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ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR

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Quinta-feira, 25 janeiro 2024 | Ano 21 - Nº 3494 | R$ 4,00 (dia útil) R$ 7,50 (fim de semana) OPINIÃO | FILIPE FALEIRO

OPINIÃO | RODRIGO MARTINI

OPINIÃO | THIAGO MAURIQUE

Jornalismo além do fato

Dúvidas sobre barragens

Estratégia ousada de marketing

Como é possível unir literatura com uma narrativa não-ficcional?

Técnicos da hidrelétrica 14 de Julho afirmam que as comportas não interferem nas cheias.

Docile fecha parceria e será marca oficial do Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris

Região aumenta pressão sobre RGE Mobilização em Estrela envolve empresariado e comunidade. Hoje, prefeitos e entidades discutem medidas com o MP na capital Mesmo com o retorno da energia elétrica em todo o Vale do Taquari, a insatisfação da comunidade regional em relação ao serviço prestado pela RGE permanece. Em Estrela, um movimento liderado pela Cacis une empresários prejudicados em busca de reparações de

danos na Justiça. Hoje, prefeitos da região e líderes de entidades e associações viajam até Porto Alegre, onde participam de audiência no Ministério Público. Uma das medidas discutidas é a possível abertura de inquérito contra a concessionária. PÁ G I N A S | 3 e 9

RODRIGO MARTINI

PLANO CONTRA ENCHENTE

Vale busca respostas em Cotiporã Comitiva da região fez visita técnica à Usina 14 de Julho, da Companhia Energética Rio das Antas (Ceran), para entender o funcionamento da barragem e os impactos no Rio Taquari. Além de buscar conhecimentos e subsídios para a criação do Plano Regional de Combate e Prevenção às Enchentes.

PÁ G I N A | 5

Representantes da Ceran afirmam que barragem não interfere no volume de água que chega ao Vale durante uma enchente. Por outro lado, empresa possui conhecimento para auxiliar governos a criarem planos de ação

CASO TADEU PAVONI

TALENTOS LOCAIS

Um ano da morte que abalou a sociedade de Lajeado

Pratas da Casa muda de palco e lança categoria kids

Conviver com a dor da perda. Uma tarefa difícil para amigos, colegas de profissão

e familiares. Advogado foi morto após uma reunião de condomínio.

PÁ G I N A S | 6 e 7

Apresentações ocorrerão no Centro Cultural Celso Brönstrup, em Estrela. Edição de

2024 homenageia artistas nacionais e internacionais que fizeram sucesso nos anos 80.

PÁ G I N A | 10


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E D I TO R I A L

A B R E A S PA S

Reação contra a ineficiência

E

mpresários de Estrela estão prestes a protagonizar uma batalha na Justiça contra a concessionária de energia elétrica RGE. Um confronto motivado pela indignação acumulada após mais de 90 horas de apagão. Dezenas de empresas, pilares da economia local, sofreram interrupções significativas, acumulando prejuízos que somam milhares de reais. Cresce no Vale do Taquari um coro por mais qualidade, agilidade e contra a negligência que impactou não apenas o bolso dos empresários, mas a sociedade toda. A situação vivida por Estrela transcende números e estatísticas. Está personificada no drama de famílias e empresas que tiveram prejuízos. Desde da carne que estava congelada e apodreceu, até eletrodomésticos queimados pelas oscilações de energia, ou dias sem conseguir produzir.

“Música tem que soar bem, independente de estilo” A música acompanha Laiz Regina Battisti, 29, desde cedo em sua vida. Mas foi há cerca de dois anos que se tornou, de fato, uma ferramenta prazerosa de trabalho e lazer. Passou a atuar como DJ e se encantou com a profissão. Recentemente, foi convidada pela Casa de Cultura de Lajeado para ministrar oficinas à comunidade

influências e inspirações?

Mateus Souza

mateus@grupoahora.net.br

A situação vivida por Estrela transcende números e estatísticas. Está personificada no drama de famílias e empresas que tiveram prejuízos. O movimento empresarial liderado pela Câmara da Indústria, Comércio e Serviços (Cacis) expressa todo o descontentamento da comunidade. A cobrança do grupo também vai ao encontro do olhar social, de pessoas que ficaram sem condições básicas de higiene. Em meio a essa crise energética, inclusive grupos da região começam a questionar esse modelo de concessão. Há muito se nutre um entendimento que o setor privado consegue ser mais ágil do que o público. No entanto, a demora para restabelecer a energia abre questionamentos sobre essa lógica. Cabe lembrar, a multinacional RGE hoje tem como principal acionista uma empresa pública chinesa.

Quando descobriu tua vocação para ser DJ?

Sempre fui uma apaixonada por música. Toquei alguns instrumentos na vida e trabalhei por alguns anos em rádio, então a pesquisa musical me acompanha desde cedo. Há cerca de dois anos, uma amiga fez uma provocação perguntando se eu não me via DJ em algum momento, já que estava sempre por dentro de novidades, tinha o hábito de criar e apresentar playlists para os amigos. Foi o empurrão que faltava para me descobrir DJ. Toquei para quase 300 pessoas numa noite durante três horas e foi amor ao primeiro play. Vi que seria impossível não seguir tocando.

Quais são as tuas maiores

Minhas inspirações e influências são diversas. Na pandemia criei o hábito de assistir lives de DJs do mundo todo, foi aí que eu acredito ter aprendido a base para me arriscar na profissão. O DJ Nyack (Emicida) foi um dos primeiros que eu realmente acompanhei a carreira, depois naturalmente vieram outros. Minha base hoje é o hip hop, então posso citar além dele como inspiração a Luísa Viscardi (SP) e o DJ Bira, aqui de Lajeado, um dos pioneiros da região nesse segmento. Musicalmente minhas influências são incontáveis. Música para mim tem que soar bem, independente de estilo. Sou fã de música brasileira e poderia citar uma lista infinita de referências.

O que você mais gosta neste trabalho?

O que eu mais gosto é da energia que a música traz para a vida, seja pra mim ou quem me ouve. A arte em geral tem o poder transformar vidas. O hip hop é uma cultura que acolhe e tem poder de transformação. Acho que isso aconteceu comigo, alguma coisa mudou, sabe? Mas resumindo, é bom demais ouvir uma música que a gente gosta. Parece que ela pode salvar um dia ruim. Então, o mais legal é poder levar alegria,

através da música, para as pessoas.

Neste mês, você ministrou oficinas na Casa de Cultura. Como foi possibilitar esse aprendizado para pessoas de diferentes idades e realidades?

A oficina na Casa de Cultura foi em parceria com o Baile do Uriçamento, um dos primeiros contatos que tive com a cultura DJ, e foi extremamente gratificante levar isso para outras pessoas. Falamos sobre a profissão e as possibilidades que a música traz. Um bom DJ precisa estudar, se atualizar e principalmente amar o que faz e é assim que me sinto, uma pessoa que ama o que faz e é realizada nisso. Espero que, através da oficina, outras pessoas conheçam e se interessem por essa arte. É lindo ver as pessoas descobrirem esse universo e levarem um pedacinho para sua realidade.

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Diretor Executivo: Adair Weiss Diretor Editorial e de Produtos: Fernando Weiss

Congresso de Educação

Reload Sindilojas

133 anos de Lajeado

Seminário Campeiro

Nos dias 8 e 9 de fevereiro, o Colégio Teutônia organiza o 3º Congresso Internacional de Educação.

A 9ª edição ocorre no dia 4 de abril, no Centro Comunitário Evangélico, em Lajeado. Participação de Thiago Oliveira e Marco Zanqueta.

Para comemorar o aniversário, programação ocorre dia 26, no Parque Ney Santos Arruda, a partir das 19h30, com shows, brinquedos, feira de artesanato e food trucks.

O CTG Chaleira Preta, de Venâncio Aires, organiza o evento para celebrar as tradições, a cultura e os saberes. Será no dia 27 de janeiro, às 14h, na sede do CTG.

Festa na Figueira

Cacis transfere posse

No dia 4 de fevereiro, a comunidade de Figueira, em Estrela, organiza sua festa anual, a partir das 10h.

A nova diretoria será empossada no dia 1º de fevereiro, às 7h30, no auditório da Cacis, em Estrela. Programação foi postergada pela segunda vez.

Baile em Travesseiro O Clube Esportivo Travesseirense promove no dia 3 de fevereiro o tradicional Baile de Kerb, com animação da Orquestra La Montanara.

5ª Teuto Moto Fest Nos dias 17 e 18 de fevereiro, Teutônia organiza a 5ª edição do evento, nas imediações do Centro Administrativo.


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Empresários de Estrela ameaçam processar a RGE

Atuação do movimento JHON WILLIAN TEDESCHI

Grupo liderado pela Cacis busca mobilizar a comunidade em busca de uma melhor prestação do serviço por parte da concessionária. Empreendedores relatam perdas e prejuízos milionários após falta de energia

– Ação comunitária: organizar um abaixo-assinado e colher o máximo possível de assinaturas da população – Ouvidoria: contato direto com as duas agências reguladoras, Aneel (em nível nacional) e Agergs (em nível estadual) – Apoio parlamentar: buscar apoio de deputados com influência nas agências reguladoras

Mateus Souza

mateus@grupoahora.net.br

Colaboração Filipe Faleiro

Rhodoss Implementos Rodoviários parou a produção durante 4 dias. Prejuízo alcançou R$ 500 mil

ESTRELA

A

ção judicial, abaixo assinado, contato permanente e busca de apoio em deputados com influência nas agências reguladoras. Estratégias de empreendedores de Estrela que se mobilizam para uma cobrança mais enérgica em relação às falhas nos serviços prestados pela RGE na cidade. Uma reunião na sexta-feira, 24, servirá para explanação e alinhamento das ações. A movimentação surge a partir de relatos de empresários à Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Estrela (Cacis), que sediará o encontro. A partir disso, a mobilização ganhou força e terá diversas frentes. Todas elas com o mesmo propósito, que é a alteração nos limites de atuação da concessionária de energia elétrica. “Estrela quer energia. Ninguém aguenta mais ficar sem luz” é o slogan da mobilização encampada pelo empresariado local. Uma forma de mostrar a insatisfação com a prestação do serviço, segundo

– Ação judicial: cada família ou empresário prejudicado precisa fazer individualmente ou de forma coletiva uma ação contra a concessionária, cobrando seus prejuízos

GERSON STREHL

HENRIQUE PURPER

NILTO SCAPIN

EMPRESÁRIO

EMPRESÁRIO

EMPRESÁRIO

Não podemos aceitar de mãos atadas essa situação. A RGE precisa prestar um atendimento melhor ao consumidor”

A falta de energia afetou diretamente a nossa capacidade em atender aos prazos estabelecidos.”

Precisamos nos unir e buscar soluções coletivas diante dos desafios enfrentados para evitarmos prejuízos futuros”

o ex-presidente da Cacis, Gerson Strehl. Um dos vários empreendedores que registraram prejuízos, acredita que chegou a hora de elevar a pressão sobre a RGE. “É um movimento legítimo dos empresários, com apoio do poder público municipal. Não podemos aceitar de mãos atadas essa situação. A RGE precisa prestar um atendimento melhor ao consumidor. Sabemos que muitas reclamações chegavam a eles, mas podiam dar um parecer público e não deixar as pessoas à própria sorte”, afirma.

Sem operação

capacidade em atender aos prazos estabelecidos. Isso prejudica os relacionamentos comerciais da empresa”, frisa Purper, que está entre os líderes do movimento encabeçado pela Cacis. Para ele, mobilizar a comunidade local é essencial para buscar uma melhora efetiva no serviço. “A comunidade, unida, busca não apenas reparação pelos danos sofridos, mas também medidas preventivas para evitar que eventos futuros afetem negativamente a economia”.

Na empresa de Henrique Purper, a falta de energia elétrica trouxe prejuízos significativos. Foram nove dias sem luz. Neste período, a utilização de geradores foi importante, mas a capacidade limitada dos equipamentos não permitiu a operação plena das máquinas, o que causou atrasos na produção e comprometeu a entrega aos clientes. “Cerca de 90% dos nossos clientes estão fora da região. A falta de energia afetou diretamente a nossa

Reparação pelos danos As consequências financeiras e operacionais para a empresa de Nilto Scapin são grandes. Atingido por duas enchentes no ano passado, o empreendimento teve um prejuízo de R$ 1,5 milhão na ocasião. Desta vez, com o temporal, ele estima um prejuízo adicional de R$ 500 mil. “Apoiamos a mobilização local, pois a interrupção nas operações durante quatro dias e 85 horas impactou diretamente na nossa produção e na relação com clientes e fornecedores. A comunicação também foi prejudicada. Diversas empresas sofreram da mesma forma”, lamenta. Scapin enfatiza a necessidade de responsabilidade por parte da RGE e afirma que irá buscar medidas legais para garantir reparação pelos danos sofridos. “Precisamos nos unir e buscar soluções coletivas diante dos desafios enfrentados para evitarmos prejuízos futuros”.


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“Não temos condições de controlar enchentes” RODRIGO MARTINI rodrigomartini@grupoahora.net.br

N

ada mudou na usina hidrelétrica 14 de Julho após os trágicos eventos de setembro e novembro de 2023. A rotina e todos os procedimentos e planos de ação – com ênfase à abertura ou fechamento das comportas em momentos de cheias – continuam os mesmos. Um sinal claro de que a estrutura não teve intervenção nas duas cheias que assolaram o Vale do Taquari, e tampouco intercederá em novos fenômenos. Diante de agentes do poder público e da Defesa Civil do Vale do Taquari, que foram até Cotiporã para conhecer a imponente estrutura, os gerentes da Companhia Energética Rio das Antas (Ceran) foram categóricos: aquela barragem não tem capacidade ou ferramentas para controlar ou mitigar os efeitos das enchentes na nossa bacia Taquari/Antas.

Apesar da afirmação, os representantes da empresa deixaram clara a preocupação com o sistema de monitoramento de toda a bacia hidrográfica e se colocam à disposição para, em conjunto com outros entes municipais, regionais e estaduais, construir um planejamento integrado para desenvolver estudos, pesquisas e debates sobre as recorrentes enchentes dos rios Taquari e An-

tas. Mas reforçam: as usinas 14 de Julho, Monte Claro e Castro Alves não possuem ferramentas, hoje, para “frear” a força das águas e impedir tragédias e prejuízos em nossa região. No momento, todos os rígidos e complexos planos de segurança, monitoramento e evacuação da Ceran buscam minimizar ao máximo os riscos de um eventual rompimento das barragens.

Defesa Civil Regional à deriva? Por ora, a Defesa Civil do Vale do Taquari está à deriva. O ex-chefe da unidade regional, Everton de Souza Dias, foi exonerado do cargo nesta semana. Nas redes sociais, o prefeito de Lajeado se manifestou. “Fizemos apelo para que seja nomeado um

E nosso “Plano de Evacuação? Muito embora o plano de evacuação da Ceran esteja 100% focado em um eventual rompimento das barragens, há pontos a serem observados – ou copiados – pelo Vale do Taquari. Especialmente a sinalização de pontos seguros para refúgios e posterior resgate (foto), e a instalação de sirenes em pontos mais suscetíveis aos riscos das inundações. Duas situações bastante simples, diga-se de passagem, mas que podem salvar vidas em momentos de pânico e/ou falta de informação.

profissional técnico e que efetivamente viva no Vale do Taquari”, escreveu Marcelo Caumo (PP). Nos bastidores, o nome de um profissional com forte atuação no Vale do Rio Pardo foi sugerido ao governo estadual.

Cheque em branco As grandes concessionárias de energia que mantém quase um completo monopólio sobre os gaúchos estão contra a parede. Os poderes judiciário e político resolveram engrossar o caldo de vez e devem garantir um verdadeiro “cheque em branco” à população, inclusive ao Vale do Taquari. Diante da pressão popular e da visível ineficiência no reestabelecimento do serviço nos últimos dias, é hora de reivindicar e reivindicar muito. Não podemos mais aceitar postes, fios e escusas frágeis. A região precisa se organizar para aproveitar o momento. A hora é agora!

TIRO - Em Porto Alegre, e após o caos no abastecimento de energia após os recentes temporais, o governo municipal volta a falar sobre fiação subterrânea. - Prefeito de Lajeado, Marcelo Caumo (PP) está de férias na praia catarinense de Jurerê. Durante o descanso do gestor, Gláucia Schumacher (PP) assume a prefeitura. Aliás, é bom a vice-prefeita assumir agora. A partir do dia seis de abril – seis meses antes do pleito de outubro –, e se de fato deseja concorrer a prefeita, ela não poderá mais assumir o cargo de forma interina. - Os dirigentes da Companhia Energética Rio das Antas (Ceran) afirmam e reafirmam: a abertura das comportas nas usinas hidrelétricas instaladas no Rio das Antas não influencia ou interfere nas enchentes. E de nada adiantaria reduzir o nível da água na barragem antes das inundações.

“É um rio nervoso” Gerente de Operação e Manutenção da Ceran, André Akashi fez coro à opinião de outros especialistas que estudaram ou ainda estudam a bacia hidrográfica Taquari/Antas. Já ouvi que nosso manancial “é único”, que é um dos “mais sinuosos e rápidos”, e outras tantas teses instigantes sobre uma das nossas maiores riquezas naturais. Pois o agente da companhia energética

veio com uma nova. Para ele, “é um rio nervoso”. “Estamos em uma região de difícil previsibilidade”, resume.

16 km do Taquari

O Rio Taquari “nasce” no encontro entre os rios Antas e Carreiro, no distrito de Santa Bárbara, na cidade de São Valentim do Sul. Lá onde caiu a ponte da ERS-431. E um dado curioso: o referido ponto fica localizado a 16 quilômetros – seguindo pelo traçado do rio – da Usina Hidrelétrica 14 de Julho, em Cotiporã.


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Quinta-feira, 25 janeiro 2024

Comitiva do Vale visita Cotiporã para avançar em plano contra enchente RODRIGO MARTINI

Representantes dos poderes público e privado e imprensa visitaram a Ceran e a Usina Hidrelétrica 14 de Julho para entender o funcionamento da barragem e os impactos no Rio Taquari. Visita mostrou que abertura de comportas não afeta volume de água que chega às cidades da região Bibiana Faleiro

bibianafaleiro@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

U

ma comitiva composta por representantes dos setores público e privado e imprensa do Vale do Taquari esteve em Cotiporã nessa quarta-feira, 24, para visita técnica à Companhia Energética Rio das Antas (Ceran), e à Usina Hidrelétrica 14 de Julho. O objetivo foi buscar conhecimentos e subsídios para a criação do Plano Regional de Combate e Prevenção às Enchentes. A viagem também serviu para tirar dúvidas sobre o funcionamento da barragem e trazer à região exemplos de monitoramento, alarmes e comunicação durante catástrofes como as ocorridas em setembro e novembro de 2023. O Grupo A Hora integrou a comitiva, com o jornalista Rodrigo Martini. Também esteve presente o prefeito de Encantado, Jonas Calvi (PSDB), que já havia ido a Blumenau, em Santa Catarina, cidade modelo no combate a prevenção de cheias, também com uma comitiva do Vale que buscou exemplos para aplicar na região. “A gente sabe a importância de falar das barragens, viemos ver como funciona, como são os sistemas, para que a gente consiga diminuir os impactos das cheias nos municípios do Vale”. Coordenador da Defesa Civil de Lajeado, Gilmar Queiroz ainda destaca que a visita esclareceu o funcionamento das comportas. “Elas não vão interferir na quantidade de água que vai para o Vale. Não tem como alterar muito o volume. Não tem essa história de que se abriu as comportas vai inundar. Eles têm um sistema que abre lentamente, então não afeta nossa região”.

Conhecimento O prefeito de Cotiporã, Ivelton Mateus Zardo (PP), diz que a comunicação do governo com a Ceran é positiva, mas sempre há o que melhorar. “Precisamos ter mais informações sobre o rio, sobre o comportamento dele em situações

Ações pós-enchente SEMINÁRIO O Grupo A Hora promoveu o 1º Seminário Pensar o Vale PósEnchente, com o objetivo de debater estratégias e soluções em face das cheias recorrentes da bacia Taquari/Antas. Do encontro, em novembro do ano passado, foi criada uma “Carta do Vale”, com ações propostas para mitigar os efeitos climáticos sobre a bacia hidrográfica Taquari-Antas. VISITA A BLUMENAU - SC Em dezembro de 2023, uma comitiva com 36 representantes locais foram a Blumenau, em Santa Catarina, para ver de perto o funcionamento dos sistemas de monitoramento, prevenção e amparo às comunidades vulneráveis e, de forma adaptada, replicar no Vale do Taquari. COMITIVA A COTIPORÃ Grupo esteve em Cotiporã ontem para conhecer a Usina Hidrelétrica 14 de Julho, da Ceran. O intuito foi buscar respostas para questionamentos acerca dos impactos da abertura e fechamento das comportas, além de informações que possam contribuir para a elaboração do Plano Regional de Combate e Prevenção às Enchentes.

como essa que vivemos em setembro, principalmente. Precisamos de informações mais assertivas”. Neste cenário, o diretor da Ceran, Peter Eric Volf, reforça que as usinas da companhia localizadas em Cotiporã não são capazes de evitar uma enchente no Vale, e nem mesmo amenizar o volume de águas que seguem à região. “O controle de cheias não é uma responsabilidade e nem uma consequência da operação da Ceran. Podemos contribuir pelo conhecimento adquirido e informações geradas”. Ele diz que os dados servem como base para planos de ação dos poderes públicos. No caso da companhia, os planos são para possível rompimento da barragem, com sistema de alerta para evacuação

Grupo do Vale e da serra visitou a barragem da Ceran para entender o funcionamento e os impactos das instalações durante cheias

das áreas mais próximas. Mas não há ações específicas para grandes afluentes, já que a barragem não é capaz de controlar a vazão da água nestes casos.

Avaliações sobre a viagem GILMAR QUEIROZ COORDENADOR DA DEFESA CIVIL DE LAJEADO

Complexidade Para o Promotor de Justiça de Lajeado Sérgio Diefenbach, a primeira impressão da visita a Cotiporã reforça a sensação de que há uma grande complexidade ambiental, que é o desague dos rios na bacia do Taquari. “Não há uma ação, uma medida pontual que vai gerar uma solução”. Diefenbach destaca a falta de dados sobre as consequências do fechamento de mais de uma barragem para auxiliar na contenção da água que chega ao Vale. “Parece difícil, complexo e de pequena repercussão na realidade que aconteceu. Mas talvez possam ser reforçados estudos de engenheiros nesse sentido”. O promotor diz que o trabalho é coletivo.

SÉRGIO DIEFENBACH PROMOTOR DE JUSTIÇA

Dados disponíveis A Ceran possui 12 estações elétricas instaladas. Os dados são públicos e repassados para os órgãos regionais e estaduais para o controle, inclusive, da bacia Taquari-Antas. Esse monitoramento, no entanto, ainda não é suficiente para conseguir calcular eventuais enchentes.

ROBERTO PRETTO COORDENADOR DA DEFESA CIVIL DE ENCANTADO

A Ceran nos colocou em um grupo dos coordenadores da defesa civil não só do Vale do Taquari, mas o pessoal da serra também. Isso contribuiu na segunda cheia e vai contribuir mais, porque podemos saber qual a vazão do rio, se está aumentando, diminuindo, se estabilizou, Temos 16h, 18h para essa água chegar ao Vale”

Não há uma ação, uma medida pontual que vai gerar uma solução. É importante termos vindo conhecer a usina, conversar com as pessoas. Mais importante do que a visita é a escuta das explicações técnicas das barragens que são administradas por essa empresa”

Não existe na bacia Taquari-Antas uma ação única, é muito complexo. Tem que se levar em consideração as barragens, temos que cuidar das margens do rio, entre outros pontos. Não tem solução que não passe por todos os municípios. A gente tem que começar a construir essas soluções”


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Quinta-feira, 25 janeiro 2024

ESPECIAL

Assassinato que chocou Lajeado completa um ano O advogado Tadeu Pavoni morreu em 25 de janeiro, após sofrer um golpe de canivete no peito. Julgamento do agressor ocorre em 21 de fevereiro. Amigos, colegas de profissão e familiares relembram a tristeza da despedida e as alegrias pelos anos de convívio

A vida é assim. Sei que quando a gente menos espera, pode acontecer algo (...). Mas com o Tadeu não tem explicação. É difícil aceitar do jeito que foi. Uma agressão tão repentina e violenta.” TIAGO PAVONI IRMÃO MAIS VELHO

Filipe Faleiro

filipe@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

E

stava tudo pronto para o churrasco. Os amigos aguardavam o advogado Tadeu Pavoni, para o primeiro encontro do grupo no ano. Cerca de 20 pessoas estavam na confraternização. Uma ligação inesperada trouxe preocupação. “Nos avisaram que o Tadeu estava no hospital. Até ali, não sabíamos o que tinha acontecido. Pensamos que não era nada grave. Que ele tinha passado mal, algo assim”, relembra o também advogado Henrique Gravina. Ele é padrinho da filha mais nova de Tadeu Pavoni. Assim que os amigos receberam a ligação, foram à frente do Hospital Bruno Born (HBB). “Chegamos lá e nos informaram que era coração. Pensei: ele teve um infarto.” Nenhum dos amigos sabia a verdade até ali. Passava das 20h do dia 24 de janeiro. Alguns minutos antes, o advogado Tadeu Pavoni, então com 44 anos, estava em uma reunião de condomínio. A família é proprietária de um apartamento no prédio localizado na rua Bento Gonçalves. A assembleia dos donos de apartamentos tratava de reformas, pin-

tura e melhorias na fachada do edifício. Poucos instantes depois do início da conversa, um dos inquilinos sai na janela e ameaça o grupo. “O que vocês estão falando de mim?”, gritou. Em seguida, o homem pegou uma balestra (ou besta) e disparou uma flecha em direção ao grupo. Os moradores decidem encerrar a reunião e cha-

mam a polícia. Neste intervalo, o atirador, Arthur Alves Lopes, 24, saiu do apartamento e foi ao encontro dos vizinhos. Em meio a uma discussão, com os demais tentando acalmar o homem, ele se aproximou de Tadeu, tirou o canivete do bolso e, com um único golpe, acertou o peito do advogado. “Ficamos sabendo por um morador que tinha socorrido o Tadeu. Quando vi a movimentação dos médicos, a correria no centro cirúrgico, percebi que era grave”, relembra o amigo Henrique Gravina. O golpe com a lâmina atingiu o coração de Tadeu Pavoni. A vítima foi para a cirurgia e na sequência levado à UTI. Por volta das 2h da madrugada do dia 25 de janeiro, foi confirmado o óbito.

“Era a ligação que eu não queria atender” O irmão mais velho, Tiago Pavoni, 47, aguardou no HBB até quase meia noite. Depois da cirurgia, os médicos se reuniram com

FILIPE FALEIRO

Amigo e cumpadre de Tadeu, Henrique Gravina relembra os momentos com o amigo. “Esse ano foi muito difícil, em especial quando recebia as recordações de fotos pelo Google.”

Sempre foi um parceiro de todos, para todas as horas. Um profissional dedicado, ágil, conhecedor e envolvido em trabalhos voluntários.” ALESSANDRA GLUFKE AMIGA E ADVOGADA

ARQUIVO

Tadeu Pavoni em viagem com amigos aos Estados Unidos

ele e com os amigos que estavam na sala de espera. “Disseram que o procedimento foi concluído. Era esperar ele reagir. Disseram para irmos para casa e qualquer novidade iriam ligar. ” Tiago mora em uma propriedade rural no bairro São Bento. O irmão também morava próximo, em uma chácara em frente. “Fiquei na área, perto da churrasqueira. Não consegui dormir, fiquei pensando e rezei muito.” Passado das 2h da madrugada da quarta-feira, 25 de janeiro, o telefone tocou. “Era a ligação que eu não queria atender. Até então, tinha esperança dele se recuperar, de que ele ia conseguir”, lembra. “A vida é assim. Sei que quando a gente menos espera, pode acontecer algo. Posso estar bem aqui, tropeçar, cair, bater a cabeça e morrer. Posso sofrer um acidente de carro. Tudo isso pode acontecer com a gente. Mas com o Tadeu não tem explicação. É difícil aceitar do jeito que foi. Uma agressão tão repentina e violenta”, emociona-se o irmão. Aceitar falar com a reportagem foi uma decisão difícil, afirma Tiago. “Eu estava muito reticente. Mas decidi conversar para lembrarmos. Como uma forma de mantermos a memória do meu irmão, da pessoa que ele sempre foi: um amigo fiel, um pai carinhoso e um profissional dedicado.” Tiago construiu um memorial na área onde costumavam se reunir. “Tínhamos pouca diferença de idade. Então sempre fomos muito próximos. Nossos amigos são os mesmos, fazíamos viagens, gostávamos das mesmas coisas.” Entre os hobbies, o gosto pela aventura e pelas trilhas. “Eu fiquei

com o jipe dele. Reformei tudo. Eu não precisava, eu tenho o meu. Mas este vai ficar para sempre na nossa família. Era uma paixão dele. Pessoas me contataram para vender, mas não tem preço. Tem um valor sentimental que dinheiro nenhum pode comprar."

Família com histórico comunitário Filhos dos professores Armindo (in memorian) e Doris, 84, Tadeu e Tiago foram criados em um lar católico. Quando criança, moravam no bairro Florestal. Os pais lecionaram em escolas da rede pública e privada da cidade e da região. O casal era bastante ativo na comunidade lajeadense. Por muitos anos fizeram parte da diretoria na Paróquia Santo Inácio de Loyola, inclusive atuaram como instrutores no curso de noivos. Visitavam os futuros casais e falavam sobre como era a vida a dois. Essa atuação comunitária aumentou a comoção da sociedade lajeadense pela morte de Tadeu. Tanto que a despedida mobilizou centenas de pessoas, da cidade, da região e do estado. Amigos de todas as gerações da família Pavoni compareceram. Colegas de profis-


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Quinta-feira, 25 janeiro 2024

FILIPE FALEIRO

Como aconteceu 1) Por volta das 19h do dia 24 de janeiro de 2023, Tadeu estava em uma reunião de condomínio em um quiosque externo com outros proprietários de apartamentos. 2) Minutos depois do início da assembleia, Arthur começa a gritar da janela do apartamento dele. Para a polícia, alegou ouvir vozes de pessoas falando sobre ele e o ameaçando. 3) Com uma balestra, dispara uma flecha perto do grupo. Os moradores decidem encerrar a reunião e chamam a polícia. 4) Arthur desce do apartamento e vai em direção aos vizinhos. Em meio a discussão, tira um canivete com lâmina dupla do bolso e golpeia o peito de Tadeu.

são, de faculdade e até o presidente da Ordem dos Advogados do RS (OAB), Leonardo Lamachia, estiveram no velório.

Dor silenciosa “Contar para a mãe foi bastante difícil e isso mexeu bastante comigo”, conta Tiago. A continuidade da vida da família neste primeiro ano sem o Tadeu é marcada por altos e baixos. “A gente segue a vida. Muitas vezes sofremos em silêncio. Sei que a minha mãe ainda sente muito. Que a tristeza acompanha ela. Tentamos não falar. Mas ainda temos esse sentimento de luto.” Tadeu era casado e deixou duas filhas. “As coisas mudaram bastante. O meu irmão tinha um carisma muito grande. O nosso grupo de amigos continua. Mas não é mais a mesma coisa.” Essa característica da personalidade dele também é ressaltada por amigos. “O Tadeu era quem ligava o grupo. Chamava para os jantares, almoços. Dava as ideias para nossas viagens. Um cara extraordinário e que faz muita falta. Esse ano foi muito difícil, em especial quando recebia as recordações de fotos pelo Google. Em momentos importantes da nossa vida, ele estava lá”, destaca Henrique Gravina.

Atuação profissional “Era uma pessoa especial. Sabe aquele cara gente boa. Eu conhe-

cia ele desde criança. Tinha proximidade com a família quando morávamos no Florestal”, conta o advogado Ney Arruda Filho. Ele foi professor de Tadeu quando ele cursava Direito na Univates. “Estávamos no início do curso na universidade. Se não me engano, ele foi da segunda turma de formandos. Entrou já mais maduro e tinha um bom relacionamento com todo mundo.” Já na atuação profissional, Arruda Filho relembra: “nos encontrávamos no Fórum. Inclusive defendemos partes opostas em alguns processos. Mesmo assim, sempre foi uma relação de cordialidade e de lealdade profissional.” “Sempre foi um parceiro de todos, para todas as horas. Um profissional dedicado, ágil, conhecedor e envolvido em trabalhos voluntários. Um ano depois da morte dele, quando paro para pensar, sinto muita tristeza. Tem dias que ainda não acredito”, diz a ex-presidente da OAB de Lajeado, a advogada Alessandra Glufke. “Nós conversávamos bastante sobre o nosso trabalho. Assim como eu, ele também trabalhava sozinho no escritório. Então, acabávamos nos ajudando de alguma forma, tirando dúvidas um do outro, buscando referências para determinados processos”, relembra. Quando foi presidente da OAB, Tadeu ocupava posições de diretoria. “Se não me engano, ele tinha uns nove anos de trabalho institucional. Foi do conselho de ética da ordem, inclusive em âmbito estadual”, conta. Isso fez com que conhecesse também profissionais da Região Metropolitana.

Tiago Pavoni fez um memorial para o irmão. A foto acima da estante mostra os dois depois do plantio na propriedade. Em primeiro plano o jipe. Uma das paixões de Tadeu

“No velório dele, muitos advogados de Porto Alegre compareceram. O Tadeu tinha essa personalidade intensa. De ser proativo, de resolver as coisas com agilidade e também de se relacionar bem com as pessoas.”

5) O advogado é levado ao Hospital Bruno Born. Passa por cirurgia no coração. Por volta das 2h da manhã de quarta-feira, 25 de janeiro, é confirmado o óbito.

“Às vezes parece que foi um pesadelo” Atual presidente da OAB de Lajeado, Ronaldo Eckhardt, mantinha uma relação próxima com a família Pavoni. “Nos conhecíamos desde criança. Tenho lembranças

do Tadeu e do Tiago. Inclusive temos fotos juntos ainda bem pequenos.” Os anos passaram e a amizade permaneceu. “Nós conversávamos todos os dias. Quando assumi a OAB, ele não estava mais na diretoria. Mesmo assim sempre ajudava. Seja nas organizações de palestras ou mesmo nos eventos festivos.” Quando pensa no que aconteceu há um ano, emociona-se: “Foi um choque tremendo. Difícil de acreditar. Às vezes parece que foi um pesadelo.”

Julgamento marcado A Justiça marcou o Tribunal do Júri para 21 de fevereiro. O réu responde por homicídio qualificado, por motivo fútil, além do uso de artifício que dificultou a vítima de se defender. Hoje ele está detido em uma instituição psiquiátrica. No testemunho à investigação, Arthur afirmou ser ameaçado por vizinhos. Admitiu ter disparado com a balestra como uma espécie de “aviso” para que cessassem essas “ameaças”. O réu é representado pela defensoria pública. Em laudo a pedido da defesa, passou por avaliação psiquiátrica. A perícia afirmou: “totalmente incapaz de entender o caráter ilícito do seu comportamento”, em razão do diagnóstico de esquizofrenia. Pelo Código Penal, apesar do réu ser inimputável, isso não impede o julgamento por júri popular. Em caso de condenação, cabe ao juiz determinar a pena. A tendência é que seja a aplicação de medida de segurança, como a internação em um hospital psiquiátrico. FILIPE FALEIRO

Formado em direito pela Univates, Tadeu foi da segunda turma do curso. Atuava na área cível e previdenciária


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Quinta-feira, 25 janeiro 2024

thiagomaurique@grupoahora.net.br

THIAGO MAURIQUE

Docile será marca oficial do Brasil nos Jogos Olímpicos

E

m mais uma ousada estratégia de marketing, a Docile foi oficializada como marca oficial do time brasileiro nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 – que ocorrem entre os dias 26 de julho e 11 de agosto. A parceria de licenciamento com o Comitê Olímpico do Brasil (COB) foi formalizada na sede da entidade, no Rio de Janeiro, em ato com a presença do sócio-diretor da empresa Ricardo Heineck, representantes dos COB e atletas parceiros. A skatista Rayssa Leal, embaixadora da Docile, a ginasta Rebeca Andrade, o jogador de futebol Ary Borges e o atleta de arremesso de peso e Darlan Romani serão porta-vozes do Projeto Docile e Time Brasil, que promete dinâmicas de interação com o público ao longo do ano, entre outras surpresas. A marca de doces também apoiará o time paralímpico de atletismo Naurú, projeto de esportes de alto rendi-

FRASE DO DIA Tivemos a primeira leitura positiva após quatro meses consecutivos. Diante das dívidas, as famílias controlam seu orçamento para evitar a inadimplência e isso impacta as intenções de investimento. Os comerciantes não experimentam totalmente os efeitos positivos dos cortes na Selic.” mento criado pela atleta Verônica Hipólito. Como marca oficial da participação brasileira em Paris, a Docile almeja ser a marca porta-voz da gentileza no evento mundial –

ECONOMISTA CHEFE DA CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO, EM RELATÓRIO SOBRE O DESEMPENHO DO SETOR EM JANEIRO.

uma estratégia com potencial de ampliar ainda mais a visibilidade da marca no mercado global. Mais um golaço da empresa, que será uma grande representante da região nas Olimpíadas.

STW oferece bolsas de estudo em tecnologia Encerram amanhã as inscrições para bolsas estudos oferecidas pela STW Automação por meio do projeto Qualifica Vale do Taquari e Rio Pardo. São 15 bolsas de estudos que cobrem 100% do semestre 2024A, em matrículas de 200 horas, para cursos técnicos ou de graduação presencial na Univates. Estão incluídos os cursos de graduação nas engenharias da Computação, de Produção, de Software, Elétrica e Mecânica, e os técnicos em Automação Industrial, Eletrotécnica, Eletrônica, Informática, Manutenção e Suporte em Informática, e Mecânica. A partir do dia 29 de janeiro começam as avaliações dos inscritos e a divulgação dos classificados está prevista para o dia 15 de fevereiro. Mais informações e o formulário de inscrições

FELIPE TAVARES

podem ser obtidos no e-mail educacao@stwautomacao.com.br.

Congresso em Taquari – A CDL de Taquari/Tabai promove no dia 21 de março o II Congresso de Negócios. Serão 10 horas de eventos com cinco palestrantes de renome na gestão de negócios. Entre eles, a CEO da Fruki, Aline Eggers Bagatini e o coordenador estadual de varejo do Sebrae-RS, Fabiano Zortéa. O evento vai das 8h às 18h na sede do Retatec, e a expectativa é de reunir mais de 300 participantes, após o sucesso da primeira edição, realizado em março do ano passado. Oportunidade nos EUA – A Fiergs promove no dia 31 de janeiro palestra sobre o SelectUSA -- Programa do governo dos Estados Unidos que auxilia a internacionalização de empresas. O evento gratuito ocorre na sede da entidade estadual, em Porto Alegre, e também oportuniza networking e reuniões com agências de fomento econômico de oito regiões da maior economia do mundo, via agendamento prévio. Mais informações e inscrições, no site fiergs. org.br.


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Quinta-feira, 25 janeiro 2024

ENERGIA ELÉTRICA

Prefeitos e entidades vão ao MP por melhorias no serviço FELIPE NEITZKE

Reunião hoje, na sede do Ministério Público, em Porto Alegre, deve servir para formalizar pedido por inquérito civil contra RGE e criação de grupo de trabalho regional. Pelo menos dois consumidores também devem participar

Ação milionária

Mateus Souza

mateus@grupoahora.net.br

VALE DO TAQUARI

A

insatisfação regional com o abastecimento de energia elétrica, por parte da RGE, motiva reunião hoje, em Porto Alegre. Líderes regionais vão ao Ministério Público estadual e buscam ações e medidas efetivas na cobrança por um melhor serviço a população. O encontro, marcado para as 16h30min, na sede do MP-RS, terá a participação de prefeitos, presidentes de entidades e associações regionais e também con-

do Taquari (Amvat) deliberaram pela solicitação ao MP para que investigue a atuação da concessionária e avalie a prestação do serviço. “Um dos principais objetivos é para que, dessa audiência, se avance para um inquérito. Também devemos formar um grupo de trabalho com o MP e entidades para cobrar um plano de ações e prazos objetivos para executá-las”, frisa. Além do Codevat e da Amvat, também terão representantes na audiência a Associação dos Municípios do Alto Taquari (Amat), a Associação dos Vereadores do Vale do Taquari (Avat), a Câmara de Indústria, Comércio e Serviços do Vale do Taquari (CIC-VT) e os sindicatos de trabalhadores rurais (STRs).

Em Teutônia, centenas de famílias tiveram prejuízos por conta do temporal de semana passada

sumidores que foram afetados pela falta de energia após o temporal de semana passada. A ideia, conforme o presidente do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari (Codevat), Luciano Moresco, é seguir a mesma estratégia de dois anos atrás, quando o apoio e a participação do MP foi crucial para que a concessionária apresentasse um plano de

investimentos na ocasião. Por isso, o grupo decidiu novamente acionar a promotoria estadual. Na reunião, a comitiva regional será recebida pelo procurador de Justiça, André Ricardo Colpo Marchesan, que já foi coordenador do Centro de Apoio Operacional do Consumidor e da Ordem Econômica do MP. “Ele foi designado pelo procurador-geral. São estes

que fazem as coisas andarem”, salienta Moresco.

Inquérito e grupos Segundo Moresco, na reunião, deve ser discutida a possibilidade da abertura de um inquérito civil contra a RGE. Na audiência virtual de segunda-feira, 22, prefeitos da Associação dos Municípios do Vale

O MP tem atuado de forma efetiva também na luta por uma melhor prestação do serviço de abastecimento de energia na região metropolitana. Nesta semana, ajuizou uma ação coletiva de consumo contra a CEEE Equatorial, e teve seu pedido deferido pelo Tribunal de Justiça do RS. O prazo para ressarcimento aos danos é de 24 horas para valores despendidos com medicamentos, alimentos perecíveis, ou equipamentos utilizados para seu acondicionamento, assim como equipamentos médicos domiciliares utilizados como suporte à vida. Para eletrodomésticos, é de 48 horas.

Sicredi Integração RS/MG cresceu 32% em 2023 THIAGO MAURIQUE

Cooperativa fecha último ano com mais de R$ 97 milhões de resultado. Números foram apresentados na noite de ontem em evento na sede da Associação Sicredi, em Lajeado Thiago Maurique

thiagomaurique@grupoahora.net.br

Números Recursos totais: R$ 5,4 bilhões – Alta de 22% Patrimônio líquido: R$ 429 milhões – Alta de 24% Resultado Final: R$ 97 milhões – Alta de 32% Sobras: R$ 20,6 milhões Área de atuação: 63 municípios do RS e MG

LAJEADO

Os resultados de 2023 da Sicredi Integração RS/MG dão continuidade à trajetória ascendente da cooperativa. Os números foram apresentados na noite de ontem, em evento que abriu a temporada de encontros de prestação de contas da instituição. Ao todo, foram 22% a mais de recursos totais, que somaram cerca de R$ 5,4 bilhões, e um acréscimo de 24% no patrimônio líquido, que alcançou R$ 429 milhões. Já o resultado final teve crescimento de 32%, ultrapassando a marca dos R$ 97 milhões. Em relação do número de associados, a Sicredi Integração RS/ MG encerrou 2023 com mais de

Total de colaboradores: 410

84 mil, em uma área de atuação que abrange 63 municípios gaúchos e mineiros. Ao todo, são 30 agências onde 410 colaboradores na instituição. Os números relativos ao ano passado serão apresentados aos associados entre os dias 5 de fevereiro e 1º de março, em encontros simultâneos em todos os municípios onde a cooperativa possui agência. A aprovação das contas será feita em assembleia digital, cuja votação estará disponível exclusivamente no formato online de

Sicredi Integração RS/MG encerrou 2023 com mais de 84 mil, em uma área de atuação que abrange 63 municípios gaúchos e mineiros

05/02 a 08/03. Também caberá aos associados a decisão sobre a destinação das sobras. Em 2023 descontadas do resultado, as destinações legais e estatutárias, as sobras chegam a aproximadamente R$ 20,6 milhões. A proposta é de que 80%

seja creditado em conta corrente e 20% em conta capital, sendo o valor rateado proporcionalmente à movimentação com a cooperativa .

Novas agências O encontro na noite de ontem também serviu para apresentar as ações previstas para os próximos anos. Entre elas está a inauguração das novas instalações da agência de Santa Clara do Sul. Também serão abertas duas agências na

cidade de Montes Claros uma no bairro Bauxita, em Ouro Preto – todas em Minas Gerais. Meste ano também serão iniciadas as ações que marcarão as celebrações dos 120 anos da cooperativa, a serem completados em março de 2026. Para 2025, está prevista a inauguração do Centro Administrativo em Conselheiro Lafaiete e a abertura da terceira agência em Montes Claros, cujo prédio também sediará um Centro Administrativo em Minas Gerais.


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Quinta-feira, 25 janeiro 2024

Projeto Pratas da Casa abre edição 2024 com novidades ARQUIVO A HORA/CAETANO PRETTO

Neste ano, o projeto será especial anos 80 e lança a categoria kids. Palco das apresentações passa a ser no Centro Cultural Celso Brönstrup, em Estrela

Ficha de inscrição - Nome completo e endereço dos integrantes; - Termo de autorização de uso de imagem e voz preenchido e assinado manualmente;

Bibiana Faleiro

bibianafaleiro@grupoahora.net.br

- Release do artista/banda; - Cover de alguma música do artista selecionado, em formato mp3, anexado ao e-mail;

VALE DO TAQUARI

C

om destaque aos músicos que fizeram sucesso nos anos 80, o Pratas da Casa lança nova edição. As inscrições abrem nesta quinta-feira, 25, e seguem até 21 de fevereiro. Além da participação das crianças na categoria kids, em 2024 o projeto traz como novidade a mudança de local. Os shows, a partir deste ano, ocorrem no Centro Cultural Celso Brönstrup, em Estrela, da 19h às 21h. A iniciativa é do Grupo A Hora em parceria com o Sesc Lajeado, e tem como objetivo incentivar artistas e bandas locais dos Vales do Taquari e Rio Pardo. Além dos shows mensais, nas terças-feiras, o projeto também contempla a divulgação dos participantes no programa semanal da Rádio A Hora 102.9. Os shows ainda possuem caráter beneficente, com a arrecadação de alimentos para o Programa Mesa Brasil do Sesc. Serão selecionados dez artistas na categoria adulto e dez na categoria kids. A divulgação dos selecionados será ao vivo na Rádio A Hora 102.9, durante o programa “Pratas da Casa”, no dia 27 de fevereiro, às 19h, e disponibilizada no portal do Grupo A Hora. Após, ocorre o sorteio das datas para cada apresentação. As performances iniciam dia 12 de março, sempre com uma apresentação de cada categoria por noite, e a final será no dia 10 de dezembro.

- Link de vídeo ou live do artista/banda de algum show/ensaio recente; - Foto de divulgação do artista/banda com boa qualidade;

No ano passado, edição foi especial tributos e premiou os artistas que tiveram destaque em diferentes categorias

Especial anos 80 A edição 2024 do Pratas da Casa é especial anos 80, com homenagem a artistas regionais, nacionais ou internacionais. Além de um repertório que evidencia a música da década, os participantes podem investir em figurino, bailarinos, cenário de palco, entre outros elementos. Os critérios de avaliação incluem a história da banda ou artista, a performance de palco e características dos participantes. Para a premiação, os critérios de avaliação são performance de palco e interpretação,cenário de palco, maior público e voto popular. O show ainda deve ser 75% em formato de tributo.

Pequenos no palco Já a 1ª edição do Pratas da Casa Kids busca revelar talentos mirins e adolescentes na música, além de

estimular o desenvolvimento cultural da região. Para as crianças e jovens de 5 a 13 anos, a temática é livre, e o artista ou banda pode homenagear algum músico ou trazer repertório variado de canções. Para os pequenos, a premiação é destinada de acordo com critérios como afinação, ritmo, interpretação, dicção e fidelidade à letra, e postura. Cada apresentação será transmitida ao vivo pela Rádio A Hora 102.9, pelo dial e streaming no Portal do Grupo A Hora, em formato de live no Facebook e no canal do Youtube do Pratas da Casa. Para a inscrição da categoria kids e adulto, todos os integrantes da banda ou o artista precisam residir ou ter algum vínculo com os Vales do Taquari ou Rio Pardo. Os interessados devem preencher a ficha de inscrição disponível no portal do Grupo A Hora e enviar para o e-mail pratasdacasa.grupoahora@gmail.com.

Datas dos shows 12.03, 09.04, 14.05, 11.06, 13.08, 10.09, 08.10, 12.11, 03.12, 10.12 Evento de premiação

- Artista/banda que participaram de edições anteriores do Pratas da Casa poderão participar em 2024.

Edição Kids - Cópia de documento de identificação RG ou Certidão de Nascimento do menor inscrito; - Termo de autorização dos pais ou responsáveis para uso de imagem e voz preenchido e assinado manualmente; - História do artista/banda; - Vídeo interpretando alguma música em formato mp3;

Para esta edição, o projeto apresenta nova logo, que também contempla a categoria kids

- Foto de divulgação do artista/banda com boa qualidade.


A HORA | 11

Quinta-feira, 25 janeiro 2024

Paciente é um homem, morador do bairro Jardim Botânico. Município monitora outros 13 suspeitos Bibiana Faleiro

bibianafaleiro@grupoahora.net.br

LAJEADO

O

primeiro caso de dengue de 2024 em Lajeado foi registrado nessa quarta-feira, 24. O município tem outros 13 casos suspeitos que aguardam resultado de exames. Até o momento, foram 15 suspeitas descartadas este ano. O paciente que positivou para a doença transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti é um homem, morador do bairro Jardim Botânico. Nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2023, foram avaliados 69 casos suspeitos de dengue no município. Destes, 66 foram descartados e três considerados positivos - dois deles autóctones e um contraído fora da cidade. Coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Lajeado, Juliana Demarchi destaca que o resultado positivo para a dengue coloca o setor em alerta, uma vez que isso indica que há mosquitos contaminados circulando no município. “Temos várias atividades de prevenção sendo feitas, assim como a Vigilância Ambiental atua na prevenção da proliferação do mosquito. Ainda assim, este caso nos dei-

Precisamos todos voltar a atuar no combate à dengue e ao mosquito de forma intensa para evitarmos um surto como o que tivemos em 2022” JULIANA DEMARCHI COORDENADORA DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DE LAJEADO

xa ainda mais atentos. Precisamos todos voltar a atuar no combate à dengue e ao mosquito de forma intensa para evitarmos um surto como o que tivemos em 2022”. Ela destaca que naquele ano, foram quase 4 mil casos confirmados. Em 2023, foram 298. Em geral, o aumento dos casos ocorre no fim de fevereiro até início de abril. “Até lá, temos um caminho de prevenção”.

Ações De acordo com Juliana, os principais criadouros do mosquito ficam localizados junto às residências, em locais onde há água acumulada. Ela ressalta a importante participação da comunidade na limpeza dos pátios e no trabalho de eliminação destes espaços. O mosquito Aedes Aegypti é tam-

bém transmissor da chikungunya e da zika. Para combater a doença, a prefeitura anunciou esta semana novidades no combate ao mosquito, com ações de aplicação de produtos em prédios públicos. Chamada de Borrifação Residual Intradomiciliar para o Controle Urbano do Aedes (BRI-Aedes), a técnica é recomendada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e envolve a aplicação de inseticida com efeito residual dentro de domicílios e prédios públicos.

Outros casos No Rio Grande do Sul, são 944 casos confirmados em 2024, de acordo com informações disponíveis no Painel de Casos de Dengue no RS. Em Cruzeiro do Sul, Levantamento Rápido de Índice para Aedes Aegypti aponta presença do inseto no centro, bairros Cascata e Rosa. Das 17 amostras coletadas nos imóveis do município, quatro deram positivas para a presença do mosquito.

- Febre alta, maior que 38,5 ºC; - Dores musculares intensas; - Dor ao movimentar os olhos; - Mal estar; - Falta de apetite; - Dor de cabeça; - Manchas vermelhas no corpo.

23/09 - 22/10

CAPRICÓRNIO: Na vida pessoal você vai se entrosar numa ótima com todos. Interesse por alguém do trabalho pode render uma paquera gostosa. AQUÁRIO: Agora, as promessas mais incríveis estão reservadas para o amor e se ainda não encontrou sua alma gêmea, prepare o coração! PEIXES: Você terá muita desenvoltura para lidar com assuntos mais complexos e pode dar uma ajuda providencial para um familiar que estima

PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS www.coquetel.com.br Romance de Antoine de SaintExupéry

CRUZADAS© Revistas COQUETEL Informação pessoal Artigo Partícula definido positiva Prescrição no perfil do usuário do Facebook masculino do átomo médica de singular (símbolo) remédios Roentgen (símbolo)

Atitude da pessoa prudente e contida

Documento apresentado por viajantes na PF

Raro, em inglês

Espírito Santo (sigla)

Integrante do bando de Lampião e Corisco

Máquina essencial em terminais portuários de contêineres

Associação do Stock Car (EUA)

Reflexão acústica Companhia (abrev.) Vitamina de uso antigripal

Maior ave brasileira Pronome pessoal Reunião para eleição de um Papa

A parte couraçada do crocodilo

Aqui, em francês Clube ca- Cantor tarinense sertanejo Manuel (?) Bocage, poeta português

Desembolsa Estrutura que contém os genes (sigla)

Reclamar (pop.) Período histórico

O coletivo de peixes (Gram.) Desconhecedora de um assunto

Honesto; incorruptível

Cimo de montanha Elemento central do ritual funerário hindu

"Alguém Como (?)", música da MPB

Atração de parques aquáticos Constantemente Criar; produzir

Esta coisa Difere do agnóstico por ter certeza da inexistência de Deus

Triste, em inglês Ósmio (símbolo)

Idioma em que foi escrito o Corão

Efeito esperado com a notícia sensacionalista

BANCO

Principais sintomas

23/10 - 21/11

VIRGEM: Bora lá pegar firme nas responsabilidades e transformar sua força de trabalho em dindim: a fase é ideal para bater metas, faturar e reforçar o orçamento.

22/11 - 21/12

23/07 - 22/08

LEÃO: Conversas e contatos com quem tem afinidades vão aquecer suas esperanças e podem dar start em amizades gratificantes.

22/12 - 19/01

21/06 - 22/07

CÂNCER: Interesses que envolvam imóveis, podem ser encaminhados com êxito, só manhtenha silencio enquanto não bater o martelo.

SAGITÁRIO: alguém mais íntimo pode mexer com as suas emoções e também dar conselhos que ajudarão a nortear suas decisões.

20/01 - 18/02

20/04 - 20/05 21/05 - 20/06

GÊMEOS: Você nem precisará se esforçar muito para se destacar no trabalho, pode atrair amizades e certamente irá bombar nos contatinhos.

ESCORPIÃO: Pesquisas, investigações e serviços mais reservados em laboratórios e hospitais devem render bastante.

(?) de travesseiro: função da fronha Interjeição de chamamento

Letra que, dobrada, forma um dígrafo

3

Solução O P O R P A S S A P O R T E E R A R S E L Q C O C E C I A G U I N D A S T E C E M A N I C I O N O S G A S TA C O N C L A V E D NA P I AR C A R D U ME N E R A L E I G A T I S I I S T O O O S I N T E G RO C U M E A R A B E I P R O T E T O R P I R A E I G I R E P E R C U S S Ã O

Lajeado registra primeiro caso de dengue no ano

TOURO: Seu tino comercial e sua competência para administrar as finanças ficam no modo turbo e cada passo no serviço será para garantir melhorias.

LIBRA: Siga em frente com força, foco e fé porque hoje tudo vai dar certo na sua vida e sua energia espiritual será uma grande aliada.

2/du. 3/ici — sad. 4/pira — rare. 6/nascar — tobogã. 7/íntegro.

Os principais criadouros do mosquito ficam localizados junto às residências, em locais onde há água acumulada

ÁRIES: Pode aprender e ensinar bastante ao trocar de ideias e experiências com quem convive ou trabalha.

23/08 - 22/09

21/03 a 19/04

DIVULGAÇÃO

19/02 - 20/03

HORÓSCOPO


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Quinta-feira, 25 janeiro 2024

UM DOS MAIORES DO CONTINENTE

DIVULGAÇÃO

FESTIVAL INTERNACIONAL DE VÔLEI PASSA A SER DISPUTADO EM LAJEADO DIVULGAÇÃO

Atacante atuou em seis partidas pelo Lajeadense. Rodou o Brasil e a América do Sul até se destacar no Plaza Colonia, do Uruguai

MUNDO DA BOLA Reunião entre a prefeita em exercício, Gláucia Schumacher, o secretário de cultura esporte e lazer, Carlos Reckziegel, e o presidente da Avates, Rodrigo Rother, alinhavou a parceria

Parceria entre Avates e governo municipal foi acertada na manhã desta quarta-feira, 24. Competição ocorre entre os dias 29 de maio e 2 de junho Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br

A

pós 16 edições realizadas na cidade de Estrela, o Festival Internacional de Voleibol organizado pela Associação Vale do Taquari de Esportes – Avates, deixa o município e confirma a edição de 2024 para Lajeado. A parceria entre o governo lajeadense e a organização do evento ocorreu na manhã desta quartafeira, 24. Reunião entre a prefeita em

exercício, Gláucia Schumacher, o secretário de cultura esporte e lazer, Carlos Reckziegel, e o presidente da Avates, Rodrigo Rother, alinhavou a parceria. O Festival Internacional, antes denominado “Cidade de Estrela”, é uma das competições mais importantes do voleibol de base no continente e todo ano recebe milhares de atletas e simpatizantes. “A Prefeitura de Lajeado vai ser um apoiador, principalmente na questão estrutural, de nos oferecer uma condição para que a gente possa realizar o trabalho bem, numa estrutura adequada e até com uma melhoria do que a gente já vinha fazendo. Importante ressaltar que o evento veio pra Lajeado pra melhorar ainda mais as condições de realização, já que cresceu muito”, destaca Rother. Segundo o presidente, a competição irá ocorrer no mesmo modelo que vinha sendo feita. A data segue sendo no feriado de Corpus Christi, entre os dias 29 de maio

e 2 de junho. Como novidade, há o acréscimo da categoria juvenil. Assim, os jogos reunião atletas do sub-14, sub-16, sub-19 e sub-21. As pré-inscrições foram abertas nesta semana e nas primeiras 24 horas 51 equipes já haviam se inscrito. “A gente fez um evento com 90 equipes ano passado. Agora no primeiro dia já passamos dos 50% da nossa capacidade, é um ótimo sinal”, afirma Rother.

NOTÍCIA POSITIVA PARA LAJEADO Secretário da cultura, esporte e lazer, Carlos Reckziegel destaca a grandiosidade do evento que trará milhares de pessoas, do Brasil e da América Latina, para Lajeado. “Para nós é um motivo de bastante orgulho, é um evento importante para o esporte, mas também para a nossa economia, pois o setor hoteleiro e o comércio também serão bastante beneficiados.”

ATACANTE NIGERIANO EX-LAJEADENSE ASSINA COM UM DOS PRINCIPAIS TIMES DO CONTINENTE Christian Ebere Osinachi passou pelo Alviazul em 2019 e atuou em seis partidas. Depois de rodar o continente, se destacou no Uruguai e assinou com o Nacional Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.br

Atacante com passagem pelo Lajeadense em 2019, o nigeriano Christian Ebere Osinachi, 25, rodou o Brasil e a América Latina e agora assina com um dos principais clubes do continente. Um dos goleadores do Campeonato Uruguaio, ele foi anunciado pelo Nacional, de Montevidéu, nesta terça-feira, 23. Ebere, como é conhecido, passou pelo Lajeadense em 2019 em uma curta passagem. Na época emprestado pelo Juventude, atuou em seis partidas da Copa FGF. Não marcou nem deu assistências. Na melhor partida, participou do gol de Ariel no empate em 1 a 1 com o Avenida no Clássico dos Vales. A passagem por Lajeado, embora curiosa, não deixou saudades. Captado da ASJ Academy, na Nigéria, atuou por Rosário Central e Juventude antes de vir

ao Vale do Taquari. Depois, passou por Fluminense de Joinville (SC), Metropolitano (SC), Maringá (PR), Paraná (PR), Pouso Alegre (MG) e Vila Nova (MG), no Brasil. Pelo Pouso Alegre, fez gol na Copa do Brasil e se tornou o primeiro nigeriano a alcançar tal feito. O voo maior, no entanto, não foi em terras tupiniquins. Ao deixar o Vila Nova, foi para o Plaza Colônia, clube médio do Uruguai, e deslanchou. Em 50 jogos marcou 19 gols. Foi um dos goleadores do última Campeonato Uruguaio, com 17 bolas na rede. O bom futebol chamou a atenção de um dos principais clubes do país e do continente, o Nacional. Agora, o atacante ex-Lajeadense terá a chance de brilhar na Copa Libertadores. A equipe uruguaia disputa a segunda fase preliminar do principal torneio Sul-Americano.


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Quinta-feira, 25 janeiro 2024

FUTEBOL DE BASE

COPA TEUTÔNIA CONHECE VENCEDORES CAMILA SOUZA/DIVULGAÇÃO

PAULO GUSTAVO SEHN Professor, doutorando em Memória Social e Bens Culturais e ciclista.

O STRAVA COMO FORMA DE MOTIVAÇÃO PARA OS ATLETAS

S

Cerca de 1,6 mil atletas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Uruguai e Argentina participaram da competição. O time da casa, AERC Juventus, foi vice-campeão nas categorias sub-13, sub-14 e sub-15

U

ma das principais competições do futebol de base no Rio Grande do Sul, a Copa Teutônia revelou os campeões e os destaques em cada uma das cinco categorias. As finais ocorreram na terça-feira, 23, no campo do Esperança, no bairro Languiru. Na categoria sub-12, a taça ficou com o Progresso, de Pelotas. A equipe derrotou o AL Football, de Criciúma-SC, por 1 a 0. Os catarinenses do Santos Dumont/Brusque, foram campeões na categoria sub-13 ao vencer o Juventus, de Teutônia, pelo placar de 2 a 1. Pela categoria sub-14, o Novo Hamburgo sagrou-se campeão ao vencer o Juventus pelo placar de 2

a 1. Na categoria sub-15, o Brusque ficou com o 1º lugar, derrotando o Juventus nos pênaltis por 4 a 1, após um empate em 2 a 2 no tempo normal. Já na categoria sub-16, o São José, de Porto Alegre, conquistou o 1º lugar em cima da UJC, de Gravataí, com o placar de 2 a 1.

A competição As disputas iniciaram no dia 18, com a participação de cerca de 1,6 mil atletas de cidades do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Uruguai e Argentina. Foram 29 clubes, 80 equipes, 147 partidas e quase 600 gols marcados. Os jogos ocorreram nas praças esportivas do Gaúcho (Teutônia), Esperança (Languiru), Lawi (Linha Wink), Atlético Gaúcho (Canabarro), Juventude (Linha Frank), Fluminense (Linha Harmonia), Ribeirense (Canabarro), União (Linha Clara) e União da Germano. Os atletas receberam três refeições diárias. A praça de alimentação foi na Associação Pró-Desenvolvimento, no bairro Languiru. O plantéis ficaram alojados nas escolas municipais, no CEMEF Leonel de Moura Brizola, na EEEM Reynaldo Affonso Augustin, na Comunidade Evangélica Reden-

Na categoria sub16, para jogadores nascidos até 2008, o campeão foi o São José, de Porto Alegre

tor, no Colégio Teutônia, no CTG Rincão das Coxilhas e na EEEM Westfália. A 17ª Copa Teutônia foi uma promoção da Planeta Bola Eventos Esportivos, com apoio da Administração Municipal de Teutônia, por meio da Secretaria de Juventude, Cultura, Esporte e Lazer e Secretaria de Educação.

Copinha consolidada O prefeito Celso Aloísio Forneck destaca a relevância do campeonato e a receptividade das comunidades. “Uma competição desta envergadura, além de atrair centenas de atletas, mobiliza equipes técnicas, familiares e amigos. Nosso setor hoteleiro e nosso comércio foram muito movimentados nestes dias. Também é uma alegria muito grande perceber o quanto a Copinha contribui para o desenvolvimento esportivo e social entre as crianças e os adolescentes”, afirma.

em dúvida alguma um dos motivos da popularização do ciclismo nos últimos anos foi sua presença massiva nas redes sociais dos atletas. O Strava, a rede social para atletas mais popular do mundo, possui mais de 100 milhões de usuários no planeta. O surgimento da plataforma é um tanto curiosa. Um dos seus criadores, Davis, ciclista, lá nos anos 90 pensou em registrar suas marcas quando subia alguns morros populares na sua região. Outros amigos, ciclistas, também acabavam por registrar essas marcas mas, sem muita certeza se os pontos iniciais e finais eram idênticos uns dos outros. Os registros, precariamente anotados em tiras de papel e improvisadamente guardados nas suas camisas acabaram virando uma competição. Os passeios deles eram organizados às quartas-feiras mas, nem todos conseguiam participar no dia. E a competição começou a ficar acirrada quando alguns ciclistas que não conseguiam participar no dia combinado, afirmavam que em dias anteriores, sozinhos, tinham registrado tempos menores que o do amigo. Começou aí o conceito que os ciclistas chamam de segmento - um recorte de um trajeto, no qual são registrados os tempos dos ciclistas que por ali passam. Davis, que era engenheiro de software, adquiriu em 2003 seu primeiro odômetro, com GPS. E, com as coordenadas, hora e a elevação do percurso, ele conseguia obter dados de início e fim destes segmentos. Mas, faltava um meio para comparar estes dados entre ciclistas. Foi então que Davis compartilhou a ideia com amigos ciclistas da mesma equipe e recrutou outros que tinham aparelhos de odômetro com GPS para salvarem dados quando passassem pelos segmentos. A partir daí, o time da programação entrou em campo e a plataforma começou a ganhar forma, sendo disponibilizada oficialmente em 2009. O Strava se popularizou entre os desportistas, amadores e profissionais, A plataforma aceita inúmeros tipos de atividades, passíveis de serem compartilhadas com amigos da sua rede. Você pode seguir e ser seguido por outros atletas, conhecer roteiros em qualquer parte do mundo, inclusive a partir de imagens e vídeos carregados juntamente com as atividades. Combinar pedaladas em grupo, enviar mensagens para seus amigos também é possível. A motivação que a plataforma gera é de grande valia para os atletas e, penso que este seja um dos principais motivos para a ascensão e popularização do ciclismo. Além do desenho no mapa, os atletas podem acompanhar sua própria evolução, com dados de velocidade média, distância, elevação, gasto calórico aproximado e potência despendida, tudo isso de forma gratuita. A modalidade paga disponibiliza ainda acompanhamento em tempo real do seu desempenho dentro dos segmentos, para melhorar seus tempos e motivá-lo para obter o recorde do segmento, e ainda integração com diversas outras plataformas e dispositivos GPS, além da definição de metas pessoais. Os registros que a plataforma gera são incríveis, desde a primeira atividade do atleta com estatísticas e os seus totais. É possível cadastrar ainda diferentes equipamentos (bicicletas, por exemplo) e atribuir sua pedalada para a bike cadastrada - permitindo assim um acompanhamento das revisões das mesmas. Ainda, o Strava permite um acompanhamento em tempo real da sua localização, que pode ser compartilhado com pessoas da sua escolha. Caso aconteça algum acidente, esta saberá sua localização. Os termos KOM (Rei da Montanha) e QOM (Rainha da Montanha) são muito desejados entre os ciclistas pois ao obter este título, significa que o(a) ciclista foi o(a) mais rápido(a) (do mundo) naquele segmento. Falando em medalhas virtuais, seus recordes nos segmentos também são passíveis de premiação, bem como os ciclistas que mais passaram por determinado segmento. O aplicativo é disponibilizado de forma gratuita e, como mencionado antes, com algumas funcionalidades extras na versão paga. O Brasil é o segundo maior país em usuários ativos na plataforma. Fica o convite para fazer o download na sua loja de aplicativos e começar a usá-lo!


14 | A HORA

Quinta-feira, 25 janeiro 2024

por Raica Franz Weiss

Rui Barbosa era campeão internacional

Novas definições para os hospitais O novo Sistema de Classificação Hospitalar, determinado em 2002, exigia que todos os hospitais credenciados pelo SUS se ajustassem aos novos critérios. A resolução dividia as casas de saúde em unidades mistas, locais, microrregionais e macrorregionais de acordo o número de leitos, os tipos de serviços oferecidos e o perfil assistencial. Na época, o Vale do Taquari tinha 25 hospitais cadastrados no SUS. Com as novas definições, as instituições de Relvado, Santa Clara do Sul e Sério seriam transformadas em unidades mistas, que só teriam internações clínicas de curta duração, com procedimentos básicos e de baixa complexidade. As exigências para pequenos hospitais eram semelhantes às das grandes casas de saúde. Muitos antigos hospitais, com o tempo, foram transformados em unidades de saúde menores, em virtude da complexidade das exigências do setor.

Como ficaram classificados os hospitais do Vale Unidades mistas (procedimentos básicos e de baixa complexidade) – instituições dos municípios de Relvado, Santa Clara do Sul e Sério

A Escolinha de Futebol Rui Barbosa, de Arroio do Meio, conquistava o título da quarta edição da Copa Internacional de Futebol, que ocorria em Flores da Cunha. O torneio tinha reconhecimento oficial da Fifa, com participação de mais de 180 equipes de todo o Brasil e de outros países, em oito categorias. Um time foi montado com atletas dos Vales do Taquari e Rio Pardo. A equipe tinha cerca de 60 garotos que jogavam na escolinha e ainda atletas de Estrela, do Clube Sete de Setembro de Lajeado e outros de Santa Cruz do Sul. Aquela era a maior competição de categorias de base do Brasil. ARQUIVO MUNICIPAL DE LAJEADO/O INFORMATIVO

Unidades locais (procedimentos de baixa e média complexidade) – instituições de Anta Gorda, Bom Retiro do Sul, Boqueirão do Leão, Cruzeiro do Sul, Nova Bréscia, Paverama, Putinga e Roca Sales Microrregional (procedimentos de baixa e média complexidade) – instituições de Arroio de Meia, Arvorezinha, Encantado, Marques de Souza, Muçum, Progresso, Taquari e Teutônia Regional (procedimentos de média e alta complexidade) – Hospital de Estrela

Os alunos da Escolinha do Rui Barbosa com o troféu

Macrorregional (procedimentos de média e alta complexidade) – Hospital Bruno Born de Lajeado

Baile de Kerb Os clubes Tiro e Caça e Sete de Setembro, de Lajeado, faziam uma promoção conjunta de um Baile de Kerb. A festa foi

organizada no antigo salão do CTC, na rua João Batista de Mello, e teve apresentação da Banda Canecão. REPRODUÇÃO

Enquanto isso…

Entre os presentes, Lori e Lothar Koefender

Morte do jogador Leônidas – Um dos maiores atacantes da história do futebol brasileiro, Leônidas da Silva morria aos 90 anos de idade, em São Paulo. Ele era conhecido como “Homem-Borracha” na Europa, pela elasticidade, e, no Brasil, como “Diamante Negro”. Inlcusive, Leônidas foi homenageado pela Lacta, que nomeou um chocolate com o seu apelido, o Diamante Negro que existe ainda hoje. Ele foi um dos primeiros jogadores a fazer o movimento da bicicleta no campo do futebol e é considerado o primeiro grande craque do futebol brasileiro.

Hoje é Dia do Carteiro Dia dos Correios e Telégrafos Dia Nacional da Bossa Nova Santo do dia: São Paulo


A HORA | 15

Quinta-feira, 25 janeiro 2024

JULIO MOREIRA

FILIPE FALEIRO Jornalista colunafaleiro@grupoahora.net.br

O jornalismo para além dos fatos

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eitor, já ouviu falar em jornalismo diversional? Alguns chamam de Novo Jornalismo (ou literatura de não-ficção). Talvez o conceito não seja tão conhecido para o grande público, mas sem dúvida, muitos já ouviram falar de Tom Wolfe, Gay Talese, Truman Capote e/ ou Joseph Mitchel. Grandes expoentes do estilo de narrativa nascido nos Estados Unidos e consolidado na imprensa (inclusive no Brasil) entre os anos de 1930 até o fim de 1970. A inovação daqueles redatores era dar um relato mais humanizado, capaz de levar impressões, ambientes, cenários, personagens e acontecimentos para um estágio acima da fórmula do “Quem? Quando? Onde? Por quê? O quê? e,

Como?”. Hoje, o mundo mudou, a agilidade, o dinamismo e as informações mais resumidas se tornaram uma exigência frente ao cenário de midiatização e de acessos instantâneos. No entanto, há certos acontecimentos impossíveis de se “encaixotar” nesses dias apressados e, por vezes, superficiais das notícias curtas. Nos últimos dias, me deparei com um desafio. A materiali-

A arte da reportagem Nesta escola jornalística quase moribunda, é cada vez mais difícil se deparar com um conteúdo que incorpora técnicas dos romancistas. Isso não quer dizer que basta aprender a técnica base, pois toda a leitura ajuda. Aquele redator com bagagem dos grandes clássicos vai ter mais repertório. Mas essa é outra história. Voltamos ao tópico. Para contar o caso Tadeu Pavoni, precisei mergulhar nas lembranças de quem conviveu com ele. Uma temática muito delicada. Inclusive no contato com as pessoas. Não tenho a pretensão de me comparar com qualquer mestre da literatura e do jornalismo que inventaram esse tal “diversional”. Apenas usei algumas técnicas que encontrei neste estilo de narrativa para contar parte dos acontecimentos daqueles 24 e 25 de janeiro de 2023. Descobri ao longo dos anos de produção intelectual voltada ao jornalismo impresso que a arte da reportagem vai além de escrever. É preciso saber ouvir. Entender o “não” da fonte. Ter sensibilidade, empatia e ser leal aos princípios éticos da profissão. Quando alguém aceita falar daquilo que é mais íntimo, daquilo que sente, do que pensa e não divide com os outros, cria-se um laço de confiança que um trabalho mal feito pode destruir para nunca mais. Aprendi nestas duas décadas como repórter que para ser um bom profissional, primeiro é preciso ser uma boa pessoa. Uma lição também deixada pelo advogado Tadeu Pavoni.

zação dele está nesta edição. Como contar uma história para além da notícia? Mais do que um gancho factual? É possível que a impessoalidade da reportagem capte sentimentos e consiga traduzi-los sem sensacionalismo ou falso sentimentalismo linguístico para o texto? Não sei. Mas o público pode ter uma visão sobre as preocupações deste repórter. Só voltar um pouco e ler (ou reler) as páginas 6 e 7. Será que consegui?

Escola brasileira Entendo pouco do mundo. Tenho mais perguntas do que respostas, mais dúvidas do que certezas. Por isso o jornalismo faz tanto sentido pra mim. Um professor dizia: “o jornalismo é a busca canina pela verdade factual.” Aos repórteres mais jovens, digo: duvide e seja curioso. Como no racionalismo de René Descartes: a dúvida como método. Falei de nomes norte americanos do jornalismo diversional, mas saibam, temos grandes referências nesta parte da Linha do Equador. Talvez hoje a profissional mais destacada para esse tipo de narrativa seja a gaúcha Eliane Brum. Na história há tantos outros. Os perfis de Joel Silveira. A narrativa viva de José Hamilton Ribeiro. E a história real em dados e histórias humanas de Caco Barcellos.

ARTIGO

Contador, especializado em Controladoria

A Reforma Tributária: O que esperar de 2024

Q

uando pensamos em tributos no Brasil, vem à mente a imagem de um labirinto complexo de normas e regras a serem cumpridas. De fato, possuímos uma das maiores cargas tributárias do mundo. O último estudo feito pela Receita Federal, em 2020, mostrou que a arrecadação por aqui equivale a 13,5% do PIB sobre o consumo, superando a média da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento), e países como Reino Unido (10,1%), Chile (10,6%) e Canadá (8,8%). Essa carga tributária sobre produtos e serviços, faz com que os impostos tenham um peso muito maior no bolso de quem ganha menos. Por isso, após décadas de debate, foi aprovada uma nova reforma, que tem como objetivo a simplificação do sistema tributário brasileiro, redução de litígios tributários e distribuição equitativa da carga. Ao contrário do que se imaginava, a reforma não irá diminuir a alta carga tributária, mas sim dissolve-la melhor entre os setores, reduzindo o seu montante em algumas áreas estratégicas, como saúde, educação e comércio, e aumentando em outras, em especial a de serviços. Foi criado o Imposto sobre Valor Agregado (IVA), que unifica diversos tributos existentes sobre consumo, entre eles o ICMS, IPI, ISS, PIS/ PASEP e COFINS, em apenas três novos – o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS). Além disso, passa a valer também o Princípio do Destino, que significa que o imposto será destinado ao estado ou munícipio onde o adquirente do bem ou serviço está localizado. Essa medida foi criada para acabar com a “Guerra fiscal” que acontece entre ambas as entidades. O Simples Nacional continuará, mas com modificações, permitindo aos contribuintes escolher entre duas formas de tributação, apurar o CBS e o IBS “por dentro” do regime Simples, ou apurar esses tributos “por fora” do Simples Nacional. Na prática, dependendo da atividade da empresa, poderá haver impactos na transferência de créditos para os clientes, com um possível aumento da carga tributária e a perda de competitividade para outros regimes. Em suma, a reforma busca a redução de litígios fiscais, decorrente da unificação dos impostos e da uniformização da legislação, novas diretrizes para benefícios fiscais e a possibilidade de creditamento, isto é, as empresas poderão compensar os impostos pagos na etapa anterior da cadeia produtiva, distribuição equitativa da carga tributária na cadeia. Outra novidade é a implementação de um sistema de cashback, que permite que parte do valor pago seja devolvido ao consumidor. Esta medida foi criada em função de quem ganha menos, e visa estimular ainda mais o consumo. A transição será gradual, e deve valer a partir de 2026, com o aumento da alíquota do IBS e da CBS, e a redução as alíquotas de ICMS e ISS, com vigência integral até 2033. Apesar de algumas boas adições, há um risco real de que a carga tributária possa aumentar, afetando primordialmente o setor de serviços. As contas públicas vêm crescendo e pouco se fala sobre redução de gastos. E, caso a nova reforma não seja suficiente para cobrir o déficit atual do Governo, é possível que a conta chegue alto no futuro.

Em suma, a reforma busca a redução de litígios fiscais, decorrente da unificação dos impostos e da uniformização da legislação


Quinta-feira, 25 janeiro 2024 Fechamento da edição: 19h

MÍN: 19 | MÁX: 23º

Sol com algumas nuvens. Não chove.

Memorial relembra a vida de Dom Gentil DIVULGAÇÃO

TURISMO RELIGIOSO

Relvado finaliza um espaço dedicado para o religioso mais reconhecido do município. Estátua e memorial se unem as demais atrações da parte alta do Vale destinadas aos fiéis. Inauguração está prevista para acontecer em 11 de fevereiro. CADERNO| CIDADES


Quinta-feira, 25 janeiro 2024

CIDADES

R$ 4,00 (dia útil) R$ 7,50 (fim de semana)

MICRORREGIÕES | ARROIO DO MEIO • ENCANTADO • TEUTÔNIA • TAQUARI • ESTRELA

Vinho é oportunidade de fomento e diversificação ao turismo Primeira indústria da história do município terá capacidade inicial de engarrafar até 20 mil unidades ao ano Cristiano Wilnder

cristiano@grupoahora.net

VENÂNCIO AIRES

N

interior de Venâncio Aires, uma novidade para os apreciadores de vinho se inicia com a abertura da Vinícola São Pedro. A bebida que Sócrates, o sábio da Grécia Antiga, descreveu como curadora da alma e libertadora da mente, agora encontra morada na terra do chimarrão, aproximandose não apenas dos venâncio-airenses, mas de toda a comunidade regional. É a primeira produção do gênero em 132 anos da cidade. A fábrica terá capacidade de engarrafar, até 20 mil unidades de 750ml por ano. O empreendimento tem como proprietário Douglas Fuhr. A família dele atua faz mais de duas décadas na produção de vinhos e derivados. “Após muitos anos acompanhando meu avô, meu pai e meus tios elaborando vinhos, tomei muito gosto e resolvi apostar na bebida. Comecei a elaborá-las em 2018, mas apenas em 2023 consegui concretizar o desejo de abrir uma vinícola em Venâncio Aires”, revela.

FOTOS DIVULGAÇÃO

“A vinícola é um sonho que virou realidade a partir de receita de família que gera um vinho diferenciado e de qualidade superior. Este é o sonho de um menino que sempre quis ter sua própria vinícola”, revela o empreendedor. Para o novo projeto, a inspiração do nome da indústria vem do avô, além da vinícola estar localizada em Linha Grão-Pará Baixo, cuja o padroeiro da comunidade é São Pedro.

Produção O primeiro lote da bebida será produzido nas próximas semanas com a maturação concluída até maio, quando então inicia a comercialização oficial tanto para o consumidor final, quanto para os estabelecimentos comerciais dos vales. Serão produzidas duas variedades de vinho: tinto e branco. Além disso, também será ofertado suco engarrafado. “Todo processo de maturação do vinho é feito de forma natural, para garantir outro diferencial para a região”, anuncia Fuhr.

Turismo O empreendedor acrescenta que “depois de consolidada a primeira fase da empresa, a intenção é ir agregando novos produtos e serviços”. Por conta disso, neste momento a indústria familiar terá como foco a produção e comercialização direta do produto, mas no futuro o objetivo é oferecer também espaço garden, com a oferta de ces-

Vinícola São Pedro terá capacidade de engarrafar, de forma inicial, até 20 mil unidades, de 750ml, por ano

tas de produtos, por exemplo. Outra meta para o futuro é garantir a visitação de grupos no espaço de produção para apreciação e degustação dos sabores e aromas de vinhos e assim fomentar o turismo local também neste segmento, a partir do chamado enoturismo. Fuhr reforça ainda que “é um projeto amplo, mas todo ele bem pensando”.

O empreendimento tem como proprietário Douglas Fuhr. A família dele atua faz mais de duas décadas na produção de vinhos e derivados


2 | A HORA cidades

Quinta-feira, 25 janeiro 2024

Temporal causa mais de R$ 4,4 milhões de prejuízos no meio rural, aponta Emater Perdas mais significativas foram registradas em pelo menos seis distritos do interior de Venâncio Cristiano Wilnder

cristiano@grupoahora.net

VENÂNCIO AIRES

R

elatório elaborado pelo escritório da Emater/ Ascar evidencia as perdas provocadas pelo temporal da última semana, no dia 16, no meio rural. Os dados divulgados dão conta que foram mais de R$ 4,4 milhões em prejuízos. Apenas no plantio do milho, sendo em grãos, silagem ou verde, as perdas atingiram 1.694 hectares,

o que presenta 95% de perdas em algumas regiões. Ainda conforme o relatório da Emater, assinado pelo engenheiro agrônomo Vicente João Fin, Venâncio Aires registrou no interior ventos que chegaram a velocidade acima dos 75km/h e em alguns pontos próximos dos 100km/h. O distrito mais afetado foi Santa Emília, atingindo comunidades como a própria Vila Santa Emília, mas também Linha 25 de Julho, 17 de Junho, Olavo Bilac, Harmonia da Costa, São Pedro, São Miguel e Nossa Senhora de Lourdes. Além disso, ainda foram citados no relatório os distritos de Palanque, Centro Linha Brasil, Deodoro, Vale do Sampaio e Vila Arlindo. No plantio de eucalipto, que teve 357 hectares atingidos, resultou em R$ 1,6 mil de perdas financeiras. Nas florestas nativas foram registradas perdas em 89,95 hectares, sendo apenas 4,65 hectares em árvores de araucárias/pinheiros. A produção de frangos registrou

Doze aviários foram danificados pelo temporal. Prejuízo de R$ 1,1 milhão

avarias em 12 aviários, que somam R$ 1,17 milhão de prejuízos. Mais de 200 famílias tiveram prejuízos e entre casas e galpões os prejuízo financeiros chegam próximo de R$ 2,5 milhões. Já quando se leva em considera-

ção áreas urbanas e rurais, o forte temporal atingiu cerca de 1,2 mil residências, conforme contabilização da Defesa Civil. As ocorrências nos imóveis abrangem quedas de postes e de árvores e destelhamento.

Em Mato Leitão, perdas no interior foram de R$ 2,6 mi Apenas no milho, 2,5 mil hectares foram atingidos MATO LEITÃO

A Prefeitura de Mato Leitão, juntamente com a equipe da Emater/Ascar, concluiu o relatório com os prejuízos do forte temporal do último dia 16 de janeiro. O levantamento aponta danos de R$ 2,6 milhões, envolvendo culturas agrícolas e estruturas (galpões e depósitos). No cultivo do milho as perdas chegam a 15%, numa área estimada em 2,5 mil hectares com grãos e silagem atingindo diretamente 447 famílias. Outra cultura afetada é do aipim atingida pelo excesso de vento, prejudicando o desenvolvimento vegetativo. A falta de energia elétrica, por diversos dias, prejudicou também o trato e manejo alimentar do rebanho (gado de leite e suínos), além da conservação da produção. O levantamento registrou também danos em estufas envolvidas na produção de hortaliças destinadas para merenda escola, Ceasa, mercados regionais e estadual. Muitos produtores tiveram também prejuízos em galpões com danos na estrutura e principalmente telhados.

Relatório indica que temporal do dia 16 atingiu plantações e estruturas

Além disso, a Defesa Civil informa que em torno de 60 famílias foram atingidas em diversos pontos do município. A administração auxiliou com a distribuição de 1,5 mil metros quadrados de lona para cobrir telhados, corte de árvores e galhos, recolhimento de entulhos, desobstrução de estradas e limpeza de valetas. Além de casas, os fortes ventos causaram também problemas em empresas, especialmente na Fliegen (Distrito Industrial) e Multiblocos Artefatos de Cimentos (prédio em construção nas proximidades do pórtico na RSC-453). A sede própria da Multiblocos Artefatos de Cimento foi completamente destruída no temporal. Localizada nas proximidades do trevo de acesso à Mato Leitão, na RSC-453, a estrutura metálica

com telhado estão agora no chão. O empresário Jairo Beppler acredita que tenha perdido mais de R$ 250 mil no prédio em construção, a futura sede própria. “Não vou desistir. Agora é preciso avaliar o que restou e, depois, recomeçar novamente do zero” resumiu. A empresa Multiblocos Artefatos de Cimento está localizada atualmente na Vila Arroio Bonito, defronte ao ginásio Bonitão. Equipes da Secretaria Municipal da Agricultura/Meio Ambiente e Emater trabalham ainda na elaboração de relatório específico com prejuízos no setor primário. Foram registrados ainda problemas no abastecimento de água, por conta da energia elétrica, nas redes de Sampaio Baixo, Linha Conceição e Vila Arroio Bonito.


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Quinta-feira, 25 janeiro 2024

Estado deve encaminhar novo levantamento para retirada total de entulhos GABRIEL SANTOS

Das 16 mil toneladas depositadas na antiga saibreira do Passo de Estrela, 4,3 mil serão retiradas num primeiro momento Gabriel Santos

gabriel@grupoahora.net.br

CRUZEIRO DO SUL

O

governo aguarda um novo estudo para garantir a retirada total do entulho depositado na antiga saibreira do Passo do Corvo em Cruzeiro do Sul. É o que acredita o biólogo do município Diego Shen que acompanha todo o processo de retirada de material do depósito. Mais de 16 mil toneladas foram depositadas de forma emergencial no local. O volume foi coletado nas

enchentes de setembro e novembro. Ainda em setembro representantes da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA) e uma empresa terceirizada com sede em Minas do Leão visitaram a cidade. No local escolhido para armazenar os resíduos foram realizados os levantamentos. “Não é possível manter estes rejeitos aqui. A empresa possui as licenças e faz a retirada”. Em Cruzeiro do Sul, 32 caminhões atuam de segunda a sábado. Com apoio de maquinário, os entulhos são carregados e transportados até o aterro sanitário de Minas do Leão. Apesar de possuir mais de 16 mil toneladas, houve a aprovação inicial de apenas 4,3 mil. Sehn acredita que o Estado deve encaminhar um novo pedido para concluir a retirada do material. No Vale do Taquari o recolhimento de forma escalonada iniciou em novembro nas cidades de Roca Sales e Encantado. Ao todo são 123 mil toneladas coletadas em nove municípios. A execução

Retirada do material é feita no Passo de Estrela com o apoio de 32 caminhões

Voluntários ajudam no combate ao mosquito transmissor da dengue ARROIO DO MEIO

No próximo fim de semana, voluntários engajados em ações coordenadas pela Emater e com o apoio da Secretaria de Agricultura intensificam o combate ao mosquito borrachudo. A estratégia adotada consiste na aplicação do larvicida biológico BTI, depositado diretamente nos arroios da região. O BTI, conhecido por sua eficácia no controle de mosquitos, é aplicado em locais estratégicos, visando a redução significativa da população do inseto. Essas ações são minuciosamente programadas para ocorrer nos finais de semana, quando a presença de colaboradores voluntários é maximizada. Liderando essa iniciativa, a Secretaria de Agricultura e Ema-

ter concentram esforços para mitigar a proliferação do mosquito borrachudo, cuja presença pode gerar desconforto para os moradores próximos a córregos e arroios. O inseto não apenas causa incômodo, mas também é responsável por alergias e irritações na pele, tornando o controle de sua população uma prioridade para a comunidade. Conforme a Emater, o BTI destaca-se como uma ferramenta eficaz no enfrentamento desse problema, uma vez que é capaz de reduzir significativamente o número de mosquitos borrachudos, sem representar qualquer risco à saúde humana. A aplicação controlada do larvicida biológico não apenas protege os moradores, mas também contribui para a preservação do ecossistema local. DIVULGAÇÃO

está a cargo da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR), responsável pela operação do aterro sanitário em Minas do Leão.

Acessos prejudicados O transporte de materiais deve perdurar por duas semanas. Com isso, a passagem de veículos em algumas ruas pode sofrer alteração. Conforme o município, às carretas carregadas de resíduos a única saída possível aos motoristas é pela rua João Schardong em direção a rua Rubens Feldens. No sentido oposto até a ERS-130 não foi possível a saída do maquinário devido ao declive no trecho. A sugestão aos moradores é que neste período não deixem veículos estacionados na rua como forma de evitar acidentes e colisões.

Em Arroio do Meio a aplicação ocorre em etapas com o apoio voluntário


4 | A HORA cidades

Quinta-feira, 25 janeiro 2024

Dança Bom Retiro, Expofeira e Carnaval de Rua têm datas definidas FOTOS DIVULGAÇÃO/FERNANDO DIAS

Programações ocorrem nos meses de março e maio. Um esquenta de carnaval também será realizado no dia 17 de fevereiro

Unidade registrou número expressivo de atendimento em 2023

Unidade Básica de Saúde atendeu mais de 55 mil pacientes

BOM RETIRO DO SUL

O

s meses de março e maio recebem eventos marcantes para Bom Retiro do Sul. O tradicional Carnaval de Rua ocorre dia 9 de março. A data foi definida em conjunto entre o Executivo e a Escola de Samba Inhandava, agremiação carnavalesca do município que participa da promoção do evento. Neste ano, a Inhandava, responsável por fechar a noite de desfiles, terá como tema-enredo “Viver os encantos turísticos do Pesqueiro do Vale”. A escola irá desfilar com cerca de 250 componentes. A preparação já começou, com ensaios da Bateria no Parque Pôr do Sol. O momento também receberá duas agremiações carnavalescas da cidade de Rio Pardo: a Escola Embaixadores do Ritmo e a Escola Realeza. A programação ocorre

DIVULGAÇÃO

Dança Bom Retiro ocorre entre 22 a 26 de maio no Querência da Amizade

na Rua Jorge Fett – “Passarela do Samba Antônio Edgar Chilella”, a partir das 20h. “Com a alteração na data do carnaval, queremos atrair um maior público de outras cidades para o município. Nosso carnaval tem um grande potencial cultural no Vale do Taquari porque apenas Bom Retiro do Sul mantém vivos os desfiles nos últimos anos, com o trabalho da Escola de Samba Inhandava, que envolve vários setores da comunidade”, destacou o prefeito Edmilson Busatto. Antes dos desfiles, um esquen-

Inhandava é a responsável pelo encerramento do Carnaval em 9 de março

ta de carnaval será realizado no dia 17 de fevereiro, a partir das 18h30, no Parque Pôr do Sol, com ensaio geral da escola de samba. Logo após haverá shows de samba e pagode. Toda a programação é aberta com entrada gratuita para a comunidade.

Dança Bom Retiro Outros eventos importantes para a cidade são a 10ª edição do Dança Bom Retiro e Expofeira. A data, entre os dias 22 e 26 de maio, foi definida pelo Executivo municipal, juntamente da Secretaria de Educação, que tem como sede as dependências do CTG Querência da Amizade. Reconhecido como o maior festival de danças da região, já conta com o início dos preparativos para a celebração. A comissão organizadora trabalha no regulamento, a ser divulgado em fevereiro, e preparação das demais atividades. Segundo o grupo de responsáveis, as noites dos dias 23 ao 25 serão repletas de emoções e atrações. O Dança Bom Retiro foi criado em 2013. A cada edição, ganha relevância e respeito no segmento de dança, com a participação crescente de artistas e grupos de dança de todas as idades do RS.

SANTA CLARA DO SUL

No ano de 2023, a Unidade Básica de Saúde (UBS) de Santa Clara do Sul realizou mais de 55 mil atendimentos à comunidade local. Os dados foram divulgados pela Secretaria Municipal de Saúde. Dentre os serviços prestados, foram confeccionadas 228 próteses dentárias, evidenciando o empenho da equipe em oferecer tratamentos odontológicos completos e acessíveis aos pacientes. Outro número expressivo revela que a UBS dispensou um total de 3,2 milhões de itens de medicamentos ao longo do ano, beneficiando 4,9 mil pessoas distintas. Esse feito ressalta a importância do acesso regular a medicamentos para o controle de condições de saúde e o tratamento adequado de diversas enfermidades. Além disso, a unidade desempenhou um papel fundamental no transporte de pacientes, contabilizando 5 mil pessoas transportadas para a realização de exames, consultas e procedimentos médicos. A Secretária de Saúde e Assistência Social, Iara Kohlrausch, expressou sua satisfação com os resultados alcançados. “Os números de atendimentos realizados durante o ano de 2023 demonstram o comprometimento e dedicação da equipe de profissionais do Depar-

tamento Municipal da Saúde, que trabalham cuidando da saúde da nossa população”, ressaltou. Segundo ela, esses dados positivos demonstram o trabalho e preocupação da Secretaria de Saúde de Santa Clara do Sul em cumprir sua missão de proporcionar atendimento integral à saúde, fortalecendo os vínculos com a comunidade e reforçando a importância dos serviços de saúde pública no município.

Nova UBS Outra iniciativa em andamento na área da saúde é a transformação da antiga Escola Willibaldo Both, em Alto Arroio Alegre, numa Unidade Básica de Saúde (UBS) rural. O investimento no projeto será de R$ 199 mil oriundos do Programa Rede Bem Cuidar RS. A obra permitirá a revitalização de 140 metros quadrados da estrutura, os quais serão utilizados para o atendimento a moradores da área rural do município. A estrutura contará com recepção, sala de espera, sala de preparo ao paciente, consultório indiferenciado, farmácia, depósito, consultório odontológico, sala de limpeza e esterilização, copa, sala de demonstração e educação em saúde, além de sanitários e demais depósitos.


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Programa do Sine ensina técnicas para quem procura trabalho BRAYAN BICCA

Iniciativa vai ocorrer na próxima semana e terá vagas ilimitadas Matheus Giovanella Laste matheuslaste@grupoahora.net.br

MUÇUM

A

entrevista de emprego é um momento essencial para decidir se um candidato é a opção mais adequada para uma vaga de emprego. Essa etapa é também um momento em que bons currículos podem ser desconsiderados se o concorrente não souber articular sua postura com o que sua experiência aponta. Com esse entendimento, o Serviço Nacional de Emprego (Sine) prepara um treinamento denominado “Candidato Fora de Série” voltado para aqueles que desejam se destacar nas entrevistas. Elaboração de currículo, pesquisa, vestuário apropriado, atitudes positivas, negociação e comunicação eficaz fazem parte dessa preparação. A ação será ministrada pelo coordenador do Sine, Franklin Lisboa, e será situada na prefeitura e irá transcorrer durante um dia inteiro. O treinamento vai ocorrer na próxima semana. “Iremos repassar formas e métodos que o candidato pode destacar para auxiliar na apresentação. Existem bons profissionais com muita experiência, mas que não

O Sine registra quase 200 vagas de trabalho em diversas áreas. Treinamento servirá para uma grande variedade de profissões

Iremos repassar formas e métodos que o candidato pode destacar para auxiliar na apresentação. Existem bons profissionais com muita experiência, mas que não conseguem transmitir isso. FRANKLIN LISBOA COORDENADOR DO SINE

conseguem transmitir isso. Vamos trabalhar a segurança e sanar dúvidas”, explica Lisboa. Não há limite de vagas para o treinamento, nem perfil para os participantes, sendo uma dinâmica que abrange uma variedade de profissionais. “Vamos montar grupos de cinco a dez pessoas e encaixar conforme a disponibilidade. Iremos abordar alguns métodos básicos, mas reforço que tudo é com técnica, e poderão ser utilizados independente da função buscada”, afirma o coordenador. A iniciativa foi definida após ouvir setores de recursos humanos de empresas encantadenses. “Conversamos bastante com eles e fica evidente que muitas pessoas são eliminadas na fase de entrevistas. Queremos minimizar es-

ses números para que a população desempregada possa se encaixar rapidamente no mercado de trabalho”, salienta Lisboa. Atualmente são quase 200 vagas de trabalho disponíveis no Sine, das mais diversas qualificações. As inscrições e demais informações podem ser obtidas pelo telefone 3751-0104.

Visão do recrutador A responsável pelo setor de Recursos Humanos da Indústria e Distribuição de Produtos Elétricos (IDP), Paloma Sierota, conta que percebe uma dificuldade dos candidatos em mostrar habilidades e pontos fortes, geralmente devido ao nervosismo. “Mas isso pode ser resolvido facilmente se eles identificarem suas competências e se prepararem para a entrevista”, salienta. Paloma considera o treinamento do Sine extremamente necessário. “É muito importante oportunizar esse aperfeiçoamento, somos uma região com muito emprego e que necessita dessa iniciativa. Espero que saibam aproveitar os conselhos dessa preparação e que possam identificar suas habilidades e como demonstrá-las corretamente aos recrutadores”, enfatiza Paloma.


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Memorial e estátua preservam a história de bispo de Relvado FOTOS DIVULGAÇÃO

Espaço integra novo complexo turístico religioso e será inaugurado no dia 11 de fevereiro Diogo Daroit Fedrizzi diogo@grupoahora.net.br

RELVADO

O

Memorial Dom Gentil Delazari, novo atrativo turístico religioso da região alta do Vale do Taquari, será inaugurado no dia 11 de fevereiro em Relvado, durante a Festa de Nossa Senhora de Lourdes. A obra, idealizada em conjunto pela Associação Caminho da Fé, Paróquia Santo Antônio e Prefeitura, foi custeada com recursos oriundos de doações privadas. Gentil era natural do município e faleceu em 2022, aos 81 anos, na cidade de Sinop, no Estado do Mato Grosso, onde atuava como bispo na Diocese local. “Ele era uma pessoa muito querida na comunidade relvadense. Nos deixou um grande legado por onde passou, tanto no Rio Grande do Sul como no Mato Grosso”, afirma o sobrinho do religioso, Jatir Delazari, que há mais de 40 anos reside em Orlando, nos Estados Unidos, e que tem auxiliado na busca por valores para bancar o projeto. “Era uma pessoa companheira nas horas de trabalho e de lazer, amante da natureza, gostava de pescar, viajar para outros países para conhecer culturas e civilizações. Visitou várias vezes o Vaticano encontrando-se com Papa”. A estrutura do Memorial ocupa uma área de 38,60 metros quadra-

Obras do Memorial a Dom Gentil estão na reta final

dos, na Rua das Hortênsias. O terreno localizado ao lado da Igreja Matriz Santo Antônio pertence à Mitra Diocesana. O projeto arquitetônico foi elaborado pela arquiteta Simone Carniel e executado pela empresa Ação Edificações Ltda, de Encantado. Segundo Jatir, o espaço vai expor materiais que o bispo usou durante sua vida civil e religiosa, como roupas, vestes utilizadas em missas e celebrações, além de um acervo de fotos. “É um prédio moderno e, ao mesmo tempo, clássico. Não será usada pintura. Ficará o concreto à vista com vidros”, explica. Uma estátua de corpo inteiro do homenageado, confeccionada em concreto e com altura aproximada de 1,69 metro, ficará posicionada na entrada do Memorial.

Imagem do projeto de construção do novo atrativo religioso em Relvado

O responsável pela escultura é o artista plástico de Encantado, Olir Francisco Dutra. “A comissão me procurou há cerca de um ano e decidimos fazer a imagem com os braços abertos, como se estivesse fazendo uma celebração, além de manter a altura dele. A estrutura pesa quase uma tonelada. Usei diferentes fotos dele como inspiração até chegarmos ao resultado”, destaca Dutra.

Caminho de Fé e devoção O Memorial fará parte de um complexo turístico que integra o roteiro Caminho da Fé e Devoção, trecho de um quilômetro que será construído na extensão da antiga estrada que leva à Gruta Nossa Senhora de Lourdes, atualmente denominada Rua Dom Gentil Delazari. Devido aos estragos provo-

A vida de Dom Gentil JATIR DELAZARI DE DOM GENTIL

cados pelo temporal de novembro do ano passado, o início dessa obra precisou ser adiado. Agora, a previsão de conclusão é para maio. A proposta é transformar o local em um espaço de caminhada, contemplação e religiosidade. Na primeira etapa, serão construídos 15 capitéis com as imagens dos santos que representam as comunidades locais. Depois, mais nove capitéis serão erguidos em homenagem às comunidades sediadas em municípios vizinhos a Relvado, mas que pertencem à Paróquia Santo Antônio de Relvado. A infraestrutura que compreende a pavimentação, a iluminação e o paisagismo será realizada com recursos próprios do município. Já a aquisição dos capiteis, das imagens dos santos e dos totens com histórico das comunidades contará com a participação de doadores da comunidade. Qualquer cidadão, empresa ou entidade, tanto de Relvado quanto de outros locais, pode doar. As doações espontâneas são recebidas pela Associação Caminho da Fé. Para o prefeito Carlos Fraporti, os dois projetos turísticos vão colocar Relvado no mapa dos principais atrativos da região alta. “É uma grande oportunidade que Relvado tem para mostrar as potencialidades, a gastronomia, a fé e a exuberância da natureza que compõem a paisagem do nosso município”, destaca.

- Dom Gentil nasceu no dia 9 de setembro de 1940 em Três Reis, interior do então Distrito de Relvado, município de Encantado. Viveu a infância e juventude no vilarejo junto com os pais. Desde criança se interessou à vida religiosa. - Foi ordenado padre no dia 13 de julho de 1968 na Igreja Matriz de Relvado. Atuou como vice-reitor em seminários e como pároco em Paróquias do Vale do Taquari. - Em 27 de março de 1994, na Igreja Matriz de Lajeado, foi ordenado bispo. No mesmo ano, tomou posse como bispo coadjuvante na Diocese Sagrado Coração de Jesus, em Sinop, Estado do Mato Grosso. Em 1995, assumiu a Diocese de Sinop como bispo titular e permaneceu até 2016. O bispado de Dom Gentil tinha como lema “Preparar os caminhos do Senhor”. - Gentil foi o segundo bispo desde a formação da Diocese de Sinop. Semanalmente viajava centenas de quilômetros pelos caminhos de chão batido para levar a mensagem cristã às Paróquias e tribos indígenas espalhadas pelo meio da mata. - Liderou a construção da Catedral Sagrado Coração de Jesus, de Sinop. - Em 31 de outubro de 2022, faleceu aos 81 anos. Foi sepultado dentro da Catedral de Sinop, ao lado da entrada principal.


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OBITUÁRIO CESAR PEREIRA NICOLODI, 59, morreu ontem, 24. O velório ocorre na sala "B" das Capelas Diersmann, do bairro Alto da Bronze de Estrela. O sepultamento ocorre hoje, 25, às 10h30min, no Cemitério Evangélico de Estrela. NELI GIOVANELLA MEZACASA, 69, morreu ontem, 24. O velório ocorre na Capela Mortuária de Nova Bréscia. O sepultamento ocorre hoje, 25, às 10h, no Cemitério Católico de Nova Bréscia. ADAIR FRANCISCO BRANDALIZA, 62, morreu ontem, 24. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico Particular de Cruzeiro do Sul. LEDA BUZA ZANCHET, 86, morreu ontem, 24. O sepultamento ocorreu no Cemitério Católico da Linha Santa Lúcia, em Muçum. Leda deixa os filhos Sandro Vicente, José Armando e Rodrigo; noras; netos e demais familiares. SADI PEREIRA LUIZ (LASCA), 69, morreu ontem, 24. O sepultamento ocorreu no Cemitério do Porto Grande, em Taquari. IRLANE TERESINHA ARAÚJO DOS SANTOS, 54, morreu na terça-feira, 23. O sepultamento ocorreu no Cemitério dos Almeida, em Taquari. MARIA TEREZINHA MACHADO, 88, morreu na terça-feira, 23. O sepultamento ocorreu no Cemitério da Coxilha Velha.

Para informar falecimentos: • WhatsApp: 51 9248-7689 • Fone: 3710-4200 • E-mail: centraldejornalismo@grupoahora.net.br


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