio se encontra as margens da rodovia ERS-130, bairro Lajeadinho. Mas o que era para ser um recomeço com boas expectativas, vêm se tornando uma realidade dura, pois sem a instalação de energia elétrica (trifásica), o maquinário não produz e os trabalhadores seguem parados. O empreendimento foca na distribuição de biscoitos e snacks em todo estado e esperava expandir seu portfólio no novo endereço. “Saímos de uma indústria de 600 metros quadrados para uma com mais de 1,5 mil metros quadrados”, salienta o gerente comercial Caciano Paz. Com 22 colaboradores (mais algumas vagas abertas) e uma produção diária (antes das cheias) com mais de oito mil biscoitos e faturamento mensal de R$ 300 mil, a perspectiva era alcançar R$ 1 milhão até o fim do ano. Mas para que isso ocorra é preciso de energia para o maquinário retomar a produção.

Conforme o diretor-proprietário, Jeferson Scheibel, a questão elétrica é a única coisa que impossibilita o retorno do trabalho. “Não digo que se recusam a ligar a luz, mas na RGE é muita burocracia, e é algo que poderia ser agilizado provisoriamente para que não perdêssemos a nossa produção.”

A resposta da RGE envolve o andamento dos trâmites internos da concessionária, segundo Scheibel. “Comentam da questão do orçamento, tanto com o dono do prédio quanto engenheiro elétrico. Disseram que ocorreu um erro no sistema da RGE, que isso

estava impedindo o andamento de algumas ações e situações semelhantes”, lamenta o gestor.

Mudança de município

A Bom Dia Indústria e Comércio de Alimentos está há nove anos em Encantado e até as cheias de 2023, os responsáveis não consideravam

O gerente comercial Caciano Paz e o diretor-proprietário, Jeferson Scheibel, em frente a uma das máquinas inutilizadas diante da falta de energia elétrica

a possibilidade de deixar a cidade. Mas essa perspectiva pode mudar. “Já temos propostas de outros municípios vizinhos, mas como somos daqui e nossos filhos e família também, a último opção seria ir embora.”, ressalta Scheibel.

Profissional que atua em laboratórios industriais Suporte quadriculado do jogo de xadrez

Ave típica do cerrado Corte e (?), atividade artística

CRUZADAS

Medidas náuticas Atuar como modelo (?) France, companhia aérea Rodovias Muitos; diversos Recursos (?), setor de empresas

Peças que sustentam elevadores Nívea Stelmann, atriz brasileira

Carteiro, em inglês Fruto do abieiro

Disseminado

Sede do Pan 2019

de quermesses Todavia

Efeito do uso de agrotóxicos em larga escala na apicultura

Guaíba e Paranoá (Geog.) Rumavam; caminhavam

7/postman. 10/somalianas.

ÁRIES: Aos poucos, as coisas entram nos eixos e tudo se acerta, mas o romance segue meio sem sal.

TOURO: A dois, podem curtir momentos doces e muito românticos, mesmo que seja em casa.

GÊMEOS: Curtir seu canto será uma ótima pedida se já encontrou o amor. A conquista anda meio devagar, um amor das antigas pode cruzar o caminho.

CÂNCER: O diálogo com o par ca mais sincero e podem até conversar sobre um assunto delicado à noite.

LEÃO: Nos assuntos do coração, a possessividade dá as cartas tanto na paquera quanto em uma relação mais estável.

VIRGEM: Con e no seu charme se já tem um alvo em vista e dê o primeiro passo pra sgar de vez o contatinho.

sossegado.

ESCORPIÃO: A sintonia no romance melhora mais tarde, especialmente se vocês dois tiverem muito em comum.

SAGITÁRIO: Se já tem compromisso, tente relaxar e deixar as coisas correrem sem tantas cobranças, minha consagrada.

CAPRICÓRNIO: A saúde também pede alguns cuidados e vale queimar o excesso de energia praticando exercícios físicos, especialmente se for ao ar livre.

AQUÁRIO: Os relacionamentos, inclusive com o mozão, pedem um pouco de cautela porque as brigas podem pipocar.

PEIXES: A vida a dois estará no centro das suas atenções e os momentos com o par têm tudo para serem perfeitos, desde que controlem o ciúme.

Matheus Giovanella Laste matheus@grupoahora.net.br
MATHEUS GIOVANELLA LASTE

GOLFE

JOVEM LAJEADENSE TEM BONS RESULTADOS NO RIO DE JANEIRO

Atleta de 13 anos competiu no Campo da Gávea, no Rio de Janeiro

Vicente Caliari manteve segunda colocação no ranking brasileiro da categoria Pré-Juvenil

Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br

Ojovem lajeadense Vicente Nietiedt Caliari, de apenas 13 anos, participou de mais uma etapa do 34º Campeonato Brasileiro Amador de Golfe e manteve bons resultados na competição disputada no Campo da Gávea, no Rio de Janeiro.

Considerado um dos campos mais bonitos do país, é também um dos mais desafiadores, com buracos na parte dos morros e também na praia, se tornando um campo de terreno misto e grande dificuldade.

Vicente terminou a competição em quarto lugar na categoria PréJuvenil, dentro das expectativas.

“Tivemos muitas dificuldades nos últimos meses, quando nossos treinos foram prejudicados devido às chuvas”, destaca o técnico e pai, Cícero Caliari.

Com o resultado, o jovem se manteve na segunda colocação no ranking brasileiro da categoria, e 11º lugar no ranking geral da categoria Juvenil, que conta com meninos de até 18 anos.

Depois de participar do campeonato no Rio de Janeiro, o foco passa para a próxima competição, que será disputada em agosto, no Paraná.

nutricionista

08 FORMAS DE MELHORAR SUA HIDRATAÇÃO NO INVERNO.

Quando pensamos em hidratação, é comum associarmos a necessidade de ingerir grandes quantidades de água aos dias quentes e ensolarados do verão. No entanto, a hidratação é crucial durante todo o ano, inclusive no inverno, quando inclinamos a sentir menos sede e, consequentemente, podemos negligenciar nosso consumo de água. Além disso, o corpo perde líquidos de várias maneiras, não apenas pelo suor. A respiração em clima frio, por exemplo, resulta na perda de umidade, que se manifesta como vapor de água quando exalamos.

O consumo regular de água ajuda a manter as funções corporais em equilíbrio, a regulação dos hormônios da fome e da saciedade, acelera nosso metabolismo, melhora a digestão e absorção de nutrientes e contribui para a saúde do sistema imunológico, essencial para combater as doenças típicas do inverno, como resfriados e gripes.

Beber água suficiente no inverno pode ser desafiador, pois a sensação de sede diminui. No entanto, a hidratação continua sendo essencial. Aqui estão algumas estratégias para aumentar a ingestão de água durante os meses mais frios:

1. Chás e Infusões: Beber chás quentes e infusões de ervas pode ajudar a manter o corpo aquecido e hidratado. Escolha variedades sem cafeína e propriedades diuréticas, como camomila, hortelã ou chá de frutas.

2. Sopas e Caldos: Inclua sopas e caldos na alimentação. Eles não só fornecem nutrientes importantes, mas também contribuem para a hidratação.

O CONSUMO REGULAR DE ÁGUA AJUDA A MANTER AS FUNÇÕES CORPORAIS EM EQUILÍBRIO E ACELERA NOSSO METABOLISMO.

3. Alimentos Ricos em Água: Consuma alimentos que contêm muita água, como frutas (melão, laranja, bergamota, melancia, abacaxi) e vegetais (pepino, alface, abobrinha, tomate,). Eles ajudam a aumentar a ingestão total de líquidos.

4. Aromatizar a Água: Adicione fatias de frutas, ervas (como hortelã) ou especiarias (como canela) à água para torná-la mais saborosa e atraente.

5. Garrafas Térmicas: Use uma garrafa térmica para manter a água morna e mais agradável de beber durante o dia.

6. Cronograma de Hidratação: Estabeleça horários específicos para beber água, como ao acordar, durante as refeições e antes de dormir. Use alarmes ou aplicativos de lembrete para ajudar.

7. Pequenos Goles Frequentemente: Em vez de beber grandes quantidades de uma vez, tome pequenos goles de água ao longo do dia. Isso pode ser mais fácil e menos desconfortável.

8. Monitoramento da Urina: Preste atenção à cor da sua urina. Urina clara ou de cor amarelo claro geralmente indica boa hidratação.

Implementar essas estratégias podem ajudar a garantir que se mantenha uma hidratação adequada mesmo nos dias mais frios do inverno. Cuidar da hidratação nesta época é fundamental para manter a saúde e o bem-estar, enfrentando a estação mais fria com disposição e vitalidade.

BRUNA MARTINI
DIVULGAÇÃO

DIVISÃO DE ACESSO

DENSE VIRA NOS ACRÉSCIMOS E AVANÇA PARA O MATA-MATA

Vitória por 2 a 1 sobre o Aimoré na Arena Alviazul coloca o clube do Vale do Taquari nas quartas de final. Passo Fundo será o adversário

Henrique Pedersini henriquepedersini@grupoahora.net.br

OClube Esportivo Lajeadense está classificado para a fase de quartas de final da Divisão de Acesso do Campeonato Gaúcho. A vaga foi confirmada com a vitória por 2 a 1 sobre o Aimoré, nesta quartafeira, 10, pela última rodada da fase de grupos. A virada saiu nos acréscimos do segundo tempo. Aos 34 minutos, o Aimoré abriu o placar com Naldo. Aos 40 minutos Matheus Mazia empatou em cobrança de pênalti e aos 46 minutos.

Além do time de São Leopoldo, o ”Dense” encarou um gramado embarrado e escorregadio. Com isso, o primeiro tempo foi de poucas oportunidades para as duas equipes. Em uma das poucas chances Breno parou na defesa do Aimoré em um dos primeiros lances da etapa inicial. No segundo tempo, aos 34 minutos, Naldo aproveitou indecisão da zaga e abriu o placar para o time de São Leopoldo. O empate saiu em cobrança de pênalti com Matheus Mazia seis minutos depois. Nos acréscimos,

Christian virou o placar e deu a classificação ao Alviazul.

PASSO

FUNDO

NAS QUARTAS DE FINAL

O Lajeadense fecha a fase de grupos com 24 pontos e na terceira posição do Grupo B. Foram seis vitórias, seis empates e duas derrotas. O time de Serginho Almeida marcou 13 gols e sofreu sete. O adversário será o Pàsso Fundo. O primeiro jogo ocorre em Lajeado e a partida da volta no campo adversário

CONFRONTOS DAS QUARTAS DE FINAL

Glória* X Pelotas Passo Fundo* X Lajeadense Inter-SM* X Veranópolis Monsoon* X União Frederiquense * Fazem segundo jogo em casa

12ª Settimana Italiana de Encantado

Aabertura do evento que celebra a tradição italiana de Encantado acontecia na Praça Centenário, no Centro da cidade. A 12ª edição da Settimana Dell’ Immigrazione Italiana era organizada pela Associação Ítalo-Brasileira de Encantado em conjunto com o Círcolo Trentino e o governo municipal. O momento foi marcado por apresentações musicais e danças típicas italianas, além de um café da manhã para os presentes. Na época, o município inaugurava a remodelação da Praça Centenário, conhecida também como Praça dos Imigrantes.

O espaço tem até hoje o Monumento ao Imigrante, que fica no centro da praça, construído em 1975, no centenário da imigração italiana ao Rio Grande do Sul. Na época, os idealizadores foram o prefeito e vice de Encantado, Evaldo Zilio e Ampére Giordani.

A programação contemplava várias apresentações, jantares típicos e bailes. O cônsul-geral da Itália no Rio Grande do Sul, Mário Panaro, também marcava presença no evento.

O evento ocorre até hoje e chega à 32ª edição da Settimana Dell’ Immigrazione Italiana neste ano. A data ainda não foi divulgada.

O escritor Gino Gerri (à esquerda) recepcionou o cônsul italiano e presenteou com os livros de sua autoria

Hoje é

- Dia Mundial da População - Dia Nacional do Socorrista

Santo do dia: São Bento

Criação da Escola Érico Veríssimo de Lajeado

O ministro do Trabalho do Brasil, Arnaldo da Costa Prietto, assinava um convênio com o prefeito Alípio Hüffner para a construção de um Centro de Formação Profissional do Senai em Lajeado. Hoje, esse Centro corresponde ao atual Senai e à Escola Érico Veríssimo, localizados na Av. Alberto Pasqualini. Na época, o município cederia o terreno e faria as obras iniciais. A área destinada para a escola seria ao lado do Centro de Esportes do São Cristóvão. A construção ficaria à cargo do governo federal e o Senai seria responsável por equipar e manter o estabelecimento.

Conforme o projeto da época, seriam dois blocos de alvenaria, com salas de aulas, laboratórios e parte administrativa. O Centro Profissionalizante seria voltado à formação de técnicos de nível médio para lapidação de pedras

O ministro Prietto (à esquerda), seguido pelo prefeito Alípio Hü ner e o ministro de Minas e Energia, Shigeaki Ueki, durante assinatura do convênio

preciosas e semi-preciosas. O centro também formaria mecânicos, eletricistas e soldadores.

Escolas polivalentes

O Érico começou como uma

das chamadas “escolas polivalentes”, que foram organizadas nos anos 1970, por meio do Programa de Extensão e Melhoria do Ensino (Premen). Esses educandários só atendiam estudantes dos anos finais do fundamental e ensinavam técnicas industriais, comerciais, agrícolas e domésticas. A ideia era que os alunos, ao final do curso, estivessem aptos ao mercado de trabalho.

O projeto de construção foi adiante e, em 1976, o prédio da escola foi inaugurado. O nome Érico Veríssimo foi escolhido pela comunidade em 1979.

ARQUIVO MUNICIPAL DE LAJEADO/O INFORMATIVO
O prédio do Senai atualmente
ARQUIVO MUNICIPAL DE LAJEADO/O INFORMATIVO
ARQUIVO SENAI

FILIPE FALEIRO

As estrelas da novela dos créditos às empresas

As idas e vindas do regramento para os créditos às empresas povoam o noticiário e criam narrativas dignas da dramaturgia. O curioso para o fim desta novela é saber quem são os vilões e os heróis

De um lado, o ministro Paulo Pimenta. Bastião do presidente Lula. O mandatário do Executivo nacional prometeu R$ 15 bilhões pelo fundo social do BNDES com juros nunca vistos no mercado. Largou a “bomba” e fez as equipes do governo terem de criar regras para os bancos. E como é difícil lidar com banco.

A modelagem foi inédita, de fato. No máximo 0,8% por mês, contando o spread bancário (lucro do banco). Inclusive com direito a “recadinho” presidencial ao Banco Central.

Os critérios abertos para todas empresas em cidades com calamidade homologada foram apontados por setores produtivos

ARTIGO

Escritora

Os super cérebros

como algo temerário pela chance de acontecer o que foi visto após setembro passado, quando os recursos foram drenados por negócios em cidades onde não houve inundação.

Neste aspecto vamos para o segundo personagem de destaque. A Federasul, liderada pelo agroempresário Rodrigo Sousa Costa. O alerta do grupo era para crédito destinados aos negócios atingidos de maneira direta (dentro da mancha de inundação) foi uma tônica nas enchentes do ano passado.

A história

Agora é outra observação. As três linhas (reconstrução, compra de máquinas e capital de giro) e a regra mais específica para acesso ao dinheiro só para quem foi atingido mesmo, não é mais suficiente.

A Federasul mostra uma postura de oposição a todas as medidas governamentais. Cabe destacar que nesta novela, há uma nova temporada. As liberações começaram ontem. Os próximos capítulos é saber como está a efetividade dos empréstimos.

se repete

Não é necessário profundas reflexões para perceber que uma mudança está ocorrendo no mundo contemporâneo. Crianças estão nascendo com capacidades cognitivas extraordinárias, engajando-se desde cedo em atividades complexas que desafiam as explicações da ciência atual.

O conceito de conhecimento inato não pode mais ser ignorado. Se essas crianças possuem um entendimento superior ao que estamos acostumados, de onde ele vem?

Platão perpetuou a doutrina do inatismo em seus diálogos, defendendo a ideia de que nascemos pré-programados com certos tipos de conhecimento, explicável pela reminiscência, a recordação do que a alma já viveu.

A Doutrina Espírita vai além, enfatizando que a vida terrena é apenas uma fase transitória com propósitos educacionais.

A cosmologia moderna explora novas possibilidades de vida no universo. Não seria ilógico concluir que os mundos são interdependentes, permitindo um intercâmbio de aprendizado entre diferentes realidades, como fazemos entre estudantes de diferentes países.

Dentro dessa perspectiva, seres de outros orbes podem estar reencarnando aqui para aprender e nos ensinar, num processo intenso de adaptação.

O conceito de conhecimento inato não pode ser mais ignorado”

Por falar em crédito às empresas. O dinheiro do programa com juros subsidiados e subvenção para empresas do Simples NacioCaxias do Sul, com mais de 400 mil habitantes, ficou com R$ 148,8 milhões em crédito. A cidade foi a segunda em empréstimos destinados às empresas pelo Pronampe Solidário. O que chegou no município da Serra equivale a 82,3% do que as 36 cidades do Vale tiveram acesso (R$ 180,6 milhões).

nal (faturamento de até R$ 4,8 milhões) esgotou. Mais das metades dos municípios gaúchos mais prejudicados estão no Vale do Taquari. Do número de vítimas, algo em torno dos 40% também são aqui da região. Porém, quando se avalia o socorro direto para os setores produtivos, menos de 10% dos mais de R$ 1,9 bilhão vieram para cá. Outro destaque. Pelotas. Informações prévias, apontam que a enchente (alagamento) visto lá na cidade do Sul chegou a no máximo meia dúzia de empresas. Ainda assim, acessaram mais de R$ 100 milhões pelo Pronampe Solidário para “socorrer” micro e pequenas empresas.

Descontentamento

A discrepância está no nível de prejuízo. Inclusive esse assunto foi tema de debate entre líderes regionais nesta semana. A partir da apuração do A Hora, publicada na terça-feira, cresceu o descontentamento quanto aos critérios para acesso.

Talvez esteja aí a preocupação do governo federal em limitar o acesso aos R$ 15 bilhões. Tomara que esse chegue mesmo a quem precisa.

Assim como experimentamos o medo quando estamos longe de casa, esses seres enfrentam desafios ao habitarem corpos estranhos, com famílias e culturas diferentes das suas. Eles se destacam por sua energia e percepção diferenciadas, muitas vezes demonstrando uma comunicação introspectiva, por vezes tímida, outras vezes com uma atividade intensa.

A ciência começará a compreender melhor esse fenômeno, mas para isso terá que abandonar preconceitos arraigados e abrir-se para uma compreensão mais profunda e verdadeira do que está ocorrendo.

Essa evolução não apenas desafia nossos paradigmas atuais, mas também oferece uma nova visão de como a vida e o conhecimento podem transcender as fronteiras que conhecemos. À medida que exploramos essas possibilidades, podemos nos preparar para um futuro onde os “super cérebros” não sejam mais uma exceção, mas sim uma nova norma em nossa jornada evolutiva.

FILIPE FALEIRO

Quinta-feira, 11 julho 2024

Fechamento da edição: 19h

13º Céu nublado com possibilidade de garoa o dia todo. Chove à noite.

9º |

Exército indica ajustes após vistoria

Análise aponta necessidade de correções nas cabeceiras. Ofício entregue ao prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo, também trouxe outras observações sobre o local que servirá para instalação da estrutura metálica sobre o Rio Forqueta. Municípios intensificam trabalhos de melhoria nos acessos. PONTE PROVISÓRIA

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