A Hora - 17 e 18/12/2022

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Das demissões à inauguração. Uma nova cooperativa surge.

CARMELITO E BETO

Em frente à Praça da Matriz, em um trailer branco, começou a história do cachorrão do Carmelito e do Beto. Naquele tempo, o carro-chefe era o pastel. Aos poucos, pela agilidade no atendimento, o negócio foi ganhando corpo. A maionese caseira conquistou o apreço do público. Inclusive virou iguaria culinária, presente nos supermercados. Nesta semana, a lancheria completou 50 anos de história.

OPINIÃO | RODRIGO MARTINI

Debate importante frente ao momento do turismo no Vale.

OPINIÃO | MARCOS FRANK Guerra jurídica Tática de acusações frívolas para minar os adversários.

LANGUIRU NO PORTO

51 99253.5508 51 3710.4200

OPINIÃO | CAETANO PRETTO Messi merece a Copa

Só falta o maior dos títulos para consagrar a carreira do craque.

Cooperativa inaugura unidade voltada ao segmento de grãos

Frente aos prejuízos no segmento de proteína animal, a Cooperativa Languiru ingressa no setor de commodities a partir de investimento no complexo portuário de Estrela. Aumentar a capacidade de armazenamento de grãos,

em especial do milho, representa garantir insumos ao mercado. Plano foi detalhado em cerimônia na manhã dessa sexta-feira. Evento contou com a participação do vice-governador eleito, Gabriel Souza. PÁGINA | 7

Os irmãos Carmelito e Beto Becker Delwing começaram o negócio em 15 de dezembro de 1972

O Produto Interno Bruto dos 38 municípios da região em 2020 foi apresentado pelo governo estadual. Pelo cálculo, houve avanço de quase 4% em relação ao ano anterior. PIB MUNICIPAL Produção de riquezas do Vale

alcança

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ANÁLISE, CURADORIA E OPINIÃO DE VALOR Fim de semana,
e
dezembro 2022
Ano
4,00
útil) R$
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Investimento de R$ 40 milhões significa uma revisão na matriz produtiva, avalia direção FAÇA SUA ASSINATURA
OPINIÃO | FERNANDO WEISS Paradoxo na Languiru
R$ 16 bilhões PÁGINA | 6 Executivo de Lajeado apresenta planos para o próximo ano. Com orçamento de R$ 500 milhões, destaques são obras em escolas, investimento em parques e a iluminação. GESTÃO DE LAJEADO Governo promete iluminação pública inteligente em 2023 PÁGINA | 12 BIBIANA FALEIRO PÁGINAS | 10 e 11
Meio século do lanche amado pelo Vale

Dois lados de uma moeda

Pelo balanço econômico, o Brasil apresenta recorde de exportações. Como carro chefe, as commodities, em especial a soja e o milho. Produtores de grãos em larga escala comemoram um dos melhores momentos já vividos. Com os preços dolarizados, o faturamento bate recorde.

No outro lado dessa moeda, a indústria de proteína animal míngua. O custeio da produção, baseada nos insumos agropecuários, em especial o milho e o farelo de soja, torna a atividade mais onerosa. Com o mercado interno com menos renda, frente ao aumento no custo de vida dos últimos dois anos, há menos margens para reequilíbrio dos preços. Não é possível repassar esse custo às famílias, sob risco dos produtos ficaram nos supermercados.

Nesta matemática complexa se sustenta uma revisão por parte da Cooperativa Languiru. Ingressar no comércio de grãos e aproveitar esse cenário positivo mundial. A consequência é produzir carnes, justo aquelas com valor mais agregado.

Esse movimento tem como pano de fundo um alerta. Caso não haja um repensar sobre políticas públicas voltadas às atividades produtivas, com mais incentivo à agroindústria, o país e o RS está fadado a vender a soja em grão e comprar o óleo. Ou seja, exportar com baixo valor agregado e importar produto industrializado.

A dificuldade enfrentada pela cooperativa de Teutônia é vista em diversas outras organizações. Muito difícil de competir em condições tão desiguais. Junto com isso, também é questionável medidas protetivas, como taxar importações ou adotar mercados reguladores à exportação de grãos. É preciso uma ampla discussão para se encontrar um equilíbrio. Os próximos governos precisam ter isso muito claro, sob risco de que esse contínuo processo de desindustrialização aumente o abismo da desigualdade social no país.

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ABRE ASPAS

“A COP15 é aquele tipo de acontecimento que marca um século, uma época”

OlajeadenseEduardoRelly, 39,participadaConferência de Biodiversidade da OrganizaçãodasNações Unidas (ONU), a COP 15, em Montreal, no Canadá. O evento reúne representantesdepaíses aoredordomundoque concordamemprotegera natureza e buscam acordos paraisso

Qual a pesquisa que você desenvolve hoje?

Eu desenvolvo uma pesquisa em sociologia ambiental, na área de recursos genéticos da biodiversidade. Sou membro do projeto colaborativo financiado pela Sociedade Alemã de Pesquisa “Mudanças Estruturais da Propriedade”, subprojeto “Propriedade sobre recursos genéticos”, coordenado pela Prof. Dr. Maria Backhouse e executada por mim. Este projeto está sediado na Friedrich-Schiller-Universität Jena, estado da Turíngia.

Você já é pós-doutor, mas como começou a sua jornada no meio acadêmico?

Minha jornada acadêmica iniciou na Univates por volta de 2003. Fiz curso de direito (inconcluso ainda) e de his-

tória. Ali, comecei a me interessar por arqueologia e a intersecção com as ciências ambientais. Depois, tudo se acelerou e uma coisa foi puxando a outra.

Bom, já faz quase 20 anos desde então. E agora, como surgiu a oportunidade de participar da COP 15?

A minha participação se deve ao fato de que o projeto em que sou executor tinha planejado desde o início o envio de pesquisadores para o evento. Ela deveria ocorrer integralmente na China, na cidade de Kunming, província de Yunnan. Devido ao Covid-19, ela ocorreu só parcialmente lá. O Canadá assumiu a

responsabilidade de sediar o evento para concluir as negociações de modo presencial. Depois de um longo processo de acreditação institucional, meu pedido de participação, que é ligado à universidade onde trabalho, foi aceito.

Para você, quais os destaques do evento até agora?

Eles remetem principalmente à desarmonia nas negociações. Todos os temas estão muito truncados. Desde financiamento, até às metas de proteção global da biodiversidade, passando pela ideia de sustentabilidade atrelada aos sistemas agrícolas contemporâneos, voltando para os recursos genéticos e repartição de benefícios, tudo está em suspenso. Começa a baixar uma nuvem pessimista entre as pessoas.

Como você avalia a importância desse evento?

É o maior fórum mundial – visto que é parte do sistema das Nações Unidas – para discutir o futuro da nossa casa comum, da nossa Mãe Terra, tão maltratada pelos atuais processos de desenvolvimento. Tenho um filho pequeno e me pergunto quase todos os dias se ele terá uma vida plena diante de tanta destruição. A COP15 tem sido repetidas vezes anunciada como “uma de nossas últimas chances” até o “ponto de nao-retorno”. Às vezes, a gente não se dá conta disso em nossas vidas, mas o ambiente em nossa volta é o que proporciona uma boa vida; é a base da economia, por exemplo. A gente não vive no abstrato. Logo, eu diria, que a COP15 é aquele tipo de acontecimento que marca um século, uma época.

FOI NOTÍCIA

O governador Eduardo Leite anunciou, nessa sexta-feira, que a secretária estadual de Educação, Raquel Teixeira, seguirá no comando da pasta. A titular está à frente da pasta desde março de 2021. Em comunicado, Leite afirmou que o foco será o tempo integral no ensino médio.

O Conselho Curador do FGTS ampliou em 5% os valores mínimos para venda e financiamento de imóveis pelo programa Casa Verde e Amarela, com exceção de Brasília, do Rio de Janeiro e de São Paulo. Além disso, os juros do Grupo 3 e do Pró-Cotista, de 7,66% a 8,16% ao ano, foram prorrogados até junho.

A metade dos reajustes salariais negociados em novembro tiveram ganho real acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o índice ficou em 6,5%. Nos últimos 12 meses, o percentual médio é de 10,6%.

2 | A HORA EDITORIAL
É preciso uma ampla discussão para se encontrar um equilíbrio”
Fogo atinge mais de 5 mil hectares da Reserva do Taim
Conselho amplia em 5% valores do Casa Verde e Amarela
Leite mantém Raquel Teixeira na Educação
Metade dos reajustes superou a inflação
Fim de semana, 17 e 18 dezembro 2022
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LANGUIRU EM UMA SEMANA

Demissões num dia, inauguração no outro

Situação da Cooperativa Languiru é paradoxal e medidas anunciadas se impõem diante do cenário atual

Anotícia que marcou a semana foi o anúncio de 500 demissões pela gigante Cooperativa Languiru. São 500 agora, e a previsão de mais 500 em janeiro. Na quarta-feira, em fala a prefeitos, o presidente Dirceu Bayer comunicou desligamentos de pessoas e enxugamento das operações na suíno e avicultura. Sustenta, e faz tempo, que as industrializadoras de proteína animal, como é o caso da Languiru, não tem a atenção e o apoio necessários.

Mais um ano de prejuízo amargado pela instituição forçou medidas de austeridade, tendo em vista a crise que acomete os dois segmentos. Bayer pediu sensi-

bilização aos prefeitos, apoio do governo estadual e fala em dar a volta por cima.

E a volta por cima vem justamente com inaugurações. Para surfar a onda positiva de empresas e cooperativas que compram e revendem grãos (soja e milho), a instituição assumiu parte da estrutura do Porto de Estrela. Nessa sexta-feira, com a presença de autoridades políticas e classistas do estado e da região, e também de centenas de associados, a Languiru justificou o investimento de R$ 40 milhões na aquisição da estrutura portuária.

A partir de agora, ela entra no mercado rentável de commodities e avança para um segmento que tem rendido grandes lucros aos players restritos a esta atividade.

Para viabilizar a operação no Porto e também fazer frente a algumas demandas financeiras, a Languiru também vendeu duas operações de supermercado. As unidades de varejo de Arroio do Meio e de Canabarro, em Teutônia, foram vendidas, com possibilidade contratual de serem recompradas num futuro próximo.

Outro fator determinante para

a “volta por cima” da cooperativa deverá ser a transação financeira que se costura com o Banrisul. Conversas adiantadas indicam que o banco do Estado deve aportar recursos à instituição, que hoje já possui um índice de endividamento bastante elevado, especialmente contraído das cooperativas de crédito do Vale.

O anúncio de demissões e a exposição de tamanhas dificuldades não deixou de ser surpresa, tendo em vista toda imponência, tamanho, faturamento e expansão que acompanhavam a Languiru nos últimos anos, ao ponto de se tornar uma das maiores cooperativas do estado e país, com faturamento anual na casa dos R$ 2,5 bilhões. Mas, o momento é outro. Que este rearranjo gerencial, ao lado da entrada no mercado de grãos, possa ser, de fato, “a volta por cima” que todos nós queremos e torcemos.

Por tudo que representa e faz a Languiru ao Vale e ao estado, torcemos para que a “volta por cima” venha o quanto antes e mantenha a cooperativa nos caminhos do crescimento e da evolução, tal qual nos acostumamos e comemoramos nos últimos anos.

A nova Júlio de Castilhos

A remodelação da Júlio de Castilhos sai em 2023. A obra figura entre as principais ações do governo Marcelo Caumo para o próximo ano. Ao reunir a imprensa local e regional para apresentar um balanço deste ano, Caumo falou sobre as principais ações previstas a partir de janeiro. E a revitalização da Rua Júlio de Castilhos, com calçadão, ciclovia e outras intervenções, está entre as prioridades.

Uma das primeiras áreas a serem contempladas é o entorno da praça da matriz, conforme aparece no projeto arquitetônico apresentado em primeira mão à imprensa, nessa sexta-feira.

A todo vapor

A reconstrução da antiga Fumageira Brönstrup, em Santa Clara do Sul (veja fotoacima), anda a passos largos. Ainda que esteja longe da conclusão, a imponência e a beleza do espaço já começam a chamar atenção. Não restam dúvidas de que será um divisor de águas para o desenvolvimento turístico e econômico do município.

A celeridade das obras também se justifica pela contagem regressiva para a próxima Santa Flor, programada para setembro de 2023. O evento marcará a inauguração do centro de agroecologia, cujo investimento do município se aproxima de R$ 2,5 milhões, sem somar as obras de infraestrutura ao redor dos prédios, previstas para iniciar ano que vem.

A HORA | 3 Fim de semana, 17 e 18 dezembro 2022
MOMENTO HISTÓRICO: espaço portuário abandonado faz décadas foi tomado por associados e líderes estaduais e regionais nessa sexta, dia de inauguração do novo segmento de negócios da cooperativa DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO RAFAEL SIMONIS/DIVULGAÇÃO

rodrigomartini@grupoahora.net.br

RODRIGO MARTINI

Um executivo à Amturvales

Oassunto é novo.

Mas ganha força na medida em que o atual presidente da Amturvales, Leandro Arenhart (foto), se aproxima do fim do mandato. Ocorre que a entidade tem demonstrado cada vez mais a sua importância dentro do contexto e do desenvolvimento regional, e já vai muito além do apoio ao turismo regional. Paralelo a isso, a demanda de eventos, reuniões, encontros, seminários e afins também cresceu na agenda dos principais membros da associação, que são voluntários e possuem outras atividades nos setores privado e público. É o caso do provável novo presidente, Charles Rossner, que possui empresa própria e também responde como Secretário de Turismo de Encantado. Dito isso, alguns agentes com forte ligação com a Amturvales iniciam debate

para verificar a possível contratação de um Executivo (bem) remunerado para seguir “vendendo” o Vale do Taquari ao mundo.

Avat e o vice-governador

Vice-governador eleito, Gabriel Souza (MDB) participou da inauguração da nova unidade da Languiru em Estrela, na sexta-feira. Ele ouviu demandas do Vale do Taquari, e foi convocado a intermediar junto ao Banrisul um eventual suporte à cooperativa – uma reunião já está agendada para a próxima terça-feira. Já na terça-feira passada, o emedebista recebeu em Porto Alegre a visita das vereadoras Daiani Maria (MDB) e Marni Ledur (MDB), de Cruzeiro do Sul. Elas entregaram a ele uma unidade da revista especial sobre os 35 anos da Associação dos Vereadores do Vale do Taquari (Avat), produzida pelo Jornal Nova Geração. Aliás, Daiani deve ser a nova presidente da entidade.

“Allez les Bleus”

Vou entrar na brincadeira: eu não vou torcer para a Argentina na final da Copa do Mundo. Na minha modéstia visão de futebol, seria como um colorado torcer para um gremista. Ou vice e versa. Eu entendo quem não simpatiza com a França por questões diplomáticas, e compreendo quem defenda a América do Sul em detrimento à Europa. Mas Copa do Mundo é futebol. E, dentro das quatro linhas, não vejo espaço para tantas divagações ou romantismos. De minha parte, vou lembrar momentos em que os argentinos deitaram e rolaram sobre a torcida canarinha, inclusive no vestiário pós-classificação contra a Croácia. E como não acredito em “reparações históricas” por meio do futebol, domingo é “Allez les Bleus”.

13º na Câmara de Estrela

A criação do 13º salário completou 60 anos em julho de 2022. Equivalente à remuneração mensal, a gratificação natalina foi sancionada em 13 de julho de 1962 pelo então presidente João Goulart. No entanto, as reinvindicações pela ferramenta vinham de bem antes. Em 1921, há registro de greves em ao menos duas indústrias paulistas com demandas pela introdução de um abono natalino. E, faz alguns poucos anos, os vereadores passaram a criar leis para benefício próprio, autorizando o pagamento para eles mesmos. E não é diferente no Vale do Taquari. Em Lajeado, quatro parlamentares até abriram mão. Já em Estrela, e de acordo com a assessoria, todos receberam o valor no último dia 9. E como foi na sua cidade, caro eleitor?

TIRO

• Os bastidores sobre as futuras Mesas Diretoras do Vale do taquari estão fervilhando. Felipe Schossler (PTB), o “Pinho”, deve ser o próximo presidente da câmara de Estrela. Se confirmado, será a segunda vez dele à frente do Legislativo. A primeira ocorreu em 2019.

• Em Marques de Souza, a vereadora Sandra Scherer (PP) deve assumir a presidência da câmara em 2023. Em Travesseiro, as apostas também sustentam uma mulher no comando do Legislativo no próximo ano. E a missão deve ser assumida por Vanessa Ahne (PTB).

• Na câmara de vereadores de Colinas, o mais cotado para assumir a presidência da Mesa Diretora a partir de janeiro é Rodrigo Horn (MDB).

• Já na câmara de Progresso, as expectativas são pela eleição de Rogério Vitorazzi (PP), o popular “Alemão”.

• Em Teutônia, onde o clima da câmara de vereadores segue quente entre os vereadores Diego Tenn Pass (PDT) e Claudiomir de Souza (União Brasil), o novo presidente deve ser Valdir Griebeler (PSDB).

• No Legislativo de Arroio do Meio, a disputa pela Mesa Diretora terá duas chapas. A situação ainda se articula. E o nome mais cotado é José Elton Lorscheiter (PP), o popular “Pantera”. Já a oposição vai apostar as fichas em Paulo Heck (MDB), atual vice-presidente. Também haverá disputa em Encantado entre os parlamentares Marino Deves (PP) e Joel Bottoni (PSDB).

• Em Lajeado, segue a indecisão tucana. Márcio Dal Cin (PSDB) e Paula Thomas (PSDB) alimentam uma disputa interna. E Ederson Spohr (MDB) pode surgir como um contraponto.

• O experiente turismólogo Fabrício Medeiros vai deixar o cargo de gestor do complexo turístico do Cristo Protetor de Encantado. Ele assumiu a função em setembro do ano passado, e o contrato de consultoria vence nos próximos dias. A decisão é pessoal. E com possibilidade de reversão em um futuro próximo.

• Durante o período eleitoral, o ex-juiz Sérgio Moro (que se elegeu Senador pelo Paraná) se conteve para responder às provocações de Lula (PT) sobre a Lava-Jato, que levou o petista à prisão. Agora, e longe das amarras da justiça eleitoral, Moro soltou o verbo após o presidente eleito afirmar que a operação foi cria do governo americano. “Quero ver ele dizer isto ao Biden, que era vice do Obama na época que foi desfechada a operação”.

4 | A HORA Fim de semana, 17 e 18 dezembro 2022

Entre os formandos, Letícia Lahude de Azevedo e Maxime Cusin Dolgener, ambos de 17 anos, enaltecem o carinho pelo GA e os aprendizados que vão repercutir na vida pessoal e profissional. “O GA não nos prepara só para a futura vida acadêmica, mas nos ensina princípios básicos de convivência em sociedade, como saber se colocar no lugar do outro, trabalhar em equipe, entender as diferenças entre as pessoas e se dedicar ao máximo em tudo que fazemos”, afirma Letícia, que estudou no colégio desde o 1º ano do Ensino Fundamental.

“Sou muito grata ao GA por todos os ensinamentos, por todas as vezes que superei um obstáculo e alcancei meus objetivos”, salienta Letícia, que planeja cursar Medicina.

um ensino pleno, inovador e com foco nas necessidades regionais, ganhou mais um capítulo: a formatura de 48 estudantes do Ensino Médio, em solenidade no Teatro Univates. Com uma caminhada escolar transformadora, tanto para a turma, quanto para o GA, ficam, agora, as belas memórias criadas a partir das inúmeras vivências experimentadas e compartilhadas.

Nesta sexta-feira, 16, esse propósito,

A conclusão de mais esse importante ciclo para o Terceirão 2022, segundo a coordenadora do Ensino Médio, Rosilene König, é um misto de orgulho, vibração, emoção e saudade. “O GA guardará desta turma o compartilhamento de conhecimentos, memórias afetivas, o jeito especial de ser de cada estudante, a alegria da convivência, o vínculo criado com as famílias, além do carinho e do amor, vivenciados diariamente”, destaca, reforçando a contri buição de cada um dos formandos na construção da história da instituição.

FORMAÇÃO DE PESSOAS DO BEM

Assim como deixaram suas marcas, os alunos do Terceirão 2022 vão para os próximos desafios com muito mais bagagem para o crescimento pessoal, relacional e profissional. “Cada um levará as vivências de uma formação plena e do desenvolvimento da autonomia e do protagonismo”, enfatiza. A coordenadora salienta ainda que, além dos conhecimentos sobre conteúdos importantes para o Enem/Vestibular ou outras formações, o GA trabalha para a formação de pessoas do bem, que saibam conviver em sociedade, respeitando a si, o outro e o meio em que vivem.”

TROFÉU FIDELIDADE

Entre os formandos, 22 receberam o Troféu Fidelidade por serem estudantes do GA des de o início da caminhada escolar, ou seja, da Educação Infantil ao Ensino Médio. O reconhe cimento é entregue desde 2016 e é uma forma de agradecimento pela confiança, fideliza ção, parceria e todas as vivências que os alunos e suas famílias tiveram com a instituição.

Maxime, que ingressou na instituição no 8º ano do Ensino Fundamental, também tem grandes expectativas para o futuro a partir do que viveu no GA. “O colégio me possibilitou criar uma rotina que facilitou a aprendizagem, o entendimento de diferentes realidades e a ter uma convivência social muito bacana com os meus colegas. Serão lembranças muito boas”, ressalta. Ele elogiou ainda o contato e a compreensão de idiomas, como o Alemão e o Inglês, além de trabalhos que proporcionaram uma maior conexão com o mundo digital. “O colégio mostrou os caminhos que posso tomar em relação aos cursos que quero fazer. Hoje, tenho planos de trabalhar na área de Relações Internacionais ou Marketing Digital”, antecipa o aluno.

Apresentado por A HORA | 5 A HORA | Fim de semana, 17 e 18 de dezembro 2022 Produzido por
OCentro de Educação Básica Gustavo Adolfo transforma histórias de vida 55 anos. que tem como viés FOTOS DIVULGAÇÃO

Economia regional cresce quase 4% em 2020

Geração de riquezas no Vale alcançou R$ 16,2 bilhões em 2020.

Lajeado segue com o melhor desempenho da região no RS, enquanto Imigrante é quem mais cresce no ranking e se torna o segundo maior PIB per capita

Segundo maior do RS

A cidade que mais obteve destaque de um ano para outro no ranking do PIB gaúcho é Imigrante. Em 2020, alcançou a 109ª posição, com R$ 744,2 milhões em geração de riquezas. Subiu quase cem colocações e é o sétimo do Vale do Taquari na lista, atrás somente dos seis municípios mais populosos.

pela nossa política de investir e estar ao lado das nossas empresas”, pontua.

Divulgado pelo governo do estado nessa sexta-feira, 16, o desempenho dos municípios gaúchos no Produto Interno Bruto (PIB) do Rio Grande do Sul referente a 2020 mostra um tímido crescimento da participação do Vale do Taquari na economia gaúcha. Das 38 cidades, 26 subiram posições no ranking. No total, alcançou os R$ 16,2 bilhões.

Em relação a 2019, quando o total da soma de bens e riquezas da região era de R$ 15,6 bilhões, o crescimento foi de quase 4%.

Pelo levantamento, o Vale respondeu por 3,4% do PIB gaúcho – de R$ 470,9 bilhões – em 2020, ante 3,2% no ano anterior.

Entre as cidades da região, Lajeado é dona do maior PIB: R$ 4,6 bilhões. No ranking estadual, está na 17ª colocação, a mesma da análise anterior. Na sequência, aparece Estrela, que subiu quatro posições e entrou no top 50. Teutônia, terceira maior, perdeu três posições e aparece em 61º. Entre as 100 maiores, ainda estão Arroio do Meio (67º), Encantado (86º) e Taquari (96º).

Por outro lado, cidades como Forquetinha e Coqueiro Baixo estão entre os dez menores PIBs gaúchos. Ocupam a 490ª e 491ª colocação, respectivamente. O ranking de 2020 é o primeiro sob os efeitos da pandemia de covid-19.

O desempenho fez Imigrante alcançar o segundo maior PIB per capita do RS, atrás somente de Triunfo, conhecido pela força do polo petroquímico. Segundo o Departamento de Economia e Estatística (DEE), as atividades da indústria metalúrgica impulsionaram a alta.

Para o prefeito Germano Stevens, o resultado é fruto do sucesso das empresas do município, que mantém um crescimento constante, além de uma política de gestão voltada a valorização dos empreendedores locais. Também lembra que praticamente não há desemprego na cidade.

“Nós já havíamos ficado entre as cidades que mais geraram empregos mesmo na pandemia. É um sinal que vem de encontro a esse crescimento. Para nós, é um motivo de alegria, e a tendência hoje é de seguir crescendo, até

As dez maiores economias do RS:

A diversificação econômica também é apontada por Stevens como um fator para o bom desempenho. “Somos privilegiados nesse sentido, em não depender apenas de um segmento. Se um vai mal, outro vai bem. Isso também ajuda”, sustenta.

Ranking do RS e nacional

O material elaborado pela DEE, mostra ainda que Porto Alegre, apesar de continuar na liderança, foi a cidade gaúcha que mais perdeu participação no ranking geral do RS, passando de 17,1% do PIB estadual em 2019, para 16,2% em 2020. O PIB da capital gaúcha foi de R$ 76,07 bilhões, 16,2% do total do RS, queda de 0,91 ponto percentual na comparação com 2019.

Santa Cruz do Sul foi a cidade que mais avançou no ranking das dez maiores. A cidade do Vale do Rio Pardo terminou o ano com um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 10,49 bilhões, o que a levou à quinta colocação, três posições acima da lista de 2019. Passo Fundo (do 7º para o 6º lugar) e Pelotas (do 10º para o 9º) também ganharam postos no topo.

Em 2020, o Rio Grande do Sul perdeu uma cidade na lista das 100 maiores economias do Brasil e passou de quatro para três municípios. Porto Alegre caiu uma posição (8º lugar), Canoas perdeu sete (57º), enquanto Caxias do Sul se sustentou no mesmo lugar de 2019 (37º). Gravataí, que ocupava a 89ª posição em 2019, deixou o ranking.

Ranking do PIB Regional

Roca Sales 139º R$ 470,1 milhões R$ 40.983

Cruzeiro do Sul 154º R$ 405,9 milhões R$ 32.729

Bom Retiro do Sul 171º R$ 329,4 milhões R$ 26.589

Muçum 188º R$ 284,6 milhões R$ 57.374

Arvorezinha 190º R$ 280,4 milhões R$ 26.911

Santa Clara do Sul 194º R$ 273,4 milhões R$ 40.924

Anta Gorda 222º R$ 239,6 milhões R$ 40.207

Paverama 248º R$ 202 milhões R$ 23.733

Westfália 249º R$ 202 milhões R$ 66.645

Mato Leitão 298º R$ 147 milhões R$ 32.160

Progresso 320º R$ 131,8 milhões R$ 21.13

Ilópolis 334º R$ 122,3 milhões R$ 30.088

Boqueirão

Dois Lajeados 344º R$ 117,9 milhões R$ 34.637

Nova

Tabaí 358º R$ 111,6 milhões R$ 23.406

Poço

Putinga

Relvado 459º R$ 60,9 milhões R$ 29.337

Canudos

Pouso Novo 482º R$ 50,8 milhões R$ 31.560

Sério 486º R$ 48,9 milhões R$ 25.443

Forquetinha 490º R$ 46,7 milhões R$ 19.500

Coqueiro Baixo 491º R$ 43,4 milhões R$ 29.094

6 | A HORA Fim de semana, 17 e 18 dezembro 2022
Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br VALE DO
Município Posição no ranking estadual PIB de 2020 PIB per capita Lajeado 17º R$ 4,6 bilhões R$ 55.220 Estrela 49º R$ 1,7 bilhão R$ 52.251 Teutônia 61º R$ 1,4 bilhão R$
Arroio do Meio 67º R$ 1,3 bilhão R$
Encantado 86º R$
bilhão R$
96º R$
milhões R$
109º R$
R$
42.864
63.320
1
44.593 Taquari
856,2
31.848 Imigrante
744,2 milhões
240.070
do Leão 340º R$ 119,6 milhões R$ 15.536
Bréscia 350º R$ 114,5 milhões R$ 34.320
das Antas 371º R$ 106,1 milhões R$ 50.506
Fazenda Vilanova 380º R$
Marques de Souza 386º R$
403º R$
Colinas 422º R$
Vespasiano Corrêa 429º R$
447º R$
372º R$ 106 milhões R$ 27.263
102 milhões R$ 22.152
98,7 milhões R$ 24.726 Capitão
87,5 milhões R$ 31.679
76,6 milhões R$ 31.062
74,3 milhões R$ 41.401 Travesseiro
67,4 milhões R$ 28.890
Doutor Ricardo 469º R$ 56,1 milhões R$ 28.414
do Vale 481º R$ 52,3 milhões R$ 30.700
- Porto
- Caxias do Sul - Canoas - Gravataí - Santa Cruz do Sul - Passo Fundo - Rio Grande - São Leopoldo - Pelotas - Novo Hamburgo
Alegre
GERMANO STEVENS PREFEITO DE IMIGRANTE
DIVULGAÇÃO
Com pouco mais de 3 mil habitantes, Imigrante registra o segundo melhor PIB per capita do RS

Inauguração de unidade aponta mudança estratégica na Languiru

Em meio à crise no setor de suínos e aves, cooperativa apresenta investimento de R$ 40 milhões em estrutura de armazenamento de grãos. Empresa estuda levar fábrica de rações para o complexo junto ao Porto de Estrela

ACooperativa Languiru inaugurou a unidade de recebimento de grãos, nessa sexta-feira, 16, o que marca uma nova proposta nas atividades da empresa. Localizada nas proximidades do Porto de Estrela, a estrutura abre a possibilidade de uma mudança de patamar no aspecto logístico. O espaço conta com maior capacidade em relação ao local onde hoje é feito o armazenamento, na fábrica de rações da cooperativa.

Ao todo são dez silos verticais

Números da estrutura

R$ 40 milhões investimento da cooperativa 9,6 hectares área total da unidade 3 mil toneladas capacidade de armazenagem em cada um dos 10 silos 30 mil toneladas espaço no armazém graneleiro

Um ano de consumo tempo do estoque

metálicos, um armazém graneleiro, dois secadores de grãos, balanças rodoviárias, prédios anexos para depósito de ensacados, farelos, insumos e grãos em geral, e ponto de venda para o associado. Dentro do investimento de R$ 40 milhões, estão melhorias em alguns setores que estão desativados.

A aquisição também visa superar a crise relatada pelo presidente da cooperativa, Dirceu Bayer, nas últimas aparições públicas. “Mesmo tendo 45 unidades estratégicas dentro da cooperativa, implantadas para ter mais estabilidade e consistência nos momentos de crise, os dois anos pós-pandemia nos mostraram que esse sistema não tem sido a solução.”

Reutilização do espaço

A aquisição da área antes pertencente à Agropan, de Tupanciretã, foi definida por Bayer como uma “reengenharia da cooperativa” e uma “grande oportunidade”. Ele lembrou do funcionamento do porto e que as estruturas dos silos são ligadas ao complexo portuário de forma subterrânea. “Nós tomamos a iniciativa de assumir essa estrutura, agora temos que viabilizá-la”, acrescentou.

Está nos planos da Languiru levar a fábrica de rações para o complexo nas imediações do porto, pedido reiterado na manifestação do prefeito de Estrela, Elmar Schneider. A estrutura, também localizada no município, possui capacidade de armazenamento para apenas um mês de estoque. Os silos e o armazém graneleiro podem manter um volume de grãos equivalente a ano de consumo.

“Redenção da cooperativa”

O gestor destacou que o novo empreendimento abre perspectivas para manter a sustentabilidade dos negócios. “A partir de agora essa é a nossa grande esperança. Ao mesmo tempo que soubemos da situação difícil agora, temos muita expectativa daqui para frente.”

Ele falou do investimento de R$ 150 milhões na modernização do parque industrial, mesmo em um momento de “dificuldades e prejuízos”, o que amplia a possibilidade de exportações, além da aquisição da unidade de armazenamento. “Vai ser, sem dúvida nenhuma, a redenção da nossa cooperativa. Acreditamos seriamente nisso”, concluiu.

“Temos que transformar essas crises em oportunidades”

Poucos dias antes de assumir como vicegovernador do estado, Gabriel Souza participou do evento que apresentou a estrutura adquirida pela Languiru. Ele falou sobre os desafios da cooperativa, a importância do investimento, a proximidade com o porto e como isso pode impulsionar a operação fluvial.

A Hora – Qual a importância da retomada no uso desta estrutura?

Gabriel Souza – Na verdade é um dia importante para o setor primário e para o cooperativismo gaúcho, com a Languiru, uma cooperativa com 65 anos de história, que faz um investimento de R$ 40 milhões para fortalecer a presença no ramo de grãos. As commodities são fundamentais para o agronegócio, que é produtor de soja, milho e trigo, e naturalmente isso tem conexão com as atividades da proteína animal. Enquanto médico veterinário de formação, fico muito feliz em ver o setor primário se desenvolvendo no Rio Grande do Sul.

– Como você avalia o momento difícil que a cooperativa relata?

Souza – O setor de suínos e aves está vivendo uma crise, que infelizmente são inerentes às atividades econômicas sazonais. Temos que transformar essas crises em oportunidades, nesse clima positivo que estamos aqui, com uma mensagem otimista à população e a cooperativa. Espero que tenhamos boas soluções no sentido de colaborar com a Languiru, inclusive temos reuniões marcadas com o governo de transição e o Banrisul, para entender como podemos ajudar a viabilizar a superação desse momento difícil.

– Na sua avaliação, a instalação desta unidade pode melhorar a utilização do porto?

Souza – Este é um equipamento que tenho um carinho enorme, porque sei da importância para o estado. Desde a inclusão no programa Cresce RS só vimos o porto crescer e atrair investimentos. Espero voltar e que tenhamos navegação, carga e descarga de produtos, não só primários, mas também industrializados. Entendemos, o governador Eduardo e eu, que a hidrovia é um potencial gaúcho. O governo Ranolfo está investindo R$ 60 milhões, boa parte desse recurso na dragagem e aumento da calagem dos rios navegáveis, e o Porto de Estrela tem que estar incluso nesse pacote.

A HORA | 7 Fim de semana, 17 e 18 dezembro 2022
Cerimônia nessa sexta marcou início das operações com a presença de autoridades políticas e líderes empresariais do Vale e do estado JHON WILLIAN TEDESCHI

Medical San inaugura fábrica inspirada no Vale do Silício

Às margens da BR386, estrutura de 4 mil metros quadrados projeta novo ciclo de expansão da empresa

Empresa de destaque no mercado nacional de equipamentos para os setores de estética, dermatologia e saúde, o Grupo Medical San inaugurou nova sede ontem.

Com 4 mil metros quadrados, a fábrica foi inspirada no Vale do Silício – referência mundial em inovação – e pretende sustentar novo ciclo de expansão da organização.

Em 2021, a empresa faturou R$ 84 milhões, alta de 240% na comparação com 2020. Para este ano, a projeção é dobrar o resultado.

Localizado no 386 Business Park, às margens da BR-386, o empreendimento inclui tecnologias que permitem a clientes e distribuidores receber treinamentos e produzir conteúdos de mídia sobre os equipamentos.

A estrutura consiste em um pavilhão industrial automatizado com escritório administrativo, além de auditório, salas de reuniões, museu, espaço de lazer para os trabalhadores, restaurante, laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento.

De acordo com a arquiteta responsável, Franciele Ferreira, o projeto arquitetônico considerou toda a experiência que a empresa oferecerá aos parceiros. A estrutura tem características que remetem à tecnologia e saúde, com destaque para cores claras e materiais metalizados.

Também foi planejado ambiente que simula uma casa, voltado a refletir a cultura organizacional da empresa familiar. O projeto ainda traz aspectos de sustentabilidade, como placas fotovoltaicas e automação.

Crescimento exponencial

Conforme o CEO do Grupo Medical San, Mauro dos Santos Filho, a capacidade produtiva é de 6 mil equipamentos por mês. Lembra que a empresa saltou de 50 equipamentos vendidos por mês, em 2017, para 1,4 mil, hoje.

“Nunca deixamos de sonhar e de acreditar que, com muito trabalho e fé em Deus, iríamos levar a companhia a outros patamares”, afirma. Segundo ele, a nova fábrica representa um novo marco na trajetória de sucesso da companhia.

Hoje, a Medical San tem 100 colaboradores diretos e mais de 5 mil indiretos, conta com mais de 60 fornecedores e 120 distribuidores presentes em todos os Estados brasileiros. Com a nova fábrica a expectativa é chegar aos 300 colaboradores diretos.

Solenidade

Realizada na noite de ontem, a cerimônia de inauguração teve participação de aproximadamente 300 convidados. Entre eles, a atriz, modelo, cantora e embaixadora da marca, Mariana Rios, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS), Edson Brum, o secretário de Desenvolvimento do Estado, Joel Maraschin, além de 33 parceiros comerciais.

8 | A HORA Fim de semana, 17 e 18 dezembro 2022
Thiago Maurique thiagomaurique@grupoahora.net.br Sede da Medical San é a primeira inaugurada no 386 Business Park, em Estrela DIVULGAÇÃO

UMAS & OUTRAS

Sierra, sierra, eco, eco

Na fonética internacional da aviação, essa é ¨marca registrada¨ de identificação do Aeródromo Regional de Estrela (SSEE).

Essa sigla eu conhecia desde os meus tempos de aeroviário na Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), no aeroporto internacional Salgado Filho (SBPA).

Lembrei disso agora que volta à pauta por aqui a possível transformação do aeródromo regional em aeroporto, em um futuro que espero não muito distante . Eu me incluo entre os que têm plena convicção que vai ser outra baita mão na roda para alavancar ainda mais a logística de transporte de cargas e passageiros por aqui, inicialmente em pequena escala.

No tempo dos “paulistinhas”

O antigo Aeroclube de Estrela, área hoje ocupada pelo porto, foi o berço de formação de dezenas e dezenas de pilotos de categoria. Muitos avançaram para a aviação comercial e alguns chegaram a pilotar grandes jatos em voos internacionais por muitos anos.

Com o tempo e as circunstâncias, no final da década de 70, o aeroclube evoluiu para aeródromo, dessa vez na Linha São José, próximo à ERS-129 e a cerca de 6 quilômetros da BR-386.

Pelo que sei, a pista de pouso/ decolagem atual tem uns 600 metros de comprimento e 18 metros de largura, com 300 metros de área de escape, boa sinalização vertical e horizontal (marcos de pista) para voo visual (VFR), resistência de solo para até quatro toneladas de PMD (Peso Máximo de Decolagem), registro e controle de pousos e decolagens, bem como de tripulação e passageiros, indicador de ventos de solo predominantes (biruta), cercamento parcial, seis hangares, sem edificações que compliquem a aproximação, sistema anti-incêndio, etc. Enfim, uma boa infraestrutura para voos diurnos recreativos e de transportes pessoais. Não sei, mas imagino que tenha, ou logo vai ter,

sistema de intercomunicação via rádio em frequência específica entre a base e pilotos. Homologações para voos noturnos são bem mais complicados, o investimento teria que ser muuuuito maior e não vejo necessidade disso, por enquanto.

E aí já estou falando demais sobre o que entendo de menos. Mas deixo registrado que a ampliação da pista para uns mil e cem metros, com pavimentação, sistema de comunicação ar-solo, y otras cositas más para voos diurnos também não são nenhum bicho de sete cabeças. Tendo a tal “vontade coletiva” regional, dá pra tirar de letra.

P.S: os “paulistinhas” eram pequenos aviões de treinamento fabricados em São Paulo, leves que nem uma pluma, mas confiáveis e muito eficientes no aprendizado da pilotagem. Um sopro forte de vento de “través” (na lateral) nos momentos mais importantes do voo, que é o pouso ou a decolagem, era capaz de um “manicaca”acabar com os beiços no meio do rio Taquari, ou no meio de alguma roça de mandioca. Mas tem gente muito mais conhecedor do que eu nesse assunto que pode contar melhor as histórias e as experiências vividas.

Plano de fogo

Sempre fui aficionado por fogos de artifício e até por explosivos em geral, mas isso em tempos idos. Porque acho fascinante a criatividade envolvida na pirotecnia e o conhecimento aplicado na engenharia de demolições e desmanche de rochas.

Em maior ou menor escala, explosivos sempre exigem os devidos cuidados com a segurança. E ovelha não é pra mato.

Pensei nisso agora por um motivo: lembrando a Dinacon que agora abreviou a logomarca para Dinna. A conceituada empresa está há mais de 20 anos no mercado, atua nos três estados do Sul do país e também no exterior.

Lidar com produção e serviços de explosivos, com as devidas autorizações de órgãos de fiscalização e respectivos rigorosos monitoramentos, exige muito conhecimento técnico e competência empresarial. Entre bananas de dinamite ou explosivo granulado, pavios, espoletas, detonadores e as devidas medidas de proteção e segurança a coisa vai longe.

Que o digam os especialistas contratados pela CCR-ViaSul.

LIVRE PENSAR

O tempo e a verdade são grandes amigos. Mesmo morando longe um do outro, mais cedo ou mais tarde acabam se encontrando”

ARTIGO

A Justiça como arma de guerra

Nos próximos anos ouviremos falar muito da palavra de origem inglesa “Lawfare”. A junção das palavras “lei” e “guerra” na mesma palavra significa uma nova forma de batalha política usando o Direito como arma, ou seja, o uso estratégico de processos judiciais para criar impedimentos e dificuldades a adversários políticos.

A palavra surge nos meios acadêmicos logo após os ataques terroristas de 11 de setembro. Como resposta aos ataques, o governo americano lança o “Patriot Act”, que permite um afrouxamento da lei para defesa interna dos EUA. Pouco tempo depois surgem acusações de prisões ilegais, congelamento de bens e mesmo tortura. Portanto, em seu início, “lawfare” tinha um sentido geopolítico.

Mas antes disso, em 1985 o criminalista alemão Gunther Jakobs escreveu que, às vezes, o sistema judiciário trata réus locais não como cidadãos com direitos fundamentais, mas como inimigos da ordem social. Nas palavras de Jakobs: “O inimigo tem menos direitos.”

No Brasil o termo foi usado pelos advogados de Lula. O advogado Cristiano Zanin defendeu que a repetição de acusações da Lava Jato era uma forma de pressão contra o réu. “O excesso de acusações frívolas (overcharging) e a repetição de acusações são táticas de “lawfare”, com o objetivo de reter o inimigo em uma rede de imputações, objetivando retirar o seu tempo e macular sua reputação”, disse o advogado.

Por outro lado, a defesa do ex-presidente também soube colher frutos ao explorar politicamente o processo ao abrir procedimentos para tentar demonstrar a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro na condução dos processos da Lava Jato. Com isso se conseguiu colocar sob suspeição a conduta dos agentes públicos envolvidos, reforçando a ideia de que o ex-presidente teria sido vítima de uma perseguição política.

Depois disso, foi tão grande a preocupação com o “lawfare” que o senador Rogério Carvalho (PT-SE) criou um projeto de lei que prevê medidas de combate à prática da guerra judicial.

Na mesma direção, Zanin, o advogado de Lula, escreveu um livro sobre a sua tese no caso de Lula. Diz ele: “Do ponto de vista estratégico, o lawfare requer a observação das dimensões da geografia (levar o conflito judicial para a jurisdição onde se tenha maior chance de vitória), do armamento (utilização e criação de normas que facilitem a perseguição do inimigo e o uso de medidas excepcionais contra ele) e da externalidade (o uso dos meios de comunicação para coletar, transportar ou deturpar informações produzidas fora do sistema processual)”.

Nona na consulta com a psicóloga:

– Por hoje é só. Na próxima sessão trabalharemos com o inconsciente.

– Acho difícil, o vecchio não vai querer vir.

Faz sentido, mas ao observar a atuação de juízes do STF e do TSE agindo no presente momento com relação a “geografia, armamento e externalidade”, é de se perguntar se o “lawfare” não veio para ficar e se o que se faz agora com Bolsonaro e seus aliados não é semelhante ao que se acusa de terem feito com Lula.

A HORA | 9 Fim de semana, 17 e 18 dezembro 2022 MARCOS FRANK
Médico Neurocirurgião
(...) é de se perguntar se o “lawfare” não veio para ficar e se o que se faz agora com Bolsonaro e seus aliados não é semelhante ao que se acusa de terem feito com Lula”
(autoria incerta)
“Livrai-me da justiça, que dos malfeitores me livro eu.” Millôr Fernandes
SAIDEIRA ARQUIVO A HORA

50 anos de sabor e tradição

Cachorrão Carmelito e Beto completou nesta semana cinco décadas desde a inauguração do trailer de lanches na Praça da Matriz. Com trabalho e dedicação, o estabelecimento ganhou o Vale e se tornou um dos pontos mais tradicionais da região

Em um trailer branco e laranja instalado na Praça da Matriz, em Lajeado, os irmãos Carmelito, 78, e Gilberto (Beto), 67, Becker Delwing vendiam pastel e cachorro-quente na década de 70. O movimento na parte antiga da cidade era alto e o cachorrão ficou conhecido pela agilidade no atendimento e pelo sabor dos lanches, em especial, com a receita da maionese caseira. Nesta semana, o empreendimento completou 50 anos e os irmãos relembram o início do que virou um negócio de família e uma tradição lajeadense.

Natural de Estrela, Carmelito

veio à cidade para trabalhar e, durante a noite, atuava como auxiliar de cozinha em um hotel. Alguns anos mais tarde, abriu um restaurante, e permaneceu em frente a chapas e fogões. Insatisfeito com o serviço, decidiu abrir o próprio empreendimento e, assim, em 15 de dezembro de 1972, ao lado do irmão, inaugurou o Cachorrão Carmelito e Beto.

Em formato de trailer, por 38 anos os lanches eram vendidos a quem frequentava a Borges de Medeiros ou ia estudar no Colégio Presidente Castelo Branco, o Castelinho. A instituição era a única estadual que oferecia um ensino gratuito durante a noite na região.

Por isso, mais de dez ônibus vinham ao município todas as noites transportando alunos de cidades

como Roca Sales, Encantado, Arroio do Meio, Bom Retiro do Sul e Mato Leitão para estudar.

Beto recorda que, no início, faltavam lanches para atender todos

os visitantes, e o cachorrão supria parte da demanda. “Às vezes, eles saíam das firmas e iam direto pro colégio, não tinham tempo para comer. Daí vinham aqui antes de entrar na aula, comiam uma coisinha”, recorda.

Na hora do intervalo, perto das 21h, os estudantes também faziam

fila para comprar o lanche nos 15 minutos antes de voltar para a sala. “Dava um tumulto de 30, 40 pessoas vindo comer na hora”, relata. Entre os estudantes, estava Elton Luiz Lenz. “Sou um apreciador do cachorrão desde os anos 80, quando estudava no Castelinho. Até hoje tem aquele gosto incon-

O trailer do Cachorrão Carmelito e Beto foi inaugurado na Praça da Matriz;

Meio século de história

O empreendimento permaneceu no trailer até 2011, quando se instalou em um prédio próprio, ainda na rua Borges de Medeiros;

A unidade de Estrela foi inaugurada;

Dois anos depois, foi aberta uma nova unidade em Teutônia;

A tradicional maionese, feita com receita criada por Carmelito passou a ser produzida na fábrica Carmelito Alimentos, na Linha São Luiz, em Estrela;

Carmelito e Beto receberam o Título de Cidadãos Lajeadenses;

O cachorrão completou 50 anos no dia 15 de dezembro.

10 | A HORA Fim de semana, 17 e 18 dezembro 2022
1972 2011 2016 2018 2019 2021 2022
PAIXÃO REGIONAL
Os irmãos Carmelito e Beto Becker Delwing criaram o cachorrão em 15 de dezembro de 1972

fundível”, destaca. Para ele, quanto mais maionese, melhor.

Cachorro-quente, pastel e xis

Nos domingos, o movimento também era intenso e os irmãos atendiam até depois do horário da missa na Igreja Matriz. Em outros dias, o serviço começava às 7h e ia até meia noite. “O único dia que nós fechávamos mesmo era a Sexta-feira Santa”, recorda Beto.

Além do cachorro-quente, o trailer também ficou conhecido pelos pastéis que só deixaram de ser feitos quando o xis chegou a Lajeado e os irmãos tiveram que deixar a produção de lado para atender a nova demanda que surgia.

“A gente fazia tudo na hora. No início era só nós dois e a esposa do

Carmelito, a Zilda, que ficava mais na parte do caixa. Alguma coisa a gente tinha que deixar de produzir, o trailer era pequeno, não tinha condições de colocar muita gente”, conta o irmão mais novo. Faz mais de 30 anos que o pastel não é servido no cachorrão. Mesmo assim, clientes antigos ainda perguntam quando o lanche voltará a ser oferecido no estabelecimento.

Mudanças

Com jornadas de 16 horas diárias de trabalho e desafios ao longo dos anos, um momento marcante na história do cachorrão foi quando a promotoria pediu para que o trailer saísse da praça.

Hoje, em um espaço maior, na mesma rua, com capacidade para atender mais pessoas, a clientela

Sou um apreciador do cachorrão desde os anos 80, quando estudava no Castelinho e dávamos um jeitinho de sair no intervalo das aulas para degustar tal iguaria”

O pai e o Beto são exemplo de dedicação, são pessoas honestas. As pessoas têm uma visão deles de fazerem as coisas pelo certo. Eles sempre trabalharam muito”

O lanche ficou conhecido pela tradicional maionese e pela agilidade no atendimento

aumentou, e as mágoas ficaram para trás. Há 11 anos, o Cachorrão Carmelito e Beto fica no número 251 da Borges de Medeiros, ainda em frente à Praça da Matriz. Outra lembrança que marca os irmãos Becker Delwing é quando a dupla recebeu o título de “Cidadão Lajeadense”, no ano passado. Para eles, o segredo do sucesso do cachorro-quente é caprichar no lanche oferecido e utilizar produtos sempre frescos.

Em família

Os filhos de Carmelito e Zilda, Eduardo, Henrique e Eliana, cresceram em meio ao trabalho dos pais. Hoje, mesmo com profissionais diferentes e tendo trabalhado em outras áreas, os três ajudam a tocar o negócio.

“O pai e o Beto são exemplo de dedicação, trabalho correto, são pessoas honestas. Eles sempre trabalharam muito”, conta Henrique.

O trabalho fez com que o cachorrão se tornasse até mesmo ponto turístico do município. O sucesso fez surgir oportunidades de negócios e, em abril de 2016, uma nova unidade foi inaugurada em Estrela, em formato, também, de drive-thru. Dois anos mais tarde, em março de 2018, Teutônia também recebeu uma loja do Cachorrão Carmelito e Beto. Os dois novos

O único dia que nós fechávamos mesmo era a Sexta-feira Santa”

dava desde 2012 a possibilidade de comercializar o condimento feito com a receita do pai.

A maionese é produzida na fábrica da empresa, chamada Carmelito Alimentos, na Linha São Luiz, em Estrela. Henrique a auxilia na fábrica, e os dois também atuam na unidade de Lajeado.

Histórias no cachorrão

estabelecimentos são gerenciados por Eduardo e pelo sócio Marcelo Bourscheidt.

“Surgiu a ideia de nos aproximarmos mais dos clientes, que são de vários municípios do Vale e de fora dele, inclusive, de fora do estado e do Brasil”, conta Eduardo. Assim, uma expansão orgânica foi pensada e um food truck faz com que o lanche chegue em eventos fora de Lajeado, Estrela e Teutônia.

Tradição na maionese

Outra novidade que acompanhou o crescimento da marca foi em outubro de 2019, quando a famosa maionese do Carmelito e Beto passou a ser comercializada. À frente do projeto, está Eliana, que se especializou na área e estu-

Em cinco décadas, o cachorrão nunca precisou de grandes propagandas nas mídias. O marketing principal é no boca a boca. Beto lembra que clientes antigos que saíram da cidad, quando vêm visitar a família sempre voltam ao Carmelito. Estudantes do Castelinho que tinham 18 ou 20 anos na época também frequentam o estabelecimento, desta vez, com os netos.

“Tivemos uma cliente que entregou um bilhete em que contava que o pai e a mãe dela se conhecerem no trailer e se casaram depois e ela estava ali para agradecer e nos contar a história”, lembra Henrique.

Passados 10, 20 ou 50 anos, quase todo lajeadense coleciona alguma história com o cachorrão. Seja de encontros de famílias ou festas com os amigos, os irmãos Becker Delwing criaram, em Lajeado, um estabelecimento com meio século de tradição.

A HORA | 11 Fim de semana, 17 e 18 dezembro 2022
ELTON LUIZ LENZ CLIENTE
HENRIQUE BECKER DELWING FILHO DO CARMELITO BETO BECKER DELWING PROPRIETÁRIO Em 2019, a tradicional maionese passou a ser comercializada. Os filhos de Carmelito, Eduardo, Eliana e Henrique, continuam o negócio do pai e do tio BIBIANA FALEIRO BIBIANA FALEIRO

Governo expõe projetos para 2023 e prepara concessão da iluminação pública

Edital a ser aberto nos primeiros meses do próximo ano “é o maior da história da cidade”, segundo prefeito. Conclusão das vias marginais na ERS-130 também está entre as metas. Município pode ser contemplado em parceria entre Brasil e Coreia do Sul

Ampliações em escolas, construção de novo posto de saúde, conclusão de obras em andamento e execução de propostas inovadoras em diferentes áreas. Essas são algumas das ações previstas para 2023 no município, apresentadas na manhã dessa sexta-feira, 16, pelo Executivo, no tradicional Café com a Imprensa. Também foi feito um balanço das atividades desenvolvidas ao longo do ano.

Um dos projetos que mais terá atenção do Executivo é a parceria público-privada (PPP) para modernização da iluminação pública na cidade. O edital foi encaminhado ao Tribunal de Contas do Es-

tado (TCE) em 8 de dezembro e o prazo para análise é de 90 dias. “É o maior edital de licitação da história de Lajeado, considerando todos os serviços”, pontua o prefeito Marcelo Caumo.

A intenção é, com o aval do TCE, lançar a licitação entre fevereiro e março. O projeto começou a ser elaborado em 2021 e avançou neste ano. “Ele demandou várias etapas. Ao longo de 2022, trabalhamos na manifestação de interesse e foram feitos estudos. Por ser uma concessão de longo prazo, precisa dessa análise”, comenta Caumo.

Na área de infraestrutura, o governo pretende finalizar nos primeiros meses de 2023 a construção das vias marginais na ERS-130, entre o trevo da BRF e o acesso à Estação Rodoviária. A obra, orçada em R$ 11,8 milhões, é custeada com recursos do superavit de 2021 do município e vai melhorar o fluxo

de veículos em um dos principais gargalos da mobilidade regional.

Parceria

internacional

Outra novidade para 2023 é a provável inclusão de Lajeado entre as cidades beneficiadas com o acordo de livre comércio entre Brasil e Coreia do Sul. Presente na reunião, o lajeadense Pablo Palhano, que preside a Câmara de Livre Comércio Brasil-Coreia, destaca que o município deve ser um dos primeiros a ter um relatório a ser entregue, com as potencialidades locais.

“Nós queremos fechar essa parceria para que as empresas coreanas conheçam Lajeado. É algo inédito para a cidade. E uma das possibilidades é ter um professor lajeadense fazendo intercâmbio em uma escola da Coreia por três meses para conhecer a revolução que foi feita na educação”, comenta Palhano. A parceria deve contemplar pelo menos 30 municípios no país.

Receitas em dia

Com um orçamento projetado em R$ 500 milhões para 2023, Lajeado tem 58% das receitas oriundas de repasses da União e do Estado, enquanto 35% provém de receita própria. “Na maioria dos municípios, a dependência de recursos de outros entes é bem maior”, ressaltou a vice-prefeita Gláucia Schumacher.

A diferença entre o orçamento estimado no ano passado para 2022 e o valor consolidado também foi destacada na reunião. A projeção inicial era de R$ 422 milhões, mas a arrecadação chegou a R$ 498 milhões.

Entre as principais ações executadas, estão melhorias em escolas, a inauguração do Laboratório de Inovação de Lajeado (LabiLá), a aquisição do prédio da Acvat para futura instalação de um posto de saúde e as obras de pavimentação comunitária.

Alguns dos projetos a serem executados em 2023

a Parceria público-privada para iluminação pública inteligente; a Cessão do Parque Histórico à iniciativa privada; a Nova sede do Projeto Vida Conventos; aAmpliação das Emefs Campestre, Dom Pedro I e São José; aConclusão da Emei do Bom Pastor; aNovas tecnologias para a educação; aNovo ambulatório da Fundef; aConstrução da UBS do São Cristóvão; aReformulação da rua Júlio de Castilhos; aConclusão das obras na orla do rio Taquari; aEstudo de revitalização da Décio Martins Costa; aConclusão do Skate Park; aConstrução da Clínica Veterinária Municipal.

Alivat elege diretoria para gestão 2023/2024

Engenheiro civil, Marcos Bastiani será o novo presidente

COLINAS

A Academia Literária do Vale do Taquari (Alivat) elegeu a nova diretoria para a gestão 2023/2024 na noite da última quinta-feira, 15, na Casa Tassinary, em Colinas. A solenidade também prestou contas da Diretoria 2021/2022.

Por aclamação, o escritor Marcos Bastiani foi eleito o novo presidente. Ele substitui Deolí Gräff, que esteve à frente da entidade por três mandatos consecutivos.

“Precisamos dar oportunidade

para outros escritores presidir a Academia”, disse Gräff. No relatório das ações, o ex-presidente citou diversas realizações como os colóquios literários, a participação em feiras de livro, com destaque para a feira de Lajeado, em que a Alivat coordena o lançamento de livros de autores locais.

Morador de Muçum, Marcos Bastiani é engenheiro civil e ocupa a Cadeira 39 da Alivat. Ele participou na elaboração de parte do projeto de construção da Ferrovia do Trigo e é o autor do projeto do Cristo Protetor de Encantado. A posse vai ocorrer no dia 2 de março.

Deolí Gräff deixa o comando após três mandatos. Marcos Bastiani toma posse em março

de Eventos: Ney Arruda Filho

12 | A HORA Fim de semana, 17 e 18 dezembro 2022
Souza mateus@grupoahora.net.br
Mateus
Caumo e Gláucia fizeram balanço das atividades do Executivo. Reunião também teve participação de secretários LAURA MALLMANN/DIVULGAÇÃO
Presidente: Marcos Bastiani Vice-presidente: Marcos Kreutz 1º Secretário: Lucildo Ahlert 2º Secretário: Celon
1ª Tesoureira:
2ª Tesoureira:
1º Diretor
2ª Diretora
1ª Diretora
2ª Diretora
Diretoria eleita –gestão 2023/2024 Suplentes: 1) Werner Schinke 2) Wolfgang Collischonn 3) Alício de
Conselho Fiscal Titulares 1) José Alfredo Schierholt 2) Ana Cecília Togni 3) Marcos R. Frank
Weirich
Nara Knaak
Adriano Spezia
de Acervo: Jorge Luiz da Cunha
de Acervo: Luiz Gosmann
de Eventos: Dirce Becker Delwing
de Eventos: Ivete Kist
Diretor
Assunção
DIVULGAÇÃO

Um século de boas memórias

Anna Sangalli Pretto completa 100 anos neste sábado, 17. A família prepara uma festa para homenagear a matriarca e celebrar a força e saúde da encantadense

“Para alguns Anna, para outros Ana. Após 100 anos, até o nome sofre modificações. Tudo muda. Ficamos com a eterna dúvida se o nome da avó tem N ou NN, sendo a certidão de nascimento com dois NN, e a de casamento com um N.” Assim, em clima de descontração e alegria, começa o texto de homenagem da família de Anna Sangalli Pretto, na desejada festa que comemora o centenário da

matriarca.

Nascida em 17 de dezembro de 1922, em Encantado, a filha mais nova de nove irmãos cresceu na localidade de Jacarezinho junto com a família italiana. Aos 21 anos, Anna se casou com Bazilio Archille Pretto, com quem teve seis

Aos 100 anos,

Durante a festa, que será no Sindicato dos Representantes Comerciais de Lajeado, papéis e canetas serão disponibilizados para que os 80 convidados possam escrever sobre os momentos que viveram ao lado de Anna. “Quantas histórias se perdem no tempo e nas memórias de quem não está mais aqui. Queria poder saber cada uma delas, para nunca se perderem”, ressalta a neta.

A memória da centenária, no entanto, pouco falha. “Lembro que minha mãe fazia o café para mim quando eu era criança”, conta Anna, com dificuldades na voz. Sentada na poltrona ao lado da cama, ela conversa com as filhas sobre a infância, de como era mimada pelos pais e irmãos, e sobre os anos que passou ao lado do marido, falecido há 20 anos.

Segredo da longevidade

A fé é uma das características mais fortes de Anna. Em seu quarto, não são poucas as imagens de santos. Conforme contam as filhas, a mãe sempre manifestou o desejo de chegar aos cem anos, já que boa parte da família também viveu muito tempo. Além do apego à religião, o que também contribuiu para a longevidade foi o cuidado com a saúde.

Pretto

guarda as boas memórias da infância e do casamento. Religiosa, ela não deixa de assistir a missa, todos os dias

filhos, 12 netos e 12 bisnetos. Mas os números não dão conta da história que o último século carrega.

“Tem dias que ela ta melhor, tem dias que ta pior. Às vezes é uma lucidez que só e chega a lembrar de datas que eu mesma não lembro. Esses dias lembrou o nome de todos os irmãos”, conta a filha Carmen Maria Pretto. Hoje, Anna mora em Lajeado com a filha mais velha, Lourdes Pretto. “Todo dia, das 9h às 10h30, ela assiste a missa na TV. Nunca deixa de assistir”, conta a primogênita.

Há três anos, Anna caiu no quarto e quebrou o fêmur. Desde então, com a mobilidade comprometida, ela não conseguiu ir mais às missas na igreja matriz, participar do Clube de Mães e fazer as caminhadas matinais, como fazia sempre. “Antes do tombo, ela fazia tudo sozinha. E ela comandava tudo, nada podia estar fora do lugar, tudo do jeito dela”, conta Lourdes, em meio a risadas.

Nos preparativos para a festa, as filhas contam que suplementos como Gatorade foram incrementados a dieta para garantir que Anna esteja bem no dia. Se depender dela, a família já pode planejar a comemoração dos 101.

A HORA | 13 Fim de semana, 17 e 18 dezembro 2022
Anna Sangalli ainda
JÚLIA AMARAL

Apossibilidade de vender on-line abriu um universo muitas vezes desconhecido para os lojistas, já que uma loja virtual é a porta de entrada para novos clientes e uma oportunidade para aumentar as vendas de uma empresa. Mas não basta ter uma loja virtual. É preciso saber como obter os melhores resultados deste negócio.

Compreendendo essa realidade, a Azata - Plataforma de Vendas, de Lajeado, realiza a consultoria de e-commerce, um serviço

Nossa intenção vai além de somente desenvolver um site para vendas on-line e entregá-lo para o cliente. Temos como objetivo auxiliar nossos clientes nesta jornada pelo e-commerce”.

cada vez mais importante para as empresas que desejam ter sucesso no mercado digital. A consultoria é desenvolvida através do Ciclo de Vendas do E-commerce, pautado em quatro aspectos: Tráfego Orgânico, Tráfego Pago, Promoções e Gestão da Loja.

“Nossa intenção vai além de somente desenvolver um site para vendas on-line e entregá-lo para o cliente. Temos como objetivo auxiliar nossos clientes nesta jornada pelo e-commerce”, observa o CEO & founder da Azata, Eduardo Bonfandini.

TRÁFEGO ORGÂNICO

O Tráfego Orgânico gera visitas em uma loja virtual em função da relevância do conteúdo. Por isso, é importante esse conteúdo ter uma boa utilização do título do produto, uma descrição detalhada e com informações importantes para o consumidor, ou até um blog junto à loja. Esses são alguns dos aspectos que permitem que o Google comece a perceber destaque no conteúdo da loja virtual. “Temos muitos outros meios utilizados para este fim. Em nossa consultoria para o sucesso das lojas de nossos clientes, auxiliamos neste caminho de tornar a loja relevante para buscadores como Google, Bing e outros”, afirma o executivo de vendas da Azata, Robson Deloeken.

TRÁFEGO PAGO

O que acontece na modalidade de Tráfego Pago é a geração de visitas por meio de anúncios em canais como o Google Ads ou o Facebook Ads (principais canais de anúncios on-line). Para obter bons resultados, a equipe da Azata define aspectos para que o valor que o cliente investe não seja em vão. Alguns deles são: definição do seu público-alvo (aquele cliente que realmente tem potencial de compra), análise de preços da concorrência, - o que define se a sua loja é competitiva diante de outros players -, definição de quais os melhores canais para se comunicar com o seu público-alvo (Google, Instagram, Facebook, Youtube, Tiktok, entre outros), análise de investimento e meta de vendas. Esses e demais fatores, analisados em conjunto entre a Azata e o cliente, auxiliam no aumento das vendas.

PROMOÇÕES

Quando falamos em Promoções, logo vem à nossa mente, desconto. Mas, na verdade, promoção vai muito além disso. É todo ato de promover o negócio de alguma forma e por algum canal, com o objetivo de geração de vendas. Para isso, existem diversas estratégias como ações em datas específicas (Dia das Mães, Dia dos Namorados, Dia dos Pais, Black Friday, Natal, entre outros). Há ainda possibilidade de estratégias de vendas para clientes novos na loja e estratégias de descontos ou frete grátis para determinadas regiões ou valor. “São diversas formas de promover o negócio e, aqui na Azata, queremos ajudar o cliente a entender a melhor estratégia”, observa Bonfadini.

GESTÃO DA LOJA

Não menos importante no Ciclo de Vendas do E-commerce, é a Gestão da Loja Virtual. Esse é o momento em que são analisados os dados da loja virtual, observando informações como quantidade de visitas, total de pedidos realizados x pedidos fechados, taxa de conversão, ticket médio e Custo de Aquisição por Cliente (CAC). “Através da análise desses dados, temos a possibilidade de ajustar aspectos que podem estar fazendo com o que o negócio não alcance seu objetivo principal, que é realizar vendas de forma lucrativa”, analisa o cofundador da Azata, Janio Lindemann. Por tudo isso, a consultoria de e-commerce da Azata se torna essencial: ela ajuda o cliente a perceber e lidar com essas informações.

Av. Benjamin Constant, nº 670, sala 205 - Lajeado - RS | www.azata.com.br | azatavendasonline | (51) 99108-7024

14 | A HORA Fim de semana, 17 e 18 dezembro 2022
Apresentado por Produzido por

ENCANTADO RECEBE A FINAL DO CAMPEONATO PIRELLI

Tradicional prova noturna ocorre neste sábado no Parque João Batista Marchese

OCampeonato Pirelli de Veloterra chega na grande final após 11 etapas de muitas emoções, adrenalina e disputas intensas. Para coroar a temporada, a cidade de Encantado realiza a tradicional prova noturna neste sábado.

A etapa iniciou na sexta-feira à noite com os treinos livres na pista construída no Parque João Batista Marchese. Mesmo com alguns

campeões definidos, diversas categorias ainda estão com disputas abertas pelo primeiro lugar.

Os treinos seguem neste sábado a partir das 14h separados pelas categorias para melhor conhecimento do traçado. As tomadas preparatórias de tempo iniciam às 17h30min.

As corridas começam às 18h com as categorias 55cc “A” e 65cc válidas pela etapa de Lajeado. E a partir das 19h ocorrem as 21 baterias finais do Campeoanto Pirelli.

Mais informações no 9 92454338 com André, da André Produções e Eventos.

Etapa de Encantado encerra a temporada que contou com 12 corridas

A HORA | 15 Fim de semana, 17 e 18 dezembro 2022
VELOTERRA
DIVULGAÇÃO

Duas nações, um tricampeonato

Argentina e França disputam título da Copa do Mundo no jogo que marca último tango de Messi ou início do reinado de Mbappé

Aúnica certeza antes da bola rolar para a final da Copa do Mundo do Catar, é que ao apito final, haverá um novo tricampeão. Às 12h deste domingo, Argentina e França entram em campo no Estádio Lusail com a ambição de marcar o seu nome na história do futebol ao conquistar o terceiro título.

Quem for o vencedor poderá se isolar como a quarta nação com mais título da Copa do Mundo. A frente estão apenas Brasil, detentor de cinco taças, Alemanha e Itália, tetracampeãs. Apontadas como duas das três favoritas antes do Mundial, junto de Brasil, Argentina e França chegam à grande decisão com histórias diferentes.

De um lado, o país sul-americano que não conquista a taça desde 1986 e tem em Lionel Messi o grande craque que busca o título na última oportunidade. Do outro, a equipe europeia atual campeã e que joga a quarta final em sete edições, e que conta com Kylian Mbappé como grande astro e possível bicampeão já aos 23 anos.

O último tango de Messi

Eleito o melhor jogador da Copa do Mundo do Brasil, em 2014, quando ficou com o vice-campeonato, Lionel Messi tem no domingo a última chance de conquistar o

único título que lhe falta.

Em uma campanha espetacular, com cinco gols e três assistências em seis jogos, o camisa 10 pode quebrar uma série de recordes.

Messi pode ser o primeiro atleta a terminar como artilheiro e maior garçom de um Mundial. Inclusive entra na final com a liderança compartilhada dos dois índices. Ao mesmo tempo, pode ser o primeiro jogador a ser eleito Craque de duas Copas do Mundo.

Mesmo sendo o diferencial, a Seleção Argentina não é apenas o seu craque. O técnico Lionel Scaloni mostrou muita variação ao londo do Mundial e inclusive pode apresentar surpresas na grande decisão.

Em seis partidas, foram seis escalações diferentes. Cada uma adaptada ao adversário. Uma provável escalação para a final tem: Martínez; Molina, Romero, Otamendi e Acuña; De Paul, Paredes,

Mbappé em busca do reinado

É inegável que Kylian Mbappé é um dos sucessores ao trono do futebol dividido por Messi e Cristiano Ronaldo nas últimas décadas. Ainda jovem, aos 23 anos, o atacante que já tem mais de 250 gols na carreira pode conquistar a segunda Copa do Mundo.

Com cinco gols no Catar, e nove no total, o camisa 10 francês divide a artilharia do Mundial com Messi e ameaça o recorde geral do alemão Miroslav Klose, que fez 16 gols em copas. Mais do que isso, Mbappé caminha a passos largos para alcançar outros recordes, inclusive de Pelé. Como campeão de três Copas do Mundo.

Apontada como favorita antes da Copa, a França precisou lidar com problemas como lesões e afastamentos. Perdeu praticamente meio time titular, e mesmo assim caminhou soberana para a grande final. A quarta em sete edições. Campeã em 1998 e 2018, ainda perdeu o título para a Itália em 2006.

Para a grande final, o técnico Didier Deschamps deve escalar: Lloris; Koundé, Upamecano, Varane e Theo Hernández; Tchouaméni, Rabiot e Griezmann; Mbappé, Dembélé e Giroud.

Decisão de terceiro lugar

Antes da decisão no domingo, um outro jogo marca o fim de semana. Ao meio-dia de sábado, Croácia e Marrocos duelam na decisão de terceiro lugar.

Ligação do

“Como todos os argentinos, amo o Brasil. O argentino que não vem para cá é porque não tem grana, nunca porque não gosta.” É com este sentimento que o técnico têxtil Daniel Alfredo Prospero, 61, vive em Encantado faz 22 anos. “Vim a trabalho para a cidade e me apaixonei. Nunca mais fui embora.” Natural de Avellaneda, Prospero é apaixonado por futebol e torcedor doente do Racing. “Eu era do bairro, me criei no estádio. O clube faz parte da minha vida. Passava os dias no estádio, nas piscinas. Toda a família é sócia e vai nos jogos dentro e fora de casa. O Racing é a maior saudade que tenho da Argentina”, diz. Argentino que vive no Brasil, brinca que tem sérios problemas quantos às seleções. Os amigos argentinos dizem que ele torce

E HISTÓRICO

Argentina

6 jogos 4 vitórias 1 empate 1 derrota 12 gols marcados 5 gols sofridos

Goleador: Lionel Messi (5 gols)

Melhor campanha: 2 vezes campeão (1978 e 1986)

França

6 jogos 5 vitórias 1 derrota 13 gols marcados 5 gols sofridos

Goleador: Kylian Mbappé (5 gols)

Melhor campanha: 2 vezes campeão (1998 e 2018)

16 Copa do Catar 2022 Fim de semana, 17 e 18 dezembro 2022
Enzo Fernández e Mac Allister; Messi e Julian Álvarez. Craque da Copa do Mundo de 2014, Messi pode coroar carreira com título e se tornar primeiro jogador eleito o melhor de dois mundiais Em busca do bicampeonato aos 23 anos, Mbappé caminha a passos largos para criar sua hegemonia no futebol

Vale com a final da Copa

para o Brasil, e os brasileiros que ele torce para a argentina. “Então eu brinco que estou sempre perdendo”, diz.

Para ele, a Argentina merece ganhar o título muito por causa de Messi. “É um caso especial, ele é a bandeira argentina para o mundo. Merece encerrar o último Mundial com a taça. É um excelente jogador, um superdotado, um extraterrestre, como dizem. Além de ser um exemplo para as crianças”, considera. Confiante no título, acredita no seu país. “A Argentina foi crescendo ao longo da competição, iniciou com uma derrota e depois só melhorou. O povo e a Seleção estão unidos, então qualquer que for o resultado, os jogadores serão recebidos como profissionais que deixaram tudo dentro de campo.”

De Estrela para a França

O estudante de engenharia mecânica Elias Fell Plentz, 25, foi selecionado por um programa de duplo diploma entre a UFRGS e uma faculdade da França. Desde setembro de 2021, trocou Estrela por Brest, no litoral francês, onde ficará até setembro de 2023.

Na terra da atual campeã, começou torcendo pelo Brasil e acreditava no hexa. Ao ser eliminado, virou mais um torcedor francês. “Converso com as pessoas daqui sobre futebol, senti que começaram meio receosos pelos vários problemas que assolaram a Seleção Francesa

antes da Copa. Ao longo da competição foram vencendo, avançando, e trazendo a torcida para perto”, analisa.

O símbolo de que a torcida passou a acreditar no time é a movimentação nas ruas. Brest possui cerca de 140 mil habitantes e está atualmente no inverno, com temperaturas até negativas. Mesmo assim a festa é grande. “A torcida tem ido para as ruas, comemoraram bastante depois da vitória contra o Marrocos, juntou bastante gente no centro. Com certeza a festa será imensa se o título vier.”

“Eles têm uma paixão absurda pelo futebol”

A lajeadense Jessica Radai, 27, mora em Buenos Aires faz dois anos. Tempo suficiente para virar torcedora da argentina. “Eu tenho que admirar que dois anos perto da loucura do argentino pelo futebol foi o suficiente para me fazer ficar muito mais nervosa nos jogos da Argentina do que nos jogos do Brasil”, diz.

Estudante de medicina, mora na Avenida 9 de Julio, uma das principais vias de Buenos Aires e local de concentração da torcida argentina. “É a rua do Obelisco, onde todos se reúnem para a comemoração. Vira uma festa gigantesca, muita gente, e não param de cantar um segundo. Juro que não sei de onde vem tanta energia”, comenta.

Ela lembra que não acompanhava futebol, mas que passou a se interessar ao se mudar para o país vizinho, onde viu muito mais sintonia do torcedor com o esporte. “Uma vez tentei explicar para um argentino a diferença e ele me interrompeu, deu a melhor justificativa. “É que somos insuportáveis”, ele disse. A verdade é que eles têm uma paixão absurda pelo futebol.”

Em férias no Vale do Taquari, lembra ainda que quando a Argentina perdeu a estreia para a Arábia Saudita, o país parecia estar destruído. “Eu ia nos lugares e me dava tristeza, parecia que tinham perdido a vontade de viver. Depois começaram a vencer e tudo melhorou. Tu vê de longe a alegria, é todo mundo falando sobre o Messi, é o condutor do metrô buzinando sempre que vê alguém com a camisa da Argentina, e por aí vai.”

CAETANO PRETTO OBRIGADO POR TUDO,

Omundo do futebol será menos justo se Lionel Messi não vencer esta Copa do Mundo. Aquele que já é para alguns o segundo maior jogador da história, me incluo nesta, precisa ter no seu currículo um Mundial. E está jogando e batalhando para isso.

Quem me conhece sabe o quanto sou fã do camisa 10 argentino. A ponto de me emocionar quando visitei o Camp Nou, estádio do Barcelona onde tanto brilhou, em 2018. Aos 35 anos, na quinta Copa do Mundo, ele segue imparável.

Seis vezes eleito o melhor do mundo pela Fifa, Messi coleciona todos os títulos possíveis. Resta um, e justo o mais importante. Na última Copa, ele desfruta cada segunda dentro e fora de campo. Dá entrevistas mais longas que o normal, participa de brigas com adversários, joga muita bola.

O futebol é simples para Messi. A prova é o lance do terceiro gol contra a Croácia. O camisa 10 recebeu a bola no meio de campo. Na sua frente, o croata Gvardiol, melhor zagueiro do Mundial. E que na frente de Messi pareceu um atleta amador. Foi facilmente superado, em dribles desconcertantes e até lentos. Que parecem fáceis, mas só são para ele.

O mais incrível é que estes lances parecem simples há mais de 20 anos para o argentino. Messi vive um auge que iniciou no momento em que pisou no campo profissionalmente pela primeira vez. E que se encerrará somente quando se aposentar. Enquanto jogar, será o melhor.

Pelé é indiscutivelmente o melhor jogador de futebol da história. Eu, e muitos que o acompanham, já colocam Messi na sequência. Maradona ficou para trás. Talvez haja discussão, que terminará caso o pequeno craque, nascido em Rosário, vença a França no domingo.

Por tudo isso. Obrigado, Messi. Obrigado por ser o futebol. Obrigado por ser o melhor jogador que já vi, o melhor que vejo, e o melhor que verei.

UMA FINAL PARA A HISTÓRIA

A final no Catar tende a ser uma das melhores dos últimos tempos. São dois times interessantes de ver jogar, que procuram o gol, contam com grandes craques e grandes histórias. Ambos almejam o tricampeonato.

De um lado a França, que chega à quarta final nas últimas sete edições. Campeã em 1998 e 2018, ainda foi vice em 2006. Mais do que chegar ao terceiro título, franceses podem dar sequência a uma hegemonia na Copa do Mun-

do. Mbappé tem só 23 anos e chegaria ao segundo título. Ao seu lado, uma geração ainda jovem e muito talentosa.

Do outro está a Argentina, e Messi. Vice-campeão em 2014, esta será a última chance de entrar no seleto grupo de campeões mundiais. Se não sobra talento no resto do time, nunca falta entrega. E é nesta entrega que pode estar o trunfo para superar a França.

Espero um grande jogo, que assim seja.

caetano@grupoahora.net.br
17 Copa do Catar 2022 Fim de semana, 17 e 18 dezembro 2022
Natural de Avellaneda e torcedor apaixonado pelo Racing, Daniel Prospero vive em Encantado faz 22 anos

Sábado é

Laternenfest em Teutônia

Centenas de pessoas se reuniam para participar da 13ª edição da Laternenfest, a “festa das lanternas”. O evento resgatava uma tradição dos antepassados alemães, já que a Laternenfest faz parte da cultura germânica e é uma homenagem a Sankt Martin (São Martinho). De acordo com a tradição, a luz das lanternas simboliza o bom caminho e o exemplo de vida do santo. Em 2002, o desfile da comunidade iniciou na rua Capitão Schneider, passando pelas principais ruas do Bairro Canabarro. O destino foi a Escola Cenecista General Canabarro, onde os alunos realizaram apresentações, além de show de fogos de artifícios, um baile e a chegada do Papai Noel.

Domingo é

Final da Copa do Mundo

2022

Hanukkah

Dia do Museólogo

Dia da Língua Árabe

Dia dos Migrantes

Pedágio na Rota do Sol

Santo do dia 17: São Zózimo

Vinte anos atrás, a Agergs anunciava a implantação de dois novos pedágios no Vale do Taquari. Uma das praças seria na ERS-130, entre Cruzeiro do Sul e Lajeado. O outro pedágio seria na ERS-287. Na época, já existiam os pedágios em Paverama, Encantado e Cruzeiro do Sul e o reajuste para 2003 seria de 20%. Naquele tempo, Marques de Souza ainda tinha praça de pedágio e a tarifa mínima era de R$ 6,60. Essa praça foi encerrada em 2013 e chegou a ostentar o título de “pedágio mais caro do Brasil”.

Enquanto isso…

A Seleção Brasileira - Vinte anos atrás, a Fifa elegia a Seleção Brasileira como a melhor do mundo em 2002. O prêmio era entregue em cerimônia na cidade de Madrid, no dia 17 de dezembro. A escolha da Fifa pelo Brasil se deu pelo resultado na Copa do Mundo, onde o país conquistou o primeiro lugar, consagrando-se pentacampeão.

Baile do Chope

A comunidade estrelense organizava um baile memorável, cinquenta anos atrás. O Baile do Chope era uma parceria da Sociedade Ginástica (Soges) e da Cervejaria Polar. Dias antes do baile, todas as mesas no ginásio esportivo já haviam sido comercializadas.

A procura era tanta, que os organizadores ampliaram o baile, contratando uma segunda orquestra para tocar na boate da Soges, assim, os convidados tinham duas pistas de dança. Naquela noite, haviam mais de 260 mesas e cerca de três mil pessoas no evento. No baile, foram consumidos mais de 5,5 mil litros de chope e outros 744 refrigerantes.

Conforme conta o Jornal Nova Geração, mais de 800 pessoas entraram de penetra, “por portas que ninguém sabe quem abriu”. O periódico também citava as bebedeiras da noite, as brigas de namorados, os empurrões e os banhos de chope.

Eleições no STR Lajeado

O Sindicato dos Trabalhadores Rurais realizava sua eleição para a nova diretoria. Aleixo Lauro Gisch seria o presidente da entidade pelos próximos três anos. Junto dele, estavam Aleixo Lourenço Favoretto, Francisco Rubens Ruschel, Darcillo Bald, Oswino Beuren, Domingos Favoretto, Aloysio Heinen, Inácio Mallmann, Leonildo De Gasperi, Guido Thomas, Imério Macagnan e Décio Masser. Na época, mais de 3,7 mil agricultores estavam aptos a votar.

18 | A HORA Fim de semana, 17 e 18 dezembro 2022
por Raica Franz Weiss Dia do Engenheiro de Produção Dia Nacional do Pampa Santo do dia 17: São Lázaro ARQUIVO MUNICIPAL DE LAJEADO/O INFORMATIVO

Segura o “foguete” Lajeado

Prédio da Acvat será um posto de saúde

No planejamento do governo municipal, a área central de Lajeado receberá diversos investimentos em 2023, começando pela ideia de revitalização da rua Júlio de Castilhos (leia na Coluna de Fernando Weiss); a construção do novo prédio do INSS na antiga Praça Mario Lampert e a utilização do prédio da Acvat para um novo posto de saúde. Os anúncios foram feitos pelo prefeito Marcelo Caumo no encontro com a imprensa. O prédio da Acvat, hoje sede da Secretaria de Assistência Social e onde funciona um restaurante, será reformado.

ARTIGO

Luzes amarelas no pinheirinho da região

Neste último artigo do ano deveria falar só de amenidades. Da honra em ocupar este espaço por 19 vezes em 2022, da alegria em saber de familiares e amigos próximos ainda por aqui, da lembrança bucólica dos natais de criança, ainda sem energia elétrica, fazendo a pé os 3 km que nos separavam da igreja, para a cerimônia natalina, sob um manto de estrelas.

No relatório apresentado pelo prefeito, alguns números de Lajeado chamam atenção. O orçamento deste ano superou as estimativas de 2023. A projeção era arrecadar R$ 422 milhões e chegará a R$ 498 milhões, crescimento superior a 12%; a renda per capita é de R$ 55.616,00, acima da média estadual e bem acima da nacional. O fundo de pensão da prefeitura tem hoje R$ 200 milhões em caixa, valor que serve para pagamentos de aposentadorias de servidores municipais. A potência Lajeado recebe 55% da sua arrecadação de retorno de impostos federais e estaduais; 45% são recursos de impostos próprios e aplicações financeiras. Lajeado fecha o ano com recordes de novas construções.

Nos planos da prefeitura, o local abrigará serviços da área da saúde. O segundo piso será preservado e transformado em um auditório. Os setores municipais que hoje funcionam lá serão realocados. O Restaurante Caixeiral, um dos mais antigos de Lajeado, será fechado no dia 29 deste mês. Os proprietários ainda não definiram se abrirão em outro espaço.

Os desafios para 2023

Só que, nestas últimas duas semanas, me vi num contraditório de sentimentos. De um lado, a notícia alvissareira do investimento de R$ 2,5 bi pela iniciativa privada daqui e, de outro, o anúncio da Languiru, quarta-feira, da demissão de 500 funcionários dos seus frigoríficos, pela queda nas vendas. Ora, uma queda das vendas, num mundo que é comprador para proteínas animais, tem ingredientes diferentes dos de agroindústrias concorrentes de outros estados, as quais estão ocupando este vácuo. E não é só o caso da Languiru. Outras, do estado, caminham na mesma direção.

A variável mais forte é um custo mais elevado do que o da concorrência de fora do estado, pois o nível tecnológico é o mesmo.

** Em mais um ano, o Edifício São Cristóvão da Lyall estará concluído. É o mais alto do RS. Tem 130 metros de altura, com 38 pavimentos, 140 apartamentos e 220 vagas na garagem. É visto de várias partes da cidade. E dele, se vê boa parte do Vale.

** Mais uma vez a Comunidade Adventista, Corrente do Bem e a Britagem Cascalheira estão de parabéns pela realização do Mutirão de Natal. São 23 entidades beneficiadas com a doação se cestas básicas. Além das famílias que recebem ajuda por estarem cadastradas na Igreja.

** O secretário de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo do Rio Grande do Sul, Mauro Hauschild, pediu exoneração do cargo na quinta-feira. Ele voltará a morar no Vale do Taquari. Tem pretensões políticas na cidade natal, Bom Retiro do Sul.

** Clientes e parceiros do

BRDE das regiões dos Vales e Central contam com espaço repaginado e amplo. O escritório do banco funciona junto à sede da Associação Comercial e Industrial de Lajeado (Acil) e foi inaugurado em cerimônia presidida pelo diretor de Planejamento do banco, Otomar Vivian.

** Além do terceiro título para Argentina ou França, a final da Copa do Mundo 2022 vale uma bolada milionária. A Fifa pagará ao vencedor da partida de domingo, 18, às 12 horas (de Brasília), no estádio Lusail, a quantia de US$ 42 milhões, o equivalente a cerca de R$ 224 milhões.

Marcelo Caumo anunciou no encontro que, desde que assumiu o governo em 2017, foram 1,5 mil novas vagas nas escolas de ensino fundamental e 828 nas escolas de educação infantil, setor ainda com grande carência, tendo em vista que em torno de 900 crianças estão na fila de espera. Para 2023, a tendência é amenizar este déficit, tendo em vista que serão criadas novas turmas nas creches de São Bento e Olarias e colocada em funcionamento uma nova no bairro Bom Pastor, com 200 vagas. O prefeito colocou ainda como metas a discussão do contrato com a Corsan para obras de saneamento; a duplicação da ERS-130 até entroncamento com a BR-386 e os investimentos na área da saúde em parceria com a Unimed e Univates.

Dois fatores que pesam contra os daqui, como a Languiru: custo logístico elevado e a equivocada política tributária do Governo Leite, com o segmento, mormente as cooperativas. Explico: para compensar o custo adicional que representa nossa distância maior, na obtenção das matérias primas básicas, em relação aos estados de São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro e, no sentido inverso, despachar o produto acabado para aqueles consumidores e o mercado externo, nossas empresas têm vantagens fiscais estaduais históricas. Pois a partir deste ano, o RS passou a reduzir estes incentivos em 5% ao ano. Num equivoco grave, desestimula e desfavorece nossas indústrias de transformação, favorece as de outros estados e incentiva a venda de commodities.

Imprescindível a região, “vítima” direta deste cenário negativo, ajudar a mudá-lo rapidamente, mas com visão de futuro, lembrando que o presente, alvissareiro, também é resultado de trabalhos estruturantes bem feitos, de décadas para cá.

Necessário forças políticas e institucionais se organizarem e pressionar para corrigir as discrepâncias, porém, de forma organizada. Ajudaria criarmos uma associação, com estrutura executiva remunerada, para gerir a articulação e o desenvolvimento regionais, colocando nossos prefeitos no circuito, hoje dissociados dele e subservientes ao Executivo estadual, a troco de verbas, numa visão micro, municipal e não macro, regional.

As luzes amarelas de alerta se acenderam para o Vale, neste Natal. Quem sabe trabalhamos para multicolori-las no de 2023?

A HORA | 19 Fim de semana, 17 e 18 dezembro FABIANO
ARDÊMIO HEINECK
CONTE Jornalista e radialista
Economista
empresário
e
As luzes amarelas de alerta se acenderam para o Vale, neste Natal. Quem sabe trabalhamos para multicolorilas no de 2023?”
MATEUS SOUZA

Craques frente a frente em decisão histórica

Fim de semana, 17 e 18 dezembro 2022 Fechamento da edição: 19h MÍN: 17º | MÁX: 29º Sol com algumas nuvens. Não chove.
Final do Mundial marca o duelo entre Messi e Mbappé, colegas de time no PSG e camisas 10 de Argentina e da França. Enquanto um tenta se despedir das Copas com o primeiro título, o outro pode ser bicampeão aos 23 anos. Grande decisão ocorre neste domingo, a partir das 12h COPA DO MUNDO PÁGINAS | 16 e 17

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