A Hora – 25 e 26/01/2025

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ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR

Fim de semana, 25 e 26 janeiro 2025 | Ano 22 - Nº 3770 | R$ 5,00 (dia útil) R$ 9,00 ( m de semana)

Críticas e avanços após audiência

Estado detalha concessões em Lajeado. Aumento do aporte estadual é uma exigência dos líderes do Vale do Taquari

O secretário da Reconstrução, Pedro Capeluppi (em primeiro plano), comanda o debate entre Executivo gaúcho e regiões. Nos 415 quilômetros do Bloco 2 dentro do processo de concessão à iniciativa privada, a projeção é investir R$ 6,7 bilhões. O custo de R$ 0,23 por quilômetro rodado sustenta as críticas, pois está acima da média na comparação com outros trechos. Estado admite rever proposta e mudar critério do leilão para favorecer o maior desconto na tarifa como aspecto principal para escolha da vencedora. PÁGINAS | 6 e 7

OPINIÃO | RODRIGO MARTINI

“Café com Martini” está no ar Novo podcast do Grupo A Hora aborda o “lado B” das personalidades regionais.

FISCALIZAÇÃO NA 130

O cronograma da ponte da ERS130, entre Arroio do Meio e Lajeado, está dentro do previsto. É o que aponta relatório entregue ao Ministério Público. EGR garante que obra será entregue até 29 de março.

OPINIÃO | VINI BILHAR

RH da Docile é destaque na região Sul A diretora de Gente e Gestão da Docile, Daniele Hanna, será premiada nesta segunda.

ANIVERSÁRIO DE LAJEADO

OPINIÃO | HENRIQUE PEDERSINI O vereador mais votado do Vale Jones Barbosa, o Vavá, se destaca pelo expressivo número de protocolos abertos no município.

Ao completar 134 anos de história, município se vê desafiado a planejar o futuro em meio às obras de reconstrução, os projetos para minimizar gargalos da mobilidade urbana e a realocação de famílias em novos núcleos habitacionais. População se aproxima da marca de 100 mil habitantes.

NESTA EDIÇÃO

Espaço para o diálogo e para avanços

As concessões do Bloco 2 representam um tema fundamental para o Vale do Taquari. O impacto ultrapassa a esfera técnica e alcança o cotidiano de todos. Na audiência pública dessa sextafeira, ficou claro: é preciso reavaliar os termos apresentados pelo Estado para garantir uma solução mais justa e alinhada à realidade local. O plano de concessão prevê um investimento de R$ 6,7 bilhões, dos quais R$ 5,4 bilhões são oriundos da iniciativa privada e R$ 1,3 bilhão do Fundo de Reconstrução do RS (Funrigs). Embora se reconheça a importância de obras de ampliação e melhorias, é indispensável ponderar sobre a origem do dinheiro e como as tarifas recaem sobre a sociedade. Por isso, o preço de R$ 0,23 por quilômetro rodado é alto, e deve ser analisado à luz do custo-benefício. Isso exige transparência nos

“Falar

de pedágios é colocar em cima da mesa divergências ideológicas.”

cálculos e consideração das necessidades locais, em especial por se tratar de região que ainda se recupera dos impactos das enchentes. A região apresentou demandas claras. Entre elas, a necessidade de aumentar o aporte estadual no projeto, pois além de reduzir a tarifa, reforça o compromisso do governo com o desenvolvimento regional. Falar de pedágios é colocar em cima da mesa divergências ideológicas. Se por um lado a infraestrutura de qualidade é indispensável, por outro é inegável que a população contribui muito com o pagamento de impostos.

Ao longo de 30 anos, os pedágios não favoreceram a infraestrutura rodoviária regional. Os modelos de contratos evoluíram e passaram a cobrar investimentos. Ainda que seja necessário ter conhecimento histórico, neste momento é importante olhar para frente. Não há melhoria estrutural sem o pedágio. O importante é que a tarifa seja justa e não onere ainda mais a população.

“A Melissa ama viajar. Tudo acontece dentro do tempo dela”

Apaixonadaporviagens, aterapeutainfantilFlávia Krolow, 35, uniu o útil aoagradável.Mãeda Melissa,diagnosticadacom transtornodoespectro autista,decidiuaproveitar umapáginacriadaporela eomaridosobreviagens paradardicassobrecomo elaborareaproveitar diferentes roteiros tendo umacriançacomautismo entreospassageiros.No per l“Zarpô”,também compartilharama experiênciamaisrecente, deumaviagematéaRota dosVulcões, no Chile.

Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br

Quando surgiu a ideia de criar o perfil na rede social?

Foi lá em 2019, quando começamos nossas primeiras viagens, de moto. Fomos até Ushuaia (extremo sul da Argentina). Quando retornamos, teve toda a questão da pandemia e, no meio disso tudo, nasceu a Melissa, que tem autismo. Ficamos um tempo parados com as viagens e, quando retornamos, pensamos: por que não adaptar a nossa página para darmos dicas para viagens com crianças também? Para adultos que querem viajar com crianças, principalmente autistas.

Vocês fizeram uma viagem recente para a Rota dos Vulcões. Como foi o planejamento e a execução do roteiro?

gentina por Uruguaiana. Passamos por Paraná, Córdoba, Mendoza e, de lá, seguimos ao Chile. Ficamos três dias em Valparaíso para explorar toda a região da Costa do Pacífico e, de lá, descemos ao nosso grande destino, que foi Pucón, que deu nome a nossa expedição. Um dos nossos principais objetivos das viagens era conhecer, de fato, do moradores locais dessas regiões. E optamos sempre por locações pelo Airbnb, assim tanto nós quanto a Melissa se sentia o mais em casa possível.

Para a Melissa, o quão importante foi essa viagem?

O que ela mais gostou na viagem?

Visitamos parques aquáticos e termais, zoológicos. Tudo isso para que ela se divertisse ao máximo e voltasse cheia de lembranças incríveis. Ela queria muito ver neve. Fomos atrás de neve em pleno janeiro e fizemos um boneco. Agora só fala nisso. Também fez diversos amigos por onde passou. Logo ensaiou as primeiras palavras em espanhol e não parou mais.

Acredita que as tuas experiências com ela e os relatos na página podem inspirar mais pais a planejarem roteiros assim?

Av. Benjamin Constant, 1034, Centro, Lajeado/RS grupoahora.net.br / CEP 95900-104

da Central de Jornalismo: Felipe

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Os artigos e colunas publicados não traduzem necessariamente a opinião do jornal e são de inteira responsabilidade de seus autores. Impressão Zero Hora Gráfica

à Fundado em 1º de julho de 2002 Vale do Taquari - Lajeado - RS Diretor Executivo: Adair Weiss

Nós sempre pensamos todo o roteiro em cima da Melissa, desde a questão das hospedagens até restaurantes que são o mínimo adaptados para receberem crianças autistas. Saímos entre o Natal e o Ano Novo do Brasil, entrando na Ar-

A Melissa se criou dentro de um carro, ama viajar. Tudo acontece dentro do tempo dela. Jamais percorremos mais de 700 quilômetros num dia para chegarmos cedo nas cidades e termos tempo de levá-la a um parquinho, por exemplo, pois ela ama água e animais. Melissa tem alergias alimentares e seletividade, e a cada nova viagem, sempre se adapta de forma espontânea, definindo o que vai comer. Ela nunca comeu batata e sabemos que nessas regiões, são a principal fonte de alimento. Comeu batata por onde passava, era só o que queria, e está tudo bem. Se adaptou e curtiu.

Esse é o grande objetivo da página. Queremos nos dedicar cada vez mais a inspirar outros pais a viverem esse tipo de experiência e deixarem seus filhos lhe surpreenderem, assim como nós fomos surpreendidos. Crianças com autismo são capazes de mudar o mundo e, enquanto não nos abrirmos como pais e deixarmos eles nos mostrar do que são capazes e permitirmos essas experiências, jamais entregaremos por completo.

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Café com Martini: o lado B das personalidades

Oprimeiro episódio do podcast “Café com Martini” foi ao ar na noite dessa sexta-feira, dia 24. Já está disponível nas páginas do Grupo A Hora no Youtube e no Spotify. A ideia inicial é proporcionar um conteúdo diferente sobre pessoas já conhecidas do grande público do Vale do Taquari e do Estado. É o “lado B” das personalidades, digamos assim. Uma conversa mais leve e orgânica com aproximadamente 45 minutos – às vezes eu me passo –, para conhecermos um pouco mais a vida, os propósitos, os anseios e, porque não, as fraquezas e medos dos nossos nobres personagens. A primeira entrevistada é Carine Schwingel, a primeira prefeita eleita em toda a história do município de Estrela. A conversa foi gravada no fim de dezembro, e traz um pouco da infância como jogadora de futebol, do primeiro filho logo após a adolescência, e também as experiências nas lidas jornalística e política. Ah, e vocês sabiam que o ex-prefeito Elmar Schneider foi o “cupido” na relação dela com Carlos Rafael Mallmann? Não? Então acessa o QRCode e aproveite o conteúdo!

Clima

quente na Avat

A eleição da Amvat passou. A do Consisa até gerou alguns ruídos, mas também passou sem maiores transtornos. E a eleição da Amat está bem encaminhada para ocorrer de forma pacífica nos próximos dias. Já a eleição da Associação dos Vereadores do Vale do Taquari, a nossa estimada Avat, gerou ruídos – via áudios de Whatsapp –entre a presidente eleita, a vereadora de Cruzeiro do Sul, Daia Maria (MDB), e o adversário derrotado no pleito, o vereador Paulo Bettoni (Republicanos), de Anta Gorda. E tomara que tudo se resolva com muito mais maturidade.

rodrigomartini@grupoahora.net.br

- O governo de Lajeado se reúne nos próximos dias com o Fórum das Entidades e com as associações de água para debater o polêmico aditivo com a Corsan/Aegea. E a perspectiva é finalizar o debate ainda no primeiro semestre. Ainda não se sabe se o Executivo assinará o novo contrato com a mesma concessionária. Mas a probabilidade de assinar é muito grande.

- As primeiras aulas da Escola Laticinista devem ocor-

TIRO

rer em agosto. Uma ideia capitaneada pela prefeita de Estrela, Carine Schwingel, que contou com o apoio fundamental da 3ª Coordenação Regional de Educação, e tem tudo para potencializar ainda mais nossa cadeia leiteira.

- A Amvat realiza encontro com representantes do Dnit no dia 13 de fevereiro. Em pauta, a análise do contrato com a CCR Viasul na BR-386. Mas é um momento importante para falar, também, das nossas

ferrovias e, porque não, da hidrovia e do futuro do que restou do Porto de Estrela.

- A notícia de que o filme “Ainda estou aqui” rendeu três indicações ao Oscar, o principal prêmio do cinema internacional, seria comemorada por muito mais brasileiros em anos anteriores.

- Por fim, saio de férias hoje e deixo uma provocação ao estimado leitor: afinal, estamos – eu, você e nossos representantes públicos – realmente atentos aos riscos da dengue?

Palanque do pedágio

As audiências públicas realizadas em Lajeado e Venâncio Aires nessa sexta-feira atestaram diversos fatores relacionados ao processo de concessão das rodovias gaúchas. O primeiro – e mais alentador – é o fato do Vale do Taquari possui agentes públicos, privados e voluntários com exímio conhecimento acerca de concessões, obras, pedágios e logística rodoviária, mas especialmente sobre o projeto de modelagem do pedágio apresentado no dia 13 de janeiro pelo governo estadual. E isso ganha jogo, acreditem. Outro fator relevante é o posicionamento do Estado, que tem feito um esforço diferenciado para ouvir e atender boa parte das reivindicações da nossa região, com destaque ao sistema de free flow, que veio para “democratizar” a tarifa e diluir os valores em mais arcos de cobrança. Mas tem um fator que me preocupa. Assim como nas redes sociais e microfones, já é possível perceber alguns poucos agentes políticos usando o debate como palanque para 2026 ou 2028. E o pior. Com discursos populistas, imperitos, e, por vezes, provincianos e implosivos.

vinibilhar@grupoahora.net.br

Daniele Hanna, da Docile, é destaque de RH da região Sul

Adiretora de Gente e Gestão da Docile, Daniele Hanna, será premiada nesta segundafeira, 27, no 3º Prêmio Melhor RH da região Sul. O evento, de forma on-line, integra o 5º Fórum Melhor RH Confiança, que celebra as melhores práticas em recursos humanos no Brasil.

Após a premiação, Daniele participará do painel “Embate final - Como liderar (e inspirar) entre a tradição e a inovação”, ao lado de Almiro dos Reis Netto, Diretor da Franquality Consulting, e Karoll Félix, Gerente Executiva de Cultura, Sustentabilidade e Desenvolvimento Organizacional da Pague Menos, debatendo liderança e diversidade geracional.

Presente em mais de 80 países, a Docile está há mais de 30 anos no mercado, com fábricas no RS e PE. A empresa exporta balas, marshmallows e outros produtos, destacando-se pela inovação e impacto global.

Construção civil cresce no RS

e

enfrenta desa os para 2025

A construção civil no RS superou as expectativas em 2024, com crescimento de 1,4% no 1º semestre em relação ao mesmo

período de 2023 e avanço de 2,4% no 2º trimestre em relação ao 1º.

Segundo o presidente do Sinduscon-RS, Claudio Teitelbaum, o ano fechou em alta, mas o setor enfrenta desafios como a Selic elevada, que pode alcançar 14% em 2025, e a escassez de mão de obra. No final de 2024, o setor registrou 143 mil empregos formais, 17% acima de 2020. O ano também marcou os 75 anos do Sinduscon-RS, com ações voltadas à industrialização e à reconstrução após catástrofes. “A construção é essencial para o desenvolvimento urbano, segurança e habitação, cumprindo sua função social e econômica”, afirmou Teitelbaum.

FRASE DO DIA

“O governo não vai criar rede popular de alimentos, nem congelar preços, nem criar subsídios para baixar o preço dos alimentos.”

• Juros - O Banco do Japão aumentou sua taxa de juros de curto prazo de 0,25% para 0,5% – um nível que o Japão não via há 17 anos. A decisão foi tomada em uma votação de 8 a 1. Com essa taxa, o juro japonês chega ao nível mais alto desde a crise financeira global de 2008.

• Energia - A energia solar liderou pela primeira vez a produção de eletricidade na União Europeia em 2024, segundo relatório da Ember. A geração a gás caiu pelo quinto ano consecutivo, enquanto a eletricidade de origem fóssil atingiu seu menor nível histórico.

• Alimentos - Com alta de 7,69% em 2024, alimentos e bebidas superaram a inflação geral de 4,83%, segundo o IPCA-15. O aumento reflete os impactos do calor e da seca, informou o IBGE. Prévia da inflação em janeiro indica que alimentação e bebidas continuam a pressionar alta no índice geral.

Dólar - Brasileiros gastaram US$ 14,82 bilhões no exterior em 2024, alta frente aos US$ 14,53 bilhões de 2023, segundo o Banco Central. Apesar da disparada de 27% no dólar, passagens, hotéis e serviços elevaram as despesas, ainda abaixo dos US$ 18 bilhões anuais do período pré-pandemia.

Prazo para regularização de MEIs e pequenas empresas termina este mês

MEIs e Micro e Pequenas Empresas têm até o final de janeiro para regularizar dívidas com a Receita Federal e evitar exclusão do Simples Nacional. Mais de 1,8 milhão de empresas correm risco de perder o regime, que oferece tributação simplificada e reduzida. Empresas inadimplentes receberam termo de exclusão pelo Domicílio Tributário Eletrônico e devem quitar débitos à vista ou parcelar em até 30 dias após a notificação. O governo oferece vantagens como descontos de até 100% em juros e multas, parcelamento em 133 vezes e redução da parcela inicial. A regularização pode ser feita pelo Portal do Simples Nacional ou Regularize, e a primeira parcela deve ser paga até 31 de janeiro.

CONCESSÃO DAS RODOVIAS

Vale marca posição e exige mais aporte estadual

Em audiência pública, representações locais enumeram tarifa, desconto em imposto, plano de obras em áreas urbanas e aumento no repasse de R$ 1,3 bilhão do Funrigs como mudanças necessárias

Filipe Faleiro

filipe@grupoahora.net.br

Entre críticas, elogios e sugestões, o resultado da audiência pública foi que há espaço para mudanças no plano de concessões das rodovias do Bloco 2. Essa garantia parte do secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi.

Para um público de quase 200 pessoas, o Estado apresentou os detalhes sobre o modelo dos futuros pedágios. Ao todo, são 415 quilômetros de rodovias, onde estão trechos do Vale do Taquari nas ERSs 128, 129, 130 e 453.

A reunião ocorreu em Lajeado, no auditório do prédio 7 da Univates. Foram mais de duas horas e meia de evento. “Temos alguns encaminhamentos importantes, como mais tempo para análise da proposta, mudanças em obras específicas em rodovias com tráfego municipal, possibilidade de aumentar a participação do Estado, o que, como consequência reduzirá a tarifa teto”, avalia a presidente do Conselho Regional de Desenvolvimento (Codevat), Cintia Agostini. O plano de concessões do governo estadual estipula R$ 6,7 bilhões de investimentos nas rodovias do Bloco 2. Deste montante, são R$ 5,4 bilhões da iniciativa privada e R$ 1,3 bilhão de complemento do Fundo de Reconstrução do RS (Funrigs). São pelo menos 244 quilômetros de duplicações e 103 de terceiras faixas.

Pela expectativa da Secretaria da Reconstrução, o edital final deve ser apresentado até o fim do primeiro semestre deste ano. A partir de julho, a ideia é que o plano esteja pronto para análise da iniciativa privada e levado para o

Audiência pública em Lajeado teve mais de duas horas e meia de duração. Secretário Capeluppi se comprometeu em considerar pedido de aumento do aporte de R$ 1,3 bilhão do Funrigs

leilão, com assinatura do contrato até o fim de 2025.

Entre críticas e sugestões

Ao todo, 27 pessoas se inscreveram para fazerem considerações após o pronunciamento de abertura do secretário Capeluppi. Eram vereadores, deputados, prefeitos, empresários, representantes de entidades de classe e comunidade.

Das participações, também houve quem criticasse qualquer proposta de arrecadação por meio de pedágios. Vereadores e deputados estaduais mantiveram discursos contrários. Entre eles, o parlamentar de Estrela, Volnei Zancanaro (PP). “Não concordo com a concessão. Pagamos R$ 5 bilhões de IPVA. Agora, vem uma

empresa privada e nós vamos pagar? As comunidades atingidas pelas inundações. É o Estado que deve fazer os investimentos, com o dinheiro que arrecada dos impostos.”

De Encantado, o vereador Daniel Passaia (União Brasil), admite a cobrança do pedágio como algo consolidado. “O que precisamos é chegar a uma tarifa justa. Esse é o problema agora. Também os prazos de obras. Por fim, precisamos de mais audiências públicas. Solicito que seja marcada pelo menos mais duas, uma na região alta, para que a comunidade de Encantado e dos demais municípios possam participar.”

é normal em uma democracia. Ninguém gosta de pagar pedágio, mas temos de entender que precisamos de boas rodovias, para dar mais segurança aos motoristas e baixar os custos logísticos.

De maneira geral, evoluímos. O secretário se mantém disposto ao debate, aberto para ouvir e ponderar as sugestões.”

Missão dos municípios

Ao término, o diretor de infraestrutura da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil), Nilto Scapin, considera que a audiência cumpriu o propósito. “Posicionamentos antagônicos, o que urgente.”

O trecho entre Teutônia e Fazenda Vilanova terá instalação de pórticos de free flow (cobrança automática). O que preocupa, diz o prefeito de Teutônia, Renato Altmann, são as modificações na ERS-128 (Via Láctea). “Tem intervenções que dificultam o trânsito entre os bairros Canabarro e Languiru. Para nós, isso preocupa, pois não teremos aperfeiçoamento. Precisamos rever as obras na Via Láctea”, realça. Esse trabalho de análise trecho a trecho, em especial sobre o impacto das intervenções dentro das áreas dos municípios, precisa ser um compromisso dos gestores locais, afirma a prefeita de Lajeado, Gláucia Schumacher. “Temos alguns consensos. A preocupação com a tarifa, com mais aporte do Estado. O projeto hoje está melhor do que o apresentado em 2022. Agora, cada cidade tem que fazer o tema de casa, avaliar as obras e ver o que é mais viável e

Na parte alta do Vale, os prefeitos organizam um grupo para análise das obras, diz o chefe do Executivo de Encantado, Jonas Calvi. “Vamos fazer uma reunião com todos os prefeitos da Avat (Associação dos Municípios do Alto Taquari) já na próxima semana. Temos de olhar todas as obras, nivelar as informações, até para seguirmos o debate com o Estado”.

Critério de investimentos

Hoje, 43% da extensão do Bloco 2 apresenta nível de serviço “D”, “E” ou “F”. Significa dizer que há trechos de pouca velocidade, com pistas simples, e circulação de tráfego superior às condições das pistas. Com isso, são necessárias obras em 80% dos 415 quilômetros.

“No panorama geral, estamos falando de uma área que abrange 32 municípios e representa 18% da população do Estado. São trechos com infraestrutura defasada, com necessidade de muito investimento. Quanto mais obras, mais custo”, afirma Capeluppi. Para chegar nas prioridades, o cálculo da tarifa é feito a partir dos critérios de trafegabilidade que se deseja alcançar. “O cálculo começa no investimento que é preciso. Então, escolhemos o nível de serviço na rodovia. O

VALE DO TAQUARI
Cintia Agostini Presidente do Codevat
Jonas Calvi Prefeito de Encantado

a cada quilômetros bilhões obras

6,7 bilhões

investidos ao longo dos da concessão

4,5 bilhões

investidos nos primeiros dez anos

1,3 bilhão

aporte do Estado via do Plano Rio Grande

nível A é uma rodovia que tem velocidade de 100 quilômetros por hora sem variações. No Vale, o mínimo que aceitamos é o nível C, onde há alguns locais com redução de velocidade. Com isso, a tarifa fica mais elevada”, detalha o secretário.

Tarifa e aporte

manhã de ontem, o secretário Capeesteve em Arroio do Meio, na sede da Foi recepcionado pelo vice-preCIC-VT, Adelar Steffler. O ex-presidente do Codevat, Luciano Moresco, esteve no encontro.

Conforme Steffler, o plano é positivo, região como uma das mais ciadas em termos de investimentos. com ele, o grupo da região fará sugestões de mudanças. pedidos anteriores, a divisão do Bloco Vale e Norte não foi aceito. A incluERS-332, em Arvorezinha, poderá depois do 5º ano de contrato, caso viabilidade. avanços, está o início da dupliERS-453, de Venâncio Aires até logo a partir do terceiro ano de Sobre o leilão a ideia da região é alteração. Para o Estado, o primeiro escolha é o menor aporte público com o maior desconto na tarifa. líderes locais, o desconto na tarifa o principal critério do edital.

TARIFAS E LOCAIS DE COBRANÇA

A partir das sugestões da comunidade, o Estado inclui o relatório da audiência no processo de consulta pública (disponível em parcerias.rs.gov.br). “Nossa obrigação é analisar todas as reivindicações. Ficou muito claro que as cobranças são em relação a tarifa e também de aumento do aporte do Funrigs”, diz Capeluppi. Por se tratar de um recurso que seria usado para pagar a dívida com a União, o acordo estipula que os investimentos precisam ser destinados à infraestrutura e obras de resiliência. “Esse assunto será levado ao governador. Vamos calcular as possibilidades e verificar o que diz o acordo, para que tenhamos segurança legal.” Pelo cálculo do secretário, tanto a redução de R$ 500 milhões em obras ou o aporte deste total no Funrigs, o efeito é a redução de R$ 0,05 na tarifa média por quilômetro rodado. Com isso, o total ficaria próximo ao pedido de líderes locais. Em vez dos R$ 0,23 do cálculo atual, algo em torno de R$ 0,12 a R$ 0,16.

O Bloco 2 compreende sete rodovias:

128; 129; 130; 135; 324; 453 e a BR-470

São 415 quilômetros

De Erechim a Venâncio Aires, com um desvio de Casca até Nova Prata.

Ainda o trecho de Estrela a Garibaldi pela Rota do Sol

São 32 cidades

Representam 17,5% da população

Investimentos

R$ 6,7 bilhões

R$ 4,5 bilhões nos primeiros dez anos

O governo garante um aporte de R$ 1,3 bilhão para obras de resiliência climática

Duplicações

Total de 244 quilômetros de novas pistas

No trecho da região

ERS-130 (Arroio do Meio a Encantado)

Serão 28,1 km duplicados 10 km de ciclovias

9 km de vias paralelas 3 passarelas

3 passagens inferiores 5 rotatórias (uma diamante)

ERS-129 (Casca até Encantado)

31,8 km de duplicação

24,9 em terceiras faixas 145 km de acostamento

4 km de vias paralelas

8 passarelas

10 passagens inferiores 17 rotatórias (três diamantes)

ERS-128 (Teutônia a Fazenda Vilanova)

Obras prioritárias e resiliência climática

Tivemos um debate muito positivo. Nos trouxe muitos elementos para agregarmos no processo. Fico muito feliz quando isso acontece, porque, de fato, vamos construir juntos as soluções. Podemos avançar em demandas específicas dos municípios, com apontamentos sobre as obras. É o caso de Encantado e de Teutônia, por exemplo. Também rever alguns pontos de cobrança por free flow. Nossa preocupação é não separar bairros ou comunidades de alguma cidade. Já temos equipes vendo esses pontos.”

Entre as principais obras estão a reconstrução de 16 pontes em trechos afetados por enchentes, incluindo estruturas mais elevadas para prevenir novos danos. Segundo o Estado, as novas rodovias serão projetadas para suportar eventos climáticos extremos, em especial nos trechos da ERS-130, na ligação entre a microrregião de Encantado com a parte baixa do Vale.

Consulta pública e próximos passos

A consulta pública será aberta ainda em

2024, e audiências com as comunidades abrangidas pelo bloco de concessões estão previstas para o início de 2025. Após a coleta de sugestões e ajustes, o edital final será lançado no fim do primeiro semestre de 2025. Com isso, seria possível levar a proposta ao leilão ainda no próximo ano. A previsão é que a nova concessionária comece a operar no início de 2026, substituindo a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR).

O processo para concessão chegou a ser marcado em 2022, mas foi adiado frente ao pedido de empresas participantes junto com a pressão do setor produtivo regional contra o modelo sugerido.

Com as enchentes de 2023 e deste ano, o cronograma foi revisado para incluir demandas de resiliência climática e priorizar obras urgentes.

3,7 km de duplicação 21 km de acostamento 3 km de vias paralelas

2 passarelas 4 rotatórias

RSC-453 (Estrela a Garibaldi e Lajeado a Cruzeiro)

55,3 km de duplicação 30,3 km de terceira faixa 24 km de acostamento 6 km de vias paralelas

13 passarelas

3 passagens inferiores 17 rotatórias

EGR reafirma ao

MP que entregará ponte em março

Promotoria de Justiça de Lajeado acompanhou cumprimento de termo de ajustamento firmado com a empresa

LAJEADO

OMinistério Público vistoriou, na tarde dessa sexta-feira, 24, o andamento da obra da nova ponte sobre o Rio Forqueta, na ERS-130, entre Lajeado e Arroio do Meio.

Ministério Público vistoriou, na tarde dessa sexta-feira, 24, o andamento da obra

Na ocasião, o promotor de Justiça, João Pedro Togni, verificou o andamento das etapas já concluídas e comparou com o cronograma apresentado pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR).

As planilhas foram apresentadas pelo presidente Luis Fernando Vanacôr.

Em 6 de dezembro de 2024, o MP e a EGR firmaram um acordo. A autarquia dos pedágios

se comprometeu em finalizar a construção da ponte até 29 de março de 2025. Como garantia a EGR se comprometeu em pagar uma multa de R$ 30 mil por dia de atraso não justificado. Além disso, também se comprometeu em informar a cada dez dias em que pé está o cronograma de execução da obra.

Segundo Vanacôr, nessa

semana as equipes da Engedal concluíram todas as 24 vigas. Paralelamente às atividades dos pilares, o parque fabril segue com a produção das lajes pré-moldadas. Nas extremidades, está em construção o aterro de nivelamento da ERS-130 com a nova ponte. O projeto prevê uma rampa de 170 metros de pista de rolamento até a altura da nova estrutura da

ponte em ambos os lados – Lajeado e Arroio do Meio. A nova ponte está sendo construída com 172 metros de extensão – 5,10 metros maior e cinco metros acima da antiga – , além de contar com duas faixas no pavimento principal e espaço para travessia de pedestres e ciclistas.

O investimento é de R$ 14 milhões.

Gabriel Santos gabriel@grupoahora.net.br

ATENÇÃO ÀS REDES SOCIAIS

Conexão e saúde mental em harmonia

Do detox digital à inspiração para hábitos saudáveis, usuários e especialistas discutem os desafios de usar as redes sociais de forma consciente e sem comprometer o bem-estar

Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br

Jéssica R. Mallmann jessicamallmann@grupoahora.net.br

Em uma era de hiperconectividade, as redes sociais exigem atenção. De um lado, a comparação, a desinformação e o cuidado com a saúde mental. De outro, a utilização da ferramenta para incentivar hábitos saudáveis, autoestima e autocuidado.

A linha entre um e outro é tênue e, muitas vezes, não é percebida pelos usuários. A utilização das redes pode se tornar prejudicial e não é raro perceber pessoas que desativam perfis para se afastarem desse meio.

Para quem trabalha com a internet, esse desafio é constante. A psicóloga e influenciadora Jéssica Cristine Dick, 31, diz ser importante olhar para a relação com as redes sociais e entender os limites saudáveis.

“Entendi que a rede social é uma ferramenta que eu preciso usar ela, e não ela me usar e com isso comecei a observar o que eu consumia lá, e como eu me sentia com os conteúdos”. A psicóloga ressalta que os conteúdos nas redes ajudam a modelar a visão de mundo, por isso é essencial escolher de forma consciente.

CARINE BERNHARD DUARTE,

“As pessoas têm que se colocar como prioridade na vida, pensar mais nelas e não no próximo. Levar as pessoas que divulgam conteúdos na internet como fonte de inspiração, mas nunca como comparação, porque se não a evolução vai car estagnada sempre.”

KAILANI BARBIERI,

sociais são potentes de várias formas, mas cabe a cada um saber usá-las de forma benéfica. Além do consumo, Jéssica também se preocupa com o que compartilha no perfil do Instagram @ psicojeh.

Ao final de cada dia, a psicóloga compartilha o que chama de “insights terapêuticos”, para que ajude as pessoas a refletirem sobre si e suas vidas. Ela também cuida da saúde mental com terapia toda semana, atividade física, leituras e momento em contato com a natureza. “Aprendi a valorizar muito mais o momento presente quando percebi o quanto ficar conectada já tinha me tirado”.

O real atrás das telas

uma conexão muito maior com quem nos acompanha”.

Uma era sem fi ltros

conteúdos na internet como fonte de inspiração, mas nunca como comparação, porque se não a evolução vai ficar estagnada sempre”.

Ali é um recorte da vida das pessoas. Cada um recorta o que quer divulgar da sua vida, não o que ela é de fato.”

Mais do que interferir no comportamento, o uso excessivo ou indevido das redes pode causar outros problemas e é nesse sentido que a expressão “brain rot”, ou “podridão cerebral”, vem crescendo. A expressão descreve a deterioração mental ou intelectual causada pelo consumo excessivo de conteúdos digitais. Estudiosos percebem esse declínio cognitivo também afetando o foco em tarefas cotidianas. Na rotina de Jéssica, ela procurou parar de seguir perfis que não faziam sentido com o que buscava para a vida e, por outro lado, começou a seguir páginas que a inspirassem. “Esse detox digital foi importante para reavaliar minha forma de consumo. Separei períodos em que me permito fazer a checagem, verifico o que importa, interajo com as pessoas e acompanho conteúdos que sinto que me agregam de alguma forma”.

Para a influenciadora, modelo e atual princesa da Expovale, Kailani Barbieri, 22, esse processo de mudança ocorreu quando ela percebeu o vazio que sentia com a vida que levava. A virada de chave veio com os treinos na academia e a busca por uma alimentação saudável, priorizando cada vez mais a saúde, a família e os propósitos pessoais.

No caso dela, as redes sociais tiveram um papel importante. A cada publicação, um incentivo próprio para continuar. “Comecei a ver que podia inspirar outras pessoas a começarem a se movimentar. Pra mim também serviu como motivação para melhorar cada vez mais como pessoa”.

Pensar em desistir das redes já passou pela cabeça dela. Nesses momentos, Kailani lembra o motivo de ter iniciado. Nas postagens, também procura ser real, mostrar seu rosto e corpo sem filtros e, muitas vezes, sem maquiagem. “Quando mostramos quem a gente é, criamos

BRUNO CARRIÇO DE OLIVEIRA, PSICÓLOGA MÉDICO E ADVOGADO

Com o aumento de seguidores no perfil do Instagram, também veio a responsabilidade e o cuidado em postar conteúdos relevantes e que agreguem valor.

Ao compartilhar a rotina de exercícios físicos, alimentação e trabalho, ela espalha bons hábitos, mas também reforça o cuidado com a jornada de cada um, sem comparações.

Para a psicóloga, as redes

“As pessoas têm que se colocar como prioridade na vida, pensar mais nelas e não no próximo. Levar as pessoas que divulgam

Nas circunstâncias atuais, não pretendo voltar para a rede. Porém, a comunicação e a troca de informações seguirão existindo, mesmo que por outros meios.”

Desde o dia 14 de janeiro, alguns dos efeitos e filtros de realidade aumentada, criados por usuários do Instagram para aprimorar fotos e vídeos, foram retirados da plataforma. Apesar da decisão da Meta - empresa que administra a rede social - estar mais envolvida com questões econômicas, a mudança levantou o debate sobre a autoestima e a rejeição da autoimagem.

A psicóloga Carine Bernhard Duarte explica que a remoção dos filtros realmente impactou na vida de muitos usuários, visto que eles utilizavam a ferramenta para modificar a própria imagem. Por meio das tecnologias, removiam manchas da pele e linhas de expressão, alteravam o tamanho de nariz e boca, ou mesmo mudavam a cor dos olhos. Tudo isso para evidenciar características irreais e serem aceitos pela sociedade.

“É preocupante pois temos uma geração de crianças que não se permitem estar sem batom e rímel. Isso acende um alerta”, destaca Carine. A psicóloga ressalta que o Brasil é campeão em cirurgias plásticas no mundo. “O que estamos deixando para essa geração quanto necessidade de imagem? Que imagem é preciso ter para ser aceito e existir identificação?”, questiona.

O ambiente virtual também tem alta influência sobre as expectativas em relação à vida real.

Kailani busca compartilhar nas redes conteúdos sobre saúde e bem estar, a m de incentivar suas seguidoras

“Aprendi a valorizar muito mais o momento presente quando percebi o quanto car conectada já tinha me tirado.”

Quanto mais as pessoas consomem o Instagram e TikTok, mais elas criam a necessidade social de

se adequarem aos padrões publicados. “Ali é um recorte da vida das pessoas. Cada um recorta o que quer divulgar da sua vida, não o que ela é de fato”, ressalta a psicóloga.

“Detox” das redes

As redes sociais foram criadas com o propósito de conectar amigos e aproximá-los de conteúdos relevantes e de interesse comum. No entanto, para o médico e advogado, Bruno Carriço de Oliveira, 39, esse objetivo se perdeu ao longo do tempo. As redes tornaram-se um espaço de

A psicóloga e in uenciadora Jéssica diz ser importante olhar para a relação com as redes sociais e entender os limites saudáveis

veiculação de notícias e opiniões que nem sempre são analisadas com profundidade, tanto por quem publica quanto por quem visualiza as postagens. Fato que o levou a abandonar o Instagram há cerca de um ano.

“O compartilhamento em escala exponencial e instantânea de uma fala ou fato por qualquer pessoa, sem o aprofundamento necessário, levou a um ambiente

Para manter o equilíbrio

• Estabelecer limites

• Limitar o tempo que passa nas redes sociais

• Desativar notificações não essenciais

• Criar zonas sem tecnologia, como horários ou locais específicos

• Fazer pausas intencionais do uso das redes sociais

Praticar autoconhecimento

• Trabalhar o autoconhecimento para evitar sentimentos de inferioridade

• Refletir sobre o impacto das redes sociais nas emoções

• Manter um diário para identificar padrões e motivar a redução do uso

• Buscar apoio profissional

• Considerar apoio psicológico em casos mais graves

• Buscar orientação e suporte de um psicólogo ou terapeuta

Outras dicas

• Seguir pessoas que inspiram e produzem conteúdos que condizem com a sua realidade

• Evitar publicar sua rotina e intimidade na internet

• Não comparar sua vida com a das outras pessoas

• Praticar atividades físicas ao ar livre

de divisão e emburrecimento”, afirma Bruno. “Se nem todos os envolvidos em um acontecimento tem a oportunidade de se expressar, não há como cumprir a máxima do jornalismo de ouvir a todos os lados antes da divulgação dos fatos”.

Outro ponto analisado pelo advogado é a segurança da informação. A incerteza sobre o armazenamento de fotos e dados, bem como o modo que esse material pode ser utilizado para fins da inteligência artificial, sem o real consentimento do usuário, o preocupam. “Nas circunstâncias atuais, não pretendo voltar para a rede. Porém, a comunicação e a troca de informações seguirão existindo, mesmo que por outros meios”.

Viver o presente

A psicóloga Carine revela que, assim como Bruno, muitas pessoas estão fazendo o chamado “detox digital”. Para ela, esse movimento pode ser benéfico, visto que a sociedade ainda não compreendeu a real necessidade de ter a rede social. É preciso entender “qual o propósito dela na minha vida e como eu quero me relacionar com essa ferramenta, pensando na forma como ela vai existir no meu dia a dia”.

Segundo a especialista, quando uma pessoa sente a necessidade de se afastar das redes sociais para viver mais o “aqui e agora”, pode obter benefícios para a saúde mental e emocional.

FOTOS ARQUIVOS

COMPLEXO AGRÍCOLA 134 ANOS

Cerimônia contou com as palavras de Ana de Azambuja, presidente da Câmara de Vereadores, em homenagem a data

Novo slogan institucional é lançado oficialmente

Cerimônia em frente à prefeitura reuniu música, entrega de árvores e a apresentação de “Lajeado, aqui é o nosso lugar”

Daniély Schwambach centraldejornalismo@grupoahora.net.br

Estagiária sob a supervisão de Felipe Neitzke

Na manhã dessa sexta-feira, 24, a administração municipal de Lajeado promoveu um ato simbólico em homenagem aos 134 anos de emancipação do município, que serão celebrados oficialmente no domingo, 26. O evento ocorreu no Largo da Prefeitura, em frente ao Centro Administrativo, marcando o lançamento do novo slogan institucional “Aqui é o nosso lugar”. Durante a solenidade, o momento musical ficou a cargo de Tiago Kreutz, professor de música da Casa de Cultura. No discurso, a prefeita Gláucia Schumacher destacou a mensagem de pertencimento transmitida pelo slogan e a importância de homenagear a cidade. “Escolhemos o aniversário de Lajeado, uma data tão significativa, para divulgar esse slogan que representa nossa identidade. Aqui enfrentamos desafios como a maior enchente da história, no ano passado. Reconstruímos a cidade e seguimos resilientes”, afirma Gláucia.

Como parte da celebração, mudas de árvores foram entregues aos participantes. O gesto simbolizou o compromisso com o meio ambiente.

No encerramento, os presentes entoaram o tradicional “Parabéns a você” em homenagem ao município.

Parte da história de Lajeado

Lajeado surgiu em 1855 com a fundação da Colônia dos Conventos por Antônio Fialho de Vargas. Localizada às margens do Rio Taquari, a região foi povoada inicialmente por imigrantes alemães, seguidos por italianos, que contribuíram para o desenvolvimento local.

Em 26 de janeiro de 1891, a localidade foi desmembrada de Estrela, dando origem ao município de Lajeado. Desde então, a data é celebrada como marco histórico, destacando o desenvolvimento e a trajetória da cidade.

“Lajeado é referência para toda a região, e vamos continuar evoluindo porque aqui é o nosso lugar”, destaca a prefeita.

Granja que abrigará mais de 140 mil aves por ano é inaugurada em Muçum

Empreendimento da família Cavagnoli é o maior investimento já realizado no setor primário do município

MUÇUM

Em Muçum, foi inaugurada a Granja Avícola Costa Rica, o maior investimento já realizado no setor primário do município. Localizado na Linha Alegre, o empreendimento da família Cavagnoli, conta com uma área de construção de 1,1 hectare, no qual estão instalados quatro modernos pavilhões que abrigarão mais de 140 mil aves por ano, em fase de recria.

Com um investimento de R$ 11 milhões, o novo complexo avícola deve gerar cerca de R$ 300 mil em incremento na arrecadação municipal anual, através do retorno do ICMS, além da criação de mais de 10 empregos diretos e indiretos. Por meio da Lei Geral de Incentivo, o

projeto recebeu o apoio do governo municipal, que realizou a terraplanagem de três hectares e melhorias no acesso à propriedade, somando um investimento de aproximadamente R$ 900 mil.

O prefeito Mateus Trojan, destaca que a Lei de Incentivo do município, criada em sua gestão, tem sido fundamental para atrair novos investimentos no setor primário e industrial. “Empreendimentos como a Granja Costa Rica representam o futuro de Muçum. Continuar fomentando o crescimento econômico do município, por meio de novos investimentos, é essencial para fortalecer nossa economia”, salienta.

O Secretário de Agricultura de Muçum, Rodolfo Pavi, ressalta o impacto positivo que o novo complexo gera na comunidade. “O

Área de construção de 1,1 hectare, no qual estão instalados quatro modernos pavilhões

Setor primário é responsável por 45% da receita do município e com estes novos investimentos, o setor valorizará ainda mais. A prefeitura tem concedido incentivos a produtores que visam ampliar suas produções e assim ter uma sucessão familiar, que também é o caso do Claudir Cavagnoli, onde filhos também participam das decisões da propriedade”, explica Rodolfo. O produtor e proprietário da Granja, Claudir Cavagnoli, agradece o acolhimento da comunidade muçunense e o apoio da prefeitura. “Depois de tudo o que aconteceu nos últimos anos, é gratificante contribuir para o crescimento do município e ver como parcerias entre o setor público e privado podem fazer a diferença na vida da comunidade”, disse.

DIVULGAÇÃO
LAJEADO
DANIÉLY SCHWAMBACH

REPRESENTAÇÃO NO VALE

Daiani Maria é eleita presidente da Avat

Chapa liderada pela vereadora venceu eleição nesta quintafeira, 23

VALE DO TAQUARI

Avereadora de Cruzeiro do Sul, Daiani Maria (MDB), preside a Associação de Vereadores do Vale do Taquari (Avat) em 2025. A eleição ocorreu nesta quinta-feira, 23, de forma online.

A emedebista venceu a disputa contra a chapa liderada por Paulo Bettoni, de Anta Gorda, por 130 votos contra 30 da outra composição.

Será a segunda passagem dela pelo cargo. A primeira foi em 2023, quando se tornou a primeira mulher a comandar a associação que reúne 20 Legislativos do Vale.

A votação foi conturbada e quase precisou ser adiada, uma vez que o grupo de Whatsapp criado para registar as mensagens com o votos, foi denunciado e bloqueado.

Esta é a segunda passagem de Daiani Maria pelo cargo

Di RETOR i A DA AVAT

Presidente

Daiani Maria (MDB) Cruzeiro do Sul

Vice Luias Wermann (PSD) Teutônia

Secretário

Jones Vavá (MDB) Lajeado

Segundo secretário

Tainá Zanchetti (PSDB) Roca Sales

Tesoureiro

Diego Pretto (PP) Encantado

Segundo tesoureiro

Claidir Kerkhoff (Republicanos) Venâncio Aires

Diretor Social João Pedro Pazuch (PSB) Bom Retiro do Sul

na associação

MEIO AMBIENTE

Parceria garante água potável em meio à escassez de chuvas

Nas últimas duas décadas foram mais de 110 famílias de agricultores beneficiadas com ações para proteção ou recuperação de nascentes em Progresso

Recurso natural necessário para praticamente todas as atividades realizadas no meio rural, desde a dessedentação animal à irrigação da lavoura, a água de qualidade e abundante é fundamental, não apenas pela redução de custos de produção que propicia ao agricultor, mas também por possibilitar a segurança em tempos de estiagem. Uma forma de ajudar a proteger o meio ambiente, ter uma água de

qualidade e evitar o desabastecimento é a preservação de nascentes. Tipo de intervenção pouco invasiva e totalmente de acordo com a legislação ambiental em vigor, a implantação do sistema garante a captação da água em maior abundância e com reduzido risco de contaminação por partículas de solo

ou matéria orgânica, o que diminui o risco de doenças.

Um levantamento recente feito pela equipe da Emater/RS-Ascar de Progresso, mostra que nas últimas duas décadas, somente no município, foram mais de 110 famílias de agricultores beneficiadas com ações para proteção e/ou recuperação de

Entre as iniciativas, estão ações como uma estrutura de alvenaria para reter água

nascentes. É o caso da agricultora Santina Fátima Claro Gonçalves, de 44 anos. Residente na comunidade de Cordilheira de Tocas, Santina

procurou a Assistência Social para solicitar o trabalho de orientação para a proteção da fonte em sua propriedade. Em parceria com a Emater/RS-Ascar, Secretaria de Agricultura e Secretaria de Obras, na propriedade foi implementado o sistema de alvenaria, com um custo não muito superior a R$ 250,00 com os quais foram comprados tijolos, canos, tampões, cimento, areia e lona. Para reter a água, a propriedade conta com duas caixas de água, uma de mil litros, que capta a água próximo à nascente, e outra de 500 litros, a qual recebe a água que é bombeada da nascente para a casa, a cerca de 300m de distância.

A extensionista da Emater/RS-Ascar, Simone Kotz Wobeto, destaca que esse trabalho é uma ação sustentável, acessível, prática e com grande retorno para os produtores. “É um trabalho de suma importância para a sustentabilidade de uma propriedade, pois sem água não há vida e, muito menos, gera-se renda. Ações como essa, de proteção e/ou recuperação de nascente e instalação de cisternas para captação de água das chuvas, tornam-se cada vez mais necessárias devido ao desequilíbrio do tempo”, salienta. Quem tiver interesse a respeito da proteção e/ou recuperação de nascentes pode procurar qualquer uma das entidades parceiras citadas e solicitar a orientação.

Divulgação

APRESENTA

Diana Eidelwein e Larissa Schulte

Cativa Arquitetura

Instagram: @cativarquitetura

Email: contato@cativaarquitetura.com.br

Bibiana Faleiro bibianafaleiro@grupoahora.net.br

Localizada em um ponto privilegiado de um condomínio na região alta de Teutônia, a Casa Costa Verde foi projetada para ser um refúgio ideal para uma família. Criada pelas arquitetas Diana Eidelwein e Larissa Schulte, da Cativa Arquitetura, a

Conforto e elegância junto à natureza

residência carrega um estilo contemporâneo, que incorpora toques clássicos. O projeto reflete o desejo de praticidade e elegância, traduzindo-se em uma residência que abraça tanto o conforto quanto a integração com a paisagem ao redor.

As soluções arquitetônicas, segundo as arquitetas, valorizam a orientação solar e a vista exuberante, promovendo uma conexão entre o ambiente interno e o entorno natural. O projeto de interiores mantém um diálogo com a proposta externa, utilizando elementos naturais para imprimir aconchego e atemporalidade nos ambientes.

O projeto, presente no Anuário ARQ 2025, tem como um dos grandes destaques a materialidade cuidadosamente escolhida. A pedra natural, presente na fachada e no living ao redor da lareira, conecta a residência à natureza circundante, enquanto a madeira permeia os espaços com sofisticação.

Painéis de madeira ainda delimitam áreas estratégicas, como a divisão entre o living e o escritório, e camuflam portas

de uso funcional, criando transições suaves. Essa harmonia de materiais e texturas resulta em um lar acolhedor, elegante e perfeitamente alinhado ao sonho dos moradores.

REALIZAÇÃO
As soluções arquitetônicas valorizam a orientação solar e a vista exuberante

Município mantém aplicação diária de inseticida para controlar a circulação do mosquito

OBITUÁRIO

AUREA ROCHA COUTO, 77, faleceu na sexta-feira, 24. O velório ocorre na Capela Rocha, em Taquari. O sepultamento ocorre neste sábado, 25, às 9h, no Cemitério Municipal de Taquari.

JOAREZ FRITZ, 66, faleceu

Levantamento estadual revelado ontem mostra que a cidade da parte alta do Vale concentra o maior número de contágios de

ENCANTADO

Omunicípio mantém a liderança no ranking de casos confirmados de dengue no Rio Grande do Sul. A atualização do painel do governo do estado divulgada na segunda-feira, 10, revela 1.025 pessoas contaminadas desde o início do ano. Na sequência, aparece Ijuí

Represen-tante da indústria brasileira

voo de morcegos Disney on (?),show de

Conforme o Departamento de Meio Ambiente de Encantado, os técnicos e as agentes de endemias mantêm o trabalho de campo, com visitas às residências para orientar os moradores sobre formas de prevenir e eliminar os criadouros do mosquito aedes. Outra ação diária e contínua é a aplicação do inseticida Cielo pelo centro e bairros a fim de bloquear a circulação do inseto. No Vale do Taquari, Estrela (214), Lajeado (41), Anta Gorda e Roca Sales (34), Muçum (25) e Nova Bréscia (15) são outras cidades com maior número de infectados.

Apelido

Fantasma de Hogwarts (Lit.)

Identificar (som) Caráter do comentário que visa a desmoralizar uma pessoa

"A única (?) da vida é a morte" (dito)

Roedor raro das ilhas Moleques do Sul (SC)

Espetáculo da Broadway Josafaz ou Itaimbezinho (Geog.)

Punta del (?), cidade conhecida como A Pérola do Uruguai

Equipe, em inglês

de

(abrev.) (?) escura, origem

Bater na mesma (?): insistir em um assunto Anton Tchekhov, escritor de "A Gaivota" Vai a pé (?) Carolina, cantora

Escassos (fig.)

máquina fotográfica Verniz para acabamento de móveis (?) vera, ingrediente hidratante de cremes

Tipo de deboche usado por humoristas

Estado mais rico do Brasil (sigla)

Monte dos Dez Mandamentos (Bíblia) (?) Epps, ator de "House" (TV)

Qualidade do cão

(?) de chuva, especialidade de Tia Nastácia (Lit.)

Dois ingredientes da paella Expressão do gaúcho

Bilhete Único (sigla)

V erniz para aca-bamento de móveis

(?) vera, ingrediente hidratante de cremes

Estado mais rico do Brasil (sigla)

(?) Epps, ator de Um dos filhos de Noé (Bíblia)

da máquinafotográfica

Identificar (som) "A única (?) da vida é a mor te" (dito) Roedor raro das ilhas Moleques do Sul (SC) Espetá- culo da Broadway Josafaz ou Itaimbe- zinho (Geog.) Bater na mesma (?): insistir em um assunto Anton T chekhov escritor de "A Gaivota" V ai a pé (?) Carolina, cantora

Tipo de deboche usado porhumoristas

a

Um dos filhos de Noé (Bíblia) (?) way, embalagem descartável (ing.)

A maneira de agir do romântico incorrigível

3/ice — one — sem. 4/doce

HORÓSCOPO

(?) way embalagem descar tável (ing.)

ÁRIES: No trabalho, nada de se indispor com colega por pouca coisa, a energia é passageira e você consegue evitar.

A maneira de agir do romântico incorrigível

Escassos (fig.) Qualidade do cão

TOURO: Nos assuntos de trabalho, mostre mais quem é você e todas as suas capacidades, o reconhecimento vem que vem.

Monte dos Dez Man- damentos (Bíblia)

Rio de MG e ES A 3a nota musical

LIBRA: Noite quente promete! Nas paqueras, cuidado pra não dá valor demais onde na verdade só tem curtição. Entre na onda e viva o momento!

ESCORPIÃO: Novas ideias e passeios podem trazer aproximação pra vocês! Nas paqueras, não tenha medo de lançar seu charme pro alvo.

Bilhete Único (sigla) (?) de chuva, especialidade de Tia Nastácia (Lit.)

GÊMEOS: Nas conquistas, equilibre o modo como você está acostumada a demonstrar os sentimentos.

Dois ingre-dientes da paella Expressãodo gaúcho

CÂNCER: Na conquista de um amor pra chamar de seu, novas atitudes te trazem grandes resultados, uma pessoa especial pode chegar de repente.

LEÃO: O melhor que você pode fazer é ficar fora de tretas - fica na sua e evite se expor demais.

VIRGEM: No relacionamento, questões de passado não devem ser importantes pro presente. Estejam juntos para definirem o que querem.

SAGITÁRIO: Em casa com o mozão, o Universo também cobra cuidado na comunicação, e isso deixará a duplinha nas nuvens.

CAPRICÓRNIO: Você vai contar com uma dose extra de paciência para não agir de um jeito que te traga prejuízos, até mesmo com grana.

AQUÁRIO: Se você trabalha principalmente com vendas ou serviços, uma solução pode surgir para um problema antigo.

PEIXES: Foque em fazer algumas mudanças a nível pessoal também, mas grandes movimentos externos não estão tão favoráveis.

Região de Manaus Os pedidos de casamento em outdoors
Apelido
Caetano Tipo de pão

UMAS & OUTRAS

FINAL DAS CONTAS

Passando a régua, no geral imagino eu que a proposta final de uma nova concessão para as rodovias estaduais da região será razoavelmente bem encaminhada. Estamos com bons representantes na parada e contando com olhos e ouvidos atentos por parte das autoridades competentes.

As principais obras mais necessárias, com alguns possíveis ajustes localizados, não deixam muito a desejar. Incluem, inclusive, expectativas e reivindicações de mais de 20 anos, em diferentes trechos da logística regional.

O uso do sistema free-flow, que é um baita avanço e bem mais ¨justo¨ em relação às praças de pedágio também parece ser um consenso. Até porque nos trechos em que há maior densidade de tráfego e maior concentração de obras físicas a serem realizadas os usuários potencialmente mais e melhor beneficiados vão ser formalmente ¨convidados¨ a contribuírem um pouco mais com as melhorias projetadas.

QUEM

A frase é antológica, do saudoso Abelardo Barbosa, o ¨Chacrinha¨. Sei não...mas me parece que lá pelas bandas do planalto central andam derrapando meio feio na comunicação social, ou estão confiando demais em determinadas barragens de mídia contratadas, muito pouco eficientes em tempos de redes sociais. Mais do que nunca, a credibilidade do meio e das informações transmitidas sempre

Pontos a ponderar: as tarifas são meio ¨salgadas¨? Em comparação com outros padrões de referência, ou com um VDM atualizado, realmente são. Isso pode ser equacionado de comum acordo, embora não custe lembrar que os valores atualmente discutidos só passariam a valer daqui a uns 24 meses e tem relação direta com os custos das melhorias a serem realizadas, bem como com a viabilidade e sustentabilidade econômico-financeira de quem vai encarar a parada. Os pórticos previstos são meio exagerados para certos trechos? Talvez sim, mas quem se utiliza regularmente desses trechos com certeza podem ter um abatimento/ desconto a partir de um determinado número de passagens, não há empecilhos técnicos que impossibilitem uma normativa dessas.

A participação relativa de recursos estatais nas obras previstas de melhorias em estradas pedagiadas podem ser aumentadas? Pode, sem esquecer que estão previstas outras obras também relevantes em rodovias estaduais não peda-

giadas na região. Sem contar com outras muitas demandas de outras regiões, que também em maior ou menor grau reivindicam recursos semelhantes e o ¨cobertor sempre é meio curto¨, como diz o meu Cumpádi Belarmino.

As bases contratuais de valores/ obras/prioridades precisam ser as mesmas ao longo de 30 anos? Não vejo motivos para não serem reavaliadas, alteradas e talvez até revalidadas a cada período de sete/oito anos, garantindo a necessária segurança jurídica para a concessionária.

Tem outros aspectos menores a ponderar, esses são apenas alguns pontos que este mero ¨chutador¨ considera mais relevantes a serem devidamente equacionados. Apenas um ponto de vista, sujeito a levar chumbo e que ninguém precisa levar em consideração.

De qualquer maneira, há uma realidade objetiva a ser encarada pela frente. E não dá mais pra retroceder, engatar a marcha-à-ré voltando a experiências passadas, de não muito boas lembranças.

Prá frente é que se anda!

falam mais alto.

Tô sendo bonzinho, não vou nem falar em narrativas pré-fabricadas prá ocupar a pauta, isso faz parte do jogo e acredite quem quiser.

Mas do jeito que vai, acho que não vai. Ou vai, cada vez mais pro fundo do poço. Em boa hora aparentemente estão tratando de remanejar alguns ¨postes¨ telegráficos.

Bem Vindas Notícias Favoráveis! (duplo com) As Contrárias São Fake News.

LIVRE PENSAR

O ótimo é inimigo do bom.” (autoria incerta).

SAIDEIRA

Neto pro nôno:

- Qual na sua opinião é a maior invenção alemã?

- O chopp!

- Quero dizer a melhor invenção tecnológica e científica!

- Ahhh...aí é a bomba do barril de chopp!

Médico

Grandes ambições, grandes responsabilidades

“Não pode e não deve um príncipe prudente manter a palavra empenhada quando tal observância se volte contra ele e hajam desaparecido as razões que a motivaram. (...) Nas ações de todos os homens, especialmente os príncipes, (...) os ns é que contam.” Maquavel

Trump foi eleito para mais um mandato de presidente dos Estados Unidos da América. Sua votação foi esmagadora e ele, nos primeiros dias de seu mandato está fazendo, ao contrário de outros, exatamente o que disse que iria fazer. Gostemos ou não, os EUA são a maior potência econômica e militar do planeta, posição a qual ascenderam após o fim da segunda guerra mundial. Aliás, é preciso que se diga que sem a força militar americana e sem as milhões de vidas de soldados soviéticos, o mundo seria hoje diferente. Finda a guerra, as forças aliadas ocuparam todo o território alemão e dividiram-no em quatro zonas: francesa, britânica, norte-americana e soviética. Berlim ficou numa posição peculiar, sendo uma cidade “ilha” localizada dentro da zona soviética. Com o passar dos anos, houve uma divisão entre a Alemanha ocidental, capitalista, e a Oriental, comunista. Com o enfraquecimento da União Soviética no final dos anos 80, surgiu a oportunidade de derrubar o muro de Berlim e reunificar as Alemanhas. Assim, em fevereiro de 1990, houve uma reunião com ministro de Assuntos Exteriores da União Soviética, Eduard Shevardnadze com James Baker (secretário de Estado americano) em que esse último afirmou que os Estados Unidos lutavam por uma Alemanha unida que permaneceria “firmemente ligada à OTAN”, prometendo ao mesmo tempo “garantias de ferro de que a jurisdição ou as forças da OTAN não se moveriam para o leste.”

Mais tarde naquele dia, em uma reunião com o presidente soviético Mikhail Gorbachev, Baker reconheceu que “É importante para a União Soviética e outros países europeus terem garantias de que se os Estados Unidos mantiverem a sua presença em Alemanha, no âmbito da OTAN, não haverá extensão da jurisdição ou da presença militar da OTAN nem um centímetro na direção oriental”. Dito isso ele ainda perguntou a Gorbachev se ele preferiria uma Alemanha unida “fora da OTAN” completamente independente, ou uma Alemanha unida que mantenha laços com a OTAN, mas com a garantia de que a jurisdição ou tropas da OTAN não iriam estender-se para leste da linha atual.

Em 10 de fevereiro de 1990, ocorreram negociações entre os lados soviético e da Alemanha Ocidental, nas quais o chanceler alemão Kohl e o ministro das Relações Exteriores alemão, Genscher, deram garantias sobre a não expansão da OTAN. Depois disso, com a dissolução da União Soviética e o fim do pacto de Varsóvia, a OTAN contrariamente as promessas políticas, moveu-se para leste, em direção a Rússia. Questionada, a liderança da OTAN ressaltou que a decisão de limitar a sua expansão nunca foi tomada. Foi assim que a OTAN chegou até a fronteira da Ucrânia. Trump conhece a história e sabe o quanto vale a palavra empenhada, sabe também que colocar o líder da Ucrânia e da Rússia em uma mesa de bar para negociar não funciona... vamos ver se será capaz de deter essa guerra.

365 VEZES NO VALE

365vezesnovaledotaquari@gmail.com

Uma queda de água transformada pela enchente

Nas últimas semanas divulgamos dois vídeos no charmoso Túnel de Morro Azul, em Paverama. Os trilhos de trem formam um belo cenário em meio as árvores que cobrem por completo o ambiente. Numa das postagens, caminhamos pela ferrovia. A outra de anos atrás foi encaminhada pelo seguidor Zé Arthur Eidt (@ ze_arthur_eidt) e flagra a passagem do trem no local.

Veja o vídeo do Túnel de Morro Azul aqui

Inauguramos

ACom acesso gratuito, Cascata do Moinho, de Canudos do Vale, se popularizou pela piscina natural

Cascata do Moinho ganha fama por ter uma das piscinas naturais mais convidativas da região. É um destino de entrada gratuita na Linha Pinheirinho, a cerca de quatro quilômetros do centro de Canudos do Vale. Algumas placas foram instaladas na estrada, além da cachoeira estar marcada no GoogleMaps. O nome vem de um antigo engenho instalado na queda d’água. Algumas ruínas estão em meio à mata até hoje. Com uma trilha de aproximadamente 200 metros, tem apenas uma parte mais desafiadora, onde o

Com a enchente histórica, o poço cou mais raso e a água mais quente. Quem entrar na água precisa ter cuidado com a segurança

frequentador precisa descer as rochas com ajuda de uma corda. O salto tem cerca de 15 metros com a água caindo num poço cristalino. A enchente histórica de maio transformou o local. O poço se encheu de cascalhos e ficou mais raso. Na maior parte, o nível não ultrapassa a cintura de um adulto. Obviamente por se tratar de um destino natural, se banhar por lá exige cuidado redobrado. Não há nenhum mecanismo de segurança, apenas a precaução do banhista.

Na opinião desse colunista, a Cascata do Moinho ficou ainda

mais atrativa e esteticamente mais bonita com as mudanças da enchente. Os amantes do ecoturismo precisam conhecê-la sem jamais deixar o lixo na natureza.

Nós do 365 vezes no vale fomos os primeiros hóspedes do Sassi di Matera Chalés. A nova pousada rural fica em São Domingos do Sul, a cerca de 120 quilômetros de Lajeado. Se trata de um refúgio de paz e conforto ideal para casais. O atrativo que mais gostamos foi a banheira de hidromassagem totalmente envidraçada. Mais informações sobre o destino podem ser acessadas no Instagram @chale_sassi_di_matera ou no WhatsApp 54 99935-0610.

FÁBIO KUHN

De volta pra casa

Depois de estreias longe de porto alegre, Beira-rio e arena abrem as portas para primeiros compromissos de 2025

Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br

Ofim de semana reserva um momento especial para a Dupla Gre-Nal. Depois de estrearem longe de casa, Grêmio e Internacional voltam a atuar em seus estádios pela primeira vez na temporada 2025. Em duelos contra a Dupla Ca-Ju, o Colorado recebe o Juventude, no sábado, às 16h30min, enquanto que o Grêmio encara o Caxias, no domingo, às 20h30min. Os dois jogos tem transmissão da Rádio A Hora e do canal A Hora Gre-Nal, no Youtube.

Quem entra em campo primei-

ro é o Inter, que busca a primeira vitória após empatar em 2 a 2 com o Guarany, em Bagé. O técnico Roger Machado tem problemas

Quinteros

na arena pela

primeira vez

Além de ser especial para o torcedor que irá reencontrar o Grêmio, o jogo de domingo, às 20h30min, contra o Caxias, marca a primeira aparição de Gustavo Quinteros na Arena. Após empatar em 0 a 0 na estreia contra o Brasil de Pelotas, o Tricolor busca o primeiro triunfo para largar bem no Gauchão.

Nessa sexta-feira, 23, o Grêmio informou que Rodrigo Ely, que teve de sair no primeiro jogo, não teve lesão constatada. O zagueiro pode ser poupado, mas não preocupa para o decorrer do campeonato. Caso não jogue,

Gustavo Martins será parceiro de Jemerson.

O restante do time não deve ter novidades. Gabriel Grando; João Pedro, Gustavo Martins, Jemerson e Mayk; Dodi, Villasanti e Cristaldo; Pavón, Aravena e Braithwaite.

Adversário do domingo, o Caxias jogou na quinta-feira, 23, e bateu o Monsoon, por 1 a 0. O time do técnico Luizinho Vieira deve ter: Thiago Coelho; Thiago Ennes, Douglas, Lucas Cunha e Marcelo Nunes; Lorran, Pedro Cuiabá e Nicholas; Iago, Richard e Welder.

para escalar a equipe. Bruno Gomes teve constatada ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo. O lateral irá

Poupado na estreia, Fernando deve atuar contra o Juventude

passar por cirurgia e tem previsão de ficar, pelo menos, seis meses

longe dos gramados. Aguirre é a reposição natural.

Na esquerda, Bernabei ainda não deve ter condições de jogo. Com isso, o jovem Pablo, que atuou praticamente todo o jogo na estreia, será titular pela primeira vez. Ainda há problema na zaga, com Clayton sendo dúvida. Caso não tenha condições de jogo, o jovem Victor Gabriel deve formar dupla com Vitão.

No restante do time, a novidade deve ser Fernando. Com condições de jogo, pode ser alternativa na vaga de Luiz Otávio, titular em Bagé. O provável Inter para o primeiro jogo no Beira-Rio tem: Anthoni; Aguirre, Vitão, Victor Gabriel e Pablo; Fernando (Luiz Otávio), Thiago Maia, Alan Patrick, Wesley e Wanderson; Borré. Adversário do confronto, o Juventude venceu na primeira rodada e larga bem o Gauchão. O time do técnico Fábio Matias deve ter: Gustavo; Ewerthon, Abner, Cipriano e Felipinho; Kelvi, Jadson e Mandaca; Ênio, Erick Farias e Gilberto.

Transmissão

Os dois jogos tem transmissão da Rádio A Hora e do canal A Hora Gre-Nal, no Youtube. O

Concentração no sábado inicia às 15h30min.

Já no domingo, o programa abre às 19h30min.

Partida contra o Caxias será a primeira de Gustavo Quinteros na Arena
Lucas uebeL /divuLgação
RicaRdo duaRte /divuLgação

FUTEBOL AMADOR

DOMINGO DE ESTREIAS

EM NOVA BRÉSCIA E PROGRESSO

Equipes disputam primeiros jogos nos campeonatos municipais

Zique Neitzke ezequiel@grupoahora.net.br

Oúltimo domingo de janeiro é marcado por estreias em dois campeonatos municipais do Vale do Taquari. Em Progresso e Nova Bréscia tem clubes que disputam os primeiros jogos em 2025. Em Progresso, os confrontos ocorrem em Alto Honorato. Os donos da casa, Cruzeiro, disputam o primeiro jogo no ano, o adversário é o Flamengo que na estreia goleou por 5 a 0. No outro jogo, o São João, atual campeão, busca manter

o 100% de aproveitamento, o adversário é o Inter Campo Branco que vem de derrota na estreia.

NOVA BRÉSCIA

Atual campeão, o Imigrante estreia na competição contra o Atlético Caçadorense, outro que disputa a primeira partida neste ano. O confronto está agendado para Tigrinho Alto, casa do Imigrante.

BOQUEIRÃO

DO LEÃO

5 de Junho e Independente encerram a segunda rodada da competição. O jogo está agendado para o Centro e quem vencer se junta com o Esportivo na liderança na categoria titular.

AGENDA CLASSIFICAÇÃO

AGENDA

Tigrinho

PROGRESSO  3ª RODADA

Alto Honorato – São João x Inter Campo Branco

Alto Honorato – Cruzeiro x Flamengo Xaxim A

BOQUEIRÃO DO LEÃO  6ª RODADA Centro – 5 de Junho e Independente

TITULAR: Esportivo (6 pontos), 5 de Junho, Independente (3), Juventude e São Roque (1), São José (ainda não pontuou)

ASPIRANTE: Juventude (4 pontos), São Roque e Esportivo (3), 5 de Junho, São José e Independente (1)

DIVULGAÇÃO
Atual campeão municipal de Progresso, o São João pode se isolar na liderança do campeonato em caso de vitória
NOVA BRÉSCIA  2ª RODADA
Alto – Imigrante x Atlético Caçadorense

Lajeado chega aos 134 anos

O dia 26 de janeiro é simbólico para a cidade. Há exatos 134 anos, numa segunda-feira, a pequena vila, pertencente então a Estrela, se tornou um município próprio. São 134 anos de emancipação política, mas não restam dúvidas, claro, de que a colonização desse território é muito mais antiga. A ocupação por si só precede a chegada dos primeiros imigrantes e remonta aos séculos em que as tribos indígenas andavam por essas terras. Ou aos exploradores bandeirantes em meados do século XVII. A venda dos primeiros lotes de terras, no entanto, se deu na década de 1850, com a fatia das colônias e sua sucessiva ocupação. Dos séculos anteriores ao XX, poucos registros se têm. Entre fotos memoráveis, alguns registros da centenária Lajeado.

A rua Júlio de Castilhos, sem data especí ca. À esquerda está o então chamado Hospital São Roque

A praça da matriz de Lajeado, antes dos anos 1960. Ao fundo da rua Borges de Medeiros, está o antigo prédio do Colégio Madre Bárbara, demolido em 1967. Ao lado, a estrutura da rodoviária velha, seguida pelo prédio do antigo Banco da Província

Conventos, década de 1930. Ao fundo, a primeira igreja da comunidade de São José de Conventos, próxima ao cemitério, que serviu como primeira escola na década de 1870

O trevo da BR-386 com a Av. Alberto Pasqualini nos anos 1970. A Motomecânica Volkswagen, no canto inferior esquerdo, já estava construída e o São Cristóvão iniciava aos poucos sua ocupação

Lajeado abria

Av. Alberto Müller

até a Univates

Há 20 anos, a administração municipal se reunia com a reitoria da Univates para estudar acessos alternativos à universidade, e assim evitar os constantes congestionamentos em horários de entrada e saída das aulas. Naquela época, o acesso era quase exclusivamente feito pela Avenida Senador Alberto Pasqualini. Uma das alternativas estudadas era o prolongamento da Avenida Alberto Müller, no Alto do Parque, até o encontro com a Avenida Talini, que passa em frente à Univates. Na época, a prefeitura abriu a estrada em meio a terrenos e árvores, criando uma via entre as ruas Antônio de Souza Neto até a rua Sabiá. Hoje, esse mesmo trecho contempla a rótula com a Avenida Talini e conecta o bairro Alto do Parque até o Universitário e Carneiros.

a

Domingo é Sábado é
da Educação
Dia Mundial contra
Hanseníase - Dia dos Correios e Telégrafos
Dia Nacional da Bossa Nova
Dia do Carteiro
Santo do dia: São Timóteo
Santo do dia:

HENRIQUE PEDERSINI

Jornalista

Os expressivos números de Vavá

Jones Barbosa da Silva, o Vavá (MDB) é vereador reeleito em Lajeado. E como ele gosta de repetir: o mais votado no Vale. Em 2024, ele somou 2.587 votos.

Desta vez, são outros números que o colocam em evidência. O emedebista fechou o ciclo 20212024 com a liderança no ranking de requerimentos e indicações em todos os anos na câmara de Lajeado.

Por mais que seja uma ferramenta simples e que nem sempre é observada pelas administrações dos municípios, trata-se de um recurso formal para o vereador atender demandas recebidas da

comunidade. No exercício encerrado em dezembro, foram 711 sugestões ao governo e mais 216 pedidos de informações. Um total de 927 protocolos. Quem mais se aproximou

Pedágios e BR-386: as prioridades da Amvat

A Associação de Municípios do Vale tem no prefeito de Sério o seu presidente para 2025. Moisés de Freitas (MDB) articula uma reaproximação com os colegas da parte mais alta e isso pode ocorrer até mesmo sem um retorno formal para a Amvat.

Enquanto isso, a infraestrutura é o tema central. O plano de concessão de rodovias está na pauta da associação que reúne 27 prefeitos. E outra rodovia também é prioridade: a BR-386. A ideia é elencar demandas dos 11 municípios lindeiros e entregar os pedidos em Brasília, nas mãos da ANTT, em fevereiro. Quem coordenada este processo é a presidente do Codevat, Cintia Agostini.

ARTIGO

ROGÉRIO WINK

Empreendedor e comunicador, apresentador do programa “O Meu Negócio”, da Rádio A Hora 102.9

Acelera e Freia

foi Marquinhos Scheffer (MDB) com 484 registros. As propostas vão desde trocas de lâmpada ou manutenção de espaços públicos até alterações em horários do atendimento em unidades de saúde e abrangem os bairros mais periféricos, área prioritária de atuação do vereador.

Esse “pé na estrada ou “corpo a corpo” com a comunidade não é a única, mas trata-se de uma forma eficiente de garantir o sucesso nas urnas. A votação rendeu respaldo até mesmo em setores do governo em relação a sugestões feitas em plenário ou via requerimentos e claro, desejo de subir um ou dois passos na carreira política.

Um dedo de prosa

- A atual presidente da câmara de Lajeado, Ana da Apama (PP) protocolou 34 projetos ao longo de 2024, o maior número entre todos que passaram pela casa no ano passado. Entre os textos, destaque para a causa animal e proposta para ampliar o acesso as imagens de câmeras instaladas em espaços públicos.

- A eleição da Associação dos Vereadores do Vale do Taquari não foi tranquila. Daia Maria (MDB) venceu. A vereadora de Cruzeiro do Sul liderada a chapa que disputou com Paulo Bettoni, de Anta Gorda. Bloqueios “estranhos’ em grupos de Whatsapp em que seriam computados os votos e troca de áudios marcaram os bastidores.

- A Univates iniciou nos últimos dias a elaboração do novo plano diretor de sete cidades do Vale: Arroio do Meio, Colinas, Cruzeiro do Sul, Encantado, Estrela, Muçum e Roca Sales. O investimento é do governo estadual e envolve 40 profissionais diretamente por meio de convênio feito com a universidade do Vale.

Gosto de utilizar metáforas que ajudam a entender cenários complexos. Quanto mais simples melhor. A economia brasileira, atualmente, mais parece uma viagem de ônibus em que o governo e o Banco Central são os motoristas e ambos compartilham a direção. De um lado, o motorista principal – o governo federal – acelera o veículo, buscando chegar rápido ao destino: a reeleição em 2026. Para isso, ele decide ampliar os gastos e promover o crescimento, mesmo que isso signifique desconsiderar boas práticas de equilíbrio de política fiscal e gestão econômica. O aumento dos gastos é visto como uma forma de gerar aceleração, mas essa pressa pode fazer o ônibus desviar da estrada e encontrar grandes buracos pelo caminho.

Do outro lado, temos o motorista auxiliar – o Banco Central. Ele vê a estrada cheia de buracos e, mais preocupado com a inflação, tenta frear a viagem usando a política monetária. Sua tentativa é desacelerar, subindo os juros para reduzir a velocidade do ônibus e evitar que a viagem se torne mais perigosa.

Seu foco está em controlar a inflação, uma ameaça que afeta diretamente os passageiros da viagem: a população. Com a inflação, os custos aumentam, o poder de compra diminui, a confiança dos empreendedores cai e os buracos na estrada se tornam mais profundos e podem fazer com que o ônibus não suporte.

O

modelo atual de aceleração e desaceleração simultânea pode gerar grandes incertezas.”

Neste cenário, a viagem parece um jogo de “acelera e freia”. De um lado, o governo quer que o ônibus chegue rapidamente e bem ao destino (2026), ignorando os riscos da estrada (mercado). Do outro, o Banco Central tenta manter a viagem mais controlada, ainda que mais lenta, para proteger os passageiros e as condições do ônibus. Mas o que acontece quando os motoristas têm visões tão diferentes? Um acelera e o outro freia. Isso é como uma receita para o caos.

Se este ônibus fosse de fato uma viagem física, em uma estrada real, é fácil imaginar que ele sairia de controle na primeira curva, gerando um acidente grave. Mas e a economia brasileira? A situação é diferente, mas igualmente arriscada. O modelo atual de aceleração e desaceleração simultânea pode gerar grandes incertezas. Com o governo tentando acelerar, a inflação pode disparar, prejudicando toda a população, enquanto o Banco Central tenta frear, o que pode reduzir o crescimento da economia.

A verdade é que, em qualquer viagem, a harmonia entre os motoristas é essencial. Se o governo e o Banco Central (os dois motoristas) continuarem a tomar direções opostas, o ônibus – ou, nesse caso, a economia – vai encontrar dificuldades pela frente. É preciso um equilíbrio, onde ambos se entendam e alinhem suas estratégias. Afinal, em uma estrada cheia de buracos, é preciso cuidado para não acelerar demais e sair da pista, mas também não se pode frear tanto a ponto de travar o crescimento. O melhor seria que ambos os motoristas acertassem o pedal e conduzissem o país a um destino mais seguro e sustentável.

Fim de semana, 25 e 26 janeiro 2025

Fechamento da edição: 18h MÍN: 22º | MÁX: 32º

Instabilidades se deslocam pelo território gaúcho e conferem um dia com nebulosidade variável e pancadas de chuva.

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