OPINIÃO | FABIANO CONTE
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Após relatos em Muçum e Encantado, novos trechos do Rio Taquari
apresentam mudanças na cor da água. Amostra será enviada para análise.
Nova lei possibilita maior integração entre os empreendimentos do setor em Lajeado. Iniciativa também busca fortalecer o turismo local.
Relatório da Stacione, responsável pelo rotativo no centro de Lajeado contabiliza uma média de 12 ausências por dia. Trata-se de fiscais responsáveis por monitorar as mais de 1,2 mil vagas de estacionamento. Empresa também adverte para dificuldade em contratar novos funcionários. Para reverter quadro, aposta em tecnologia. Ideia é implementar cobrança por QR Code para pagar via Pix.
Apesar do salário de até R$ 2,5 mil, trabalho na rua, neste período de calor, afasta candidatos
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Estudo avalia reduzir de 100 metros para 15 metros a área de proteção do rio.
Em um ano, auxílio para trabalhadores formais demitidos cai 5,4%
Das mais de 110 mil carteiras assinadas no Vale do Taquari no início de 2022, pelo menos 11,8 mil ingressaram com pedido de seguro-desemprego. Na comparação com os 12 meses anteriores, representa uma queda de 5,4%. Ainda que seja um período marcado
pelas restrições impostas pela pandemia, o percentual local vai no sentido oposto quando se compara com todo o RS. Conforme dados da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social, houve um crescimento de 5% na concessão do auxílio. PÁGINA | 3
Os índices sobre pedidos por seguro-desemprego no Vale do Taquari vão na direção oposta do visto no Estado. Enquanto no RS há um crescimento de 5% na busca pelo benefício, na região houve uma queda nas solicitações de 5,4%.
Em uma primeira análise, pode-se apontar a queda em termos de demissões, tendo em vista que, de janeiro a novembro de 2022, houve um saldo positivo entre admissões e desligamentos, conforme os dados mais atuais do Caged.
A região se mantém como um lugar de oportunidades, ainda que haja uma tendência de queda na empregabilidade para esse primeiro trimestre. Motivo central pela instabilidade no segmento de alimentos, pelo alto custo à indústria. Somado a isso, a incerteza sobre a política econômica do novo governo.
Junto com a geração de vagas de trabalho formal positivas em 2022, o fato de menos pedidos de seguro tem outros dois pontos relevantes. O primeiro também com relação ao momento econômico. Ao que parece, pessoas mais dispostas a manter a posição no mercado, sem correr riscos de sair ao cenário conturbado do pós-pandemia.
Também pelo perfil regional, de uma comunidade que valoriza o trabalho, de ser uma prioridade na própria construção da identidade do Vale. De tudo isso, reduzir o índice de benefício do seguro-desemprego representa um benefício à economia local, pois o trabalho formal garante renda estável e uma consequente movimentação financeira nos serviços e no comércio.
cada duas semanas, um novo lar, em um novo estado.Foiassimqueo lajeadenseRomulloBastos, 25, viveu durante três meses.Agora,passadaa aventura,eleaguardao vistoparafazeramudança definitivaparaaAustrália
O que motivou a começar um mochilão pelo Brasil?
O que me motivou, na verdade, foi a vontade de ter um período sabático. Eu sempre quis viajar, fazer mochilão ou algo assim. Eu já estava me planejando ir morar fora, há uns três anos. Porém, no início do ano eu saí do meu emprego e comecei a trabalhar com o mercado da criptomoeda. Eu fiquei mais ou menos até maio operando, e parei porque comecei a ter perdas. Aí eu sabia que não queria ficar parado, aí comecei a planejar o mochilão. Uma viagem menor, antes de mudar de país.
Eu pensava muito em viajar sozinho, pensei que iria crescer muito e aprender a gostar da minha própria companhia, desenvolver autoconhecimento. Viver experiência, conhecer gente, aprimorar meu relacionamento interpessoal, sabe?
Eu queria criar conexões e ter experiências diferentes, sair da bolha.
Quanto tempo durou o mochilão e por quais lugares tu passou?
Fiquei três meses na estrada. Saí para Belo Horizonte e fiquei até setembro viajando pelo Brasil. Depois de BH, passei por Vitória, Búzios, Cabo Frio, Arraial do Cabo, Ubatuba, São Paulo e Florianópolis.
Eu sabia que queria gastar pouco, porque eu não estava mais empregado, não tinha renda fixa. Aí eu pesquisei e conheci a Worldpackers, aplicativo que une o viajante aos hostels, campings, que recebem hóspedes de todo mundo. A plataforma é ótima porque você mostra teu perfil e, conforme suas habilidades, encontra uma vaga. Então você troca o trabalho de seis ou cinco horas por estadia
e às vezes tem benefícios como almoços ou jantares. Eu gastei R$400 na minha viagem inteira, que foi o período que fiquei no Espírito Santo, e fiquei quatro dias pagando hostel, mas depois, por três dias, consegui casa para ficar.
Era muito de ônibus e aplicativos de carona. Às vezes tinha promoções boas para passagens. Tem como economizar na viagem, mas acho que o transporte é o que gasta mais. A alimentação também gastei, mas porque eu não cuidei muito, sempre comi bem. Até gastei com turismo, em Minas Gerais. Mas depois era mais vida de morador do lugar.
Ubatuba foi legal demais. Foi onde fiquei mais tempo, um mês e uma semana. O hostel lá é muito concorrido. Ele foi eleito por cinco anos seguidos o melhor hostel do Brasil e da América Latina. Tem muito gringo lá. Conheci francês, turco, dinamarques, argentino, colombiano, chileno, gente de todo lugar. Poxa, no Brasil, sabe? Só viajando. Mas para isso ser bom, precisa estar aberto para conhecer pessoas, conversar, trocar ideias, gostar do aleatório. As coisas que não são planejadas às vezes dão muito certo.
E agora o plano é morar na Austrália,
Isso. Para a Austrália eu to indo com visto de quatro meses. Mas a minha ideia é ficar por lá, começar um curso técnico. Depois, quem sabe, engatar um visto de trabalho também. Enfim, tentar a vida lá.
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A Petrobras anunciou ontem que vai atualizar o valor do gás natural. O preço de venda para as distribuidoras vai cair, em média, 11,1% por metro cúbico, a partir do dia 1°, conforme prevê os contratos de distribuição por dutos. A redução é em relação ao valor praticado entre novembro e janeiro.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, fechou 2022 em 5,79%. O índice ficou abaixo dos 10,06% acumulados no ano anterior, conforme dados do IBGE divulgado ontem, e foi puxado pela alta nos preços dos alimentos e bebidas.
Após pedido da Advocacia-Geral da União, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, determinou a prisão do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres. O motivo seria a suposta omissão de Torres na repressão aos ataques do último domingo, 8.
Há
“(...)reduzir o índice de benefício do seguro-desemprego representa um benefício à economia local, pois o trabalho formal garante renda estável (...)Roberto Dinamite é sepultado no Rio de Janeiro
Inflação fecha 2022 em 5,79%
Petrobras reduz preço do gás natural em 11,1%
Moraes determina prisão de Anderson Torres
A HORA
Especialistas atribuem a diversidade produtiva local e a capacidade das empresas em absorverem profissionais para a menor demanda ao benefício em 2022
Felipe Neitzke felipeneitzke@grupoahora.net.br VALE DO TAQUARIPelo menos 11,8 mil trabalhadores da região encaminharam o pedido de seguro-desemprego em 2022. As buscas pelo auxílio representam redução de 5,4% no comparativo com 2021, período impactado pela pandemia e com incertezas no cenário econômico.
Os números correspondem aos requerimentos protocolados nas sete agências da Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS/Sine) da região e por aplicativo. A única cidade onde houve aumento na procura pelo benefício em relação ao ano anterior foi Lajeado.
Em 2021, a maior cidade do Vale do Taquari registrou 3,4 mil pedidos de seguro-desemprego. No ano passado foram mais de 4 mil. Embora os dados da FGTAS/ Sine não detalhem qual o setor que mais refletiu para esse cenário, outros indicadores revelam a indústria de alimentos como a com maior quantidade de desligamentos.
Ainda assim, a busca pelo benefício na região contrapõe o cenário em nível estadual. No comparativo entre 2021 e 2022, houve no RS, o acréscimo de 5% nos encaminhamentos. Para especialistas, o desempenho é atribuído à acomodação da geração de emprego, encolhimento da atividade em al-
na região Indústria representa maior número de empregos formais no Vale e capacidade de absorver trabalhadores
Pela avaliação da economista Cintia Agostini, o desempenho da região frente aos números do RS são justificados pela dinâmica e diversidade do Vale do Taquari. A maior demanda por mão de obra do setor produtivo torna a recolocação ao mercado de trabalho mais rápida.
Cintia considera que o número de pedidos de seguro-desemprego em 2021 somente não foi maior por conta de benefícios como a redução da jornada e compensação dos governos. “Ainda não é um índice de se comemorar, mas mostra uma leve retomada econômica durante o ano.”
Outro aspecto sobre o ritmo das contratações está relacionado à qualificação. “Ainda temos um percentual elevado de pessoas com baixa escolaridade. Com isso, há uma dificuldade em recolocá-las de forma imediata em casos de demissão.”
Pedidos de seguro-desemprego por unidade da FGTAS/Sine 12.496 Em 2021
Agência/cidade 2022 2021
Arroio do Meio 589 900
Encantado 1.451 1.766
Estrela 1.426 1.716 Lajeado 4.033 3.463 Taquari 826 782
– Trabalhadores formais que foram demitidos sem justa causa e que não possuem outra renda própria;
– Ter recebido salários a pelo menos 12 meses nos últimos 18 meses, quando da primeira solicitação; ou a pelo menos 9 meses nos últimos 12 meses, quando da segunda solicitação; ou a cada 6 meses quando nos demais pedidos;
– O pedido pode ser feito pela internet no Portal do Trabalhador ou nas agências da FGTAS/Sine.
CINTIA AGOSTINI ECONOMISTA
Em Encantado, os pedidos por seguro-desemprego reduziram 17,8% em 2022. De acordo com gestores locais, o incentivo na abertura de empresas e a qualificação profissional favoreceram para reduzir a dependência dos valores do auxílio.
Entre as iniciativas do governo de Encantado, em maio, criaram a secretaria do Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agricultura. De acordo com o gestor Eder Boaro, houve uma preocupação em oferecer mais postos de trabalho. Neste período também foi aprovada a lei da liberdade econômica e parcerias com o Sebrae para apoiar, em especial, os pequenos empreendedores.
“Criamos um aplicativo para aproximar os candidatos das empresas. Em um mês, permitiu mais de 200 conexões”, observa Boaro sobre as iniciativas para apoiar a geração de emprego e renda. Para este ano, entre as ações previstas estão a abertura de uma incubadora empresarial.
Boaro destaca o uso da estrutura de uma escola desativada para acolher empresas e prestar o acompanhamento das atividades por meio de qualificação em parceria com outras organizações. “Para os estudantes da rede pública temos disciplina voltada ao empreendedorismo, à inovação e tecnologia.”
rodrigomartini@grupoahora.net.br
Ogoverno de Lajeado realiza no dia 25 de janeiro a licitação para contratar uma empresa para “elaboração de estudo socioambiental”. O objetivo do contrato é definir as novas faixas de Área de Preservação Permanente
(APP) do Rio Taquari no perímetro urbano, da margem compreendida entre a divisa com o município de Arroio do Meio (ponte sobre o Rio Forqueta) até o limite com Cruzeiro do Sul. As mudanças vão ao encontro do novo Código Florestal, e preveem alterações nos limites
das intervenções próximas ao leito do rio. A previsão é diminuir de 100 metros para 15 metros em alguns pontos. Com isso, empreendimentos poderão ser construídos, reformados ou ampliados mais próximos à orla. Entre os argumentos para a mudança, o barramento e alteração das margens por conta da eclusa, e fato do território da cidade ser caracterizado como zona urbana consolidada. E entre as projeções do governo municipal está a consolidação de um polo gastronômico junto ao centro antigo, e a consolidação da chamada “Rota da Inovação”, que interliga as ruas Bento Rosa e Osvaldo Aranha, e foi criada para fomentar novos negócios ligados à tecnologia e inovação, também está no radar dessas alterações. Além de outros tantos empreendimentos já previstos por parte de empresários e investidores. Fato é que a principal cidade do Vale do Taquari busca se aproximar cada vez mais do Rio Taquari. E isso também exige muito bom senso e equilíbrio por parte de quem vai liberar tais novidades. Ah, e pulso forte, também.
A forma como determinados agentes da comunicação tratam os opositores do novo governo chama a atenção. É um fenômeno que iniciou muito antes dos atos de vandalismo registrados em Brasília. Desde o fim do pleito, por exemplo, todo e qualquer protesto é chamado de “ato golpista” ou “antidemocrático”. Após a destruição na capital federal, então, todo e qualquer manifestante anti-PT virou “criminoso” ou “golpista”. Em 2017, porém, quando militantes de esquerda protestaram contra
o então presidente Michel Temer e atearam fogo em prédios de três ministérios, gerando destruição de equipamentos, documentos, mobiliários, incêndio em biblioteca do Ministério da Cultura e afins, eles foram chamados de “manifestantes”. E só.
Da mesma forma, é preciso considerar com sapiência a forma como muitos movimentos de esquerda são recebidos pelas forças de segurança, e comparar com a recorrente inação contra ações truculentas cometidas por grupos de direita. Não é de hoje
que os protestos capitaneados pelos partidos ou entidades esquerdistas geralmente são findados de imediato e com truculência, e, salvo algumas exceções, com uma boa dose de tiros de borracha, bombas de efeito moral, e outras ferramentas. No domingo em Brasília, por exemplo, restou claro que os baderneiros tiveram livre acesso aos três prédios que resguardam os pilares da nossa democracia. A discrepância nas ações não é a regra, claro. Mas costuma predominar. E muito.
• Em Estrela, o jornalista Jonatas dos Santos deve assumir o cargo de Diretor de Comunicação no lugar de Fabiano Diehl, que deixou a função em dezembro. Santos foi coordenador de comunicação no primeiro mandato do ex-prefeito Carlos Rafael Mallmann, e secretário de Administração no segundo mandato. Ele também é muito próximo ao ex-vice-prefeito Valmor Griebeler, derrotado por Elmar Schneider no pleito municipal de 2020.
• Ontem ocorreu a solenidade de posse da nova Mesa Diretora da Câmara de Taquari. E o vereador Leandro Mariante (PT), que ainda responde como presidente da Associação dos Vereadores do Vale do Taquari (Avat), assumiu como novo presidente do Legislativo.
• A busca pelos responsáveis pela depredação dos prédios dos Três Poderes conta com auxílio de militantes. Por meio de redes sociais particulares, eles disponibilizam canais para denúncias. O governo federal fez o mesmo por meio de um e-mail específico. São dois fatos novos desta nova democracia.
• Em tempo, como é bom ver diferentes alas ideológicas (enfim) condenando atos de vandalismo maquiados de protesto. Nunca é tarde para aprender!
Um atento leitor cobrou este colunista sobre a ausência de uma nota sobre a morte do maior artilheiro isolado da história dos campeonatos brasileiros de futebol, com 190 gols assinalados entre 1971 e 1992. Carlos Roberto de Oliveira morreu aos 68 anos e foi um dos maiores e mais elegantes futebolistas do Brasil. Centroavante clássico e tradicional, ele consolidou uma carreira vitoriosa em solo nacional, onde foi ídolo máximo do Clube de Regatas Vasco da Gama, o popular “Vaxxcão”. E o apelido dele, que o tornou famoso no mundo inteiro, tem relação com o nosso Rio Grande do Sul. Carlos passou a ser “Roberto Dinamite” após um golaço na sua estreia pelo esquadrão cruzmaltino, em um jogo contra o Internacional.
Diretor da Smart Tecnologia narra trajetória da empresa, destaca a paixão pela inovação, pelo empreendedorismo e comemora boa aceitação das telas interativas, adotadas por diversos municípios no ensino público
Fundada há 26 anos, em Guaporé, a Smart Tecnologia se tornou referência na produção de telas interativas. Com clientes em todo o país, busca proporcionar uma nova realidade nas salas de aula ao disponibilizar tecnologias acessíveis ao ensino público. Em constante inovação, se abre ao futuro, impulsionada pela veia empreendedora dos gestores.
Principal acionista da empresa, Ricardo Giovanella participou da primeira edição de 2023 de “O Meu Negócio”, programa multiplataforma do Grupo A Hora. Na conversa com Rogério Wink, destacou a trajetória pessoal, com passagens pela vida pública, e o desafio de estar à frente de um empreendimento que contribui para melhores resultados na educação. Além do escritório em Lajeado, possui um estoque em Cachoeirinha e uma unidade na China.
Do pai, Deoclécio – falecido há 28 anos –, Giovanella pegou o gosto pelo empreendedorismo. Teve em casa a referência que precisava para o futuro. “Ele era uma pessoa à frente do seu tempo. Trabalhava com exportação e viajava bastante. Mesmo sem muito estudo, vindo do interior, foi um exemplo de coragem”, afirma.
Giovanella lembra que, na adolescência, pensava em seguir para o Direito. O pai, no entanto, o incentivou a ser um empresário, a ter o próprio negócio. “Não é fácil ou simples. Você precisa se preocupar mais, mas quando dá certo, quando constrói algo legal, te orgulha e recebe os méritos. É gratificante”.
Wink: E como foi o nascimento da Smart Tecnologia?
Giovanella: Ela é uma empresa de 26 anos de atuação, não iniciou comigo. A sede era em Guaporé. Começou pensando no atendimento para órgãos públicos, com instalação de redes internas e Windows nas prefeituras. Na época, as administrações não tinham equipes de TI e se tornava mais barato e prático contratar uma empresa externa para fazer esse trabalho. Depois, o que vendia mais era a manutenção. Isso foi até 2015.
Wink: E a tua entrada na empresa?
Giovanella: Eu era secretário municipal em Lajeado e sentia dificuldade na questão das compras públicas. Haviam poucas empresas com capacidade e expertise de atender órgãos públicos. O que buscamos é mais do que vender um produto e entregar um serviço. É fazer com que o valor gasto pelo pagador de imposto se torne uma prestação eficiente para quem utiliza. Fiquei amigo do proprietário e trabalhar com tecnologia sempre
foi do meu interesse.
Wink: O fato de ter trabalhado na gestão pública, identificar um problema e achar maneira de resolver, é uma grande sacada. Qual solução tua empresa oferece?
Giovanella: Quando entrei na empresa, começamos a trabalhar com redes externas, pois os órgãos públicos contratavam diferentes links de internet para cada ponto, serviço de segurança, monitoramento externo de rua, controle semafórico, entre outros. Era tudo separado e as vezes esses serviços dependiam um do outro. Dentro dessa linha, conectá-los era o que as prefeituras necessitavam para baratear os custos.
Wink: Como a empresa passou a investir em equipamentos na área da educação?
Giovanella: Em 2018, eu estava num cliente que me questionou se não fazíamos algo que fosse tecnológico para a educação. Saí de lá pensando nisso, no que poderia ser legal e fazer a diferença. Fui atrás das lousas digitais. Seria um
troço fora de série, que não tinha no Brasil. Viajei para a China, encontrei as telas, mas precisava de um projeto mais robusto, resistente. Um software específico para trazer facilidade de utilização.
Wink: Você tinha esse produto bem desenhado na tua cabeça?
Giovanella: Eu sabia o que precisava. Achamos um engenheiro lá na China, levamos na fábrica, fizemos um desenho e nesse meio tempo, voltei ao Brasil. Produziram uma, mandaram por avião e começamos a testar. Trouxemos professores e crianças e vimos como foi a interação. Pensamos: poxa, a gente tem um negócio.
Wink: Qual o diferencial do produto?
Giovanella: Nós vendemos, instalamos as telas e deixamos tudo funcionando. Fazemos cursos e treinamentos, pois não adianta ter um equipamento desses e não conseguir operar. Criamos até grupos de WhatsApp com os professores, onde eles podem tirar dúvidas e até pedirem novos treinamentos. O pós-venda é muito importante.
Posso colocar tudo o que estou aprendendo em prática se não sou o chefe? Perguntas que o especialista John Maxwell, em suas concorridas palestras, busca responder. E ele acredita que é possível ser um bom líder mesmo sem ocupar posição de chefia nas empresas. Este é um dos pontos abordados no livro "O Líder 360º", dica de leitura Rogério Wink nesta semana.
Wink: E como tem sido a aceitação?
Giovanella: O aproveitamento é ótimo e os números demonstram isso, tendo em vista que tivemos 100% de recompra. Todos os nossos clientes compraram de novo. E muitos professores trabalham em prefeituras diferentes, em escolas que tem e outras que não. Aí pedem a compra do produto. Isso ajuda na qualidade da aula, tanto do professor quanto do aluno. Hoje, somos procurados pelo país inteiro. Uma prefeitura vê outra utilizando e percebe que os resultados são bons.
Wink: Como começou o teu envolvimento com a tecnologia?
Giovanella: Quando eu estudei num colégio interno em Taquara, lá em 1993, uma empresa de cursos de informática levou uns computadores, daqueles antigos com tela verde e escuro. Aí o meu pai me deu um computador colorido, o 386 DX2 66, por eu ter feito todo o curso. Aquilo foi um encanto. Era a modernidade chegando, numa era pré-internet. Fez toda a diferença na minha vida. Me abriu o mundo.
Motoristas expõem necessidade de mais pontos de recarga. Empresa alega dificuldades na contratação e assiduidade de trabalhadores. Em média, 12 funcionários faltam ao trabalho por dia
LAJEADOOtempo de isenção e a falta de pessoal para receber os pagamentos geram queixas sobre o estacionamento rotativo. O serviço sob responsabilidade da Stacione compreende pelo menos 1,2 mil vagas na área central de Lajeado e conta com 30 funcionários entre área administrativa e operacional. Com tolerância de até 10 minutos, motoristas alegam período insuficiente para localizar um monitor. “Caminhei três quadras e não encontrei o fiscal. Quando voltei já tinha bilhete que indicava multa”, relata o aposentado Marcos Winter. Ele reclama que entre novembro e dezembro desembolsou R$ 50 em avisos do estacionamento rotativo.
Outros motoristas descrevem situações similares. De acordo com a empresa, há um déficit na equipe. Na semana passada a demanda era de pelo menos 12 profissionais, agora seis postos de trabalho ainda estão em aberto.
Além da dificuldade em contratar funcionários, outro problema apontado é a falta de assiduidade. Em média 30% do quadro de profissionais falta ao trabalho por dia. São de dez a 12 monitores a menos para a cobrança do rotativo. Os motivos são diversos e apurados de forma individual pela empresa.
De acordo com o responsável operacional da Stacione, Alexandre Kasper, as faltas exigem a reorganização de roteiros, mas, mesmo assim, considera o atendi-
mento ao público satisfatório perante os parâmetros de adimplência. Segundo ele, a taxa histórica de pagamento chega a 93%.
“Dos 7% que não pagam na hora, pelo menos a metade faz o acerto posterior. Com isso, nosso índice de inadimplência é baixo, fica na faixa de 2,5%”, observa Kasper. Pela avaliação do responsável da Stacione, esses números indicam que os motoristas conseguem utilizar as ferramentas de recarga e fazer o contato com os monitores na rua.
Em relação aos formatos de pagamento mais usados, pelo menos 75% são por meio de recarga. Uma avaliação nos demais mecanismos de cobrança fez com que a empresa retirasse os 23 parquímetros. Pelo relatório da Stacione, os equipamentos representavam apenas 0,43% dos valores arrecadados. No último mês de funcionamento, em outubro do ano passado, recolheram R$ 1 mil nos dispositivos.
Para facilitar o pagamento por parte dos motoristas, a Stacione avalia implementar outras modalidades de cobrança. Ainda durante o ano passado houve a reformulação do aplicativo. A próxima medida prevista é a inclusão de Qr Code nos bilhetes de estacionamento para quitar o valor por meio do Pix.
Desde dezembro a Stacione iniciou a cobrança na avenida Alberto Pasqualini, desde a rua Júlio de Castilhos até o acesso à BR-386. São mais 196 vagas oferecidas. Pelas avaliações iniciais a ocupação ficou na faixa de 60% a 70%.
30 monitores 1,2 mil vagas cobradas 2,5% taxa de inadimplência
Prestes a completar 19 anos de história, a Lucasa Construtora projeta para o primeiro semestre desse ano a entrega da primeira torre do condomínio Amazon, no bairro Universitário, em Lajeado. Após registrar crescimento de 5% em 2022, a empresa projeta finalizar obras residenciais, além de apresentar novos lançamentos em 2023.
Diretor da Lucasa, Luiz Carlos Sartori destaca o ritmo avançado da construção do condomínio. Segundo ele, a primeira das quatro torres ficará pronta antes do prazo e teve 70% dos apartamentos vendidos ainda no ano passado.
Outro empreendimento em construção é o residencial Le Blanc, no bairro São Cristóvão. Com entrega prevista para o início de 2024, o prédio conta com am-
plos apartamentos para os padrões da região, com 69 metros quadrados de área privativa nas unidades de um quarto e até 100 metros
quadrados de área privativa nas de dois quartos. “Até dezembro, teremos pelo menos 90% da obra concluída”, estima.
No município vizinho ao Vale do Taquari, o ano começou com a assinatura de cinco contratos de incentivos a atividades empresariais. A parceria, que soma R$ 1,4 milhão em investimentos, beneficia os empreendimentos Atelier Delsi Giehl Eireli, Comércio de Sucatas Seibt Ltda, Refrigeração Léo Eireli, SGA Automação Ltda e Tiago Pneus Auto Center.
Três empresas receberam R$ 15 mil, dois negócios obtiveram a concessão de material para terraplanagem e um deles recebeu terreno para instalação de planta industrial. Os contratos foram assinados na segunda-feira, 9.
Empresa especializada em nutrição animal, a Nutritec iniciou nesta semana as obras da nova sede. Localizada em Estrela, a estrutura terá 40 mil metros quadrados de área útil, sendo 10 mil metros quadrados de área construída. O espaço abrigará o prédio administrativo e o parque industrial para padronização de farinhas de origem animal.
Estamos planejando uma missão focada na proteína animal, no setor de carnes, para países que têm possibilidades legais e sanitárias de comprar o nosso produto, mas que ainda não temos relações comerciais.”
• Vibee Summer Talks – Hub de inovação da Unimed Vales do Taquari e Rio Pardo, o Vibee promove no dia 25 de janeiro o primeiro evento presencial do ano. Com o tema “Copy - Como escrever para vender mais em 2023”, o encontro terá palestra com o publicitário e doutor em comunicação, Lúcio Amaral. O evento começa às 18h30min e terá dois momentos voltados para o networking: um coffee break no início do bate-papo e um happy hour após a palestra. As vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas no link da bio @vibeeunimed no Instagram.
• Exportação de suínos – Apesar da crise no setor de produção de proteínas, as exportações de carne suína – segmento mais prejudicado pela alta nos insumos – tiveram alta em 2022. Dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que as vendas de carne suína ao exterior totalizaram 102,8 mil toneladas em dezembro, volume 14,6% acima do registrado no mesmo mês de 2021. A receita chegou a US$ 253,8 milhões, alta de 32,5%. Na soma do ano passado, o volume exportado chegou 1,1 milhão de toneladas, 1,4% abaixo na comparação com 2021. Na receita total, houve alta de 2,6%, totalizando US$ 2,572 bilhões.
ÁRIES: Bom momento para colocar o serviço atrasado em dia e para assumir com novas responsabilidades. 21/03 a 19/04
TOURO: Seu trabalho será beneficiado por doses extras de entusiasmo e criatividade. Você também pode ter sorte em jogos: faça uma fezinha.
GÊMEOS: No início da tarde, o astro chegará à Casa 4 e você pode ficar um pouco mais introspectiva e focada em concluir suas tarefas.
CÂNCER: Você vai escolher as palavras certas para convencer as pessoas e pode fazer acordos bem vantajosos.
LEÃO: Se você está livre, dificilmente vai se interessar por aventuras. Se você já tem seu amor, saberá valorizar a união. Só não deixe o ciúme te dominar.
VIRGEM: Você vai se sentir revigorada e usará todo seu potencial para ganhar alguns pontos extras no emprego.
LIBRA: Respeite o momento e procure ficar mais quieta no seu canto, concentrada apenas nas suas tarefas, longe de agitação.
ESCORPIÃO: Pode fazer boas parcerias e novas amizades. Quem está livre só vai investir numa conquista se encontrar alguém que vale muito a pena.
SAGITÁRIO: Você vai querer lutar ainda mais para chegar aonde deseja e não vai se contentar com menos do que o sucesso.
CAPRICÓRNIO: Você vai sentir uma necessidade ainda maior de investir no seu progresso. Um bom caminho para isso é buscar cursos, livros e treinamentos.
AQUÁRIO: Nos assuntos do coração, seu poder de atração deve aumentar e você pode explorar toda sua sensualidade para atrair e conquistar quem deseja.
PEIXES: Você vai querer compromisso e deve buscar alguém que deseje algo sério também. A vida a dois ganha novos estímulos.
Lei criada na câmara foi sancionada nesta semana. Uma das possibilidades com o Circuito da Cerveja é a promoção de eventos com os empreendedores do setor
Mateus Souza mateus@grupoahora.net.br LAJEADOColo, em
Termo usado no Brasil para o negro muçulmano que sabia ler e escrever em árabe
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Exclusivamente A índole da vilã
Incentivar a cultura e a produção cervejeira no município, bem como estimular a promoção de eventos ligados ao setor e fortalecer o turismo local. Objetivos do Circuito da Cerveja em Lajeado. A iniciativa, que partiu da câmara de vereadores e, foi sancionada nesta semana pela prefeita em exercício, Gláucia Schumacher,
após aprovação em plenário.
Com a lei em vigor, o Executivo agora estuda a forma de implementar o Circuito. Uma reunião com os empreendedores locais foi convocada para os próximos dias, segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agricultura, André Bücker. Hoje, são pelo menos sete cervejarias em atuação na cidade.
“Vamos conversar com os representantes e discutir algumas situações. O primeiro ponto é verificar quais seriam as vantagens mais relevantes para esse pessoal e, a partir daí, propor ações”, salienta.
Bücker esteve na reunião convocada pelo Legislativo em dezembro, que teve a participação dos próprios empreendedores do setor em Lajeado. Uma das sugestões apresentadas, na ocasião, foi a de conectar as cervejarias locais com os empreendimentos de cidades vizinhas.
De iniciativa da vereadora Ana da Apama (MDB), a proposta considera como microcervejarias aquelas que têm uma produção mensal de até 200 mil litros de cerveja por mês. Também estabelece regras para inclusão no Circuito, como a formalização e registro no Ministério da Agricultura (Mapa) e em observância com a legislação municipal.
Proprietário da Cervejaria Lajeadense e entusiasta da cultura cervejeira, Marcelo Nolibos acredita que a lei chega para somar e abre possibilidades com os diferentes empreendimentos. Um dos benefícios seria o da criação de políticas de crédito para incentivar o setor.
“Nós temos uma cena cervejeira bem melhor do que tínhamos há algum tempo. Hoje se fala bastante nisso. Para nós, enquanto cervejaria, e também como apreciadores, é importante que o assunto venha à tona. Vamos nos reunir entre as cervejarias locais para sugerir ideias ao município”, pontua.
Nolibos, que lançou sua cerveja no fim de 2022, acredita que a organização de um evento em uma praça ou outra área pública ajudaria a popularizar a cerveja artesanal local. “Pode ser o início, com o município auxiliando na estrutura. Trazer isso para o Parque dos Dick, por exemplo, seria interessante. Agora é esperar o que vai ser feito num primeiro momento”.
Gabriel Werner foi campeão estadual sub-20 no ano passado e integrará o elenco profissional da equipe catarinense após a Copinha
Caetano Pretto caetano@grupoahora.net.brORio Grande do Sul é conhecido no Brasil por ser um estado que revela goleiros talentosos. A fama surgiu principalmente com Taffarel, mas seguiu com outros nomes como Danrlei, Cássio, Marcelo Grohe e Alisson. De Capitão, surge um novo talento. Gabriel Werner, goleiro da Chapecoense na Copa São Paulo de Futebol Júnior. Inclusive foi confirmado no elenco principal da equipe catarinense em 2023.
Campeão do Campeonato Catarinense Sub-20 em 2022, o jovem de 19 anos foi titular da Chape nas três partidas da primeira fase na Copinha. Com uma vitória, um empate e uma derrota, a equipe avançou para a segunda no segundo lugar da Chave 2. O adversário no primeiro mata-mata será o Tanabi, de São Paulo.
Com 1,90m e histórico de destaque na base, o goleiro comemora a fase atual. “Sempre falei que era um sonho jogar a Copa São Paulo, é a maior competição de base do Brasil. Depois de um ano maravilhoso, pude ser contemplado com a disputa e a classificação na primeira fase”, destaca.
A Chape estreou na Copinha com vitória por 2 a 1 sobre o Internacional de Minas Gerais. Na
Ariquemes e Náutico. “É uma equipe muito forte na base, passou com 100% de aproveitamento, mas estamos muito confiantes que vamos conseguir fazer um ótimo jogo”, prevê o goleiro.
O goleiro deu os primeiros passos na Escolinha de Capitão. Depois, no Vale ainda passou por Rui Barbosa e Pratas da Casa. Com 15 anos, foi chamado para treinar com o elenco profissional do Guarani, de Venâncio Aires. Lá conheceu dois treinadores que o levaram para a Chapecoense.
sequência, empatou em 1 a 1 com o União ABC, de Mato Grosso, e perdeu de 1 a 0 para o Mirassol, de São Paulo.
A campanha foi suficiente para avançar em segundo lugar, mas o goleiro destaca que a equipe ainda não mostrou todo o potencial. “Como todo goleiro, a melhor sensação é não sofrer gols, e eu ainda não passei um jogo em branco.
Acho que estou fazendo uma boa competição, mas ainda temos que
melhorar para poder sonhar alto”, avalia.
Werner acredita que a Chapecoense tem qualidade para chegar até a terceira fase ou as oitavas de final, mas prefere não colocar um objetivo na competição. “Nossa obrigação era classificar para o
mata-mata. Não foi do jeito que queríamos, mas passamos. Agora queremos chegar o mais longe possível.”
Na segunda fase, o adversário será o Tanabi, de São Paulo, que avançou na Chave 1 com três vitórias, sobre Portuguesa, Real
Já vivendo a transição para o profissional, o goleiro lembra que nem era para estar na Copinha, mas pediu para jogar. “Era um sonho, eu quis disputar a competição. Assim que acabar, volto direto para o profissional onde vou buscar o meu espaço e, se surgir a oportunidade, jogar a Série B este ano.”
Em uma terra que revela bons goleiros, não tem medo em sonhar alto na carreira. “Pretendo jogar nas grandes ligas da Europa, ajudar muito a minha família e, quem sabe, disputar uma Copa do Mundo.”
Era um sonho, eu quis disputar a competição. Assim que acabar, volto direto para o profissional onde vou buscar o meu espaço e, se surgir a oportunidade, jogar a Série B este ano.”
Cinquenta
No Campeonato Municipal de Futebol Amador de Marques de Souza, o Cruzeiro, de Linha Bastos, consagrava-se campeão ao derrotar o Grêmio Picada May.
Foi um título inédito, já que o Cruzeiro nunca havia sido campeão, desde a sua fundação, em 1956. Conforme a organização, mais de 1,3 mil pessoas assistiram à final.
Ações do Grupo Pignatari - O governo federal assumia, há 50 anos, grande parte das ações do Grupo Pignatari, que administrava diversas empresas no ramo de mineração. O acordo foi assinado com o presidente do Grupo Pignatari, Francisco “Baby” Pignatari (conhecido até hoje como um dos maiores playboys da história do Brasil). O anúncio do novo controle acionário da companhia multimilionária foi feito no Rio Grande do Sul, onde as minas do Camaquã concentravam a maior parte das operações do grupo.
Tensões na Venezuela - O presidente Hugo Chávez ameaçava convocar as Forças Armadas para “tomar fábricas e depósitos de alimentos” no país. Opositores ao governo de Chávez organizavam greves, provocando o desabastecimento do país. Na época, a Venezuela enfrentava uma crise política, inclusive, em abril de 2002, o governo de Chávez sofreu uma tentativa de golpe de Estado.
Se o desejo dos manifestantes que invadiram prédios dos Três Poderes em Brasília era atingir o presidente Lula, o “tiro saiu pela culatra”. Com os atos de domingo, o presidente se fortalece. Recebeu apoio internacional maciço, de Biden (EUA) a Macron (França). Apoio de todos os governadores, inclusive os bolsonaristas; do STF, do Congresso e até do Superior Tribunal Militar. Se alguns ministros – Justiça e Defesa – tenham falhado ao subestimarem a organização da manifestação, a ala política do governo foi ágil. Lula não “fugiu” de Brasília e convocou uma grande rede de líderes para condenar o ato, inclusive os contrários a sua eleição. Sai em alta.
Nem o presidente Lula e nem os seus ministros tem o direito de fazer acusações sem provas. O silêncio de Bolsonaro não significa que ele tenha apoiado a invasão dos prédios; a omissão da polícia do Distrito Federal não quer dizer que o governador tenha sido a favor da depredação; ter votado ou defender o ex-presidente não representa apoio a baderna de alguns. Precisam apurar e condenar os criminosos, mas não colocar mais lenha na fogueira. Chamar todos os bolsonaristas, incluindo os que não invadiram nada e apenas protestam contra o governo Lula (PT), de terroristas é ir além do dever. Outras manifestações deste ou de maior tamanho ainda poderão ocorrer. Estejamos atentos.
Desde domingo as redes sociais são território de muitas informações e de excessivas fake news. Li inúmeros comentários sobre a participação de
Como nem tudo gira em torno de Brasília, chamo atenção sobre o calendário vacinal contra a covid. Em Lajeado, apenas a faixa etária dos 70 aos 79 anos tem 82% das vacinas em dia. Outras faixas de idade estão bem abaixo, como as crianças entre 3 e 4 anos, com índice inferior a 5%.
moradores do Vale do Taquari nos atos criminosos em Brasília. Mas nada comprovado. De uma liderança bolsonarista obtive a informação de que algumas pessoas da região se dirigiram à Brasília mas não estavam entre os que invadiram os prédios públicos. E de fato, pelo menos até agora, não se tem notícia de morador daqui entre os presos.
Márcia Scherer (MDB) assumiu como deputada federal por um mês, em pleno recesso parlamentar. Ela jamais poderia imaginar que neste período pudesse acompanhar in loco um fato que ficará marcado na história do Brasil. Em entrevista à Rádio A Hora, a deputada falou sobre os estragos causados no prédio do Congresso e sobre a negligência da polícia. “A polícia do Distrito Federal é mais bem paga do Brasil e muito bem preparada. Faltou policiamento nas ruas e comando”, destacou ela.
Não interessa quem são. Sejam eles bolsonaristas ou "infiltrados", como acusam os defensores de Bolsonaro. É preciso rigor na punição e acabar com essa baderna que aterroriza a população brasileira.
O senador eleito pelo Rio Grande do Sul, general Hamilton Mourão se manifestou nas redes sociais sobre os atos que classificou de "vandalismo e depredação", destacando que "o respeito e a ordem devem prevalecer em qualquer manifestação". A grande maioria dos parlamentares gaúchos lamentou a ação.
Desenvolvi o prazer pela leitura na Faculdade de Letras com a Professora Dra. Ivete Kist. Aliás, uma mestra diferenciada e, por isso, muito especial. Ela, sem dúvida, é a melhor lembrança que guardo da época acadêmica dentre as muitas que acumulei e que me estimularam profissionalmente. Lembro de ter ouvido da maravilhosa Ivete que uma leitura é prazerosa e atinge o objetivo quando você se sente parte da história. E foi esse despertar que me levou a apreciar a leitura e que me faz ler um livro em um curto espaço de tempo.
Porém, há situações em que levo meses para concluir um livro, pois tal é a força do enredo que leio poucas páginas diárias ou semanais. Exemplo disso é a obra Muito Longe de Casa – Memórias de um menino soldado, de Ishmael Beah. Um relato que impressiona a cada página diante da descrição detalhada e verídica dos horrores da guerra civil de Serra Leoa, o que me fez acreditar que se trata de um confronto bélico mais intenso e cruel do que as entre nações.
A obra narra a história de um menino feliz em sua infância até que o conflito bate à sua porta, e a vila onde morava foi atacada pelos rebeldes, obrigando-o a fugir, sem saber o paradeiro de sua família. O autor vai descrevendo sua intensa e sinistra história, sua transformação em um soldado, que luta pelo exército de Serra Leoa aos treze anos de idade.
A leitura permite avaliar esse assombroso destino que narra o sofrimento desses meninos-soldados em uma guerra como vítimas de lavagem cerebral que os impulsionavam ao ódio aos rebeldes, supostamente inimigos, e ao uso dos fuzis, sem lembrarem que eram seus patriotas. A história é uma narrativa detalhada que me fez derramar lágrimas, talvez, por ter ciência de sua veracidade.
Então, como “uma coisa leva a outra”, o que chama a atenção é a burrice de uma guerra, seja ela interna ou externa, pois, sempre, os que estão na linha de frente, combatendo, são os menos afortunados enquanto os “ditos líderes”, que não se entendem, escondem-se em uma sala protegida por um exército de segurança como se fossem super-homens, quando, na verdade, são seres fracos e covardes. Afinal, precisam que outros façam a parte mais difícil, que é expor sua vida em nome do poder e, claro, sob sua ótica, pouco ou nada vale.
O fato é que a guerra em nada beneficia alguém ou mesmo uma nação, porque não é crível que tantos homens precisem ser mortos para que as cúpulas governantes finalmente se entendam. E, no caso das guerras civis, é ainda mais desastroso pelo fato de haver crianças empunhando armas e cultivando o ódio de seus iguais. A pergunta que fica é: como esses jovens vão recuperar o equilíbrio emocional após vivenciarem uma guerra, que, por sinal, destrói a cultura do amor e do respeito?
Penso que é muito difícil, mas, felizmente, o autor buscou e encontrou a recuperação e se tornou o porta-voz das crianças recrutadas para a guerra. E, nesse momento, de novo, aciona-se o imaginário para compreender o quanto uma luta armada é destrutiva e vai muito além das baixas humanas, já que atinge o psicológico dos sobreviventes.
Felizmente, somos um país pacífico e, mesmo com tantas divergências de opiniões, hábitos e costumes, não temos histórico de conflitos internos, como também não existem razões capazes de iniciá-los com nossos vizinhos territoriais. Quiçá, o Criador nos livrou desse pesadelo e, em seu lugar, premiou-nos com tantos outros, os quais, mesmo de menor porte, são igualmente graves e destrutivos, como o tráfico de drogas, os feminicídios, a falta de empatia, a desonestidade de políticos, o toma lá dá cá...